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Clotilde Perez
ção, introdução ao marketing, desenvolvimento de
novos produtos, teoria e técnica da publicidade,
comunicação em marketing, pesquisa de mercado,
nos cursos de Comunicação Social, Publicidade e
Propaganda, Relações Públicas, Marketing, Admi-
nistração de Empresas, entre outros.
ISBN 13 978-85-221-0833-6
ISBN 10 85-221-0833-1
9 788522 108336
Signos da Marca
Expressividade e Sensorialidade
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Perez, Clotilde
Signos da marca : expressividade e sensorialidade /
Clotilde Perez. -- São Paulo : Cengage
Learning, 2004.
Bibliografia.
ISBN 85-221-0833-1
04-2315 CDD-658.827014
Impresso no Brasil.
Printed in Brazil.
1 2 3 08 07 06 05 04
Sérgio, nha cretcheu*
Lucia Santaella
Professora do Programa de Comunicação
e Semiótica da PUC–SP
Apresentação
Rodrigo Toni
Presidente do Instituto Ipsos
Sumário
1 Surgimento e Expansão da Marca. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
Desenvolvimento das marcas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
As marcas no tempo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
O conceito das marcas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
A entropia marcária. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
Decisões de marca. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
A marca guarda-chuva. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
As marcas individuais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
As marcas mistas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
Estratégias das marcas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
Extensão de marcas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
A generalização semântica como fundamento. . . . . . . . . . . . . . . . 31
Marcas múltiplas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
Extensão de linhas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
Extensão de imagem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
Co-paternidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
Hierarquia e registro das marcas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
Aroma e fragrância . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96
Sabor: o gosto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97
Textura: o toque. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100
Constatamos que, nos últimos anos, a base econômica dos países deslo-
cou-se substancialmente do sistema produtivo para o consumo, moven-
do-se da racionalidade material para o plano do desejo e, portanto, para o
campo da subjetividade. Nesse contexto de consumo, as marcas assumem
destaque nas relações de compra e venda, indo além da idéia de meras
facilitadoras das transações comerciais para transformar-se em poderosos
e complexos signos de posicionamento social e de ser no mundo.
A oferta de bens de consumo intensificou-se de tal maneira em
nosso campo visual, nas ruas, nos supermercados, nos shoppings e nas
lojas, que só é possível distinguir tantos produtos por meio de signos
abreviados, de marcas e de suas expressividades. A marca representa a
possibilidade de os produtos, mesmo que fugazmente, serem aprecia-
dos, reconhecidos e ocuparem na memória do consumidor um lugar
um pouco mais seguro.
As marcas estão sempre presentes em praticamente todos os momen-
tos de nossas vidas – das roupas que usamos à comida que ingerimos; dos
4 • Signos da Marca
As marcas no tempo
A denominação de um signo como marca está vinculada à idéia de distintivi-
dade, identidade, autoria e propriedade. Acredita-se que, muito antes da exis-
tência da escrita, os homens já possuíam nomes (designação verbal), pelos quais
podiam ser identificados de forma clara e unívoca. A própria assinatura das
pessoas tem sua origem supostamente nas tribos nômades que a utilizavam com
o objetivo de assinalar a propriedade de seu gado e de seus objetos. A assinatura
era então signo de propriedade. Vestígios de assinaturas foram descobertos em
fragmentos de utensílios de barro procedentes da Idade da Pedra.
Ao procurar entender a origem das marcas estamos, na verdade, buscan-
do a “fonte de sua essência”, como diria Heidegger. Em um recuo histórico,
percebemos que há correntes que reconhecem a origem das marcas na práti-
ca de identificar, com brasa, barris de cedro com bebidas destiladas. Outras
acreditam que as primeiras marcas tiveram sua origem nas marcações de gado
com fogo ou ainda nas artes. Controvérsias à parte, passemos a algumas infor-
mações históricas relevantes.
Na Antigüidade, era comum escultores e artistas plásticos em geral
assinarem seus trabalhos, como forma de identificação. Na Idade Média,
Surgimento e Expansão da Marca • 7
1
Michelangelo nasceu em 1475, em Caprese, Itália, e morreu em 1564, em Roma.
2
Rubens nasceu em 1577, em Siegen, Alemanha, e morreu em 1640, na Antuérpia, Bélgica.
8 • Signos da Marca
fáceis de lembrar;
de fácil pronúncia;
originais;
que descrevessem, se possível, direta ou indiretamente o produto de
forma criativa.
10 • Signos da Marca
Em todo o mundo, hoje, quase tudo é vendido com marca. Até frutas,
como laranjas, maçãs e bananas, são carimbadas com a marca do produtor
ou do distribuidor com o objetivo de distingui-las, principalmente por meio
do reconhecimento da qualidade.
A entropia marcária
O fenômeno da entropia tem sua origem vinculada à física e diz respeito
a uma lei da termodinâmica que se refere à perda de energia em sistemas
isolados, levando-os à degradação. Na Biologia o conceito é utilizado como
a medida da variação ou da desordem de qualquer sistema.
Surgimento e Expansão da Marca • 13
Decisões de marca
Decisão está sempre vinculada à idéia de tomar partido, julgar e resolver. As-
sim, a primeira decisão de marca que uma organização deve tomar é usá-la ou
não em cada uma de suas linhas de produtos. Sua não-utilização leva às cha-
madas marcas ou produtos genéricos, normalmente commodities de pouca ou
nenhuma diferenciação, acarretando menores custos de embalagem, de divul-
gação e de monitoramento. Em contrapartida, a utilização de marcas incorre
em muitos e altos custos adicionais, principalmente da perspectiva comunica-
cional, mas pode trazer vantagens para a empresa, desde que seus elementos
constitutivos sejam entendidos e rigorosamente gerenciados.
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Clotilde Perez
ção, introdução ao marketing, desenvolvimento de
novos produtos, teoria e técnica da publicidade,
comunicação em marketing, pesquisa de mercado,
nos cursos de Comunicação Social, Publicidade e
Propaganda, Relações Públicas, Marketing, Admi-
nistração de Empresas, entre outros.
ISBN 13 978-85-221-0833-6
ISBN 10 85-221-0833-1
9 788522 108336