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senzz022 18:14 Minist@r0 da Sa@de “ADVERTENCIA Este texto no substitu o publicado no Olério Oficial da Unio Minist@rio da Sagde Conselho Nacional de Sadde RESOLUGAO N° 588, DE 12 DE JULHO DE 2018 © Plenario do Conselho Nacional de Saude (CNS), em sua Trecentésima Sétima Reunio Ordinéria, realizada nos dias 12 ¢ 13 de julho de 2018, © no uso de suas competéncias regimentais @ atribuigbes conferidas pela Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990; pela Lei n° 8.142, de 28 de dezembro de 1990; pela Lei Complementar n° 141, de 13 de janeiro de 2012; pelo Decreto n° 5.839, de 11 de julho de 2006, e cumprindo as disposigbes da Constituigo da Repiblica Federativa do Brasil de 1988 e da legislacao brasileira correlata; e Considerando a satide como direito de todos e dever do Estado, garantido mediante politicas sociais ‘econémicas que visem a redugao do risco de doenca e de outros agravos e ao acesso universal e igualitario 4s agdes e servigos para sua promogo, protego e recuperagio, conforme determina a Constituigdio Federal de 1988; Considerando que, segundo previsao constitucional, 0 atendimento integral, com prioridade para as alividades Preventivas, sem prejuizo dos servigos assistenciais compde uma das diretrizes do SUS; Considerando que compete ao SUS, entre outras atribuigSes, a execugao das ages de viglancia em satide, ‘conforme determina a Constituigéo Federal de 1988; Considerando a Lei n® 8.080, de 19 de setembro de 1990, especialmente quando define como um dos objetivos do SUS a assisténcia as pessoas por intermédio de agées de promogao, proteso e recuperacao da satide, com a realizagao integrada das agées assistenciais e das atividades preventivas; Considerando a Portaria de Consolidagao n® 3, de 28 de Setembro de 2017, que consolida as normas sobre as redes do Sistema Unico de Satide e seu anexo I, que trata das Diretrizes para Organizagao da Rede de Atencao a Saiide do SUS; Considerando a Portaria de Consolidagao n° 4, de 28 de Setembro de 2017, que consolida as normas sobre os sistemas e os subsistemas do SUS e seu anexo Ill, que trata das Agoes e Servigos de Vigilancia em Saude; Considerando a Portaria de Consolidagao n® 6, de 28 de Setembro de 2017, que consolida as normas sobre 0 financiamento e as transferéncias dos recursos federais para as ages e os servigos de satide do SUS; Considerando a necessidade de implementacao de ages de vigilancia em sade em todos os niveis de atengao do SUS; Considerando a necessidade da definigéo dos principios, das diretrizes e das estratégias a serem observados nas trés esferas de gostdo do SUS no que se refere a vigilancia em sade; Considerando as deliberagées da 15* Conferéncia Nacional de Saiide (15* CNS); Considerando 0 disposto no Art. 1° da Resolugéio CNS n® §36/2016, que trata do Regimento da 1° Conferéncia Nacional de Vigilancia em Saiide (1* CNVS), segundo 0 qual o objetivo da conferéncia foi o de "Propor diretrizes para a formulagao da Politica Nacional de Vigilancia em Satide e o fortalecimento de agdes de Promogao e Protegdo a Satide", Considerando © disposto na Resolugao CNS n° 539/2016, no sentido de reafirmar, impulsionar e efetivar os principios e diretrizes do SUS no Ambito da formulacao da Politica Nacional de Vigilancia em Saiide (PNVS); Considerando a necessidade de que a PNVS deve estar centrada no direito & Protegao da Satde, e alicercada num SUS piblico e de qualidade; Considerando a necessidade do fortalecimento do territério como espago fundamental para a implementagao da polltica e das praticas da vigilancia em saude; Considerando a necessidade de equipes aptas a atuar no ambito da vigilancia em satide, com capacidade de analisar contextos e identificar na populagdo do seu territério potenciais riscos & salide, organizer, monitorar e avaliar os processos de trabalho; e Considerando as deliberagées da 1* CNVS, publicadas pola Resolugdo CNS n° 583, de 09 de maio de 2018, resolve: hitps:rovsms.saude.govbribvs/saudelegis/ens/2018ites0586_13_08_2018.himl ar10 senzz022 18:14 Minist@r0 da Sa@de Art, 1° Fica instituida a Politica Nacional de Vigilancia em Satide (PNVS), aprovada por meio desta resolugao. Art. 2° A Politica Nacional de Vigilancia em Satide é uma politica piblica de Estado e fungao essencial do SUS, tendo cardter universal, transversal e orientador do modelo de atencdo nos territérios, sendo a sua gestéo de responsabilidade exclusiva do poder publica §1 Entende-se por Vigilancia em Satide o processo continuo e sistematico de coleta, consolidagao, andlise de dados e disseminagao de informagdes sobre eventos relacionados a saiide, visando o planejamento e a implementagao de medidas de satide publica, incluindo a regulagdo, intervengao e atuaco em condicionantes e determinantes da satide, para a protegao © promogao da satide da populacao, prevencao e controle de riscos, agravos e doencas. §2APNVS incide sobre todos os niveis e formas de atengio & sade, abrangendo todos os servigos de sade publicos e privados, além de estabelecimentos relacionados produgao e circulagao de bens de consumo e tecnologia, que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saiide ‘Art. 3° A PNVS compreende a articulagao dos saberes, processos e praticas relacionados a vigilancia epidemiologica, vigilancia em satide ambiental, vigiléncia em satide do trabalhador e vigilancia sanitaria e alinha-se com ‘© conjunto de politicas de saiide no ambito do SUS, considerando a transversalidade das acdes de vigilancia em salide sobre a delerminagdo do proceso satide-doenga, Pardgrafo Unico. A andlise de situagdo de satide e as agées laboratoriais so alividades transversais e essenciais no processo de trabalho da Vigilancia em Satide. Art. 4° A PNVS tem como finalidade definir os principios, as diretrizes e as estratégias a serem observados pelas, trés esferas de gestéo do SUS, para o desenvolvimento da vigiléncia em satide, visando a promogao e a protegao da salide e a prevencao de doencas e agravos, bem como a reducdo da morbimortalidade, vulnerabilidades e riscos decorrentes das dinamicas de produgao e consumo nos territérios, Pardgrafo tinico, A PNVS deve contribuir para a integralidade na atengao a sauide, o que pressupde a insergao de ages de vigilancia em satide em todas as instancias e pontos da Rede de Atengdo a Salide do SUS, mediante articulagéo e construgao conjunta de protocolos, linhas de cuidado e matriciamento da satide, bem como na definigéo das estratégias e dispositivos de organizagao e fluxos da rede de atencao. Art. 5° A PNVS deveré contemplar toda a populagao em territério nacional, priorizando, entretanto, terrtérios, pessoas e grupos em situagao de maior risco e vulnerabilidade, na perspectiva de superar desigualdades sociais e de satide e de buscar a equidade na atencdo, incluindo intervenges intersetoriais. Pardgrafo Unico. Os riscos e as vulnerabilidades de que trata o caput devem ser identificadas e definidas a partir da andlise da situagao de satide local e regional e do didlogo com a comunidade, trabalhadores e trabalhadoras e outros atores sociais, considerando-se as especificidades e singularidades culturais e sociais de seus respectivos territérios. Art. 6° Para efeito desta Polltica serdo utlizadas as seguintes definigdes: | - AgGes laboratoriais: aquelas que propiciam o conhecimento e a investigagao diagndstica de doengas e agravos © a veriicagao da qualidade de produtos de interesse de satide publica e do padréo de conformidade de amostras, ambientais, mediante estudo, pesquisa e andlises de ensaios relacionados aos riscos epidemiolégicos, sanitarios, ambientais e do processo produtivo, Il - Ages de promogéo da satide: estimular a promogao da satide como parte da integralidade do cuidado na Rede de Atencio Salide, articuladas com as demais redes de protegao social, abrangendo atividades voltadas para adogao de praticas sociais e de satide centradas na equidade, na participagao e no controle social, para o favorecimento da mobilidade humana e a acessibilidade e promovendo a cultura da paz em comunidades, terrtérios e municipios. IIl -Andlise de situago de sadde: agdes de monitoramento continuo da situagao de satide da populagdo do Pais, Estado, Regido, Municipio ou areas de abrangéncia de equipes de alenoao sade, por estudos e andlises que identifiquem e expliquem problemas de saiide e o comportamento dos principais indicadores de sade, contribuindo para um planejamento de sade abrangente. IV = Centro de Informagao e Assisténcla Toxicolégica: Estabelecimento de sade ou servigo de referéncia em Toxicologia Clinica com atuagao em regime de plantéo permanente, podendo prestar atendimento via teleatendimento exclusivo ou via teleatendimento e presencial, provendo informagdes toxicolégicas aos profissionais da sade, a populagdo e a instituigdes, relativas a intoxicagées agudas e crénicas e acidentes com animals peconhentos. \V - Emergéncia em saiide publica: situagéio que demanda o emprego urgente de medidas de prevengéo, controle ‘8 contengao de riscos, danos e agravos a satide publica V1- Integralidade da atengao: um conjunto articulado de agées © servicos proventivos e curativos, individuais © coletivos, exigidos para cada caso em todos os niveis de complexidade do sistema, Deve compreender 0 acesso as agées, servigos e produtos seguros e eficazes, indispensaveis para as necessidades de salide da populagao, objetivando promover a qualidade de vida e reduzir a vulnerabilidade e os riscos satide relacionados aos seus determinantes e condicionantes. hitps:fovsms.saude.govbribvs/saudelegisiens/2018ites0586_13_08_2018.himl 20 senzz022 18:14 Minist@r0 da Sa@de Vil - Linha de Cuidado (LC): uma forma de articulago de recursos e das praticas de produgao de satide, orientadas por diretrizes clinicas, entre as unidades de atengo de uma dada regido de sade, para a condugdo oportuna, agile singular, dos usuarios pelas possibilidades de diagnéstico ¢ terapia, om resposta as necessidades ‘epidemiolégicas de maior relevancia, Vill - Modelo de Atengao Satide: sistema légico que organiza o funcionamento das redes de atengao a satide, articulando, de forma singular, as relagées entre os componentes da rede e as intervengées sanitarias, definido em fungao da visao prevalecente da satide, das situagdes demografica © epidemiolégica e dos determinantes sociais da satide, vigentes em determinado tempo e em determinada sociedad, IX - Rede de Atengao Satide: atranjos organizativos de agdes e servigos de saiide, de diferentes densidades tecnolégicas, que integradas por meio de sistemas técnico, lagistico e de gestdo, buscam garantir a integralidade do cuidado, X - Vigilancia em sade ambiental: conjunto de agdes e servigos que propiciam o conhecimento @ a detecgaio de mudangas nos fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente que interferem na satide humana, com a finalidade de recomendar @ adotar medidas de promogao a saiide, prevengao e monitoramento dos fatores de riscos relacionados as doengas ou agravos a sade. XI - Vigilancia em satide do trabalhador e da trabalhadora: conjunto de agdes que visam promogo da satide, prevengao da morbimortalidade e redugéo de riscos e vulnerabilidades na populagao trabalhadora, por meio da integragéio de ages que intervenham nas doengas e agravos e seus determinantes decorrentes dos modelos de desenvolvimento, de processos produtivos e de trabalho. Xil - Vigilancia epidemiolégica: conjunto de agdes que proporcionam o conhecimento e a detecgao de mudangas nos falores determinantes e condicionantes da satide individual e coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevencao e controle das doengas, transmissiveis © ndo-transmissiveis, @ agravos a satide. XIII - Vigilancia sanitaria: conjunto de ages capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos a salide e de intervir nos problemas sanitérios decorrentes do ambiente, da producao e circulagdo de bens e da prestagdo de servigos do interesse da sade. Abrange a prestagdo de servicos e o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente se relacionem com a satide, compreendidas todas as etapas e processos, da produgao ao consumo e descarte. XIV - Vulnerabilidade: designa tanto os processos geradores quanto as caracteristicas das populagdes e territérios que possuem maiores dificuldades em absorver os impactos decorrentes de diferentes e variados graus de eventos de XV - Risco: Compreende a probabilidade de ocorréncia de evento adverso ou inesperado, que cause doenga, danos a satide ou morte em um ou mais membros da populagao, em determinado lugar, num dado periodo de tempo, Art. 7° APNVS tem como principios: I Conhecimento do terrtério: utllzagtio da epidemiologia e da avaliagao de risco para a definicdo de prioridades nos processos de planejamento, alocacao de recursos e orientagao programatica. II - Integralidade: Articulagao das agées de vigilancia em satide com as demais ages @ servicos desenvolvidos ofertados no SUS para garantir a integralidade da atengao satide da populagao, IIL- Descentralizagao politico-administrativa, com diregdo Unica em cada esfera de govemno. IV - Insergdo da vigitancia em satide no processo de regionalizagao das agbes e servicos de satide, V - Equidade: Identiicagao dos condicionantes e determinantes de satide no territério, atuando de forma compartilhada com outros setores envolvidos. VI - Universalidade: Acesso universal e continuo a agdes e servigos de vigilancia em satide, integrados a rede de atengdo @ salide, promovendo a corresponsabilizagao pela atencdo as necessidades de satide dos usuarios e da coletividade. VII - Participagao da comunidade de forma a ampliar sua autonomia, emancipagao e envolvimento na construgao da consciéncia sanitaria, na organizagdo e orientacao dos servigos de sade e no exercicio do controle social Vill - Cooperago e articulagao intra e intersetorial para ampliar a atuago sobre determinantes e condicionantes da saide, IX - Garantia do direito das pessoas e da sociedade as informagées geradas pela Vigilancia em Salide, respeitadas as limitagses éticas e legais. X - Organizagao dos servigos publicos de modo a evitar duplicidade de meios para fins idénticos. Art. 8 APNVS tem as seguintes di trizes: hitps:fovsms.saude.govbribvs/saudelegisiens/2018ites0586_13_08_2018.himl 3it0 senzz022 18:14 Minist@r0 da Sa@de | Articular e pactuar responsabilidades das trés esferas de governo, consonante com os principios do SUS, respeltando a diversidade e especificidade locorregional, I Abranger agdes voltadas & satide publica, com intervengdes individuals ou coletivas, prestadas por servigos de vigilancia sanitéria, epidemiolégica, em satide ambiental e em satide do trabalhador, em tados os pontos de atencao IIL - Construir praticas de gestdo e de trabalho que assegurem a integralidade do cuidado, com a insergéio das ages de vigilancia em satide em toda a Rede de Atengao a Sade e em especial na Atengao Primaria, como coordenadora do culdado, IV - Integrar as préticas e processos de trabalho das vigilancias epidemiolégica, sanitaria, em satide ambiental © ‘em satide do trabalhador e da trabalhadora e dos laboralérios de saiide publica, preservando suas especificidades, ‘compartilhando saberes e tecnologias, promovendo 0 trabalho multiprofissional e interdisciplinar. \V - Promover a cooperagao e 0 intercdmbio técnico cientifico no ambito nacional e intemacional. VI - Atuar na gestio de risco por meio de estratégias para identificagao, planejamento, intervencao, regulagao, ‘comunicagao, monitoramento de riscos, doengas e agravos. Vil - Detectar, monitorar e responder as emergéncias em satide publica, observando o Regulamento Sanitério Internacional, e promover estratégias para implementagdo, manutengdo e fortalecimento das capacidades basicas de vigilancia em saide, VIII - Produzir evidéncias a partir da andlise da situagao da satide da populagdo de forma a fortalecer a gestéo e as praticas em saiide coletiva. 1X - Avaliar o impacto de novas tecnologias e servigos relacionados a satide de forma a prevenir riscos e eventos adversos, Art. 9° As estratégias para organizago da Vigilancia em Salide devem contemplar: | -Aarticulagdo entre as vigilancias, que pressupée: a) planejamento conjunto entre as vigilancias, com identificagdo de prioridades para atuago integrada, com base na andlise da situagdo de sade, e no mapeamento das atividades de produgo, consumo e infraestrutura e com potencial impacto no territério, b) produgao conjunta, sempre que necessdrio, de protocolos, instrumentos, normas técnicas ¢ atos normativos, ‘com harmonizagao de parametros e indicadores no desenvolvimento das ages de vigilancia. ¢) harmonizagao e, no que couber, unificagao dos instrumentos de registro e nolificagdo de doengas, agravos eventos de interesse comum aos componentes da vigilancia, 4) proposigao € produgéo de indicadores conjuntos para monitoramento ¢ avaliagao da situagao de satide. €) investigagao conjunta de surtos e eventos inusitados ou situagao de sade decorrentes de potenciais impactos ambientais de processos e atividades produtivas nos territérios, envolvendo as vigiléncias epidemiolégica, sanitaria, em satide ambiental, em satide do trabalhador e da trabalhadora e a rede de laboratérios de satide publica, 4) produgao conjunta de metodologias de ago, investigagao, tecnologias de intervencao, monitoramento avaliagdo das agées de vigidncia. g) reviséo e harmonizagao dos cédigos de satide, com insergao de disposigdes sobre a vigilancia em satide e atribuigao da competéncia de autoridade sanitaria as equipes de vigiléncia em sade, nos Estados, Municipios e Distrito Federal. II - Processos de trabalho integrados com a atengo a satide, que devem: a) ser pautados pelo conhecimento epidemiolégico, sanitario, social, demogréfico, ambiental, econdmico, cultural, polltico, de produgao, trabalho e consumo no territério, e organizados em diversas situagoes. b) considerar o planejamento integrado da atengéio, que contempla as agdes de vigilancia e assisténcia a satide, come ferramenta para a definigao de prioridades comuns para aluacdo conjunta, tomando como base a andlise da situagao de satide e a avaliagao dos riscos e vulnerabilidades do territério, ©) considerar a colaboragéo necessaria para a integralidade em seus varios aspectos, a saber: integracao das diversas agdes e servigos que compdem a rede de atencao a satide; articulagao das agdes de promogao e proteao a satide, prevengdo de doengas e agravos e do manejo das diversas tecnologias de cuidado e de gestéo necessérias & detecgo, prevengao, tratamento e reabilitagdo; nas demais responsabilidades especificas da vigilancia em satide, bem ‘como a articulagao intersetorial hitps:fovsms.saude.govbribvs/saudelegisiens/2018ites0586_13_08_2018.himl 40 senzz022 18:14 Minist@r0 da Sa@de Ill -A regionalizagao das ages e servigos de vigilancia em satide articuladas com a atengo em satide no ambito da regido de saiide, IV -A insergao da vigiléncia em satide na Rede de Atengao a Satide (RAS), que deve contribuir para a construgao de linhas de cuidado que agrupem doengas e agravos e determinantes de satide, identificando riscos e situacdes de vulnerabilidade, V- O estimulo a participagao da comunidade no controle social, o que pressupoe’ a) acolhimento e resposta as demandas dos representantes da comunidade e do controle social. b) articulago com entidades, instituicSes, organizagées nao governamentais, associagées, cooperativas e demais representagdes das comunidades presentes no territério, inclusive as populagdes em situagao de vulnerabilidade. 4) apoiar o funcionamento das Comissdes Intersetoriais de Vigilancia em Saude dos Conselhos de Satide, nas tras esferas de gestao do SUS. e) incluso da comunidade e do controle social nos programas de capacitacao e educagao permanente em vigilancia em satide, sempre que possivel, e inclusdo de contetidos de vigilancia em sade nos processos de capacitagao permanente voltados para a comunidade e 0 controle social #) incluso de grupos de populagdes em situagao de vulnerabilidade, com vistas as agdes de protegao e promogao da saiide. 9) assegurar 0 acesso as informagées aos representantes da comunidade e do controle social VI-Agestao do trabalho, o desenvolvimento e a educagao permanente, o que pressupée: a) estar em consonéncia com as necessidades locais de modo a qualificar os profissionais de vigilancia e de todos 08 niveis de atengdo. b) a adogdo de estratégias para a progressiva desprecarizacao dos vinculos de trabalho das equipes de vigilancia ‘em saiide, que exercem fungaio tipica de Estado, nas trés esferas de gestao do SUS, mediante concurso puiblico. ©) @ valorizagao dos trabalhadores e das trabalhadoras por meio de planos de cargos, carreiras e salérios que contemplem, dentre outros, 0 regime de dedicagao exclusiva a que estdo expostos os trabalhadores de vigilancia em satide, por determinagao legal 4) investimento na qualificagéo e capacitagdo integradas das equipes dos diversos componentes da vigilancia em satide, com incorporagao de contetidos especificos, comuns e afins, nos processos formativos e nas estratégias de ‘educagao permanente de todos os componentes da Vigilancia em Satide. ©) insergdo de contetidos de vigilancia em satide nos diversos processos formativos ¢ estratégias de educacao permanente, cursos e capacitacdes, para profissionais de nivel superior e nivel médio, com destaque aqueles destinados as equipes de Vigilancia em Satide, @ Sade da Familia e aos gestores. 1) articulagéo intersetorial com Ministérios @ Secretarias de Governo, especialmente com o Ministério da Educagao, para fins de inclusao de contetidos tematicos de vigilancia em satide nos curriculos do ensino fundamental & médio, da rede publica e privada, em cursos de graduagao e de programas especificos de pés-graduagéo em sentido amplo @ estrito, possibilitando a articulagao ensino, pesquisa e extensao. 9) apoio & capacitagao voltada para os interesses do movimento social e controle social, em consondncia com as agées e diretrizes estratégicas do SUS e com a legislagao vigente, VIl-Apoio ao desenvolvimento de estudos © pesquisas, 0 que pressupse: a) articulagao estreita entre os servigos ¢ instituigdes de pesquisa e universidades, com envolvimento de toda a rede de servigos do SUS na construgao de saberes, normas, protocolos, tecnologias e ferramentas, voltadas a produgao de respostas aos problemas e necessidades identificadas pelos servigos, profissionais, comunidade e controle social. b) articulagéo, quando necessério, com organismos intemnacionais de sade para o desenvolvimento de estudos Pesquisas. ©) adogao de critérios epidemiolégicos e de relevancia social para a identificago @ definicao das linhas de investigagdo, estudos e pesquisas, de modo a fornecer respostas e subsidios técnico-cientificos para o enfrentamento de problemas prioritarios no contexto da vigilancia em saiide. d) desenvolvimento de projetos de pesquisa-intervencao que possam ser estruturantes para a vigiléncia em sade que resultem em produgao de tecnologias de intervengao em problemas prioritarios para cada territério.. ©) definicao de linhas prioritarias de pesquisa para a produgao de conhecimento © de respostas as questdes teérico-conceituiais do campo da vigiléncia em satide, incluindo os grupos populacionais em vulnerabilidade e as hitps:fovsms.saude.govbribvs/saudelegisiens/2018ites0586_13_08_2018.himl 5/10 senzz022 18:14 Minist@r0 da Sa@de doengas negligenciadas, de modo a preencher lacunas e produzir modelos teéricos que contribuam para a melhoria da promogdo, da viglancia e da protegao a satide. {) estabelecimento de mecanismos que garantam a participagéo da comunidade no desenvolvimento dos estudos ¢ pesquisas, incluindo a divulgagao e aplicagao dos seus resultados, 9) observancia dos preceitos éticos no desenvolvimento de estudos e pesquisas realizados no émbito da rede de servigos do SUS, mediante a participagao dos Comités de Etica em Pesquisa nesses processos. VIII - Sistemas de informagao integrados com potencialidade para a coleta, consolidagao, andlise de dados a geragao e disseminagdo de informagdes que contribuem para aprimorar e consolidar a gestéo da Vigilancia em Satide, notadamente nas atividades de planejamento, monitoramento e avaliagdo, em tempo oportuno, IX Acomunieago, que desempenha as seguintes fungées: a) 0 alerta de risco sanitério, que consiste na divulgagdo de informagées sobre a ocorréncia de eventos com potencial de risco a satide, com detalhada descrigao da situacao, de cuidados e medidas necessarios 8 redugao ou eliminagao do risco. Pode ser direcionada a determinados grupos populacionais ou & populagao em geral. Objetiva a mudanga imediata de comportamentos individuals ou a implementacao de medidas de carater coletivo. Exige a utlizago de diferentes veiculos de comunicagao de forma a atingir, em tempo oportuno, o pitblico-alvo. b) a comunicagao do risco, que consiste em um processo interativo de troca de informagao e opinides entre individuos, grupos e instituigées, relativa a acontecimentos ou situagdes que ameagam a satide humana ou a seguranca dos individuos ou das comunidades. Deve ser oportuno e transparente na veiculagao de informago veiculada no decurso do processo de comunicagao do isco em sade, no que se refere a natureza, magnitude, significancia e medidas de controle do risco. ©) a disponibiizagao de material técnico-clentifico, voltado para a disseminagéo do conhecimento, de dados, informagées, normativas, com 0 objetivo de aperfeicoamento das ages voltadas para a Vigilancia em Saiide, Deve ser uma agao de rotina, sempre atualizada, dirigida para piblicos especificos e utilizando os meios mais adequados para aleangar sua finalidade. 4d) a mobilizago social, por meio da disseminago de informagées, dados, andlise de situago de sade, entre ‘outras agdes, com 0 objetivo de possibiltar a ampliagéo do comprometimento da populagéo com a eliminago ou redugao dos riscos a saiide, X + Respostas, de forma oportuna e proporcional, as emergéncias em satide publica, com o estabelecimento de plano de resposta, a ser elaborado por cada esfera de gestao, considerando as vulnerabilidades do seu territério & ‘cenarrios de risco. Na resposta a emergéncia em satide piblica, necessdria uma atuagao coordenada entre as diversas organizagées governamentais n&o governamentais envolvidas, articulando e organizando 0 esforgo para a minimizagao de sous efeitos. XI - O planejamento, a programacao e a execusao de agées de vigilancia em satide, que devem ter como base a analise da situagao de satide, identificando os fatores condicionantes e determinantes, as necessidades de satide no lerritério, 0 grau e a forma de urbanizagSo, produgo, consumo ¢ trabalho, as diferengas socioeconémicas, culturals € ambientais, entre outras, que interferem no risco de ocorréncia de varias doengas e agravos, XII - © monitoramento e a avaliagdo devem ser utlizados nas trés esferas de governo como ferramentas capazes de identiicar problemas e possibilitar a revisao das estratégias definidas, Art, 10 Sao responsabilidades da Unido, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municfpios, em seu ambito administrative, além de outras que sejam pactuadas pelas Comissées Intergestores: | - assegurar a oferta de agdes e de servigos de vigilancia em sade, considerando o ambito regional. Il - garantir a transparéncia, a integralidade e a equidade no acesso as agdes e aos servicos de Vigilancia em Saiide. IIl- orientar e ordenar os fluxos das agées e dos servigos de vigilancia em satide, IV- monitorar 0 acesso as agdes e aos servigos de vigilancia em sade. \V - estabelecer e garantir a articulagao sistematica entre os diversos setores responsaveis pelas politicas piblicas, para analisar os diversos problemas que afetam a sade e pactuar agenda prioritaria de ages intersetor VI - desenvolver estratégias para identificar situagdes que resultem em risco ou produgdo de agravos & sade, adotando e ou fazendo adotar medidas de controle quando necessério. VII - promover a formagao © capacitagao em vigilincia em saude para os profissionais de sade do SUS, respeltadas as diretrizes da Politica Nacional de Educagao Permanente em Saiide, bem como estimular a parceria entre ‘08 6rgaos ¢ instituigées pertinentes para formagao e capacitago da comunidade, dos trabalhadores e do controle social, ‘em consonancia com a legislacao vigente, hitps:fovsms.saude.govbribvs/saudelegisiens/2018ites0586_13_08_2018.himl ar10 senzz022 18:14 Minist@r0 da Sa@de Vill - elaborar, em seu ambito de competéncia, perfil epidemiolégico, a partir de fontes de informagao existentes © de estudos especificos, com vistas a subsidiar a programacdo e avaliagao das ages de atengao a salide. XIX - promover, fortalecer e articular a atuagao dos Centros de Informagao e Assisténcia Toxicolégica no apoio técnico a profissionais de sade e a pessoas expostas ou intoxicadas por substancias quimicas e medicamentos ou acidentes com animais pegonhentos. Art. 11 So responsabilidades da Unido, e compete ao Ministério da Satide, por intermédio da Secretaria de Vigilancia em Satide e da Agéncia Nacional de Vigilancia Sanitaria (Anvisa), a gestéo da vigilancia em satide no ambito da Unido, compreendendo: | - coordenar, em Ambito nacional: a) a implementago da Politica Nacional de Vigilancia em Saiide. b) a formulagao de diretrizes e prioridades em vigilancia em satide no ambito nacional, em consonancia com esta politica e de forma articulada com as demais esferas de governo ©) as agées de vigilancia em saiide, com énfase naquelas que exigem simultaneidade nacional ou regional. d) as agées de monitoramento da qualidade e seguranga dos bens, produtos e servigos sujeitos @ vigilancia sanitaria, 2) as ages de laboratério necessarias para a vigilancia em saiide, {) as ages de promogao da satide. 9) programas estratégicos nacionais voltados a atuagao da vigilancia em sade. h) as agdes de vigilancia em sade, nas emergéncias em satide pUblica de importancia nacional e internacional, ‘em consonancia com 0 Regulamento Sanitario Internacional, bem como cooperagao com Estados, Distrito Federal © Municipios em situagao de emergéncias em saiide publica, quando pertinente. I - conduzir as negociagdes nas instancias do SUS, visando inserir ages, metas e indicadores de vigilancia em satide no Plano Nacional de Sade e na Programagdo Anual de Saiide, a partir de planejamento estratégico em ‘consonancia com esta politica. IIL - participar do financiamento das agdes de vigilancia em satide, alocando recursos orgamentarios @ financeiros para a implementagao desta Politica IV - desenvolver estratégias visando 0 fortalecimento da participagao da comunidade, dos trabalhadores e do controle social, incluindo 0 apoio e fortalecimento da Comisséo Intersetorial de Vigilancia em Satide do Conselho Nacional de Satide (CIVS/CNS); V - apoiar tecnicamente as Secretarias de Satide dos Estados, do Distrito Federal © dos Municipios, na implementagdo e execugao da Politica Nacional de Vigilancia em Satide. VI- promover a incorporagao de ages e procedimentos de vigilancia em saiide junto a Rede de Atengao a Saude, considerando os diferentes niveis de complexidade, tendo como centro ordenador a Atengo Priméria em Satide. Vil - monitorar, em conjunto com as Secretarias de Sailde Estaduais, Municipais @ do Distrito Federal, os indicadores pactuados para avaliagao das ages e servicos de vigilancia em satide. VIII - implementar a gestdo dos sistemas nacionais de informagao de interesse da vigilancia em satide. IX - estabelecer rotinas de sistematizagéo, processamento, andlise e divulgagéo dos dados gerados nos Municipios e nos Estados a partir dos sistemas de informagao em saiide, X - elaborar normas pertinentes a vigilancia em satide. XI - regular, controlar, avaliar e fiscalizar procedimentos, produtos, substancias e servigos de saiide ¢ de interesse para a satide, XI - promover a harmonizagao dos procedimentos sanitérios no ambito da vigilancia sanitaria, XIll - executar as ages de vigilancia em satide de forma complementar a atuagao dos Estados, do Distrito Federal e dos Municipios, podendo atuar de forma suplementar no ambito da vigilancia sanitaria XIV - exeoutar a vigilancia sanitaria de portos, aeroportos e fronteiras, podendo ser compartihada com Estados, Distrito Federal e Municipios. XV - promover a cooperacdo @ o intercAmbio técnico-cientifico com organismos governamentais e ndo governamentais, de 4mbito nacional e internacional, na drea de vigilancia em satide. hitps:rovsms.saude.govbribvs/saudelegis/ens/2018ites0586_13_08_2018.himl 710 senzz022 18:14 Minist@r0 da Sa@de XVI - promover e realizar estudos, pesquisas e avaliagao de tecnologias que contribuam para o aperfeigoamento das ages @ incorporagao de inovagdes na area de vigiléncia em satide. XVII - promover e desenvolver estratégias que contribuam para a participagao e o controle social em vigilancia em saiide XIX - desenvolver estratégias e implementagao de agées de educagéo, comunicagao e mobilizagéio social referente a vigiancia em satide. XX - conduzir a revisao periédica da Lista Nacional de Notificagao Compulséria de doengas, agravos e eventos de Satide Publica nos servigos de satide puiblicos e privados em todo o territério nacional. XXI- prover os insumos estratégicos conforme termos pactuados na Comissao Intergestores Tripartite (CIT). XXIl- gerir os estoques nacionais de insumos estratégicos, de interesse da vigilancia em satide. XXIll - regular, monitorar, avaliar @ auditar as agdes e servigos de vigilancia em satide, no ambito de sua ‘competéncia. Art. 12 Sao responsabilidades dos Estados, e compete as Secretarias de Saude, a gestdo da vigilancia em satide no Ambito estadual, compreendendo: | coordenar, em ambito estadual: a) a implementagao da Pollca Nacional de Vigllancia em Saude. b) definigao de prioridades com base nas politicas e diretrizes na area de vigilancia, no ambito de seus limites territoriais. b) as agées relacionadas a esta politica, com énfase naquelas que exigem simultaneidade estadual, regional e municipal ©) ages de vigilancia, nas emergéncias om saiide piblica de importancia estadual, bem como cooperacao com Municipios em situagao de emergéncias em satide publica de importéncia municipal, quando indicado e com outras, unidades federadas quando solicitado. II coordenar e executar, em 4mbito estadual: a) as ages laboratoriais, sob sua competéncia, necessérias para a vigiléncia em saiide, de forma articulada com a Rede Nacional de Laboratérios de Satide Publica. b) programas estratégicos estaduais voltados a atuagio da vigilancia em satide. IIL - conduzir as negoclagdes nas instancias estaduals do SUS, visando inserir agées, metas e indicadores de vigilancia em saiide no Plano Estadual de Saude e na Programagao Anual de Satide, IV - participar do financiamento das agGes de vigilancia em satide, alocando recursos orgamentarios e financeiros para a implementagao desta Politica \V - desenvolver estratégias visando o fortalecimento da participagao da comunidade, dos trabaihadores e do controle social, incluindo a criagéo, 0 apoio e o fortalecimento de comissées de vigilancia em sade nos Conselhos Estaduais de Saude. VI - apoiar tecnicamente e atuar de forma integrada com as Secretarias Municipais de Satide na implementagao das agées de vigiléncia em sade. Vil - organizar as agdes de vigilancia em satide nas regides de sade, considerando os diferentes niveis de complexidade, tendo camo centro ordenador a Atengao Primaria em Saude, definindo, em conjunto com os municipios, © de forma articulada com a Unido, os mecanismos e os fluxos de referéncia, contra-referéncia e de apoio matricial, além de outras medidas, para assegurar o desenvolvimento de acdes de vigilancia em satide. VIII - realizar a pactuagao regional e estadual das ages e dos indicadores de vigilancia em satide, 1X elaborar normas pertinentes & vigilancia em sade complementar a disciplina nacional. X- regular, controlar, avaliar e fiscalizar procedimentos, produtos, substancias e servigos de satide e de interesse para a saiide XI-executar as agdes de vigilancia de forma complementar a atuagao dos Municipios. XII - colaborar com a Uniao na execugao das agdes sob vigilancia sanitaria de Portos, Aeroportos e Fronteiras, conforme pactuacdo tripartite. hitps:fovsms.saude.govbribvs/saudelegisiens/2018ites0586_13_08_2018.himl ait0 senzz022 18:14 Minist@r0 da Sa@de Xill- monitorar e avaiar as ages de viglancia em seu ambito territorial, bem como regular e auditar as agdes © a prestagao de servigos de vigllancia em satide, no ambito de sua competéncia. XIV - implementar a gestdo dos sistemas de informagao de interesse da vigilancia em seu Ambito territorial XV - monitorar, em conjunto com as Secretarias Municipais de Satide, os indicadores pactuados para avaliagéo das ages e servigos de vigilancia em saiide. XVI - promover e desenvolver ages e estralégias que contribuam para a parlicipagdo e 0 controle social em vigilancia em saiide. XVII = promover a cooperagiio @ o intercdmbio técnico cientifico com organismos governamentais © nao governamentais, de ambito estadual, nacional e internacional. XVIII - mplementar, na Rede de Atengao a Satide do SUS, e na rede privada, o registro de doengas e agravos de nolificagao compulséria, inclusive aqueles relacionados ao trabalho, assim como de outros dados pertinentes a vigilancia ‘em satide no conjunto dos sistemas de informagao em satide. XIX - desenvolver estratégias e implementagao de agées de educago, comunicagao e mobilizagéio social referente a vigiancia em satide. XX - definir e executar projetos especiais em questdes de interesse locoregional, em conjunto com as equipes municipais, quando e onde couber. XXI_- prover os insumos estratégicos conforme termos pactuados nas Comissées Intergestores Tripartite & Bipartite. XXII - gerir os estoques estaduais de insumos estratégicos de interesse da vigilancia em sade. Art. 13 So responsabilidades dos Municipios, e compete as Secretarias de Sade, a gestéo da vigilancia em satide no Ambito municipal, compreendendo: | - coordenar em ambito municipal a implementagao da Politica Nacional de Vigilancia em Saude: I coordenar e executar, em Ambito municipal. a) as ages e servicos de vigilancia em salide sob sua competéncia. b) as agdes de laboratério sob sua competéncia, necessérias para a vigilancia em saiide, de forma articulada com a Rede Nacional de Laboratérios de Satide Publica. ©) 0s programas estratégicos municipais voltados a atuagao da vigilancia em satide. d) as agées de vigilancia, nas situagées de emergéncias em satide piblica de importancia municipal. IIL- participar da pactuagao regional e estadual das ages e dos indicadores de vigilancia em saude. IV - conduzir as negociagées nas instancias municipais do SUS, visando inserir agbes, metas ¢ indicadores de vigilancia om satide no Plano Municipal de Saude e na Programagéo Anual de Satide, a partir de planejamento estratégico que considere a Politica Nacional de Vigilancia em Satide. \V - pactuar e alocar recursos orgamentarios e financeiros para a implementagao da Politica Nacional de Vigilancia em Saude. VI - desenvolver estratégias visando o fortalecimento da participagdo da comunidade, dos trabalhadores e do controle social, incluindo a criagéo, 0 apoio e 0 fortalecimento de comissGes de vigilancia em sade nos Conselhos Municipais de Saude. VII - elaborar normas pertinentes a vigilancia em satide complementares as disciplinas estadual e nacional. Vil - regular, controlar, avaliar @ fiscalizar procedimentos, produtos, substancias © servigos de satide © de interesse para a salide. IX - colaborar com a Unido na execugao das ages sob vigilancia sanitaria de Portos, Aeroportos e Fronteiras, conforme pactuacao tripartite. X - monitorar e avaliar as ages de vigilancia em seu terrtério, incluindo os indicadores pactuados para avaliagao das ages de vigilancia em saide. XI - implementar a gestéo e a alimentago, no ambito municipal, dos sistemas de informagio de interesse da vigilancia. hitps:fovsms.saude.govbribvs/saudelegisiens/2018ites0586_13_08_2018.himl ar10 senzz022 18:14 Minist@r0 da Sa@de XII - promover a cooperagdo © 0 intercmbio técnico-cientifico com organismos governamentais © nao governamentais de Ambito municipal, intermunicipal, estadual, nacional e internacional XII - participar, em conjunto com o Estado e com a Unido, da definigéo dos mecanismos e dos fluxos de referéncia, contra-referéncia ¢ de apoio matricial, além de outras medidas, para assegurar o desenvolvimento de agées de promocao, vigilancia e assisténcia XIV - articular-se regionalmente para integrar a organizacao, o planejamento e a execugo de agdes e servigos de satide quando da identificagao de problemas e prioridades comuns. XV - implementar, na Rede de Atengao a Satide do SUS, e na rede privada, o registro de doengas ¢ agravos de notificag&o compulséria, inclusive aqueles relacionados ao trabalho, assim como de outros dados pertinentes a vigilancia ‘em satide no conjunto dos sistemas de informagao em satide. XVI = desenvolver estratégias e implementagao de agdes de educagéo, comunicagao © mobilizagao social referentes a vigilancia em saiide. XVII - monitorar e avaliar as ages de vigilancia em seu territério, bem como regular, auditar as agdes ea prestago de servigos em vigllancia em satide, no ambito de sua competéncia. XVIII - prover insumos estratégicos, conforme termos pactuados nas Comissées Intergestores Tripartite Bipartite, XIX - gerir 0 estoque municipal de insumos de interesse da vigilancia em saiide. XX - participar do financiamento das agées de vigilancia em satide, alocando recursos orgamentarios e financeiros para a implementagao desta Politica, XXI - promover e desenvolver ages e estratégias que contribuam para a participagdo e o controle social em vigilancia em sade. Art. 14 As responsabilidades do Distrito Federal, e competéncias de sua Secretaria de Satide, compreendem, simultaneamente, aquelas relativas a Estados e Municipios. Art. 15 As metas e os indicadores para avaliagao e monitoramento da Politica Nacional de Vigilancia em Saude devem estar contidos nos instrumentos de gestdo definidos pelo sistema de planejamento do SUS: | - Planos de Satide; II Programagées Anuais de Saude; IIl- Relatérios Anuais de Gestao. §1° 0 planejamento estratégico deve contemplar agées, metas e indicadores de promogao e protecdo da satide, de prevengao de doengas e redugdo da morbimoralidade, vulnerabilidades © riscos nos moldes de uma atuagao permanentemente, articulada e sistémica. §2° Os conselhos de satide devem ser protagonistas no processo de avaliagao e monitoramento da PNVS. Art. 16 O financiamento das agées da vigilancia em satide, garantido de forma tripariite, deve ser especifico, permanente, crescente e suficiente para assegurar os recursos e tecnologias necessdrios ao cumprimento do papel institucional das trés esferas de gestao, bem como deve contribuir para o aperfeigoamento © melhoria da qualidade de suas agdes, RONALD FERREIRA DOS SANTOS Presidente do Conselho Homologo a Resolugao CNS n° 588, de 12 de julho de 2018, nos termos do Decreto de Delegacao de Competéncia de 12 de novembro de 1991. GILBERTO OCCHI Ministro Sa@de Legis - Sistema de Legisla@@o da Sagde hitps:fovsms.saude.govbribvs/saudelegisiens/2018ites0586_13_08_2018.himl 10110

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