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2ª Edição
janeiro de 2020
Copyright © 2018, Associação Brasileira de Profissionais de Epidemiologia de Campo.
Todos os direitos reservados.
A cópia total ou parcial, sem autorização expressa do(s) autor(es) ou com o intuito de
lucro, constitui crime contra a propriedade intelectual, conforme estipulado na Lei nº
9.610/1998 (Lei de Direitos Autorais), com sanções previstas no Código Penal, artigo
184, parágrafos 1° ao 3°, sem prejuízo das sanções cabíveis à espécie.
Expediente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de
Saúde - CONASEMS
QUADRO GERAL DA ORGANIZAÇÃO
DIRETORIA EXECUTIVA
Presidente – Wilames Freire Bezerra
Vice-Presidente – Charles Cezar Tocantins
Vice-Presidente – Cristiane Martins Pantaleão
Secretário Executivo - Mauro Guimarães Junqueira
Diretora Administrativo – Jose Eduardo Fogolin Passos
Diretor Financeiro – Hisham Mohamad Hamida
Diretora Financeiro-Adjunto – Orlando Jorge Pereira de Andrade de Lima
Diretor de Comunicação Social – Maria Célia Valladares Vasconcelos
Diretora de Comunicação Social–Adjunto – Iolete Soares de Arruda
Diretora de Descentralização e Regionalização – Soraya Galdino de Araújo Lucena
Diretora de Descentralização e Regionalização–Adjunto – Stela dos Santos Souza
Diretor de Relações Institucionais e Parlamentares – Diego Espindola de Ávila
Diretor de Relações Institucionais e Parlamentares- Adjunto- Carmino Antônio de Souza
Diretor de Municípios de Pequeno Porte - Débora Costa dos Santos
Diretora de Municípios de Pequeno Porte–Adjunto – Murilo Porto de Andrade
Diretor de Municípios com Populações Ribeirinhas e em Situação de Vulnerabilidade – Januário Carneiro Neto
Diretor de Municípios com Populações Ribeirinhas e em Situação de Vulnerabilidade – Adjunto – Vera Lucia Quadros
1º Vice-Presidente Regional - Região Centro Oeste – Maria Angélica Benetasso
2º Vice-Presidente Regional - Região Centro Oeste – Douglas Alves de Oliveira
1º Vice-Presidente Regional - Região Nordeste – Normanda da Silva Santiago
2º Vice-Presidente Regional - Região Nordeste – Leopoldina Cipriano Feitosa
1º Vice-Presidente Regional - Região Norte – Marcel Jandson Menezes
2º Vice-Presidente Regional - Região Norte – Rondinelly da Silva e Souza
1º Vice-Presidente Regional - Região Sudeste – Andreia Passamani Barbosa Corteletti
2º Vice-Presidente Regional - Região Sudeste – Eduardo Luiz da Silva
1° Vice-Presidente Regional – Região Sul - Pablo de Lannoy Sturmer
2° Vice-Presidente Regional – Região Sul - Adriane da Silva Jorge Carvalho
Conselho Fiscal 1º Membro – Região Norte – Oteniel Almeida dos Santos
Conselho Fiscal 1º Membro – Região Nordeste – Jose Afranio Pinho Pinheiro Junior
Conselho Fiscal 2º Membro – Região Nordeste - Artur Belarmino de Amorim
Conselho Fiscal 1º Membro - Região Centro-Oeste – Edimar Rodrigues Silva
Conselho Fiscal 2º Membro - Região Centro-Oeste– Patricia Marques Magalhães
Conselho Fiscal 1º Membro - Região Sudeste - José Carlos Canciglieri
Conselho Fiscal 2° Membro – Região Sudeste - Maria Augusta Monteiro Ferreira
Conselho Fiscal 1º Membro - Região Sul - João Carlos Strassacapa
Conselho Fiscal2º Membro – Região Sul- Manuel Rodriguez del Olmo
Representantes no Conselho Nacional de Saúde – Arilson da Silva Cardoso e José Eri Borges de Medeiros
EQUIPE TÉCNICA
Alessandro Aldrin Pinheiro Chagas
Flávio Alexandre Cardoso Álvares
Kandice de Melo Falcão
EQUIPE TÉCNICO-OPERACIONAL
Alessandro Aldrin Pinheiro Chagas
Catarina Batista da Silva Moreira
Flávio Alexandre Cardoso Álvares
Jônatas David Gonçalves Lima
Joselisses Abel Ferreira
Kandice de Melo Falcão
Luiz Filipe Barcelos
Murilo Porto de Andrade
Soraya Galdino de Araújo Lucena
Sandro Haruyuki Terabe
Wilames Freire Bezerra
Sobre o CONASEMS
Fazendo jus ao tamanho e à diversidade do Brasil, o Conselho Nacional de
Secretarias Municipais de Saúde representa a heterogeneidade dos milhares de
municípios brasileiros.
Historicamente comprometido com a descentralização da gestão pública de saúde, o
CONASEMS defende o protagonismo dos municípios no debate e formulação de
políticas públicas e contribui para o aumento da eficiência, o intercâmbio de
informações e a cooperação entre os sistemas de saúde do país.
Conheça nossas três décadas de atuação acessando www.conasems.org.br.
Equipe Técnica da Associação Brasileira de Profissionais de
Epidemiologia de Campo - ProEpi
Equipe técnica
Coordenação Pedagógica - Hirla Arruda
Tecnologia da Informação 1ª versão - Renato Lima/ Edmo Filho
Tecnologia da Informação 2º versão - João Gabriel Brandão
Conteudista - Walter Ramalho
Apoio Técnico ao Núcleo Pedagógico 1ª versão - Danielly Xavier
Revisão 1ª versão - Daniel Coradi/ José Alexandre Menezes/ Sara Ferraz
Revisão 2º versão - Daniele Queiroz/ Sarah Mendez/ Sara Ferraz
Design Instrucional - Guilherme Duarte
Ilustração 1ª versão - Guilherme Duarte/ Mauricio Maciel
Ilustração 2º versão - Guilherme Duarte
Vigilância epidemiológica 13
Imunização 14
Vigilância sanitária 18
Vamos relembrar? 29
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AULA 2- Conceitos básicos e objetivos da Vigilância em Saúde
Olá!
Na aula passada conhecemos um pouco da história e evolução da
Vigilância em Saúde.
Como vimos brevemente na aula passada, a Vigilância em Saúde é definida como o processo
contínuo e sistemático de coleta, consolidação, análise e disseminação de informações sobre
eventos relacionados à saúde, visando o planejamento e a implementação de medidas de
saúde pública, incluindo a regulação, intervenção e atuação sobre os condicionantes e
determinantes da saúde, para a proteção e promoção da saúde da população, prevenção e
controle de riscos, agravos e doenças.
A vigilância é uma das atividades mais antigas da Saúde Pública e alcança todos os níveis de
atenção à saúde, abrangendo serviços públicos e privados. Está relacionada às práticas de
atenção e promoção da saúde dos cidadãos e aos mecanismos adotados para prevenção de
doenças. Além disso, integra diversas áreas do conhecimento e aborda diferentes temas, tais
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como política e planejamento, territorialização, epidemiologia, processo saúde-doença,
condições de vida e situação de saúde das populações, ambiente e saúde e processo de
trabalho. Todos esses temas são pautados na integralidade da atenção à saúde, o que
pressupõe a inserção de ações de vigilância em todas as instâncias e pontos da Rede de
Atenção à Saúde do SUS, mediante articulação e construção conjunta.
Portanto, a Vigilância em Saúde, sendo uma instância governamental, precisa agir com
determinação para fortalecer a estrutura e a organização dos serviços e aumentar a
capacidade de resposta do Sistema Nacional de Vigilância em Saúde (SNVS). Além das
atividades de rotina relacionadas à coleta de dados, a Vigilância em Saúde deve estar
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preparada para detectar e responder adequadamente às emergências em saúde pública,
estruturada para o previsível, para o inusitado e para o futuro.
“Preparar-se para o inevitável, prevenindo o indesejável e controlando o que for
controlável”
(Peter Drucker)
O artigo 4º da portaria cita que as ações de Vigilância em Saúde abrangem toda a população
brasileira e envolvem práticas e processos de trabalho voltados para:
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Agora iremos conhecer alguns conceitos dos componentes da Vigilância em Saúde, que é
formada pela vigilância epidemiológica, imunização, vigilância ambiental e saúde do
trabalhador, vigilância sanitária e controle de vetores.
Vigilância epidemiológica
Saiba Mais
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do Anexo V (Origem: PRT MS/GM 204/2016, Anexo 1), e/ou a notificação de surto, são de
comunicação obrigatória à autoridade de saúde, realizada pelos médicos, profissionais de
saúde ou responsáveis pelos estabelecimentos de saúde, públicos ou privados.
É facultado a estados e municípios incluir outros problemas de saúde importantes em sua
região.
Veja quais doenças devem ser notificadas no link abaixo:
Clique aqui
Imunização
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ELIMINAÇÃO DA POLIOMIELITE
A eliminação da pólio é um excelente exemplo de sucesso da integração das ações de
vigilância epidemiológica e imunização!
A pólio era uma doença que assombrava os pais no início do século XX, caso a criança fosse
contaminada ela poderia passar o resto de seus dias ligada a uma máquina conhecida como
pulmão de aço* (imagens abaixo), além de causar danos irreparáveis em sua musculatura
esquelética.
O Brasil registrou o último caso da doença em 1989 e recebeu o certificado de eliminação da
pólio em 1994 graças à grande proporção de crianças vacinadas. No entanto, até que a
doença seja erradicada no mundo (como ocorreu com a varíola), existe o risco de um país ou
continente ter casos importados e o vírus voltar a circular em seu território. Para evitar isso, é
importante manter as taxas de cobertura vacinal altas e fazer vigilância constante, entre
outras medidas.
Desde 1988, registramos uma redução de 99,9% nos casos de pólio em todo o mundo. Há
mais de dois anos, casos do vírus selvagem da pólio só foram registrados em dois países:
Afeganistão e Paquistão, segundo o site da Iniciativa Global Para a Erradicação da Pólio
(tradução livre).
Ficou curioso? Visite o site da maior iniciativa global contra a poliomielite e o ENDPolio
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rubéola. O país desenvolveu uma série de ações estratégicas, ao longo dos anos, para atingir
esse objetivo, como campanhas de prevenção e a intensificação das ações de rotina de
vacinação desde 2004. Em 2008, o Ministério da Saúde, em parceria com estados e
municípios, vacinou 67,9 milhões pessoas durante a campanha nacional contra a doença,
que alcançou 96,7% do público-alvo, formado por 70,1 milhões pessoas, entre 20 e 39 anos.
Nas Américas, foram vacinadas mais de 250 milhões adolescentes e adultos contra rubéola e
sarampo. Vale destacar que a melhoria da qualidade das ações de vigilância epidemiológica
e do diagnóstico dos possíveis genótipos circulantes também foi fundamental nessa
estratégia.
Em maio de 2005, o Ministério da Saúde estabeleceu que todas as internações hospitalares,
relativas a agravos de notificação compulsória da Classificação Internacional de Doenças e
Problemas Relacionados à Saúde (CID 10), fossem avaliadas pela equipe da vigilância
epidemiológica em âmbito hospitalar ou pela vigilância epidemiológica do estado ou do
município. Essa grande estratégia de ações para eliminação da rubéola conjuntamente com o
sarampo contou com a presença de assessores técnicos de vigilância da rubéola e sarampo
do Ministério da Saúde em cada um dos estados brasileiros. Esses assessores,
desempenharam papel importante na interlocução entre municípios, estados e o Ministério da
Saúde, sobretudo relacionadas às informações epidemiológicas, investigação imediata de
casos suspeitos e estratégias de vacinação da população. A soma desses fatores levou à
ausência de novos casos autóctones desde 2009.
Em 2018, o Brasil enfrentou a reintrodução do vírus do sarampo, com a ocorrência de surtos
em 11 Estados, um total de 10.326 casos confirmados. Em 2019, foram confirmados 5.346
casos da doença concentrados em 13 Unidades Federadas e quatro óbitos foram
confirmados. O Ministério da Saúde encaminhou aos estados o quantitativo de 19,4 milhões
de doses da vacina tríplice viral para atender à demanda dos serviços de rotina e a realização
de ações de bloqueio, além da intensificação e campanha de vacinação para prevenção de
novos casos de sarampo.
Mais detalhes sobre a reintrodução do Sarampo no Brasil e atual cenário epidemiológico,
podem ser vistos no boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde “Situação do
Sarampo no Brasil – 2018-2019” e no Boletim Epidemiológico do Sarampo nº 27 de 25 de
setembro de 2019.
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Pulmões de aço: caixa torácica submetida a pressão negativa externa, haveria o seu deslocamento permitindo a ventilação pulmonar.
Acesso em: http://www.medicinaintensiva.com.br/pulmao-aco-historia-fotos.htm
A especificidade de seu campo é dada por ter como objeto a relação da saúde com o ambiente
e os processos de trabalho, abordada por práticas sanitárias desenvolvidas com a participação
dos trabalhadores em todas as suas etapas.
Vigilância sanitária
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A Vigilância Sanitária (VISA) é a parcela do poder de polícia destinada à proteção e promoção
da saúde, que tem como principal objetivo impedir que a saúde humana seja exposta a riscos,
regulando os processos e produtos que interferem na saúde das pessoas por meio da
fiscalização e do monitoramento, aplicando infrações e intimações, interditando
estabelecimentos, apreendendo produtos e equipamentos, entre outras ações.
A forma de atuação da VISA objetiva combater as causas dos efeitos nocivos à saúde da
população, em razão de alguma distorção sanitária, na produção e na circulação de bens, ou
na prestação de serviços de interesse à saúde.
Nas últimas décadas, mesmo com todo o aparato e avanços da Vigilância em Saúde, diversos
fatores têm propiciado emergência ou reemergência de doenças e agravos que desafiam a
saúde pública. Para produzir evidências e responder questionamentos sobre mudanças nos
determinantes e condicionantes do adoecimento, é necessário que haja compreensão e
monitoramento dos diversos contextos da sociedade, na economia, política, hábitos e
comportamentos das pessoas de uma comunidade, assim como a intensa urbanização e a
mobilidade da população.
Exercitando
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a) A vigilância ____________________ tem como ações a coleta, análise e divulgação de
informações em saúde, de forma contínua e sistemática.
No português, o termo “One Health” significa Saúde Única, ele tem ganhado espaço gradativo
dentro das discussões científicas que tratam de questões ligadas à epidemiologia e reflete a
integração entre saúde humana e atualmente, representa uma visão integrada da saúde
composta por três áreas indissociáveis: humana, animal e ambiental, que propõe a atuação
conjunta e a adoção de políticas públicas efetivas para prevenção e controle de doenças e
agravos trabalhando nos níveis local, regional, nacional, com o objetivo de reduzir os riscos
para a saúde global.
Fonte:http://portal.cfmv1.gov.br/uploads/files/folder_SU.pdf
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Apesar de estarem sendo utilizados há pouco tempo, os
conceitos que embasam essa abordagem são bem antigos. Na
Grécia antiga, Hipócrates defendeu a ideia de que a saúde
pública estava ligada a um ambiente saudável. Muitos séculos
depois, no século XIX, o médico patologista alemão Rudolf
Virchow já afirmava que entre animais e medicina humana não
há divisórias; e nem deveria haver. Ele foi o responsável por
difundir o termo zoonose.
Em resumo:
Fator (Causa) Mudança (Efeito)
A população está crescendo e se expandindo Como resultado, mais pessoas vivem em contato próximo com animais
para novas áreas geográficas. selvagens e domésticos. O contato próximo fornece mais oportunidades
para que doenças passem entre animais e pessoas.
A terra sofre mudanças climáticas e Interrupções nas condições ambientais e habitats fornecem novas
aumentou o uso indevido da terra, como oportunidades para doenças passarem para os animais.
desmatamento e práticas agrícolas
intensivas.
Aumento de viagens internacionais e As doenças e patógenos podem se espalhar rapidamente pelo mundo.
comércio.
Saiba mais
Fonte: http://bioemfoco.com.br/noticia/one-health-conceito-saude-unica/
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Por exemplo, a febre do vale do Rift (RVF) é causada pelo vírus RVFV que afeta seres
humanos e ruminantes. É transmitido pela picada de mosquitos contaminados, pelo contato
com o sangue do animal infectado ou ao beber o leite cru. Já causou vários surtos na África e
no Oriente. O vírus pode causar doenças graves tanto em pessoas como animais. Ao impedir
a RVF através da vacinação dos animais, menos pessoas serão infectadas por mosquitos
portadores do vírus ou por contato direto com um animal doente, caso das pessoas que
manipulam a carne no abate e veterinários. Além de proteger os animais em que as pessoas
confiam como alimento ou fonte de renda.
Veja o que o Centro de Controle de Doenças dos EUA produziu sobre essa temática!!
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Depois de tudo que aprendemos até aqui, podemos dizer que é muito importante que haja a
integração das ações de todas os componentes da vigilância em saúde entre si e com os
demais setores da saúde e fora dela, pensando que as previsões para um cenário
epidemiológico futuro podem ser alteradas tanto pela emergência ou reemergência de uma
doença transmissível ou uma zoonose que se dissemine rapidamente pelo mundo, ou ainda
pelo desenvolvimento de estratégias mais eficientes de prevenção e controle que podem
produzir alterações importantes nas tendências das taxas de morbimortalidade de doenças
transmissíveis e não transmissíveis. Algumas estratégias de integração foram muito bem-
sucedidas no Brasil recorrendo em grandes avanços para a saúde pública do país. Para
conhecer essas estratégias, acesse o “Saiba mais”.
Saiba Mais
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ampliação da cobertura da atenção básica, do acesso à vacinação, das taxas de aleitamento
materno e do nível de escolaridade da mãe, além da diminuição da pobreza obtida pelo
programa Bolsa Família. Essas ações se somam a outras políticas que levaram à quase
extinção de internações por desnutrição, por doenças imunopreveníveis (sarampo, difteria,
tétano neonatal, poliomielite, varíola, rubéola, meningites) e por diarreia ou pneumonia.
Programa Nacional de Controle do Tabagismo: Em novembro de 2005, a adesão do Brasil à
Convenção-Quadro da OMS para Controle do Tabaco (CQCT/OMS) foi ratificada pelo
Congresso Nacional e em janeiro de 2006 promulgada pelo Presidente da República. Com
isso, a implementação nacional desse tratado internacional de saúde pública ganhou o status
de uma Política de Estado. Ao longo dos últimos anos, o Programa Nacional de Controle do
Tabagismo se destaca na articulação para implementação dessa política, principalmente
quanto a educação, comunicação, treinamento e conscientização do público; nas medidas de
redução de demanda relativas à dependência e nas medidas para o abandono do tabaco.
Além disso, por meio de seu trabalho em rede, cria uma capilaridade que contribui na
promoção e no fortalecimento de um ambiente favorável à implementação de todas as
medidas e diretrizes de controle do tabaco no país, ainda que não estejam diretamente sob a
governabilidade do setor saúde (Brasil, 2011). Destaca-se como medidas regulatórias a
proibição de propagandas no rádio e TV e a proibição de fumar em locais fechados.
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Visto tudo isso, como será a saúde amanhã?
Saiba Mais
Ficou curioso com as previsões do futuro na área da saúde? Acesse e acompanhe o projeto
"Saúde Amanhã" da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
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Para Refletir
O Sistema Nacional de Vigilância em Saúde está composto por Subsistemas coordenados pelo
Ministério da Saúde. São esses:
Subsistema Nacional de Vigilância Epidemiológica, de doenças transmissíveis e de agravos e
doenças não transmissíveis;
Subsistema Nacional de Vigilância em Saúde Ambiental, incluindo ambiente de trabalho;
Sistema Nacional de Laboratórios de Saúde Pública, nos aspectos pertinentes à Vigilância em
Saúde;
Sistemas de informação de Vigilância em Saúde;
Programas de prevenção e controle de doenças de relevância em saúde pública, incluindo o
Programa Nacional de Imunizações;
Política Nacional de Saúde do Trabalhador; e
Política Nacional de Promoção da Saúde.
Você já teve contato com alguma dessas vigilâncias? Como foi a experiência?
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Exercitando:
A) Saúde Única
B) Zoonoses
C) Vigilância sanitária
Para refletir
Todo o conteúdo abordado até agora pode ser útil para que possamos refletir sobre como
ocorre a integração entre as diferentes áreas da vigilância. É sempre necessário e possível
integrar todas as áreas? Quais ações propiciam essa integração?
Agora vamos exercitar um pouco o raciocínio de vigilância em saúde adquirido até agora e
mergulhar na nossa cidade fictícia chamada “Epicity” para entendermos muitos dos desafios
da Vigilância em Saúde.
Epicity é um município que possui um pouco mais de 800 mil habitantes, do interior do estado
de Campos Novos, em um país chamado Proepilândia.
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A cidade está enfrentando um surto de sífilis e há preocupação especial, por parte das
autoridades sanitárias locais, em relação às grávidas porque a doença está relacionada com
complicações na gestação e malformações fetais.
As grávidas diagnosticadas com a doença passaram a ser notificadas por meio da ficha de
notificação compulsória específica, seguindo o fluxo de informação para a Secretaria
Municipal de Saúde de Epicity e depois para a Secretaria Estadual de Saúde de Campos
Novos.
Foi possível analisar o cenário epidemiológico da sífilis no município, utilizando os dados das
notificações. Dessa maneira, o estado e o município puderam estimar a quantidade de
insumos necessários para o tratamento das grávidas e de seus parceiros.
Além disso, uma campanha para a prevenção da sífilis foi realizada, incentivando o uso de
preservativos durante as relações sexuais e bem como a realização de testagem na
população com fatores de risco para o adoecimento por sífilis
Notificação compulsória dos casos de sífilis em gestante por meio do sistema oficial de
notificação (SINAN);
O conjunto das ações pode ser definido como o processo de trabalho de vigilância e controle
do zika vírus em Epicity.
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Vamos relembrar?
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Ajude o conhecimento a chegar mais longe!
Se você foi beneficiado(a) por este conteúdo, considere contribuir para que
ele alcance mais pessoas.
Fazendo uma doação para a ProEpi, você viabiliza o desenvolvimento e a
tradução para outros idiomas de mais recursos educacionais como esse, ajudando
colegas a se capacitarem e protegerem melhor a saúde da população.
Mais de 3.000 pessoas já foram beneficiadas por nossos cursos a distância e
outras centenas participaram de nossos treinamentos presenciais em áreas como
Investigação de Surto, Comunicação de Risco e Gestão de Projetos de Vigilância
em Saúde.
Torne-se um membro da nossa rede:
ou acesse proepi.org.br/doacao
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Referências
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da UFMG. v. 8, n. 1 (jan./maio 2016) – Belo Horizonte: Departamento de História,
FAFICH/UFMG, 2016. ISSN: 1984-6150.
LOPES, Gills Vilar; DUNDA, Fabiola Faro Eloy. O risco da contaminação global: o
combate à epidemia de Ebola na África como vetor de cooperação internacional.
Revista Eletrônica de Comunicação Informação & Inovação em Saúde, [s.i.], v. 9, n.
1, p.1- 22, jan/mar. 2015.
ROSEN, G. Uma história da Saúde Pública. São Paulo: Editora Unesp – Hucitec –
Abrasco, 1994. 423p.
SETA, Marismary Horsth De; OLIVEIRA, Catia Veronica dos Santos e PEPE, Vera
Lúcia Edais. Proteção à saúde no Brasil: o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária.
Ciênc. saúde coletiva [online]. 2017, vol.22, n.10.
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TACHKER, S. B. Historical Development. In: TEUTSCH, S. M.; CHURCHILL, R. E.
(ed.) Principles and Practice of Public Health Surveillance. Oxford University
Press, 2000. 406p.
WHANG, H. et al. Global, regional, and national levels of neonatal, infant, and
under-5 mortality during 1990–2013: a systematic analysis for the Global Burden of
Disease Study 2013. The Lancet. 2014; 384: 957-79.
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