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Área 04, Aula 02

Classificação e formulação de inseticidas

1
CONASEMS - Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde

ProEpi - Associação Brasileira de Profissionais de Epidemiologia de Campo

1ª Edição

Junho de 2018
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cabíveis à espécie.
Expediente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de
Saúde - CONASEMS
Quadro Geral da Organização
DIRETORIA EXECUTIVA
Presidente – Mauro Guimarães Junqueira

Vice-Presidente – Charles Cezar Tocantins

Vice-Presidente – Wilames Freire Bezerra

Diretora Administrativo – Cristiane Martins Pantaleão

Diretora administrativo- Adjunto- Silva Regina Cremonez Sirena

Diretor Financeiro – Hisham Mohamad Hamida

Diretora Financeiro-Adjunto – Iolete Soares de Arruda

Diretor de Comunicação Social – Diego Espindola de Ávila

Diretora de Comunicação Social–Adjunto – Maria Célia Valladares Vasconcelos

Diretora de Descentralização e Regionalização – Stela dos Santos Souza

Diretora de Descentralização e Regionalização–Adjunto – Soraya Galdino de Araújo Lucena

Diretor de Relações Institucionais e Parlamentares – Carmino Antônio de Souza

Diretor de Relações Institucionais e Parlamentares- Adjunto- Erno Harzheim

Diretor de Municípios de Pequeno Porte - Murilo Porto de Andrade

Diretora de Municípios de Pequeno Porte–Adjunto – Débora Costa dos Santos

Diretor de Municípios com Populações Ribeirinhas e em Situação de Vulnerabilidade –


Vanio Rodrigues de Souza

Diretor de Municípios com Populações Ribeirinhas e em Situação de Vulnerabilidade –


Adjunto – Afonso Emerick Dutra

2º Vice-Presidente Regional - Região Centro Oeste – André Luiz Dias Mattos

1º Vice-Presidente Regional - Região Nordeste – Normanda da Silva Santiago

2º Vice-Presidente Regional - Região Nordeste – Orlando Jorge Pereira de Andrade de Lima

1º Vice-Presidente Regional - Região Norte – Januário Carneiro Neto

1º Vice-Presidente Regional - Região Sudeste – Luiz Carlos Reblin

2º Vice-Presidente Regional - Região Sudeste – Geovani Ferreira Guimarães

2° Vice-Presidente Regional – Região Sul - Rubens Griep

Conselho Fiscal 1º Membro – Região Norte – Oteniel Almeida dos Santos


Conselho Fiscal 1º Membro – Região Nordeste – Leopoldina Cipriano Feitosa

Conselho Fiscal 2º Membro – Região Nordeste - Angela Maria Lira de Jesus Garrote

Conselho Fiscal 1º Membro - Região Centro-Oeste –Aparecida Clestiane de Costa Souza

Conselho Fiscal 2º Membro - Região Centro-Oeste–Maria Angélica Benetasso

Conselho Fiscal 1º Membro - Região Sudeste - José Carlos Canciglieri

Conselho Fiscal 2° Membro – Região Sudeste - Tereza Cristina Abrahão Fernandes

Conselho Fiscal 1º Membro - Região Sul - João Carlos Strassacapa

Conselho Fiscal 2º Membro – Região Sul- Sidnei Bellé

Representantes no Conselho Nacional de Saúde – Arilson da Silva Cardoso e José Eri Borges
de Medeiros

RELAÇÃO NACIONAL DOS COSEMS

COSEMS - AC - Tel: (68) 3212-4123

Daniel Herculano da Silva Filho

COSEMS - AL - Tel: (82) 3326-5859

Izabelle Monteiro Alcântara Pereira

COSEMS - AM - Tel: (92) 3643-6338 / 6300

Januário Carneiro da Cunha Neto

COSEMS - AP - Tel: (96) 3271-1390

Maria de Jesus Sousa Caldas

COSEMS - BA - Tel: (71) 3115-5915 / 3115-5946

Stela Santos Souza

COSEMS - CE - Tel: (85) 3101-5444 / 3219-9099

Josete Malheiros Tavares

COSEMS - ES - Tel: (27) 3026-2287

Andréia Passamani Barbosa Corteletti

COSEMS - GO - Tel: (62) 3201-3412

Gercilene Ferreira

COSEMS - MA - Tel: (98) 3256-1543 / 3236-6985

Domingos Vinicius de Araújo Santos

COSEMS - MG - Tels: (31) 3287-3220 / 5815


Eduardo Luiz da Silva

COSEMS - MS - Tel: (67) 3312-1110 / 1108

Wilson Braga

COSEMS - MT - Tel: (65) 3644-2406

Silvia Regina Cremonez Sirena

COSEMS - PA - Tel: (091) 3223-0271 / 3224-2333

Charles César Tocantins de Souza

COSEMS - PB - Tel: (83) 3218-7366

Soraya Galdino de Araújo Lucena

COSEMS - PE - Tel: (81) 3221-5162 / 3181-6256

Orlando Jorge Pereira de Andrade Lima

COSEMS - PI - Tel: (86) 3211-0511

Leopoldina Cipriano Feitosa

COSEMS - PR - Tel: (44) 3330-4417

Cristiane Martins Pantaleão

COSEMS - RJ - Tel: (21) 2240-3763

Maria da Conceição de Souza Rocha

COSEMS - RN - Tel: (84) 3222-8996

Débora Costa dos Santos

COSEMS - RO - Tel: (69) 3216-5371

Afonso Emerick Dutra

COSEMS - RR - Tel: (95) 3623-0817

Helenilson José Soares

COSEMS - RS - Tel: (51) 3231-3833

Diego Espíndola de Ávila

COSEMS - SC - Tel: (48) 3221-2385 / 3221-2242

Sidnei Belle

COSEMS - SE - Tel: (79) 3214-6277 / 3346-1960

Enock Luiz Ribeiro

COSEMS - SP - Tel: (11) 3066-8259 / 8146


Carmino Antonio de Souza

COSEMS - TO - Tel: (63) 3218-1782

Vânio Rodrigues de Souza

Equipes do Projeto
EQUIPE TÉCNICA
Alessandro Aldrin Pinheiro Chagas

Elton da Silva Chaves

José Fernando Casquel Monti

Kandice de Melo Falcão

Márcia Cristina Marques Pinheiro

Marema de Deus Patrício

Nilo Bretas Júnior

EQUIPE TÉCNICO-OPERACIONAL
Alessandro Aldrin Pinheiro Chagas

Catarina Batista da Silva Moreira

Cristiane Martins Pantaleão

Fábio Ferreira Mazza

Hisham Mohamad Hamida

Jônatas David Gonçalves Lima

José Fernando Casquel Monti

Joselisses Abel Ferreira

Kandice de Melo Falcão

Luiz Filipe Barcelos

Murilo Porto de Andrade

Nilo Bretas Júnior

Sandro Haruyuki Terabe

Wilames Freire Bezerra


Sobre o CONASEMS

Fazendo jus ao tamanho e à diversidade do Brasil, o Conselho Nacional de


Secretarias Municipais de Saúde representa a heterogeneidade dos milhares de
municípios brasileiros.

Historicamente comprometido com a descentralização da gestão pública de


saúde, o CONASEMS defende o protagonismo dos municípios no debate e
formulação de políticas públicas e contribui para o aumento da eficiência, o
intercâmbio de informações e a cooperação entre os sistemas de saúde do país.

Conheça nossas três décadas de atuação acessando www.conasems.org.br.


Equipe Técnica da Associação Brasileira de Profissionais de
Epidemiologia de Campo - ProEpi

Supervisão
Érika Valeska Rossetto
Coordenação
Sara Ferraz
Coordenação Pedagógica
Hirla Arruda
Gestão Pedagógica e de Tecnologia da Informação
Renato Lima
Conteudista
Marcos Obara
Apoio Técnico ao Núcleo Pedagógico
Danielly Xavier
Revisão
Rafaella Albuquerque
Sara Ferraz
Veruska Maia
Ilustração
Guilherme Duarte
Mauricio Maciel
Diagramação
Mauricio Maciel
Design Instrucional
Guilherme Duarte
Colaboradores
Fernanda Bruzadelli

Faculdade de Ciências da Saúde – Universidade de Brasília


Supervisão
Jonas Brant
Sobre a ProEpi

Fundada em 2014, a Associação Brasileira de Profissionais de


Epidemiologia de Campo une pessoas comprometidas com a saúde pública e
estimula a troca de ideias e o aperfeiçoamento profissional entre elas. Ofertando
dezenas de horas de conteúdo profissionalizante em nossa plataforma de ensino
a distância, curadoria de notícias, treinamentos presenciais e a mediação de
oportunidades de trabalho nacionais e internacionais, a ProEpi busca contribuir
para o aprimoramento da saúde pública no Brasil e no mundo.

Apenas nos últimos dois anos, 5 materiais de ensino a distância já


alcançaram mais de 3.000 pessoas pelo Brasil e países parceiros, como
Moçambique, Paraguai e Chile, e mais de 30 treinamentos levaram os temas
mais relevantes para profissionais de saúde pública, como comunicação de risco
e investigação de surtos. Além do público capacitado com nossos conteúdos
educacionais, unimos 10.000 seguidores no Facebook e impactamos
semanalmente cerca de 30.000 com nossa curadoria de notícias.

A ProEpi também atua na resposta a emergências de saúde pública ao


redor do mundo. Foram mais de duas dezenas de profissionais de saúde
enviados para missões em Angola, Bangladesh e África do Sul que contribuíram
para o bem-estar da população local e vivenciaram experiências de trabalho
transformadoras.

Você pode fazer parte dessa evolução ao tornar-se membro de nossa rede:
converse conosco escrevendo para contato@proepi.org.br.
Sobre a ferramenta EAD autoinstrutiva em Entomologia
Aplicada à Saúde Pública

Os insetos são os animais mais bem-sucedidos do planeta e encontram


no Brasil condições muito favoráveis para sua multiplicação. Em nosso clima
quente e, em geral, úmido, eles encontram as circunstâncias ideias para
sobreviver, se reproduzir e transmitir doenças. Como consequência, são motivo
de preocupações cada vez maiores por parte da população e dos profissionais
de saúde de todo o país.

Pensando em preparar estes profissionais para os desafios do


enfrentamento das doenças transmitidas pelos insetos - em especial por Aedes
aegypti - o CONASEMS desenvolveu em parceria com a ProEpi, via TRPJ nº
0125/2017, a ferramenta EAD autoinstrutiva em Entomologia Aplicada à Saúde
Pública.

Neste material, serão apresentados conceitos fundamentais para a


identificação das espécies de maior importância médica, informações sobre seu
comportamento, ciclo de vida e as doenças transmitidas por elas. Temas como
a importância da Vigilância Epidemiológica, os métodos de captura, transporte e
armazenamento de insetos e os indicadores entomológicos para as principais
espécies também serão abordados. Por fim, temas de aplicação prática como os
métodos de controle vetorial, o manejo integrado de vetores e os conceitos de
segurança no trabalho serão discutidos.

As aulas estão cheias de convites para que o profissional reflita sobre sua
realidade local e interaja com seus colegas, além de exercícios que destacam e
promovem a fixação dos conceitos mais fundamentais de cada tema. O objetivo
é que o profissional se sinta preparado para aplicar em seu município as técnicas
aprendidas aqui.

Sucesso!
Sumário

Aula 2 - Classificação e formulação de inseticidas........................................... 12

1 - Classificação e tipos de inseticidas químicos .......................................... 12

2 - Formulações de inseticidas ..................................................................... 21

Vamos relembrar? ........................................................................................ 26


Aula 2 - Classificação e formulação de inseticidas

Olá,

Anteriormente, você conheceu as principais


metodologias utilizadas para o controle de insetos
vetores. Agora, você vai aprender quais produtos são
utilizados nas ações de controle de insetos vetores e
suas formulações, as principais características e
formulações das diferentes substâncias utilizadas no
controle de insetos vetores. Ao final você será capaz de:

• Compreender a classificação de inseticidas,


conforme suas características e tipos;
• Conhecer as diferentes formulações e indicar a
melhor formulação para os tratamentos
espaciais e residuais de inseticidas.

1 - Classificação e tipos de inseticidas químicos

No Brasil, a Portaria MS/GM Nº 1.378, de 9 de julho


de 2013 determina que a Secretaria de Vigilância
em Saúde do Ministério da Saúde Brasileiro é a
instituição responsável pelo fornecimento de
inseticidas para uso em saúde pública, abastecendo
estados e municípios com esses insumos. Alimentos para animais, raticidas, inseticidas,
saneantes, fungicidas, repelentes, entre
outros, apreendidos pelo Núcleo de Saúde
Existem diversos tipos de inseticidas e nos próximos Veterinária da Vigilância Sanitária - Joinville -
SC - Fonte: Prefeitura de Joinville
tópicos você irá conhecer como são classificados.

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A. Inseticidas organoclorados

Em 1939, o entomologista suíço Paul Müller sintetizou o


Diclorodifeniltricloroetano (DDT), que foi amplamente
usado para controle de pulgas, vetores transmissores da
peste bubônica, durante a Segunda Guerra Mundial. O
composto pertence à família dos organoclorados e
caracteriza-se pela presença, especialmente de Cloro (Cl),
Hidrogênio (H) e Carbono (C). Eles também são chamados
Pauly Mueller, foi um de hidrocarbonetos clorados, orgânicos clorados, sintéticos
químico suíço agraciado
com o Nobel de Fisiologia
ou Medicina de 1948, por
clorados e inseticidas clorados.
pesquisar desinfetantes e
inseticidas de contato e
descobriu a utilidade do
DDT como inseticida.

Esses produtos foram usados entre 1940 e 1950, mas por serem considerados
altamente lipofílicos, ou seja, se acumulam nos tecidos gordurosos do corpo (de
animais e humanos), sendo prejudiciais a saúde. De uma maneira geral, os
organoclorados atuam na bomba de sódio e potássio, prejudicando a condução
do impulso nervoso, levando o inseto a óbito.

Devido ao seu efeito cumulador, os organoclorados


tiveram o seu uso descontinuado no Brasil, sendo
proibido em 1985 para uso na agricultura, e em 1997 para
uso na saúde pública. Além disso, muitas espécies de
insetos desenvolveram resistência ao DDT, o que
resultou em falhas significativas no controle de doenças
transmitidas por insetos de importância em saúde
pública. Apesar dessas situações, o DDT é indicado pela OMS para controle de
vetores, principalmente de malária, em situações extremamente específicas, até
os dias de hoje.

Atualmente, os especialistas recomendam que os países que ainda fazem uso


DDT estabeleçam uma política de substituição por outros inseticidas, juntamente
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com prazos para troca e apoio financeiro, tendo em vista que, geralmente, os
países que continuam usando o DDT não possuem recursos para custear sua
substituição.

Quanto ao modo de ação, os organoclorados agem no canal de sódio,


mantendo-o aberto e alterando o equilíbrio dos íons sódio e potássio na
membrana dos axônios do neurônio, o que impede a transmissão normal dos
impulsos nervosos em insetos e mamíferos. São considerados neurotóxicos e
seu efeito é inversamente proporcional à temperatura ambiental, ou seja, quanto
mais baixa a temperatura, mais tóxico é o DDT para os insetos.

Os organoclorados são classificados em quatro grupos: difenil-alifáticos,


hexaclorociclohexano, ciclodienos e policloroterpenos, conforme suas
características e mecanismo de ação.

• Difenil-alifáticos

Muito embora o DDT seja o inseticida mais conhecido, incluem-se nesse grupo
mais quatro análogos relacionados ao DDT (dicofol, etileno, clorobenzilato e
metoxicloro). O dicofol é utilizado para combater ácaros, semelhante ao
clorobenzilato. O etileno é utilizado para impregnação de madeira protegendo-a
contra o ataque de cupins e o metoxicloro é um inseticida de jardins.

• Hexaclorociclohexano (HCH)

O HCH, também conhecido como benzenohexacloro (BHC) é considerado o


mais antigo dos sintéticos clorados. Os isômeros do HCH são alfa, beta, gama,
delta e épsilon. Após diversos trabalhos de laboratório para separar e identificar
esses isômeros, somente o isômero gama apresenta propriedades inseticida. O
Lindano é um produto comercializado que contém 99% de isômero gama.

• Ciclodienos

Nota-se que nos ciclodienos, a primeira parte do nome refere-se à estrutura


cíclica, em forma de anel e a segunda (dieno) significa que tem dupla ligação. O
Aldrin e o Dieldrin, sintetizados em 1948, são exemplos desse grupo.
Geralmente, são persistentes e estáveis no solo e relativamente estáveis a ação

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da luz solar. Também são equitóxicos, isto é, apresentam efeitos iguais para
mamíferos, insetos e aves.

Quanto ao modo de ação, os ciclodienos atuam no mecanismo de inibição dos


receptores de GABA (ácido gama-amino-butírico). Esses receptores, em
condições normais, atuam como principal neurotransmissor inibitório do sistema
nervoso central dos mamíferos. Eles aumentam a permeabilidade dos neurônios
aos íons cloreto, após ligação do neurotransmissor. Os ciclodienos impedem a
entrada dos íons cloreto nos neurônios.

• Policloroterpenos

O toxafeno e o estrobane foram desenvolvidos em 1947 e 1951,


respectivamente. São utilizados sempre em combinação com o DDT, uma vez
que sozinho tem poucas qualidades inseticidas. Somente esses dois
policloroterpenos foram produzidos.

Reconhecidas as limitações, desvantagens e problemas dos organoclorados


foram necessários que os químicos sintetizassem novos compostos. Assim, os
organofosforados surgiram no mercado com distintas propriedades físicas, modo
de ação e diferentes formulações.

B. Inseticidas organofosforados

De um modo geral, o termo refere-se a todos os inseticidas que contém fósforo.


Foram desenvolvidos na década de 1940, mas são utilizados até hoje, tanto na
agricultura, como em saúde pública para controlar mosquitos. Esses compostos
foram utilizados amplamente entre 1950 e 1975.

Os organofosforados atuam competindo com a acetilcolina, importante


neurotransmissor, pelo sítio de ligação da acetilcolinesterase. Com a ausência
desta enzima, não haverá degradação de acetilcolina e a condução do impulso
nervoso não será interrompida, fazendo com que o inseto morra por tetania.

São classificados em três subgrupos: os alifáticos (exemplo: Malathion, Vidrin,


Vapona), os derivados de fenil (exemplo: etil e metil parathion, fenitrotion) e os
heterocíclicos (exemplo: chlorpirifos, chlorpirifos metil).

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Quando comparados aos organoclorados, são biodegradáveis e não se
acumulam nos tecidos, contudo apresenta baixa persistência, o que torna
obrigatório novos ciclos de aplicação. A falta de persistência se deve pela
presença de ligações éster. Essas ligações são facilmente hidrolisáveis,
produzindo álcool e o ácido de origem.

Destaca-se que o malathion é o único organofosforado indicado para tratamento


espacial de mosquitos no extradomicílio, conforme recomendações da
Organização Mundial da Saúde (OMS). Recomenda-se a leitura do documento,
intitulado: “Use of malathion for vector control” da OMS e do texto sobre uso do
malathion emulsão aquosa a 44% para controle de Aedes aegypti, publicado pelo
Ministério da Saúde.

Ambos os documentos estão disponíveis nos links abaixo:

Clique aqui Clique aqui


bit.ly/malathionOMS bit.ly/malathionAedes

C. Inseticidas carbamatos

Assim como os inseticidas fosfóricos são derivados do ácido fosfórico, os


carbamatos são derivados do ácido carbânico. São solúveis em solventes
orgânicos, inodoros e sistêmicos para as plantas, uma vez que são relativamente
solúveis em água. Apresenta elevado custo e persistência de um a três meses
no meio ambiente. Os carbamatos são tóxicos aos seres humanos e aos
animais, são bem absorvidos por inalação e via oral e pouco absorvidos pela
pele, podem causar efeitos adversos aos sistemas nervosos central e periférico,
além de ações imunodepressoras e cancerígenas.

São instáveis e voláteis, podem ser degradados por excesso de umidade, altas
temperaturas e luminosidade. São metabolizados por seres vivos (animais,
vegetais e microrganismos de um modo geral). Sua decomposição produz
substâncias tóxicas como amônia e dióxido de carbono e outros compostos
como aminas, álcoois e fenóis.

Sua comercialização se iniciou nos anos 60, sendo que os mais utilizados em
saúde pública são o Propoxur, Carbaril e o Bendiocarb.

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Tanto os organofosforados quanto os carbamatos foram alvos de
questionamentos toxicológicos e em pouco tempo de uso surgiram populações
resistentes, na qual acelerou o desenvolvimento dos piretróides, com
propriedades toxicológicas maiores para os insetos e menos contaminação
ambiental.

Quando o município faz uso de inseticidas das classes dos carbamatos e/ou
organofosforados para o controle de vetores, é imprescindível o
acompanhamento do nível de colinesterase sanguíneo dos agentes que realizam
as borrifações. Iremos abordar isto nas próximas aulas!

D. Inseticidas piretróides

Ao longo do tempo, os inseticidas organoclorado, organofosforados e


carbamatos foram sendo gradativamente substituídos pelos inseticidas
piretróides. Hoje, as combinações de estruturas moleculares dos piretróides
resultam em produtos mais fotoestáveis e com maior ação inseticida, portanto
aumentando o seu uso, com uma larga margem de segurança, tanto no meio
agrícola, quanto na saúde pública.

Em 1924, os químicos suíços Hermann Staudinger e Leopold Ruzilka revelaram


as primeiras características estruturais das piretrinas. As piretrinas são
encontradas em toda parte, principalmente nas folhas de plantas herbáceas da
família Compositae. Das espécies Chrysantemum cineraraefolium e C.
coccineum, pertencentes a essa família, são extraídas substâncias naturais que
são utilizadas para produção de diversos piretróides sintéticos.

Com os esforços iniciados, durante a Segunda Guerra Mundial, foi lançado no


mercado americano o primeiro piretróide, a aletrina, em 1948. Sua síntese era
muito complexa, necessitando de 22 reações químicas para obtenção do produto
final. Esse inseticida representou a primeira geração dessa família.

Após 20 anos, foi obtido o primeiro piretróide com características ideais e


toxicidade em mamíferos menor que as piretrinas. Esse composto foi chamado
de resmetrina. Além da resmetrina, outros compostos foram sintetizados entre

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1960 e início da década de 1970, tais como tetrametrina, bioresmetrina,
bioaletrina e phonotrina, representando a segunda geração dessa família.

Os piretróides de terceira geração (fenvalerato e permetrina) surgiram entre


1972 e 1973 e foram os primeiros a serem utilizados na agricultura, por serem
mais eficazes e fotoestáveis.

Em anos seguintes, a incorporação de grupo ciano a estrutura dos piretróides


permitiu um aumento considerável na ação inseticida. Essas modificações
estruturais produziram compostos altamente efetivos em doses baixas, que
incluem a bifentrina, lambdacialotrina, cipermetrina, ciflutrina, fenpropatrina,
flucitrinato, fluvalinato, teflutrina, tralometrina, deltametrina e zeta-cipermetrina.
Todos esses inseticidas, juntamente com a deltametrina correspondem à quarta
geração e a mais atual desse grupo, na qual se estendeu entre os anos 80 e 90.

Esta classe de inseticida atua na bomba de sódio e potássio, prejudicando a


condução do impulso nervoso, pois o composto interfere no transporte dos íons
Na+ para o interior da célula neuronal, prolongando seu tempo de entrada na
célula e assim, prejudicando o impulso nervoso e isto acaba levando o inseto à
morte.

Funcionamento normal do impulso nervoso (dentro da célula) Fonte: Desconhecida

E. Reguladores de crescimento de insetos (IGRS)

Os reguladores do crescimento de insetos, conhecido pela sigla em inglês IGR


(Insect Growth Regulator), provocam modificações fisiológicas e morfológicas
nos insetos, na qual impedem o seu desenvolvimento. Esses produtos são
utilizados na agricultura, desde a década de 1990, contra pragas das ordens
Coleoptera, Lepidoptera e Ortoptera.

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Tendo em vista os altos níveis de atividade e eficácia no controle de várias
espécies de insetos, os IGRs têm sido utilizados no controle de insetos vetores
de doenças de importância em saúde pública, sendo que sua utilização é
defendida em função da baixa toxicidade para os seres humanos.

Nos últimos anos, os IGRs foram sendo introduzidos no controle de mosquitos,


sendo divididos em três grupos principais, conforme os mecanismos de ação:

i) agonistas de ecdisona;
ii) hormônios juvenis e seus análogos (conhecidos como juvenóides ou
mímicos; e
iii) inibidores de síntese de quitina. Os dois primeiros grupos interferem
no sistema endócrino e a última, na produção de quitina pelos insetos.

Agora, vamos estudar as características de cada grupo:

• Agonista de ecdisona

O hormônio ecdisona tem a função de induzir o processo de muda de insetos.


Seu transporte é realizado pela glândula protorácica até os tecidos periféricos,
onde ativa as células hipodérmicas, que estimulará a liberação da cutícula velha,
assim como a produção e formação de uma nova cutícula.

Os agonistas de ecdisona exercem sua toxicidade quando ligam-se aos


receptores de ecdisona, ativando o processo de muda. Os efeitos da exposição
aos agonistas de ecdisona geram problemas fisiológicos nos insetos, devido a
síntese prematura da cutícula (principalmente em volta da região da cabeça), o
que resulta na oclusão de peças bucais e, consequentemente, dificuldade de
alimentação. O tebufenozide, holofenozide e o methoxyfenozide são exemplos
de compostos desta classe.

• Análogos de Hormônio Juvenil (AJH)

Nos centros nervosos do inseto, as glândulas protorácicas secretam ecdisona, o


qual induz o processo de muda e há a liberação do HJ, que tem função
reguladora, tanto na metamorfose quanto na reprodução. Para que ocorra o
desenvolvimento pleno e satisfatório de cada fase da muda, torna-se necessária
a liberação de quantidade precisa de HJ.

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Ao final dos estádios larvais o HJ é inibido. Essa paralisação na produção de HJ
faz com que o inseto mude para a fase de pupa e adulto. Os análogos de
Hormônio Juvenil (AJH) acarretam uma interrupção na muda das formas
imaturas para a fase adulta e a morte ocorre no estágio de pupa ou durante a
emergência do adulto. Destacam-se o methoprene e pyriproxifen para controle
de Aedes sp em água potável. Esse primeiro não se utiliza mais no país.

• Inibidores de Síntese de Quitina (CSI)

Os inibidores de síntese de quitina - da sigla em inglês chitin synthesis inhibitor


trata-se de polímero de N-acetilglicosamina, encontrada principalmente no
exoesqueleto de insetos, paredes celulares de fungos e de nematódeos. Nos
insetos, a quitina está presente principalmente no exoesqueleto.

Levando em consideração que a quitina é um elemento essencial no


desenvolvimento, crescimento e fisiologia dos insetos, a mudança nos níveis de
produção pode ser considerada como importante alternativa para o
desenvolvimento de inseticidas com novos mecanismos de ação.

Do ponto de vista do controle de mosquitos de importância médica, o principal


efeito dos CSIs, assim como de outros grupos de IGRs, é a inibição da
emergência de adultos. Dentre os inibidores da síntese de quitina mais utilizados
incluem-se o diflubenzuron e o triflumuron, ambos recomendados pela OMS
como larvicidas. Entretanto, essas substâncias não são recomendadas para uso
em água potável, por falta de estudos de ecotoxicidade.

A figura abaixo mostra os grupos de inseticidas utilizados em saúde pública, os


sítios de atuação e efeitos produzidos de cada composto químico acima
mencionados.

Principais inseticidas e sítios alvos de atuação em insetos vetores de


importância na saúde pública. Fonte: Garcia, 2012.

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Você conheceu as classificações dos inseticidas organoclorados,
organofosforados, carbamatos e piretróides, além dos reguladores de
crescimento de insetos (IGRS).

Com base no primeiro tópico da aula, marque verdadeiro ou falso.

a. ( ) O DDT foi sintetizado em 1939 pelo suíço Paul Müller.


b. ( ) O dicofol não é um acaricida.
c. ( ) O HCH, também conhecido como benzenohexacloro (BHC) é
considerado o mais antigo dos sintéticos não clorados.
d. ( ) O toxafeno e o estrobane foram desenvolvidos em 1947 e 1951.
e. ( ) O termo ciclodienos refere-se a todos os inseticidas que contém
fósforo.
f. ( ) Os carbamatos são derivados do ácido carbânico.

2 - Formulações de inseticidas

As formulações consistem na técnica que permite calcular e misturar o inseticida


Grau Técnico (puro) ou concentrado com elementos inertes, sólidos ou líquidos,
com função de rebaixar sua concentração para facilitar sua manipulação,
transporte e aplicação.

As formulações podem variar conforme a solubilidade do inseticida e a forma em


que o produto é aplicado. Dessa forma, os cálculos para a preparação da
formulação a ser usada no campo tem que ser precisos, pois qualquer erro pode
gerar interferência na preparação final, ou seja, se for muito fraca não irá atuar
sobre o inseto alvo. Por outro lado, se for muito forte haverá consequências
perigosas à saúde e contaminação do meio ambiente.

Como já mencionamos, a formulação torna-se necessária para garantir que a


sua utilização seja a mais apropriada e conveniente, tornando-o mais seguro
para o manuseio e estável.

Formulação = ingrediente ativo (técnico ou puro) + coadjuvantes

21
Geralmente, a composição de um formulado possui um ingrediente ativo que
confere eficácia ao produto ou diluentes e um coadjuvante para melhorar o
desempenho dos produtos formulados.

Para a preparação de qualquer mistura destinada a uso no campo devemos


primeiro determinar o tipo, quantidade e a concentração final da preparação de
uso no campo. Segundo, calcular a quantidade de inseticida GT ou de
concentrado que servirá de base para a preparação e misturar os componentes;
e terceiro: medir e pesar as cargas.

Em relação a sua forma de uso, as formulações podem ser classificadas como:

i) Pronto Uso - a concentração na formulação já está pronta para


aplicação; e
ii) Pré-Mistura - as formulações precisam ser diluídas até atingir uma
concentração adequada, no ato da aplicação.

Os inseticidas podem ser encontrados em diferentes formulações. Dessa forma,


vamos conhecer as principais formulações que são utilizadas no controle de
insetos vetores, a saber:

A. Pó seco (PS)

São formulações sólidas aplicadas diretamente na superfície, em forma de pó,


com a utilização de equipamentos, onde o produto ativo pode ser disperso com
auxílio de material inerte, por exemplo, o talco que aumenta o volume e
possibilita a distribuição por meio de polvilhamento.

B. Pó molhável (PM ou WP)

Trata-se de formulação sólida na forma de pó que são moídas para serem


diluídas em água, formando suspensões dotadas de grande estabilidade. Esta
formulação contém, geralmente, de 20 a 80% de princípio ativo. São formulações
comerciais, destinadas à preparação no campo de suspensões de baixa
concentração pela adição de água. São usados de preferência nos tratamentos
residuais (contato de superfície). Os principais componentes são inseticida grau
técnico, elemento inerte, elemento umectante, elemento anticompactante e
elemento dispersante (retardador de sedimentação). As vantagens desses

22
produtos são o fácil manuseio, transporte e armazenagem, pouca absorção
dermal e baixo custo. As desvantagens são a inalação do pó, agitação constante,
entupimento e abrasão nos bicos e dificuldade de misturar em água muito
alcalina (água dura).

O produto é aplicado em suspensão aquosa e o veículo neste caso é a água. Os


pós molháveis, antes de serem adicionados ao tanque pulverizador, devem ser
misturados com uma pequena quantidade de água para formar um creme
homogêneo e, após ser transferido para o tanque, parcialmente cheio com água,
este deverá ser preenchido com água até o nível de diluição desejada, para a
posterior mistura.

Pó molhável + água = suspensão

C. Concentrado emulsionável (CE)

Emulsão é um meio heterogêneo, bifásico, instável, constituído pela dispersão


de gotículas muito finas, de um líquido em outro líquido, no qual é insolúvel, com
o fim de obter-se um conjunto temporariamente estável que permita aplicação
uniforme. É formada por dois líquidos não miscíveis, um deles uma substância
oleosa (inseticida líquido ou dissolvido em um líquido) e a água.

Geralmente, constituem-se de formulação líquida e homogênea que após


diluição na água forma uma emulsão de aspecto leitoso. Essa emulsão permite
manter por determinado tempo à estabilidade do ingrediente ativo, obtendo-se
assim, a máxima eficiência do produto para o fim a que foi designado. Sua
concentração varia de 5 a 100% do ingrediente ativo. Além do ingrediente ativo
podem conter solvente poderoso, estabilizador, emulsificantes (um ou dois),
agente molhante e antiespumante. As vantagens destes produtos são fácil
manuseio, transporte e armazenagem, requer pouca agitação da calda e não
abrasivo aos bicos. As desvantagens são absorção rápida pela pele, manchas
nas pinturas, mármores, etc., deteriora embalagens plásticas e risco de incêndio,
pois utilizam solventes orgânicos.

D. Suspensão concentrada (SC) ou Flowables (FW)

Trata-se de formulação constituída de uma suspensão estável de ingrediente(s)


ativo(s) podendo ser diluídas em água. São formulações comerciais líquidas,

23
destinadas à preparação no campo de suspensões de baixa concentração. Na
verdade, trata-se de formulações “pré molhadas” e acondicionadas em
recipientes plásticos. São formadas por um sistema turvo que contém partículas
(talco, argilas especiais etc.) que se mantém suspensas num corpo líquido
(água), precipitando-se quando em repouso. A estabilidade da calda é garantida
pelo pequeno grau de finura das partículas que são aperfeiçoadas pela adição
de substâncias umectantes e outros coadjuvantes.

E. Granulados

Formulação sólida uniforme que pode ser aplicado diretamente no alvo desejado
ou ser ingerida por ele. Possuem aspecto de areia fina com tamanhos de
partículas que oscilam de 0,2 mm a 1,5 mm, podendo ser diferenciados em:

I. macrogranulados (de 2000 a 6000 micras),


II. granulados finos (de 300 a 2500 micras) e
III. microgranulados (de 100 a 600 micras).

Também existem os granulados em formas de barras compactas, semelhantes


a comprimidos que em inglês são conhecidos como “pellets”. Tratam-se de
formulações comerciais, destinadas a tratamentos larvários, na qual os grânulos
facilitam o lançamento a distância e a diluição lenta. Os granulados são formados
por inseticida grau técnico, grânulos inertes (areia especial) e agentes
agregadores. Geralmente, possuem menos de 10% de ingrediente ativo na
formulação, podendo ser aplicados com equipamento mecânico ou
manualmente.

F. Microencapsulado

Formulação constituída por suspensão estável de cápsulas, contendo o(s)


ingrediente(s) ativo(s), num líquido, para aplicação após diluição em água. O
ingrediente ativo localiza-se no interior de pequenas esferas, na qual rompem-
se em contato com tegumento do inseto. São de fácil manuseio, transporte e
armazenagem e as cápsulas podem evitar contaminação dermal. Porém,
possuem desvantagens, tais como, provocam entupimento dos bicos e requer
agitação constante. Além disso, as abelhas podem transportar pólen

24
contaminado para o interior das colmeias, causando aumento da mortalidade
das abelhas nestes locais.

Normalmente, os produtos à base de concentrado emulsionável (CE) são


aplicados com auxílio de equipamentos, conhecidos como Ultra Baixo Volume
(costal ou pesada) e as formulações suspensão concentrada (SC) e Pó Molhável
(PM) são utilizados no tratamento de efeito residual. Todavia, os métodos
adotados para formular os inseticidas poderão variar de acordo com o produto.
Para preparar os inseticidas, geralmente, utiliza-se a recomendação do
fabricante contida no rótulo da embalagem.

Você conheceu um pouco da formulação de inseticidas utilizados para o combate


a insetos vetores. Com base no tópico 2, complete as frases com as palavras em
destaque.

1. As __________ podem variar conforme a __________ do inseticida e a


forma em que o __________ é aplicado.

2. O __________ é uma formulação constituída por suspensão estável de


cápsulas, contendo um ou mais ____________________, num líquido,
para aplicação após ____________________.

3. __________ são formulações __________ aplicadas diretamente na


superfície, em ____________________.

4. Os __________, formulações comerciais, destinadas a


____________________, na qual os grânulos facilitam o lançamento a
distância e a diluição __________.

5. As ____________________ são formulações destinadas à preparação no


__________ de suspensões de ____________________, definidas como
__________ “pré molhada” e apresentadas em recipientes plásticos.

25
Vamos relembrar?

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Referências

BRAGA IA, VALLE D (2007). Aedes aegypti: inseticidas, mecanismos de


ação e resistência. Epidemiol. Serv. Saúde 16 (4): 279-293.

CHAVASSE DC, YAP HH. Chemical methods for the control of vectors and
pests of public health importance. Geneve: WHO; 1997.
WHO/CTD/WHOPES/97.2.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. Vector Control for Malaria and other


Mosquito-borne Diseases Report of a WHO Study Group. Geneva: WHO;
1995. WHO TRS no 857.

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Respostas dos exercícios (em ordem de aparição)

1. Você conheceu as classificações dos inseticidas organoclorados,


organofosforados, carbamatos e piretróides, além dos reguladores de
crescimento de insetos (IGRS).

Com base no primeiro tópico da aula, marque verdadeiro ou falso.

a. (V) O DDT foi sintetizado em 1939 pelo suíço Paul Müller.


b. (F) O dicofol não é um acaricida.
c. (F) O HCH, também conhecido como benzenohexacloro (BHC) é
considerado o mais antigo dos sintéticos não clorados.
d. (V) O toxafeno e o estrobane foram desenvolvidos em 1947 e 1951.
e. (F) O termo ciclodienos refere-se a todos os inseticidas que contém
fósforo.
f. (V) Os carbamatos são derivados do ácido carbânico.

2. Você conheceu um pouco da formulação de inseticidas utilizados para o


combate a insetos vetores. Com base no tópico 2, complete as frases com as
palavras em destaque.

1. As formulações podem variar conforme a solubilidade do inseticida e a


forma em que o produto é aplicado.
2. O microencapsulado é uma formulação constituída por suspensão estável
de cápsulas, contendo um ou mais ingredientes ativos, num líquido, para
aplicação após diluição em água.
3. Pó seco são formulações sólidas aplicadas diretamente na superfície, em
forma de pó.
4. Os granulados, formulações comerciais, destinadas a tratamentos
larvários, na qual os grânulos facilitam o lançamento a distância e a
diluição lenta.
5. As suspensões concentradas são formulações destinadas à preparação
no campo de suspensões de baixa concentração, definidas como pó
molháveis “pré molhada” e apresentadas em recipientes plásticos.

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