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CONASEMS - Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde
1ª Edição
Junho de 2018
Copyright © 2018, Associação Brasileira de Profissionais de Epidemiologia de
Campo.
Conselho Fiscal 2º Membro – Região Nordeste - Angela Maria Lira de Jesus Garrote
Representantes no Conselho Nacional de Saúde – Arilson da Silva Cardoso e José Eri Borges
de Medeiros
Gercilene Ferreira
Wilson Braga
Sidnei Belle
Equipes do Projeto
EQUIPE TÉCNICA
Alessandro Aldrin Pinheiro Chagas
EQUIPE TÉCNICO-OPERACIONAL
Alessandro Aldrin Pinheiro Chagas
Supervisão
Érika Valeska Rossetto
Coordenação
Sara Ferraz
Coordenação Pedagógica
Hirla Arruda
Gestão Pedagógica e de Tecnologia da Informação
Renato Lima
Conteudista
Gabriela Carvalho
Apoio Técnico ao Núcleo Pedagógico
Danielly Xavier
Evellyn Dutra
Revisão
Rodrigo Gurgel
Sara Ferraz
Carlois Campelo
Ilustração
Guilherme Duarte
Mauricio Maciel
Diagramação
Mauricio Maciel
Design Instrucional
Guilherme Duarte
Colaboradores
Fernanda Bruzadelli
Você pode fazer parte dessa evolução ao tornar-se membro de nossa rede:
converse conosco escrevendo para contato@proepi.org.br.
Sobre a ferramenta EAD autoinstrutiva em Entomologia
Aplicada à Saúde Pública
As aulas estão cheias de convites para que o profissional reflita sobre sua
realidade local e interaja com seus colegas, além de exercícios que destacam e
promovem a fixação dos conceitos mais fundamentais de cada tema. O objetivo
é que o profissional se sinta preparado para aplicar em seu município as técnicas
aprendidas aqui.
Sucesso!
Sumário
Vamos lá!
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1- Entomologia em Saúde Pública
Ainda no século XX, uma epidemia de febre amarela atingiu a África e a América.
E nos anos 2017 e 2018 uma epidemia de febre amarela surgiu território
brasileiro, apresentando casos da doença em diversos estados.
Vítima de Febre Amarela em Darfur, no Sudão - Fonte: UNAMID, 2012 (Licença CC2)
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O controle das DIP representa
um grande desafio à vigilância,
especialmente as doenças
transmissíveis. Por isso, a
Entomologia Médica é
importante! Quando aliada à
Vigilância em Saúde é capaz
de prevenir ou reduzir o ciclo Esquema com a relação entre doenças infecciosas e transmitidas por
vetores - Fonte: Própria, 2018
de transmissão de doenças de
via vetorial.
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Entretanto, a doença passa a apresentar números crescentes que não eram
esperados, apresentando mudança em seu comportamento epidemiológico.
Por exemplo, o Sarampo é uma doença que havia sido eliminada no mundo,
incluindo as américas. Após uma epidemia na Europa, começam a surgir novos
casos na América do Norte e na América do Sul, portanto podemos dizer que
essa é uma doença reemergente.
http://www.boletimdasaude.rs.gov.br/conteudo/1441/doen%C3%A7as-
emergentes-e-reemergentes-no-contexto-da-sa%C3%BAde-
p%C3%BAblica-
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Insetos vetores - Fontes: Picpng (Licença CC0); Stickeroid (Licença CC0); Pngimg (Licença CC4); Pluspng (Licença
CC0); Desconhecida; Pngmart (Licença CC0)
Análise de insetos com auxílio de um microscópio - Fonte: US Navy, 2010 (Domínio Público)
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A área da Entomologia médica e veterinária se ocupa do estudo dos insetos
enquanto determinantes no processo saúde-doença do homem e dos animais.
Isso ocorre porque os insetos atuam como agentes etiológicos e como vetores
biológicos ou vetores mecânicos de doenças.
Temos outra importante área de estudo na Saúde Pública que nos ajuda a
compreender e prevenir doenças e agravos: a epidemiologia.
A Entomologia Médica é uma área muito importante para a Saúde Pública, pois
compreende os insetos que são vetores para doenças infecciosas aos humanos
e outros animais.
no fim da apostila
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Se você gostou desta seção
e tem curiosidade pela
Entomologia na Saúde
Pública, temos uma matéria
que você irá gostar: “Os ratos
são inocentes: pesquisa
aponta que humanos
Os ratos são inocentes - Fonte: H. Zell, 2009 (Licença CC3)
espalharam a peste negra,
epidemia mais mortal da história”, por Victoria Gill da BBC News, disponível aqui.
https://www.youtube.com/watch?v=BG7wWT-GN7w
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Distribuição geográfica de 7 doenças transmitidas por vetores: malária, filariose linfática,
leishmaniose, dengue, encefalite japonesa, febre amarela e doença de Chagas. - Fonte: Golding
et al., 2015
Inseto vetor é todo aquele capaz de transmitir um patógeno, seja de maneira ativa
ou passiva.
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Exemplo: o barbeiro, onde o protozoário Trypanosoma cruzi se desenvolve no
seu sistema digestivo, entre outras já citadas como o Aedes.
Vetor mecânico x vetor biológico - Fonte: Skeeze (Licença CC0); Bramadi Arya, 2016 (Licença CC4)
Os principais tipos de agentes infecciosos que podem ser carregados por insetos
são:
Vírus: seres invisíveis a olho nu, formados por uma cápsula protéica que envolve
o material genético.
Exemplo: vírus da dengue e da febre amarela que são transmitidos por espécies
de mosquitos (vetor biológico).
Bactérias, vírus, protozoários e vermes - Fonte: NIAID, 2015 (Licença CC2); Scinceside,
2014 (Licença CC3); CDC, 1982 (Domínio Público); Desconhecida
a. Patógenos
b. Vetores
c. Reservatórios
d. Agentes transportadores
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A associação entre doenças e insetos transmissores é relativamente
recente.
Você sabe quais são os principais grupos de insetos de interesse para a saúde
pública?
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Os principais grupos de insetos de interesse para a saúde pública são os
mosquitos, as moscas, os flebotomíneos, os triatomíneos, as baratas, as pulgas
e os piolhos.
Mais que isso! Muitas vezes os insetos se comportam com hábitos ecológicos
diversificados e necessitam de medidas de controle específicas!
Mosquitos:
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Em geral, os machos se alimentam de seiva vegetal e somente as fêmeas se
alimentam de sangue de vertebrados. O sangue é necessário para a maturação
dos ovos.
Esse tipo de alimentação possibilita a infecção dos animais que são a fonte do
alimento, pois o inseto precisa estar em contato direto com o animal e neste
momento transmite os agentes infecciosos.
A malária é uma das doenças transmitidas por mosquitos que mais acometem a
saúde humana no mundo, atingido locais como a Amazônia na América do Sul
e países da África.
Você ficou interessado na situação dos países frente ao objetivo de eliminar a filariose
linfática?
A OMS mantém um mapa atualizado com o status dos países na utilização do tratamento
em massa. Acompanhe em http://apps.who.int/neglected_diseases/ntddata/lf/lf.html.
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O Brasil faz parte de uma iniciativa da OMS para a eliminação da Filariose Linfática até
2020, como você podem ver na notícia “O Brasil avança para a eliminação da transmissão
da Filariose Linfática”, disponível no portal da Organização Panamericana da Saúde
(OPAS/OMS):
https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=4608:o-
brasil-avanca-para-a-eliminacao-da-transmissao-da-filariose-linfatica&Itemid=812.
Dengue:
Distribuição mundial da dengue no período 2010-2016 - Fonte: Organização Mundial de Saúde, 2017
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Febre Amarela:
Países endêmicos de malária no hemisfério oriental - Fonte: CDC, 2013 (Domínio Público)
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Chikungunya:
Zika:
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No Brasil, afetou primeiramente as regiões do Centro-Oeste e Nordeste. Estudos
da OMS sugerem uma relação do vírus Zika com a microcefalia e a síndrome de
Guillain-Barré, representando um desafio para a saúde pública.
Moscas:
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Miíase secundária: os ovos da mosca são depositados em feridas
abertas e suas larvas se alimentam desse tecido já necrosado. Popularmente,
essas larvas são conhecidas como bicheira.
Flebotomíneos:
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Já a leishmaniose visceral, como o próprio nome indica, afeta as vísceras (ou
órgãos internos), sobretudo, fígado, baço, gânglios linfáticos e medula óssea e
pode levar à morte quando não tratada.
Triatomíneos:
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Baratas:
Sua importância
epidemiológica está
relacionada à transmissão de
bactérias pelos alimentos,
principalmente, pela
regurgitação e deposição de
excrementos ou pelo contato
Baratas no alimento - Fonte: Desconhecida
direto.
Pulgas:
Piolhos:
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Em muitas pessoas, ocorre a coceira na região por conta do processo alérgico,
o que pode provocar feridas que se não tratadas da maneira correta, infeccionam
e podem gerar problemas maiores.
a. Protozoários
b. Mosquitos
c. Bactérias
d. Vírus
Surto:
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Ocorre quando há o aumento repentino do número de casos de uma doença em
uma região específica.
Ilustração de surto na Cidade do México - Fonte: Lucy Nieto, 2015 (Licença CC2)
Para ser considerado surto, o aumento de casos deve ser maior do que o
esperado pelas autoridades.
Epidemia:
A nível estadual, a epidemia acontece quando diversas cidades têm mais casos
do que o esperado para aquele local e momento.
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Ilustração de epidemia em regiões do México - Fonte: Própria, 2018
Pandemia:
Exemplo: A epidemia de
H1N1, que se originou no
México, se espalhou pela
América do Norte,
transformando-se em uma
pandemia.
Ao se espalhar por um
continente inteiro, já foi
Ilustração de pandemia - Fonte: Própria, 2018
classificada como
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pandemia. Essa pandemia ainda atingiu outros continentes como Europa e
América do Sul.
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A notícia “Frio faz gripe suína se espalhar por países vizinhos ao Brasil”,
da BBC Brasil, mas disponível no G1, mostra como a doença se
espalhou na América do Sul:
http://g1.globo.com/Sites/Especiais/Noticias/0,,MUL1193084-
16726,00-
FRIO+FAZ+GRIPE+SUINA+SE+ESPALHAR+POR+PAISES+VIZINH
OS+AO+BRASIL.html
Você estudou alguns dos conceitos básicos da Saúde Pública, como surto,
epidemia e pandemia.
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Quando há um aumento considerado do número de casos de uma doença em
determinada região, temos um:
a. Epidemia
b. Surto
c. Pandemia
d. Incidência
Podemos refletir sobre a epidemia de febre pelo vírus Zika que enfrentamos no
Brasil em 2015.
Essa doença pode ser considerada uma doença emergente no Brasil, pois não
esperávamos que a doença fosse ocorrer de maneira tão forte no país.
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Durante o seu pior período, em 2015, surgiram vários casos de microcefalia, que
podem ter associação com a doença. Atualmente, a incidência da doença vem
caindo no país.
Vamos relembrar?
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Nas próximas aulas da nossa área 1 vamos aprofundar
o conhecimento na entomologia geral.
Até mais!
39
Ajude o conhecimento a chegar mais longe!
ou acesse proepi.org.br/doacao
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Referências
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Créditos das imagens
Disponível em:
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Paul_Fürst,_Der_Doctor_Schnabel_vo
n_Rom_(Holländer_version).png
Disponível em:
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Ebensee_concentration_camp_prisone
rs_1945.jpg
42
Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:US_Navy_100506-N-
7498L-
189_Lt._Brian_Heintschel_studies_a_sample_of_insects_collected_from_ships
_and_shore_facilities.jpg
Disponível em:
https://bmcmedicine.biomedcentral.com/track/pdf/10.1186/s12916-015-0491-
4?site=bmcmedicine.biomedcentral.com
10. Vetor mecânico x vetor biológico - Fonte: Skeeze (Licença CC0); Bramadi
Arya, 2016 (Licença CC4)
11. Bactérias, vírus, protozoários e vermes - Fonte: NIAID, 2015 (Licença CC2);
Scinceside, 2014 (Licença CC3); CDC, 1982 (Domínio Público); Desconhecida
12. Carlos Finlay - Fonte: Skeeze (Licença CC0); Bramadi Arya, 2016 (Licença
CC4)
43
Disponível em: http://www.who.int/denguecontrol/epidemiology/en/
Disponível em:
http://www.paho.org/hq/images/stories/AD/HSD/IR/Viral_Diseases/Chikungunya
/CHIKV-Data-Caribbean-2017-EW-51.jpg
Disponível em:
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:CDC_map_of_Zika_virus_distribution_
as_of_15_January_2016.png
Disponível em:
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Phlebotomus_pappatasi_bloodmeal_be
gin.jpg
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22. Pulga - Fonte: Desconhecida
23. Piolho no cabelo humano - Fonte: Gilles San Martin, 2010 (Licença CC2)
Disponível em:
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Male_human_head_louse.jpg
24. Ilustração de surto na Cidade do México - Fonte: Lucy Nieto, 2015 (Licença
CC2)
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Respostas dos exercícios (em ordem de aparição)
2. Complete a frase com as palavras corretas para descobrir o conceito de vetor mecânico:
a. Patógenos
a. Protozoários
b. Surto
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