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Teologia
Professor Esp. Érlon Migliozzi
2021 by Editora Edufatecie
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Secretário Acadêmico
Tiago Pereira da Silva
Revisão Textual
Kauê Berto
Prezado(a) aluno(a), é sempre muito bom ter você junto conosco. Você já se de-
parou com situações que você deseja respostas e aí, você ouve dizer: “Ah, este assunto é
um assunto teológico!”? Pois bem, é neste momento que muitos fazem a opção de ir nos
dicionários ou sites e até mesmo questionarem a um líder religioso sobre o que é teologia e
quando você resolve fazer uma investigação, você se defronta com pensamentos diferen-
tes, várias disciplinas, nomenclaturas, e parece que ao receber uma resposta simples, você
fica mais em dúvida ainda.
É por isso que a disciplina de Introdução à Teologia precisa existir na sua grade
acadêmica. Para ser um teólogo, você precisa saber por onde a teologia navega, abrange
e interage. A teologia é uma ciência que não é exata e, acredite, não coloca ponto final em
suas razões. É viva, não está presa ao tempo, tem um perfil místico e um perfil natural, liga
a Fé e a Razão fazendo que cada uma se complete.
Convido você a conhecer um pouco mais sobre a teologia, seu conceito, sua ne-
cessidade e particularidades. Vamos falar muito sobre a história da Igreja, suas principais
ramificações e assim, entender porque há diferentes modos de interpretar fatos bíblicos
e teológicos. Quais são as bases? Qual é o conteúdo que a teologia possui? Qual seu
objeto de estudo? Tudo isso e muito mais estão te esperando nesta disciplina! Entenda
que estamos em um nível introdutório e é um requisito imprescindível você buscar mais
conhecimento através da leitura complementar.
Nossa proposta de estudo vai dar um rumo às suas buscas e aprimoramento, com
objetivo de lhe instigar a conhecer mais sobre as disciplinas que fazem parte da grade teo-
lógica e, quem sabe, definir o objetivo principal do seu estudo, de forma a você continuar,
de agora por diante, no foco daquilo que é sua vocação.
Vamos juntos?
Bom estudo!
SUMÁRIO
UNIDADE I....................................................................................................... 3
Conhecendo a Teologia
UNIDADE II.................................................................................................... 23
Teologia Católica Romana
UNIDADE III................................................................................................... 46
Teologia Pentecostal
UNIDADE IV................................................................................................... 69
Práticas Teológicas
UNIDADE I
Conhecendo a Teologia
Professor Esp. Érlon Miggliozi
Plano de Estudo:
● A História da Teologia;
● Fundamentos do Estudo Teológico;
● Teologia Acadêmica e Ciência;
● Teologia Bíblica.
Objetivos da Aprendizagem:
● Conceituar e contextualizar a Teologia como Ciência e Razão para a Fé;
● Compreender os tipos de Filosofias e Interpretações Teológicas;
● Estabelecer a importância da Teologia na compreensão do Divino.
3
INTRODUÇÃO
Caro(a) Aluno(a),
Acredito que antes de você optar em fazer um curso teológico, você deve ter busca-
do informações a respeito. Quando entramos em contato com o mundo teológico, algumas
incertezas podem surgir, entre elas, é o objeto de estudo da teologia, o método de estudo
e os resultados que este estudo pode proporcionar ao estudante.
Em nossa disciplina de Introdução à Teologia, queremos demonstrar através da
história da Igreja e da filosofia, a necessidade da teologia como ciência e como instrumento
de fortalecimento da crença. Nesta primeira unidade, vamos tratar dos primórdios da teo-
logia, vamos conhecer juntos os motivos que levam o homem a desenvolver um discurso
teológico e como isto impacta o mundo.
Falaremos também sobre a história e o conceito da teologia, como surgiu o estudo
que tem como objeto o próprio Deus e suas interações Abordaremos a sua criação, qual o
ponto em que ela se diferencia da filosofia e da ciência e qual sua parte comum.
Continuaremos nosso estudo tratando dos fundamentos teológicos e os métodos que
a ciência utiliza, afinal, como é estudar sobre o divino? Provavelmente não é tão complexo
quanto imaginamos. Temos o conceito que teologia é algo que se pratica dentro das paredes
da igreja, porém, através do tópico Teologia Acadêmica e Ciência, vamos entender então que
na teologia temos muito o emprego da razão para dar confiança ao processo da fé.
Finalmente, desmistificamos um termo que muitos acreditam ser uma teologia
paralela a teologia acadêmica, a teologia Bíblica, que tanto atrai alunos e fala tanto de
espiritualidade. Sendo assim, convido você a entrar neste aprendizado que realmente se
propõe a introduzir o estudo teológico na sua grade acadêmica, de forma simples e bem
sistematizada para que seu aprendizado produza uma teologia prática em sua vida e você
possa optar em qual nível teológico deseja estar.
Fonte: https://www.a12.com/redacaoa12/espiritualidade/santos-entre-nos-santo-agostinho-de-hipona .
Acesso em 23 set.2021
2.1 Fé e Razão:
Os fundamentos ou métodos do estudo teológico se concentram em suas “Fontes
de Conhecimento e Princípios Básicos”. No estudo da teologia, dois componentes são fun-
damentais para a compreensão da matéria, o primeiro é a Fé e o segundo, a Razão. Assim,
vamos utilizar a Fé, como ponto inicial para organizarmos nossa linha de raciocínio. Veja a
definição do teólogo Euler Renato Westphal (2010):
O método em teologia diz respeito à maneira e o ponto de partida com que se
desenvolve a reflexão teológica. Podemos partir da premissa de uma postura
ateia, ou de uma postura anti-intelectual, ou da afirmação às Escrituras ou,
ainda, de suspeita às Escrituras. Podemos partir de uma concepção liberal de
Jesus, que vê Cristo somente como exemplo de um ser humano de moral ele-
vada. Podemos partir de uma abordagem que vê Jesus como Senhor, como
Rei, como Deus, ignorando o aspecto da sua humanidade. Podemos colocar
a fé como referencial básico para a elaboração teológica, mas também po-
demos colocar a dúvida como dúvida metodológica no sentido de questionar
as coisas da fé, buscando encontrar respostas. É possível ter a dúvida como
pergunta que não busca respostas, mas a dúvida que vive em função das
próprias dúvidas e somente para confirmar as suspeitas em relação às Escri-
turas. Temos outras formas de procedimento metodológico. Podemos partir
da fé para compreender. (WESTPHAL, 2010, p. 80)
A razão e a fé, quando se fala em Teologia, precisam ser entendidos como parte
integrante, uma da outra, assim, a reflexão teológica é bem constituída:
Primeiro eu creio para então buscar a compreensão daquilo que creio. De
outro lado, busca-se a compreensão intelectual em primeiro lugar, para então
avistar a fé. Ambos os elementos não se excluem, mas devem ser buscados
numa relação simbiótica entre fé e razão, que são dois elementos que cons-
tituem a própria teologia. (WESTPHAL, 2010, p. 80)
Então, a grande receita para ser um ótimo e excelente teólogo, é ter uma relação
profunda com o Espírito Santo, compreender que a teologia tem total relação com a sua
Palavra, a Bíblia, ter experiência e prática e, com certeza, ter Jesus Cristo como fonte
principal.
Fonte: https://economia.uol.com.br/empregos-e-carreiras/noticias/redacao/2021/01/24/bolsas-mestrado-gra-
duacao-universidade-bolonha-italia.htm. Acesso em 23 set.2021.
A Teologia Bíblica é uma das áreas que mais chama a atenção dos estudantes,
primeiro, porque quando surge, dá a impressão que as demais teologias não são bíblicas
e esta seria a teologia correta, assim, ocorre um desentendimento e um certo desvio ou
conceito errado das demais nomenclaturas.
Não se trata de um ramo teológico, mas, de uma disciplina, a qual, tem a Bíblia
como principal fundamento de estudo. A Bíblia é o principal instrumento de evangelização
e propagação da crença, é a ferramenta do evangelismo, nesse sentido, a teologia Bíblica
estudará o Antigo e Novo Testamento, baseando-se em exegese, que nada mais é que
estudar minuciosamente cada texto, ou perícope sugerida. A exegese é uma disciplina
pré-teológica e não é considerada teologia porque não trata diretamente da fé.
Quando utilizamos o método de exegese na teologia bíblica, podemos observar
que algumas situações os textos se completarão e em outros haverá conflito. A teologia
bíblica é cativante ao estudante porque não traz conflitos ou criticismo, e como leitura das
Escrituras, é alimento para o espírito. (LIBÂNIO e MURAD, 1996, p. 220)
Enfim, trago este tópico para orientá-lo desde o início que não há uma teologia mais
correta que outra, ou seja, a chamada teologia bíblica é um método que precisa de outros
para trazer para fora o verdadeiro sentido dos textos sagrados.
Muitos alunos entram nos cursos teológico dizendo que vão se prender a teologia
bíblica porque é espiritualizada e não há necessidade de criticismo ou métodos mais refi-
SAIBA MAIS
Fonte: UNIVERSIDADE DE ALAZAR. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foun-
Fonte: UNIVERSIDADE DE BOLONHA. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Fou-
REFLITA
As mulheres e a Teologia
Com a proposta de uma análise crítica a teologia feminista propõe uma desconstru-
ção das posturas, e ações discriminatória do sexo feminino.
A teologia feminista realiza análise crítica, exploração construtiva e trans-
formação conceptual, colaborando assim para o florescimento da Tradição
viva da Igreja, Sua ação deconstrutora se fixa na denúncia e superação do
sexismo (atitudes, posturas, ações discriminatórias contra o sexo feminino),
principal expressão da visão androcêntrica (centrada no homem varão) que
vigora em grande parte das atuais sociedades do planeta. Fenômeno não
superficial, a discriminação contra a mulher deita suas raízes em antropologia
deficiente, patriarcal, que associa o ser humano ideal ao varão, ente do sexo
masculino. (LIBÂNIO e MURAD, 2003, p. 256-257)
É uma desconstrução para reconstruir. Como dissemos que na teologia, nem sem-
pre podemos pôr um ponto final, a teologia feminista prova isto, pois, ela promove uma
reflexão que produz frutos para um discurso teológico correto.
Já se fazem sentir os frutos da teologia feminista nas convicções e descober-
tas básicas aceitas pela comunidade teológica internacional e lentamente as-
similadas nos textos de teologia acadêmica. Assim, na Bíblia redescobrem-se
as figuras de mulheres; na dogmática, purifica-se a imagem de Deus de suas
conotações masculinas e patriarcais, pelo resgate de características mater-
nas (Deus Pai materno, ou Deus Pai-mãe) e comunitário-familiares (a Trinda-
de); na teologia moral incorpora-se a perspectiva da mulher, especialmente
no âmbito da sexualidade; na liturgia, faz-se exceler o valor de expressões
simbólicas.” (LIBÂNIO e MURAD, 2003, p. 256-257)
Fonte: LIBANIO, J. B.; MURAD, A. Introdução à Teologia. São Paulo. Loyola, 1996. p. 255-258.
LIVRO
Título: Introdução à Teologia
Autor: João Batista Libânio.
Editora: Edições Loyola, 1996.
Sinopse: O livro foi escrito em 1996 e se refere ao desenrolar do
processo teológico na história da Igreja católica. A obra possui um
caráter introdutório, portanto o método empregado pelo autor é
de introduzir os leitores em uma visão geral do modo como fazer
teologia e do modo como foi sendo feita a teologia no decorrer dos
séculos e nos últimos anos no Brasil. O objetivo deste trabalho é
apresentar uma resenha crítica da obra.
FILME/VÍDEO
Título: Santo Agostinho
Ano: 2015.
Sinopse: Filme clássico, situa-se na fase crucial do declínio do im-
pério romano e da invasão pelos Visigodos e Vândalos. O Doutor
da Igreja, Agostinho é um dos grandes nomes do cristianismo e um
dos maiores filósofos da humanidade. Aos 70 anos de idade, ele
narra a história de sua juventude, seus excessos e transgressões,
a crise existencial que o levou à conversão e a persistente ação de
sua mãe, Santa Mônica. O ator Franco Nero, interpreta Agostinho
na sua velhice, Alessadro Preziosi o recria em sua atormentada
juventude e Mônica Guerritore, a mãe de Agostinho.
Link do vídeo: https://www.paulinas.com.br/produto/santo-agosti-
nho-dvd-duplo-206-min-885
Veja o link abaixo no qual relata uma entrevista com Leonardo Boff (22.4.19) - sobre
os “Valores éticos e empatia sintetizados num ser ímpar”.
Plano de Estudo:
● Teologia Católica;
● Reforma e Contrarreforma;
● Espiritualidade, Intelectualidade e Eclesialidade;
● Teologia Prática e Teologia Sistemática.
Objetivos da Aprendizagem:
● Conceituar e contextualizar a Teologia Catolica Romana;
● Compreender seu tipo de Filosofia e Interpretações Teológicas;
● Estabelecer a importância da Teologia Catolica na compreensão do Divino.
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INTRODUÇÃO
Caro(a) Aluno(a),
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1. TEOLOGIA CATÓLICA
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precipita sobre a cristandade: subjetivismo e individualismo, nacionalismo,
laicismo, secularização. Elas atuam no sentido de diluir as grandes sínteses
alcançadas no plano político-religioso (o império e o papado) e no pensamen-
to (dialética e sistematização escolásticas). A teologia escolástica não assimi-
la o “ giro cartesiano” da razão, nem o individualismo emergente. A Reforma
protestante, iniciada por Lutero e seus companheiros no século XVI, golpeia
duramente a unidade católica da Europa. (LIBÂNIO e MURAD, 1996, p. 135)
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É neste momento que há um crescimento excessivo da dependência teológica no
clérigo. Os primeiros beneficiários são exatamente os clérigos, os religiosos e os dioce-
sanos, os quais passam a ter a obrigatoriedade de possuir um curso teológico e, como
consequência, a formação sacerdotal sofre uma vulgarização irremediável. A teologia se
desenvolve assim, sobre em três áreas: Fundamental, Dogmática e Moral:
Na fundamental, prevalece a apologética, cujas demonstrações não visam a
suscitar a fé, mas sim a mostrar a credibilidade do testemunho dado à revela-
ção por Jesus Cristo e sua Igreja. Contra os incrédulos, funda racionalmente
a necessidade de uma religião e divindade do cristianismo católico. (LIBÂNIO
e MURAD, 1996, p. 137)
UNIDADE II
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1.3 O despertar da teologia católica no início do Século XX
O século XX inicia-se de uma maneira muito positiva para a Igreja Católica, Roma
e Alemanha produzem uma teologia inovadora e promissora, e então, a França começa a
produzir dicionários e revistas de grande envergadura, com estudos de exegese, patrologia,
história das religiões, dogmas e história da Igreja. O movimento neotomista desencadeado
pelo Papa Leão XIII, ganha espaço e se desenvolve.
Com o desenvolvimento da “Apologética da Imanência”, desenvolvida por M. Blon-
del, que trabalha com o perfil do homem concreto e histórico, procurando pontos de abertura
para a revelação cristã. Blondel, de certo modo está propondo uma resposta construtiva
para o modernismo. Resumindo: O método da imanência de Blondel favorece a percepção
da espiritualidade e necessidade da revelação.
Nem tudo ocorreu no mesmo ritmo, os intitulados modernistas, atingiram um pico
em suas contribuições:
O movimento “modernista”, assim chamado pela pretensão de seus protago-
nistas de adaptarem o catolicismo ao pensamento moderno, mesmo a custo
de certa descontinuidade com o ensinamento tradicional da Igreja e suas
formas institucionais, floresce na primeira década de nosso século. Faz eco
à teologia protestante liberal do final do século passado, como aparece, por
exemplo, em Schleiermacher e Sabatier. Sofre influência do agnosticismo
dos neokantianos, panteísmo e evolucionismo dos neo-hegelianos e o vitalis-
mo dos pragmáticos. Seu principal corifeu é A. Loisy (1857- 1940), professor
do Instituto Católico de Paris. (LIBÂNIO e MURAD, 1996, p. 142)
Então, o golpe fatal nos crescentes modernistas veio quando os exegetas e histo-
riadores do dogma propõem reformular o conceito de revelação e dogma, introduzindo na
igreja aspectos evolucionista, imanentistas e subjetivistas. E assim, introduzem o pensar
histórico do sujeito ao progresso, contra a rigidez dogmática da Igreja. Diz Libânio e Murad
(1996) que:
A Igreja oficial desfecha-lhe violento processo de perseguição. Pio X denomi-
na-o “suma de todas as heresias” (Dz 2105, 2114), condenando-o por meio
de dois documentos: Lamentali (Dz 2001-2065) e “Pascendi” (Dz 2071-2109),
em 1907. O primeiro, decreto pontifício, simplesmente enumera 65 afirma-
ções dos modernistas, reprovando-as e prescrevendo-as em bloco. O se-
gundo, carta encíclica, faz detalhada análise e acre juízo do movimento. A
condenação elimina não só os exageros, mas também o espírito renovador
que o movimento traz em si. Favorece desta forma a reação integrista, freia o
desenvolvimento das ciências bíblicas e de outras áreas da teologia, reforça
a fixação na teologia manualística. (LIBÂNIO e MURAD, 1996, p. 143)
Como dissemos no início de nossos estudos, não há como estudar a teologia sem
estudar a história das grandes Igrejas, no caso, vimos como funcionou o caminhar teológico
dentro da Igreja Católica. Até este momento da história, temos uma teologia que foi única
e incontestada, que passou por um embate interno, no qual surgiu o protestantismo. Pas-
sou, também, por pressão externa, através do surgimento do Iluminismo e outras filosofias
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liberais, somadas à evolução da sociedade e o despertar para um mundo mais corporativo,
vencendo todos estes desafios, mas agora, recebe uma sentença que provoca uma pausa
em sua evolução.
Porém, nos vinte anos entre a primeira e a segunda Grande Guerra, a teologia
católica se desenvolveu sobremaneira produzindo métodos e reflexões ímpar. Em resumo,
houve um grande movimento para aproximar a teologia da espiritualidade e estes movi-
mentos envolveram os dominicanos franceses, os jesuítas, os beneditinos e os carmelitas.
A teologia, além de espiritualizada, começa a receber influência do humanismo e a
teologia observa um enfoque com mais atenção, e assim surge a preocupação da teologia
ao passar a ser com o bem-estar presente do homem.
A problemática humana começa a ser assunto de teologia. Elaboram-se es-
critos sobre a moral familiar e as relações entre Igreja e Estado, o progres-
so, as relações sociais. O humanismo cristão, sobretudo com J. Maritain,
traz novo alento à espinhosa questão do natural-sobrenatural, que subjaz
à teologia da graça. Na eclesiologia, ressaltam-se as dimensões espiritual,
sobrenatural e comunitária da Igreja, em contraposição ao juridicismo e ao
individualismo. (LIBÂNIO e MURAD, 2003, p. 144)
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Com esta base que estudamos, podemos entender porque a teologia católica
segue como tal, de forma a entendermos que o catolicismo procura manter suas origens
e sua institucionalidade. Nos tópicos a seguir, veremos o que foi a Reforma Protestante e
entenderemos mais sobre a teologia católica também. Sugiro que você acesse o material
complementar que estamos indicando e continue a conhecer a história da teologia católica,
você estará conhecendo o momento de vários novos movimentos teológicos e de definição
da teologia católica contemporânea.
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2. REFORMA E CONTRARREFORMA
2.1 Pré-Reforma:
No Séc. XII d.C., um homem chamado por Pedro Valdo (Pedro, por ser compa-
rado ao apóstolo Pedro e Valdo, por ser um Valdez), comerciante de Lyon, na França, se
converteu ao cristianismo e ao ter contato com a Bíblia, decidiu adquirir um exemplar em
linguagem popular e passou a pregar a Palavra sem ser sacerdote. Ao mesmo tempo, re-
nunciou seu ofício e dividiu seus bens aos pobres. Os seguidores de Valdo são conhecidos
como “valdenses” e se caracterizam por não reconhecer a soberania eclesiástica de Roma,
renunciavam o culto a imagens e tinham como direito que cada fiel tivesse um exemplar das
escrituras sagradas em sua própria Língua.
No Séc. XIV d.C. tivemos outro precursor importante da Reforma, o Inglês John
Wycliffe, que defendia que a Igreja deveria retornar às origens, era contra o enriquecimento
do clero e que o poder da Igreja deveria se limitar às questões religiosas.
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FIGURA 1 - JOHN HUSS - MONUMENTO DE JOHN HUSS (JAN HUS), MEMORIAL NACIONAL
DE VITKOV, PRAGA, REPÚBLICA CHECA - 6 DE JUNHO DE 2017: O reformador e padre boêmio está
pregando aos guerreiros. Movimento hussitista contra igreja católica
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Martinho Lutero, condenava a avareza do paganismo na igreja, bem como, a
cobrança de indulgências, estes eram os pontos principais, embora, há outros a serem
defendidos e debatidos pelo reformador.
As 95 teses foram traduzidas para o alemão e em pouco tempo, um mês, e suas
cópias estavam por toda a Europa. Obviamente, Lutero foi processado pela igreja e em
1520 foi excomungado e exilado no Castelo de Wartburg, em Eisenach, onde permaneceu
por cerca de um ano e ali, trabalhou em traduzir a Bíblia para o alemão, a qual, em 1522,
estava sendo impressa o Novo Testamento.
Para esta unidade o que precisamos entender sobre a Reforma Protestante é o fato
que a publicação e os fatos posteriores, desencadearam uma série de movimentos contra
o clero da época, padres renunciaram seus votos de castidade, houve um movimento de
desaceleração no recebimento de indulgências. Lutero se casou e com isto, outros padres
também seguiram seu exemplo. Este ato culminou com o rompimento definitivo de Lutero
com a igreja católica romana.
Na ótica do clero católico, houve um enorme prejuízo à imagem da instituição ecle-
siástica e por alguns anos, o catolicismo procurou regenerar suas práticas.
2.3 Contrarreforma:
Este tema, neste momento, nos chama mais a atenção porque estamos falando de
teologia católica e a contrarreforma foi uma estratégia desta teologia para se defender e
buscar o apogeu que tinha anteriormente.
Então, enfim, o que é a contrarreforma? Podemos entender que foi o esforço da
Igreja Católica para conter o crescimento do protestantismo pela Europa, através de várias
ações conjuntas.
Como iniciou a contrarreforma? Iniciou-se no Concílio de Trento no ano de 1545
e durou 18 anos, indo até 1563. Foi convocado pelo papa Paulo III e dividido em três
encontros, as discussões tinham como centro o combate às heresias e o fortalecimento da
Igreja Católica.
As questões doutrinárias foram os primeiros atos a serem discutidos no Concílio,
tais como, o pecado original, sacramentos, ritualismo, papel de Maria, Jesus, entre outros,
foi mantida a infalibilidade do papa, mas, diante dos ataques protestantes, a igreja recuou
no quesito “venda de indulgências”, proibindo esta prática.
Não foram somente através de princípios que a contrarreforma ocorreu. A ação
também aconteceu na proibição da venda e leitura de certos livros, que eram contra o
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catolicismo romano. Houve a instituição da catequese, a fim, de doutrinar os membros
e a confirmação da transubstanciação, do celibato e a hierarquia clerical, também eram
imposição para os sacerdotes católicos na época e deviam ser também de conhecimento
de todo o povo.
Surgiu a Companhia de Jesus, uma importante frente de jesuítas, aptos a catequi-
zar e reciclar o ensino religioso para qualquer nação. Inácio de Loiola foi o grande fundador
dessa companhia em 1534.
Foram reativados os “Tribunais do Santo Ofício” e instaurou-se a inquisição. Nos
países em que o catolicismo perdia fortemente terreno para o protestantismo, aqueles que
faziam a opção de não serem católicos, eram julgados como hereges e queimados vivos.
(GEORGE, 1993)
Enfim, neste breve resumo sobre a contrarreforma, percebemos que, na verdade,
o movimento de defesa da teologia católica não trouxe consideráveis inovações, mas, uma
fixação das ordens católicas já existentes. De fato, o maior benefício para todos, ocorreu
por causa da Reforma Protestante, porque, com a ascensão do protestantismo, o povo foi
liberto da cobrança de indulgências.
No Brasil, os jesuítas contribuíram muito com a formação da sociedade. Eles eram
contra a escravidão indígena e práticas bizarras que poderiam ser praticadas, também,
promoveram a educação e a catequização do povo escravo.
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3. ESPIRITUALIDADE, INTELECTUALIDADE E ECLESIALIDADE
3.1 Espiritualidade:
A espiritualidade é a essência natural e parte integrante da teologia, ela não causa
dano ou descrédito a teologia, por abalar sua cientificidade. Libânio e Murad (1996) concei-
tua a relação de espiritualidade e teologia como algo que é necessário ao futuro teólogo:
Ao articular-se com a espiritualidade, a teologia recria, como na patrística, as
condições para ser “mistagogia”, introdução ao mistério divino. Constata-se,
com tristeza, que alunos do terceiro ou quarto ano de teologia, após estudar
tanto tempo a “doutrina sagrada”, avançaram muito pouco na vida de fé, no
seguimento a Jesus. Poder-se-ia contra-argumentar que o curso de teologia
não se destina primariamente a esta finalidade. Alimenta-se espiritualidade
no espaço eclesial, não no espaço acadêmico: seminário, casa de formação
ou grupo/pastoral dos leigos, conforme o caso. Mas a pergunta irrenunciável
permanece: como a intelecção das verdades da fé pode ajudar a sua vivên-
cia? De que forma a compreensão impulsiona o coração a entregar-se de for-
ma mais madura a Deus, e as mãos a abrir-se na causa da evangelização?”
(LIBÂNIO e MURAD, 1996, p. 241)
3. 2 Intelectualidade:
A intelectualidade é a capacidade de fazer uma reflexão profunda de determinados
eventos, no qual diz respeito à personalidade do indivíduo, que em seus níveis de inteli-
gência, pode possuir preponderância ou se inclinar para um determinado tipo, por exemplo,
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podemos ter uma inteligência crítica mais forte que uma inteligência analítica, assim, nossa
intelectualidade irá refletir nos nossos resultados. Antonin Gilbert Sertillanges, escritor da
obra “A vida intelectual”, escrita em 1920, detalha como a vida intelectual influencia em uma
vocação autêntica:
Falar de vocação equivale a designar os que pretendem fazer do trabalho
intelectual a sua vida, ou porque dispõem do tempo vago para entregarem
ao estudo, ou porque, no meio de ocupações profissionais reservam para si,
como feliz suplemento e recompensa, o profundo desenvolvimento do es-
pírito. Digo profundo, para descartar uma ideia de tintura superficial. Uma
vocação não se satisfaz com leituras vagas nem com pequenos trabalhos
dispersos. Requer penetração continuidade e esforço metódico, no intuito
duma plenitude que responderá ao apelo do Espírito e aos recursos que lhe
aprouve comunicar-nos. (SERTILLANGES, 2010, p. 06)
3.3 Eclesialidade:
A Eclesialidade nada mais é que o coletivo, o trabalhar com e em prol de um grupo.
O teólogo não caminha sozinho, ele não trabalha só e seus frutos não são para ele apenas
e a comunidade agrega a teologia, no qual precisa levar em conta as manifestações popu-
lares dos fiéis. O que os fiéis professam como verdade é critério para validar um ensino.
O teólogo precisa estar em sintonia com a comunidade e com a igreja, manter
suas origens teológicas e contrastar com a realidade vivida na comunidade em que estiver
inserido. O teólogo deve analisar o contexto do local e respeitar as crenças e verdades
professadas pelos locais. Falar de Eclesialidade é dizer que a teologia vai até o povo que
precisa da pregação da Palavra, como conceito simples.
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4. TEOLOGIA PRÁTICA E TEOLOGIA SISTEMÁTICA
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Assim, atualmente, a Teologia Litúrgica e a Teologia Sacramental, surgem como
disciplinas dentro da teologia prática, a fim, de analisar e dinamizar a interação dos ritos com
os seus fins e propósitos, é algo que faz todo o sentido, pois, o teólogo precisa transmitir o
que lhe é inspirado, de forma organizada e simples, trazendo uma compreensão litúrgica.
Temos outra disciplina que é conhecida como Teologia do Direito Canônico, que
analisa os procedimentos e normas jurídicas da Igreja e viabiliza a prática dentro das nor-
mas. O direito canônico se utiliza dos mandamentos dados por Jesus a sua Igreja e ao
poder que ela exerce.
Outra interdisciplinar da teologia prática é a Teologia Pastoral, que cuida da apli-
cação dos ensinos e ações teológicas da Igreja no dia-a-dia, ou melhor, no cotidiano da
comunidade como um todo. É esta interdisciplinar que traz o dinamismo à liderança da
igreja local perante seus membros.
Por fim, temos a última interdisciplinar, a Teologia Espiritual, que trata, em resumo,
da trajetória do espírito humano em busca de atingir a perfeição e a santidade, que ocorre
em Cristo Jesus. Esta interdisciplinar se dividirá ainda em duas: ascética e mística, que são
definidas pelo objeto de estudo. A primeira tem como objeto a teoria e a prática da perfeição
cristã até o estado contemplativo e a segunda tem como objeto a própria contemplação.
(LIBÂNIO e MURAD, 1996, p. 226-228)
Ao entendermos este tópico sobre a prática teológica católica, vamos observar,
quando estudarmos outras correntes teológicas, que a teologia católica se apresenta bem
mais organizada neste aspecto de condução e sistematização de suas práticas ministeriais,
é um método que surgiu para que os ensinos não sofressem influências na linha de frente
da ministração da Palavra.
UNIDADE II
I Teologia
Conhecendo
Católica
a Teologia
Romana 38
4.2 Teologia Sistemática
Teologia sistemática nada mais é que um estudo “ordenado” ou “organizado” da Bíblia.
É a própria designação da palavra sistemática que quer dizer “conjunto de elementos classifica-
dos e organizados entre si segundo um ou mais critérios” (SISTEMÁTICA, 2021, online)
A teologia sistemática, parte primeiramente do que diz a Palavra sobre Revelação
e em seguida, o que a Palavra nos diz sobre Deus é e assim o que ela diz sobre Jesus e
depois sobre tudo o que Jesus fez pelo homem. Assim, fica claro que a base da sistemati-
zação é unicamente a Palavra.
Na sequência da linha de sistematização, será considerado a doutrina do homem,
do pecado, santificação, Igreja e dos finais dos tempos. Desta forma, fica claro que a
sistematização é por tema, assunto, relevância e não é uma ordem cronológica ou de
cânon, livros. Então, temos agora um horizonte aberto para sabermos onde vamos buscar
um estudo alinhado das prioridades teológicas, dentro do estudo teológico. A disciplina de
teologia sistemática se subdivide nela mesmo, mantendo a linha geral, ou seja, teremos
uma divisão em níveis: sobre a Revelação e Deus, Teologia Sistemática I, sobre o homem,
pecado... Teologia Sistemática II, e assim por diante, costumeiramente até o nível sete,
sendo sua melhor divisão:
Teologia Sistemática
Parte 1 - Introdução.
Parte 2 - A Doutrina de Deus.
Parte 3 - A Doutrina do Homem.
Parte 4 - As Doutrinas de Cristo e do Espírito Santo.
Parte 5 - A Doutrina da Aplicação da Redenção.
Parte 6 - A Doutrina da Igreja.
Parte 7 - A Doutrina do Futuro.
Fonte: O autor (2021).
UNIDADE II
I Teologia
Conhecendo
Católica
a Teologia
Romana 39
SAIBA MAIS
NOMES DOS PAPAS - Durante muitos séculos, os Papas eleitos utilizavam os seus no-
mes de batismo. Porém, isso mudou no ano de 533, com a eleição de Mercúrio. Como
não ficaria bem para o representante da Igreja Católica utilizar o nome de um deus pa-
gão, ele optou por mudar o seu nome e decretou que, durante o seu papado, seria cha-
mado de João II. Esse costume passou a ser utilizado pelos seus sucessores, e quase
todos os Papas mudam o seu nome desde o século X, sendo que o último a utilizar o
nome de batismo durante o pontificado foi Marcelo II, no ano de 1555.
Fonte: G1. Saiba como será escolhido o nome do novo Papa. 2013. Disponível em: http://g1.globo.com/
mundo/renuncia-sucessao-papa-bento-xvi/noticia/2013/03/saiba-como-sera-escolhido-o-nome-do-novo-
SAIBA MAIS
Fonte: BBC News. Quando e por que a Igreja Católica passou a impor o celibato aos padres. Disponível
UNIDADE II
I Teologia
Conhecendo
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Romana 40
REFLITA
A Igreja Católica, mantém o celibato porque acredita que os padres celibatários desem-
penham suas funções religiosas melhor do que os casados, segundo os especialistas.
O que você acha e o que você diria?
UNIDADE II
I Teologia
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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LEITURA COMPLEMENTAR
UNIDADE II
I Teologia
Conhecendo
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Romana 43
No Domingo, ouviram uma palestra sobre o segundo capítulo dos Atos dos Apóstolos,
no fim do dia os estudantes se retiraram com a recomendação de lerem o livro de John Sherril,
“Eles falam outras línguas”. Durante algumas semanas após o encontro, alguns dos professores
e dos alunos da Universidade compareceram às reuniões de oração da casa de Flo Dodge, e
depois esta reunião deixou de existir. Certamente, já havia preenchido sua finalidade.
Enquanto isso, um dos professores foi a South Bend e testemunhou para um grupo
de trinta estudantes e alguns amigos a maravilha que é viver Pentecostes em nossos dias.
Estes pediram que se orasse para que recebessem o Batismo no Espírito Santo. Mais tarde,
começaram a realizar-se, regularmente, em Notre Dame, encontros católicos carismáticos
de oração, e se difundia cada vez mais a Graça do Batismo no Espírito. Duquesne, Notre
Dame, Michigan, e um número enorme de católicos têm sido batizados no Espírito Santo.
Fonte: COMSHALOM. Você sabe qual a origem da Renovação Carismática Católica? Disponí-
UNIDADE II
I Teologia
Conhecendo
Católica
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MATERIAL COMPLEMENTAR
LIVRO
Título: Como a Igreja Católica construiu a civilização ocidental
Autor: Thomas E. Woods Júnior.
Editora: Quadrante Editora; 10ª edição (26 junho 2019).
Sinopse: Se perguntarmos a um estudante universitário o que
sabe do contributo da Igreja Católica para a sociedade, a sua res-
posta talvez se resuma a uma palavra: “opressão”, por exemplo,
ou “obscurantismo”. No entanto, essa palavra deveria ser “civiliza-
ção”. O autor destas páginas, Thomas Woods, doutorado pela Uni-
versidade de Columbia, mostra como toda a Civilização Ocidental
nasceu e se desenvolveu apoiada nos valores e ensinamentos da
Igreja Católica.
FILME/VÍDEO
Título: Dois Papas
Ano: 2020.
Sinopse: Buenos Aires, 2012. O cardeal argentino Jorge Bergoglio
(Jonathan Pryce) está decidido a pedir sua aposentadoria, devido
a divergências sobre a forma como o papa Bento XVI (Anthony
Hopkins) tem conduzido a Igreja. Com a passagem já comprada
para Roma, ele é surpreendido com o convite do próprio papa
para visitá-lo. Ao chegar, eles iniciam uma longa conversa onde
debatem não só os rumos do catolicismo, mas também afeições e
peculiaridades da personalidade de cada um.
Link do vídeo: https://www.netflix.com/br/title/80174451?sour-
ce=35
UNIDADE II
I Teologia
Conhecendo
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Romana 45
UNIDADE III
Teologia Pentecostal
Professor Esp. Érlon Miggliozi
Plano de Estudo:
● O Movimento Pentecostal Norte Americano e Sueco;
● O Movimento Pentecostal no Brasil;
● Teologia Escandinava e Norte Americana;
● Desafios atuais da Teologia Pentecostal.
Objetivos da Aprendizagem:
● Conceituar e contextualizar a Teologia Pentecostal.
● Compreender seu tipo de Filosofia e Interpretações Teológicas.
● Estabelecer a importância da Teologia Pentecostal na compreensão do Divino.
46
INTRODUÇÃO
Caro(a) Aluno(a),
Como isso ocorre? Na segunda fase da Reforma Protestante, vários outros his-
toriadores e teólogos iniciam um processo de institucionalização. Foi na Reforma Suíça,
promovida por Ulrico Zuínglio, que fazia parte da primeira reforma também, mas discordava
dos luteranos, principalmente nos sacramentos (TILLICH, 1988, p. 254).
João Calvino, publica suas obras “As Institutas” e com sua ampla divulgação, agre-
ga-se a ele vários outros nomes da teologia protestante, Martin Bucer, William Farel, Zuin-
glio, Heinrich Bullinger, Pietro Martire Vermigli, Teodoro de Beza, John Knox. Assim, nasce
uma teologia reformada e leva este nome. Muitos vinculando a João Calvino, a tratam como
Calvinismo, mas, o próprio não desejava assim (COTTRET, 2010).
Neste ponto da história da Igreja, temos o Catolicismo Romano se preparando para a
Contrarreforma, o Luteranismo desfrutando de seu novo tempo e começo, a Teologia Reforma-
da ganhando corpo por toda a Europa. Para sermos mais precisos, temos então: O Catolicismo
Romano, o Catolicismo Ortodoxo, o Luteranismo e a Teologia Reformada ou Calvinista.
Agora, vamos observar um pouco sobre o que consiste a teologia reformada, o que
ela acredita e define como base de fé e, assim, descobrir o solo em que vai surgir o pente-
costalismo séculos depois. A teologia reformada está alicerçada em cinco pontos, também,
conhecidos como “Cinco Solas” e está ligada diretamente ao movimento da reforma, por-
que, vai direto aos pontos que a impulsionaram: Sola Fide, Sola Scriptura, Solus Christus,
Sola Gratia e Soli Deo Gloria. Traduzindo: Somente a Fé, Somente a Escritura, Somente
Cristo, Somente a Graça, Somente a Deus Glória (FERREIRA, 2017, p. 32). Então, estes
pontos definem a Teologia reformada diante da Teologia Católica.
Calvinismo Arminianismo
Depravação Total A depravação é total
Expiação Limitada A Expiação destina-se a Todos
Graça Irresistível A Graça é Resistível
Eleição Incondicional A eleição é condicional
Perseverança dos Santos A segurança eterna é também condicional
Teríamos muito o que explicar em cada um destes pontos, mas, vamos ficar por
aqui, pois seria um assunto mais extenso que vamos colocar na leitura complementar para
não sairmos do foco.
Você diria que a teologia neste ponto, se dividiu, pulverizou, cresceu, evoluiu?
ATENÇÃO: É nesse ponto que muitos alunos de teologia cometem o equívoco de dizer
que a teologia ficou humanizada e perdeu crédito para tratar sobre o divino, ou, em outras
palavras, não é de Deus. Começam a acreditar que por haver opções de pensamento, a fé
é algo produzido humanamente. Pois bem, é agora que a teologia recebe sabor, tempero.
Neste ponto de reflexão, vamos descobrir a profundidade do Plano de Salvação e a Graça
abundante de Deus para com sua criação. Quero afirmar a você algo que possa ir contra
No meio pentecostal é muito comum Deus usar pessoas para profetizar para outras,
é o ato de manifestação voluntária do Espírito Santo no meio de seu povo. Foi assim que
Francescon, Daniel Berguer e outros evangelistas ocuparam seus lugares e deram sua
contribuição, através do recebimento de profecias.
Sobre o Dom de Línguas (Glossolalia - Xenoglossia) há dois tipos de dons de lín-
gua, um o qual o indivíduo expressa sons inteligíveis (a chamada língua dos anjos), que
parecem ter sons e dialetos e formas diferentes, nem sempre são iguais e o dom em falar
línguas que existem, mas, o próprio indivíduo não as domina. É como se um brasileiro que
não sabe japonês, em instantes dominasse essa língua sem nunca jamais ter estudado.
Operação Milagres é outra manifestação no meio pentecostal que tem forte partici-
pação na identidade pentecostal é o Dom de Cura e de Milagres, também está ligado aos
dons experimentados pelos apóstolos e que continuam na igreja. Mas, por que estes dons
são manifestos e qual a relação com a fé?
No original, os dois termos que designam este dom estão no plural: “opera-
ções de maravilhas”. São operações de milagres extraordinários, surpreen-
dentes, pasmosos; prodígios espantosos pelo poder de Deus, para despertar
e converter incrédulos, céticos, oponentes, crentes duvidosos. “Leia João 6;
Atos 8.6,13; 19.11; e Josué 10.12-14”. (GILBERTO, 2008, p. 198)
Com essa explicação acerca dos Dons de milagre, concluímos que na teologia
pentecostal, todas as manifestações concorrem para trazer o homem para a presença de
Deus, reconhecer a soberania divina e dar continuidade a “segurança do crente”, uma
doutrina arminiana que defende que os crentes estão seguros no relacionamento com Deus
enquanto estiverem perseverantes na fé.
Quando falamos de desafio, temos áreas a definir e cremos que podemos dizer
que está sendo exemplar a área espiritual, ficando o desafio maior na área material, onde,
a conquista de novos níveis sociais seja o alvo para os próximos anos.
Fonte: História do Debate Calvinista–Arminiano. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia
SAIBA MAIS
FONTE: Confissão de fé de Westminster. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Founda-
Você ouviu muito a palavra “divisão”. Você acredita que novas linhas de pensamento
teológico, estão dividindo ou multiplicando a abrangência o “Reino de Deus”? Isso tam-
bém é teologia.
REFLITA
Até este ponto do seu estudo de Introdução à Teologia, você consegue identificar uma
teologia totalmente brasileira?
Ao final desta Unidade, podemos estar certos que já conhecemos o principal sobre
a Igreja Histórica, sua espinha dorsal, como surgiu a reflexão teológica e como ela seguiu
até os dias atuais. Vamos falar na próxima unidade sobre os mais recentes movimentos
teológicos que surgiram mais recentemente, mas para você poder fechar o raciocínio com
todas as correntes que gerar movimentos significativos na história teológica cristã, o con-
teúdo desta unidade explica muito, inclusive, sobre a realidade no Brasil.
No capítulo de número um, fizemos uma ligação entre o evento que provocou
uma ruptura no clero católico romano e o surgimento de uma teologia menos institucional,
deixamos claro que quando ocorreu a Reforma Protestante, não houve só um pensa-
mento teológico que surgiu, o próprio movimento reformador precisou contemplar uma
pluralidade em seu meio.
Fizemos a menção de um crescimento muito expressivo da teologia pentecostal no
Brasil, inclusive, é o maior movimento evangélico no nosso solo. Demonstramos como as
correntes escandinava e norte-americana trouxeram suas culturas dentro da teologia pen-
tecostal e quais são as suas contribuições para o movimento. E também falamos de como
o pentecostalismo brasileiro está depois de cem anos de existência, dos seus desafios e de
uma linha de crescimento.
Esperamos que você possa ter emergido neste contexto pentecostal e adquirido
o conhecimento para poder se localizar ao se deparar com alguma prática teológica que
precise ser interpretada. Hoje, diante daquilo que você estudou, se você é cristão, você
poderia dizer que sua comunidade eclesiástica segue qual linha teológica? Luterana, Ca-
tólica Romana, Evangélica Tradicional, Evangélica Pentecostal? Se você não pertencer a
nenhuma delas, tudo bem, talvez você esteja em uma ramificação, mas, você saberia dizer
qual foi a raiz teológica mais próxima.
Se você ainda está em dúvida, convido você para a próxima unidade, que vamos
estudar o Neopentecostalismo e revisar alguns pontos importantes daquilo que já estudamos.
Arminianismo
LIVRO
Título: Teologia Sistemática - Introdução à Teologia - A Bíblia.
Deus. A criação.
Autor: Norman Geisler.
Editora: CPAD.
Sinopse: Através de uma abordagem filosófica você obterá o
conhecimento necessário sobre as principais doutrinas do Cristia-
nismo.
FILME/VÍDEO
Título: ESPERO-VOS DOMINGO (COME SUNDAY)
Ano: 2018.
Sinopse: Uma crise de fé leva o pastor Carlton Pearson a trilhar
um novo caminho espiritual que coloca em risco tudo que lhe é
mais sagrado.
Link do vídeo: https://www.netflix.com/br/title/80152625.
Caros alunos, a seguir temos o link de um vídeo no qual aborda sobre a “Reconsti-
tuição da Chegada dos Missionários”.
• Link do site: https://youtu.be/8MlxpTC2gsg
Plano de Estudo:
● Teologia Neopentecostal;
● Tradição;
● Teologia Fundamental, Dogmática e Moral;
● Teologia Moderna.
Objetivos da Aprendizagem:
● Conceituar e contextualizar a Teologia Neopentecostal.
● Compreender os tipos Grupos de Disciplinas Teológicas Acadêmicas Básicas.
● Estabelecer a importância da Tradição e da Teologia Moderna.
69
INTRODUÇÃO
Caro(a) Aluno(a),
Não podemos afirmar e nem sermos ignorantes ao ponto de não reconhecer que
haja milagres, curas, no meio neopentecostal, afinal, Deus opera como ele deseja, mas
os líderes do neopentecostalismo, utilizam a demonstração das curas e milagres para a
autopromoção. Esta autopromoção, fica evidente com as chamadas e os convites que enfa-
tizam que em tal denominação Deus irá fazer e o proselitismo religioso começa a provocar
vai e vem de fiéis.
Este artigo não está contra este movimento, de maneira nenhuma, pois se uma
pessoa alcançar uma bênção e glorificar a Jesus por isso, dando-lhe o crédito, quem será
eu em ser contra. “E a Jesus Glória!”, esse é um princípio que cogito como correto e idôneo.
Mas, vamos para a história, ela nos demonstrará este resumo.
Não Em 1950, os missionários americanos realizaram uma tentativa de montarem
um ministério voltado para a teologia neopentecostal que conhecemos hoje:
O segundo grupo de igrejas implantado no Brasil, que não obteve nomen-
clatura consensual na literatura acadêmica, começou na década de 1950,
quando dois missionários norte-americanos da International Church of The
Foursquare Gospel criaram, em São Paulo, a Cruzada Nacional de Evange-
lização. Por meio dela, iniciaram o evangelismo focado na pregação da cura
divina, que atraiu multidões às concentrações evangelísticas na capital pau-
lista e acelerou a expansão do pentecostalismo brasileiro. Em 1953, funda-
ram a Igreja do Evangelho Quadrangular no Estado de São Paulo. No rastro
de suas atividades de evangelização, surgiram Brasil Para Cristo (1955, SP),
Deus é Amor (1962, SP) e Casa da Bênção (1964, MG). Os missionários da
Quadrangular conferiram ênfase teológica à cura divina, seguindo o bem-
-sucedido movimento de cura propagado nos Estados Unidos durante a Se-
gunda Guerra Mundial. Como estratégia proselitista, além da ênfase na cura,
essa vertente pentecostal notabilizou-se pelo intenso uso do rádio e pela pre-
gação itinerante com o emprego de tendas de lona. (MARIANO, 1999, p. 123)
Algo importante que precisamos saber é que houve um crescimento de Edir Mace-
do dentro da liderança da IURD. O então líder Soares perdeu espaço para Edir diante da
crescente popularidade que ele adquiria nos programas que apresentava e isso culminou
com a saída de Soares juntamente com Roberto Augusto Lopes da IURD.
Soares fundou então sua denominação e Lopes retornou para a política, foi o
primeiro Deputado Federal eleito na IURD. E Edir Macedo implantou o sistema Episcopal
na IURD em 1990 e se tornou vitalício no cargo, mas problemas com a justiça o fizeram
abdicar. Mariano (1999) nos diz:
E neste período, a IURD sofreu fiscalização da Polícia Federal e Edir Macedo preci-
sou sair do Brasil, assim que pode, e com isso, fundou a IURD em solo americano, algo que
contribuiu para o crescimento denominacional posteriormente, em vários outros países.
FIGURA 1 - IGREJA UNIVERSAL NO EXTERIOR - Hialeah, FL, EUA: abril de 2021: Fachada da
Igreja Universal do Reino de Deus em Hialeah, Flórida. Entidade local de culto. Teologia, Bíblia e Deus
Então, acreditamos que você já conhece o necessário para entender como a teolo-
gia praticada no neopentecostalismo se originou. É necessário compreender que o modelo
no qual a IRD apresentou foi algo extremamente diferente daquilo que a religião brasileira
conhecia. Templos abertos 24 horas por dia, a santidade praticada de modo diferente ao
O período moderno e contemporâneo se inicia do Séc. XVII d.C. até os dias atuais
e nos mostra ciclos que se repetem na história da Igreja. No qual:
[...] distinguindo-se as seguintes “divisões”: 1º, séculos XVII e XVIII, cenário
da ruptura entre os âmbitos espiritual e intelectual, é neste século que a teo-
logia evangélica tem sua gênese, exatamente no interior da ortodoxia confes-
sional, todavia, o fundamentalismo é o resultado dos “revivals” evangélicos
dos séculos XIX e XX; 2º, século XIX, centro de polêmicas e tensões, mas
também ocorrem vislumbres de “renovações”; 3º, século XX, [...] o discurso
teológico que originalmente propunha a “glória de Deus”, evolui em direção à
defesa e à valorização do humanum. (GIBELLINI, 1998, p. 279-299)
SAIBA MAIS
REFLITA
Quais são os fatores que, ao longo da história da Igreja, têm sido fundamentais para a
discordância e o posterior surgimento de novas “religiões”? Poder político, posses, do-
mínio? O que você elencaria?
Chegamos ao fim de mais uma Unidade e de mais uma disciplina também. Ter
estudado a Introdução à Teologia, nos ajudou a entender que a história da Igreja nos acom-
panhará em muitas reflexões teológicas.
Descobrimos que quem faz o conteúdo teológico é a Igreja e, por muito tempo, foi
ela quem fez a teologia também. Digo isto, porque atualmente falar do Divino não é mais
uma exclusividade dos grandes líderes eclesiásticos e também não se limitou aos antigos
locais de retiro e busca de revelação divina. Hoje, sua escola, sua turma e você, tem papel
importante na história da teologia.
Através de academias e pensadores, podemos encontrar verdadeiros diamantes
teológicos, diamantes, porque podem ser lapidados e até quebrados, mas são o que há de
mais forte que a natureza produziu. Estudando o neopentecostalismo na primeira unidade,
vimos através da história de igrejas como a IURD, a possibilidade de se ter novos pensa-
mentos e interpretar a ação de Deus de forma diferente, o surgimento do neopentecostalis-
mo não colocou um ponto final nas tendências teológicas.
Através de uma breve introdução sobre tradição, entendemos que os conhecimen-
tos e experiências adquiridas ao longo da caminhada da Igreja na face da terra, tem um
papel importante para as igrejas e para a teologia. Como tratamos essas experiências e
como fazemos delas, parte do nosso saber teológico é um ponto fundamental.
Vimos também, no terceiro capítulo, uma breve introdução de como é formado
os blocos de disciplinas na teologia e como cada uma se coloca para fechar o círculo
hermenêutico que existe em todo teólogo.
Enfim, falamos sobre a Igreja Moderna, ou melhor, a Teologia Moderna, ficando
assim a certeza que a teologia sempre estará à espera de um novo fato, um novo aconteci-
mento ou pensamento que venha a surgir. Afinal, a teologia não coloca ponto final definitivo
em suas definições. Desejo encontrá-los em novos níveis teológicos e, então, em qual
nível você pretende atuar a contribuir com a sua ação teológica?
Shalom!!!
Movimento carismático
LIVRO
Título: Neopentecostais: Sociologia do novo pentecostalismo no
Brasil
Autor: Ricardo Mariano.
Editora: Edições Loyola; 5ª edição.
Sinopse: Este livro analisa o neopentecostalismo, vertente pen-
tecostal responsável pelas principais transformações teológicas,
estéticas e comportamentais por que vem passando o movimento
pentecostal. Elaborado e escrito de uma perspectiva sociológica
e baseado em extensa pesquisa empírica, almeja, além de fa-
miliarizar o leitor com a história das crenças, das práticas e do
funcionamento das igrejas neopentecostais, atestar a ruptura com
o ascetismo contracultural e a progressiva acomodação desses
religiosos e suas denominações à sociedade e à cultura de con-
sumo. Mudanças consideráveis, de caráter secularizante, cujos
efeitos mais visíveis têm consistido em torná-los cada vez menos
distintos e, por consequência, cada vez menos um retrato negativo
dos símbolos de nossa brasilidade.
FILME/VÍDEO
Título: Nada a Perder: Contra Tudo. Por Todos
Ano: 2018
Sinopse: É baseado na trilogia homônima Nada a Perder e no
livro O Bispo: A História Revelada de Edir Macedo, de Douglas
Tavolaro. É estrelado por Petrônio Gontijo, interpretando o pro-
tagonista, Day Mesquita interpretando sua esposa Ester Bezerra
e Beth Goulart interpretando a mãe Dona Geninha. É também a
primeira representação de Silvio Santos no cinema.
Link do vídeo: https://youtu.be/5BdcofHX2WI
ARAÚJO, Israel de. Dicionário do Movimento Pentecostal. Rio de Janeiro. CPAD. 2007.
BÍBLIA, Português. A Bíblia Sagrada: Antigo e Novo Testamento. Tradução de João Ferreira
de Almeida. Edição rev. e atualizada no Brasil. Brasília: Sociedade Bíblia do Brasil, 1969.
CIÊNCIA. In: DICIO, Dicionário Online de Português. Porto: 7Graus, 2021. Disponível em:
https://www.dicio.com.br/ciencia/. Acesso em: 03 ago. 2021.
GIBELINI, Rosino. A Teologia do Século XX. Tradução: José Paixão Netto, São Paulo,
Edições Loyola, 1998.
90
LIMA, Adriano. Teologia Pentecostal. Curitiba: InterSaberes, 2016. Disponível em: https://
plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/37149/pdf/0?code=IjIV4doOaCqPBNf3D-
swlSz0ivqRGCLEP7lEG1pYQqTAkDHz35Vr3sGuVSNYa9xq0FlO0UqqQ0dnq8CstqUd-
DBQ==. Acesso em: 21 set. 2021.
MARINHO, Ricardo. O pentecostalismo no Brasil, cem anos depois. Uma religião dos po-
bres. Revista do Instituto Humanitas de Ensino. ed. 329, 2010, p.5-7.
MORAES, Isael Araujo de. Frida Vingren: uma biografia da mulher de Deus, esposa de
Gunnar Vingren, pioneiro das Assembleias de Deus no Brasil. Rio de Janeiro. CPAD. 2014.
PLATÃO, República. Tradução Ingrid Neves. 1. ed. Goiânia: Editora Kiron, 2014.
91
SERTILLANGES, A. D. A vida intelectual. São Paulo: É realizações. 2010.
SISTEMÁTICA. In: DICIO, Dicionário Online de Português. Porto: 7Graus, 2021. Disponível
em: https://www.dicio.com.br/sistematica/. Acesso em: 06 ago. 2021.
TRADIÇÃO. In: DICIO, Dicionário Online de Português. Porto: 7Graus, 2021. Disponível
em: https://www.dicio.com.br/tradicao/. Acesso em: 06 ago. 2021.
92
CONCLUSÃO GERAL
Que bom que você chegou até aqui. A teologia é um estudo que não acaba, sim,
isso é verdade! Quando elaboramos esta disciplina, buscamos trazer os assuntos e a divi-
são que você precisava para poder entender que o conteúdo teológico é muito amplo e, em
determinados momentos, nós precisamos avaliar nosso foco e seguir por ele durante algum
tempo. Por exemplo, você já se decidiu se o conteúdo teológico que você está absorvendo
vai ser utilizado no ministério pastoral, acadêmico, institucional, ou em outra situação que
possa ser o seu desejo? Falando assim, você percebe que a introdução teológica mexe
com sua vocação (e você teve um pouquinho deste conceito nesta unidade).
Introduzir um aluno a sua matriz acadêmica exige muita responsabilidade, pois,
precisamos demonstrar que você também estará fazendo parte da teologia. Não há como
entrar no universo teológico e continuar a analisar os fatos à nossa volta da mesma forma
como antes.
Vimos que os homens mudaram a história, tanto inovando como retendo o conteúdo
e os métodos, é fato que a teologia implica na sociedade, no seu estilo de vida e utiliza dela
para colher seu grande material. A teologia é viva e acompanha os movimentos religiosos
e espirituais, buscando simplificar o objetivo de sua existência.
A grande contribuição que você também pode tirar desta disciplina é saber que a
Fé e a Razão são companheiras e alicerçam a crença no divino. E é sua missão, também,
fazer que ambas continuem exercendo seu propósito de forma correta.
Peço a você aluno(a) que cresça em conhecimento e no final deste curso teológico,
você se lembre desta disciplina e tenha a certeza que você poderia reescrevê-la, melhor
ainda e contribuir com a excelência das ciências da Fé!!
93
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