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A ORAÇÃO DO PAI NOSSO

- Mateus 6:9-13 –

Todas as orações de Jesus eram uma conversa com o Pai. Bem diferentes das orações dos pagãos
feitas com pavor, porque em suas crendices adoravam deuses que usavam seres humanos para
execução de seus desejos perversos. Mas Jesus nos ensina a falar com um Deus de caráter
paternal.
O Evangelho de João menciona Deus como Pai por mais de 120 vezes. Nas últimas instruções aos
seus discípulos, do capítulo 13 ao 17, Deus é tratado de Pai cerca de 45 vezes. Na oração de Jesus,
em João cap.17, Jesus chama Deus de Pai 6 vezes: “Pai, meu Pai, Pai Santo, meu Pai, meu Pai, Pai
Justo” – João 17:1, 5, 11, 21, 24 e 25. Quanta intimidade do Filho com o Pai! Oração é sintonia da
criatura com o Criador. Você e Deus ajustam os seus planos e os realizam juntos. Mas orar não é
tentar levar Deus a fazer a nossa vontade. É, isto sim, colocar nossa vontade no alinhamento da
vontade de Deus. A vontade, porém, não é uma coisa separada de nós, é a nossa própria vida, é
todo o nosso ser, como Jesus ensina em Marcos 12.30: “Ame o Senhor seu Deus com todo o
coração, com toda a alma, com toda a mente e com todas as forças”. Na verdadeira oração
alinhamos todo o nosso EU humano ao TU divino.
Assim como existe afinação entre instrumentos musicais diferentes, vibrando em uníssono, é
também possível a harmonização do ser humano com o ser divino. Note bem: dissemos que é
possível, mas só é possível tal harmonia com Deus, se houver decisão para pureza de vida. A Bíblia
insiste em informar que o Deus Santo não tem comunhão com o ser humano impuro. Isaías 59.1 e
2 diz: “Vocês estão pensando que o Deus Eterno perdeu a força e não pode salvar? ou pensam que
ele está surdo e não pode nos ouvir? Pois são os pecados de vocês que os separam do seu Deus,
são as suas maldades que fazem que Deus se esconda de vocês e não atenda as suas orações”.
Portanto, se você quiser repetir a oração do Pai Nosso, você precisa primeiro fazer a oração que
limpa, que liberta, que purifica, como nos Salmos 139: 23,24 e 51.10:
“Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração. Prova-me e conhece os meus pensamentos. E vê se
há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno. Cria em mim, ó Deus, um coração
puro, e renova dentro de mim um espírito reto”. Quando você aprender a orar, começando a orar
assim – a oração da confissão para o perdão – você terá aprendido a viver, a viver a vida viva, a
vida completa, triunfante, porque oração verdadeira é sintonia, é harmonia com Deus. Em Lucas
18:9-14, Jesus conta a parábola do fariseu e do publicano. Termina dizendo que este voltou para
casa em paz com Deus, porque orou assim: “Ó Deus, tem misericórdia de mim, pois sou pecador”.
Stanley Jones, em seu livro O CAMINHO, tem esta brilhante observação: “Na oração do PAI NOSSO
Jesus ensina que a verdadeira oração tem duas partes distintas: o lado de Deus e o lado do
homem:
Nosso Pai Dá-nos
Teu nome Perdoa-nos
Teu Reino Guia-nos
Tua vontade Livra-nos
O primeiro lado é realinhamento. O segundo lado é o resultado. Na primeira parte realinhamos
nossa vida com o nosso Pai, com o seu nome, com o seu Reino e com a sua vontade. Na segunda
parte, vemos os resultados: Deus nos dá, nos perdoa, nos guia e nos livra. São assim as batidas
alternadas do coração da oração: realinhamento/resultado, realinhamento/resultado. E cada lado
do bater do coração é igual: quatro coisas no realinhamento e quatro coisas no resultado. Tantos
resultados quantos realinhamentos”.
Para meditar, porque meditar é pensar para aplicar: o foco da oração é o realinhamento. Se você
estiver buscando primeiro o resultado, estará tomando o lado errado da vida.
Pastor Oswaldo Mancebo Reis

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