Você está na página 1de 6

Sermão das sete Palavras de Jesus na Cruz

Animador: Recordemos nesta celebração as sete palavras ditas por Jesus no


alto da cruz. A tradição cristã conservou este costume da meditação das
“sete palavras” com profundo respeito e devoção, procurando compreender
nelas o sentimento de Cristo no momento de nossa salvação. O perdão, a
salvação, o amor, a angústia, a dor, a esperança, a fé: vamos contemplar a
misericórdia daquele que sempre fez o bem, ensinou o perdão e nos
conduziu de volta ao Pai Eterno. Iniciemos nossa celebração, cantando.

Canto: perdão meu Jesus

Perdão meu Jesus, Perdão, Deus de amor. Perdão, Deus clemente,


Perdoai, Senhor!

1. Eis-me ao vossos pés, grande pecador. Meus enormes crimes,


Perdoai, Senhor.
2. Já os meus pecados, lamento com dor. Estou arrependido, Perdoai, Senhor.
3. De quanto sofrestes, fui eu causador. Por estes tormentos, Perdoai, senhor.
4. Sou mais delinquente, que Judas traidor. Mas a vós recorro, Perdoai, Senhor.
5. Pelas as duras cordas, com que sem amor. Cruéis vos ligaram, Perdoai, Senhor.

Presidente: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.

Todos: amém.

OREMOS

Olhai com amor, ó Pai, esta vossa família, pela qual nosso Senhor Jesus Cristo Livremente se entregou às
mãos dos inimigos e sofreu o suplício da cruz. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do
Espírito Santo.

Sermão das sete Palavras

Os evangelistas mencionam sete palavras de Cristo na cruz. Nelas descobrimos o quanto Deus Pai nos amou
até entregar o seu Filho à morte para nos fazer filhos n’ Ele.

1. “Pai, perdoa-lhes! Eles não sabem o que fazem!” (Lc 23,34).

O Senhor pede perdão pelos nossos pecados. “Carregou nossos pecados em seu próprio corpo, sobre a cruz,
a fim de que, mortos para os pecados, vivamos para a justiça. Por suas feridas fostes curados” (1 Pe 2, 24).
Cristo morre para nos salvar. Convida-nos a praticar o bem e a suportar o sofrimento. O segredo do perdão é
a caridade que compreende a debilidade dos outros, porque cada pessoa sabe que está repleta do amor de
Deus.

Rezar pelos inimigos e perseguidores.

Pai-nosso; Ave-Maria; Glória ao Pai.

1
Oração:

Coberto de mil crimes, a Ti, Senhor, eu clamo, “ Perdão eu não mereço, Nem mais posso esperar., Mas,
ouve aquela voz Que por mim roga, ó Deus! Já não podeis Senhor, Deixar de perdoar.

2. “Em verdade eu te digo: ainda hoje estarás comigo no Paraíso” (Lc 23,43).

Novamente o perdão. O bom ladrão arrepende-se e ouve uma promessa de salvação. A palavra “paraíso”, de
origem persa, evoca um jardim de felicidade, como foi o primeiro jardim na Criação. Jesus mostra que a
felicidade é estar com Ele. Como diz Gregório Nazianzeno, “se estás crucificado com Ele como um ladrão,
como o bom ladrão confia no teu Deus”[1].

Rezar pela própria conversão e de todos os pecadores.

Pai-nosso; Ave-Maria; Glória ao Pai.

Oração:

Quando a morte vier Entre os horrores Esta minha vida terrena cortar-me, Ah! Senhor, Tem de mim
compaixão! Meu Senhor! Vem no transe funéreo ajudar-me. E depois, este mísero Corpo, Vá minha alma
contigo reinar.

3. Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que Ele amava, disse à mãe: “Mulher, este é o teu
filho”. Depois disse ao discípulo: “Esta é a tua mãe” (Jo 19,26-27).

A Virgem Maria está “consentindo com amor na imolação da vítima que dela nascera”[2]. Seu único filho é
Jesus. Ao aceitar a sua morte na cruz, recebe-nos a todos como filhas e filhos seus em São João: é Mãe da
Igreja.

Rezar pela Igreja.

Pai-nosso; Ave-Maria; Glória ao Pai.

Oração:

Ah! Volve a mim teus olhos, Maria Piedosa, Mãe Amorosa, Pois sou Teu Filho deves me guiar. Do santo
amor neste meu peito. A doce chama, ela me acende, Um só instante, Frio, inconstante, Jamais serei, Jesus,
Maria, Sempre amarei.

4. Pelas três horas da tarde, Jesus deu um forte grito: “Eli, Eli, lamá sabactâni?” Que quer dizer: Meu
Deus, meu Deus, por que me abandonaste? (Mt 27,46).

São palavras do Salmo 22, 28 que acabam cheias de confiança na bondade de Deus Pai e na futura expansão
da Igreja: “Recordarão e voltarão ao Senhor todos os confins da terra: diante dele se prostrarão todas as
famílias dos povos”. O sofrimento de Cristo na Cruz coexistia com a visão imediata de Deus. Além disso,
como diz Santo Agostinho, na cruz estávamos também nós, porque somos o seu corpo, que é a Igreja: Cristo
falava por cada um de nós[3].
2
Rezar pelos que se sentem sozinhos e abandonados

Pai-nosso; Ave-Maria; Glória ao Pai

Oração:

Do Pai abandonado, O meu doce Jesus; O Teu imenso amor a isto Te conduz! E eu, com as minhas culpas!
Por mísero prazer, Te hei de abandonar? Antes, meu Deus, morrer, Não mais, não mais pecar!

5 . “Tenho sede!” (Jo 19,28).

Esse grito manifesta a humanidade do Senhor no meio de terríveis sofrimentos, pois está se asfixiando na
cruz. Também tem sede do nosso amor, que pode aliviar a dor do seu coração. A Sua glória, a irradiação do
seu amor, é a nossa participação na vida divina. “Mais do que a fadiga do corpo, consome-o a sede de
almas”[4]. Da Cruz, olha para cada um, para cada uma, no amor eterno do Pai. Tem sede da nossa sede. E
tem uma grande sede de nos enviar o Espírito Santo.

Rezar pelo a nossa comunidade

Pai-nosso; Ave-Maria; Glória ao Pai

Oração:

Qual lírio cândido Se o céu ardente cruel Recusa-lhe doce frescor, Pendido, lânguido, Na haste mimosa, ó
viço, foge-lhe, foge-lhe a cor. Assim nas ânsias, aflito, exangue, De sede queixa-se o meu Senhor Que é tão
bárbaro Que enquanto geme, O refrigério de poucas lágrimas Lhe irá de negar?

6. “Tudo está consumado” (Jo 19,30).

É o cumprimento. Jesus amou obedecendo até ao extremo (cf. Jo 3,34; 13,1). Com a plenitude do Espírito, a
sua oferta ao Pai não tem medida. Cumpriu a vontade do Pai. Além disso, está consumido, extenuado,
esgotado. Contemplamos mais um mistério de Amor que de dor. Na Cruz está sobretudo o amor de Jesus ao
Pai e ao mundo. Manifesta até às últimas consequências o que significa ser plenamente Filho de Deus.

Rezar pelo Brasil e o chefe da nação

Pai-nosso; Ave-Maria; Glória ao Pai

Oração:

Tudo está consumado E Jesus com braço Forte. Nós ’abismos, crua morte; Dos abismo cruel morte,
Vencedor precipitou. Quem nas culpas caiu de novo, Volve ao domínio da morte, E perde a celeste vida que
Jesus te conquistou.

7 . “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc 23,46).

À luz de Jo 19,30 – “Entregou o espírito” –, a Igreja vê aqui o dom do Espírito Santo. Cristo morre por amor
a Deus, adesão ao seu desígnio de salvação, amor por nós. Morre “de uma vez para sempre” (1 Pe 3,18). A
sua alma humana separa-se do corpo, que já não tem princípio de animação. Morreu como homem,
3
voluntariamente, da mesma forma que alguém sofre uma pena para a afastar de outra pessoa. Uma morte
que o amor vencerá. A divindade permanece unida ao corpo santo que espera a ressurreição. Velamo-lo com
dor e esperança. Nas sete palavras de Cristo encontramos o perdão dos nossos pecados, a promessa de estar
com Jesus, o dom-seque nos faz da Virgem Maria como Mãe, a oração cheia de confiança, a petição, -se
cumprimento e o dom do Espírito. “Dar a vida pelos outros. Só assim se vive a vida de Jesus Cristo e nos
fazemos Se só coisa com Ele”. Pois “Já só há uma única maneira de vivermos na terra: morrer com Cristo
para ressuscitar com Ele, até podermos dizer com o apóstolo: Não sou eu que vivo, é Cristo que vive em
mim (Gal 2, 20)”[5]. Podemos afirmar: “Já somos filhos de Deus”[6]; e de Santa Maria.

Rezar por todos aqui reunidos e pelas as intenções que trazemos no nosso coração

Pai-nosso; Ave-Maria; Glória ao Pai

Oração:

Morreu Jesus, Já cobre-se De negro manto o céu... Duros rochedos quebram- se rasgou-se o sacro véu! E o
universo atônito lamenta o seu senhor. Só tu, não sentes, mísero, A dor da natureza. Mais do que penhas
ásperas Será tua dureza?Já que teus crimes horríveis Causaram tanta dor, Lamenta teu senhor.

SALMO 30,2.6.12-13.15-16.17.25

2Senhor, eu ponho em vós minha esperança; que eu não fique envergonhado Eternamente! 6Em vossas
mãos, Senhor, entrego o meu espírito, porque vós me Salvareis, ó Deus fiel!

T: Ó Pai, em tuas mãos eu entrego o meu espírito (Lc 23,46)

12Tornei-me o opróbrio do inimigo, o desprezo e zombaria dos vizinhos, e objeto de Pavor para os amigos;
fogem de mim os que me vêem pela rua. 13Os corações me Esqueceram como um morto, e tornei-me como
um vaso espedaçado.

T: Ó Pai, em tuas mãos eu entrego o meu espírito (Lc 23,46)

15ª vós, porém, ó meu Senhor, eu me confio, e afirmo que só vós sois o meu Deus!16Eu entrego em vossas
mãos o meu destino; libertai-me do inimigo e do opressor!

T: Ó Pai, em tuas mãos eu entrego o meu espírito (Lc 23,46)

17Mostrai serena a vossa face ao vosso servo, e salvai-me pela vossa compaixão! 25Fortalecei os corações,
tende coragem, todos vós que ao Senhor vos confiais!

T: Ó Pai, em tuas mãos eu entrego o meu espírito (Lc 23,46)

Oração:

Senhor Jesus, que a meditação das tuas palavras, dores e sofrimentos destrua minha soberba, suavize meu
coração e o prepare para receber teu, inesgotável amor e perdão. Que, consciente das minhas quedas e
defeitos, em meias minhas penas e trabalhos, eu te busque sempre e que contemplando o teu coração aberto
e ferido por amor a mim, eu posso mergulhar nele como uma gota de água, e me perca para sempre na
imensidão da tua misericórdia. Amém.

4
Canto I

1. POVO MEU, QUE TE FIZ EU?/ DIZE: EM QUE TE CONTRISTEI?POR QUE À MORTE ME
ENTREGASTE?/ EM QUE FOI QUE EU TE FALTEI?

EU TE FIZ SAIR DO EGITO,/ COM MANÁ TE ALIMENTEI. PREPAREI-TE BELA TERRA:/


TU, A CRUZ PARA O TEU REI!

DEUS SANTO, DEUS FORTE, DEUS IMORTAL, TENDE PIEDADE DE NÓS! DEUS
SANTO, DEUS FORTE, DEUS IMORTAL, TENDE PIEDADE DE NÓS!

2. BELA VINHA EU TE PLANTARA,/ TU PLANTASTE A LANÇA EM MIM; ÁGUAS DOCES


EU TE DAVA, /FOSTE AMARGO ATÉ O FIM!

FLAGELEI POR TI O EGITO,/ PRIMOGÊNITOS MATEI;/ TU, PORÉM, ME FLAGELASTE,/


ENTREGASTE O PRÓPRIO REI!

Canto II

1. SENHOR, PELA TUA PAIXÃO,/ NO ABANDONO DA CRUZ, TEM PIEDADE DE NÓS!/


JESUS, PELO SANGUE JORRADO DO TEU CORAÇÃO,/ PELO TEU SACRIFÍCIO,
MISERICÓRDIA!

DEUS SANTO, DEUS FORTE,/ DEUS IMORTAL E DE PODER!/ NÓS TE ADORAMOS,


TE BENDIZEMOS, /TE GLORIFICAMOS, Ó SENHOR!

2. DEUS PAI, VOS OFERTAMOS/ O CORPO E O SANGUE DE CRISTO,/ SUA ALMA E SUA
DIVINDADE/ EM EXPIAÇÃO DOS NOSSOS PECADOS.

Canto III

PROVA DE AMOR MAIOR NÃO HÁ/ QUE DOAR A VIDA PELO IRMÃO! (BIS)

1. EIS QUE EU VOS DOUU/ NOVO MANDAMENTO:/ AMAI-VOS UNS AOS OUTROS/
COMO EU VOS TENHO AMADO
2. VÓS SEREIS OS MEUS AMIGOS/ SE SEGUIRDES MEU PRECEITO:/ AMAI-VOS UNS
AOS OUTROS/ COMO EU VOS TENHO AMADO
3. PERMANECEI EM MEU AMOR/ E SEGUI MEU MANDAMENTO:/ AMAI-VOS UNS AOS
OUTROS/ COMO EU VOS TENHO AMADO

5
1 – PECADOR, AGORA É TEMPO DE PESAR E DE TEMOR:

SERVE A DEUS DESPREZA O MUNDO, JÁ NÃO SEJAS PECADOR! (BIS)

2 – NESTE TEMPO SACROSSANTO O PECADO FAZ HORROR:

CONTEMPLANDO A CRUZ DE CRISTO, JÁ NÃO SEJAS PECADOR! (BIS)

3 – VAIS PECANDO, VAIS PECANDO, VAIS DE HORROR EM MAIS HORROR:

FILHO, ACORDA DESSA MORTE, JÁ NÃO SEJAS PECADOR! (BIS)

4 – PASSAM MESES, PASSAM ANOS, SEM QUE BUSQUES TEU SENHOR:

COMO UM DIA PARA O OUTRO, ASSIM MORRE O PECADOR! (BIS)

5 – PECADOR ARREPENDIDO, POBREZINHO PECADOR,

VEM, ABRAÇA-TE CONTRITO COM TEU PAI, TEU CRIADOR! (BIS)

6 – COMPAIXÃO, MISERICÓRDIA VOS PEDIMOS, REDENTOR:

PELA VIRGEM, MÃE DAS DORES, PERDOAI-NOS, DEUS DE AMOR! (BIS)

Você também pode gostar