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Oo Oo 21. portanto, censura 0 lado “mercantil" da igrela: com- pra-se perdao para pecados. pagando e nao pratican- do boas agbes. Noespelho que seré dado pelo Tempo a Roma, esta ver~ ‘se-drefletida, Assim, poderd perceber os seus erras € modificar 0 seu comportamento, que consistré sobre- ‘tudo em no ofender a Deus, Desta forma, @ guerra ‘que vive terminars (‘No culpes aos reis do mundo, / ‘Que tudo te vem de cima, / polo que fazes c4 no fundo:” (vx.61-63);"tenha sempre paz com Deos, /endo teme- ri porigo’, w. 68-70) A-2 (0s versos sto um Lamenta e um desabato de Pero Mar- ‘ques, em virtude do sucedido no encontro com Inés Pereira, em quo este é recusado pela danzela, devido ‘205 seus modos pouco corteses; como se veriica pelo ‘verbo “escarnefucham’,olavrador sente-se triste, pois percebeu que Inés trocou dele e dos seus motos, dao facto de lamentar até 0 desgaste do caicado. Mais uma vez, Inés troca de Pero Marques. Aqui criti ‘ca. seus mados de bom hamem, uma vez que, tendo voltado atrés e encontranda Inés sazinha em casa ¢ {is escuras, preocupou-se com a sua reputagao, 0 que no agradou & donzela que o comparou com outros rapazes que, certamente, apraveitariam o momento para a cortejar ("estando assi as escuras, /falare-me mil doguras'’, vv 25-26). Inés insiste no casamento com um bam omem, cam modos corteses ("ndo casarei / seno com homem disoreto’ w. 33-34). Nao procura beleza nem riqueza ("Que seja homer mal feito, / feo, pobre, sem felgo', ‘Ww. 37-38), isso nfo importa; oque Inés pretende é um hhomem com mados corteses e galante ("saiba tanger viola, © coma eu pao e cebola’,w. 41-42). Apesar dos reparos da mae, que afirma que a vida nBo é sé folia, Inés ndo transige, como se comprova pelos sltimos. ‘quatro versos da sua titima réplic. B ‘As sensagées visuals decorrem da ulllzagéio de verbos ‘de movimento ("se moverom todos com mao armada” (lL 2-3); “correndo a pressa"(L. 3); "Nom cabiam las ruas principaes, e atravessavom logares escusas" lL 6-7); as sensagées audtivas sGo transmitidas pelo uso de verbos au nomes relacionados com o sen- ‘ido da audigdo ("vores de arroido” (| 1);"braadando” (4); "braados de desvairadas maneiras" (|. 14); “de- les bradavom por lenha" (| 17)), entre outros. A uti lizagdo destes recursos expressivos permite visual Zar © comportamento, a agitagio e a movimentagao ‘da multido e o modo como anselam chegar ao local ‘onde se diz que matam o Mestre para o salvar, ‘A.urgéncia e a necessidade que o pova tem de correr para salvar 0 Mestre sao reflexo do carinho que nutre por ele; era como se 0 povo “se sentisse vidvo" eo rei devesse ocupar o lugar de marido (‘assi como viuva ‘que rei nom tinha, e como se lhe este ficara em logo ‘de marido’, ll 1-2). Opastamente, o povo nao estima nem simpatiza com a rainha, a aleivosa, o que é evi- ‘denciade em “daestas contra a Rainn’ (\, 22-23) OOS rd Tes + ASA ‘cans DERESPOSTA GRUPO UU. (B):12. (0): 13. (A): 14, (B): 15. (0): 18. (C): 21. ‘a heroina do filme sensago do momento"; 22 composieaa morfalégica: 23. sujito, ‘GRUPO I Os testes de QI apontam para uma relagao entre a capaci- dade cognitiva ea escolaridade. Mas a ciéncia tem vindo a criar outros métodos para desenvolvero cérebro, sono também é importante para aaprendizagem: enquan- to dormimas, o cérebro trabalha, processando informagéo recebida durante 0 da, como foi provado por estudos efe- ‘tuados com ratinhos © corroborado por outro com pessoas, vorificando-se que o desempenho cognitive crescia, confor- ‘me as horas de sona aumentavam. (75 palavras) TESTE DE AVALIAGAO N.°7 (op. 61-64) GRUPO! A ( retrate da figura feminina centra-se na descrigéo de alguns aspetos fisicos, nomeadamente o tom dourado das seus cabelos ("Ondados fios douro’, v1), dogu- ra do movimento dos seus othos (‘othos, que vos mo- vels tao docemente’,v. 5), @ honestidade do seu riso (Honesto riso’ v. 9). 2. Astrés primeiras estrofes ligam-se pelo cardter enu- merativo que apresentam, Todas elas anunciam qual ‘dades da mulher representada, destacando partes de um todo que é caracterizado pela “beleza' (v.12) 3. 0 Ultimo terceto reine a dela central do soneto, a beleza da mulher ausente, Na sua auséncia, 0 “eu’ imagina-a, concentra-se na sua formosura, desejando revé-la (8). B 4. Inés aceita 0 lavrador, uma vez que este gosta dela ("quem se tena por dtoso / de cada vez que me veja’ w. 34). Além disso, procedendo de forma ajuizads, prefere “um asno" isto 6, uma pessoa de condi¢ao so- cial inferior, com pouca cultura e de maneiras rudes, a alguém com modos corteses (cavalo), Finalmente, €@ interpretando @ metéfora ‘Antes lebre que edo", {v.8), aorescente-se que, em vez de alguém vistoso & galante, contudo mais feroz, acetaré alguém menos ‘esbelto, mas também menos desumano. 5. Nos versos parentéticos, em aparte, Inés desvalori- za 0 comportamento de Pero Marques, que se mostra ‘emacionado com a “casamento" e relutante em abra- ‘gar a muther. GRUPO (Ch: 1.2. (0}:13. (C); 14, (A): 15. (B): 16. (8): 17. (A) ‘Armas, feridos, mortos, terror, 2 2.2.0 referente 6 “um Indio guarani infante" (\inha 23) 2.3, Oragio subordinada substantiva completiva GRUPO ‘autora destaca 0 romance Rostro do Joguor, de Mula de Carvalho, come uma obra de leitura surpreendente,resultan- te:da experincia jornalistica e cinematogréfica do seu autor. ime AMON 95 1. CEXARIOS DE RESPOSTA Acrescenta-the o seu pendor histérico, baseado em leituras que 0 escritor fez das pesquisas de Auguste Saint’ Hila, sobre um ndio guaran, permitindo-Ihe depois ficionar essa figura, A cultura brasileira foi o mote para uma raflexéo de cardter existencialista. Todos estes aspetos contriburam para que o romance tivesse sido recanhecida com um galar- dio da editora Le¥a, prémio de 100 mil euros. (88 palavras) TESTE DE AVALIAGAO N.°8 (oo, GRUPO! A 1. O sujeito postico recorre & apéstrofe no mote (*Cam- pos bem-aventurados’, como forma de concretizar ‘um pedido & realidade interpelada. Neste caso, pede ‘20s "Campos" para se tornarem tristes, ou seja, refle- tirom o estado de espirite do eu’ 2. O contetdo do poema esté estruturado com base no recurso & antitese, Esta esté patente na oposido de dois tempos vivenciais do sujeita poético (pasado vs. presente). Neste sentido, reflete dois estados do ‘alma opastos: a alegria vvida no passado ("0s dias em ue me vistes / alegre’, no mote; “Jé me vistes ledo ser’, v.21) e a tristeza do presente ("Amor consente 1 que tudo me descontente’, vx, 13-14 “tempos [.] tristes, aqui so presentes / olegres jé sdo passados", w. 37-40}, 3, O tema da mudianga est, de facto, plasmado no poe ‘ma, 0 que ver canfirmade na éltima estrofe. Aqui, 0 “eu refere que a mutagaona Natureza 6 postiva, pois *se muda o mal para 0 bem" (v.34), 0 que contrasta ‘com a vida do sujeito Uirica cujo mal muda “para mor mal” (v.38), ou seja, para pir. B (0 “amigo” é o rapaz por quem a donzela (0 sujeito poético) esté enamorada, pois & percetivel a fetci~ dade dela em imaginar o encontro dos dois; as “ami- gas” apresentam-se como as confidentes da rapariga, ‘aquelas que tém conhecimento do sentimento que ela nutre pelo ‘amigo’. 5. Os dois ditimos versos de cada cobla, em jeito de refrdo, apresentam a causa do enunciado anterior ‘mente, ou seja,o que justifica a necessidade da priva~ cidade do casal (da donzela e do seu *arigo"), neste ‘caso a vontade de a rapariga usufruir de alguns mo- ‘mentos de intimidade, acentuando-se, assim, um pou 600 seu ado leviana, GRUPO UA. (C); 12. (A); 13. (A): 14. (8); 15. (0); 16. (B); 17. (0) 21. “Pedro Adio e Silva e Jodo Catarino" (linha 4), 2.2. Comalementa de nome. 23. Orago subordinada adjetiva relativa explicativa GRUPO I A resposta do aluno deverd contemplat, entre autras, os seguintes aspetas: Na poesia trovadoresca, a sétira centra-se em aspetos de caréter social e inci- vidual; apresenta-se, por exemplo, como a caricatura 68) Te dos vicios e ridicules individuals (ora de forma grosseira obscena ora caricata e grotesca), como a lamentacdo de decadéncia dos valores marais, come a reprovagéo de comportamentos de homens da politica (traigao de fdal- 908, cobardia dos homens das armas}, [.] + 0s subgéneros correspondem as cantigas de escérnio,re- correndo-se 8 ironia e & ambiguidade ('Ai, dona fea, fos ‘te-vos queixar’), © &s cantigas de maldizer, através das {uals o trovador critica deforma aberta e direta (*Martim Gi, um omen vi", Na obra vicentina, nna Farsa de Inés Pereira, a sétira é essencialmente de carater social e centra-se nos costumes da época (aimo- ralldade, a ambigdo desmedida,..) +s formas de veicular a critica do autor so: a ironia, a personagem-tina eos diferentes tipos de cémico. TESTE DE AVALIAGAON.°9 (op, 69.72 @RUPO! A 1 Esta reflexdo do pocta pode segmentar-se do modo ‘seguinte: a primeira parte corresponde aos quatro pri- ‘meiros versos, uma vez que ai se configura uma es- pécie de intraduedo & forma de alcangar “As honras mortals.” (v. 4); contudo, a partir do verso cinco da primeira estncla até ao fim da esténcia 96, so enu- ‘merados todos os aspetos que ndo conduzem a0 mé- rito ou 8 gléria, pelo que poderdo constitu a segunda parte; a terceira parte inicia no verso um da esténcia 97, que abre com a conjungao adversativa “Mas’, de ‘modo @ introduzir uma oposigso, elencando-se 3s formas conducentes ao alcance da gléria e da honra. Por fim, e carrespondendo a uma cuarta parte, surge a iltima esténcia,lustrativa da concluséo, aliés con- firmada pela vocabulo "Destarte’, sindnimo de “Deste ‘modo" ou “Assim”. 2. Nos trés primeiros versos destacam-se a andfors euma ‘enumeragéo, dado que a se elenca aqullo que no pode ‘nem deve ser usado para se obter honras eolérias. 3. Nocanto Trefere-sea fragllidade do ser humano, otal “bicho da terra tdo pequeno”, que esté sujeito a varios perigos, tanto na terra como no mar. Ora, na esténcia selecionada, também ha referéncia aos sacrificios por {que os Homens terdo de passar, quer na terra quer no ‘mar, para alcangarem as honras e a gléria merecidas. Portanto, 0 espirito de sacrifico & referido quer na ppassagem textual selecionada quer nas reflexées do poeta do primeiro canto. B 4, Ovilancete selecionado apresenta o assunto no mote, Por este se percebe que sei tracar oretrato de'Lia- ‘nor’ @ a ago que esta vai levar a cabo. Por isso, nos dois primeiros versos da primeira estrofe, refere-se o ‘objeto que leva na cabecs. Mas, @ partir do terceiro verso, predomina a descrigéo da indumentdria que a donzela esté a usar, enquanto na segunda estrofe se destacam os seus traces fsicos, come a cor dos cabe- os, e aquilo que os decora, a sua beleza e formosura, {que contribuem para the dar ainda mais graca. US10- Unda «ASA C oO

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