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PROJETO PEDAGOGICO DE CURSO DE PEDAGOGIA Faculdade Regional de Fi- losofia, Ciéncias e Letras de Candeias — FAC IESCGFAG N 2015 CANDEIAS - BAHIA 1 PEDAGOGIA LICENCIATURA Projato Pedagégico do Curso de Pedagogia, licen- ciatura, da Faculdade Regional de Filosofia, Cién- cias ¢ Letras de Candeias - FAC, mantida pelo Instituto de Ensino Superior de Candeias — IESC em fase de renovagao de reconhecimento, em atendimento as exigéncias do Art. 10 § 3° do De- creto n° 5773/2006 § 3° A autorizagao e 0 reco- Inhecimento de cursos, bem como 0 eredencia- mento de instituigdes de educagao superior, terdo prazos limitados, sendo renovades, periodicamen- {e, apés processo regular de avaliagdo, nos termos da Lei_n® 10.861, de 14 de abril de 2004, @ ‘Ast. 34. © reconhecimento de curso & condigéo dria, juntamente com o registro, para a vali- dade nacional dos respectivos diplomas. Candeias, BA 2015 Sumario |. APRESENTAGAO. 7 1. ORGANIZAGAO DIDATICO-PEDAGOGICA. 9 1.1. CONTEXTO EDUCACIONAL 9 A principal vocacao econémica é a Industrial, cuja economia esta vinculada a extragao, processamento, transporte e comercializacdo de petréleo, gas e produtos correlatos. . 11 Sua regiao é o Recéncavo baiano. Tem atividades também no artesanato, ‘especialmente, Imagens em barro e madeira . “ uu 1.1.1. HISTORICO E DESENVOLVIMENTO DA FAC 15 1.2. POLITICAS INSTITUCIONAIS NO AMBITO DO CURSO v 1.2.1, POLITICAS INSTITUCIONAIS PARA O ENSINO ......0 seonsnsnnnes 7 1.2.2, POLITICAS INSTITUCIONAIS PARA A PESQUISA.... se 19 1.2.3, POLITICAS INSTITUCIONAIS PARA A EXTENSAO ...snnnssnnnnensnnn soe 21 1.2.4, ARTICULAGAO DO PPC COM 0 PPI.. snes soe 24 1.2.5. AINCORPORAGAO DOS AVANGOS TECNOLOGICOS NA OFERTA, EDUCACIONAL....... 1.2.6, PARAMETROS PARA SELECAO DE CONTEUDOS E ELABORACAO DOS CURRICULOS E AS POLITICAS 25 1.3, OBJETIVOS DO CURSO... . . os os 29 1.4, PERFIL PROFISSIONAL DO EGRESSO., se snnnnnnnnnnnnnnnnnnnennes BB 1.4.1, COMPETENCIAS E HABILIDADES..... 1.5, ESTRUTURA CURRICULAR... 34 1.5.1. ESTRUTURA CURRICULAR ATE 2015 34 1.5.2. ESTRUTURA CURRICULAR A PARTIR DE 2016, EXIGENCIA DA RESOLUGAO. ONE 2/2015... 38 33 1.6. CONTEUDOS CURRICULARES 43 1.6.1. COMPONENTES CURRICULARES — PRIMEIRO SEMESTRE. 47 1.6.2. COMPONENTES CURRICULARES ~ SEGUNDO SEMESTRE 53 1.6.3. COMPONENTES CURRICULARES ~ TERCEIRO SEMESTRE. css 60 1.6.4. COMPONENTES CURRICULARES — QUARTO SEMESTRE wenn seve OF 1.6.5. COMPONENTES CURRICULARES — QUINTO SEMESTRE cs 74 1.6.6. COMPONENTES CURRICULARES ~ SEXTO SEMESTRE. 81 1.6.7. COMPONENTES CURRICULARES ~ SETIMO SEMESTRE 87 1.6.8. COMPONENTES CURRICULARES — OITAVO SEMESTRE 93 1.6.9. COMPONENTES CURRICULARES — DISCIPLINAS OPTATIVAS 98 1.7. METODOLOGIA 107 1.8, ESTAGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO. 1.9. ESTAGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO — RELACAO COM A REDE DE ESCOLAS DE EDUCAGAO BASICA. 157 1.10. ESTAGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO ~ RELAGAO ENTRE. LICENCIANDOS, DOCENTES E SUPERVISORES DA REDE ESCOLAS DE EDUCACAO, BASICA ..rnsnnennnnnnninnnnniennninnernnns 1 158 1.11, ESTAGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO — RELAGAO TEORIA E PRATICA159 1.12, ATIVIDADES COMPLEMENTARES. 108 161 1.13, TRABALHO DE CONCLUSAO DE CURSO (TCC) ..nssnnsstnennnnnnnnnnnnees 166 1.14. APOIO AO DISCENTE 169 Aces: de 172 Atividades de nivelamento e extracurriculares 173 Programas de monitoria... 173 Politicas institucionais e agdes de estimulo relacionadas a difusdo das produgdes académicas: cientificas didatico-pedagégica, tecnolégica, artistica @ Cultural un... 173 Participagao/realizagao de eventos (congressos, seminarios, palestras, viagens de estudo e visitas técnicas) 175 Programa de Assisténcia Financeira 175 1.15. AGOES DECORRENTES DOS PROCESSOS DE AVALIAGAO DO CURSO........ 176 1.16, ATIVIDADES DE TUTORIA....snnnsnntnnnnnnnininnnnnnnnnnnne 178 1.17, TECNOLOGIAS DE INFORMAGAO E COMUNICAGAO - TICs NO PROCESSO- ENSINO-APRENDIZAGEM 178 1.18, MATERIAL DIDATICO INSTITUCIONAL .. 1.19, MECANISMOS DE INTERAGAO ENTRE DOCENTES, TUTORES E ESTUDANTES 180 1.20. PROCEDIMENTOS DE AVALIACAO DOS PROCESSOS DE ENSINO- APRENDIZAGEM. 180 1.21. NUMERO DE VAGAS. 181 1.22. INTEGRAGAO COM AS REDES PUBLICAS DE ENSINO. 182 1.23, ATIVIDADES PRATICAS DE ENSINO PARA LICENCIATURAS... 2. CORPO DOCENTE E TUTORIAL....... 182 184 enn 184 2.1. ATUAGAO DO NUCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE — NDE. 134 2.2, ATUAGAO DO (A) COORDENADOR (A). 187 2.3. EXPERIENCIA PROFISSIONAL DO (A) COORDENADOR (A) DO CURSO EM CURSOS A DISTANCIA... 2.4, EXPERIENCIA PROFISSIONAL, DE MAGISTERIO SUPERIOR E DE GESTAO ACADEMICA DO (A) COORDENADOR 2.5, REGIME DE TRABALHO DO (A) COORDENADOR (A) DO CURSO ....rcnnnnnns 189 2.6. CARGA HORARIA DE COORDENAGAO DE CURSO..... 2.7. TITULAGAO DO COPO DOCENTE DO CURSO sen 190 2.8, TITULAGAO DO COPO DOCENTE DO CURSO ~ PERCENTUAL DE DOUTORES 191 189 189 189 2.9. REGIME DE TRABALHO DO COPO DOCENTE DO CURSO. 191 2.10. EXPERIENCIA PROFISSIONAL DO COPO DOCENTE...... sennnnnnsnnee 19 2.11. EXPERIENCIA NO EXERCICIO DA DOCENCIA NA EDUCAGAO BASICA 191 2.12, EXPERIENCIA DE MAGISTERIO SUPERIOR DO CORPO DOCENTE wns 191 2.13, RELAGAO ENTRE O NUMERO DE DOCENTES E 0 NUMERO DE ESTUDANTES. 192 2.14. FUNCIONAMENTO DO COLEGIADO DE CURSO OU EQUIVALENTE 192 2.15. PRODUGAO CIENTIFICA, CULTURAL, ARTISTICA OU TECNOLOGICA 193 2.16, TITULAGAO E FORMAGAO DO CORPO DE TUTORES DO CURSO os 193 2.17, EXPERIENCIA DO CORPO DE TUTORES EM EDUCACAO A DISTANCIA........ 193 . INFRAESTRUTURA..... 193 193 3.1. GABINETES DE TRABALHO PARA PROFESSORES TEMPO INTEGRAL 193 3.2. ESPAGO DE TRABALHO PARA COORDENAGAO DO CURSO E SERVIGOS ACADEMICOS....... 194 3.3, SALA DE PROFESSORES. 194 3.4, SALAS DE AULA 194 3.5, ACESSO DOS ALUNOS A EQUIPAMENTOS DE INFORMATICA... sone 195 3.6, BIBLIOGRAFIA BASICA.. 3.7. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR 3.8, PERIODICOS ESPECIALIZADOS .. . 3.9. LABORATORIOS DIDATICOS ESPECIALIZADOS: QUANTIDADE. ccc 198 196 198 198 3.10. LABORATORIOS DIDATICOS ESPECIALIZADOS: QUALIDADE 199 3.11. LABORATORIOS DIDATICOS ESPECIALIZADOS: SERVIGOS 201 3.12. SISTEMA DE CONTROLE DE PRODUGAO E DISTRIBUIGAO DE MATERIAL DIDATICO (LOGISTICA). 207 3.13. NUCLEO DE PRATICAS JURIDICAS: ATIVIDADES BASICAS 207 3.14. NUCLEO DE PRATICAS JURIDICAS: ATIVIDADES DE ARBITRAGEM, NEGOCIAGAO E MEDIAGAO, 3.15. UNIDADES HOSPITALARES E COMPLEXO ASSISTENCIAL CONVENIADOS... 207 3.16. SISTEMA DE REFERENCIA E CONTRARREFERENCIA.... 3.17, BIOTERIOS... z z z 3.18, LABORATORIOS DE ENSINO PARA AREA DE SAUDE: 208 207 207 208 3.19. LABORATORIOS DE HABILIDADES 208 3.20. PROTOCOLOS DE EXPERIMENTOS, 208 3.21. COMITE DE ETICA EM PESQUISA (CEP) . 208 3.22. COMITE DE ETICA EM PESQUISA (CEUA) ....ccnnnnnnnnnnnninnisnneineeeenees 208 1, APRESENTAGAO O presente projeto pedagégico visa apresentar a concepgao do curso de Pedagogia, licenciatura, da Faculdade Regional de Filosofia, Ciéncias e Letras de Candeias — FAC, com enfoque na docéncia, na coordenagao pedagégica e na gestdo escolar. Neste documento encontram-se as linhas norteadoras do curso, sua concepgao pe- dagégica, objetivos, finalidades, perfil profissiografico, curriculo pleno e matriz curri- cular. Além do perfil institucional da FAC, este projeto é a expressao do que se con- cebe como pedagogia, numa perspectiva modema, marcantemente multidisciplinar, respeitando os principios pedagégicos da identidade, diversidade e autonomia, da contextualizagao e da flexibilidade, constantes das Diretrizes Curriculares Nacionais ena legislagdo em geral para os cursos de Pedagogia O trabalho de elaboragao deste projeto levou em consideragdo como principais sub- sidios: a missdo e filosofia da Faculdade de Filosofia, Ciéncias e Letras de Candei- as, as demandas de mercado por cursos nesta area, em particular as necessidades da Regio do Municipio de Candeias, cidades circunvizinhas e o ideario pedagégico comprometide com as mudangas sociais e das novas configuragdes no campo edu- cacional O curso na legislago conexa referente 4 Educagao: Lei 9.394/1996, Lei de Diretri- zes e Bases da Educagao Nacional — LDB; Decreto 5.773/2006, que dispde sobre as Fungées de Regulagao, Superviséo e Avaliagéo da Educagéo Superior; Lei 10.861/2004, que institui o Sistema Nacional de Avaliagéo da Educagao Superior; Resolugao CNE/CES n? 3/2007, que dispée sobre procedimentos a serem adotados quanto ao conceito de hora-aula; Parecer CNE/CES 329/2004, que dispde sobre a carga hordria minima para os cursos de graduagao; Resolugéo CNE/CP n° 02/2015, que define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formacdo inicial em nivel su- perior (cursos de licenciatura, cursos de formagao pedagégica para graduados e cursos de segunda licenciatura) e para a formagao continuada; Resolugéo CNE/CP n° 01/2006, que instituiu as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Gra- duagao em Pedagogia, licenciatura; Parecer CNE/CP 03/2004, que dispée sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educagao das Relagées Etnico-Raciais e para o Ensino de Histéria e Cultura Afro-Brasileira e Africana; Resolugdo CNE/CP 1/2004, que instituiu as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educagao das Rela- g6es Etnico-Raciais e para o Ensino de Histéria e Cultura Afro-Brasileira e Africana; Lei n® 11.464/2008, que inclui no curriculo oficial da rede de ensino a obrigatorieda- de da temética "Histéria e Cultura Afro-Brasileira e Indigena", Parecer CNE/CP 08/2012, que institui as Diretrizes Nacionais para a Educagdo em Direitos Humanos; Lei 10.436/2002, que dispde sobre a Lingua Brasileira de Sinais (Libras); Decreto n° 5.626/2005, que regulamenta a Lei n° 10.436/2002, que dispée sobre a Lingua Bra- sileira de Sinais — Libras; art. 18 da Lei n® 10.098, de 19 de dezembro de 2000; Lei 10.098, que estabelece normas gerais e critérios basicos para a promogdo da aces- sibilidade das pessoas portadoras de deficiéncia ou com mobilidade reduzida; De- creto n° 5.296/2004, que dispée sobre as condigdes de acesso para portadores de necessidades especiais; Lei 9.795, que dispde sobre a educagao ambiental, institui a Politica Nacional de Educagao Ambiental; Decreto n° 4.281, que regulamenta a Lei n® 9,795/1999, que institui a Politica Nacional de Educagao Ambiental; Lei 11.788, que dispée sobre 0 estagio de estudantes; altera a redagao do art. 428 da Consoli- dago das Leis do Trabalho — CLT, aprovada pelo Decreto-Lei n® 5.452/1943, e a Lei n® 9394/1996; revoga as Leis n®* 6.494/1977, e 8.859/1994, o pardgrafo Unico do art, 82 da Lei n® 9.394/1996, e o art, 6° da Medida Proviséria n° 2.164-41/2001. 1. ORGANIZAGAO DIDATICO-PEDAGOGICA 1.1. CONTEXTO EDUCACIONAL A Faculdade de Filosofia, Ciéncias e Letras de Candeias — FAC est sediada em um pequeno municipio na Regiao do Recéncavo Baiano e nasceu para ofertar educagéo de qualidade a essa populacdo que, antes, viajava a Salvador para estudar. Na sociedade contempordnea o Ensino Superior desempenha um papel fundamen- tal na formagao de recursos humanos e na produgao e disseminagdo do conheci- mento, das ciéncias e das artes, essenciais para a transformagao e a mudanga soci- al. Diante dos grandes desafios enfrentados pela sociedade na busca de solugées para uma ago mais efetiva no panorama social, a universidade se apresenta como uma das organizagées que pode oferecer uma sinalizagdo dos rumos, a indicagéo de tendéncias e de oportunidades. Acredita~ se que a ciéncia e tecnologia se constitu- am em instrumentos de emancipacdo dos povos e, dentro deste contexto, a educa- 40 aparece como fator fundamental. Nesse contexto, as instituigdes de ensino superior (IES) estao revendo o seu papel, se reposicionando, e outras se instalando com a perspectiva de melhor atender as novas demandas sociais pela educagao. Da mesma forma como as empresas muda- ram o mode de produzir e, em consequéncia, 0 tipo de trabalhador de que ela preci- 8a, as instituigdes educacionais estéo mudando o seu perfil e se dedicando a formar profissionais que atendam as necessidades do seu tempo. Neste sentido, a Faculdade Regional de Filosofia, Ciéncias e Letras de Candeias — FAC, regulamentada pela Portaria Ministerial 1176, publicada no DOU n° 74 de 18/04/2002, apresenta-se como agéncia promotora de Ensino Superior, voltada para a oferta de cursos nos mais diversos campos do saber. O mercado de trabalho para o pedagogo é amplo, podendo este profissional atuar ‘em escolas publicas e particulares (Educagao Infantil, Ensino Fundamental e Médio), empresas (no treinamento de pessoal), clinicas psicopedagégicas, hospitais e em variados espagos educacionais. Esse curso apresenta grande potencial de empre- gabilidade. No municipio de Candeias ha hoje cinco escolas estaduais; uma escola do Sistema SESI e 73 escolas municipais, num total de 79 escolas de ensino fundamental e mé- dio. © corpo docente do municipio compée-se de 1500 professores, 800 (oitocentos) graduados e 300 (trezentos) pés-graduados. © curso de Pedagogia tem dado uma contribuigdo relevante para o crescimento e desenvolvimento do municipio e dos municipios circunvizinhos como Simées Filho, Madre de Deus, Sao Sebastiao do Passé, Saubara, Santo Amaro e Sao Francisco do Conde, dentre outros onde nao existem cursos de nivel superior. Na tabela abaixo pode-se verificar a evolugao da matricula no Ensino Fundamental e Médio pela rede de ensino 2011/2014 e partir dai a percepgao da necessidade de formagao de novos professores para tais niveis de ensino, sobretudo para o ensino fundamental. TABELA 1 ESTADUAL MUNICIPAL PARTICULAR ANO “Fundamental | Médio | Fundamental | Médio| Fundamental Madio 2011 5454 4148 19345 576 516 2012 6545 4978 15476 692, 536) | 2013 7854 5974 12380 830 644 2014 9425 7169 9904 996 773 FONTE: Departamento de Administragao, Orgarizagao e Inspeglo Escolar / SEC Candsias( 2014) Do mesmo modo podemos mencionar como fator importante para o oferecimento do curso de Pedagogia pela FAC, o aumento do numero de concluintes do nivel médio ‘em municipios circunvizinhos como: Santo Amaro, Sao Francisco do Conde, Sao Sebastido do Passé, Madre de Deus, Saubara dentre outros. Os concluintes do nivel médio sao uma clientela potencial para novos cursos universitarios. TABELA 2 ‘ANO | N° DE CONCLUINTES PREVISAO DE CONCLUINTES 2011 2198 - 2012 7755 . 2013 2416 2014 4278 FONTE: Departamento de Aéministragdo, Organizagdo e Inspeggo Escolar! SEC — Candelas (2014) O desenvolvimento regional no se da unicamente com a presenga de um curso su- perior no mercado de trabalho, ou com profissionais bem formados e conhecedores das realidades locais, mas da participagao pujante de uma instituigdo de ensino su- perior comprometida com a regido, com atividades de extensdo académica, praticas profissionais e estagios que estabelecem ligagées entre a faculdade e as escolas associadas, aproximando essas Ultimas da vida académica. Sobre o municipio de Candeias, BA A cidade de Candeias tem sua histéria marcada pela cultura da cana-de-aguicar e presenga de engenhos como os de Caboto de Pitanga, no século XVI. Muito conhe- cida no turismo religioso que atrai caravanas para a festa de Nossa Senhora das Candeias, padroeira do municipio, a cidade se desenvolveu ainda mais j4 no século XX com a instalagao de usinas nos rio Sd Paulo, implantagao de linha férrea ligan- do-a a Salvador. Outro fato marcante na histéria da cidade foi a descoberta do petréleo, fato que de- pois resultou na emancipagao da Vila de Nossa Senhora das Candeias. A principal vocagao econémica é a Industrial, cuja economia esta vinculada a extra- 40, processamento, transporte e comercializagao de petréleo, gas e produtos corre- latos. Sua regido é 0 Recéneavo baiano, Tem atividades também no artesanato, especial- mente, Imagens em barro e madeira. Candeias é 0 sexto maior PIB do estado da Bahia, suas maiores atividades econé- micas giram em torno de um consolidado parque industrial, um dos mais importantes portos do Brasil, o Porto de Aratu, além de fazer parte do Centro Industrial de Aratu, ¢ estar préxima a segunda maior refinaria do pais, a Refinaria Landulfo Alves - Ma- taripe (RLAM). Localiza-se a uma latitude 12°40'04" sul e a uma longitude 38°33'02" oeste, estando a uma altitude de 97 metros. Possui uma area de 265,555 km?. Sua bacia hidrografica & composta pelos rios: Joanes, Sao Francisco, So Paulo, Imbiru- u, Jacarecanga. Circunvizinhanga de Candeias — Populagao residente A Faculdade esta localizada na cidade de Candeias, BA. Abaixo, listamos 06 muni- cipios adjacentes a Candei alunos matriculados no Ensino Médio/Percentual da populagao de 18 a 20 anos de idade com 0 ensino médio completo/IDH-M Educagdo/Renda per capta média/IDH- . Cada municipio com a sua populagao/nuimero de MI, as distancias rodoviarias. Sao mais de 401 mil habitantes, num raio de menos de 50 km, mais de 15 mil alunos matriculados no Ensino Médio. Candelas age0s 3.118 34,22 0.616 402.57 0,691 00 Made de Deus rosie 6738289 0s? S74 0.082 Santo Amare 61702 2914 28,78 0858 802.750 80 Francisco doConde 99.239 -««1.163 «93.020 887 493.28 0674 20 So Sebastio do Passé 454821677 29,79 051 att 75 Oss? Saubara 12208 4872598565 265,17 081788 Simbes Filho 193.202 553 28.9451 431,97 08752 Total aovot7 15.385 30.18 As informacées referentes 4 taxa de alunos no ensino médio brasileiro constam No Relatério de Auditoria do Tribunal de Contas da Unido sobre diagnéstico do ensino médio no Brasil, disponivel em http: //portal2.tcu.gov.br/portal/page/portal/TCU/imprensa/noticias/noticias_arqu ivos/007.081-2013-8%20ensino%20medio.pdf, acessado em 22.09.2015. As informaces referentes ao ranking do IDH-M (Municipio, Estado/Percentual da Populac’o de 18 a 20 anos de idade com 0 ensino médio completo/IDH-M Educa- 80/IDH-M Educagéo/IDH-M Longevidade/Renda per capta média/IDH-M Ren- da/IDH-M) foram consultadas no Blog do Estado, disponivel em: http://blog.estadaodados.com/ranking-do-indice-de-desenvolvimento-humano- municipal/, acessado em 03.10.2015. As informagées referentes & populacdo e ao numero de alunos matriculados no Ensino Médio (2012) foram consultadas no site do IBGE, disponivel em: http://www. ibae.gov.br/home/mapa site/mapa site.php#populacao, Acessado em Acessado em 03.10.2015. Apenas um tergo dos brasileiros acima de 25 anos completou o ensino médio. Quando se comparam esses dados com outros paises, o resultado é desanimador. No Brasil, 33% da populagao concluiu o ensino médio; no Chile, 40%; nos Estados Unidos, 45%. A proposta do curso de Pedagogia esta alinhada com os objetivos e metas do Plano Nacional de Educagao (Lei n° 13.005/2014, de 25 de junho de 2014) aumenta a ofer- ta de vagas no ensino superior para estudantes na faixa etaria de 18 a 24 anos, re- sidentes no Municipio, contribuindo para elevagao da taxa liquida de matriculas nes- se nivel de ensino; contribui para a redugdo das desigualdades regionais na oferta de educagao superior e diversifica regionalmente o sistema superior de ensino, in- troduzindo um curso de grande importancia socioeconémica Para formar os 50 milhées de alunos (Censo do IBGE), da Educagao Basica e Supe- rior, ha pouco mais de dois milhdes de professores, dez por cento dos quais sem ao menos 0 curso médio na modalidade Normal, e trinta por cento sem curso superior de formagao docente. A caréncia de professores no Brasil é destacada, sobretudo quando se analisa as metas do Plano Nacional de Educagao — PNE Meta 1 - Educagao Infantil: Universalizar, até 2016, a Educagao Infantil na pré- escola para as criancas de 4 a 5 anos de idade e ampliar a oferta de Educagao |n- fantil em Creches de forma a atender, no minimo, 50% das criangas de até 3 anos até o final da vigéncia deste PNE. Porcentagem de criangas de 4 e 5 anos na Educagao Infantil Atual (2013): 87,9%. Meta para 2016: 100%. Porcentagem de criancas de 3 anos na Educacao Infantil Atual (2013): 27,9%. Meta para 2024: 50%. Com 88% das criangas de 4 e 5 anos atendidas, a meta de universalizagao da Pré- escola até 2016 ndo parece distante para o Pais. Mas é preciso ressaltar que os 12% restantes significam quase 700 mil criangas e que as desigualdades regionais so marcantes. Para alcangar essas metas, a rede publica tera que aumentar consideravelmente sua participagao, o que demandaré 0 aumento de docentes nessa area de atuagao. Diante disso, 0 curso de Pedagogia é uma necessidade que se impde na medida em que se propée a contribuir para que as fungdes docentes na Educagao Basica sejam ocupadas por professores legalmente habilitados e com a competéncia técnica e profissional que essa atuagao exige. A presenga do curso de Pedagogia significa para a comunidade qualificagao e pre- paro profissional da populagdo local para o exercicio da docéncia, organizagao e gestao na Educagao Basica. A regio, bem como o Brasil todo, apresenta grande necessidade de formagao de profissionais para a atuagao na Educagao Basica As transformagées promovidas pelo avango tecnolégico conferem a educagao papel estratégico no exercicio da cidadania e na preparagao de recursos humanos para responder as demandas sociais e econémicas da sociedade do conhecimento. No Brasil, a Constituigao de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases da Educagao Nacio- nal estimularam a implementagao de medidas importantes para a gestdo, o financi- amento e a organizagdo pedagégica da Educagao Basica pela municipalizacao, descentralizagao e democratizagao da gestéo educacional, criagao do FUNDEB, inaugurando um regime de colaboragao entre Unido, Estados e Municipios para a gestao da educagao basica, formulacdo de diretrizes ¢ pardmetros curriculares para a Educagao Basica, consoante a LDB e as caracteristicas e demandas da sociedade do conhecimento e introdugdo da tecnologia da informacao nas escolas e o aperfei- ‘goamento dos critérios de selegao e aquisigao dos insumos didaticos e pedagégicos. Nesse mesmo sentido a LDB aponta politicas e decisdes importantes na area da formagao de professores como a a) obrigatoriedade (ou valorizagao) da formagao dos professores em nivel superior, tanto os que serdo incorporados ao exercicio do magistério como aqueles que jé esto atuando no mercado; e b) posicionamento da Educagao Infantil como parte integrante da Educagao Basica, o que acabou por in- serir as creches e pré-escolas no Ambito da politica e gestdo educacionais, de com- peténcia dos érgaos normativos e executivos dos diferentes sistemas de ensino. Segundo 0 Ministério da Educagao, somente ha oferta de cursos superiores presen ciais em Candeias, BA, por meio da FAC. A presenga curso de Pedagogia, licencia- tura, presencial, contribui para a ampliagao das oportunidades de acesso a formagao superior em Area cuja atual oferta, a distancia, ndo é capaz de absorver as deman- das da sociedade e do mercado de trabalho. © curso de Pedagogia, licenciatura, sofreu diversas alteragées para se adaptar as novas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formagao Inicial e Con- tinuada em Nivel Superior de Profissionais do Magistério para a Educagao Basica, constantes na Resolugdo n° 2, de 1° de julho de 2015, do Conselho Nacional de Educagao que no artigo 22 do Capitulo Vill, das disposigées transitorias concedeu prazo para as devidas adaptagées: “Os cursos de formagao de professores que se encontram em funcionamento deverao se adaptar a esta Resolugao no prazo de 2 (dois) anos, a contar da data de sua publicagao." 1.1.1. HISTORICO E DESENVOLVIMENTO DA FAG ‘A Faculdade Regional de Filosofia, Ciéncias e Letras de Candeias - FAC é uma Ins- tituigao isolada de Ensino Superior, sediada no municipio de Candeias. Iniciou suas atividades académicas com o curso de Administragao, bacharelado, autorizado pela Portaria MEC n° 1.177, de 17 de abril de 2002, com 120 vagas anuais, e com o cur- so de Pedagogia, licenciatura, autorizado pela Portaria MEC n° 2.403, de 23 de agosto de 2002. Seguiram-se outros cursos para acompanhar o desenvolvimento da les. Essa faculdade foi concebida para atender aos reclamos da comunidade de Candei- as e cidades circunvizinhas carentes de uma unidade de ensino superior para formar profissionais em nivel universitério e fomentar o desenvolvimento da regido. Preocupada em estabelecer uma ago efetiva voltada para os anseios do mundo do trabalho e da sociedade em constante transformagao, a FAC tem buscado atender as exigéncias da Lei de Diretrizes e Bases da Educagao Nacional (Lei n° 9.394/96) assim como a resolugéo CNE/CP N° 1, de 15 de maio de 2006, a Resolugao CNEICP n° 02/2015, que define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a forma- 40 inicial em nivel superior (cursos de licenciatura, cursos de formagao pedagogica para graduados e cursos de segunda licenciatura) e para a formagao continuada, ambas do Conselho Nacional de Educagao. ‘A FAC tem buscado assumir 0 compromisso institucional de promover o desenvol- vimento educacional da regido pelo oferecimento de Ensino Superior nas diferentes Areas do conhecimento, integrado a pesquisa e @ extensdo. Esta meta coloca-se como uma forma de atingir a maioria dos campos profissionais através da interagéo dinamica com a sociedade, 0 que define os campos de atuagao académica presen- tes e futuros da Instituigao. Como instituigao educacional a FAC entende que a Educagéo cabe preparar os indi- viduos para compreender os impactos das novas tecnologias na cultura através da concepgaio de sociedade como um processo complexo e continuo onde valores e paradigmas estéo sendo permanentemente questionados. E a partir da compreen- so das diferengas individuais, da aceitagdo dos opostos, da tolerancia com os ad- versos que se constréi a sociedade global, pluralista e fraterna ‘A FAC tem consciéncia do seu papel na realizagdo de investigagdes que atendam ao desafio do desenvolvimento sustentavel do nosso pais. A Instituigaio também par- te da necessidade de que, enquanto agéncia promotora de ensino superior, deva ser possuidora de uma politica de graduagao teoricamente consistente, sdlida e articu- lada organicamente a um projeto de educagao e de sociedade. A instituigao esta também comprometida com a transmissao e construgao do saber, com a pesquisa, com inovagées, com o ensino e formagao profissional que contemple conhecimen- tos, habilidades e atitudes necessarias a atuago do cidadao. 1.2. POLITICAS INSTITUCIONAIS NO AMBITO DO CURSO 1.2.1. POLITICAS INSTITUCIONAIS PARA O ENSINO O ensino deve espelhar as Diretrizes Curriculares Nacionais, formando profissionais capazes de atuar numa sociedade mais humanitaria, em grupos populacionais e/ou individuos no atendimento de suas necessidades. O formado na faculdade é um agente transformador do processo social, com forma- 40 crista, critica e reflexiva, competéncia técnica, cientifica e politica, baseada em principios éticos e na compreensdo da realidade social, cultural e econémica do seu meio, dirigindo sua atuagdo para a transformagao da realidade em beneficio da so- ciedade Essa Politica de Ensino é pautada nas seguintes diretrizes: Organizagéo da estrutura académica que contemple a interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade, contextualizando a realidade. O conhecimento mantém didlogo permanente com outros conhecimentos, por meio de discussées, complementagdes ampliagdes. A contextualizagao pressupée a relagao indissociavel entre teoria pratica na concretizagao dos contetidos curriculares em situagdes préximas ao coti- diano e de um ensino em que as situagdes do profissional estejam relacionadas com a sociedad. © Projeto Pedagégico deste curso constitui instrumento balizador das agées acadé- micas, conferindo diregao gestado e as atividades pedagégicas; Plano de ensino é o documento que explicita a organizagao didatico-pedagégica de cada disciplina no contexto geral da formagao proposta deste Projeto Pedagégico, define a relagao professor/aluno no processo de ensino-aprendizagem e sera distri- buido ao aluno no primeiro dia de aula, 1.2.1.1. FoRMAS DE OPERACIONALIZAGAO A oferta do curso ocorre semestralmente, observadas as vagas autorizadas e divul- gadas em edital e processo de selegao. Semestralmente, sao organizadas datas e hordrios para matricula dos académicos ingressantes, com orientagées especificas e individualizadas sobre o funcionamento das aulas. A matricula ocorre por meio de contratagao de créditos, de acordo com o PPC. Todos os registros de estudos sdo acompanhados pelo coordenador do curso e pelo proprio académico. O curso aten- de area de conhecimento proposta pela CAPES. 1.2.1.2. PROCEDIMENTOS DE ESTIMULO A PRODUGAO ACADEMICA A IES incentiva seus docentes para que participem de seminarios, congressos e eventos cientificos; estimula a capacitagao do professor, por meio de programa de ajuda de custo para cursos de pés-graduagao da prépria IES e de incentivo para a realizagao de mestrado e doutorado em IES conveniadas; adota um programa de premiacao docente, anualmente, contemplando certa quantidade de professores, premiagao esta definida com base na produgdo académica e cientifica, na atuagao do professor na instituigao (pontualidade, participagao nas reuniées, cumprimento de prazos, entre outros) e nas avaliagdes dos estudantes. 1.2.1.3. SISTEMATICA DE ATUALIZAGAO CURRICULAR © curriculo nao ¢ estético. Em sua dindmica é necessdria sua atualizagao constante por meio de um repertério de conhecimentos e experiéncias atuais que permitam aos alunos interpretar, interferir e modificar aspectos da realidade. A dinamica da sala de aula é mais agil que as préprias atualizagées curriculares, cuja sistematica é garantir uma aprendizagem mais consolidada; reforcar o cardter transversal do ensi- no-aprendizagem; apostar no conhecimento cientifico; valorizar 0 conhecimento so- cial e humano; investir em novas tecnologias de informagao e comunicagao. A perio- dicidade prevista para atualizagdo curricular institucional, respeitard a legislagao vi gente, as decisdes do Nuicleo Docente Estruturante e as instancias intemas de deci- so previstas no Regimento, contando com as criticas dos alunos, tutores presenci- ais, coordenadores académicos e equipe docente. 1.2.2. POLITICAS INSTITUCIONAIS PARA A PESQUISA As atividades de pesquisa serao permanentemente estimuladas, especialmente pa- ra Conceder auxilio para projetos especificos; Realizar convénios com instituigées vinculadas a pesquisa; Divulgar os resultados das pesquisas realizadas em periédicos institucionais e em outros, nacionais ou estrangeiros; Conceder bolsas de trabalho a pesquisadores; Manter intercémbio com instituigées cientificas, buscando incentivar contatos entre pesquisadores e o desenvolvimento de projetos comuns; Realizar simpésios destinados ao debate de temas cientificos; Implantar ndcleos tematicos de estudos; Priorizar a pesquisa vinculada aos objetivos do ensino e inspirada em dados da rea- lidade regional e nacional, sem detrimento da generalizagao dos fatos descobertos e de suas interpretacées. Para cumprir os objetivos da interdisciplinaridade e da transdisciplinaridade, atengao especial serd dada para: Estimular o desenvolvimento da pesquisa cientifica, pelo aperfeigoamento de docen- tes e pesquisadores; Aprimorar a qualidade do ensino como a elevagao do perfil académico dos seus do- cente: Ofertar planes integrados de ensino de pés-graduagao /ato sensu, aperfeigoamento ¢ especializagao, para integrar profissionais das diferentes areas; Prestar servigos 4 comunidade nas diferentes areas; Promover intercdmbio cultural e cientifico com instituigdes congéneres, entidades governamentais e érgaos interessados. 1.2.2.1. FoRMAS DE OPERACIONALIZAGAO A organizagao e administragao da pesquisa séo de responsabilidade da Coordena- do de Pesquisa, Pés-graduagao e Extensdo que recebera as propostas de projetos, as analisara, hierarquizando-as segundo sua importancia e pertinéncia em relagao as linhas basicas estabelecidas, a fim de submeté-las aos érgaos colegiados compe- tentes. O fluxo de entrada de projetos de pesquisa se manterd aberto e o professor sera estimulado a desenvolver a atitude de pesquisa em seus alunos e a elaborar e en- caminhar novos projetos. Os projetos serao subsidiados pela Faculdade, que captard recursos em outras fon- tes governamentais e ndo-governamentais da regido e de agéncias internacionais Serdo adotadas as seguintes medidas para a perfeita implementagao da pesquisa: Manutengdo e dinamizagao das agées sistematicas para o estimulo ao desenvolvi- mento da atitude de pesquisa em professores e alunos, por meio de palestras, semi- narios, congressos, reunides e outros eventos; Oferecimento, em todos os cursos, a disciplina: Introdugéo aos Estudos Universita- rios, objetivando a iniciagao cientifica dos alunos; Elaboragao de material de apoio para os professores pesquisadores; Criagéo de um espago préprio para os pesquisadores, equipado com terminais de computador com acesso aos sites de pesquisa, via Internet; Editoragao de uma revista cientifica para veiculagao dos resultados da pesquisa na instituigao e para trabalhos cientificos em geral; Contratagao de professores (doutores e mestres) para coordenagdo e realizagao de projetos de pesquisa; Realizagao de estudos, em nivel de Coordenagéo de Cursos, para a definicéo de Areas e temas prioritarios de pesquisa; Estabelecimento de contratos com érgaos ¢ instituigdes de amparo a pesquisa obje- tivando levantar recursos para o desenvolvimento da pesquisa © curso tera autonomia para definir suas linhas de pesquisa, considerando as dreas de concentragao definidas pelo CNPq e/ou outras de interesse local e/ou regional. As atividades e suas linhas de pesquisa seréo desenvolvidas dentro de um espirito verdadeiramente cientifico, critico e formativo, organizado a partir de uma interroga- 40 sobre a dimensao politica, as implicagées sociceconémicas e a natureza ideolé- gica de toda e qualquer ordem juridica. Uma vez definidas as linhas de pesquisa com seus coordenadores e areas afins, serdo submetidas 4 Coordenagao de Pesquisa, Pés-Graduagao e Extensdo e esta, ao Conselho Superior Académico, Sua regulamentagao se dard por Resolugao do Conselho Superior-Académico. 1.2.2.2. PROCEDIMENTOS DE ESTIMULO A PRODUGAO ACADEMICA A instituigéo oferta bolsas de pesquisa para professores e alunos com vistas a cria- 940 de trabalhos para apresentagao em congressos regionais, nacionais e internaci- onais. 1.2.3, POLITICAS INSTITUCIONAIS PARA A EXTENSAO. A politica de extensdo da Faculdade é a sua insergao no contexto, como instrumento ativo no processo de construgao e desenvolvimento socioeconémico, politico e cultu- ral e a integragdo com empresas ¢ instituigdes comunitarias de produgo de conhe- cimento e tecnologia da regido. A Politica de Apoio as Agdes de Desenvolvimento Comunitario, a ser viabilizada em programas permanentes, projetos e atividades, fundamenta-se num diagnéstico dos problemas regionais, nos aspectos sociopoliticos e econémicos A politica de pesquisa e extensdo, na estrutura organizacional, pretende que a ex- tensdo de fato acontega e que seja uma realidade, viabilizando os projetos @ pro- gramas, provendo as condiges que concorrem para a ago irradiadora da IES. ‘As metas para consolidar a extensdo, estabelecidas a partir da concepgdo dos Cur- sos e da Extensao e a serem atingidas no prazo de até 5 anos, sdo as seguintes: Expansdo permanente das atividades para atuar nas reas de conhecimento da Fa- culdade Levantamento das instituicdes culturais, artisticas ¢ grupos foleléricos, equipamentos urbanos ligados as atividades culturais e artisticas. Instituigo de programas que contemplem eventos culturais, sociais, civicos, recrea- tivos e Semanas Académicas, Oferecimento de cursos gratuitos para as comunidades sobre assuntos ligados ao seu cotidiano Criagao e produgao de material grafico de interesse da comunidade Oferecimento de consultorias, por meio da Incubadora de Empresas. Realizagao de campanhas promocionais de interesse da comunidade. Incentivo e desenvolvimento e participagéo da comunidade interna, em atividades esportivas, torneios, competicées, olimpiadas etc., abertos & comunidade. Estabelecimento de contatos com empresas privadas, pliblicas, sociedades de eco- nomia mista, fundagées, érgaos publics estaduais e municipais e entidades filantré- picas em geral objetivando convénios e parcerias. 1.2.3.1. FORMAS DE OPERACIONALIZAGAO As atividades de extensdo nascem e sao gerenciadas na coordenagao de cursos, mediante projetos e programas, na interago professor/professor, professor/aluno, comunidade académica/comunidade externa, Para o financiamento da extenséo, a dotagao se da mediante previsdo orgamentaria por projet Sua organizagao e administragao estéo subordinadas diretamente 4 Coordenagao de Pesquisa, Pés-graduagao e Extensao. 1.2.3.2. PROCEDIMENTOS DE ESTIMULO A PRODUGAO ACADEMICA Politica de incentivo produgdo académica por meio de trabalhos e pesquisas reali- zadas nos cursos de extensao, além da produgao de material para apresentagao em congressos, semindrios, revistas cientificas, entre outros; prémio de incentivo a pro- dugdo académica: livro, capitulos de livro e outros. 1.2.3.3. AGOES ACADEMICO-ADMINISTRATIVAS DE EXTENSAO As agées académico-administrativas de extensdo séo um processo educativo, cultu- ral e cientifico e so desenvolvidas sob a forma de programas, projetos, cursos, eventos, prestagdes de servigos e publicagdes e outros produtos académicos, volta- dos a um objetivo comum e direcionados as questées relevantes da sociedade Entende-se por acao de extensao as atividades desenvolvidas sob a forma de: 1) Programas. Il) Projetos. Ill) Cursos. IV) Eventos. \V) Prestagao de servicos. V1) Publicagées e outros produtos académicos. As ages acima visam: a) Integrar o ensino e a pesquisa com as demandas da sociedade, buscando o com- prometimento da comunidade académica com interesses e necessidades da socie- dade, em todos os niveis, estabelecendo mecanismos que relacionem o saber aca- démico a outros saberes. b) Democratizar 0 conhecimento académico e a participagao da Instituigéo de Ensino Superior junto a sociedade. ¢) Incentivar a pratica académica de forma que contribua para o desenvolvimento da consciéncia social e politica, formando profissionais-cidadaos. 4) Participar criticamente das propostas que objetivem o desenvolvimento regional, econémico, educativo, cientifico, tecnolégico, social, esportivo, cultural e artistico. ) Contribuir para reformulages de concepgées e praticas curriculares da IES, bem como para a sistematizagao do conhecimento produzido. ‘As agées de extensdo sao desenvoividas seguindo os eixos tematicos, a saber: 1) Comunicagao. HN) Cultura Il) Direitos Humanos. IV) Educagao. V) Meio Ambiente. VI) Religio. Vil) Sauide. Vill) Tecnologia. 1X) Trabalho. 1.2.4, ArticuLagAo DO PPC COM O PPI As politicas académicas institucionais contidas no Projeto Pedagégico Institucional ganham materialidade no Projeto Pedagégico do Curso de Servigo Social A linha filoséfico-pedagégica, que fundamenta todos os cursos, programas e proje- tos da Faculdade, adota como base o principio de que a educacdo superior se inse- re em um contexto multifacetario, marcado por transformagées econémicas, sociais @ culturais, empreendendo um processo educativo que contribua para o pleno de- senvolvimento do aluno, seu preparo para 0 exercicio da cidadania e sua qualifica- ‘go para o trabalho. Do ponto de vista do conhecimento e do saber, a Faculdade procura refletir e incor- porar as mais recentes teorizages e principios pertinentes. Do ponto de vista do desenvolvimento regional, busca promover a sua contribuigdo para as necessidades do mercado de trabalho, sem, contudo, perder de vista 0 perfil do egresso que pre- tende formar. 125.A INCORPORAGAO DOS AVANGOS TECNOLOGICOS NA OFERTA EDUCACIONAL Os professores da Faculdade sao orientados a usarem ferramentas informatizadas para que os alunos acessem os textos e outros materiais didaticos em midias eletré- nicas. Os avangos tecnolégicos sao incorporados dia a dia pela Faculdade na oferta edu- cacional de suas atividades académicas. Na Previséo Orgamentaria ha destinagao de recursos para constante atualizagéo do parque informatizado, facilitando o uso dessas tecnologias, importantes para o desenvolvimento do processo educacional. A Faculdade incentiva, também, a participagdo do corpo docente em eventos que abordem temas relacionados a incorporagdo de novas tecnologias ao processo de ensino-aprendizagem, promovendo as inovagdes no Ambito dos cursos O mundo muda e 0 conhecimento duplica muito rapidamente, com enorme contribui- G40 dos novos recursos tecnolégicos na sociedade atual. Esses novos avangos tec- nolégicos criaram novo paradigma, maior exigéncia sobre a eficiéncia ao nivel de produtividade das empresas. O moderno paradigma tecnolégico associado a evolu- g40 do mundo digital exige cada vez mais a formagao de profissionais especializa- dos na nova area de conhecimento. 1.2.6, PARAMETROS PARA SELEGAO DE CONTEUDOS E ELABORA- GAO DOS CURRICULOS E AS POLITICAS A selegao de contetidos é 0 resultado de um universo maior de conhecimentos e saberes conforme o objetivo que se tenha de educagao. Para formar um ser humano critico e participativo na sociedade é necessério selecionar conhecimentos diferentes daqueles que séo tradicionalmente escolhidos e que nao priorizam a criticidade. A selegdo é uma questdo de poder. Ao selecionar determinado contetido para o curri- culo, estar-se-d privilegiando alguns contetidos em detrimento de outros. A definigéo dos contetidos para elaboragao dos curriculos a serem desenvolvidos nos diferentes cursos da Faculdade deve ter em conta a andlise da realidade, foco nos aspectos da inser¢do regional da Instituigdo e operada com referenciais especi- ficos, tais como: Socioantropolégico, que considera os diferentes aspectos da realidade social em que © curriculo ser aplicado. Visam despertar no aluno a consciéncia para os pro- blemas brasileiros e mundiais, de modo que possa capacité-los a exercer uma pro- fisso na sociedade com respostas conscientes e livres para a construgao de um mundo onde todos tenham oportunidades iguais, onde todos participem na produgo consciente do espago, exercendo a cidadania e, consequentemente, a democracia plena; Psicolégico, que se volta para o desenvolvimento cognitive do aluno; Epistemolégico, que se fixa nas caracteristicas préprias das diversas areas do saber tratadas pelo curriculo; Entende-se que 0 proceso educacional deve estar centrado nos contetidos relevan- tes para a formagao do cidadao, respeitadas as especificidades das diferentes disci- plinas. O estudante deve ser avaliado quanto ao desenvolvimento de competéncias © habilidades, por meio da aprendizagem significativa daqueles contetidos. Além disso, 0 desenvolvimento metodolégico dos contetidos requer estratégias que mobilizem e desenvolvam varias competéncias cognitivas basicas, como a observa- ¢40, compreenso, argumentagao, organizagao, andlise, sintese, comunicagao de ideias, planejamento, memorizagao etc. Ao selecionar os contetidos, os professores trabalham conforme suas visées de mundo, suas ideias, suas praticas, suas representagées sociais. Toda pratica educa- tiva apresenta determinado contetido, a questéo maior é saber quem escolhe os contetidos, a favor de quem e de como estard o seu ensino e, para tanto, nas suas disciplinas os docentes da Faculdade irao: Tomar como referéncia a pratica profissional, analisar criticamente as formas de se- lego e organizagao dos objetivos e contetidos, assim como o seu significado no processo de ensino, identificando qual a concepgdo de homem, mundo e educagao que esto orientando essa pratica Discutir a importancia da determinagao dos objetivos como elementos que orientam © processo, envolvendo a selegdo de contetidos, procedimentos, avaliagao, e defi- nindo o tipo de relagao pedagégica a ser estabelecida Considerar que © contetido s6 adquire significado quando se constitui em um instru- mental tedrico-pratico para a compreensao da realidade do aluno, tendo em vista a sua transformagao. Para assegurar a qualidade do ensino na Instituigao e garantir 0 atendimento as di- retrizes pedagégicas estabelecidas, as seguintes atividades so desenvolvidas: a revisdo continua dos curriculos; a atualizagao permanente de programas, ementas, bibliografias e planos de ensino; a dinamizagao das atividades praticas de formagao profissional; a orientagao académica; a ampliagao dos recursos de apoio ao ensino; 0 aperfeigoamento docente; a qualificagao docente; a criagao de novos cursos; a elaboracdo e revisdo dos projets pedagégicos dos cursos e a autoavaliagao cons- tante visando ao aperfeigoamento do trabalho desenvolvido. A Faculdade observa as seguintes diretrizes na elaboragao e revisao dos curriculos: Coeréncia do curriculo com os objetivos do curso. Coeréncia do curriculo com o perfil do egresso. Coeréncia do curriculo face as diretrizes curriculares nacionais. Articulagdo do contetido proposto com as demais disciplinas do curso, a fim de per- mitir a interdisciplinaridade e evitar a sobreposigao de temas. Adequagao do contetido a carga horaria da disciplina. Liberdade para adequagao do contetido a formagao e a experiéncia profissional do professor da disciplina. Adequagao da metodologia de ensino a fundamentagao tedrico-metodolégica do curso. Inter-relagao e integragao entre as disciplinas. Dimensionamento da carga hordria das disciplinas. Atualidade e importancia do contetido proposto para a formagao profissional preten- dida. Adequagdo e atualizagao das ementas e programas das disciplinas. Adequagao a missao e aos objetivos do curso. Adequagao, atualizacao e relevancia da bibliografia. Os contetidos das disciplinas ofertadas sao definidos pelos professores, aprovados na coordenago do curso e apresentados aos alunos no primeiro dia de aula. Curriculo é um conjunto de conhecimentos e praticas de ensino abrangendo diferen- tes metodologias de trabalho didatico-pedagégico, produgao, apropriagao e sociali- zagao de conhecimentos, valores e atitudes basicos para a vida profissional e social Matriz curricular 6 um conjunto de componentes curriculares de um curso, portanto nao é curriculo. Matriz curricular envolve diversas situagdes e modalidades de ensi- no e aprendizagem, voltadas a aquisigao e produgao de conhecimentos socialmente relevantes e a insergdo critica do profissional na sociedade, Teoria e Pratica formam um dos eixos curriculares da Faculdade, dando um sentido dinamico, flexivel e interdisciplinar, que desperte para a formago continuada e a investigagao cientifica O processo de ensino e aprendizagem articula as dimensées: profissional, cultural, tecnolégica e crista. Pauta-se pelos principios de autonomia e liberdade na busca, aquisi¢ao, transformagao e inovagao do conhecimento e da informagao, numa pers- pectiva ética e democratica, valorizando as diferengas e as relagées com o coletivo e com os processes histéricos e sociais. Os Projetos Pedagégicos dos Cursos — PPCs sao coerentes com 0 Projeto Pedagd- ‘0 Institucional - PP! e contemplam a responsabilidade social e a cidadania dos sujeitos do processo educativo, objetivando a formagao de profissionais comprome- tidos com a histéria Qs PPCs sao elaborados nos termos das Diretrizes Curriculares Nacionais, respei- tando as especificidades dos cursos e da area de conhecimento em que se enqua- dram, conforme documento: Areas de Conhecimento (CAPES-MEC), Cadastro de denominagées consolidadas para Cursos de Graduagao (Bacharelado e Licenciatu- ra) do Ministério da Educagao, do Catalogo Nacional de Cursos Tecnolégicos (maio de 2009) ¢ de outros instrumentos legais conexos. Quanto a organizagao curricular, a instituigdo rege-se pelo regime de matricula se- mestral, por créditos (considerando um crédito correspondente a vinte horas de ati- vidades académicas), mediante plano de estudos aconselhado, constante nos PPCs. 1.3. OBJETIVOS DO CURSO Nos termos do artigo 2° da Resolugao 2.2015, do Conselho Nacional de Educagao, As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formagao Inicial e Continuada em Nivel Superior de Profissionais do Magistério para a Educagao Basica aplicam-se a forma- 90 de professores para o exercicio da docéncia na educagao infantil, no ensino fundamental, no ensino médio e nas respectivas modalidades de educagdo (Educa- 40 de Jovens ¢ Adultos, Educacao Especial, Educagao Profissional e Tecnolégica, Educagao do Campo, Educagao Escolar Indigena, Educagao a Distancia e Educa- 40 Escolar Quilombola), nas diferentes dreas do conhecimento e com integragao entre elas, podendo abranger um campo especifico e/ou interdisciplinar. O projeto de formagao deve ser elaborado e desenvolvido por meio da articulagéo entre a instituigéo de educagao superior e o sistema de educagdo basica, envolven- do a consolidagao de féruns estaduais e distrital permanentes de apoio a formagao docente, em regime de colaboragao, e deve contemplar: 1 — sélida formagao teérica e interdisciplinar dos profissionais; Ila insergao dos estudantes de licenciatura nas instituigdes de educagao basica da rede publica de ensino, espaco privilegiado da praxis docente; ll - 0 contexto educacional da regido onde sera desenvolvido; IV ~ as atividades de socializagao e a avaliagao de seus impactos nesses contextos; V a ampliagao e o aperfeigoamento do uso da Lingua Portuguesa e da capacidade comunicativa, oral e escrita, como elementos fundamentais da formagao dos profes- sores, e da aprendizagem da Lingua Brasileira de Sinais (Libras); VI — as questées socioambientais, éticas, estéticas e relativas a diversidade étnico- racial, de género, sexual, religiosa, de faixa geracional e sociocultural como princi- pios de equidade Objetivos: Formar pedagogos para o exercicio das fungées de docéncia na educagao infantil, no ensino fundamental, no ensino médio e nas respectivas modalidades de educa- 40 (Educagao de Jovens e Adultos, Educagdo Especial, Educagao Profissional e Tecnolégica, Educagao do Campo, Educagao Escolar Indigena, Educagao a Distan- cia e Educagao Escolar Quilombola), na area de servigos e apoio escolar, organiza- G40 e gestdo educacional da Educagao Basica Formar o ser (pessoa-profissional-cidadao), alinhado as demandas e exigéncias da nova sociedade da informagao e do conhecimento, com viséo ampla das politicas educacionais e praticas educativas criticas e construtivas, com espirito empreende- dor, cooperativo, reflexivo. Formar profissional com viséo ampliada do ser humano e compreensao do seu meio sociopolitico, econémico e cultural, de modo que, assim instrumentalizado, possa operar as mudangas necessérias no cenario local e global. Desenvolver competéncias técnicas e conhecimentos cientificos necessarios as pra- ticas educativas no magistério da Educagdo Infantil, no Ensino Fundamental, no En- sino Médio, Educagao de Jovens e Adultos, Educacao Especial, Educagao Profissi- onal e Tecnolégica, Educagéo do Campo, Educagao Escolar Indigena, Educagao a Distdncia e Educagao Escolar Quilombola, na gestéo de instituigées educacionais. Desenvolver a capacidade de mobilizar os conhecimentos de forma interdisciplinar, permitindo uma formagao integral e voltada a pratica da profissdo. Abordar as areas de conhecimento, habilidades, atitudes e valores éticos, funda- mentais & formagao académica e profissional; Proporcionar aprendizado interdisciplinar, necessério para que o futuro licenciado ‘em Pedagogia possa vir a superar os desafios de renovadas condigées de exercicio profissional e de produgdo do conhecimento; Contemplar a abordagem de temas observando o equilibrio teérico-pratico, permitin- do na pratica e no exercicio das atividades a aprendizagem da arte de aprender; Favorecer a flexibilizagao curricular de forma a atender interesses mais especifi- cos/atualizados, sem perda dos conhecimentos essenciais ao exercicio da profissao; Disponibilizar tempo para a consolidagéo dos conhecimentos e para as atividades complementares objetivando progressiva autonomia intelectual do aluno; Desenvolver atitude investigativa que favorega o processo continuo de construgdo do conhecimento, por meio da pesquisa e da extensao. Analisar as praticas pedagégicas que envolvem a escolarizagao inicial, no conjunto das dimensées presentes ou ausentes no curriculo escolar para este nivel de ensi no; Favorecer o desenvolvimento de atitudes de investigagéo e de pesquisa na forma- 40 dos professores, por meio da associagao entre teoria e pratica; Formar professores capazes de conhecer e adequar os contetidos da lingua portu- guesa, da matematica, de outras linguagens e cédigos, do mundo fisico e natural e da realidade social e politica, de modo a assegurar sua aprendizagem pelos alunos; Investir em sélida formagao tedrica dos campos que constituem os saberes da do- céncia para a educagdo infantil e para os anos iniciais do ensino fundamental; Propiciar a capacitacao para o atendimento pedagégico de qualidade para criangas em seus aspectos fisicos, psicolégicos, culturais ¢ cognitivos na perspectiva das in- teragdes sociais e de cidadania, considerando a complexidade do mundo atual e suas perspectivas futuras; Propiciar condigdes para que o futuro professor perceba a realidade escolar como impar, com dindmica interna prépria e que se situa num contexto sociocultural con- creto; Proporcionar ao aluno docente a descoberta e a vivencia das diferentes linguagens do aluno, por meio de um didlogo expressivo de sua cultura, que venha contribuir para a construgao de novos saberes, de forma critica, consciente e atuante; Trabalhar as diferentes capacidades do futuro professor — cognitivas, afetivas, fi cas, éticas, estéticas, de insergao social e de relagao interpessoal — para tornar pos- sivel a construgao e reconstrugao de conhecimentos, valorizando a crenga na pré- pria capacidade, na disponibilidade e na curiosidade para aprender. 1.4. PERFIL PROFISSIONAL DO EGRESSO O Pedagogo formado pela FACULDADE REGIONAL DE FILOSOFIA, CIENCIAS E LETRAS DE CANDEIAS estaré preparado para Compreender o fenémeno e a pratica educativos que se dao em diferentes ambitos © especialidades; Processar as diferentes linguagens manifestas nas sociedades contemporaneas e ‘sua fungdo na produgdo do conhecimento; os diferentes padrées e produgées cultu- rais existentes na sociedade contemporanea; Articular ensino e pesquisa na produgao do conhecimento e da pratica pedagégica; Produzir e difundir conhecimento cientifico e tecnolégico no campo educacional,; Propor respostas criativas as questées da qualidade do ensino e medidas que visem superar a exclusdo social; Apreender a dindmica cultural e de atuar adequadamente em relagdo ao conjunto de significados que a constituem; Atuar com pessoas que apresentem necessidades especiais, em diferentes niveis da organizacdo escolar, de modo a assegurar seus direitos de cidadania; Atuar com jovens e adultos defasados em seu processo de escolarizagao; Atuar na organizagao e gestao de sistemas, processos, unidades e projetos educa- cionais escolares e ndo-escolares; Estabelecer didlogo entre a drea educacional e as demais areas do conhecimento; Dominar processos e meios de comunicagao em suas relagdes com os problemas educacionais; Desenvolver metodologias e materiais pedagégicos adequados a utilizagao das tec- nologias da informagao e da comunicagao nas praticas educativas; ‘comprometer-se com uma ética de atuagao profissional e com a organizagao demo- cratica da vida em sociedade; Articular a atividade educacional nas diferentes formas de gestéo educacional, na organizagao do trabalho pedagégico escolar, no planejamento, execugdo e avalia- 40 de propostas pedagégicas da escola; Elaborar projeto pedagégico, sintetizando as atividades de ensino e administragao, caracterizadas por categorias comuns como: planejamento, execugao e avaliagao e por valores comuns como: solidariedade, cooperacao e responsabilidade. 1.4.1. COMPETENCIAS E HABILIDADES © curso de pedagogia deve abranger contetidos e atividades que constituam base consistente para a formagao do educador capaz de atender o perfil jé exposto. Nes- sa direcdo, as seguintes competéncias habilidades, entre outras, devem ser de- senvolvidas: Compreensao ampla e consistente do fendmeno da pratica educativos que se dao em diferentes ambitos ¢ especialidades; Compreensao do processo de construgdo do conhecimento no individuo inserido em seu contexto social e cultural; Capacidade de identificar problemas socioculturais e educacionais propondo respos- tas criativas as questdes da qualidade do ensino e medidas que visem superar a exclusdo social; Compreensdo e valorizagao das diferentes linguagens manifestas nas sociedades contemporaneas e de sua fungao na produgao do conhecimento; Compreensao e valorizagao dos diferentes padrées e produgées culturais existentes na sociedade contemporanea; Capacidade de aprender a dindmica cultural e de atuar adequadamente em relagéo ao conjunto de significados que a constituem; Capacidade para atuar com portadores de necessidades especiais, em diferentes niveis da organizagao escolar, de modo a assegurar seus direitos de cidadania; Capacidade para atuar com jovens e adultos defasados em seu processo de escola- rizagao; Capacidade de estabelecer didlogo entre a area educacional e as demais areas do conhecimento; Capacidade de articular ensino e pesquisa na produgao do conhecimento e da prati- ca pedagégica; Capacidade para dominar processos e meios de comunicagdo em suas relagées com os problemas educacionais; Capacidade de desenvolver metodologias e materiais pedagégicos adequados a utilizagdo das tecnologias da informagao e da comunicagao nas praticas educativas; Compromisso com uma ética de atuagdo profissional e com a organizagéo democra- tica da vida em sociedade; Articulagao da atividade educacional nas diferentes formas de gestéo educacional, na organizago do trabalho pedagégico escolar, no planejamento, execugao e avali- agao de propostas pedagégicas da escola; Elaboragao do projeto pedagdgico, sintetizando as atividades de ensino e adminis- tragdo, caracterizadas por categorias comuns como: planejamento, organizagao, coordenagao e avaliagao e por valores comuns como: solidariedade, cooperagao, responsabilidade e compromisso. 1.5. ESTRUTURA CURRICULAR 1.5.1. ESTRUTURA CURRICULAR ATE 2015 MATRIZ CURRICULAR Esta matriz 6 uma sugestdo de fluxo, © aluno cumprira a carga horaria total do curso, escolhendo as disciplinas dentre as ofertadas pela IES, podendo, quando for o caso, enfatizar seu perfil pessoal de formagao. CARGA. NUCLEOS coD COMPONENTES CURRICULARES HORARIA CR H Metodologia do Trabalho Cieniffico | 04/60 Nicleo de Estudos Lingua Portuguesa 04, 60, de Formagao Geral (NEFG) Psicologia Geral (04160, Filosofia da Educagao, 04 | 60, Ludicidade e Educacao 04 | 60 Nucleo de Apro- fundamento e versificagao de Estudos (NADE) Nicleo de Estudos Isuracres NEI Pesquisa e Pratica Pedagégica | 06 | 90 CARGA NUCLEOS cop COMPONENTES CURRICULARES HORARIA cR | H Nacleo de Estudos Metodologia do Trabalho Cieniffico Il 04, 60 de Formagao Geral (NEFG) Niicleo de Apro- fundamento e Didatica e Novas Tecnologias | 60, ‘Antropologia da Educagao Psicologia do Desenvolvimento ‘Arle e Educacao e/R/R/R| versificagao de Estudos (NADE) Nicleo de Estudos Integradores (NEI Pesquisa e Prética Pedagégica Il 90 ) Estudos (NADE) TARGA NUCLEOS cop COMPONENTES CURRICULARES HORARIA CR H | Nucleo de Estudos | OLES | Oficina de Leitura e Escrita 04 | 60 de Fommere) Geral" S0ED | Sociologia da Edueagao os | 60 Nicleo de Apro- _CPRO | Curriculos e Programas 460 fundamentoe Di- [PSAE | Psicologia Social Aplicada & Educagao 04 | 60 yersificagéo de ecg | Metodologia do Ensino das Ciéncias Sociais os | 90 Nicleo de Estudos Integradores (NEI) | PPPE Pesquisa ¢ Pratica Pedagégica Ill ) CARGA NUCLEOS cop ‘COMPONENTES CURRICULARES HORARIA. CR H | Nucleo de Estudos Libras 04 | 60 ae rornere) Geral Historia da Educagao os | 60 Nicleo de Apro- Metodologia do Ensino das Ciéncias Naturais 06 [30 | fundamento e Di- Didatica e Novas Tecnologias Il 04_| 60 versificacao de Estudos (ADE) Educagao Inclusiva o4 | 60 Nacleo de Estudos Pesquisa 6 Pratica Pedagogica IV 06 | 90 Integradores (NEI) CARGA NUCLEOS cop COMPONENTES CURRICULARES HORARIA cR| H | Nacleo de Estudos Fundamentos da Lingua Portuguesa 04 | 60 de Formagao Geral | Organizagao do Trabalho Pedagégico 04_| 60 (NEFG) Politicas Publicas Educacionais 04 | 60, [Nicleo de Apro: Educacao de Jovens ¢ Adultos 04) 60 |_fundamento e Di-_[ Metodologia do Ensino da Matemalica 06 [90 versificagao de Estudos (NADE) Nicleo de Estudos Integradores (NEI Estagio Supervisionado 1 05 | 75 - CARGA NUCLEOS cop COMPONENTES CURRICULARES HORARIA oR | H Nicteo de Estudos de Formagao Geral Estatistica 04 | 60 (NEFG) Nicleo de Apro- | Tatramento 6 Afabalzagao E85 fundamento e Di- | Planejamenio Educacional 04 | 60 Eanes ADE Metodologia do Ensino de Educagao Fisica 06 | 90 | ‘iteedores (NEN. Trabalho de Conclusao de Curso | 06 | 90 Extagio Supenisionade I 5175, CARGA NUCLEOS cop COMPONENTES CURRICULARES HORARIA CR H Nacleo de Estudos de Formagao Geral Historia e Cultura Afro-Brasileira e Afticana os | 60 (NEFG) | Nucleo de Apro- Educagao ¢ Contemporaneidade 04) 60 fundamento e Literatura Infanto-Juveril 04 | 60 versificagdo de | Gestao Escolar e Trabalho Coletivo 04 | 60 Estudos (NADE) ‘Avaliagdo Educacional 04 | 60 Niele de Estates Estagio Supervisionado Ill 05 | 75 CARGA NUCLEOS coD COMPONENTES CURRICULARES HORARIA CRO [[Nicieo de Estudos | Educagao no Campo [04 [60 ‘de Formagao Garal Educagae Ambiental 04] 60 (NEFG) Direito e Etica Profissional 04 | 60 Nieleo de Apro- fundamento 6 Di Educagioe Relapse EtnicoRaciais os | 60 versificagao de Estudos (NADE) Nacloo de Estudos Trabatho do Conclsio de Curso ro Integradores (NEI) Estagio Supervisionado IV. 05 | 75 41. EsTRUTURA CURRICULAR A PARTIR DE 2016, EXIGENCIA DA RESOLUGAO CNE 2/2015 MATRIZ CURRICULAR Esta matriz 6 uma sugestdo de fluxo. © aluno cumprira a carga horaria total do curso, escolhendo as disciptinas dentre as ofertadas pela IES, podendo, quando for o caso, enfatizar seu perfil pessoal de formagao. CARGA NUCLEOS cop COMPONENTES CURRICULARES HORARIA CR H [GEDT_| Metodotogia do Trabalho Cienificot 04180 Te Fommapas Gera) S502 [Lingua Portuguesa 04 | 80_| nets) o'" (GE03_| Psicologia Gera 04 | 80 ‘GE0s | Filosofia da Educagao 04180 Nicleo de Apro- fundamento e Di- versificagao de Estudos (NADE) Mucleo de Estude® | Poot | Pesquisa e Pratica Pedagégica | o4 | 80 CARGA | NUCLEOS cop COMPONENTES CURRICULARES HORARIA CR H 5 ‘GE05_| Metodologia do Trabalho Gieniiico M 041 80 | sere ge Gera _PDO3_| Didatica 04_| 80 | fetete, "ont {pace de Desmatinons oa [80 ‘GE06_[ Antropologia o4 | 80 | Nicleo de Apro- fundamento e Di- versificagao de Estudos (NADE) Nicleo de Estudos | PD02 | Pesquisa e Prélica Pedagégica T 04 80 Integradores (NEI) ‘Aiividades Complementares Te6rico-praticas 1(Fo- [01 | 20 Tum de Pesquisa em Educagao e Contemporaneida- de) I SEMESTRE CARGA NUCLEOS COMPONENTES CURRICULARES HORARIA oR | Nucleo de Estudos __PDO7_| Hisiéria da Educagao 04 | 80 de Formagao Geral ; ners) 006 | Didatica 1 04 | 80 GENT | Sociotogia 0-8 Nicloo de Apro- seaeaflacese de PDO | Metodologia do Ensino das Ciéncias Socials, 04 | 80 Estudos (NADE) PDOS_| Pesquisa e Pralica Pedagégica ll 4 8 Nicleo de Estudos ‘Alvidades Complementares Teérico-praicas 1 (Fo- Integradores (NEI) rum de Pesquisa em Educagéio e Contemporaneida- de) ee omen SRS CARGA NUCLEOS COMPONENTES CURRICULARES HORARIA RH | Nucleo de Estudos |_PD13 | Libras ¢ Educagao Indlusiva 04 | 80 | de Formagao Geral _ PD10 | Curriculos e Programas 04 | 80 (were) PD11 | Arte, Ludieidade e Eaueagao 04-80 Nicleo de Apro- srpraifcagso de PD12_| Metodotogia do Ensino das Ciéncias Naturais 04 | 80 Estudos (NADE) Nucleo de Estudos | POS | Pesquisa e Pralica Pedagagica 1V oF | 80 Integradores (NEI) ‘Aividades Complementares Tearico-praticas I (Fo- rum de Pesquisa em Educagao e Contemporaneida- de) cme eo ccuenaee Ser | TARGA NUCLEOS ‘COMPONENTES CURRICULARES HORARIA cR| H | | Wiicleo de Estudos | PDI7_| Educagio de Jovens 6 Adultos 04 | 80 do Formagéo Geral "PD18 | Poliicas Publicas Educacionais 04 | 80 (NEFG) Nicleo de Apro- Moraificagac de PO16 | Metodologia do Ensino de Lingua Portuguesa o4 | 80 Estudos (NADE) Nicleo de Estudos | PO14_| Pesquisa e Pralica Pedagigica V O-8 Integradores (NEI) [ PD 18 | Estégio Supervisionado | — Educagao Infantil 05 [100 ‘Aividades Complementares Teorico-praticas IV (Fo- rum de Pesquisa em Educago e Contemporaneida- de! LT omen SSR Nicleo de Estudos Integradores (NEI) TARGA NUCLEOS COMPONENTES CURRICULARES HORARIA CRA] Nicleo de Estudos de Formagéo Geral | PD21 | Planejamento e Avaliagéo Educacional 04 | 80 (NEFG) Nicloo do Apro- ceaeafleseze de PD20_ | Metodologia do Ensino da Matematica 04 | 80 Estudos (NADE) [SEDE_| Trabalho de Conclusao de Curso1 085 p19 | Eslagio Supervisionado I= Anos Iiciais do EMSING | g¢ | 499 Fundamental ‘Atividades Complementares Tedrico-praticas IV (Fo- rum de Pesquisa em Educagao e Contemporaneida- de TT SEWESTRE Integradores (NEI) CARGA NUCLEOS COMPONENTES CURRIGULARES HORARIA CR] H Nicleo de Estudos | GE0S | Informalica Tecnologias 04180 de Formagao Geral stip ' NEO) Pot | Disciplina Optativa 02 | 40 Nicleo de Apro- iteciicagsode PO23 | Gestdo Escolar e Trabalho Coletivo o4 | 80 Estudos (NADE) Eslagio Supenvsionado I= Anos Finals do Ensino Nicleo de Estudos | Poz2 | Etésio Supe 100 ‘Alvidades Complementares Teérico-praticas V versificagéo de CARGA NUCLEOS COMPONENTES CURRICULARES HORARIA CR H Nacleo de Estudos de Formagao Geral | PD25 | Histéria e Cultura Afro-Brasileira e Afticana 04 | 80 (NEFG) Nucleo de Apro- fundamento e Estudos (NADE) ‘GE10_| Trabalho de Conclusdo de Curso l 03, 60, Nicleo de Estudos Integradores (NEI) PD26 | nal ¢ Tecnolégica, Educacao no Campo, Educagao Estagio Supervisionado IV — Coordenagao Pedage- gica, EJA, Educagao Especial, Educagao Profissio- Escolar Indigena, EaD, Educagéo Quilombola, Ges- tao Escolar 05 100 ‘Atividades Complementares Tedrico-praticas VI 08, CARGA NUCLEOS COMPONENTES CURRICULA- HORARIA cR | H (T= Pratica curricular Pesquisa e Pratica Pedagégica 20) 400 [I= Estagio Supervisionado _| Estagio Supervisionado 20) 400 [IIT Atividades Formativas | Disciplinas 110 2200 IV— Atividades Teérico- Atividades Complementares + 200 praticas de Aprofundamento | TCC Total 3200 ‘CARGA I COMPONENTES CURRICULARES HORARIA cR | Oficina de Leitura Escrita 04 5 Psicologia Social Aplicada a Educagao 04 | 80 COMPONENTES CURRI- “Saris Alabutznts a Educagaéo no Campo. 04 | 80 enacts Rnb oa Lab Direito ¢ Etica Profissional 04 | 80 Educagao e Relagées Etnico-Ra 1.6. CONTEUDOS CURRICULARES Acreditando na natureza pluridimensional dos cursos em nivel superior, com este curso de Pedagogia espera-se proporcionar aos licenciados formagao geral huma- nistica, necessaria a superagao dos desafios impostos pelas condigées de exercicio profissional e de produgao de conhecimentos na sociedade contempordnea. (relato- rio para a UNESCO da Comissdo Internacional para 0 Século XXI, p. 49) Para garantir sua missdo, a FAC adota como eixo na sua concepgao pedagégica as quatro aprendizagens fundamentais, recomendadas pelo relatério da UNESCO pela Comissao Internacional sobre Educagdo para o século XXI: “Aprender a conhecer” - caracterizado pela busca do dominio dos instrumentos do conhecimento com a finalidade precipua de descobrir, compreender e fazer ciéncia; “Aprender a fazer nhecer’, o “aprender a fazer’ refere-se diretamente a formagao profissional, na me- dida que se trata de orientar o académico a por em pratica os seus conhecimentos, adaptando a educagao a configuragao do trabalho na sociedade atual; entendendo-se que, embora indissocidvel do “aprender a co- “Aprender a viver juntos” - sendo o homem um ser de relagdes, consfitui-se num grande desafio para a educago, tendo em vista que trata de ajudar os alunos no processo de aprendizagem para a participacdo, a cooperacao e, sobretudo, para a busca coletiva de solugdes para os problemas contempordneos. Isto implica no de- senvolvimento de competéncias inter e intrapessoal; “Aprender a ser” - integra as trés aprendizagens anteriores e caracteriza-se pela elaboragdo de pensamentos auténomos e criticos que contribuam na formulagao prépria de juizos de valor, formando assim um cidadao e profissional decidido e pre- parado para agir nas diferentes circunstancias da vida. Para concretizar sua politica de formagao, a FAC fundamentou seus projetos peda- gégicos em um conjunto de principios que configuram sua identidade. Tais diretrizes didatico-pedagégicas requerem estratégias educativas variadas no pensar e fazer académicos que busca a: “Construgao coletiva” - expressa na intengo e pratica de cada segmento que constitui a Instituigao, levando em conta a articulagao dialética; “Interago reciproca com a sociedade” - caracterizada pela educagao e desen- volvimento econémico-social sustentavel; “Construgao permanente da qualidade de ensino” - entendida e incorporada co- mo processual e cotidiana da graduagao e da pés-graduacao; Integracdo entre ensino, pesquisa e extensdo” - buscando a construgao de um processo educacional fundado na elaboragao e reelaboragao de conhecimentos; “Extensdo voltada para seus aspectos fundamentais” - quais sejam, tornar a coletividade beneficiaria direta e imediata das conquistas do ensino e da pesquisa, socializando o saber universitario e a coleta do saber ndo-cientifico elaborado pela comunidade; “Desenvolvimento curricular” - contextualizado, expressdo da concepgao de co- nhecimento processualmente construido na produgao da vida material; “Busca permanente da unidade teoria e pratica” - 0 que exige a incorporagao de professores e alunos em atividades de pesquisa; “Adogao de aspectos metodolégicos” - fundados nos pressupostos de uma me- todologia dialética que concebe a sociedade e a educagao como dinamicas e parti- cipes da construgao das relagées infra e superestruturais. Aeestrutura curricular do curso dispée de um repertério de informagées e habilidades composto por pluralidade de conhecimentos tedricos e praticos, cuja consolidagéo sera proporcionada no exercicio da profissao, fundamentando-se em principios de interdisciplinaridade, contextualizagao, democratizagao, pertinéncia e relevancia so- cial, ética e sensibilidade afetiva e estética, Para a formago do licenciado em Pedagogia é central: a) 0 conhecimento da escola como organizagao complexa que tem a fungao de pro- mover a educagao para e na cidadania; b) a pesquisa, a andlise e a aplicagao dos resultados de investigacées de interesse da area educacional; c) a participagao na gestao de processos educativos e na organizago e funciona- mento de sistemas e instituigdes de ensino. A estrutura curricular proposta foi organizada, a partir dos componentes curriculares considerados essenciais para a tomada de consciéncia e a reflexdo sobre as corren- tes de pensamento pedagégico, para a organizagdo e a estrutura da escola, bem como para a discussao e a reflexao tedrico-pratica essencial a formagao docente. A estrutura curricular objetiva o estimulo pesquisa, a construgao do conhecimento, ao debate e, principalmente, a pratica pedagégica, de tal modo que o professor sin- ta-se capaz de exercer o seu papel na escola. Conforme o artigo 12 da Resolugéo CNE n° 02/2015, a estrutura curricular do curso € constituida de um Nucleo de Estudos de Formagao Geral; Nuicleo de Aprofunda- mentos e Diversificagao de Estudos; Nucleo de Estudos Integradores. Considerando o disposto na Resolugao CNE/CP n° 01 de 17 de junho de 2004, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educagdo das Relacées Etnico- Raciais e para o Ensino de Histéria e Cultura Afro-Brasileira e Africana, esta prevista na matriz curricular a disciplina Antropologia Cultural. Além disso, o estudo das te- maticas propostas pela Resolugdo CNE/CP n° 01/2004 é contemplado transversal- mente por todos os docentes. A Lingua Brasileira de Sinais — LIBRAS, que nos termos do Decreto n° 5.626/2005 constitui disciplina obrigatéria para os cursos de licenciatura, esta prevista na matriz curricular do curso. A durago do curso sera de 3.200 (trés mil e duzentas) horas de efetivo trabalho académico, no minimo, 8 (oito) semestres ou 4 (quatro) anos, compreendendo: 1 400 (quatrocentas) horas de pratica como componente curricular, distribui- das ao longo do processo formativo; Il - 400 (quatrocentas) horas dedicadas ao estagio supervisionado, na area de formagao e atuagao na educagao basica, contemplando também outras areas espe- cificas, se for 0 caso, conforme o projeto de curso da institui¢ao; Ill — pelo menos 2.200 (duas mil e duzentas) horas dedicadas as atividades for- mativas estruturadas pelos niicleos definidos nos incisos | e II do artigo 12 desta Resolugao, conforme o projeto de curso da instituigao; IV - 200 (duzentas) horas de atividades teérico-praticas de aprofundamento em Areas especificas de interesse dos estudantes, conforme niicleo definido no inciso III do artigo 12 desta Resolugdo, por meio da iniciagdo cientifica, da iniciagéo & docén- cia, da extensdo e da monitoria, entre outras, consoante o projeto de curso da insti- tuigao. Os cursos de formagéo deverdo garantir nos curriculos contetidos especificos da respectiva drea de conhecimento ou interdisciplinares, seus fundamentos e metodo- logias, bem como contetidos relacionados aos fundamentos da educagao, formagao na area de politicas piblicas e gestéo da educago, seus fundamentos e metodolo- gias, direitos humanos, diversidades étnico-racial, de género, sexual, religiosa, de faixa geracional, Lingua Brasileira de Sinais (Libras), educagao especial e direitos educacionais de adolescentes e jovens em cumprimento de medidas socioeducati vas. Deverd ser garantida, ao longo do processo, efetiva e concomitante relagao entre teoria e pratica, ambas fornecendo elementos basicos para o desenvolvimento dos conhecimentos e habilidades necessérios a docéncia Durante 0 curso de Pedagogia esto previstas atividades tedrico-praticas de apro- fundamento em areas especificas de interesse dos alunos, por meio, da iniciagao cientifica, da extensao e da monitoria e outras atividades com a carga horaria de 200 horas. © momento de realizagdo do Estagio Supervisionado configura-se na insergéo do aluno-professor na realidade educacional: da sala de aula, do espago escolar mais amplo, das relacées profissionais existentes na escola, das atividades educativas que ocorrem em outros contextos, tais como na familia, no trabalho, nos movimentos sociais, culturais e sindicais, entre outros. Desse modo, o Estagio Supervisionado constitui 0 eixo teoricamente fundamentado para a formagao do professor e supera a ideia de simples aplicagao dos conhecimentos, para ser um instrumento de insergo do aluno na realidade, em condigdes de compreender e alterar as relagdes sociais na escola e fora dela. © Trabalho de Conclusdo de Curso esta previsto no 6° e 8° semestres do Curso, enfocando uma das dreas de atuagao do profissional licenciado. E realizado sob ori- entagao docente. A partir do contato com os componentes curriculares do Curso de Graduagao em Pedagogia, 0 aluno deverd procurar o tema a ser desenvolvido em seu Trabalho de Conclusdo de Curso. 1.6.1. COMPONENTES CURRICULARES - PRIMEIRO SEMESTRE CARGA NOCLEOS cop COMPONENTES CURRICULARES HORARIA cR | H Nacleo de Estudos _SE01_| Metodologia do Trabatho Crentifico 04_| 80 le Formacio Geral _CE02_| Lingua Portuguesa 04 | 80, se FoNeEG) nt | GE03 | Psicologia Geral 04_| 80 ‘GEO4_| Filosofia da Educagao 04_| 80 Nucleo de Apro- fundamento e Di- varsificagao de Estudos (NADE) Nicleo idos Integradores (NEI PDO1 | Pesquisa e Pratica Pedagd 1.6.1.01. METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO I (NEFG) - 04 - 80 EMENTA Ciéncia e conhecimento cientifico. O conceito de método. Nogées Fundamentais do trabalho cientifico: verdade, justificagao, objetividade. A construgdo Do texto argu- mentativo. Diretrizes para leitura e compreensdo de textos: o fichamento, a resenha @ 0 resumo. A padronizagao do trabalho cientifico e as normas da ABNT. A pesqui- sa bibliografica. Diretrizes para a elaboragao de artigos cientificos e projetos de pes- quisa. O Processo de conhecimento; desenvolvimento histérico; niveis e interpreta- 40 da realidade, viséo de mundo. BIBLIOGRAFIA BASICA DEMO, Pedro. Pesquisa: Principio cientifico e educativo. 8* ed. Sao Paulo: Cortez, 2001 5ex. ECO, Umberto. Como se faz uma tese. 15* ed. Sao Paulo: Perspectiva, 2000. Sex. MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do trabalho cientifico. 6* ed. Sao Paulo: Atlas, 2001. 6ex BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR GIL, Anténio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. So Paulo: Atlas2002 dex PARRA FILHO, Domingos. Apresentagao de trabalhos cientificos: Monografias. Sao Paulo: Futura, 2001 2ex. ANDRADE, Maria Margarida de. Introdugao 4 metodologia do trabalho cientifico. So Paulo: Atlas, 2000. BURGE, Mario. Ciéncia e desenvolvimento. Belo Horizonte: Itatiaia, 2000. CERVO, L; BERVIAN, P. A. Metodologia Cientifica. Sao Paulo: Atlas, 2001 1.6.1.02. LINGUA PORTUGUESA (NEFG) - 04 - 80 EMENTA. Lingua. Linguagem. Gramatica. Comunicagao. Variedades Linguisticas. Preconceito Linguistico, Texto. Género e tipo textuais. Lingua Formal. Producao Textual. Bases Teéricas da Lingua Portuguesa. O sociointeracionismo e 0 ensino-aprendizagem da lingua escrita, O ensino da lingua portuguesa nas séries iniciais do ensino funda- mental: objetivos e eixos organizadores dos contetidos. Procedimentos metodolégi- 00s e recursos didaticos. Planejamento de ensino. BIBLIOGRAFIA BASICA FERREIRA, Samuel. Com a Palavra, o Portugués. Brasilia: Editora SEBI, 2015. VAL, Maria da Graga Costa. Redago e textualidade. 2° ed. Sdo Paulo: Martins Fontes, 1999. FEITOSA, Vera Cristina. Redagao de textos cientificos. Campinas: Papirus, 1991 BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR BLIKSTEIN, Izidoro. Técnicas de comunicagao escrita. 20* ed. Sao Paulo: Atica, 2001 FARACO, Carlos Alberto. Pratica de texto: para estudantes universitérios. 8° ed. Petrépolis: Vozes, 2001. GARCIA, Othon M. Comunicagao em prosa moderna. 19 ed. Rio de Janeiro: FGV, 2000. MEDEIROS, Joao Bosco. Redagao cientific: resenhas. 60 ed. Sao Paulo: Atlas, 2004. : a pratica de fichamentos, resumos, GOLD, Miriam. Redagao empresarial: escrevendo com sucesso na era da globali- zagao. 20 ed. Sao Paulo: Pearson Education do Brasil, 2002. 1.6.1.03, PsicOLOGIA GERAL (NEFG) - 04-80 EMENTA Histérico, conceitos e processos basicos da Psicologia. Psicologia e Educagao: O Ambito psicolégico do processo pedagégico e suas dimensées e especificidades. BIBLIOGRAFIA BASICA BIAGGIO, Angela M. Brasil. Psicologia do desenvolvimento. 4° ed. Petrépolis: Vo- zes, 2000. JUNG, C.G. A natureza da psique. 5° ed. Petrépolis: Vozes, 2000. PAIN, Sara, Diagnéstico e tratamento dos problemas de aprendizagem. 4° ed. Porto Alegre: Artmed, 1992. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR ALENCAR, Eunice M. L. Soriano de. Psicologia: Introdugao aos principios basicos do comportamento. 11ed. Petropolis: Vozes 2000.

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