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‘exacerbaro confit, seo papel sacerdtal é abandonado ao comentiro ed ands instantinea. Abba Eban (1978) sugere que o pergo da tiplomacia aber &o de cada Indo 8 ver 0 que ‘esta perder, o que pode evar 2 perda da esperanga nos assunos a ratar. Exist o pergo dea ‘opin piblice poder fcar Wo inflamads, que a lideranga pode perder o contolo, como foi eceado,aparentemente, quando Willy Brandt vistou Berlin Oriental e quando Joto Palo If visitou& Polénia. Existe 0 perigo de que os media ~ cooperendo com os actors principais ~ posse dramatizar um acontecimento 20 ponto de aumentat a sua probebildade de fracasa. (Consiereros a muito pabicitada rida de Carter para Campo Devi, «fim de descobvie a cura paras economia american, cendo a promess implcita «eae respito de que ele ser ai bbemsucedi. Consideremos a pressio sobre as egociages de Campo David aerea do Medio Oriente, independentemente de sua natureza secret, com oF media & espera nas alas des negociadores, “Mas acima de tudo, consderemosc perigo de confundirprocessspalitices ecerimonins. ‘Welter Benjamin (1978) escreveu cue o comunism & a politicizagdo a esticaerquanto 9 fascismo € « esctizagZo da politica. Com todas as funpées positivas dos acontecimentos ‘meditcos, sind esto frescos na nosstmemrieexemplos dos media colocadesao servigo dt politica estilzada. O senso comum por vezas, mais importants do que o sentido de casio, Aestrutura do noticidrio estrangeiro A apresentacao das crises do Congo, Cuba e Chipre em quatro jornais estrangeiros (*) (*) Johan Galtung e Mari Holmboe Ruge |. Introdusio Neste artigo o problema geral dos factors que influenciam © fuxo de notcies do ‘esrgeio serédiscutido seguindo o tio deraciocinioapresentado por Osigmard (1965) no seu artigo, mas de um modo algo diferente, Uma apresenagiosistemtcadefactores que paregam, periculamente importantes seré seguida de uma simples teora e da dodo de algumas ipdteses a partir dles, No se pretende fazer list completa de factors ou de ededupSesy. Algumas destas hipiteses seco tests em dados relativos a apresentasio em quatro jorais oruegueses de w6s crises recentes no esrangeiro. Serio indicades as lacunas no nosso onbecimento presente delineadss algumes possveis implicagBes em termes de politica editorial. (©) Rei eJournal of tration! Peace Research (165), uh Exar So Nobis seas ‘Asem dared Cong, Cube Chie em que oasis, dain aage Ma Fotmbce (7) Porte espe tai pa de igo no fo poh, 6 © onto de partida & o nosso mundo enquanto esrutura geogritic dividida em sproximadamente 160 teitrios, malora dos quas se designam por naps eso eatSno- ‘os. A comunidade internacional das nagées est ertruturada por um nero vive © sltament estatifcads em nagdes «fortes ewiacaty, de modo que o mundo 6a geografia em que slo sobreposts dos nives da organizas2o humana relativamente semelhante: 0 intern Aivduel eo intemacional. Os doisniveis nto sto independentes umd otto «quanto rai eles esto ligados (mais a populago ea ideranga em cada pais so inerdependentes) e quanto mai 4s nupSes so interdependentes devido i recconteeficibaia da comunicayio © da acca0 ailitar () mais vido & 0 vlho slogan sociolégico de que «tudo & relevant, ‘Assim, o mando &compostoforactoresinividusis enacinais,e uma vez que evidente «que a aco sbaseia na imagem que actor fiz da realdade, aacgo internacional ser baseada ‘a imagem da realdade interaacional. Esta imagem nfo & +6 moldada pelos media noticiosos (Gnprense, ri, televisio, filmes de aciuaidades); a impressdes eos contacts pescais ‘elagdes profissionis no estrangeio, os despachos diplomatic, et, também conta ~ se ovco ou mui, no sabemos. Mass repularidad, a ubiquidede © « perseveranga dos media ‘otiiosestransformi:-los-io em competiores de primeire categoria em busca da primeira siglo, enquanto modeladores de imagem nternacionas. Dd que adequapto dma acyio ‘sti (mas de modo nenhum sempre) geal e postvamenterelacionada eom a adequaslo da {imagem em que se basia(), 0 estado que os media noicosos do do mundo, de importincia, primerd ‘Ao nivel interpessoa! ¢relativamente bem explorada a rela entre os scanteciments, ®8 perceppio de todos os factores slectivos e distorivos sob crcunstincias difeentes ai ‘operantes¢a imagem fina. Ao nivel da percepdo coletivs, onde apercepedo tem lugar em. ‘nome de outros, parser reransmitida a estes ouxos mais tarde, a sinuapio & muito mais ‘complicada. Desde os acontecimentos do mundo a imagem pesoel, temos a cadcia de ‘comunicarSo epresetada na figure FIGURAI ‘A cadeia de comunicacio noticioss azontecimentor-» domundo percepgio—» os media ‘imagem -» os media (Um nee aigo ue ape stent dedi nnn neds, pode ‘era em Kaxe Slop ecology a Atay dee Selig, Yer Pp. 313 Asin ngs ciple alsa agen ue ts pests een poe tr ‘fet noivosege doemporamonn dalam. Amino input decabornde Coe Meet 0 Tecan Marte Pace (Nov la Bs Bos, 195) vein au ov ss rpg es ‘tus ve toss mefeedia slo mesons sna nin rps areca ‘uta ene, Fdsraemputea ou ho fasion, acoso sages lero she alan ma aa Ee uc d pl apo oar cance 3 sm onion os sini, ead mua weno devi ame ingest ade aoa € ‘ste poeta er ems ns yr mars oe e [Nés estamos interessados, na primeira parte desta cadcia, nos acontecimentos do mundo si imagem da noticia, ou, para sermos mas especificos,& pagina impressa no joral desde ‘que os nossosdados se refiram aisso. Por outas palavras: como é que os eacontecimentos»s€ transformam em enotitass? Isto no significa que a segunda meade seja pouco importante — polo contirio,é imagem pessoal, nfo o jal, que conta, mas isto ser dscutdo num artigo posterior. Ao analisar a primeira part, devemos trarar of mada noticiosot come entidades {ndivisivelse impessoaise io fazer qualquer dstnedo entre o jomalista no pais emissor da nosis, a delegago local da agéncia notciosa, a delegago distri no extrermo receptor, a dslegato local no pais receptor da noticia, o editor no jrnal receptor, o paginaor, endo sei ‘que mis -mumacadeiacomuras set ou oto faes().cadeia pode naturalmentssermito| tai curt se o jomal tiver um correspondent; pode entfc ser reduzida a acontecimento- -correspondeate-edito,o que envolve apenas duas fses. Ostgaard (1965, 42)assinalou muitos or problemas ao longo desta cadeia, oa anise detathada aqui é ceramente importante para ‘08 futuros estos, masa nossa anise trata os media noticosos in abracto ¢limita-ce 8 algum racioeinio a partir ds primeirsprincpios, 2. A teorla ‘i fazer dist uma metifora com poder beuritcosufieiente para oferecerpercepeses (amis no provas,evideatements). A metifora& 8 sequinte:imepine-se que o mundo pode ser ‘omparadoa um enorme conjunto de stabs radiofisors,ceda umadlas quaisaemitirose0 ‘inal ou 0 seu programa no seu proprio comprimento de onda (Um outra metifara poderia, serum conjunto de étomos de diferentes tpos a emitir onda corespondentes& sua condicio). ‘Acmissio é continua comespendendoao axioma de queestésempreaacontec=ralgoaqualquer pessoa no mundo. Mesmo que ela durma calmamente, 0 sono & um happening () — 0 que ‘scolbemos para consierar como «acontecimenton & determinado culturalmente. © conjunto de acontecimentos mundiais, entio, & como a cacofonia que se obtém quando se procura sintonizar um posto num receptor deri, esobretudo se isso fr feito rapidamente em onda més. onda cut. E 6bvio que esta cacofonia no faz sentido, es pode ser ineligive se um. post for sintonizadoe escutado durant algum tempo antes de se pacar para o seguinte ‘Uma ver quo no podemos registar tudo, temo de fazer umaseleegla, ea questo é saber ‘que chamarda nossa atenéo. Isto éum problema napsicologia da pereopylo ea pequene lista sue se segue inclu algumas implicagdes Sbvias desta metifoe Fi: Sea frequincta do sinal estver fora da sinonta,ndo se fark oregtto. 2: Quanto mais forte foro sinal ¢ quanio maior a amplitude, mais provdvel ser a caudigo dessa frequénca, ©) i bm se desicoer ocx, ver hen Gang © Mi Hoinkae Ris, Prantyonen ee errant (ii PIO see "e192. (Pam unsinpest oq stologs pen ex a condi dose, Vie Auber ar Wigley A Soop inant Soap, Val 4° 2,pp. 46540 Vol 4,23, pe. 1 o -F3: Quanto mais claro e inequvoco for o sinal (quanto menos ruldo howver), mais _Provivel seré.a audicdo desa jrequincia. {F4: Quanto maissignifcatveforasna, mats provdvelser a audio desea frequnca, FS: Quanto maisconsonentefrosinalcomaimagenmentaldoquesessperaencontar, ais provive seré a audicto dessa frequénca. -F6: Quanto mas inesperad for ostnal, mais provivel sera audicto dessa frequénca, £F7: Se um sina for sintonzado,¢ provivel que merega a pena escutilo, #8: Quanto mais wn sna er sintonizade, mais valeréapenasintonizar wn tipo desnal Uferente da présima vez. Alguns comentitios acerca destes fates sBo necessiios. les nfo passam de uma peroepsdo psicolégica do senso comum transposta par a actividades do busa radiofinica © ‘de busca de acontecimentos.O que se deveria fazer afm detestar a ua valdade era cbservar ‘0 jomalistasatabalharousowintesa sintonizar ospostoseno possulmos quaisque dados ‘esse respelto, Por isso, os fictores deveriam fundamentr-s no raciocinio coletivo © nas sdescoberas da citncia socal (as es referéncas a eta mas 56 sero dadss nas notas una ‘vez que io so essencnis para a nossa argument}. ( primeiro factor € trivial quando eplicado aos aparelhos do rio, e menos quando aplicado aos acontecimentos em gera. Uma vez que isto € uma metifora e nfo um modelo, {deveremosserliberaisnanossainterpceagzodefrequacine proceder da seguintomaneir: por ‘requincia de um acontecimento entendemos 0 espago de tempo necessirio para est so

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