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O café é a décima quinta mercadoria mais comercializada no mundo,

apresentando grande relevância no mercado nacional se comparado às


demais cadeias agropecuárias por diversas razões, entre elas o fato de ter
impulsionado o desenvolvimento industrial do Brasil a partir de 1825.
Por muito tempo o café foi a grande riqueza do Brasil e seu principal
produto de exportação, isso impulsionou o crescimento econômico do país,
pois o inseriu nas relações internacionais abrindo a fronteira do Comércio.
    A relação entre oferta e demanda internacional de café é um dos
principais determinantes da cotação de preços. Quando há redução
mundial da safra de café, por fatores climáticos ou econômicos, há também
alta de preços. Já o aumento da produção causa queda de preços.
    A oferta e a demanda do café dependem em grande parte de variáveis
internas, externas e ânimo dos Mercadores. Esta lógica ganhou importância
no sentido de avaliar e estimar essas variáveis, como produção interna,
taxa de câmbio, preço do café do principal concorrente e analisar seu
comportamento ao longo do período do estudo.
      As cotas de exportação de cada país, assim como as políticas de
comercialização do café são estabelecidas pela OIC (Organização
Internacional do Café). A América Latina tem grande importância na
determinação dos preços internacionais do café, pois produz mais da
metade do café mundial. As cotações sofrem variações ao longo do tempo,
como qualquer commodity agrícola, devido à: especulações do mercado,
influências climáticas, níveis dos estoques mundiais.

Aumento da demanda do café durante a pandemia do COVID-19

Os últimos tempos foram de transformações na vida de todos. Com as


medidas de distanciamento e restrições de atividades, o tempo dentro de
casa aumentou e despertou novos hábitos. Segunda dados da Associação
Brasileira da Indústria de Café (Abic), o café é a bebida mais consumida no
mundo, perde somente para a água. Estima-se que mais de 2 bilhões de
xícaras são servidas diariamente nos seis continentes. Por aqui, nove entre
dez brasileiros acima de 15 anos apreciam o cafezinho todos os dias.
No ano passado, apesar da crise econômica gerada pela pandemia, a
procura por café continuou crescendo no Brasil, com alta de 1,34% em
relação ao ano anterior. Os números da Abic revelam ainda que, no ano de
2020, o Brasil se manteve na posição de segundo maior consumidor de
café do mundo.
O café é uma bebida de alta penetração: está presente em 97% dos lares
brasileiros. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
ao anunciar o estudo Análise de Consumo Alimentar pessoal no Brasil, com
base na Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017-2018, o café ficou
entre os alimentos com maior frequência de consumo diário per capita
(78,1%).

Grafico -Alta de 1,3% em 2020 levou o volume a 21,2 milhões de sacas, o


segundo maior da história
previsão do preço do café para 2023.
    
    A previsão do preço do café para 2023 será influenciada pelo excedente
de estoques, estimado em 7,9 milhões de sacas. Segundo especialistas,
variações do clima, também podem interferir.

O mercado do café, nos últimos anos, tem passado por diversas


oscilações. Tudo isso é efeito do clima, mudança nos hábitos de consumo,
pandemia de Covid19 e guerra na Ucrânia. Mas o principal fator que você
deve estar atento para saber como vai ficar o preço do café é o excedente
de estoque.
O preço da saca de café (60 kg) em 2022 deve variar entre R$1.250 e
R$1.300 nos próximos meses. Isso pode depender da região de produção,
segundo analistas do setor.

Esses são os preços da saca atualmente. Portanto, os próximos meses


devem ser de estabilidade nos valores pagos ao produtor, pelo menos até o
último trimestre do ano. 

O cenário apontado é dentro de contexto de normalidade da produção, com


o aumento natural da oferta. Afinal, a fase atual é de colheita de café nas
regiões produtoras.

Também dentro de um cenário normal, espera-se que as condições


climáticas sejam favoráveis ao término da colheita.

A nova tendência dentro de casa


O mercado de café aumentou muito nos últimos anos, reflexo do
lançamento de produtos, inovações, novas formas de preparo e consumo
da bebida.
E esse consumo crescente acabou se refletindo dentro da casa dos
brasileiros. Hoje está em alta o chamado cantinho do café, um espaço
geralmente com decoração temática, que concentra cafeteira, xícaras,
filtros, bandejas, recipientes para armazenamento e todo aquele clima que
envolve essa bebida, capaz de fazer bem em todos os momentos.

https://valor.globo.com/agronegocios/noticia/2021/03/10/consumo-de-cafe-
volta-a-crescer-no-brasil.ghtml ou as ferramentas oferecidas na página.
De acordo com as informações divulgadas pela EMBRAPA, grandes produtores
de grãos, fertilizantes e petróleo, os países em conflito impediram que a
economia global se recuperasse dos anos de pandemia e criaram as condições
para aumentos recordes de custos de produção de leite no Brasil, além do
aumento da inflação e queda da renda do brasileiro.
O impacto também foi sentido pelo consumidor, segundo estimativa o consumo
anual de leite por habitante foi reduzido de 170,3 litros para 163 litros. Os
lácteos atingiram preços recordes.
O alto custo para alimentar as vacas e a queda na produção durante a
entressafra do leite penalizou o consumidor aponta o pesquisador Glauco
Carvalho. “Podemos afirmar que o Brasil passou por uma crise de oferta do
leite”, isso fez com que os compostos lácteos ganhassem espaços como
alternativas mais acessíveis para suprir parte da demanda.
Para Carvalho o ano de 2023 ainda traz muitos componentes de incertezas
internas e externas, o mercado brasileiro está se reequilibrando em termos de
oferta e demanda. Segundo ele, com a recuperação do mercado de trabalho e
melhorias da renda, espera-se alguma melhoria no consumo de leites e seus
derivados.

O isolamento social durante a pandemia de COVID-19 fez apreciadores de


café aprenderam diferentes formas de consumir e experimentá-lo. Na
pandemia com o aumento de venda do café pela internet, acabou induzindo
as marcas a se reinventarem e buscarem alternativas de movimentarem o
mercado, o que acabou abrindo imensas possibilidades no mercado.

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