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Desde 2016, as estatísticas do setor lácteo no Brasil eram positivas e crescentes, com boas
perspectivas de aberturas no mercado. No segundo semestre de 2019, o Mistério da
Agricultura, Percuária e Abastecimento (MAPA) firmou negociações com Arábia Saudita para
exportação de leite e seus derivados.
O mercado interno em geral também tinha um cenário de alta demanda, com números
positivos para o leite e seus derivados. No entanto a produção de algumas regiões foi afetada
pela seca e teve o ritmo diminuído o que desbalanceou a relação de oferta e demanda,
elevado o preços para o consumidor final – o que para os produtores era garantia de valores
melhores e bom fluxo de vendas antes dos efeitos da pandemia atingirem o País.
Fora a pandemia o fato de haver menos leite no mercado também influencia na direção dos
preços, existem outros fatores que contribuem para a baixa disponibilidade do produto no
mercado: o período de entressafra na produção nacional; a piora na rentabilidade do produtor
(que faz com que descartem vacas e reduzam a produção); problemas climáticos e a queda nas
importações.
O alto custo para alimentar as vacas e a queda na produção durante a entrassafra do leite
penalizou o consumidor aponta o pesquisador Glauco Carvalho. “ Podemos afirmar que o
Brasil passou por uma crise de oferta do leite”, isso fez com que os compostos lácteos
ganhassem espaços como alternativas mais acessíveis para suprir parte da demanda.
Para Carvalho o ano de 2023 ainda trás muitos componentes de incertezas internas e
externas, o mercado brasileiro está se reequilibrando em termos de oferta e demanda.
Segundo ele , com a recuperação do mercado de trabalho e melhorias da renda, espera-se
alguma melhoria no consumo de leites e seus derivados.