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ECONOMIA

BRASILEIRA
Capítulo 18
BRASIL – ASPECTOS
ECONÔMICOS
 A economia brasileira é marcada por ciclos possivelmente modificados
por investimentos dos governos vigentes e atuação do mercado,
especialmente em nível internacional.
 A análise da tabela aponta a importância da atividade agropecuária
para o PIB, no comparativo observa-se a retração da atividade
industrial e a diminuição pouco significativa da participação do
setor de serviços.
 O processo observado é chamado de reprimarização da economia e
consiste no fortalecimento de atividades do primeiro setor, neste
processo a atividade agropecuária ganha destaque na balança
comercial pela possibilidade de exportação das commodities agrícolas
e pelo elevado potencial produtivo do território brasileiro.
PRODUTOS AGRÍCOLAS
 Atualmente, a economia brasileira tem base na produção agrícola, o
que torna o país um dos maiores exportadores de:
 Soja,
 Frango e
 Suco de laranja do mundo,

 Além de ele ser líder na produção de açúcar e derivados da:


 Cana,
 Celulose e
 Frutas tropicais
SOJA
 Segundo dados da Embrapa, em 2021, o Brasil foi o maior produtor
mundial de soja, ultrapassando a produção dos Estados Unidos, que
até então eram os maiores produtores desse item.
 De acordo com os dados atualizados da Embrapa, na safra 2021, a
cultura ocupou 38,502 milhões de hectares, o que totalizou uma
produção de 135,409 milhões de toneladas.
 Já na safra de 2021, a área plantada foi de 38 milhões de hectares.
 De acordo com avaliação da Embrapa Soja, com base em dados da
Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), o incremento na
produção brasileira tem relação direta com o aumento da
produtividade e da área cultivada.
 Isso pode representar um problema ambiental, considerando que o
polo produtor de soja no Brasil localiza-se na Região Centro-Oeste,
e o aumento das áreas produtivas ocorre no sentido norte, em
direção à Floresta Amazônica.
 Na contramão dos transgênicos, aparecem as sementes crioulas,
mantidas e disseminadas por comunidades tradicionais e
agricultores familiares na formação dos bancos genéticos naturais
com a manutenção das variedades agrícolas.
 Em 2013, o Congresso Nacional aprovou a formação de bancos
comunitários de sementes e o cultivo de mudas locais, por:
 Agricultores familiares,
 Quilombolas,
 Indígenas e
 Outras comunidades tradicionais,

 Por meio da Política Nacional de Incentivo à Formação de Bancos


Comunitários de Sementes e Mudas de Variedades e Cultivares
Locais, Tradicionais ou Crioulos.
 Os bancos de sementes funcionam para garantir a sobrevivência de
plantas locais e são mantidos porque, ao longo de gerações,
comunidades indígenas, quilombolas e agricultores familiares fazem a
seleção das melhores sementes e mudas para o plantio.
 A seleção, no decorrer de anos, garante espécies adaptadas ao solo e
ao clima local.
CANA-DE-AÇÚCAR
A cana-de-açúcar está historicamente ligada ao crescimento
econômico brasileiro.
 Embora tenha perdido a centralidade em alguns períodos, continua
sendo um importante elemento da balança comercial brasileira.
 Segundo dados do IBGE, o Brasil colheu 688,6 milhões de toneladas
de cana-de-açúcar em 2019, tendo no aumento da área plantada o
principal motivo do crescimento da produção.
 No ranking atual de produção, Minas Gerais ocupa o segundo lugar
(11,3% do total produzido no país), seguido por Goiás (11,1%).
 São Paulo continua no topo do ranking (51,8% da produção
nacional).
CAFÉ
 A cultura do café apresenta o diferencial da bienalidade, fenômeno
que alterna a produtividade menor ou maior de algumas espécies nos
anos de plantio.
 O café também foi elemento importante na constituição histórica da
economia brasileira.
 A produção nacional, no entanto, apesar de elevada (atingindo em 2017
o volume total equivalente a 44,97 milhões de sacas de 60 kg), não é
considerada de qualidade excepcional.
 Segundo dados da Embrapa, a área total de cultivo dos cafés do Brasil,
em 2017, somou 2,21 milhões de hectares, número que representa
diminuição de 0,6%, considerando que a cultura perdeu área
produtiva para soja e cana-de-açúcar.
 Em 2017:
 Minas Gerais participou com 54,3% da produção nacional,
 Espírito Santo com 19,7%,
 São Paulo com 9,8%,
 Bahia com 7,5%,
 Rondônia com 4,3% e
 Paraná com 2,7%.
PARA EXPLORAR
MILHO
 Ao longo da última década a produção total de milho no Brasil
aumentou de pouco menos de 52 milhões de toneladas em 2007/2008
para 115,9 milhões de toneladas em 2021/22.
 Segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), após um
ano de quebra na produção de milho em razão dos fatores
climáticos, espera-se uma recuperação dos estoques e das
exportações que, neste ano, foram de 23,5 milhões de toneladas, com
uma projeção para o próximo ano de 39 milhões de toneladas.
 A cultura do milho é beneficiada pelo clima do território brasileiro,
apresentando elevada produtividade na Região Centro-Oeste.
 Entretanto, o aumento da produção está diretamente relacionado ao
desenvolvimento de novas variedades, considerando as facilidades
genéticas para a criação de novas espécies.
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
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INDÚSTRIA
 Os esforços do passado criaram bens de consumo e até mesmo tecnologias de ponta.
 Os principais tipos de indústrias no Brasil são:
 Automobilística,
 Petroquímica,
 De produtos químicos,
 Alimentares,
 Minerais não metálicos,
 Soja,
 Têxtil,
 Vestuário,
 Metalúrgica,
 Mecânica etc.

 Mais de 90% dos brasileiros consideram que a indústria tem papel de destaque no
desenvolvimento econômico e social do Brasil.
 O setor aparece em primeiro lugar entre os mais importantes para o crescimento
do país.
 A maior concentração de indústrias está situada na Região Sudeste,
principalmente em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, estados onde o
processo de industrialização teve início.
 No Sudeste, a base industrial encontra-se vinculada a produtos tradicionais, como
produção têxtil, de álcool e de açúcar.
 Tipos de indústria
 Indústria extrativa de petróleo.
 Indústria petroquímica.
 Indústria intermediária de automóveis.
 Indústria de eletrodomésticos.
 Indústria de calçados.
 Indústria de alimentos.
 Indústria de informática.
 Os tipos de indústrias que mais cresceram no Brasil no desenvolvimento
socioeconômico foram:
 A automobilística,
 De mineração,
 Petróleo,
 De commodities em geral e
 A agroindústria.
 Com a globalização, as indústrias evoluíram.
 A finalidade da indústria continua a mesma: transformar matéria-prima em produtos
e bens de consumo.
 A indústria de hoje ainda precisa de uma boa rede de transportes e de
telecomunicações, além de matérias-primas e do desenvolvimento de alta
tecnologia.
 Na cidade do Rio de Janeiro, as indústrias de refino de petróleo, material de
transporte, têxtil, roupas, alimentos, tecelagem, entre outras, são as que têm maior peso.
 O estado de Minas Gerais é um dos maiores parques industriais da Região Sudeste e
 Apesar de um movimento de interiorização da indústria nos períodos
mais recentes, ainda é possível observar concentração da atividade
na Região Sudeste, que foi responsável por 58% do valor da
transformação industrial em 2017, mantendo-se na liderança, seguida
pelas Regiões:
 Sul (19,6%),
 Nordeste (9,9%),
 Norte (6,9%) e
 Centro-Oeste (5,6%).

 O crescimento da atividade industrial no Centro-Oeste ocorreu,


principalmente, em razão da migração de empresas que fabricavam
produtos alimentícios e passaram a participar da produção de
biocombustíveis.
 A reprimarização da economia é uma realidade presente na estrutura
produtiva brasileira, em razão da ampliação do peso dos produtos
básicos (commodities) na composição das exportações.
COMÉRCIO
 As atividades comerciais representam uma parte diversa da
economia brasileira, pois diferem em relação à origem das
mercadorias (importadas ou nacionais, agrícolas ou industriais) ou ao
seu destino (para consumidores de alta ou baixa renda, para uso
intermediário ou final, para o mercado interno ou externo).
 O setor de comércio e serviços é o primeiro a sentir os impactos
positivos ou negativos da oscilação do poder de consumo.
 Entre 1945 e 1960, por exemplo, comércio e serviços mais que
triplicaram de tamanho por causa da evolução da renda e do consumo.
 Desse período até 1980, porém, o movimento foi contrário, com
encolhimento da economia nacional em consequência do cenário de
déficit fiscal, endividamento público e inflação, com impactos
negativos no setor terciário.
 Nos períodos recentes, o comércio passou por uma expansão com o
PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), uma iniciativa do
governo federal, que possibilitou a existência de 1,6 milhão de
empresas comerciais atuando em 1,8 milhão de unidades locais.
Essas empresas deram ocupação a 10,7 milhões de pessoas, às quais
foram pagos R$ 186,3 bilhões em salários, retiradas e outras
PROCESSOS
MIGRATÓRIOS
Capítulo 19
MOVIMENTOS MIGRATÓRIOS
NO BRASIL
 O povoamento do território luso-americano manteve- -se praticamente
lusitano até o ano de 1808, quando ocorreu a abertura dos portos e a
chegada da família real portuguesa ao Brasil.
PRESENÇA DOS
ESTRANGEIROS
 A partir desses acontecimentos, a entrada de estrangeiros no país foi
facilitada.
 Houve até mesmo financiamento por parte do governo colonial, em
1818, para a vinda, em direção à serra fluminense, de centenas de
colonos suíços e alemães que fundaram a cidade de Nova Friburgo.
 Embora não seja possível afirmar, essa ação pode ter sido uma tentativa
de “branqueamento” da população, já altamente mestiçada e com
grande presença de afrodescendentes.
OCUPAÇÃO DO BRASIL
MERIDIONAL E OS
EMIGRANTES
 O governo imperial apresentava crescente preocupação com a
unificação territorial plena do Brasil.
 Entretanto a Região Sul era vista pelo Império como uma área
vulnerável, à sanha dos países platinos.
 Com o intuito de ampliar a ocupação da região, o governo incentivou
a instalação de núcleos de colonos imigrantes europeus em virtude
da política do branqueamento da população em direção ao Rio
Grande do Sul e Santa Catarina.
 A partir dessa situação, imigrantes oriundos principalmente da
Alemanha e da Itália, além de grupos eslavos (como poloneses e
ucranianos), fundaram diversos núcleos de povoamento, embasados
nos minifúndios policultores.
 O ano de 1824 marcou a chegada de milhares de alemães ao Rio
Grande do Sul, onde receberam lotes ocupando o Vale do Rio dos
Sinos.
 Os alemães, no Rio Grande do Sul, expandiram sua área de ocupação
nos vales dos rios da depressão central do estado, chegando até as
encostas das serras (Gramado, Canela, Nova Petrópolis).
 Pouco depois, instalaram-se no Vale do Itajaí, em Santa Catarina.
 Nesse estado, a presença alemã merece grande destaque pela
fundação de importantes cidades, como Joinville e Blumenau.
 Na porção meridional do Brasil, merecem destaque ainda os italianos,
que passaram a ocupar terras devolutas – terras desocupadas
declaradas patrimônios públicos – localizadas, principalmente, nas
áreas planálticas cobertas pela mata subtropical de araucárias.
 Os italianos introduziram a vitivinicultura (cultivo de uva para
fabricação do vinho) no Rio Grande do Sul, principalmente na região
nordeste do estado (Serra Gaúcha), em cidades como Bento
Gonçalves, Garibaldi, Carlos Barbosa e Caxias do Sul.
 Em Santa Catarina, fundaram cidades como Criciúma e
Urussanga, situadas no cinturão carbonífero catarinense.
 Os grupos eslavos, principalmente poloneses e ucranianos,
estabeleceram-se sobretudo no Paraná, na região metropolitana de
Curitiba e em colônias fundadas entre os Rios Ivaí e Negro
O PAPEL DO IMIGRANTE NA
SUBSTITUIÇÃO DA MÃO DE OBRA
AFRICANA
 Em 1850, um componente novo e muito importante configurou-se
como um impulso gigantesco nos fluxos imigrantes para o Brasil: a
Lei Eusébio de Queirós, que proibia o tráfico negreiro, evidenciando
que a escravidão no país estava caminhando para sua extinção.
 No mesmo ano, foi instituída a Lei de Terras, que estabelecia acesso
às terras devolutas apenas por meio de compra.
 Com isso, os latifundiários praticamente monopolizaram o acesso à
terra, impedindo que negros libertos e imigrantes pudessem ocupá-
la, pois, geralmente, não possuíam recursos para isso.
 Entretanto, tal fato estimulou a imigração, pois muitos imigrantes
vislumbravam que, com a força de seu trabalho, poderiam
acumular recursos financeiros para tornarem-se proprietários.
 Além disso, com a necessidade de braços para a lavoura, não
faltavam oportunidades aos que chegavam, fosse na agricultura
(cafeicultura) ou na indústria nascente, principalmente na capital
paulista.
 É importante ressaltar que os italianos que constituíram parcela
significativa do proletariado na indústria paulista introduziram
práticas não usuais nas relações de trabalho no Brasil, como a greve
e a formação de associações de socorro mútuo (que eram “embriões”
dos sindicatos), e teorias libertárias, a exemplo do anarquismo¹.
IMIGRAÇÃO NO SÉCULO XX
 No início do século XX, destacou-se a entrada significativa de um
elemento novo no cenário nacional: o componente asiático,
notadamente com a chegada, em 1908, de 781 migrantes japoneses,
que desembarcaram, em Santos, do Navio Kasato Maru.
 Parte significativa dos migrantes asiáticos concentrou-se na região de São
Paulo.
 Ainda hoje, a presença marcante de seus descendentes faz com que bairros da
cidade apresentem fortes vínculos identitários com os países de origem.
 Como exemplos, podemos destacar o Bairro da Liberdade, com a população
japonesa, e o Bom Retiro, com os grupos de migrantes coreanos.
 Além da capital, instalaram-se na região da Alta Paulista (Tupã, Marília e
Bastos), com destaque para a atividade cotonicultora (algodão).
 No sul do estado, no Vale do Ribeira, introduziram o cultivo do chá.
 Na Região Metropolitana de São Paulo, desenvolveram o “cinturão verde”,
importante área produtora de hortifrutigranjeiros.
 Para além das fronteiras paulistas, os japoneses destacam-se na cultura da
pimenta-do-reino, na Zona Bragantina paraense (Bragança e Tomé-Açu), do
guaraná, no Amazonas, e na sojicultura e cafeicultura, no norte paranaense
(Londrina, Maringá e Cascavel).
 Os japoneses foram o último grande contingente imigrante a chegar ao Brasil.
 A partir de 1934, no governo de Getúlio Vargas, foram aplicadas leis
restritivas aos imigrantes, como a Lei de Cotas para a Imigração, ficando
estabelecido que, para cada nacionalidade, apenas 2% do total que já havia
entrado no país nos últimos 50 anos poderiam deslocar-se anualmente para
nosso país.
 O único grupo isento dessa restrição foram os portugueses.
BRASIL – MIGRAÇÕES
RECENTES
 Em linhas gerais, os movimentos migratórios ocorrem por uma gama de
motivos:
 Busca de melhores condições de vida,
 Fuga de eventos naturais catastróficos
 Terremotos,
 Tsunamis,
 Vulcanismo,
 Secas,
 Inundações,
 Perseguições políticas,
 Étnicas ou
 Religiosas,
 Guerras, entre outros.
NOVOS FLUXOS
IMIGRATÓRIOS PARA O
BRASIL: HAITIANOS
 Nos últimos anos, após longo período de estagnação, o Brasil voltou a
ser procurado por grupos imigrantes, dentre os quais destacam-se:
 Bolivianos e
 Haitianos,

O que caracteriza a migração entre nações do mundo


subdesenvolvido, denominadas sul-sul.
 O Haiti é o país mais pobre da América.
 De acordo com o IDH de 2019 (referência 2018), o país ficou em 169°
lugar, com índice de 0,503, entre 187 países avaliados.
 Os indicadores socioeconômicos desfavoráveis desse país são fruto
de décadas de governos cleptocráticos¹, especialmente a ditadura da
família Duvalier, que governou o país entre 1957 e 1986,
primeiramente por François Duvalier (1957-1971), chamado de Papa
Doc, e entre 1971 e 1986, por Jean-Claude Duvalier, filho de François,
conhecido por Baby Doc.
 A situação caótica do país agravou-se a partir do início da década de
2000, quando grupos armados entraram em conflito após a
contestação das eleições presidenciais, o que causou a morte de
milhares de pessoas.
O Haiti, primeiro país latino-americano a proclamar sua
independência (1804) e uma das colônias mais promissoras do
continente, chegou a responder por 75% da produção mundial de
açúcar, mas, no final do século XVIII, estava arrasado.
 Entre 2004 e 2017, forças de paz da ONU, sob o comando do exército
brasileiro, permaneceram no país – a Minustah (sigla em francês para
Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti).
 Em 2010, uma catástrofe assolou o território: no 12 de janeiro, um
terremoto de grandes proporções causou enorme destruição material,
além da morte de aproximadamente 300 mil pessoas e cerca de 1,5
milhão de desabrigados.
 Os problemas socioeconômicos, que já eram gravíssimos, tornam-se
praticamente insustentáveis.
 Os poucos serviços públicos prestados, como saneamento básico,
energia elétrica, serviços médicos e educacionais, praticamente
inexistem desde o abalo sísmico.
 Nesse contexto, o Brasil ficou atrativo para muitos haitianos.
 A simpatia pelo futebol brasileiro (a Seleção brasileira jogou
amistosamente no país em 2006, “parando” por um período os
confrontos), associada ao fato de que a partir do convívio com militares
brasileiros, muitos haitianos aprenderam o português, fizeram da vinda
para o Brasil uma perspectiva de mudança de vida para milhares de
haitianos.
MIGRAÇÃO BOLIVIANA
 Assim como os haitianos, os imigrantes bolivianos são atraídos ao
Brasil pelas maiores oportunidades de trabalho, visto que a
economia brasileira apresenta amplo desenvolvimento quando
comparada à de seu país de origem.
 Desse modo, o Brasil é visto como a face possível da mobilidade
social, seja de trabalhadores menos qualificados, que, na maioria das
vezes, dirigem-se para o setor de confecções, seja de profissionais
liberais, como:
 Médicos,
 Dentistas,
 Advogados, entre outros,

 Estimulados por intercâmbios científicos entre os dois países, que já


ocorriam desde a década de 1950.
 Com a crescente demanda de mão de obra para as oficinas de
costura, a presença boliviana tornou-se significativa, mais feminina
e, ao mesmo tempo, portadora de contradições, em razão do processo de
terceirização pelo qual passou esse setor a partir dos anos 1980.
MIGRAÇÃO VENEZUELANA
 Os venezuelanos são outro importante grupo que se deslocou para
outros países, como Colômbia e Brasil, em razão de mazelas¹
socioeconômicas:
 Desemprego,
 Desabastecimento de produtos de higiene e alimentos,
 Fome,
 Violência,
 Instabilidade política,
 Entre outros fatores da grave crise humanitária.

 Segundo a Unicef², com o agravamento da crise econômica e social na


Venezuela, o fluxo de cidadãos para o Brasil cresceu maciçamente
nos últimos anos.
 Entre 2015 e maio de 2019, foram registradas mais de 178 mil
solicitações de refúgio e de residência temporária.
 A maioria dos migrantes entra no país pela fronteira norte, no estado
de Roraima, e concentra-se nos municípios de Pacaraima e Boa Vista,
capital do estado.
EMIGRAÇÕES
 Desde a década de 1980, conhecida como a “década perdida”, milhares
de brasileiros vislumbram no exterior a possibilidade de melhores
condições de vida.
PROCESSO EMIGRATÓRIO
 No referido período, fatores como inflação galopante, recessão
econômica e desemprego, moldaram a realidade nacional, levando a
um movimento importante de emigração, principalmente para
EUA, Japão, Europa e países vizinhos, com destaque para o Paraguai
(“brasiguaios”).
 Enquanto os brasileiros que se dirigiram para os Estados Unidos
(“brazucas”) e o Japão (“decasséguis”), na maioria das vezes
exerceram atividades de menor qualificação profissional (construção
civil, babás, garçons, faxineiros, mão de obra menos qualificada em
indústrias, entre outras), parte significativa dos que se deslocaram
para o Paraguai tornou-se proprietária de terras.
 Tal fato ocorreu, principalmente, após vários pequenos agricultores
terem sido indenizados depois da inundação de suas propriedades
pelo lago da Usina de Itaipu.
 Os preços atrativos e a boa qualidade da terra no país vizinho
despertaram o interesse de muitos sulistas, principalmente
paranaenses e gaúchos.
 Entretanto, há brasileiros vivendo em condições precárias no
Paraguai, trabalhando como boias-frias, recebendo baixos salários e
enfrentando dificuldade de subsistência.
 Segundo estimativa do Ministério das Relações Exteriores, cerca de 2,5
milhões de brasileiros vivem no exterior, principalmente nos:
 Estados Unidos (1.066.559),
 Japão (210.032),
 Paraguai (201.527),
 Portugal (140.426),
 Espanha (128.238),
 Reino Unido (118.000),
 Alemanha (95.160),
 Itália (67.000) e
 França (44.622).
FLUXOS MIGRATÓRIOS DO
CONTINENTE EUROPEU
 Nos últimos anos, o noticiário internacional vem destacando as
tentativas constantes de migrantes africanos para chegar ao
continente europeu.
RELAÇÃO DEMOGRÁFICA
ENTRE ÁFRICA E EUROPA
 A proximidade entre os dois continentes, separados pelo Mar
Mediterrâneo, aliada às precárias condições de vida na África:
 Baixo IDH,
 Guerras civis,
 Epidemias,
 Entre outros aspectos.

 Torna a migração para a Europa a esperança de melhores dias para


número significativo de habitantes do continente africano.
 Países europeus, situados às margens do Mediterrâneo, como:
 Espanha,
 Itália e
 Malta,
 Vêm sistematicamente ampliando o sistema de vigilância nessas
áreas, até mesmo com a construção de muros, como o situado nos
enclaves espanhóis Ceuta e Melila, na Costa Marroquina.
 Recentemente, ganhou destaque a ilha italiana de Lampedusa, por
onde milhares de pessoas tentam diariamente chegar à Europa.
 Centenas já morreram em naufrágios ocorridos na região,
principalmente por causa de embarcações precárias e superlotadas.
 As Ilhas da Sicília e de Malta também são rotas conhecidas de
migrantes africanos rumo à Europa.
 Observa-se, no gráfico, que a população de migrantes e refugiados
são, predominantemente, da faixa etária de adultos, população
economicamente ativa, o que significa a inserção de mão de obra no
mercado de países europeus que apresentam redução da PEA em
razão do aumento de idosos, que configuram a população
economicamente inativa.

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