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GESTÃO AGROINDUSTRIAL – “AGRONEGÓCIO, A

APICULTURA COMO ALTERNATIVA DE RENDA PARA O


MUNICÍPIO DE MARACAÇUMÉ E REGIÃO/MARANHÃO”.

Jairo Costa Barros (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO – UEMA)


jcbarros.84@gmail.com, Fone: (98) 98463-1397.

RESUMO:
O presente trabalho objetiva-se traçar uma definição do agronegócio, tento como cultura a
Apicultura na cidade de Maracaçumé e região do Alto Turi no estado do Maranhão, mostrando a
importância da Gestão Agroindustrial e seu impacto dentro da economia local. Não obstante a
falta de acompanhamento da cadeia produtiva do mel dentro município, tem causado grandes
perdas, pois sem um processo de gestão adequado, toda produtividade do município, como
também o Estado do Maranhão, fica sob responsabilidade do estado do Piauí, que compra de
forma clandestina toda a produção local e leva fama por sua origem.
Palavras chave: Gestão, Agronegócio, Maracaçumé, Maranhão, mel, produção, economia.

SUMMARY:
The present work aims to outline a definition of agribusiness I try as a culture to Beekeeping in
the city of Maracaçumé and Alto Turi region in the state of Maranhão, showing the importance
of Agroindustrial Management and its impact within the local economy. Despite the lack of
monitoring of the honey production chain within the municipality, it has caused great losses,
because without an adequate management process, all the productivity of the municipality, as
well as the State of Maranhão, is under the responsibility of the State of Piauí, which buys
clandestine all local production and fame for its origin.
Keywords: Management, Agribusiness, Maracaçumé, Maranhão, honey, production, economy.

1. INTRODUÇÃO
Vieira 2012, afirma que, o agronegócio, vem a partir do conceito de agricultura
associada à modernidade empregada no preparo, plantio, colheita, embalagem e
distribuição de produtos ou serviços, com agregação de valor. A história econômica
brasileira, com suas implicações sociais, políticas e culturais, têm fortes raízes junto ao
agronegócio. Foi à exploração de uma madeira, o pau Brasil, que deu nome definitivo ao
nosso País. A ocupação do território brasileiro, iniciada durante o século XVI e apoiada
na doação de terras por intermédio de sesmarias, monocultura da cana-de-açúcar e no
regime escravocrata, foi responsável pela expansão do latifúndio. Antes da expansão
deste sistema monocultor, já havia se instalado no país, como primeira atividade
econômica, a extração do pau-brasil. (Sucesso no Campo 2019)
O presente artigo tem como objetivo mostrar a definição de gestão agroindustrial,
a partir dos assuntos estudados durante a disciplina, pelo aluno Jairo Costa Barros, do
curso de Tecnologia de Alimentos da Universidade Estadual do Maranhão. O Estudo
procura traçar uma relação da importância do gerenciamento dos recursos oriundos da
produção local no município de Maracaçumé – MA e região do alto turi da cadeia
produtiva do mel, realizada tanto pela agricultura familiar, como também pelos
produtores de médio porte. A apicultura é um setor bastante promissor por causa da região
do alto turí, encontra-se dentro da área Amazônica, dispondo de recursos naturais que
favorecem o manejo e a exploração desta cultura dentro do município e região.
As dificuldade enfrentada pelas cooperativas é a falta de profissionais qualificados
para realização do processo de gestão e agronegócio dentro das cooperativas, percebe-se
a necessidade da aplicação de um sistema de Gerenciamento destas Agroindústrias, por
profissionais altamente qualificados para exercer tal demanda, mantendo sob
responsabilidade local a origem e distribuição da produção realizada dentro do estado do
Maranhão e sua comercialização interestadual. Como saída de enfrentamento da crise
econômica causada pelo período pandêmico, o agronegócio voltado para apicultura na
cidade de Maracaçumé e região é uma excelente ferramenta para se trabalhar e criar
alternativas a fim de aumentar a produção/beneficiamento, melhorar o escoamento
produtivo e gerenciar recursos disponíveis para manter o Estado como
produtor/exportador de mel para as demais regiões do país e do mundo, sem falar na
importância econômica que tal cultura traz para o crescimento do PIB no município e
região.
O estudo traz como base de referencia dados sobre a região do alto turi, devido à
quantidade de literaturas sobre o assunto serem ainda muito escassas, procurou-se abordar
todo assunto relevante sobre a temática em relação às regiões do alto turi que trabalham
com a produção do mel.

2. AGRONEGOCIO E O COMPLEXO AGOINDUSTRIAL.


Segundo Araujo, 2009, o agronegócio no Brasil passa a ser entendido como o
conjunto de todas as operações envolvidas desde a fabricação até o consumo dos produtos
agropecuários in natura ou industrializados. Esse conjunto envolve também as transações
de fabricação dos insumos, produtos nas unidades agropecuárias, processamento e
distribuição. Araujo 2009, afirma que na socioeconomia, em razão do intenso avanço
tecnológico, provocou saltos nos índices de produtividade agropecuária, mudou a
fisionomia das propriedades rurais, sobretudo, nos últimos cinquenta anos.
Ainda em Araujo (2009, p.15), a agricultura de antes, ou setor primário, passa a
depender de muitos serviços, máquinas, e insumos que vem de fora, formando um elo
interligado de dependências do que ocorre antes e depois da produção. É o sentido do
agronegócio. Muito embora essa visão integrada sobre o ambiente agroindustrial possa
ser designada por sistema agroindustrial, complexo agroindustrial ou cadeia produtiva,
segundo Batalha e Silva (2001). As designações diversificadas do agronegócio existem,
por entenderem os autores, haver divergências sob a nomenclatura apropriada para
representar cada um dos diversos prismas pelos quais ele tem sido estudado, ou seja, as
designações ainda são insatisfatórias para descrever cada sistema de forma apropriada e
completa.

2.1. A ECONOMIA SOB O PONTO DE VISTA DO AGRONEGÓCIO NO


MARANHÃO.
Os dados da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
– SAGRIMA mostra que o agro continua se desenvolvendo muito bem e a safra que está
terminando mostra que vamos mais uma vez quebrar recordes. É o que a Companhia
Nacional de Abastecimento (Conab) nos diz ao publicar dia 09 de abril, o relatório do 7º
levantamento de safra 2019/2020 mesmo em época sombria, onde o Covid-19 assombra
o mundo.
No cenário nacional o destaque ficou por conta da soja e do milho que
impulsionam o bom resultado, sendo responsável pela maior fatia das 251,8 milhões de
toneladas, sendo 122,1 milhões de soja e 101,9 milhões de toneladas de milho. A soja
deve apresentar um crescimento de área de 2,7% em relação a área da safra anterior, já o
milho deve apresentar uma área 4,5% maior quando comparada a safra de 2018/2019.
(SAGRIMA-2020)
E quanto ao Maranhão, quais as perspectivas apresentadas pela Conab?
Com relação à produção total o Estado deve apresentar um crescimento 8,5%
maior que a safra anterior, segundo o relatório a produção deve passar das 4,9 milhões de
toneladas para aproximadamente 5,4 milhões de toneladas produzidas, seguindo o
panorama nacional também impulsionado pela soja e milho. (SAGRIMA – 2020)
O Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (Imesc)
realizou uma análise sobre a pecuária no Maranhão entre os anos de 1998 e 2018, a partir
de dados oriundos da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) feita pelo IBGE, nesta se
verificou informações sobre os produtos de origem animal. O que chamou atenção foi
que o mel apresentou um crescimento médio de 24,5% ano, levando a produção de 28.465
kg em 1998 para 2.261.672 kg em 2018. (SAGRIMA – 2018)
Na cadeia produtiva do mel do Maranhão, o município de Santa Luzia do Paruá
se destaca. Os dados do IBGE revelam que, em 2016, o município produziu 387
toneladas, ficando na primeira colocação no ranking, seguido dos municípios de
Maranhãozinho (288 ton.) e Maracaçumé (167 ton.).
As atividades dos apicultores do Alto Turi tiveram início na segunda metade da
década de 80, mas só deslanchou a partir de 1996. No começo, apenas seis produtores,
com 50 caixas no total, deram os primeiros passos na atividade. Hoje, a região possui
mais de 500 apicultores que comemoram os avanços na produção, cuja coleta começa em
julho e termina em setembro. (REVISTA AL).

2.2. AGROINDUSTRIAS E CERTIFICAÇÃO.


A maior dificuldade do agricultor familiar em acessar os mercados institucionais
no que se refere aos produtos de origem animal está na falta de registro. “Mas é importante
ressaltar que facilitar não significa abrir mão da questão sanitária. Jamais o consumidor
será colocado em risco”, alertouViramy Marques Almeida, coordenadora de Inspeção
Animal/Aged /MA.
Os pequenos produtores que tiverem interesse em melhorar a qualidade dos seus
produtos e inseri-los no mercado formal, têm agora uma grande oportunidade, que é a Lei
das Agroindústrias Familiares de Pequeno Porte. A lei nº 10.086/2014, sancionada
regulamentada através do Decreto nº 30.388, publicado este mês no Diário Oficial. As
mudanças da nova lei estão relacionadas basicamente a infraestrutura dos
estabelecimentos, sua localização – que poderá ser dentro da propriedade rural ou na zona
urbana. Também não será exigida a licença ambiental prévia, bastando apenas à
apresentação da Licença Ambiental Única.
De acordo com a lei, serão beneficiados os estabelecimentos agroindustriais, sob
gestão individual ou coletiva de agricultor familiar, de pequeno porte e artesanal com área
útil construída não superior a 250m2, que produza, beneficie, prepare, transforme,
manipule, fracione, receba, embale, reembale, acondicione, conserve, armazene,
transporte ou exponha à venda produtos de origem animal, para fins de comercialização
no estado do Maranhão.
Os gestores da Aged estão planejando a elaboração de um diagnóstico das
agroindústrias no estado, para iniciar os trabalhos de educação sanitária junto aos
proprietários.

2.2.1. Apicultores e produtores de mel são os mais beneficiados com a lei


No Maranhão, principalmente nas regiões do Alto Turi e Tocantina,
respectivamente, há muita produção de mel, leite e queijo. Em todo o estado, a produção
de leite é de aproximadamente 1,3 milhões de litros por dia e o mel deve atingir uma
colheita de 3.500 toneladas na safra deste ano.
No entanto, a maioria dos produtores é proibida de comercializar em
supermercados e outros comércios, e no fornecimento para a merenda escolar, porque não
possuem o selo de Inspeção Federal (SIF), estadual (SIE) e municipal (SIM).
O presidente da Federação Maranhense de Apicultura e Meliponicultura do
Maranhão, Euller Gomes Tenório, elogiou a criação da lei e disse que vai facilitar muito
para os apicultores, porque além de ampliar o mercado para a comercialização, eles
alcançarão melhor preço de seus produtos. “Muitos vendem em grande quantidade para
as empresas e quando eles venderem de forma fracionada conseguirão um preço melhor”,
justificou Euller Tenório.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Vieira, Paulo Roberto Cisneiros; Curso técnico em Alimentos – Gestão Agroindustrial;
Recife – EDUFRPE.Apostila ISBN:978-85-7946-122-4, p. 48 – 54, 2012.

SUCESSO NO CAMPO- 2019. Agronegocio; Disponível em


<https://www.sucessonocampo.com.br/artigos/historico-e-evolucao-do-agronegocio-
brasileiro/> acesso em 25 de novembro de 2020.

REDAÇÃO ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA. Gestão Agroindustrial; Disponível em


https://www.al.ma.leg.br/noticia/37974 acesso em 26 de novembro de 2020.

SAGRIMA-2018. Produção de Mel no Maranhão; Disponível em


<https://sagrima.ma.gov.br/potencial-para-a-producao-de-mel-no-maranhao-atrai-
investidores/> acesso em 26 de novembro de 2020.

SAGRIMA-2020. Agronegócio Maranhense; Disponível em


<https://sagrima.ma.gov.br/agronegocio-maranhense-cresce-mesmo-em-meio-a-
pandemia-do-covid-19/> acesso em 26 de novembro de 2020.

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