Meio ambiente no sentido amplo trata de espaço, daí, a doutrina o classifica
em subtipos de acordo com a forma que o ambiente é composto, seja natural,
artificial ou do trabalho. Enquanto o conceito de natureza diz respeito aos fenômenos naturais e vivos. O Direito Ambiental, é classificado como um direito transindividual pois vai além do indivíduo, cobre toda a coletividade, portanto, quando um ente pode causar danos ao meio ambiente, está afetando toda a coletividade, é o caso da empresa Pesticidas SA, que se comprovados os danos, afetaria os direitos difusos da população por prejudicar o equilíbrio ecológico. Ao contrário do direito civil que trata da resolução de conflitos atuais para manter a ordem, o direito ambiental utiliza da rigidez do sistema jurídico para proteger um bem subjetivo, que é o direito das atuais e futuras gerações ao meio ambiente. O direito ambiental não atua exclusivamente como forma de punição, aqui, é mais importante que o dano não seja causado, observando os Princípios da prevenção e precaução, motivo pelo qual, de antemão já se aconselha que a empresa retire seus produtos do mercado. O Principio do Desenvolvimento Sustentável é sobre serem sanadas as atuais necessidades econômicas sem causar danos imediatos ou futuros. O Direito Ambiental compreende a necessidade de utilizar o meio ambiente para movimentar a economia, porém, estes interesses não devem ser mais importantes que equilíbrio ecológico. A propriedade privada não pode ser usada de modo a prejudicar o meio ambiente segundo o Principio da função socioambiental da propriedade privada, caso os inseticidas sejam comercializados, a empresa Pesticidas Sa assumiria o risco de um desequilíbrio de projeção astronômica, já que o produto estaria sendo vendido sem restrição. Manter o produto no mercado pode causar um efeito cascata, pelo Princípio do Usuário Pagador, cada pessoa que usa o meio ambiente de forma incomum deve responder por isso, sendo assim, se comprovados os efeitos danosos ao meio ambiente, cada consumidor final do produto deveria responder pelos danos causados. Finalmente, Pelo Principio da Responsabilidade Ambiental, caso o dano seja comprovado a empresa poderá responder civil e penalmente, o que pode causar enorme prejuízo tanto para a empresa quanto para seus sócios, pois nestes casos já é possível considerar a desconsideração da personalidade jurídica. Diante do exposto, a orientação final é que a empresa Pesticidas SA retire imediatamente o produto mercado, e proceda com análise científica para atestar a segurança do uso do produto. Tal análise deve ser reconhecida pelos órgãos de proteção ambiental, para que enfim, haja segurança jurídica para comercialização do produto.