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CURSO BÁSICO DE TEORIA MUSICAL E REGÊNCIA

ADAPTADO E RESUMIDO DE: CURSO DE TEORIA MIUSICAL


E SOLFEJO VOL. 01. EDITORA IRMÃOS VITTALLE. 1990.
PRODUZIDO POR: JEAN JANSEN RODRIGUES.

MACAPÁ-AP
2014
Página |2

INTRODUÇÃO

Este curso foi idealizado com o propósito de formar novos regentes e futuros
pianistas para Estaca Macapá de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos
Dias. Sabemos que a música inspiradora é parte essencial de nossas reuniões de
adoração pois, os hinos atraem o Espírito do Senhor, criam um clima de reverência,
unificam-nos como membros e nos proporcionam um meio de louvar ao Senhor.
Alguns dos maiores sermões são pregados através dos hinos, eles induzem-
nos ao arrependimento e às boas obras, fortalecem o testemunho e a fé, confortam
os deprimidos, consolam os que choram e inspiram-nos a perseverar até o fim. *
Nossos líderes esperam que nossas congregações cantem os hinos com vigor,
ânimo e entusiasmo, para isso, devemos ter regentes bem treinados, que possam
conduzir corretamente nossos membros nesse maravilhoso ato de adoração, que é o
cântico de hinos. "Pois a minha Alma se deleita com o canto do coração; sim, o canto
do justo é uma prece a mim, e será respondida com uma benção sobre vossas
cabeças." (D&C 25:12).
Tem ainda, o objetivo ajudar todas as pessoas que desejam saber mais sobre
a música a desenvolverem-se nessa arte, dando também aporte teórico para que
aprendam a tocar instrumentos musicais.
Lembramos que existe um verdadeiro universo na música para se aprender e
se desenvolver, este curso servirá apenas como base, o começo de uma imensa gama
de possibilidades no aprendizado da música.
O curso de teoria musical e regência está dividido em dez lições, com partes
teóricas e exercícios práticos, que você poderá estudar no lar em família, sozinho ou
em uma classe na Igreja.
É importante lembrar que para conseguir a sua aprovação com o recebimento
de um certificado, é necessária uma frequência mínima de 75% do total das aulas,
além de ter uma pontuação satisfatória nas avaliações que ocorrerão ao longo do
curso, caso esteja matriculado numa classe na Igreja.
Com dedicação e perseverança, todos serão capazes de concluir este curso,
conseguindo sua aprovação final.
____________________________________
*Mensagem da Primeira Presidência da Igreja no prefácio do hinário oficial (1990).
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CURSO BÁSICO DE TEORIA MUSICAL E REGÊNCIA

1ª LIÇÃO

CONTEÚDO DA LIÇÃO APROVEITAMENTO

1. Introdução musical Teoria


2. Notação musical. Sons musicais Deveres
3. Pauta Entoação
4. Clave de Sol
5. Notas da escala de Dó Maior
6. Entoação

INTRODUÇÃO MUSICAL

MÚSICA - É a arte de combinar os sons.

Os elementos fundamentais da música são:

MELODIA, HARMONIA E RITMO.

MELODIA - Combinação dos sons sucessivos.

HARMONIA - Combinação dos sons simultâneos

RITMO - Movimento ordenado dos sons no tempo.

Observação:

A enumeração acima se refere a uma definição clássica; entretanto, hoje em


dia, com os efeitos modernos de sons e inovações do ritmo e da harmonia, novos
elementos têm sido acrescentados.
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NOTAÇÃO MUSICAL - são os sinais que representam a escrita musical, tais


como: pauta, clave, notas, etc.

SONS MUSICAIS - os sons musicais são 7: DÓ - RÉ - MÍ - FÁ - SOL - LÁ - SÍ.


que representam as notas.

PAUTA - São 5 linhas paralelas horizontais, formando 4 espaços, onde se


escrevem as notas.

A pauta chama-se também PENTAGRAMA.

Estas linhas e espaços contam-se de baixo para cima:

5ª Linha __________________________________________
4º Espaço
4ª Linha __________________________________________
3º Espaço
3ª Linha __________________________________________
2º Espaço
2ª Linha __________________________________________
1º Espaço
1ª Linha __________________________________________

As notas são escritas nas linhas e nos espaços.


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LINHAS SUPLEMENTARES

Quando as notas ultrapassam o limite da Pauta, usam-se linhas suplementares


superiores e inferiores.

____
____
SUPERIORES ____
____
__________________________________
__________________________________ Estas linhas, como na pauta,
__________________________________ formam espaços entre si.
__________________________________
__________________________________
____
____
INFERIORES ____
____

CLAVE - É um sinal que se coloca no princípio da pauta para dar nome às


notas.

Há 3 espécies de Clave: clave de Sol; clave de Fá e clave de Dó.


Estudaremos primeiramente a clave de Sol.

CLAVE DE SOL

É assinada na 2ª linha da pauta.

A nota da 2ª linha da pauta no exemplo abaixo chama-se Sol, porque está


colocada onde a clave de Sol foi assinada.

Sol

As demais linhas e espaços terão seus nomes de acordo com a ordem natural das
notas. Veja:
Página |6

Notas acima da 2ª linha.

Notas abaixo da 2ª linha.

NOTAS NA ESCALA DE DÓ MAIOR - Seguindo a ordem natural das notas


musicais: DÓ - RÉ MÍ - FÁ - SOL - LÁ - SÍ, Teremos a escala de Dó Maior, com a
repetição do Dó.

O 1º Dó está colocado na 1ª linha suplementar inferior e o Ré no 1º espaço


suplementar inferior.

 Veja no exemplo abaixo as notas da escala de Dó maior posicionadas num


teclado de piano ou órgão:

EXERCÍCIOS

Responda:

1ª) O que é notação musical?

2ª) Quais os nomes dos sons musicais?


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3ª) Que é pauta?

4ª) Onde se assina a clave de Sol?

5ª) Como se contam as linhas e os espaços da pauta?

6ª) Qual o nome da nota na pauta abaixo?

7ª) Qual o nome da nota na pauta abaixo?

8ª) Qual o nome da nota na 3ª linha que está na pauta assinada com clave de Sol?

9ª) Escreva diversas claves de Sol na pauta abaixo:


______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________________

10ª) Na pauta abaixo, dê o nome das notas :

______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________________
2ª linha, 5ª linha, 1º espaço, ____ , 3º espaço, 3ª linha, 2º espaço, 4º espaço, 4ª linha, 1º
espaço inferior.

1ª linha inferior
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CURSO BÁSICO DE TEORIA MUSICAL E REGÊNCIA

2ª LIÇÃO

CONTEÚDO DA LIÇÃO APROVEITAMENTO

1. Figuras de notas Teoria


2. Figuras de pausas Deveres
3. Entoação das notas da escala de Dó Maior Solfejo

FIGURAS DE NOTAS - São sinais que indicam a duração dos sons. AS


FIGURAS DE NOTAS chamam-se também VALORES POSITIVOS e, conforme a sua
duração, recebem formas e nomes diferentes.

FIGURAS DE NOTAS

SEMIBREVE ...............................

MÍNIMA .......................................

SEMÍNIMA ..................................

COLCHEIA .................................

SEMICOLCHEIA .........................

FUSA .................................................

SEMIFUSA ........................................
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As FIGURAS DE NOTAS se compõem em 3 partes, que são: cabeça, haste e


colchete. Veja no exemplo abaixo:

FIGURAS DE PAUSAS - São sinais que indicam a duração do silêncio. As


FIGURAS DE PAUSAS chamam-se também VALORES NEGATIVOS e, conforme sua
duração, recebem formas e nomes diferentes. Os nomes das figuras de pausas são
os mesmos das figuras de notas.

FIGURAS DE PAUSAS

PAUSA DA SEMIBRVE .......................

PAUSA DA MÍNIMA ....................................

PAUSA DA SEMÍNIMA ..............................

PAUSA DA COLCHEIA ..............................

PAUSA DA SEMICOLCHEIA .....................

PAUSA DA FUSA .......................................

PAUSA DA SEMIFUSA ..............................


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VALORES POSITIVOS VALORES NEGATIVOS


FIGURAS DE NOTAS FIGURAS DE PAUSAS

Indicam a duração indicam a duração


do som do silêncio
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EXERCÍCIOS

Responda:

1ª) O que são figuras de notas?

2ª) Qual o outro nome das figuras de notas?

3ª) Diga o nome das figuras de notas pela ordem apresentada:

4ª) De quantas partes pode-se compor uma figura de nota? Quais são?

6ª) A semifusa tem quantos colchetes? e a colcheia?

7ª) Que são figuras de pausas?

8ª) Qual outro nome da figuras de pausas?

9ª) Onde é colocada a pausa da semibreve?

10ª) E da mínima?

11ª) Coloque o nome das notas abaixo:


-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

12ª) Coloque o nome das seguintes figuras de pausas:


-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Entoação:
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CURSO BÁSICO DE TEORIA MUSICAL E REGÊNCIA

3ª LIÇÃO

CONTEÚDO DA LIÇÃO APROVEITAMENTO

1. Clave de Fá, 4ª linha Teoria


2. Notas na clave de Fá Deveres
3. Duração dos valores Solfejo
4. Solfejo sem ritmo

CLAVE DE FÁ - A clave de Fá se assina na 3ª e 4ª linha. Trataremos da clave


de Fá na 4ª Linha.

A nota na 4ª Linha da pauta, no exemplo abaixo, chama-se Fá, porque está


colocada onde a clave de Fá foi assinada.

Veja as notas acima e abaixo da 4ª linha:

Veja no exemplo na página seguinte, como a clave de Sol e a clave de Fá na


4ª linha se completam na escala sequencial das notas musicais:
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DURAÇÃO DOS VALORES

A semibreve é considerada como a unidade ou inteiro, na divisão


proporcional dos valores. As outras são frações da semibreve. As figuras, segundo a
ordem dos seus valores, valem o dobro da seguinte e metade da anterior.

A semibreve vale 2 mínimas ou 4 semínimas.

A mínima vale 2 semínimas ou 4 colcheias.


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A semínima por sua vez, vale 2 colcheias ou 4 semicolcheias.

As figuras de pausa têm estas mesmas subdivisões.


Ou seja, os valores negativos ou figuras de pausas, também valem o dobro da
seguinte e metade da anterior.

A figura de pausa da semibreve vale 2 pausas de mínima ou 4 pausas de


semínima.

Veja no quadro a seguir a divisão proporcional dos valores, complementando


as subdivisões dos valores.
A semibreve é tomada como a UNIDADE na divisão proporcional dos valores,
as outras figuras são frações dela.
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Observe que cada figura passa a ter um número, que corresponde a quantidade
de figuras iguais a ela necessárias para se chegar a um inteiro ou para se ter a mesma
duração de uma semibreve.
Veja no quadro abaixo:

SEMIBREVE 1 2 4 8 16 3 6
2 4
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Para se ter a mesma duração de uma semibreve se precisa de:

02............................................................................Mínimas
04............................................................................Semínimas
08............................................................................Colcheias
16............................................................................Semicolcheias
32............................................................................Fusas
64............................................................................Semifusas

Lembrando que na ordem proporcional dos valores positivos ou negativos, uma


figura vale a metade da anterior e o dobro da seguinte.

EXERCÍCIOS
Responda:

1ª) Qual o nome da nota que está na quarta linha na clave de Fá?

2ª) Qual o nome da nota que está na 2ª linha da mesma clave?

3ª) Qual o nome da nota que está na 1ª linha e e 3º espaço?

4ª) E a linha que está na 1ª linha suplementar superior?

5ª) Que nota está na 3ª linha da pauta?

6ª) De quantas semínimas é preciso para ter a mesma duração de uma mínima?

7ª) De quantas semicolcheias preciso para ter a mesma duração de uma mínima?

8ª) Uma semínima, quantas colcheias Vale?

9ª) Uma semibreve, quantas semicolcheias vale?

10ª) Uma mínima, quantas colcheias vale?


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CURSO BÁSICO DE TEORIA MUSICAL E REGÊNCIA

4ª LIÇÃO

CONTEÚDO DA LIÇÃO APROVEITAMENTO

1. Compasso Teoria
2. Compasso Binário _2_ Deveres
3. Leitura métrica 4 L. Métrica
4. Solfejo Solfejo

COMPASSO - É uma das partes em que está dividido um trecho musical.

TEMPOS - São as partes ou movimentos em que está dividido cada


compasso. Os tempos podem ter acentuações fortes ou fracas.

BARRAS OU TRAVESSÕES - São linhas verticais que separam os


compassos.

Compasso

Barra ou Travessão

TRAVESSÃO DUPLO - São duas linhas verticais que separam um trecho


musical do outro.
O travessão duplo chama-se também pausa final, quando colocado na
terminação definitiva de uma peça.

Travessão Duplo Pausa Final

ESPÉCIES DE COMPASSO
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Os compassos, de acordo com a quantidade de tempos, tem as seguintes


espécies:

Compasso Binário, de 2 tempos.


Compasso Ternário, de 3 tempos.
Compasso Quartenário, de 4 tempos.

COMPASSO BINÁRIO 2
4

O compasso binário 2 é de 2 tempos. A fração 2 se coloca no começo da


4 4
música (pauta), logo após a clave, cujo sinal se chama SIGNO DE COMPASSO.

O Numerador 2 da fração representa a quantidade de tempos para cada


compasso.
O Denominador 4 representa a qualidade da figura para cada tempo.

Numerador 2 = Quantidade: 2 tempos


Denominador 4 = Qualidade: uma semínima para cada tempo.

A semínima é a quarta parte da semibreve, portanto, no compasso 2 a


semínima vale1 tempo. 4
Os tempos podem ter acentuações fortes e fracas. No compasso binário, o 1º
tempo é forte e o 2º é fraco. F forte e f fraco.

COMO MARCAR O COMPASSO BINÁRIO

Na regência, os tempos do compasso são marcados com movimentos da mão.


Numa partitura, os tempos são representados por figuras de notas, que como já vimos,
possuem nomes e formas diferentes. No exemplo de um compasso binário 2 as figuras
valem: 4
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Nome da figura Número de Figura Nome do


tempos movimento
Semínima 1

Mínima 2
Tá - á

Semibreve 4 Tá – á – á - á

Exercícios Rítmicos

Os Exercícios rítmicos são trabalhados sem entoar e pronunciar os nomes das


notas, empregando apenas uma sílaba para representá-las.
Escolhemos para estes exercícios a sílaba TÁ. A duração desta sílaba é de
acordo com o valor rítmico apresentado.

2
4
TÁ - A TÁ - A TÁ - A TÁ - A TÁ - Á
1º 2º 1º 2º 1º 2º 1º 2º 1º 2º

2
4
TÁ TÁ TÁ - Á TÁ TÁ TÁ - Á TÁ - Á

2
4
TÁ - Á TÁ TÁ TÁ TÁ TÁ TÁ TÁ - Á
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2
4
TÁ TÁ TÁ TÁ TÁ TÁ TÁ TÁ TÁ - Á

LEITURA MÉTRICA
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

EXERCÍCIOS

1ª) Que é compasso?

2ª) Que são tempos?

3ª) Como se separam os compassos?

4ª) Que é signo de compasso?

5ª) No compasso 2, o que representa o nº 2?


4

6ª) E o nº 4?

7ª) No compasso binário quantos tempos vale uma semibreve? E uma mínima? E a
colcheia?
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CURSO BÁSICO DE TEORIA MUSICAL E REGÊNCIA

5ª LICÃO

PLANO DE AULA APROVEITAMENTO

1. Ponto de aumento Teoria


2. Agrupamento das figuras de notas Deveres
3. Compasso Ternário 3 L. Métrica
4. Leitura métrica 4 Exercícios
5. Solfejo Solfejo

Ponto de Aumento - É um ponto que quando colocado ao lado direito de uma


figura de nota ou pausa, aumenta a metade de seu valor natural.

Ex.:

= +

= +

= +

= +

As outras figuras de notas tem as mesmas divisões, assim como também as


pausas.
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Num padrão de compasso em que a semínima vale um tempo, uma mínima


pontuada valerá 3 tempos e não dois; uma semínima pontuada valerá 1 tempo e meio
e não somente um.
Agrupamento das figuras de notas - Quando escrevemos colcheias,
semicolcheias, fusas e semifusas, costuma-se agrupar todas as figuras que fazem
parte de um tempo, para facilitar a leitura. Basta ligar os colchetes.

Ex.:

COMPASSO TERNÁRIO 3
4

O compasso ternário 3 é de 3 tempos.


4

O nº 3 é o numerador da fração, representa a quantidade de tempos e cada


compasso, e o nº 4, o denominador, representa a qualidade da figura para cada tempo
que, neste caso, a semínima.

No compasso ternário, o 1º tempo é forte F e o 2º e 3º fracos f.


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COMO MARCAR O COMPASSO TERNÁRIO

Marca-se o compasso com movimentos da mão seguindo o padrão abaixo:

Exercícios rítmicos

3
4
TÁ TÁ TÁ TÁ TÁ TÁ TÁ - Á TÁ TÁ - Á TÁ TÁ - Á - Á

3
4
TÁ - Á TÁ TÁ TÁ TÁ TÁ - Á - Á TÁ - Á - Á TÁ TÁ TÁ

3
4
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DEVERES

Colocar na pauta abaixo os valores correspondes aos do quadro acima.

______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________________

Separar os compassos por barras e marcar, por meio de marcos, as notas que
caírem nos tempos.
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________________

EXERCÍCIOS

1ª) Que é ponto de aumento?

2ª) Uma mínima pontuada, quantas semínimas vale?

3ª) No compasso 3 , o que representa o número 3?


4

4ª) E o nº 4?

5ª) Qual o valor da mínima pontuada no compasso 3?


4

6ª) E da mínima sem ponto de aumento?


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6ª LIÇÃO

PLANO DE AULA APROVEITAMENTO

1. Ligadura, legato e staccato Teoria


2. Compasso quartenário: 4, 4 ou C L. Métrica
4 Solfejo
3. Leitura métrica Deveres
4. Solfejo

LIGADURA - é uma linha curva que se coloca sobre ou sob duas ou mais
notas da mesma altura, indicando que somente a primeira é articulada.

Ex.:

LEGATO - é representado por uma linha curva que se coloca abaixo ou acima
de várias notas, indicando que todo o trecho onde estiver a ligadura, deverá se
executado ligado, sem interrupção dos sons. É também indicado pala palavra legato.

Ex.:

STACCATO - é representado por um ponto sobre ou sob uma ou mais notas


indicando que os sons são articulados e secos.

EX.:
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COMPASSO QUARTENÁRIO 4, 4 OU C
4

O compasso quartenário é de 4 tempos. É representado pela fração 4, 4 ou C.


4

O numerador 4 = Quantidade: 4 tempos

O denominador 4 = Qualidade: uma semínima para cada tempo.

No compasso 4 o 1º tempo é forte, o 2º fraco, o 3 meio forte e o 4º fraco.


4

COMO MARCAR O COMPASSO QUARTENÁRIO

Marca-se o compasso com movimentos da mão seguindo o padrão abaixo:


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Recapitulação dos valores das figuras de no compasso 4


4

Vale 4 tempos

Vale 2 tempos

Vale 1 tempo

Vale ½ Tempo

Exercícios rítmicos

4
4
TÁ - Á TÁ TÁ TÁ - Á TÁ - Á TÁ TÁ TÁ TÁ TÁ - Á - Á - Á

4
4
TÁ - Á TÁ TÁ TÁ - Á TÁ - Á TÁ TÁ TÁ TÁ TÁ - Á - Á - Á

4
4
TÁ - Á TÁ TÁ TÁ TÁ TÁ TÁ TÁ - Á TÁ - Á TÁ - Á - Á - Á
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EXERCÍCIOS
1ª) Que é ligadura?

2ª) O que é legato e staccato?

3ª) Quantos tempos tem o compasso quartanário?

4ª) No compasso 4 , o que representa o numerador 4?


4

5ª) E o denominador 4?

6ª) Qual o valor da semibreve no compasso 4?


4

7ª) Qual o valor da semínima nos compasso, 4,3 e2 ?


4 4 4

8ª) E da mínima?

9ª) E da colcheia?

CURSO BÁSICO DE TEORIA MUSICAL E REGÊNCIA


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7ª LIÇÃO

PLANO DE AULA APROVEITAMENTO

1. Anacruse Teoria
2. Espécies de claves Deveres
3. Fermata Exercícios
4. Quiálteras Solfejo

ANACRUSE - é uma nota ou grupo de notas que antecedem o 1º tempo do 1º


compasso de uma peça musical.
Veja no exemplo abaixo:

ESPÉCIES DE CLAVE - Há 3 espécies de claves: Sol, Fá e Dó.


Nas aulas anteriores foram apresentadas as claves de Sol e a de Fá, 4ª linha.
Temos agora a clave de Fá 3ª linha, e a de Dó na 1ª, 2ª, 3ª e 4ª linhas, onde as notas
também recebem seus nomes, de acordo com a linha em que estas claves forem
assinadas.

As demais notas seguem a sequência natural das notas.


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Ex.:

FERMATA - é um ponto que se coloca sobre ou sob uma nota, indicando que
se deve sustentar a mesma por um ou dois tempos extras.
Ao reger, quando chegar à fermata, mantenha o braço firme na posição do
“ponto”. Ao terminar a sustentação da fermata, faça um corte seguido de uma batida
preparatória, continuando a regência normal para as notas após a Fermata.

QUIÁLTERAS - uma quiáltera é um grupo de notas que divide a semínima em


três partes. A quiáltera sempre tem um pequeno numeral, (3) três acima ou abaixo
dela e vale um tempo no padrão normal de regência.
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EXERCÍCIOS

1ª) O que é anacruse?

2ª) Quais espécies de clave você conhece?

3ª) Qual a função da fermata?

4ª) Quantos tempos vale uma quiáltera?


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8ª LIÇÃO

PLANO DE AULA APROVEITAMENTO

1. Utilização do hinário Exercícios


2. Batida preparatória L. Métrica
3. Corte final e corte entre as estrofes

Utilização do hinário - A maioria das músicas que você irá reger são hinos do
hinário oficial da Igreja e você deve conhecer seus recursos. A utilização desses
recursos irá ajudá-lo a reger bem os hinos.

Recursos do hinário listados em cada hino:

1. O título do hino.
2. O número do hino. Refere-se ao número do hino no hinário e não ao
número de páginas.
3. Indicação de modo – que sugere o sentimento ou espírito do hino.
4. O andamento sugerido (número de tempos por minuto) para o hino. No
exemplo (Semínima= 84-96), indica que podem se tocar entre 84 a 96
semínimas em 60 segundos, ou seja, três semínimas a cada 2 segundos.
5. O símbolo de clave em que está colocada a partitura do hino.
6. A fórmula de compasso ou signo de compasso do hino.
7. Os colchetes introdutórios, que indicam um prelúdio adequado a ser
tocado pelo piano ou órgão.

8. O texto ou letra do hino.


9. O autor ou compositor ou a origem do hino.
10. Sugestão de escritura que relaciona-se ao Hino. Estude as escrituras
para ajudá-lo melhor a compreender o significado da letra e o espírito do hino.

A batida preparatória – É um ligeiro movimento do braço antes do movimento


indicativo do primeiro tempo de um hino. Indica aos cantores que a música está para
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começar e permite-lhes respirar e começar a cantar ao mesmo tempo.


O pianista ou organista geralmente toca um prelúdio para cada música ou hino.
Durante o último compasso do prelúdio, coloque o braço em posição de início da
regência. Quando terminar o prelúdio, dê a batida preparatória e comece o movimento
regular do compasso.

Corte final – É o gesto que se faz durante o último tempo de um hino para
indicar aos cantores quando parar de cantar.
Em preparação para o corte final, pare o padrão de regência na última sílaba
do texto, quer ela ocorra no início ou meio de um compasso.

Mantenha o braço estendido até o final do último compasso, levante o braço e


faça o corte fechando a mão.
Ao final do hino, reduza a velocidade da regência, mais precisamente na última
frase, para dar à congregação ou cantores a noção de finalização do hino; em seguida
realize o procedimento descrito a cima.

Corte entre as Estrofes - O corte entre as estrofes é diferente do corte final


porque inclui uma batida preparatória que conduz à estrofe seguinte.
Prepare-se para este corte da mesma forma que se prepararia para o corte
final, parando o movimento de regência e mantendo o braço sem movimento ao
chegar à última sílaba de texto. Mantenha a posição até o final do último compasso; a
seguir, faça o corte e a batida preparatória para o começo da estrofe seguinte.
É importante fazer uma pequena redução da velocidade antes do final de uma
estrofe e faça uma abreve parada antes da batida preparatória da próxima para que
os cantores tenham tempo de mover os olhos para o início da música e respirem entre
as estrofes.
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CURSO BÁSICO DE TEORIA MUSICAL E REGÊNCIA

9ª LIÇÃO

PLANO DE AULA APROVEITAMENTO

1. Compasso 6 Exercícios
2. Padrão alternativo 8 L. Métrica
3. Sugestões eficazes sobre regência

Compasso – É formado por seis tempos como indicado no numerador da


fração 6. Abaixo está o seu padrão de regência.
8

O numerador 6 indica que deve haver 6 tempos em cada compasso


O denominador 8 indica a figura de nota que valerá um tempo em cada
compasso, nesse caso a colcheia. Por ter seu valor igual ao número 8 ou ser a oitava
parte de um inteiro na divisão proporcional dos valores.
Podemos encontrar este padrão de seis tempos conhecido como compasso
composto com outras variações de figuras de notas, como: 6 e 6 .
2 4
Padrão alternativo para compassos de 6 tempos – pode-se usar os seguintes
padrões alternativos para os hinos com fórmula de compasso 6 e 6
8 4
Padrão Ternário Duplo:
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Este padrão tem seis tempos ou se executa seis movimentos da mão para regê-
lo; e fica melhor de ser usado em hinos mais lentos.
É um ternário grande seguido por um pequeno.

Padrão Quartenário Alterado:

Este Padrão pode ser usado para hinos de velocidade moderada. Rege-se este
modelo da seguinte forma:

1º tempo – rápido
2º tempo – vagaroso
3º tempo – rápido
4º tempo – rápido
5º tempo – vagaroso
6º tempo – rápido.

O importante é marcar os 6 tempos do compasso com movimentos da mão,


cada movimento ou cada tempo deve ser compreendido individualmente por quem
canta e quem o acompanha ao órgão ou piano.

Algumas Sugestões a Respeito de Regência:

1 – Treine em frente ao espelho. Saiba com antecedência os hinos que vai reger
para se preparar melhor.
2 – Evite movimentos desajeitados com os pulsos.
3 – Faça movimentos simples ao reger.
4 – Não faça movimentos grandes demais, nem pequenos demais com os
braços.
5 – Olhe para a congregação ao reger.
6 – Deixe que sua expressão facial reflita o modo do hino.
7 – Permita aos movimentos de mão e braço expressarem o modo do hino.
8 – Enquanto reger, não perca o movimento de regência.
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CURSO BÁSICO DE TEORIA MUSICAL E REGÊNCIA

10ª LIÇÃO

PLANO DE AULA APROVEITAMENTO

1. Instrumentos de um bom regente L. Métrica


2. Escolhendo o hino certo Exercícios
3. Considerações finais Prática

Instrumentos de um bom Regente – Existem muitas ferramentas para ajudar o


bom desempenho da música na igreja e também no lar, todo regente deve ficar atento
para o uso delas, pois podem tornar-se em formas de estudo, prática e ensino da
música sacra. Abaixo estão algumas delas:
O Hinário – nossa ferramenta principal.
Jogos de CD's dos Hinos do Hinário (50866 059) – contém todos os hinos
do nosso hinário de forma instrumental.
Website oficial da igreja, na página:
(http://www.lds.org/music/library/hymns/lang=eng), encontramos
todos os hinos do hinário americano com recursos de áudio interativo.
O Curso de Regência da Igreja (33619 059) – contém informações
básicas sobre regência.
Manual 2: Administração da Igreja (08702 059) - Capítulo 14.
Aliado a tudo isso, tenha interesse e dedicação com seu estudo pessoal da
música. O mesmo conselho dado a nós por Joseph Smith em D&C 88:118, para
buscarmos palavras de sabedoria em bons livros, estende-se àqueles que estão
dispostos a aperfeiçoar-se no universo da música. “Procurem em bons livros e outros
recursos, formas de aprender mais sobre a música.”
O regente deve lembrar-se que ele conduz a congregação e o
acompanhamento através de órgão, teclado ou piano e por isso, sua postura deve ser
impecável, bem arrumado e aprumado, com serenidade e seriedade, demonstrando
sempre com gestos e postura o espirito do hino, nunca chamando a atenção para si,
mas para o serviço de adoração que está sendo executado, no qual o regente é
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considerado um servo.
Devemos sempre nos lembrar que os hinos entoados são uma forma de
adoração ao Senhor, por isso devem ser cantados da maneira correta, na velocidade
certa, sem discrepâncias de tonalidade e harmonia, para que não seja quebrada a
reverência e que os hinos escolhidos possam atingir seu propósito nas reuniões.
O sucesso da apresentação musical na igreja é responsabilidade de todos os
envolvidos no serviço de adoração, mas, lembre-se: “como regente, é você quem está
no comando.”
Escolhendo o Hino Certo - Como regente, você deverá escolher a
maioria dos hinos que vai reger nas reuniões da Igreja, portando, deve ter a
sensibilidade para saber que hino se encaixa melhor para a ocasião.
Existem ocasiões como as reuniões sacramentais, em que a música deve
destacar a natureza sagrada do momento. Normalmente a música para a reunião
sacramental deve constituir-se de nossos hinos.
Geralmente são escolhidos quatro hinos numa Reunião Sacramental; são eles:
hino de Abertura, hino Sacramental, hino especial e hino de encerramento. Nas
Reuniões de jejum e testemunho não há hino especial.
Também há outras reuniões em que devemos escolher hinos adequados, como
reunião do sacerdócio, sociedade de socorro, moças e escola dominical. além de
ocasiões especiais como conferências, batismos, casamentos, atividades recreativas
etc.
O próprio hinário dá várias sugestões de hinos para diversas ocasiões com
diversos temas. Vejamos abaixo algumas dessas sugestões:

Hinos de abertura: Devem estar de acordo com o tipo de reunião e com os


assuntos a serem abordados e geralmente são cantados pela congregação. Uma boa
sugestão para os hinos de abertura são aqueles que falam sobre a restauração do
Evangelho:
20, Vinde ó Santos
02, Tal como um facho
12, Que manhã maravilhosa
27, Vinde ó filhos do Senhor
31, Com braço forte
26, O mundo desperta
04, No monte a Bandeira
03, Alegres Cantemos
01, A Alva Rompe
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05, Israel Jesus te chama


42, Que Firme Alicerce
203, Ó Elderes de Israel
61, Careço de Jesus
81, Secreta Oração etc.

Hinos Sacramentais - São hinos especiais e sagrados. Normalmente é


aconselhado que se cantem esses hinos somente durante as reuniões sacramentais.
Podemos encontrá-los no hinário oficial da Igreja, entre as páginas 98 e 117.
Hinos Especiais - Geralmente hinos mais ritmados e rápidos, sua letra deve
estar relacionada às mensagens dos oradores. Na execução desse hino o líder do
sacerdócio que dirige a reunião pode pedir que a congregação cante em pé.
Exemplos:

57, Conta as Bençãos


166, Chamados a Servir
151, Minha Alma hoje tem a Luz
150, Quem Segue ao Senhor?
03, Alegres Cantemos
42, Que Firme Alicerce
183, Deve Sião Fugir à Luta? etc.

Hinos de Encerramento - Aqueles que estejam de acordo com as mensagens


proferidas e que tenham aquele espírito de desfecho ou encerramento de uma
reunião, como:
171, A verdade o que é?
155, Luz Espalhai
03, Alegres Cantemos
152, Prolongue os bons momentos
151, Minha Alma Hoje Tem a Luz
148, Faze o Bem escolhendo o que é Certo
89, Ao partir Cantemos
147, Faze o Bem
182, O Fim se Aproxima etc.

Como foi observado, alguns hinos podem se usados para várias situações,
como abertura, encerramento, número especial e etc. Há hinos que são específicos
não podendo ser usados para outras ocasiões se não para a qual foram criados. Cabe
ao Regente ter a sensibilidade para escolher ou aprovar o hino para a ocasião
adequada.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

A música é um dom de Deus, sendo assim, torna-se um privilégio fazer parte


dos serviços de adoração na Igreja do Senhor através dela. Seja regendo, tocando,
ou cantando, a música sacra e inspiradora é uma grande benção para todos nós.
O Senhor espera que seu povo cante para Ele, esforçando-se para simbolizar
a união que deve haver no Seu Reino através de uma congregação que canta com o
coração.
Este curso básico foi apenas o começo, você pode dedicar-se ainda mais para
atingir suas metas em relação à música. Com empenho e determinação, todos
podemos contribuir para o crescimento do Reino de Deus na terra.
Faça da música, a partir de hoje, um a parte de seus esforços para o
crescimento dessa obra maravilhosa que é um assombro.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFRICAS

BONA, Paschoal. Método Completo para Divisão. 21ª ed. São Paulo: Irmãos
Vitalle.1990.

Copyright © por A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Hinário
Oficial da Igreja. Publicado em Inglês em 1985. Traduzido para o Português em
1990.

Copyright © por A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Curso de
Regência. Publicado em Inglês em 1993. Traduzido para o Português em 1996.

Copyright © 2010 Intellectual Reserve, Inc. Handbook 2: Administering the Church-


Portuguese. Manual 2: Administração da Igreja. Aprovação do inglês: 8/2009.

MASCARENHAS, Mário & CARDOSO, Belmira. Curso Completo de Teoria


Musical e Solfejo. 1 ed. São Paulo: Irmãos Vitalle. 1990.

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