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UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ

INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS


FACULDADE DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO
CURSO DE PEDAGOGIA

Discente: Emilia De Sousa Silva

A DISCIPLINA DE CIÊNCIAS NO ENSINO FUNDAMENTAL

MARABÁ/PA
2023
Resumo:O artigo vem abordando uma visão de uma disciplina que diante de
outras disciplinas é a mais esquecida pela formação de educação, pois a disciplina de
ciência é a que os alunos têm menos contato, diferente da disciplina de matemática e
português, muitos professores acreditam que a ciência os alunos não vão ter tanto
contato como a matemática e português. Porém cabe ressaltar que a disciplina de
ciência é uma disciplina bastante presente no cotidiano da criança, como por exemplo
o caminho para ir para escola, o clima de sua cidade o remédio administrado pelo
papai e a mamãe. Portanto esse artigo vem trabalhar como a ciência é uma matéria
presente no cotidiano da criança e como essa disciplina é fundamental para os anos
iniciais, o artigo também vem trabalhando, como a ciência deveria ser aplicado nas
salas de aulas com crianças do 5 ano entre 10 a 9 anos. Dessa forma o artigo vem
sendo baseado em pesquisas bibliográficas para fundamentar os argumentos em
relação a disciplina de ciências.

Palavra-chave: Ciências. Ensino na educação. Anos iniciais

INTRODUÇÃO

A disciplina de ciências no ensino fundamental vem se apresentando dentro


da bolha, pois muitos professores não planeja uma aula dinâmica, pois a ciências ela
é rica em atividades dinâmicas, para (Ramos e Rosa, 2008), a aprendizagem de
ciências requer a participação dos estudantes em práticas sociais relacionadas à
produção, avaliação, comunicação e legitimação do conhecimento.

“Fazendo uma menção breve às distintas concepções,


encontrou-se um número bastante elevado de trabalhos nos quais o
ensino pautou-se numa visão enciclopédica e expositiva, onde a
aprendizagem é entendida como armazenamento de uma extensa
quantidade de informação memorizada – listas com nomes dos ossos,
descrições dos diferentes reinos, relação das partes de uma planta,
enunciados e leis de física e química –, e outros. Também, em número
elevado, encontram-se trabalhos que valorizaram o redescobrimento
da ciência, onde a informação ocupou um plano secundário, supondo-
se que os alunos aprendem interagindo com os fenômenos. Nesses
trabalhos, os alunos foram considerados como sujeitos capazes de
encontrar explicações mais ou menos próximas ao conhecimento
científico sobre como ocorrem os fenômenos naturais por meio da
experimentação.” (HUBNER, 2010, p. 6).

Dessa forma pode-se perceber o quão é importante a participação do aluno


na sua aprendizagem, o aluno quando se envolve na disciplina sua chance de
entender a matéria e de não decorar é muito grande, pois quando o educador aplica
essa técnica em sala de aula o aluno leva para vida, todo o aprendizado.

Em determinada escola uma professora estava explicando sobre a


importâncias dos insetos para natureza, mas para os alunos entenderem mas sobre
o conteúdo a professora pediu para cada aluno levar uma lupa, para poder analisar
os pequenos insetos que havia ali no ambiente escolar.

Um exemplo simples, mas que podemos observar diversas características


imensamente importantes, a professora incluiu os alunos no processo prático de
aprendizagem e não trouxe de fora o conteúdo para ensinar sobre os insetos, mas
sim utilizou do cotidiano deles para atingir seu objetivo.

É neste ínterim, que observa-se o grau de importância de trazer no ensino de


ciências para as séries iniciais a inclusão dos alunos no seu próprio processo de
aprendizagem.

Portanto os pensamentos a respeito de uma metodologia adequada para o


ensino das séries iniciais, deixam mais claro a importância do aluno em participar da
dinâmica na sala de aula, pois o educador quando dar essa oportunidade para criança
ela passa a gostar da disciplina, fazendo com ela se interesse cada vez mais nela.

UMA REFLEXÃO SOBRE A MATÉRIA DE CIÊNCIA E SEU MÉTODO


APRENDIZAGEM

Uma disciplina dinâmica muda todo contexto de uma sala de aula, a ciência é
uma disciplina bastante presente no cotidiano de uma criança e essa pode ser
considerada uma ótima forma de mostrar para o educando, onde podemos encontrar
a ciências, até no caminho da escola pode se encontrar ciências.
Segundo (FRACALANZA, AMARAL e GOUVEIA, 1987) ao realizar uma
pesquisa com professores de ciências nas séries iniciais, afirmaram:

“Ao analisar os depoimentos dos professores, confirmaram


que o ensino era apenas teórico, valorizando a memorização, sendo
pouco eficaz, porém perceberam, na fala dos professores, o
distanciamento entre o que eles pretendiam fazer e o que realmente
faziam.”

A presença do ensino tradicional, que consistia em o professor chegar na sala


de aula, aplicar toda a teoria e a criança simplesmente ficar imóvel só escutando e
rara as vezes participando da aula, era de fato predominante.

E diante de todas as características citadas que dificultou o ensino de ciências,


a diferença entre o que eles queriam ensinar e o que realmente faziam é o destaque
principal, pois o ensino precisa ser organizado e articulado, tudo o que um professor
faz dentro de uma sala de aula, tem seu objetivo construído, então é necessário que
seus objetivos no planejamento sejam estabelecidos e que o docente tenha a
flexibilidade de alcançá-lo de acordo com sua turma.

“Diante disso, iniciaremos nosso debate enfocando a


formação do professor pedagogo, visto que a formação inicial, muitas
vezes, não consegue suprir a necessidade em relação aos conteúdos
e metodologias das diversas disciplinas pelas quais o professor
pedagogo dos anos iniciais é responsável.” (DAHER e MACHADO,
2016).

Ademais, diante da afirmação feita logo acima, é importante destacar que o


ensino de ciências é de um destaque tão importante, que a formação inicial de um
pedagogo, sozinho, não é o suficiente para cumprir com os objetivos centrais de
aprendizagem da matéria.

Segundo (Weissmann, 1998), afirma que o que mais dificulta na hora de


ensinar ciências para as crianças é a falta de conhecimento do pedagogo e não existe
estratégia, didática ou ludicidade que supere a falta de conhecimento.
Desta forma, conseguimos entender que para ensinar ciências não é
necessário ter só o conhecimento ou a diversificação na didática, é de suma
importância que o profissional da área obtenha o domínio destes dois campos. Como
que um ensino pode ser bem absorvido se só existe a informação sem a mediação?
Como que uma criança vai aprender se não existe conteúdo?

São perguntas cujo as respostas são de cunho comum, mas com uma reflexão
bem atual é necessário que os pedagogos tomem consciência que as crianças de
séries iniciais estão preparadas sim para aprender e o cuidado necessário para aplicar
esse conhecimento para elas é da responsabilidade do educador.

Ademais, existe uma parcela desses profissionais que afirma que a criança
de séries iniciais não tem a mentalidade formada para aprender os conteúdos
fornecidos pela matéria de ciências (FUMAGALLI, 1998).

Logo, esta visão está totalmente distorcida, pois é necessário pensar sobre
qual informação a criança consegue absorver de acordo com seu desenvolvimento.
Não pode ser misturada a ciência do ensino fundamental com a ciência do ensino
superior.

“Outra dificuldade, muitas vezes relacionada à formação


inicial do professor pedagogo, é a carência em relação aos conteúdos
científicos, fato que compromete a percepção dele sobre quais
conteúdos trabalhar com os alunos na faixa etária dos anos iniciais e
o nível de complexidade.” (DAHER e MACHADO, 2016).

Outro ponto que dificulta muito a qualidade de ensino de ciências para as


crianças é essa não flexibilidade das atividades gerenciadas para os alunos. Os
professores ficam reféns das atividades tradicionais que geralmente estão localizadas
nos livros didáticos.

“Muitos professores ainda preferem desenvolver suas aulas


baseados em estratégias que estejam mais ao seu alcance, e que lhes
proporcionem maior grau de segurança. Portanto, procuram optar
pelas tradicionais aulas expositivas e pelo constante uso dos livros
didáticos, ao invés de utilizarem novos métodos de ensino, mais
ousados, capazes de estimular o diálogo e a interação em sala de
aula.” (RAMOS; ROSA, 2008, p. 318).

Os profissionais que preferem não sair da sua zona de conforto, geralmente


tendem a usar os métodos de ensino mais tradicionais, onde os professores falam e
os alunos escutam e só obedecem, de fato planejar sua aula e não conseguir ter a
garantia que alcançará o sucesso dela, gera uma insegurança muito grande entre os
profissionais

Porém, o que deve ser pensado na hora do professor montar seu


planejamento, não é somente o medo de não dar certo, mas pensar na experiência
que irá proporcionar ao aluno.

“Quando ensinamos ciências às crianças nas primeiras


idades não estamos somente formando “futuros cidadãos”; elas,
enquanto integrantes do corpo social atual, podem ser hoje também
responsáveis pelo cuidado do meio ambiente, podem agir hoje de
forma consciente e solidária em relação a temas vinculados ao bem-
estar da sociedade da qual fazem parte.” (FUMAGALLI, 1998, p. 18).

O professor precisa olhar o todo, para aplicar o ensino de ciências, essa


matéria não é só obrigatória para a grade curricular dos alunos, nela existe toda uma
formação pessoal e intelectual que faz do aluno uma ser que contribuiu a evolução da
sociedade em que está inserido.

A aprendizagem de uma criança vem se construindo de forma lenta e


paciente, a ciência se apresenta da mesma forma, pois ela é formada de forma lenta
e paciente.

A ciência contribuiu e contribui ativamente para uma sociedade evoluída e


com uma qualidade de vida mais adequada. É neste sentido, que se torna tão
importante a aplicação da mesma nas séries iniciais, a curiosidade das crianças
precisam ser estimuladas e valorizadas.
Privar os alunos desta etapa, não somente deixa deficiente seu desempenho
acadêmico como atrapalha sua relação com os conhecimentos que irá adquirir
futuramente.

Portanto concluo, que para amenizar os impactos de uma má aplicação da


disciplina de ciências, que se mostra importante em vários níveis da formação
acadêmica e pessoal, o passo principal que precisa ser firmado, é a relação que o
professor responsável aplica entre a matéria de ciências e a turma ouvinte.

As crianças não tem ainda a independência de conhecer a importância e as


contribuições do ensino de ciências aplicadas e estimulado de maneira correta nas
suas vidas, então os pedagogos precisam de formação continuada para conseguir
compreender a imensidão de possibilidades e conhecimento que se pode adquirir com
as séries iniciais.

DESENVOLVIMENTO

AVALIAÇÃO SOBRE A DISCIPLINA DE CIÊNCIAS NA TURMA DE PEDAGOGIA


2020

Durante a disciplina ministrada na universidade federal do sul e sudeste do


Pará pelo professor José Pedro, podemos perceber essa dimensão da ciência .

Durante toda aplicação da disciplina, analisamos vídeos e planos de aula,


para poder compreender mais ainda sobre como aplicar uma aula dinâmica para
crianças do ensino fundamental, com auxílio de quatro vídeos, conseguimos
compreender como a criança interage na sala de aula quando o educador ministra
uma aula participativa.

Dessa forma a disciplina veio com esse intuído mostrar como uma aula e uma
matéria pode ser um mundo para uma criança, pois com uma forma correta e um
professor reflexivo que entende as diferenças e as dificuldade do aluno, uma
disciplina pode se tornar marcante para vida de uma criança, portanto uma criança
que cresce em ensino com um professor que entende que nem tudo vai ser como o
esperado, cresce com amor a uma matéria.
CONCLUSÃO

Concluo este artigo, apontando a importância do professor ser acessível com os


alunos, pois cada aluno apresenta um tempo e um nível de dificuldade, dessa forma
é importante ressaltar como um docente que respeita a sala a sua disciplina flui de
uma forma leve, fazendo com toda turma tenha vontade de ir pra faculdade. Diversas
vezes tive vontade de não concluir essa disciplina, porém sei que no futuro eu ia sofrer
um grave defeito na minha formação. Portando um educador respeitador em sala de
aula muda todo ambiente de ensino.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

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WEISSMANN, H.(org.) Didática das ciências naturais: contribuições e reflexões.


Porto Alegre: Artmed, 1998.

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