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Aula 17: Conceitos de Banco de Dados

Sumário
.......................................................................................................................................................................................

O CONCEITO DE BD................................................................................................................................................ 4

CARACTERÍSTICAS DE UM BANCO DE DADOS............................................................................................. 7

 QUESTÕES PARA FIXAR....................................................................................................................................... 10

ARQUITETURA, SGBDS E SBDS........................................................................................................................... 12

SGBD............................................................................................................................................................................ 16

SBD............................................................................................................................................................................... 20

SBD = SGBD + BD..................................................................................................................................................... 20

SBD = DADOS, HARDWARE, SOFTWARE E USUÁRIOS.............................................................................. 20

TRANSAÇÕES E SUAS PROPRIEDADES..............................................................................................................................................................................................................................................................................22

 QUESTÕES PARA FIXAR....................................................................................................................................... 26

CARACTERÍSTICAS DA ABORDAGEM DE BANCO DE DADOS................................................................. 28

 QUESTÕES PARA FIXAR....................................................................................................................................... 36

PROJETANDO E PROTOTIPANDO UM BD ...................................................................................................... 39

QUESTÕES PARA FIXAR........................................................................................................................................ 46

O MODELO ENTIDADE-RELACIONAMENTO (MER)...................................................................................... 51

OS COMPONENTES DO MODELO ER................................................................................................................ 54

ATRIBUTOS................................................................................................................................................................ 54

ENTIDADES................................................................................................................................................................ 60

RELACIONAMENTOS............................................................................................................................................... 63

ALGUMAS PARTICULARIDADES DE RELACIONAMENTOS........................................................................ 71

QUESTÕES PARA FIXAR ....................................................................................................................................... 77

NOTAÇÕES................................................................................................................................................................. 80

 QUESTÃO PARA FIXAR......................................................................................................................................... 86

ENTIDADES ASSOCIATIVAS................................................................................................................................. 91

GENERALIZAÇÕES E ESPECIALIZAÇÕES......................................................................................................... 93

BANCOS DE DADOS................................................................................................................................................ 98

MODELO ER............................................................................................................................................................... 101

QUESTÕES COMENTADAS.................................................................................................................................... 106

QUESTÕES COMENTADAS.................................................................................................................................... 117

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GABARITO.................................................................................................................................................................. 124

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O conceito de BD

O objeto deste capítulo da aula são os bancos de dados (BDs). Vamos buscar introduzir
o que são eles, para que servem e suas principais características.

Para começarmos a entender o que é um BD, vamos utilizar uma definição bem
simples presente no livro Sistemas de Bancos de Dados dos autores Elmasri & Navathe
(2011). Esse livro é bastante utilizado pelas bancas na hora de elaborar questões:

Um banco de dados é uma coleção de dados relacionados.

Ou seja, podemos dizer que um BD nada mais é do que um repositório ou depósito de


dados armazenados e relacionados!

Você pode não saber, mas com certeza já teve contato com vários bancos de dados de
forma indireta. Os sistemas de computador geralmente utilizam algum tipo de BD para
armazenar os mais diversos dados a serem acessados.

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Por exemplo, quando você vai comprar um produto em uma farmácia, o atendente
escaneia o código de barras e o sistema retorna o preço daquele item. Você paga com
seu cartão de débito e recebe a nota fiscal. Essa simples operação de compra e venda
envolve diversas consultas a bancos de dados, incluindo ao BD da própria farmácia para
verificar o preço do produto e registrar a venda, ao BD do seu banco para verificar seu
saldo e debitar o valor, ao BD do órgão fiscal do estado para verificar a alíquota e obter
os dados necessários para emitir a nota fiscal e por aí vai...

Bancos de dados são repositórios de dados geralmente estruturados, ou seja, que


seguem uma estrutura fixa e organizada, o que permite o fácil armazenamento e a
extração desses dados. Por exemplo, para armazenar dados a respeito dos produtos e
valores da farmácia do exemplo acima, deve haver uma estrutura bem definida, com
um campo que permite armazenar a referência ou o código de barras do produto e
outro para armazenar o seu valor de venda. Isso ajuda muito na hora de obter os preços,
pois sabemos como os dados estão organizados e onde encontrar a informação.

Produto Valor

Remédio X R$ 30,00

Pasta de dentes R$ 15,00

Espuma de barbear R$ 20,00

Exemplo de tabela de um banco de dados relacional

Os bancos de dados tradicionais são geralmente capazes de armazenar valores de tipos


simples, como valores textuais e numéricos nessas estruturas bem definidas e
organizadas, similares à tabela de preços ilustrada acima.

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Já alguns sistemas mais modernos possuem alguns recursos especiais para armazenar
dados não estruturados, como recursos multimídia (imagens, filmes, áudio), textos
grandes, postagens em redes sociais e etc. Esses bancos de dados estão fortemente
relacionados a aplicações de novas tecnologias, como big data.

Vamos resumir o que vimos até aqui para você não esquecer:

·       Bancos de dados são coleções de dados relacionados

Os bancos de dados tradicionais costumam armazenar dados simples (co


mo aqueles textuais e numéricos) em estruturas fixas, predefinidas

Alguns bancos de dados modernos permitem o armazenamento de recur


sos multimídia e outros tipos de dados não estruturados

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Características de um Banco de Dados


Se tomarmos somente aquela definição de banco de dados que já vimos (“um banco de
dados é uma coleção de dados relacionados”), basicamente qualquer conjunto de
dados pode ser considerado um banco de dados.

Por exemplo, você poderia tomar o site do Direção Concursos, abrir um curso e ver que
ele é uma coleção de dados (os arquivos e vídeos das aulas, por exemplo) relacionados
uns aos outros, pois pertencem ao mesmo curso. Você poderia chegar à conclusão de
que o seu curso é um banco de dados! E isso não estaria completamente incorreto, pois
está bem adequado à definição que trouxemos, não é?

Só que o que se toma como banco de dados na doutrina geralmente é um conceito


mais específico, com algumas características distintivas. Esse é o conceito que você
deverá adotar para a sua prova, então preste atenção.

É importante que você tenha em mente que um banco de dados é uma estrutura
específica, criada e gerenciada por um tipo de sistema complexo chamado Sistema de
Gerenciamento de Banco de Dados. Essas estruturas têm três características
fundamentais, segundo Elmasri & Navathe (2011):

Vamos ver o que cada uma dessas características significa:

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Representação do mundo real

Um banco de dados costuma representar aspectos do mundo real. Por exemplo, um


banco de dados pode ser utilizado para armazenar dados sobre os produtos e serviços
ofertados por um estabelecimento comercial, como no exemplo da farmácia; também
pode ser usado para trazer os dados necessários para o funcionamento de um órgão
público, como dados a respeito dos servidores, contratações, receitas e despesas...
enfim, as aplicações são inúmeras!

Um detalhe importante é que esse cenário do mundo real que se quer representar é
chamado de minimundo ou universo de discurso. Veja que o nome faz todo sentido,
pois “minimundo” = um pequeno pedaço do mundo.

Significado inerente

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Um banco de dados é uma coleção de dados com significado inerente. Essa


característica é, de certa forma, decorrente da primeira. A coleção de dados representa
algum aspecto do mundo real, trazendo assim um significado implícito para as
estruturas.

Por exemplo, se um banco de dados representa um minimundo dentro de um órgão


público, geralmente teremos uma estrutura que armazena dados a respeito de
licitações, outra que armazena dados a respeito de seus servidores, e assim
sucessivamente!

Esta propriedade implica dizer que um conjunto de dados aleatórios não é um banco
de dados. Assim, se você pega um conjunto de arquivos do seu computador ou um
punhado de aulas no site do Direção Concursos, não dá pra dizer que isso é um banco
de dados. 

Propósito específico

Um banco de dados tem um propósito específico, uma razão de ser. Quando se


constrói um BD, já se tem um conjunto de potenciais usuários e aplicações que irão
utilizá-lo. O banco de dados geralmente serve para que pessoas e sistemas possam
acessar e ler ou modificar esses dados.

Por exemplo, quando construímos um banco de dados de um órgão público, já


estamos pensando que o pessoal do setor de licitações precisa ser capaz de interagir
com as estruturas que guardam os dados das contratações, mesmo que isso se dê
através de um sistema de gerenciamento desses processos.

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Também estamos considerando que os dados devem ser disponibilizados em um


portal da transparência, para que o público amplo possa acessá-lo... enfim, são vários
cenários que são considerados na hora que se toma a decisão de construir um BD para
armazenar dados!

 Questões para fixar


(CESPE – CGM/João Pessoa – PB – 2018) A respeito de bancos de dados, julgue o item a
seguir.

Um banco de dados é uma coleção de dados que são organizados de forma randômica,
sem significado implícito e de tamanho variável, e projetados para atender a uma
proposta específica de alta complexidade, de acordo com o interesse dos usuários.

RESOLUÇÃO:

Ora, acabamos de ver que os bancos de dados têm um significado inerente e são
organizados de forma coerente, ou seja, um conjunto de dados randômicos (aleatórios)
sem significado implícito não é um BD.

Gabarito: E

(FCC – SABESP – 2018 - Adaptada) Julgue o item a seguir:

Banco de dados é uma coleção de dados inter-relacionados, representando


informações sobre um domínio específico.

RESOLUÇÃO:

Já vimos também que o banco de dados é uma coleção de dados relacionados, então a
primeira parte da questão está correta. Na verdade, eu trouxe esta questão da FCC para
você entender que domínio, neste contexto, significa uma área de interesse. Ou seja, o
banco de dados representa informações a respeito de uma área específica do mundo
real, o que também é uma característica do BD.

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Veremos mais a seguir que domínio tem outro significado dentro de bancos de dados
relacionais, então você precisa ficar atento sempre ao contexto.

Gabarito: C

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Arquitetura, SGBDs e SBDs


 Para conhecer melhor os bancos de dados e suas vantagens, primeiro precisamos
entender quais são as estruturas envolvidas na criação e manutenção de um banco de
dados e como elas se relacionam aos seus usuários e demais programas de
computador.

Os bancos de dados servem como meros repositórios de dados, ou seja, eles possuem
um conjunto de funcionalidades que se destina a manter os dados armazenados e
disponíveis para quem estiver interessado neles possa consultá-los ou manipulá-los.

Com isso em mente, temos que diversas pessoas, com propósitos distintos, devem ter
acesso aos dados. Por exemplo, se temos um BD que armazena dados de um órgão
público, vários usuários como os administradores do sistema, os servidores do órgão e
os cidadãos que acessam os dados abertos têm interesse em consultar e/ou modificar
as informações presentes no BD, a depender da sua finalidade.

Da mesma maneira, muitos sistemas do órgão devem ter acesso a esses dados
também. São os chamados programas ou sistemas de aplicação, que são aqueles
programas de computador que se destinam a uma finalidade específica dentro da
organização. Podemos exemplificar com um sistema que gerencia os processos
licitatórios, o sistema de ponto eletrônico dos servidores, o próprio portal da
transparência que disponibiliza os dados para o público amplo... enfim, o conjunto de
sistemas que acessa os dados do banco vai variar bastante de cenário para cenário. Aqui
no Direção Concursos, por exemplo, nosso site poderia ser considerado também um
programa de aplicação.

A moral da história aqui é que esse acesso aos bancos de dados não é feito de forma
direta, pois é necessário que toda a interação se dê através de um Sistema de
Gerenciamento de Bancos de Dados (SGBD).

Os programas de aplicação enviam consultas em uma linguagem de programação


específica para esse SGBD, e é o SGBD que vai lá nos bancos de dados buscar os dados
solicitados e retorná-los no formato solicitado. Os usuários (pessoas) mais avançados
muitas vezes também interagem diretamente com o SGBD, enviando também essas
consultas em linguagem de programação e lendo os resultados em alguma interface
gráfica (uma tela de programa) do SGBD.

Preparei o diagrama a seguir (baseado no livro de Elmasri & Navathe e levemente

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simplificado) para que você tenha uma noção geral do que estaremos falando:

Figura: Diagrama representando a estrutura de um Sistema de Banco de Dados          

No topo do diagrama, temos os usuários, os seres humanos que interagem de forma


indireta com os dados. Essa interação, como já citamos, pode se dar através dos
programas de aplicação que consultam os dados, ou diretamente através das
consultas ao banco em uma linguagem de programação (nos bancos de dados
relacionais, que são os mais comuns, é uma linguagem chamada SQL) – tudo isso
sempre direcionado ao SGBD.

Já na parte inferior da imagem, dentro dos limites do Sistema de Banco de Dados -


SBD (já vou explicar o que é isso, mas é diferente do SGBD!), temos o SGBD, que é o
Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados a que já fizemos referência. O SGBD é
responsável por basicamente tudo que está relacionado aos bancos de dados e
também vamos ver mais a respeito dele a seguir.

Em seguida, temos dois repositórios de dados que requerem sua atenção:

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Esses repositórios de dados são, na prática, o que denominamos de bancos de dados.


Todos os dados estão armazenados aqui! Um banco de dados é uma coleção de dados
relacionados, que é armazenada em um local controlado pelo SGBD.

Na prática, os BDs costumam ser compostos por arquivos especiais que armazenam
todos os dados em um formato que o SGBD consegue compreender e gerenciar –
lembre-se que toda a interação com os dados é realizada através do SGBD!

Um SGBD tem capacidade para criar e gerenciar diversos bancos de dados em um


mesmo sistema. Na prática, inclusive, um mesmo servidor (tipo de computador
poderoso que costuma rodar o SGBD e armazenar os dados) contém dezenas de
bancos de dados, cada um armazenando um conjunto de dados distinto. Para fins
didáticos representei tudo isso em uma só caixinha com o nome “dados”, mas entenda
ela como sendo um ou mais BDs.

Além disso, temos um repositório chamado de catálogo, que é um tipo de banco de


dados que contém metadados. Metadados são como são chamados aqueles dados
que descrevem as características de outros dados, ou seja, “dados a respeito de dados”.

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No catálogo, constam metadados que descrevem as estruturas de armazenamento


dos bancos de dados controlados pelo SGBD e várias regras associadas a elas.

Por exemplo, em um SGBD relacional (o tipo mais comum de SGBD), os dados são
armazenados em tabelas. O catálogo irá conter informações sobre todas as tabelas do
sistema, como o nome da tabela, as colunas que a compõem, o tipo de dados presente
em cada coluna (se é um número, texto, data, etc.), dentre outras regras e restrições.

Ainda veremos mais sobre o catálogo e outros metadados nesta aula!

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SGBD
Agora vamos entrar em maiores detalhes sobre o que faz o Sistema de Gerenciamento
de Banco de Dados (SGBD) e como podemos definir um Sistema de Banco de Dados
(SBD).

Figuras: Logos de SGBDs populares

SGBD (Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados) é um conjunto de programas


complexos que são utilizados para criar e gerenciar bancos de dados. O SGBD fornece
ferramentas para que se gerencie os dados e seus metadados armazenados, bem como
fornece interfaces de acesso para que usuários e programas de aplicação sejam capazes
de acessar os dados contidos nos bancos de dados.

Os SGBDs permitem que se realize várias tarefas, como definir, construir, manipular e
compartilhar bancos de dados, dentre outras funções. Esses sistemas costumam ser
conjuntos de softwares complexos que contam com inúmeras funcionalidades.

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Quando descrevemos a arquitetura de um banco de dados, pode parecer simples a


tarefa de servir de ponte entre os dados e os seus usuários, mas veremos que não é! Os
SGBDs tratam de conjuntos de dados que podem ser muito grandes e podem ser
acessados por milhares de pessoas ao mesmo tempo. Isso tudo requer uma série de
cuidados e mecanismos para garantir características como a disponibilidade, a
confiabilidade e a integridade dos dados armazenados.

Como citam Elmasri & Navathe, os SGBDs têm quatro funções principais:

A função de definição de dados envolve especificar quais serão as estruturas que


armazenarão os dados, os tipos desses dados e demais restrições que serão impostas
no modelo.

Essas demais restrições dizem respeito à implementação de regras de negócio


definidas nas fases de projeto do sistema. Por exemplo, podem ser criadas regras a
respeito de campos que devem ter valores únicos, dados que não podem ficar em
branco, etc.

A função de construção diz respeito à criação do banco de dados propriamente dito,


que, como vimos é uma estrutura virtual de armazenamento controlada pelo SGBD. O
SGBD gerencia uma camada de abstração entre a definição das tabelas e suas colunas
e os arquivos especiais que efetivamente contêm os dados.  

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Chamamos de camada de abstração porque, na prática, os dados não ficam armaz


enados bonitinhos em estruturas tabulares como nós os enxergamos. Os dados fic
am armazenados nos arquivos especiais de dados num formato que o computado
r entende, compostos por bits e bytes.

Assim, essa abstração é a tradução que o SGBD faz para nos exibir os dados nos fo
rmatos adequados e organizados nas estruturas descritas no catálogo, em um for
mato mais facilmente compreensível para os seres humanos.

A função de manipulação engloba tanto a recuperação (extração) dos dados, quanto a


alteração das definições das estruturas. Um exemplo prático da necessidade de se
alterar as definições quando o minimundo muda pôde ser visto na prática quando foi
adicionado um dígito aos números de telefones celulares no Brasil. Nesse caso, todos
aqueles campos dos bancos de dados que só suportavam números de 8 dígitos para
armazenar telefones precisaram ser redefinidos para passar a aceitar números de 9
dígitos.

A função de compartilhamento é fundamental para que o BD funcione bem quando


acessado por muitos usuários simultaneamente. Um SGBD eficaz deve ter um robusto
controle de concorrência para evitar conflitos entre os diversos usuários. Elmasri &
Navathe dão como exemplo um website de venda de passagens aéreas online: um
SGBD deve garantir que dois usuários não possam reservar o mesmo assento no avião
quando tentam fazê-lo de forma simultânea. Falaremos um pouco mais sobre
transações e controle de concorrência em brave.

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Mais algumas funcionalidades dos SGBDs

Desdobrando e expandindo essas funções dos SGBDs, temos mais alguns itens que
podem ser alvo de cobrança na sua prova:

Os SGBDs realizam também o gerenciamento da segurança dos BDs. Muitas empresas


e organizações trabalham com dados de diversos níveis de sigilo, então é necessário
que se tenha um controle de acesso adequado, protegendo o BD de ataques externos
ou de acessos de pessoas não autorizadas dentro da organização. O SGBD também é
responsável por criptografar dados sensíveis quando necessário. Essas ações permitem
a manutenção da confidencialidade da informação.

Nesse sentido, é importante que haja o gerenciamento de permissões adequadas à


função de cada ator dentro da organização. O Administrador de Banco de Dados (DBA),
profissional tecnicamente qualificado que é responsável pela manutenção do BD, deve
ter acesso quase que irrestrito para que possa realizar seu trabalho, sendo capaz não
somente de consultar dados como também atualizar, modificar ou remover estruturas.
Enquanto isso, um simples usuário que alimenta dados através de um sistema de
aplicação não deve ser capaz de acessar dados estratégicos da empresa que nada têm
a ver com suas atribuições.

O SGBD também permite criar e gerenciar backups, que são cópias periódicas de
segurança feitas para resguardar os dados. Os backups geralmente são compactados
(para diminuir seu tamanho) e criptografados. Também tem funcionalidades relativas à
performance do acesso aos dados, por meio de criação de estruturas chamadas
índices e pela otimização do fluxo interno de execução das consultas. Não entraremos
em maiores detalhes a respeito desses pontos agora.

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SBD
Já Sistema de Banco de Dados (SBD) é um conceito que envolve toda essa cadeia de
estruturas e aplicações que acabamos de estudar. Em linhas gerais, podemos dizer que
ele é o conjunto do banco de dados e do sistema utilizado para gerenciá-lo:

SBD = SGBD + BD
Você pode ter observado que o nosso diagrama lá no começo da seção incluiu também
a aplicação ou as consultas que são direcionadas ao SGBD como sendo parte do SBD.
Nesse sentido, C. J. Date (1984) diz que um sistema de banco de dados tem quatro
componentes: dados, hardware, software e usuários.

SBD = Dados, hardware, software e


usuários

Ou seja, dependendo do entendimento que a banca adotar, você pode considerar


basicamente todos os elementos que estão envolvidos direta ou indiretamente com o
banco de dados como fazendo parte do sistema! Acho importante memorizar essas
definições, pois são simples e se aparecerem em prova você já saberá que está certo.

No entanto, não encontrei tantas questões explorando essas diferenças entre SBD,
SGBD e Bancos de Dados, então não se preocupe em ter um rigor muito forte nas
questões de prova. Creio que as bancas tendem a evitar explorar essas pequenas
contradições teóricas e focar em aspectos mais amplos dos conceitos. Veja a dica a
seguir!

Dica para a prova:

Em resumo, o SGBD é o sistema que, na prática, nos permite trabalhar com os BD


s. Quando se adquire uma solução em banco de dados como o do Oracle ou o SQL

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Server da Microsoft, está se adquirindo um SGBD, que irá permitir a criação e o ger
enciamento de bancos de dados. Esse SGBD irá fazer parte do SBD – Sistema de B
ancos de Dados.

No entanto, note que muitas vezes as bancas irão utilizar o termo “banco de dado
s” em sentido amplo, como por exemplo na afirmativa “um banco de dados permit
e os acessos simultâneos de múltiplos usuários”. Isso é comum e não necessariam
ente estará incorreto porque a banca não citou expressamente o SGBD.

Na prática, você deve ter o seguinte cuidado ao marcar: identifique se o ponto cent
ral da questão é diferenciar os conceitos de SGBD, SBD e banco de dados – se for, v
ocê deve lembrar das nossas definições exatas para julgar o item. Já se não for esse
o propósito, a banca pode usar os termos sem muito rigor teórico, podendo simple
smente estar usando o termo “banco de dados” em sentido amplo, para represent
ar o sistema de bancos de dados como um todo, o que irá englobar também as fu
nções do SGBD.

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Transações e suas propriedades

As operações que incluem um ou mais acessos ao banco de dados, seja para ler ou
para escrever dados, são conhecidas como transações. Assim, toda ação que um
usuário ou programa de aplicação irá realizar para interagir com o BD irá envolver uma
ou mais transações.

Uma transação pode ser tanto simples, como aquela que envolve somente a leitura de
um dado pontual dentro do BD, como complexa, envolvendo dezenas de operações de
leitura e escrita e cálculos complexos entre elas. Essas transações podem ser
executadas de forma breve ou demorada, tudo vai depender de sua complexidade e de
outros vários fatores relativos à configuração e utilização do SGBD.

Além disso, é importante notar que usuários e programas de aplicação diferentes


podem enviar comandos para a execução de transações de forma simultânea, que
consultem ou modifiquem os mesmos dados.

Esses fatores podem trazer alguns problemas e anomalias que devem ser evitados nos
bancos de dados. Os SGBDs tradicionais costumam garantir um conjunto de
propriedades para evitar problemas advindos dessas e de outras situações. Essas
propriedades são conhecidas no acrônimo ACID, um conjunto de quatro propriedades
relativas às transações:

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Atomicidade: A atomicidade está relacionada ao conceito de átomos, aqueles que


estudamos nas matérias de química e física. Mais especificamente, ela está relacionada
à característica de que os átomos são indivisíveis, e, portanto, as transações também
devem ser.

Ou seja, não é possível tomar uma transação, dividi-la em duas ou três partes, executar
em momentos diferentes e dizer que a transação foi realizada. Não é assim que
funciona!

Isso implica dizer que caso haja uma falha qualquer no meio da execução de uma
transação que faz diversas operações sobre o banco de dados, o que já havia sido feito
até o momento do erro deve ser revertido. Ou seja, podemos resumir que os resultados
parciais da transação não devem ser gravados no banco de dados. Uma transação
deve ser executada por completo ou não produzirá efeitos no banco de dados.

Isso é importante porque as transações são definidas pelo desenvolvedor para serem
executadas do começo ao fim. O produto intermediário, quando somente alguns
passos foram seguidos, não seria um resultado desejado e, portanto, não deve produzir
efeitos no BD!

Consistência: As transações devem levar um BD de um estado consistente a outro


estado consistente. Isso quer dizer que as alterações produzidas pelas transações não
podem produzir efeitos que violem as restrições definidas para o BD.

Para exemplificar, imagine que foi definida uma regra que determina que o CPF de
cada pessoa é único em uma tabela. Dessa forma, em respeito à propriedade da
consistência, nenhuma transação pode criar um novo registro de uma pessoa com o
CPF igual ao de outra, pois isso violaria às regras definidas previamente.

Isolamento: Como já citamos, em um banco de dados multiusuário, é comum que


haja várias transações tentando acessar o mesmo registro ao mesmo tempo, seja para
ler, seja para alterar esse dado. Nós chamamos essas transações de concorrentes.

Se o SGBD não adotar certas medidas de controle de concorrência, duas transações


que estão executando de forma simultânea podem acabar influenciando
indevidamente uma na outra, produzindo um resultado anômalo. Nesse sentido, a ideia
da propriedade do isolamento é garantir que duas transações simultâneas (que

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podemos chamar de T1 e T2) devem produzir os mesmos resultados que produziriam se


estivessem sendo executadas em alguma ordem sequencial. Ou seja, o resultado que
se obteria aplicando T1 e depois T2 ou T2 e depois T1. A ordem aqui não importa, o
importante é a corretude dos resultados.

Para ilustrar uma possível anomalia que poderia ocorrer sem esse isolamento, veja o
exemplo a seguir:

Imagine que duas transações vão ser realizadas em um BD de um estabelecimento


comercial:

T1: Aumentar em R$10 o preço de um produto que custa R$100.


T2: Dar um desconto de 10% no preço do mesmo produto, que, como já dissemos, custa
R$100.

Se executarmos uma transação e depois a outra, os resultados possíveis são os


seguintes:

T1, depois T2: Produto passa a custar R$110, depois recebe o desconto de 10% e passa a
custar R$99.
T2, depois T1: Produto recebe o desconto de 10%, passa a custar R$90 e depois recebe
o aumento de R$10, passando a custar R$100.

Veja que temos duas possibilidades diferentes para o dado em questão: Se adotamos a
ordem T1 -> T2, o valor final é R$ 99; se adotamos a ordem T2 -> T1, o valor final é R$
100.

Agora, imagine que as duas transações não estivessem isoladas e ocorressem ao


mesmo tempo, o que poderia acontecer:

1º Momento:

T1: Lê o preço inicial do produto de R$100.


T2: Também lê o preço inicial do produto a R$100.

2º Momento:

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T1: Aplica o acréscimo de R$10 sobre o valor lido anteriormente, obtendo o valor de
R$110.
T2: Aplica o desconto de 10% sobre o valor lido anteriormente, obtendo o valor de R$90.

3º Momento:

T1: Salva no preço do produto o resultado de R$110.

4º Momento:

T2: Salva no preço do produto o resultado de R$90, sobrescrevendo o resultado salvo


por T1.

Percebeu o problema? No nosso exemplo sem isolamento, o resultado final seria


gravado como R$90, resultado diferente daqueles dois possíveis que já discutimos. Isso
ocorre porque as transações ocorreram simultaneamente e uma, de certa forma,
anulou o resultado da outra, já que não “esperou” a primeira terminar para ler o valor
final.

Com a propriedade de isolamento, esse tipo de situação não ocorreria. O SGBD utiliza
um sistema de controle de concorrência para gerenciar essas múltiplas transações
simultâneas. Esse sistema não necessariamente faz uma transação esperar pela outra,
mas adota alguns mecanismos especiais destinados a garantir o resultado final correto,
como se essas transações estivessem sendo executadas numa certa ordem. Esses
mecanismos são mais complexos e não serão alvo do nosso estudo detalhado nesse
momento!

Dica para a prova: As bancas costumam tentar enganar o candidato dizendo que
o SGBD irá garantir o acesso simultâneo de dois usuários tentando modificar/ler
o mesmo dado ao mesmo tempo. Isso não está correto! O que o SGBD faz no contr
ole de concorrência é garantir os resultados corretos das transações simultâneas,
como se elas estivessem sendo executadas de forma sequencial. Para garantir ess
es resultados corretos, pode ser necessário que uma das transações envolvidas pre
cise aguardar a outra finalizar uma ou mais operações que esteja realizando.

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Durabilidade: Essa última propriedade é a mais simples, na minha opinião. Ela diz que
as alterações realizadas por uma transação devem persistir no banco de dados. Ou seja,
uma vez que uma transação foi finalizada com sucesso, mesmo que posteriormente
falte energia ou o BD sofra algum tipo de falha, os resultados devem permanecer
gravados.

 Questões para fixar


(CESPE – EBSERH – 2018) Com relação a banco de dados, julgue o item seguinte.

Após um banco de dados ser criado, o administrador executa uma série de tarefas para
dar permissão de acesso aos usuários que necessitam ler e gravar informações na base
de dados. A responsabilidade de gerir os acessos ao banco de dados é do sistema
gerenciador de banco de dados (SGBD).

RESOLUÇÃO:

Como vimos, uma das funções do SGBD é realizar o controle de acesso ao banco (ou
base) de dados. Esse controle visa restringir o acesso de pessoas não autorizadas a um
determinado objeto (uma tabela específica, por exemplo), a conjuntos de objetos ou até
mesmo ao banco de dados inteiro.

Gabarito: C

(CESPE – FUNPRESP-EXE – 2016) Com relação ao controle de concorrência em


sistemas gerenciadores de banco de dados relacionais, julgue o item subsecutivo.

Uma transação é uma sequência de ações divisíveis de uma unidade de trabalho.

RESOLUÇÃO:

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Se você se lembrar das propriedades ACID, vai ver que a afirmativa está errada. A
primeira característica das transações é a atomicidade, que define que as transações
são indivisíveis.

Gabarito: E

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Características da Abordagem de Banco


de Dados
Beleza, conseguimos entender o que é um banco de dados e suas principais
características. No entanto, ainda resta entender os motivos que levam essa abordagem
a ser mais interessante do que se utilizar arquivos de dados convencionais, como
planilhas no Excel ou documentos de texto contendo os nossos dados, não é? É isso que
vamos discutir agora!

Processamento de Arquivos

A abordagem tradicional de se trabalhar com dados em programas de computador


envolve a utilização de processamento de arquivos. Esses arquivos são arquivos de
dados convencionais, podem ser planilhas no Excel, muito comumente utilizado nas
empresas, como também arquivos no formato CSV (Comma Separated Values) e
outros diversos formatos.

Nessa abordagem, cada programa de aplicação mantém seu próprio conjunto de


arquivos com os dados necessários para seu funcionamento. Por exemplo, considere
que um órgão público possui, dentre outros, os programas de portal da transparência,
cadastro de fichas funcionais e ponto eletrônico. Na abordagem tradicional de
processamento de arquivos, o desenvolvedor de cada sistema constrói um tipo de
arquivo que contém os dados necessários para esse sistema.

Nesse cenário, mesmo que esses três sistemas desse órgão público utilizem dados
similares, cada um terá seu arquivo de dados específico. Por exemplo, o portal da
transparência pode armazenar dados de servidores em um arquivo CSV, o cadastro de
fichas funcionais uma planilha no Excel e o ponto eletrônico um outro tipo de registro
em arquivos de texto.

Só que esses sistemas usam vários dados em comum, mais especificamente um


conjunto de dados que caracteriza os servidores do órgão. Veja, então, que cada um
dos programas ter seu próprio repositório de dados em um arquivo diferente gera uma
redundância desnecessária de dados. O mesmo servidor terá suas informações
gravadas em três locais distintos!

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Isso gera algumas dificuldades importantes:

·        Precisamos manter a consistência da informação – se um mesmo servidor tem o


nome escrito de forma diferente em cada um dos sistemas, qual seria o correto?

·        Também é gerada uma dificuldade no processo de atualização de dados – quando


um servidor se muda e precisamos atualizar seu endereço, é necessário fazer isso em
todos os arquivos diferentes que armazenam esse dado

·        Os arquivos também dificultam o compartilhamento dos dados – não há


mecanismos para gerenciar acessos simultâneos e resolver problemas de edições
concorrentes, nem para permitir que os vários usuários tenham a mesma visualização
sobre os dados.

Só para que você fique sabendo (e porque já vi cair em prova), CSV é um formato d
e arquivo que utiliza separadores (comumente vírgulas) e quebras de linha para de
limitar os registros e atributos dos dados. Ao utilizar esta maneira sistemática de
organização, os dados se tornam facilmente compreensíveis para as aplicações.

O computador, ao “ler” uma quebra de linha, já sabe que se trata de um registro di


stinto (outra linha na tabela). Da mesma maneira, a máquina percebe que cada val
or delimitado por uma vírgula é um atributo, ou seja, uma característica daquele r
egistro.

Veja o exemplo a seguir para entender melhor. Nele, cada linha contém o registro
de uma escola e cada valor separado por vírgula diz respeito a uma característica
(atributo) dessa escola:

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Figura: Exemplo de arquivo CSV com dados de escolas públicas em Pernambuco,


conforme dados abertos do MEC

Essa abordagem tradicional não parece a melhor solução para todos os casos, não é?
Quando a complexidade do universo de dados de uma organização vai crescendo,
esses defeitos vão ficando cada vez mais graves. A abordagem de banco de dados, por
sua vez, visa consolidar os dados em um único repositório, diminuindo a redundância
dos dados e trazendo soluções para diversos desses problemas, se mostrando uma
solução adequada para a manutenção de conjuntos de dados em várias situações.

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Figura: Diferenças entre abordagem de processamento de arquivos (esq.) e de banco de


dados (dir.)

As Características da Abordagem de Banco de Dados

A abordagem de bancos de dados tem algumas características que a descrevem e a


diferem da abordagem tradicional de processamento de arquivos. Elmasri & Navathe
(2011) definiram quatro características fundamentais da abordagem de BD:

1. Natureza autodescritiva:

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Um sistema de banco de dados não armazena somente os dados. Ele armazena de


maneira separada a definição (ou descrição) da estrutura do banco de dados. Essas
informações a respeito da estrutura são chamadas de metadados, ou seja, dados a
respeito de dados, e o local onde tudo isso fica armazenado se chama catálogo.

Portanto, no catálogo temos informações sobre a estrutura do banco de dados, o que


vai incluir o nome de cada objeto e estrutura de armazenamento, os arquivos utilizados
pelo SGBD, o tipo de dados de cada item (número, texto, etc.), seu formato de
armazenamento, dentre outras diversas restrições e características! A partir desses
metadados é possível construir um “esqueleto” do BD, ou seja, toda sua estrutura,
mesmo que os dados propriamente ditos estejam armazenados em um local separado.

Um detalhe importante que você deve memorizar é que existe um conceito parecido
com o catálogo que é o de dicionário de dados. Alguns autores consideram o catálogo
e o dicionário como sendo a mesma coisa, outros não. Se a banca quiser diferenciar os
dois conceitos em alguma questão, você pode assumir que o dicionário de dados é um
conceito mais amplo do que o catálogo.

Para esses casos em que há essa diferenciação, você deve gravar que o dicionário
também guarda os metadados a respeito de todas as estruturas do banco de dados,
seus tipos de dados, restrições, dentre outras informações também presentes no
catálogo.

Além disso, o dicionário irá incluir também uma documentação que trata do conteúdo
e da estrutura do banco de dados. Silberschatz (2011) aponta que informações sobre
perfis de usuário e suas autorizações, estatísticas como número de registros em cada
tabela e informações a respeito de índices também podem ser armazenadas nos
dicionários. Esses são conceitos que ainda iremos ver melhor, então não se preocupe
tanto em entender o que cada um quer dizer por enquanto.

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Resumindo: O dicionário de dados é um “mini banco de dados” que contém meta


dados a respeito das diversas partes que compõem o sistema.

2. Isolamento entre programas e os dados, e a abstração dos dados:

Na abordagem de processamento de arquivo, informações sobre as estruturas de cada


tipo de arquivo de dados estão embutidas nas aplicações. Isso significa dizer que cada
vez que fizermos uma alteração na estrutura de um arquivo, precisaremos também
alterar a aplicação que o acessa.

Esse isolamento entre programas e os dados, e a abstração dos dados é uma


característica interessante da abordagem de banco de dados porque nos permite
realizar diversas alterações no BD sem precisar fazer alterações nos programas que o
utilizam ou mesmo que isso represente alguma modificação no minimundo.

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Para entender melhor no que consiste este item, observe a imagem acima. Considere
que a aplicação trabalha com dados do MEC, lendo um arquivo cujos registros de dados
consistem sempre em quatro campos na sequência: UF, Município, População e
Escola.

Agora considere que removemos uma das colunas do arquivo, por exemplo a de
População. Na abordagem de processamento de arquivo, quando alteramos a estrutura
do arquivo, mesmo que o programa não utilize essa informação, poderia ser necessário
alterar o programa de aplicação para “entender” o novo formato do arquivo, senão o
sistema irá produzir um erro!

Na abordagem de banco de dados isso não ocorre. Como a definição a respeito das
estruturas dos dados está armazenada separadamente no catálogo, alterações no
esquema podem ocorrer sem “quebrar” as aplicações que estão utilizando o BD. Se o
programa de aplicação já não utiliza determinada informação, podemos removê-la do
esquema do banco de dados sem que isso represente nenhum prejuízo para a leitura
dos dados.

3. Suporte para múltiplas visões sobre os dados:

Esta característica é mais simples. Para entendê-la, você deve se lembrar que a
interação dos usuários e dos programas de aplicação com um banco de dados se dá
através de consultas de uma linguagem de programação. Nos bancos de dados
relacionais, que são os mais populares, é utilizada uma linguagem chamada SQL.

As consultas nessa linguagem definem como você quer ver o resultado dos dados,
então é possível definir mil e uma maneiras com que você quer associar os dados das
diferentes estruturas de armazenamento para visualizá-los. Você pode combinar dados
de estruturas diferentes, fazer operações matemáticas, agregá-los, ordená-los de
diferentes formas, e assim sucessivamente.

Enquanto um arquivo na abordagem de processamento segue uma estrutura fixa, em


um banco de dados há recursos para a definição de visões sobre esses dados, que são
diferentes perspectivas de visualização sobre o mesmo conjunto de dados, definidas
com o auxílio da linguagem de consulta utilizada.

Assim, usuários diferentes que tenham requisitos diferentes sobre a maneira com que
devem enxergar os dados terão acesso a visões diferentes. Para ficar no exemplo

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daquele banco de dados de um órgão público, poderíamos ter as seguintes visões


diferentes sobre o mesmo conjunto de dados a respeito dos servidores do órgão:

·       Na visão destinada ao sistema de cadastro de fichas funcionais, haveria acesso


completo à ficha de cada servidor, com todos os seus dados;

·       Na visão destinada ao portal da transparência, só haveria acesso ao nome, CPF


e salário de cada servidor;

·       Na visão destinada ao sistema de ponto eletrônico, haveria acesso à matrícula


ou CPF do servidor, junto com seus dados de frequência nas catracas.

4. Compartilhamento de dados e processamento de transações multiusuário:

Os bancos de dados são feitos para que várias pessoas possam utilizá-los. Assim, há
mecanismos para gerenciar esses múltiplos acessos. É possível gerenciar que usuários
devem ter acesso a que partes do banco de dados, coibindo o acesso de pessoas não
autorizadas a determinados dados.

Além disso, os SGBDs permitem dar tratamento adequado a situações em que mais de
uma pessoa tenta realizar operações sobre o mesmo dado ao mesmo tempo – aquele
caso das transações concorrentes. A propriedade que diz respeito a essas múltiplas
transações simultâneas em relação aos dados é chamada controle de concorrência. Os
SGBDs irão garantir resultados corretos dessas operações concorrentes, como se elas
estivessem sendo executadas de forma sequencial.

Antes de seguirmos, mais uma palavrinha a respeito de redundâncias: as bancas g


ostam de afirmar, para tentar confundir o candidato, que a abordagem de banco d
e dados elimina completamente as redundâncias de dados. Isso não é necessaria
mente verdade.

Nos SGBDs relacionais, geralmente se emprega uma técnica chamada normalizaç


ão, que visa diminuir a quantidade de redundâncias presentes no modelo. No enta

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nto, dependendo do propósito do sistema, é possível que se adote um maior ou m


enor nível de redundância controlada.

A redundância controlada de dados é aquela em que o sistema “tem conheciment


o” de que um objeto está representado múltiplas vezes no banco de dados, e ele
mesmo realiza o gerenciamento para garantir a sincronização entre essas diferent
es representações. Ou seja, o SGBD cuida para que um mesmo dado redundante
não esteja com um valor em um lugar A e outro valor diferente no lugar B.

Já no caso da redundância não controlada, a atribuição de manter essas múltipla


s representações sincronizadas, tudo igualzinho e certinho ao mesmo tempo, fica
sob total responsabilidade do usuário. Isso traz mais riscos de erros e gera uma car
ga de trabalho muito elevada quando as redundâncias são muitas.

Então, moral da história sobre redundância é que, se a banca disser:

è Na abordagem de bancos de dados, há uma redução da quantidade de redundâ


ncias em relação à abordagem de processamento de arquivos – CORRETO

è Na abordagem de bancos de dados, redundâncias são eliminadas – CORRETO

è Na abordagem de bancos de dados, todas as redundâncias são eliminadas – ERR


ADO

 Questões para fixar


(CESPE – FUB – 2016) Acerca dos conceitos de bancos de dados, julgue o item seguinte.

Em sistemas gerenciados de banco de dados, a independência dos dados refere-se à


capacidade de modificar a estrutura lógica ou física do banco, sem a necessidade de
uma reprogramação dos programas de aplicativos.

RESOLUÇÃO:

É isso mesmo! A independência dos dados permite que se altere a estrutura do BD (não
se preocupe com essa história de lógica ou física por enquanto) sem que sejam
necessárias modificações nos programas ou aplicativos.

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Gabarito: C

(CESPE – TCE/SC – 2016) Com relação aos bancos de dados relacionais, julgue o
próximo item.

O catálogo de um sistema de gerenciamento de banco de dados relacional armazena a


descrição da estrutura do banco de dados e contém informações a respeito de cada
arquivo, do tipo e formato de armazenamento de cada item de dado e das restrições
relativas aos dados.

RESOLUÇÃO:

É uma definição bem parecida com a nossa. O texto está correto. Os metadados
armazenados no catálogo possuem informações a respeito da estrutura do banco de
dados e sobre as diversas restrições.

Gabarito: C

(CESPE – MPOG – 2015) Acerca de sistema de gerenciamento de banco de dados


(SGBD), julgue o seguinte item.

O SGBD proporciona um conjunto de programas que permite o acesso aos dados sem
exposição dos detalhes de representação e armazenamento de dados, por meio de
uma visão abstrata dos dados, conhecida como independência de dados.

RESOLUÇÃO:

Em computação, quando falamos de abstração, estamos nos referindo a um conceito


que permite relevar os detalhes técnicos de um determinado conceito em favor de uma
visão mais ampla, mais próxima do contexto do usuário. Assim, quanto maior o grau de
abstração, menos detalhes intrínsecos às maquinas e sistemas são levados em
consideração.

Nesse caso específico, em outras palavras, o examinador quis dizer que a independência
de dados é a característica de abstrair os detalhes da representação e armazenamento

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dos dados. Não deixa de estar correto, já que o programa de aplicação releva os
detalhes da implementação do BD, trazendo assim a possibilidade de se realizar
alterações no banco sem precisar alterar o programa.

Gabarito: C

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Projetando e prototipando um BD
Nesta seção, vou te apresentar algumas noções de modelagem de BD. Aqui vamos
falar do processo que é realizado desde a concepção do banco de dados, em que é
representado o minimundo, até a implementação propriamente dita no SGBD.

Geralmente se trata o processo de modelagem do banco de dados em três etapas: os


projetos (ou modelos) conceitual, lógico e físico. Vamos usar os termos modelo e
projeto indistintamente aqui, pois as bancas podem adotam os dois termos sem muita
diferenciação.

Essas três etapas obedecem a um fluxo que vai da definição mais abstrata até aquele
modelo mais concreto, mais próximo do sistema em si. A abstração aqui é um conceito
da informática que está relacionada ao nível de detalhes específicos dos sistemas que
são tratados.

Um modelo ou projeto conceitual não se preocupa muito com os detalhes do SGBD ou


do computador que vai ser utilizado para armazenar os dados, organizando as
estruturas em função somente dos conceitos do mundo real que serão representados
no banco de dados. Por esse motivo, estamos falando de um modelo com alto grau da
abstração, pois estamos abstraindo ou ignorando os detalhes mais específicos
relacionados a programação e computação.

Já quando tratamos do modelo físico, estramos tratando de um projeto muito mais


próximo do nível das máquinas, ou seja, aqui tratamos de linguagens de programação e
vários conceitos técnicos bem específicos do SGBD.

Para entender melhor, imagine que você quer mandar construir uma casa e faz um
desenho de como quer que ela fique, basicamente um esboço que mostra onde vão as
portas, paredes e janelas. Esse seria um modelo conceitual. Já quando você contratar o
escritório de arquitetura/engenharia responsável pela obra, eles irão produzir um
projeto executivo detalhado, fornecendo um verdadeiro guia de como será realizada a
obra pela equipe que irá fazer a construção. Esse projeto estaria mais associado ao
modelo físico do BD.

Vamos detalhar melhor essas etapas a seguir para que você possa compreender bem.

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Modelo/Projeto Conceitual

O nosso primeiro modelo é o de maior nível de abstração, ou seja, mais próximo da


visão do usuário do que da máquina. No modelo conceitual, o objetivo é somente criar
uma representação dos aspectos do mundo real que se deseja armazenar no BD. A
ideia de se criar um modelo conceitual é representar os requisitos e especificações
dos usuários – ou seja, as regras de negócio e estruturas que os usuários desejam que o
BD atenda.

O modelo conceitual, em teoria, ainda não serve de guia direto para a implementação
no banco de dados. Não estamos nos preocupando em representar estruturas
exatamente como elas irão ser criadas no banco de dados. O modelo conceitual serve
de referência para uma implementação futura do banco de dados, ou seja, geralmente
é realizada uma tradução em modelo lógico (a etapa seguinte de modelagem) para
que a efetiva implementação possa ser realizada.

Para representar o modelo conceitual, geralmente se utiliza um modelo inicialmente


desenvolvido por um cara chamado Peter Chen (1976). Esse é o modelo de Entidade-
Relacionamento (ER). Esse modelo representa o projeto do banco de dados em função
de entidades, relacionamentos e atributos. Esses conceitos são utilizados para
produzir diagramas, chamados analogamente de diagramas de entidade-
relacionamento (DER), ou às vezes de diagramas de “entidade e relacionamento”. Tanto
faz!

Veja um exemplo de diagrama ER a seguir:

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Figura: Exemplo de Diagrama Entidade-Relacionamento

Diagramas ER podem seguir vários tipos de representações gráficas diferentes, ch


amadas de notações. Em geral, no entanto, a maioria dessas representações têm
estruturas como a representada acima:

Retângulos representam as entidades, ou seja, representações dos objetos de int


eresse do mundo real que irão aparecer no banco de dados;

Elipses (círculos alongados) representam os atributos, ou seja, as várias característ


icas que descrevem essas entidades;

Losangos representam os relacionamentos, que são as ligações entre as entidade


s.

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Nesta etapa, diz-se que há uma independência de hardware e de software, ou seja,


um mesmo modelo conceitual pode ser utilizado para a implementação em diferentes
tipos de computadores e modelos de SGBD. Quando esse modelo conceitual for
traduzido em um modelo lógico, aí sim ele começa a ficar mais específico em relação a
esses fatores.

Vamos prosseguir!

Modelo/Projeto Lógico

O projeto lógico é derivado do projeto conceitual, mas já inclui as características do


modelo de SGBD (ou modelo de dados) que será utilizado. Ele começa a agregar
algumas informações importantes que serão usadas na futura implementação.

Assim, um projeto lógico vai depender do modelo de SGBD adotado. Existem vários
modelos de SGBD, o que inclui o modelo relacional, orientado a objetos, objeto-
relacional, hierárquico, em rede, dentre outros! O modelo mais popular é o modelo
relacional.

Veja que esse termo “modelo de SGBD” pode confundir um pouco com esses mod
elos conceitual – lógico – físico, então tome cuidado. Os termos “modelo de SGBD”
ou “modelo de dados” costumam ser empregados para distinguir os diferentes tip
os de organização de bancos de dados. O modelo relacional organiza os dados em
tabelas, o modelo hierárquico em uma estrutura de arvore hierárquica, e por aí vai!

Para exemplificar uma aplicação do projeto lógico, tome a informação de que os SGBDs
relacionais armazenam os dados em tabelas. Nesse caso, um projeto lógico feito para
um banco de dados relacional já irá contar com toda a representação de quais tabelas
irão fazer parte do modelo, de todas as outras principais estruturas que fazem parte de
um banco de dados relacional. Isso faz com que o modelo lógico, como já dissemos,
seja bem atrelado ao modelo de SGBD adotado.

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No entanto, note que um mesmo modelo lógico pode servir para diferentes SGBDs do
mesmo modelo. Existem vários fabricantes que ofertam SGBDs relacionais, como
Oracle, MySQL, Microsoft SQL Server, etc. Eles possuem características diferentes, mas
se o modelo de SGBD adotado é o mesmo (no nosso exemplo, o relacional), será
possível reutilizar um projeto

O modelo lógico é dependente do modelo de dados ou modelo de SG


BD, mas não é dependente de um SGBD específico.

Ate
nçã
o!
Os modelos de SGBD definem como serão armazenados os dados no
banco de dados. O modelo mais tradicional é o relacional, mas existe
m também o modelo hierárquico, orientado a objetos, objeto-relacion
al e em rede, por exemplo.

Ressalte-se que ainda não há a criação/implementação do banco de dados no


projeto lógico, ele é um modelo que mostra como os dados estarão dispostos no
modelo de SGBD escolhido. Assim, os elementos que compõem o minimundo somente
são organizados de modo a se adequar às características do modelo de dados que será
adotado.

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Figura: Exemplo de representação de modelo lógico

O modelo lógico também pode ser representado de outras formas, incluindo de forma
textual, mas é mais comum que esteja representado dessa maneira acima,
relativamente parecido com um modelo conceitual, mas contendo mais alguns
detalhes a respeito das estruturas que serão implementadas. A tradução do modelo
conceitual em um modelo lógico pode implicar algumas alterações para adequar o
cenário descrito no modelo conceitual ao modelo de SGBD escolhido.

Modelo/Projeto Físico

A modelagem física já diz mais respeito à implementação propriamente dita do projeto


no SGBD. O modelo de dados e até o próprio SGBD já foram especificados. A ideia, aqui,
é detalhar os componentes da estrutura física do banco de dados, detalhes bastante
técnicos que estão relacionados à performance e à organização interna dos SGBDs.

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Segundo Elmasri e Navathe, nesta etapa serão levadas em consideração


particularidades do sistema, como estruturas internas de armazenamento, organização
dos arquivos, definição de índices, caminhos de acesso e outros parâmetros do design
físico do banco de dados. Isso provavelmente vai envolver a utilização da linguagem de
programação associada ao SGBD escolhido. No caso de um SGBD relacional, se
utilizaria a linguagem SQL.

É fácil perceber que essa modelagem vai ser sim dependente de um SGBD específico e
das estruturas de armazenamento utilizadas. Dessa maneira, também consideramos
que o modelo físico tem o menor grau de abstração dos modelos representados. Ou
seja, nada de representar conceitos omitindo detalhes do SGBD. Aqui é a ferramenta e a
tecnologia em seu estado mais puro.

Independência de Dados

Para fechar o raciocínio a respeito dessas etapas da modelagem e do projeto de um


banco de dados. Você pode tomar esses modelos em um grau decrescente de
abstração: o modelo conceitual é o mais abstrato, mais próximo do ambiente do
negócio, representando as regras de negócio definidas na etapa de levantamento dos
requisitos par ao projeto.

O modelo lógico, por sua vez, representa um mapa para a implementação no modelo
de SGBD escolhido. Por fim, o modelo físico define detalhes a respeito do nível físico do
SGBD, o que irá incluir tarefas mais tecnicamente complexas, como a definição de
índices, caminhos de acesso e organização dos arquivos internos.

Tendo isso em mente, quero que você se lembre também da característica de


isolamento da abordagem de banco de dados, aquela que diz que os dados estão
isolados dos programas de aplicação e da abstração dos dados. Lembrou? Algo

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parecido pode ser dito em relação aos nossos modelos, tendo-se assim o conceito de
independência de dados!

É um conceito bastante simples. É a ideia de que alterações em níveis menores de


abstração das etapas do projeto não irão implicar em mudanças nas camadas
superiores. Não entendeu? Em outras palavras é o seguinte: se você altera alguma
característica específica do modelo lógico, não precisará mexer no conceitual. Da
mesma maneira, se você altera alguma característica específica do modelo físico, não
precisará alterar nem o modelo lógico nem o conceitual. Só isso!

Assim, podemos sintetizar da seguinte maneira:

A independência lógica de dados se refere à capacidade de alterar o modelo


lógico sem precisar realizar alterações no modelo conceitual. Devido à
independência de software do modelo conceitual, poderíamos derivar
diferentes modelos lógicos a partir dele, compatíveis com diferentes modelos
de SGBD.

A independência física de dados segue o mesmo raciocínio. Podemos realizar


alterações no modelo físico sem precisar alterar o modelo conceitual ou o
modelo lógico. Por exemplo, às vezes são necessárias estratégias no para
melhorar a performance do SGBD, como o particionamento de tabelas. Esse
tipo de modificação na camada física não implica em nenhum tipo de alteração
no modelo lógico nem no conceitual.

Questões para fixar


(CESPE – STM – 2018) Acerca dos conceitos de normalização de dados e dos modelos
de dados, julgue o item subsequente.

O modelo conceitual, que reflete uma estrutura simplificada do banco de dados, é


responsável por registrar como os dados estão armazenados no sistema de
gerenciamento de banco de dados (SGBD).

RESOLUÇÃO:

O modelo conceitual é independente de hardware ou software, e, por consequência, do


SGBD. Grave isso!

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Gabarito: E

(CESPE – STM – 2018) Acerca dos conceitos de normalização de dados e dos modelos
de dados, julgue o item subsequente.

Comparativamente aos usados pelos usuários leigos, os modelos de dados utilizados


por programadores são considerados menos abstratos, pois contêm mais detalhes de
como as informações estão organizadas internamente no banco de dados.

RESOLUÇÃO:

Lembra que falamos que os modelos mais próximos aos usuários são os mais abstratos?
É isso mesmo. Os modelos utilizados pelos programadores têm que ser menos
abstratos, pois é necessário definir mais detalhes referentes à implementação dos
sistemas.

Gabarito: C

Arquitetura de Três Esquemas

Ainda se tratando de modelagem de dados, podemos trazer um conceito de divisão


apresentado por diferentes autores, com destaque para Elmasri & Navathe, a
arquitetura de três esquemas. É uma classificação muito parecida com aquela que
divide as etapas de modelagem entre modelo conceitual, lógico e físico, mas que é
mais voltada para descrever a arquitetura do sistema de banco de dados do que para
representar as etapas do projeto.

Os autores dessa organização conceitual apontam que seu objetivo é representar três
das características da abordagem de banco de dados:

·        A utilização do catálogo para o armazenamento do esquema (caráter


autodescritivo)

·        O isolamento entre programas e os dados

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·        O suporte a múltiplas visões

A arquitetura proposta separa as aplicações de usuário do banco de dados,


representando o esquema geral do sistema em três níveis

Fonte: (Elmasri & Navathe, 2011)

O nível interno possui um esquema interno, que permite descrever as estruturas


internas de armazenamento físico do sistema e os caminhos de acesso ao banco de
dados. Esse esquema interno tem forte relação com o modelo físico que representamos
na seção anterior.

Já o nível conceitual contém um esquema conceitual. Esse esquema tem como


propósito descrever, com um maior nível de abstração, a estrutura do banco de dados

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para a grupos de usuários. Dessa forma, serão omitidos detalhes a respeito das
estruturas internas de armazenamento representadas no esquema interno.

É importante que você perceba que, do esquema conceitual, é possível utilizar um


modelo conceitual de implementação, que é um modelo que permite descrever o
esquema conceitual de modo a ser útil para os desenvolvedores do BD. Elmasri &
Navathe apontam também que esse modelo de implementação é frequentemente
baseado em um design de esquema conceitual de mais alto nível. No final das contas
é como se pudéssemos extrair o modelo conceitual e o modelo lógicos que trouxemos
na seção anterior a partir do mesmo esquema conceitual.

A partir dessas últimas informações, podemos concluir esses dois esquemas (interno e
conceitual) não são diagramas ou projetos postos no papel, mas sim as descrições das
estruturas em diferentes pontos de vista.

Por fim, temos que o terceiro nível, o nível externo, inclui uma série de esquemas
externos, também chamados de visões de usuário. Cada um desses esquemas diz
respeito às perspectivas de diferentes usuários em relação ao esquema do banco de
dados, ou seja, eles vão conter somente as estruturas de interesse de cada um,
omitindo as demais.

Elmasri & Navathe ressaltam ainda que poucos SGBDs separam esses três níveis de
forma completa e explícita, mas, de modo geral, dão suporte a esse tipo de organização.
Não vamos entrar em detalhes de como se dá cada uma dessas implementações, pois
foge ao escopo da nossa aula.

Por fim, é importante também ressaltar que os dados estão sempre armazenados no
nível físico, interno, independentemente de estarem representados nos demais. Para
que se represente os dados em algum outro esquema, é necessário que se modifique
as representações dos dados para atender às características desse esquema.

Observe os mapeamentos que existem no diagrama mais acima, são esses os


processos de transformação de um esquema em outro. Temos o mapeamento do nível
físico para o conceitual e o mapeamento do nível conceitual para o externo. Assim, para
atender às visões externas, o SGBD precisaria mapear do esquema físico para o
conceitual, para só então realizar o mapeamento para os esquemas externos.

Essa classificação de três esquemas também suporta o conceito de independência de


dados. Essa independência, também é definida em função de dois tipos:

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·        A independência lógica de dados diz respeito à capacidade de alterar o esqu


ema conceitual sem a necessidade de se alterar os esquemas externos ou progra
mas de aplicação.

·        A independência física de dados, por sua vez, é a característica que permite
alterar o esquema interno sem realizar modificações no esquema conceitual (ou, p
or consequência, nos esquemas externos).

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O Modelo Entidade-Relacionamento (MER)


Quando falamos de modelagem conceitual de bancos de dados, na maioria das vezes
estamos fazendo referência especificamente ao modelo ER, ou Entidade-
Relacionamento. Esse modelo foi criado na década de 1970 e até hoje é amplamente
adotado no desenvolvimento de aplicações de bancos de dados dos mais diversos tipos.

Esse modelo descreve o ambiente do negócio que se quer representar (o cenário e os


aspectos do mundo real) com base em estruturas chamadas entidades,
relacionamentos e atributos. Os diagramas ER, que são as representações gráficas do
modelo ER, trazem essas entidades, relacionamentos e atributos de uma forma
visualmente diferente entre elas. Veja um exemplo de diagrama ER abaixo. Se ficar
pequeno na sua tela ou na sua impressão, não se preocupe, trarei a imagem ampliada
ao longo das nossas explicações.

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Figura: Diagrama ER representando o ambiente de negócio de uma instituição de


ensino

As entidades são as “coisas” do mundo real que desejamos representar. Mas, calma!
Coisa aqui não é no sentido físico estrito da palavra, ok? Uma entidade não é
necessariamente um objeto tangível. As entidades podem representar coisas que
possuam ou não substância física. As entidades são representadas no diagrama ER
pelos retângulos.

Veja que no nosso exemplo temos as entidades Professor, Departamento, Disciplina,


Aluno... Professores e alunos realmente existem no mundo real, são pessoas que
podemos ver e tocar. Contudo, disciplinas e departamentos existem apenas de maneira
conceitual, não existe nenhum objeto físico, tangível, correspondente a esses conceitos.
Você não pode tocar ou pegar nas mãos uma disciplina ou um departamento, mas
ainda assim esses conceitos podem ser representados como entidades.

Seguindo adiante, temos que cada uma das entidades possui características associadas
a elas, que no modelo ER estão representadas na forma de atributos. Esses atributos
são as elipses no diagrama, aqueles círculos alongados que ficam conectados a cada
entidade.

Um atributo pode ter como valores um nome, um código, um valor numérico, uma
data... enfim, vários tipos de dado que poderão ser utilizados para caracterizar a
entidade a que estão associados. Como exemplo, veja no diagrama acima que a
entidade Aluno tem os atributos Matrícula, Nome, Telefone, Dt. Nascimento e Idade.

Por fim, podemos encontrar os relacionamentos nas ligações entre as entidades,


representados por losangos. Note que os nomes desses relacionamentos geralmente
correspondem a verbos, como “leciona” ou “trabalha”. Isso não é acidental, os
relacionamentos geralmente indicam interações que ocorrem entre dois objetos do
mundo real. Veja na figura acima que um professor leciona disciplinas e trabalha em
um departamento, por exemplo.

Resumindo as representações visuais do modelo ER, temos as seguintes formas:

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Dica para a prova: Formalmente, o que chamamos de entidades no modelo ER sã


o conjuntos de entidades. Isso se dá porque um retângulo com o nome Aluno, po
r exemplo, representa um conjunto de diversos alunos, e não um só aluno. A mes
ma coisa ocorre com relacionamentos: tecnicamente, um losango representa um
conjunto de relacionamentos, pois representa as várias ligações entre ocorrência
s distintas de um conjunto de entidades, e não somente uma ligação.

Se formos adotar esse entendimento formal, “uma entidade” na verdade seria som
ente uma ocorrência da entidade (por exemplo, um aluno específico chamado Pe
drinho). Já “conjunto de entidades” seria o termo adequado para se referir ao retân
gulo do modelo ER (o conjunto de todos os alunos).

Por que eu estou dizendo isso a você? Porque as bancas podem ser mais preciosis
tas, chamado de “conjuntos de entidades”, ou não ligarem muito para isso, chama
ndo apenas de “entidades” em suas questões. Então você pode ver a mesma banc
a, em provas diferentes, chamando:

-> um retângulo do modelo ER de “conjunto de entidades” e suas ocorrências es


pecíficas de “entidades”; ou

-> um retângulo do modelo ER de “entidade” e suas ocorrências específicas de “o


corrência da entidade” ou “instância da entidade”.

Para fins de prova, ambos os entendimentos podem ser válidos.

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Os Componentes do Modelo ER
Bom, agora que já introduzimos de maneira superficial o modelo ER, podemos começar
a falar de cada um de seus componentes. Sempre prefiro começar essa explicação
pelos atributos, pois compreendê-los bem nos ajuda a compreender também alguns
conceitos das entidades e dos relacionamentos.

Vamos lá?

Atributos
Os atributos são as características que descrevem uma entidade (ou relacionamento,
mas ainda vamos ver ) e são representados por elipses conectadas à entidade em
questão. Por exemplo, a entidade Professor tem os atributos CPF, Nome e Endereço no
nosso modelo de exemplo:

No caso desse modelo conceitual, foi definido pelos responsáveis pelo projeto que essas
três características seriam suficientes para descrever um Professor. Claro que, no
mundo real, um professor tem muito mais características que somente seu CPF, Nome
e Endereço, mas a ideia aqui é representar somente o que irá fazer parte do banco de
dados.

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Tipos de atributos

Existem alguns tipos de atributos diferentes, que podem ser ou não diferenciados na
sua prova. É comum que as bancas utilizem notações (maneiras de representar os
modelos conceituais) que não façam diferenciação entre os diversos tipos de atributos,
geralmente com a exceção do atributo identificador/chave, que é o mais importante.
Vamos ver esses tipos a seguir:

Ø  Atributo identificador (ou chave)

Esse é importantíssimo! O atributo chave ou identificador é aquele que identifica


unicamente uma ocorrência de uma entidade. Por exemplo, um CPF é um atributo
que identifica unicamente cada professor – ou seja, todo professor tem um CPF e cada
CPF é único, ou seja, dois professores distintos não podem ter o mesmo valor para esse
atributo.

No modelo ER, os atributos chave costumam ser representados pelo nome sublinhado
do atributo. Veja o atributo CPF da entidade Professor:

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Em alguns casos, um só atributo não é capaz de identificar unicamente as ocorrências


da entidade, geralmente porque todos os atributos da entidade podem ter valores
repetidos. Nesse caso, se há alguma combinação de atributos que é capaz de
identificar unicamente a entidade, ela pode ser utilizada como chave.

Nesse cenário, então, teremos múltiplos atributos com seu nome sublinhado
associados à mesma entidade. Veja o exemplo da entidade Departamento, identificada
pela combinação dos atributos Nome e Código:

Ø  Atributos simples e compostos

Uma das possíveis classificações dos atributos é em simples e compostos. Um atributo


simples é aquele que não pode ser dividido, é uma informação única e atômica para
cada ocorrência da entidade, como o CPF ou o Nome de uma pessoa. Já o atributo
Endereço, por exemplo, pode ser partido em múltiplos outros componentes, sendo
assim chamado de atributo composto.

Para representar esse tipo de atributo, “puxamos” linhas a partir do atributo original
apontando para novos atributos, que representam as partes em que ele pode ser
dividido. Na prática, são somente essas partes que são armazenadas em um SGBD
relacional, por exemplo.

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Veja a seguir o exemplo do atributo composto Endereço, que pode ser dividido em
Logradouro, Número e CEP. Os atributos simples não têm nenhuma representação
gráfica específica. 

Ø  Mono- e multivalorados

Os atributos geralmente são monovalorados, ou seja, cada um só possui um valor para


cada ocorrência da entidade. Por exemplo, cada professor só tem um CPF, um nome e
um endereço. No modelo conceitual, no entanto, atributos também podem ser
multivalorados, caso em que podem assumir múltiplos valores para uma mesma
ocorrência de uma entidade.

Um exemplo clássico de atributo multivalorado é o de Telefone. Muitas pessoas


possuem múltiplos números de telefones, então é interessante que o modelo
conceitual possa refletir essa característica ao determinar que o atributo “Telefone” é
multivalorado.

No nosso exemplo, o atributo Telefone da entidade Aluno é multivalorado. Perceba que


ele é representado por uma elipse dentro da outra. Assim: 

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Ø  Atributos derivados

Os atributos derivados são aqueles que podem ser calculados a partir do valor de outros
atributos. Por exemplo, veja que a idade de um aluno pode ser obtida através de sua
data de nascimento. É só fazer a subtração entre a data atual e o dia em que o aluno
nasceu.

Na prática, esses atributos não costumam ser armazenados no banco de dados para se
economizar espaço e evitar a presença de uma informação redundante no BD. O que se
faz é armazenar a fórmula utilizada para encontrar o valor do atributo, calculando-se o
resultado na hora de extrair os dados da tabela para consulta.

Esses atributos são representados por uma elipse tracejada: 

Ø  Obrigatório x opcional

Essa restrição geralmente não aparece na modelagem conceitual, então vamos ser
breves. A ideia aqui é que alguns atributos precisam ter um valor informado. Esses são
os atributos obrigatórios. Nesse caso, todas as ocorrências da entidade devem ter um
valor correto atribuído a esse atributo. Por exemplo, podemos dizer que o atributo
Nome da entidade Aluno é obrigatório. Assim, não poderá existir um aluno sem nome
no banco de dados.

Já os atributos opcionais podem ser informados ou não a depender do caso. Um


exemplo interessante para a utilidade dos atributos opcionais é o número da carteira
de reservista (Certificado de Dispensa de Incorporação), que somente as pessoas do
sexo masculino maiores que 18 anos possuem, devido ao alistamento militar
obrigatório. Dessa maneira, como nem toda pessoa possui um valor para esse
documento, não poderíamos tornar esse atributo da entidade Aluno obrigatório, caso
existisse no modelo. Ele deveria ser um atributo opcional.

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Classificando os atributos quanto à natureza do dado

As bancas às vezes cobram uma outra classificação dos atributos que trata do propósito
de cada um. Essa divisão é mais “doutrinária”, digamos assim, e não está representada
explicitamente nos diagramas de entidade e relacionamento.

São os tipos de atributos:

Ø  Descritivos: atributos que são capazes de representar as características associadas a


um objeto, como por exemplo data de nascimento, idade, sexo...

Ø  Nominativos: são aos atributos que também são descritivos, mas adicionalmente
são capazes de nomear ou identificar as entidades representadas. Ex.: nome, código de
matrícula, CPF, etc.

Ø  Referenciais: são aqueles atributos que não pertencem à entidade propriamente


dita, mas estão associados a ela para fazer referência a alguma outra entidade. Isso vai
servir para permitir a realização de ligações entre as entidades. Esse assunto é melhor
detalhado quando estudamos o modelo relacional!

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Entidades
Já vimos que as entidades do diagrama Entidade-Relacionamento são as “coisas” do
modelo, os objetos do mundo real que se deseja representar. Agora é interessante que
você saiba que, a exemplo dos atributos, existem diferentes tipos de entidades
existentes na modelagem conceitual.

Para fins de prova, a caracterização das entidades que mais aparece é aquela que as
divide entre fracas e fortes:

Entidades fortes:

São entidades que possuem sentido próprio de existir, independentemente de


qualquer outra. São entidades como Professor, Aluno, Disciplina, etc.

Entidades fracas:

São o oposto das entidades fortes. Essas entidades dependem de uma outra para
existir, já que sozinhas não fazem sentido. Por exemplo, tome a entidade
Horário_Estudo do nosso modelo. Ela se refere a um conjunto de disciplinas que um
determinado aluno deve estudar diariamente. Se alguém colocasse as ocorrências
dessa entidade em um papel, teria uma lista no estilo “13:00 – Direito Constitucional;
14:00 – Direito Penal, 15:00 – Informática...”.

Agora pense comigo... faz sentido ter um horário de estudo sem um aluno associado?
Não, né? Um horário só serve a um aluno específico, pois cada um tem suas
particularidades e disponibilidades. Dessa maneira, a própria existência de um horário
de estudo só faz sentido se o horário estiver ligado a um aluno específico.

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Figura: Trecho de diagrama ER com entidade fraca Horário_Estudo

As entidades fracas são representadas no diagrama ER por um retângulo duplo (um


dentro do outro), como você pode ver na figura acima. De forma similar, o
relacionamento entre a entidade fraca e sua entidade forte associada também é
representado por um losango duplo.

Agora note que o atributo chave de Horário_Estudo é a hora, mas que esse atributo está
sublinhado de maneira tracejada:

Essa representação um pouco diferente do atributo chave de uma entidade fraca se dá


porque esse é um atributo chave parcial (ou atributo discriminador). Ele é conhecido
assim porque ele não é capaz de identificar sozinho uma ocorrência da entidade
fraca.

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A característica mais importante desse tipo de entidade é que uma entidade fraca não
pode ser identificada unicamente por seus próprios atributos. Para identificar
unicamente uma ocorrência de uma entidade fraca é necessário usar uma combinação
do atributo chave da entidade forte + a própria chave parcial da entidade fraca. No
nosso exemplo, essa combinação se daria pela chave do aluno (Matrícula) e a chave
parcial de Horário_Estudo (Hora).

Assim como essa chave da entidade fraca tem um nome diferente, o relacionamento
entre a entidade fraca e sua entidade forte associada também tem um nome especial:
ele é chamado de relacionamento identificador.

Resumindo o que vimos neste ponto:

·  Entidades fortes são a maioria das entidades e sua existência não depende de o
utras entidades

·  Entidades fracas dependem de uma entidade forte relacionada para poderem e


xistir

o   Esse relacionamento é chamado de relacionamento identificador

o   A chave da entidade fraca é a associação entre seu atributo chave parcial e a ch
ave da entidade forte relacionada

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Relacionamentos
Os bancos de dados são conjuntos de dados relacionados. As interconexões entre as
entidades representadas no nosso modelo são chamadas de relacionamentos, que
serão o objeto do nosso estudo neste tópico. Você vai ver os diferentes tipos de
relacionamento existentes e suas características.

Antes de tudo, grave que um relacionamento em um modelo conceitual tem como


objetivo representar a ligação entre entidades. Eles costumam representar ações e
interações que ocorrem entre as entidades envolvidas.

Por exemplo, o relacionamento representado a seguir em um modelo ER demonstra a


ligação entre as entidades Professor e Departamento. Ele nos permite afirmar que
professores trabalham em departamentos e que, analogamente, departamentos são
locais de trabalho de professores.

 Os relacionamentos na modelagem conceitual costumam ser descritos em função de


algumas propriedades, como grau, cardinalidade e participação. Veremos o que são
essas propriedades agora. 

Grau

O grau de um relacionamento é um valor dado pela quantidade de entidades (ou mais


precisamente conjuntos de entidades) que estão envolvidas nele. O grau pode ter um
valor de 1 a N, em que N é um valor numérico qualquer. Ou seja, na teoria você pode ter
infinitas entidades participando de um relacionamento.

Os relacionamentos geralmente são binários (grau 2), mas também é possível constatar
com certa frequência relacionamentos unários (grau 1), que veremos mais à frente.

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Relacionamentos ternários (grau 3) e de maior grau são menos utilizados e, por


consequência, aparecem menos em prova. Na vida real, geralmente se adotam técnicas
de modelagem que permitem evitar relacionamentos de grau mais elevado, criando
mais relacionamentos binários para substituir o de maior grau.

Ao longo deste capítulo, vamos ver alguns exemplos de relacionamentos de grau 1, 2 e


3.

Cardinalidade

Os relacionamentos no modelo ER possuem uma característica muito importante que


é chamada cardinalidade, também conhecida como cardinalidade de mapeamento ou
cardinalidade máxima.

A cardinalidade indica a quantidade máxima de ocorrências de uma entidade que


estão associadas a uma ocorrência da outra. Por exemplo, a cardinalidade de “professor”
no relacionamento entre professor e disciplina indica quantos professores, no máximo,
podem lecionar uma disciplina.

A definição correta da cardinalidade é muito importante, pois permite representar


melhor no BD os comportamentos dos relacionamentos entre as entidades verificados
no mundo real. Por exemplo, aqui no Direção vários cursos são lecionados por mais de
um professor, cada um com sua área de especialidade. Se o nosso BD não pudesse
representar essa situação, limitando um curso a somente um professor, certamente
teríamos problemas para armazenar os dados dos nossos sistemas!

Geralmente se define as cardinalidades dos relacionamentos em função dos valores 1 e


N. 1 quer dizer “no máximo uma ocorrência” e N quer dizer “muitas ocorrências”. Assim,
existem três possibilidades de cardinalidades para cada relacionamento binário,
considerando as cardinalidades de ambas as entidades envolvidas:

·        1:1 – “um para um”

·        1:n – “um para muitos”

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·        n:n – “muitos para muitos” (comumente chamado também de m:n, para difer
enciar as duas entidades envolvidas.

A cardinalidade dos relacionamentos é representada nos diagramas ER através desses


valores 1 e N posicionados ao lado das entidades. Veja o exemplo:

Vamos ver exemplos de cada tipo de cardinalidade existente para que você possa
entender como é que fazemos para “ler” os relacionamentos.

a)     Um para um (1:1)

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 Os relacionamentos 1:1 indicam que um membro de uma entidade só pode estar
relacionado a no máximo um membro de outra entidade e vice-versa. Por exemplo,
veja o relacionamento acima. Nele ocorre a seguinte situação:

·        Um aluno pode ter no máximo um horário de estudo

·        Um horário de estudos pode pertencer no máximo a um aluno

Como ambos os lados do relacionamento possuem cardinalidade 1, fica fácil de


entender, não é? Vamos ver um relacionamento um para muitos a seguir.

b)     Um para muitos (1:N)

Em um relacionamento 1:N, uma instância de uma entidade A pode estar relacionada a


múltiplas (ou N) ocorrências da outra entidade B, mas a recíproca não é verdadeira –
uma ocorrência da entidade B só pode estar relacionada a no máximo uma ocorrência
de A.

No nosso exemplo acima, o que acontece é o seguinte:

·        Um professor pode trabalhar em no máximo um departamento

·        Em um departamento podem trabalhar múltiplos (N) professores

Note que essas cardinalidades devem ser lidas da seguinte maneira:

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e:

Perceba que, quando estamos lendo a cardinalidade de uma entidade (valor 1 ou N


mais próximo a essa entidade), devemos sempre fazer a leitura fixando uma ocorrência
da outra entidade envolvida no relacionamento. Por exemplo, se queremos ler a
cardinalidade de “Professor”, vamos considerar sempre um departamento. Se
queremos ler a cardinalidade de “Departamento”, vamos considerar sempre um
professor.

É importante que você resolva questões de prova para praticar esse entendimento, já
que questões que pedem a compreensão da cardinalidade desses relacionamentos 1:N
são comuns. Não é difícil, é só praticar!

c)      Muitos para muitos (M:N ou N:N)

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Nesse tipo de relacionamento é possível que múltiplas instâncias de uma entidade se


relacionem com múltiplas instâncias da outra. Isso ocorre, por exemplo, no
relacionamento entre disciplinas e alunos. Veja a seguir:

Nesse caso, temos o seguinte:

·        Uma disciplina pode ser estudada por múltiplos (N) alunos

·        Um aluno pode estudar múltiplas (N) disciplinas

Dica para a prova: Os exemplos trazidos em provas de concurso nem sempre seg
uem uma cardinalidade lógica ou que segue as regras do mundo real. Você sempr
e deve se ater exclusivamente às informações do enunciado e do modelo conceitu
al apresentado para responder ao item em questão, esqueça o cenário do mundo r
eal!

Por exemplo, se o modelo conceitual da prova mostra que a relação entre “delega
do de polícia” e “inquérito” é M:N, isso implica dizer que um inquérito pode ser con
duzido por múltiplos delegados. Nesse caso, você não vai chegar na sua prova e di
zer “mas peraí, na delegacia em que eu trabalho isso não é verdade, é só um dele
gado presidindo cada inquérito, então o item é falso!”.

Parece um conselho óbvio, mas já vi alunos dizendo que determinada situação ex


posta na prova era impossível diante da legislação ou regulamento pertinente, e p
or isso o item estaria errado. A prova está tratando de banco de dados, e não de dir
eito ou outra disciplina!

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Participação

“Legal, professor. Entendi as cardinalidades! Mas, se definimos as quantidades


máximas de ocorrências das entidades, como fazemos para definir as quantidades
mínimas em cada relacionamento?”

É isso que vamos responder agora, com o conceito de participação! A participação vai
definir se todas as ocorrências de uma entidade necessariamente precisam ou não
participar do relacionamento. Isso vai nos ajudar a definir a quantidade mínima de
ocorrências da entidade.

A participação, no modelo ER, geralmente é dada pela presença de linhas duplas ou


simples na ligação das entidades ao relacionamento:

·        Uma linha simples representa a participação opcional, ou seja, a quantidade


mínima de ocorrências da entidade em questão é zero.

·        Uma linha dupla representa a participação obrigatória, ou seja, todas as ocorr
ências da entidade em questão estão ligadas a pelo menos uma ocorrência da out
ra entidade. Isso implica dizer que a quantidade mínima de ocorrências dessa enti
dade é um.

Vamos ver novamente o exemplo da ligação entre Professor e Disciplina:

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Observe que a linha que liga Professor ao relacionamento é simples, ou seja, a


participação de Professor é parcial. Isso quer dizer que pode haver professores que não
participam do relacionamento, ou seja, que não lecionam nenhuma disciplina!

·        Assim, analisando a participação e a cardinalidade, podemos concluir que um


professor pode lecionar nenhuma ou múltiplas disciplinas.

De forma análoga, podemos ver que a participação de disciplina é total, pois há uma
linha dupla que liga a entidade ao relacionamento. Se a participação de disciplina é
total, toda disciplina é lecionada por pelo menos um professor.

·        Assim, analisando a participação e a cardinalidade, podemos concluir que: uma


disciplina pode ser lecionada por no mínimo um, e no máximo um professor.

Veja que pode ser pouco intuitivo ver que a quantidade mínima de disciplinas leci
onadas é dada pela participação de professor, não de disciplina; e que a quantida
de mínima de professores que lecionam uma disciplina é dada pela participação
de disciplina, não de professor.

Até parece que estamos lendo tudo invertido! Mas é assim mesmo, essa forma de
representação mais tradicional do modelo conceitual traz essa pequena dificuldad
e. Não é nada que você não seja capaz de resolver com um pouco de treino e revis
ão!

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Algumas particularidades de
relacionamentos
Seguindo com os conceitos apresentados até aqui, vamos detalhar um pouco mais
alguns aspectos pontuais dos relacionamentos que podem ser cobrados em prova.

Atributos em relacionamentos

Em primeiro lugar, é importante que você saiba que relacionamentos também podem
ter atributos associados. Veja o exemplo a seguir, bem relacionado à sua realidade de
concurseiro!

Veja que um candidato pode participar de vários concursos públicos, enquanto um


concurso pode ter vários candidatos. É lógico, não é? Nesse caso, note que, para cada
participação de um candidato em um concurso, este candidato terá um número de
inscrição e uma nota distintos.

Essas informações de número de inscrição e nota não são informações exclusivas do


candidato, visto que, caso esse candidato participe de mais de um concurso público, ele
terá um valor de inscrição e de nota distintos dos demais. Da mesma maneira, não são
informações do concurso, pois cada participante do concurso tem sua própria inscrição
e resultará em sua própria nota.

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Assim, vemos que essas duas características dizem respeito a uma participação de um
candidato em um concurso, ou seja, elas estão caracterizando o fato representado pelo
relacionamento, não as entidades isoladamente.

Nesse caso, podemos concluir que, quando um atributo caracteriza o fato


representado pelo relacionamento e não as próprias entidades, é adequado que ele
fique no relacionamento e não em uma das entidades envolvidas!

Autorrelacionamentos

Além de se relacionar com as demais, as entidades podem também se relacionar


consigo mesmas! Esse é o autorrelacionamento ou relacionamento recursivo. O
exemplo mais clássico para esse tipo de relacionamento unário, é para a relação de
chefia ou supervisão.

Veja esse trecho de um modelo ER de um órgão público:

Esse é um tipo de relacionamento razoavelmente comum quando se trata de


funcionários em uma organização hierárquica. No exemplo acima, temos que um
servidor pode supervisionar vários outros servidores, mas um servidor só pode ser

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supervisionado por um outro. Essa é uma relação de chefia convencional: cada servidor
tem somente um chefe imediato, que por sua vez pode chefiar vários outros servidores.

É um pouco estranho ler um relacionamento unário dessa forma, já que só há uma


entidade envolvida. No exemplo, sem que eu explique a você, não dá pra saber qual é o
lado do chefe e o lado do subordinado, não é? Nesse cenário, ganha importância a
figura dos papéis!

Um papel é somente uma descrição do que a entidade “faz” no relacionamento. Aqui


estamos falando de papéis como aqueles do cinema ou do teatro, em que um ator atua
em um papel específico.

No caso do autorrelacionamento em questão, nós podemos nomear os papéis de cada


lado do relacionamento de modo a deixar claro para os usuários e demais
desenvolvedores do banco de dados qual é a ação relacionada a que cardinalidade e a
que participação.

Vamos ver como ficaria o nosso relacionamento com os papéis nomeados:

Veja que agora está muito mais claro que um servidor pode ser supervisor de vários
outros, mas só pode ser supervisionado por um outro servidor! Na prática, esses nomes
dos papéis muitas vezes não irão aparecer no modelo conceitual, mas é importante que
você tenha entendido o conceito.

Sobre o autorrelacionamento, podemos chegar as seguintes conclusões:

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·        Autorrelacionamentos são aqueles de grau um, ou seja, que envolvem somen
te um conjunto de entidades.

·        Também são chamados de relacionamentos recursivos

·        Em um autorrelacionamento, uma mesma entidade pode assumir diferentes


papeis

·        Não há nenhuma restrição relativa à participação ou cardinalidade – um autor


relacionamento pode assumir qualquer cardinalidade

Lendo relacionamentos de maior grau

Por fim, é interessante que você saiba como ler as cardinalidades em um


relacionamento com mais de duas entidades envolvidas. Esse é o tipo do assunto que é
simples, mas que traz diversas dúvidas aos alunos, então sempre trago um exemplo
para facilitar! Os relacionamentos de grau dois são raros nas provas de concurso, mas
julgo que é algo muito simples de entender

Vamos utilizar o seguinte relacionamento ternário como exemplo: 

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Como devemos ler e interpretar este relacionamento?

Para ler uma das cardinalidades em um relacionamento ternário, devemos sempre


considerar somente uma ocorrência de cada uma das outras entidades. Veja:

Para interpretar a cardinalidade N de tratamento, devemos considerar somente um


paciente e somente um médico. Ou seja: um médico que trata um paciente pode
aplicar até N tratamentos.

Da mesma maneira, se queremos ler a cardinalidade 1 de médico, devemos ver assim:

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Um paciente que está em um tratamento só pode ser tratado por no máximo um


médico.

E, por último:

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Um tratamento conduzido por um médico só pode ser aplicado a no máximo um


paciente.

Moral da história: Veja que aqui não cabe dizer que “um médico só pode ter um
paciente” ou “um médico pode realizar múltiplos tratamentos”. A ideia de um
relacionamento ternário é que ele é a ligação entre as três entidades envolvidas.
Assim, só podemos tomar conclusões considerando o relacionamento como um todo!

Questões para fixar 


(CESPE – TCM/BA – 2018)

A respeito de entidades, relacionamentos e tipos de chave, assinale a opção correta.

a) Uma entidade fraca não possui seus próprios atributos chave.

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b) Toda relação deve possuir somente uma chave primária de atributo único.

c) Um identificador ou chave é usado para determinar exclusivamente uma instância de


um relacionamento entre entidades.

d) A abordagem entidade-relacionamento permite somente relacionamentos binários e


dos tipos 1:1 e 1:n.

e) Uma entidade forte existe no banco de dados e possui atributos que a identificam
sem que ela precise estar associada a outra entidade identificadora.

RESOLUÇÃO:

a) Uma entidade fraca não pode ser identificada unicamente pelos seus próprios
atributos. Sua chave própria é conhecida como chave parcial. Veja que o atributo
existe, só não é capaz de identificar unicamente a entidade. É uma distinção sutil.
ERRADA

b) As relações possuem somente uma chave primária ou conjunto de atributos chave.


Contudo, essa chave pode ser composta por múltiplos atributos, como veremos em
detalhes na aula a respeito do modelo relacional. ERRADA

c) Um identificador ou chave é um atributo que identifica unicamente uma instância de


um conjunto de entidades, não do relacionamento. ERRADA

d) Faltou a terceira cardinalidade possível, m:n (ou n:n), que denota os relacionamentos
muitos para muitos. ERRADA

e) Uma entidade forte, ao contrário das entidades fracas, pode ser identificada
unicamente pelos seus próprios atributos. Essa é a nossa resposta! CERTA

Gabarito: E

(CESPE – ANTT – 2013)

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No que diz respeito às funções do administrador de dados e à elaboração e implantação


de projeto de banco de dados, julgue os itens que se seguem.

Em um projeto de banco de dados relacional, não é possível representar um


autorrelacionamento do tipo N:N.

RESOLUÇÃO:

Os autorrelacionamentos podem ter qualquer cardinalidade! Portanto, não é verdade


dizer que não é possível representar um relacionamento desse tipo da cardinalidade
N:N.

Gabarito: E

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Notações
Agora que já entendemos os principais conceitos de modelagem conceitual,
precisamos falar um pouco a respeito das diferentes notações que temos para
representar o diagrama ER. Uma notação é um sistema gráfico de representação, ou
seja, é todo o conjunto de símbolos utilizados para criar os diagramas conceituais.

Essa notação que utilizamos até agora, com retângulos, elipses, losangos, linhas simples
e duplas, etc. é a notação mais tradicional, criada inicialmente por Peter Chen (o criador
do modelo ER) e utilizada amplamente no livro de Elmasri & Navathe. Essa notação é
bem comum em provas de todas as bancas, então sempra acho interessante começar
por ela!

No entanto, ao longo dos anos foram desenvolvidas várias outras notações para a
representação do diagrama ER, ou seja, esquemas gráficos que possuem o mesmo
significado, mas uma forma diferente de se apresentar cada um dos conceitos.

A banca muito provavelmente não vai perguntar a você algo como “que notação é essa
que está representada aqui? Qual é o nome dela? Quem foi que criou”, mas ela pode
sim utilizar essas diferentes formas de representar a modelagem conceitual nos seus
enunciados e exemplos, então você precisará saber encontrar e reconhecer informações
como cardinalidade e participação dos relacionamentos para resolver as questões.

Vamos ver juntos algumas notações mais conhecidas, principalmente no que se refere
a participação e cardinalidade.

Notação (min, max)

Uma notação diferente para representar participação e cardinalidade é a notação (min,


max). Ao invés de utilizar linhas simples e duplas para a participação e números e letras
ao lado delas para a cardinalidade, essa notação utiliza dois números entre parênteses
para representar as quantidades mínima e máxima de ocorrências da entidade,
sucessivamente.

Nesse caso, a quantidade mínima (relacionada à participação) pode assumir os valores


0 (zero) e 1 (um).

Já a quantidade máxima, que é a cardinalidade, pode assumir os valores 1 (um) e n

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(muitos).

Assim, temos as seguintes possibilidades de conjuntos (min, max):

(0, 1)  (0, n)  (1, 1)  (1, n)

Tendo isso em mente, veja que as duas representações a seguir são equivalentes. A
primeira na notação tradicional de Chen, a segunda utilizando a notação (min, max):

Podemos ler os dois trechos de diagrama da mesma maneira:

·        Uma disciplina pode ser lecionada por no mínimo 1 e no máximo 1 professor

·        Um professor pode lecionar no mínimo zero e no máximo n disciplinas

Veja que essa nova notação é bem mais fácil de compreender do que a anterior, que
por sua vez requer que você analise a participação de uma entidade para saber a

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quantidade mínima da outra. A notação (min, max) agrupa essas quantidades mínima
e máxima junto de cada entidade, facilitando sobremaneira a nossa vida!

Vamos ver uma questão da banca CESPE para ver como esse tipo de notação pode ser
cobrada: 

(CESPE – TCE/PA – 2016)

Considerando a figura apresentada, que ilustra o modelo de um banco de dados


hipotético, julgue o item que se segue.

De acordo com a figura, não é necessário que uma licitação tenha uma modalidade.

RESOLUÇÃO:

Preste atenção, a questão é de banco de dados, não de direito administrativo! Veja que
a figura do diagrama conceitual está dizendo o seguinte: uma licitação possui pelo
menos uma modalidade, mas pode ter mais de uma. Enquanto isso, uma modalidade
pode ter zero ou mais licitações associadas. A modalidade, então, poderá existir no
sistema mesmo que não se cadastre nenhuma licitação associada a ela.

Gabarito: E

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Dica para a prova:

As bancas utilizam diferentes ferramentas que permitem construir diagramas ER,


então as representações visuais vão variar um pouco. Isso é inevitável. Veja o exem
plo:

Veja que os atributos estão representados por pequenos círculos com o nome ao l
ado, e não por elipses com o nome dentro, como é na representação mais tradicio
nal. Além disso, o atributo chave está representado pelo círculo preenchido, não pe
lo nome sublinhado. Essa é uma das várias maneiras com que os diagramas conce
ituais podem aparecer na sua prova, inclusive misturando elementos de múltiplas
notações.

Em geral, não acho que isso seja um problema ou que você, pois a informação que
mais varia e, por consequência, é mais difícil de se compreender é mesmo a cardin
alidade/participação, que estamos explicando direitinho aqui na aula.

Notação Pé-de-galinha (Crow’s Foot)

A notação pé-de-galinha também costuma aparecer bastante nos concursos públicos.


Aprender essa nova notação não é difícil. Veja a seguir as principais características dessa
forma de representar os modelos conceituais:

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1)     Entidades:

São representadas por caixas nomeadas com os atributos listados em seu interior. O
atributo identificador (ou chave) costuma ser destacado com um asterisco (*) antes de
seu nome.

2)     Cardinalidade e participação

Daí que vem o nome “pé de galinha” ou de corvo, na tradução literal do nome em
inglês.

Nessa notação, utiliza-se um símbolo próximo à entidade para definir a cardinalidade.


Aqui sai de cena o “1” e entra um tracinho, sai o “N” e entra um pé de galinha ou
tridente. Veja: 

A cardinalidade mínima ou participação, por sua vez, fica ao lado do símbolo da


cardinalidade máxima, um pouco mais afastada da entidade. Nesse caso, quando a
participação é parcial (0), utilizamos um círculo. Quando é total (1), usamos um traço.
Vamos adicionar essa informação ao nosso exemplo:

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Essa notação deve ser lida exatamente da mesma maneira com que lemos aquela
notação (min, max). As informações de quantidades mínimas e máxima ficam lado a
lado, colados com a entidade. Veja as equivalências entre as duas representações a
seguir.

Do lado esquerdo, a notação pé de galinha. Do direito, a notação (min, max):

Veja que os dois exemplos a seguir, então, representam a mesma coisa:

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3)     Relacionamentos identificadores

Por fim, na notação pé de galinha, para representar relacionamentos identificadores,


muitas vezes se utiliza uma linha sólida no lugar de uma linha tracejada (- - -) no
relacionamento. Você vai ver um exemplo disso na questão a seguir da FCC. Note, no
entanto, que às vezes as simplesmente utilizam linhas sólidas para todos os
relacionamentos. Ambas as representações estão corretas e uma mesma banca pode
aplicar ambas em provas diferentes.

 Questão para fixar


(FCC – SEFAZ/SC – 2018 - ADAPTADA)

Suponha que um Auditor foi encarregado de modelar e criar um banco de dados para
um pequeno sistema de pedidos de produtos de informática. Para realizar essa tarefa,
desenvolveu o modelo mostrado na figura abaixo.

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Com base no modelo acima, julgue os itens a seguir:

No modelo apresentado, a entidade ItemPedido:

1) está relacionada com as entidades Pedido e Produto usando a notação Integrated


DEFinition for Information Modelling - IDEF1X.

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RESOLUÇÃO:

Antes de respondermos, um detalhe! A modelagem acima é uma modelagem lógica,


que já possui alguns detalhes de implementação, como chaves primárias, estrangeiras
e tipos de dados, conceitos com os quais você ainda não precisa se preocupar.

Dito isso, veja que os relacionamentos estão representados na notação pé de galinha,


ou Crow’s Foot, e não IDEF1X. Essa notação IDEF1X é mais específica e só de vez em
quando cobradas em concursos da banca FGV.

Gabarito: E

2) possui relação com cardinalidade n :n com a entidade Produto e 1 : n com a entidade


Pedido.

RESOLUÇÃO:

Vamos lá. Veja que ItemPedido está relacionado com Pedido. Em um dos lados do
relacionamento, temos um tracinho reto, em outro, temos um pé de galinha. Dessa
maneira, podemos dizer que a cardinalidade é realmente 1:n!

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A respeito da participação, observe que antes do tracinho ou do pé de galinha temos


um tracinho reto nos dois lados do relacionamento, o que indica que a participação
assume o valor 1, ou total.

Em seguida, analisando o relacionamento com Produto, temos que o relacionamento é


igual ao primeiro, com a diferença que a linha é tracejada.

Essa linha tracejada indica que não se trata de um relacionamento identificador. Assim,
um ItemPedido pode existir sem que esteja relacionado a um Produto.

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Voltando ao que foi pedido no item, veja que a assertiva está errada, já que diz que o
relacionamento acima é N:N. Como acabamos de ver, a cardinalidade do
relacionamento é 1:N e a participação de ambas as entidades é total.

Gabarito: E

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Entidades associativas
Na modelagem Entidade-relacionamento só podemos relacionar uma entidade com
outra entidade. Veja que os losangos (relacionamentos) do modelo estão sempre
conectando dois ou mais retângulos (entidades). Contudo, há casos em que precisamos
relacionar uma entidade com um relacionamento. Parece estranho, mas nesses casos
faz bastante sentido!

Vamos sair um pouco do nosso exemplo da escola e imaginar um consultório médico.


Considere que um paciente se consulta com determinado profissional de medicina:

Figura: Diagrama ER representando uma consulta médica

Após criterioso exame, o médico prescreve determinado medicamento. Ora, esta


prescrição não diz respeito ao médico, nem ao paciente, mas sim à consulta, percebe?
Um mesmo paciente pode ter diferentes remédios prescritos para si em diferentes
consultas, mesmo que essas consultas sejam com o mesmo médico.

Assim, o mais adequado seria relacionar uma prescrição com uma consulta, mas isso
não é possível no diagrama ER, já que a consulta está representada na forma de um
relacionamento. Para atingir nosso objetivo, podemos transformar Consulta em uma
entidade associativa:

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Figura: Diagrama ER com a entidade associativa “Consulta”

A entidade associativa é, portanto, uma estrutura que permite o relacionamento entre


uma entidade e um relacionamento. Apesar de ser uma entidade “especial”, ela
continua sendo uma entidade e, portanto, pode ter seus próprios atributos sem
problema nenhum.

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Generalizações e especializações
O modelo ER não se manteve estático no tempo. Vários autores e pesquisadores da
área propuseram novas adições ao modelo para melhorar sua capacidade de
representar cenários presentes nos diferentes modelos de dados existentes. Os
conceitos de generalização e especialização fazem parte do que chamamos de modelo
ER Estendido (EER), uma dessas evoluções do modelo ER.

Para entendermos a generalização e a especialização, primeiro precisamos


compreender os conceitos de herança e de superclasses e subclasses. Na
programação, é comum que haja estruturas das quais podem ser derivadas outras
estruturas. No caso do modelo ER, estamos falando da derivação de entidades a partir
de outras.

Nesse cenário, imagine que uma empresa de comércio eletrônico quer representar
dados dos seus clientes em um banco de dados. Cada cliente deve ser identificado por
um código e conter informações como nome e endereço para que possa ter seus
pedidos enviados.

O projetista do banco, então, propõe que seja adicionada a entidade Cliente no modelo
ER, da seguinte maneira:

Só que um funcionário nota que essa empresa precisa também da informação do


número do documento do cliente para fins fiscais. No caso de uma pessoa física, o CPF,

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no caso de pessoa jurídica, o CNPJ. Seria necessário ainda criar um campo Capital
Social para o caso de pessoas jurídicas, de modo a conceder um determinado benefício
para micro e pequenas empresas.

Assim, o funcionário propõe adicionar as informações de CPF, CNPJ e Capital Social à


entidade Cliente:

O projetista do banco de dados, muito experiente, nota que essa entidade irá conter
muitos valores em branco para seus atributos, pois nenhum cliente pessoa jurídica irá
ter CPF, e nenhum cliente pessoa física irá possuir CNPJ ou Capital Social. O funcionário,
então, sugere que se separe em duas entidades: pessoa física e pessoa jurídica.

O projetista também observa que também não seria uma boa ideia criar duas
entidades completamente distintas, pois todos (PFs e PJs) são clientes e têm
atributos em comum (Código, Nome e Endereço), que ficariam repetidos de forma
desnecessária nas duas entidades. Além disso, o campo código é um campo chave de
clientes como um todo, não devendo se repetir, e haveria dificuldades técnicas em se
certificar que um código de um cliente PJ não se repete na entidade PF e vice versa.

Então, o projetista sugere a definição de uma superclasse Cliente, da qual seriam


derivadas duas subclasses: pessoa física e pessoa jurídica. O diagrama ER
correspondente ficaria assim:

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Nesse cenário, cada pessoa jurídica e cada pessoa física também é um cliente. Por esse
motivo, há uma herança de atributos. Ou seja, as entidades Pessoa Jurídica e Pessoa
Física, além de seus próprios atributos, irão herdar os atributos de Cliente.

Assim, uma pessoa física terá os atributos de cliente (Código, Nome, Endereço), além
dos seus próprios atributos (CPF). A mesma coisa acontece com as pessoas jurídicas –
cada PJ terá os atributos de cliente (Código, Nome, Endereço), somados ao seus
próprios atributos (CNPJ e Capital Social).

Perceba, então, que um cliente PF só irá ter atributos pertinentes a si, não contendo
CNPJ e Capital Social. Da mesma maneira, não existirá previsão do cadastro de um CPF
para um cliente PJ.

Adotar essa abordagem é interessante porque conseguimos:

Manter o atributo chave original único entre todas as subclasses – ou seja,


um código será um identificador único de cliente, seja ele PJ ou PF

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Evitar a repetição de atributos entre entidades distintas – todos aqueles at


ributos que forem comuns a todos os clientes serão atribuídos à superclass
e e herdados pelas subclasses

Eliminar o excesso de atributos com valores em branco, pois eles não se ap


licam a uma ou mais subclasses

É importante notar ainda que Pessoa Jurídica e Pessoa Física herdam também todos
os relacionamentos de Cliente, além de poder ter seus próprios relacionamentos
cada. É o mesmo fenômeno que ocorre com os atributos!

Em relação aos diagramas ER, veja que esse triângulo no modelo representa esse
processo de derivação de entidades com base em outras. No caso do exemplo, é uma
especialização. Na especialização, parte-se de uma entidade mais geral para criar
entidades mais específicas:

O processo reverso é conhecido como generalização, em que se parte de entidades


mais específicas para criar uma entidade mais geral. Quando o processo é a
generalização, algumas bancas utilizam a representação de um triângulo invertido:

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Ambas as abordagens têm o mesmo resultado: a existência de superclasses e


subclasses com a herança de atributos e relacionamentos. Como não há muita
diferença prática no resultado, só no processo que foi utilizado para chegar lá, as bancas
nem sempre fazem essa distinção entre generalização e especialização, colocando
somente um triângulo convencional e dizendo que ele representa a “generalização ou
especialização”.

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Bancos de dados
Ø  Banco de dados: Coleção de dados relacionados.

Ø  SGBD: Conjunto de softwares complexos que permitem a criação e o gerenciamento


de Bancos de Dados. Contam com diversas funcionalidades, incluindo:

§  Definir;

§  Construir;

§  Modificar;

§  Compartilhar.

Ø  Metadados: Armazenados no catálogo de um SGBD, são dados a respeito de dados.


Descrevem a estrutura dos BDs.

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Ø  SBD – Sistema de Bancos de Dados

§  Composto por dados, hardware, software e usuários.

§  SGBD + BD

Ø  Modelagem:

§  Grau decrescente de abstração.

§  Independência de dados: capacidade de se alterar uma camada


sem afetar as superiores.

Ø  Modelo Conceitual

§  Representação de alto nível do ambiente que se deseja retratar


no projeto.

§  Independente de tecnologias e implementações específicas.

§  Exemplo: Modelo Entidade-Relacionamento

Ø  Modelo Lógico

§  Fornece um “guia” para a implementação, já contém a representação das estruturas


de armazenamento.

§  Dependente de um modelo de dados ou de SGBD.

Ø  Modelo Físico

§  Implementação propriamente dita, baixo grau de abstração.

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§  Sequência de comandos SQL.

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Modelo ER
Entidades

Ø  Objetos ou conceitos do mundo real que se deseja representar

o   Representadas por retângulos

o   Entidades fracas são aquelas que não possuem sentido próprio em existir, ou seja,
apresentam dependência em relação a uma entidade forte

§  O relacionamento entre a entidade fraca e a forte associada é conhecido como


relacionamento identificador ou de dependência

o   Entidades associativas ocorrem quando precisamos relacionar uma entidade a um

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relacionamento

Atributos

Ø  Representam as características das entidades (ou dos relacionamentos)

o   Representados por elipses

o   Atributo chave (identificador)

§  Identifica unicamente uma entidade

o   Atributos simples ou compostos

§  Atributos compostos são aqueles que podem ser divididos em múltiplas partes

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o   Atributos mono- e multivalorados

§  Atributos compostos são aqueles que podem assumir múltiplos valores para uma
mesma ocorrência de entidade

o   Atributos obrigatórios e opcionais

§  Atributos obrigatórios devem, obrigatoriamente, possuir um valor para todas as


ocorrências de uma entidade, enquanto que os opcionais podem ser omitidos

o   Atributos derivados

§  São aqueles cujo valor pode ser obtido através do valor de outro atributo

Relacionamentos

Ø  Representam as ligações entre as entidades

o   Grau: propriedade que indica quantos conjuntos de entidades participam do


relacionamento (1 a N)

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o   Cardinalidade: propriedade que indica o valor máximo de ocorrências de uma


entidade que podem estar associadas a uma ocorrência da entidade relacionada

§  1:1

§  1:N

§  M:N (ou N:N)

o   Participação: também conhecida como cardinalidade mínima, determina


quantidade mínima de ocorrências da entidade que participam do relacionamento
com uma ocorrência da outra entidade

§  0 (parcial)

§  1 (total)

o   Diferentes notações para representar cardinalidade e participação:

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Autorrelacionamento

Ø  Também conhecido como recursivo, é o relacionamento entre uma entidade e


ela mesma

o   Sempre de grau 1

o   A mesma entidade desempenha diferentes papeis no relacionamento

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Aula 17: Conceitos de Banco de Dados

Questões Comentadas
1 (FGV - MPE/AL - Técnico do Ministério Público - 2018)

O conjunto de programas responsável pelo gerenciamento de uma base de dados e


que, entre outras funções, suporta uma linguagem de consulta, gera relatórios e
disponibiliza uma interface para que os seus clientes possam incluir, alterar ou consultar
dados, é chamado de

A) Banco de Dados Relacional (BDR).

B) Dicionário de Dados (DD).

C) Modelo Entidade Relacionamento (MER).

D) Sistema de Suporte à Decisão (SSD).

E) Sistema Gerenciador de Bancos de Dados (SGBD).

Resolução:

O SGBD é um programa ou conjunto de programas que permite realizar toda a


interação com os bancos de dados, seja para realizar qualquer tipo de configuração ou
para interagir com os dados, manipulando ou extraindo-os das suas estruturas de
armazenamento. Essa interação com o SGBD pode ser feita tanto através de consultas
em uma linguagem de programação (que no caso dos BDs relacionais é a linguagem
SQL) quanto através de uma interface gráfica, em que o usuário pode visualizar e
acionar opções na tela para realizar a tarefa desejada.

Resposta correta, alternativa e.

2 (FGV - Baneste - Analista de tecnologia - 2018)

As propriedades usualmente requeridas para transações em bancos de dados são


identificadas pela sigla ACID.

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Essas propriedades são:

A) assincronia, concorrência, integridade, durabilidade;

B) assincronia, consistência, isolamento, distribuição;

C) atomicidade, concorrência, integridade, durabilidade;

D) atomicidade, conformidade, independência, distribuição;

E) atomicidade, consistência, isolamento, durabilidade.

Resolução:

Questão simples só para não deixar você esquecer! As transações devem seguir o
acrônimo ACID:

Atomicidade

Consistência

Isolamento

Durabilidade

Gabarito: E

3 (FGV - IBGE - Analista Censitário - 2018)

O projeto de um SGBD para emprego em SIG se divide em várias fases, de modo a


prover os dados geográficos de forma eficiente para atender adequadamente às
demandas próprias da aplicação.
Nesse contexto, é elaborado o Modelo Entidade-Relacionamento como resultado do(a):

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A) coleta e análise de requisitos;

B) projeto conceitual;

C) projeto lógico;

D) projeto físico;

E) projeto executivo;

Resolução:

Você pode ignorar a parte que trata de bancos de dados geográficos (SIG). A questão
cobra apenas o conhecimento de que etapa de modelagem produz o Modelo de
Entidade-Relacionamento (MER). Esse modelo é produzido na primeira etapa de
modelagem, a de modelo/projeto conceitual, em que são descritos, em alto nível, os
conceitos do ambiente de negócio que estarão representados no banco de dados.

Resposta letra B!

4 (FGV - IBGE - Analista Censitário - 2018)

Considere uma transação de banco de dados que transfere uma quantia X de uma
conta A para outra, B. A transação consiste de uma leitura e gravação de A, seguida da
leitura e gravação de B. Admita que o programador construiu seu programa
corretamente.

Caso ocorra algum tipo de erro nas operações sobre B, interrompendo o curso normal
da transação, o sistema gerenciador do banco de dados deve agir para corrigir a situação
e garantir que as propriedades da transação sejam respeitadas.

A propriedade resguardada, nesse caso, é conhecida como

A) atomicidade.

B) consistência.

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C) durabilidade.

D) isolamento.

E) independência de dados

Resolução:

Veja que o item trata de apenas uma transação em que há uma interrupção devido a
um erro. A propriedade que trata desse tipo de situação é a atomicidade, que diz que o
SGBD deve agir para corrigir essa situação e não gravar nenhuma alteração realizada por
essa transação que falhou, já que ela não foi concluída corretamente. Com a
atomicidade é tudo ou nada, ou termina com sucesso todas as suas operações, ou não
produzirá efeitos no banco de dados.

Resposta, alternativa a)

5 (FGV - IBGE - Analista Censitário - 2018)

Características que distinguem a abordagem de bancos de dados relacionais e


centralizados da abordagem tradicional, baseada em processamento de arquivos, estão
listadas a seguir à exceção de uma. Assinale‐a.

A) Compartilhamento de dados e processamento de transações multiusuários.

B) Suporte para múltiplas visões de dados.

C) Isolamento entre os programas e os dados.

D) Dados são armazenados e tratados somente como cadeias de caracteres.

E) Natureza autodescritiva do sistema de bancos de dados.

Resolução:

Segundo Elmasri e Navathe, há quatro características que distinguem a abordagem de


BD da abordagem de processamento de arquivos. São elas as das opções:

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a) Compartilhamento de dados e processamento de transações multiusuários

b) Suporte para múltiplas visões de dados

c) Natureza autodescritiva do sistema de bancos de dados.

e) Isolamento entre os programas e os dados

A opção D diz que os dados são tratados somente como cadeias de caracteres (valores
textuais). Isso não está correto, pois nos bancos de dados há diversos tipos de dados,
como números inteiros e decimais, datas, valores booleanos (1 e 0/verdadeiro e falso) e
até dados binários, que podem armazenar arquivos inteiros.

Resposta, alternativa D.

6. (FCC – TRT/23 – 2022)

Considere que uma organização possui um banco de dados com os registros de


cidadãos identificados pelo CPF, endereços residenciais identificados pelo CEP e
habilidades profissionais pré-determinadas. Os dados dos cidadãos, além dos pessoais,
incluem a situação empregatícia atual que pode ser uma das três: empregado
contratado, empregado temporário ou desempregado. O banco completo, então, é
formado pelas tabelas de cidadãos (cadastro de pessoas), endereços (tabela de CEP),
habilidades (tabela de habilidades), tabela cidadão-habilidade e tabela cidadão-
endereço. No modelo entidade-relacionamento normalizado até a 3FN, identifica-se
como relacionamento, entidade e atributo, correta e respectivamente,

A) cidadão-habilidade, cidadão e situação empregatícia.

B) cidadão, cidadão-endereço e habilidade.

C) situação empregatícia, cidadão e endereço.

D) habilidade, endereço e cidadão-endereço.

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E) cidadão-endereço, situação-empregatícia e habilidade..

RESOLUÇÃO:

Para resolver este exercício, não cabe “bom senso” ou “achismo” de como funciona esse
banco de dados: deve-se extrair somente as informações do enunciado.

Com base na questão, extrai-se que as tabelas cidadão-habilidade e cidadão-endereço


são relacionamentos oriundos das entidades cidadãos, endereços e habilidades. Por
fim, alguns atributos estão espalhados ao longo do texto, como CPF, CEP e situação
empregatícia. Não busque concluir a existência de mais atributos (sabemos da
existência da tabela de habilidades, mas não sabemos seus atributos, por exemplo).

Por eliminação, a única alternativa que apresenta uma sequência correta de


relacionamento, entidade e atributo é a alternativa a).

Gabarito: A

7. (CESPE – MPC/SC – 2022)

Em um diagrama entidade-relacionamento (DER), uma entidade, cuja definição é um


conjunto de objetos da realidade modelada, é representada graficamente por meio de
um retângulo.

RESOLUÇÃO:

Entidades são objetos oriundos da realidade modelada. Possuem atributos e são


representados graficamente por meio de retângulos, enquanto os relacionamentos
ligam as entidades, por meio de triângulos.

Gabarito: C

8. (CESPE – SEFAZ/RS – 2019)

As funções de um sistema de gerenciamento de banco de dados (SGBD) incluem

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a) gerenciar a integridade de dados, o dicionário e o armazenamento de dados, bem


como a memória do computador enquanto o SGBD estiver em execução.

b) transformar e apresentar dados, controlar o acesso de multiusuário e prover


interfaces de comunicação do banco de dados.

c) gerenciar o becape e a recuperação dos dados, bem como o escalonamento de


processos no processador por meio do banco de dados.

d) gerenciar o sistema de arquivos e a segurança do banco de dados.

e) gerenciar a entrada e saída de dispositivos, linguagens de acesso ao banco de dados


e interfaces de programação de aplicações.

RESOLUÇÃO:

a) O SGBD realmente gerencia a integridade, o dicionário e o armazenamento dos


dados, mas quem gerencia a memória do computador é o sistema operacional!
ERRADA

b) Os SGBDs provêm meios de acesso ao banco de dados com o usuário, ao permitir


que se execute comandos através da linguagem SQL ou de alguma interface gráfica.
Esses sistemas, entre outras funcionalidades, permitem a inserção e modificação de
dados e o gerenciamento dos múltiplos usuários que tentam acessar o BD de forma
simultânea. CERTA

c) O gerenciamento do backup do banco de dados é feita pelo SGBD, mas o


escalonamento de processos no processador, assim como o gerenciamento de
memória, é uma função do sistema operacional. ERRADA

d) O SGBD possui sim recursos relativos à manutenção da segurança do BD. O sistema


de arquivos do computador, contudo, também é gerenciado pelo sistema operacional.
ERRADA

e) A entrada e saída de dispositivos é mais uma funcionalidade dos SGBDs. As interfaces


de programação de aplicações também não dizem respeito ao SGBD. A única
funcionalidade desse tipo de sistema aqui é o gerenciamento das linguagens de acesso
ao BD. ERRADA

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Gabarito: B

9. (CESPE – FUB – 2018)

Julgue o item subsecutivo, a respeito de linguagem de definição e manipulação de


dados.

Um esquema de banco de dados geralmente agrupa e apresenta as diferentes tabelas,


seus campos e o relacionamento entre eles e outras tabelas.

RESOLUÇÃO:

O esquema do banco de dados é a definição de suas estruturas, incluindo as diferentes


tabelas, seus atributos e os relacionamentos entre elas. As informações desse esquema
costumam estar armazenadas no catálogo ou no dicionário de dados. A assertiva está
correta!

Gabarito: C

10. (CESPE – FUB – 2018)

Julgue o item seguinte, a respeito de sistemas de gerenciamento de banco de dados.

O aumento da confiabilidade do sistema gerenciador de banco de dados ocorre por


meio da introdução de redundância de dados, ou seja, pela disponibilização de formas
diferentes de acesso ao dado, como interface gráfica e linguagem SQL.

RESOLUÇÃO:

Embora os SGBDs forneçam essas diferentes formas de acesso aos dados, incluindo
uma interface gráfica e a linguagem SQL, a redundância de dados não tem a ver com
isso. A redundância ocorre quando temos a mesma informação representada múltiplas
vezes em um mesmo repositório. Ela pode ser controlada ou não controlada, casos em
que será gerenciada pelo banco de dados ou pelo usuário, respectivamente.

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Gabarito: E

11. (CESPE – FUB – 2018)

Julgue o item seguinte, a respeito dos conceitos de modelagem de dados e níveis de


abstração. 

No modelo de entidade-relacionamento, uma entidade se caracteriza por um objeto do


mundo real que possui um conjunto de propriedades; os valores de um subconjunto
dessas propriedades podem identificar de maneira única a entidade.

RESOLUÇÃO:

Em geral, os atributos representam características de uma entidade. Um determinado


subconjunto desses atributos pode identificar unicamente uma determinada entidade,
sendo a chave da entidade.

Gabarito: C

12. (CESPE – FUB – 2018)

Na cardinalidade de mapeamento entre o conjunto de entidades X e Y de uma


associação um-para-um, uma entidade em X é associada, no máximo, a uma entidade
em Y, e uma entidade em Y é associada, no máximo, a uma entidade em X.

RESOLUÇÃO:

A cardinalidade é a quantidade máxima de ocorrências de um conjunto de entidades


que podem estar associadas a uma ocorrência de outro conjunto de entidades. No caso
da cardinalidade um para um, podemos dar como exemplo o relacionamento entre um
aluno e seu horário de estudos. Um horário só pode pertencer exclusivamente a um
aluno, enquanto um aluno só pode ter, no máximo, um horário associado.

Gabarito: C

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13. (CESPE – MPE/PI – 2018)

Tendo em vista que, ao se desenvolver um sistema de vendas e compras para um


cliente, devem-se descrever os produtos, as entradas, as saídas, o controle de estoque e
o lucro das vendas, julgue o item subsequente, relativo à modelagem de dados para a
aplicação descrita.

No sistema implementado, o cliente terá de cadastrar cada produto nos módulos de


vendas e compras, pois a redundância será controlada pelo usuário, e não pela
modelagem do banco de dados.

RESOLUÇÃO:

Ao se adotar a abordagem de banco de dados, a ideia é facilitar o controle dessas


redundâncias, tirando esse gerenciamento das mãos do usuário e deixando a cargo da
modelagem do banco de dados prever estruturas adequadas para essa tarefa.

Gabarito: E

14. (CESPE – SEFAZ/RS – 2018)

No modelo entidade-relacionamento, as propriedades particulares que descrevem uma


entidade são denominadas

a) valores.

b) atributos.

c) chaves primárias.

d) relacionamentos.

e) instâncias.

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RESOLUÇÃO:

As entidades são aqueles objetos de interesse do ambiente que estamos


representando. Por sua vez, as características ou propriedades dessas entidades são
chamadas de atributos.

Gabarito: B

15. (CESPE – PF – 2018)

Tendo como referência as informações apresentadas, julgue o próximo item.

Em uma transação, durabilidade é a propriedade que garante que os dados envolvidos


durem por tempo necessário e suficiente até que sejam excluídos.

RESOLUÇÃO:

Nada disso! A durabilidade determina que os efeitos de uma transação serão persistidos
no banco de dados, mesmo que após sua conclusão ocorra alguma falha ou outro tipo
de problema com o sistema.

Gabarito: E

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Questões Comentadas
1 (FGV - MPE/AL - Técnico do Ministério Público - 2018)

O conjunto de programas responsável pelo gerenciamento de uma base de dados e


que, entre outras funções, suporta uma linguagem de consulta, gera relatórios e
disponibiliza uma interface para que os seus clientes possam incluir, alterar ou consultar
dados, é chamado de

A) Banco de Dados Relacional (BDR).

B) Dicionário de Dados (DD).

C) Modelo Entidade Relacionamento (MER).

D) Sistema de Suporte à Decisão (SSD).

E) Sistema Gerenciador de Bancos de Dados (SGBD).

2 (FGV - Baneste - Analista de tecnologia - 2018)

As propriedades usualmente requeridas para transações em bancos de dados são


identificadas pela sigla ACID.

Essas propriedades são:

A) assincronia, concorrência, integridade, durabilidade;

B) assincronia, consistência, isolamento, distribuição;

C) atomicidade, concorrência, integridade, durabilidade;

D) atomicidade, conformidade, independência, distribuição;

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E) atomicidade, consistência, isolamento, durabilidade.

3 (FGV - IBGE - Analista Censitário - 2018)

O projeto de um SGBD para emprego em SIG se divide em várias fases, de modo a


prover os dados geográficos de forma eficiente para atender adequadamente às
demandas próprias da aplicação.
Nesse contexto, é elaborado o Modelo Entidade-Relacionamento como resultado do(a):

A) coleta e análise de requisitos;

B) projeto conceitual;

C) projeto lógico;

D) projeto físico;

E) projeto executivo;

4 (FGV - IBGE - Analista Censitário - 2018)

Considere uma transação de banco de dados que transfere uma quantia X de uma
conta A para outra, B. A transação consiste de uma leitura e gravação de A, seguida da
leitura e gravação de B. Admita que o programador construiu seu programa
corretamente.

Caso ocorra algum tipo de erro nas operações sobre B, interrompendo o curso normal
da transação, o sistema gerenciador do banco de dados deve agir para corrigir a situação
e garantir que as propriedades da transação sejam respeitadas.

A propriedade resguardada, nesse caso, é conhecida como

A) atomicidade.

B) consistência.

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C) durabilidade.

D) isolamento.

E) independência de dados

5 (FGV - IBGE - Analista Censitário - 2018)

Características que distinguem a abordagem de bancos de dados relacionais e


centralizados da abordagem tradicional, baseada em processamento de arquivos, estão
listadas a seguir à exceção de uma. Assinale‐a.

A) Compartilhamento de dados e processamento de transações multiusuários.

B) Suporte para múltiplas visões de dados.

C) Isolamento entre os programas e os dados.

D) Dados são armazenados e tratados somente como cadeias de caracteres.

E) Natureza autodescritiva do sistema de bancos de dados.

6. (FCC – TRT/23 – 2022)

Considere que uma organização possui um banco de dados com os registros de


cidadãos identificados pelo CPF, endereços residenciais identificados pelo CEP e
habilidades profissionais pré-determinadas. Os dados dos cidadãos, além dos pessoais,
incluem a situação empregatícia atual que pode ser uma das três: empregado
contratado, empregado temporário ou desempregado. O banco completo, então, é
formado pelas tabelas de cidadãos (cadastro de pessoas), endereços (tabela de CEP),
habilidades (tabela de habilidades), tabela cidadão-habilidade e tabela cidadão-
endereço. No modelo entidade-relacionamento normalizado até a 3FN, identifica-se
como relacionamento, entidade e atributo, correta e respectivamente,

A) cidadão-habilidade, cidadão e situação empregatícia.

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B) cidadão, cidadão-endereço e habilidade.

C) situação empregatícia, cidadão e endereço.

D) habilidade, endereço e cidadão-endereço.

E) cidadão-endereço, situação-empregatícia e habilidade..

7. (CESPE – MPC/SC – 2022)

Em um diagrama entidade-relacionamento (DER), uma entidade, cuja definição é um


conjunto de objetos da realidade modelada, é representada graficamente por meio de
um retângulo.

8. (CESPE – SEFAZ/RS – 2019)

As funções de um sistema de gerenciamento de banco de dados (SGBD) incluem

a) gerenciar a integridade de dados, o dicionário e o armazenamento de dados, bem


como a memória do computador enquanto o SGBD estiver em execução.

b) transformar e apresentar dados, controlar o acesso de multiusuário e prover


interfaces de comunicação do banco de dados.

c) gerenciar o becape e a recuperação dos dados, bem como o escalonamento de


processos no processador por meio do banco de dados.

d) gerenciar o sistema de arquivos e a segurança do banco de dados.

e) gerenciar a entrada e saída de dispositivos, linguagens de acesso ao banco de dados


e interfaces de programação de aplicações.

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9. (CESPE – FUB – 2018)

Julgue o item subsecutivo, a respeito de linguagem de definição e manipulação de


dados.

Um esquema de banco de dados geralmente agrupa e apresenta as diferentes tabelas,


seus campos e o relacionamento entre eles e outras tabelas.

10. (CESPE – FUB – 2018)

Julgue o item seguinte, a respeito de sistemas de gerenciamento de banco de dados.

O aumento da confiabilidade do sistema gerenciador de banco de dados ocorre por


meio da introdução de redundância de dados, ou seja, pela disponibilização de formas
diferentes de acesso ao dado, como interface gráfica e linguagem SQL.

11. (CESPE – FUB – 2018)

Julgue o item seguinte, a respeito dos conceitos de modelagem de dados e níveis de


abstração. 

No modelo de entidade-relacionamento, uma entidade se caracteriza por um objeto do


mundo real que possui um conjunto de propriedades; os valores de um subconjunto
dessas propriedades podem identificar de maneira única a entidade.

12. (CESPE – FUB – 2018)

Na cardinalidade de mapeamento entre o conjunto de entidades X e Y de uma


associação um-para-um, uma entidade em X é associada, no máximo, a uma entidade
em Y, e uma entidade em Y é associada, no máximo, a uma entidade em X.

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13. (CESPE – MPE/PI – 2018)

Tendo em vista que, ao se desenvolver um sistema de vendas e compras para um


cliente, devem-se descrever os produtos, as entradas, as saídas, o controle de estoque e
o lucro das vendas, julgue o item subsequente, relativo à modelagem de dados para a
aplicação descrita.

No sistema implementado, o cliente terá de cadastrar cada produto nos módulos de


vendas e compras, pois a redundância será controlada pelo usuário, e não pela
modelagem do banco de dados.

14. (CESPE – SEFAZ/RS – 2018)

No modelo entidade-relacionamento, as propriedades particulares que descrevem uma


entidade são denominadas

a) valores.

b) atributos.

c) chaves primárias.

d) relacionamentos.

e) instâncias.

15. (CESPE – PF – 2018)

Tendo como referência as informações apresentadas, julgue o próximo item.

Em uma transação, durabilidade é a propriedade que garante que os dados envolvidos


durem por tempo necessário e suficiente até que sejam excluídos.

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Gabarito
1. E

2. E

3. B

4. A

5. D

6.     A

7.     C

8.     B

9.     C

10.     E

11.     C

12.     C

13.     E

14.     B

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