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LEGISLAÇÃO
Lei n. 12.527/2011 – Acesso à Informação
Gustavo Scatolino
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULLIENE ROSA DE CARVALHO - 16202888776, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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Lei n. 12.527/2011 – Acesso à Informação
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Introdução
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Âmbito de Aplicação
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre os procedimentos a serem observados pela União, Estados, Distrito
Federal e Municípios, com o fim de garantir o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do
art. 5º, no inciso II do § 3º do art. 37 e no § 2º do art. 216 da Constituição Federal.
Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei:
I – os órgãos públicos integrantes da administração direta dos Poderes Executivo, Legislativo, in-
cluindo as Cortes de Contas, e Judiciário e do Ministério Público;
II – as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mis-
ta e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e
Municípios.
Art. 2º Aplicam-se as disposições desta Lei, no que couber, às entidades privadas sem fins lucra-
tivos que recebam, para realização de ações de interesse público, recursos públicos diretamente
do orçamento ou mediante subvenções sociais, contrato de gestão, termo de parceria, convênios,
acordo, ajustes ou outros instrumentos congêneres.
Parágrafo único. A publicidade a que estão submetidas as entidades citadas no caput refere-se à
parcela dos recursos públicos recebidos e à sua destinação, sem prejuízo das prestações de con-
tas a que estejam legalmente obrigadas.
De acordo com o art. 1º da Lei, trata-se de um diploma nacional, isto é, aplica-se a todos
os entes federativos (União, estados, DF e municípios).
Nesse aspecto, subordinam-se aos ditames da Lei n. 12.527/2011 – LAI: (i) os órgãos
públicos integrantes da Administração Direta dos Poderes Executivo, Legislativo, incluindo as
Cortes de Contas, e Judiciário e do Ministério Público; (ii) as autarquias, as fundações públi-
cas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas
direta ou indiretamente pela União, estados, Distrito Federal e municípios.
Portanto, todos os órgãos de todos os Poderes do Estado e todas as entidades da Admi-
nistração Indireta estão sujeitas à observância das regras da Lei n. 12.527/2011.
Conforme o art. 2º, aplicam-se as disposições da lei, no que couber, às entidades privadas
sem fins lucrativos que recebam, para realização de ações de interesse público, recursos pú-
blicos diretamente do orçamento ou mediante subvenções sociais, contrato de gestão, termo
de parceria, convênios, acordo, ajustes ou outros instrumentos congêneres. Quanto a essas
últimas, o dever de informação e publicidade restringe-se à parcela de recursos públicos que
receberem (art. 2º, caput e parágrafo único). É o caso, por exemplo, das entidades do Sistema
“S” – que, embora sejam privadas e sem fins lucrativos, submetem-se à Lei de Acesso à In-
formação (LAI) quanto aos recursos públicos que recebem.
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Certo.
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suporte à referida contratação. Considerando o que dispõe a Lei de Acesso à Informação (Lei
n. 12.527/2011), referida entidade
a) poderá condicionar a disponibilização das informações ao prévio esclarecimento e com-
provação dos motivos do requerente, vedada a cobrança de taxas ou emolumentos, salvo
para extração de cópias.
b) não está adstrita, em função do seu regime jurídico, aos ditames da Lei de Acesso à Infor-
mação, podendo negar atendimento à solicitação salvo em relação a repasses recebidos do
Poder Público.
c) se comprovar que atua em regime de competição no mercado, está dispensada da disponi-
bilização das informações requeridas, constituindo hipótese de segurança institucional.
d) deverá disponibilizar os dados e documentos requeridos, inclusive os pareceres, eis que o
sigilo constitui exceção, somente sendo admissível nas hipóteses legais de classificação da
informação como secreta, ultrassecreta ou reservada.
e) somente estará adstrita à disponibilização dos documentos de publicação obrigatória, não
sendo facultado acesso ao público em geral a documentos internos como estudos e pareceres.
Letra d.
a) Errada.
Art. 10, § 3º São vedadas quaisquer exigências relativas aos motivos determinantes da solicitação
de informações de interesse público.
b) Errada.
c) Errada. Vide artigo colacionado na alternativa anterior. Não há nenhuma ressalva legal!
Sociedade de Economia Mista sem nenhuma firula (rs).
e) Errada. Não há essa restrição traçada pela alternativa na Lei n. 12.527/2011.
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A Lei de Acesso à Informação obriga que toda a administração pública direta e indireta
e também os órgãos do Poder Judiciário promovam, independentemente de requerimento,
a divulgação, em local de fácil acesso no âmbito de suas competências, de informações de
interesse coletivo ou geral por eles produzidas.
Noções Gerais
Com o advento da Lei n. 12.527/2011, houve a revogação expressa da Lei n. 11.111/2005,
que antes regulamentava o art. 5º, XXXIII, da CF, bem como os arts. 22 a 24 da Lei n. 8.159/1991,
relativos ao acesso e do Sigilo dos Documentos Públicos. Desse modo, praticamente todas
as regras de sigilo de informação de documentos públicos ficam concentradas na LAI.
O art. 20 determina que se aplica subsidiariamente, no que couber, a Lei n. 9.784/1999, Lei
do Processo Administrativo Federal – LPA. Essa menção nem precisaria ser dita expressa-
mente, já que o art. 69 da própria Lei n. 9.784 já contém essa determinação. Portanto, haven-
do qualquer omissão na LAI, poderão ser aplicados os ditames da LPA.
Aplica-se, também no que couber, a Lei n. 9.507, de 12 de novembro de 1997, em relação
à informação de pessoa, física ou jurídica constante de registro ou banco de dados de enti-
dades governamentais ou de caráter público. Esse diploma legal regula o direito de acesso a
informações e disciplina o rito processual do habeas data.
Art. 22. O disposto nesta Lei não exclui as demais hipóteses legais de sigilo e de segredo de justiça
nem as hipóteses de segredo industrial decorrentes da exploração direta de atividade econômica
pelo Estado ou por pessoa física ou entidade privada que tenha qualquer vínculo com o poder pú-
blico.
O art. 22 estabelece que as disposições da LAI não excluem as demais hipóteses legais de
sigilo e de segredo de justiça nem as hipóteses de segredo industrial decorrentes da explora-
ção direta de atividade econômica pelo Estado ou por pessoa física ou entidade privada que
tenha qualquer vínculo com o poder público. Assim, por exemplo, produtos patenteados em
órgãos públicos terão o sigilo assegurado nos termos das respectivas leis específicas. A LAI
também não afasta casos específicos previstos em lei no que se refere ao segredo de justiça.
A pessoa física ou entidade privada que, em razão de qualquer vínculo com o Poder Pú-
blico, executar atividades de tratamento de informações sigilosas adotará as providências
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A Comissão Mista de Reavaliação de Informações, composta por Ministros de Estado e por repre-
sentantes dos Poderes Legislativo e Judiciário, indicados pelos respectivos presidentes, ficará em
contato permanente com a Casa Civil da Presidência da República e inserida na competência da
União.
O art. 3º – sem dúvida um dos mais importantes dispositivos da LAI para fins de concursos
públicos – estabelece as diretrizes para o exercício do direito fundamental de acesso à informa-
ção.
Citam-se cinco diretrizes, quais sejam: a) a publicidade é a regra geral, o sigilo é a exceção
(inciso I); b) as informações de interesse público devem ser divulgadas, independentemente
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de solicitação, com o que se reforça o dever de publicidade dos atos administrativos (inciso
II; ver também o art. 8º); c) reforço da facilitação do acesso à informação pelos mais diver-
sos meios possíveis, inclusive relacionados à tecnologia da informação; d) estímulo à cultura
de transparência da Administração Pública, na tentativa de reverter, de uma vez por todas,
as práticas antigas de tratar a informação pública como algo privativo; e) desenvolvimento do
controle social da Administração Pública, diretriz plenamente compatível com o princípio do
Estado de Direito (CF, art. 1º, caput).
Cumpre ressaltar que não foi a LAI que tornou a publicidade regra e o sigilo exceção, uma
vez que esse comando já era de ordem constitucional. A LAI apenas explicita e efetiva tal de-
terminação.
Art. 5º É dever do Estado garantir o direito de acesso à informação, que será franqueada, mediante
procedimentos objetivos e ágeis, de forma transparente, clara e em linguagem de fácil compreen-
são.
Para efetivar o direito à informação, o art. 5º prevê que é dever do Estado garantir o direito
de acesso à informação, que será franqueada, mediante procedimentos objetivos e ágeis, de
forma transparente, clara e em linguagem de fácil compreensão. É dever dos órgãos e entida-
des públicas promover, independentemente de requerimentos, a divulgação em local de fácil
acesso, no âmbito de suas competências, de informações de interesse coletivo ou geral por
eles produzidas ou custodiadas (art. 8º).
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Expondo-se, portanto, a divulgação oficial. Sem que a intimidade deles, vida privada e
segurança pessoal e familiar se encaixem nas exceções de que trata a parte derradeira
do mesmo dispositivo constitucional (inciso XXXIII do art. 5º), pois o fato é que não
estão em jogo nem a segurança do Estado nem do conjunto da sociedade. 2. Não cabe,
no caso, falar de intimidade ou de vida privada, pois os dados objeto da divulgação em
causa dizem respeito a agentes públicos enquanto agentes públicos mesmos; ou, na
linguagem da própria Constituição, agentes estatais agindo “nessa qualidade” (§ 6º do
art. 37). E quanto à segurança física ou corporal dos servidores, seja pessoal, seja fami-
liarmente, claro que ela resultará um tanto ou quanto fragilizada com a divulgação nomi-
nalizada dos dados em debate, mas é um tipo de risco pessoal e familiar que se atenua
com a proibição de se revelar o endereço residencial, o CPF e a CI de cada servidor. No
mais, é o preço que se paga pela opção por uma carreira pública no seio de um Estado
republicano. 3. A prevalência do princípio da publicidade administrativa outra coisa não
é senão um dos mais altaneiros modos de concretizar a República enquanto forma de
governo. Se, por um lado, há um necessário modo republicano de administrar o Estado
brasileiro, de outra parte é a cidadania mesma que tem o direito de ver o seu Estado
republicanamente administrado. O “como” se administra a coisa pública a preponde-
rar sobre o “quem” administra – falaria Norberto Bobbio –, e o fato é que esse modo
público de gerir a máquina estatal é elemento conceitual da nossa República. O olho e
a pálpebra da nossa fisionomia constitucional republicana. 4. A negativa de prevalên-
cia do princípio da publicidade administrativa implicaria, no caso, inadmissível situação
de grave lesão à ordem pública. 5. Agravos regimentais desprovidos (SS 3902 AgR-se-
gundo, Relator(a): Min. Ayres Britto, Tribunal Pleno, julgado em 09/06/2011, DJe-189
Divulg. 30/09/2011 Public. 03/10/2011 Ement. Vol-02599-01 PP-00055).
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Certo.
Art. 7º O acesso à informação de que trata esta Lei compreende, entre outros, os direitos de obter:
I – orientação sobre os procedimentos para a consecução de acesso, bem como sobre o local onde
poderá ser encontrada ou obtida a informação almejada;
II – informação contida em registros ou documentos, produzidos ou acumulados por seus órgãos
ou entidades, recolhidos ou não a arquivos públicos;
III – informação produzida ou custodiada por pessoa física ou entidade privada decorrente de qual-
quer vínculo com seus órgãos ou entidades, mesmo que esse vínculo já tenha cessado;
IV – informação primária, íntegra, autêntica e atualizada;
V – informação sobre atividades exercidas pelos órgãos e entidades, inclusive as relativas à sua
política, organização e serviços;
VI – informação pertinente à administração do patrimônio público, utilização de recursos públicos,
licitação, contratos administrativos;
VII – informação relativa:
a) à implementação, acompanhamento e resultados dos programas, projetos e ações dos órgãos e
entidades públicas, bem como metas e indicadores propostos;
b) ao resultado de inspeções, auditorias, prestações e tomadas de contas realizadas pelos órgãos
de controle interno e externo, incluindo prestações de contas relativas a exercícios anteriores.
§ 1º O acesso à informação previsto no caput não compreende as informações referentes a pro-
jetos de pesquisa e desenvolvimento científicos ou tecnológicos cujo sigilo seja imprescindível à
segurança da sociedade e do Estado.
§ 2º Quando não for autorizado acesso integral à informação por ser ela parcialmente sigilosa,
é assegurado o acesso à parte não sigilosa por meio de certidão, extrato ou cópia com ocultação
da parte sob sigilo.
§ 3º O direito de acesso aos documentos ou às informações neles contidas utilizados como fun-
damento da tomada de decisão e do ato administrativo será assegurado com a edição do ato
decisório respectivo.
§ 4º A negativa de acesso às informações objeto de pedido formulado aos órgãos e entidades re-
feridas no art. 1º, quando não fundamentada, sujeitará o responsável a medidas disciplinares, nos
termos do art. 32 desta Lei.
§ 5º Informado do extravio da informação solicitada, poderá o interessado requerer à autoridade
competente a imediata abertura de sindicância para apurar o desaparecimento da respectiva do-
cumentação.
§ 6º Verificada a hipótese prevista no § 5º deste artigo, o responsável pela guarda da informação
extraviada deverá, no prazo de 10 (dez) dias, justificar o fato e indicar testemunhas que comprovem
sua alegação.
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Dados, processados ou não, que podem ser utilizados para produção e transmissão de
Informação
conhecimento, contidos em qualquer meio, suporte ou formato.
Documento Unidade de registro de informações, qualquer que seja o suporte ou formato.
Informação Aquela submetida temporariamente à restrição de acesso público em razão de sua
sigilosa imprescindibilidade para a segurança da sociedade e do Estado.
Informação
Aquela relacionada à pessoa natural identificada ou identificável.
pessoal
Conjunto de ações referentes à produção, recepção, classificação, utilização, acesso,
Tratamento da
reprodução, transporte, transmissão, distribuição, arquivamento, armazenamento, elimi-
informação
nação, avaliação, destinação ou controle da informação.
Qualidade da informação que pode ser conhecida e utilizada por indivíduos, equipamen-
Disponibilidade
tos ou sistemas autorizados.
Qualidade da informação que tenha sido produzida, expedida, recebida ou modificada por
Autenticidade
determinado indivíduo, equipamento ou sistema.
Integridade Qualidade da informação não modificada, inclusive quanto à origem, trânsito e destino.
Qualidade da informação coletada na fonte, com o máximo de detalhamento possível,
Primariedade
sem modificações.
I – gestão transparente da informação, propiciando amplo acesso a ela e sua divulgação;
II – proteção da informação, garantindo-se sua disponibilidade, autenticidade e integridade; e
III – proteção da informação sigilosa e da informação pessoal, observada a sua disponibilidade,
autenticidade, integridade e eventual restrição de acesso.
O acesso à informação é amplo, para tanto, a lei garante direito de obter:
I – orientação sobre os procedimentos para a consecução de acesso, bem como sobre o local onde
poderá ser encontrada ou obtida a informação almejada;
II – informação contida em registros ou documentos, produzidos ou acumulados por seus órgãos
ou entidades, recolhidos ou não a arquivos públicos;
III – informação produzida ou custodiada por pessoa física ou entidade privada decorrente de qual-
quer vínculo com seus órgãos ou entidades, mesmo que esse vínculo já tenha cessado;
IV – informação primária, íntegra, autêntica e atualizada;
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V – informação sobre atividades exercidas pelos órgãos e entidades, inclusive as relativas à sua
política, organização e serviços;
VI – informação pertinente à administração do patrimônio público, utilização de recursos públicos,
licitação, contratos administrativos; VII – informação relativa:
a) à implementação, acompanhamento e resultados dos programas, projetos e ações dos órgãos e
entidades públicas, bem como metas e indicadores propostos;
b) ao resultado de inspeções, auditorias, prestações e tomadas de contas realizadas pelos órgãos
de controle interno e externo, incluindo prestações de contas relativas a exercícios anteriores.
São vedadas quaisquer exigências relativas aos motivos determinantes da solicitação de in-
formações de interesse público.
Com essa observação feita acerca da vedação dos motivos da solicitação, os agentes
públicos não podem perguntar: por que você quer essa informação?
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Letra a.
Art. 10. Qualquer interessado poderá apresentar pedido de acesso a informações aos órgãos e
entidades referidos no art. 1º desta Lei, por qualquer meio legítimo, devendo o pedido conter a
identificação do requerente e a especificação da informação requerida.
§ 1º Para o acesso a informações de interesse público, a identificação do requerente não pode
conter exigências que inviabilizem a solicitação.
§ 2º Os órgãos e entidades do poder público devem viabilizar alternativa de encaminhamento de
pedidos de acesso por meio de seus sítios oficiais na internet.
§ 3º São vedadas quaisquer exigências relativas aos motivos determinantes da solicitação de in-
formações de interesse público
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b) deverá disponibilizar as informações requeridas, não havendo previsão legal para exigir do
requerente a motivação da solicitação.
c) não está obrigada a disponibilizar as informações e documentos requeridos, tendo em vis-
ta sua sujeição ao regime jurídico de direito privado.
d) poderá alegar segredo comercial para afastar a obrigação de divulgar as informações soli-
citadas, caso atue em regime de competição no mercado.
e) não poderá negar a disponibilização dos documentos, salvo se declarados, pelo conselho
de administração da companhia, como de caráter reservado.1
O órgão ou entidade deverá fornecer o acesso, ou, se for o caso, fornecer cópia do origi-
nal do documento, quando se tratar de peça rara. As buscas devem ser gratuitas e apenas
as cópias devem ser cobradas; ainda assim, os custos são dispensados às pessoas que não
possam pagá-los.
A LAI estabelece o prazo de 20 dias para o fornecimento da informação (art. 11, § 1º),
mas apenas quando não for possível franquear o acesso imediatamente. Esse prazo pode
ser prorrogado por mais 10 dias. Tem-se, aqui, um conflito aparente com a Lei n. 9.507/1997,
que, ao tratar do habeas data, prevê o prazo de 48 horas para os bancos de dados fornecerem
as informações relativas ao requerente (art. 2º) e de 10 dias para o ingresso com o habeas
data no Judiciário, valendo o silêncio como negativa do fornecimento da informação (art. 8º,
parágrafo único, I). Como resolver esse conflito? Entendemos que deva ser utilizado o critério
da especialidade (até mesmo em virtude da previsão do art. 38 da LAI): em se tratando de in-
formações pessoais constantes de bancos de dados públicos ou governamentais, aplica-se
o prazo da Lei do Habeas Data (10 dias); nos demais casos, utiliza-se o prazo da LAI (20 dias,
prorrogáveis por mais 10).
A negativa deve ser fornecida por escrito (art. 14), mediante certidão ou cópia, o que vai
solucionar diversos problemas que eram vivenciados pelos cidadãos, para provar que a Ad-
ministração se negou ao fornecimento da informação. Contra o indeferimento do pedido de
acesso cabe recurso, no prazo de 10 dias, em termos semelhantes ao que está previsto na
Lei de Processo Administrativo (Lei n. 9.784/1999), que se aplica subsidiariamente (art. 20
1
Letra b.
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Tendo em vista que a publicidade deve ser a regra e o sigilo a exceção, a LAI prevê que,
para a classificação da informação em determinado grau de sigilo, deverá ser observado o
interesse público da informação e utilizado o critério menos restritivo possível, considerados:
I – a gravidade do risco ou dano à segurança da sociedade e do Estado; II – o prazo máximo
de restrição de acesso ou o evento que defina seu termo final.
A informação em poder dos órgãos e entidades públicas, observado seu teor e em razão
de sua imprescindibilidade à segurança da sociedade ou do Estado, poderá ser classificada
como ultrassecreta, secreta ou reservada (art. 24). Os prazos máximos de restrição de acesso
à informação, conforme o caso, vigoram a partir da data de sua produção e são os seguintes:
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DICA!
Para concursos, esses prazos do art. 24 despencam! Então,
memorize!!!
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I – à prevenção e diagnóstico médico, quando a pessoa estiver física ou legalmente incapaz, e para
utilização única e exclusivamente para o tratamento médico;
II – à realização de estatísticas e pesquisas científicas de evidente interesse público ou geral, pre-
vistos em lei, sendo vedada a identificação da pessoa a que as informações se referirem;
III – ao cumprimento de ordem judicial;
IV – à defesa de direitos humanos; ou
V – à proteção do interesse público e geral preponderante.
§ 4º A restrição de acesso à informação relativa à vida privada, honra e imagem de pessoa não
poderá ser invocada com o intuito de prejudicar processo de apuração de irregularidades em que
o titular das informações estiver envolvido, bem como em ações voltadas para a recuperação de
fatos históricos de maior relevância.
§ 5º Regulamento disporá sobre os procedimentos para tratamento de informação pessoal.
Errado.
O prazo máximo de classificação de sigilo da informação como reservada é de CINCO anos:
• Ultrassecreta = 25 anos;
• Secreta = 15 anos;
• Reservada= 5 anos.
Errado.
Art. 31. O tratamento das informações pessoais deve ser feito de forma transparente e com res-
peito à intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas, bem como às liberdades e garantias
individuais.
§ 1º As informações pessoais, a que se refere este artigo, relativas à intimidade, vida privada, honra
e imagem:
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I – terão seu acesso restrito, independentemente de classificação de sigilo e pelo prazo máximo de
100 (cem) anos a contar da sua data de produção, a agentes públicos legalmente autorizados e à
pessoa a que elas se referirem;
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ficarão sob sigilo até o término do mandato em exercício ou do último mandato, em caso de
reeleição.
Transcorrido o prazo de classificação ou consumado o evento que defina seu termo final,
a informação tornar-se-á automaticamente de acesso público.
a) Presidente da República;
b) Vice-Presidente da República;
Ultrassecreta, secreta e
c) Ministros de Estado e autoridades com as mesmas prerrogativas;
reservada
d) Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica;
e) Chefes de Missões Diplomáticas e Consulares permanentes no exterior;
Titulares de autarquias, fundações ou empresas públicas e sociedades de economia
Secreta e reservada
mista.
Autoridades que exerçam funções de direção, comando ou chefia, nível DAS 101.5,
ou superior, do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores, ou de hierarquia equiva- Reservada
lente, de acordo com regulamentação específica de cada órgão ou entidade.
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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Errado.
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a) Presidente da República;
b) Vice-Presidente da República;
c) Ministros de Estado e autoridades com as mesmas prerrogativas;
d) Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica; e
e) Chefes de Missões Diplomáticas e Consulares permanentes no exterior;
II – no grau de secreto, das autoridades referidas no inciso I, dos titulares de autarquias, fundações
ou empresas públicas e sociedades de economia mista; e
III – no grau de reservado, das autoridades referidas nos incisos I e II e das que exerçam funções
de direção, comando ou chefia, nível DAS 101.5, ou superior, do Grupo-Direção e Assessoramento
Superiores, ou de hierarquia equivalente, de acordo com regulamentação específica de cada órgão
ou entidade, observado o disposto nesta Lei.
Responsabilidades
O agente que atuar de modo contrário à LAI, por meio de diversas condutas previstas
taxativamente no art. 32 (pois, como se trata de definição de ilícitos, não admite, em regra,
interpretação ampliativa nem analogia).
A LAI ainda inova ao prever que as condutas previstas no art. 32 constituem infração dis-
ciplinar, no âmbito da Lei n. 8.112/1990, puníveis, no mínimo, com suspensão (art. 32, § 1º,
II). É dizer: trata-se de faltas de gravidade média, e não meramente faltas leves (que seriam,
nesse caso, punidas com advertência, e não com suspensão). Eis um tema que provavelmen-
te será cobrado de forma reiterada em provas de concursos!
A LAI ainda estabelece que, pelas condutas descritas no art. 32, poderá o militar ou agente
público responder também por improbidade administrativa, conforme o disposto nas Leis n.
1.079, de 10 de abril de 1950, e n. 8.429, de 2 de junho de 1992. Apenas devemos chamar a
atenção para o fato de que a Lei n. 1.079/1950 trata, na verdade, dos crimes de responsabi-
lidade.
Já no art. 33, prevê-se a possibilidade de aplicação de penalidades para as pessoas fí-
sicas ou jurídicas privadas, que possuam o dever de fornecer o acesso à informação. Nesse
caso as sanções são as seguintes:
I – advertência;
II – multa;
III – rescisão do vínculo com o Poder Público;
IV – suspensão temporária de participar em licitação e impedimento de contratar com a Adminis-
tração Pública por prazo não superior a dois anos;
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V – declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública, até que seja
promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade.
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II – a decisão de negativa de acesso à informação total ou parcialmente classificada como sigilosa
não indicar a autoridade classificadora ou a hierarquicamente superior a quem possa ser dirigido
pedido de acesso ou desclassificação;
III – os procedimentos de classificação de informação sigilosa estabelecidos nesta Lei não tiverem
sido observados; e
IV – estiverem sendo descumpridos prazos ou outros procedimentos previstos nesta Lei.
§ 1º O recurso previsto neste artigo somente poderá ser dirigido à Controladoria-Geral da União de-
pois de submetido à apreciação de pelo menos uma autoridade hierarquicamente superior àquela
que exarou a decisão impugnada, que deliberará no prazo de 5 (cinco) dias.
§ 2º Verificada a procedência das razões do recurso, a Controladoria-Geral da União determinará
ao órgão ou entidade que adote as providências necessárias para dar cumprimento ao disposto
nesta Lei.
§ 3º Negado o acesso à informação pela Controladoria-Geral da União, poderá ser interposto recur-
so à Comissão Mista de Reavaliação de Informações, a que se refere o art. 35.
Art. 17. No caso de indeferimento de pedido de desclassificação de informação protocolado em
órgão da administração pública federal, poderá o requerente recorrer ao Ministro de Estado da área,
sem prejuízo das competências da Comissão Mista de Reavaliação de Informações, previstas no
art. 35, e do disposto no art. 16.
§ 1º O recurso previsto neste artigo somente poderá ser dirigido às autoridades mencionadas de-
pois de submetido à apreciação de pelo menos uma autoridade hierarquicamente superior à auto-
ridade que exarou a decisão impugnada e, no caso das Forças Armadas, ao respectivo Comando.
§ 2º Indeferido o recurso previsto no caput que tenha como objeto a desclassificação de informa-
ção secreta ou ultrassecreta, caberá recurso à Comissão Mista de Reavaliação de Informações
prevista no art. 35.
Art. 18. Os procedimentos de revisão de decisões denegatórias proferidas no recurso previsto no
art. 15 e de revisão de classificação de documentos sigilosos serão objeto de regulamentação
própria dos Poderes Legislativo e Judiciário e do Ministério Público, em seus respectivos âmbitos,
assegurado ao solicitante, em qualquer caso, o direito de ser informado sobre o andamento de seu
pedido.
Art. 19. (VETADO).
§ 1º (VETADO).
§ 2º Os órgãos do Poder Judiciário e do Ministério Público informarão ao Conselho Nacional de
Justiça e ao Conselho Nacional do Ministério Público, respectivamente, as decisões que, em grau
de recurso, negarem acesso a informações de interesse público.
Art. 20. Aplica-se subsidiariamente, no que couber, a Lei n. 9.784, de 29 de janeiro de 1999, ao pro-
cedimento de que trata este Capítulo.
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Semelhante ao que prevê a Lei n. 9.784/1999, o recurso será dirigido à autoridade hierar-
quicamente superior à que exarou a decisão impugnada, que deverá se manifestar no prazo
de 5 (cinco) dias.
Negado o acesso à informação pelos órgãos ou entidades do Poder Executivo Federal,
o requerente poderá recorrer à Controladoria-Geral da União, que deliberará no prazo de 5
(cinco) dias se:
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Letra a.
Art. 21, Parágrafo único. As informações ou documentos que versem sobre condutas que impli-
quem violação dos direitos humanos praticada por agentes públicos ou a mando de autoridades
públicas NÃO poderão ser objeto de restrição de acesso.
b) Errada.
Art. 29. A classificação das informações será reavaliada pela autoridade classificadora ou por au-
toridade hierarquicamente superior, mediante provocação ou de ofício, nos termos e prazos previs-
tos em regulamento, com vistas à sua desclassificação ou à redução do prazo de sigilo, observado
o disposto no art. 24.
c) Errada.
Art. 31, § 4º A restrição de acesso à informação relativa à vida privada, honra e imagem de pessoa
NÃO poderá ser invocada com o intuito de prejudicar:
1 – processo de apuração de irregularidades em que o titular das informações estiver envolvido,
2 – bem como em ações voltadas para a recuperação de fatos históricos de maior relevância.
d) Errada.
e) Errada.
Art. 10, § 1º Para o acesso a informações de interesse público, a identificação do requerente NÃO
pode conter exigências que inviabilizem a solicitação.
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Atualmente é Procurador da Fazenda Nacional. Bacharel em Direito e Pós-graduado em Direito
Administrativo e Processo Administrativo. Ex-Assessor de Ministro do STJ. Aprovado em vários concursos
públicos, dentre eles, Analista Judiciário do STJ, exercendo essa função durante 5 anos, e Procurador do
Estado do Espírito Santo.
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