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Universidade Federal do Oeste do Pará

Campus Alenquer
Curso de Administração
AVALIAÇÃO 02

Professor(a): Dra. Andréa Leão Disciplina: Economia II


Turma/Segmento: ADM 20 Ano Letivo: 2020.2
Data 01: 07/06/2021
Conteúdo: Unidade II Horário: Noturno
Data 02: 08/06/2021
Aluno(a):
Aluno (a): Nota: ______ de 10,0 pts
Aluno (a):
RECOMENDAÇÕES:
 Leia atentamente toda a avaliação antes de resolvê-la e faça suas pesquisas preferencialmente nos
Textos Base da Unidade II, capítulos 10, 11 e 12 do livro Fundamentos de Economia, contudo, é
permitido pesquisa em outros materiais referentes ao tema e a Introdução à Economia.
 Será Grupo, preferencialmente em dupla ou trio. Sendo que cada grupo deve entregar um
trabalho por grupo.
 Não será aceita entrega que não seja por dentro do SIGAA.
 Preferencialmente que seja digitado no corpo deste arquivo, usando espaçamento entre linhas
1,5; Fonte 12; Times New Roman. Ao finalizar a avaliação, transformar em PDF.
 Busque responder as questões com precisão e atendendo a todos os itens definidos na questão.
 Caso não seja possível responder por meio digital, e tiver que fazer por escrito, recomenda-
se scanear em um único arquivo e, que o mesmo esteja legível, organizado e com letra
legível.
 Caso não seja possível responder em Grupo, informar a docente para o cadastro no Sigaa,
de forma individual.
 ATENTE-SE PARA O PRAZO DELIMITADO DE PRIMEIRA (07/06/2021) E DE SEGUNDA
CHAMADA (08/06/2021). Sendo que no dia 08/03/2021, o prazo de entrega no SIGAA se
encerra às 23:59.

1. A moeda é considerada como um equivalente geral, representativo do valor das demais mercadorias.
Com base nisso desenvolva um texto explicativo onde esteja presente a discussão sobre: a evolução da
moeda; suas funções e tipos atuais e mais aceitos da moeda (NO MÍNIMO 20 LINHAS): (2.0 pontos)
A moeda é um instrumento aceito pela coletividade para as transações econômicas e pagamentos de bens e
serviços. Essa aceitação é garantida por lei “curso forçado”. Antes da evolução da moeda a comercialização
dava-se por “escambo” (trocas diretas de mercadorias) esse meio trazia muitos transtornos para o comercio
uma vez que alguém que quisesse adquirir uma mercadoria deveria encontrar alguém que tivesse interesse no
seu produto oferecido para a troca (dupla coincidência de desejos), isso faria com que os indivíduos gastassem
muito tempo trocando do que produzindo e a evolução da moeda mostrou que isso não era viável, pois iria
limitar o produto na sociedade. Com a evolução alguns produtos começaram a ter interesse por todos por suas
características peculiares, esses produtos começaram a ter o valor de moeda denominado de (moeda
mercadoria). Após essa etapa, os metais preciosos ganharam o mercado assumindo o papel de moeda, uma vez
que era limitado na natureza, tinha durabilidade e resistência. E para organizar a circulação criou-se a
“cunhagem” (fabricar metais) dando origem a moeda metálica. Assim esse ouro era deixado/guardado em
pessoas que trabalhavam com ouro e prata “ourives” que emitia um “Certificado de deposito” que virou uma
moeda para pagamento, já que esse certificado podia ser transferido e seu detentor poderia retirar a quantia em
ouro em qualquer momento. Quando os ourives começaram a emitir certificados com proveito próprio acabou
perdendo seus valores e indo ao desuso. No século XVII surgiram os bancos privados que emitiam notas e
recibos bancários que passaram a ter valor de moeda, dando origem ao papel-moeda. Posteriormente o Estado
passou a monopolizar a emissão de papel-moeda (padrão-ouro) que por ter fatores limitantes apresentou
obstáculos a expansão econômicas nacionais, pois tinha um limite a oferta monetária, uma vez que a emissão
estava ligada a quantidade de ouro existente na época, isso levou ao abandono desse instrumento monetário
em 1920, onde passou a ser livre a emissão de moeda ou a critério das autoridades monetárias vigentes na
época em cada país. Assim, a moeda passou a ser aceita por Lei Moeda fiduciária não sendo relacionada a
metais preciosos.
Com relação as funções da moeda são:
 Instrumentos ou meios de troca: Intermedia o fluxo de bens, serviços e fatores de produção na
economia. Representando uma liquidez a quem a possui, que é a qualidade de se transformar em um
ativo.
 Denominador comum monetário: Padrão de medida na qual possibilita ser expresso em unidades os
valores de bens e serviços de um sistema econômico.
 Reserva de Valor: acumulo de moeda para aquisição de um bem ou serviço no futuro, devendo sempre
saber que o valor pode ser alterado pela inflação ou até melhorar o poder de compra as moedas com a
deflação.
Já com relação aos tipos da moeda temos:
 Moedas metálicas: constitui uma pequena parcela da oferta monetárias e visam facilitar as
operações de pequeno valor como unidade de “troco”, são emitidas pelo Banco Central.
 Papel-moeda: parcela significativa da quantidade de dinheiro do poder público, emitido pelo
Banco Central.
 Moeda escritural ou bancaria: é representada pelos depósitos a vista (conta corrente) nos bancos
comerciais.
Conclui-se que as transações comerciais na antiguidade levou a evolução gradativa do sistema de troca
direta de mercadorias pelos sistemas monetários, sendo assim a moeda percorreu um longo cominho
para o desenvolvimento econômico das diferentes sociedades, convertendo-se como o primeiro meio
de pagamento, sua importância como instrumento de troca e de reserva que são utilizados ate os dias
atuais.
2. Explique como está organizada a oferta de moedas a partir dos meios de pagamentos enfatizando os
processos de monetização, desmonetização, criação e destruição de moeda, bem como o papel das
autoridades monetárias nesse processo (NO MÍNIMO 20 LINHAS): (2,0 pontos)
Como qualquer mercadoria a moeda tem seu preço e quantidade determinada pela oferta e demanda, que
é o suprimento de moeda para atender as necessidades da coletividade, podendo ser ofertadas pelas
autoridades monetárias e pelos bancos comerciais.
Os meios de pagamento constituem o total da moeda à disposição do setor privado não bancário, que
pode ser utilizado imediatamente para transações. Que são apresentados pela soma da moeda em poder
público mais os depósitos à vista nos bancos comerciais. Isso representa quanto a coletividade tem de
moeda “física” (metálica ou papel) ou no cofre das empresas somado a quanto tem na conta-corrente nos
bancos, moeda essa que não está sendo aplicada.
Devemos ressaltar que os dinheiros dos bancos são seus encaixes e reservas, os depósitos a vista são do
público não bancário.
Outro exemplo de meios de pagamentos são as cadernetas de poupança e depósitos a prazo pois não são
de liquidez imediata e são remunerados rendem juros. Já o M1 são os meios de pagamentos que não
rendem juros. Assim alguns economistas incluem na literatura a quase-moeda, originando a outras
definições de moeda como:
 M1= moeda em poder público + deposito à vista nos bancos comerciais;
 M2= M1 + deposito para investimento + deposito de poupança + títulos privados;
 M3= M2 + fundos de renda fixa + operações compromissadas com títulos federais;
 M4= M3 + títulos públicos federais, estaduais e municipais;
Outro ponto que não podemos esquecer é que quando tem uma diminuição da quantidade de meda
sobre o total de ativos financeiros denominamos de Desmonetização ocasionado por quererem se
defender da inflação e aplicando os recursos. Já a Monetização é o processo inverso, inflação baixa as
pessoas mantem o dinheiro em mãos e não rende juros. Essa diferença pode ser medida pela razão
M1/M4, quando M1 aumenta sobre M4 tem monetização quando diminui tem Desmonetização.
Assim pode acontecer que tenha um aumento do volume de pagamento ocorrendo a “criação” bem
como a “destruição” quando tem redução dos meios de pagamento como:
 Aumento dos empréstimos do setor privado temos a (criação de moeda);
 Resgate de um empréstimo no banco: temos a (destruição da moeda);
 Retirada de deposito a vista e o coloca em deposito a prazo temos a (destruição da moeda);
3. Responda as questões: (2,0 pontos)
a) Apresente os instrumentos de políticas monetárias disponíveis para executar a oferta de moedas pelas
autoridades monetárias (NO MÍNIMO 10 LINHAS): (0,5 pontos)
Os principais tipos de instrumentos de política monetária usados no Brasil são: Open market,
Redesconto e Depósito compulsório.
Open Market
É o mercado aberto onde os bancos realizam operações de compra e venda de títulos públicos federais.
Vale mencionar que este é o instrumento mais ágil e eficaz e, por isso, normalmente gera impactos no
curto prazo.
Taxa de Redesconto
A taxa de redesconto é uma espécie de empréstimo do Banco Central para as instituições financeiras. O
Banco Central, por essa razão, é conhecido como o “banco dos bancos”. Caso as mesmas estejam em
situação de baixa liquidez em determinado momento, ele pode apresentar um caráter punitivo, sendo
cobrado dos bancos uma taxa acima da utilizada no mercado.
Depósito Compulsório
O depósito compulsório é o recolhimento, pelos bancos, de um percentual sobre os valores depositados de
acordo com a política do Banco Central. Portanto, pode ser encarado de certa forma como o oposto do
redesconto. Enquanto o último trata-se de um empréstimo do Banco Central aos bancos, este pode ser
encarado como uma taxa que os bancos pagam ao Banco Central.

b) O que acontece com a oferta de moeda quando: i) ocorre uma diminuição da taxa de reservas
compulsórias; e, ii) o governo resolve vender títulos públicos no mercado? (NO MÍNIMO 05
LINHAS) (0,5 pontos)
A oferta de moeda acontece a partir da liquidez dos ativos, isto é, onde bens e serviços são oferecidos e
trocados por dinheiro, sendo sempre maior quando e economia está mais saudável. Quando o Banco
Central reduz o coeficiente de reservas compulsórias sobre os depósitos a vista dos bancos comerciais,
crescem o multiplicador monetário e a oferta de moeda. O aumento da taxa dos depósitos compulsórios
pelos bancos comerciais diminui a demanda agregada. O Banco Central diminui o encaixe mínimo
compulsório, garantindo maior liberdade ao setor bancário para conceder empréstimos.
Quando o governo compra títulos, eles estão inserindo moeda na economia, e assim incentivando a
política expansionista. O oposto ocorre quando há a venda de títulos. Ao ser efetuada a venda, é retirada
moeda da economia e trocada em forma de títulos. Por isso, a venda é utilizada para reduzir a liquidez de
uma economia, e faz parte da política restritiva.
c) Cite e explique: i) Quais as razões que levam a coletividade a demandar ou reter moeda; e, ii)? as
variáveis que afetam essa decisão? (NO MÍNIMO 10 LINHAS) (0,5 pontos)
Definimos demanda como a quantidade de algum produto que um consumidor
está disposto e pode adquirir a cada preço. Isso sugere que pelo menos dois fatores além do preço afetam
a demanda. Disposição a comprar sugere um desejo, baseado no que economistas chamam de gostos e
preferências. Se você não precisa ou deseja algo, você não vai comprar. Capacidade de compra sugere
que renda é importante.
As demandas de transações e preocupação irão depender diretamente do nível de renda. Supõem que
quanto maior for a renda maior será a necessidade de moeda por essas duas demandas. Considerando que
a taxa de juros, para quem possui moeda, representa um rendimento, isto é, quanto se ganha com
aplicações financeiras, há uma relação inversa entre demanda de moeda por especulação e taxa de juros.
Quanto maior o rendimento dos títulos (a taxa de juros), menor a quantidade de moeda que o aplicador
retém em sua carteira, já que é melhor utilizá-la na compra de ativos rentáveis.

d) Coloque-se na posição de uma autoridade monetária e apresente dois instrumentos de política


monetária para cada um dos objetivos a seguir: i) expansão do nível de atividade; e, ii) política anti-
inflacionária (NO MÍNIMO 05 LINHAS): (0,5 pontos)
Em relação a expansão do nível de atividade, a autoridade deve promover uma expansão monetária por
meio de emissão de moeda ou por meio de uma operação de open market de recompra de títulos públicos,
por exemplo.
Já a política anti-inflacionária, a autoridade monetária deve promover uma retração monetária, por meio,
por exemplo, de uma elevação das reservas compulsórias dos bancos comerciais ou por meio de uma
operação de open market de venda de títulos públicos para o mercado, retirando desta forma moeda de
circulação.

4. Sobre taxas de câmbio: (2,0 pontos)


a) Explique como é determinada a taxa de câmbio a partir de seu conceito; modos; e, valorização X
desvalorização cambial (NO MÍNIMO 15 LINHAS): (0,5 pontos)

b) Explique as políticas externas cambial e comercial e responda: i) porque é vantagem para um país
adotar o regime de câmbio flutuante; e, ii) de que forma o governo pode utilizar uma política comercial
para proteger as exportações (NO MÍNIMO 10 LINHAS): (0,5 pontos)
c) Qual o efeito de uma política de valorização do real perante outras moedas: a) sobre o saldo da
balança comercial; b) sobre a oferta e a demanda de divisas estrangeiras; e, c) sobre os preços
domésticos? (NO MÍNIMO 05 LINHAS) (0,5 pontos)

d) De que variáveis dependem as exportações e as importações de um país? Indique se essas variáveis


são direta ou inversamente relacionadas às exportações e importações. (NO MÍNIMO 05 LINHAS)
(0,5 pontos)

5. Sobre a Inflação: (2,0 pontos)

a) Sintetize o conceito e suas causas, enfatizando os respectivos fatores que a provocam (NO MÍNIMO
10 LINHAS): (0,5 pontos)
A inflação pode ter uma causa monetária (impressão de dinheiro pelo governo), pode ter causas
psicológicas (agentes ajustam o preço porque acham que outro também vai ajustar) e pode ter uma causa
real (um desajuste entre a oferta e a demanda por bens e serviços.
A inflação é um dos termos sobre economia mais falados no dia-a-dia. Além disso, os efeitos da mesma
são facilmente sentidos pela população em geral. Esse fator torna ainda mais importante uma boa
compreensão sobre os efeitos e as causas da elevação desse índice.
A inflação é o índice que apresenta o aumento de preços de bens e serviços. É importante destacar,
contudo, que esse importante conceito não diz respeito ao aumento de apenas um bem ou serviço
específico, e sim a uma média da maioria dos produtos e serviços consumidos ao longo de determinado
período.
Os impactos da inflação na economia funcionam como um efeito em cadeia. Em um primeiro momento, a
inflação reduz o poder de compra da população em geral. Isso ocorre porque devido à alta nos preços, o
mesmo salário passa a comprar uma cesta de produtos menor.
Existem duas medidas da autoridade monetária pode influenciar negativamente esse índice, que vem ser
as principais causas da inflação, são: emissão de papel-moeda e redução da taxa básica de juros. Outro
fator que pode ser relacionado às causas da inflação é o aumento nos custos de produção, o qual ocasiona,
por consequência, aumento os preços finais ao consumidor. Dessa forma, se o preço dos insumos que as
empresas aumentam, os seus custos de produção tenderão também a aumentar e, com isso, essa diferença
é repassada ao consumidor final na forma de aumento dos preços.
Portanto, a boa compreensão sobre a inflação é imprescindível tanto para um melhor entendimento de
economia, mas também para traçar horizontes de investimentos. Além disso, entender a lógica desse
índice pode contribuir também para compreender o ritmo da economia, dado que a depender da causa da
inflação, ela pode funcionar como um termômetro da economia.

b) Explique resumidamente as distorções provocadas por altas taxas de inflação (NO MÍNIMO 10
LINHAS): (0,5 pontos)
O processo inflacionário, especialmente aquele caracterizado por elevadas taxas e particularmente por taxas
que oscilam, tem sua previsibilidade dificultada por parte dos agentes econômicos, e promove profundas
distorções na estrutura produtiva, inclusive provocando um equilíbrio abaixo do nível de pleno emprego. Os
principais efeitos provocados por esse fenômeno são: Efeito sobre a distribuição de renda, Efeito sobre o
mercado de capitais e Efeito sobre o balanço de pagamentos.
Efeito sobre a distribuição de renda
Talvez a distorção mais séria provocada pela inflação diga respeito à redução relativa do poder aquisitivo das
classes que dependem de rendimentos fixos, que possuem prazos legais de reajuste. Neste caso, estão os
assalariados que, corri o passar do tempo, vão ficando com seus orçamentos cada vez mais reduzidos, até a
chegada de um novo reajuste.
Efeito sobre o mercado de capitais
Tendo em vista o fato de que, num processo inflacionário intenso, o valor da moeda deteriora-se rapidamente,
ocorre um desestímulo à aplicação de recursos no mercado de capitais financeiro. As aplicações em poupança
e títulos devem sofrer uma retração. Por outro lado, a inflação estimula a aplicação de recursos em bens de
raiz, como terras e imóveis, que costumam valorizar-se.
Efeito sobre o balanço de pagamentos
Elevadas taxas de inflação, em níveis superiores ao aumento de preços internacionais, encarecem o produto
nacional relativamente ao produzido externamente.

c) A partir da leitura complementar intitulada Inflação no Brasil, apresente como o Plano Real
“representou um avanço em relação aos planos anteriores”, no que se refere ao controle da Inflação
(NO MÍNIMO 10 LINHAS): (1,0 ponto)
O Plano Real foi um conjunto de reformas econômicas implementadas no Brasil, em 1994, no governo de
Itamar Franco, na primeira metade dos anos 1990. Seu objetivo principal era combater a hiperinflação no
país. Foi o 13º plano econômico executado desde 1979, quando se iniciou a crise que levou à
hiperinflação.
O Plano Real representa hoje um marco em nossa história recente por ter criado condições de combate
para o grave problema da hiperinflação e, consequentemente, o descontrole fiscal do Estado brasileiro.
Foi também responsável pela criação do real, a moeda que circula até os dias de hoje na economia
brasileira.
O Plano Real foi desenvolvido como uma tentativa de resolver o problema hiper-inflacionário. Alguns
dos planos anteriores obtiveram êxito em curtos períodos, porém os mesmos problemas voltavam a atingir
a economia brasileira. Muitos economistas avaliam que isso acontecia porque muitos desses planos
anteriores concentravam-se nos efeitos, e não nas causas da hiperinflação.
O grande mérito do Plano Real foi, portanto, ter diagnosticado corretamente as causas do problema e
observado outras experiências históricas, como foi o caso da Alemanha, na década de 1920, que também
viveu um processo hiper-inflacionário.
As pessoas no Brasil iam ao supermercado no começo da década de 1990, pegavam uma mercadoria e, no
dia seguinte, aquele mesmo produto estava com o preço reajustado, o que deteriorava o poder de compra,
sobretudo dos mais pobres. Atribui-se a isso a tradição de “estocar alimentos”, no Brasil, fazendo grandes
compras para durar um mês inteiro ou até mais. Assim, as pessoas sentiam-se mais seguras com a alta dos
preços.
A inflação também corroía a situação fiscal do Estado brasileiro, pois o mesmo orçamento que era
aprovado no meio do ano já não era suficiente para cobrir todas as demandas, uma vez que a inflação
superava os 80% ao mês. Isso tudo gerava uma grande falta de confiança de investidores e também de
instituições financeiras que pudessem conceder empréstimos ao Brasil, ao mesmo tempo em que a
população não confiava em sua própria base monetária. Essa realidade fazia agonizar economicamente
tanto a população quanto o próprio Estado brasileiro. Por esses motivos, o Plano Real representou um
marco importante na História do Brasil durante a Nova República.

Sucesso!!!

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