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Q U I M B A N D A NA F O R Ç A
D E UM P R E T O V E L H O
Trabalhos de Q u l m a n d a • .l
N. A. M O L I N A
TRABALHOS
DE QUIMBA
DA NA
FORCA DE
UM PREtO
VEL O
2 EDITORA ESPIRITUALISTA LTDA.
R u a F r e t · c m e c a , l 9 / Z C 1 4 - ' C a i x a P o st a l '1.041/ZC 58
ruo de J a n e i r o . _ R J
20000 Rio d e J an ei ro , R J - 127620
OBRAS DO MESMO AUTOR
C oleç ão . S a r a v á
Saravâ S eu T r a n c a - R u a
S a r a vã
· a Linha d a s A l m a s
Saravâ Exu
Saravâ Oxoce
Sara v ã I b e i ja d a
Saravã Xangô
Saravâ Ogun
Saravã Obaluaiê
Saravâ o Rei das 7 Encruzilhadaa
Saravã o Po v o d ' A g u a
Saravá Maria Padilha
Saravá Pomb a Gira
Saravá Seu Marabô
Saravâ Seu T i r i r i
Saravá Seu C a v e i r a
Saravâ Oxum
Saravá Inhassã
Saravá Iemanjá.
Ma nu a l de Oferendas e a c h o s n a Umanda e na
Quimbanda.
Apresentaçãa . 13
D edicatória . 21
As defumações e s ua s finalidad es . . . . . . . . . . . . . . . 23
- T r a b a l h o de d e f u ma ção p a r a q u e b r a r d e m a n d a
e d e s t r u i r forças ma l éfi c as . . . . . . . . .27 . . . . . . . ·. . .
- Trabalho de d e f u m a ç ão p a r a a f a s t a r olho g r a n -
de e t r a z e r bons fluidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
- Trabalho d e de f u m a çã o p a r a c o r t a r forças a s -
tr ai s negativas, malefícios e p r a g a s de pessoas
Inimigas . . . . . . . . . . . . . . . . . . - � . . . . . . . . . 29 . .
.
. . . . . . . . •
- T r a b a l h o de d e f u m a ç ã o p a r a c o r t a r for ças a s -
t r a i s negativas .. . .. .. .. .. .. .. .. ...... ..... .. 30
- T r a b a l h o de d e f u m a ç ã o p a r a c om.agrar u m a
c a sa a Deu s . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31,
- Tr abal ho de d e f u m a ç ã o oferecido a u m . ce r t o
Pre to Velho, p a r a c o r ta r malefícios e fluidos
negativos . , . . . .. . .. . .. . .. . . . . .. . . .. . . .. . . . ..
32
- T r a b a l h o de defumação evocando u m P."eto Ve
lho Q uimba nd ei ro escolhido pelo I r m ã o de F é .
p a r a qu eb r a r m a u s fluidos a f u g e n t a n d o o m a l . . . 33
- T r a b a l h o d e defu ma çã o p a r a q u e b r a r d e m an. da s .
e a f u g e n t a r m a u s espíritos . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
- T r a b a l h o de defumação para. t r a z e r bons fluidos
e f a r t u r a p a r a dentro d. e . u m a residência ou c a sa .
comercial . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . _ . . . . . . . �. . :. . . . . . 35
.
TRABALHOS DE QUIMBANDA
- T r a b a l h o d e d e f u m a ç ã o feito n a for ç a d e I b e j a
d a com o intuito de har mo ni z a r o am b i e n t e com
a F a l a n g e de Ibe ji . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
- T r a b a l h o d e d e f u m a ç ã o 1=ara q u e b r a r u m a d e -
manda . . . . .. . . .. . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
40
- T r a b a l h o de defumação pa ra quebrar u m a de-
c a s a d e ne gó c ios, p u r i f i c a n d o o ambiente . . . . . . 41
- P r a b a l h o de defumação r a r a corta r m a u s flui-
dos, p u r i f i : : a n d o o l oc a l . . . . ......... . ... .... 42
- T r a b a l h o de defumação pa ra l i m p a r o local , e
logo a p ó s f i r m a r o m e s m o . . . ..... ........... 44
B a n h o s d e D e s c a r g a e Fir me z a. e a s s u a s a p l i c a ç õ e s 47
- B a n h o s d e D e s c a r ga p a r a f o r t a l e c e r o A n j o d e
G u a r d a e c or t a r malefícios . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
- - B a n h o r a r a f o r t a l e c e r o A n j o ·de G u a r d a
d e G u a r d a ( p a r a a sexo masculino) . . . . . . . . . 43
- - 2.0 B a n h o p a r a f o r t a l e c e r o Anj o d e G u a r d a ,
( p a r a o sexo m a s c u l i n o ) . . . . . . . . . . . . . . . . . 4S
- - 3.0 B a n h o p a r a fo r t a l e c e r o Anjo d e G u a r d a ,
p a r a o sexo ma sc ullno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
- - � • • 0. B a n h o p a r a f o r t a l e c e r o A n j o d e G u a r d a ,
p a r a o sexo fem in in o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
- - B a n h o de Descarga r a r a �ortar pe so e olho
gr a n d e. e p ar a recuperação de forças . . . . . . 49
- - B a n h o d e D e s c a r g a r : a r a c o r t a r u m ma:Iefício ,
prag as , etc. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
- - B a n h o d e Descarga p a r a c o r t a r d e m a n d a e
p r a g a s d e pessoas indesejáveis . . . . . . . . . . . . . 50
- - O u t r o B a n h o d e Descarga p a r a cortar de-
manda. . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
- - B a n h o d e D e sc a r ga . e Firmeza. do F i l h o d e
Fé . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
- - B a n h o de Descarga e fortalecimento do Anjo
de Guarda . . . . . . . . ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.2
NA FORÇA D E UM PRETO VELHO
Pág.
- - B a n h o d e D e s c a r g a p a r a c o r t a r :peso e r e n o -
v a r forças . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
- - B a n h o de Firmeza . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
- - o u t r o B a n h o de Firmeza . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
- - B a n h o de D e s c a r g a p a r a c o r t a r u m a d e m a n -
d a e fo rta le c er . o Anjo d e G u a r d a . . . . . . . . . . . 53
- - B a n h o de Firmeza p a r a f i r ma r u m Preto
Ve lh o n a c a b e ç a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
. . - - B a n h o d e F i r m e z a . =a r a f i r m a r u m
Caboclo
n a cabeça . . . . . . . . . .. . . . . . . . . .. . . . . . .. .
. .
54
- - B a n h o de Firmeza p a r a f ir m a r X a n g ô n a
cabeça . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
- - B a n h o d e F i r m e z a r : a r a f i r m a r a R a i n h a do
M a r . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
- - B a n h o de F l r m e z a r a r a a s f i l h a s d e o x u m . . 56
- - B a n h o d e F i r m e z a p a r a a s f i l ha s de I n h a s s ã 56
, . ; . -B a n h o d e F i r m e z a p a r a o s F i l h o s do O r i x á
Guerre ir o Ogun . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
- - B a n h o d e F i r m e z a p a r a os filhos d e O x a l á . . 57
- - - B a n h o d e D e s c a r g a p a r a a m b o s os sexos, p a r a
t i r a r p e s o e olh o g r a n d e . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
- - B a n h o de Descarga ;:ara co rtar u m a d e m a n -
d a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ·. . . . . . . . . . . . . . . . 53
- - B a n h o d e D e s c a r g a p a r a a b r i r os c a m i n h o s . . 58
- - B a n h o de D e s c a r g a p a r a s e r t o m a d o e m u m a
e n c r u z i l h a d a , .=ara c o r t a r t o d o e q u a l q u e r
t i p o d e ma le f í c i o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
- - B a n h o d e Descar g a p a r a u m a cr!ança . . . . . . 60
- - B a n h o s d e D e s c a r g a j á p r o n t o s (líquidos e m
vid r o s) p a r a a c a l m a r p e s s o a s n e r v o s a s e f a
z e r com que a s m e s m a s v e n ç a m os o b st á c u l o s
e nc o ntr a do s <Banho de T i r a T e i m a e B a n h o
d e Abr e C a m i n h o ) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62
- - B a n h o d e U niã o , u sa d o q u a n d o f o r n e c e s s á -
rio a uni ã o (aproximação) d e o u t ra pe ss o a. . . 62
8 TRABALHOS DE Q U I � N D A l
Pág.
Trabalhos realizados com o Pon to Riscado e Des-
c a r g a d e Po n t o s de Fogo . . .. . . . . . . . . . .. . . . . -
. 63
T r a b a l h o d e Q u i m b a n d a utilizado p a r a d e s m a n -
c h a r u m a d e m a n d a enviada por pessoa in imig a 63
- T r a b a l h o de Qu im ba nda c o m P o n t o de Fogo,
m a n d a n d o u m a d e m a n d a d e volta p a r a a pe ss o a
inimiga . . .. . . .. .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66
.
- T r a t a l h o de Quimbanda , Des::arga e De m a n da ,
feito e m cima de u m a e nc r uz i l ha d a . . . . . .. . . 70 .
- T r a b a l h o d e Q ui mb a n da , c o m de s c a r ga d e F'onto
d e Fogo, p a r a ser realizado e m u m a c a s a d e n e -
góc io . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . .. . . 76
- r r l " a b a l h o de Quimba nd a c o m P o n t o de Fogo
d e F o g o ; : ar a p e s s o a i n d e s e j á v e l . . . . . .. . . . . 81 .
- T r a b a l h o pa r a f ec h ar os caminhos de u m a pe s -
soa i n i m i ga . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 1
.
T r a t a l h o s r e a l iz a d o s c o m d i v e r s o s t i p o s d e p ó . . . 93 .
- T r a b a l h o q ue s e faz p a r a a u m e n t a r o n ú m e r o
d e VEndas de u m a , c a s a com ercial .. . . . . . . . .. . 93 .
- T r a b a l h o q u e se f a z p a r a s e t r a z e r u m a p e s s o a
que esteja distante de n ó s . .. .. . . . . .. . . . . . 95 • .
- T r a b a l h o q u e s e f a z p a r a q u e s e f e c h e o • Cam inho
d e u m a pe s s o a i n d e s e j á v e l . . .. . . . . . . . . . . . . . 96 .
Pág.
- T r a b a l h a q u e s e faz }:ar a que u m a pessoa se ja
proc;urada por o u t r a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . · 9'1
- T r a b a l h o p a r a fazer com q u e a l g u é m fique e m
união c o m a pessoa que faz este t r ab a l h o ..... . 97
- T r a b a l h o p a r a f e c h a r os c a m i n h o s d e p e s s o a i n i -
miga . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . · 98
- T r a b a l h o p a r a fazer u m a pessoa m u d a r d e u m a
c a s a o n d e r es i d e , ou o n d e t r a b a l h a .......... . 98
- T r a b a l h o q u e s e f a z p a r a s e d e i x a r a b r i r os c a -
minho s d e u m a pessoa a m i g a . ........... ... . 99
- T r a b a l h o p a r a afastar pessoa inimi ga e p a r a
n ã o ser m a i s vista . . ... .... ........... .. .. .
. 99
- T r a b a l h o p a r a dei xar u m a pessoa inimi ga af l i t a 100
- T r a b a l h o r a r a obrig ar u m a pe ssoa se m u d a r d e
u m local e q u e viva e m desespero . . .. .. .. .. . . 100
- T r a b a l h o p a r a obrigar u m a pessoa Indesejável
m u d a r - s e do local ond e r e s i d e . ,. . ... . .. . .. . . 101
T r a b a l h o s p a r a d i v e r s a s f i n a l i d a d e s . . . . . . . . . . . . . 103
- T r a b a l h o p a r a c o r t ar malefí ci os diversos, utili -
d o d u r a n t e o s o n o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103
- T r a b a l h o q u e se faz q u a n d o u m a pesso a t i v e r d o r
d e cabeça ou perturbação espiritual . . . . . . . . ; 104
- T r a b a l h o p a r a cortar malefícios e d e m a n d a s . . 104
- T r a b a l h o q u e se faz p a r a c o r t a r m a l e n v i a d o p o r
pessoas in imig as . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. .. . . . . .
. 105
- T r a b a l h o que s e faz p a r a u m a c r i a n ça do rmi r
sossegada, a fa s t a ndo esplritos zombeteiros .. .. . 106
- T r a b a l h o q u e s e f a z r : a r a a b r i r os c a m i n h o s d e
u m a pessoa e l h e t r a z e r f or ça e pr o sp er id ade . . 106
- Trablho p a r a ser realizado nos dias d e segunda-
feira, p edindo a j u d a d a s A l m a s . . . . .. ..... . . 111
- T r a b a l h o q u e se faz p a r a c o r t a r p e r t u r b a ç õ e s d e
espiritos zombetelros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111
- T r a b a l h o q u e se faz p a r a a f u g e n t a r ladrões d e
sua casa . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... . . . . . . .
. 112
10 TRABALHOS DE Q U I M B A N D �
Pág.
- T r a b a l h o q u e se faz r a r a se obter c o n f i r m a ç ã o
e m u m local o nd e s e vai t r a b a l h a r . . . . . . . . . . . 113
- Trabalho de Quimbanda p ar a gerar u m a certa
co n f u sã o e m u m local d e t r ab al h o . . . . . . . . . . . . .114
- T r a b a lh o de Q u i m b a n d a r:ara ser feito c o n t r a
u m a pessoa inimiga . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
11 5
- Trabalho p a r a quebrar as forças e pessoas ini-
d
migas . . . . ... . .. . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . .
117
- T r a t a l h o que se faz e m louvor d a s Al mas, p a r a
· pedir ajuda . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . .
119
- T r a b a l h o q u e se f a z p a r a s e o b t e r a p r o t e ç ã o
d e Obaluaiê . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
12J
- T r a b a l h o qu e s e faz p a r a u m a p essoa que estuda
n ã o esquecer o que estudou . . . . . . . . . . . . . . . . . 121
- T r a b a lh o q u e s e faz p a r a s e a t r a i r a amizade
d e u m a c er t a pessoa . . . . . . . . . . . . . .. . .. . . . . . . .
122
- Tratalho que se faz p a r a a f a s t a r maleficlos,
m a u s p en samen to s e pessoas indesejáveis q u e
q u e i r a m se a p r o x i m a r . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 123
- T r a b a l h o que se faz p a r a a c a l m a r u m a p esso a
q u e vive n e r v o s a e a f l i t a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 124
- T r a b a l h o q u e se f az r a r a s e p ed i r s a ú d e e p r o -
t e ç ã o p a r a u m a c r i a n ç a d o e n t e . . . . . . . . . . . . . . 125
- O r a ç ã o p a r a a l c a n ç a r a s al v a ç ão e t e r n a . . . . . . . 127
.
- O r a ç ã o ao Anjo d e .Guarda . . . . . . . . . . . . . . . . .
128
- O r a ç ã o a S ão Miguel Ar ca n j o p a r a p r o t e ç ã o e m
qual quer viagem p o r terra. por m a r e pelo a r . . 12!)
- O r a ç ã o c o n t r a obsessões dos m a u s espíritos e
perseguições d e d emô n io s . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
131
- Oração p a r a proteger d e todo e qualquer perigo 13 5
- O r a ç ã o p a r a a n u l a r dificuldades e e m b a r a ç o s
e m negócio.s . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
136
- O r a ç ã o pa r a consagrar u m a casa a Deus . . . . . . . 137
- O r a ç ã o a Nossa S e n h o r a do B o m P a r t o ....... . 139
NA R Ç A DE UM PRETO VELHO 11
Pág.
- O r a ç ã o a São Ju d a s T a d e u r a r a obter-se a sõ
l u ç ã o d e ne góc ios , s i t u a ç õ e s difíceis e q u e s t õ e s
judiciais . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . , . . . . . . . . . . . . . . ·. . . . 14'0
- O r aç ã o a São Cipriano Con tra feitta rias,
b r u x e d o s , ma l e f i z io s e p r á t i c a s dia b ó l i c a s . . . . . . 14 2
- O r a ç ã o pelas Almas . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . .. .
. l U
- Oração aos Santos Cosme e Damiã o . . . . . . . . . . 146
- O r a ç ã o a Sant'Ana: - P a r a obter a paz do més -
tica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..
146
- Salve R a i n h a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 148
- Ato d e Contrição . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 149
- Ato d e Confissão (confiteor) . . .. . . . .. . .. . . . . .
- O r a ç ã o à s S a n t a s Al m a s c o n t r a vícios . . . . . . . . . 162 .
Pág.
17 � - O r a ç ã o d e S ão M arco s (Bravo) . . . . . . . . . . . . .
17'3
- P r e c e de Cáritas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 175
- O r a ç õ e s dedicadas a c a d a u m dos dias d a se-
m a n a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . 177
- O r a ç ã o d e S ã o Cip riano , p a r a p r e s e r v a r os fiéis
d os e n g a n o s e artifícios d o demônio . . . . . . . . . 182
- Oração a Nossa S e n h o r a da P e n h a p a r a o bt e r
cu ra de do enças e obter favores . . . . . . . . . . . . . 188 -
O r a ç ã o a No s s a S e n h o r a d o s N a v e g a n t e s . . . . .. . 189
APRESENTAÇAO
A o s c a r o s Irmãos. d e F é, levo à s m ã o s m a i s es
ta pequena o b r a , ver.Eando, como diz o pró}?rio
nome - T r a ba l hos de U m b a n d a na Força de
u m Preto Velho. - Nas p á g i n a s q ue s e g u e m
encon
trarã o algo m a i s sobre r a b a l h o s de Quimbanda,
pois c o m o sabem, a Quimbanda, prática esta a n
to censurada, e muitas das vezes criticada por
pes s , que n a realidade, não sabem ao certo a
sua definição correta, muitoe, nas suas
controvérsias,
dizem e a f i r m a m q u e a Q u i m b a n d a somente serve
p a r a r e a l i z a r a. p r á t i c a d o m a l , o u t r o s , a f i r m a m ,
que somente serve para casos de m a l ef í c i o s ,
que vem t r az er resultados positivos para
aque le que pratica a Quimbanda, e destruindo
se m pre o lado contrário. Mlas na realidade,
n ã o é n a d a disto que v e m a ser.
Caros Irmãos de Fá, a palavra Quii.b:n.da
quer dizer n a realidade, t u d o aquilo que pode ser
feito e desfeito, por exemplo: uma pessoa
está a t i n g i d a por u m malefício e nvia do a travé s d e
u m Trabalho de Quimbanda; este dito trabalho,
so mente pode ser desmanchado atrav·és da
Q u i m b a n da, usando-se para isto, geralmente u m
Preto Ve -
14: TRABALHOS DE Q U1M BN D A I
U m b a n d a p a r a a v e r d a d e i r a M a g i a B ra nc a . , i s t q é, .
so me nt e d a boca p a r a fora, pois o G u i a q u a n d o
de sc e , e l e d e s c e n e s t e s T e r r e i r o s i n t � t u l a d o s c o m o j á
c i t e i e n o d e c o r r e r d o s t r a b a l h o s , o d i t o Gu.!a, c r u z a
s u a l i n h a , n a m a i o r : a d a s veze$ s e m q u e n i n g u é m
p e r c e b a , e 9 m e s m o , n o d e c o r r e r d o T r a b a l h o , t or:.
na-se u m autêntic o Quimbandei.o. Po r t a n t o che
g a m o s a o m e u p o n t o de vist a: a U m b a n d a faz p a r t e
da Quimbanda, e ambas seguem c à min hando
j u n t a s , pois é c o m o c i t e i n a s l i n h a s q u ê . l e r a m ,
e o· G u i a quando v·em, e l e t e m s e m p r e s e u s
em
pregados diret os e estes e m p r e g a d o s chamam-se
x u , m e n s a g e i r o s e s t e s , que c u m p r i n d o c o m a s
o r d e n s d a d a s p ó r se·"Js c h e f e s , · c u m p r e m s e m p r e
as
o r d e n s q u e l h e s .são .!!c-tas,· e é p o r � t a r a z ã o q u e
i n t i t u l e i e s t a s pá.g;.p.,s " T r a b a l h o s d �
Quimbanda,
n a F o r ç a de u m P r e t o V �l ho" pois c om o sa be m , d e
f o r m a g e r a l , a m a i o r i a d o s P r e t o s Vel hos, s ã o
Qu�mbandeiros, e s e u t n : z a m d e di v e rs os
mensa
geiros "E!XU" p a r a lévar avante, d o e qu a l qu er
T r a b a l h o a ser realizado, p o r t a n t o a fo r ç a n e g a t i v a
q u a n d o b e m a p l i c a d a , m e l h o r dizend;>, s a b i a m e n t e
a p l i c a d a , r e a l i z a m i l a g r e s i n c a l c u l á v e i s e &·te� m i
l a g r e s . g er a l m e n t e , s ã o a l c a n ç a d o s p o r P r e t o s Ve
lhos , t ã o dóceis, t ã o a m i g o s , e m u i t a s vezes i n t e
r e s s e i r o s , p o i s o s m e s m o s j á p a s s a r a m p o r este p l a
n e t a •como t o d o s n ó s , p o r t a n t o f o r a m h o m e n s e
m u l h e r e s n e s t a terra, o n de passaram: p r i v a ç e s e
s o f r i m e n t o s d i r e m o s , m u i t a d a s vezes; p a g a n d o a t é
c o m a p r ó p r i a v i da . e i s q u e h o j e e l e s d e s c e m . a t r a
vés de s e u s " c a v a l o s " n o s Terr e i r o s , u s a n d o a p r á -
'ra.ba.lbos d e Q ul m ba nd a . .. 3
16 TRABA,.HOS D E QUIMBANDA
E s t a s p á g i n a s q ue p a s s a r ã o a e r , foram psic;
grafaas e ditadas por d i v e r s o s P r e t o s ,V e l h o s , qu w :
.
Muitos ao o uv i r e m a palavra Q ui m b a n d e i r o ,
d i r ã o q ue a m e m a ·-á u a p a l a v r a d e d k a d a aO
m
D e m ôn i o ; e n f i m a p a r t e m a l é f i c a , d e d i c a d a a o l a d o
esquerdo e t c . a s , q ue r o afirmar mais uma vez,
q ue n ã o é n a d a d i s t o , pois a p a l a v r a Q u i m b a n d e i r o ,
.
vem a ser o m e s m o q ue c ur a n d e i r o , e n ã o e s q ú e ç a m
nunca q ue o b r a ç o d i r e i t o s e m p r e a j ud a o h o m e m
c o m o o b r a ç o e s q ue r d o t a m b é m , poi s p r e c ? �a m o s
dos d o i s , a s s i m c o m o t a m b é m o p o s i t i v o e o n e g a
t i v o , o m a c h o e a f ê m e a , o h o m e m e .a m u l h e r , p o i s
·NA FORÇA D E U M P R E T O E L HO 17,
se f i c á s s e m o s s o m e n t e com u m l ad o , n ã o t e r í a m o s
n e m a e n e r g i a e lé t r i c a , po si el a é co m p o s ta .das po
l a r i d a d e s p o s i t i v a e· n e g a t i v a , d o c o n t r á r i o s e u s á s
semos some n t e u m a d e s t a s p a r t e s n ã o t e r í a m o s a
e n e r g i a e l é trica.
T r a b a l h o s d e Q u i m b a n d a n a Força d e um Pre
t o V elho. , é u m a o b r a , v e r s a n d o sobre diversos ti- ·
pos d e M a g i a .
''Trabalhos de Q u i m b a n d a n a Força de u m
P r e t o V e l h o " , é t u d o d e u m pouco q·ue s e i , e nas
p á g i n a s q u e s e g u e m p r o c u r o l e v a r a o conhecim ento
dos, I r m ã o s de Fé, p r o v a n d o q u e e x i s t e o b e m e o
m a l , q u e p od e m os r e a l i z a r aquilo u q e
es·colhemos
f a z e r , o n d e arcaremos s e m p r e com a r e s p o n s a b i
o i
l i d a d e de a t o c m e t d o . A p a l a v r a Q u l m b a n d a ,
palavra e s t a muito u s a d a nos Terreiros de u m b a n a,
a p a r e c e n a boca d e m u i t o s , c o m o u m à p a l a v r a
m a l é fi c a , . p a l a v r a amaldiçoada, enfim u m a
xp ã
palavra m a l i g n a , mas que n a s u a ê r e ss o
original , n ã o vem a ser n a d a disto, e si m o
m b a
s i n ô n : m o de c u r a n d e i r o , d e f o r m a g e r a l . :É a
Qui a n d q u e f az e
desfaz, é a Qu imb anda que dent ro d a s u a i n f i n i t a
m i r o n g a · r e a l i z a v e r d a d e i r o s m i l a g r e s , é a Qu i m
banda, esta prática tão m a l i n t e r p r e t a d a , tão m à l
compreendida e t a n t o d i f a m a d a , que t e m reaEzado
m i l h a r e s e m i l h a r e s d e t r a b a l h o s , q u e somente c o m
a U mb a n d a pura, n ã o t e r í a mo s n u n c a condições de
e
r e a l i z a r , pois, n o meu entender, a Umbanda sem
a Q u i m b a n d á ou vice-versa, n a d a o u q ua s nada
poderá conseguir; é como u m a corrente elétrica,
dois fios que c o r r e m e m f o r m a p a r a l e l a , o positivo •
18 TRABALHOS DE Q � A N D A
e. o n e g tiV01 é c o m o u m a t o m a d a , e la t e m os dois
/
polos: o positivo e o n e g a t i v o , s e m e s t a s dwas p a r ·
tes operando e m c o n j u n t o , n ã o t e r e m o s a luz, n ã o
o b t e r e m o s n u n c a a e n e r g : a e l é t r i c a , é 'Como o s d o i s
texo s o . l 3 m e m e a Mulher, o l�bmem, u m a
força
p osi ti va . a M'J.lher, a f o r ç á n e g a t i v a , e s o m e n t e c o m
a u n iã o destas d u a s forças é que Deus n o s d e u a
p r o c r i a ç ã o ; p o r t a n t o d i g o e a f i r m o m a i s u m a vez,
a verdadeira Umbanda, deve compartilhar, enf'm
ser pra tic a da e m co nj un to co m a Q a i m b a n ô a , pois
u m T·erreiro U m b a n d i s t a v e r d a d e i r a m e n t e , s e m e l a
quase. n a d a conseguirá, pois torna�se enfraquec:da
e m si, e d e s t e m o d o usada , l u t a r á meses e anos,
p a r a o bt er o re su lt ad o a l m e j a d o, re s u l t a do este, n ã o
n a p r a t i c a do m a l , n a d a disto, C a r o I r m ã o de Fé,
m a s o r e sultado esperado p o r mu i t o s Ir mã o s d e Fé,
o resultado de u m d e s m a n c h e de u m malefício de
uma demanda enviada por pessoa inimiga, in,.
josa. etc. :É ne � .te p o n t o q u e e u e s t o u a p o n t a n d o
e querendo exclerecer ao Caro Irmão de Fé, e
procuro deixar claro mais u m pont o d e vista m e u
q u e e s t u dei, e c h e g u e i a e s t a c o n c l u s ã o :
Uma pessoa, é agredida, atacada por outra
pe�t.oa, sofrendo um trabalho env:ado por esta
dita pessoa, então a pessoa atacada, se defende,
através d a Quimbanda, mandando desmanchar o
T r a b a l h o en viad o, isto acontecendo 3, 4, o u mais
vezes., e a
pessoa ating:da, ��mpre procurando
d e s m a nc h a r , desfazendo-se d a d e m a n d a env:ada.
Muito bem, a isto c h a m a m o s de defesa, ou uma
legWma defem,
melhor dizendo; mas um certo dia, esta- pese.oa
NA FORÇA DE U M PRETO VELHO
o m a l , e s i m p a r a a p a r t e b o a ; a p e n a s . a ch o q u e os
I r m ã o d e Fé, devem t e r co nhec ime nt os del as, poi s
o s a b e r não faz m a l a n i n g u é m , o s a b e r s o m e n t e
vem a ilustrar a c ad a u m , que estuda e proc ur a
e s t a r a p a r d e t u d o n e s t e m u n d o e m q u e vivemos,
pois isto q u e v ã o a p r e n d e r , n ã o dev·e s e r u s a d o
n a p r á t : c a do m a l , n ã o e s q u e ç a m d a L e i d o ,
R e t o r n o p o is e l a é i g u a l a u m e s p e l h o e m q u e n o s
olhamos,
o m a l vai , m a s v o l t a pelo m e s m o c a m i n h o .
C a r o s I r m ã o s d e F é , a o l e v a r a p ú b l i c o es.te
p e q u e n o t r a b a l h o , sei q u e r e a l i z e i u m a o b r a q u e
n i n g u é m a t é hoje teve a a udác ia , o u o conheci
m e n t o necessár:o, p a r a pub licá-la, pois n a m a i o r i a,
q u e m sa be n ã o q u e r levar a público aq ui l o q u e sabe,
g u a r d a n d o s o m e n t e p a r a si, o q u e a c h o d e m u i t o
e r r a d o , poi s t u d o de v e s e r l e v a d o a p ú b l i c o , e
n ã o g u a r d a d o c o m t o d o e go í sm o e utilizado muitas.
d a s vezes, s o m e n t e n o T e r r e i r o o n d e o m e s m o
t r a b a l h a , com a finalidade d e se aprov-eitar do s e u
saber, p a r a fins d e benefício próprio, o q u e a c h o
m u i t o e r r a d o , pois. n i n g u é m t e m o d i r e i t o d e
viver d a U m b a n d a o u d a Q u i m b a n d a , c o m o v e m o s
e m di v e r so s l u g a r e s
p o r e st e Brasil i m e n s o .
S a r a v á T o d o s os P r e t o s V e l h o s
Sarav ·á a U m b a n d a ,
Saravá a Quimbanda
. : c om carinho, h u m i l d a d e , e respeito profundo,
q u e o fe re ço e s t e p e q u e n o t r a b a l h o a t o d o s os P r e
t o s V e l h o s.
S a l v e t od o o Povo d a C o s t a
Salve todo o P o v o de M : n a
S a l v e t o d o o Povo D' A n g ; o l a
Salve a U m b a n d a
Salve a Q u i m b a n d a
AS DEFUMAÇõES E SUAS
FINALIDADES
C h a m o a atenção do I r mã o d e F e q u e existem
c e n t e n a s d e d e f u m a d o r e s p a r a d i v· er s a s f i n a l i d a d e s ,
e cada u m deles, t e m o s e u efeito, p oi s p a r a c a d a
caso usam-se a l g u n s de l es . , é claro que a defuma
ção fe!ta em uma casa residencial, quando a
mes m a goza de c erta tranqüilidade, não é a
usada em uma casa comercial, ou em
. u m a fábrica,
pois n a s residências estão os moradores, e pouca s
p e s s o s a tl�m a c e s s o à s m e s m a s , e n q u a n t o que e m
u m a c a m comercial o u fábrica, •centenas o u m u i t a s
d a s vezes m i l h a r e s d e p e s s o a s t ê m a c e s s o à m e s m a ,
de modo que sendo u m destes dois exemplos q u e
c:tei, a s d it a s c sa sa s são f r e q ü e n t a d a s p o r q u a l q u e r
u m a pessoa e deste mo d o ela estará sempre a mer
cê de qualquer pessoa. M u i t o d a s vezes acontece
q u e e n t r a e m u m a c a s a ·comercial o u f á b r i c a pes
soa que dizemos co m u m e n t e , u m a pessoa carrega
da, o u pesada, o u m e s m o m u i t o p r a g u e j a da ; nes,te
caso e s t a pessoa, e n t r a n d o n a d : t a casa p a r a com
prar, o u falar algo c o m alguém, esta dit a pessoa,
d e i x a r á ali a l g u m a s pa r tí c u l a s do s e u peso, e t c , .
é o qu e c o st um a m os c h a m a r de c a rga negativa e as
sim vai acontecendo durante todo o dia e pela
s e m a n a afora, d e m o d o q u e estas correntes nega
t i v a s v ã o s.e j u n t a n d o e se e n t o c a n d o dentro da
dit a casa, dai é q u e v e m o t r a b a l h o d e defumação,.
p a r a aniquilar, enfim p a r a pôr p a r a foa. d a �a
estas cargas negativas, q u e c h a m a m o s c o m u m e n t e
d e a z a r o u peso; é s o m e n t e d e f u m a n d o q u e conse
g u i m o s l i m p a r e c l a r e a r o .local, t r a b a l h o e s t e q u e
p o d e se r feito s e m a n a l m e n t e q u a n d o o local for
NA FOÇ'A DE U M PRETO TELH O
C o m o j á d is � e n o i n í c i o d e s t e c a p í t u l o , e x i s t e m
diversos tipos d e defumações, q u e são aplicados a
diversas finalidades, e como também a diversos
ORIXA o u me s m o Entidades como a certos Ca
boclos o u Pretos Velhos invocados durant e o
tra balho d a defumação. Temos ta m b ém certos
tipos d e de fumaç õe s que sã o feitos e m sentido
contrárlo do que mencionei, isto é d a entrada da
casa p a r a os fundos d a mesma, sendo que este
m o d o de de
fumação de u m m o d o g e r a l s o m e n t e é fe it o, a p ó s
a d e f u m a ç ã o d e limpeza, de descarga, pois defu
m a n d o de dentro p a r a fora estaremos descarregan
d o algo, e q u a n d o se procede ao contrárlo estare
mos no caso carregando para se obter algo de
for ma positiva, melhor dizendo um expulsa,
enquanto que o outro põe para dentro de casa
aquilo q u e for evocado no intúito de obter um
bom resultado.
N a s p á g i n a s des.te c a p í t u l o e n c o n t r a r ã o d i v e r
sos d e f u m a d o r e s p a r a t o d a e q u a l q u e r f i n a l i d a d e ,
e mu it o s destes mencionados p o de m ser aplicados
apó s alguns tipos de Pontos d e Fogo co m o intuito
d e descarg a s e f i r m e z a s .
TltABALHOS Dlll QUIMBND!.
C a r o s I r m ã o s d e F'.§, c o m o p o d e m v e r n e s t a s p á
ginas, teremos m u i t o s métodos d e aniquilar, cortar,
e n f i m m e l h o r a r o a m b i e n t e e m q u e vivemos..
Muitos Irmãos de F é ignoram que por serem
Médiuns. U m b a n d i s t a s praticantes, não costumam
utilizar-se de sta parte, q u e é u m a das principais
da Umbanda e da Quimbanda, pois se não lim
p a r m o s o m e i o o n d e viv·ermos, c o m o é q u e p o d e r e
m o s viver t r a n q ü i l a m e n t e nele? E é n e s t e cas o q u e
eu torno a retrucar, porque os Irmãos de F é não·
pro::uram de u m m o d o geral, limpar, p u r i f i c a n d o
o local onde m o r a m ou· t r a b a l h a m , pois. s e u m a
p e s s o a é Médium, p r a t i c a n t e o u n ã o , e l e n a t u r a l
m e n t e c a p t a r á s e m p r e b o n s e m a u s fluidos, ele se
c h o c a r á se mp re c o n t r a as forças d o bem, e do mal,
pois c o m o M é d i u m q u e é p o r n a t u r e z a , ele c a p t a r á
s e m p r e estas correntes q u e menc'onei, .então deve
c o m s u a s p r ó p r ia s m ã o s se possivel for s a b e r cor
tar ou expulsar estas forças, separando assim o
caldo de cana do b a gaço. Espero que n�. � .te e
queno capítulo, eu tenha dado a entender enfim
t r a n s m � t i r u m pouco·· d a q u i l o q u e m e e n s i n a r a m e
que cada Irmão de F é possa aproveitar estes e
quenos. ensina mentos , pois desta forma, estaremos
levando avante a bandeira d a Umbanda , q u e será
n o m e u entender a relig:ão do futuro, a Religião
deste Brasil Gran de .
NA FORÇA D E U M P R E T ô VELHO
E s t e t r a b a l h o d e d e f u m a ç ã o , dev·e s e r f e i t o e m
u m dia d e Sexta-feira , dos f u n d r o d a c a s a r e s i de n
c i a l o u c a s a d e n e g ó c i o .�e f o r o c a s o , p r o : e d e n d o - s e
do seguinte modo: e m prime�ro lu g ar acende,m-
s e a s b r a s a s d o d e f u m a d o r , d e p o i s p ô e a m:is.tura
do
material em cima percorrendo todos os. cômodos
d a c a sa , p r : n c i p i a n d o s e m p r e do3 f u n d o s e c r u z a n
d o .cada c ô m o d o q u e �e. percorrer, evitando no
de,..
correr d a defumação, que pessoas d a famíl1a pas
sem d o cômodo a ser d e f u m a d o p a r a o q u e j ã esta
�a defumado, evitando desta forma cortar o tra
ba l ho que estã se ndo realizado. O m a t e r i a l a. s e r
usado é o relacionado conforme enumero a
seguir.
Pa l ha de Alho
Guiné
Ba r b a de Velho
Assafeto.
Incenso.
Mirra
Benjoim
Alfazema
Arruda
Guiné
Alecrim do Campo
Incienso
NA FORÇA-DE UM P R E T O VELHO 29
E s t e t i p o de. d e f u m a ç ã o d e v e s e r f e i t o e m u m
dia de sexta-feira, de prefer'ência q u a n d o for 18
h o r a s , h o r a d a Av·e M a r � a ; o m e s m o deve ser
feito dos fu ndos d a casa até a por ta d a rua,
p e r c o r r e n d o -se to d o s os c ômo d os, c r u z a n d o o s
m e s m o c o m o d e f u m a d o r , dizendo-.Ee o s e g u i n t e :
esta casa per tence a OXalá o Rei do Mundo, o
m a l aqui não pode entrar, porque O g u n fez a q u i
sua morada, e O gu m c om sua espada e sua lança
to d o o m a l veio cortar, c o m o r d e m de O x a l á .
Assim seja.
Conf o rm e for se percorrendo os cômodos vai
se di zen do a reza) a t é c h e g a r n a p o r t a d e e n t r a d a
·de casa.
O m a t e r i a l a ser u sa d o é o q ue segue:
Palha de alho
Guill'á
Assafeto
R a s p a de chifre de veado
Incenso
R a s p a d e chifre de boi
E s t r u m e de boi (depois d e seco).
f i r m a n d o n a p o r t a d e c a s a do lado d e d e n t r o , fir
m a n d o at é o dia seguinte, q u a n d o se deve despa
c h a r a s cinzas ao vento n a pa r te d a r u a dizendo-se
o seguinte: que todo o mal, todo o embaraço e
toda a amarração que vá embora para sempre.
Assim seja;
Arruda
Alecrim do c a m p o
Guiné ·
Alfazema
Almís car
Mirra
Incenso
Benjoim
Ve·rbena
NA FORÇA DE U M P E T Q . VELHO .Sl
T A B L H O DE DEFUMAÇÃO P A R A OONSAGAR
U.MA CASA A ·DEUS
F o l h a s e ram os de looro
Gu i né
Arruda
Incenso
J'rra
Alfazema
Benjoim
T r a b a . s d e Q\tlmbanda 3
-
T R A B H O S D� Q � N D �
A p q s a d e f u m a ç ã o , de p o i s d e f i r r n a r n a p o r t a ,
c i e s p a c h a r a s c i p z a s 11a r u a a o v � n t o ,
O m a t e r : a l a s e r u s a d o ·5 o q u e p a s s o a c t i a r
n a s l i n h as . a s e g u :r:
Arruda
u : m o d e rolo d e s f i a d o
B a r b a d e Vel ho
Jaborandi
Alfazema
Ba ga ç o de c a na - d e - a ç ú c a r
Incenso.
Term'nada a defumação, depois de deixar no
portão na parte de dentro até apagar, despachar
a s c i n z a s n a r u a d e i x a n d o q u e o v e n t o a s leve.
•
P a r a d a r início, fa z e r e m p r i m e i r o l u g a r o se
g u i n t e : e n c h e r u m ·coité d e c a c h a ç a , a c e n d e n d o - s e
a o lado u m a ve!a bra nca, oferecendo-os a o dito Pre
t o Velho, s e n d o q u e t1anto o c o it ê c p m o a v e l a e m
s�a h o m e n a g e m devem ser colocados do lado de
fo r a d a casa, n o q u i n t a l o u á r e a exis.tente n a casa,
me lh or explicando, fora de casa c omo mencionei, ·
F u m o d e rolo des.fiado
Raspa l e c h i f r e d e V ' ea d o .
Espada de São Jorge e m pedac:nhos
B a r b a de Velho
Pó de enxofre
Verbena
Incenso
Após t e r m i n a r o t r a b a l h o d e d e f u m a ç ã o , per
correndo-se toda a casa, cômodo p or cômodo, sem
pre cruzando-se cada cômodo . pois do contrário
n u n c a se t e r á o r e s u l t a d o desejado, p ô r o r e s t a n t e
do defu m a d o r n o portão do lado de dentro, deixan
do-se f i r m a r a t é o d i a seguinte , q u a n d o se deve des
p a c h a r a s c i n z a s n a r u a , p a r a q u e o v e n t o a s leve,
d' zendo-se assim : que Nossa Senhora do Desterro
leve todo o m a l q u e a q u i estiver; a seguir reza-se a
Oração de Nossa Senhora do Desterro.
Palha de alho
A.�afeto
Guiné
Pára-raios - r a m o s e folhas
R a s p a de chifre de boi
Açoita cavalo
Incenso.
Guiné
Arruda macho
F u m o d e ro!o d e s f i a d o
P ó d e caf·.§
Açúcar .
F�t ru me de boi depois d e seco.
Alecr: m d o ·campo
S a l gros so .
Almíscar
Nota : A a p l i c a ç ã o d o s a l g ro s s o c o n f o r m e
expl i q u e i , 'é q u e o s a l é o s í m b o l o d o b a t i s m o , este
t a n t o . b a t i z a ( f i r m a ) o b e m c o m o (} m a l , p o i s es-·
t a n d o á ca�a l i m p a e depois purificada, firma-se
a m e s m a c o m o sal, a s s i m e s t á se f i r m a n d o o b e m '
f e i t o , e s t a r á se b a t i z a n d o os. b o n s f l u i d o s , e n f i m a
r o n d a p e r c o r r : d a d u r a n t e o t r a b a l h o ; com:o p od em ;
v e r , o �al t a n t o f i r m a o b e m c o m o t a m b é m · o m a l ;
e s t e f o i u m e n s i n a m e n t o q u e m e fo i d a do, a m u i
t o s a n o s a t r á s , e n s � r i a m e n t o d a d o p e l o Preto Ve-
· l h o Mi n e i r o ; e a : n d a d i z e m q u e a U m b a n d a
não tem lfronga !
Salve a U m b a n d a
Salve P a i Mi ne ir o
de
.�.exta-feira p r o c e d e � s e c o m u m a d e f u m a ç ã. o d�
Úm"' r e z a , e s p e ra ndo: - se a qüiri t a f e i r a s e g u i n t e
p a r a s�
re a l í za r ; e s t e t r a b a l h o d e d e f u m a ç ã o , q)le · _se �:le :
_ _
38 TRABAL:HOS DE Q M B N D t \
C om pra - s e · u m a v e l a c o r d e r o s a , o u t r a a z u l e
u m a e n c a r n a d a ; d e n t r o d e c a s a se r ã o acesas, e m
u m p r a t o b r a n c o a ve l a c o r d e r o s a e a v e l a a z u l
e m louvor d a f a l a n g e d a s c r i a nças, pondo-se n o
p r a t o e m v o l t a d a s vel as , m e l d e a b e l h a s p u r o ,
p a r a c h a m a r a f a l a n g e d a s c r i a n ç a s , e m OUitro
p r a t o , a c e n d e - s e a vela v e r m e l h a e m h o m e n a g e m
a O g u n o O r i x á Gue rreir o , pois quinta -fe i ra é o i a
e m q u e p r e d o m i n a O g u n e a f a l a n g e d e c r i a n ça s .
O g u n é conhecido e c h a m a d o o P a i das Crianças .
P o r t n a t o é ele q u e m t o m a c o n t a d e s t a f a l a n g e p o r
o r d e m d e I X L A . �.J S, p r o s s e g u i n d o n o a s s u n t o ,
Iepois d e f i r m a r a m b o s , f a z e r a d e f u m a ç ã o , i n i c i a n
d o a m e s m a n a e n t r a d a d a casa in do a t é os
f u n d o s p e r c or r e nd o c ôm odo a p ó s cômodo, c o m o
m at e rial q u e passo a discriminar:
Cipó m i l o m e n s
Arruda macho e fêmea
Gui n é
Alecrim d o c a m p o
Açúc � r
B a u n i l h a e m p ó o u fl o c o s
Coco ralado
E s t a n d o o m a t e r i a l c ita d o b é m m i s t u r a d o , faz
se o d e f u m a d o r c o n f o r m e j á e x p l i q u e i , e nos. f u n
dos da casa s e deixa firmandp até o mesmo apagar,
depois· pegar as cinzas e derramar em um canto
nos fndos da casa, ou ·do quintal se for o caso .
NA FORÇA D E U M P R E T O V E L H O 39
" a , r a v á Ib e j a d a " ·� m ai s u m v o lu m e d a
Col e ç ã o Sa r av á, o n de e n ct mt r a rã o de t u d o s ob re
e st á f al a n
ge - t raba lho s e o f e re n da s , di v e rso .�. Pon t o s
C a n t a do s e Ri s c a do s etc. e t c. e o ra ç õ e s p a ra
c a so s e . s,. p e ci ai s .
A C o le ç ã o Sa r a v á é c o m p ost a de 1 8 p e qu e n o s
v o l ume s., u m p a ra ca d a O R I X A , e p a ra di ve·
rs.o s . X U d e Gu i a , o n de e n c o n t r a rã o t u d o a qu il o
q u e d : z re s p ei t o a c a d a u m de l e s : P on t o s C an t a d o s
e Ri s ca do s , O f e re n da s e De sp a c ho s� su a s
F i rm e z a s , se us as se nt am e n t o s , o s l o c ai s ce rt o s :
d o s se u s De s p a ch o e O f e re n d a s , c o m o se p r o ce de
, su a s g u i a s
e c o re s, su a s de f u m aç õ e s e seu s re sp e cti v·os.
b a n h o s , e a s re s p e cti v a s O r aç õ e s p a r a t o d a e q u al
qu e r o c a si ã o ; é um a coleçã o de l iv ro s q ue o I
rm ã o de Fé
pode e de v e a d q u i ri r a o s p o u c o s , p o : s se r á d e m a
n u s ei o di á ri o d o F ll h o de Fé qu e n ã o se c an s a r á
n u n ca de m a n me á- l a , é m a ' s . u m a p a rt e
da qu il o q u e p u de t ra n sm i ti r a os I rm ã o s de F é
p r o c u ra n d o se m p re l e v a r a publ i>co o qu e a
U mb an da m e e n si n ou .
TR A B A L H O S D E QUIMBAND�,
B a r b a de Velho
P a l h a de alho
A s �a f e t o
G'uin é
Raspa de c h i f r e de b o i
R a s p a de chifre de veado
F u m o de rolo des�iado
E s t r u m e d e boi depois de seco
P ó d e e n x o f r e.
D e po s s e d e s t e m a t e r i a l , a nt e�. d e ·usá-lo,
mis t u r a r os ingred:entes. bem misturados,
a c e r� d e r a s b r a s a s d e c a r v ã o e e x e c u t a r a
d e f u m a ç ã o c o n f o r m e e x p l i q u e i , p o n d o o s ree:tos d o
m e s m o queimando no lado de dentro do p J r t ã o
at é o dia s e g u i n t e q u a n d o serão desp achados ao
v e n t o p a r a qu e t u d o çte r u i m v á e m b o r a r ·· - . .
NA F O R Ç A D E U M P R E T O V E L H O
· E s t a d e f u m a ç ã o de-ve s e r f e i t a e m u m d i a de
sexta-feira , depo:s de f i r m a r a e n t r a d a d a c a s a , e
qu e estej a pre s e n t e o dono, o u os donos do negó
cio . E s t e t r a b a l h o de d e f u m a ç ã o é feito dos f u n
dos d a c a s a a t é o portão do mesmo, s.endo q ue ao
inici o os t r a b a l h o 3 deve a p o r t a de e n t r a d a per
m a n e c e r e n t r e a b e r t a ató que t e r m i n e a d e f u m a
ção, n ã o de-vendo f i c a r n i n g u é m n a p o r t a d u r a n t e
o t r a b a lh o , p a r a q u e o me s mo n ã o receba o im
pacto d a c a r g a que estiver sain do d u r a n t e . a
defu maç ão, não esquecer qu e se houver div·ersos.
cômo dos, os mes mos devem ser de fu m ad o s sempre
cru zar� d o-se .:m a pó.�. o utr o, e dizendo-se o
seguinte : � t a casa t e m J . a t r o c an t o s e n o s
q u a t r o c a n t o s e u vou perc orrendo e d e f u m a n d o e
deste modo, vou d escarre g a n d o .
T e r m i n a d a a defuma ç ã o , p e g a r o d e f u m a d o r
deixando-o n o lad o de d e n t r o . do p o rtão , despa-
T RA B A L H O S DE QUIMBANDA -
.
c h a n d o n a r u a s o m e n t e no d i a segui nt e . O m a ·
t e ri a l a s e r usado , pas so a d i s c r i m i n a r n a s l i n a s
q u e seguem .
A r r u d a a i c h o e fêmea
Guiné
Alecr.' m do campo
R a s p a de c h i f r e de boi
Incenso
M i rr a .
F u m o d e rolo desfiado .
M l s t u r a r b e m os i ng re dien te s , e e xe c ut a r o t r a ·
b a l h o de def u m a ç ã o como expl iq u e i o o s l i n h a s a n ·
teriores .
Almis c a r
Guiné
F u m o de rolo desfiad o
Verb e n a
P a l h a de a l ho
Alecrlm do c a m p o
In c en s o
Mirra
Alfazema .
NA FO�ÇA DE U M PRE TO VELHO
C h a m o a a t e n ç ã o dos I r m ã o s de F é q u e t a n t o
este como q u a l q u e r o ut r o tip o de defum a ç ã o , so
m e n t e devem f i c a r pr es e n t e os co mponent es d a
casa , e se for ú m a casa comercial, so m en te devetn
e s t a r presente o dono d a cas a , e seus sócio�.. n ã o
devendo e s t a r prese nt e pessoas e � . tranhas , o u
f u n cionários d a m es m a , pois q u a n d o se fa z u m
destes trabalho�. havendo pessoas e s t r a n h a s no
a m b :e n t et ,�
n a maio : d a s vezes, elas
q u e b r a m g r a n d e p a r t e do t r a b a l h o realizado, pois
f i c a m o p i n a n d o o u mes mo qu e re nd o saber
como é o u como se faz , e
q u e fin a l i d a d e t e m , de mo do q u e q u e b r a o
enc an t o , e a força d a defumação; sendo a s s i m
q t :a n t o m e n o s gente prese n t e melh or, a n ã o ser a
presenç a d a s
p e sos a s i n t e r e s s a d a s no t r a b a l h o .
TRAB ALHt) D E DEFUMAÇAO PARA L I M P A R O
LOCAL, E LOGO A P ú S FIRMAR O
MESMO
C o m p r a r o m a t e r i a l c o n f o r m e p a s s o a descri
m i n a r a seguir :
Guiné
A�. s a f e t
o
Alecrim do C a m p o
Pára-raios , r a m o s e folhas
Almíscar
Mir r a .
Alfazema (bastante ) .
C o m p r a d o o m a t e r i a l , m i s t u r a r os m e s m o s d o
m e l h o r m o d o p o s s í v e l , a s.e g u i r a c e n d e r o c a r v ã o e
i n i c i a r a d e f u m a ç ã o d o s f·u n d o s d a c a s a , •Cômodo
NA . . FORÇA DE P M PRETO l J L H O
d e v e l a n ç a r as cinzas n a r u a .
l}ste t i p o d e d e f u m a ç ã o , p o d e s e r u s a d o e m
u m a c a s a r e s i d e n c f a l , o u e m ca sa c o m e r c ' a l , p o i s o
m e s m o t r a r á u m r e s u l t a d o posi t i v o , e n r i q u e c e n d o o
lo ca l d e b o n s f l u i d o s .
To d o o F i l h o d e F é d e v e t o m a r s e u b a n h o d e
descarga pelo m e n o s u m a vez p o r s e m a n a e u m
b a n h o de f i r m e z a a n t e s de se g u i r p a r a o t e r r e i r o
o n d e t r a b a l h a , p o i s a s s i m a g i n d o , ele·, a l é m d e s.e
d es c a r r e g a r de f o r ç a s ne g a t i v a s , p o i s t o d o o I r m ã o
d e F é p r a i t c a n t e c a p t a s e m p r e o l a d o n e g a i vt o n a s
s u a s a n d a n ç a s n o d e c o r r e r de c a d a dia, p o r t a n t o
deve se d e s c a r r e g a r a t r a v é s d e s e u b a n h o d e de s�
carg a e a seguir do b a n h o de firmez a sempre que
for freqüe nt a r um: terreiro .
O t r a b a l h o de d e f u m a ç ã o é t a m b é m u m deta
l n d e g r a n d e v a l i a , pois o F i l h o d e F é t e m a o b n - ·
e
TRABALHOS DE QUIMBNDA
g a ç ã o d e d e f u m a r a c a s a o n d e reside, p r o c u r a n d o
desta fotma descarre ga r o ambiente onde mora,
atraindo p a r a si e p a r a o s o ut r o s q u e moram em
s u a c o m p a n h i a f o r ç a s. a s t r a i s p o s i t i v a s . T u d o i s t o
o Irmão de Fé encnotrará em uma pub l i c a ç ã o
de
m i n h a autori a , com o título de "Feitiços de Pre to
Ve l h o " , o n d e p r o c u r e i r e u n 1 r p a r a o I r m ã o d e W ,
do m e l h o r m o d o q u e pude , a l é m de Ofe r e nd a s a
cada ORIXA, Firmeza s , Despachos e Feitiços di
v e r s o s , c o m o t a m b é m Ora_ç ões. d i v e r s a s q u e o . I r m ã o
d e Fé · u t n : z a r á e m c a s o s e s p e c i a i s , a l é m d e P o n t o s
Cantados e Riscados de todas as Linhas da Um
banda .
� um i m p o r t a n t e t r a b a l h o q u e real iz e i, q u e o
Caro Irmão não pode de�xar de a d q u i r i r pois .
o me.s.mo c o m p l e t a e s t a o b r a q u e e s t á l e n d o .
OS BANHOS D E DESCARGAS, E AS
SUAS APLICAÇõES
O s b a n h o s de d e s c a r g a d e m o d o geral . s ã o to
mados derram ando-se o l íq u i d o do pesc o ç o p a r a
baixo, b a n h a n d o - s e o corpo n a parte da frente e
n a s costas .
A pr e p a r a ç ã o dos b a n h o s é fei ta d o seguin
t e m o d o : ferve-se a á g u a e m u m a p a n e l a l i m p a e
c o l o c a m - s e a s er v · as e m outra panela ou
bacia, q u a n d o a á g u a estiver fervendo derr a m a - se
a mes m a n a p an el a e m q u e estão as ervas, e
tampa-se e m seguida de:xando descansar até
e s f r i a r , o u f i c a r m o r n o ; a p ó s ist o s e r feito, co a -�e
e m u m p a n o l i m p o o u c o a d o r e o l íq u i d o p u r o é
utilizad o p a r a os
banhos de u m modo geral .
D e p o i s d e t o m a d o o b a n h o , dev-e-se l a v a r o l o c a l
usado n o banheiro, utilizando-se p a r a isto d e á g u a
c o r r e n t e , evi t ando-s.e d e s t e m o d o q u e c a r g a s n e g a
tivas ali deixadas v e n h a m a atingir uma outra
pessoa, q u e f o r u t i l i z a r o d it o local .
Um detalhe de g r a n d e rele vânci a , q u e q u e r o
le v a r a o c o n h e c : m e n t o dos I r m ã o s d e l ã , é q u e s e m
pre que tomarmos um banho de Descarga ou
de
Trabalhos de Qimbanda - 4
48 RABLHOS DE Q U I M B A .
F'i r m e z a e t c . e t c . o s I r m ã o s d e F é t ê m o b r i g a ç ã o
de a c e n d er uma vela branca . e oferecê-la pa�.
Eeu Anj o de · G u a r d a pecUrido-lhe f or ç a , firmeza,
p r o t e ç ã o e saúde; àe?QiS i s t o é que se toma o
banho escolhldQ .
i P P R A FOR'DAL E C E R O A N J O D E
GUA R D A , P R A O S E X O A S C U L I N O
Alevante verde
Arruda ·
Quiné
Ta p e t e d e Oxalá
Pára-ra ;os
Mangeri cão
�sp$da d e s ã o J o r g e
N o t a : E s t e b a n h o deve s e r t o m a d o n a s e g u n
d a e n a �. e� ta - f e i r a , d o p e s c o ç o para b a i x o . ·
2. o B N l 3 : > P M A Ó ANJO D E
O U A R D A PA R A O S ! X O A S C U L I N O
Petalas de Girassol
Gu i n é
Alevante Verde
Espada de S ã o Jo rg e
·
Arruda
Folhas de sa ma mba i a
Alecr Ptt d o . c a m p o
.
NA ' O R Q A 'DE UM PRETO E L H O
Nota : E st e b n h o d e v e s e r t o m a d o n a s e g u n d a
o u n a sexta -f e ir a .
3. o B I - : P P R A F O R T L E C E R O A N J O D E
D A , PARA O SEXO MASCULINO
Ta pe t e de Oxalá
Espada de São Jorge
Arruda macho
Alecrim do c a m p o
Cipó m i l h o m e n s
Al ev a nt e verde
\i! a n g e r i c ã o
4.0 B A R O P R A F O R TA L E C E R O ANJO D E
GUARDA PARA O SEXO FEMININO
Tap e t e de OXalá
E�pada de São Jorge
Espada de Sa n t a B á rba ra
Arru da fêmea
Guiné
Flor de laranjeira
Mangeric�o
B a r b a de Velho
A l e v a n t e V er d e
Ar o e i r a
Er va de São João
AN H O D E DESCARGA P A R A CORT AR
DEANDA E PRAGAS DE PESSOAS
I N D E S E JA V E I S
L a n ç a de São Jorge
Espada de São Jorge
Quebra tudo
Quebra d e m a n d a
Corta mironga
Alevante verde
Pára - r a i os
N:A Ç A DE . UM P T O VELHO
E s p a d a de São J o r g e
B a r b a d e Ve l h o
Erva. d e São João
Arrud a
Verbena
F'ára-raios
C o rt a miron g; : � .
OUTRO H ! O D E DESCARGA P R A
O O R T : A R D $ N D A ETC.
E s p a d a d e São J o r g e
Arruda
Guin é e .
mona
Fo l ha s de louro
H. o r t e l ã V e r d e
Mulungu
N l � O O E D E S C A R G A E F I R E 7. , A
DO FIHlO DE �
P é t a l a s d e gir�sol
E s p a d a de S ã o Jo rg e
A r ur da
52 TRABALHOS DE Q U I M B N D A
Guiné
h1ang ericão
Sa pê .
Uv a b r a v a
B ! l : > D E DESCARGA E E C T O
D O ANJO DE G U R D A ,
Erva d e S ã o J o ã o
E s p a d a de São J o r g e
Mangerona
Ve rben a
Cipret-.te (pequenos ramos )
. . . · F o l h a de c o queiro
Alecrim d o c a m p o
Cipó m i l h o m e n s
Samambaia
E s p a d a de S ã o J o r g e
Fo l h a s de l o ur o
Alecrim
Cipó m i l h o m e n s
Verb e n a
F l o re s d e l a r a n j e i r a
lfava, c a
NA FORÇA DE UM PRET O L H O 53.
N F . 3 0 DE I R E Z A
Espada de Sã o Jorge
Pétalas d e girassol
Ale va nte verde
Arruda
Guiná
Erva de São J o ã o
Folhas de pitangueira
R a m o s de b a u n i l h a
Folhas e r am os de onze horas .
O R J O B l O DE F Z A
Alevante verde
Arruda
São Gonçalinho
Coentro
Erva de S ã o J oã o
N H O D E DESCARGA R A ORTAR �\
DEMANDA E F O R T L E C E R O ANJO D E G U R D A
F o l h a s de l o u r o
U r u c u m ( f ol h a s )
Es.pada d e S ã o J o r g e
Alevante verde
54 TRABALHOS D E QUIMBNDA
Arruda
Vass à u r i n h a de relógio
B a r b a d e velho
B A H O D El F I R M E Z A P A R A F I A R UM
P R E r ü V ! - : j .) N : A CABEÇA
B a r b a d e velho
Fo l h a s de fig o
Eucalip to (folhas )
Arruda macho e fêmea ·
A ro e i r a
Flor de laranj e ir a
Guiné
BNIJt :::>D E . FI R M E Z A P R A F I R M : t \ R U M
C AB O C L O N A C A B E Ç A
{ P a r a o s F i l ' s d e Oxoce)
Guiné
·
F o l h a s d e coqueiro
E s p a d a de S ã o J o r g e
Fo l h a s d e p i t a n g u e i r a
Arruda
Samambaia
F o l h a s d e Iourq
N A FO R Ç A D E U M P R E T O VELHO
( P a r a os F i l h o s de X a n g ô )
Folhas d� .
�ouro Cipó
mílho mens Pára-
raios
Erva de São João
Musgo da pedra (colhido n a cachoeira)
Nega n a
Mulungu
: / l'I
I r > DE F1RMEZA P R A . RMAR A
RAINJ�A D O A R
( P a r a o s F i l h o s d e Iemanjá )
Algas ma r i nha s
rmgericão
Alevante verde
Pé t a l a s d e r o s a s brancas
Flor de laranj eira
Arruda lêmea
Espada de São Jorge
56 TRABA LHO S DE QUIMBANDA
B N H P D E F I R M E Z A P A R A AS F I A S
DE OXUM
Mal-me-quer do ca mp o
Folh a de louro
Ipê amarelo .
Iuca
P .á t a l a s d e h o r t ê n c i a s
Mulungu
Flores de laranjeira
1 3 A m� O D E FIRMEZA PARA OS F I L H O S
DE I A S S A
Pára-raios
Arruda fêmea
Guiné
Espada de Inhassã
Dormideira
Cambui amarelo
Pétalas de rosas amarelas
B A N H O D E FIRME·ZA P A R A OS F I L O S DO
O X A G U E R I R O OOUN
Cambuf amarelo
Aroeira
São Gonçalinho
FOlhas de nog ue ir a
BE;:> pE I R M E Z A PARA OS H O S . DE
O L A
Folhas de louro ·
Pá t a l a s d e g i r a s s o l
Alevante verde
Tapete de Oxalá
Arruda
Guiné
Ale·crim do c a m p o
Guiné
Espada de São Jorge
Mungericão
Cipó mi l homens
Aroeira
U n h a de vaca
Poejo
R A B A L H O S D E QUIMBANDA
H O D E DESCARGA P R A CORTAR
UM:A D E A N D A
Quebra. d e m a n d a
Corta m a n d i n g a
Corta mironga
�.pa d a d e S ã o J o r g e
Quebra tudo
N H O D E D E ' S C A R G A P A R A A B R I R OS
C M I N H O S QUANDO F E C H O S
Ab r e c a m i n h o
Cinco folha s
H e i d e v·encer
Comigo n i n gu ém pode
Aroeira
C o m p r a r o s e g u i n t e m a t e r i a l p a r a s e r usado
e m u m d i a de �exta-feir a .
P i n h ã o roxo
B a r b a d e vel h o
Guiné
Arrebe n ta . cavalo
E'olhas de a me nd oe ira
Pâ r a - r a i o s
Arruda ·
NA F O Ç A DE U M PRETO VELHO
r o u p a , e s e p o r v e n t u r a se u s a r c a l ç ã o o u cuec a ,
et c . o s m e s m o s depois d e se t o m a r o b a n h o , de ve m
s e r a b a n d o r. . a d o s n() loc a l , vestindo-se somente
roupas limpas .
A c o n s e l h o p a r a e s t e t r a b a l h o , p r o c u r a r u m lo
cal e m u m l o teamento o u local longe do c e n t r o d e
cidade, podendo-se a s s i m fazer o trabalho sem
g r a n d e p r e o c u p a ç ã o , a c o n s e l h o t a m b é m q u e s e es..
c o l h a p a r a is to , a n o � t e ; p a r a q u e h a j a m e l h o r
t r a n qü i l i d a d e . . Depois do b a n h o , a c o n s e l h o o
I r m ã o d e f é n ã o p a s s a r pelo local, p o r l o n g o
tempo .
N ã o é aconselháve l, t o m a r este t i p o de b a n h o
de descarga , e m casa; pois o m e s m o c o n t é m erva s
q u e s o m e n t e n a E n c r u z i l h a d a é q u e se deve a r
e m f o r m a d e b a n h o d e d esc arg a , pois a l g u m a s a s
citadas ervas pe rtenc em ao Povo d a
E:ncruz ilhad a .
Arruda
Guiné
Al ec r i m d o campo <
NA FORÇA DE U M P R E T O L H O 61
( B a n h o de Tir a T e i m a e B a n h o de Abre C a m i n h o )
B A H O DE U A ! O , USADO Q U A D O F O R
NECESSARIO A UNIAO ( apro x im a ç ã o ) DE
O U R A PESSOA
Es.te b a n h o d eve s e r . t o m a d o e m d i a s d e t e r ç a
feira , firmando o Anjo de guarda de quem vai
tomar o banho e da pessoa que se deseja
aproxi m a r .
Nota : o s b a n h o s liq u id o s , d e v e m s e r m i s t u r a
dos c o m á g u a limp a de m o d o que c a d a vidro usa-se
p a r a tomar 2 ou 3 ba;lhos .
·. TRABALHOS REALIZADOS COM .0
PONTO RISCADO E DESCARA· . .
· ·
D E PONTOS DE FOGO
T r a b a l ho s d e Q u l m b a n d a . . a
64 T R A B O S - DE
r a m e n t e c h e i o d e p ó l v o r a , i s t o é : a p ó s � .e r
r isca d o c o m a p e m b a br a n c a, deve o m e s m o ser
coberto c o m a pólvora, deixando o r e s t a n t e como
a s estre· l a s e t c . s o m e n t e riscado . O Fi lh o de F é
q u e for ser
d e � c a r r e g a d o do m a l e f í c i o env·iado, d e p o i s d e
t u d o pr ont o , f: cará n o �entro do pon t o r is c a do
c o m a p a r t e d i a n t e i r a d o ·corpo v o l t a d a p a r a a
a b e r t u r a d o p ont o j á c a r r e ga d o d e pólvora p r e t a , e
a pe s soa q u e f o r d e s c a r r e g a r o c o n s u l e n t e , n e s t e
í n t e r i m j á pode tocar fogo n o p o n t o utilizando
p a r a isto u m c h a r u t o aceso o u me smo u m cigarro,
q u e d e v e s e r c o l o c a d o n o •c e nt ro d a f e r r a d u r a
p a r a q u e q u a n d o o mesmo comece a q u e i m a r a
p ó l v o r a pe g u e f o g o dos dois l a d o s, c o n t o r n a n d o o
c o n s u l e n t e v i n d o a t é a ft ; e nt e , o c a s : ã o e s t a q u e o
Fi lh o q u e se e s t á descarregando . desc arregue s e u
c o r p o � .san d o a s m ã o s p e l a c a b e ç a , b r a ç o s , t r o n c o
e finalmen: t e a s per nas, s e m p r e de d m a p a r a
b a i x o , a j u d la n d o de sta f o r m a , q u e n ã o f i q u e a i n d a
c o m ele, q u a l q u e r l a v a n e g a t i v a q u e pos�a.
daquele instante e m diante, a vir prejudicar;
neste ínterim, a pessoa que venha , fazer ou
melhor dizendo e x e c u t a r este
trabalho, como t a m b � m qualquer pessoa q u e
e�.teja j u n t o a s s i s t i n d o a o t r a b a l h o d e v e p a s s a r
a s m ã o s p e l o c o r p o d a c a b e ç a p a m b a i x o, s e
descarre ga ndo t a m b é m .
Este é u m trabalho q ue requer u m a certa h a
bilida&, como t a m b é m u m certo conhecimento do
q u e se es tá fazendo .
Após t e r m i n a r e s t á par te , a b r i r a g a r r a f a d e
cerveja b r a n ca , d e r r a m a r u m pouco e m u z , sai-
T R A B A L H O S DE QUIMBANDA,
v a n d o O g u n , o O r i x á G u e r r e i r o , e e m s e g u i d a d er
r a m a r a c e r v ej a e m c i m a d o p o n t o r i s c a d o , d i z e n d o :
O g u n v e n c e d o r d e d e m a n d a s. , q u e c o m s e u e s c u d o
nos defenda, e leve d a q u i t u d o d e r u i m , t o d o m a l ,
t o d o o e m b a r a ç o e t o d a a m a r r a ç ã o e q u e guerre:. e .
no meu caminho . Assim sej a .
N o t a i m p o r t an t e : a p ó l v o r a a s e r u s a d a n e s t e
tr a ba lh o , deve ser de c o r preta, poís s o m e n t e de st e
t i p o é que, s . e r v e p a r a s e r u s a d a e m p o n t o s d e f ogo .
A cor d a p e m b a d ev e ser b r a n c a p a r a este tr a
b a l h o, n ã o p ode ndo a m e s m a ser sub s t i t u í d a p o r
p e m b a de _ o u t r a cor .
RAB AL HO D E Q U I M B A N D A C O M PONTO D E
FOGO, A N D A N D O U M A D - E M A N D A D E VOLTA
PARA A PESSOA I NIMIGA
E s t e t r a b a l h o d e v e s e r fe i t o e m u m d i a d e
s e x t a - fe ! r a , d o l a d o d e f o r a d e c a s a , utiliz i! nd o - s e
p a r a i s t o u m q u i n t a l , o u u m a á re a , s e n d o q u e a
m e E m a d e v e s e r :Sempre n a : part e d e f o r a d e . c a s a
( f o r a d o c o r p o d a _ ca sa) .
P a r a ist o , c o m p r a - s e o s e g u i n t e material c on f o r m e
s e g u e : 7 c a r t u c h o s de pó l v o r a p r e t a ( f ari h a
p r e t a , n o m e u s a d o n a U m b a n d a ) , 2 v·elas de
c o r b r a n c a , u m c o p o b r a n c o liso e v i r g e m , u m a
pe r o b a v e r m e l h a , u m a l a t a o u g a r r a f a c o m á g u a
do m a r . D e pos s e d e s t e m a t e r i a l , c o m o j á
m e n c i o nei, u m d i a d e s e x t a - f e i r a , i r p a r a o q u i n t a l
d e c a s a e :acender. � m cim.a d e u m a ; U s a , u m a
·as vel a s
TRABALHOS DE Q U I M B N D A
b r a n c a s ofe r e c e n d o- a a Oxalá, e e m se gu i da , a c e n
der a 2.a e m homenagem ao Anjo de Guarda, da
pessoa que for exe cut a r o trabalho. p ond o a o lado
o copo c o m água , á g u a esta que deverá · ser despa
c h a d a e m água corrente no flm da trabalho .
Primeiramente torna-se ne ce s sár�o riscar
um ponto no chão, com a P.emba verme lha ,
conforme vemos na gra v·ura da pág'na anterior,
sendo que a abertura do ponto deve ficar em
direção d a rua .
Depois de riscado o ponto com a pemba ver
m el ha , d e�endo o m e s m o ter de u m m e t r o e meio a
dois metros. de larg u ra, cobre-s e o mesmo com a
p ól vo ra preta cobrindo-se somente o círC'ulo f e i t o
com a pemba , d e i x a n d o - se somente a es t re la s e m
p ó l v o r a , pois. é o l o c a l o n d e v a i f i c a r á p e s s o a a s e r
d esc a r r e g a d a , devendo a mesma ficar de fre n t e
ao gar gal o, mel h o r explic ando : d e frente p a r a a
abertura do ponto riscado; tudo pronto c o l o c a-se
a pessoa n o centro do p on to riscado e cant a o se
gu:nte ponto :
Só m a n d a fogo
' : q u e m p ode m a n d a r ,
Meu ponto é seguro
N ã o pode falhar,
· Só manda fogo
É que m pode mandar,
M e u ponto é seguro
É m e u Pai O A L A
C a n t a n d o - s e e s t e p o n t o p o r 7 v e z e s , d e p�.se
l
de ' l l l l c h a r u t o aceso, toca-se fogo no pon to, n a
NA FORÇA :OE UM PRETO VELHO
p a r t e q u e .f i c a a s c o s t a s d a p e s s o a q u e & . t á s e n d o
descarregada , isto é: o n d e e s t á a curva do ponto
r i sc a Q . o , l o g o que o ponto de pólvora começar à
pe gar fogo, a pess.oa que está sendo
descarregada,
deve pastar as m ã o s pela cabeça; pelo tronco e
pelas pernas , s e m p r e de c i m a p a r a baixo, e desfa
zen d o ass : m d a s c a r g a s ma lig n a s , dizendo : q u e to d o
o mal, todo o embaraço e todo o peso vá embora, que
vá de volta p a r a q u e m mandou, · e se souber o
n o m e da pessoa inimiga, dizer q u e vá de volta p a r a
f u l a n o etc. Nes t e ínterim, q u e m estiver f a z e n d o e s t e
trabalho, t a m b é m se deve descarregar i gu a l me nte
a q u e m e st á se ndo descarregado, pois d o c o nt r á r i o
pode ser atingido p o r a l g u m a carga deixada pela
pessoa que se est á descarregando .
gu id a a c e n d e r a vela p r e t a e ve r m e l h a pon d o -a ao
l a d o d a g a r r a f a e depois. a c e n d e r o c h a r u t o , d a n d o
7 b a f o r a d a s p a r a o alto, m e n t a l i z a n d o tud o a q u ilo
q u e se vai fazer e pedir, p o n d o a seguir o c h a r u t o
e m c i m a d a cai xa d e fósforos q u e deve pé r m a n e c e r
·
com 7 palitos p ux ado s com as po nt a s p a r a fora
e dizer o seguint e : G r a n d e R ei d a s 7 En cruzilh a d a s ,
e u te ofereço este p e q u e n o presente, e t e pe ço q u e
t o m e c o n t a e pre s t e c o n t a d o q u e vou fazer e pedir,
c o m a ,certeza a b s o l u t a q u e se re i a t e n d i d o i n t e i r a
mente por vós . A seguir pedir licença andando
p a r a trá.s, i n d o p a r a o c e n t r o d o E n c r u z o , o n d e a
pessoa q ue está fazendo o trabalho riscará o pont o
com a pemba preta e v·erm e lha , d e modo que o
p o n t o f i q u e r i s c a d o p a r a l e l a m e n t e c o m a s d u a s co
res, o p r e t o e o ve r m e l h o , t e n d o m a i s ou menos
uma circunferência c o m o di â me tr o de u m metro
e m e i o a dois. m e t r o s c o m o f o r m a t o q u e d e m o n s t r o
n a pá gi na segu�nte .
A pó s ser riscado o pont o c o m a p e m b a p r e t a
e vermelha, paralelamente, menos a meia lua, e
as 2 estrelas qu e deve m ser r�scadas som e n t e
c o m a p e m b a vermelha, cobrir o ponto com a
pólvora preta deixando de cobrir a lua e a s du�.
e s t r el a s ; i s t o f e i t o , s.e c o l o c a r á o Irmão de Fé
que vai ser
descarregado e m cima d a estrela d o centro com a
frente voltada para a abertura do ponto, q uan do a
pessoa que está fazendo este trabalho, acenderá o
c h a r u t o e d e p o i s d e a c e s o o p o r á n o círc·ulo d o p o n
t o , q u e f i c a r á n a s e o s. t a s d o I r m ã o de F é q u e vai
s e r d e s c a r r e g a d o e l o g o q u e a pólv'Ora p e g a r fo g o ,
74 �RA BA LHO S DE QUIMBND�
t a n t o o q u e e s t á d e s c a r r e g a n d o c o m o o q u e fo r d e s
c a r r e g a d o p a s s a r á as m ã o s d a cabeça p a r a baixo,
p e l o c o r p o e p e l a s p e r n as. s e m p r e n o s e n t i d o d e
c i m a p a r a b a i x o r e p e l i n d o a s :carga s d a n i n h a s p a r a
f o r a e di z e n d o : q u e t o d o o m a l , t o d o o e m b a r a ç o ,
toda a a ma r r a ç ã o e toda a d em an da q u e v á d e
v o l t a p a r a f u l a n o ( dizer n e s t e í n t e r i m o n o m e
c o m p l e t o d a p e s s o a indezoejá v·el) e q u e o G r a n d e
Rei d a s 7 E n c r u z i l h a d a s , f i r m a d o e m c i m a deste
En c r u z o , q u e l e ve t u d o d e r u i m d e v o l t a , m e
l i b e r t a n d o des-t e m a l e f í c i o ; assim seja sempre .
D e p o i s d e p r o n u n c�r e s t a s p a l a v r a s , s a i r d o
p o n t o riscado_; e p e g a r a p e r o b a p r e t a e a
v e r m e l h a , p o n do -as a o l a d o d o pre.�.e nte q u e s e
dera ao G r a n d e Rei d a s 7 E n c r u zilhadas ,
d i z m d o o s e g u ' n t e : q u e .o s e n h o r t o m e
conta; termin a n d o , pe dir licença a o G r a n d e Rei
d a s 7 E nc r· u z i l h a d a s , e a O g u n , o d o n o d a s E n c r u
z i l h a d a s , s a i n d o de costas, i n d o embo r a , e n ã o
o l h a r p a r a trá.�; d e m o d o n e n h u m , de i x a n d o d e
p as s a r pelo local por longo tempo .
C h e g a n d o e m casa, d e r r a m a r o copo c o m á g u a
e m á g u a c o r r e n t e de u m a t o r n e i r a dizendo : q u e
t u d o de m a u v á e m bo r a .
N o t a i m p o r t a n t e : Es t e t i p o d e t r a b a l h o d e v e
ser f e i t o e m u m d i a d e s e x t a - fe ir a n a s h o r a s a b e r
t a s ( h o r a g r a n d e ) 12, 18 o u 24 h o r a s .
N ã o e s q u e c e r d e f i r m a r O x a l á e o s d o i s Anj os
d e G u a r d a , o de q u e m v a i faz er o t ra ba lh o , e o d e
q u e m vai ser de sc arregad o .
N;A FORÇA - D E - UM PR ET O VELHO
As p e m b a s a _ serem u sa d a s s e r ã o a p r e t a e a
v e r m e l h a , usando-se p a r a i s t o o r is c o e m paralelo,
i s t o é u m risco pr eto e o ou tr o vermelho, sendo q u e
a s e s t r e l a s e a l u a s e r ã o r i s ca d a s somente c o m a
p e m b a ver m el h a , o p re t o r e p r e s e n t a n d o a. s . t re va s
e o vermelho a g u e r r a, q u e vão t r a v a r a t r a v·és; d a
d e m a n d a ; d e p o i s d e r i s cado o ponto •conforme expli
cado, e n c he r de pólvora p r e t a somente o contorno
com os tridentes, deixando-se sem p ó lv o r a a l u a e
as estrela.e. qu e re pre s e nt a m a luz e a força q u e
vão d a r ao I r m ã o d e \ � q u e vai ser descarregad o .
Não esquec er q u e a cachaç a deve s e r de rr a. l l a
d a e m - fo r m a d e c r u z (cm zando ) nos 4 .cantos _ da
_E n c r u z i lha d a , pondo a g a r r a f a e o r e s t an t e s o m e n - _
t e n o 4.o � an t o d a Encruzilhada, onde no final
d e � v e r á se r pi'.to também a s 2 p e m b a s , po!. s o
G r a n d e R e i das 7 Enc ru zilhadas é que f i c a r á no
final com as, p e m b a s , pois ele ·.3 q u e m vai
t e r m i n a r n o A s t ral com este t rabal h o , e qu e
eomente os c an t os .das En c r u z : I h a d a . S é q u e
p e r t e n c e m aos E:xus, e o c: e n t r o -o n d e s e a c e r i d � r á a
vela e n c a r n a d a é q u e é d e O g u n o O r i x á Guerreiro ,
onde ·comanda t o do o Povo_ das Encruzilhadas ,
c o n s t i t u i n d o desta_ forma . u m a u
tê n t ic o _ general, o Vencedor de· D e m an d a .
_
*
Leia " Sa ra vá O g un " ; n e s t e v-olume e n c o n t r a r á
tu d o sobre OJun : banhos, d e fu m a ç õ e s , f i r m e a s ;
tro b alh o s , pontos cantados e r i s c a d o s e d i v e r s a s
o r a çõ e s ; é u m pequeno t r a b a l h o da Co!.eção S a r a v á ;
q e é compoE.ta d e 1� volum�s dedic ad o c a d a
u
v·o�
76 TRABALHOS DE QMBNDAt
C o m p r a r c o m a n t e c e d ê n c : a 7, 1 4 o u 21 c a r t u c h o s
d e póJvora, esta quantidade deve ser com p r a d a
de acordo co m o co mpr im en t o d a casa de ne
p ó c i o e m q u e s e v a i r e a l i z a r o d e s c a r r e g o , d u a s . ve
as brancas, e um copo liso e il ic o l o r c o m á g u à ,
um charu to , u m a ca ixa de fósforo e u m a g a r r a f a
de cachaça, la ta ou garrafã o c om á g u a do
mar
q u e deve ser colhida co m ante,cedência, e se g u a r
dada em lata ou garrafão, deixar guardada sem
t a m p a r o vasilhame , p o : s se assim for, o l i q u i d o
p e r d e r á o efeito d e s u a fo r ç a, e, s e p o r v e n t u r a o
tra bal ho for realizado e m cidades onde o M a r for
distante, o mesmo pode se·r s u b s t i t u í d o por água
d e u m a c a c h oe i r a , o u d e um Rio, e n ã o e s q u e c e r d e
f o r m a a l g u m a d e se p e d i r lice nç a o n d e s e c o l h e r
a
á g u a , �.e n o M a r , p e d i r l i c e n ç a a Iemanj á a Rai
nha do Mar, se na Cacho e ir a , pedir licença
a O x u m , e se em Rio, a d o n a d o d i t o Rio, n e s t e s
l o c a i s ·á m u i t o c o m u m depois de se pe d i r licença
e s e c o l h e r a água, c o s t u m a - s e j o g a r u m a moeda
nas águas como pagamento do líquido que se
leva ,
NA FORÇA DE UM PRETO VELHO
F�.t e p o n t o d e v e s e r risCL>tdo n o c e n t r o d a l q j a ,
com pemba branca conforme já e x pl i q u e i , sendo
que a seguir deverá ser coberto com a pólvora
pret a , u n i n d o as 3 estrelas ao circulo riscado , s e n d o
que somente a estrela qu e permanece no centro
d o ponto . e a lua, q u e p e m a n e c e rã o isoladas do
r e s t a n t e d o p o n t o riscado, e n ã o e sq ue ce r q u e deve
se deixar s empre u m lugar no círculo c o m mais
c a r g a d e pólvora, local este q u e a pessoa q u e for
r e a l i z a r e s t e t r a b a l h o �.e u t i l i z a r á p a r a p o d e r t o c a r
f o go .
78 T R A B A LH O S · D E · Q U I M BN D A i
. p r o f a n o s p e n n a l l e ç a � no i o c a l - p a r a a s s i s t i r a o
.
b e m c a r r e g a d o , e se t o c a f o g o �com o c h a r u t o ,
neste m o m e n t o a s pessoas interessadas deve m
ment a l i z a r a pessoa inim ; g a d u r a n t e o t e m p o q u e
decor r e r a q u e i m a d o pont o , neste ín·te ri m a s
p e s s o a s p r e s e n t e s l e v·em i r d e s c a r r e g a n d o o c o r p o
com as m ã o s s e mp r e d e cima p a r a baixo, a f a s t a n d o
. s c a r g a s d a n i n h a s ; d e p o i s dis t o fe:to, l a v a r o
l o : : al o n d e s e r i s c o u o p o n t o , c o m a c a c h a ç a e l e v a r
a v e l a p r e t a e v e r m e l h a , c o m a g a r r a f a de· c a c h a ç a
p a r a a E n c r u z i l h a d a m a i s. p r ó x i m a o n d e e m u m
d o s 4 c a n t o s c o l o c a - s e a g a r r a f a e a v·ela p r e t a e
v e r m e l h a q u e deve ser a c e sa e ofer�cida a o E X U d a
E n c r u z i l h a d a p a r a q u e t o m e c o n t a . N ã o esquecer,
tanto n a che g a d a n a Encruzilhada , como a o
ret ' rar-se d a mes m a , de pelir licença a Ogun,
po�s o m e s m o é a
dono das Encruzilhadas .
Nota : E s t e t r a b a l h o d e v e s e r f e i t o e m u m a i a
d e sexta-feira n a s h o r a s q u e c:tei .
Os alfinetes d ev e m se r e m e st a d o virgem, q u e
n ã o t e n h a m a n t e s s i d o u s a d o s ; o s m e s m o�. s ã o
c o l o c a d o s e m c i m a d o p a p e l e scr i· to c o m o n o m e
d a pe ssoa inimiga, a seguir colo:a-se a p i m e n t a d a
c o s t a e d e p o i s o s.al g r o s s o .
84 TRA BA LH OS I>E QUIMBANDAI
o n d e d e v e r á s e p ô r f o g o . C o n � . e g u i n d o � s e i st o , a t r a
vés de um cigarro, ou de um c h a r t o aceso, q u e se
86 T RA BA LHO S D E QUIM BANDA
pelo corpo, d a c a b e ç a p a r a os p é s e e m p u r r a n d o
as cargas p a r a cima d o p o n t o r i s c a d o Te rm i nad a
.
Nota i m p o : m t e : E s t e t r a b a l h o d e v e ser f ei t o
e m u m d i a de sexta- feira , o b e d e c e n do- se para i s t o
as h o r a s mencionadas : meio-d�a o u meia-noite .
O l o c a l de v·e s e r ' U m a E n c r u z i l h a d a e m f o r m a
de X . Encruzilhada macho, assim é ela conhecida
na Umbanda e na Qu:mbanda; para este tipo
d e trabalho, aconselho o Ir mão d e Fé que o fo r
realizar
proc urar p a r a isto . u m a Encruzilhala fora d a d d a
d e s e f o r p o s s ív e l , i E t o é , e s c o l h e n d o p a r a i s t o u m
local distante e longe de casa e se possivel, um
loteamento pois são l o c ai s mais desertos e de
chão de terra e não de asfalto, são estas as
Encruzilha das ma!s certas e mais seguras para
q u a l q u e r t r a b a l h o d e E n c r u z i l h a d a , s e j a ele o q u e
for, p o i s s ã o
c a m � n h o s pouco usados pelos passos do h o m e m
e, �endo de terra, são os que m a i s e f e i t o
suxtirão;
88 TRABALHOS DE QUIMBANDJ!.
miga .
NA FORÇA D E U M P R E T O VELH O
T A B A L H O PARA S ER REALIZADO
NO PORTAO DO CEMIT:eRJ:O PARA UMA
PESSOA INDESEJÁVEL
No ta i m p o r t a t e : Fs.te t r a b a l h o d e v e s e r f e i t o
em u m dia d e sext a - f e i r a , podendo o portão do
Cemitério estar f E. c h a d o , fazendo-se o trabalho
as 6 horas da tarde, ou as 24 h o r a s (meia-
no:te ) ,
q u a n d o s e e s t á e m c i m a d a h o r a g r a n d e , h o r a es,ta
q u e t e r á m e l h o r e m a i o r for ça , A vela c o m a pól·
vora colocada no pá a . m e s m a qu eima a pólvora
NA F O RÇA DE U M PRETO VELHO 9L
A L H O P R A F E C H A R O S CAMINHOS 0 0
UlV!A P E S S O A I N I M I G A
E m u m d i a de sexta-feira, c o m p r a r u m a ga r
r a f a de c ac haç a , u m a v ela p r e t a e v e r m e l h a , u m
c h a r u t o e u m c a r t u c h o de pólvora p r e t a , e u m
p a p e l b r a n c o com o n o m e d a pessoa i n i m i g a esc:'ito;
d e posse deste m a t e ri a l , i r no p o r t ã o do Cemitério
p e r t o d a h o r a g r a n d e (meia-noi t e ) e l á
ch egand o, ac e nd e r a vela p r e t a e v e r m e l h a em
homenagem a
S e u Po rt ei ra , e po ndo e m bai xo d a m e s m a o p a p e l
com o n o m e escr:to d a pessoa i n i m i g a , e m seguida,
abre-se o c a r t u c h o de p ó l v n r a p r e t a , d e r r a m a n d o a
m e s m a n o p é d a vela, cobrindo assim o pap e l es
crito, p o n do o c a r t u c h o d a pólvora j u n t o ,
depo��. abre-se a g a r r a f a de c a c h a ç a , d e r r a m a n d o
ao l a d o u m po uco do líquido, S a l v a r Seu
Po r t e i r o , é ele
o EXU q u e t o m a c o n t a d o P o r t ã o do Cemit·ário,
t a n t o q u e p a r a se e n t r a r n o Cemit é rio a ele a n t e s
de se e n t r a r deve-se p e d : r licença; m a s , c o n t i n u a n
do o t ra ba lh o . acende-se a se g u i r o c h a r u t o, pondo
o e m c i m a d a boca d a g a r r a f a oferecendo o
presen t e a S e u P o r t e i r a , e p ed i r a ele q u e feche
todas a s
TRABALHOS D E QUIMBAND�
T R A B A L H O Q U E SE
PAZ PARA AUMENTAR Q
VOLUM:E DtE VENDAS E M UMA CASA.
COMERCIAL
P a r a que u m a c a sa .comercial t e n h a m a i o r
vol u m e de venda s , e m u m d i a de sexta-feira, se
e s pa l h a n a e n t r a d a d a casa, pó - d e - c h a m a r d i n h e i r o
este pó é p a r a a b r i r o s c a m i n h o s p a r a q u e a d i t a
câ. � . a c o m e r c i a l v e n h a a a u m e n t a r seu v o l u m e
d e v e n d a s , e ob ter melhores re s ult ado s .
C o m p r a r pó. d e c h a m a , p ó de corre g i r a , e pó
de a t r a ç ã o . Estes três tipos de pó d e v e m se r m i s
t u r a d o s e e m d ' a de �.exta-feira dev·e ser
e s p a l h a d o n a e n t r a d a d a residência d a pessoa q u e
s e q u e r a t r a i r p a r a seu c o n v i v i o , p o d e n d o s e r a
m e s m a urna
94 TRABA;.HOS DE
QUIMBANDAl
r a b a l h o s d e Quimb a n d a . • 7
TRABA�HOS J?E QUIMBNDA;
Ç o m p ra r p ó de andorinha, pó de T r a n c a R u a s
e p ó d e f e c h a c a m i n h o ; m i s t u r a r os t r ê s ti po s f o r a
de casa onde se r e s i d e o u tr ab a l h a ; de posse d a
m i s t u r a , e m u m . d i a d e .eexta�féir a , i r n a c a s a o n d e
m o r a o u t r a b a l h a a p e s s o a indes ej ável e e s p a l h a r
c o m t o d o o c u i d a d o n o s locais o;nde f ic a a d i t a pes
soa, n o s , m óv e i s e no chão �em que· tlinguém
possa pereeber e depo:s reza-se a ora ç �o de
N o s s a Se n h o r a . d o D e s t e r r ó p a r a de s t e r r a r d a l i a
. pessoa in
desej á v e l .
locais .
C o m p r a r p ó de u n i ã o p ó d e corre g i r a e pó de
,
Es t e t r a b a l h o deve s er fe:to e m u m d i a de te r
ça-feira, Q d i a qu e é de S ant o A n t ô ni o ; rez ar a
oração d e S a n t o A nt ô n i o e a ce nd e r u m a v-ela
b r a n ca e m seu louvor . T erça-feira é o dia q u e se
f i r m a S a n t o Anton�o , pois é seu d i a n a
�.eman a .
C o m p r a r pó de T r a n c a R u a s , p ó d e T r a n é a TUdo.
p ó do c a m i n h o fechadoj pó de· fi r m e z a e pó de cor
re g i r a . E.:".te m a t e r : a l deve ser m i s t u r a d o f o r a d a
c a s a 19nde s e reside e ser utili z ad o e m u m d i a d e
sexta-feira, espalQ.ando•.se a m i : ; t u r a n o s i ocais on
d e a p e u o a inde�éjável pa ssa r , e .:os móveis e
u t e n sil:os q u e f o r u s a r .
TRABALHO QU E SE FAZ, P R A S E D E I A R
ABRIR OS CAMINHOS DE UMA
PESSOA AMIGA
EM DESESPERO
E m u m d i a de sexta-feira J c o m p r a r o m a t e r i a l
q u e segue : . pó d e m u d a n ç a , pó de d&espero , pó d e
NA FORÇA DE UM PRETO VLHO
aflição, p ó d e a n d o r i n h a e r a s p a d e c h i f r e de veado;
este m a t erial deve ser m i s t u r a d o fora do local onde
reside o u t r a b a l h a q u e m vai e x e c u t a r o trabalho
ve l , u n t a n d o m ó v e : s e u t e : I s í l i o s e r o u p a s . d a d i t a
mi stur a onde m o r a ou trabalha a pessoa indesejá
vel, u n t a n d o m ó v e i s e u t e n s íl i o s e r o u p a s da dita
pessoa e deixar a n i r o n g a andar .
A
PESSO INDESEJAVEL .MUD AR-SE D O
LOCAL ONDE RESIDE
P a r a e s t a f i n a l i d a d e �e fa z o s e g u i n t e : u m e
d a ç o d e p a n o v e r m e l h o , u m a f i g a d e gui n: � e o u t r a
d e a r r u d a , a s m e s m a s s ã o a m a r r a d a s em f o r m a
d e u m a p e q u e n a cruz, a f. e g u i r j u n t a m - s e t a m b é m
3 conta s d e louça m i ú d a s e u m a e s p a d a d e O g u m
t a m a n h o m i n i a t u r a , q u e f.ão a d q u i r i d a s n a s c a s a s
de artigos d e U mb an da ; j untando-se o m a t e r i a l
citado, e nrol a -s e n o te c id o v e r m e l h o se fa ze nd o u m
breV'e, o q u a l s e c o l o c a e m b a i x o d o t r a v e s s e i r o
d a c r i a n ç a n a h o r a de dormir . O c it ado breve , t a m
b é m p o d e ser u s a d o e m l o ca l e s c o n d i d o , n a r o u p e
d a c r i a n ç a p a r a .�·er u s a d o d u r a n t e o d i a n ã o d e i
x: a nd o pe s so a s e s t r a n h a s p ô r a s m ã o s n o m e s m o
. a n ã o ser os pais da criança .
C o m p r a r o E. e gui nt e m a t e r a l c o m a n t e c e d ê n
c i a : u m a g a r r a f a de c a c h a ç a , u m a v e l a p r e t a e v e r
melha, u m a toalh a de tecido branco, u m a g a r r a f a
NA FORÇA DE U M PRETO V E L H O 107
g a r r a f a d e m e l d e a b e l h a s , q u e d e v e s.er p u r à , e s e
rega e m volta d a o f e r e n d a contorna nuo-:st: a mes
m a e s e d i z o s e gu ' n t e : Povn do Caminho eu vos
ofereço este presen te de todo coração e q u e m� u : ;
caminhos sejam totalmente abe r t o s . Assim s ej a .
T e r m i n a d a a o f e r e n d a , p e d i r l i c e n ç a , i n d o ew.u
bora em sentido a seguir de q u a n d o se
chegou ao local (sempre andando em
frente, n u n c a a n d a n d o em sentido de onde se
chegou ) , indo a
seguir para casa . A seguir darei a relação do ma
terial a ser adquirido p ar a que não haj a dúvida
com o material a s e r �. a d o .
e u m a p e r o b a a zu l ; u m a g a r r a f a d e c h a m p a n h e ,
u m a vela a m a r e l a e u m a pe r ob a d a m e s m a cor .
U m a g a r r a f a d e g u a r a n á e 3 copos de p ap el o u
d e v i d r o incolor, u m a v e l a branc a , u m a a z u l e a
o u t r a cor de rosa . U m abridor de g arrafa s .
No ta : E : s t e t r a b a l h o d e v e s e r f e i t o e m u m d i a
d e s e x t a - f e i ra e m lo c a l l o n g e d e o n d e se reside,
e v i t a n d o }:assar n o local p o r l o n g o t e m p o .
O lo c a l d e v e s e r u m c a m i n h o reto , te n d o m a i s
a frente u m a Encruzilhada e m forma de X, n ã o
e sq u e c e r q u e a o f i n a l i z a r o t r a b a l h o �e
,c a m i n h a e m f r e n t e p a r a i r € m b o r a , n ã o s e
voltan do após,
e v ·l t a n d o a � � i m d e p a s s a r p e l o m e s m o c a m i n h o .
A s v e l a s a o s e r e m ace�as , s e r ã o c o l o c a d a s
sem
p r e f o r a d a t oa lh a , p a r o q u e n ã o q u e i m e a mesma_.
A s p e m b a s s e r ã o c o. l o c a d a s a o I à d o d e c a d a
garrafa .
S�mpre . q u e se a b r i r uma· g;arràfa d e b e b i d a se
deve d erra ma r u m p o u c o qo, l a d o d e f o r a d a toa-
· · ·
l h a e m f o r m a de c u z .
Ç o m o o I r m ã o de F é j á d e v e ·saber. s e g u n d a f e i r a
é o d i a c o n s a g r a d o à s A l m a s d e . mo d o ge ra l ,
portanto costuma-se acender 4 velas br anc a s em
H ' U louvor, u m a p a r a as. A l m a s I l u m i n a d a s , o u t r a
p a r a a s A l m a s A f l i t a s , a 3. a p a r a a s A l m a s
D�ses pe rada s . e a 4. a p a r a a s Al m a s
Desassossegadas .
E, s ta ,g v e l a s d e v e m s e r a c e s a s d o lado de fora d a
casa em que s e r e s � de e m um q u i n t a l , á t e a , o u
j a r d i m , e s e diz· m a � s o u m e n o s o s e g u i n t e : e u v o s
ilu
m i n o c o m e�ta l u z q u e v o s o f e r e ç o ; e m s e g u i d a f a z e r
o p e d i d o d e a c . or I G ç ó m a q u i l o q q e s e a l m e j a obter,
d e s d e q u e n ã o s e j a . u m a c o i s a a b s u rd a , a s A l m a s o
)udarão .
T r a b a l h o s de Qulmbanda - 9
. 112 A B A L H O S DE Q U I M B N D }. t
As e s p a d a s de São Jo rg e ao se re m colocadas n o
local mencion a d o , d e v e m se r t r o c a 5 ' . e m dia d e
quinta-feira, utilizando-se para Lstq sempre a
últi m a quinta-feira da cada mês em curso; as
e � p a d a s a o s e r e m c o l o c a d a s e m b a x o do. c o l c h ã o
da cama se evoca Ogun, dizendo-se o seguinte :
que de, t o d o o
mal , to do o e mb a r a ç o , t o d a a d e m a n d a e t o d a a per
turbação, que O g u n co m sua e spada guerreira te
d e f e n d a , e q u e t e d ê f o r ç a 'e e n e r g i a p a r a t e d e i x a r
s e m p r e de pé . A s s i m seja .
.
. R A A L H O QUE S E FAZ FUGENTAR
l ) J { O E S DE' SUA AS A
�
l n u m dia de segul\�,.f �r;t �e,nd er d o
l a d o d e f o r a d e cas a , u m a v e l a 'brança e m
louvor do
P r e t o V e l h o J o ã o d a R o n d a , acsâ ·� cti� v e l a ,
dizer o s eguint e : J o ã o d a R o n d a , e u vos ofereço
e st a luz,
e vos. p e ç o q u e f a ç a a v o s s a r o n d a , e a f a s t e t o d o e
qualqUer malefício que p o s s a a t i n g i r es.te l u g a r ,
A s s i m s.ej a , J o ã o d a R o n d a .
E s t e t r a b a l h o de v·e s e r f e i t o s o m e n t e e m d i a
de segunda-feira por ser consagrado as Almas de
u m m o d o geral, p o r t a n t o , t a m b é m a todos .s. P r e
t o s Ve l h o s , p o i s o s m e s m o s t a m b é m s ã o A l m a s .
*
NA F O R Ç A D E U M P R E T O ELHO
, ,
Co m p rar u m a p e m b a branca, u m a p r e t a e ou
t r a vermelha , u m c a s t u c h o de pólvora p r e t a e P ó
d e c o r r e g i r a . D e p o s s e d e s t e m a t er ia ! , e m u m d i a
d e s e x t a - f e i r a , p e g a r a s 3 p e m b a s , e ·com u m a f a c a
limpa, e u m papel br an c o e virgem, s op r a r u m
pouc o d e c a d a p e m b a , u m t a n t o d e c a d a u m a delas,
e m c i m a d o c i t a d o pa p e l b r a r� c o , d e p o i s
m . s t u r a r a o m e s m o u m p o u c o d a pólvona p r e t a ,
(não pre ciEa u s a r to do o c a r t u c h o ) e põe - se
também o pó
NA FORÇA DE UM PRET O VELHO
d e corr e · g i r a e m i s t u r a - s e b e m ; e s t a m i s t u r a d e v e
s e r c o l o c a d a e s p a l h a n d o - s e n o s l o c a i s d i v er s o s d o
t r a b a l h o, o u s.o p r a d o n o l oc a l o n d e t r a b a l h a u r n a
p e s s o a i !lde s ej á v e l à q u e l e q u e f o r f a z e r o d i t o t r a
balho .
C o m p r a r u r n a v e l a b r a n c a e u m a c a i x a d e fos
f o ro s , e m u m d i a d e s e x t a - f e i r a a o m e i o di a , i r a
u m local l o n g e d a c a s a o n d e se reside, p ro c ur a n d o
s e m p r e d e preferência u m lo te a m e n t o o u local
l o n g e d o c e n t r o d a c i d a d e . : ' c o l h i d o o lo cal,
p r o c u r a r u m f o r m i g u e i r o , d e p r e f e r ê n c i a , se
po s sí v e l , for m i g a s s a ú v a s , s ã o e l a s a d o t i p o q u e
c or ta m folhas
d e m a t o e á r v o r e s d e u m m o d o g e r a l ; n o l o c a l , pe
d i r l i c e n ç a a o p o v o d a Ma t a , e a o l a d o c:a b o c a d o
formigueiro, acender a vela branca em
homena
g e m d o A n j o d e G u a r d a d a p e s s o o i n i m i g a , pr o
n u n c i a n d o - s e s e u nom e completo , a s e g u i r p ô r a
m e s m a a o lado d a boca do for m i gue i r o , depois de
p o s s e d e u m p e d a ç o d e p a p e l no v·o ( v l r g e m ) es
c r e v e r o n o m e d a p e s s o a i n d e s e j á v e l 2 vezes. , u m a
s o b r e a o u t r a e m f o r m a d e cruz, a seguir, enrola-s e
o p a p e l c o m o s e fosse u m p a l i t o , i n t r o d u z i n d o - o
d e n t r o d o f o r m i g u e i r o , d e p o i s dis.to fe it o , p e g a - s e
n o v a m e n t e a ve l a q,ue p e r m a n e c e a c e s a , f a z e r p a n -
116 ' T R A B A L H O S D E QUIMBANDA
N o t a imrp o r t an t e : E ' s t e t r a b a l h o d e Q u i m b a n d a
d e v e s e r f e i t o e m u m a �. e x t a - f e i m , a o m e i o - d i a , c o n
f o r m e explique i : pr oc u ra r u m local long e de casa,
para que o trabalho surta o resultado completo,
p o d e n d o n o local a c r e sc e n tar-�.e o q u e m a i s s e d e
sejar .
O tipo d e form i g u e i r o de preferên c i a , de ve se r
formigas. saúvas, p o r t a n t o os m e sm o s se encontra
r ã o m a i s f a c l m e n t e lo nge d o cen t r o d a s cidades, e
se o I r m ã o de F é for do interior, m e l h o r ainda,
p o i s n ã o d e i x a r á n u n c a d e e n c o n t r a r u m s a1 1 v e i r o .
A vela depois de aces a do lado certo, c o m o ex- .
pliquei n o trabalho, a o finalizar deve ·ser acesa do
laçlo c o n t r á r i o e f i r m a d a a o c o n t r á r i o ; a vela, t a m
b é m p o d e se r q u e b r a d a é m 3 part�. s e m s e p a r a r
u m ped aç o do outro, deixando que a m e s m a fique
l i g a d a p e l o pav: o , e d i z e n d o que sua força ficará
q u e b r a d a como a luz que se está oferecendo a se u
Anjo de Guarda . A hora do trabalho é de
prefe-
NA FORÇA DE UM P R T O VELHO
r ê n c i a , à s 1 2 h o r a s , p o r s e r h o r a g r a n d e .. p o d e n , d o
t a m b é m s e f a z e r o t r a b a l h o \à m e i a noite, . s , a
esta hora não teremos a luz do so l , o que
aj udará a encontrar o dito formigueiro , a não
ser que a
p e s s o a s a i b a o l o c a l d e c o r , n e s t e c a s o ·� m e l h o r
a i n d a fazer-se � 2 4 h o ra s , m e s m o q u e t e n h a qu�
· u s a r u m lampião, o u l a n t e r n a p a r a s e
encaminhar
a o local .
Co m p r a r u m a g a r r a f a de marafo, u m c h a r u t o
de b o a qualidade, . u m a p e m b a p re t a e o u t r a verme
l h a , u m a vela p re t a e v e r m e l h a o u to d o ve rmel h a ,
u m a c a i x a de fósforos , u m a vela b r a n c a d e q u a r t a ,
u m p e d a ç o d e p a n o pre t o , e o u t r o v e r m e l h o ) m a i s
ou m e n o s d e 20 centímetros, um pedaço de bar
b a n t e virge m .
D e posse deste material, e m u m dia d e sexta
feir a , f i r m a r o Anj o d e G u a r d a , e e m se guid a , t o
m a r u m b a n h o de firmeza e e m seguida ir a u m a
b e i r a d e p r a i a , l o c a l e s t e u m t a n t o reserv ·ado, l e
v · an d o o m a t e r i a l c i t a d o e o n o m e d a e s s o a i n i
t.l i g a e s c r i t o e m u m p a p e l b r a n c o q u e n ã o t e n h a
t i d o uso, esc r e v e n d o n o m e s m o 2 ve z e s e m f o r m a
d e u m a cruz, m a vez c r a n d o p o r c i m a d a o u t r a .
C h e g a n d o n a praia, e m pr imei ro l u g a r n a o rl a
do Mar, salvar O g u n B e i r a - l . r , indo depois n a
TRABALHOS DE QUIMBANDA
be i r a d o M a r e s a l v a r I e m a n j á a R a i n h a do Mar,
e tod o o Povo do : u u , e m seguida, a c e n d er a vela
b r a n c a de q u a r t a , oferecendo-a a I e m a n j á a Rai
n h a do Mar, pedindo a ela licença p a r a arrlar
um
t r a b a l h o p a r a E x u Maré, seu empregado; a seguir,
p e r t o d a á g u a a b r e - s e a g a r r a f a d e ca:c h a ç a , d e r
r a m a - s e u m p o u c o n a a r e i a e m cruz, Ealv a n d o E x u
t a r é , d e p o i s a c e n d e - s e a vela p r e t a e v e r m e l h a o u
toda vermelha conforme expl i q u e i anteriormente ,
e m s e g u i d a a c e n d e - s e o ·Char u t o , d a n d o 7 b a f o r a d a s
para o alto, menta lizando�se o que se vai
p e d i r , p o n d o - o e m c i m a d a c a i x a d e fu':foros ;
depois pe ga m -se a s pemba s, a p r e t a e a vermelha ,
c o l o c a n d o a s a o l a d o d a c a i x a d e fósforos. e d o
charuto que se colocara e m cima, e finalizando
pega-se o papel com o n o m e d a pessoa j á escrito e
c o l o c a - s e e m c i m a d o p�mo p r e t o , c o l o c a n d o - s e eni
cima uma pedra que se deve pe ga r n a beira d a
p r a i a , p o n d o - a · em
c i m a d o p a p e l , e e m b r u l h a n d o - a c o m o p a n o pr e t o
e a seguir com o vermelho em for r . a d e um em
brulho, depois amarra-s.e com o ba r ba n t e v:rgem,
b e m amarrado, e se vai n a beira do Ma r e s e con
tam 7 ondas que bra r e m n a beira do Mar , e e m
seguida, a t i r a r n o M a r o e m b r u l h o , dizendo : t o m e
c o n t a dele X U Ma ré , q u e tir e f u l a n o ( dizer o
no
m e com p le to d a pe s so a indesejável, e c o mp l e t a r o
pedido d e acordo co m a vontade de cad a um) ; a
s e g u i r p e d i r li:3ença p a r a retira r- se , s a l v a n d o EXU
Maré, a seguir I e ma n j á e n a saída da praia,
salvar
t a m b é m O g u n Beira-Mar, pe dindo licença p a r a se
rerar . - · ·
NA FORÇA DE UM PRETO VELHO 119
Nota : EEt
. e trabalho deve ser feito e m u m dia
de s e xt a feira , a s 6 h o r a s d a t a r d e o u a Meia-No it e .
Depois d e faz er o t r a b a l h o c o n f o r m e expliquei
d e t a l h a d a m e n t e , e v · i t a r i r a p r a i a d u r a n t e 21 d i a s ,
para
n ã o q u e b r a r o efeito do tr a ba l ho .
á
T u d o sobre I e m a n j , o Irmão de Fé encontrará
em "Saravá Iemanj á", diversos Tra balho s , F i r m e
z a s , O f e r e n d a s e t c . Ps e u s b a n h o s e M d e f u m a ç õ e s de
seus filhos , s e u s ontos Ca n t a d o s e Risc ados, e
Or aç õe s p a r a casos especiais; é m a i s u m pequeno
t r a b a l h o d á Coleção S a r av á .
n h a m a p e r t u r b a r é q u e se c o s t u m a a c e n de r e ofer
t a r as m es ma s fora d a cas.a onde se mora .
R e z a r a O r a ç ã o d a s Al m a s .
N a U m b a n d a , O b a l u a i ê é c u l t u a d o n o s d i a s de .
se x t a - f e i r a , p o r t a n t o n e s t e d i a s ã o f e i t o s todos. o s
t r a b a l h o s e m s e u l o u v o r , m u i t o s deles, t a m b é m
�.ão u t i l i z a d o s n o s dia s d e s e g u n d a f e i r a , p o r
se r o me s m o o dia das Almas, onde Obaluaiê
t a m b é m t e m g r a n d e ligação, m a s s u a f i r m e z a com
pr e f e r ê n c i a é a s e x t a - f e i r a e c o s t u m a - s e fa z e r o
s e g u i n t e : e m u m l o c a l f o r a d e c a s a a c e n d e - s e p. m a
v e l a b r a n ca o n d e o f i r m a m o s , m a s e s t e local, d e
p r e f e r ê n c : a , d e v e s e r n o l a d o o n d e o s o l s e põ e , m e l h o r
e x pl i c a n d o " o n d e m o r r e o sol " ; o s p e d i d o s a e l e
feitos são pedidos a o c ont rá ri o do q u e se c o s t u m a
o b t e r , o s I r m ã o s de F é q u e o t ê m c o m o p r o t e t o r , o u
m e s m o a q u e l e s q u e l h e t ê m g r a n d e devo ç ã o ,
d e v e m pr o c u r a r f i r m á - l o d o m o d o q u e ex pl iq u e i :
n o s dias. d e s e x t a - f e i r a . O s I r m ã o s d e F d q u e l h e
t ê m g r a n d e d e v o ç ão p o d e m s u b s t i t u i r a s vela s p o r
l a m p a r i n a s d e óleo, n o q u e o b t e r ã o m a i o r e m e l h o r
resultado
a i n d a , e m u i t o s a i n d a c o s t u m a m deixar . acesa u m a
l a m p a r i n a d i a e n o i t e , p o i s ass im se pro c e d e n d o ,
12 l r
Q u a n d o s e t r a t a r d e a l g u é m q u e e s t u d a e- n ã o
· g u a r d a n a memór�a o que estudou, o q ue se te m a
fazer é e m u m dia de sábado, acender uma vela
b r a n c a e m h o m e n a g e m ao A nj o de G u ar d a ) pedindo
122- TRABALHOS DE Q U I N D A
a ele força , f i r m e z a e pr ot e ç ã o , a s e g u i r a c e n d e r - s e
o u t r a vela b r a n c a d e q u a r t a , que vem a ser u m a
v e l a d e 30 e m d e c o m p r i m e n t o , e a c e n d e - s e a m e s
ma, oferecendo-a a Sta. Ana, pois S a n t a Ana, pro
tege a todos que estudam , fazendo c o m q u e a dita
pe�soa n ã o esqueça o que estudo u . Acendendo-
se a citada vela, pede-se a Sta . Ana, p a z, força
e saúde, para que não e. � . q u e ç a nada do que
estudou e que ajude de um modo geral nos
estudos .
As. v e l a s d e v e m s e r a c e s a s e · c o l o c a d a s e m l o
cal alto como mesa, c ôm o d a etc . n u n c a acender
as mesmas no chão .
E m u m d : a de quarta-feira, n a b a n d a d e for a
de casa, em um quintal, área, etc. pega-se u ma
vela branca, e acende-�e e se oferece a No�sa
Se
·.nhora do Dest e rro, depois de acesa, vira-se a vela
a o c o n t r á r i o e se f a z u m 2.o pav i o , o n d e s e a c e n d e
também, e coloca,.se a mesma virada no cbão,
de
124 TRABALHOS DE Q U I M B N D i .
m o d o q u e n a t u r a l m e n t e o 1.0 p a v i o o n d e s e a c e n
d e r a se a p a g a , e s e d!z m a i s o u m e n o s o s e g u i n t e :
N ossa S e n h o r a do De st e r r o , e u t e ofereço e s t a
l uz ,
des.ta f o r m a , e c o n f o,r m e e l a v a i a r d e n d o q u e d e s
t e r r e do m e u c a m i n h o t o d o o m al , to do o em ba ra ço,
t o d a a am a r r a ç ã o (se des eja r a f a s t a r a l g u é m di
z e r t a m b é m : q u e d e s t e r r e f u l a n o ( di ze r o n o m e )
d a q u i e do m e u cami n h o . Assim seja sempre .
E m s e g u i d a r e z a - s e a !Oraçã o d e N o s s a Se
n h o r a do Desterro .
No t a : E s t e t r a b a l h o p o d e s e r f e i t o e m q u a l q u e r
d ia d a s e m a n a , m a s t e r á ma o i r êxito e m u m d ! a
d e q u a r t a f e i r a , p o r s e r d i a q u e p r e d o m i n a N os s a
S e n h o r a do Desterro .
E m u m d i a de q u i n t a feira, pe ga - se u m p r a t o
bra n c o e virgem, acen dem� s e 3 velas b r a n c a s em
forma de um triângulo, oferecendo-as a Cosme,
D a m i ã o e D o u m ; e m seg ui da , e s c reve-se o n o m e d a
criança doente em um pedaço de papel branco,
coloca-se o m e s m o n o m e i o d o t r i â n g u l o feito c o m
a s velas acesas, e a s e g u i r se d e r r a m a n o p r a t o o
m e l de abelhas , d e m o d o q u e as velas f i q u e m cer
c a d a s c o m o m e l e E.e p e d e à f a l a n g e d e C o s m e e
Dant:ão q u e t ra g a saúde e força p a r a fulano, (di
zer o n o m e completo d a criança doente) .
geis, p a s s a m a se r v i r s e m c u l p a n e n h u m a d e p á r a
raio, melhor ex plica n d o , alguém da família foi
v i t i m a de u m a d e m a n d a , ou p r a g a etc. por a c a s o
a d i t a pes s o a , t e m um Anjo de G u a r da mais ou
m e n o s forte, n e ste caso, o peso cah:á e m c i m a d a
c r i a n ç a , p oi s a m e s m a é m a i s frág:t ; p o r t a n t o , foi
q u e m a guentou a carga; nes t e caso é necessário se
acender u m a vela em homenagem a Ogum, e a
s e g u i r reza-se a O r a ç ã o d e O g u n pe di nd o-se a ele
proteção e força, etc .
ORAÇõES- --P.ARA . .
FINALIDADES
S i n a l .d a C r u z .
O S e n h o r é a m i n h a l u z e a m i n h a salvação;
de q u e m terei medo? O S e n h o r é o defensor d a
m i n h a a l m a ; q u e m m e f a r i a t r e m e r? O s inimig os
qu e m e p e r s e g u i a m p e r d e r a m as forças e c aí r a m .
Assim seja.
S e n h o r m e u Je s u s Cristo, :r:e.u. C ri ad o r
e> Sal vador, pelo vosso · supl ício e m o r t e n a Cruz,
h u m i l de m e nt e , rogo p e r d ã o p a m a s m i n h a s
culpas. B e m t.ei, S e n h o r , q u e esta existência é
men os do q ue
u m .segundo . c o m p a r a d a com a vida . e t e rn a. Esta-.
m os n e s t e desterro, p r i v a d o s d a visão d e Deu s .
I l u m i n a i me us olhos , Se nh or, p a r a q u e n a h o r a
d a m o r t e o i n ' migo n ã o tri u n f e , e e u po i .�a .
c ont r i
to e a rr e pe nd i d o dos m e u s pecados; merecer a paz.
T r a b a l h o s de Q u l m b a n d a • o
128 ABALHOS DE QUIl3ANDA
M a i a S a n t í s s i m a ã e d e Deu s, sede m e u a m
p ar o, m e u refúgio, pur if ic a - m e o coração in t e rce
de! <>r m i m j u n t o a o vosso Div: n o Fil h o S e n h o r
Jesu�. Cristo .
D e u s é m i n h a força, m e u . refúgi o e m e u Sal
vaçlor .
As si m se j a .
m - ! a e 1 Salve Rainh a .
Sta l da r u s .
D e u s sej a l o u v a d o p o r todos os s3culos do.!. sé
culos. Assim s ej a . Aleluia! Al el u i a ! Aleluia !
D e u s confiou a s a l m a s a o s S a n t o s Anj os p a r a
que a s g u i a s s e m e a s cond uzissem pe l a e s t r a d a d a
salvação .
Anj o d e D e u s , q u e po��.u is poder, gra ç a ,
v·lr t u d e e c a r � d a de , executor do q u e o r d e n a o P a i
Ce leste, S a l v e Salve !
Aleluia ! Aleluia! l e l u i a !
a c h a m a d a ca r i d a d e e d o a m o r aos m e u s seme·
l h a n t e s , i r m ã o s e m J e s u s C r i s t o . D a i - m e fé i n q u e
brantável n a Just iç a e n a S abe dor ia d e Deus .
T e n h o c o n f i a n ç a e m vó s , t e n h o a es. p e r a n ç a d e
q u e m e c o n s o l a r e i s s e m p r e e m m i n h a s aflições, q u e
me socorrere:s e m m i n h a s dificuldades, que me
a j u d a r e i s a v e n c e r as. t e n t a ç õ e s e e s t a r e i s a o m e u
lado, n a h o r a de m i n h a m orte , sendo m e u a d voga . .
A s s i m sej J ; ,
Instrução
R e z a r es t a o r a ç ã o c o m u m a vela acesa, de p re
ferência ao levantar, de m a n h ã , po de nd o p o r é m ser
d i t a a q u a l q u e r h o r a do dia .
Si na l d a Cruz.
A f a s t a i d e m i m a s infl u ê n - ! � a s n e f a s t a s e
abri os m e u s caminhos, p a r a que e m paz eu possa
che� .
g a r ao t e r m o feliz d a v i a g e m .
A c e i t a i e s t a m i n h a p r e c e , vús qu.e s o i s o e s c u d o
o a bri g o e o a m p a r o dos q ue c r ê e m e m D e u s e e m
S u a Misericórd:a .
A m a n s a i o s vEnt o.:-,, a s o n d a s e o s e l e m e n t o s d o
céu e d a terra, desfazendo as tempestades, afasta n
d o a.�. n u v e n s , d e s v ·i a n d o o s r a i o s , a b r a n d a n d o o
sol , d e s f a z e n d o o c a l o r , d i s s o l v e n d o a n e v e .
A f u g e n t a i os a ge n t e s d e S a t a n a z , os espíritos
d a s trevas, os inimigo s de D eu s .
D e fendei-me, Arcanjo São 'lguel, contra as
i n s í d i a .�. do demôn�o, desbaratando os seus
envia dos, e v ' lt a n d o que eu pereça em pecado
mortal .
I n s p i r a i a t o d o s o c u m p r i m e n t o d o dever , ofi
ciais, pilotos, mairnheiros, empregados, para que
se preve j am, e se evitem todos o,<;, i m p e c i l h o s e
peri gos n e s t a v i a g e m .
Senhor Deus, Pai Mise ric ord io.�.o e
Clemente, humilde pecador que sou, arrependido
dos m e u s pecados., à V o s s a b o n d a d e m e dirij o, p o r
i n t e r c e s s ã o o V os s o G l o r i o s o A r c a n j o S ã o M i g u e l .
S ã o M i g u e l A r c a n j o , s o c o r r e i - n o.� . .
A s s i m s�ja.
NA FORÇA D E U M P R E T O VELHO
Instruções
R e c i t a r e s t a pre c e, n a v é s p e r a d a v i a g e m , o u
n o d e c u r s o d a me�.ma . E s t a o r a ç ã o p o d e s e r reza
da também em f a v ·o r d e outra ou de v á r i a s pes
soas, m e n c i o n a n d o os respectivos n o m e s n o s l u ga
r e s p r ó p r : o �. .
1 P a i n c s z o e 1 Ave M a r i a .
Sinal da Cruz.
S e n h o r m e u J e s u s C ri sto , D e u s feito h o m e m ,
q u e p a d e c e s t e s pelo.�. n o s s o s p e c a d o s e e x p i r a s t e s
'na
cruz; que subistes ao c é u e esta:s assentad o à m ã o
d i r e i t a d e D e u s P a i Todo PodE-roso .
P e l o Vosso N o m e S a n t í s s i m o . q u e a o s e r p r o
n u n c i a d o f a z s e a j o e l h a r e m o s A n j o s n o c é u. e o s d e
môn:os no inferno , .�.uplico-Vos o u v i r d e s a.s
o r a ç õ e s d o s Vc�.so s f i é i s . Rogo-Vos, S e n h o r M e u
Je
sus Cristo, Vos digneis de p r o t e g e r e s t e Vosso se rv o
Fulano ( d i z e r o n o m e · d a pe�. s o a ) , p e l o V o s s o S a n
tíssimo N o m e , p e l o m e r e c i m e n t o d e V o s f : a Mãe, a
13� TRABALHOS DE QU IM B ND J I�
A s si m s e j a .
( R e z a r a q u i u m Cre:.o e m D e u s P a i ) .
píritos maligno:-. . . . .
InstruçÕes
Sinal da Cruz .
P
elos Vo�sos Santíssimos Nomes : Iavé , EI-
Elo him, Sabaoth , Adonai, recebei a minha
súplica, recebei a minha prece, que Vos dirijo,
·
humilde-mente .
Assim sej a.
Sinal d a Cruz.
Sinal d a Cruz.
plica de u m p e c a d o r a r r e p e n d i do . D i v i n o Espírito
Santo, ilum: nai-me com u m r a i o de Vo2�.a
Eterna S a b e d o r i a , S a n t a M a r i a M ã e de Deus,
ad v o g ada d o s p e c a d o r es , l a n ç a i v o s s o o l h a r zobre
mim, sobre mi n h a família, sobre esta casa .
Assim .�ej a.
Instruções
Sinal d a Cruz.
(Repetir 3 vezes ) :
Sia l da Cruz.
São J u d a l a d e u , considerai a m i n h a f r a q u e
z a e a j u d a i - m e a �. er b e m sucedido em meus
t r a b a lhos e t a m b é m a evitar as ocasiões de
ofender a D e u s .
.Oremus
S e n h o r m e u J e s u s C ri s t o , p e l o s a n g u e · d e Vos
s o Gl o r i o s o A p ó s t o l o e Mir t i r ,
o Bemavenutrado
S ã o J ud as Ta d e u , a l c a n ç a i - m e a g ra ç a q u e Vos ro
go p o r s e u i n t e r m é d i o · e m e r e c i m e n t o .
A s s i m �.ej a .
O R A Ç Ã O A SÃO: C I P R, I A N O
S i n a l d a C r u z ..
A s s i m f a l o u o S e n h o r D e u s a o R e i Davi : " G u a r
d a i v a s a s l í n g u a d o m a l e vossos lábios d a m e n L r a .
D e sv i ai - v o s d o m a l e f a z e i o b e m , bu.�cai a p a z e
se g u i a-Os o l h o s d o S e n h o r e s t ã o s o b r e o s j u s t o s
.
A s s i m �.ej a .
B e m a v e n t u r a d o S ã o C i p r i a n o , a g : o oç. a d e N o s
so S e n h o r J e s u s C r i s t o t o c o u o· vosso c o r a ç ã o a fa s
t a n do - v o s d a e s t r a d a d e p e r d! ç ã o e conduzindo-vos
NA FORÇA D E UM P R E T O VELHO 143
pelo c a m i n h o d a p r á t i c a d a c a r i d a d e e da r virtud e .
q u e le v a à s a l v a ç ã o e t e r n a . I l u m i n a d o p el o
Espí rito Santo, a vossa ciência profan a
tr a n s fo rm o u - se e m divina .
A g r a ç a d e D e u s m a n t e V ' e - s e c o n v o s c o , Belr.a.
v e n t u r a d o São C ip r: a n o , e a s si m , conhecedor das
a rt e s d o demôni o , viestes a possu i r a s v i rt u d es q u e
a n u l a m os ma l e f í c i o s c o m as quais. d e f e n d e i s o s
ser
v o s d e D e u s . C o n f i a n d o p o r t a n t o e m v o s s a sabed.o ·
ria e bondade, venho . implorar a vossa
·'proteção c o n t r a quaisquer m a l e f í c i os., b r u x e d o s ,
invocações, n i g r o m a n c i a s , que os m a g o s n e g r o s
feiticeiros o u
f e i t 2 c e i r a s , b r u x o s o u b �-qx,as; e a d i v i n h o s , h o m e n s
. ou mulheres, e m qualqu er lugar, e m qualquer h o ra
do dia o u d a noite . possam- e x p e ri me n t a r p a r a cau
s a r - m e mal, e m . m i n h a . p es so a , e m m e u s p a r e n t e s
.
o u m e u s bens .
· S
· Gu a r d a i - m e , B e n i a v e n t u r a d o ã o Cipi:iano, d a s
i n v e s t i d a s d e S a t a n a z , d o s s e u s a g e n t e s , in visi v·eis
o u v i s í v e i s . V i g i a i m i n h a c a s a , p r o t e g e i - m e 'a m i m
e a tO da m : n h a fa: m i l i a . I r : s p ! r a i " m e b o n s s e n t i
m e n t o s s· e puros pensamentos, a f a .it a n d � m e dos
falsos a m i g o s e do s in i mi go s d e s c o nhecido s o u co-
·
n h e c i d o ..
B e m a v ·e n u t r a d o S ã o C i p r i a n o , a s s i m c o m o f o s
t � ; b e n e f i c i a d o c o m a m ls e r i c ó r d : à d i v i n a a s s i m e u
vos peço, si n c e r a m e n t e , inf l u i r e m m e u c o raç ã o
para que eu reconheça a vontade de Deus e não m e
a f a s t e do�. s e u s m a n d a m e n t o s . I n t e : v c e d e i j u n t o
a Nosso S e n h o r J e s u s Cristo p a r a q u e e u m e r e ç a
a . vo.�sa p r o t e ç ã o , r e s g u a r d a n d o - m e .. d e
inf i � � c i a s
r a b l h O S de QUlmbanda - 10.
144 TnABALHOS D E QMBNDA
nefastas e e u possa e m pa z h on r a r e a m a r a D e u s
q u e e s t á n o s c-é u s .
A s s i m sej a .
S �o C i p r i a n o , z ela i . p o r m : m .
S ã o Cipriano, defendei-m e .
São C ipriano , omi por m i m .
ORAÇAO PELAS M A S
S i a l d a Cruz.
· J e s u � ; I > e u s f e i t o Ho m e m , n o s s o C r i a d o r ,
nos so Redentor, à Voss a · m i s e r ic ór di a ·
encomendo ·a
a l m a d e : U l a , o (dize r o no�e) , . 6 S a l v a d o r d a i l
m a n i d a d e , _ a fim: d e q u e lhe se jam abe:rtàs a s p ó r t a s
do Paraíso .
p a r a s a l v a r - t e . Pe l o m é r i t o d o S e u p r e c i o s o s a n g u e ,
Jesus te ampare. Pelos cravos com que foi pre
g a d o n a cruz, Jes u s t e guie . P e l a S u a coroa d e es
p i n h . s , J;!SUS t e p e r d o e · . P e l a S u a a g o n i a , p e l a S u a
t
m o r t e n a c r uz , J e s u s t e · c o n d uz a à c or e cele s tial .
R e z a r e m s e g u i d a u m P a i Nosso, u m a Ave M a·
ria e u m a Salve R a i n h a . E�ta o r a ç ã o pode ser re
petida en q ua nt o durar a agonia do moribundo .
146 TRABALHOS D E
QUIMBANDA;
Sinal d a Cruz .
Rezar 1 Pa i N o s s o e 1 A v e M a r i a .
OA:ÇAO A SANT'ANA
P a r a obter a paz d o m é s t i c a
meu lar.
Sinal d a Cruz
R e z a - s e e m s e g u i d a 1 P a i Nosso, 1 S a l v e R a i
n h a e 3 A ve M�ria .
Instruções
S A L V E RAINHA
S a l da Cruz.
A s s i m �ej a .
ATO DE COTRIÇA O
S e n h o r m e u Je s u s Cristo, D e u s e f u m e n i Ver
dadeiro, Salvador e Redentor meu ! Vó s q u e sois
sumamente bom e digno de ser amado, pesa-me
Senhor, de todo o m e u coração, por Vos ter ofen
dido! Pesa -me , t a m b é m , p ó r t e r perdido o C é u e me
recido o Inferno . Mas, p r o p o n h o f ir m e m e n t e , aj u
d a d o c o m o a u x í l i o d e voo.s a D i v i n a G r a ç a e m e n
,
d a r - m e e n u n c a m a i s V o s t o r n a r a ofende r ! Espero
alcançar o perdão de mi nhas culpas , pela Vossa
In f in it a Misericórdia !
ATO D E CONFISSAO
Assim seja.
PAI NOSSO
Sirwl d a Cruz .
Oremus
S i n a l d a Cruz .
J e s u s a d i a n t e p a z e guia} e n c o m e n d o - m e a D e u s
e à v : rg e m Maria, m i n h a m ã e , aos doze apóstolos,
meus irmãos .
A n d a r e i n e s t e d i a e n e s t a noite, e u e m e u c o r:
po, c e r c a d o pelas a r m a s d e S ã o Jorg e .
O m e u co rpo n ã o s e r á p re s o n e m ferido, n e m o
meu sangue derramado .
A n d a r e i t ã o l i v r e c o m o a n d o u J e s . u s C t ri s t o d u
r a n t e nove meses n o ventre d a Virgem Maria ,
NA FORÇA DE UM PR ET O VELHO 153
M e u s i n i m i g o s t e r ã o o l h o s e n ã o h ã o d e m e ver,
terão boca e não falarão, t e r ã o pés e nã o m e alcan
açrão, terão m ã o s e não m e ofenderão .
- B e n d i t o sois, S e n h o r D e u s m e u , p o r q u e p e r
m i t i s t e s q u e e u fo s s e des.p e d a ç a d o p e l o s d e n t e s d a
queles que m e q u e riam e buscavam, e porque não
consentistes que meus i n i m i go s f i c a s s e m alegres
c o m a v· � tória . P o r q u e E v r a s t e s m i n h a a l m a ,
c o m o pássaro, do laço dos caçadores . Pois
agora, S e n h o r , t a m b é m m e o u vis : s e d e c o m i g o
nesta ú l ti m a h o r a e livrai m i n h a a l m a d a m a l d a d e
dos m a l i gn o s espír:to s e p e rd o a i to dos os m a l e s
que, p o r igno r â n c i a , e m m i m e x e c u t a r a m .
Recebei, Se n h o r, a m i n h a a l m a com aqueles que,
d e sd e o p rincí p i o d o m u n d o vos s e r v i r a m e esquecei-
vos. d e t o d o s o s m e u s p e c a d o s que· e u ,
v o l u n t a r i a m e n t e o u p o r i g n o r â n cia, c o m e t i .
Lembrai-vos, S e n h o r , d o s q u e r e c o r r e m a o v·osso
S a n t o N o m e , p o r q u e sois vós S a n t o ,
b e n d i t o e g l o r i o s o p a r a s e m p r e . A s s i m s ej a !
154 TRABALHOS DE QUI�NDA
Assim seja .
O h o m e m b o m , o q u e c o n f i a e m DEUS, está
s e guro de t o d o o p e r i g o .
A q u e l e qu e p e r m a n e c e d e b a i x o d a a s s i s t ê n c i a
d o Alt ís . s ! m o , d e . � c a n ç a r á s e g u r o , d e b a i x o d a
p r o t e ç ã o d e DEJUS. d o C é u .
E l e d i r á a o S e n h o r : 'IfU és o m e u d e f e n s o r e o
meu. refúg io; Ele é o m e u DE1US e e u e s perarei
Nele .
P o r q u e E[ e m e s m o m e liv-rará d o la ç o dos ca
çadores e d a p a l a v r a áspera .
156 TRABALHOS DE QUIMBNDA
P o r q u e el e e s p e r o u e m m i m e e u o livrei . E u
serei o s e u protetor, p o r q u e ele c on he c eu o m e u
nome .
A s s i m sej a .
A s e g u i r , r e z a r u m l a i Noss:o e u m a A v e M ; ; l r ai ,
e m l o u v o r a o Gl o r i o s o S ã o J o r g e .
Ouve, p o r t a nt o , P a i , e s t a a f l i t i v a p r e c e e, p e r
m i t i n d o q u e se t r a n s f o r m e e m bênçãos. e luzes de
Ti p r o v ·i . n d a s , v o l t e c o m o Teu acordo ao que Te
pe d e este T e u filho . . . (pede-se, a q u t o que se
de� s e j a o u n e c e s s i t a ) .
Assim
� . ej a .
ó Incomparável S e nh o r a d a Co n c e : ç ã o A p a r e
cida, M:ie de meu De u ' J , Rainha dos Anj o.�.,
Advoga d a dos pe c ado res, Refúgio e Consolação
do s· a f l i t o s e a t r i b u l a d o s .
ó V i r g e m Sa n tír:-1ma1 c h e i a d e p o d e r e d e bon:.
dade . l a n ç a i sobre n ó s u m o l h a r favorável r:ara q u e
se ja mos socorridos e m todas as nec e .�. : s i d a d e s e m
que nos acharmos .
Lembra i-vos, Clemen ít.�.si m a Mue
Aparecida q ue n ã o consta que todos os que t ê m a
V ó s r ec o rr i do, i n v o c a d o o Vosso S a n t í s s i m o N o m e e
i m p l o r a d o Vo�.s a s i n g u l a r p r o t e ç ã o , f o s s e p o r V ó s
algum aban donado .
A n i m a d o c o m es.sa c o n f i a n ç a . a V ó s r e : :orro, a
Vós tomo, d e hoje :rara se mp r e por mi nh a mãe,
m i n h a protetora, m i n h a consolação e guia, m � n h a
esperança e minha luz n a hora da morte .
�A, FORÇA DE: UM ·.· P R E T O VELHO
A s s i m , po�., S e n h o r a , l i v r a i - m e d e t u d o o que
possa ofender-Vos e a Vosso Santissimo. Filh9 .meu
R e d e n t o r e m e u S e n h o r J e s u s Cristo ! · V i r g e m · Be n
dita, preservai a e s t e V o s s o i n d i g n o se r v o , a esta
c a s a e se us . h a b i t a n t e s , d a p e s t e , d a f o m e o g u e r r a ,
t e r r e m o t o s , t r o v õ e s , r a i o s , t e m p e s W , d e s .e o u t r o s p e
rigo � e m a l e s . q u e n o s p o s s a m f l a g el a r ! S q b e r a n a
Senhor a , dignai-Vos dirigir-nos e m todos os negó
c i o s t e m p o r a i s e e s p i r t i u a i s ! Livrai-no.s. d a t e n t a ç ã o
do demônio, p a ra que, t ri lh a n d o pelo c a m i n h o d a
verdade, pelos merecimentos da Vossa Pu r í ss.ima
V i r g i n i d a d e e d o P r .e c i o s í s s i m o S a n g u e d e V o s s o F i
lho, Vos vamos ver, amar e gozar da eterna
g l ó r i a p o r t o d o s o s s é c u l os d o s s é c u l o s .
A s si m ee j a .
Sinal d a Cruz.
S e n h o r , c o n f i a d o e m V o s s a Lei .
Trabalhos de Quimbanda - U
160 TRABALH.OS DE QUIMBNDA
A m i n h a a l m a es perou n o S e n h o r , a m i n h a
a l m a teve con,el.nçª- n a S u a P a l a v r a .
A s s i m o d o Isr ae l t e n h a es peran ç a n o S e nh o r,
·
desde a a u r o r a a t é à noite .
P o i s o S e n h o r é misericordioso e n r . e e n c on
t r a m o s r e d e n ç ã o e t ern a .
Ele h â Q.e p e r q o a r ª Is r a e l d e t o d a s as s u a s
.i,.
qrüidades ,
A s s i m sej a.
V ó s q u e sois o S u p r e m o J u i z e S e n h o r d e todos ·
o s vivos e d e t o d o s o s mortos, sede m i s e r i c o r d i o s o
p a r a com aqueles q u e a i n d a estão sendo pur i f i c a·
dos dos seus pecad� .• na s c h a m a s do Pu rg a t ó r i o .
Que essas a l m a s a l can cem a Vossa Clemência pe l a
i ntercessão de M a r i a S a n t í s s i m a e de Todos os S a n
t o s e S a n t a s , o p e r d ã o dos seus pecados .
Suplico-Vos . S e n h o r Deu s, pelo s a n g u e q u e
Nosso S e n h o r Jesus C ri s t o d e r r a m o u n a S a n t a
Cru z, p e l a [al v açã o d o gênero h u m a n o , a t e n d e ! à
m i n h a prece .
Dignai-Vos , S e n h o r Deus, pelo san gue q u e
Nosso S e n h o r Jes u s Cristo d e r r a m o u n a S a n t a Cruz,
pela s a l v a ç ã o do gênero h u m a n o , a t e nd ei à m i n h a
prec e .
Dignai-Vos , S e nhor, ouvir a m i n h a súplica,
u s a n d o de b o n d a d e e de mísericórdia p a r a com as
a l l l a S. sofredoras , t i rand o- as d a e xpi ação o P u r -
NA FORÇA · DE UM PRETO VELHO -
Instruções
1 C r e d o , 3 P a i N o s s o , 3 A v e Maria .
A s s im e.e j a .
C o n t r a vícios
E qu e apres ent e i s m e u s l a m e n t o s
A Ju�.tiça d e D e u s
Pois toda misericórdia
C uj os lo u vo re s n ã o cessam
N a s b o c a s d e seus. S antos Anjos
Ve d e s S a n t a s A l m a s c a r i d o s a s
Que estou wfrendo
E q u e u m a p r o f u n d a tristeza
Abateu m e u c o r a ç ã o .
Vinde pois e m m e u s o c o r r o
A f as t a i s d e m i m a s i n f l u ê n c i a s d o s E: � . p í r i t o s
Priva d o s de Luz
A f a s t a i d e m e u s c a m i n h o s meus. i nim i g os
As pessoas invej osa s
E aclarai a m i n h a m e n t e p a r a que e u possa
ver claro o caminho do c é u .
Que as s i m sej a .
E m n o m e d o Pa i , d o F i l h o e do Espírito Santo.
Am5m .
S i n a l d a Cruz .
S o i s o·_ r e f ú g i o d o s p e c a d o r e s e p o r i s s o v e n h o
contrito, pedir-vos vos�.a intercessão j unto ao
Vos s o Fil h o , Nosso S e n h o r t J e s u s Cristo , p e r d ã o
p a r a o s m e u s p e c a d os., a g r a ç a d e e v i t a r o s m a u s
caminhos,
q u e l e v a m à perdição .
Suplico-·cos, S e n h o r a , v o s s o a u x í l i o n a e x i s t ê n
c i a , v o s s a p r o t e ç ã o e m m i n h a s a t i v i d a d e s , v�.so a m
paro em meus negócios, a favor de me abrir os
olhos, a inteligência, a f i m de q u e c o m p r e e n d a o n d e
está a m:nha salvação, quais os r e c ursos d e que
elevo m e servir, para não ser mal sucediclo .
Assim Eej a.
Rezar : 1 P. N ., 1 A . A. e 1 S. R.)
NA FORÇA DE UM �RETO VELHO
ORAÇA.O A NOSSA S E N H O R A D O D E S T E R R O
A s s i m s ej a .
Sinal d a Cru z
Nós T e rog a m o s , ó g r a n d e luz q u e i r r a d i a e m
toda parte , dono e construtor de t u d o q u e existe
e m t o dos. o s m u n d o s , n e s t e m o m e n t o T e i m p l o r a
mos a paz e harmonia , pela grande família h u m a
na, principalmente da nossª Pátria, q ue tudo seja
h a r m o n i o s o c o m o h a r m o n i o s o s ã o s o s T e u s feitos,
qu e é esta n a t u r e z a infinita, indefinida pelos ho
m e n s ; D á - n o s a T u a p a z o u a o m e no s - . s u a v i z a - n o s
o s â n i m o s p a r a q u e n ã o s e j á l a v a d a e s t a t e � a co �
TRABALHOS D E QUIMBANDA
L o u v a d o s ej a . o T e u g r a n d e Re in o !
L o u v a d o seja a .T'ua Sabedoria !
L o u v a d o � ej 1a o T e u S a n t o N o m e !
A s s i m s ej a .
Eu
vos ad o ro , dulc ís simo M b n i n o Je sv s , ver
dadeiro Filho d e D e u s desde t o d a a eternidade ,
e verdadeiro · Filho de Ma r i a V irge m n a plenitud e
dos tempos; adorando a Vo.�.sa d i v i n a r e s s o a . e
a
h u m a n f d a d e q u e Vm: e s t á u n i d a , n ã o p o s s o d e i x a r
de venerar o pobre pree.épio, em que Vos re(!
.
l�nas tes . ó s antíss imo :mino, e que
v·erdadeiramente foi o primeiro trono de Vosso
amor!
Oh ! p o s s a e u p r o s t r a� r - m e d i a n t e ·de V ó s com·
a s i m p l i c i d a d e d o s p a s t o r ee ., c o m a f é d e S ã o J o r g e ,
m
c o m a caridade d a B e m a v n t u r a da Virge m Maria.
t
6 S e n h o r , q u e a p e n a s re < : .§ - n a s c i d o . V o s d i g n a s
t e s r e p o u s a r nes. e berç o, d i g n a i - v o s t a m b é m d e r
r a m a r n o meu córação uma, a i n d a q u e p e q u e n a ,
p o r ç ã o d a q u e l e júbilo, q u e · d eviam p r o d u z i r n ã o só
a vista d a v o ss a amáve l infância, m a s também·
as
NA FORÇA D E UM PRE:TO VELHO
d e C r i s t o e e l e c o n s e n t i a to da s essas t i r a nias. no
Hor t o , virou-se e v i u - s e c e r . c a d o d e inimigos, d iE.s e :
s u r s u m corda,, c a í r a m todos n o c h ã o a t é a c a b a r a
s u a s a n t a oração; a s s i m c o m o a s p a l a v r a s d e
J e s u s Cristo , d e São i a r c o s e d e São M:mso
a b r a n d a r a m o coração d e t o d o s o s h o m e n s d e m a u
es.p i r i t o , o s a n i m a i s f e ro z e s e d e q u e t u d o
,
c o n s i g o s e q u i s e r; c o r p o t a n t o v i v o como morto ,
n a a l m a c o m o n o c o rp o e d os ma us. espir:to.s,
t a n t o visiveis como in vis í v ei s , n ã o serei perseguido
p e l a j u s t i ç a n e m dos m e u s i n i m i go s que m e
q u i t . e r e m c au s a r d a n o t a n t o no corpo como n·
a l m a . V i v e r e i s e m p r e s o s s e g a d o n a m i n h a casa,
pelos c a m i n h·o s e l u g a r e s . p o r o n d e t r a n s i t a r v i
v e n t e de, q u a l i d a d e a l g u m a m e p o s s a e s t o r v a r
a n t e s todos m e p r e s t e m a u x l i o n a q u i l o q u e eu
necessitar . A c o m p a n h a d o d a presente ora ção
s a n t í s s i m a , f a r e i a m i z a d e j u s t a m e n t e co m todo o
m u n d o e todos m e qu e re r ã o b e m , d e n::nguém
serei aborrecido . Assim s e j a .
R E S P O N S O DE SANTO A N T ô N I O
S e m i l ag r e s d e s e jais ,
R e c on e i a S a n t o AntôniQ ;
Vereis f u g i r o d e m ô n i o
E a s te n ta çõ e s i n fe rn a is .
NA F O R Ç A DE UM PRETO VELHO 161-
Re cu p e ra-se o perdido .
R o m p e - s e a _dura pr i s ã o
E no a u g e do furac ão
Cede o m a r embravecid o .
T o d o os< m a l e s h u m a n o s
S e m o d e r a m 1 se r e t i r a m ,
D ig am - n o aqueles que o viram,
E d i g a m - n o os p a d u a n o s .
R e c uper a -s e o perdido.
R o m p e - s e a d u r a pr i s ã o
E no auge do furacão
Cede o m a r embravecido.
P e l a s u a i n t e r c e ff, ão
F o g e a p e s t e , o e r r o ,,. m o r t e ,
O fraco torna-se forte
E torna-se o e n f e r m o são .
Recupera-se o perdido.
Rompe-se a dura prsão
E no auge do furacão
Cede o m a r embravecido .
Gl ó r i a a o P a d r e , a o F i l h o e a o E:'.pír i t o S a n t o .
Recupera-se o perdido.
Rompe-se a d u r a prisão
E no auge do furacão
Oede o m a r e m b r a v e c i d o .
TRABAL�OS DE QUIMBANDA
(P ar a evitar terremotos)
Sinal d a Cruz.
R e z a r 1 Creio e m D � u s Fu i , 1 P a i Nosso, l
Ave Mari a .
( P a r a obter a g r a ç a de e nf r e nt a r c o m coragem os
males ·da existência)
Sinal d a Cruz .
ó De us Etern o , P a i J u s t o e i s e r i c o r d i o s o , . que
do alt o d o S i n a i destes a 1\!ois·ás a Vossa Lei e
no
NA FORÇA D E U M P R E T O VELHO 17:li
m e s m o l u g a r c o l o c aste:'., m i l a g r o s a m e n t e , o c o r p o
de S a n t a Catarina , Virgem e Márt i r , c a rregado
p e l o s V o s s o s S a n t o s A nj o s , c o n c e d e i - m e q u e p e l a
interceE" �ão e m e r e c i m e n t o d e s s a V o s s a
S a n t a , c h e i os d e c o n f i a n ç a e m Vos s a B o n d a d e
i n f i n i t a e c o m a p r o t e ç ã o d e S, a n t a C a t a r i n a
.
p o s s a m o s e n f r e n t a r a s ad v·ersidadse e
trabalhos com que a
V o s s a J u s t i ç a no.�· e x p e r i m e n t a r á e m Vossa fé .
Santa Catarina, vinde e m m e u auxílio e fa
zei-me participar de vossa ardente fé e m Nosso
S e n h o r J e s u s Cr � .to .
A s s i m s ej a .
ORAÇÃO A S A O BARTOLOMEU
p a r a a b a l a r e c a s t i g a r o s locais q u e , p o r n a t u r e z a
devem mostrar ·com m a i s força a preesnçaç de
D e u s , p o i s o h o m e m n a .sua i n f i n i t a i g n o r â n c i a ,
a c a d a d i a q u e :psa. . a , d e D e u s s e e s q u e c e , e
p a s s a a .se c o n s i d e r a r u m d e u s s o b r e e s t a T e r r a
fria .
S ã o B a r t o l o m e u , f o s t e s e s c o l h i d o p a r a mos"'
tr a rd e .: . a o h o m e m , q u e a f o r ç a d e D e u s a i n d a r e i n a ,
p o r todos o s séculos, e q u a n d o o h o m e m ignora
p o r c o mp l e t o a S u a presença, vós S ã o Ba rt ol o m e u
so i s a e n t i d a d e i n c u m b i d a d e m o s t r a r d e s a i r a d o
R e i d o M u n d o ; e c o m o s o i s c o n h e c : d o n o s. 4 c a n t o s
d a T h r r a c o m a n d a n d o o s t u f õ e s e f u r a c õ e s , ·�
q u e vos peço q ue c a r r e g u e i s n o vosso vento , t o d o o
m a l , t o d o o e m b a r a ç o , t o d a a a m a r r a ç ã .o e a
fal E i d a d e d o s m e u s i n i m i g o s . H o j e p o r e s t a n o i t e , e
amanhã
p o r to do o d i a . As s i m s ej a .
N . A .M.
;Rezar : l P . N . , 1 A . 1.t e 1 Cr e d o .
Assim sej;1 .
E u c r i a t u r a d o S e n h o r, e re m i d o com o s e u
S a n t i E � i m o s a n g u e , e nt r e g o - m e e m corpo e a l m a
a S ã o M a r c o s e S ã o M a n s o , i g u a l m e n t e ao a n j o
m a u s e u e m e u companhe!ro n a h o r a próxim a d a
v ! d a e d a m o r t e , e vigflias e assaltos, t o r m e n t o s e
p a d e · c i m e n t o s q u e e u q u e r o q u e s i n t a (fulan o ) ; e
c o m t o d a a fé e coragem; de m i n h a a l m a c h a m o
S ã o M a r c o s e S ã o M a n s o , e seu co nf id en te o a n j o
m a u , e m aux íli o p a r a se a p o d e r a r do m e u
espírit o e vida, j u n t a m e n t e com a pef.soa qu e
desejo fazer m a l o u b em , com o dedo p o l e g a r d a
m ã o esq u e rd a faço tr ês vezes o S i n a l d a Cruz e
.
com u m a f a c a de p o n t a e s p et a d a n a p o r t a d a
r t : : a o u m � s a , com u m lenço o u g u a r d a n a p o ,
b e m alvos , dir ei a s s e g u i n t e s palavr�. :
Cristo m o r r e u , Cri st o sofreu, Cristo padeceu ;
as s : m peço-v'Os m e u glorios o S ã o Marcos e S ã o
Y . . h r! f o , qu e so fra e padeça os m aio res
t o rm e n t o s e t o r t u r a s . d es t e m u n d o a pessoa
q u e e u qu ero p a r a m i m e p e g a n d o n a f a c a com
t o d a fé e cora g e m q u e m e d á est a Ora ç ã o ,
darei q u a t r o golpes
T � B ALHOS DE: Qt]IMBANDA
n a . p o r t a o u m e s a e p e l a q u a r t a vez c h a m a r e i S ã o
M a r c o s e S ã o M a n . :.o e o à n j o m a u p a r a m e d a r
f o r ç a s e ·coragem d e d i z e n d o o credo1 e m c r u z e
c í r c u l o o n d e .se a c h a a f a c a ! A m é m .
( F u l a n o ) S ã o M a r c o s q u e t e m a r q u e , S, ã o M a n
so q u e t e a m a n s e , J e s u s C r i s t o t e a b r a n d e e o E s
pírito Santo te humilha, (fulana) J e s u s Cristo
a n d o u n o m u n d o a m a n s a n d o leões e leôas , lobos
e l o b a s t o d o s o s a n i m a i s f e r oz e s ; e n ã o h á
padre,
nem bi�.po, nem arceb:.spo que possa dizer
missa sem pedra d'Are e o mal não sossega
assim, (fu l a n a ) tu não poderá p arar nem
s o s s e g a r .E.em q u e v � n a s t e r c o m i g o j á .
NA FORÇA DE U M P E T O E L H O
C o m d o is t e vej o , c o m c i n e o t e p r e n ( ) ; .O s a n g u e
t e bebo, o c o r a ç ã o t e p a r t o S ã o M�trcos e S ã o a n
so eu quero a q u i (fulana) já e j., agora mesmo
branda, m a n E a e h u m i l d e p a r a comigo, a s s i m como
fLcou b r a n d o e h u m i l d e J e s u s C r i s t o a ó s é s d e
se us inimigos e n a árvore d a V e m Cruz, ful a n a
eu
j ur o pelo D e u s Vivo e n t r e o cálice e a H ó s t i a Con
s a g r a d a e a c ru z e m q u e m o r r e u Jesus_ q u e fi c a r á s
b r a n d a , m a n s a e h u m i l d e e vireis j á c o m i g o ap a i
x o n a d a p o r m i m e n ã o p o d e r ã s t e r so ss e g o, n e m
poderãs comer, nem beber, nem dormir, fulna ,
pel a s t r ê s m o ç a s d o n z e l a s , t r ê s P a d r e s . d e b o a vi d a ,
p e l a s o n z e m i l v i r g en s , e o s d ó z e a p ó t o l o s e p o r
aquel a Oraç ã o que Jesus Cristo rezou n o k > t o
q u a n d o d i s s e : " M e u Pa i , fa.zei s e f o r p o s s i v e l q u e
e s t e cálice o s s a b e b e r p a r a s a l v a r o m u n d o , a al
m a , a carn e e faça assim . "
S ã o Marcos ! t razei -me (fu lan a) a o s m e u s é s
ass i m ! p ri m e i ro p a r a q u e fiqu e c o m o e u quero :
segundo p a r a q u e n ã o se i mp o rt e com m a i s nin
g u é m , t e r, c e i r o p a r a q u e v e n h a j á t e r c o m i g o e m e
d a r t u d o o q u e e u desejo dela (fulana ) .
PRECE DE CARITAS
Deus, n o s s o pai, q u e t e n d e s p o d e r e b o n d a d e ,
d a i a for ç a à q u e l e q u e p a s s a pela provação, a l uz
àquele que p r o c u r a a verdade, po nd e n o coração do
h o m e m a compaixão e a caridade .
T r a b a l o s de Qimbanda - 12
R A B A L H O S D E QUIMBANDA
D e u . .�d a i · ao v i a j o r a e s t r e l a g u i a , a o a f l i t o a
consolação, ao doente o repouso ;
S e n h o r , q u e a v os sa b o n d a d e se e s t e n d a s o b r e
t u d o q u e cri�.tes .
C o m o Moi s é s , s o b r e a m o n t a n h a , nós
espera� m o s c o m os braços a b e r t o s p a r a Vós , ó
poder! ó b O n d a d e ! ó belez a ! ó perfe ição ! e
q u e r e m o s d e al g u m a �orte f or ça r Vossa
misericórdia .
D a i - n o s a c a r i d a d e p u r a , d a i - n o s a fé e a r a z ã o .
P a i - n o s a s i m pl i c i d a d e , q u e f a r á d e n o s s a s al .
m a s . o . �. p e l h o o n d e deve refletir a Vossa i m a g e m .
· lp é m .
NA FORÇA DE UM PRETO VELHO
S E GU N D A - E I R A
t a m b é m , q u e s o u v o s s o h u m i l d e e fiel se rv o . A s s i m
seja hoje por esta noite e a m a n h ã por todo o dia .
Amém .
TERÇA-FIRA
QUART A - I R A
QUINTA-FEIRA
M e u Pa i e m e u Deus ! I l u m i n a i os m e u s olhos
e minha ment e c o m a verdadeira Luz, a fim de
q u e n ã o f i q u e m f e c h a d os p a r a a V i d a Ete r n a ! S o b
a V o s s a L u z n ã o t e m e r e i a vida ! S o b a p r o n u n c i a
çã o d o dulcíssimo nome de Nosso Senhor Jesus
C r i s t o , Vos.so d i l e t o F i l h o , q u e g o z a d a s g r a ç a s
d e V o s s a e t e r n a glória, t o d a a h u m a n � d a d e s e r á
s a l v a , a s s i m c o m o e u , a m a i s h u m i l d e d a s vo � sa s:
s e r vas ! D u l c í s s i m o S e n h o r J e s u s C r i s t o , o s V o s s o s
milagres ficaram p a r a toda a eternidade ! A
Vossa presenç a
f u g i a m os d e m ô n i o s , o s c e g o s e n x e r g a v a m , o s s u r
dos ouviam, os coxos a n d a v a m , os m u d o s falava m,
o s leprosos e r a m la va do s e curados , e os m o r t o s
ressuscitados ! P a i Ete r n o , e J u s t o Pode r ! Doce e
Gl o r i o s o J e s u s C r i s t o ! V ó s a m b o s q u e p a i r a i s s o
b r e nós, p a r a t o d o o sempre, concedei q u e p o s s a mo s
vi ver eternamente sob as bênçãos da Vo�.sa
e t e r n a g r a ç a ! AE.s im s e j a h o j e p o r esta noite e
a m a n h ã p o r todo o dia . A m é m .
1 80 TRABALHOS DE QUIMBNDA
SEXTA-FEIRA
D e u s d o U n i v e r w ! Je�. u s p i e d o s o , a m o r o s o ,
glo rioso, a g r a d á v e l ; alegria do mund o ! Salvai a
h u m a n i d a d e . sofredora ! Pod ero so Espí rito do
A m o r E:t e r n o , e s p a l h a i e n t r e t o d o s o s p o v os. d o
m u n d o a Paz, a Esperanç a, a F é e a Caridade.
A p a r t a i de n ó s a doença, a m : s é m e a fome! Q u e
t o d o s o s g o v e r n a n t e s d o m u n d o , i n s pi r a d o s p e l o
a m o r d e N o s s o S e n h o r J e s u s C r 's . t o, d i r i g i d o s e
orientados pelo S u p r e m o Poder, unidos n u m só
p e n s a m en t o , p o n h a m to d a s a s s u a s forças. e t o d o o
s e u p r e s t í g i o , e m f av · or d e u m m u n d o m e l h o r , o n d e
h a j a p a z , v e n t u r a , e u m l u g a r a o s ol , p a r a t : >das a s
c r i a t u r a s ! As.s.: m s e j a h o j e p o r e s t a n o i t e e a m a n h ã
p o r todo o dia . A m é m .
SABADO
J e s u s Cristo , F i l h o Un i g ê n i t o de Ma r i a S a n
tíssim a , salvação do M u n d o ! Filho do Criador Eter
no ! C o n c e d e i - n o s o e s p í r i t o s ã o e p u r o p a r a Vos
d a r h o n r a e g l ó r : a e o r e s p e i t o q u e V o s s ã o dev i d o s !
Liber tado r do m u n do ! E n q u a n t o n ã o foi c h e g a d a a
h o r a n i n g u � m L h e p ôs. a s m ã o s , p o r q u e E l e e r a ,
é e se rá s e m p r e e p a r a t o d a a eternidade ! Deus
ho m e m , começo e fim n a carne ! Jesus de
N a z a r é R e i ·d o s J u d e u s ! Tí t u l o honro.w ! -
Ora, Jesus sabendo as co:sas que deviam
a c o n t e c e r - L h e , a d i a n t o u- s e e l h e s d i ss e : - "A
q u em buscais?" - eles r e s p o n d e r a m - l h e : "A
Jesus de Nazaré" ; _ Jesus
lh e s disse : E u s o u ! - J u d a s q u e dev·ia e n t r e g á - l o .
NA F O l W A DE UM PRETO VELHO 181·
e s t a v a c o m e l e s . A p e n a s l h e s d is s e que e r a Ele;
c a í r a m p o r t e r r a . J e s u s . l h e s p e r g u n t o u d e novo. ;
"A q u e m buscais ? " - Eles disseram ainda : -
·�A J e s u s d e N a z a r é " , e J e s . u s l h e s r e s p o n d e u : -
.
"Já
v·os d i s s e q u e S o u E u . S e é p o i s a m i m q u e b u s c a i s ,
deixai q u e estes s e vão" - d i s s e a p o n t a n d o aos. d i s
c i p u l o s . A l a n ç a , o s crav o s , a c r u z e os e s p i n h o s
a m o r t e q u e sofresteis p r o v a m q u e a p a g a s t e l s e
ex p i a s t e i s os c r i m e s d a h u m a n i d a d e ! Pr e s e r v a i
m e u Jesus Cristo a to d a s a s criaturas, e a e ste
v o s s o s e r vo, d e t o d a s a s c h a g a s d a p o b r e z a , d a
doença, dos laços dos inimigo s . Q u e a s c i n co
c h a g a s de Nosso S e n h o r Jesu s Cristo m e s i r v am
c o n t i n u a m e n t e d e p r o t e ç ã o e defesa . J e s u s é o
c a m i n h o d a Sal v a ç ã o ! J e s u s é a V i d a E t e r n a !
J e s u s é a V e r d a d e ! J e s u s , F i l h o d e D e u s Viv o !
T e n d e p i e d a d e d e t o do s . n ó s , e s p e c i a l m e n t e d e s t e
vosso servo ! O r a l J e s u s p a s s o u n o m e i o deles,
n i n g u é m ô s . a m ã o imp:a sobre Je sus, porque
sua hora ainda n ão . h a v i a c h e g a d o ! G l ó r i a a
De us n a s alturas ! G l ó r : a a D e u s n a s al turas !
G l ó r i a a D e u s n a s A l t u r a s ! As.s.im s e j a h o j e
p o r e s t a n o i t e e a m a n h ã p o r t od o o dia. A m é m .
DOMINGO
G l o r i o s o P a i e S e n h o r dQ U n i v e r s o ! H b j e é d i a
c o n sa g r a d o a o repouso , o r e p o u s o d o c o r p o e d o es
pírit o . P r o s t e r n o - m e d i a n t e d e Vó s, S e n h o r , c o m o
o m a i s h u m i l d e de todos os servos; a f i m d e r e n d e r
graças , m e u Pai, p o r todos estes dias pass a d o s n o
. t r a b a l h o m a t e r i a l , e d e b e m s e r v i r a V ó s, d o u -
V9s
182' TRABALHOS D E QUIMBANDA
m i l v e z e s g r a ç a s p e l o r a d i o s o �ol q u e n o s i l u m i n a ,
e d á v i d a a t u d o o q u e criastes ne st e m u n d o . Dou
Vos g r a ç a s pelas n o : t es s e r e n a s q u e n o s c o n v i d a m
ao repou so d o corpo e d o espírito , dou-Vos gra ç a s ,
m e u S a n t í s s i m o Pai , p e l a V o s s a p r e s e n ç a ad o r áv e l ,
a s s i s t i n d o - n o s , p e c a d o r e s e f a l h o s q u e s o mos. , e m
o d a s a s hor�. d e n o s s a v i d a . A V ó s o f e r e c e m o s a s
nossa maiores alegrias , assim ·Como as
n o s s a s t r i s t e z a s e; d e j o e l h s , h u m i l d e m e n t e V o s
p e d i m o s : I n s p i r a i - n o s , Pa i , p a r a m e l h o r V o s
s e r v i r m o s , g u i a i n o s s o s p a s s o s p e l a s v-e r d a d e s d a
v i d a e c o n c e d e i q u e po ssa mo s viver , sob a V o s s a
Divina Graça e prote
ção, p o r t o d o s o s s é c u l o s d o s s é c u l o s . A s s i m s e j a
h o j e p o r e s t a n o i t e e a m a n h ã p o r t o do o dl a. Am é m .
( R e z a n d o d i a r i a m e n t e , a oração p r ó p r i a
p a r a c a d a d i a d a s e m a n a , m a n t e r e m o s sem,..
pr e viva e m nós a c h a m a do a m o r criador do
D i v i n o Pai, e d o Divino M e s t r e , q u e c o n f o r t a ,
dá saúde, paz·, farç!a e proteção; dá solução
para todos os .nossos p r o b l e m a s s e j a m q u a i s
f o r e m e l e s q u e tenluxmos n o c o t i d i a n o . )
Q u a n d o o t i r a n o D o co l e c i a n o d e t e v e S a n t a J u s
t i e . p a r a m a r t i r i z á - l a J u n t a m e n t e c o m S ã o C ip r ia
no , e s t e s a n t o c o m p ô s a o r a Ç ã o q u e s e s e g u e , sup U-
NA FORÇA DE UM P E r O ELHO 18l
ORAÇÃO
m e t i , l u r a n t e o t e m p o q u e m e u e s p í r i t o e�.t eve p r e o
c u p a d o com o d r a g ã o infernal · e m p a g a m e n t o d o
. �a c ri f í c i o d e m i n h a v i d a , s u p l i c o - vo s q u e m i n h a s
pre ce s sejam ou v ida s a fa v or d e todos aqueles q u e
d e b o m c o r a ç ã o , vos s u p l i c a r e m a s a ú de d e s e u
c o r p o e a l m a , rec ordando- v·os., S e n h o r , q u e c o m u m a
só p a l a v r a t : r a s t e o m a l i g n o espírito da que le s a n t o
varão de q u e nos fala a Escritura, que ressuscitastes
Láz a r o . m o r t o h á t r ê s d i a s , q u e d e v o l v e s t e s a v i s t a
a o s a n t o T o b i a s , c e g o p o r ins. ti ga ç ã o d e S a t a n a z ,
q u e sois o s o b e r a n o D o m i n a d o r d e vivos e mortos.;
compadecei-vos, S e n h o r , de todos aque le s que sabeis
s e r e m v o s s o s p o r st:a fé , e s p e r a n ç a e b o a s o b r a s , e
vos s u p l i c o q u e a q u e l e s q u e e s t e j a m l ' g a d o s c o m
fe it iç os , b r u x a r i a s o u p o s s u í d o s d o es.pírito m a l i g n o ,
os d e s a t e i s para q u e p o s s a m , c o m t o d a l i b e r d a d e ,
vos s e r v i r c o m s a n t a s e b o a s o b r a s e q u e o s
desin
feitices p a r a q u e p o s s a m o s u s a r ds e s e u a r b í t r i o e m
v·osso se rv �ç o , q u e os d e s e m b r u x e i . p a r a q u e o
lobo raivoso n ã o possa dizer q u e t e m d om í n i o
sobr e a l g u m a o v e l h a de v o 2 w r e b a n ho , c omp r a d a · à
c u s t a d e vosso p r e c i o s í s s i m o s a n g u e d e r r a m a d o n o
m o n t e do Gólgo ta ; livrai-nos , Senhor Todo
PJderoso, d o a n j o rebelde, p a r a que , j á livres d o
inimigo comum vos louvemos, bendigamos,
adoremos, exaltemos,
s a n t i f i q u e m o s e c o n f e s s e m o s a Vós, a o P a i e a o
E s p í r i t o S a n t o , c o m t o d o o c o r o d e Anj os , P a t r i a r
ca s, P r o f e t a s , S a n t o s , Sa nt as . , Virge ns, �í. rtires ;
C o n f e s s o r e s d e v os s a s a n t a g l ó r i a . E vos. s u p li c o ,
Senhor, que e m n o m e de S a n t a J u s t i n a preserveis
a o vosso . s e r v i d o r N . d e tod:os m a l e f í c i o s , p e r f í d i a s ,
rfA · FORÇA DE UM PRETO VELHO 18s;
e n g a n o s e a r d i s d e L ú c i f e r e de p e r s e g u i r vosso
S a n t o n o m e q u e p a r a s e m p r e l o u v a d o s ej a ; p r e s e r
v a i a v i s t a, o p e n s a m e n t o , a s o b r a s , o s f i l h o s , o s
'
b e n s a n im a i s , s e m e a d u r a s , á r v o r e s c o m e s t í v e i s e
b e b i d a s , n ã o p e r m i t : n d o q u e v·osso s e r v i d o r N . s o f r a
n e n h u m a invest:da do demônio; a n t e s , il u m i n a i - o ,
d a n d o - l h e a v·:s t a c o n v e n i e n t e p a r a v e r e o b s e r v a r
vossas ma rav ilhas n a obra da Natureza; retificai
m e u e n t e n d i m e n t o p a r a q u e p o s s a c o n t e m p l a r vos
s o s f a v o r e s . e d i r i g i r os n e g ó c i o s a - u m b o m fim;
desatai m i n h a língua p a r a c a n t a r os l o u v o r e s d e
vossa bondade , dizendo : L o u v a d o sej a :s . D e u s P a i ,
Deus Filho, Deus Espírito Santo, três p e s w a s e m
um só Deus, que tudo criou do n a d a ; se tenho
preguiça nas ações, dignai-vos fazer que a
preguiça de m i m fuja p a r a poder-me emprega r e m
ações d e vosso a g r a d o ; s e m á direção h ou ver nos
bens, filhos e demais dependentes deste vosso
s e r v i d o r N . s u p l i c o- v o s , S e n h o r , a t r o q u e i s e m b o a
para empregá-la e m todo v os s o santo serviç o ; e
fin al m ente , aceitai,
o u v i e c o n c e d e i - m e o q u e e u v o s v·ou p e d i r e m r : a g a
d o sacrifíc i o que f i z e r a m d e s u a s vi da s vosso s m á r
t i r e r C i p r i a n o e J u s t i n a , c o m a s s e guint e s. pre ces :
Sen ho r , apiedai-vos d e m ; m .
J e s u s Cristo, a p i e d ai-vos d e m i m .
Senhor, ouvi-me.
D e u s P a i q u e estais n o C é u .
Deu s Filho, re d e n t o r do m u n d o .
. De�s E sp í r i t o S a n t o , apiedai-vos d e m i m
. S a n t a T ri n da d e , apiedai-vos d e m i m .
TRABALHOS DE QUIMBNDA
S ã o Sebast iã o , S ã o C o s m e e S ã o D a m i ã o , S ã o
Roque, S a n t a Lúc i a e S ã o Lourenço, rogai por m i m .
T o d o s os S a n t o s Apóstolos , Eva ngelis.tas e Di s·
cipulos do Senhor, rogai por m i m .
T o d os. os S a n t o s S a c e r d o t e s , L e v i t a s . R e l i g i o s o s ,
Anacoretas, Virgens, Viúvas, Sa n t o s e Santas in·
tercedei po r m i m .
me Senhor .
D e t e r r e m o t o s , li v-rai-me S e n h o r .
A n j o s d o Céu, o u v i - m e .
Pre s t a i - m e vo s s a a j u d a .
S e m vós , m e u c o r a ç ã o p e r d e t o d a a s u a f o r ç a .
F i q u e m c h e i o s d e c o n f u s ã o os. q u e t e n t e m c o n -
t r a a m i n h a vida espiritual .
ORAÇÃO
ORAÇAO A NOSSA S E N H O R A D A P E N H A
Si nal d a Cruz.
No ss a S e n h o r a M ã e de D e u s , vós q u e subiste ::
a o céu, lev a da pelos Anjos, q u e pelas m ã o s de D e u s
Pai, T o d o Poderoso, d e D e u s Filho, Nosso S e n h o r t
Je s u s Cristo, n a p r e s e n ç a d e .Jeus l:spirito S a n t o
f o s t e c o r o a d a R a i n h a d o O.§u e d a T e r r a , o u v i a
m i n h a prece.
Vosso poder, vossa b o n d a d e , v ossa mi se ri c ó rd i a
f a z c o m q u e os. c e g o s v e j a m , o s s u r d o s o u ç a m , o s
paralíticos an de m , os m u d o s falem, os m a u s s e
t r a n s f o r m e m e m bons, os p ec a do re s se c o n v e r t a m
os o rg u l h o s o s s e j a m ab at id o s , o s m a l v a d o s casti-
gados. .
Eu, pecador, arrependo-me , sinceramente, d e
m e u s p e c a d o s e peço-vos vosso a u x í l i o p a r a n ã o
m a i s pecar. E u desejo, S e n h o r a R a i n h a do c é u
M ã e d o s homens., c o n s e r v a r - m e fiel a o s e n s i n a m e n
t o s de Vosso Divi n o Fi lh o, o A m a n t í s s i m o Je s u s, q u e
por nós sofreu, p a d e c e u e m o r r e u n a cruz.
T e n h o f é e m q u e v ó s n ã o f a l t a re i s c o m o v o s s o
auxíli o p a r a a c u r a d e m i n h a a l m a e d e m e u cor
po. S a r a i e s t a e n f e r m i d a d e m i n h a (ou d e F u l a
no) . C o n c e d e i - m e ( o u c o n c e d e i - l h e ) a s a ú d e . res
t i t u i n d o o vigor e a disposição ao t r a b a l h o a o corpo
combalido por esta r u i m enfermidade.
Nossa Senho r a d a Penha , vossa i m a g e m do alto
roched o enxerg a grand e extensão de terra, assim
c o m o Vós, n o céu, v e d e s t o d o o Univ·erso, c r i a d o p e l o
S e n h o r Deus, T o d o Poderoso. L a n ç a i vosso o l h a r
sobre est a h u m i l d e c r i a t u r a e favorecei-a c o m v o s a .
g r a ç a i n f a l i vel .
Assim
seJa.
NA FORÇA DE UM P E T O VELHO 1 8)
ORAÇÃO A N. S . DOS N AV E G A N T E S
A v e , E s t r e l a d o Mn r , V i r g e m p o d e r o s í s s i m a M a e
e a d v o g a d a d e todos os q u e n a v e g a m n o m a r pro
c e l o s o d a vi d a ! A vossa valiosa p ro t e ç ã o confiou
n o s o vosso D i v i n o Filho , p a r a serdes nosso g u i a
p r o t e t o r , c o n s o l o e a l e n t o d u r a n t e a--nossa v i d a
ter restre. Refugi a mo-nos cheios de
confiança de b a i x o d o v osso m a n t o
maternal. Sede-nos guia , sede-nos farol, sede-
nos s e m p r e a brilhante Estrela
d o M a r q u e n o s or : e n t a . a f i m d e q u e n u n c a pere
ç a m o s. n e m n o s d e s n o r t e e m o s d a r o t a s e g u r a q u e
nos levará ao porto d a eterna bemav·enturança
o n d e e m c o m p a n h i a v o s s a , d o v o s s o D i v i n o F i l h o ::
d e t o d o s os s a n t o s g o z e m o s a s e r e n i d a d e d a v i d a
e m Deus p a r a sempre.
Assim seja.
Composto e Impreso n a s ·· oficinas d a
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