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CFO - Magistério Matemática

1. Lógica proposicional e teoria dos conjuntos a. Lógica e linguagem matemática. Operações


lógicas. Implicação e equivalência. Quantificadores. Negação de proposições quantificadas. 1
b. Conjuntos: operações, propriedades e aplicações. ....................................................... 33
c. Conjuntos numéricos: naturais, inteiros, racionais e reais. Operações e propriedades.
Fatorações. Razão e proporção. Grandezas diretamente e inversamente proporcionais. ..... 44
d. Números complexos: forma algébrica e trigonométrica, operações, Fórmulas de
DeMoivre, raízes n-ésimas da unidade e os polígonos regulares. ......................................... 91

2. Teoria dos números e suas aplicações a. Números inteiros. ......................................... 98


b. Números primos. c. Teorema fundamental da aritmética. ............................................. 98
d. Divisibilidade. .............................................................................................................. 101
e. Congruência. f. Teorema de Fermat. .......................................................................... 106
g. Sequências de números reais: lei de formação de uma sequência. Progressão Aritmética
e Geométrica. Soma de um número finito de termos de progressões aritméticas e geométricas.
Soma de infinitos termos de uma progressão geométrica. .................................................. 109

3. Noções de estatística e probabilidade a. Análise combinatória. Princípio Fundamental da


Contagem. Permutação. Arranjo e Combinação simples e composto. Binômio de Newton. 123
b. Probabilidade Clássica. Espaço Amostral. Eventos (união, interseção e dependência).
Probabilidade condicional. ................................................................................................... 138
c. Noções de Estatística. Amostra e população. Rol. Limites de classe. Amplitude.
Frequência Relativa. Frequência Acumulada. Distribuição de Frequência. Representações
gráficas de uma distribuição de frequência. Medidas de tendência central: médias, mediana,
moda e separatrizes. Medidas de dispersão: desvio médio, variância, desvio padrão, coeficiente
de variação e Pearson. Assimetria e Curtose. ..................................................................... 146

4. Álgebra a. Polinômios: operações e propriedades. Equações polinomiais. Relação entre


coeficientes e raízes de polinômios. Teorema fundamental da álgebra. .............................. 196
b. Sentenças matemáticas. Equações - conjunto universo e conjunto verdade de uma
sentença. Modelagem. Equações racionais e inteiras. Equações de 1º e 2º graus. Sistemas de
equações racionais, inteiras e homogêneas. Equações algébricas. Determinação de raízes.
Relação entre os coeficientes e as raízes de uma equação algébrica. Raízes irracionais e
complexas das equações algébricas. Composições e transformações das equações algébricas.
Inequações de 1º e 2º graus. Resolução de situações-problema. ....................................... 212
c. Matrizes: tipos de matrizes, operações, inversão, escalonamento, matrizes elementares,
aplicações gerais e na resolução de sistemas lineares de equações. ................................. 245
d. Determinantes: cálculos e aplicações gerais. .............................................................. 255
e. Sistemas de equações lineares. ................................................................................. 269
f. Espaços Vetoriais: espaços e subespaços vetoriais, bases, dimensão, somas e somas
diretas. ................................................................................................................................ 282
g. Transformações Lineares: aplicações e aplicações lineares, núcleo e imagem,
isomorfismo. ........................................................................................................................ 292
h. Autovalores e autovetores: polinômio característico, polinômio minimal, operadores
lineares. ............................................................................................................................... 296

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5. Cálculo diferencial e integral ....................................................................................... 300
a. Funções de uma variável real. i. Logaritmo e exponencial: conceito de logaritmo,
antilogaritmo, propriedades dos logaritmos, mudança de base, logaritmos decimais,
equações e inequações exponenciais e logarítmicas. ii. Função: definição, exemplos e
aplicações; domínio, imagem e gráfico. Funções crescentes e decrescentes. Funções
injetoras, sobrejetoras e bijetoras. Funções compostas. Funções inversas. Funções reais.
Funções logarítmicas e exponenciais. Funções trigonométricas, trigonométricas inversas
e funções hiperbólicas. iii.Limite e continuidade de uma função. Limites laterais. Limites
infinitos. Limites no infinito. Propriedades operatórias dos limites. Limites fundamentais.
Continuidade das funções em um ponto. Teorema do confronto. Teorema do valor
intermediário. iv. Derivada de uma função. Regras de derivação. As equações da reta
tangente e normal. Derivadas das funções reais, trigonométricas, logarítmicas e
exponenciais. Regra da cadeia. Derivada da função inversa. Derivação implícita.
Derivadas sucessivas. Taxas relacionadas. v. Aplicações da derivada: crescimento e
decrescimento de uma função; máximos e mínimos de funções; teste da 1ª e da 2ª
derivada; pontos de inflexão e concavidade; regra de L’Hôpital para cálculo de limites;
assíntotas verticais e oblíquas (horizontais); gráficos de funções; problemas de máximos
e mínimos. vi.Integral de uma função. Integrais imediatas. Integração por substituição.
Integração por partes. Integração de funções racionais por frações parciais. Integração de
funções trigonométricas. Integração por substituições trigonométricas. Integrais
impróprias. Integral definida. Teorema fundamental do cálculo. Cálculo de área, volume e
comprimento de arco.
b. Funções de várias variáveis reais e aplicações vetoriais. i. Funções de várias
variáveis: definição, exemplos e aplicações; domínio, imagem e gráficos (superfície);
limites e continuidade; derivada parcial; regras de derivação; regra da cadeia para
derivada parcial; incrementos e diferenciais (diferencial total); plano tangente; derivada
direcional; gradiente (aplicações a máximos e mínimos); derivada implícita; reta normal. ii.
Integrais múltiplas: integral dupla: definições e propriedades; cálculo de integrais duplas;
integração dupla no cálculo de área; integração dupla em coordenadas polares; integração
dupla no cálculo de volumes; integral tripla: definições e propriedades; cálculo de integrais
triplas; integração tripla em coordenadas cilíndricas e esféricas; integração tripla no cálculo
de volumes. iii.Campos vetoriais, superfícies parametrizadas, gradiente, divergente e
rotacional. iv.Teorema de Green, teorema de Stokes; teorema de Gauss (divergência).
c. Funções de uma variável complexa. i. Números complexos. ii. Álgebra e geometria
dos números complexos. iii.Funções elementares de uma variável complexa. iv.Limite,
continuidade e derivada das funções de uma variável complexa. v. Equações de Cauchy-
Riemann: funções analíticas elementares.

6. Séries, sequências e equações diferenciais ordinárias a. Séries: numéricas, de potências


(Taylor) e de Fourier: Sequências numéricas infinitas. Séries numéricas infinitas: definição,
exemplos e convergência. Série geométrica. Critérios de convergência. Séries alternadas:
critérios de convergência, convergência absoluta e convergência condicional. Séries de
potências: propriedades, diferenciação, integração e aplicações. Séries de Fourier: coeficientes
de Fourier, Teorema de Fourier. Aplicações de séries em cálculo e problemas. b. Estudo das
equações diferenciais ordinárias equações diferenciais ordinárias de 1ª ordem e 1º grau.
Equações diferenciais ordinárias de 1ª ordem e grau diferente de 1 (um). Equações diferenciais
ordinárias de ordem superior à primeira. Equações lineares com coeficientes variáveis.
Sistemas de equações diferenciais. Equações de derivadas parciais. Trajetórias ortogonais e
aplicações. .......................................................................................................................... 369

7. Geometria: plana, espacial e analítica a. Geometria plana: segmentos, ângulos, triângulos,


quadriláteros, polígonos. Congruência e semelhança de triângulos. Circunferência. Perímetros
e áreas de figuras planas. Aplicações. ................................................................................ 370
b. Geometria espacial: paralelismo e perpendicularismo entre planos, entre retas, entre retas
e planos. Prismas, pirâmides, cilindros, cones e esferas. Áreas e volumes. Aplicações. ..... 420
c. Trigonometria: razões trigonométricas no triângulo retângulo e na circunferência.
Trigonometria num triângulo qualquer; leis do seno e do cosseno. Aplicações. .................. 433
d. Transformações geométricas: translação, rotação, simetria e homotetia. ................... 456
e. Vetores: vetores, adição, multiplicação por escalar e propriedades. Decomposição de um
vetor no plano e no espaço. Dependência linear e base. Produtos: escalar, vetorial e produto
misto. Interpretação geométrica e propriedades. ................................................................. 462

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f. Estudo da Reta e do Plano: equações da reta: vetorial, paramétricas, simétricas e geral.
Equação do plano: vetorial, paramétricas e geral. Posições relativas entre retas e planos.
Ângulos. .............................................................................................................................. 472
g. Lugares Geométricos: definição. Interseção de lugares geométricos. ......................... 479
h. Geometria analítica plana: coordenadas de pontos no plano, distância entre dois pontos;
entre duas retas, entre dois planos, entre ponto e reta, entre ponto e plano, entre reta e plano,
ponto médio de um segmento. Estudo da reta e da circunferência. ..................................... 584
i. Estudo das Cônicas: definição geral das cônicas, parábola, elipse, hipérbole. ............ 508

8. Matemática financeira a. Introdução à matemática financeira: razões e proporções,


grandezas diretamente e inversamente proporcionais, porcentagem. ................................. 519
b. Juros Simples e Juros Compostos: cálculo de juros, montante e capital, taxas
proporcionais e taxas equivalentes, taxa nominal e efetiva, descontos comercial e
racional................................................................................................................................. 526
c. Rendas: classificação, cálculo do valor presente e do valor futuro. d. Sistemas de
amortização: sistemas de juros antecipados, sistema americano, sistema Price, sistema de
amortizações constantes (SAC), sistema de amortizações misto (SAM). e. Comparação entre
planos de pagamentos. ....................................................................................................... 545

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1. Lógica proposicional e teoria dos conjuntos a. Lógica e linguagem
matemática. Operações lógicas. Implicação e equivalência. Quantificadores.
Negação de proposições quantificadas.

LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO

A argumentação é a forma como utilizamos o raciocínio para convencer alguém de alguma coisa. A
argumentação faz uso de vários tipos de raciocínio que são baseados em normas sólidas e argumentos
aceitáveis.
A lógica de argumentação é também conhecida como dedução formal e é a principal ferramenta
para o raciocínio válido de um argumento. Ela avalia conclusões que a argumentação pode tomar e
avalia quais dessas conclusões são válidas e quais são inválidas (falaciosas). O estudo das formas
válidas de inferências de uma linguagem proposicional também faz parte da Teoria da argumentação.

Conceitos

Premissas (proposições): são afirmações que podem ser verdadeiras ou falsas. Com base nelas que
os argumentos são compostos, ou melhor, elas possibilitam que o argumento seja aceito.

Inferência: é o processo a partir de uma ou mais premissas se chegar a novas proposições. Quando
a inferência é dada como válida, significa que a nova proposição foi aceita, podendo ela ser utilizada em
outras inferências.

Conclusão: é a proposição que contém o resultado final da inferência e que está alicerçada nas
premissas. Para separar as premissas das conclusões utilizam-se expressões como “logo, ...”, “portanto,
...”, “por isso, ...”, entre outras.

Sofisma: é um raciocínio falso com aspecto de verdadeiro.

Falácia: é um argumento inválido, sem fundamento ou tecnicamente falho na capacidade de provar


aquilo que enuncia.

Silogismo: é um raciocínio composto de três proposições, dispostas de tal maneira que a conclusão
é verdadeira e deriva logicamente das duas primeiras premissas, ou seja, a conclusão é a terceira
premissa.

Argumento: é um conjunto finito de premissas – proposições –, sendo uma delas a consequência das
demais. O argumento pode ser dedutivo (aquele que confere validade lógica à conclusão com base nas
premissas que o antecedem) ou indutivo (aquele quando as premissas de um argumento se baseiam na
conclusão, mas não implicam nela)
O argumento é uma fórmula constituída de premissas e conclusões (dois elementos fundamentais da
argumentação).

Alguns exemplos de argumentos:

1)
Todo homem é mortal
Premissas
João é homem
Logo, João é mortal Conclusão

1
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2)
Todo brasileiro é mortal
Premissas
Todo paulista é brasileiro
Logo, todo paulista é mortal Conclusão

3)
Se eu passar no concurso, então irei viajar
Premissas
Passei no concurso
Logo, irei viajar Conclusão

Todas as PREMISSAS têm uma CONCLUSÃO. Os exemplos acima são considerados silogismos.

Um argumento de premissas P1, P2, ..., Pn e de conclusão Q, indica-se por:

P1, P2, ..., Pn |----- Q

Argumentos Válidos
Um argumento é VÁLIDO (ou bem construído ou legítimo) quando a conclusão é VERDADEIRA (V),
sempre que as premissas forem todas verdadeiras (V). Dizemos, também, que um argumento é válido
quando a conclusão é uma consequência obrigatória das verdades de suas premissas.Ou seja:

A verdade das premissas é incompatível com a falsidade da conclusão.

Um argumento válido é denominado tautologia quando assumir, somente, valorações verdadeiras,


independentemente dos valores assumidos por suas estruturas lógicas.

Argumentos Inválidos
Um argumento é dito INVÁLIDO (ou falácia, ou ilegítimo ou mal construído), quando as verdades das
premissas são insuficientes para sustentar a verdade da conclusão.
Caso a conclusão seja falsa, decorrente das insuficiências geradas pelas verdades de suas premissas,
tem-se como conclusão uma contradição (F).
Um argurmento não válido diz-se um SOFISMA.
Os argumentos falaciosos podem ter validade emocional, íntima, psicológica, mas não validade lógica.
É importante conhecer os tipos de falácia para evitar armadilhas lógicas na própria argumentação e para
analisar a argumentação alheia.

- A verdade e a falsidade são propriedades das proposições.


- Já a validade e a invalidade são propriedades inerentes aos argumentos.
- Uma proposição pode ser considerada verdadeira ou falsa, mas nunca válida e inválida.
- Não é possível ter uma conclusão falsa se as premissas são verdadeiras.
- A validade de um argumento depende exclusivamente da relação existente entre as premissas e
conclusões.

Critérios de Validade de um argumento


Pelo teorema temos:

Um argumento P1, P2, ..., Pn |---- Q é VÁLIDO se e somente se a condicional:


(P1 ^ P2 ^ ...^ Pn) → Q é tautológica.

Métodos para testar a validade dos argumentos1


Estes métodos nos permitem, por dedução (ou inferência), atribuirmos valores lógicos as premissas
de um argumento para determinarmos uma conclusão verdadeira.
Também podemos utilizar diagramas lógicos caso sejam estruturas categóricas (frases formadas pelas
palavras ou quantificadores: todo, algum e nenhum).

1
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo: Nobel – 2002.
CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu - Raciocínio lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.

2
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Os métodos constistem em:

1) Atribuição de valores lógicos: o método consiste na dedução dos valores lógicos das premissas
de um argumento, a partir de um “ponto de referência inicial” que, geralmente, será representado pelo
valor lógico de uma premissa formada por uma proposição simples ou de uma conjunção. Lembramos
que, para que um argumento seja válido, partiremos do pressuposto que todas as premissas que
compõem esse argumento são, na totalidade, verdadeiras.

Para dedução dos valores lógicos, utilizaremos como auxílio a tabela-verdade dos conectivos.

DICA:
Para dedução dos valores lógicos, utilizaremos como auxílio a tabela-verdade dos
conectivos, portanto, tente memorizar quando é verdadeiro e quando é falso os
conectivos lógicos!

Exemplo
Sejam as seguintes premissas:
P1: O bárbaro não usa a espada ou o príncipe não foge a cavalo.
P2: Se o rei fica nervoso, então o príncipe foge a cavalo.
P3: Se a rainha fica na masmorra, então o bárbaro usa a espada.
P4: Ora, a rainha fica na masmorra.

Se todos os argumentos (P1,P2,P3 e P4) forem válidos, então todas premissas que compõem o
argumento são necessariamente verdadeiras (V). E portanto pela premissa simples P4: “a rainha fica
na masmorra”; por ser uma proposição simples e verdadeira, servirá de “referencial inicial” para a
dedução dos valores lógicos das demais proposições que, também, compõem esse argumento. Teremos
com isso então:

Já sabemos que a premissa simples “a rainha fica na masmorra” é verdadeira, portanto, tal valor lógico
confirmará como verdade a 1a parte da condicional da premissa P3 (1º passo).

Lembramos que, se a 1ª parte de uma condicional for verdadeira, implicará que a 2ª parte também
deverá ser verdadeira (2º passo), já que a verdade implica outra verdade (vide a tabela-verdade da
condicional). Assim teremos como valor lógico da premissa uma verdade (V).

3
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Confirmando-se a proposição simples “o bárbaro usa a espada” como verdadeira (3º passo), logo, a
1ª parte da disjunção simples da premissa P1, “o bárbaro não usa a espada”, será falsa (4º passo).

Como a premissa P1 é formada por uma disjunção simples, lembramos que ela será verdadeira, se
pelo menos uma de suas partes for verdadeira. Sabendo-se que sua 1ª parte é falsa, logo, a 2ª parte
deverá ser, necessariamente, verdadeira (5º passo).

Ao confirmarmos como verdadeira a proposição simples “o príncipe não foge a cavalo”, então,
devemos confirmar como falsa a 2a parte da condicional “o príncipe foge a cavalo” da premissa P2 (6o
passo).

E, por último, ao confirmar a 2a parte de uma condicional como falsa, devemos confirmar, também, sua
1 parte como falsa (7o passo).
a

Através da analise das premissas e atribuindo os seus valores lógicos chegamos as seguintes
conclusões:
- A rainha fica na masmorra;
- O bárbaro usa a espada;
- O rei não fica nervoso;
- o príncipe não foge a cavalo.

Observe que onde as proposições são falsas (F) utilizamos o não para ter o seu correspondente como
válido, expressando uma conclusão verdadeira.

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Caso o argumento não possua uma proposição simples ou uma conjunção “ponto de referência inicial”,
devem-se iniciar as deduções pela disjunção exclusiva ou pela bicondicional, caso existam. Lembrando
que, no caso da bicondicional(VV ou FF) e a disjunção exclusiva(VF ou FV), cada uma possui duas
possibilidades de serem verdadeiras, logo, é necessário testar as duas possibilidades.

2) Método da Tabela Verdade: para resolvermos temos que levar em considerações dois casos.

1º caso: quando o argumento é representado por uma fómula argumentativa.

Exemplo

A → B ~A = ~B
Para resolver vamos montar uma tabela dispondo todas as proposições, as premissas e as conclusões
afim de chegarmos a validade do argumento.

(Fonte: http://www.marilia.unesp.br)

O caso onde as premissas são verdadeiras e a conclusão é falsa está sinalizada na tabela acima
pelo asterisco.Observe também, na linha 4, que as premissas são verdadeiras e a conclusão é verdadeira.
Chegamos através dessa análise que o argumento não é valido.

2o caso: quando o argumento é representado por uma sequência lógica de premissas, sendo a última
sua conclusão, e é questionada a sua validade.

Exemplo:
“Se leio, então entendo. Se entendo, então não compreendo. Logo, compreendo.”
P1: Se leio, então entendo.
P2: Se entendo, então não compreendo.
C: Compreendo.
Se o argumento acima for válido, então, teremos a seguinte estrutura lógica (fórmula) representativa
desse argumento:
P1 ∧ P2 → C

Representando inicialmente as proposições primitivas “leio”, “entendo” e “compreendo”,


respectivamente, por “p”, “q” e “r”, teremos a seguinte fórmula argumentativa:
P1: p → q
P2: q → ~r
C: r
[(p → q) ∧ (q → ~r)] → r ou

𝑝→𝑞
𝑞 → ~𝑟
𝑟

5
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Montando a tabela verdade temos (vamos montar o passo a passo):

Sendo a solução (observado na 5a resolução) uma contingência (possui valores verdadeiros e falsos),
logo, esse argumento não é válido. Podemos chamar esse argumento de sofisma embora tenha
premissas e conclusões verdadeiras.

Implicações tautológicas: a utilização da tabela verdade em alguns casos torna-se muito trabalhoso,
principlamente quando o número de proposições simples que compõe o argumento é muito grande, então
vamos aqui ver outros métodos que vão ajudar a provar a validade dos argumentos.

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3.1 - Método da adição (AD)
p
ou p → (p ∨ q)
p ∨ q

3.2 - Método da adição (SIMP)

1º caso:
p ∧q
ou (p ∧ q) → p
p

2º caso:
p ∧q
ou (p ∧ q) → q
p

3.3 - Método da conjunção (CONJ)

1º caso:
p
q
ou (p ∧ q) → (p ∧ q)
p∧q

2º caso:
p
q
ou (p ∧ q) → (q ∧ p)
q∧p

3.4 - Método da absorção (ABS)

p→q
ou (p → q) → [p → p ∧ q)]
p → (p ∧ q)

3.5 – Modus Ponens (MP)


p→q
p
ou [(p → q) ∧ p] → q
q

3.6 – Modus Tollens (MT)


p→q
~q
ou [(p → q) ∧ ~q] → p
~p

3.7 – Dilema construtivo (DC)

p→q
r →s
p ∨r
ou [(p → q) ∧ (r → s) ∧ (p ∨ r) ] → (q ∨ s)
q∨s

3.8 – Dilema destrutivo (DD)

p→q
r →s
~q ∨ ~s
ou [(p → q) ∧ (r → s) ∧ (~q ∨ ~s) ] → (~p ∨ ~r)
~p ∨ ~r

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3.9 – Silogismo disjuntivo (SD)

1º caso:

p ∨q
~p
ou [(p ∨ q) ∧ ~p] → q
q

2º caso:

p ∨q
~q
ou [(p ∨ q) ∧ ~q] → p
p

3.10 – Silogismo hipotético (SH)

p →q
q→r
ou [(p → q) ∧ (q → r)] → (p → r)
p→r

3.11 – Exportação e importação.

1º caso: Exportação

(p ∧ q) → r
ou [(p ∧ q) → r] → [p → (q → r)]
p → (q → r)

2º caso: Importação

p → (q → r)
ou [p → (q → r)] → [(p ∧ q) → r]
(p ∧ q) → r

Produto lógico de condicionais: este produto consiste na dedução de uma condicional conclusiva,
que será a conclusão do argumento, decorrente ou resultante de várias outras premissas formadas
por, apenas, condicionais.
Ao efetuar o produto lógico, eliminam-se as proposições simples iguais que se localizam em partes
opostas das condicionais que formam a premissa do argumento, resultando em uma condicional
denominada condicional conclusiva. Vejamos o exemplo:

Nós podemos aplicar a soma lógica em alguns casos, como por exemplo:

1º caso - quando a condicional conclusiva é formada pelas proposições simples que aparecem apenas
uma vez no conjunto das premissas do argumento.

Exemplo

Dado o argumento:
Se chove, então faz frio.

8
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Se neva, então chove.
Se faz frio, então há nuvens no céu.
Se há nuvens no céu, então o dia está claro.
Temos então o argumento formado pelas seguintes premissas:
P1: Se chove, então faz frio.
P2: Se neva, então chove.
P3: Se faz frio, então há nuvens no céu.
P4: Se há nuvens no céu, então o dia está claro.

Vamos denotar as proposições simples:


p: chover
q: fazer frio
r: nevar
s: existir nuvens no céu
t: o dia está claro
Montando o produto lógico teremos:

𝑝→𝑞 𝑝→𝑞
𝑟→𝑞 𝑟→𝑞
𝑟→𝑝 𝑟→𝑝 𝑟→𝑠 𝑟→𝑠
𝑥{ ⇒ 𝑥{ ⇒ 𝑥 { 𝑞 → 𝑠 ⇒ 𝑥 {𝑞 → 𝑠 ⇒ 𝑥 { ⇒ 𝑥{ ⇒𝑟→𝑡
𝑞→𝑠 𝑞→𝑠 𝑠→𝑡 𝑠→𝑡
𝑠→𝑡 𝑠→𝑡
𝑠→𝑡 𝑠→𝑡

Conclusão: “Se neva, então o dia está claro”.

Observe que: As proposições simples “nevar” e “o dia está claro” só apareceram uma vez no conjunto
de premissas do argumento anterior.

2º caso - quando a condicional conclusiva é formada por, apenas, uma proposição simples que
aparece em ambas as partes da condicional conclusiva, sendo uma a negação da outra. As demais
proposições simples são eliminadas pelo processo natural do produto lógico.
Neste caso, na condicional conclusiva, a 1ª parte deverá necessariamente ser FALSA, e a 2ª parte,
necessariamente VERDADEIRA.

DICA:
Nos dois casos anteriores, pode-se utilizar o recurso de equivalência da
contrapositiva (contraposição) de uma condicional, para que ocorram os devidos
reajustes entre as proposições simples de uma determinada condicional que resulte
no produto lógico desejado.
(p → q) ⇔ ~q → ~p

Exemplo
Seja o argumento: Se Ana trabalha, então Beto não estuda. Se Carlos não viaja, então Beto não
estuda. Se Carlos viaja, Ana trabalha.

Temos então o argumento formado pelas seguintes premissas:


P1: Se Ana trabalha, então Beto não estuda.
P2: Se Carlos não viaja, então Beto não estuda.
P3: Se Carlos viaja, Ana trabalha.
Denotando as proposições simples teremos:
p: Ana trabalha
q: Beto estuda
r: Carlos viaja
Montando o produto lógico teremos:

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𝑝 → ~𝑞 𝑝 → ~𝑞
𝑟 → ~𝑞
{~𝑟 → ~𝑞 (𝑎𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑎𝑝𝑜𝑠𝑖𝑡𝑖𝑣𝑎) ⇒ 𝑥 { 𝑞 → 𝑟 ⇒ 𝑥 { 𝑞 → 𝑟 ⇒ ⏟
𝑞 → ~𝑞

𝑟→𝑝 𝑟→𝑝 𝐹 𝑉

Conclusão: “Beto não estuda”.

Questões

01. (IFAL – Assistente Social – COPEVE/UFAL/2019) Considere as seguintes premissas:


– Se é domingo, então Carlos lava seu carro. – Se chover, então Carlos não lava seu carro. – Se não
é domingo, então Carlos acorda cedo. – Carlos acordou tarde.
Com base nessas premissas, pode-se concluir que:
(A) Não é domingo
(B) Não lavou o carro
(C) Não choveu
(D) Choveu
(E) É impossível concluir

02. (CRM/AC – Assistente Administrativo – QUADRIX/2019)


P: Se João obedece à sua mãe, então ele come pudim.
Q: Se João não come pudim, então ele fica triste.
R: João gosta de futebol e sua mãe gosta de novela.
Considerando as proposições lógicas acima, julgue o item.
Se João não fica triste, então ele obedece à sua mãe.
( ) Certo ( ) Errado

03. (FLAMA/SC – Geólogo – UNESC/2019) Considere verdadeiras as afirmações a seguir:


I - Se Vivi é costureira, então Verônica não é advogada
II - Se Verinha é bailarina, então Verônica é advogada
III - Virna é professora
IV - Ou Verinha é bailarina, ou Virna não é professora.
Com base nessas afirmações podemos concluir corretamente que:
(A) Se Virna é professora, então Verônica não é advogada
(B) Se Verônica não é advogada, então Verinha não é bailarina
(C) Virna é professora e Verônica não é advogada
(D) Verônica não é advogada ou Vivi é costureira

04. (Pref. de Petrolina/PE – Guarda Civil – IDIB/2019) Em uma sala de aula, o professor instiga os
alunos com problemas de raciocínio lógico relacionando as cores dos carros e seus proprietários. Desta
forma, o professor repassou aos alunos as afirmativas verdadeiras a seguir:
I. Ou Bruno tem um carro rosa, ou Cinthia não tem um carro verde.
II. Se Daniel tem um carro amarelo, então Ana não tem um carro azul.
III. Se Bruno tem um carro rosa, então Ana tem um carro azul.
IV. Cinthia tem um carro verde.
Com base nas afirmações anteriores, pode-se concluir com certeza que:
(A) Se Ana não tem um carro azul, então Bruno não tem um carro rosa.
(B) Bruno não tem um carro rosa ou Daniel tem um carro amarelo.
(C) Ana não tem um carro azul e Daniel não tem um carro amarelo.
(D) Cinthia tem um carro verde e Ana não tem um carro azul.
(E) Se Cinthia tem um carro verde, então Ana não tem um carro azul.

05. (DPU – Agente Administrativo – CESPE) Considere que as seguintes proposições sejam
verdadeiras.
• Quando chove, Maria não vai ao cinema.
• Quando Cláudio fica em casa, Maria vai ao cinema.
• Quando Cláudio sai de casa, não faz frio.
• Quando Fernando está estudando, não chove.
• Durante a noite, faz frio.
Tendo como referência as proposições apresentadas, julgue o item subsecutivo.

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Se Maria foi ao cinema, então Fernando estava estudando.
( ) Certo ( ) Errado

06. (STJ – Conhecimentos Gerais para o cargo 17 – CESPE) Mariana é uma estudante que tem
grande apreço pela matemática, apesar de achar essa uma área muito difícil. Sempre que tem tempo
suficiente para estudar, Mariana é aprovada nas disciplinas de matemática que cursa na faculdade. Neste
semestre, Mariana está cursando a disciplina chamada Introdução à Matemática Aplicada. No entanto,
ela não tem tempo suficiente para estudar e não será aprovada nessa disciplina.
A partir das informações apresentadas nessa situação hipotética, julgue o item a seguir, acerca das
estruturas lógicas.
Considerando-se as seguintes proposições:
p: “Se Mariana aprende o conteúdo de Cálculo 1, então ela aprende o conteúdo de Química Geral";
q: “Se Mariana aprende o conteúdo de Química Geral, então ela é aprovada em Química Geral";
c: “Mariana foi aprovada em Química Geral", é correto afirmar que o argumento formado pelas
premissas p e q e pela conclusão c é um argumento válido.
( ) Certo ( ) Errado

07. (Petrobras – Técnico (a) de Exploração de Petróleo Júnior – CESGRANRIO) Se Esmeralda é


uma fada, então Bongrado é um elfo. Se Bongrado é um elfo, então Monarca é um centauro. Se Monarca
é um centauro, então Tristeza é uma bruxa.
Ora, sabe-se que Tristeza não é uma bruxa, logo
(A) Esmeralda é uma fada, e Bongrado não é um elfo.
(B) Esmeralda não é uma fada, e Monarca não é um centauro.
(C) Bongrado é um elfo, e Monarca é um centauro.
(D) Bongrado é um elfo, e Esmeralda é uma fada
(E) Monarca é um centauro, e Bongrado não é um elfo.

08. (Câm. de Indaiatuba/SP – Analista de Sistemas – VUNESP) Considere verdadeiras as


afirmações I e II, e falsa a afirmação III.
I. Se Hugo é policial, então Beatriz é juíza.
II. Se Fernando é vereador, então Vanessa é professora.
III. Beatriz não é juíza ou Vanessa é professora.
A alternativa que contém uma afirmação necessariamente verdadeira, com base nas afirmações
apresentadas é:
(A) Fernando não é vereador
(B) Hugo é policial.
(C) Hugo não é policial e Fernando é vereador.
(D) Hugo é policial e Fernando não é vereador.
(E) Hugo é policial ou Fernando é vereador.

Comentários

01. Resposta: C
Observe que dentre as premissas temos uma proposição simples, portanto iremos começar por ela e
a partir daí descobriremos os valores lógicos das outras, lembrando, as premissas são sempre
verdadeiras.
Carlos acordou tarde (V)
Vamos procurar uma que fale sobre o Carlos acordar ou não tarde.
Se não é domingo, então Carlos acorda cedo(F).
Como Carlos aordou tarde, Carlos acordou cedo é Falso, sendo assim temos uma condicional ? →F,
logo o valor de não é domingo tem que ser obrigatoriamente Falso, pois a premissa tem que ser verdadeira
e se tivermos um VF teremos uma premissa falsa, por isso devemos ter FF, continuando para outra
premissa.
Se é domingo, então Carlos lava seu carro
Não é domingo é F, logo ser domingo é V, portanto obrigatoriamente Carlos lava seu carro tem que
ser V, pois senão teríamos um V→F que na condicional seria falso, continuando,
Se chover, então Carlos não lava seu carro
? → F (pois Carlos lava seu carro é V)

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Como é uma condicional, Chover tem que ser Falso, para a condicional ser verdadeira, logo temos o
seguinte:
Chover = F
Ser domingo = V
Carlos lava seu carro = V
Carlos acordou tarde = V
Assim a conclusão verdadeira está na alternativa “C” Não choveu, pois se chover é falso, não chover
é verdadeiro.

02. Resposta: Errado


Vamos analisar as premissas, lembrando que elas devem ser sempre verdadeiras, temos que tentar
concluir: Se João não fica triste, então ele obedece à sua mãe.
O ponta pé inicial é procurar a premissa mais simples, ou seja, a proposição simples ou uma conjunção,
se não houver nenhuma dessas aí partimos para uma bicondicional ou uma disjunção exclusiva, mas aí
meu amigo, amarra as calças, pois tem que testar todos os casos em que elas são verdadeiras, mas
voltando para nossa questão aqui, temo uma conjunção em “R”.
R: João gosta de futebol e sua mãe gosta de novela.
A conjunção só é verdadeira se for tudo V, logo:
João gosta de futebol = V
sua mãe gosta de novela = V
Agora vamos para as outras premissas utilizando essas informações já encontradas.
Mas aí não conseguimos mais nada com as outras premissas, logo vamos tentar o método de negar
a conclusão, aí se a conclusão for falsa e as premissas continuar verdadeiras estaremos diante de um
argumento inválido, vamos lá!
Se João não fica triste, então ele obedece à sua mãe (para ser falso devemos ter VF)
João não fica triste = V
Ele obedece sua mãe = F
Vamos para as premissas, “R” já conseguimos determinar que ela pode ser Verdadeira, falta P e Q
Q: Se João não come pudim, então ele fica triste.
? → F, assim João não come pudim é F.

P: Se João obedece à sua mãe, então ele come pudim.


F→F
Essa premissa também vai ser verdade, então meu amigo(a), as premissas são verdadeiras mesmo
eu negando a conclusão, desta forma não podemos ter um argumento válido, assim ele é inválido,
portanto não podemos concluir que Se João não fica triste, então ele obedece à sua mãe, logo gabarito
errado.

03. Resposta: B
Para resolver esse tipo de questão, lembre-se de procurar uma proposição simples ou por uma
conjunção, pois todas as premissas são verdadeiras.
I - Se Vivi é costureira, então Verônica não é advogada
II - Se Verinha é bailarina, então Verônica é advogada
III - Virna é professora
IV - Ou Verinha é bailarina, ou Virna não é professora.
Vou começar pela premissa III pois é uma proposição simples.
Virna é professora (V)
Procure uma premissa que contenha algo de Virna (IV).
IV - Ou Verinha é bailarina, ou Virna não é professora.
?v F como é uma disjunção exclusiva para ser verdadeiro as proposições simples
precisam ter valor lógico diferentes logo a primeira é V.
Verinha é bailarina (V)
Premissa II
Se Verinha é bailarina, então Verônica é advogada
V→? A segunda parte precisa ser V para a condicional ser Verdadeira, logo
Verônica é advogada (V)
Premissa I
Se Vivi é costureira, então Verônica não é advogada
? → F, a primeira parte precisa ser F para a condicional ser Verdadeira, logo

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Vivi é costureira (F)
Agora, sabendo o valor lógico dessas proposições, vamos para as alternativas
(A) Se Virna é professora, então Verônica não é advogada
V→F essa condicional é FALSA
(B) Se Verônica não é advogada, então Verinha não é bailarina
F → F essa condicional é verdadeira, logo é a alternativa correta
(C) Virna é professora e Verônica não é advogada
V ^F essa conjunção é FALSA
(D) Verônica não é advogada ou Vivi é costureira
FvF essa disjunção simples é falsa

04. Resposta: A
Precisamos procurar uma proposição simples ou uma conjunção, para ser nosso ponto de partida.
I. Ou Bruno tem um carro rosa, ou Cinthia não tem um carro verde.
II. Se Daniel tem um carro amarelo, então Ana não tem um carro azul.
III. Se Bruno tem um carro rosa, então Ana tem um carro azul.
IV. Cinthia tem um carro verde.
Iremos iniciar então pela premissa IV
Cinthia tem um carro verde (V)
Agora vamos para a premissa I
Ou Bruno tem um carro rosa, ou Cinthia não tem um carro verde
? v F a primeira parte precisa ser V para a disjunção exclusiva ser Verdadeira
Bruno tem um carro rosa (V)
Premissa III
Se Bruno tem um carro rosa, então Ana tem um carro azul
V → ? a segunda parte precisa ser V para a condicional ser Verdadeira.
Ana tem um carro azul (V)
Premissa II
Se Daniel tem um carro amarelo, então Ana não tem um carro azul
? → F a primeira parte precisa ser F para a condicional ser Verdadeira.
Daniel tem um carro amarelo (F)
Agora vamos analisar as alternativas.
(A) Se Ana não tem um carro azul, então Bruno não tem um carro rosa.
V → V essa condicional é verdaderia, logo é nossa alternativa correta.
(B) Bruno não tem um carro rosa ou Daniel tem um carro amarelo.
F v F essa disjunção simples é FALSA
(C) Ana não tem um carro azul e Daniel não tem um carro amarelo.
F ^ V essa conjunção é FALSA
(D) Cinthia tem um carro verde e Ana não tem um carro azul.
V ^F essa conjunção é FALSA
(E) Se Cinthia tem um carro verde, então Ana não tem um carro azul.
V → F essa condicional é FALSA

05. Resposta: Errado


A questão trata-se de lógica de argumentação, dadas as premissas chegamos a uma conclusão.
Enumerando as premissas:
A = Chove
B = Maria vai ao cinema
C = Cláudio fica em casa
D = Faz frio
E = Fernando está estudando
F = É noite
A argumentação parte que a conclusão deve ser (V)
Lembramos a tabela verdade da condicional:

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1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
A condicional só será F quando a 1ª for verdadeira e a 2ª falsa, utilizando isso temos:
O que se quer saber é: Se Maria foi ao cinema, então Fernando estava estudando. // B → ~E
Iniciando temos:
4º - Quando chove (F), Maria não vai ao cinema. (F) // A → ~B = V – para que o argumento seja válido
temos que Quando chove tem que ser F.
3º - Quando Cláudio fica em casa (V), Maria vai ao cinema (V). // C → B = V - para que o argumento
seja válido temos que Maria vai ao cinema tem que ser V.
2º - Quando Cláudio sai de casa (F), não faz frio (F). // ~C → ~D = V - para que o argumento seja
válido temos que Quando Cláudio sai de casa tem que ser F.
5º - Quando Fernando está estudando (V ou F), não chove (V). // E → ~A = V. – neste caso Quando
Fernando está estudando pode ser V ou F.
1º- Durante a noite (V), faz frio (V). // F → D = V
Logo nada podemos afirmar sobre a afirmação: Se Maria foi ao cinema (V), então Fernando estava
estudando (V ou F); pois temos dois valores lógicos para chegarmos à conclusão (V ou F).

06. Resposta: Errado


Se o argumento acima for válido, então, teremos a seguinte estrutura lógica (fórmula) representativa
desse argumento:
P1 ∧ P2 → C
Organizando e resolvendo, temos:
A: Mariana aprende o conteúdo de Cálculo 1
B: Mariana aprende o conteúdo de Química Geral
C: Mariana é aprovada em Química Geral
Argumento: [(A → B) ∧ (B → C)] ⇒ C
Vamos ver se há a possibilidade de a conclusão ser falsa e as premissas serem verdadeiras, para
sabermos se o argumento é válido:
Testando C para falso:
(A → B) ∧ (B →C)
(A →B) ∧ (B → F)
Para obtermos um resultado V da 2º premissa, logo B têm que ser F:
(A → B) ∧ (B → F)
(A → F) ∧ (F → F)
(F → F) ∧ (V)
Para que a primeira premissa seja verdadeira, é preciso que o “A” seja falso:
(A → F) ∧ (V)
(F → F) ∧ (V)
(V) ∧ (V)
(V)
Então, é possível que o conjunto de premissas seja verdadeiro e a conclusão seja falsa ao mesmo
tempo, o que nos leva a concluir que esse argumento não é válido.

07. Resposta: B
Vamos analisar cada frase partindo da afirmativa Tristeza não é bruxa, considerando ela como (V),
precisamos ter como conclusão o valor lógico (V), então:
(4) Se Esmeralda é uma fada(F), então Bongrado é um elfo (F) → V
(3) Se Bongrado é um elfo (F), então Monarca é um centauro (F) → V
(2) Se Monarca é um centauro(F), então Tristeza é uma bruxa(F) → V
(1) Tristeza não é uma bruxa (V)
Logo:
Temos que:
Esmeralda não é fada(V)

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Bongrado não é elfo (V)
Monarca não é um centauro (V)
Como a conclusão parte da conjunção, o mesmo só será verdadeiro quando todas as afirmativas forem
verdadeiras, logo, a única que contém esse valor lógico é:
Esmeralda não é uma fada, e Monarca não é um centauro.

08. Resposta: A
Sabemos que I e II são VERDADEIRAS e que III é FALSA
I. Se Hugo é policial, então Beatriz é juíza. VERDADEIRA
II. Se Fernando é vereador, então Vanessa é professora. VERDADEIRA
III. Beatriz não é juíza ou Vanessa é professora. FALSA
Não recomendo iniciar pelas premissas I e II, pois a condicional possui três formas de verdade em sua
tabela, já a premissa III é uma disjunção simples e só possui uma forma de ser FALSA (F v F), logo
começaremos por ela
Beatriz não é juíza ou Vanessa é professora
FvF
Agora podemos partir para as outras, tanto faz começar pela I ou pela II.
II. Se Fernando é vereador, então Vanessa é professora
? → F, para essa condicional ser verdadeira a primeira parte precisa ser FALSA
Fernando é vereador (F)
I. Se Hugo é policial, então Beatriz é juíza
? → V, para essa condicional ser verdadeira não importa o valor lógico da primeira parte, pois ela
sempre vai ser verdadeira, deste modo, não podemos concluir nada sobre Hugo ser policial, vamos
analisar as alternativas.
(A) Fernando não é vereador
Essa é a alternativa correta
(B) Hugo é policial.
Não podemos concluir isso do HUGO
(C) Hugo não é policial e Fernando é vereador.
? ^ F não importa o que o Hugo seja, essa conjunção já é FALSA
(D) Hugo é policial e Fernando não é vereador.
? ^ V para essa conjunção ser verdadeira a primeira parte obrigatoriamente precisa ser Verdadeira,
mas não podemos afirmar nada dela, então não podemos concluir isso.
(E) Hugo é policial ou Fernando é vereador.
? v F, para essa disjunção simples ser verdadeira, a primeira parte deveria ser verdadeira, mas não
podemos afirmar nada do Hugo, portanto não podemos assinalar ela.

IMPLICAÇÃO LÓGICA

Se uma proposição P (p,q,r,...) implica logicamente ou apenas implica uma proposição Q (p,q,r,...) se
Q (p,q,r,...) é verdadeira (V) todas as vezes que P (p,q,r,...) é verdadeira (V), ou seja, a proposição P
implica a proposição Q, quando a condicional P → Q for uma tautologia.

Representamos a implicação com o símbolo “⇒”, simbolicamente temos:

P (p,q,r,...) ⇒ Q (p,q,r,...).

A não ocorrência de VF na tabela verdade de P → Q, ou ainda que o valor lógico da condicional P →


Q será sempre V, ou então que P → Q é uma tautologia.

Observação: Os símbolos “→” e “⇒” são completamente distintos. O primeiro (“→”) representa a
condicional, que é um conectivo. O segundo (“⇒”) representa a relação de implicação lógica que pode ou
não existir entre duas proposições.

Exemplo

A tabela verdade da condicional (p ^ q) → (p ↔ q) será:

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p q p ^q p↔ (p ^ q) → (p
q ↔ q)
V V V V V
V F F F V
F V F F V
F F F V V

Portanto, (p ^ q) → (p ↔ q) é uma tautologia, por isso (p ^ q) ⇒ (p ↔q).

Em particular:
- Toda proposição implica uma Tautologia: p ⇒ p v ~p

p p v ~p
V V
F V

- Somente uma contradição implica uma contradição: p ^ ~p ⇒ p v ~p → p ^ ~p

p ~p p ^ ~p p v ~p → p ^ ~p
V F F F
F V F F

Propriedades da Implicação Lógica


A implicação lógica goza das propriedades reflexiva e transitiva:
Reflexiva: P (p,q,r,...) ⇒ P (p,q,r,...)
Uma proposição complexa implica ela mesma
Transitiva: Se P (p,q,r,...) ⇒ Q (p,q,r,...) e
Q (p,q,r,...) ⇒ R (p,q,r,...), então
P (p,q,r,...) ⇒ R (p,q,r,...)

Se P ⇒ Q e Q ⇒ R, então P ⇒ R

Exemplificação e Regras de Inferência

Inferência é o ato de derivar conclusões lógicas de proposições conhecidas ou decididamente


verdadeiras. Em outras palavras: é a obtenção de novas proposições a partir de proposições verdadeiras
já existentes. Vejamos as regras de inferência obtidas da implicação lógica:

1 – A tabela verdade das proposições p ^ q, p v q , p ↔ q é:

A proposição “p ^ q” é verdadeira (V) somente na 1ª linha, e também nesta linha as proposições “p v


q” e “p → q” também são. Logo a primeira proposição IMPLICA cada uma das outras duas proposições.
Então:
p^q⇒pvq
p^q⇒p→q

A tabela acima também demonstram as importantes Regras de Inferência:


Adição – p ⇒ p v q e q ⇒ p v q
Simplificação – p ^ q ⇒ p e p ^ q ⇒ q

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2 – A tabela verdade das proposições p ↔ q, p → q e q → p, é:

L p q p↔q p→q q→p


1ª V V V V V
2ª V F F F V
3ª F V F V F
4ª F F V V V

A proposição “p ↔ q” é verdadeira (V) na 1ª e 4ª linha e as proposições “p → q” e “q → p” também são


verdadeiras. Logo a primeira proposição IMPLICA cada uma das outras duas proposições. Então:

p↔q⇒p→q e p↔q ⇒q → p

3 - Dada a proposição: (p v q) ^ ~p sua tabela verdade é:

p q pvq ~p (p v q) ^ ~p
V V V F F
V F V F F
F V V V V
F F F V F

Esta proposição é verdadeira somente na 3ª linha e nesta linha a proposição “q” também verdadeira,
logo subsiste a IMPLICAÇÃO LÓGICA, denominada Regra do Silogismo disjuntivo.

(p v q) ^ ~p ⇒ q

É válido também: (p v q) ^ ~q ⇒ p

4 – A tabela verdade da proposição (p → q) ^ p é:

A proposição é verdadeira somente na 1ª linha, e nesta linha a proposição “q” também é verdadeira,
logo subsiste a IMPLICAÇÃO LÓGICA, também denominada Regra de Modus ponens.

(p → q) ^ p ⇒ q

5 – A tabela verdade das proposições (p → q) ^ ~q e ~p é:

A proposição (p → q) ^ ~q é verdadeira somente na 4º linha e nesta a proposição “~p” também é


verdadeira, logo subsiste a IMPLICAÇÃO LÓGICA, denominada de Regra Modus tollens.

(p → q) ^ ~q ⇒ ~p

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Observe que “~p” implica “p → q”, isto é: ~p ⇒ p → q

Recapitulando as Regras de Inferência aplicadas a Implicação Lógica:

Adição p⇒pvq
q⇒pvq
Simplificação p^q⇒p
p^q⇒q
Silogismo disjuntivo (p v q) ^ ~p ⇒ q
(p v q) ^ ~q ⇒ p
Modus ponens (p → q) ^ p ⇒ q
Modus tollens (p → q) ^ ~q ⇒ ~p
Referência
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo: Nobel – 2002.

Questões

01. (TJ/PI – Analista Judiciário – Escrivão Judicial – FGV) Renato falou a verdade quando disse:
• Corro ou faço ginástica.
• Acordo cedo ou não corro.
• Como pouco ou não faço ginástica.
Certo dia, Renato comeu muito.

É correto concluir que, nesse dia, Renato:


(A) correu e fez ginástica;
(B) não fez ginástica e não correu;
(C) correu e não acordou cedo;
(D) acordou cedo e correu;
(E) não fez ginástica e não acordou cedo.

02. Dizer que “André é artista ou Bernardo não é engenheiro” é logicamente equivalente a dizer que:
(A) André é artista se e somente Bernardo não é engenheiro.
(B) Se André é artista, então Bernardo não é engenheiro.
(C) Se André não é artista, então Bernardo é engenheiro.
(D) Se Bernardo é engenheiro, então André é artista.
(E) André não é artista e Bernardo é engenheiro.

03. Dizer que “Pedro não é pedreiro ou Paulo é paulista,” é do ponto de vista lógico, o mesmo que
dizer que:
(A) Se Pedro é pedreiro, então Paulo é paulista.
(B) Se Paulo é paulista, então Pedro é pedreiro.
(C) Se Pedro não é pedreiro, então Paulo é paulista.
(D) Se Pedro é pedreiro, então Paulo não é paulista.
(E) Se Pedro não é pedreiro, então Paulo não é paulista.

Respostas

01. Resposta: D.
Na disjunção, para evitarmos que elas fiquem falsas, basta por uma das proposições simples como
verdadeira, logo:
“Renato comeu muito”
Como pouco ou não faço ginástica
F V

Corro ou faço ginástica


V F

Acordo cedo ou não corro

18
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V F

Portanto ele:
Comeu muito
Não fez ginástica
Correu, e;
Acordou cedo

02. Resposta D
Na expressão temos ~p v q  p  q  ~q  ~p. Temos duas possibilidades de equivalência p  q:
Se André não é artista , então Bernardo não é engenheiro. Porém não temos essa opção ~q  ~p: Se
Bernardo é engenheiro, então André é artista. Logo reposta letra d).

03. Resposta: A.
Na expressão temos ~p v q  p  q p  q: Se Pedro é pedreiro, então Paulo é paulista. Letra a).

EQUIVALÊNCIAS LÓGICAS

Diz-se que duas ou mais proposições compostas são equivalentes, quando mesmo possuindo
estruturas lógicas diferentes, apresentam a mesma solução em suas respectivas tabelas verdade.
Se as proposições P(p,q,r,...) e Q(p,q,r,...) são ambas TAUTOLOGIAS, ou então, são
CONTRADIÇÕES, então são EQUIVALENTES.

Exemplo
Dada as proposições “~p → q” e “p v q” verificar se elas são equivalentes.

Vamos montar a tabela verdade para sabermos se elas são equivalentes.

Observamos que as proposições compostas “~p → q” e “p ∨ q” são equivalentes.

~p → q ≡ p ∨ q ou ~p → q ⇔ p ∨ q, onde “≡” e “⇔” são os símbolos que representam a equivalência


entre proposições.

Equivalências fundamentais (Propriedades Fundamentais): a equivalência lógica entre as


proposições goza das propriedades simétrica, reflexiva e transitiva.

1 – Simetria (equivalência por simetria)

a) p ^ q ⇔ q ^ p

b) p v q ⇔ q v p

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c) p ∨ q ⇔ q ∨ p

d) p ↔ q ⇔ q ↔ p

2 - Reflexiva (equivalência por reflexão)


p→ p⇔p→ p

3 – Transitiva
Se P(p,q,r,...) ⇔ Q(p,q,r,...) E
Q(p,q,r,...) ⇔ R(p,q,r,...) ENTÃO
P(p,q,r,...) ⇔ R(p,q,r,...) .

Equivalências notáveis

1 - Distribuição (equivalência pela distributiva)

a) p ∧ (q ∨ r) ⇔ (p ∧ q) ∨ (p ∧ r)

b) p ∨ (q ∧ r) ⇔ (p ∨ q) ∧ (p ∨ r)

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2 - Associação (equivalência pela associativa)

a) p ∧ (q ∧ r) ⇔ (p ∧ q) ∧ (p ∧ r)

b) p ∨ (q ∨ r) ⇔ (p ∨ q) ∨ (p ∨ r)

3 – Idempotência

a) p ⇔ (p ∧ p)

b) p ⇔ (p ∨ p)

4 - Pela contraposição: de uma condicional gera-se outra condicional equivalente à primeira, apenas
invertendo-se e negando-se as proposições simples que as compõem.

1º caso – (p → q) ⇔ (~q → ~p)

Exemplo

p → q: Se André é professor, então é pobre.


~q → ~p: Se André não é pobre, então não é professor.

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2º caso: (~p → q) ⇔ (~q → p)

Exemplo

~p → q: Se André não é professor, então é pobre.


~q → p: Se André não é pobre, então é professor.

3º caso: (p → ~q) ⇔ (q → ~p)

Exemplo

p → ~q: Se André é professor, então não é pobre.


q → ~p: Se André é pobre, então não é professor.

4 º Caso: (p → q) ⇔ ~p v q

Exemplo

p → q: Se estudo então passo no concurso.


~p v q: Não estudo ou passo no concurso.

5 - Pela bicondicional
a) (p ↔ q) ⇔ (p → q) ∧ (q → p), por definição

b) (p ↔ q) ⇔ (~q → ~p) ∧ (~p → ~q), aplicando-se a contrapositiva às partes

22
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c) (p ↔ q) ⇔ (p ∧ q) ∨ (~p ∧ ~q)

6 - Pela exportação-importação

[(p ∧ q) → r] ⇔ [p → (q → r)]

Proposições Associadas a uma Condicional (se, então)

Chama-se proposições associadas a p → q as três proposições condicionadas que contêm p e q:


– Proposições recíprocas: p → q: q → p
– Proposição contrária: p → q: ~p → ~q
– Proposição contrapositiva: p → q: ~q → ~p

Observe a tabela verdade dessas quatro proposições:

Note que:

Observamos ainda que a condicional p → q e a sua recíproca q → p ou a sua contrária ~p → ~q NÃO


SÃO EQUIVALENTES.

Exemplos

p → q: Se T é equilátero, então T é isósceles. (V)


q → p: Se T é isósceles, então T é equilátero. (F)

23
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Exemplo

Vamos determinar:
a) A contrapositiva de p → q
b) A contrapositiva da recíproca de p → q
c) A contrapositiva da contrária de p → q

Resolução

a) A contrapositiva de p → q é ~q → ~p
A contrapositiva de ~q → ~p é ~~p → ~~q ⇔ p → q

b) A recíproca de p → q é q → p
A contrapositiva de q → p é ~p → ~q

c) A contrária de p → q é ~p → ~q
A contrapositiva de ~p → ~q é q → p

Equivalência “NENHUM” e “TODO”

1 – NENHUM A é B ⇔ TODO A é não B.


Exemplo:
Nenhum médico é tenista ⇔ Todo médico é não tenista (= Todo médico não é tenista)

2 – TODO A é B ⇔ NENHUM A é não B.


Exemplo:
Toda música é bela ⇔ Nenhuma música é não bela (= Nenhuma música é bela)
Referências
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo: Nobel – 2002.
CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu - Raciocínio lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.

Questões

01. (MRE – Oficial de Chancelaria – FGV) Considere a sentença:


“Corro e não fico cansado".
Uma sentença logicamente equivalente à negação da sentença dada é:
(A) Se corro então fico cansado.
(B) Se não corro então não fico cansado.
(C) Não corro e fico cansado.
(D) Corro e fico cansado.
(E) Não corro ou não fico cansado.

02. (TCE/RN – Conhecimentos Gerais para o cargo 4 – CESPE) Em campanha de incentivo à


regularização da documentação de imóveis, um cartório estampou um cartaz com os seguintes dizeres:
“O comprador que não escritura e não registra o imóvel não se torna dono desse imóvel".
A partir dessa situação hipotética e considerando que a proposição P: “Se o comprador não escritura
o imóvel, então ele não o registra" seja verdadeira, julgue o item seguinte.
A proposição P é logicamente equivalente à proposição “O comprador escritura o imóvel, ou não o
registra".
( ) Certo ( ) Errado

Comentários

01. Resposta: A.
A negação de P→Q é P ^ ~ Q
A equivalência de P→Q é ~P v Q ou pode ser: ~Q-->~P

02. Resposta: Certo.


Relembrando temos que: Se p então q = Não p ou q. (p → q = ~p v q)

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PROPOSIÇÕES FUNCIONAIS OU QUANTIFICADAS
(LÓGICA DE PRIMEIRA ORDEM OU LÓGICA DOS PREDICADOS)

Em Lógica e em Matemática, são chamadas proposições somente as sentenças declarativas, às quais


se pode associar um e, somente um, dos valores lógicos, V ou F.
As sentenças que não podem ser classificadas com V ou F, são chamadas de sentenças abertas.

Exemplos

a) x + 2 > 15
b) Em 2018, ele será presidente do Brasil novamente.
Observe que as variáveis “x” e “ele”, analisando os valores lógicos temos que:

a) x > 13
Se x assumir os valores maiores que 13 (14,15, 16, ...) temos que a sentença é verdadeira.
Se assumir valores menores ou iguais a 13 (12,11, 10, ...) temos que a sentença é falsa.

b) Em 2022, ele será presidente do Brasil novamente.


Se ele for substituído, por exemplo, por Lula, teremos uma expressão verdadeira (pois Lula já foi
presidente do Brasil, podendo ser novamente).
Se for substituído por Aécio Neves, teremos uma expressão falsa (pois Aécio nunca foi presidente do
Brasil não podendo ser novamente).

Sentenças que contêm variáveis são chamadas de sentenças funcionais. Estas sentenças não são
proposições lógicas, pois seu valor lógico (V ou F) é discutível em função do valor de uma variável.

Podemos transformar as sentenças abertas em proposições lógicas por meio de duas etapas: atribuir
valores às variáveis ou utilizar quantificadores.

QUANTIFICADORES

Considerando, por exemplo, o conjunto A={5, 7, 8, 9, 11, 13}, podemos dizer:


- qualquer que seja o elemento de A, ele é um número natural;
- existe elemento de A que é número ímpar;
- existe um único elemento de A que é par;
- não existe elemento de A que é múltiplo de 6.
Em Lógica e em matemática há símbolos próprios, chamados quantificadores, usados para representar
expressões do tipo das quatro que acima dissemos.
Podemos afirmar que:

QUANTIFICADOR + SENTENÇA ABERTA = SENTENÇA FECHADA

TIPOS DE QUANTIFICADORES

- Quantificador universal: usado para transformar sentenças (proposições) abertas em proposições


fechadas, é indicado pelo símbolo “∀” (lê-se: “qualquer que seja”, “para todo”, “para cada”).

Exemplos

1) (∀x)(x + 5 = 9) – Lê-se: Qualquer que se x, temos que x + 5 = 9 (falsa)


2) (∀y)(y ≠ 8)(y – 1 ≠ 7) - Lê-se: Para cada valor de y, com y diferente de 8, tem-se que y – 1 ≠ 7
(verdadeira).

- Quantificador existencial: é indicado pelo símbolo “∃” (lê-se: “existe”, “existe pelo menos um” e
“existe um”).

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Exemplos

1) (∃x)(x + 5 = 9) – Lê-se: Existe um número x, tal que x + 5 = 9 (verdadeira).


2) (∃y ∊ N) (y + 5 < 3) - Lê-se: Existe um número y pertencente ao conjunto dos números Naturais, tal
que y + 5 < 3 (falsa).

Observação: Temos ainda um quantificador existencial simbolizado por “∃?”, que significa: “existe um
único”, “existe um e um só” e “existe só um”.

REPRESENTAÇÃO

Uma proposição quantificada é caracterizada pela presença de um quantificador (universal ou


existencial) e pelo predicado, de modo geral.

∀: 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎𝑑𝑜𝑟
(∀𝑥)(𝑝(𝑥)) {
𝑝(𝑥): 𝑝𝑟𝑒𝑑𝑖𝑐𝑎𝑑𝑜

∃: 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎𝑑𝑜𝑟
(∃𝑥)(𝑝(𝑥)) {
𝑝(𝑥): 𝑝𝑟𝑒𝑑𝑖𝑐𝑎𝑑𝑜

Exemplos

(Ǝx) (x > 0) (x + 4 = 11)


Quantificador: Ǝ – existencial
Condição de existência: x > 0
Predicado: x + 4 = 11
Lemos: Existe um valor para x, com x maior que zero, tal que x mais 4 é igual a 11.
Valor Lógico: V (verdade)

(ᗄx) (x ϵ Z) (x + 3 > 18)


Quantificador: ᗄ - universal
Condição de existência: x ϵ Z
Predicado: x + 3 > 18
Lemos: Para qualquer valor de x, com x pertencente ao conjunto dos inteiros, tem-se que x, mais 3 é
maior que 18.
Valor Lógico: F (falso)

O “domínio de discurso”, também chamado de “universo de discurso” ou “domínio de


quantificação”, é uma ferramenta analítica usada na lógica dedutiva, especialmente na lógica de
predicados. Indica o conjunto relevante de valores, os quais os quantificadores se referem. O
termo “universo de discurso” geralmente se refere à “condição de existência” das variáveis
(ou termos usados) numa função específica.

VARIÁVEL APARENTE E VARIÁVEL LIVRE

Quando um quantificador incide sobre uma variável, está diz-se aparente ou muda, caso contrário,
diz variável livre.
Vejamos:

A letra “x” é nas sentenças abertas “2x + 2 = 18”; “x > 5” é considerada variável livre, mas é considerada
aparente nas proposições: (ᗄx) (x > 5) e (Ǝx) (2x + 2 = 18).

PRINCÍPIO DE SUBSTITUIÇÃO DAS VARIÁVEIS APARENTES – Todas às vezes que uma


variável aparente é substituída, em todos os lugares que ocupa uma expressão, por outra
variável que não figure na mesma expressão, obtém-se uma expressão equivalente.

26
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Ou seja, qualquer que seja a sentença aberta p(x) em um conjunto A substituem as equivalências?
(ᗄ x ϵ A) (p(x)) ⇔ (ᗄ y ϵ A) (p(y))
(Ǝ x ϵ A) (p(x)) ⇔ (Ǝ y ϵ A) (p(y))

Exemplos

(ᗄ Fulano) (Fulano é mortal) ⇔ (ᗄ x) (x é mortal)


(Ǝ Fulano) (Fulano foi à Lua) ⇔ (Ǝ x) (x foi à Lua)

QUANTIFICADOR DE EXISTÊNCIA E UNICIDADE

Consideremos no conjunto dos números reais (R) a sentença aberta “x2 = 16”, por ser: 42 = 16, (-4)2 =
16 e 4 ≠ -4.

Podemos concluir: (Ǝ x, y ϵ R) (x2 = 16 ^ y2 = 16 ^ x ≠ y).


Ao contrário, para a sentença aberta “x3 = 27” em R teremos as duas proposições:
1ª) (Ǝ x ϵ R) (x3 = 27)
2ª) x3 = 27 ^ y3 = 27 ⇒ x = y

A primeira proposição diz que existe pelo menos um x ϵ R tal que x3 = 27 (x = 3), é uma afirmação
de existência. Observe que não existe outra forma de obtermos o resultado, uma vez que não podemos
colocar número negativo elevado a expoente ímpar e obter resultado positivo (propriedade da potência).
A segunda proposição diz que não pode existir mais de um x ϵ R tal que x3 = 27; é uma afirmação
de unicidade.
A conjunção das duas proposições diz que existe x ϵ R e um só tal que x3 = 27. Para indicarmos este
fato, vamos escrever da seguinte forma:
(Ǝ! x ϵ R) (x3 = 27)

Onde o símbolo “Ǝ!” é chamado de Quantificador existencial de unicidade e lê se: “Existe um e um


só”.

Muitas proposições encerram afirmações de existência e unicidade. Por exemplo no universo R:


a ≠ 0 ⇒ (ᗄ b) (Ǝ! x) (ax = b)

Exemplos

(Ǝ! x ϵ N) (x2 – 9 = 0)
(Ǝ! x ϵ Z) (-1 < x < 1)
(Ǝ! x ϵ R) (|x| = 0)

Todas as proposições acima são verdadeiras.

NEGAÇÃO DAS PROPOSIÇÕES QUANTIFICADAS OU FUNCIONAIS

1º - Seja uma sentença quantificada do tipo (∀x)(A(x)). Sua negação será dada da seguinte forma:
substitui-se o quantificador universal pelo existencial e nega-se o predicado A(x), obtendo-se
(∃x)(~A(x)).

Exemplo

(∀x) (x + 7 = 25), negando a sentença ~(∀x) (x + 7 = 25), temos: (∃x) (x + 7 ≠ 25)

2º - Seja uma sentença quantificada do tipo (∃x)(B(x)). Sua negação será dada da seguinte forma:
substitui-se o quantificador existencial pelo universal e nega-se o predicado B(x), obtendo-se
(∀x)(~B(x)).

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1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Exemplo

(∃x) (x + 7 = 25), negando a sentença ~(∃x) (x + 7 = 25), temos: (∀x) (x + 7 ≠ 25).

Em resumo temos que:

Quantificador Universal passa para Existencial e vice e versa:


1º passo (∀x) ⇨ (∃x)
(∃x) ⇨ (∀x)
2º passo Conserva-se a condição de existência da variável, caso exista.
3º passo Nega-se o predicado.

RELAÇÕES ENTRE AS LINGUAGENS CATEGÓRICAS E QUANTIFICADAS

Representação de uma Representação Nomenclaturas dos


proposição categórica simbólica termos dos predicados
quantificada
ALGUM paulistano é p(x) = paulistano
(∃x) (p(x) ^ q(x))
corintiano. q(x) = corintiano
NENHUM bancário é p(x) = bancário
~(∃x) (p(x) ^ q(x))
altruísta. q(x) = altruísta
TODO professor é p(x) = professor
(∀x) (p(x) → q(x))
atencioso. q(x) = atencioso

Exemplos

1- A negação da proposição: [(∀x ∈ R) (∃ y ∈ R) (x.y = 1)] é:


(A) (∃x ∈ R) (∀ y ∈ R) [x.y = 1];
(B) (∀x ∈ R) (∃ y ∈ R) [x.y ≠ 1];
(C) (∃x ∈ R) (∀ y ∈ R) [x.y ≠ 1];
(D) (∀x ∈ R) (∀ y ∈ R) [x.y ≠ 1];
(E) (∃x ∈ R) (∃ y ∈ R) [x.y ≠ 1].

Resolução:
Como sabemos para negarmos temos 3 passos importantes, logo:
~ [(∀x ∈ R) (∃ y ∈ R) (x.y = 1)] ⇔ [(∃x ∈ R) (∀ y ∈ R) (x.y ≠ 1)]
Resposta: C

2 - Seja p(x) uma proposição com uma variável “x” em um universo de discurso. Qual dos itens a seguir
define a negação dos quantificadores?
I. ~[(∀x) (p(x))] ⇔ (∃x) (~ p(x));
II. ~[(∃x) (p(x))] ⇔ (∃x) (~ p(x));
III. ~[(∃x) (p(x))] ⇔ (∀x) (~ p(x));
(A) apenas I;
(B) apenas I e III;
(C) apenas III;
(D) apenas II;
(E) apenas II e III.

Resolução:

Como sabemos para negarmos temos 3 passos importantes, logo:


No item I, ele trocou o quantificador pelo existencial e negou o predicado – Verdadeiro
No item II, ele NÃO trocou o quantificador, somente negando o predicado – Falso
No item III, trocou os quantificadores e negou o predicado – Verdadeiro
Resposta: B.

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Questões

01. (Petrobras – Técnico(a) de Informática Júnior – CESGRANRIO) Determinado técnico de


atletismo considera seus atletas como bons ou maus, em função de serem fumantes ou não. Analise as
proposições que se seguem no contexto da lógica dos predicados.
I - Nenhum fumante é bom atleta.
II - Todos os fumantes são maus atletas.
III - Pelo menos um fumante é mau atleta.
IV - Todos os fumantes são bons atletas.

As proposições que formam um par tal que uma é a negação da outra são:
(A) I e II
(B) I e III
(C) II e III
(D) II e IV
(E) III e IV

02. (SEDUC-CE – Língua Portuguesa – SEDUC-CE) Assinale a alternativa que nega a seguinte
proposição:
Algum professor que trabalha na escola não é efetivo.

(A) Todo professor que trabalha na escola é efetivo.


(B) Nenhum professor que trabalha na escola é efetivo.
(C) Qualquer professor que trabalha na escola não é efetivo.
(D) Algum professor que não trabalha na escola não é efetivo.
(E) Todo professor que trabalha na escola não é efetivo.

03) (Prefeitura de Piraquara/PR – Agente Operacional – FAU) A negação lógica à afirmativa abaixo
encontra-se em qual opção?
“Nenhuma calça de João é azul”.
(A) João não veste azul.
(B) João veste calça azul em casa.
(C) Todas as calças de João são azuis.
(D) João tem uma calça azul.
(E) Nenhuma calça de João é verde.

04. (EMSERH – Agente de Portaria – FUNCAB) Considere que as seguintes afirmações são
verdadeiras:

“Algum maranhense é pescador.”


“Todo maranhense é trabalhador.”

Assim pode-se afirmar, do ponto de vista lógico, que:


(A) Algum maranhense não pescador não é trabalhador.
(B) Algum maranhense trabalhador é pescador.
(C) Todo maranhense pescador não é trabalhador.
(D) Algum maranhense pescador não é trabalhador
(E) Todo maranhense trabalhador é pescador.

Respostas

01. Resposta: E.
Sabemos que a negação do quantificador "Todos" é "Pelo menos um" (vice - versa) e que ao negarmos
qualquer proposição significa trocar seu sentido, temos que:
III - Pelo menos um fumante é mau atleta.
IV - Todos os fumantes são bons atletas.
Formam um par tal que uma é a negação da outra.

02. Resposta: A.

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Negação do todo, nenhum e algum...
Algum não é → Todo é.
Nenhum é → Algum é.
Todo é → Algum não é.

03. Resposta: D.
A negação de nenhum é algum, assim sendo João não precisa ter todas as calças azuis, basta ter
uma.

04. Resposta: B.
(A) ERRADA → Todo maranhense é trabalhador
(B) CORRETA.
(C) ERRADA → Todo maranhense pescador é trabalhador
(D) ERRADA → Todo Maranhense pescador é trabalhador
(E) ERRADA → Existe maranhense trabalhador que não é pescador.

NEGAÇÃO DAS PROPOSIÇÕES COMPOSTAS

Quando se nega uma proposição composta primitiva, gera-se outra proposição também composta e
equivalente à negação de sua primitiva.

Obs.: O símbolo “⇔” representa equivalência entre as proposições.

Vejamos:

– Negação de uma disjunção exclusiva


Por definição, ao negar-se uma DISJUNÇÃO EXCLUSIVA, gera-se uma BICONDICIONAL.
~ (p v q) ⇔ (p ↔ q) ⇔ (p → q) ^ (q → p)

p q ~ (p v q) p ↔ q (p → q) ^ (q → p)
V V V V F V V V V V V V V V V V
V F F V V F V F F V F F F F V V
F V F F V V F F V F V V F V F F
F F V F F F F V F F V F V F V F

- Negação de uma condicional


Ao negar-se uma condicional, conserva-se o valor lógico de sua 1ª parte, troca-se o conectivo
CONDICIONAL pelo conectivo CONJUNÇÃO e nega-se sua 2ª parte.

~ (p → q) ⇔ (p ^ ~q) ⇔ ~~ p ^ ~q

p q ~ (p → q) p ^ ~q
V V F V V V V F F
V F V V F F V V V
F V F F V V F F F
F F F F V F F F V

- Negação de uma bicondicional


Ao negarmos uma bicondicional do tipo “p ↔ q” estaremos negando a sua fórmula equivalente dada
por “(p → q) ∧ (q → p)”, assim, negaremos uma conjunção cujas partes são duas condicionais: “(p → q)”
e “(q → p)”. Aplicando-se a negação de uma conjunção a essa bicondicional, teremos:

~ (p ↔ q) ⇔ ~ [(p → q) ∧ (q → p)] ⇔ [(p ∧ ~q) ∨ (q ∧ ~p)]

p q ~ (p ↔ q) ~ [(p → q) ^ (q → p)] (p ^ ~q) v (q ^ ~p)


V V F V V V F V V V V V V V V F F F V F F
V F V V F F V V F F F F V V V V V V F F F

30
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
F V V F F V V F V V F V F F F F F V V V V
F F F F V F F F V F V F V F F F V F F F V

DUPLA NEGAÇÃO (TEORIA DA INVOLUÇÃO)

– De uma proposição simples: p ⇔ ~ (~p)

p ~ (~ p)
V V F V
F F V F

- De uma condicional: p → q ⇔ ~p v q
A dupla negação de uma condicional dá-se por negar a 1ª parte da condicional, troca-se o conectivo
CONDICIONAL pela DISJUNÇÃO e mantém-se a 2ª parte. Ao negarmos uma proposição primitiva duas
vezes consecutivas, a proposição resultante será equivalente à sua proposição primitiva.

NEGAÇÃO DAS PROPOSIÇÕES MATEMÁTICAS

Considere os seguintes símbolos matemáticos: igual (“=”); diferente (“≠”); maior que (“>”); menor que
(“<”); maior ou igual a (“≥”) e menor ou igual a (“≤”). Estes símbolos, associados a números ou variáveis,
formam as chamadas expressões aritméticas ou algébricas.

Exemplo

a) 5 + 6 = 11
b) 5 – 3 ≠ 4
c) 5 > 1
d) 7< 10
e) 3 + 5 ≥ 8
f) y + 5 ≤ 7

Para negarmos uma sentença matemática basta negarmos os símbolos matemáticos, assim
estaremos negando toda sentença, vejamos:

Sentença Matemática ou algébrica Negação Sentença obtida


5 + 6 = 11 ~ (5 + 6 = 11) 5 + 6 ≠ 11
5–3≠4 ~ (5 – 3 ≠ 4) 5–3=4
5>1 ~ (5 > 1) 5≤1
7< 10 ~ (7< 10) 7≥ 10
3+5≥8 ~ (3 + 5 ≥ 8) 3+5<8
y+5≤7 ~ (y + 5 ≤ 7) y+5>7

É comum a banca, através de uma assertiva, “induzir” os candidatos a cometerem um erro


muito comum, que é a negação dessa assertiva pelo resultado, utilizando-se da operação
matemática em questão para a obtenção desse resultado, e não, como deve ser, pela negação
dos símbolos matemáticos.
Exemplo:
Negar a expressão “4 + 7 = 16” não é dada pela expressão “4 + 7 = 11”, e sim por “4 + 7 ≠
16”

NEGAÇÃO DAS PROPOSIÇÕES COMPOSTAS – LEIS DE MORGAN

As Leis de Morgan ensinam

- Negar que duas dadas proposições são ao mesmo tempo verdadeiras equivale a afirmar que pelo
menos uma é falsa;

31
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
- Negar que uma pelo menos de duas proposições é verdadeira equivale a afirmar que ambas são
falsas.

As Leis de Morgan exprimem que NEGAÇÃO transforma:


CONJUNÇÃO em DISJUNÇÃO e
DISJUNÇÃO em CONJUNÇÃO

Vejamos:
– Negação de uma conjunção (Leis de Morgan)
Para negar uma conjunção, basta negar as partes e trocar o conectivo CONJUNÇÃO pelo conectivo
DISJUNÇÃO.

~ (p ^ q) ⇔ (~p v ~q)

p q ~ (p ^ q) ~p v ~q
V V F V V V F F F
V F V V F F F V V
F V V F F V V V F
F F V F F F V V V

- Negação de uma disjunção (Lei de Morgan)


Para negar uma disjunção, basta negar as partes e trocar o conectivo DISJUNÇÃO pelo conectivo-
CONJUNÇÃO.

~ (p v q) ⇔ (~p ^ ~q)

p q ~ (p v q) ~p ^ ~q
V V F V V V F F F
V F F V V F F F V
F V F F V V V F F
F F V F F F V V V

Exemplo

Vamos negar a proposição “É inteligente e estuda”, vemos que se trata de uma CONJUNÇÃO, pela
Lei de Morgan temos que uma CONJUNÇÃO se transforma em uma DISJUNÇÃO, negando-se as partes,
então teremos:
“Não é inteligente ou não estuda”
Referências
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo: Nobel – 2002.
CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu - Raciocínio lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.

Questões

01. (TJ/PI – Analista Judiciário – Escrivão Judicial – FGV) Considere a afirmação:


“Mato a cobra e mostro o pau"
A negação lógica dessa afirmação é:
(A) não mato a cobra ou não mostro o pau;
(B) não mato a cobra e não mostro o pau;
(C) não mato a cobra e mostro o pau;
(D) mato a cobra e não mostro o pau;
(E) mato a cobra ou não mostro o pau.

02. (CODEMIG – Advogado Societário – FGV) Em uma empresa, o diretor de um departamento


percebeu que Pedro, um dos funcionários, tinha cometido alguns erros em seu trabalho e comentou:
“Pedro está cansado ou desatento."
A negação lógica dessa afirmação é:

32
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
(A) Pedro está descansado ou desatento.
(B) Pedro está descansado ou atento.
(C) Pedro está cansado e desatento.
(D) Pedro está descansado e atento.
(E) Se Pedro está descansado então está desatento.

03 (TJ/AP-Técnico Judiciário / Área Judiciária e Administrativa- FCC) Vou à academia todos os


dias da semana e corro três dias na semana. Uma afirmação que corresponde à negação lógica da
afirmação anterior é
(A) Não vou à academia todos os dias da semana ou não corro três dias na semana.
(B) Vou à academia quase todos os dias da semana e corro dois dias na semana.
(C) Nunca vou à academia durante a semana e nunca corro durante a semana.
(D) Não vou à academia todos os dias da semana e não corro três dias na semana.

04. (HUGG-UNIRIO / Advogado – IBFC) Considerando a frase “João comprou um notebook e não
comprou um celular”, a negação da mesma, de acordo com o raciocínio lógico proposicional é:
(A) João não comprou um notebook e comprou um celular.
(B) João não comprou um notebook ou comprou um celular
(C) João comprou um notebook ou comprou um celular.
(D) João não comprou um notebook e não comprou um celular.
(E) Se João não comprou um notebook, então não comprou um celular.

Respostas
01. Resposta: A.
Negação do ''ou'': nega-se as duas partes e troca o conectivo ''ou'' pelo ''e''.

02. Resposta: D.
Pedro está cansado ou desatento.
O conectivo ou vira e, dai basta negar as proposições.
Pedro não está cansado e nem está desatento, ou seja, Pedro está descansado e atento.

03. Resposta: A.
Quebrando a sentença em P e Q:
P: Vou à academia todos os dias da semana
Conectivo: ∧ (e)
Q: Corro três dias na semana

Aplicando a lei de Morgan: ~(P∧ Q) ≡ ~P ∨ ~Q


~P: Não vou à academia todos os dias da semana
Conectivo: ∨ (ou)
~Q: Não corro três dias na semana

Logo: Não vou à academia todos os dias da semana ou não corro três dias na semana.

04. Resposta: B.
Para negarmos uma proposição composta ligada pelo conectivo operacional “e”, basta negarmos
ambas as proposições individuais (simples) e trocarmos o conectivo “e” pelo conectivo ”ou”.

b. Conjuntos: operações, propriedades e aplicações.

CONJUNTOS

Conjunto2 é uma reunião ou agrupamento, que poderá ser de pessoas, seres, objetos, classes…, dos
quais possuem a mesma característica e nos dá ideia de coleção.

2
GONÇALVES, Antônio R. - Matemática para Cursos de Graduação – Contexto e Aplicações

33
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Noções Primitivas
Na teoria dos conjuntos, três noções são aceitas sem definições:
- Conjunto;
- Elemento;
- E a pertinência entre um elemento e um conjunto.

Um cacho de bananas, um cardume de peixes ou uma porção de livros são todos exemplos de
conjuntos pois possuem elementos. Um elemento de um conjunto pode ser uma banana, um peixe ou um
livro.

Convém frisar que um conjunto pode ele mesmo ser elemento de algum outro conjunto.
Em geral indicaremos os conjuntos pelas letras maiúsculas A, B, C, ..., X, e os elementos pelas letras
minúsculas a, b, c, ..., x, y, ..., embora não exista essa obrigatoriedade.
A relação de pertinência que nos dá um relacionamento entre um elemento e um conjunto.

Se x é um elemento de um conjunto A, escreveremos x∈A.


Lê-se: x é elemento de A ou x pertence a A.

Se x não é um elemento de um conjunto A, escreveremos x  A.


Lê-se x não é elemento de A ou x não pertence a A.

Como Representar um Conjunto


1) Pela designação de seus elementos
Escrevemos os elementos entre chaves, separando os por vírgula.

Exemplos:
{a, e, i, o, u} indica o conjunto formado pelas vogais
{1, 2, 5,10} indica o conjunto formado pelos divisores naturais de 10.

2) Pela sua característica


Escrevemos o conjunto enunciando uma propriedade ou característica comum de seus elementos.
Assim sendo, o conjunto dos elementos x que possuem a propriedade P é indicado por:
{x, | (tal que) x tem a propriedade P}.

Exemplos:
- {x| x é vogal} é o mesmo que {a, e, i, o, u}.
- {x | x são os divisores naturais de 10} é o mesmo que {1, 2, 5,10}.

3) Pelo diagrama de Venn-Euler


Os elementos do conjunto são colocados dentro de uma figura em forma de elipse, chamada diagrama
de Venn.

Exemplos:
- Conjunto das vogais

IEZZI, Gelson - Fundamentos da Matemática Elementar – Vol. 01 – Conjuntos e Funções

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1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
- Conjunto dos divisores naturais de 10

Igualdade de Conjuntos
Dois conjuntos A e B são ditos iguais (ou idênticos) se todos os seus elementos são iguais, e
escrevemos A = B. Caso haja algum que não o seja, dizemos que estes conjuntos são distintos e
escrevemos A ≠ B.

Exemplos:
a) A = {3, 5, 7} e B = {x| x é primo e 3 ≤ x ≤ 7}, então A = B.

b) B = {6, 9,10} e C = {10, 6, 9}, então B = C, note que a ordem dos elementos não altera a igualdade
dos conjuntos.

Tipos de Conjuntos
- Conjunto Universo
Reunião de todos os conjuntos que estamos trabalhando.

Exemplo:
Quando falamos de números naturais, temos como Conjunto Universo os números inteiros positivos.

- Conjunto Vazio
Conjunto vazio é aquele que não possui elementos. Representa-se por 0 ou, simplesmente { }.

Exemplo:
A = {x| x é natural e menor que 0}.

- Conjunto Unitário
Conjunto caracterizado por possuir apenas um único elemento.

Exemplos:
- Conjunto dos números naturais compreendidos entre 2 e 4. A = {3}.
- Conjunto dos números inteiros negativos compreendidos entre -5 e -7. B = {- 6}.

- Conjuntos Finitos e Infinitos


Finito: quando podemos enumerar todos os seus elementos.
Exemplo: Conjuntos dos Estados da Região Sudeste, S= {Rio de Janeiro, São Paulo, Espirito Santo,
Minas Gerais}.
Infinito: contrário do finito.
Exemplo: Conjunto dos números inteiros, Z = {..., -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, 5, ...}. A reticências representa o
infinito.

Relação de Pertinência
A pertinência é representada pelo símbolo ∈ (pertence) ou 
com conjunto.

Exemplo:
Seja o conjunto B = {1, 3, 5, 7}
1∈ B, 3 ∈ B, 5 ∈ B
2 B,9B
Subconjuntos

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1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Quando todos os elementos de um conjunto A são também elementos de um outro conjunto B, dizemos
que A é subconjunto de B.
Podemos dizer ainda que subconjunto é quando formamos vários conjuntos menores com as mesmas
caraterísticas de um conjunto maior.

Exemplos:
- B = {2, 4} ⊂ A = {2, 3, 4, 5, 6}, pois 2 ∈ {2, 3, 4, 5, 6} e 4 ∈ {2, 3, 4, 5 ,6}

- C = {2, 7, 4}  A = {2, 3, 4, 5, 6}, pois 7  {2, 3, 4, 5, 6}


- D = {2, 3} ⊂ E = {2, 3}, pois 2 ∈ {2, 3} e 3 ∈ {2, 3}

DICAS:
1) Todo conjunto A é subconjunto dele próprio;
2) O conjunto vazio, por convenção, é subconjunto de qualquer conjunto;
3) O conjunto das partes é o conjunto formado por todos os subconjuntos de A.

Exemplo: Pegando o conjunto B acima, temos as partes de B:


B= {{ },{2},{4},B}
Podemos concluir com essa propriedade que: Se B tem n elementos, então B possui 2n
subconjuntos e, portanto, P(B) possui 2n elementos.
Se quiséssemos saber quantos subconjuntos tem o conjunto A = {2, 3, 4, 5, 6}, basta calcularmos
aplicando o fórmula:
Números de elementos(n)= 5 → 2n = 25 = 32 subconjuntos, incluindo o vazio e ele próprio.

Relação de Inclusão
Deve ser usada para estabelecer a relação entre conjuntos com conjuntos, verificando se um conjunto
é subconjunto ou não de outro conjunto.
Representamos as relações de inclusão pelos seguintes símbolos:

⊂→Está contido ⊃→Contém


⊄→Não está contido ⊅→Não contém

Exemplo:
Seja A = {0, 1, 2, 3, 4, 5} e B = {0, 2, 4}
Dizemos que B ⊂ A ou que A ⊃ B

Operações com Conjuntos


- União de conjuntos
A união (ou reunião) dos conjuntos A e B é o conjunto formado por todos os elementos que pertencem
a A ou a B. Representa-se por A U B.
Simbolicamente: A U B = {x | x∈A ou x∈B}

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1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Exemplos:
- {2, 3} U {4, 5, 6} = {2, 3, 4, 5, 6}
- {2, 3, 4} U {3, 4, 5} = {2, 3, 4, 5}
- {2, 3} U {1, 2, 3, 4} = {1, 2, 3, 4}
- {a, b} U  = {a, b}

- Intersecção de conjuntos
A intersecção dos conjuntos A e B é o conjunto formado por todos os elementos que pertencem,
simultaneamente, a A e a B. Representa-se por A∩B. Simbolicamente: A∩B = {x | x ∈ A e x ∈ B}

Exemplos:
- {2, 3, 4} ∩ {3, 5} = {3}
- {1, 2, 3} ∩{2, 3, 4} = {2, 3}
- {2, 3} ∩{1, 2, 3, 5} = {2, 3}
- {2, 4} ∩{3, 5, 7} = 

Observação: Se A∩B =  , dizemos que A e B são conjuntos disjuntos.

- Propriedades dos conjuntos disjuntos


1) A U (A ∩ B) = A
2) A ∩ (A U B) = A
3) Distributiva da reunião em relação à intersecção: A U (B U C) = (A U B) ∩ (A U C)
4) Distributiva da intersecção em relação à união: A ∩ (B U C) = (A ∩ B) U (A ∩ C)

- Número de Elementos da União e da Intersecção de Conjuntos


Dados dois conjuntos A e B, como vemos na figura abaixo, podemos estabelecer uma relação entre
os respectivos números de elementos.

𝑛(𝐴 ∪ 𝐵) = 𝑛(𝐴) + 𝑛(𝐵) − 𝑛(𝐴 ∩ 𝐵)

Note que ao subtrairmos os elementos comuns (𝑛(𝐴 ∩ 𝐵)) evitamos que eles sejam contados duas
vezes.
Observações:
a) Se os conjuntos A e B forem disjuntos ou se mesmo um deles estiver contido no outro, ainda assim
a relação dada será verdadeira.
b) Podemos ampliar a relação do número de elementos para três ou mais conjuntos com a mesma
eficiência.

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1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Observe o diagrama e comprove:

𝑛(𝐴 ∪ 𝐵 ∪ 𝐶) = 𝑛(𝐴) + 𝑛(𝐵) + 𝑛(𝐶) − 𝑛(𝐴 ∩ 𝐵) − 𝑛(𝐴 ∩ 𝐶) − 𝑛(𝐵 ∩ 𝐶) + 𝑛(𝐴 ∩ 𝐵 ∩ 𝐶)

- Propriedades da União e Intersecção de Conjuntos


Sendo A, B e C conjuntos quaisquer, valem as seguintes propriedades:
1) Idempotente: A U A = A e A ∩ A= A
2) Elemento Neutro: A U Ø = A e A ∩ U = A
3) Comutativa: A U B = B U A e A ∩ B = B ∩ A
4) Associativa: A U (B U C) = (A U B) U C e A ∩ (B ∩ C) = (A ∩ B) ∩ C

- Diferença
A diferença entre os conjuntos A e B é o conjunto formado por todos os elementos que pertencem a A
e não pertencem a B. Representa-se por A – B. Para determinar a diferença entre conjuntos, basta
observamos o que o conjunto A tem de diferente de B.
Simbolicamente: A – B = {x | x ∈ A e x  B}

Exemplos:
- A = {0, 1, 2, 3} e B = {0, 2}  A – B = {1, 3} e B – A = 
- A = {1, 2, 3} e B = {2, 3, 4}  A – B = {1} e B – A = {4}
- A = {0, 2, 4} e B = {1 ,3 ,5}  A – B = {0, 2, 4} e B – A = {1, 3, 5}

Note que A – B ≠ B - A

- Complementar
Dados dois conjuntos A e B, tais que B ⊂ A (B é subconjunto de A), chama-se complementar de B
em relação a A o conjunto A - B, isto é, o conjunto dos elementos de A que não pertencem a B.

Dizemos complementar de B em relação a A.

Exemplos:
Seja S = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6}. Então:
a) A = {2, 3, 4}  A = {0, 1, 5, 6}
b) B = {3, 4, 5, 6 }  B = {0, 1, 2}
c) C =   C = S

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Resolução de Problemas Utilizando Conjuntos
Muitos dos problemas constituem- se de perguntas, tarefas a serem executadas. Nos utilizaremos
dessas informações e dos conhecimentos aprendidos em relação as operações de conjuntos para
resolvê-los.

Exemplos:
1) Numa pesquisa sobre a preferência por dois partidos políticos, A e B, obteve-se os seguintes
resultados. Noventa e duas disseram que gostam do partido A, oitenta pessoas disseram que gostam do
partido B e trinta e cinco pessoas disseram que gostam dos dois partidos. Quantas pessoas responderam
à pesquisa?
Resolução pela Fórmula
» n(A U B) = n(A) + n(B) – n(A ∩ B)
» n(A U B) = 92 + 80 – 35
» n(A U B) = 137

Resolução pelo Diagrama:


- Se 92 pessoas responderam gostar do partido A e 35 delas responderam que gostam de ambos,
então o número de pessoas que gostam somente do partido A é: 92 – 35 = 57.
- Se 80 pessoas responderam gostar do partido B e 35 delas responderam gostar dos dois partidos,
então o número de operários que gostam somente do partido B é: 80 – 35 = 45.
- Se 57 gostam somente do partido A, 45 responderam que gostam somente do partido B e 35
responderam que gostam dos dois partidos políticos, então o número de pessoas que responderam à
pesquisa foi: 57 + 35 + 45 = 137.

2) Num grupo de motoristas, há 28 que dirigem automóvel, 12 que dirigem motocicleta e 8 que dirigem
automóveis e motocicleta. Quantos motoristas há no grupo?
(A) 16 motoristas
(B) 32 motoristas
(C) 48 motoristas
(D) 36 motoristas
Resolução:

Os que dirigem automóveis e motocicleta: 8


Os que dirigem apenas automóvel: 28 – 8 = 20
Os que dirigem apenas motocicleta: 12 – 8 = 4
A quantidade de motoristas é o somatório: 20 + 8 + 4 = 32 motoristas.
Resposta: B

3) Em uma cidade existem duas empresas de transporte coletivo, A e B. Exatamente 70% dos
estudantes desta cidade utilizam a Empresa A e 50% a Empresa B. Sabendo que todo estudante da
cidade é usuário de pelo menos uma das empresas, qual o % deles que utilizam as duas empresas?
(A) 20%
(B) 25%
(C) 27%
(D) 33%
(E) 35%

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Resolução:

70 – 50 = 20.
20% utilizam as duas empresas.
Resposta: A.
Questões

01. (Câmara de São Paulo/SP – Técnico Administrativo – FCC) Dos 43 vereadores de uma cidade,
13 dele não se inscreveram nas comissões de Educação, Saúde e Saneamento Básico. Sete dos
vereadores se inscreveram nas três comissões citadas. Doze deles se inscreveram apenas nas
comissões de Educação e Saúde e oito deles se inscreveram apenas nas comissões de Saúde e
Saneamento Básico. Nenhum dos vereadores se inscreveu em apenas uma dessas comissões. O número
de vereadores inscritos na comissão de Saneamento Básico é igual a
(A) 15.
(B) 21.
(C) 18.
(D) 27.
(E) 16.

02. (UFS/SE - Tecnólogo em Radiologia - AOCP) Em uma pequena cidade, circulam apenas dois
jornais diferentes. O jornal A e o jornal B. Uma pesquisa realizada com os moradores dessa cidade
mostrou que 33% lê o jornal A, 45% lê o jornal B, e 7% leem os jornais A e B. Sendo assim, quantos por
centos não leem nenhum dos dois jornais?
(A) 15%
(B) 25%
(C) 27%
(D) 29%
(E) 35%

03. (TRT 19ª – Técnico Judiciário – FCC) Dos 46 técnicos que estão aptos para arquivar documentos
15 deles também estão aptos para classificar processos e os demais estão aptos para atender ao público.
Há outros 11 técnicos que estão aptos para atender ao público, mas não são capazes de arquivar
documentos. Dentre esses últimos técnicos mencionados, 4 deles também são capazes de classificar
processos. Sabe-se que aqueles que classificam processos são, ao todo, 27 técnicos. Considerando que
todos os técnicos que executam essas três tarefas foram citados anteriormente, eles somam um total de
(A) 58.
(B) 65.
(C) 76.
(D) 53.
(E) 95.

04. (Metrô/SP – Oficial Logística – FCC) O diagrama indica a distribuição de atletas da delegação de
um país nos jogos universitários por medalha conquistada. Sabe-se que esse país conquistou medalhas
apenas em modalidades individuais. Sabe-se ainda que cada atleta da delegação desse país que ganhou
uma ou mais medalhas não ganhou mais de uma medalha do mesmo tipo (ouro, prata, bronze). De acordo
com o diagrama, por exemplo, 2 atletas da delegação desse país ganharam, cada um, apenas uma
medalha de ouro.

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1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
A análise adequada do diagrama permite concluir corretamente que o número de medalhas
conquistadas por esse país nessa edição dos jogos universitários foi de
(A) 15.
(B) 29.
(C) 52.
(D) 46.
(E) 40.

05. (Pref. de Camaçari/BA – Téc. Vigilância em Saúde NM – AOCP) Qual é o número de elementos
que formam o conjunto dos múltiplos estritamente positivos do número 3, menores que 31?
(A) 9
(B) 10
(C) 11
(D) 12
(E) 13

06. (Pref. de Camaçari/BA – Téc. Vigilância Em Saúde NM – AOCP) Considere dois conjuntos A e
B, sabendo que 𝐴 ∩ 𝐵 = {3}, 𝐴 ∪ 𝐵 = {0; 1; 2; 3; 5} 𝑒 𝐴 − 𝐵 = {1; 2}, assinale a alternativa que apresenta o
conjunto B.
(A) {1;2;3}
(B) {0;3}
(C) {0;1;2;3;5}
(D) {3;5}
(E) {0;3;5}

07. (Pref. de Inês – Técnico em Contabilidade – MAGNUS CONCURSOS) Numa biblioteca são lidos
apenas dois livros, K e Z. 80% dos seus frequentadores leem o livro K e 60% o livro Z. Sabendo-se que
todo frequentador é leitor de pelo menos um dos livros, a opção que corresponde ao percentual de
frequentadores que leem ambos, é representado:
(A) 26%
(B) 40%
(C) 34%
(D) 78%
(E) 38%

08. (Metrô/SP – Engenheiro Segurança do Trabalho – FCC) Uma pesquisa, com 200 pessoas,
investigou como eram utilizadas as três linhas: A, B e C do Metrô de uma cidade. Verificou-se que 92
pessoas utilizam a linha A; 94 pessoas utilizam a linha B e 110 pessoas utilizam a linha C. Utilizam as
linhas A e B um total de 38 pessoas, as linhas A e C um total de 42 pessoas e as linhas B e C um total
de 60 pessoas; 26 pessoas que não se utilizam dessas linhas. Desta maneira, conclui-se corretamente
que o número de entrevistados que utilizam as linhas A e B e C é igual a
(A) 50.
(B) 26.
(C) 56.
(D) 10.
(E) 18.

09. (Pref. de Inês – Técnico em Contabilidade – MAGNUS CONCURSOS) Numa recepção, foram
servidos os salgados pastel e casulo. Nessa, estavam presentes 10 pessoas, das quais 5 comeram pastel,
7 comeram casulo e 3 comeram as duas. Quantas pessoas não comeram nenhum dos dois salgados?
(A) 0
(B) 5
(C) 1
(D) 3
(E) 2

10. (Corpo de Bombeiros/MT – Oficial de Bombeiro Militar – UNEMAT) Em uma pesquisa realizada
com alunos de uma universidade pública sobre a utilização de operadoras de celular, constatou-se que

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1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
300 alunos utilizam a operadora A, 270 utilizam a operadora B, 150 utilizam as duas operadoras (A e B)
e 80 utilizam outras operadoras distintas de A e B.
Quantas pessoas foram consultadas?
(A) 420
(B) 650
(C) 500
(D) 720
(E) 800

Comentários

01. Resposta: C
De acordo com os dados temos:
7 vereadores se inscreveram nas 3.
APENAS 12 se inscreveram em educação e saúde (o 12 não deve ser tirado de 7 como costuma fazer
nos conjuntos, pois ele já desconsidera os que se inscreveram nos três)
APENAS 8 se inscreveram em saúde e saneamento básico.
São 30 vereadores que se inscreveram nessas 3 comissões, pois 13 dos 43 não se inscreveram.
Portanto, 30 – 7 – 12 – 8 = 3
Se inscreveram em educação e saneamento 3 vereadores.

Em saneamento se inscreveram: 3 + 7 + 8 = 18

02. Resposta: D

26 + 7 + 38 + x = 100
x = 100 - 71
x = 29%

03. Resposta: B
Técnicos arquivam e classificam: 15
Arquivam e atendem: 46 – 15 = 31
Classificam e atendem: 4
Classificam: 15 + 4 = 19 como são 27 faltam 8
Dos 11 técnicos aptos a atender ao público 4 são capazes de classificar processos, logo apenas 11 -
4 = 7 técnicos são aptos a atender ao público.
Somando todos os valores obtidos no diagrama teremos: 31 + 15 + 7 + 4 + 8 = 65 técnicos.

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1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
04. Resposta: D
O diagrama mostra o número de atletas que ganharam medalhas.
No caso das intersecções, devemos multiplicar por 2 por ser 2 medalhas e na intersecção das três
medalhas multiplica-se por 3.
Intersecções:
6 ∙ 2 = 12
1∙2=2
4∙2=8
3∙3=9
Somando as outras:
2 + 5 + 8 + 12 + 2 + 8 + 9 = 46

05. Resposta: B
Se nos basearmos na tabuada do 3, teremos o seguinte conjunto
A = {3, 6, 9, 12, 15, 18, 21, 24, 27, 30}
10 elementos.

06. Resposta: E
A intersecção dos dois conjuntos, mostra que 3 é elemento de B.
A – B são os elementos que tem em A e não em B.
Então de A  B, tiramos que B = {0; 3; 5}.

07. Resposta: B

80 – x + x + 60 – x = 100
- x = 100 - 140
x = 40%

08. Resposta: E

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1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
92-[38-x+x+42-x]+94-[38-x+x+60-x]+110-[42-x+x+60-x]+(38-x)+x+(42-x)+(60-x)+26=200
92 - [80 - x] + 94 - [98 - x] + 110 - [102 - x] + 38 + 42 – x + 60 – x + 26 = 200
92 – 80 +x + 94 – 98 +x + 110 – 102 + x + 166 -2x = 200
x + 462 – 280 = 200  x + 182 = 200  x = 200-182  x = 18

09. Resposta: C

2 + 3 + 4 + x = 10
x = 10 - 9
x=1

10. Resposta: C

300 – 150 = 150


270 – 150 = 120
Assim: 150 + 120 + 150 + 80 = 500(total).

c. Conjuntos numéricos: naturais, inteiros, racionais e reais. Operações e


propriedades. Fatorações. Razão e proporção. Grandezas diretamente e
inversamente proporcionais.

CONJUNTO DOS NÚMEROS NATURAIS - N

O conjunto dos números naturais3 é representado pela letra maiúscula N e estes números são
construídos com os algarismos: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, que também são conhecidos como algarismos
indo-arábicos. Embora o zero não seja um número natural no sentido que tenha sido proveniente de
objetos de contagens naturais, iremos considerá-lo como um número natural uma vez que ele tem as
mesmas propriedades algébricas que estes números.
Na sequência consideraremos que os naturais têm início com o número zero e escreveremos este
conjunto como: N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, ...}

As reticências (três pontos) indicam que este conjunto não tem fim. N é um conjunto com infinitos
números.

3
IEZZI, Gelson – Matemática - Volume Único
IEZZI, Gelson - Fundamentos da Matemática – Volume 01 – Conjuntos e Funções

44
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Excluindo o zero do conjunto dos números naturais, o conjunto será representado por:
N* = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, ...}

Subconjuntos notáveis em N:

1 – Números Naturais não nulos


N* ={1,2,3,4,...,n,...}; N* = N-{0}

2 – Números Naturais pares


Np = {0,2,4,6,...,2n,...}; com n ∈ N

3 - Números Naturais ímpares


Ni = {1,3,5,7,...,2n+1,...} com n ∈ N

4 - Números primos
P={2,3,5,7,11,13...}

Construção dos Números Naturais


Todo número natural dado tem um sucessor (número que vem depois do número dado), considerando
também o zero.
Exemplos: Seja m um número natural.
a) O sucessor de m é m+1.
b) O sucessor de 0 é 1.
c) O sucessor de 3 é 4.

Se um número natural é sucessor de outro, então os dois números juntos são chamados números
consecutivos.
Exemplos:
a) 1 e 2 são números consecutivos.
b) 7 e 8 são números consecutivos.
c) 50 e 51 são números consecutivos.

- Vários números formam uma coleção de números naturais consecutivos se o segundo é sucessor do
primeiro, o terceiro é sucessor do segundo, o quarto é sucessor do terceiro e assim sucessivamente.
Exemplos:
a) 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7 são consecutivos.
b) 7, 8 e 9 são consecutivos.
c) 50, 51, 52 e 53 são consecutivos.

Todo número natural dado N, exceto o zero, tem um antecessor (número que vem antes do número
dado).
Exemplos: Se m é um número natural finito diferente de zero.
a) O antecessor do número m é m-1.
b) O antecessor de 2 é 1.
c) O antecessor de 56 é 55.
d) O antecessor de 10 é 9.

O conjunto abaixo é conhecido como o conjunto dos números naturais pares. Embora uma sequência
real seja outro objeto matemático denominado função, algumas vezes utilizaremos a denominação
sequência dos números naturais pares para representar o conjunto dos números naturais pares: P = {0,
2, 4, 6, 8, 10, 12, ...}
O conjunto abaixo é conhecido como o conjunto dos números naturais ímpares, às vezes também
chamados, a sequência dos números ímpares. I = {1, 3, 5, 7, 9, 11, 13, ...}

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1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Operações com Números Naturais
Na sequência, estudaremos as duas principais operações possíveis no conjunto dos números naturais.
Praticamente, toda a matemática é construída a partir dessas duas operações: adição (e subtração) e
multiplicação (e divisão).

Adição de Números Naturais


A primeira operação fundamental da Aritmética tem por finalidade reunir em um só número, todas as
unidades de dois ou mais números.
Exemplo:
5 + 4 = 9, onde 5 e 4 são as parcelas e 9 soma ou total

Subtração de Números Naturais


É usada quando precisamos tirar uma quantia de outra, é a operação inversa da adição. A operação
de subtração só é válida nos naturais quando subtraímos o maior número do menor, ou seja quando a-b
tal que a≥ 𝑏.
Exemplo:
254 – 193 = 61, onde 254 é o Minuendo, o 193 Subtraendo e 61 a diferença.

Obs.: o minuendo também é conhecido como aditivo e o subtraendo como subtrativo.

Multiplicação de Números Naturais


É a operação que tem por finalidade adicionar o primeiro número denominado multiplicando ou parcela,
tantas vezes quantas são as unidades do segundo número denominadas multiplicador.
Exemplo:
2 x 5 = 10, onde 2 e 5 são os fatores e o 10 produto.

- 2 vezes 5 é somar o número 2 cinco vezes: 2 x 5 = 2 + 2 + 2 + 2 + 2 = 10. Podemos no lugar do “x”


(vezes) utilizar o ponto “.”, para indicar a multiplicação.

Divisão de Números Naturais


Dados dois números naturais, às vezes necessitamos saber quantas vezes o segundo está contido no
primeiro. O primeiro número que é o maior é denominado dividendo e o outro número que é menor é o
divisor. O resultado da divisão é chamado quociente. Se multiplicarmos o divisor pelo quociente
obteremos o dividendo.
No conjunto dos números naturais, a divisão não é fechada, pois nem sempre é possível dividir um
número natural por outro número natural e na ocorrência disto a divisão não é exata.

Relações Essenciais numa Divisão de Números Naturais


- Em uma divisão exata de números naturais, o divisor deve ser menor do que o dividendo.
35 : 7 = 5
- Em uma divisão exata de números naturais, o dividendo é o produto do divisor pelo quociente.
35 = 5 x 7

A divisão de um número natural n por zero não é possível, pois, se admitíssemos que o quociente
fosse q, então poderíamos escrever: n ÷ 0 = q e isto significaria que: n = 0 x q = 0 o que não é correto!
Assim, a divisão de n por 0 não tem sentido ou ainda é dita impossível.

Propriedades da Adição e da Multiplicação dos números Naturais


Para todo a, b e c ∈ 𝑁
1) Associativa da adição: (a + b) + c = a + (b + c)
2) Comutativa da adição: a + b = b + a

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3) Elemento neutro da adição: a + 0 = a
4) Associativa da multiplicação: (a.b).c = a. (b.c)
5) Comutativa da multiplicação: a.b = b.a
6) Elemento neutro da multiplicação: a.1 = a
7) Distributiva da multiplicação relativamente à adição: a.(b +c ) = ab + ac
8) Distributiva da multiplicação relativamente à subtração: a .(b –c) = ab –ac
9) Fechamento: tanto a adição como a multiplicação de um número natural por outro número natural,
continua como resultado um número natural.

Questões

01. (SABESP – Aprendiz – FCC) A partir de 1º de março, uma cantina escolar adotou um sistema de
recebimento por cartão eletrônico. Esse cartão funciona como uma conta corrente: coloca-se crédito e
vão sendo debitados os gastos. É possível o saldo negativo. Enzo toma lanche diariamente na cantina e
sua mãe credita valores no cartão todas as semanas. Ao final de março, ele anotou o seu consumo e os
pagamentos na seguinte tabela:

No final do mês, Enzo observou que tinha


(A) crédito de R$ 7,00.
(B) débito de R$ 7,00.
(C) crédito de R$ 5,00.
(D) débito de R$ 5,00.
(E) empatado suas despesas e seus créditos.

02. (Pref. Imaruí/SC - Auxiliar De Serviços Gerais - PREF. IMARUI) José, funcionário público, recebe
salário bruto de R$ 2.000,00. Em sua folha de pagamento vem o desconto de R$ 200,00 de INSS e R$
35,00 de sindicato. Qual o salário líquido de José?
(A) R$ 1800,00
(B) R$ 1765,00
(C) R$ 1675,00
(D) R$ 1665,00

03. (Professor/Pref.de Itaboraí) O quociente entre dois números naturais é 10. Multiplicando-se o
dividendo por cinco e reduzindo-se o divisor à metade, o quociente da nova divisão será:
(A) 2
(B) 5
(C) 25
(D) 50
(E) 100

04. (Pref. Águas de Chapecó/SC– Operador de Máquinas – ALTERNATIVE CONCURSOS) Em


uma loja, as compras feitas a prazo podem ser pagas em até 12 vezes sem juros. Se João comprar uma
geladeira no valor de R$ 2.100,00 em 12 vezes, pagará uma prestação de:
(A) R$ 150,00.
(B) R$ 175,00.
(C) R$ 200,00.
(D) R$ 225,00.

47
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
05. (Pref. Jundiaí/SP – Agente de Serviços Operacionais – MAKIYAMA) Ontem, eu tinha 345
bolinhas de gude em minha coleção. Porém, hoje, participei de um campeonato com meus amigos e perdi
67 bolinhas, mas ganhei outras 90. Sendo assim, qual a quantidade de bolinhas que tenho agora, depois
de participar do campeonato?
(A) 368
(B) 270
(C) 365
(D) 290
(E) 376

06. (Pref. Niterói) João e Maria disputaram a prefeitura de uma determinada cidade que possui apenas
duas zonas eleitorais. Ao final da sua apuração o Tribunal Regional Eleitoral divulgou a seguinte tabela
com os resultados da eleição. A quantidade de eleitores desta cidade é:

(A) 3995
(B) 7165
(C) 7532
(D) 7575
(E) 7933

07. (Pref. Jundiaí/SP – Agente de Serviços Operacionais – MAKIYAMA) Durante um mutirão para
promover a limpeza de uma cidade, os 15.000 voluntários foram igualmente divididos entre as cinco
regiões de tal cidade. Sendo assim, cada região contou com um número de voluntários igual a:
(A) 2500
(B) 3200
(C) 1500
(D) 3000
(E) 2000

08. UFGD – Técnico em Informática – AOCP) Joana pretende dividir um determinado número de
bombons entre seus 3 filhos. Sabendo que o número de bombons é maior que 24 e menor que 29, e que
fazendo a divisão cada um dos seus 3 filhos receberá 9 bombons e sobrará 1 na caixa, quantos bombons
ao todo Joana possui?
(A) 24.
(B) 25.
(C) 26.
(D) 27.
(E) 28

09. (CREFITO/SP – Almoxarife – VUNESP) O sucessor do dobro de determinado número é 23. Esse
mesmo determinado número somado a 1 e, depois, dobrado será igual a
(A) 24.
(B) 22.
(C) 20.
(D) 18.
(E) 16.

10. (Pref. de Ribeirão Preto/SP – Agente de Administração – VUNESP) Em uma gráfica, a máquina
utilizada para imprimir certo tipo de calendário está com defeito, e, após imprimir 5 calendários perfeitos
(P), o próximo sai com defeito (D), conforme mostra o esquema.

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1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Considerando que, ao se imprimir um lote com 5 000 calendários, os cinco primeiros saíram perfeitos
e o sexto saiu com defeito e que essa mesma sequência se manteve durante toda a impressão do lote, é
correto dizer que o número de calendários perfeitos desse lote foi
(A) 3 642.
(B) 3 828.
(C) 4 093.
(D) 4 167.
(E) 4 256.

Comentários

01. Alternativa: B
Crédito: 40 + 30 + 35 + 15 = 120
Débito: 27 + 33 + 42 + 25 = 127
120 – 127 = - 7
Ele tem um débito de R$ 7,00.

02. Alternativa: B
2000 – 200 = 1800 – 35 = 1765
O salário líquido de José é R$ 1.765,00.

03. Alternativa: E
D= dividendo
d= divisor
Q = quociente = 10
R= resto = 0 (divisão exata)
Equacionando:
D = d.Q + R
D = d.10 + 0  D = 10d
Pela nova divisão temos:
𝑑 𝑑
5𝐷 = 2 . 𝑄 → 5. (10𝑑) = 2 . 𝑄 , isolando Q temos:

50𝑑 2
𝑄= → 𝑄 = 50𝑑. → 𝑄 = 50.2 → 𝑄 = 100
𝑑 𝑑
2

04. Alternativa: B
2100
= 175
12

Cada prestação será de R$175,00

05. Alternativa: A
345 – 67 = 278
Depois ganhou 90
278 + 90 = 368

06. Alternativa: E
Vamos somar a 1ª Zona: 1750 + 850 + 150 + 18 + 183 = 2951
2ª Zona: 2245 + 2320 + 217 + 25 + 175 = 4982
Somando os dois: 2951 + 4982 = 7933

07. Alternativa: D
15000
= 3000
5
Cada região terá 3000 voluntários.

08. Alternativa: E
Sabemos que 9. 3 = 27 e que, para sobrar 1, devemos fazer 27 + 1 = 28.

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1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
09. Alternativa: A
Se o sucessor é 23, o dobro do número é 22, portanto o número é 11.
(11 + 1)2 = 24

10. Alternativa: D
Vamos dividir 5000 pela sequência repetida (6):
5000 / 6 = 833 + resto 2.
Isto significa que saíram 833. 5 = 4165 calendários perfeitos, mais 2 calendários perfeitos que restaram
na conta de divisão.
Assim, são 4167 calendários perfeitos.

CONJUNTO DOS NÚMEROS INTEIROS – Z

Definimos o conjunto dos números inteiros4 como a reunião do conjunto dos números naturais N = {0,
1, 2, 3, 4,..., n,...}, o conjunto dos opostos dos números naturais e o zero. Este conjunto é denotado pela
letra Z (Zahlen = número em alemão).

O conjunto dos números inteiros possui alguns subconjuntos notáveis:

Atenção: A nomenclatura utilizada abaixo pode interferir diretamente no contexto de uma questão,
tome muito cuidado ao interpreta-los, pois são todos diferentes (Z+ , Z_ , Z*).

- O conjunto dos números inteiros não nulos:


Z* = {..., -4, -3, -2, -1, 1, 2, 3, 4,...}
Z* = Z – {0}

- O conjunto dos números inteiros não negativos:


Z+ = {0, 1, 2, 3, 4,...}
Z+ é o próprio conjunto dos números naturais: Z+ = N

- O conjunto dos números inteiros positivos:


Z*+ = {1, 2, 3, 4,...}

- O conjunto dos números inteiros não positivos:


Z_ = {..., -5, -4, -3, -2, -1, 0}

- O conjunto dos números inteiros negativos:


Z*- = {..., -5, -4, -3, -2, -1}

Módulo: chama-se módulo de um número inteiro a distância ou afastamento desse número até o zero,
na reta numérica inteira. Representa-se o módulo por | |.
O módulo de 0 é 0 e indica-se |0| = 0
O módulo de +7 é 7 e indica-se |+7| = 7
O módulo de –9 é 9 e indica-se |–9| = 9
O módulo de qualquer número inteiro, diferente de zero, é sempre positivo.

4
IEZZI, Gelson – Matemática - Volume Único
IEZZI, Gelson - Fundamentos da Matemática – Volume 01 – Conjuntos e Funções

50
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Números Opostos: Dois números inteiros são ditos opostos um do outro quando apresentam soma
zero; assim, os pontos que os representam distam igualmente da origem.
Exemplo: O oposto do número 3 é -3, e o oposto de -3 é 3, pois 3 + (-3) = (-3) + 3 = 0
No geral, dizemos que o oposto, ou simétrico, de a é – a, e vice-versa; particularmente o oposto de
zero é o próprio zero.

Operações entre Números Inteiros


Adição de Números Inteiros
Para melhor entendimento desta operação, associaremos aos números inteiros positivos a ideia de
ganhar e aos números inteiros negativos a ideia de perder.

Ganhar 5 + ganhar 3 = ganhar 8 (+ 5) + (+ 3) = (+8)


Perder 3 + perder 4 = perder 7 (- 3) + (- 4) = (- 7)
Ganhar 8 + perder 5 = ganhar 3 (+ 8) + (- 5) = (+ 3)
Perder 8 + ganhar 5 = perder 3 (- 8) + (+ 5) = (- 3)

O sinal (+) antes do número positivo pode ser dispensado, mas o sinal (–) antes do número negativo
nunca pode ser dispensado.

Subtração de Números Inteiros


A subtração é empregada quando:
- Precisamos tirar uma quantidade de outra quantidade;
- Temos duas quantidades e queremos saber quanto uma delas tem a mais que a outra;
- Temos duas quantidades e queremos saber quanto falta a uma delas para atingir a outra.

A subtração é a operação inversa da adição.


Observe que em uma subtração o sinal do resultado é sempre do maior número!!!
4+5=9
4 – 5 = -1

Considere as seguintes situações:

1 - Na segunda-feira, a temperatura de Monte Sião passou de +3 graus para +6 graus. Qual foi a
variação da temperatura?
Esse fato pode ser representado pela subtração: (+6) – (+3) = +3

2 - Na terça-feira, a temperatura de Monte Sião, durante o dia, era de +6 graus. À Noite, a temperatura
baixou de 3 graus. Qual a temperatura registrada na noite de terça-feira?
Esse fato pode ser representado pela adição: (+6) + (–3) = +3

Se compararmos as duas igualdades, verificamos que (+6) – (+3) é o mesmo que (+6) + (–3).
Temos:
(+6) – (+3) = (+6) + (–3) = +3
(+3) – (+6) = (+3) + (–6) = –3
(–6) – (–3) = (–6) + (+3) = –3

Daí podemos afirmar: Subtrair dois números inteiros é o mesmo que adicionar o primeiro com o oposto
do segundo.

Fique Atento: todos parênteses, colchetes, chaves, números, ..., entre outros, precedidos de sinal
negativo, tem o seu sinal invertido, ou seja, é dado o seu oposto.
Ex.:
10 – (10+5) =
10 – (+15) =

51
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
10 – 15 =
-5

Multiplicação de Números Inteiros


A multiplicação funciona como uma forma simplificada de uma adição quando os números são
repetidos. Poderíamos analisar tal situação como o fato de estarmos ganhando repetidamente alguma
quantidade, como por exemplo, ganhar 1 objeto por 30 vezes consecutivas, significa ganhar 30 objetos e
esta repetição pode ser indicada por um x, isto é: 1 + 1 + 1 ... + 1 + 1 = 30 x 1 = 30
Se trocarmos o número 1 pelo número 2, obteremos: 2 + 2 + 2 + ... + 2 + 2 = 30 x 2 = 60
Se trocarmos o número 2 pelo número -2, obteremos: (–2) + (–2) + ... + (–2) = 30 x (-2) = –60
Na multiplicação o produto dos números a e b, pode ser indicado por a x b, a . b ou ainda ab sem
nenhum sinal entre as letras.

Divisão de Números Inteiros

- Divisão exata de números inteiros.


Veja o cálculo:
(– 20) : (+ 5) = q  (+ 5) . q = (– 20)  q = (– 4)
Logo (– 20) : (+ 5) = - 4

Considerando os exemplos dados, concluímos que, para efetuar a divisão exata de um número inteiro
por outro número inteiro, diferente de zero, dividimos o módulo do dividendo pelo módulo do divisor.
Exemplo: (+7) : (–2) ou (–19) : (–5) são divisões que não podem ser realizadas em Z, pois o resultado
não é um número inteiro.
- No conjunto Z, a divisão não é comutativa, não é associativa e não tem a propriedade da existência
do elemento neutro.
- Não existe divisão por zero.
- Zero dividido por qualquer número inteiro, diferente de zero, é zero, pois o produto de qualquer
número inteiro por zero é igual a zero.
Exemplo: 0 : (–10) = 0 b) 0 : (+6) = 0 c) 0 : (–1) = 0

Regra de Sinais da Multiplicação e Divisão


→ Sinais iguais (+) (+); (-) (-) = resultado sempre positivo.
→ Sinais diferentes (+) (-); (-) (+) = resultado sempre negativo.

Potenciação de Números Inteiros


A potência xn do número inteiro a, é definida como um produto de n fatores iguais. O número x é
denominado a base e o número n é o expoente. xn = x . x . x . x ... x, x é multiplicado por x, n vezes.

Exemplos:
33 = (3) x (3) x (3) = 27
(-5)5 = (-5) x (-5) x (-5) x (-5) x (-5) = -3125
(-7)² = (-7) x (-7) = 49
(+9)² = (+9) x (+9) = 81

- Toda potência de base positiva é um número inteiro positivo.


Exemplo: (+3)2 = (+3) . (+3) = +9

52
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
- Toda potência de base negativa e expoente par é um número inteiro positivo.
Exemplo: (–8)2 = (–8) . (–8) = +64

- Toda potência de base negativa e expoente ímpar é um número inteiro negativo.


Exemplo: (–5)3 = (–5) . (–5) . (–5) = –125

- Propriedades da Potenciação:

1) Produtos de Potências com bases iguais: Conserva-se a base e somam-se os expoentes.


(–7)3 . (–7)6 = (–7)3+6 = (–7)9

2) Quocientes de Potências com bases iguais: Conserva-se a base e subtraem-se os expoentes.


(-13)8 : (-13)6 = (-13)8 – 6 = (-13)2

3) Potência de Potência: Conserva-se a base e multiplicam-se os expoentes.


[(-8)5]2 = (-8)5 . 2 = (-8)10

4) Potência de expoente 1: É sempre igual à base.


(-8)1 = -8 e (+70)1 = +70

5) Potência de expoente zero e base diferente de zero: É igual a 1.


(+3)0 = 1 e (–53)0 = 1

Radiciação de Números Inteiros


A raiz n-ésima (de ordem n) de um número inteiro x é a operação que resulta em outro número inteiro
não negativo b que elevado à potência n fornece o número x. O número n é o índice da raiz enquanto que
o número x é o radicando (que fica sob o sinal do radical).
𝑛
√𝑥 = b
bn = x

A raiz quadrada (de ordem 2) de um número inteiro x é a operação que resulta em outro número inteiro
não negativo que elevado ao quadrado coincide com o número x.

Atenção: Não existe a raiz quadrada de um número inteiro negativo no conjunto dos números
inteiros.

Erro comum: Frequentemente lemos em materiais didáticos e até mesmo ocorre em algumas aulas
aparecimento de:
9 = ± 3, mas isto está errado. O certo é: 9 = +3

Observamos que não existe um número inteiro não negativo que multiplicado por ele mesmo resulte
em um número negativo.

A raiz cúbica (de ordem 3) de um número inteiro x é a operação que resulta em outro número inteiro
que elevado ao cubo seja igual ao número x. Aqui não restringimos os nossos cálculos somente aos
números não negativos.

Exemplos:
3
(a) 8 = 2, pois 2³ = 8
(b)  8 = –2, pois (–2)³ = -8
3

3
(c) 27 = 3, pois 3³ = 27
(d)  27 = –3, pois (–3)³ = -27
3

53
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Observação: Ao obedecer à regra dos sinais para o produto de números inteiros, concluímos que:
(1) Se o índice da raiz for par, não existe raiz de número inteiro negativo.
(2) Se o índice da raiz for ímpar, é possível extrair a raiz de qualquer número inteiro.

Propriedades da Adição e da Multiplicação dos números Inteiros


Para todo a, b e c ∈ 𝑍
1) Associativa da adição: (a + b) + c = a + (b + c)
2) Comutativa da adição: a + b = b + a
3) Elemento neutro da adição: a + 0 = a
4) Elemento oposto da adição: a + (-a) = 0
5) Associativa da multiplicação: (a.b).c = a.(b.c)
6) Comutativa da multiplicação: a.b = b.a
7) Elemento neutro da multiplicação: a.1 = a
8) Distributiva da multiplicação relativamente à adição: a.(b + c) = ab + ac
9) Distributiva da multiplicação relativamente à subtração: a.(b – c) = ab – ac

Atenção: tanto a adição como a multiplicação de um número natural por outro número natural, continua
como resultado um número natural.

Questões

01. (Fundação Casa – Agente Educacional – VUNESP) Para zelar pelos jovens internados e orientá-
los a respeito do uso adequado dos materiais em geral e dos recursos utilizados em atividades educativas,
bem como da preservação predial, realizou-se uma dinâmica elencando “atitudes positivas” e “atitudes
negativas”, no entendimento dos elementos do grupo. Solicitou-se que cada um classificasse suas
atitudes como positiva ou negativa, atribuindo (+4) pontos a cada atitude positiva e (-1) a cada atitude
negativa. Se um jovem classificou como positiva apenas 20 das 50 atitudes anotadas, o total de pontos
atribuídos foi
(A) 50.
(B) 45.
(C) 42.
(D) 36.
(E) 32.

02. (UEM/PR – Auxiliar Operacional – UEM) Ruth tem somente R$ 2.200,00 e deseja gastar a maior
quantidade possível, sem ficar devendo na loja.
Verificou o preço de alguns produtos:
TV: R$ 562,00
DVD: R$ 399,00
Micro-ondas: R$ 429,00
Geladeira: R$ 1.213,00

Na aquisição dos produtos, conforme as condições mencionadas, e pagando a compra em dinheiro, o


troco recebido será de:
(A) R$ 84,00
(B) R$ 74,00
(C) R$ 36,00
(D) R$ 26,00
(E) R$ 16,00

03. (BNDES – Técnico Administrativo – CESGRANRIO) Multiplicando-se o maior número inteiro


menor do que 8 pelo menor número inteiro maior do que - 8, o resultado encontrado será
(A) - 72
(B) - 63
(C) - 56
(D) - 49
(E) – 42

54
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04. (Polícia Militar/MG - Assistente Administrativo - FCC) Em um jogo de tabuleiro, Carla e Mateus
obtiveram os seguintes resultados:

Ao término dessas quatro partidas,


(A) Carla perdeu por uma diferença de 150 pontos.
(B) Mateus perdeu por uma diferença de 175 pontos.
(C) Mateus ganhou por uma diferença de 125 pontos.
(D) Carla e Mateus empataram.

05. (Pref. de Palmas/TO – Técnico Administrativo Educacional – COPESE/UFT) Num determinado


estacionamento da cidade de Palmas há vagas para carros e motos. Durante uma ronda dos agentes de
trânsito, foi observado que o número total de rodas nesse estacionamento era de 124 (desconsiderando
os estepes dos veículos). Sabendo que haviam 12 motos no estacionamento naquele momento, é
CORRETO afirmar que estavam estacionados:
(A) 19 carros
(B) 25 carros
(C) 38 carros
(D) 50 carros

06. (Casa da Moeda) O quadro abaixo indica o número de passageiros num voo entre Curitiba e
Belém, com duas escalas, uma no Rio de Janeiro e outra em Brasília. Os números positivos indicam a
quantidade de passageiros que subiram no avião e os negativos, a quantidade dos que desceram em
cada cidade.

O número de passageiros que chegou a Belém foi:


(A) 362
(B) 280
(C) 240
(D) 190
(E) 135

07. (Pref.de Niterói/RJ) As variações de temperatura nos desertos são extremas. Supondo que
durantes o dia a temperatura seja de 45ºC e à noite seja de -10ºC, a diferença de temperatura entre o dia
e noite, em ºC será de:
(A) 10
(B) 35
(C) 45
(D) 50
(E) 55

08. (Pref.de Niterói/RJ) Um trabalhador deseja economizar para adquirir a vista uma televisão que
custa R$ 420,00. Sabendo que o mesmo consegue economizar R$ 35,00 por mês, o número de meses
que ele levará para adquirir a televisão será:
(A) 6
(B) 8
(C) 10
(D) 12
(E) 15

55
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
09. (Pref.de Niterói/RJ) Um estudante empilhou seus livros, obtendo uma única pilha 52cm de altura.
Sabendo que 8 desses livros possui uma espessura de 2cm, e que os livros restantes possuem espessura
de 3cm, o número de livros na pilha é:
(A) 10
(B) 15
(C) 18
(D) 20
(E) 22

10. (FINEP – Assistente Administrativo – CESGRANRIO) Um menino estava parado no oitavo


degrau de uma escada, contado a partir de sua base (parte mais baixa da escada). A escada tinha 25
degraus. O menino subiu mais 13 degraus. Logo em seguida, desceu 15 degraus e parou novamente.
A quantos degraus do topo da escada ele parou?
(A) 8
(B) 10
(C) 11
(D) 15
(E) 19

Comentários

01. Resposta: A
50-20=30 atitudes negativas
20.4=80
30.(-1)=-30
80-30=50

02. Resposta: D
Geladeira + Micro-ondas + DVD = 1213 + 429 + 399 = 2041
Geladeira + Micro-ondas + TV = 1213 + 429 + 562 = 2204, extrapola o orçamento
Geladeira + TV + DVD = 1213 + 562 + 399 = 2174, é a maior quantidade gasta possível dentro do
orçamento.
Troco:2200 – 2174 = 26 reais

03. Resposta: D
Maior inteiro menor que 8 é o 7
Menor inteiro maior que - 8 é o - 7.
Portanto: 7(- 7) = - 49

04. Resposta: C
Carla: 520 – 220 – 485 + 635 = 450 pontos
Mateus: - 280 + 675 + 295 – 115 = 575 pontos
Diferença: 575 – 450 = 125 pontos

05. Resposta: B
Moto: 2 rodas
Carro: 4
12.2=24
124-24=100
100/4=25 carros

06. Resposta: D
240 - 194 + 158 - 108 + 94 = 190

07. Resposta: E
45 – (- 10) = 55

08. Resposta: D
420: 35 = 12 meses

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09. Resposta: D
São 8 livros de 2 cm: 8.2 = 16 cm
Como eu tenho 52 cm ao todo e os demais livros tem 3 cm, temos:
52 - 16 = 36 cm de altura de livros de 3 cm
36 : 3 = 12 livros de 3 cm
O total de livros da pilha: 8 + 12 = 20 livros ao todo.

10. Resposta: E
8 + 13 = 21
21– 15 = 6
25 – 6 = 19
CONJUNTO DOS NÚMEROS RACIONAIS – Q

m
Um número racional5 é o que pode ser escrito na forma , onde m e n são números inteiros, sendo
n
que n deve ser diferente de zero. Frequentemente utilizamos m/n para significar a divisão de m por n.
Como podemos observar, números racionais podem ser obtidos através da razão entre dois números
inteiros, razão pela qual, o conjunto de todos os números racionais é denotado por Q. Assim, é comum
encontrarmos na literatura a notação:
m
Q = { : m e n em Z, n diferente de zero}
n

No conjunto Q destacamos os seguintes subconjuntos:

Atenção: A nomenclatura utilizada abaixo pode interferir diretamente no contexto de uma


questão, tome muito cuidado ao interpreta-los, pois são todos diferentes (Q+ , Q_ , Q*).

- Q* = conjunto dos racionais não nulos;


- Q+ = conjunto dos racionais não negativos;
- Q*+ = conjunto dos racionais positivos;
- Q _ = conjunto dos racionais não positivos;
- Q*_ = conjunto dos racionais negativos.

Representação Decimal das Frações


p
Tomemos um número racional , tal que p não seja múltiplo de q. Para escrevê-lo na forma decimal,
q
basta efetuar a divisão do numerador pelo denominador.

Nessa divisão podem ocorrer dois casos:


1º - O numeral decimal obtido possui, após a vírgula, um número finito de algarismos. Decimais Exatos:

5
IEZZI, Gelson - Matemática- Volume Único
IEZZI, Gelson - Fundamentos da Matemática – Volume 1 – Conjuntos e Funções
http://mat.ufrgs.br

57
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
2º - O numeral decimal obtido possui, após a vírgula, infinitos algarismos (nem todos nulos), repetindo-
se periodicamente Decimais Periódicos ou Dízimas Periódicas:

Existem frações muito simples que são representadas por formas decimais infinitas, com uma
característica especial:

Aproveitando o exemplo acima temos 0,333... = 3. 1/101 + 3 . 1/102 + 3 . 1/103 + 3 . 1/104 ...

Representação Fracionária dos Números Decimais


Trata-se do problema inverso, estando o número racional escrito na forma decimal, procuremos
escrevê-lo na forma de fração. Temos dois casos:
1º Transformamos o número em uma fração cujo numerador é o número decimal sem a vírgula e o
denominador é composto pelo numeral 1, seguido de tantos zeros quantas forem as casas decimais do
número decimal dado:

2º Devemos achar a fração geratriz da dízima dada; para tanto, vamos apresentar o procedimento
através de alguns exemplos:

a) Seja a dízima 0, 333...


Veja que o período que se repete é apenas 1(formado pelo 3)  então vamos colocar um 9 no
denominador e repetir no numerador o período.

3
Assim, a geratriz de 0,333... é a fração .
9
b) Seja a dízima 5, 1717...
O período que se repete é o 17, logo dois noves no denominador (99). Observe também que o 5 é a
parte inteira, logo ele vem na frente:

17 512
5 → 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑢𝑚𝑎 𝑓𝑟𝑎çã𝑜 𝑚𝑖𝑠𝑡𝑎, 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑛𝑑𝑜 → (5.99 + 17) = 512, 𝑙𝑜𝑔𝑜 ∶
99 99

512
Assim, a geratriz de 5,1717... é a fração .
99

58
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Neste caso para transformarmos uma dízima periódica simples em fração, basta utilizarmos o
dígito 9 no denominador de acordo com a quantidade de dígitos que tiver o período da dízima.

c) Seja a dízima 1, 23434...


O número 234 é a junção do anteperíodo com o período. Neste caso dizemos que a dízima periódica
é composta, pois existe uma parte que não se repete e outra que se repete. Temos então um anteperíodo
(2) e o período (34). Ao subtrairmos deste número o anteperíodo (234-2), obtemos 232 no qual será o
numerador. O denominador é formado por tantos dígitos 9 – que correspondem ao período, neste caso
99 (dois noves) – e pelo dígito 0 – que correspondem a tantos dígitos tiverem o anteperíodo, neste caso
0 (um zero).

232 1222
1 → 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑢𝑚𝑎 𝑓𝑟𝑎çã𝑜 𝑚𝑖𝑠𝑡𝑎, 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑛𝑑𝑜 − 𝑎 → (1.990 + 232) = 1222, 𝑙𝑜𝑔𝑜 ∶
990 990

611
Simplificando por 2, obtemos x = , que será a fração geratriz da dízima 1, 23434...
495

Módulo ou valor absoluto: É a distância do ponto que representa esse número ao ponto de abscissa
zero.

Exemplos:
3 3 3 3
1) Módulo de – é . Indica-se  =
2 2 2 2

3 3 3 3
2) Módulo de + é . Indica-se  =
2 2 2 2

3 3
Números Opostos: Dizemos que – e são números racionais opostos ou simétricos e cada um
2 2
3 3
deles é o oposto do outro. As distâncias dos pontos – e ao ponto zero da reta são iguais.
2 2

Inverso de um Número Racional

𝒂 −𝒏 𝒃 𝒏
( ) ,𝒂 ≠ 𝟎 = ( ) ,𝒃 ≠ 𝟎
𝒃 𝒂

Representação geométrica dos Números Racionais

59
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Observa-se que entre dois inteiros consecutivos existem infinitos números racionais.

Soma (Adição) de Números Racionais


Como todo número racional é uma fração ou pode ser escrito na forma de uma fração, definimos a
a c
adição entre os números racionais e , da mesma forma que a soma de frações, através de:
b d

Subtração de Números Racionais


A subtração de dois números racionais p e q é a própria operação de adição do número p com o
a c
oposto de q, isto é: p – q = p + (–q), onde p = e q = .
b d

Multiplicação (Produto) de Números Racionais


Como todo número racional é uma fração ou pode ser escrito na forma de uma fração, definimos o
a c
produto de dois números racionais e , da mesma forma que o produto de frações, através de:
b d

Para realizar a multiplicação de números racionais, devemos obedecer à mesma regra de sinais que
vale em toda a Matemática:
Podemos assim concluir que o produto de dois números com o mesmo sinal é positivo, mas o
produto de dois números com sinais diferentes é negativo.

Divisão (Quociente) de Números Racionais


A divisão de dois números racionais p e q é a própria operação de multiplicação do número p pelo
inverso de q, isto é: p ÷ q = p × q-1
𝒂 𝒄 𝒂 𝒅
: = .
𝒃 𝒅 𝒃 𝒄

Potenciação de Números Racionais


A potência qn do número racional q é um produto de n fatores iguais. O número q é denominado a
base e o número n é o expoente.
qn = q × q × q × q × ... × q, (q aparece n vezes)

Exemplos:

60
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Propriedades da Potenciação:
1) Toda potência com expoente 0 é igual a 1.

2) Toda potência com expoente 1 é igual à própria base.

3) Toda potência com expoente negativo de um número racional diferente de zero é igual a outra
potência que tem a base igual ao inverso da base anterior e o expoente igual ao oposto do expoente
anterior.

4) Toda potência com expoente ímpar tem o mesmo sinal da base.

5) Toda potência com expoente par é um número positivo.

6) Produto de potências de mesma base. Para reduzir um produto de potências de mesma base a uma
só potência, conservamos a base e somamos os expoentes.

7) Divisão de potências de mesma base. Para reduzir uma divisão de potências de mesma base a uma
só potência, conservamos a base e subtraímos os expoentes.

8) Potência de Potência. Para reduzir uma potência de potência a uma potência de um só expoente,
conservamos a base e multiplicamos os expoentes.

Radiciação de Números Racionais


Se um número representa um produto de dois ou mais fatores iguais, então cada fator é chamado raiz
do número.
Exemplos:
2
1 1 1 1 1 1
1) Representa o produto . ou   .Logo, é a raiz quadrada de .
9 3 3 3 3 9
1 1
Indica-se =
9 3

2) 0,216 Representa o produto 0,6 . 0,6 . 0,6 ou (0,6)3. Logo, 0,6 é a raiz cúbica de 0,216. Indica-se
3
0,216 = 0,6.

Um número racional, quando elevado ao quadrado, dá o número zero ou um número racional positivo.
Logo, os números racionais negativos não têm raiz quadrada no conjunto dos números racionais.

61
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
100 10 10
Por exemplo, o número  não tem raiz quadrada em Q, pois tanto  como  , quando
9 3 3
100
elevados ao quadrado, dão .
9
Já um número racional positivo, só tem raiz quadrada no conjunto dos números racionais se ele for um
quadrado perfeito.
2
E o número não tem raiz quadrada em Q, pois não existe número racional que elevado ao quadrado
3
2
dê .
3

Questões

01. (Pref. Jundiaí/SP– Agente de Serviços Operacionais – MAKIYAMA) Na escola onde estudo, ¼
dos alunos tem a língua portuguesa como disciplina favorita, 9/20 têm a matemática como favorita e os
demais têm ciências como favorita. Sendo assim, qual fração representa os alunos que têm ciências como
disciplina favorita?
(A) 1/4
(B) 3/10
(C) 2/9
(D) 4/5
(E) 3/2

02. (Fundação CASA – Agente de Apoio Operacional – VUNESP) De um total de 180 candidatos,
2/5 estudam inglês, 2/9 estudam francês, 1/3 estuda espanhol e o restante estuda alemão. O número de
candidatos que estuda alemão é:
(A) 6.
(B) 7.
(C) 8.
(D) 9.
(E) 10.

03. (Fundação CASA – Agente de Apoio Operacional – VUNESP) Em um estado do Sudeste, um


Agente de Apoio Operacional tem um salário mensal de: salário-base R$ 617,16 e uma gratificação de
R$ 185,15. No mês passado, ele fez 8 horas extras a R$ 8,50 cada hora, mas precisou faltar um dia e foi
descontado em R$ 28,40. No mês passado, seu salário totalizou
(A) R$ 810,81.
(B) R$ 821,31.
(C) R$ 838,51.
(D) R$ 841,91.
(E) R$ 870,31.

04. (Pref. Niterói) Simplificando a expressão abaixo:


3
1,3333…+
2
4
1,5+
3

Obtém-se
(A) ½.
(B) 1.
(C) 3/2.
(D) 2.
(E) 3.

62
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
05. (SABESP – Aprendiz – FCC) Em um jogo matemático, cada jogador tem direito a 5 cartões
marcados com um número, sendo que todos os jogadores recebem os mesmos números. Após todos os
jogadores receberem seus cartões, aleatoriamente, realizam uma determinada tarefa que também é
sorteada. Vence o jogo quem cumprir a tarefa corretamente. Em uma rodada em que a tarefa era colocar
os números marcados nos cartões em ordem crescente, venceu o jogador que apresentou a sequência
14
(A) −4; −1; √16; √25; 3
14
(B) −1; −4; √16; 3
; √25
14
(C) −1; −4; 3
; √16; √25
14
(D) −4; −1; √16; ; √25
3
14
(E)−4; −1; ; √16; √25
3

06. (SABESP – Agente de Saneamento Ambiental – FCC) Somando-se certo número positivo x ao
numerador, e subtraindo-se o mesmo número x do denominador da fração 2/3 obtém-se como resultado,
o número 5. Sendo assim, x é igual a
(A) 52/25.
(B) 13/6.
(C) 7/3.
(D) 5/2.
(E) 47/23.

07. (SABESP – Aprendiz – FCC) Mariana abriu seu cofrinho com 120 moedas e separou-as:
− 1 real: ¼ das moedas
− 50 centavos: 1/3 das moedas
− 25 centavos: 2/5 das moedas
− 10 centavos: as restantes
Mariana totalizou a quantia contida no cofre em
(A) R$ 62,20.
(B) R$ 52,20.
(C) R$ 50,20.
(D) R$ 56,20.
(E) R$ 66,20.

08. (PM/SE – Soldado 3ªclasse – FUNCAB) Numa operação policial de rotina, que abordou 800
pessoas, verificou-se que 3/4 dessas pessoas eram homens e 1/5 deles foram detidos. Já entre as
mulheres abordadas, 1/8 foram detidas.
Qual o total de pessoas detidas nessa operação policial?
(A) 145
(B) 185
(C) 220
(D) 260
(E) 120

09. (Pref. Jundiaí/SP – Agente de Serviços Operacionais – MAKIYAMA) Quando perguntado sobre
qual era a sua idade, o professor de matemática respondeu:
“O produto das frações 9/5 e 75/3 fornece a minha idade!”.
Sendo assim, podemos afirmar que o professor tem:
(A) 40 anos.
(B) 35 anos.
(C) 45 anos.
(D) 30 anos.
(E) 42 anos.

Comentários

01. Alternativa: B.
Somando português e matemática:

63
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1 9 5 + 9 14 7
+ = = =
4 20 20 20 10
O que resta gosta de ciências:
7 3
1− =
10 10

02. Alternativa: C.
2 2 1
5
+9+3
Mmc(3,5,9)=45
18+10+15 43
45
= 45
O restante estuda alemão: 2/45
2
180 ∙ = 8
45

03. Alternativa: D.
𝑠𝑎𝑙á𝑟𝑖𝑜 𝑚𝑒𝑛𝑠𝑎𝑙: 617,16 + 185,15 = 802,31
ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠 𝑒𝑥𝑡𝑟𝑎𝑠: 8,5 ∙ 8 = 68
𝑚ê𝑠 𝑝𝑎𝑠𝑠𝑎𝑑𝑜: 802,31 + 68,00 − 28,40 = 841,91
Salário foi R$ 841,91.

04. Alternativa: B.
1,3333...= 12/9 = 4/3
1,5 = 15/10 = 3/2
4 3 17
+
3 2= 6 =1
3 4 17
2+3 6

05. Alternativa: D.
√16 = 4
√25 = 5
14
= 4,67
3
14
A ordem crescente é: −4; −1; √16; 3
; √25

06. Alternativa: B.
2
Lá vem o tal do “x” né, mas analise o seguinte, temos a fração , aí ele disse o seguinte: Somando-se
3
certo número positivo x ao numerador, e subtraindo-se o mesmo número x do denominador da fração,
logo devemos somar “x” no 2 e subtrair “x” de 3, ficando:
2+x
3−x
Isso é igual a 5, assim teremos formada nossa equação com números racionais!
2+x
3−x
= 5, para resolver devemos multiplicar em cruz (como não tem ninguém no denominador do 5,
devemos colocar o 1).

1.(2 + x) = 5.(3 – x)
Aplicando a propriedade distributiva:
2 + x = 15 – 5x
Letra para um lado e número para o outro, não esquecendo que quando troca de lado inverte o número.
x + 5x = 15 – 2
6x = 13
13
x= 6
Portanto a alternativa correta é a “B”.

64
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07. Alternativa: A.
1
1 𝑟𝑒𝑎𝑙: 120 ∙ = 30 𝑚𝑜𝑒𝑑𝑎𝑠
4
1
50 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑎𝑣𝑜𝑠: 3 ∙ 120 = 40 𝑚𝑜𝑒𝑑𝑎𝑠
2
25 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑎𝑣𝑜𝑠: 5 ∙ 120 = 48 𝑚𝑜𝑒𝑑𝑎𝑠
10 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑎𝑣𝑜𝑠: 120 − 118 𝑚𝑜𝑒𝑑𝑎𝑠 = 2 𝑚𝑜𝑒𝑑𝑎𝑠
30 + 40 ∙ 0,5 + 48 ∙ 0,25 + 2 ∙ 0,10 = 62,20

Mariana totalizou R$ 62,20.

08. Alternativa: A.
Este problema é clássico na utilização de frações, primeiro vamos calcular a quantidade de homens e
mulheres abordadas:
Total: 800
3 3
Homens: 4 sendo assim devemos encontrar 4 𝑑𝑒 800 = 3𝑥800 = 2400, 𝑒 2400 ∶ 4 = 600
Se temos 600 homens, significa que 200 são as mulheres, pois o total é 800, agora vamos calcular os
detidos!
1
Homens detidos: 5 de 600, logo 600 x 1 = 600 e 600 : 5 = 120, portanto 120 homens detidos.

1
Mulheres detidas: 8 de 200, logo 200 x 1 = 200 e 200 : 8 = 25, portanto 25 mulheres detidas.

O enunciado pede o total de pessoas detidas nessa operação policial, logo 120 + 25 = 145, o que nos
remete a alternativa “A”.

09. Alternativa: C.

9 75 675
∙ = = 45 𝑎𝑛𝑜𝑠
5 3 15

CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS - R

O conjunto dos números reais6 R é uma expansão do conjunto dos números racionais que engloba
não só os inteiros e os fracionários, positivos e negativos, mas também todos os números irracionais.
Assim temos:

R = Q U I , sendo Q ∩ I = Ø ( Se um número real é racional, não será irracional, e vice-versa).

Lembrando que N Ϲ Z Ϲ Q , podemos construir o diagrama abaixo:

O conjunto dos números reais apresenta outros subconjuntos importantes:


- Conjunto dos números reais não nulos: R* = {x ϵ R| x ≠ 0}
- Conjunto dos números reais não negativos: R+ = {x ϵ R| x ≥ 0}

6
IEZZI, Gelson – Matemática - Volume Único
IEZZI, Gelson - Fundamentos da Matemática Elementar – Vol. 01 – Conjuntos e Funções

65
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
- Conjunto dos números reais positivos: R*+ = {x ϵ R| x > 0}
- Conjunto dos números reais não positivos: R- = {x ϵ R| x ≤ 0}
- Conjunto dos números reais negativos: R*- = {x ϵ R| x < 0}

Representação Geométrica dos números reais

Ordenação dos números reais

A representação dos números reais permite definir uma relação de ordem entre eles. Os números reais
positivos, são maiores que zero e os negativos, menores que zero. Expressamos a relação de ordem da
seguinte maneira:
Dados dois números Reais a e b,

a≤b↔b–a≥0

Exemplo: -15 ≤ 5 ↔ 5 - ( - 15) ≥ 0


5 + 15 ≥ 0

Intervalos reais

O conjunto dos números reais possui também subconjuntos, denominados intervalos, que são
determinados por meio de desiguladades. Sejam os números a e b , com a < b.

Em termos gerais temos:


- A bolinha aberta = a intervalo aberto (estamos excluindo aquele número), utilizamos os símbolos:

> ;< ou ] ; [

- A bolinha fechada = a intervalo fechado (estamos incluindo aquele número), utilizamos os símbolos:
≥ ; ≤ ou [ ; ]

Podemos utilizar ( ) no lugar dos [ ] , para indicar as extremidades abertas dos intervalos.

Às vezes, aparecem situações em que é necessário registrar numericamente variações de valores em


sentidos opostos, ou seja, maiores ou acima de zero (positivos), como as medidas de temperatura ou
reais em débito, em haver e etc. Esses números, que se estendem indefinidamente, tanto para o lado
direito (positivos) como para o lado esquerdo (negativos), são chamados números relativos.

66
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Valor absoluto de um número relativo é o valor do número que faz parte de sua representação, sem o
sinal.

Valor simétrico de um número é o mesmo numeral, diferindo apenas o sinal.

Operações com números relativos

1) Adição e subtração de números relativos


a) Se os numerais possuem o mesmo sinal, basta adicionar os valores absolutos e conservar o sinal.
b) Se os numerais possuem sinais diferentes, subtrai-se o numeral de menor valor e dá-se o sinal do
maior numeral.
Exemplos:
3+5=8
4-8=-4
- 6 - 4 = - 10
-2+7=5

2) Multiplicação e divisão de números relativos


a) O produto e o quociente de dois números relativos de mesmo sinal são sempre positivos.
b) O produto e o quociente de dois números relativos de sinais diferentes são sempre negativos.
Exemplos:
- 3 x 8 = - 24
- 20 (-4) = + 5
- 6 x (-7) = + 42
28 2 = 14
Questões

01. (EBSERH/ HUPAA – UFAL – Analista Administrativo – Administração – IDECAN) Mário


começou a praticar um novo jogo que adquiriu para seu videogame. Considere que a cada partida ele
conseguiu melhorar sua pontuação, equivalendo sempre a 15 pontos a menos que o dobro marcado na
partida anterior. Se na quinta partida ele marcou 3.791 pontos, então, a soma dos algarismos da
quantidade de pontos adquiridos na primeira partida foi igual a
(A) 4.
(B) 5.
(C) 7.
(D) 8.
(E) 10.

02. (Pref. Guarujá/SP – SEDUC – Professor de Matemática – CAIPIMES) Considere m um número


real menor que 20 e avalie as afirmações I, II e III:
I- (20 – m) é um número menor que 20.
II- (20 m) é um número maior que 20.
III- (20 m) é um número menor que 20.
É correto afirmar que:
(A) I, II e III são verdadeiras.
(B) apenas I e II são verdadeiras.
(C) I, II e III são falsas.
(D) apenas II e III são falsas.

03. (Pref. Guarujá/SP – SEDUC – Professor de Matemática – CAIPIMES) Na figura abaixo, o ponto
3 1
que melhor representa a diferença 4 − 2 na reta dos números reais é:

(A) P.
(B) Q.
(C) R.
(D) S.

67
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
04. (TJ/PR - Técnico Judiciário – TJ/PR) Uma caixa contém certa quantidade de lâmpadas. Ao retirá-
las de 3 em 3 ou de 5 em 5, sobram 2 lâmpadas na caixa.
Entretanto, se as lâmpadas forem removidas de 7 em 7, sobrará uma única lâmpada. Assinale a
alternativa correspondente à quantidade de lâmpadas que há na caixa, sabendo que esta comporta um
máximo de 100 lâmpadas.
(A) 36.
(B) 57.
(C) 78.
(D) 92.

05. (MP/SP – Auxiliar de Promotoria I – Administrativo – VUNESP) Para ir de sua casa à escola,
3
Zeca percorre uma distância igual a da distância percorrida na volta, que é feita por um trajeto diferente.
4
7
Se a distância percorrida por Zeca para ir de sua casa à escola e dela voltar é igual a de um quilômetro,
5
então a distância percorrida por Zeca na ida de sua casa à escola corresponde, de um quilômetro, a
2
(A) 3

3
(B) 4

1
(C) 2

4
(D) 5

3
(E) 5

06. (TJ/SP - Auxiliar de Saúde Judiciário - Auxiliar em Saúde Bucal – VUNESP) Para numerar as
páginas de um livro, uma impressora gasta 0,001 mL por cada algarismo impresso. Por exemplo, para
numerar as páginas 7, 58 e 290 gasta-se, respectivamente, 0,001 mL, 0,002 mL e 0,003 mL de tinta. O
total de tinta que será gasto para numerar da página 1 até a página 1 000 de um livro, em mL, será
(A) 1,111.
(B) 2,003.
(C) 2,893.
(D) 1,003.
(E) 2,561.

07. (Câmara de São Paulo/SP – Técnico Administrativo – FCC) Um funcionário de uma empresa
deve executar uma tarefa em 4 semanas. Esse funcionário executou 3/8 da tarefa na 1a semana. Na 2 a
semana, ele executou 1/3 do que havia executado na 1a semana. Na 3a e 4a semanas, o funcionário
termina a execução da tarefa e verifica que na 3a semana executou o dobro do que havia executado na
4 a semana. Sendo assim, a fração de toda a tarefa que esse funcionário executou na 4ª semana é igual
a
(A) 5/16.
(B) 1/6.
(C) 8/24.
(D)1/ 4.
(E) 2/5.

08. (CODAR – Coletor de lixo reciclável – EXATUS/2016) Numa divisão com números inteiros, o
resto vale 5, o divisor é igual ao resto somado a 3 unidades e o quociente é igual ao dobro do divisor.
Assim, é correto afirmar que o valor do dividendo é igual a:
(A) 145.
(B) 133.
(C) 127.
(D) 118.

68
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
09. (METRÔ – Assistente Administrativo Júnior – FCC) Quatro números inteiros serão sorteados.
Se o número sorteado for par, ele deve ser dividido por 2 e ao quociente deve ser acrescido 17. Se o
número sorteado for ímpar, ele deve ser dividido por seu maior divisor e do quociente deve ser subtraído
15. Após esse procedimento, os quatro resultados obtidos deverão ser somados. Sabendo que os
números sorteados foram 40, 35, 66 e 27, a soma obtida ao final é igual a
(A) 87.
(B) 59.
(C) 28.
(D) 65.
(E) 63.

10. (UNESP – Assistente de Informática I – VUNESP) O valor de uma aposta em certa loteria foi
repartido em cotas iguais. Sabe-se que a terça parte das cotas foi dividida igualmente entre Alex e Breno,
que Carlos ficou com a quarta parte das cotas, e que Denis ficou com as 5 cotas restantes. Essa aposta
foi premiada com um determinado valor, que foi repartido entre eles de forma diretamente proporcional
ao número de cotas de cada um. Dessa forma, se Breno recebeu R$ 62.000,00, então Carlos recebeu
(A) R$ 74.000,00.
(B) R$ 93.000,00.
(C) R$ 98.000,00.
(D) R$ 102.000,00.
(E) R$ 106.000,00.

Comentários

01. Alternativa: D.
Pontuação atual = 2 . partida anterior – 15
* 4ª partida: 3791 = 2.x – 15
2.x = 3791 + 15
x = 3806 / 2
x = 1903

* 3ª partida: 1903 = 2.x – 15


2.x = 1903 + 15
x = 1918 / 2
x = 959

* 2ª partida: 959 = 2.x – 15


2.x = 959 + 15
x = 974 / 2
x = 487
* 1ª partida: 487 = 2.x – 15
2.x = 487 + 15
x = 502 / 2
x = 251
Portanto, a soma dos algarismos da 1ª partida é 2 + 5 + 1 = 8.

02. Alternativa: C.
I. Falso, pois m é Real e pode ser negativo.
II. Falso, pois m é Real e pode ser negativo.
III. Falso, pois m é Real e pode ser positivo.

03. Alternativa: A.
3 1 3−2 1
− = = = 0,25
4 2 4 4

04. Alternativa: D.
Vamos chamar as retiradas de r, s e w: e de T o total de lâmpadas.
Precisamos calcular os múltiplos de 3, 5 e de 7, separando um múltiplo menor do que 100 que sirva
nas três equações abaixo:

69
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
De 3 em 3: 3 . r + 2 = Total
De 5 em 5: 5 . s + 2 = Total
De 7 em 7: 7 . w + 1 = Total
Primeiramente, vamos calcular o valor de w, sem que o total ultrapasse 100:
7 . 14 + 1 = 99, mas 3 . r + 2 = 99 vai dar que r = 32,333... (não convém)
7 . 13 + 1 = 92, e 3 . r + 2 = 92 vai dar r = 30 e 5 . s + 2 = 92 vai dar s = 18.

05. Alternativa: E.
Ida + volta = 7/5 . 1
3 7
.𝑥 + 𝑥 =
4 5

5.3𝑥+ 20𝑥=7.4
20

15𝑥 + 20𝑥 = 28
35𝑥 = 28
28
𝑥 = 35 (: 7/7)

4
𝑥 = 5 (volta)

3 4 3
Ida: . =
4 5 5

06. Alternativa: C.
1 a 9 = 9 algarismos = 0,0019 = 0,009 ml
De 10 a 99, temos que saber quantos números tem.
99 – 10 + 1 = 90.
OBS: soma 1, pois quanto subtraímos exclui-se o primeiro número.
90 números de 2 algarismos: 0,00290 = 0,18ml
De 100 a 999
999 – 100 + 1 = 900 números
9000,003 = 2,7 ml
1000 = 0,004ml
Somando: 0,009 + 0,18 + 2,7 + 0,004 = 2,893

07. Alternativa: B.
Tarefa: x
Primeira semana: 3/8x
1 3 1
2 semana:3 ∙ 8 𝑥 = 8 𝑥
3 1 4 1
1ª e 2ª semana:8 𝑥 + 8 𝑥 = 8 𝑥 = 2 𝑥
Na 3ª e 4ª semana devem ser feito a outra metade.
3ªsemana: 2y
4ª semana: y
1
2𝑦 + 𝑦 = 2 𝑥
1
3𝑦 = 2 𝑥
1
𝑦 = 6𝑥

08. Alternativa: B.
Tendo D = dividendo; d = divisor; Q = quociente e R = resto, podemos escrever essa divisão como:
D = d.Q + R
Sabemos que o R = 5
O divisor é o R + 3 → d = R + 3 = 5 + 3 = 8
E o quociente o dobro do divisor → Q = 2d = 2.8 = 16
Montando temos: D = 8.16 + 5 = 128 + 5 = 133.

70
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
09. Alternativa: B.
* número 40: é par.
40 / 2 + 17 = 20 + 17 = 37
* número 35: é ímpar.
Seu maior divisor é 35.
35 / 35 – 15 = 1 – 15 = – 14
* número 66: é par.
66 / 2 + 17 = 33 + 17 = 50
* número 27: é ímpar.
Seu maior divisor é 27.
27 / 27 – 15 = 1 – 15 = – 14
* Por fim, vamos somar os resultados:
37 – 14 + 50 – 14 = 87 – 28 = 59

10. Alternativa: B.
Vamos chamar o valor de cada cota de ( x ). Assim:
* Breno:
𝟏 𝟏
. . 𝒙 = 𝟔𝟐𝟎𝟎𝟎
𝟐 𝟑

𝟏
. 𝒙 = 𝟔𝟐𝟎𝟎𝟎
𝟔

x = 62000 . 6
x = R$ 372000,00
* Carlos:
𝟏
. 𝟑𝟕𝟐𝟎𝟎𝟎 = 𝑹$ 𝟗𝟑𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎
𝟒

FATORAÇÃO

Fatorar é transformar em produto, o que nos permite a simplificação de expressões algébricas na


resolução de vários problemas cotidianos.
Fatorar uma expressão algébrica é modificar sua forma de soma algébrica para produto; fatorar uma
expressão é obter outra expressão que:
- Seja equivalente à expressão dada;
- Esteja na forma de produto.
Na maioria dos casos, o resultado de uma fatoração é um produto notável.
Há diversas técnicas de fatoração, supondo a, b, x e y expressões não fatoráveis.

Fator Comum

Devemos reconhecer o fator comum, seja ele numérico, literal ou misto; em seguida colocamos em
evidência esse fator comum, simplificamos a expressão deixando em parênteses a soma algébrica.
Observe os exemplos abaixo:

ax + ay = a (x + y)
12x2y + 4 xy3 = 4xy (3x + y2)

Agrupamento

Devemos dispor os termos do polinômio de modo que formem dois ou mais grupos entre os quais haja
um fator comum, em seguida, colocar o fator comum em evidência. Observe:

ax + ay + bx + by =
= a (x + y) +b (x + y) =
= (a + b) (x + y) =

71
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Diferença de Dois Quadrados

Utilizamos a fatoração pelo método de diferença de dois quadrados sempre que dispusermos da
diferença entre dois monômios cujas partes literais tenham expoentes pares. A fatoração algébrica de tais
expressões é obtida com os seguintes passos:
- Extraímos as raízes quadradas dos fatores numéricos de cada monômio;
- Dividimos por dois os expoentes das literais;
- Escrevemos a expressão como produto da soma pela diferença dos novos monômios assim obtidos.
Por exemplo, a expressão a2 – b2 seria fatorada da seguinte forma:
√𝑎2 – √𝑏 2 → (a + b).(a – b)

Trinômio Quadrado Perfeito ou Quadrado Perfeito

Uma expressão algébrica pode ser identificada como trinômio quadrado perfeito sempre que resultar
do quadrado da soma ou diferença entre dois monômios.
Por exemplo, o trinômio x4 + 4x2 + 4 é quadrado perfeito, uma vez que corresponde a (x2 + 2)2.
Trinômios quadrados perfeitos são todas as expressões da forma a2 ± 2ab + b2, fatoráveis nas formas
seguintes:

a2 + 2ab + b2 = (a + b)2
a2 - 2ab + b2 = (a - b)2

Trinômio Quadrado da Forma ax2 + bx + c


Supondo sejam x1 e x2 as raízes reais do trinômio do segundo grau, ax2 + bx + c (a ≠ 0), dizemos que:
ax2 + bx + c = a (x – x1)(x – x2)
Lembre-se de que as raízes de uma equação de segundo grau podem ser calculadas através da
−𝑏 ± √∆
fórmula de Bháskara: ( 𝑥 = , onde ∆ = b2 – 4ac)
2𝑎

Soma e Diferença de Cubos

Se efetuarmos o produto do binômio a + b pelo trinômio a² – ab + b², obtemos o seguinte


desenvolvimento:
(a + b) (a2 – ab + b2) = a3 – a2b + ab2 + a2b – ab2 + b3
(a + b)(a2 - ab + b2) = a3 + b3
Analogamente, se calcularmos o produto de a – b por a2 + ab + b2, obtemos a3 – b3.
O que acabamos de desenvolver foram produtos notáveis que nos permitem concluir que, para
fatorarmos uma soma ou diferença de cubos, basta-nos inverter o processo anteriormente demonstrado.
Exemplos
a3 + b3 = (a + b)(a2 - ab + b2)
a3 - b3 = (a - b)(a2 + ab + b2)

Cubo Perfeito
Dado pela fatoração abaixo:
(a + b)3 = a3 + 3a2b +3ab2 + b3
(a - b)3 = a3 - 3a2b +3ab2 - b3
Não podemos confundir o cubo da soma (a + b)3, com a soma de cubos a3 + b3.
Não podemos confundir o cubo da diferença (a - b)3, com a diferença entre cubos a3 - b3.

Questões

01. (ENEM) Calculando 934.2872 – 934.2862 temos como resultado:


(A) 1 868 573
(B) 1 975 441
(C) 2
(D) 1
(E) 10242

72
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02. (PUC) Sendo x3 + 1 = (x + 1) (x2 + ax + b) para todo x real, os valores de a e b são, respectivamente:
(A) -1 e -1
(B) 0 e 0
(C) 1 e 1
(D) 1 e -1
(E) -1 e 1

03. (Faculdade Ibero-Americana) O valor de A real, para que se tenha


𝐴. √3 = (2 + √3)3 − (2 − √3)3 é:
(A) 2
(B) 3
(C) 30
(D) √30
(E) √20

04. (FUVEST) A diferença entre o cubo da soma de dois números inteiros e a soma de seus cubos
pode ser:
(A) 4
(B) 5
(C) 6
(D) 7
(E) 8

𝑎3 −𝑏3
05. (FEI) A fração , quando a= 93 e b= 92, é igual a:
𝑎2 +𝑎𝑏+𝑏2
(A) 0
(B) 185
(C) 932 - 922
(D) 1
(E) 185/2

06. Dado que x = a + x-1, a expressão x2 + x-2 é igual a:


(A) a2 + 2
(B) 2a + 1
(C) a2 + 1
(D) 2a -1
(E) a2

07. (TRT 4ª Região - Analista Judiciário - FCC) Dos números que aparecem nas alternativas, o que
mais se aproxima do valor da expressão (0,6192 – 0,5992)x0,75 é:
(A) 0,0018.
(B) 0,015.
(C) 0,018.
(D) 0,15.
(E) 0,18
1 1

𝑎3 𝑏3
08. (Pref. Mogeiro/PB - Professor - EXAMES) Simplificando a expressão, (a² b + ab²). 1 1

𝑎2 𝑏2
Obtemos:
(A) a + b.
(B) a² + b².
(C) ab.
(D) a² + ab + b².
(E) b – a.

09. (TRT 24ª Região - Técnico Judiciário - FCC) Indagado sobre o número de processos que havia
arquivado certo dia, um Técnico Judiciário, que gostava muito de Matemática, respondeu:

73
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
O número de processos que arquivei é igual a 12,252 - 10,252.
Chamando X o total de processos que ele arquivou, então é correto afirmar que:
(A) X < 20.
(B) 20 < X < 30.
(C) 30 < X < 38.
(D) 38 < X < 42.
(E) X > 42.

Comentários

01. Resposta: A
Temos 934 2872 = (934 286 +1)2 = 934 2862 + 2. 934 286 + 12
Montando a expressão: 934 2862 + 2. 934 286 + 12 - 934 2862 →
1 868 573 + 1 = 1 868 573

02. Resposta: E
Como a forma fatorada de x3 + 1 = (x + 1).(x2 – x + 1), pelo enunciando temos :
(x + 1) (x2 + ax + b) = (x + 1).(x2 – x + 1); simplificando teremos
x2 + ax + b = x2 – x + 1, comparando cada termo temos:
x2 = x2; ax = -x, logo a = - 1; b = 1

03. Resposta: C
Vamos aplicar a fatoração:
A. √3 = 23 + 3.22.√3 + 3.2. (√3 )2 + (√3) 3 –(23 - 3.22.√3 + 3.2. (√3 )2 -(√3) 3
A. √3 = 8 + 12 √3 +18 + 3 √3 - 8 + 12 √3 -18 +3 √3
A. √3 = 24√3 + 6√3 → A. √3 = 30 √3 → A= 30

04. Resposta: C
Cubo da soma (a + b)3 e soma dos cubos a3 + b3, a diferença é:
a3 + 3a2b +3ab2 + b3 – (a3 + b3) → a3 + 3a2b + 3ab2 + b3 - a3 - b3→ 3a2b + 3ab2→ 3ab(a + b);
Como temos dois números inteiros e fazendo a e b como 1:
3.11.(1 + 1) → 3.2 = 6

05. Resposta: D
Utilizando a soma e a diferença de cubos temos que:
(𝑎−𝑏).(𝑎 2 +𝑎𝑏+𝑏2 )
a3 - b3 = (a - b).(a2 + ab + b2) → 𝑎 2 +𝑎𝑏+𝑏2
→ a - b, como a = 93 e b = 92; a – b = 93 – 92 = 1

06. Resposta: A
x = a + x-1 → a = x - x-1, elevando ambos os membros ao quadrado temos:
a2 = (x - x-1)2 → a2 = x2 - 2.x.x-1 + x-2 → x2 + x-2 = a2 + 2

07. Resposta: C
Da fatoração temos a regra a2 – b2 = (a + b).(a – b) (diferença de dois quadrados), então se a = 0,619
e b = 0,599, temos:
(0,6192 – 0,5992)x0,75 → (0,619 + 0,599).(0,619 – 0,599)x0,75 → 1,218 x 0,02 x 0,75 → 0,01827

08. Resposta: D

74
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09. Resposta: E
Nesta questão utilizaremos a diferença de dois quadrados:
𝑎2 − 𝑏 2 = (𝑎 + 𝑏)(𝑎 − 𝑏).
x = 12,252 – 10,252
x = (12,25 + 10,25)(12,25 – 10,25)
x = 22,5.2
x = 45

RAZÃO

Razão7 é o quociente (divisão) entre dois números (quantidades, medidas, grandezas).


𝑎
𝑜𝑢 𝑎: 𝑏 , 𝑐𝑜𝑚 𝑏 ≠ 0
𝑏
Onde:

Você tem que ficar atento ao fato da frase que estiver o contexto, pois depende da ordem em que for
expressa.

Exemplos
01. Em um vestibular para o curso de marketing, participaram 3600 candidatos para 150 vagas. A
razão entre o número de vagas e o número de candidatos, nessa ordem, foi de

𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑣𝑎𝑔𝑎𝑠 150 1


= =
𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑛𝑑𝑖𝑑𝑎𝑡𝑜𝑠 3600 24

Lemos a fração como: Um vinte e quatro avos ( pronuncia-se “ávos”).

02. Em um processo seletivo diferenciado, os candidatos obtiveram os seguintes resultados:


− Alana resolveu 11 testes e acertou 5
− Beatriz resolveu 14 testes e acertou 6
− Cristiane resolveu 15 testes e acertou 7
− Daniel resolveu 17 testes e acertou 8
− Edson resolveu 21 testes e acertou 9
O candidato contratado, de melhor desempenho, (razão de acertos para número de testes), foi:
5
𝐴𝑙𝑎𝑛𝑎: = 0,45
11

6
𝐵𝑒𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧: 14 = 0,42

7
𝐶𝑟𝑖𝑠𝑡𝑖𝑎𝑛𝑒: 15 = 0,46

8
𝐷𝑎𝑛𝑖𝑒𝑙: 17 = 0,47

9
𝐸𝑑𝑠𝑜𝑛: = 0,42
21

Daniel teve o melhor desempenho pois 0,47 foi o maior número.

- Quando a e b forem medidas de uma mesma grandeza, essas devem ser expressas na mesma
unidade.

7
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Razões Especiais

Escala
Muitas vezes precisamos ilustrar distâncias muito grandes de forma reduzida, então utilizamos a
escala, que é a razão da medida no mapa com a medida real (ambas na mesma unidade).

𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑛𝑜 𝑚𝑎𝑝𝑎
𝐸=
𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑟𝑒𝑎𝑙

Velocidade Média
É a razão entre a distância percorrida e o tempo total de percurso. As unidades utilizadas são km/h,
m/s, entre outras.
𝑑𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑝𝑒𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑑𝑎
𝑉=
𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙

Densidade
É a razão entre a massa de um corpo e o seu volume. As unidades utilizadas são g/cm³, kg/m³, entre
outras.
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜
𝐷=
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜

PROPORÇÃO

É uma igualdade entre duas razões.


𝑎 𝑐 𝑎 𝑐
Dada as razões 𝑏 e 𝑑 , à setença de igualdade 𝑏
= 𝑑 chama-se proporção8.
Onde:

Exemplo
1 - O passageiro ao lado do motorista observa o painel do veículo e vai anotando, minuto a minuto, a
distância percorrida. Sua anotação pode ser visualizada na tabela a seguir:

Distância percorrida (em km) 2 4 6 8 ...


Tempo gasto (em min) 1 2 3 4 ...

Nota-se que a razão entre a distância percorrida e o tempo gasto para percorrê-la é sempre igual a 2:

2 4 6 8
=2; =2 ; =2 ; =2
1 2 3 4
Então:

2 4 6 8
= = =
1 2 3 4

Dizemos que os números da sucessão (2,4,6, 8, ...) são diretamente proporcionais aos números da
sucessão (1,2,3,3, 4, ...).

8
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Propriedades da Proporção

1 - Propriedade Fundamental

O produto dos meios é igual ao produto dos extremos, isto é, a. d = b. c

Exemplo
45 9
Na proporção = ,(lê-se: “45 está para 30, assim como 9 está para 6.), aplicando a propriedade
30 6
fundamental, temos: 45.6 = 30.9 = 270

2 - A soma dos dois primeiros termos está para o primeiro (ou para o segundo termo), assim como a
soma dos dois últimos está para o terceiro (ou para o quarto termo).

𝑎 𝑐 𝑎+𝑏 𝑐+𝑑 𝑎+𝑏 𝑐+𝑑


= → = 𝑜𝑢 =
𝑏 𝑑 𝑎 𝑐 𝑏 𝑑

Exemplo
2 6 2 + 3 6 + 9 5 15 2 + 3 6 + 9 5 15
= → = → = = 30 𝑜𝑢 = → = = 45
3 9 2 6 2 6 3 9 3 9

3 - A diferença entre os dois primeiros termos está para o primeiro (ou para o segundo termo), assim
como a diferença entre os dois últimos está para o terceiro (ou para o quarto termo).

𝑎 𝑐 𝑎−𝑏 𝑐−𝑑 𝑎−𝑏 𝑐−𝑑


= → = 𝑜𝑢 =
𝑏 𝑑 𝑎 𝑐 𝑏 𝑑

Exemplo
2 6 2 − 3 6 − 9 −1 −3 2 − 3 6 − 9 −1 −3
= → = → = = −6 𝑜𝑢 = → = = −9
3 9 2 6 2 6 3 9 3 9

4 - A soma dos antecedentes está para a soma dos consequentes, assim como cada antecedente está
para o seu consequente.

𝑎 𝑐 𝑎+𝑐 𝑎 𝑎+𝑐 𝑐
= → = 𝑜𝑢 =
𝑏 𝑑 𝑏+𝑑 𝑏 𝑏+𝑑 𝑑

Exemplo
2 6 2+6 2 8 2 2+6 6 8 6
= → = → = = 24 𝑜𝑢 = → = = 72
3 9 3+9 3 12 3 3+9 9 12 9

5 - A diferença dos antecedentes está para a diferença dos consequentes, assim como cada
antecedente está para o seu consequente.
𝑎 𝑐 𝑎−𝑐 𝑎 𝑎−𝑐 𝑐
= → = 𝑜𝑢 =
𝑏 𝑑 𝑏−𝑑 𝑏 𝑏−𝑑 𝑑

Exemplo
6 2 6−2 6 4 6 6−2 2 4 2
= → = → = = 36 𝑜𝑢 = → = = 12
9 3 9−3 9 6 9 9−3 3 6 3

Problemas envolvendo razão e proporção


01. Em uma fundação, verificou-se que a razão entre o número de atendimentos a usuários internos e
o número de atendimento total aos usuários (internos e externos), em um determinado dia, nessa ordem,
foi de 3/5. Sabendo que o número de usuários externos atendidos foi 140, pode-se concluir que, no total,
o número de usuários atendidos foi:
A) 84
B) 100
C) 217
D) 280

77
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
E) 350

Resolução:
Usuários internos: i
Usuários externos: e
Sabemos que neste dia foram atendidos 140 externos → e = 140
𝑖 3 𝑖
𝑖+𝑒
= 5 = 𝑖+140 , usando o produto dos meios pelos extremos temos

420
5i = 3(i + 140) → 5i = 3i + 420 → 5i – 3i = 420 → 2i = 420 → i = 2
→ i = 210
i + e = 210 + 140 = 350
Resposta “E”

02. Em um concurso participaram 3000 pessoas e foram aprovadas 1800. A razão do número de
candidatos aprovados para o total de candidatos participantes do concurso é:
A) 2/3
B) 3/5
C) 5/10
D) 2/7
E) 6/7

Resolução:

Resposta “B”

03. Em um dia de muita chuva e trânsito caótico, 2/5 dos alunos de certa escola chegaram atrasados,
sendo que 1/4 dos atrasados tiveram mais de 30 minutos de atraso. Sabendo que todos os demais alunos
chegaram no horário, pode-se afirmar que nesse dia, nessa escola, a razão entre o número de alunos
que chegaram com mais de 30 minutos de atraso e número de alunos que chegaram no horário, nessa
ordem, foi de:
A) 2:3
B) 1:3
C) 1:6
D) 3:4
E) 2:5

Resolução:
2
Se 5 chegaram atrasados
2 3
1 − 5 = 5 𝑐ℎ𝑒𝑔𝑎𝑟𝑎𝑚 𝑛𝑜 ℎ𝑜𝑟á𝑟𝑖𝑜
2 1 1

5 4
= 10 𝑡𝑖𝑣𝑒𝑟𝑎𝑚 𝑚𝑎𝑖𝑠 𝑑𝑒 30 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑎𝑡𝑟𝑎𝑠𝑜
1
𝑡𝑖𝑣𝑒𝑟𝑎𝑚 𝑚𝑎𝑖𝑠 𝑑𝑒 30 min 𝑑𝑒 𝑎𝑡𝑟𝑎𝑠𝑜 10
𝑟𝑎𝑧ã𝑜 = 𝑐ℎ𝑒𝑔𝑎𝑟𝑎𝑚 𝑛𝑜 ℎ𝑜𝑟á𝑟𝑖𝑜
= 3
5
1 5 1
𝑟𝑎𝑧ã𝑜 = ∙ = 6 𝑜𝑢 1: 6
10 3

Resposta “C”

Questões

01. (Pref. de Cerquilho/SP – Professor de Ensino Fundamental I – Metro Capital Soluções/2018)


Durante um campeonato de tiro ao alvo, José disparou 12 vezes. Sabendo que a razão do número de
acertos para o total de disparos foi de 3/4 (três quartos), quantos disparos José acertou?
(A) 7.
(B) 10.
(C) 4.

78
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
(D) 7.
(E) 9.

02. (Colégio Pedro II – Professor – Colégio Pedro II/2018) O trabalho infantil é um dos mais graves
problemas do país.

De acordo com a Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio (PNAD 2015), mais de 2,7 milhões de
crianças e adolescentes, de 5 a 17 anos, estão em situação de trabalho no Brasil – no mundo, são 152
milhões que estão no trabalho precoce.

Disponível em: http://www.chegadetrabalhoinfantil.org.br. Acesso em: 30 jul. 2018


De acordo com os dados apresentados, a fração que representa o número de meninas em situação
de trabalho infantil no Brasil é:
(A) 2/3
(B) 5/10
(C) 9/27
(D) 94/100

03. (FUNCABES – Escriturário – PROMUN/2018) Em um concurso público em que participaram 3000


candidatos, 1800 foram aprovados. A razão do número de candidatos aprovados para o total de
candidatos participantes do concurso é:
(A) 2/3
(B) 3/5
(C) 5/10
(D) 2/7

04. (MPE/SP – Oficial de Promotoria – VUNESP) Alfredo irá doar seus livros para três bibliotecas da
universidade na qual estudou. Para a biblioteca de matemática, ele doará três quartos dos livros, para a
biblioteca de física, um terço dos livros restantes, e para a biblioteca de química, 36 livros. O número de
livros doados para a biblioteca de física será
(A) 16.
(B) 22.
(C) 20.
(D) 24.
(E)18.

05. (EBSERH/HUPA – Técnico em Informática – IDECAN) Entre as denominadas razões especiais


encontram-se assuntos como densidade demográfica, velocidade média, entre outros. Supondo que a
distância entre Rio de Janeiro e São Paulo seja de 430 km e que um ônibus, fretado para uma excursão,
tenha feito este percurso em 5 horas e 30 minutos. Qual foi a velocidade média do ônibus durante este
trajeto, aproximadamente, em km/h?
(A) 71 km/h
(B) 76 km/h
(C) 78 km/h

79
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
(D) 81 km/h
(E) 86 km/h.

06. (SEPLAN/GO – Perito Criminal – FUNIVERSA) Em uma ação policial, foram apreendidos 1
traficante e 150 kg de um produto parecido com maconha. Na análise laboratorial, o perito constatou que
o produto apreendido não era maconha pura, isto é, era uma mistura da Cannabis sativa com outras
ervas. Interrogado, o traficante revelou que, na produção de 5 kg desse produto, ele usava apenas 2 kg
da Cannabis sativa; o restante era composto por várias “outras ervas”. Nesse caso, é correto afirmar que,
para fabricar todo o produto apreendido, o traficante usou
(A) 50 kg de Cannabis sativa e 100 kg de outras ervas.
(B) 55 kg de Cannabis sativa e 95 kg de outras ervas.
(C) 60 kg de Cannabis sativa e 90 kg de outras ervas.
(D) 65 kg de Cannabis sativa e 85 kg de outras ervas.
(E) 70 kg de Cannabis sativa e 80 kg de outras ervas.

07. (Pref. Maranguape/CE – Prof. de Educação Básica – GR Consultoria e Assessoria) Eu tenho


duas réguas, uma que ao quebrar ficou com 24 cm de comprimento e a outra tem 30 cm, portanto, a
régua menor é quantos por cento da régua maior?
(A) 90%
(B) 75%
(C) 80%
(D) 85%

08. (SAAE/SP – Auxiliar de Manutenção Geral – VUNESP) Uma cidade A, com 120 km de vias,
apresentava, pela manhã, 51 km de vias congestionadas. O número de quilômetros de vias
congestionadas numa cidade B, que tem 280 km de vias e mantém a mesma proporção que na cidade A,
é
(A) 119 km.
(B) 121 km.
(C) 123 km.
(D) 125 km.
(E) 127 km.

09. (FINEP – Assistente – CESGRANRIO) Maria tinha 450 ml de tinta vermelha e 750 ml de tinta
branca. Para fazer tinta rosa, ela misturou certa quantidade de tinta branca com os 450 ml de tinta
vermelha na proporção de duas partes de tinta vermelha para três partes de tinta branca.
Feita a mistura, quantos ml de tinta branca sobraram?
(A) 75
(B) 125
(C) 175
(D) 375
(E) 675

10. (MP/SP – Auxiliar de Promotoria I – VUNESP) A medida do comprimento de um salão retangular


está para a medida de sua largura assim como 4 está para 3. No piso desse salão, foram colocados
somente ladrilhos quadrados inteiros, revestindo-o totalmente. Se cada fileira de ladrilhos, no sentido do
comprimento do piso, recebeu 28 ladrilhos, então o número mínimo de ladrilhos necessários para revestir
totalmente esse piso foi igual a
(A) 588.
(B) 350.
(C) 454.
(D) 476.
(E) 382.
Comentários

01. Resposta: E
3
A razão do número de acertos para o total é de 4
e o total de disparos foi 12, assim a proporção fica
da seguinte forma:

80
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
3 𝑥
=
4 12
4x = 3.12
4x = 36
36
x= 4
x=9

02. Resposta: C
Vamos resolver este pela forma mais simples, nos dados apresentados temos que 2 em cada 3
crianças em situação de trabalho infantil são do sexo masculino, assim sobra apenas 1 em cada 3 para
1 9
o sexo feminino, em fração seria , mas não temos esta resposta, porém temos que nada mais é que
3 27
1 1 9
porém não está simplificado, assim = .
3 3 27

03. Resposta: B
De acordo com a ordem que foi expressa devemos ter 1800 no numerador e 3000 será o denominador,
ficando assim:
1800
, simplificando:
3000
18 3
=
30 5

04. Resposta: E
X = total de livros
Matemática = ¾ x, restou ¼ de x
1 1
Física = . = 1/12
3 4
Química = 36 livros
3𝑥 1𝑥
Logo o número de livros é: + + 36 = x
4 12
Fazendo o m.m.c. dos denominadores (4,12) = 12
Logo:
9𝑥 + 1𝑥 + 432 = 12𝑥 432
→ 10𝑥 + 432 = 12𝑥 → 12𝑥 − 10𝑥 = 432 → 2𝑥 = 432 → 𝑥 = → 𝑥 = 216
12 2

Como a Biblioteca de Física ficou com 1/12x, logo teremos:


1 216
12
. 216 = 12 = 18

05. Resposta: C
5h30min = 5,5h, transformando tudo em hora e suas frações.
430
5,5
= 78,18 𝑘𝑚/ℎ

06. Resposta: C
O enunciado fornece que a cada 5kg do produto temos que 2kg da Cannabis sativa e os demais outras
2
ervas. Podemos escrever em forma de razão 5, logo:
2
. 150 = 60𝑘𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝑛𝑛𝑎𝑏𝑖𝑠 𝑠𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 ∴ 150 − 60 = 90𝑘𝑔 𝑑𝑒 𝑜𝑢𝑡𝑟𝑎𝑠 𝑒𝑟𝑣𝑎𝑠
5

07. Resposta: C
Como é a razão do menor pelo maior temos: 24/30 = 0,80. 100 = 80%

08. Resposta: A
A razão da cidade A será:
51
120

A da cidade B será:
𝑐𝑜𝑛𝑔𝑒𝑠𝑡𝑖𝑜𝑛𝑎𝑑𝑎𝑠
280

81
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Como seguem a mesma proporção teremos a seguinte proporção:
51 𝑥
120
= 280

120.x = 51. 280 → x = 14280 / 120 → x = 119 km

09. Resposta: A
2
Como temos duas partes de tinta vermelha para três partes de tinta branca a fração ficará temos
3
ainda que ela utilizou 450ml de tinta vermelha, então vamos encontrar o quanto ela utilizou de tinta branca
e depois descobrir o quanto sobrou do total (750ml)
2 450
3
= 𝑥
2x = 450. 3 → x = 1350 / 2 → x = 675 ml de tinta branca foram utilizadas.
Sobraram: 750 ml – 675 ml = 75 ml

10. Resposta: A
Chamando de C o comprimento e de L a largura, teremos a seguinte proporção
𝐶 4
𝐿
= 3
Como no comprimento foram utilizados 28 ladrilhos, teremos C = 28 e substituindo na proporção, ficará:
28 4
𝐿
= 3

4L = 28. 3
84
L=
4
L = 21 ladrilhos
Como teremos 28 ladrilhos no comprimento e 21 na largura, a quantidade total será dada pela área
dessa região retangular, ou seja, o produto do comprimento pela largura.
Assim, o total de ladrilhos foi de 28. 21 = 588.

GRANDEZAS DIRETAMENTE E INVERSAMENTE PROPORCIONAIS

Grandeza é tudo aquilo que pode ser contado e medido. Do dicionário, tudo o que pode aumentar ou
diminuir (medida de grandeza.).
As grandezas proporcionais são aquelas que relacionadas a outras, sofrem variações. Elas podem ser
diretamente ou inversamente proporcionais9.

Exemplos
01. Uma picape para ir da cidade A para a cidade B gasta dois tanques e meio de óleo diesel. Se a
distância entre a cidade A e a cidade B é de 500 km e neste percurso ele faz 100 km com 25 litros de
óleo diesel, quantos litros de óleo diesel cabem no tanque da picape?
A) 60
B) 50
C) 40
D) 70
E) 80

Observe que há uma relação entre as grandezas distância (km) e óleo diesel (litros). Equacionando
temos:
100 km ------- 25 litros
500 km ------- x litros

Observe que:
Se aumentarmos a km aumentaremos também
a quantidade de litros gastos. Logo as
grandezas são diretamente proporcionais.
Resolvendo:

9IEZZI, Gelson – Fundamentos da Matemática – Vol. 11 – Financeira e Estatística Descritiva


http://www.brasilescola.com
http://www.dicio.com.br

82
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
100 25
=
500 𝑥
100. 𝑥 = 500.25
100x = 12500
12500
x = 100

x = 125 litros
Este valor representa a quantidade em litros que a picape irá gastar para ir da cidade A à B. Como
sabemos que ela gasta 2,5 tanques para completar esse percurso, vamos encontrar o valor que cabe
em 1 tanque:
2,5 tanques ------ 125 litros
1 tanque ------- x litros
2,5x = 1.125
125
x=
2,5
x = 50 litros.
Logo 1 tanque dessa picape cabe 50 litros, a resposta correta está na alternativa B.

02. A tabela a seguir mostra a velocidade de um trem ao percorrer determinado percurso:

Velocidade (km/h) 40 80 120 ...


Tempo (horas) 6 3 2 ...

Se sua velocidade aumentar para 240 km/h, em quantas horas ele fará o percurso?

Podemos pegar qualquer velocidade da tabela para acharmos o novo tempo:


40 km ------ 6 horas
240 km ----- x horas

Observe que:
Se aumentarmos a velocidade, diminuímos de forma
proporcional o tempo. Logo as grandezas são inversamente
proporcionais.

40 𝑥
=
240 6
240𝑥 = 40.6
240𝑥 = 240
𝑥=1
Logo o trem fará o percurso em 1 hora.
Observe que invertemos os valores de uma das duas proporções (km ou tempo), neste exemplo
optamos por inverter a grandeza tempo.

Grandezas Diretamente Proporcionais (GDP)

São aquelas em que, uma delas variando, a outra varia na mesma razão, isto é, duas grandezas são
diretamente proporcionais quando, dobrando uma delas, a outra também dobra; triplicando uma delas, a
outra também triplica, divididas à terça parte a outra também é dividida à terça parte... E assim por
diante.

Matematicamente podemos escrever da seguinte forma:


𝒂𝟏 𝒂𝟐 𝒂𝟑
= = =⋯=𝒌
𝒃𝟏 𝒃𝟐 𝒃𝟑

Onde a grandeza A = {a1, a2, a3...}, a grandeza B= {b1, b2, b3...} e os valores entre suas razões são
iguais a k (constante de proporcionalidade).

Exemplos

83
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
01. Uma faculdade irá inaugurar um novo espaço para sua biblioteca, composto por três salões.
Estima-se que, nesse espaço, poderão ser armazenados até 120.000 livros, sendo 60.000 no salão maior,
15.000 no menor e os demais no intermediário. Como a faculdade conta atualmente com apenas 44.000
livros, a bibliotecária decidiu colocar, em cada salão, uma quantidade de livros diretamente proporcional
à respectiva capacidade máxima de armazenamento. Considerando a estimativa feita, a quantidade de
livros que a bibliotecária colocará no salão intermediário é igual a
(A) 17.000.
(B) 17.500.
(C) 16.500.
(D) 18.500.
(E) 18.000.

Como é diretamente proporcional, podemos analisar da seguinte forma:


No salão maior, percebe-se que é a metade dos livros, no salão menor é 1/8 dos livros.
Então, como tem 44.000 livros, o salão maior ficará com 22.000 e o salão menor com 5.500 livros.
22000+5500=27500
Salão intermediário: 44.000-27.500=16.500 livros.
Resposta C

02. Um mosaico foi construído com triângulos, quadrados e hexágonos. A quantidade de polígonos de
cada tipo é proporcional ao número de lados do próprio polígono. Sabe-se que a quantidade total de
polígonos do mosaico é 351. A quantidade de triângulos e quadrados somada supera a quantidade de
hexágonos em
(A) 108.
(B) 27.
(C) 35.
(D) 162.
(E) 81.

𝑡𝑟𝑖â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜𝑠: 3𝑥
𝑞𝑢𝑎𝑑𝑟𝑎𝑑𝑜: 4𝑥
ℎ𝑒𝑥á𝑔𝑜𝑛𝑜: 6𝑥
3𝑥 + 4𝑥 + 6𝑥 = 351
13𝑥 = 351
𝑥 = 27
3𝑥 + 4𝑥 = 3.27 + 4.27 = 81 + 108 = 189
6𝑥 = 6.27 = 162 → 189-162= 27
Resposta B

RESUMO

Se uma grandeza aumenta e a outra também , elas são diretamente


proporcionais.
Se uma grandeza diminui e a outra também , elas também são diretamente
proporcionais.

Grandezas Inversamente Proporcionais (GIP)

São aquelas quando, variando uma delas, a outra varia na razão inversa. Isto é, duas grandezas são
inversamente proporcionais quando, dobrando uma delas, a outra se reduz pela metade; triplicando
uma delas, a outra se reduz para à terça parte... E assim por diante.
Matematicamente podemos escrever da seguinte forma:

𝒂𝟏 . 𝒃𝟏 = 𝒂𝟐 . 𝒃𝟐 = 𝒂𝟑 . 𝒃𝟑 = ⋯ = 𝒌

84
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Uma grandeza A = {a1, a2, a3...} Será inversamente a outra B= {b1, b2, b3...}, se, e somente se, os
produtos entre os valores de A e B são iguais.

Exemplos
01. Carlos dividirá R$ 8.400,00 de forma inversamente proporcional à idade de seus dois filhos:
Marcos, de 12 anos, e Fábio, de 9 anos. O valor que caberá a Fábio será de:
A) R$ 3.600,00
B) R$ 4.800,00
C) R$ 7.000,00
D) R$ 5.600,00

Marcos: a
Fábio: b
a + b = 8400
𝑎 𝑏 𝑎+𝑏
+ =
1 1 1 1
+
12 9 12 9
𝑏 8400
=
1 3 4
9 36 + 36
8400
7 8400 9 → 𝑏 = 8400 . 36 → 𝑠𝑖𝑚𝑝𝑙𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑞𝑢𝑒: 1200 . 4 = 4800
𝑏= →𝑏=
36 9 7 9 7 1 1
36

Resposta: B

02. Três técnicos judiciários arquivaram um total de 382 processos, em quantidades inversamente
proporcionais as suas respectivas idades: 28, 32 e 36 anos. Nessas condições, é correto afirmar que o
número de processos arquivados pelo mais velho foi:
A) 112
B) 126
C) 144
D) 152
E) 164

1 1 1
Somamos os inversos dos números, ou seja, 28 + 32 + 36. Dividindo-se os denominadores por 4, ficamos
1 1 1 72+63+53 191
com: 7 + 8 + 9 = 504 = 504.
Eliminando-se os denominadores, temos 191 que corresponde a uma soma. Dividindo-se a soma pela
soma:
382 / 191 = 112

RESUMO

Se uma grandeza aumenta e a outra diminui , elas são inversamente


proporcionais.

85
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Se uma grandeza diminui e a outra aumenta , elas também são
inversamente proporcionais.

Questões

01. (Câm. de São Paulo/SP – Técnico Administrativo – FCC) Na tabela abaixo, a sequência de
números da coluna A é inversamente proporcional à sequência de números da coluna B.

A letra X representa o número


(A) 90.
(B) 80.
(C) 96.
(D) 84.
(E) 72.

02. (PRODAM/AM – Assistente – FUNCAB) Um pintor gastou duas horas para pintar um quadrado
com 1,5 m de lado. Quanto tempo ele gastaria, se o mesmo quadrado tivesse 3 m de lado?
(A) 4 h
(B) 5 h
(C) 6 h
(D) 8 h
(E) 10 h

03. (Polícia Militar/SP – Aluno Oficial – VUNESP) A tabela, com dados relativos à cidade de São
Paulo, compara o número de veículos da frota, o número de radares e o valor total, em reais, arrecadado
com multas de trânsito, relativos aos anos de 2004 e 2013:

Se o número de radares e o valor da arrecadação tivessem crescido de forma diretamente proporcional


ao crescimento da frota de veículos no período considerado, então em 2013 a quantidade de radares e o
valor aproximado da arrecadação, em milhões de reais (desconsiderando-se correções monetárias),
seriam, respectivamente,
(A) 336 e 424.
(B) 336 e 426.
(C) 334 e 428.
(D) 334 e 430.
(E) 330 e 432.

04. (IPT – Secretária – VUNESP) Um centro de imprensa foi decorado com bandeiras de países
participantes da Copa do Mundo de 2014. Sabe-se que as medidas de comprimento e largura da bandeira
brasileira são diretamente proporcionais a 10 e 7, enquanto que as respectivas medidas, na bandeira
alemã, são diretamente proporcionais a 5 e 3. Se todas as bandeiras foram confeccionadas com 1,5 m
de comprimento, então a diferença, em centímetros, entre as medidas da largura das bandeiras brasileira
e alemã, nessa ordem, é igual a
(A) 9.
(B) 10.
(C) 12.
(D) 14.
(E) 15.

86
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
05. (PC/SP – Oficial Administrativo – VUNESP) Foram construídos dois reservatórios de água. A
razão entre os volumes internos do primeiro e do segundo é de 2 para 5, e a soma desses volumes é
14m³. Assim, o valor absoluto da diferença entre as capacidades desses dois reservatórios, em litros, é
igual a
(A) 8000.
(B) 6000.
(C) 4000.
(D) 6500.
(E) 9000.

06. (IPT – Secretária – VUNESP) Moradores de certo município foram ouvidos sobre um projeto para
implantar faixas exclusivas para ônibus em uma avenida de tráfego intenso. A tabela, na qual alguns
números foram substituídos por letras, mostra os resultados obtidos nesse levantamento.

Se a razão entre o número de mulheres e o número de homens, ambos contrários à implantação da


faixa exclusiva para ônibus é de 3/10, então o número total de pessoas ouvidas nesse levantamento,
indicado por T na tabela, é
(A) 1 140.
(B) 1 200.
(C) 1 280.
(D) 1 300.
(E) 1 320.

07. (PRODEST/ES – Assistente de Tecnologia da Informação – VUNESP) O gráfico apresenta


informações sobre a relação entre o número de mulheres e o número de homens atendidos em uma
instituição, nos anos de 2012 e 2013.

Mantendo-se a mesma relação de atendimentos observada em 2012 e 2013, essa instituição pretende
atender, em 2014, 110 homens. Dessa forma, o número total de pessoas que essa instituição pretende
atender em 2014 e o número médio anual de atendimentos a mulheres que se pretende atingir,
considerando-se os anos de 2012, 2013 e 2014, são, respectivamente,
(A) 160 e 113,3.
(B) 160 e 170.
(C) 180 e 120.
(D) 275 e 115.
(E) 275 e 172,2.

08. (Câm. de Sorocaba/SP – Telefonista – VUNESP) O copeiro prepara suco de açaí com banana
na seguinte proporção: para cada 500 g de açaí, ele gasta 2 litros de leite e 10 bananas. Na sua casa,
mantendo a mesma proporção, com apenas 25 g de açaí, ele deve colocar leite e banana nas seguintes
quantidades, respectivamente,
(A) 80 ml e 1
(B) 100 ml e 1 / 2
(C) 120 ml e 1 / 2

87
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
(D) 150 ml e 1 / 4
(E) 200 ml e 1

09. (METRÔ – Assistente Administrativo Júnior – FCC) Uma engrenagem circular P, de 20 dentes,
está acoplada a uma engrenagem circular Q, de 18 dentes, formando um sistema de transmissão de
movimento. Se a engrenagem P gira 1 / 5 de volta em sentido anti-horário, então a engrenagem Q irá
girar
(A) 2 / 9 de volta em sentido horário.
(B) 9 / 50 de volta em sentido horário.
(C) 6 / 25 de volta em sentido horário.
(D) 1 / 4 de volta em sentido anti-horário.
(E) 6 / 25 de volta em sentido anti-horário.

10. (SEGPLAN/GO – Auxiliar de Autópsia – FUNIVERSA) A geladeira, para conservação de


cadáveres, do necrotério de determinada cidade possui 12 gavetas de mesma medida. Para a limpeza
de 7 dessas gavetas, o auxiliar de autópsia gasta 3,5 kg de sabão. Então, para a limpeza das 12 gavetas,
ele gastará
(A) 5 kg de sabão.
(B) 6 kg de sabão.
(C) 7 kg de sabão.
(D) 8 kg de sabão.
(E) 9 kg de sabão.

Comentários

01. Resposta: B
O enunciado disse que eram grandezas inversamente proporcionais, assim temos:
16 12
1 = 1
60 𝑋
Eliminando a fração do denominador, fazemos aquele macete, copia o primeiro e multiplica pelo
inverso do segundo, ficando assim:
60 𝑋
16 . 1 = 12. 1
16 ∙ 60 = 12 ∙ 𝑋
12x = 960
960
X = 12
X = 80

02. Resposta: D
Vamos pensar no seguinte:
A parede é quadrada de lado 1,5m, assim sua área será de: 1,5x1,5 = 2,25m², a nova parede é um
quadrado de lado 3m, assim sua área será de: 3x3 = 9m², vamos montar as grandezas agora!

Tempo (horas) área pintada (m²)


2 2,25
x 9

Como se a área aumentar então o tempo gasto também irá aumentar, logo são grandezas diretamente
proporcionais:
2 2,25
𝑥
= 9
2,25x = 18
18
x = 2,25 = 8 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠.

03. Resposta: A
Chamando os radares de 2013 de ( x ), temos que:
5,8 260
=
7,5 𝑥

88
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
5,8 . x = 7,5 . 260
x = 1950 / 5,8
x = 336,2 (aproximado)
Por fim, vamos calcular a arrecadação em 2013:
5,8 328
7,5
= 𝑥

5,8 . x = 7,5 . 328


x = 2460 / 5,8
x = 424,1 (aproximado)

04. Resposta: E
1,5 m = 150 cm
𝑪 𝟏𝟎
* Bandeira Brasileira: = , ou seja, 10.L = 7.C
𝑳 𝟕
10.L = 7 . 150
L = 1050 / 10
L = 105 cm
𝑪′ 𝟓
* Bandeira Alemã: 𝑳′ = 𝟑, ou seja, 5.L’ = 3.C’
5.L’ = 3 . 150
L’ = 450 / 5
L’ = 90 cm
Então a diferença é: 105 – 90 = 15 cm

05. Resposta: B
Primeiro: 2k
Segundo: 5k
2k+5k=14
7k=14
K=2
Primeiro=2.2=4
Segundo=5.2=10
Diferença=10-4=6m³
1m³------1000L
6--------x
X=6000 l

06. Resposta: B
𝒑 𝟑
=
𝟔𝟎𝟎 𝟏𝟎

10.p = 3 . 600

p = 1800 / 10
p = 180 mulheres
* Total de Mulheres: q = 300 + 180 = 480
* Total Geral: T = 480 + 720 = 1200 pessoas

07. Resposta: D
Primeiramente, vamos calcular a razão entre mulheres e homens (observe que os dados do gráfico se
mantém na mesma proporção, logo são diretamente proporcionais):
𝒎 𝟔𝟎
=
𝒉 𝟒𝟎

* Número total em 2014: (h = 110)


𝒎 𝟔𝟎
𝟏𝟏𝟎
= 𝟒𝟎

40.m = 60 . 110
m = 6600 / 40

89
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m = 165 mulheres (em 2014)
Assim, 110 + 165 = 275 pessoas (em 2014).
* Número médio anual de mulheres:

𝟔𝟎+𝟏𝟐𝟎+𝟏𝟔𝟓 𝟑𝟒𝟓
𝑴= 𝟑
= 𝟑
= 𝟏𝟏𝟓 𝒎𝒖𝒍𝒉𝒆𝒓𝒆𝒔

08. Resposta: B
Sabendo que se mantém a proporção, temos grandezas diretamente proporcionais. Vamos utilizar a
Regra de Três Simples Direta duas vezes:
* Açaí e leite:
açaí leite
500 --------- 2000
25 ------------ x

𝟓𝟎𝟎 𝟐𝟎𝟎𝟎
𝟐𝟓
= 𝒙

𝟓𝟎𝟎. 𝒙 = 𝟐𝟓 . 𝟐𝟎𝟎𝟎
𝟓𝟎𝟎𝟎𝟎
𝒙 =
𝟓𝟎𝟎

𝒙 = 𝟏𝟎𝟎 𝒎𝑳 𝒅𝒆 𝒍𝒆𝒊𝒕𝒆

* Açaí e banana:
açaí banana
500 --------- 10
25 ---------- y

𝟓𝟎𝟎 𝟏𝟎
𝟐𝟓
= 𝒚

𝟓𝟎𝟎. 𝒚 = 𝟐𝟓 . 𝟏𝟎
𝟐𝟓𝟎
𝒙 = 𝟓𝟎𝟎

𝟏
𝒙 = 𝟐 𝒃𝒂𝒏𝒂𝒏𝒂

09. Resposta: A
Observe que as grandezas são inversamente proporcionais (pois quanto mais dentes, menos voltas
serão dadas). Vamos utilizar a Regra de Três Simples para resolução:
Dentes Volta
20 ----------- 1 / 5
18 ----------- x
Invertendo uma das Grandezas, teremos:
18 . x = 1/5 . 20
x = 4 / 18 (: 2/2)
x=2/9
Será no sentido horário porque a outra engrenagem está no sentido anti-horário.

10. Resposta: B
Observa-se que se aumentarmos o número de gavetas iremos gastar mais sabão, logo as grandezas
são diretamente proporcionais.
Gavetas Sabão(kg)
12 x
7 3,5
12 𝑥 42
= → 7𝑥 = 12.3,5 → 7𝑥 = 42 → 𝑥 = → 𝑥 = 6 𝑘𝑔
7 3,5 7

Logo, será gasto 6kg de sabão para limpeza de 12 gavetas.

90
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Logo

d. Números complexos: forma algébrica e trigonométrica, operações, Fórmulas


de DeMoivre, raízes n-ésimas da unidade e os polígonos regulares.

CONJUNTO DOS NÚMEROS COMPLEXOS – C

Quantas vezes, ao calcularmos o valor de Delta (b2- 4ac) na resolução da equação do 2º grau, nos
deparamos com um valor negativo (Delta < 0). Nesse caso, sempre dizemos ser impossível a raiz no
universo considerado (normalmente no conjunto dos reais- R).
No século XVIII, o matemático suíço Leonhard Euler passou a representar √−1 por i, convenção que
utilizamos até os dias atuais.
Assim: √−1 = i, que passamos a chamar de unidade imaginária.
A partir daí, vários matemáticos estudaram este problema, sendo Gauss e Argand os que realmente
conseguiram expor uma interpretação geométrica num outro conjunto de números, chamado de números
complexos, que representamos por C.

Números Complexos (forma algébrica)


Chama-se conjunto dos números complexos, e representa-se por C, o conjunto de pares ordenados,
ou seja:
z = (x, y)
onde x ∈ R e y ∈ R.

Então, por definição, se z = (x, y) = (x, 0) + (0, y)(0, 1) onde i = (0,1), podemos escrever que:
z = (x, y) = x + yi

Exemplos
(5, 3) = 5 + 3i
(2, 1) = 2 + i
(-1, 3) = - 1 + 3i
Dessa forma, todo o números complexo z = (x, y) pode ser escrito na forma z = x + yi, conhecido como
forma algébrica, onde temos:
x = Re(z), parte real de z
y = Im(z), parte imaginária de z

Igualdade entre Números Complexos


Dois números complexos são iguais se, e somente se, apresentam simultaneamente iguais a parte
real e a parte imaginária. Assim, se z1 = a + bi e z2 = c + di, temos que:
z1 = z2 <==> a = c e b = d

Adição de Números Complexos


Para somarmos dois números complexos basta somarmos, separadamente, as partes reais e
imaginárias desses números. Assim, se z1 = a + bi e z2 = c + di, temos que:
z1 + z2 = (a + c) + (b + d)i

Subtração de Números Complexos


Para subtrairmos dois números complexos basta subtrairmos, separadamente, as partes reais e
imaginárias desses números. Assim, se z1 = a + bi e z2 = c + di, temos que:
z1 - z2 = (a - c) + (b - d)i

Multiplicação de Números Complexos


Para multiplicarmos dois números complexos basta efetuarmos a multiplicação de dois binômios,
observando os valores das potência de i. Assim, se z1 = a + bi e z2 = c + di, temos que:

z1.z2 = a.c + a.di + b.ci + b.di2


Como i2 = - 1, temos:

91
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
z1.z2= ac + adi + bci - bd
Agrupando os membros:
z1.z2= ac – bd + adi + bci → (ac – bd) + (ad + bc)i

Nota: As propriedades da adição, subtração e multiplicação válidas para os Reais são válidas para os
números complexos.

Conjugado de um Número complexo


Dado z = a + bi, define-se como conjugado de z (representa-se por 𝑧̅) ==> 𝑧̅ = a - bi

Exemplo
z = 3 - 5i ==> 𝑧̅ = 3 + 5i
z = 7i ==> 𝑧̅ = - 7i
z = 3 ==> 𝑧̅ = 3

Propriedade:
O produto de um número complexo pelo seu conjugado é sempre um número real.
𝑧. 𝑧̅ ∈ 𝑅

Divisão de Números Complexos


Para dividirmos dois números complexos basta multiplicarmos o numerador e o denominador pelo
conjugado do denominador. Assim, se z1= a + bi e z2= c + di, temos que:

Potências de i
Se, por definição, temos que i = - (-1)1/2, então:
i0 = 1
i1 = i
i2 = -1
i3 = i2.i = -1.i = -i
i4 = i2.i2=-1.-1= 1
i5 = i4. 1=1.i= i
i6 = i5. i =i.i=i2= -1
i7 = i6. i =(-1).i= -i ......

Observamos que no desenvolvimento de in (n pertencente a N, com n variando, os valores repetem-


se de 4 em 4 unidades. Desta forma, para calcularmos in basta calcularmos ir onde r é o resto da divisão
de n por 4.
Exemplo: i63 => 63 / 4 dá resto 3, logo i63= i3 = -i

Módulo de um Número Complexo


Dado z = a + bi, chama-se módulo de z, indicado por |z| ou 𝜌 , a distância entre a origem (O) do plano
de Gauss e o afixo de z (P).
| z |= 𝜌 =√ 𝑎2 + 𝑏 2

Interpretação Geométrica
Como dissemos, no início, a interpretação geométrica dos números complexos é que deu o impulso
para o seu estudo. Assim, representamos o complexo z = a+bi da seguinte maneira

92
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Em particular temos que:

Forma polar dos Números Complexos


Da interpretação geométrica, temos que:

Que é conhecida como forma polar ou trigonométrica de um número complexo.

Exemplo

A multiplicação de dois números complexos na forma polar:


A = |A| [cos(a) + i sen(a)]
B = |B| [cos(b) + i sen(b)]

É dada pela Fórmula de De Moivre:


AB = |A||B| [cos(a + b) + i sen(a + b)]
Isto é, para multiplicar dois números complexos em suas formas trigonométricas, devemos multiplicar
os seus módulos e somar os seus argumentos.
Se os números complexos A e B são unitários então |A|=1 e |B|=1, e nesse caso
A = cos(a) + i sen(a)
B = cos(b) + i sen(b)

Multiplicando A e B, obtemos
AB = cos(a + b) + i sen(a + b)

Existe uma importantíssima relação matemática, atribuída a Euler (lê-se "óiler"), garantindo que para
todo número complexo z e também para todo número real z:
eiz = cos(z) + i sen(z)

Tal relação, normalmente é demonstrada em um curso de Cálculo Diferencial, e, ela permite uma outra
forma para representar números complexos unitários A e B, como:
A = eia = cos(a) + i sen(a)
B = eib = cos(b) + i sen(b)

Onde a é o argumento de A e b é o argumento de B. Assim, ei(a+b) = cos(a + b) + isen(a + b)

Por outro lado ei(a+b) = eia . eib = [cos(a) + isen(a)] [cos(b) + isen(b)]

93
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
E desse modo ei(a+b) = cos(a)cos(b) - sen(a)sen(b) + i [cos(a)sen(b) + cos(b)sen(a)]

Para que dois números complexos sejam iguais, suas partes reais e imaginárias devem ser iguais,
logo
cos(a + b) = cos(a)cos(b) - sen(a)sen(b)
sen(a + b) = cos(a)sen(b) + cos(b)sen(a)

Para a diferença de arcos, substituímos b por -b nas fórmulas da soma


cos(a + (-b)) = cos(a)cos(-b) - sen(a)sen(-b)
sen(a + (-b)) = cos(a)sen(-b) + cos(-b)sen(a)

Para obter
cos(a - b) = cos(a)cos(b) + sen(a)sen(b)
sen(a - b) = cos(b)sen(a) - cos(a)sen(b)

Operações na forma polar

Sejam z1=𝜌1(cos 𝜃1+ i sen𝜃1 ) e z2=𝜌1(cos𝜃2 +i sen𝜃2 ). Então, temos que:

a) Multiplicação

b) Divisão

c) Potenciação

d) Radiciação

para n = 0, 1, 2, 3, ..., n-1

Observe que o item c) e d) acima representa a resolução pela Fórmula de Moivre.

Exemplo
Calcular a raiz quadrada do número complexo:

A raiz quadrada de um complexo é dada pela segunda fórmula de Moivre, com n = 2:

Para k = 0, teremos:

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Questões

01. (IFF – Conhecimentos Gerais – CESPE – 2018) Se i é a unidade imaginária complexa, isto é, i é

tal que i² = - 1, então o valor absoluto no número complexo é igual a


(A) 3
(B) 4
(C) 5
(D) 6
(E) 7

02. (PM/SP – Cabo – CETRO) Assinale a alternativa que apresenta o módulo do número complexo
abaixo.

(1 + 2𝑖)2
𝑧=
𝑖
(A) 36.
(B) 25.
(C) 5.
(D) 6.

03. (TRF/2ªRegião – Técnico Judiciário – FCC) Considere a igualdade x + (4 + y). i = (6 − x) + 2yi,


em que x e y são números reais e i é a unidade imaginária. O módulo do número complexo z = x + yi, é
um número
(A) maior que 10.
(B) quadrado perfeito.
(C) irracional.
(D) racional não inteiro.
(E) primo.

04. (CPTM – Almoxarife – MAKIYAMA) Assinale a alternativa correspondente à forma trigonométrica


do número complexo z = 1 + i:
𝜋 𝜋
(A) 𝒛 = √2(cos + 𝑖 ∙ 𝑠𝑒𝑛 )
4 4
𝜋 𝜋
(B) 𝑧 = 2(cos + 𝑖 ∙ 𝑠𝑒𝑛 )
4 4

√2 𝜋 𝜋
(C) 𝑧 = (cos + 𝑖 ∙ 𝑠𝑒𝑛 )
2 4 4
1 𝜋 𝜋
(D) 𝑧 = (cos + 𝑖 ∙ 𝑠𝑒𝑛 )
2 4 4

√2 𝜋 𝜋
(E) 𝑧 = (cos + 𝑖 ∙ 𝑠𝑒𝑛 )
2 3 3

05. (CPTM – Almoxarife – MAKIYAMA) O valor do módulo do número complexo (i62 + i123) é:
(A) Um número natural.
(B) Um número irracional maior que 5.
(C) Um número racional menor que 2.
(D) Um número irracional maior que 3.
(E) Um número irracional menor que 2.

1 + √5𝑖
06. (Pref de Itaboraí - Professor) O inverso do número complexo 2
é:
1 + √5𝑖
(𝐴)
2

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1 − √5𝑖
(𝐵)
2

(C) 1 − √5𝑖

1 + √5𝑖
(𝐷)
3

1 − √5𝑖
(𝐸)
3
1 + 2𝑖
07. (UFPA) A divisão 1−𝑖
dá como resultado
−1 3
(A) − 𝑖
2 2

1 3
(B) 2 + 2 𝑖

−1 3
(C) 2
+ 2𝑖

1 3
(D) 2 − 2 𝑖

08. (PUC/SP) Se f(z) = z2 - z + 1, então f (1 - i) é igual a:


(A) i
(B) - i + 1
(C) - i
(D) i -1
(E) i + 1

09. (UCMG) O complexo z, tal que 5z + 𝑧̅ = 12 +16i, é igual a:


(A) - 2 + 2i
(B) 2 - 3i
(C) 1 + 2i
(D) 2 + 4i
(E) 3 + i
2 + 3𝑖
10. (Viçosa/MG) A parte real de 2 − 3𝑖 é:
(A) -2/13
(B) -5/13
(C) -1/13
(D) -4/13
2−𝑖
11. (Mack – SP) O conjugado de 𝑖
, vale:
(A) 1 - 2i
(B) 1 + 2i
(C) 1 + 3i
(D) -1 + 2i
(E) 2 - i

Comentários

01. Resposta: C
Vamos dividir o complexo dado, mas para isto devemos lembrar da propriedade de divisão de números
complexos, onde diz que devemos multiplicar o numerador e o denominador pelo conjugado do
denominador, ficando assim:
7+𝑖 1+𝑖
. =
1−𝑖 1+𝑖

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(7 + 𝑖). (1 + 𝑖) 7 + 7𝑖 + 𝑖 + 𝑖² 7 + 8𝑖 − 1 6 + 8𝑖
= = = = 3 + 4𝑖
(1 − 𝑖). (1 + 𝑖) 1 + 𝑖 − 𝑖 − 𝑖² 1 + 1 2
Agora devemos calcular o valor absoluto, ou seja, o módulo do complexo, mas lembre-se |z| = √𝑎2 + 𝑏²
Então no nosso caso teremos:
√32 + 4² = √9 + 16 = √25 = 5

02. Resposta: C
1 + 4𝑖 − 4 −3 + 4𝑖 𝑖
𝑧= = ∙ = 3𝑖 + 4
𝑖 𝑖 𝑖

|𝑧| = √32 + 4² = 5

03. Resposta: E
x=6-x
x=3
4 + y = 2y
y=4

|𝑧| = √32 + 4² = 5

04. Resposta: A

𝜌 = √12 + 1² = √2
1 √2
𝑐𝑜𝑠𝜃 = = = 𝑠𝑒𝑛𝜃
√2 2
𝜋
𝜃=
4
𝜋 𝜋
𝑧 = √2(cos + 𝑖 ∙ 𝑠𝑒𝑛 )
4 4

05. Resposta: E
62/4=15 e resto 2 então i62=i2= -1
123/4=30 e resto 3 então i123=i3=-i, como 𝑖 = √−1
𝑖 62 + 𝑖 123 = −1 − √−1

06. Resposta: E
O inverso de z é 1/z :
2 2 1 − √5𝑖 2 − 2√5𝑖 2 − 2√5𝑖 2 − 2√5𝑖 1 − √5𝑖
= . = = = =
1 + √5𝑖 1 + √5𝑖 1 − √5𝑖 12 − (√5𝑖)2 1 − 5𝑖 2 6 3

07. Resposta: C
Temos que a = 1; b = 2; c = 1; d = - 1
Através da fórmula já vista vamos efetuar a divisão:
𝑎𝑐 + 𝑑𝑏 𝑏𝑐 − 𝑎𝑑 1.1 + (−1). 2 2.1 − (1. (−1))
( 2 2
)+( 2 2
)𝑖 → ( 2 2 )+( 2 )𝑖 →
𝑐 +𝑑 𝑐 +𝑑 1 + (−1) 1 + (−1)2

1−2 2+1 −1 3
+ 𝑖→ + 𝑖
2 2 2 2

08. Resposta: C
f(z) = z2 – z + 1  (1 - i)2 – (1 - i) + 1  1 - 2i + i2 – 1 + i +1  i2 – i + 1; como i2 = - 1, então: - 1 – i +
1=-i

09. Resposta: D
A fórmula do número complexo é z = a + bi, e de seu conjugado será 𝑧̅ = a - bi
Logo temos:

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5.(a + bi) + (a - bi) = 12 + 16i  5a + 5bi + a – bi = 12 + 16i  6a + 4bi = 12 + 16i, para um número
complexo ser igual ao outro, vamos igualar a parte real com a parte real e a parte imaginária com a parte
imaginária:
6a = 12  a = 2; 4bi = 16i  b = 4
Montando o complexo: z = a + bi  z = 2 + 4i

10. Resposta: B
𝑎𝑐 + 𝑑𝑏 𝑏𝑐 − 𝑎𝑑
( 2 2
)+( 2 )𝑖
𝑐 +𝑑 𝑐 + 𝑑2

Como queremos a parte real, vamos utilizar a primeira parte da fórmula:


2.2 + 3. (−3) 4 − 9 −5
( 2 2
)= =
2 + (−3) 4 + 9 13

11. Resposta: D
Vamos multiplicar o denominador e numerador pelo conjugado do denominador – i. Lembre-se que i2
=-1

2 − 𝑖 −𝑖 −2𝑖 + 𝑖 2 −2𝑖 − 1
. → → → −2𝑖 − 1
𝑖 −𝑖 −𝑖 2 −(−1)
Temos que o conjugado de um número complexo é: a + bi  a - bi, logo
-1 – 2i  -1 + 2i

2. Teoria dos números e suas aplicações a. Números inteiros.

Caro(a) Candidato(a) esse assunto já foi abordado no tópico: c. Conjuntos numéricos: naturais,
inteiros, racionais e reais. Operações e propriedades. Fatorações. Razão e proporção. Grandezas
diretamente e inversamente proporcionais.

b. Números primos. c. Teorema fundamental da aritmética.

NÚMEROS PRIMOS

Um número natural é um número primo quando ele tem exatamente dois divisores: o número um e ele
mesmo.
Nos inteiros, é um primo se ele tem exatamente quatro divisores: e .

Uma definição um pouco mais técnica, que permite generalizar este conceito para outros conjuntos, é
dizer que o conjunto dos divisores de p que não são inversíveis não é vazio, e todos seus elementos são
produtos de p por inteiros inversíveis.

Por definição, 0, 1 e − 1 não são números primos.

Existem infinitos números primos, como demonstrado por Euclides por volta de 300 a.C..
A propriedade de ser um primo é chamada "primalidade", e a palavra "primo" também são utilizadas
como substantivo ou adjetivo. Como "dois" é o único número primo par, o termo "primo ímpar" refere-se
a todo primo maior que dois.

Se um número inteiro tem módulo maior que um e não é primo, diz-se que é composto. Por convenção,
os números 0, 1 e -1 não são considerados primos nem compostos.

98
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
O conceito de número primo é muito importante na teoria dos números. Um dos resultados da teoria
dos números é o Teorema Fundamental da Aritmética, que afirma que qualquer número natural diferente
de 1 pode ser escrito de forma única (desconsiderando a ordem) como um produto de números primos
(chamados fatores primos): este processo se chama decomposição em fatores primos (fatoração).

Os 100 primeiros números primos positivos são:

2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, 23, 29, 31, 37, 41, 43, 47, 53, 59, 61, 67, 71, 73, 79, 83, 89, 97, 101, 103, 10
7, 109, 113, 127, 131, 137, 139, 149, 151, 157, 163, 167, 173, 179, 181, 191, 193, 197, 199, 211, 223,
227, 229, 233, 239, 241, 251, 257, 263, 269, 271, 277, 281, 283, 293, 307, 311, 313, 317, 331, 337, 347,
349, 353, 359, 367, 373, 379, 383, 389, 397, 401, 409, 419, 421, 431, 433, 439, 443, 449, 457, 461, 463,
467, 479, 487, 491, 499, 503, 509, 521, 523, 541.

Exemplos:
Onde D(n) são os divisores positivos de n.
1 não é primo pois D(1)={1}
2 é primo pois D(2)={1,2}
3 é primo pois D(3)={1,3}
5 é primo pois D(5)={1,5}
7 é primo pois D(7)={1,7}
14 não é primo pois D(14)={1,2,7,14}

Múltiplos e Divisores
Diz-se que um número natural a é múltiplo de outro natural b, se existe um número natural k tal que:
a=k.b

Exemplos 1:
15 é múltiplo de 5, pois 15 = 3 x 5.

Quando a = k x b, segue que a é múltiplo de b, mas também, a é múltiplo de k, como é o caso do


número 35 que é múltiplo de 5 e de 7, pois: 35 = 7 x 5.
Quando a = k x b, então a é múltiplo de b e se conhecemos b e queremos obter todos os seus múltiplos,
basta fazer k assumir todos os números naturais possíveis.
Por exemplo, para obter os múltiplos de 2, isto é, os números da forma a = k x 2, k seria substituído
por todos os números naturais possíveis.

Observação: Um número b é sempre múltiplo dele mesmo.


a = 1 x b ↔ a = b.

Exemplo 2:
Basta tomar o mesmo número multiplicado por 1 para obter um múltiplo dele próprio: 3 = 1 x 3

A definição de divisor está relacionada com a de múltiplo.


Um número natural b é divisor do número natural a, se a é múltiplo de b.

Exemplo 3:
3 é divisor de 15, pois 15 = 3 x 5, logo 15 é múltiplo de 3 e também é múltiplo de 5.

Um número natural tem uma quantidade finita de divisores.

Por exemplo, o número 6 poderá ter no máximo 6 divisores, pois trabalhando no conjunto dos números
naturais não podemos dividir 6 por um número maior do que ele. Os divisores naturais de 6 são os
números 1, 2, 3, 6, o que significa que o número 6 tem 4 divisores, logo 6 não é um número primo.

Questões

01. (CASAL – Assistente Administrativo – COPEVE-UFAL) Se um número ímpar tem exatamente


dois divisores primos, o quádruplo desse número tem exatamente
(A) oito divisores primos.

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(B) seis divisores primos.
(C) quatro divisores primos.
(D) três divisores primos.
(E) dois divisores primos.

02. (Pref. de Terra de Areia/RS – Agente Administrativo – OBJETIVA/2016) Quantos são os


números primos compreendidos entre os números 10 e 40?
(A) 10
(B) 8
(C) 12
(D) 14
(E) 16

03. (Polícia Científica/PR – Auxiliar de Perícia – IBFC/2017) Assinale a alternativa correta referente
à quantidade de números primos distintos que encontramos ao decompor o número 360 em fatores
primos.
(A) 1
(B) 2
(C) 3
(D) 4
(E) 9

04. (Pref. de Canavieira/PI – Professor de Educação Infantil – IMA) São números primos, EXCETO:
(A) 13
(B) 19
(C) 25
(D) 2

05. (MPE/GO – Secretário Auxiliar – MPE-GO/2017) Quais dos números a seguir são primos?
(A) 13
(B) 30
(C) 49
(D) 65
(E) 87

06. (COPASA – Agente de Saneamento – FUNDEP) Ao fatorar em números primos o número 270, a
quantidade de números primos, distintos, que encontramos é
(A) 1
(B) 2
(C) 3
(D) 4

Comentários

01. Resposta: D
Se o número for ímpar então ele não é divisível por dois, e ao quadruplicar estaremos multiplicando
por 2 duas vezes, logo o primo que aumenta será apenas o 2, assim sendo ele terá os dois primos
anteriores e o 2, portanto terá 3 divisores primos.

02. Resposta: B
Os número primos entre 10 e 40 são:
11, 13, 17, 19, 23, 29, 31, 37.
Portanto possui 8 números primos.

03. Resposta: C
360 = 2 . 2 . 2 . 3 . 3 . 5; logo possui 3 números primos distintos.

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04. Resposta C
O único número que não é primo que está presente nas alternativas é o 25, pois possui o 5 como
divisor também.

05. Resposta: A
13 é o único número primo que está presente nas alternativas.

06. Resposta: C
270 = 2 . 3 . 3 . 3 . 5, portanto possui 3 números primos distintos que são divisores de 270.

d. Divisibilidade.

MÚLTIPLOS E DIVISORES

Múltiplos de um número natural


Sabemos que 30 : 6 = 5, porque 5 x 6 = 30.
Podemos dizer então que:

“30 é divisível por 6 porque existe um número natural (5) que multiplicado por 6 dá como resultado 30.”
Um número natural a é divisível por um número natural b, não-nulo, se existir um número natural c, tal
que c . b = a.
Ainda com relação ao exemplo 30 : 6 = 5, temos que:
30 é múltiplo de 6, e 6 é divisor de 30.

Conjunto dos múltiplos de um número natural: É obtido multiplicando-se esse número pela
sucessão dos números naturais: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6,...
Para acharmos o conjunto dos múltiplos de 7, por exemplo, multiplicamos por 7 cada um dos números
da sucessão dos naturais:

O conjunto formado pelos resultados encontrados forma o conjunto dos múltiplos de 7: M(7) = {0, 7,
14, 21, 28,...}.

Observações:
- Todo número natural é múltiplo de si mesmo.
- Todo número natural é múltiplo de 1.
- Todo número natural, diferente de zero, tem infinitos múltiplos.
- O zero é múltiplo de qualquer número natural.
- Os múltiplos do número 2 são chamados de números pares, e a fórmula geral desses números é 2k
(k  N). Os demais são chamados de números ímpares, e a fórmula geral desses números é 2k + 1 (k
N).
O mesmo se aplica para os números inteiros, tendo k  Z.

Critérios de divisibilidade
São regras práticas que nos possibilitam dizer se um número é ou não divisível por outro, sem
efetuarmos a divisão.

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Divisibilidade por 2: Um número é divisível por 2 quando termina em 0, 2, 4, 6 ou 8, ou seja, quando
ele é par.

Exemplos
a) 9656 é divisível por 2, pois termina em 6, e é par.
b) 4321 não é divisível por 2, pois termina em 1, e não é par.

Divisibilidade por 3: Um número é divisível por 3 quando a soma dos valores absolutos de seus
algarismos é divisível por 3.

Exemplos
a) 65385 é divisível por 3, pois 6 + 5 + 3 + 8 + 5 = 27, e 27 é divisível por 3.
b) 15443 não é divisível por 3, pois 1+ 5 + 4 + 4 + 3 = 17, e 17 não é divisível por 3.

Divisibilidade por 4: Um número é divisível por 4 quando seus dois últimos algarismos são 00 ou
formam um número divisível por 4.

Exemplos
a) 536400 é divisível por 4, pois termina em 00.
b) 653524 é divisível por 4, pois termina em 24, e 24 é divisível por 4.
c) 76315 não é divisível por 4, pois termina em 15, e 15 não é divisível por 4.

Divisibilidade por 5: Um número é divisível por 5 quando termina em 0 ou 5.

Exemplos
a) 35040 é divisível por 5, pois termina em 0.
b) 7235 é divisível por 5, pois termina em 5.
c) 6324 não é divisível por 5, pois termina em 4.

Divisibilidade por 6: Um número é divisível por 6 quando é divisível por 2 e por 3 ao mesmo tempo.

Exemplos
a) 430254 é divisível por 6, pois é divisível por 2 e por 3 (4 + 3 + 0 + 2 + 5 + 4 = 18).
b) 80530 não é divisível por 6, pois não é divisível por 3 (8 + 0 + 5 + 3 + 0 = 16).
c) 531561 não é divisível por 6, pois não é divisível por 2.

Divisibilidade por 7: Um número é divisível por 7 quando o último algarismo do número, multiplicado
por 2, subtraído do número sem o algarismo, resulta em um número múltiplo de 7. Neste, o processo será
repetido a fim de diminuir a quantidade de algarismos a serem analisados quanto à divisibilidade por 7.

Exemplo

41909 é divisível por 7 conforme podemos conferir: 9.2 = 18 ; 4190 – 18 = 4172 → 2.2 = 4 ; 417 – 4 =
413 → 3.2 = 6 ; 41 – 6 = 35 ; 35 é multiplo de 7.

Divisibilidade por 8: Um número é divisível por 8 quando seus três últimos algarismos forem 000 ou
formarem um número divisível por 8.

Exemplos
a) 57000 é divisível por 8, pois seus três últimos algarismos são 000.
b) 67024 é divisível por 8, pois seus três últimos algarismos formam o número 24, que é divisível por
8.
c) 34125 não é divisível por 8, pois seus três últimos algarismos formam o número 125, que não é
divisível por 8.

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Divisibilidade por 9: Um número é divisível por 9 quando a soma dos valores absolutos de seus
algarismos formam um número divisível por 9.

Exemplos
a) 6253461 é divisível por 9, pois 6 + 2 + 5 + 3 + 4 + 6 + 1 = 27 é divisível por 9.
b) 325103 não é divisível por 9, pois 3 + 2 + 5 + 1 + 0 + 3 = 14 não é divisível por 9.

Divisibilidade por 10: Um número é divisível por 10 quando seu algarismo da unidade termina em
zero.

Exemplos
a) 563040 é divisível por 10, pois termina em zero.
b) 246321 não é divisível por 10, pois não termina em zero.

Divisibilidade por 11: Um número é divisível por 11 quando a diferença entre a soma dos algarismos
de posição ímpar e a soma dos algarismos de posição par resulta em um número divisível por 11 ou
quando essas somas forem iguais.

Exemplos
- 43813:
a) 1º 3º 5º  Algarismos de posição ímpar.(Soma dos algarismos de posição impar: 4 + 8 + 3 =
15.)
4 3 8 1 3
2º 4º  Algarismos de posição par. (Soma dos algarismos de posição par:3 + 1 = 4)

15 – 4 = 11  diferença divisível por 11. Logo 43813 é divisível por 11.

-83415721:
b) 1º 3º 5º 7º  (Soma dos algarismos de posição ímpar:8 + 4 + 5 + 2 = 19)
8 3 4 1 5 7 2 1
2º 4º 6º 8º  (Soma dos algarismos de posição par:3 + 1 + 7 + 1 = 12)

19 – 12 = 7  diferença que não é divisível por 11. Logo 83415721 não é divisível por 11.

Divisibilidade por 12: Um número é divisível por 12 quando é divisível por 3 e por 4 ao mesmo tempo.

Exemplos
a) 78324 é divisível por 12, pois é divisível por 3 (7 + 8 + 3 + 2 + 4 = 24) e por 4 (termina em 24).
b) 652011 não é divisível por 12, pois não é divisível por 4 (termina em 11).
c) 863104 não é divisível por 12, pois não é divisível por 3 (8 + 6 + 3 +1 + 0 + 4 = 22).

Divisibilidade por 15: Um número é divisível por 15 quando é divisível por 3 e por 5 ao mesmo tempo.

Exemplos
a) 650430 é divisível por 15, pois é divisível por 3 (6 + 5 + 0 + 4 + 3 + 0 =18) e por 5 (termina em 0).
b) 723042 não é divisível por 15, pois não é divisível por 5 (termina em 2).
c) 673225 não é divisível por 15, pois não é divisível por 3 (6 + 7 + 3 + 2 + 2 + 5 = 25).

FATORAÇÃO

Essa fatoração se dá através da decomposição em fatores primos. Para decompormos um número


natural em fatores primos, dividimos o mesmo pelo seu menor divisor primo, depois repetimos a operação
com o seu quociente ou seja, dividimos o pelo seu menor divisor, e assim sucessivamente até obtermos
o quociente 1. O produto de todos os fatores primos representa o número fatorado.

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Exemplo

Divisores de um número natural


Vamos pegar como exemplo o número 12 na sua forma fatorada:
12 = 22 . 31
O número de divisores naturais é igual ao produto dos expoentes dos fatores primos acrescidos de 1.
Logo o número de divisores de 12 são:
⏟2 . ⏟
2 31 → (2 + 1) . (1 + 1) = 3.2 = 6 divisores naturais
(2+1) (1+1)

Para sabermos quais são esses 6 divisores basta pegarmos cada fator da decomposição e seu
respectivo expoente natural que varia de zero até o expoente com o qual o fator se apresenta na
decomposição do número natural.

Exemplo:
12 = 22 . 31 → 22 = 20,21 e 22 ; 31 = 30 e 31, teremos:
20 . 30=1
20 . 31=3
21 . 30=2
21 . 31=2.3=6
22 . 31=4.3=12
22 . 30=4
O conjunto de divisores de 12 são: D(12) = {1, 2, 3, 4, 6, 12}
A soma dos divisores é dada por: 1 + 2 + 3 + 4 + 6 + 12 = 28

Observação
Para sabermos o conjunto dos divisores inteiros de 12, basta multiplicarmos o resultado por 2 (dois
divisores, um negativo e o outro positivo).
Assim teremos que D(12) = 6.2 = 12 divisores inteiros.

O produto do MDC e MMC é dado pela fórmula abaixo:

MDC(A, B).MMC(A,B)= A.B

Questões

01. (Fuvest/SP) O número de divisores positivos do número 40 é:


(A) 8
(B) 6
(C) 4
(D) 2
(E) 20

02. (Pref. Itaboraí – Professor) O máximo divisor comum entre dois números naturais é 4 e o produto
dos mesmos 96. O número de divisores positivos do mínimo múltiplo comum desses números é:
(A) 2
(B) 4
(C) 6
(D) 8
(E) 10

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03. (DEPEN – Pedagogia) Considere um número divisível por 6, composto por 3 algarismos distintos
e pertencentes ao conjunto A={3,4,5,6,7}. A quantidade de números que podem ser formados sob tais
condições é:
(A) 6
(B) 7
(C) 9
(D) 8
(E) 10

04. (Pref.de Niterói) No número a=3x4, x representa um algarismo de a. Sabendo-se que a é divisível
por 6, a soma dos valores possíveis para o algarismo x vale:
(A) 2
(B) 5
(C) 8
(D) 12
(E) 15

05. (Banco Do Brasil – Escriturário – CESGRANRIO) Em uma caixa há cartões. Em cada um dos
cartões está escrito um múltiplo de 4 compreendido entre 22 e 82. Não há dois cartões com o mesmo
número escrito, e a quantidade de cartões é a maior possível. Se forem retirados dessa caixa todos os
cartões nos quais está escrito um múltiplo de 6 menor que 60, quantos cartões restarão na caixa?
(A)12
(B)11
(C)3
(D)5
(E) 10

06. (MP/SP – Auxiliar de Promotoria – ZAMBINI) Na sequência matemática a seguir, os dois


próximos números são
65 536 ; 16 384 ; 4 096 ; 1 024 ; _________ ; ________
(A) 256 e 64
(B) 256 e 128
(C) 128 e 64
(D) 64 e 32

07. (BRDE/RS) Considere os números abaixo, sendo n um número natural positivo.


I) 10n + 2
II) 2 . 10n + 1
III) 10n+3 – 10n

Quais são divisíveis por 6?


(A) apenas II
(B) apenas III
(C) apenas I e III
(D) apenas II e III
(E) I, II e III

Comentários

01. Resposta: A
Vamos decompor o número 40 em fatores primos.
40 = 23 . 51; pela regra temos que devemos adicionar 1 a cada expoente:
3 + 1 = 4 e 1 + 1 = 2; então pegamos os resultados e multiplicamos 4.2 = 8, logo temos 8 divisores de
40.

02. Resposta: D
Sabemos que o produto de MDC pelo MMC é:
MDC (A, B). MMC (A, B) = A.B, temos que MDC (A, B) = 4 e o produto entre eles 96, logo:
4 . MMC (A, B) = 96 → MMC (A, B) = 96/4 → MMC (A, B) = 24, fatorando o número 24 temos:

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24 = 23 .3, para determinarmos o número de divisores, pela regra, somamos 1 a cada expoente e
multiplicamos o resultado:
(3 + 1).(1 + 1) = 4.2 = 8

03. Resposta: D
Para ser divisível por 6 precisa ser divisível por 2 e 3 ao mesmo tempo, e por isso deverá ser par
também, e a soma dos seus algarismos deve ser um múltiplo de 3.
Logo os finais devem ser 4 e 6:
354, 456, 534, 546, 564, 576, 654, 756, logo temos 8 números.

04. Resposta: E
Para ser divisível por 6 precisa ser divisível por 2 e 3 ao mesmo tempo. Um número é divisível por 3
quando a sua soma for múltiplo de 3.
3 + x + 4 = .... Os valores possíveis de x são 2, 5 e 8, logo 2 + 5 + 8 = 15

05. Resposta: A
Um número é divisível por 4 quando seus dois algarismos são 00 ou formam um número divisível por
4.
Vamos enumerar todos os múltiplos de 4: 24, 28, 32, 36, 40, 44, 48, 52, 56, 60, 64, 68, 72, 76, 80 (15
ao todo).
Retirando os múltiplos de 6 menores que 60 temos: 24, 36 e 48 (3 ao todo)
Logo: 15 – 3 = 12

06. Resposta: A
Se dividimos 4096 por 1024, obtemos como resultado 4. Com isso percebemos que 4096 é o produto
de 1024 x 4, e 4096 x 4 = 16384. Então fica evidente que todos os números são múltiplos de 4. Logo para
sabermos a sequência basta dividirmos 1024/4 = 256 e 256/4 = 64.
Com isso completamos a sequência: 256; 64.

07. Resposta: C
n ∈ N divisíveis por 6:

I) É divisível por 2 e por 3, logo é por 6. (Verdadeira)


II) Os resultados são ímpares, logo não são por 2. (Falsa)
III) É Verdadeira, pela mesma razão que a I.

e. Congruência. f. Teorema de Fermat.

CONGRUÊNCIAS

Seja m um número natural. Diremos que dois números inteiros a e b são congruentes módulo m se os
restos de sua divisão euclidiana por m são iguais. Quando os inteiros a e b são congruentes módulo m,
escreve-se:
a ≡ b mod m

Por exemplo, 21 ≡ 13 ≡ 1 mod 2, já que os restos da divisão de 21 e de 13 por 2 são iguais a 1.

Quando a relação a ≡ b mod m for falsa, diremos que a e b não são congruentes, ou que são
incongruentes, módulo m. Escreveremos, nesse caso, a ≡ b mod m.

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1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Como o resto da divisão de um número inteiro qualquer por 1 é sempre nulo, temos que a ≡ b mod 1,
quaisquer que sejam a, b ∈ Z. Isso torna desinteressante a aritmética dos restos módulo 1. Portanto,
doravante, consideraremos sempre m > 1.
Decorre, imediatamente, da definição que a congruência, módulo um inteiro fixado m, é uma relação
de equivalência. Vamos enunciar isso explicitamente abaixo.

Proposição:

Suponha que a, b, m ∈ Z, com m > 1. Tem-se que a ≡ b mod m se, e somente se, m|b – a.

Com a notação de congruências, o Pequeno Teorema de Fermat enuncia-se como se segue:


Se p é primo e a ∈ Z então:

ap ≡ a mod p

Além disso, se p não divide a, então:


ap-1 ≡ 1 mod p

Caros alunos, guardem bem esses resultados acima, pois são muito cobrados em congruências.

Proposição:

Corolário:

Proposição:

Exemplos
2 ≡ 2 mod 5
2 ≡ -3 mod 5
25 ≡ 0 mod 5
23 ≡ 3 mod 5
14 ≡ 2 mod 3
10 ≡ 1 mod 3
10 ≡ -1 mod 11

Exemplos aplicados

01) Qual é o resto da divisão de 23728 por 13?


Certamente calcular a potência 23728 não seria a melhor escolha, para depois ter que dividir o resultado
por 13.
Utilizaremos congruência para resolver esse problema.

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Inicialmente, note que 237 ≡ 3 mod 13, pois 3 é o resto da divisão de 237 por 13. Pelo Pequeno
Teorema de Fermat, segue-se que 23712 ≡ 1 mod 13
Assim:
23724 ≡ 1 mod 13
237(12)² ≡ 1² mod 13. (*)

Por outro lado, temos que:


237 ≡ 3 mod 13
2374 ≡ 34 mod 13
34 = 81 ≡ 3 mod 13 (**)
Por (*) e (**) temos:
23724 . 2374≡ 1 . 3 mod 13
23724+4 ≡ 3 mod 13
23728 ≡ 3 mod 13

02) Qual é o resto da divisão de 2100 por 11?


Observe que, pelo Pequeno Teorema de Fermat:
210≡ 1 mod 11, logo:
(210)10 ≡ 110 mod 11
2100 ≡ 1 mod 11, portanto o resto da divisão de 2100 por 11 será 1.

Questões

01. (ENQ) O resto da divisão de 1212 por 5 é?


(A) 0
(B) 1
(C) 2
(D) 3
(E) 4

02. O resto da divisão de 710 por 51.


(A) 13
(B) 15
(C) 16
(D) 17
(E) 19

03. Analise a afirmação a seguir.


Para todo n ∈ N, 102n – 1 é divisível por 11.
Essa afirmação está:
( ) Certo ( ) Errado

Comentários

01. Resposta: B
Observe que 12² ≡ -1 mod 5, assim
(12²)6 ≡ (-1)6 mod 5
1212 ≡ 1 mod 5, portanto o resto da divisão será 1.

02. Resposta: E
Observe que 7² ≡ -2 mod 51
(7²)5 ≡ (-2)5 mod 51
710 ≡ -32 mod 51
710 ≡ 19 mod 51, portanto o resto da divisão será 19.

03. Resposta: Certo


Temos que, se 102n – 1 é divisível por 11, então
Essa divisão deixa resto 0, dessa forma:
102n – 1 ≡ 0 mod 11

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102n ≡ 1 mod 11, vamos mostrar que para todo n, n ∈ N.
De fato,
10 ≡ -1 mod 11
10² ≡ (-1)² mod 11
10² ≡ 1 mod 11
(10²)n ≡ 1n mod 11
102n ≡ 1 mod 11, por isso a afirmação é verdadeira.

g. Sequências de números reais: lei de formação de uma sequência. Progressão


Aritmética e Geométrica. Soma de um número finito de termos de progressões
aritméticas e geométricas. Soma de infinitos termos de uma progressão
geométrica.

SEQUÊNCIAS

Podemos, no nosso dia-a-dia, estabelecer diversas sequências como, por exemplo, a sucessão de
cidades que temos numa viagem de automóvel entre Brasília e São Paulo ou a sucessão das datas de
aniversário dos alunos de uma determinada escola.
Podemos, também, adotar para essas sequências uma ordem numérica, ou seja, adotando a1 para o
1º termo, a2 para o 2º termo até an para o n-ésimo termo. Dizemos que o termo an é também chamado
termo geral das sequências, em que n é um número natural diferente de zero. Evidentemente, daremos
atenção ao estudo das sequências numéricas.
As sequências podem ser finitas, quando apresentam um último termo, ou, infinitas, quando não
apresentam um último termo. As sequências infinitas são indicadas por reticências no final.

Exemplos:
- Sequência dos números primos positivos: (2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, ...). Notemos que esta é uma
sequência infinita com a1 = 2; a2 = 3; a3 = 5; a4 = 7; a5 = 11; a6 = 13 etc.
- Sequência dos números ímpares positivos: (1, 3, 5, 7, 9, 11, ...). Notemos que esta é uma sequência
infinita com a1 = 1; a2 = 3; a3 = 5; a4 = 7; a5 = 9; a6 = 11 etc.
- Sequência dos algarismos do sistema decimal de numeração: (0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9). Notemos
que esta é uma sequência finita com a1 = 0; a2 = 1; a3 = 2; a4 = 3; a5 = 4; a6 = 5; a7 = 6; a8 = 7; a9 = 8; a10
= 9.

Igualdade de Sequências
As sequências são apresentadas com os seus termos entre parênteses colocados de forma ordenada.
Sucessões que apresentarem os mesmos termos em ordem diferente serão consideradas sucessões
diferentes.
Duas sequências só poderão ser consideradas iguais se, e somente se, apresentarem os mesmos
termos, na mesma ordem.

Exemplo
A sequência (x, y, z, t) poderá ser considerada igual à sequência (5, 8, 15, 17) se, e somente se, x =
5; y = 8; z = 15; e t = 17.

Notemos que as sequências (0, 1, 2, 3, 4, 5) e (5, 4, 3, 2, 1, 0) são diferentes, pois, embora apresentem
os mesmos elementos, eles estão em ordem diferente.

Termo Geral
Podemos apresentar uma sequência através de um determinado valor atribuído a cada termo a n em
função do valor de n, ou seja, dependendo da posição do termo. Esta fórmula que determina o valor do
termo an é chamada fórmula do termo geral da sucessão.

Exemplos
Determinar os cincos primeiros termos da sequência cujo termo geral é igual a:
an = n2 – 2n, com n ∈ N*.

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Teremos:
- se n = 1 ⇒ a1 = 12 – 2. 1 ⇒ a1 = 1 – 2 = - 1
- se n = 2 ⇒ a2 = 22 – 2. 2 ⇒ a2 = 4 – 4 = 0
- se n = 3 ⇒ a3 = 32 – 2. 3 ⇒ a3 = 9 – 6 = 3
- se n = 4 ⇒ a4 = 42 – 4. 2 ⇒ a4 =16 – 8 = 8
- se n = 5 ⇒ a5 = 52 – 5. 2 ⇒ a5 = 25 – 10 = 15

Determinar os cinco primeiros termos da sequência cujo termo geral é igual a:


an = 3n + 2, com n ∈ N*.

- se n = 1 ⇒ a1 = 3.1 + 2 ⇒ a1 = 3 + 2 = 5
- se n = 2 ⇒ a2 = 3.2 + 2 ⇒ a2 = 6 + 2 = 8
- se n = 3 ⇒ a3 = 3.3 + 2 ⇒ a3 = 9 + 2 = 11
- se n = 4 ⇒ a4 = 3.4 + 2 ⇒ a4 = 12 + 2 = 14
- se n = 5 ⇒ a5 = 3.5 + 2 ⇒ a5 = 15 + 2 = 17

Determinar os termos a12 e a23 da sequência cujo termo geral é igual a:

an = 45 – 4n, com n ∈ N*.

Teremos:
- se n = 12 ⇒ a12 = 45 – 4.12 ⇒ a12 = 45 – 48 = - 3
- se n = 23 ⇒ a23 = 45 – 4.23 ⇒ a23 = 45 – 92 = - 47

Lei de Recorrências
Uma sequência pode ser definida quando oferecemos o valor do primeiro termo e um “caminho” (uma
fórmula) que permite a determinação de cada termo conhecendo-se o seu antecedente. Essa forma de
apresentação de uma sucessão é chamada lei de recorrências.

Exemplos
Escrever os cinco primeiros termos de uma sequência em que:
a1 = 3 e an+1 = 2an – 4, em que n ∈ N*.

Teremos: o primeiro termo já foi dado.


- a1 = 3
- se n = 1 ⇒ a1+1 = 2.a1 – 4 ⇒ a2 = 2.3 – 4 ⇒ a2 = 6 – 4 = 2
- se n = 2 ⇒ a2+1 = 2.a2 – 4 ⇒ a3 = 2.2 – 4 ⇒ a3 = 4 – 4 = 0
- se n = 3 ⇒ a3+1 = 2.a3 – 4 ⇒ a4 = 2.0 – 4 ⇒ a4 = 0 – 4 = - 4
- se n = 4 ⇒ a4+1 = 2.a4 – 4 ⇒ a5 = 2.(-4) – 4 ⇒ a5 = - 8 – 4 = - 12

Determinar o termo a5 de uma sequência em que:


a1 = 12 e an+ 1 = an – 2, em que n ∈ N*.

- a1 = 12
- se n = 1 ⇒ a1+1 = a1 – 2 ⇒ a2 = 12 – 2 ⇒ a2=10
- se n = 2 ⇒ a2+1 = a2 – 2 ⇒ a3 = 10 – 2 ⇒ a3 = 8
- se n = 3 ⇒ a3+1 = a3 – 2 ⇒ a4 = 8 – 2 ⇒ a4 = 6
- se n = 4 ⇒ a4+1 = a4 – 2 ⇒ a5 = 6 – 2 ⇒ a5 = 4

Observação 1
Devemos observar que a apresentação de uma sequência através do termo geral é mais pratica, visto
que podemos determinar um termo no “meio” da sequência sem a necessidade de determinarmos os
termos intermediários, como ocorre na apresentação da sequência através da lei de recorrências.

Observação 2
Algumas sequências não podem, pela sua forma “desorganizada” de se apresentarem, ser definidas
nem pela lei das recorrências, nem pela fórmula do termo geral. Um exemplo de uma sequência como

110
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
esta é a sucessão de números naturais primos que já “destruiu” todas as tentativas de se encontrar uma
fórmula geral para seus termos.

Observação 3
Em todo exercício de sequência em que n ∈ N*, o primeiro valor adotado é n = 1. No entanto de no
enunciado estiver n > 3, temos que o primeiro valor adotado é n = 4. Lembrando que n é sempre um
número natural.
A Matemática estuda dois tipos especiais de sequências, uma delas a Progressão Aritmética.

Sequência de Fibonacci

O matemático Leonardo Pisa, conhecido como Fibonacci, propôs no século XIII, a sequência numérica:
(1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, …). Essa sequência tem uma lei de formação simples: cada elemento,
a partir do terceiro, é obtido somando-se os dois anteriores. Veja: 1 + 1 = 2, 2 + 1 = 3, 3 + 2 = 5 e assim
por diante. Desde o século XIII, muitos matemáticos, além do próprio Fibonacci, dedicaram-se ao estudo
da sequência que foi proposta, e foram encontradas inúmeras aplicações para ela no desenvolvimento
de modelos explicativos de fenômenos naturais.
Veja alguns exemplos das aplicações da sequência de Fibonacci e entenda porque ela é conhecida
como uma das maravilhas da Matemática. A partir de dois quadrados de lado 1, podemos obter um
retângulo de lados 2 e 1. Se adicionarmos a esse retângulo um quadrado de lado 2, obtemos um novo
retângulo 3 x 2. Se adicionarmos agora um quadrado de lado 3, obtemos um retângulo 5 x 3. Observe a
figura a seguir e veja que os lados dos quadrados que adicionamos para determinar os retângulos formam
a sequência de Fibonacci.

Se utilizarmos um compasso e traçarmos o quarto de circunferência inscrito em cada quadrado,


encontraremos uma espiral formada pela concordância de arcos cujos raios são os elementos da
sequência de Fibonacci.

O Partenon que foi construído em Atenas pelo célebre arquiteto grego Fidias. A fachada principal do
edifício, hoje em ruínas, era um retângulo que continha um quadrado de lado igual à altura. Essa forma
sempre foi considerada satisfatória do ponto de vista estético por suas proporções sendo chamada
retângulo áureo ou retângulo de ouro.

111
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
𝑦 𝑎
Como os dois retângulos indicados na figura são semelhantes temos: 𝑎 = 𝑏 (1).

Como: b = y – a (2).
Substituindo (2) em (1) temos: y2 – ay – a2 = 0.
Resolvendo a equação:

𝑎(1±√5 1−√5
𝑦= 2
em que ( 2
< 0) não convém.

𝑦 (1+√5
Logo: 𝑎 = 2
= 1,61803398875

Esse número é conhecido como número de ouro e pode ser representado por:

1 + √5
𝜃=
2

Todo retângulo e que a razão entre o maior e o menor lado for igual a 𝜃 é chamado retângulo áureo
como o caso da fachada do Partenon.

PROGRESSÃO ARITMÉTICA (P.A.)

Definição
É uma sequência numérica em que cada termo, a partir do segundo, é igual ao termo anterior somado
com uma constante que é chamada de razão (r).
Como em qualquer sequência os termos são chamados de a1, a2, a3, a4, ......., an, ....

Cálculo da razão
A razão de uma Progressão Aritmética é dada pela diferença de um termo qualquer pelo termo
imediatamente anterior a ele.
r = a2 – a1 = a3 – a2 = a4 – a3 = a5 – a4 = .......... = an – an – 1

Exemplos:
- (5, 9, 13, 17, 21, 25, ......) é uma P.A. onde a1 = 5 e razão r = 4
- (2, 9, 16, 23, 30, …) é uma P.A. onde a1 = 2 e razão r = 7
- (23, 21, 19, 17, 15, …) é uma P.A. onde a1 = 23 e razão r = - 2.

Classificação
Uma P.A. é classificada de acordo com a razão.

1- Se r > 0 ⇒ a P.A. é crescente.


2- Se r < 0 ⇒ a P.A. é decrescente.
3- Se r = 0 ⇒ a P.A. é constante.

Fórmula do Termo Geral


Em toda P.A., cada termo é o anterior somado com a razão, então temos:
1° termo: a1

112
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
2° termo: a2 = a1 + r
3° termo: a3 = a2 + r = a1 + r + r = a1 + 2r
4° termo: a4 = a3 + r = a1 + 2r + r = a1 + 3r
5° termo: a5 = a4 + r = a1 + 3r + r = a1 + 4r
6° termo: a6 = a5 + r = a1 + 4r + r = a1 + 5r
. . . . . .
. . . . . .
. . . . . .
n° termo é:

Fórmula da soma dos n primeiros termos

Propriedades
1- Numa P.A. a soma dos termos equidistantes dos extremos é igual à soma dos extremos.

Exemplos
01. (1, 3, 5, 7, 9, 11, ......)

02. (2, 8, 14, 20, 26, 32, 38, ......)

Como podemos observar neste exemplo, temos um número ímpar de termos. Neste caso sobrou um
termo no meio (20) que é chamado de termo médio e é igual a metade da soma dos extremos. Porém,
só existe termos médios se houver um número ímpar de termos.

2- Numa P.A. se tivermos três termos consecutivos, o termo médio é igual à média aritmética dos
anterior com o posterior. Ou seja, (a1, a2, a3, ...)
a
a2 = 3 .
a1
Exemplo

P.G. – PROGRESSÃO GEOMÉTRICA

Definição
É uma sequência numérica em que cada termo, a partir do segundo termo, é igual ao termo anterior
multiplicado por uma constante que é chamada de razão (q).
Como em qualquer sequência os termos são chamados de a1, a2, a3, a4, ......., an,...

Cálculo da razão
A razão de uma Progressão Geométrica é dada pelo quociente de um termo qualquer pelo termo
imediatamente anterior a ele.

113
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
𝑎2 𝑎3 𝑎4 𝑎𝑛
𝑞= = = = ⋯……… =
𝑎1 𝑎2 𝑎3 𝑎𝑛−1

Exemplos
- (3, 6, 12, 24, 48, ...) é uma PG de primeiro termo a1 = 3 e razão q = 2
−9 −9 1
- (-36, -18, -9, 2 , 4 ,...) é uma PG de primeiro termo a1 = - 36 e razão q = 2
5 5 1
- (15, 5, , ,...) é uma PG de primeiro termo a1 = 15 e razão q =
3 9 3
- (- 2, - 6, -18, - 54, ...) é uma PG de primeiro termo a1 = - 2 e razão q = 3
- (1, - 3, 9, - 27, 81, - 243, ...) é uma PG de primeiro termo a1 = 1 e razão q = - 3
- (5, 5, 5, 5, 5, 5, ...) é uma PG de primeiro termo a1 = 5 e razão q = 1
- (7, 0, 0, 0, 0, 0, ...) é uma PG de primeiro termo a1 = 7 e razão q = 0
- (0, 0, 0, 0, 0, 0, ...) é uma PG de primeiro termo a1 = 0 e razão q indeterminada

Classificação
Uma P.G. é classificada de acordo com o primeiro termo e a razão.

1- Crescente: quando cada termo é maior que o anterior. Isto ocorre quando a1 > 0 e q > 1 ou quando
a1 < 0 e 0 < q < 1.
2- Decrescente: quando cada termo é menor que o anterior. Isto ocorre quando a1 > 0 e 0 < q < 1 ou
quando a1 < 0 e q > 1.
3- Alternante: quando cada termo apresenta sinal contrário ao do anterior. Isto ocorre quando q < 0.
4- Constante: quando todos os termos são iguais. Isto ocorre quando q = 1. Uma PG constante é
também uma PA de razão r = 0. A PG constante é também chamada de PG estacionária.
5- Singular: quando zero é um dos seus termos. Isto ocorre quando a1 = 0 ou q = 0.

Fórmula do Termo Geral


Em toda P.G. cada termo é o anterior multiplicado pela razão, então temos:
1° termo: a1
2° termo: a2 = a1.q
3° termo: a3 = a2.q = a1.q.q = a1q2
4° termo: a4 = a3.q = a1.q2.q = a1.q3
5° termo: a5 = a4.q = a1.q3.q = a1.q4
. . . . .
. . . . .
. . . . .

n° termo é:

Soma dos n primeiros termos (Soma Finita)

Soma dos infinitos termos (ou Limite da soma)


Vamos ver um exemplo:
1
Seja a P.G. (2, 1, ½, ¼, 1/8, 1/16, 1/32, …) de a1 = 2 e q = se colocarmos na forma decimal, temos
2
(2; 1; 0,5; 0,25; 0,125; 0,0625; 0,03125; ….) se efetuarmos a somas destes termos:
2+1=3
3 + 0,5 = 3,5
3,5 + 0,25 = 3,75
3,75 + 0,125 = 3,875
3,875 + 0,0625 = 3,9375

114
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
3,9375 + 0,03125 = 3,96875
.
.
.
Como podemos observar o número somado vai ficando cada vez menor e a soma tende a um certo
limite. Então temos a seguinte fórmula:

2 2
Utilizando no exemplo acima: 𝑆 = 1 = 1 = 4, logo dizemos que esta P.G. tem um limite que tenda a
1−
2 2
4.

Produto da soma de n termos

Temos as seguintes regras para o produto, já que esta fórmula está em módulo:
1- O produto de n números positivos é sempre positivo.
2- No produto de n números negativos:
a) se n é par: o produto é positivo.
b) se n é ímpar: o produto é negativo.

Propriedades
1- Numa P.G., com n termos, o produto de dois termos equidistantes dos extremos é igual ao produto
destes extremos.

Exemplos
01. (3, 6, 12, 24, 48, 96, 192, 384, ...)

02. (1, 2, 4, 8, 16, 32, 64, …)

Como podemos observar, temos um número ímpar de termos. Neste caso sobrou um termo no meio
(8) que é chamado de termo médio e é igual a raiz quadrada do produto dos extremos. Porém, só
existe termo médio se houver um número ímpar de termos.

2- Numa P.G. se tivermos três termos consecutivos, o termo médio é igual à média geométrica do
termo anterior com o termo posterior. Ou seja, (a1, a2, a3, ...) <==> a2 = √a3 . a1 .
Exemplo

115
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
TEOREMA DE FOURIER

Iniciamos definindo a seguinte notação para os limites laterais de uma função:

Limite lateral à esquerda:

Limite lateral à direita:

Também de fundamental importância é o conceito de função seccionalmente contínua (ou função


contínua por partes).

Função seccionalmente contínua


Uma função f é seccionalmente contínua em um intervalo [a; b] se pudermos subdividir o intervalo em
um número finito de pontos

de modo que f seja contínua em cada subintervalo aberto ti-1 < x < ti, i = 1; : : : ; n

Em outras palavras, f é seccionalmente contínua no intervalo [a; b] se ela é contínua em todo o


intervalo, exceto em um número finito de pontos t0 < t1 < : : : < tn deste intervalo. É importante observar
que, pela continuidade em cada subintervalo, os limites laterais

existem (são finitos).

Obviamente toda função contínua é seccionalmente contínua. Um exemplo simples de função que não
é seccionalmente contínua é a função f(x) = 1/x , uma vez que os limites laterais em x = 0 são infinitos.

Uma função seccionalmente contínua. Uma função não seccionalmente contínua.

Função seccionalmente diferençável


Uma função f é dita seccionalmente diferençável em um intervalo [a; b] se f e sua derivada f0 são
seccionalmente contínuas em [a; b].

116
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Teorema de Fourier
Seja f : R → R uma função seccionalmente diferençável e periódica de período T. Então a
representação em Série de Fourier de f, dada pela equação, converge em cada x para
isto é

A demonstração do Teorema de Fourier está além do escopo deste texto introdutório. Vamos
simplesmente comentar sobre dois aspectos importantes do Teorema.
Para ser representável por uma Série de Fourier uma função f deve ser periódica e seccionalmente
diferençável. A condição de ser seccionalmente diferençável é uma condição suficiente, mas não
necessária, para que f possa ser expandida em Série de Fourier. Em outras palavras, toda função
periódica e seccionalmente contínua é representável por Série de Fourier, mas existem funções
representáveis por Série de Fourier que não são seccionalmente contínuas. Isto implica que poderíamos
enfraquecer as hipóteses do Teorema de modo a cobrir um número mais amplo de funções.
Em termos de convergência o Teorema afirma que a representação em Série de Fourier de uma função
f converge para o ponto médio dos limites laterais de f para todo x.
Obviamente isto implica que, nos pontos onde f é contínua a Série de Fourier converge para a própria
imagem de f; onde f é descontínua, por exemplo onde f apresenta um salto, a Série de Fourier converge
para a média das imagens nos extremos do salto.

Exemplo
Considere a representação em Série de Fourier da onda quadrada. Pelo Teorema de Fourier temos
que:
𝜋 𝜋
(a) em x = 2 a função é contínua e tem imagem f 2
= 1, logo sua representação em Série de Fourier,
dada pela equação (1.12c), converge para 1;

(b) em x = π a função é descontínua (apresenta um salto), logo sua representação em Série de Fourier,
1
dada pela equação (1.12c), converge para a média dos limites laterais em x =π, logo converge para 2.
Observe no decorrer da explicação que o mesmo comportamento de convergência ocorre em x = 0; ±
π;±2π; : : :.
Questões

01. (Câm. Municipal de Eldorado do Sul/RS – Técnico Legislativo – FUNDATEC/2018) Para


organizar a rotina de trabalho, um técnico legislativo protocola os processos diariamente, de acordo com
as demandas. Supondo que o número de processos aumenta diariamente em progressão aritmética e
que no primeiro dia foram protocolados cinco processos e 33 no décimo quinto dia, quantos processos
serão protocolados no trigésimo dia?
(A) 20.
(B) 35.
(C) 48.
(D) 63.
(E) 66.

02. (FUB – Assistente em Administração – CESPE/2018) A tabela seguinte mostra as quantidades


de livros de uma biblioteca que foram emprestados em cada um dos seis primeiros meses de 2017.

A partir dessa tabela, julgue o próximo item.

117
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Situação hipotética: Os livros emprestados no referido semestre foram devolvidos somente a partir de
julho de 2017 e os números correspondentes às quantidades de livros devolvidos a cada mês formavam
uma progressão aritmética em que o primeiro termo era 90 e razão, 30. Assertiva: Nessa situação, mais
de 200 livros foram devolvidos somente a partir de 2018.
( ) Certo ( ) Errado

03. (SEFAZ/RS – Assistente Administrativo Fazendário – CESPE/2018) Sobre uma mesa há 9


caixas vazias. Em uma dessas caixas, será colocado um grão de feijão; depois, em outra caixa, serão
colocados três grãos de feijão. Prosseguindo-se sucessivamente, será escolhida uma caixa vazia, e nela
colocada uma quantidade de grãos de feijão igual ao triplo da quantidade colocada na caixa anteriormente
escolhida, até que não reste caixa vazia.
Nessa situação, nas 9 caixas será colocada uma quantidade de grãos de feijão igual a
39 −1
(A)
2
9
(B) 3 − 1
310 −1
(C) 2
10
(D) 3 −1
38 −3
(E) 2

04. (Pref. Amparo/SP – Agente Escolar – CONRIO) Descubra o 99º termo da P.A. (45, 48, 51, ...)
(A) 339
(B) 337
(C) 333
(D) 331

05. (Câm. de São Paulo/SP – Técnico Administrativo – FCC) Uma sequência inicia-se com o número
0,3. A partir do 2º termo, a regra de obtenção dos novos termos é o termo anterior menos 0,07. Dessa
maneira o número que corresponde à soma do 4º e do 7º termos dessa sequência é
(A) –6,7.
(B) 0,23.
(C) –3,1.
(D) –0,03.
(E) –0,23.

06. (EBSERH/UFSM/RS – Analista Administrativo – AOCP) Observe a sequência:


1; 2; 4; 8;...

Qual é a soma do sexto termo com o oitavo termo?


(A) 192
(B) 184
(C) 160
(D) 128
(E) 64
Se observar teremos uma PG de razão q = 2 e a1 = 1, portanto vamos encontrar o valor do a6 e do
a8, podemos fazer por fórmula e sem fórmula, pois os números são pequenos.
Fórmula do termo geral
𝑎𝑛 = 𝑎1 . 𝑞 𝑛−1
Assim:
𝑎6 = 1.26−1 = 25 = 32
𝑎8 = 1. 28−1 = 27 = 128
Se fosse sem fórmula basta ir multiplicando por 2 a soma e encontrar o sexto e oitavo termo: 1, 2, 4,
8, 16, 32, 64, 128
A soma fica: 32 + 128 = 160.

118
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
07. (Pref. Nepomuceno/MG – Técnico em Segurança do Trabalho – CONSULPLAN) O primeiro e
o terceiro termos de uma progressão geométrica crescente são, respectivamente, 4 e 100. A soma do
segundo e quarto termos dessa sequência é igual a
(A) 210.
(B) 250.
(C) 360.
(D) 480.
(E) 520.

08. (TRF/ 3ª Região – Analista Judiciário – FCC) Um tabuleiro de xadrez possui 64 casas. Se fosse
possível colocar 1 grão de arroz na primeira casa, 4 grãos na segunda, 16 grãos na terceira, 64 grãos na
quarta, 256 na quinta, e assim sucessivamente, o total de grãos de arroz que deveria ser colocado na 64ª
casa desse tabuleiro seria igual a
(A) 264.
(B) 2126.
(C) 266.
(D) 2128.
(E) 2256.

09. (Polícia Militar/SP – Aluno Oficial – VUNESP) Planejando uma operação de policiamento
ostensivo, um oficial desenhou em um mapa três círculos concêntricos de centro P, conforme mostrado
na figura.

Sabe-se que as medidas dos raios r, r1 e r2 estão, nessa ordem, em progressão geométrica. Se r + r1
+ r2 = 52 cm, e r . r2 = 144 cm, então r + r2 é igual, em centímetros, a
(A) 36.
(B) 38.
(C) 39.
(D) 40.
(E) 42.

10. (EBSERH/UFGD – Técnico em Informática – AOCP) Observe a sequência numérica a seguir:


11; 15; 19; 23;...
Qual é o sétimo termo desta sequência?
(A) 27.
(B) 31.
(C) 35.
(D) 37.
(E) 39

11. (METRÔ/SP – Usinador Ferramenteiro – FCC) O setor de almoxarifado do Metrô necessita


numerar peças de 1 até 100 com adesivos. Cada adesivo utilizado no processo tem um único algarismo
de 0 a 9. Por exemplo, para fazer a numeração da peça número 100 são gastos três adesivos (um
algarismo 1 e dois algarismos 0). Sendo assim, o total de algarismos 9 que serão usados no processo
completo de numeração das peças é igual a
(A) 20.
(B) 10.
(C) 19.
(D) 18.
(E) 9.

119
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
12. (MPE/AM – Agente de Apoio – FCC) Considere a sequência numérica formada pelos números
inteiros positivos que são divisíveis por 4, cujos oito primeiros elementos são dados a seguir. (4, 8, 12,
16, 20, 24, 28, 32,...)
O último algarismo do 234º elemento dessa sequência é
(A) 0
(B) 2
(C) 4
(D) 6
(E) 8

Comentários

01. Resposta: D
Sabemos pelo enunciado que se trata de uma PA, ele quer descobrir quantos processos serão
protocolados no trigésimo dia, então será nosso a30, pela fórmula do termo geral temos que:
a30 = a1 + (30-1)r
a30 = a1 + 29r
Precisamos descobrir a razão, portanto vamos analisar os outros dados.
a1 = 5
a15 = 33
Utilizando o termo geral neste passo.
a15 = a1 + 14r
33 = 5 + 14r
33 – 5 = 14r
28 = 14r
28
r = 14
r = 2, agora podemos encontrar o que ele quer no exercício.
a30 = a1 + 29r
a30 = 5 + 29.2
a30 = 5 + 58 = 63

02. Resposta: Certo


Como serão devolvidos em forma de PA a partir de julho, teremos o seguinte, nem precisamos de
fórmula para resolver esta questão (Caso queira pode encontrar eles através do termo geral da PA).
Julho: 90
Agosto: 90 + 30 = 120
Setembro: 120 + 30 = 150
Outubro: 150 + 30 = 180
Novembro: 180 + 30 = 210
Dezembro: 210 + 30 = 240
Total devolvido até dezembro: 90 + 120 + 150 + 180 + 210 + 240 = 990 livros devolvidos (Pode utilizar
a fórmula da soma dos termos da PA se quiser)

Vamos encontrar o total de livros que foram emprestados


50 + 150 + 250 + 250 + 300 + 200 = 1200 livros emprestados.
Assim 1200 – 990 = 210 livros ainda faltam para ser entregues no ano de 2018 o que é mais que 200.

03. Resposta: A
Para resolver esta questão devemos descobrir que se trata de um PG pela dica deixada “feijão igual
ao triplo da quantidade colocada na caixa anteriormente escolhida” quando multiplica a razão será PG,
se fosse somada a razão seria uma PA.
Enfim, temos 9 caixas vazias e essa PG será assim, 1, 3, 9, 27, 81, ... até chegar na nova caixa, então
é finita essa PG, como ele que saber a quantidade de grãos colocadas no total de caixas, teremos a soma
desta PG Finita.
𝑞𝑛 −1
𝑆𝑛 = 𝑎1 . 𝑞−1
, onde n = 9, q = 3 e 𝑎1 = 1
39 − 1 39 − 1
𝑆9 = 1. =
3−1 2

120
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
04. Resposta: A
O próprio enunciado já diz que é uma PA, então vamos utilizar a fórmula do termo geral da PA, mas
primeiro vamos descobrir a razão.
r = 48 – 45 = 3
𝑎1 = 45
𝑎𝑛 = 𝑎1 + (𝑛 − 1)𝑟
𝑎99 = 45 + 98 ∙ 3 = 339

05. Resposta: D
Como temos uma subtração será uma PA decrescente, 𝑎1 = 0,3; 𝑟 = −0,07
Termo Geral da PA:𝑎𝑛 = 𝑎1 + (𝑛 − 1)𝑟
Vamos calcular o valor do a4 e do a7 e depois soma-los.
𝑎4 = 0,3 + 3. (−0,07)
𝑎4 = 0,3 − 0,21 = 0,09
𝑎7 = 0,3 + 6. (−0,07)
𝑎7 = 0,3 − 0,42 = −0,12

𝑆 = 𝑎4 + 𝑎7 = 0,09 + (−0,12) = 0,09 − 0,12 = −0,03

06. Resposta: C
Se observar teremos uma PG de razão q = 2 e a1 = 1, portanto vamos encontrar o valor do a6 e do
a8, podemos fazer por fórmula e sem fórmula, pois os números são pequenos.
Fórmula do termo geral
𝑎𝑛 = 𝑎1 . 𝑞 𝑛−1
Assim:
𝑎6 = 1.26−1 = 25 = 32
𝑎8 = 1. 28−1 = 27 = 128
Se fosse sem fórmula basta ir multiplicando por 2 a soma e encontrar o sexto e oitavo termo: 1, 2, 4,
8, 16, 32, 64, 128
A soma fica: 32 + 128 = 160.

07. Resposta: E
Vamos utilizar o primeiro e terceiro temos para descobrir a razão desta PG.
𝑎𝑛 = 𝑎1 ∙ 𝑞 𝑛−1
𝑎3 = 𝑎1 ∙ 𝑞 2
100 = 4 ∙ 𝑞 2
𝑞 2 = 25
𝑞=5
Agora vamos calcular o valor do segundo e do quarto termos e depois soma-los.
𝑎2 = 𝑎1 ∙ 𝑞1 = 4 ∙ 5 = 20
𝑎4 = 𝑎1 ∙ 𝑞 3 = 4 ∙ 53 = 4.125 = 500
𝑎2 + 𝑎4 = 20 + 500 = 520

08. Resposta: B
Pelos valores apresentados, é uma PG de razão 4
a64 = ?
a1 = 1
q=4
n = 64
𝑎𝑛 = 𝑎1 ∙ 𝑞 𝑛−1
𝑎𝑛 = 1 ∙ 463 = (22 )63 = 2126

09. Resposta: D
𝑟1 𝑟2
Se estão em Progressão Geométrica, então: 𝑟
= 𝑟1
, ou seja, 𝑟1 . 𝑟1 = 𝑟 . 𝑟2 .
2
Assim: 𝑟1 = 144
𝑟1 = √144 = 12 𝑐𝑚
Sabemos que r + r1 + r2 = 52. Assim:

121
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
𝑟 + 12 + 𝑟2 = 52
𝑟 + 𝑟2 = 52 − 12
𝑟 + 𝑟2 = 40

10. Resposta: C
Trata-se de uma Progressão Aritmética, cuja fórmula do termo geral é
𝑎𝑛 = 𝑎1 + (𝑛 − 1). 𝑟
𝑛 = 7; 𝑎1 = 11; 𝑟 = 15 − 11 = 4
Assim, 𝑎7 = 11 + (7 − 1). 4 = 11 + 6.4 = 11 + 24 = 35

11. Resposta: A
Vamos resolver este exercício sem fórmula, utilizando apenas o raciocínio lógico, mas também é
possível resolver com fórmula.

Número que tem 9 de 1 até 100 são:

09, 19, 29, 39, 49, 59, 69, 79, 89, 90, 91, 92, 93, 94, 95, 96, 97, 98 e 99, assim em 20 vezes aparece
o algarismo 9.

Por fórmula ficará assim:


Pois começa no 9 e vai de 10 em 10 até chegar no 99.

99 = 9 + (𝑛 − 1)10
10𝑛 − 10 + 9 = 99
𝑛 = 10

Vamos tirar o 99 para ser contado a parte: 10-1=9


Agora vamos encontrar do 90 até 99.

99 = 90 + (𝑛 − 1). 1
𝑛 = 99 − 90 + 1 = 10

São 19 números que possuem o algarismo 9, mas o 99 possui 2

19+1=20

12. Resposta: D
Sabemos que a razão é 4 e que pela sequência teremos uma PA, assim:
r=4
𝑎1 = 4
E como ele que saber o último algarismo do 234° termo, devemos encontrar o 𝑎234

Pela fórmula do termo geral:

𝑎𝑛 = 𝑎1 + (𝑛 − 1)𝑟
𝑎234 = 4 + 233 ∙ 4 = 936

Portanto, o último algarismo é 6.

122
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
3. Noções de estatística e probabilidade a. Análise combinatória. Princípio
Fundamental da Contagem. Permutação. Arranjo e Combinação simples e
composto. Binômio de Newton.

ANÁLISE COMBINATÓRIA

A Análise Combinatória10 é a parte da Matemática que desenvolve meios para trabalharmos com
problemas de contagem, sendo eles:
- Princípio Fundamental da Contagem (PFC);
- Fatorial de um número natural;
- Tipos de Agrupamentos Simples (Arranjo, permutação e combinação);
- Tipos de Agrupamentos com Repetição (Arranjo, permutação e combinação).

A Análise Combinatória é o suporte da Teoria das Probabilidades, e de vital importância para as


ciências aplicadas, como a Medicina, a Engenharia, a Estatística entre outras.

Princípio Fundamental da Contagem-PFC (Princípio Multiplicativo)

O princípio multiplicativo ou fundamental da contagem constitui a ferramenta básica para resolver


problemas de contagem sem que seja necessário enumerar seus elementos, através das possibilidades
dadas. É uma das técnicas mais utilizadas para contagem, mas também dependendo da questão pode
se tornar trabalhosa.

Exemplos

1) Imagine que, na cantina de sua escola, existem cinco opções de suco de frutas: pêssego, maçã,
morango, caju e mamão. Você deseja escolher apenas um desses sucos, mas deverá decidir também se
o suco será produzido com água ou leite. Escolhendo apenas uma das frutas e apenas um dos
acompanhamentos, de quantas maneiras poderá pedir o suco?

2) Para ir da sua casa (cidade A) até a casa do seu amigo Pedro (que mora na cidade C) João precisa
pegar duas conduções: A1 ou A2 ou A3 que saem da sua cidade até a B e B1 ou B2 que o leva até o
destino final C. Vamos montar o diagrama da árvore para avaliarmos todas as possibilidades:

10
IEZZI, Gelson – Matemática – Volume Único
FILHO, Begnino Barreto; SILVA,Claudio Xavier da – Matemática – Volume Único - FTD
BOSQUILHA, Alessandra - Minimanual compacto de matemática: teoria e prática: ensino médio / Alessandra Bosquilha, Marlene Lima Pires Corrêa, Tânia Cristina
Neto G. Viveiro. -- 2. ed. rev. -- São Paulo: Rideel, 2003.

123
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
De forma resumida, e rápida podemos também montar através do princípio multiplicativo o número de
possibilidades:

3) De sua casa ao trabalho, Sílvia pode ir a pé, de ônibus ou de metrô. Do trabalho à faculdade, ela
pode ir de ônibus, metrô, trem ou pegar uma carona com um colega.
De quantos modos distintos Sílvia pode, no mesmo dia, ir de casa ao trabalho e de lá para a faculdade?
Vejamos, o trajeto é a junção de duas etapas:

1º) Casa → Trabalho: ao qual temos 3 possibilidades


2º) Trabalho → Faculdade: 4 possibilidades.
Multiplicando todas as possibilidades (pelo PFC), teremos: 3 x 4 = 12.
No total Sílvia tem 12 maneiras de fazer o trajeto casa – trabalho – faculdade.

DEFINIÇÃO do PFC: Se um evento que chamaremos de E1 puder ocorrer de a maneiras e um outro


evento que chamaremos de E2 puder ocorrer de b maneiras e E1 for independente de E2, assim a
quantidade de maneiras distintas de os dois eventos ocorrerem simultaneamente será dado por axb,
isto é, a quantidade de maneiras de a ocorrer, multiplicado pela quantidade de maneiras de b ocorrer.

Questões

01. (Pref. Chapecó/SC – Engenheiro de Trânsito – IOBV) Em um restaurante os clientes têm a sua
disposição, 6 tipos de carnes, 4 tipos de cereais, 4 tipos de sobremesas e 5 tipos de sucos. Se o cliente
quiser pedir 1 tipo carne, 1 tipo de cereal, 1 tipo de sobremesa e 1 tipo de suco, então o número de opções
diferentes com que ele poderia fazer o seu pedido, é:
(A) 19
(B) 480
(C) 420
(D) 90

02. (Pref. Rio de Janeiro/RJ – Agente de Administração – Pref. Rio de Janeiro) Seja N a
quantidade máxima de números inteiros de quatro algarismos distintos, maiores do que 4000, que podem
ser escritos utilizando-se apenas os algarismos 0, 1, 2, 3, 4, 5 e 6.
O valor de N é:
(A) 120
(B) 240
(C) 360
(D) 480

124
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Comentários

01. Resposta: B.
A questão trata-se de princípio fundamental da contagem, logo vamos enumerar todas as
possibilidades de fazermos o pedido:
6 x 4 x 4 x 5 = 480 maneiras.

02. Resposta: C.
Pelo enunciado precisa ser um número maior que 4000, logo para o primeiro algarismo só podemos
usar os números 4,5 e 6 (3 possibilidades). Como se trata de números distintos para o segundo algarismo
poderemos usar os números (0,1,2,3 e também 4,5 e 6 dependo da primeira casa) logo teremos 7 – 1 =
6 possibilidades. Para o terceiro algarismos teremos 5 possibilidades e para o último, o quarto algarismo,
teremos 4 possibilidades, montando temos:

Basta multiplicarmos todas as possibilidades: 3 x 6 x 5 x 4 = 360.


Logo N é 360.

Fatorial de um Número Natural

É comum aparecerem produtos de fatores naturais sucessivos em problemas de análise combinatória,


tais como: 3. 2 . 1 ou 5. 4 . 3 . 2 . 1, por isso surgiu a necessidade de simplificarmos este tipo de notação,
facilitando os cálculos combinatórios. Assim, produtos em que os fatores chegam sucessivamente até a
unidade são chamados fatoriais.
Matematicamente:
Dado um número natural n, sendo n є N e n ≥ 2, temos:

Onde:
n! é o produto de todos os números naturais de 1 até n (lê-se: “n fatorial”)
Por convenção temos que:

Exemplos
1) De quantas maneiras podemos organizar 8 alunos em uma fila.
Observe que vamos utilizar a mesma quantidade de alunos na fila nas mais variadas posições:

Temos que 8! = 8.7.6.5.4.3.2.1 = 40320

9!
2) Dado , qual o valor dessa fração?
5!
Observe que o denominador é menor que o numerador, então para que possamos resolver vamos
levar o numerador até o valor do denominador e simplificarmos:

125
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Tipos de Agrupamento

Os agrupamentos que não possuem elementos repetidos, são chamamos de agrupamentos


simples. Dentre eles, temos aqueles onde a ordem é importante e os que a ordem não é importante.
Vamos ver detalhadamente cada um deles.

- Arranjo simples: agrupamentos simples de n elementos distintos tomados(agrupados) p a p. Aqui a


ordem dos seus elementos é importante, é o que diferencia.

Exemplos
1) Dados o conjunto S formado pelos números S= {1,2,3,4,5,6} quantos números de 3 algarismos
podemos formar com este conjunto?

Observe que 123 é diferente de 321 e assim sucessivamente, logo é um Arranjo.

Se fossemos montar todos os números levaríamos muito tempo, para facilitar os cálculos vamos utilizar
a fórmula do arranjo.
Pela definição temos: A n,p (Lê-se: arranjo de n elementos tomados p a p).
Então:

Utilizando a fórmula:
Onde n = 6 e p = 3
n! 6! 6! 6.5.4.3!
An, p = → A6,3 = = = = 120
(n − p)! (6 − 3)! 3! 3!

Então podemos formar com o conjunto S, 120 números com 3 algarismos.

2) Uma escola possui 18 professores. Entre eles, serão escolhidos: um diretor, um vice-diretor e um
coordenador pedagógico. Quantas as possibilidades de escolha?
n = 18 (professores)
p = 3 (cargos de diretor, vice-diretor e coordenador pedagógico)

n! 18! 18! 18.17.16.15!


An, p = → A18,3 = = = = 4896 grupos
(n − p)! (18 − 3)! 15! 15!

- Permutação simples: sequência ordenada de n elementos distintos (arranjo), ao qual utilizamos


todos os elementos disponíveis, diferenciando entre eles apenas a ordem. A permutação simples é um
caso particular do arranjo simples.
É muito comum vermos a utilização de permutações em anagramas (alterações da sequência das
letras de uma palavra).

Exemplos
1) Quantos anagramas podemos formar com a palavra CALO?

126
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Utilizando a fórmula da permutação temos:
n = 4 (letras)
P4! = 4! = 4 . 3 . 2 . 1! = 24 . 1! (como sabemos 1! = 1) → 24 . 1 = 24 anagramas

2) Utilizando a palavra acima, quantos são os anagramas que começam com a letra L?

P3! = 3! = 3 . 2 . 1! = 6 anagramas que começam com a letra L.

- Combinação simples: agrupamento de n elementos distintos, tomados p a p, sendo p ≤ n. O que


diferencia a combinação do arranjo é que a ordem dos elementos não é importante.
Vemos muito o conceito de combinação quando queremos montar uma comitiva, ou quando temos
também de quantas maneiras podemos cumprimentar um grupo ou comitiva, entre outros.

Exemplos
1) Uma escola tem 7 professores de Matemática. Quatro deles deverão representar a escola em um
congresso. Quantos grupos de 4 professores são possíveis?

Observe que sendo 7 professores, se invertermos um deles de posição não alteramos o grupo formado,
os grupos formados são equivalentes. Para o exemplo acima temos ainda as seguintes possibilidades
que podemos considerar sendo como grupo equivalentes.
P1, P2, P4, P3 – P2, P1, P3, P4 – P3, P1, P2, P4 – P2, P4, P3, P4 – P4, P3, P1, P2 ...

Com isso percebemos que a ordem não é importante!

Vamos então utilizar a fórmula para agilizar nossos cálculos:

Aqui dividimos novamente por p, para desconsiderar todas as sequências repetidas (P1, P2, P3, P4 =
P4, P2, P1, P3= P3, P2, P4, P1=...).

127
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Aplicando a fórmula:
n! 7! 7! 7.6.5.4! 210 210
Cn, p = → C7,4 = = = = = = 35 grupos de professores
(n − p)! p! (7 − 4)! 4! 3! 4! 3! 4! 3.2.1 6

2) Considerando dez pontos sobre uma circunferência, quantas cordas podem ser construídas com
extremidades em dois desses pontos?

Uma corda fica determinada quando escolhemos dois pontos entre


os dez.
Escolher (A,D) é o mesmo que escolher (D,A), então sabemos que
se trata de uma combinação.
Aqui temos então a combinação de 10 elementos tomados 2 a 2.
n! 10! 10! 10.9.8! 90
C10,2 = = = = = =
(n − p)! p! (10 − 2)! 2! 8! 2! 8! 2! 2
45 cordas

Agrupamentos com Repetição

Existem casos em que os elementos de um conjunto repetem-se para formar novos subconjuntos.
Nestes casos, devemos usar fórmulas de agrupamentos com repetição. Assim, teremos:
A) arranjo com repetição;
B) permutação com repetição;
C) combinação com repetição.

Vejamos:
a) Arranjo com repetição: ou arranjo completo, é um grupo de p elementos de um dado conjunto,
com n elementos distintos, onde a mudança de ordem determina grupos diferentes, podendo porém ter
elementos repetidos.
Indicamos por AR n,p

No arranjo com repetição, temos todos os elementos do conjunto à disposição a cada escolha, por
isso, pelo Princípio Fundamental da Contagem, temos:

Exemplo
Quantas chapas de automóvel compostas de 2 letras nas duas primeiras posições, seguidas por 4
algarismos nas demais posições (sendo 26 letras do nosso alfabeto e sendo os algarismos do sistema
decimal) podem ser formadas?

O número de pares de letras que poderá ser utilizado é:

Pois podemos repetir eles. Aplicando a fórmula de Arranjo com repetição temos:
𝑨𝑹 𝒏, 𝒑 = 𝒏𝒑 → 𝑨𝑹 𝟐𝟔, 𝟐 = 𝟐𝟔𝟐 = 𝟔𝟕𝟔

Para a quantidade de números temos (0,1,2,3,4,5,6,7,8,9 – 10 algarismos):

128
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
𝑨𝑹 𝒏, 𝒑 = 𝒏𝒑 → 𝑨𝑹 𝟏𝟎, 𝟒 = 𝟏𝟎𝟒 = 𝟏𝟎. 𝟎𝟎𝟎

Assim o número de chapas que podemos ter é dado pela multiplicação dos valores achados:
676 . 10 000 = 6 760 000 possibilidades de placas.

Observação: Caso não pudesse ser utilizada a placa com a sequência de zeros, ou seja, com 4 zeros
teríamos:

𝑨𝑹 𝒏, 𝒑 = 𝒏𝒑 → 𝑨𝑹 𝟏𝟎, 𝟒 = 𝟔𝟕𝟔. 𝟏𝟎𝟒 − 𝟔𝟕𝟔. 𝟏 = 𝟔𝟕𝟔. (𝟏𝟎𝟎𝟎𝟎 − 𝟏)

b) Permutação com repetição: a diferença entre arranjo e permutação é que esta faz uso de todos
os elementos do conjunto. Na permutação com repetição, como o próprio nome indica, as repetições são
permitidas e podemos estabelecer uma fórmula que relacione o número de elementos, n, e as vezes em
que o mesmo elemento aparece.

Com α + β + γ + ... ≤ n

Exemplo
Quantos são os anagramas da palavra ARARA?
n=5
α = 3 (temos 3 vezes a letra A)
β = 2 (temos 2 vezes a letra R)

Equacionando temos:
𝒏! 𝟓! 𝟓. 𝟒. 𝟑! 𝟓. 𝟒 𝟐𝟎
𝑷𝒏(∝,𝜷,𝜸,… ) = … → 𝒑𝟓(𝟑,𝟐) = = = = = 𝟏𝟎 𝒂𝒏𝒂𝒈𝒓𝒂𝒎𝒂𝒔
𝜶! 𝜷! 𝜸! 𝟑! 𝟐! 𝟑! 𝟐! 𝟐. 𝟏 𝟐

B.1) Permutação circular: a permutação circular com repetição pode ser generalizada através da
seguinte forma:

Vejamos o exemplo como chegar na fórmula, para aplicação.


- De quantas maneiras 5 meninas que brincam de roda podem formá-la?
Fazendo um esquema, observamos que são posições iguais:

O total de posições é 5! e cada 5 representa uma só permutação circular. Assim, o total de permutações
circulares será dado por:
5! 5.4!
𝑃𝑐 5 = = = 4! = 4.3.2.1 = 24
5 5

C) Combinação com repetição: dado um conjunto com n elementos distintos, chama-se combinação
com repetição, classe p (ou combinação completa p a p) dos n elementos desse conjunto, a todo grupo
formado por p elementos, distintos ou não, em qualquer ordem.

129
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Exemplo
Em uma combinação com repetição classe 2 do conjunto {a, b, c}, quantas combinações obtemos?
Ilustrando temos:

Utilizando a fórmula da combinação com repetição, verificamos o mesmo resultado sem necessidade
de enumerar todas as possibilidades:
n=3ep=2
𝟒! 𝟒! 𝟒. 𝟑. 𝟐! 𝟏𝟐
𝑪𝑹𝒏, 𝒑 = 𝑪 𝒏 + 𝒑 − 𝟏, 𝒑 → 𝑪𝑹 𝟑 + 𝟐 − 𝟏, 𝟐 → 𝑪𝑹𝟒, 𝟐 = = = = =𝟔
𝟐! (𝟒 − 𝟐)! 𝟐! 𝟐! 𝟐! 𝟐! 𝟐

Questões

01. (CRQ 2ª Região/MG – Auxiliar Administrativo – FUNDEP) Com 12 fiscais, deve-se fazer um
grupo de trabalho com 3 deles. Como esse grupo deverá ter um coordenador, que pode ser qualquer um
deles, o número de maneiras distintas possíveis de se fazer esse grupo é:
(A) 4
(B) 660
(C) 1 320
(D) 3 960

02. (PM/SP – Cabo – CETRO) Uma lei de certo país determinou que as placas das viaturas de polícia
deveriam ter 3 algarismos seguidos de 4 letras do alfabeto grego (24 letras). Sendo assim, o número de
placas diferentes será igual a
(A) 175.760.000.
(B) 183.617.280.
(C) 331.776.000.
(D) 358.800.000.

03. (TJ/RS – Técnico Judiciário - FAURGS) O Tribunal de Justiça está utilizando um código de leitura
de barras composto por 5 barras para identificar os pertences de uma determinada seção de trabalho. As
barras podem ser pretas ou brancas. Se não pode haver código com todas as barras da mesma cor, o
número de códigos diferentes que se pode obter é de
(A) 10.
(B) 30.
(C) 50.
(D) 150.
(E) 250.

04. (SEED/SP – Agente de Organização Escolar – VUNESP) Um restaurante possui pratos principais
e individuais. Cinco dos pratos são com peixe, 4 com carne vermelha, 3 com frango, e 4 apenas com
vegetais. Alberto, Bianca e Carolina pretendem fazer um pedido com três pratos principais individuais, um
para cada. Alberto não come carne vermelha nem frango, Bianca só come vegetais, e Carolina só não
come vegetais. O total de pedidos diferentes que podem ser feitos atendendo as restrições alimentares
dos três é igual a
(A) 384.
(B) 392.
(C) 396.
(D) 416.
(E)432.

130
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
05. (Pref. Jundiaí/SP – Eletricista – MAKIYAMA) Dentre os nove competidores de um campeonato
municipal de esportes radicais, somente os quatro primeiros colocados participaram do campeonato
estadual. Sendo assim, quantas combinações são possíveis de serem formadas com quatro desses nove
competidores?
(A) 126
(B)120
(C) 224
(D) 212
(E) 156

06. (Pref. Lagoa da Confusão/TO – Orientador Social – IDECAN) Renato é mais velho que Jorge
de forma que a razão entre o número de anagramas de seus nomes representa a diferença entre suas
idades. Se Jorge tem 20 anos, a idade de Renato é
(A) 24.
(B) 25.
(C) 26.
(D) 27.
(E) 28.

07. (Pref. Nepomuceno/MG – Técnico em Segurança do Trabalho – CONSULPLAN) Numa sala há


3 ventiladores de teto e 4 lâmpadas, todos com interruptores independentes. De quantas maneiras é
possível ventilar e iluminar essa sala mantendo, pelo menos, 2 ventiladores ligados e 3 lâmpadas acesas?
(A) 12.
(B) 18.
(C) 20.
(D) 24.
(E) 36.

08. (CREA/PR – Agente Administrativo– FUNDATEC) A fim de vistoriar a obra de um estádio de


futebol para a copa de 2014, um órgão público organizou uma comissão composta por 4 pessoas, sendo
um engenheiro e 3 técnicos.
Sabendo-se que em seu quadro de funcionários o órgão dispõe de 3 engenheiros e de 9 técnicos,
pode-se afirmar que a referida comissão poderá ser formada de _____ maneiras diferentes.
Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna do trecho acima.
(A) 252
(B) 250
(C) 243
(D) 127
(E) 81

09. (ESA – Música – EXÉRCITO BRASILEIRO) Colocando-se em ordem alfabética os anagramas da


palavra FUZIL, que posição ocupará o anagrama ZILUF.
(A) 103
(B) 104
(C) 105
(D) 106
(E) 107

10. (CODEMIG – Analista de Administração – Gestão de Concursos) Oito amigos encontraram-se


em uma festa. Se cada um dos amigos trocar um aperto de mão com cada um dos outros, quantos apertos
de mão serão trocados?
(A) 22.
(B) 25.
(C) 27.
(D) 28.

131
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Comentários

01. Resposta: B
Esta questão trata-se de Combinação, pela fórmula temos:
n!
Cn, p =
(n − p)! p!

Onde n = 12 e p = 3
n! 12! 12! 12.11.10.9! 1320 1320
Cn, p = → C12,3 = = = = = = 220
(n − p)! p! (12 − 3)! 3! 9! 3! 9! 3! 3.2.1 6

Como cada um deles pode ser o coordenado, e no grupo tem 3 pessoas, logo temos 220 x 3 = 660.

02. Resposta: C
Algarismos possíveis: 0,1,2,3,4,5,6,7,8,9=10 algarismos
_ _ _ _ _ _ _
101010  242424 24=331.776.000

03. Resposta: B
_____
22222=32 possibilidades se pudesse ser qualquer uma das cores
Mas, temos que tirar código todo preto e todo branco.
32-2=30

04. Resposta: E
Para Alberto:5+4=9
Para Bianca:4
Para Carolina: 12
___
9.4.12=432

05. Resposta: A
1001.
C_9,4 = 9! / 5!4! = (9∙8∙7∙6∙5!) / (5!∙24) = 126

06. Resposta: C
Anagramas de RENATO
______
6.5.4.3.2.1=720
Anagramas de JORGE
_____
5.4.3.2.1=120
720
Razão dos anagramas: 120 = 6
Se Jorge tem 20 anos, Renato tem 20+6=26 anos

07. Resposta: C
1ª possibilidade:2 ventiladores e 3 lâmpadas
3!
𝐶3,2 = 1!2! = 3

4!
𝐶4,3 = 1!3! = 4

𝐶3,2 ∙ 𝐶4,3 = 3 ∙ 4 = 12

2ª possibilidade:2 ventiladores e 4 lâmpadas


3!
𝐶3,2 = 1!2! = 3

132
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
4!
𝐶4,4 = 0!4! = 1

𝐶3,2 ∙ 𝐶4,4 = 3 ∙ 1 = 3

3ª possibilidade:3 ventiladores e 3 lâmpadas


3!
𝐶3,3 = 0!3! = 1

4!
𝐶4,3 = 1!3! = 4
𝐶3,3 ∙ 𝐶4,3 = 1 ∙ 4 = 4

4ª possibilidade:3 ventiladores e 4 lâmpadas


3!
𝐶3,3 = 0!3! = 1

4!
𝐶4,4 = =1
0!4!

𝐶3,3 ∙ 𝐶4,4 = 1 ∙ 1 = 1
Somando as possibilidades: 12 + 3 + 4 + 1 = 20

08. Resposta: A
Engenheiros
3!
𝐶3,1 = =3
2! 1!

Técnicos
9! 9 ∙ 8 ∙ 7 ∙ 6!
𝐶9,3 = = = 84
3! 6! 6 ∙ 6!

3 . 84 = 252 maneiras

09. Resposta: D
O anagrama que ele quer é ZILUF, assim como se inicia com Z podemos admitir todos os outros
anagramas que iniciam com letra diferente de “Z” estão antes do desejado, assim:
F_ _ _ _ = 4.3.2.1 = 24
I_ _ _ _ = 4.3.2.1 = 24
L_ _ _ _ = 4.3.2.1 = 24
U_ _ _ _ = 4.3.2.1 = 24
Daí começa os com Z
Portanto colocaremos Z e a menor letra na segunda opção que será o F
ZF_ _ _ = 3.2.1 = 6
Agora depois do último que começa com ZF vem o que começa com ZI
Mas antes do L temos o F
Assim devemos contar todos que comecem por ZIF
ZIF_ _ = 2
Agora temos o que começa com ZIL
Mas só temos estes possíveis anagramas em ordem crescente que começam com ZIL

ZILFU = 1
ZILUF (Que é o anagrama que queremos)

Agora basta saber a posição em que ele ficará,


24 + 24 + 24 + 24 + 6 + 2 + 1 = 105 antes dele, portanto ele estará na 106ª posição.

10. Resposta: D
A primeira pessoa apertará a mão de 7
A Segunda, de 6, e assim por diante.

133
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Portanto, haverá: 7+6+5+4+3+2+1=28

Caro(a) candidato(a), antes de abordarmos Binômio e Newton, precisamos ter algumas informações
que serão muito importantes, são elas Número Binomial e o Triângulo de Pascal.

Número Binomial

Sendo n e k dois números naturais, o número binomial de ordem n e classe k, ou simplesmente o


binomial n sobre k é um novo número natural representado por:
𝑛 𝑛!
( ) = 𝑘!(𝑛−𝑘)!, se n ≥ k
𝑘
𝑛
( ) = 0, se n < k
𝑘

- Propriedades dos binomiais:


𝑛 𝑛
a) ( ) = ( ), como consequência dessa propriedade, temos que se os números naturais n, k e p
𝑘 𝑛−𝑘
𝑛 𝑛
forem tais que n ≥ k e n ≥ p → ( ) = (𝑝)  k = p ou k + p = n.
𝑘

𝑛−1 𝑛−1 𝑛
b) ( )+( )=( )
𝑘−1 𝑘 𝑘
𝑛 𝑛−𝑘 𝑛
c) ( ) . 𝑘+1 = ( )
𝑘 𝑘+1
𝑛 𝑛 𝑛
d) Temos que ( ) = 1 , ( ) = 1 e ( ) = 𝑛
0 𝑛 1

Triângulo de Pascal

É uma tabela formada por números binomiais dispostos de tal forma que os binomiais de mesmo
numerador situam-se na mesma linha e os mesmos denominadores na mesma coluna.

Resolvendo os números binomiais, temos:

134
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BINÔMIO DE NEWTON

Denomina-se Binômio de Newton, a todo binômio da forma (a + b)n, sendo n um número natural.

Exemplo:
B = (3x - 2y)4 (onde a = 3x, b = -2y e n = 4, grau do binômio).

Exemplos de desenvolvimento de binômios de Newton:

a) (a + b)2 = a2 + 2ab + b2
b) (a + b)3 = a3 + 3 a2b + 3ab2 + b3
c) (a + b)4 = a4 + 4 a3b + 6 a2b2 + 4ab3 + b4
d) (a + b)5 = a5 + 5 a4b + 10 a3b2 + 10 a2b3 + 5ab4 + b5

Nota: Não é necessário memorizar as fórmulas acima, já que elas possuem uma lei de formação bem
definida, senão vejamos:
Vamos tomar, por exemplo, o item (d) acima:
Observe que o expoente do primeiro e últimos termos são iguais ao expoente do binômio, ou seja,
igual a 5.
A partir do segundo termo, os coeficientes podem ser obtidos a partir da seguinte regra prática de fácil
memorização:
Multiplicamos o coeficiente de a pelo seu expoente e dividimos o resultado pela ordem do termo. O
resultado será o coeficiente do próximo termo. Assim por exemplo, para obter o coeficiente do terceiro
termo do item (d) acima teríamos:
5 × 4 = 20; agora dividimos 20 pela ordem do termo anterior (2 por se tratar do segundo termo) 20 ÷ 2
= 10 que é o coeficiente do terceiro termo procurado.

Observe que os expoentes da variável a decrescem de n até 0 e os expoentes de b crescem de 0 até


n. Assim o terceiro termo é 10 a3b2 (observe que o expoente de a decresceu de 4 para 3 e o de b
cresceu de 1 para 2).

Usando a regra prática acima, o desenvolvimento do binômio de Newton (a + b)7 será:


(a + b)7 = a7 + 7 a6b + 21 a5b2 + 35 a4b3 + 35 a3b4 + 21 a2b5 + 7 ab6 + b7

Como obtivemos, por exemplo, o coeficiente do 6º termo (21 a2b5)?


Pela regra: Coeficiente do termo anterior = 35. Multiplicamos 35 pelo expoente de a que é igual a 3 e
dividimos o resultado pela ordem do termo que é 5.
Então, 35 × 3 = 105 e dividindo por 5 (ordem do termo anterior) vem 105 ÷ 5 = 21, que é o coeficiente
do sexto termo, conforme se vê acima.

Observações:
1) O desenvolvimento do binômio (a + b)n é um polinômio.
2) O desenvolvimento de (a + b)n possui n + 1 termos.
3) Os coeficientes dos termos equidistantes dos extremos, no desenvolvimento de (a + b)n são iguais.
4) A soma dos coeficientes de (a + b)n é igual a 2n.

Fórmula do termo geral de um Binômio de Newton


Um termo genérico Tk + 1 do desenvolvimento de (a + b)n, sendo k um número natural, é dado por:
𝑛
a) Tk + 1 = ( ) . an – k . bk, feito segundo os expoentes decrescentes de a.
𝑘
𝑛
b) T k + 1 = ( ).ak . bn – k , feito segundo os expoentes crescentes de a.
𝑘
𝑛!
Sendo (𝑛𝑘) = 𝑘!(𝑛−𝑘)!

135
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Questões

01. Determine o 7º termo do binômio (2x + 1)9, desenvolvido segundo as potências decrescentes de x.
(A) 144𝑥 2
(B) 258𝑥 2
(C) 3𝑥 7
(D) 𝑥 9
(E) 672𝑥³

02. Qual o termo médio do desenvolvimento de (2x + 3y)8?


(A) 90720x4y4
(B) 15120x3y6
(C) 45260x2y2
(D) 45360x3y3
(E) 55256x4y6

03. Desenvolvendo o binômio (2x - 3y)3n, obtemos um polinômio de 16 termos. Qual o valor de n?
(A) 3
(B) 4
(C) 5
(D) 6
(E) 7
1
04. O termo independente de x no desenvolvimento de (x + 𝑥 )6 é:
(A) 6
(B) 15
(C) 18
(D) 20
(E) 30

05. Qual o valor numérico de 5!.


(A) 15
(B) 150
(C) 12
(D) 120
(E) 100

5
06. Qual o valor numérico de ( ).
3
(A) 10
(B) 5
(C) 2
(D) 1
(E) 20
2𝑥 2𝑥
07. O(s) valor(es) de x que torna(m) verdadeira a equação ( ) = ( ) é:
𝑥−1 3
(A) x = 2 ou x = 1
(B) x = 1 ou x = 4
(C) x = 3 ou x = 4
(D) x = 4 ou x = 3
(E) x = 2 ou x = 4

Comentários

01. Resposta: E
Primeiro temos que aplicar a fórmula do termo geral de (a + b)n, onde:
a = 2x
b=1
n=9

136
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Como queremos o sétimo termo, fazemos p = 6 na fórmula do termo geral e efetuamos os cálculos
indicados.
Temos então:

9 9! 9 .8 .7 .6!
T6+1 = T7 = ( ). (2x)9 - 6 . (1)6 = [(9−6)! ×6!] . (2𝑥)3 . 1 = 3 .2.1 .6! .8𝑥³ = 672𝑥³
6
Portanto o sétimo termo procurado é 672x3.

02. Resposta: A
Temos:
a = 2x
b = 3y
n=8
Sabemos que o desenvolvimento do binômio terá 9 termos, porque n = 8. Ora sendo T1 T2 T3 T4 T5 T6
T7 T8 T9 os termos do desenvolvimento do binômio, o termo do meio (termo médio) será o T5 (quinto
termo).
Logo, o nosso problema resume-se ao cálculo do T5. Para isto, basta fazer k = 4 na fórmula do termo
geral e efetuar os cálculos decorrentes. Teremos:

8 8! 8 .7 .6 .5 .4!
T4+1 = T5 = ( ). (2x)8-4 . (3y)4 = [(8−4)! .4!] . (2x)4 . (3y)4 = (4! .4 .3 .2 .1 . 16x4 . 81y4
4

Fazendo as contas vem:


T5 = 70.16.81.x4 . y4 = 90720x4y4 , que é o termo médio procurado.

03. Resposta: C
Ora, se o desenvolvimento do binômio possui 16 termos, então o expoente do binômio é igual a 15.
Logo,
3n = 15 de onde se conclui que n = 5.

04. Resposta: D
Sabemos que o termo independente de x é aquele que não depende de x, ou seja, aquele que não
possui x.
Temos no problema dado:
a=x
1
b=
𝑥
n = 6.
Pela fórmula do termo geral, podemos escrever:
6 1 6 6
Tk + 1 = ( ). x6 - k . ( )k = ( ). x6 - k . x- k = ( ). x6 - 2p .
𝑘 𝑥 𝑘 𝑘

Ora, para que o termo seja independente de x, o expoente desta variável deve ser zero, pois x0 = 1.
Logo, fazendo 6 – 2k = 0, obtemos k = 3. Substituindo então k por 6, teremos o termo procurado.
Temos então:
6 6! 6 .5 .4 .3!
T3+1 = T4 = ( ). x0 = = = 20
3 [(6−3)! .3!] 3! .2 .1
Logo, o termo independente de x é o T4 (quarto termo) que é igual a 20.

05. Resposta: D
5! = 5.4.3.2.1 = 120

06. Resposta: A
5 5! 5.4.3! 5.4 20
( ) = 3!(5−3)! = 3!.2! = 2.1 = 2 = 10
3

07. Resposta: E
Esses dois números binomiais são iguais se:
x – 1 = 3 ou x – 1 + 3 = 2x
x = 3 + 1 ou 2 = 2x – x
x=4 ou x=2

137
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
b. Probabilidade Clássica. Espaço Amostral. Eventos (união, interseção e
dependência). Probabilidade condicional.

PROBABILIDADE

A teoria das probabilidades surgiu no século XVI, com o estudo dos jogos de azar, tais como jogos de
cartas e roleta. Atualmente ela está intimamente relacionada com a Estatística e com diversos ramos do
conhecimento.

Definições11:
A teoria da probabilidade é o ramo da Matemática que cria e desenvolve modelos matemáticos para
estudar os experimentos aleatórios. Alguns elementos são necessários para efetuarmos os cálculos
probabilísticos.

Experimentos aleatórios

São fenômenos que apresentam resultados imprevisíveis quando repetidos, mesmo que as condições
sejam semelhantes.

Exemplos:
a) lançamento de 3 moedas e a observação das suas faces voltadas para cima
b) jogar 2 dados e observar o número das suas faces
c) abrir 1 livro ao acaso e observar o número das suas páginas.

Espaço amostral

É o conjunto de todos os resultados possíveis de ocorrer em um determinado experimento aleatório.


Indicamos esse conjunto por uma letra maiúscula: U, S, A, Ω ... variando de acordo com a bibliografia
estudada.

Exemplo:
a) quando lançamos 3 moedas e observamos suas faces voltadas para cima, sendo as faces da moeda
cara (c) e coroa (k), o espaço amostral deste experimento é:
S = {(c,c,c); (c,c,k); (c,k,k); (c,k,c); (k,k,k,); (k,c,k); (k,c,c); (k,k,c)}, onde o número de elementos do
espaço amostral n(A) = 8

Evento

É qualquer subconjunto de um espaço amostral (S); muitas vezes um evento pode ser caracterizado
por um fato. Indicamos pela letra E.

Exemplo:
a) no lançamento de 3 moedas:
E1→ aparecer faces iguais
E1 = {(c,c,c);(k,k,k)}
O número de elementos deste evento E1 é n(E1) = 2

E2→ aparecer coroa em pelo menos 1 face

11
FILHO, Begnino Barreto; SILVA,Claudio Xavier da – Matemática – Volume Único - FTD
IEZZI, Gelson – Matemática – Volume Único
BUCCHI, Paulo – Curso prático de Matemática – Volume 2 – 1ª edição - Editora Moderna

138
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
E2 = {(c,c,k); (c,k,k); (c,k,c); (k,k,k,); (k,c,k); (k,c,c); (k,k,c)}
Logo n(E2) = 7

Veremos agora alguns eventos particulares:

Evento certo: que possui os mesmos elementos do espaço amostral (todo conjunto é subconjunto de
si mesmo); E = S.
E: a soma dos resultados nos 2 dados ser menor ou igual a 12.

Evento impossível: evento igual ao conjunto vazio.


E: o número de uma das faces de um dado comum ser 7.
E: Ø

Evento simples: evento que possui um único elemento.


E: a soma do resultado de dois dados ser igual a 12.
E: {(6,6)}

Evento complementar: se E é um evento do espaço amostral S, o evento complementar de E indicado


por C tal que C = S – E. Ou seja, o evento complementar é quando E não ocorre.
E1: o primeiro número, no lançamento de 2 dados, ser menor ou igual a 2.
E2: o primeiro número, no lançamento de 2 dados, ser maior que 2.
S: espaço amostral é dado na tabela abaixo:

E: {(1,1), (1,2), (1,3), (1,4), (1,5), (1,6), (2,1), (2,2), (2,3) (2,4), (2,5), (2,6)}
Como, C = S – E
C = {(3,1), (3,2), (3,3), (3,4), (3,5), (3,6), (4,1), (4,2), (4,3), (4,4), (4,5), (4,6), (5,1), (5,2), (5,3), (5,4),
(5,5), (5,6), (6,1), (6,2), (6,3), (6,4), (6,5), (6,6)}

Eventos mutuamente exclusivos: dois ou mais eventos são mutuamente exclusivos quando a
ocorrência de um deles implica a não ocorrência do outro. Se A e B são eventos mutuamente exclusivos,
então: A ∩ B = Ø.
Sejam os eventos:
A: quando lançamos um dado, o número na face voltada para cima é par.
A = {2,4,6}
B: quando lançamos um dado, o número da face voltada para cima é divisível por 5.
B = {5}
Os eventos A e B são mutuamente exclusivos, pois A ∩ B = Ø.

Probabilidade em Espaços Equiprováveis

Considerando um espaço amostral S, não vazio, e um evento E, sendo E ⊂ S, a probabilidade de


ocorrer o evento E é o número real P (E), tal que:

𝐧(𝐄)
𝐏(𝐄) =
𝐧(𝐒)

Sendo 0 ≤ P(E) ≤ 1 e S um conjunto equiprovável, ou seja, todos os elementos têm a mesma


“chance” de acontecer.
Onde:
n(E) = número de elementos do evento E.

139
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
n(S) = número de elementos do espaço amostral S.

Exemplo:
Lançando-se um dado, a probabilidade de sair um número ímpar na face voltada para cima é obtida
da seguinte forma:
S = {1, 2, 3, 4, 5, 6} n(S) = 6
E = {1, 3, 5} n(E) = 3

n(E) 3 1
P(E) = = = = 0,5 𝑜𝑢 50%
n(S) 6 2

Probabilidade da União de dois Eventos

Vamos considerar A e B dois eventos contidos em um mesmo espaço amostral A, o número de


elementos da reunião de A com B é igual ao número de elementos do evento A somado ao número de
elementos do evento B, subtraindo o número de elementos da intersecção de A com B.

Sendo n(S) o número de elementos do espaço amostral, vamos dividir os dois membros da equação
por n(S) a fim de obter a probabilidade P (A U B).
𝑛(𝐴 ∪ 𝐵) 𝑛(𝐴) 𝑛(𝐵) 𝑛(𝐴 ∩ 𝐵)
= + −
𝑛(𝑆) 𝑛(𝑆) 𝑛(𝑆) 𝑛(𝑆)

P (A U B) = P(A) + P(B) – P (A ∩ B)

Para eventos mutuamente exclusivos, onde A ∩ B = Ø, a equação será:

P (A U B) = P(A) + P(B)

Exemplo:
A probabilidade de que a população atual de um país seja de 110 milhões ou mais é de 95%. A
probabilidade de ser 110 milhões ou menos é de 8%. Calcule a probabilidade de ser 110 milhões.
Sendo P(A) a probabilidade de ser 110 milhões ou mais: P(A) = 95% = 0,95
Sendo P(B) a probabilidade de ser 110 milhões ou menos: P(B) = 8% = 0,08
P (A ∩ B) = a probabilidade de ser 110 milhões: P (A ∩ B) = ?
P (A U B) = 100% = 1
Utilizando a regra da união de dois eventos, temos:
P (A U B) = P(A) + P(B) – P (A ∩ B)
1 = 0,95 + 0,08 - P (A ∩ B)
P (A ∩ B) = 0,95 + 0,08 - 1
P (A ∩ B) = 0,03 = 3%

140
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Probabilidade Condicional

Vamos considerar os eventos A e B de um espaço amostral S, definimos como probabilidade


𝐴
condicional do evento A, tendo ocorrido o evento B e indicado por P(A | B) ou 𝑃 (𝐵), a razão:

𝒏(𝑨 ∩ 𝑩) 𝑷(𝑨 ∩ 𝑩)
𝑷(𝑨|𝑩) = =
𝒏(𝑩) 𝑷(𝑩)

Lemos P (A | B) como: a probabilidade de A “dado que” ou “sabendo que” a probabilidade de B.

Exemplo:
No lançamento de 2 dados, observando as faces de cima, para calcular a probabilidade de sair o
número 5 no primeiro dado, sabendo que a soma dos 2 números é maior que 7.
Montando temos:
S = {(1,1), (1,2), (1,3), (1,4), (1,5), (1,6), (2,1), (2,2), (2,3), (2,4), (2,5), (2,6), (3,1), (3,2), (3,3), (3,4),
(3,5), (3,6), (4,1), (4,2), (4,3), (4,4), (4,5), (4,6), (5,1), (5,2), (5,3), (5,4), (5,5), (5,6), (6,1), (6,2), (6,3), (6,4),
(6,5), (6,6)}
Evento A: o número 5 no primeiro dado.
A = {(5,1), (5,2), (5,3), (5,4), (5,5), (5,6)}

Evento B: a soma dos dois números é maior que 7.


B = {(2,6), (3,5), (3,6), (4,4), (4,5), (4,6), (5,3), (5,4), (5,5), (5,6), (6,2), (6,3), (6,4), (6,5), (6,6)}

A ∩ B = {(5,3), (5,4), (5,5), (5,6)}


P (A ∩ B) = 4/36
P(B) = 15/36
Logo:
4
𝑃(𝐴 ∩ 𝐵) 36 4 36 4
𝑃(𝐴|𝐵) = = = . =
𝑃(𝐵) 15 36 15 15
36

Probabilidade de dois Eventos Simultâneos (ou sucessivos)

A probabilidade de ocorrer P (A ∩ B) é igual ao produto de um deles pela probabilidade do outro em


relação ao primeiro. Isto significa que, para se avaliar a probabilidade de ocorrem dois eventos
simultâneos (ou sucessivos), que é P (A ∩ B), é preciso multiplicar a probabilidade de ocorrer um deles
P(B) pela probabilidade de ocorrer o outro, sabendo que o primeiro já ocorreu P (A | B).
Sendo:

𝐏(𝐀 ∩ 𝐁) 𝐏(𝐀 ∩ 𝐁)
𝐏(𝐀|𝐁) = 𝐨𝐮 𝐏(𝐁|𝐀) =
𝐏(𝐁) 𝐏(𝐀)

Eventos independentes: dois eventos A e B de um espaço amostral S são independentes quando


P(A|B) = P(A) ou P(B|A) = P(B). Sendo os eventos A e B independentes, temos:

P (A ∩ B) = P(A). P(B)

Exemplo:
Lançando-se simultaneamente um dado e uma moeda, determine a probabilidade de se obter 3 ou 5
no dado e cara na moeda.
Sendo, c = coroa e k = cara.

S = {(1,c), (1,k), (2,c), (2,k), (3,c), (3,k), (4,c), (4,k), (5,c), (5,k), (6,c), (6,k)}
Evento A: 3 ou 5 no dado
A = {(3,c), (3,k), (5,c), (5,k)}
4 1
𝑃(𝐴) = =
12 3

141
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Evento B: cara na moeda
B = {(1,k), (2,k), (3,k), (4,k), (5,k), (6,k)}
6 1
𝑃(𝐵) = =
12 2

Os eventos são independentes, pois o fato de ocorrer o evento A não modifica a probabilidade de
ocorrer o evento B. Com isso temos:
P (A ∩ B) = P(A). P(B)
1 1 1
𝑃(𝐴 ∩ 𝐵) = . =
3 2 6

Observamos que A ∩ B = {(3,k), (5,k)} e a P (A ∩ B) poder ser calculada também por:


𝑛(𝐴 ∩ 𝐵) 2 1
𝑃(𝐴 ∩ 𝐵) = = =
𝑛(𝑆) 12 6
No entanto nem sempre chegar ao n(A ∩ B) nem sempre é fácil dependendo do nosso espaço
amostral.

Lei Binomial de probabilidade

Vamos considerar um experimento que se repete n número de vezes. Em cada um deles temos:
P(E) = p, que chamamos de probabilidade de ocorrer o evento E com sucesso.
P(𝐸̅ ) = 1 – p, probabilidade de ocorrer o evento E com insucesso (fracasso).

A probabilidade do evento E ocorrer k vezes, das n que o experimento se repete é dado por uma lei
binomial.

A probabilidade de ocorrer k vezes o evento E e (n - k) vezes o evento 𝐸̅ é o produto: pk . (1 – p)n - k

As k vezes do evento E e as (n – k) vezes do evento 𝐸̅ podem ocupar qualquer ordem. Então,


precisamos considerar uma permutação de n elementos dos quais há repetição de k elementos e de (n –
k) elementos, em outras palavras isso significa:
𝑛!
𝑃𝑛 [𝑘,(𝑛−𝑘)] = = (𝑛𝑘), logo a probabilidade de ocorrer k vezes o evento E no n experimentos é
𝑘.(𝑛−𝑘)!
dada:
𝒏
𝒑 = ( ) . 𝒑𝒌 . 𝒒𝒏−𝒌
𝒌

A lei binomial deve ser aplicada nas seguintes condições:

- O experimento deve ser repetido nas mesmas condições as n vezes.


- Em cada experimento devem ocorrer os eventos E e 𝐸̅ .
- A probabilidade do E deve ser constante em todas as n vezes.
- Cada experimento é independente dos demais.

Exemplo:
Lançando-se uma moeda 4 vezes, qual a probabilidade de ocorrência 3 caras?
Está implícito que ocorrerem 3 caras deve ocorrer uma coroa. Umas das possíveis situações, que
satisfaz o problema, pode ser:

142
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Temos que:
n=4
k=3
1 1
̅̅̅ = 1 −
𝑃(𝐸) = , 𝑃(𝐸)
2 2

Logo a probabilidade de que essa situação ocorra é dada por:


1 3 1 1
(2) . (1 − 2) , como essa não é a única situação de ocorre 3 caras e 1 coroa. Vejamos:

1 3 1 1
Podemos também resolver da seguinte forma: (43) maneiras de ocorrer o produto (2) . (1 − 2) ,
portanto:
4 1 3 1 1 1 1 1
𝑃(𝐸) = ( ) . ( ) . (1 − ) = 4. . =
3 2 2 8 2 4

Questões

01. (BANESTES – Técnico em Segurança do Trabalho – FGV/2018) Dados os conjuntos A = {1, 2,


3} e B = {4, 5, 6, 7}, João escolhe ao acaso um elemento de cada um deles. A probabilidade de que o
produto dos dois elementos escolhidos seja um número par é:

(A) 1/4;
(B) 1/3;
(C) 1/2;
(D) 2/3;
(E) 3/4.

02. (ENEM – CESGRANRIO) Em uma escola, a probabilidade de um aluno compreender e falar inglês
é de 30%. Três alunos dessa escola, que estão em fase final de seleção de intercâmbio, aguardam, em
uma sala, serem chamados para uma entrevista. Mas, ao invés de chamá-los um a um, o entrevistador
entra na sala e faz, oralmente, uma pergunta em inglês que pode ser respondida por qualquer um dos
alunos.
A probabilidade de o entrevistador ser entendido e ter sua pergunta oralmente respondida em inglês é
(A) 23,7%
(B) 30,0%
(C) 44,1%
(D) 65,7%
(E) 90,0%

03. (ENEM – CESGRANRIO) Em uma central de atendimento, cem pessoas receberam senhas
numeradas de 1 até 100. Uma das senhas é sorteada ao acaso.
Qual é a probabilidade de a senha sorteada ser um número de 1 a 20?
(A) 1/100
(B) 19/100
(C) 20/100
(D) 21/100
(E) 80/100

143
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
04. (Pref. Niterói – Agente Fazendário – FGV) O quadro a seguir mostra a distribuição das idades
dos funcionários de certa repartição pública:

Escolhendo ao acaso um desses funcionários, a probabilidade de que ele tenha mais de 40 anos é:
(A) 30%;
(B) 35%;
(C) 40%;
(D) 45%;
(E) 55%.

05. (UFES – Economista – UFES/2018) Um casal pretende ter 3 filhos. A probabilidade de nascerem
2 meninos e 1 menina, desse casal, é
(A) 45,5%
(B) 37,5%
(C) 33,3%
(D) 30%
(E) 26,5%

06. (TJ/RO – Técnico Judiciário – FGV) Um tabuleiro de damas tem 32 quadradinhos pretos e 32
quadradinhos brancos.

Um desses 64 quadradinhos é sorteado ao acaso.


A probabilidade de que o quadradinho sorteado seja um quadradinho preto da borda do tabuleiro é:
(A) ½;
(B) ¼;
(C) 1/8;
(D) 9/16;
(E) 7/32.

07. (Pref. Jucás/CE – Professor de Matemática – INSTITUTO NEO EXITUS) Fernanda organizou
um sorteio de amigo secreto entre suas amigas. Para isso, escreveu em pedaços de papel o nome de
cada uma das 10 pessoas (incluindo seu próprio nome) que participariam desse sorteio e colocou dentro
de um saco. Fernanda, como organizadora, foi a primeira a retirar um nome de dentro do saco. A
probabilidade de Fernanda retirar seu próprio nome é:
(A) 3/5.
(B) 2/10.
(C) 1/10.
(D) ½.
(E) 2/3.

08. (Corpo de Bombeiros Militar/MT – Oficial Bombeiro Militar – COVEST) Uma loja de
eletrodoméstico tem uma venda mensal de sessenta ventiladores. Sabe-se que, desse total, seis
apresentam algum tipo de problema nos primeiros seis meses e precisam ser levados para o conserto
em um serviço autorizado.
Um cliente comprou dois ventiladores. A probabilidade de que ambos não apresentem problemas nos
seis primeiros meses é de aproximadamente:
(A) 90%

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(B) 81%
(C) 54%
(D) 11%
(E) 89%

09. (Corpo de Bombeiros Militar/MT – Oficial Bombeiro Militar – COVEST) Em uma caixa estão
acondicionados uma dúzia e meia de ovos. Sabe-se, porém, que três deles estão impróprios para o
consumo.
Se forem escolhidos dois ovos ao acaso, qual a probabilidade de ambos estarem estragados?
(A) 2/153
(B) 1/9
(C) 1/51
(D) 1/3
(E) 4/3

Comentários

01. Resposta: D
Vamos fazer o total de possíveis resultados entre os conjuntos A e B.
Como em A temos 3 elementos e em B temos 4 elementos, teremos um total de 12 possibilidades de
fazer A vezes B,
Vamos ver quais serão pares agora:
A = {1, 2, 3} e B = {4, 5, 6, 7},
A.B
1.4=4
1.6=6
2.4=8
2 . 5 = 10
2 . 6 = 12
2 . 7 = 14
3 . 4 = 12
3 . 6 = 18
Assim, teremos 8 possibilidades de um total de 12, logo a probabilidade desse número ser par será de
8/12 = 2/3 (simplificando a fração)

02. Resposta: D
A probabilidade de nenhum dos três alunos responder à pergunta feita pelo entrevistador é
0,70 . 0,70 . 0,70 = 0,343 = 34,3%
Portanto, a possibilidade dele ser entendido é de: 100% – 34 ,3% = 65,7%

03. Resposta: C
A probabilidade de a senha sorteada ser um número de 1 a 20 é 20/100, pois são 20 números entre
100.

04. Resposta: D
O espaço amostral é a soma de todos os funcionário:
2 + 8 + 12 + 14 + 4 = 40
O número de funcionário que tem mais de 40 anos é: 14 + 4 = 18
Logo a probabilidade é:
18
𝑃(𝐸) = = 0,45 = 45%
40

05. Resposta: B
1 1
Como terá três filhos a probabilidade de sair menino será e de sair menina será , assim como terá
2 2
1 1 1 1
três filhos será: 2 𝑥 2 𝑥 2 = 8, mas atente-se pelo fato que ele não pediu em determinada ordem, ou seja,
podemos ter:
Menino/Menino/Menina
Menino/Menina/Menino

145
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Menina/Menino/Menino
1 3
Três ordens, logo a resposta será: 8 𝑥3 = 8
= 0,375 = 37,5%

06. Resposta: E
Como são 14 quadrinhos pretos na borda e 64 quadradinhos no total, logo a probabilidade será de:
14 7
𝑃(𝐸) = =
64 32

07. Resposta: C
𝑟𝑒𝑡𝑖𝑟𝑎𝑑𝑜
A probabilidade é calculada por 𝑃 =
𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
1
Assim, 𝑃 =
10

08. Resposta: B
6 / 60 = 0,1 = 10% de ter problema
Assim, se 10% tem problemas, então 90% não apresentam problemas.
90 90 8100
𝑃= . = = 81%
100 100 10000

09. Resposta: C
3 2 6 1
𝑃 = 18 . 17 = 306 = 51
(: 6 / 6)

c. Noções de Estatística. Amostra e população. Rol. Limites de classe.


Amplitude. Frequência Relativa. Frequência Acumulada. Distribuição de
Frequência. Representações gráficas de uma distribuição de frequência.
Medidas de tendência central: médias, mediana, moda e separatrizes. Medidas
de dispersão: desvio médio, variância, desvio padrão, coeficiente de variação e
Pearson. Assimetria e Curtose.

CONCEITOS BÁSICOS DE ESTATÍSTICA

Introdução
Todas as ciências têm suas raízes na história do homem.
Desde a Antiguidade muitos povos já faziam uso dos recursos da Estatística, através de registro de
número de óbitos, nascimentos, número de habitantes, além das estimativas das riquezas individuais e
sociais, entre muitas outras.
Na Idade Média as informações colhidas tinham como finalidade tributária e bélica.
Somente a partir do século XVI começaram a surgir as primeiras análises sistemáticas de fatos sociais,
originando as primeiras tábuas e tabelas e os primeiros números relativos.
No século XVII o estudo de tais fatos foi adquirido, aos poucos, feição verdadeiramente científica.
Godofredo Achenwall batizou a nova ciência (ou método) com o nome de Estatística, determinando o seu
objetivo e suas relações com as ciências.
A estatística não se limita somente a compilar tabelas de dados e os ilustrar graficamente. Ela é, hoje
em dia, um instrumento útil e, em alguns casos, indispensável para tomadas de decisão em diversos
campos: científico, econômico, social, político….
Todavia, antes de chegarmos à parte de interpretação para tomadas de decisão, há que proceder a
um indispensável trabalho de recolha e organização de dados, sendo a recolha feita através de
recenseamentos (ou censos ou levantamentos estatísticos) ou sondagens.
Estatística pode ser pensada como a ciência de aprendizagem a partir de dados. No nosso cotidiano,
precisamos tomar decisões, muitas vezes decisões rápidas.
Em linhas gerais a Estatística fornece métodos que auxiliam o processo de tomada de decisão através
da análise dos dados que possuímos.
Podemos ainda dizer que a Estatística é:

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1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
É a ciência que se ocupa de coletar, organizar, analisar e interpretar dados para que se tomem
decisões.

Em resumo:

A ESTATÍSTICA é uma parte da Matemática Aplicada que fornece métodos para a coleta,
organização, análise e interpretação de dados e para utilização dos mesmos na tomada de
decisões.

Divisão da estatística
- Estatística Descritiva: coleta, organização e descrição dos dados. Ela preocupa-se com a forma
pela qual podemos apresentar um conjunto de dados em tabelas e gráficos, e também resumir as
informações contidas nestes dados mediante a utilização de medidas estatísticas.

- Estatística Indutiva ou Inferencial: análise e a interpretação desses dados. A inferência estatística


baseia-se na teoria das probabilidades para estabelecer conclusões sobre todo um grupo (chamado
população), quando se observou apenas uma parte (amostra) representativa desta população.

Método Estatístico
Atualmente quase todo acréscimo de conhecimento resulta da observação e do estudo. A verdade é
que desenvolvemos processos científicos para seu estudo e para adquirirmos tais conhecimentos, ou
seja desenvolvemos maneiras ou métodos para tais fins.

Método é um conjunto de meios dispostos convenientemente para se chegar a um fim que se


deseja.
Podemos destacar dois métodos:
- Método experimental: consiste em manter constantes todas as causas (fatores), menos uma, e
variar esta causa de modo que o pesquisador possa descobrir seus efeitos, caso existam. Muito utilizado
no estudo da Física, da Química etc

- Método estatístico: diante da impossibilidade de manter as causas constantes, admite todas essas
causas presentes variando-as, registrando essas variações e procurando determinar, no resultado final,
que influências cabem a cada uma delas.

Fases do método estatístico


- Coleta de dados: após cuidadoso planejamento e a devida determinação das características
mensuráveis do fenômeno que se quer pesquisar, damos início à coleta de dados numéricos necessários
à sua descrição.

A coleta pode ser:


Direta: quando é feita sobre elementos Indireta: quando é indeferida de elementos
informativos de registro obrigatório (nascimento, conhecidos (coleta direta) e/ou de
casamentos e óbitos, importação e exportação de conhecimento de outros fenômenos
mercadorias), dados coletados pelo próprio relacionados com o fenômeno estudado.
pesquisador através de inquéritos e questionários, Exemplo: pesquisas de mortalidade infantil,
como por exemplo o censo demográfico. A coleta que é feita através de dados colhidos por uma
direta de dados pode ser classificada em fator do coleta direta (número de nascimentos versus
tempo: números de obtidos de crianças)
(i) contínua (registro) – quando feita
continuamente.
(ii) periódica – quando feita em intervalos
constantes de tempo (exemplo o censo de 10 em 10
anos, etc)

147
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
(iii) ocasional – quando feita extemporaneamente,
a fim de atender uma conjuntura ou a uma
emergência (caso de epidemias)

- Crítica dos dados: depois de obtidos os dados, os mesmos devem ser cuidadosamente criticados,
à procura de possível falhas e imperfeições, a fim de não incorrermos em erros grosseiros ou de certo
vulto, que possam influir sensivelmente nos resultados.
A crítica é externa quando visa às causas dos erros por parte do informante, por distração ou má
interpretação das perguntas que lhe foram feitas.
A crítica é interna quando visa observar os elementos originais dos dados da coleta.

- Apuração dos dados: soma e processamento dos dados obtidos e a disposição mediante critérios
de classificação, que pode ser manual, eletromecânica ou eletrônica.

- Exposição ou apresentação de dados: os dados devem ser apresentados sob forma adequada
(tabelas ou gráficos), tornando mais fácil o exame daquilo que está sendo objeto de tratamento estatístico.

- Análise dos resultados: realizadas anteriores (Estatística Descritiva), fazemos uma análise dos
resultados obtidos, através dos métodos da Estatística Indutiva ou Inferencial, que tem por base a indução
ou inferência, e tiramos desses resultados conclusões e previsões.

Mais alguns conceitos devem ser aprendidos para darmos continuidade ao nosso entendimento sobre
Estatística.

- Variáveis: conjunto de resultados possíveis de um fenômeno.


As variáveis podem ser:
1) Qualitativas – quando seus valores são expressos por atributos: sexo (masculino ou feminino), cor
da pele, entre outros. Dizemos que estamos qualificando.
2) Quantitativas – quando seus valores são expressos em números (salários dos operários, idade dos
alunos, etc). Uma variável quantitativa que pode assumir qualquer valor entre dois limites recebe o nome
de variável contínua; e uma variável que só pode assumir valores pertencentes a um conjunto
enumerável recebe o nome de variável discreta.

- População estatística ou universo estatístico: conjunto de entes portadores de, pelo menos, uma
característica comum.
Exemplos: estudantes (os que estudam), concurseiros (os que prestam concursos), ...
Podemos ainda pesquisar uma ou mais características dos elementos de alguma população, as quais
devem ser perfeitamente definidas. É necessário existir um critério de constituição da população, válido
para qualquer pessoa, no tempo ou no espaço.

- Amostra: é um subconjunto finito de uma população.

A Estatística Indutiva tem por objetivo tirar conclusões sobre as populações, com base em resultados
verificados em amostras retiradas dessa população. É preciso garantir que a amostra possua as mesmas
características da população, no que diz respeito ao fenômeno que desejamos pesquisar.

Censo: é uma avaliação direta de um parâmetro, utilizando-se todos os componentes da população.


Principais propriedades:

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- Admite erros processual zero e tem 100% de confiabilidade;
- É caro;
- É lento;
- É quase sempre desatualizado (visto que se realizam em períodos de anos 10 em 10 anos);
- Nem sempre é viável.

Estimação: é uma avaliação indireta de um parâmetro, com base em um estimador através do cálculo
de probabilidades.
Principais da Estimação:
- Admite erro processual positivo e tem confiabilidade menor que 100%.
- É barata.
- É rápida.
- É atualizada.
- É sempre viável.

Dados brutos: quando observamos ou fazemos n perguntas as quais nos dão n dados ou respostas,
obtemos uma sequência de n valores numéricos. A toda sequência denominamos dados brutos.

Dados brutos é uma sequência de valores numéricos não organizados, obtidos diretamente da
observação de um fenômeno coletivo.
Rol: é uma sequência ordenada dos dados brutos.
Exemplo: Um aluno obteve as seguintes notas no ano letivo em Matemática: 5,5 ; 7 ; 6,5 ; 9
Os dados brutos é a sequência descrita acima
Rol: 5,5 – 6,5 – 7 – 9 (ordenação crescente das notas).
Referências
CRESPO, Antônio Arnot – Estatística fácil – 18ª edição – São Paulo - Editora Saraiva: 2002
SILVA, Ermes Medeiros, Elio Medeiros...- Estatística para os cursos de: Economia, Administração, Ciências Contábeis - 3ª edição – São Paulo – Editora Atlas
S. A: 1999
TAVARES, Prof. Marcelo – Estatística Aplicada à Administração – Sistema Universidade Aberta do Brasil- 2007
Reis, Marcelo Menezes - Estatística aplicada à administração / Marcelo Menezes Reis. –Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração /UFSC, 2008.
Questões

01. (Câmara Munic. Itatiba/SP – Analista de Recursos Humanos – VUNESP) Em estatística, a


técnica que nos permite fazer inferências sobre uma população, a partir da análise de uma parte dela,
denomina-se
(A) dedução.
(B) amostragem.
(C) probabilidade.
(D) descrição.
(E) extração.

02. (EBSERH – Analista Administrativo – Estatística (HE-UFSCAR) – INSTITUTO AOCP) Que


parte da estatística se preocupa apenas em descrever determinada característica da população?
(A) Regressão estatística.
(B) Estatística contínua.
(C) Estatística descritiva.
(D) Estatística amostral.
(E) Estatística inferencial.

03. (EBSERH – Médico do Trabalho – IADES) “Costuma ser encontrada com maior frequência em
jornais, revistas ou relatórios. Essa parte da estatística utiliza números para descrever fatos. Seu foco é
a representação gráfica e o resumo e organização de um conjunto de dados, com a finalidade de
simplificar informações.” O texto faz referência à:
(A) Estatística inferencial
(B) Estatística de probabilidade
(C) Estatística por amostragem
(D) Estatística descritiva
(E) Média aritmética

149
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
04. (ANS – Ativ. Téc. de Complexidade Intelectual - Administração – FUNCAB) A estatística
descritiva:
(A) permite descrever os fenômenos aleatórios, ou seja, aqueles em que está presente a incerteza;
estuda as técnicas que possibilitam a extrapolação, a um grande conjunto de dados, das informações e
conclusões obtidas a partir da amostra.
(B) é um conjunto de técnicas que permite, de forma sistemática, organizar, descrever, analisar e
interpretar dados oriundos de estudos ou experimentos, realizados em qualquer área do conhecimento.
(C) é a etapa inicial da análise, utilizada para descrever e resumir os dados, que foi revigorada pela
disponibilidade de uma grande quantidade de dados e de métodos computacionais muito eficientes.
(D) é a etapa conclusiva da análise, utilizada para descrever e resumir os dados e permite descrever
os fenômenos aleatórios ou seja, aqueles em que está presente a incerteza.
(E) é a etapa inicial da análise, utilizada para descrever e resumir dados; estuda as técnicas que
possibilitam a extrapolação, a um grande conjunto de dados, das informações e conclusões obtidas a
partir da amostra.

Respostas

01. Resposta: B.

02. Resposta: C.

03. Resposta: D.

04. Resposta: C.

AMOSTRAGEM

Amostragem é um técnica especial para recolher amostras, que garante, tanto quanto possível, o
acaso na escolha.

Probabilística (aleatória): A probabilidade de um elemento da população ser escolhido é conhecida.


Cada elemento da população passa a ter a mesma chance de ser escolhido.
Não-probabilística (não aleatória): Não se conhece a probabilidade de um elemento ser escolhido
para participar da amostra.

No quadro abaixo está descrita os métodos de amostragem:

AMOSTRAGEM PROBABILÍSTICA

Amostragem casual ou aleatória simples: este tipo de amostragem se assemelha ao sorteio lotérico.
Ela pode ser realizada numerando-se a população de 1 a n e sorteando-se, a seguir, por meio de um
dispositivo aleatório qualquer, k números dessa sequência, os quais serão pertentes à amostra.
Exemplo: 15% dos alunos de uma população de notas entre 8 e 10, serão sorteados para receber uma
bolsa de estudos de inglês.

Vantagens Desvantagens
- Facilidade de cálculo estatístico; - Requer listagem da população;
- Trabalhosa em populações elevadas;

150
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
- Probabilidade elevada de compatibilidade - Custos elevados se a dispersão da amostra
dos dados da amostra e da população. for elevada.

Amostragem sistemática: escolher cada elemento de ordem k. Assemelha-se à amostragem


aleatória simples, porque inicialmente enumeram-se as unidades da população. Mas difere da aleatória
porque a seleção da amostra é feita por um processo periódico pré-ordenado. Os elementos da população
já se acham ordenados, não havendo necessidade de construir um sistema de referência.
Exemplo: Amostra de 15% dos alunos com déficit de atenção diagnosticado. Sorteia-se um valor de 1
a 5. Se o sorteado for o 2, incluem-se na amostra o aluno 2, o 7, o 12 e assim por diante de cinco em
cinco.

Amostragem proporcional estratificada: muitas vezes a população se divide em subpopulações –


estratos, então classificamos a população em, ao menos dois estratos, e extraímos uma amostra de cada
um. Podemos determinar características como sexo, cor da pele, faixa etária, entre outros.
Exemplo: Supondo que dos noventa alunos de uma escola, 54 sejam meninos e 36 sejam meninas
vamos obter a amostra proporcional estratificada de 10% desta população.
Temos dois estratos: sexo masculino e feminino.

Sexo População 10% Amostra


10𝑥54
M 54 = 5,4 5
100
10𝑥36
F 36 = 3,6 4
100
10𝑥90
Total 90 = 9,0 9
100

Numeramos os alunos de 01 a 90, sendo que de 01 a 54 correspondem aos meninos e de 55 a 90, as


meninas.
Para amostragem muito grande também fazemos o uso da Tabela de Números Aleatórios, elaborada
a fim de facilitar os cálculos, que foi construída de modo que os dez algarismos (0 a 9) são distribuídos
ao acaso nas linhas e colunas, conforme pode ser visto abaixo:

151
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Para obtermos os elementos da amostra usando a tabela, sorteamos um algarismo qualquer da
mesma, a partir do qual iremos considerar números de dois, três ou mais algarismos, conforme nossa
necessidade. Os números obtidos irão indicar os elementos da amostra.
No nosso exemplo vamos definir como critérios a primeira e a segunda colunas da esquerda, de cima
para baixo (constituídos de 2 algarismos), obtermos os seguintes números.
A leitura da tabela pode ser feita horizontalmente (da direita para esquerda ou vice versa),
verticalmente (de cima para baixo ou vice versa), diagonalmente (no sentido ascendente ou
descendente), formando desenho de alguma letra e até mesmo escolhendo uma única linha ou coluna.
O critério adotado deve ser definido antes do início do processo.

57 28 92 90 80 22 56 79 53 18 53 03 27 05 40
Eliminamos os números maiores que 90 e os números repetidos.

Assim temos:
28 22 53 18 03 – para os meninos;
57 90 80 56 – para as meninas.

Vantagens Desvantagens
- Pressupõe um erro de amostragem menor; - Necessita de maior informação sobre a
- Assegura uma boa representatividade das população;
variáveis estratificadas; - Cálculo estatístico mais complexo.
- Podem empregar-se metodologias diferentes
para cada estrato;
- Fácil organização do trabalho de campo.

Amostragem por conglomerado: é uma amostra aleatória de agrupamentos naturais de indivíduos


(conglomerados) na população. Dividimos em seções a área populacional, selecionamos aleatoriamente
algumas dessas seções e tomamos todos os elementos das mesmas.
Exemplo:

O mapa mostra os conglomerados selecionados (neste caso os municípios), que apresentaram a maior
proporção de casos de dengue confirmados no Estado de São Paulo até março de 2015.

Vantagens Desvantagens
- Não existem listagem de toda a população; - Maior erro de amostragem;
- Concentra os trabalhos de campo num - Cálculo estatístico mais complexo na
número limitado de elementos da população. estimação do erro de amostragem.

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1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
AMOSTRAGEM NÃO-PROBABILÍSTICA

Amostragem por cotas: consiste em uma amostragem por julgamento que ocorre em suas etapas.
Em um primeiro momento, são criadas categorias de controle dos elementos da população e, a seguir,
selecionam-se os elementos da amostra com base em um julgamento.

Amostragem por julgamento: quando o pesquisador seleciona os elementos mais representativos


da amostra de acordo com seu julgamento pessoal. Essa amostragem é ideal quando o tamanho da
população é pequeno e suas características, bem conhecidas.

Amostragem por conveniência: é uma amostra composta de indivíduos que atendem os critérios de
entrada e que são de fácil acesso do investigador. Para o critério de seleção arrolamos uma amostra
consecutiva.
Exemplo: Em uma pesquisa sobre dengue, arrolar os 200 pacientes que receberam diagnostico em
um hospital.

Vantagens Desvantagens
- Mais econômica; - Maior erro de amostragem que em amostras
- Fácil administração; aleatórias;
- Não necessita de listagem da população. - Não existem metodologias válidas para o
cálculo do erro de amostragem;
- Limitação representativa;
- Maior dificuldade de controle de trabalho de
campo

Tamanho da Amostra
O tamanho da amostra deve ser determinado antes de se iniciar a pesquisa.
Deve-se usar a maior amostra possível, pois quanto maior a amostra, maior a representatividade da
população. Amostras menores possuem resultados menos precisos.
É muito importante usarmos amostras de tamanhos adequados, para que os dados tenham maior
confiabilidade e precisão.
Consideramos:

Amostras grandes: n > 100


Amostras médias: n > 30
Amostras pequenas: n < 30
Amostras muito pequenas: n < 12

Erros de amostragem
Diferença randômica(aleatória) entre a amostra e população da qual a amostra foi retirada. O tamanho
do erro pode ser medido em amostras probabilísticas, expressa como “erro padrão” (ou precisão) de
média, proporção entre outros.
Erro padrão da média: é usado para estimar o desvio padrão da distribuição das médias amostrais,
tanto para populações finitas ou infinitas (será abordado em medidas de dispersão).
Referências
CRESPO, Antônio Arnot – Estatística fácil – 18ª edição – São Paulo - Editora Saraiva: 2004.
SILVA, Ermes Medeiros, Elio Medeiros...- Estatística para os cursos de: Economia, Administração, Ciências Contábeis - 3ª edição – São Paulo – Editora Atlas
S. A: 1999.
DORA, Filho U – Introdução à Bioestatística para simples mortais – São Paulo – Elsevier: 1999.
http://www.andremachado.org

Questões

01. (TRT/MG – Analista Judiciário – FCC) O objetivo de uma pesquisa era o de se obter,
relativamente aos moradores de um bairro, informações sobre duas variáveis: nível educacional e renda
familiar. Para cumprir tal objetivo, todos os moradores foram entrevistados e arguídos quanto ao nível
educacional, e, dentre todos os domicílios do bairro, foram selecionados aleatoriamente 300 moradores
para informar a renda familiar. As abordagens utilizadas para as variáveis nível educacional e renda
familiar foram, respectivamente,
(A) censo e amostragem por conglomerados.

153
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
(B) amostragem aleatória e amostragem sistemática.
(C) censo e amostragem casual simples.
(D) amostragem estratificada e amostragem sistemática.
(E) amostragem sistemática e amostragem em dois estágios.

02. (EPE – Analista de Pesquisa Energética – CESGRANRIO) Considere um planejamento amostral


para uma população de interesse no qual é feita uma divisão dessa população em grupos idênticos à
população alvo, como uma espécie de microcosmos da população, e, em seguida, seleciona-se
aleatoriamente um dos grupos e retira-se a amostra do grupo selecionado.
A técnica de amostragem descrita acima é definida como:
(A) amostragem aleatória simples
(B) amostragem por conglomerados
(C) amostragem estratificada
(D) amostragem sistemática
(E) amostragem por cotas

03. (MTur – Estatístico – ESAF) Com relação à amostragem, pode-se afirmar que:
(A) na amostragem por quotas, tem-se uma amostra não probabilística na qual divide-se a população
em subgrupos e determina-se uma quota (proporcional) a cada subgrupo. A seleção dos objetos
individuais obedece o critério de uma amostra sistemática.
(B) na amostragem estratificada, divide-se a população em grupos (ou classes, ou estratos), de modo
que os elementos pertencentes ao mesmo estrato sejam o mais heterogêneos possível com respeito à
característica em estudo. Para cada grupo toma-se uma subamostra pelo procedimento a.a.s., e a
amostra global é o resultado da combinação das subamostras de todos os estratos
(C) na amostragem por conglomerados, seleciona-se primeiro, ao acaso, grupos (conglomerados) de
elementos individuais da população. A seguir, toma-se ou todos os elementos ou uma subamostra de
cada conglomerado. Nos conglomerados, as diferenças entre eles devem ser tão grandes quanto
possível, enquanto as diferenças dentro devem ser tão pequenas quanto possível.
(D) na amostragem por quotas, tem-se uma amostra probabilística na qual divide-se a população em
subgrupos e determina-se uma quota (proporcional) a cada subgrupo. A seleção dos objetos individuais
é por sorteio.
(E) na amostragem sistemática, toma-se cada k-ésima unidade da população previamente ordenada,
em que k é a razão de amostragem. O procedimento deve começar ao acaso, sorteando-se um número
entre 1 e k.

04. (TJ-ES – Analista Jurídico – CESPE) No que concerne aos planos amostrais, julgue os itens a
seguir.

Tanto na amostragem estratificada quanto na amostragem por conglomerados, a população é dividida


em grupos. Na amostragem por conglomerados, de cada grupo seleciona-se um conjunto de elementos;
na amostragem estratificada, devem-se selecionar quais estratos serão amostrados e, desses, observar
todos os elementos.
( ) Certo ( ) Errado

Respostas

01. Resposta: C.
Vide a definição apresentada em nosso material.

02. Resposta: B.
Amostragem por conglomerado: é uma amostra aleatória de agrupamentos naturais de indivíduos
(conglomerados) na população. Dividimos em seções a área populacional, selecionamos aleatoriamente
algumas dessas seções e tomamos todos os elementos das mesmas.

03. Resposta: E.
Escolher cada elemento de ordem k. Assemelha-se à amostragem aleatória simples, porque
inicialmente enumeram-se as unidades da população. Mas difere da aleatória porque a seleção da
amostra é feita por um processo periódico pré-ordenado. Os elementos da população já se acham
ordenados, não havendo necessidade de construir um sistema de referência.

154
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
04. Resposta: Errado.
As definições de amostragem estratificada e por conglomerados estão invertidas.

DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIA

Usamos a distribuição de frequência12 para organizarmos os dados estatísticos resultantes de variáveis


quantitativas (as que usam os números para expressar-se) e fazemos a tabulação dos dados, ou seja, a
colocação dos dados de forma ordenada em uma tabela, para assim melhor interpreta-los.

Distribuição de frequência sem intervalo de classe

Quando temos variáveis discretas (possuem número finito de valores entre quaisquer dois valores) a
sua variação é relativamente pequena, cada valor pode ser tomado como um intervalo de classe.
Exemplo:
Uma professora organizou as notas que seus 25 alunos obtiveram em uma de suas provas, da seguinte
forma:

Observe que ela já ordenou os dados brutos (rol) o que ajuda a fazermos a tabulação dos dados.
Tabulando teremos:

O número de vezes que um dado aparece é chamado de FREQUÊNCIA ABSOLUTA representado


por f ou fi (varia de acordo com a bibliografia estudada). Também podemos representar a frequência em
forma de porcentagem, a esta damos o nome de FREQUÊNCIA RELATIVA (fr). Ela é o quociente entre
a frequência absoluta e o número de elementos da população total.

12
CRESPO, Antônio Arnot – Estatística fácil – 18ª edição – São Paulo - Editora Saraiva: 2002

155
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Podemos ainda através desta tabulação encontrar a FREQUÊNCIA ABSOLUTA ACUMULADA (fa,
Fa ou Fi), na qual é a soma da frequência absoluta com a do anterior.

Observe que a última linha da Frequência Absoluta Acumulada é SEMPRE IGUAL ao somatório total
dos dados. Temos ainda a FREQUÊNCIA RELATIVA ACUMULADA (fra), que é a razão entre a
frequência absoluta acumulada e a frequência absoluta acumulada total de dados, é a forma percentual
de representarmos esses dados.

O exemplo acima mostra a distribuição de frequência para dados não agrupados. Quando trabalhamos
com uma quantidade grande de dados, a melhor forma é agrupa-los, afim de ganharmos simplicidade,
mesmo que perdemos os pormenores.

Nota:
Muitas bibliografias tendem a definir os termos de seus elementos estatísticos de formas variadas,
dando nome aos seus elementos de formas diferentes. Porém devemos levar em consideração o princípio
de cada um, o seu uso e relevância dentro do tratamento dos dados.
Colocamos aqui algumas dessas definições para o mesmo elemento para que você possa estar
contextualizado sobre o assunto.

156
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Distribuição de frequência para dados agrupados

Para melhor entendimento vamos acompanhar um exemplo e assim destacaremos os elementos


desse tipo de distribuição e os meios de montarmos sua tabela.

Exemplo:
Uma pesquisa feita com 40 alunos de uma escola C, revelou os seguintes dados sobre a estatura de
seus alunos (estaturas dadas em cm):

Observe que os dados não estão ordenados, então devemos organiza-los para assim conseguirmos
analisarmos, montando assim o nosso Rol:

Com isso já fica evidente qual a menor (150 cm) e a maior (173 cm) estatura deste grupo de alunos, e
sua concentração está entre 160 e 165 cm.

Se montássemos uma tabela semelhante a do exemplo anterior, exigiria muito espaço, mesmo a nossa
amostra tendo uma quantidade de valores razoável (40 alunos). Então convém agruparmos esses valores
em vários intervalos. Com isso teremos a seguinte tabela de distribuição de frequência com intervalo de
classes.
ESTATURA DOS 40 ALUNOS
DA ESCOLA C

Para montarmos uma tabela com tal agrupamento, precisamos saber algumas definições:

- Classes de frequência ou classes: são intervalos de variação da variável. Elas são simbolicamente
representadas por i, sendo i = 1,2,3, ..., k (onde k é o número total de classes da distribuição).
Por exemplo o intervalo 158 ├- 162 define a 3ª classe (i = 3), de um total de 6 classes, k = 6.

Depois aplicamos a fórmula de Sturges (regra do Logaritmo) dada por:

Aplicando no nosso exemplo temos: k = 1 + 3,3 .log 40 → k = 1 + 3,3 .1,60 → k = 1 + 5,28 → k = 6,28,
arredondando temos k = 6.

Dica
Quantidade de classes x quantidade de dados

157
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Já sabemos que vamos precisar de 6 classes para agruparmos nossos dados. Agora precisamos
descobrir quantos dados vamos agrupar juntos, ou seja, qual o tamanho ou amplitude do nosso intervalo,
para isso precisaremos de mais algumas informações.

- Amplitude amostral ou total (AA): diferença entre o valor máximo e o valor mínimo da amostra.
AA = x (máx.) – x (min.)

Sabemos que o menor valor da nossa amostra é 150 e o maior 173, aplicando teremos:
AA = 173 – 150 = 23 cm

- Amplitude das classes (h): é a divisão entre a amplitude total e o número de classes. O valor desta
divisão só poderá ser arredondado para mais.
𝑨𝑨
𝒉=
𝒌

Para nosso exemplo temos:


𝐴𝐴 23
ℎ= →ℎ= = 3,83 ≅ 4
𝑘 6

Assim agruparemos os dados de 4 em 4: 150 ao 154; 154 ao 158, ..., 170 ao 174, completando nossas
6 classes. Lembrando que como utilizamos o símbolo “├- “não estamos considerando o valor final, por
isso o repetimos no intervalo seguinte.
Com isso, conseguimos chegar a nossa tabela inicial.

Tome Nota: Podemos chamar a amplitude de classes também como Amplitude de um intervalo de
classe ou intervalo de classe (hi) que é a medida do intervalo que define a classe. Obtemos ela através
da diferença do limite superior e inferior de cada classe. Uma vez que conhecemos e temos os intervalos
podemos encontra-la facilmente.
hi = Li – li

Outras informações são importantes e relevantes ao nosso estudo, como meio de chegarmos a outras
análises. Vejamos:

- Limite de classe: são os extremos de cada classe. O menor chamamos de limite inferior da classe
(li) e o maior, o limite superior da classe (Li).
Tomando como exemplo a 3ª classe, temos:
l3 = 158 e L3 = 162

Fique por dentro!

O símbolo ├- , indica uma inclusão do valor de li (limite inferior) e exclusão do valor de Li (limite
superior).

158
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
O símbolo ├-┤, indica uma inclusão tanto do valor de li (limite inferior) como do valor de Li (limite
superior).
O símbolo -┤, , indica uma exclusão do valor de li (limite inferior) e inclusão do valor de Li (limite
superior).

- Amplitude total da distribuição (AT): é a diferença entre o limite superior da última classe e o limite
inferior da última classe.
AT = L (máx.) – l (mín.)

Em nosso caso temos: AT = 174 – 150 = 24 cm

Observação: A amplitude total da distribuição (AT) JAMAIS coincide com a amplitude amostral (AA).

- Ponto médio de uma classe (xi): é o ponto que divide o intervalo de classe em duas partes iguais.
É o valor que a representa. Para sua obtenção calculamos a média aritmética entre os limites da classe
(superior e inferior).
𝒍𝒊 + 𝑳𝒊
𝒙𝒊 =
𝟐
Exemplo:
O ponto médio da 4ª classe é:

𝑙4 + 𝐿4 162 + 166 328


𝑥4 = → 𝑥4 = → 𝑥4 = → 𝑥4 = 164 𝑐𝑚
2 2 2

Questões

01. (ESA – Combatente/Logística – EXÉRCITO BRASILEIRO) Identifique a alternativa que


apresenta a frequência absoluta (fi) de um elemento (xi) cuja frequência relativa (fr) é igual a 25 % e cujo
total de elementos (N) da amostra é igual a 72.
(A) 18.
(B) 36.
(C) 9.
(D) 54.
(E) 45.

02. (BNDES – Técnico Administrativo – CESGRANRIO) Em uma faculdade, uma amostra de 120
alunos foi coletada, tendo-se verificado a idade e o sexo desses alunos. Na amostra, apurou-se que 45
estão na faixa de 16 a 20 anos, 60, na faixa de 21 a 25 anos, e 15 na faixa de 26 a 30 anos. Os resultados
obtidos encontram-se na Tabela abaixo.

Quais são, respectivamente, os valores indicados pelas letras P, Q, R e S?


(A) 40; 28; 64 e 0
(B) 50; 28; 64 e 7
(C) 50; 40; 53,3 e 7
(D) 77,8; 28; 53,3 e 7
(E) 77,8; 40; 64 e 0

03. (IMESC – Oficial Administrativo – VUNESP) Na tabela a seguir, constam informações sobre o
número de filhos dos 25 funcionários de uma pequena empresa.

159
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Com base nas informações contidas na tabela, é correto afirmar que o número total de filhos dos
funcionários dessa pequena empresa é necessariamente
(A) menor que 41.
(B) igual a 41.
(C) maior que 41 e menor que 46.
(D) igual a 46.
(E) maior ou igual a 46.

Comentários

01. Resposta: A.
f_r=f_i/N
f_i=0,25∙72=18

02. Resposta: B.
Pela pesquisa 45 alunos estão na faixa de 16 a 20
São 10 do sexo masculino, portanto são 45-10=35 do sexo feminino.
70---100%
35----P
P=50%
70---100%
Q---40%
Q=28
35+28+S=70
S=7
Pela última coluna(% de sexo masculino):
20+R+16=100
R=64
P=50; Q=28; R=64; S=7

03. Resposta: E.
1 filho: 7 pessoas -7 filhos
2 filhos: 5 pessoas – 5.2=10 filhos
3 filhos: 3 pessoas – 3.3=9
Já são 26 filhos.
Temos mais 5 pessoas que tem mais de 3 filhos, o número mínimo são 4 filhos.
5.4=20
26+20=46 filhos no mínimo.

MEDIDAS DE POSIÇÃO – CENTRALIDADE

As medidas de posição visam localizar com maior facilidade onde está a maior concentração de valores
de uma dada distribuição, podendo estar ela no início, meio ou fim; e também se esta distribuição está
sendo feita de forma igual.
As medidas de posição mais importantes são as de tendência central (veremos aqui para dados
agrupados):
- Média;
- Moda;
- Mediana.

160
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
MÉDIA ARITMÉTICA (𝒙 ̅)
A média aritmética é o quociente da divisão da soma dos valores da variável pelo número deles.
Anteriormente tratamos a média para dados não agrupados, agora veremos para dados agrupados.

1) Sem intervalo de classe: considerando a distribuição relativa a 34 famílias de quatro filhos, e


tomando como variável o número de filhos do sexo masculino, teremos a seguinte tabela:

Nº de meninos fi
0 2
1 6
2 10
3 12
4 4
∑ = 34

As frequências são números indicadores da intensidade de cada valor da variável, elas funcionam
como fatores de ponderação, o que nos leva a calcular a média aritmética ponderada, dada por:

𝚺𝒙𝒊 𝒇𝒊
̅=
𝒙
𝚺𝒇𝒊

O método mais prático de resolvermos é adicionarmos mais uma coluna para obtenção da média
ponderada:

Nº de meninos fi xi.fi
0 2 0
1 6 6
2 10 20
3 12 36
4 4 16
∑ = 34 ∑ = 78
Aplicando a fórmula temos:
Σ𝑥𝑖 𝑓𝑖 78
𝑥̅ = = = 2,29 → 𝑥̅ = 2,3 𝑚𝑒𝑛𝑖𝑛𝑜𝑠
Σ𝑓𝑖 34

Nota: quando a variável apresenta um valor 2 meninos, 3 décimos de meninos, como devemos
interpretar o resultado? Como o valor médio 2,3 meninos sugere (para este caso) que o maior número de
famílias tem 2 meninos e 2 meninas, sendo uma tendência geral, certa superioridade numérica em relação
ao número de meninos.

2) Com intervalos de classe: convencionamos que todos os valores incluídos em um determinado


intervalo de classe coincidam com seu ponto médio. Determinamos a média ponderada através da
fórmula:
Σ𝑥𝑖 𝑓𝑖
𝑥̅ = , 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑥𝑖 é 𝑜 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑜 𝑑𝑎 𝑐𝑙𝑎𝑠𝑠𝑒.
Σ𝑓𝑖

Exemplo:
i Estaturas (cm) fi
1 150 ├ 154 4
2 154 ├ 158 9
3 158 ├ 162 11
4 162 ├ 166 8
5 166 ├ 170 5
6 170 ├ 174 3
∑ = 40

Vamos abrir uma coluna para os pontos médios e outra para os produtos:

161
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
i Estaturas (cm) fi xi xi.fi
1 150 ├ 154 4 152 608
2 154 ├ 158 9 156 1404
3 158 ├ 162 11 160 1760
4 162 ├ 166 8 164 1312
5 166 ├ 170 5 168 840
6 170 ├ 174 3 172 516
∑ = 40 ∑ = 6440

Σ𝑥𝑖 𝑓𝑖
∑xifi = 6440, ∑fi = 40 e 𝑥̅ = Σ𝑓𝑖

Aplicando:

6440
𝑥̅ = = 161 → 𝑥̅ = 161 𝑐𝑚
40

Vantagens e desvantagens da média

1. É uma medida de tendência central que, por uniformizar os valores de um conjunto de


dados, não representa bem os conjuntos que revelam tendências extremas.
2. Não necessariamente tem existência real, isto é, nem sempre é um valor que faça parte
do conjunto de dados, para bem representá-lo, embora pertença obrigatoriamente ao intervalo
entre o maior e o menor valor.
3. É facilmente calculada.
4. Serve para compararmos conjuntos semelhantes.

MODA (Mo)
A moda é o valor que aparece com maior frequência em uma série de valores. Podemos dizer é o
valor que “está na moda”.

- Para dados não agrupados: ela é facilmente reconhecida, pois observamos o valor que mais se
repete, como dito na definição.
Exemplo:
A série: 7,8,9,10,11, 11, 12, 13, 14 tem moda igual a 10.

Observações:
- Quando uma série não apresenta valor modal, ou seja, quando nenhum valor aparece com
frequência, dizemos que ela é AMODAL.
- Quando uma série tiver mais de um valor modal, dizemos que é BIMODAL (dois valores modas),
TRIMODAL, etc.

- Para dados agrupados


1) Sem intervalo de classe: para determinarmos a moda basta observamos a variável com maior
frequência. Vejamos o exemplo:

Nº de meninos fi
0 2
1 6
2 10
3 12
4 4
∑ = 34

Observamos que a maior frequência(fi) é 12, que corresponde ao valor de variável 3, logo: Mo = 3

162
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
2) Com intervalo de classe: a classe que apresenta maior frequência é denominada classe modal. A
moda é o valor dominante que está compreendido entre os limites da classe modal. O método mais
simples para o cálculo é tomar o ponto médio da classe modal. A este valor damos o nome de moda
bruta.
𝒍 ∗ +𝑳 ∗
𝑴𝒐 =
𝟐

Onde:
l* → limite inferior da classe modal
L* → limite superior da classe modal
Exemplo:

i Estaturas (cm) fi
1 150 ├ 154 4
2 154 ├ 158 9
3 158 ├ 162 11
4 162 ├ 166 8
5 166 ├ 170 5
6 170 ├ 174 3
∑ = 40

Observe que a classe com maior frequência é a de i = 3, nela temos que l* = 158 e o L* = 162, aplicando
na fórmula:

𝑙 ∗ +𝐿 ∗ 158 + 162 320


𝑀𝑜 = = = = 160, 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑎 𝑀𝑜 = 160𝑐𝑚
2 2 2

Existem ainda outros métodos mais elaborados para encontramos a moda, um deles seria a fórmula
de Czuber, onde:

𝑫𝟏
𝑴𝒐 = 𝒍 ∗ + .𝒉 ∗
𝑫𝟏 + 𝑫𝟐

Onde temos:
l*→ limite inferior da classe modal
h* → amplitude da classe modal
D1 → f* - f(ant)
D2 → f* - f(post)
f*→ frequência simples da classe modal
f(ant)→ frequência simples da classe anterior à classe modal
f(post) → frequência simples da classe posterior à classe modal.

Aplicando a fórmula ao exemplo anterior temos:

𝐷1 11 − 9 2
𝑀𝑜 = 𝑙 ∗ + . ℎ ∗= 158 + . (162 − 158) = 158 + .4
𝐷1 + 𝐷2 (11 − 9) + (11 − 8) 2+3

8
𝑀𝑜 = 158 + = 158 + 1,6 = 159,6 ≅ 160 𝑐𝑚
5

Gráficos da moda
Observe que a moda é o valor correspondente, no eixo das abcissas, ao ponto de ordenada máxima.
Assim temos:

163
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
A moda é utilizada:
- Quando desejamos obter uma medida rápida e aproximada de posição;
- Quando a medida de posição deve ser o valor mais típico da distribuição.

Vantagens e Desvantagens da Moda

1) Não depende de todos os valores da série, nem de sua ordenação, podendo mesmo não se alterar
com a modificação de alguns deles.
2) Não é influenciada por valores extremos (grandes) da série.
3) Sempre tem existência real, ou seja, sempre é representada por um elemento do conjunto de
dados, excetuando o caso de classes de frequências, quando trabalhamos com subconjuntos (dados
agrupados) e não com cada elemento isoladamente.

MEDIANA (Md)
Como o próprio nome sugere, a mediana é o valor que se encontra no centro de uma série de
números, estando estes dispostos segundo uma ordem. É o valor situado de tal forma no conjunto
que o separa em dois subconjuntos de mesmo número de elementos.

- Para dados não agrupados: para identificarmos a mediana, precisamos ordenar os dados
(crescente ou decrescente) dos valores, para depois identificarmos o valor central. Exemplo:
Dada a série de valores:
5, 13, 10, 2, 18, 15, 6, 16, 9, vamos ordenar os valores em ordem crescente:
2, 5, 6, 9, 10, 13, 15, 16,18; como temos uma sequência de 9 números precisamos identificar aquele
que divide o conjunto em 2 subconjuntos com a mesma quantidade de elementos. Neste caso o valor é
10, pois temos a mesma quantidade de elementos tanto a esquerda quanto a direita:

164
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Md = 10
Neste caso como a série tem número ímpar de termos, ficou fácil identificarmos a mediana. Porém se
a série tiver número par, a mediana será, por definição, qualquer dos números compreendidos entre dois
valores centrais desta série, ao qual utilizaremos o ponto médio entre as duas. Exemplo:
2, 6, 7, 10, 12, 13, 18, 21 (8 termos), vamos utilizar os valores mais centrais que neste caso são o 4º
e o 5º termo. Então a mediana será:
10 + 12 22
𝑀𝑑 = = = 11
2 2
Observações: estando ordenado os valores de uma série e sendo n o número de elementos desta
série, o valor mediano será:
𝑛+1
- o termo de ordem 2 , se n for ímpar;
𝑛 𝑛
- a média aritmética dos termos de ordem 2 𝑒 2 + 1, se n for par.
Observando os exemplos dados:
𝑛+1 9+1 10
- Para n = 9, temos 2 = 2 = 2 = 5, a mediana é o 5º temo, que é Md = 10.
- Para n = 8, temos 8/2 = 4 e 8/2 + 1 = 4 + 1 = 5. Logo a mediana é a média aritmética do 4º e 5º termo:
10 + 12 / 2 = 22 / 2 = 11 → Md = 11
Notas:
- O valor da mediana pode coincidir ou não com um elemento da série. Se for ímpar há
coincidência, se for par já não há;
- A mediana e a média aritmética não têm necessariamente, o mesmo valor;
- A mediana depende da posição dos elementos e não dos valores dos elementos na
série ordenada. Essa é uma diferença marcante entre mediana e a média;
- A mediana também pode ser chamada de valor mediano.

- Para dados agrupados: o cálculo da mediana se processa de modo semelhante ao dos dados não
agrupados, implicando na determinação prévia das frequências acumuladas.
1) Sem intervalo de classe: neste caso basta identificarmos a frequência acumulada imediatamente
superior à metade da soma da frequências. A mediana será o valor da variável que corresponde a tal
frequência acumulada. Exemplo:
Nº de meninos fi Fa
0 2 2
1 6 8
2 10 18
3 12 30
4 4 34
∑ = 34
Logo teremos:
Σfi 34
2
= 2 = 17, a menor frequência acumulada que supera este valor é 18, que corresponder ao valor 2
da variável, sendo esta a mediana ou valor mediano. Md = 2 meninos.

Nota:
Σfi
- Caso exista uma frequência acumulada (Fa ou Fi), tal que: 𝐹𝑖 = , a mediana será dada por:
2
𝑥𝑖 + 𝑥𝑖+1
𝑀𝑑 =
2
Ou seja, a mediana será a média aritmética entre o valor da variável correspondente a essa frequência
acumulada e a seguinte. Exemplo:
xi fi Fi
12 1 1

165
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
14 2 3
15 1 4
16 2 6
17 1 7
20 1 8
∑=8
Temos: 8/2 = 4 = F3
Então:
15 + 16 31
𝑀𝑑 =
= = 15,5
2 2
1) Com intervalo de classe: precisamos, neste caso, determinar o ponto do intervalo em que está
compreendido a mediana. Para tal, precisamos determinar a classe mediana, que será aquela
Σfi
correspondente à frequência acumulada imediatamente superior a . Fazendo isso podemos interpolar
2
os dados (inserção de uma quantidade de valores entre dois números), admitindo-se que os valores se
distribuam uniformemente em todo o intervalo de classe. Exemplo:

i Estaturas (cm) fi Fi
1 150 ├ 154 4 4
2 154 ├ 158 9 13
3 158 ├ 162 11 24
4 162 ├ 166 8 32
5 166 ├ 170 5 37
6 170 ├ 174 3 40
∑ = 40

A classe destaca é a classe mediana. Temos que:


Σfi 40
= = 20
2 2
Como há 24 valores incluídos nas três primeiras classes de distribuição e como pretendemos
determinar o valor que ocupa o 20º lugar, a partir do início da série, vemos que este deve estar localizado
na terceira classe (i = 3), supondo que as frequências dessa classe estejam uniformemente distribuídas.
Como existe 11 elementos nesta classe (fi) e o intervalo da classe (i) é 4, devemos tomar, a partir do
limite inferior, a distância:
20 − 13 7 7 28
.4 = . 4, 𝑎 𝑚𝑒𝑑𝑖𝑎𝑛𝑎 𝑠𝑒𝑟á 𝑑𝑎𝑑𝑎 𝑝𝑜𝑟: 𝑀𝑑 = 158 + . 4 = 158 + = 158 + 2,54 = 160,5 𝑐𝑚
11 11 11 11
Em resumo aplicamos os seguintes passos:

1º - Determinamos as frequências acumuladas;


2º - Calculamos ∑fi / 2;
3º - Marcamos a classe corresponde à frequência acumulada imediatamente superior a ∑fi / 2 (classe
mediana) e após isso aplicamos a fórmula:
𝚺𝒇𝒊
[ 𝟐 − 𝑭(𝒂𝒏𝒕)] . 𝒉 ∗
𝑴𝒅 = 𝒍 ∗ +
𝒇∗
Onde:
l* → limite inferior da classe mediana;
F (ant) → frequência acumulada da classe anterior à classe mediana;
f* → frequência simples da classe mediana;
h* → amplitude do intervalo da classe mediana.

Baseado no exemplo anterior temos:


l* = 158 ; F(ant) = 13 ; f* = 11 e h* = 4
Empregamos a mediana quando:
- Desejamos obter o ponto que divide a distribuição em partes iguais;
- Há valores extremos que afetam de uma maneira acentuada a média;
- A variável em estudo é salário.

166
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Vantagens e Desvantagens da Mediana

1) Não depende de todos os valores do conjunto de dados, podendo mesmo não se


alterar com a modificação.
2) Não é influenciada por valores extremos (grandes) do conjunto de dados.
3) Quando há valores repetidos, a interpretação do valor mediano não é tão simples.

Posição relativa da Média, Mediana e Moda


Quando a distribuição é simétrica, as 3 medidas coincidem; porém a assimetria torna elas diferentes e
essa diferença é tanto maior quanto é a assimetria. Com isso teremos um distribuição em forma de sino:
x̅ = Md = Mo → curva simétrica

Mo < Md < x̅ → curva assimétrica positiva;


x̅ < Md < Mo → curva assimétrica negativa.

Referência
CRESPO, Antônio Arnot – Estatística fácil – 18ª edição – São Paulo - Editora Saraiva: 2002

OUTLIERS

Os outliers são dados que se diferenciam drasticamente de todos os outros, são pontos fora da curva.
Em outras palavras, um outlier é um valor que foge da normalidade e que pode (e provavelmente irá)
causar anomalias nos resultados obtidos por meio de algoritmos e sistemas de análise.
Entender os outliers é fundamental em uma análise de dados por pelo menos dois aspectos:
1. os outliers podem visar negativamente todo o resultado de uma análise;
2. o comportamento dos outliers pode ser justamente o que está sendo procurado.

Os outliers possuem diversos outros nomes, como: dados discrepantes, pontos fora da curva,
observações fora do comum, anomalias, valores atípicos, entre outros.
A seguir elencamos algumas situações comuns em que os outliers surgem na análise de dados e
apontamos sugestões de como lidar com eles em cada caso.

Como identificar quais são os dados outliers?


Encontrar os outliers utilizando tabelas

167
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
A forma mais simples de encontrar dados outliers é olhar diretamente para a tabela ou planilha de
dados – o dataset, como chamam os cientistas de dados.
O caso da tabela a seguir exemplifica claramente um erro de digitação, ou seja, de input dos dados. O
campo da idade do indivíduo Antônio Silveira certamente não representa a idade de 470 anos. Olhando
para a tabela é possível identificar o outlier, mas fica difícil afirmar qual seria a idade correta. Existem
várias possibilidades que podem se referir a idade certa, como: 47, 70 ou ainda 40 anos.

Em uma pequena amostra a tarefa de encontrar outliers com o uso de tabelas pode ser fácil. Porém,
quando a quantidade de observações passa para a casa dos milhares ou milhões fica impossível de
encontrar quais são os dados que destoam do geral. Essa tarefa fica ainda mais difícil quando muitas
variáveis (as colunas da planilha) são envolvidas.

Questões

01. (TRT-8ª – Analista Judiciário – CESPE) Com relação à definição das medidas de tendência
central e de variabilidade dos dados em uma estatística, assinale a opção correta.
(A) A moda representa o centro da distribuição, é o valor que divide a amostra ao meio.
(B) A amplitude total, ou range, é uma medida de tendência central pouco afetada pelos valores
extremos.
(C) A mediana é o valor que ocorre mais vezes, frequentemente em grandes amostras.
(D) A variância da amostra representa uma medida de dispersão obtida pelo cálculo da raiz quadrada
positiva do valor do desvio padrão dessa amostra.
(E) A média aritmética representa o somatório de todas as observações dividido pelo número de
observações.

02. (Pref. Fortaleza/CE – Matemática – Pref. Fortaleza/CE) A medida estatística que separa as
metades superior e inferior dos dados amostrados de uma população é chamada de:
(A) mediana.
(B) média.
(C) bissetriz.
(D) moda.

03. (SSP/AM – Técnico de Nível Superior – FGV) A sequência a seguir mostra o número de gols
marcados pelo funcionário Ronaldão nos nove últimos jogos disputados pelo time da empresa onde ele
trabalha:
2, 3, 1, 3, 0, 2, 0, 3, 1.
Sobre a média, a mediana e a moda desses valores é verdade que:
(A) média < mediana < moda;
(B) média < moda < mediana;
(C) moda < média < mediana;
(D) mediana < moda < média;
(E) mediana < média < moda.

168
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
04. (SESP/MT – Perito Oficial Criminal - Engenharia Civil/Engenharia Elétrica/Física/Matemática
– FUNCAB) Determine a mediana do conjunto de valores (10, 11, 12, 11, 9, 8, 10, 11, 10, 12).
(A) 8,5
(B) 9
(C) 10,5
(D) 11,5
(E) 10

05. (Pref. Guarujá/SP – SEDUC – Professor de Matemática – CAIPIMES) As massas de 5 amigos


são 63,5; 70,3; 82,2; 59 e 71,5 quilogramas. A média e a mediana das massas são, respectivamente:
(A) 69,3 e 70,3 quilogramas.
(B) 172,25 e 82,2 quilogramas.
(C) 69,3 e 82,2 quilogramas.
(D) 172, 70,3 quilogramas.

06. (FUNDUNESP – Auxiliar Administrativo – VUNESP) O gráfico apresenta informações sobre o


número médio de anos de estudo da população brasileira, com base na Pesquisa Nacional por Amostra
de Domicílios de 2011, publicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com base nas informações do gráfico, é verdade que


(A) o número de homens com estudo é menor que o número de mulheres com estudo, nos anos de
2009 e 2011.
(B) de 2009 para 2011 houve um aumento no número de homens com estudo.
(C) em 2010, a média de anos de estudo das mulheres era de 7,4 anos.
(D) em 2009, a média de anos de estudos das mulheres era de exatos 7 anos e 3 meses.
(E) a média de anos de estudo das mulheres não ultrapassou a 5 meses a dos homens, nos anos de
2009 e 2011.

07. (FUNDUNESP – Auxiliar Administrativo – VUNESP) Um concurso é composto por três fases,
com pesos 1, 2 e 3, respectivamente. Pedro ficou sabendo que na 1.ª fase desse concurso sua nota foi
7,0 e que na 2.ª fase sua nota foi 4,0.
Sabendo-se que para ser aprovado a média aritmética ponderada final tem que ser, no mínimo, 5, que
as notas apresentadas ainda não estão multiplicadas pelos respectivos fatores, e que em cada fase as
notas variam de zero a dez, pode-se afirmar corretamente que
(A) não há como Pedro ser aprovado no concurso.
(B) Pedro já está aprovado no concurso, independentemente da nota que tirar na 3.ª fase.
(C) se Pedro tirar 5,0 ou mais na 3.ª fase, então ele estará aprovado no concurso.
(D) Pedro precisa tirar, no mínimo, 7,0 na 3.ª fase, para ser aprovado no concurso.
(E) tirando 4,0, Pedro estará aprovado no concurso.

08. (IF/GO – Assistente de Alunos – UFG) A tabela a seguir apresenta o índice de desenvolvimento
humano (IDH) de alguns países da América Latina referente ao ano 2012.

Países IDH
Argentina 0,811

169
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Bolívia 0,645
Brasil 0,730
Chile 0,819
Colômbia 0,719
Cuba 0,780
México 0,775
Uruguai 0,792
Venezuela 0,758
Disponível em: <http://www.abinee.org.br/abinee/decon/decon55a.htm>. Acesso em: 24 fev. 2014. (Adaptado).

Dentre os países listados, aquele cujo IDH representa a mediana dos dados apresentados é:
(A) Brasil
(B) Colômbia
(C) México
(D) Venezuela

09. (QC – Segundo Tenente – Ciências Contábeis – MB) Analise a tabela a seguir.
Classe Velocidade (em nós) Tempo(h)
1 0 |------- 5 1
2 5 |------ 10 7
3 10 |------ 15 15
4 15 |------ 20 9
5 20 |------ 25 3
6 25 |------ 30 2

Dos registros de navegação de um determinado navio, foi obtido o quadro acima.


Após análise dos registros, determine a média das velocidades do navio na série observada e assinale
a opção correta.
(A) 13,43 nós
(B) 13,92 nós
(C) 14,12 nós
(D) 14,69 nós
(E) 15,26 nós

10. (Pref. Paulistana/PI – Professor de Matemática – IMA) Considere o conjunto de dados abaixo,
referente ao salário médio dos funcionários de uma empresa.

O valor da Mediana é:
(A) 1240
(B) 1500
(C) 1360
(D) 1600
(E) 1420

170
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Respostas

01.Resposta: E.
Pela definições apresentadas a única que responde de forma correta a questão é sobre a média.

02. Resposta: A.
Pela definição temos que esta medida é a Mediana.

03.Resposta: A.
Reordenando temos:
0,0,1,1,2,2,3,3,3
Fica evidente o valor da moda, Mo = 3
A mediana é o meio, como é uma sequência com 9 números temos: n+1/2 → 9 +1 / 2 → 10/2 → 5,
logo a mediana será o 5º termo, então Md = 2
A média é a somatória de todos os valores, dividido pela quantidade 1+1+2+2+3+3+3 = 15, 15/9 = 1,66
Logo: média < mediana < moda

04. Resposta: C.
Coloquemos os valores em ordem crescente:
8, 9, 10, 10, 10, 11, 11, 11, 12, 12

Como a Mediana é o elemento que se encontra no meio dos valores colocados em ordem crescente,
temos que:
10 + 11 21
𝑀= = = 10,5
2 2

05. Resposta: A.
63,5+70,3+82,2 + 59+71,5 346,5
A média é: 𝑀 = 5
= 5 = 69,3
Para verificar a mediana, basta colocar os valores em ordem crescente e verificar o elemento que se
encontra no meio deles:
59 63,5 70,3 71,5 82,2

06. Resposta: E.
7,3+7,5 14,8
Média das mulheres: = = 7,4 anos = 7,4 . 12 = 88,8 meses
2 2

7+7,1 14,1
Média dos homens: 2 = 2 = 7,05 anos = 7,05 . 12 = 84,6 meses
Assim, 88,8 – 84,6 = 4,2 meses

07. Resposta: C.
Pesos 1, 2 e 3, respectivamente. Pedro ficou sabendo que na 1.ª fase desse concurso sua nota foi 7,0
e que na 2.ª fase sua nota foi 4,0.
Sabendo-se que para ser aprovado a média aritmética ponderada final tem que ser, no mínimo, 5

1.7 + 2.4 + 3. 𝑥
𝑀= =5
1+2+3
15 + 3. 𝑥
=5
6

15 + 3𝑥 = 6 . 5

3𝑥 = 30 − 15

15
𝑥= =5
3

171
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
08. Resposta: C.
Vamos colocar os números em ordem crescente:
0,645 0,719 0,730 0,758 0,775 0,780 0,792 0,811 0,819
O número que se encontra no meio é 0,775 (México).

09. Resposta: C.
Vamos calcular a média de cada classe:
* Classe 1: (0 + 5) / 2 = 5 / 2 = 2,5
2,5 . 1 = 2,5
* Classe 2: (5 + 10) / 2 = 15 / 2 = 7,5
7,5 . 7 = 52,5
* Classe 3: (10 + 15) / 2 = 25 / 2 = 12,5
12,5 . 15 = 187,5
* Classe 4: (15 + 20) / 2 = 35 / 2 = 17,5

17,5 . 9 = 157,5
* Classe 5: (20 + 25) / 2 = 45 / 2 = 22,5
22,5 . 3 = 67,5
* Classe 6: (25 + 30) / 2 = 55 / 2 = 27,5
27,5 . 2 = 55
* Soma das médias = 522,5
* Total de horas = 37h
Por final: 522,5 / 37 = 14,12

10. Resposta: C.
Colocando na ordem crescente:
1100;1200;1210;1250;1300;1420;1450;1500;1600;1980
A mediana é o número que se encontra no meio. Nesse caso que tem 10 números(par) é a média do
5º e 6º números:

1300 + 1420 2720


= = 1360
2 2

MÉDIA ARITMÉTICA

Considere um conjunto numérico A = {x1; x2; x3; ...; xn} e efetue uma certa operação com todos os
elementos de A.
Se for possível substituir cada um dos elementos do conjunto A por um número x de modo que o
resultado da operação citada seja o mesmo diz – se, por definição, que x será a média dos elementos de
A relativa a essa operação.

Média Aritmética Simples13

A média dos elementos do conjunto numérico A relativa à adição é chamada média aritmética.

Cálculo da média aritmética


Se x for a média aritmética dos elementos do conjunto numérico A = {x1; x2; x3; ...; xn}, então, por
definição:

A média aritmética(x) dos n elementos do conjunto numérico A é a soma de todos os seus


elementos, dividida pelo número de elementos n.
Exemplos:
1) Calcular a média aritmética entre os números 3, 4, 6, 9, e 13.

13
IEZZI, Gelson – Matemática – Volume Único

172
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Se x for a média aritmética dos elementos do conjunto (3, 4, 6, 9, 13), então x será a soma dos 5
elementos, dividida por 5. Assim:

3 + 4 + 6 + 9 + 13 35
𝑥= ↔𝑥= ↔𝑥=7
5 5

A média aritmética é 7.

2) Os gastos (em reais) de 15 turistas em Porto Seguro estão indicados a seguir:


65 – 80 – 45 – 40 – 65 – 80 – 85 – 90
75 – 75 – 70 – 75 – 75 – 90 – 65

Se somarmos todos os valores teremos:

65 + 80 + 45 + 40 + 65+, , , +90 + 65 1075


𝑥= = = 71,70
15 15

Assim podemos concluir que o gasto médio do grupo de turistas foi de R$ 71,70.

Questões

01. (Câmara Municipal de São José dos Campos/SP – Analista Técnico Legislativo – Designer
Gráfico – VUNESP) Na festa de seu aniversário em 2014, todos os sete filhos de João estavam
presentes. A idade de João nessa ocasião representava 2 vezes a média aritmética da idade de seus
filhos, e a razão entre a soma das idades deles e a idade de João valia
(A) 1,5.
(B) 2,0.
(C) 2,5.
(D) 3,0.
(E) 3,5.

02. (TJ/SC - Técnico Judiciário - Auxiliar TJ-SC) Os censos populacionais produzem informações
que permitem conhecer a distribuição territorial e as principais características das pessoas e dos
domicílios, acompanhar sua evolução ao longo do tempo, e planejar adequadamente o uso sustentável
dos recursos, sendo imprescindíveis para a definição de políticas públicas e a tomada de decisões de
investimento. Constituem a única fonte de referência sobre a situação de vida da população nos
municípios e em seus recortes internos – distritos, bairros e localidades, rurais ou urbanos – cujas
realidades socioeconômicas dependem dos resultados censitários para serem conhecidas.
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010/default.shtm
(Acesso dia 29/08/2011)
Um dos resultados possíveis de se conhecer, é a distribuição entre homens e mulheres no território
brasileiro. A seguir parte da pirâmide etária da população brasileira disponibilizada pelo IBGE.

http://www.ibge.gov.br/censo2010/piramide_etaria/index.php
(Acesso dia 29/08/2011)
O quadro abaixo, mostra a distribuição da quantidade de homens e mulheres, por faixa etária de uma
determinada cidade. (Dados aproximados)
Considerando somente a população masculina dos 20 aos 44 anos e com base no quadro abaixo a
frequência relativa, dos homens, da classe [30, 34] é:

173
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
(A) 64%.
(B) 35%.
(C) 25%.
(D) 29%.
(E) 30%.

03. (EsSA - Sargento - Conhecimentos Gerais - Todas as Áreas – EB) Em uma turma a média
aritmética das notas é 7,5. Sabe-se que a média aritmética das notas das mulheres é 8 e das notas dos
homens é 6. Se o número de mulheres excede o de homens em 8, pode-se afirmar que o número total
de alunos da turma é
(A) 4.
(B) 8.
(C) 12.
(D) 16.
(E) 20.

04. (SAP/SP - Oficial Administrativo – VUNESP) A altura média, em metros, dos cinco ocupantes de
um carro era y. Quando dois deles, cujas alturas somavam 3,45 m, saíram do carro, a altura média dos
que permaneceram passou a ser 1,8 m que, em relação à média original y, é
(A) 3 cm maior.
(B) 2 cm maior.
(C) igual.
(D) 2 cm menor.
(E) 3 cm menor.

05. (PC/SP – Oficial Administrativo – VUNESP) Em uma empresa com 5 funcionários, a soma dos
dois menores salários é R$ 4.000,00, e a soma dos três maiores salários é R$ 12.000,00. Excluindo-se o
menor e o maior desses cinco salários, a média dos 3 restantes é R$ 3.000,00, podendo-se concluir que
a média aritmética entre o menor e o maior desses salários é igual a
(A) R$ 3.500,00.
(B) R$ 3.400,00.
(C) R$ 3.050,00.
(D) R$ 2.800,00.
(E) R$ 2.500,00.

Comentários

01. Alternativa: E.
Foi dado que: J = 2.M
𝑎+𝑏+⋯+𝑔
𝐽= 7
= 2. 𝑀 (I)

𝑎+𝑏+⋯+𝑔
Foi pedido: =?
𝐽

Na equação ( I ), temos que:


𝑎+𝑏+⋯+𝑔
7= 𝐽

174
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
7 𝑎+𝑏+⋯+𝑔
2
= 𝑀

𝑎 + 𝑏 + ⋯+ 𝑔
= 3,5
𝑀

02. Alternativa: E.
[30, 34] = 600, somatória de todos os homens é: 300+400+600+500+200= 2000
600 600
300+400+600+500+200
= 2000 = 0,3 . (100) = 30%

03. Alternativa: D.
Do enunciado temos m = h + 8 (sendo m = mulheres e h = homens).
𝑆
A média da turma é 7,5, sendo S a soma das notas: 𝑚+ℎ = 7,5 → 𝑆 = 7,5(𝑚 + ℎ)

𝑆1
A média das mulheres é 8, sendo S1 a soma das notas: = 8 → 𝑆1 = 8𝑚
𝑚

𝑆2
A média dos homens é 6, sendo S2 a soma das notas: ℎ
= 6 → 𝑆2 = 6ℎ

Somando as notas dos homens e das mulheres:


S1 + S2 = S
8m + 6h = 7,5(m + h)
8m + 6h = 7,5m + 7,5h
8m – 7,5m = 7,5h – 6h
0,5m =1,5h
1,5ℎ
𝑚 = 0,5
𝑚 = 3ℎ
h + 8 = 3h
8 = 3h – h
8 = 2h → h = 4
m = 4 + 8 = 12
Total de alunos = 12 + 4 = 16

04. Alternativa: A.
Sendo S a soma das alturas e y a média, temos:
𝑆
= 𝑦 → S = 5y
5

𝑆−3,45
= 1,8 → S – 3,45 = 1,8.3
3
S – 3,45 = 5,4
S = 5,4 + 3,45
S = 8,85, então:
5y = 8,85
y = 8,85 : 5 = 1,77
1,80 – 1,77 = 0,03 m = 3 cm a mais.

05. Alternativa: A.
x1 + x2 + x3 + x4 + x5
x1 + x2 = 4000
x3 + x4 + x5 = 12000

𝑥2 + 𝑥3 + 𝑥4
= 3000
3

x2 + x3 + x4 = 9000

175
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
𝑥1 + 𝑥2 + 𝑥3 + 𝑥4 + 𝑥5 = 4000 + 12000 = 16000

Sendo 𝑥1 𝑒 𝑥5 o menor e o maior salário, respectivamente:


𝑥1 + 9000 + 𝑥5 = 16000

𝑥1 + 𝑥5 = 16000 − 9000 = 7000

Então, a média aritmética:


𝑥1 + 𝑥2 7000
= = 3500
2 2

Média Aritmética Ponderada

A média dos elementos do conjunto numérico A relativa à adição e na qual cada elemento tem um
“determinado peso” é chamada média aritmética ponderada14.

Cálculo da média aritmética ponderada


Se x for a média aritmética ponderada dos elementos do conjunto numérico A = {x1; x2; x3; ...; xn} com
“pesos” P1; P2; P3; ...; Pn, respectivamente, então, por definição:

P1 . x + P2 . x + P3 . x + ... + Pn . x =
= P1 . x1 + P2 . x2 + P3 . x3 + ... + Pn . xn ↔ (P1 + P2 + P3 + ... + Pn) . x =
= P1 . x1 + P2 . x2 + P3 . x3 + ... + Pn . xn e, portanto,

𝑥1 ; 𝑥2 ; 𝑥3 ; …; 𝑥𝑛
Observe que se P1 = P2 = P3 = ... = Pn = 1, então 𝑥 = : que é a média aritmética simples.
𝑛

A média aritmética ponderada dos n elementos do conjunto numérico A é a soma dos produtos
de cada elemento multiplicado pelo respectivo peso, dividida pela soma dos pesos.

Exemplos:
1) Calcular a média aritmética ponderada dos números 35, 20 e 10 com pesos 2, 3, e 5,
respectivamente.

Se x for a média aritmética ponderada, então:

2 .35 + 3 .20 + 5 .10 70 + 60 + 50 180


𝑥= ↔𝑥= ↔𝑥= ↔ 𝑥 = 18
2+3+5 10 10

A média aritmética ponderada é 18.

2) Em um dia de pesca nos rios do pantanal, uma equipe de pescadores anotou a quantidade de peixes
capturada de cada espécie e o preço pelo qual eram vendidos a um supermercado em Campo Grande.

Tipo de Quilo de peixe Preço por


peixe pescado quilo
Peixe A 18 R$ 3,00
Peixe B 10 R$ 5,00
Peixe C 6 R$ 9,00

Vamos determinar o preço médio do quilograma do peixe vendido pelos pescadores ao supermercado.
Considerando que a variável em estudo é o preço do quilo do peixe e fazendo a leitura da tabela,
concluímos que foram pescados 18 kg de peixe ao valor unitário de R$ 3,00, 10 kg de peixe ao valor
unitário de R$ 5,00 e 6 kg de peixe ao valor de R$ 9,00.

14
IEZZI, Gelson – Matemática – Volume Único

176
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Vamos chamar o preço médio de p:

18𝑥3,00 + 10𝑥5,00 + 6𝑥9,00 54 + 50 + 54 158


𝑝= = = = 4,65 𝑟𝑒𝑎𝑖𝑠
18 + 10 + 6 34 34

Neste caso o fator de ponderação foi a quantidade de peixes capturadas de cada espécie.

A palavra média, sem especificações (aritmética ou ponderada), deve ser entendida como média
aritmética.

Questões

01. (EPCAR – Cadete – EPCAR) Um líquido L1 de densidade 800 g/l será misturado a um líquido L2
de densidade 900 g/l Tal mistura será homogênea e terá a proporção de 3 partes de L1 para cada 5 partes
de L2 A densidade da mistura final, em g/l, será
(A) 861,5.
(B) 862.
(C) 862,5.
(D) 863.

02. (TJM-SP – Oficial de Justiça – VUNESP) Ao encerrar o movimento diário, um atacadista, que
vende à vista e a prazo, montou uma tabela relacionando a porcentagem do seu faturamento no dia com
o respectivo prazo, em dias, para que o pagamento seja efetuado.

PORCENTUAL DO PRAZO PARA


FATURAMENTO PAGAMENTO (DIAS)
15% À vista
20% 30
35% 60
20% 90
10% 120

O prazo médio, em dias, para pagamento das vendas efetuadas nesse dia, é igual a
(A) 75.
(B) 67.
(C) 60.
(D) 57.
(E) 55.

03. (SEDUC/RJ - Professor – Matemática – CEPERJ) Uma loja de roupas de malha vende camisetas
com malha de três qualidades. Cada camiseta de malha comum custa R$15,00, de malha superior custa
R$24,00 e de malha especial custa R$30,00. Certo mês, a loja vendeu 180 camisetas de malha comum,
150 de malha superior e 70 de malha especial. O preço médio, em reais, da venda de uma camiseta foi
de:
(A) 20.
(B) 20,5.
(C) 21.
(D) 21,5.
(E) 11.

04. (CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/SP – Programador de Computador –


FIP) A média semestral de um curso é dada pela média ponderada de três provas com peso igual a 1
na primeira prova, peso 2 na segunda prova e peso 3 na terceira. Qual a média de um aluno que tirou
8,0 na primeira, 6,5 na segunda e 9,0 na terceira?
(A) 7,0
(B) 8,0
(C) 7,8
(D) 8,4
(E) 7,2

177
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
05. (SESP/MT – Perito Oficial Criminal - Engenharia Civil/Engenharia Elétrica/Física/Matemática
– FUNCAB) A tabela abaixo mostra os valores mensais do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU)
pagos pelos apartamentos de um condomínio. Determine a média aritmética desses valores.

Número de Apartamentos Valor de IPTU Pago


5 R$ 180,00
5 R$ 200,00
10 R$ 220,00
10 R$ 240,00
4 R$ 300,00
6 R$ 400,00

(A) R$ 248,50
(B) R$ 252,50
(C) R$ 255,50
(D) R$ 205,50
(E) R$ 202,50

06. (SAP/SP - AGENTE DE SEGURANÇA PENITENCIÁRIA DE CLASSE I – VUNESP) Em uma


seção de uma empresa com 20 funcionários, a distribuição dos salários mensais, segundo os cargos
que ocupam, é a seguinte:

Sabendo-se que o salário médio desses funcionários é de R$ 1.490,00, pode-se concluir que o salário
de cada um dos dois gerentes é de
(A) R$ 2.900,00.
(B) R$ 4.200,00.
(C) R$ 2.100,00.
(D) R$ 1.900,00.
(E) R$ 3.400,00.

07. (UFPE - Assistente em Administração – COVEST) Em um concurso existem provas de


Português, Matemática, Informática e Conhecimentos Específicos, com pesos respectivos 2, 3, 1 e 4. Um
candidato obteve as seguintes notas nas provas de Português, Matemática e Informática:

Disciplina Nota
Português 77
Matemática 62
Informática 72

Se a nota do candidato no concurso foi 80, qual foi a sua nota na prova de Conhecimentos Específicos?
(A) 95
(B) 96
(C) 97
(D) 98
(E) 99

08. (VUNESP – FUNDUNESP – Assistente Administrativo) Um concurso teve duas fases, e, em


cada uma delas, os candidatos foram avaliados com notas que variaram de zero a dez. Para efeito de
classificação, foram consideradas as médias ponderadas de cada candidato, uma vez que os pesos da
1.ª e da 2.ª fases foram 2 e 3, respectivamente. Se um candidato tirou 8 na 1.ª fase e 5 na 2.ª, então é
verdade que sua média ponderada foi
(A) 6,2.
(B) 6,5.

178
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
(C) 6,8.
(D) 7,1.
(E) 7,4.

09. (SAAE/SP - Fiscal Leiturista – VUNESP) A tabela mostra os valores de algumas latinhas de
bebidas vendidas em um clube e a quantidade consumida por uma família, em certo dia.

Bebidas (latinha) Valor unitário Quantidade Consumida


Refrigerante R$ 4,00 8
Suco R$ 5,00 6
Cerveja X 4

Considerando-se o número total de latinhas consumidas por essa família nesse dia, na média, o preço
de uma latinha saiu por R$ 5,00. Então, o preço de uma latinha de cerveja era
(A) R$ 5,00.
(B) R$ 5,50.
(C) R$ 6,00.
(D) R$ 6,50.
(E) R$ 7,00.

10. (Instituto de Pesquisas Tecnológicas – Secretária – VUNESP) Em um edifício residencial, 14


unidades pagam uma taxa mensal de condomínio no valor de 930 reais. Para as 28 unidades restantes,
que são menores, a taxa mensal de condomínio também é menor. Sabendo-se que o valor médio da taxa
mensal de condomínio, nesse edifício, é de 750 reais, é correto afirmar que o valor em reais que cada
unidade menor paga mensalmente de condomínio é igual a
(A) 600.
(B) 620.
(C) 660.
(D) 700.
(E) 710.

Comentários

01. Alternativa: C.
3.800+5.900 2400+4500 6900
3+5
= 8
= 8 = 862,5

02. Alternativa: D.
Média aritmética ponderada: multiplicamos o porcentual pelo prazo e dividimos pela soma dos
porcentuais.
15.0+20.30+35.60+20.90+10.120
15+20+35+20+10
=

600+2100+1800+1200
= 100
=

5700
= 100
= 57

03. Alternativa: C.
Também média aritmética ponderada.
180.15+150.24+70.30
=
180+150+70

2700+3600+2100
= =
400

8400
= 400
= 21

179
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
04. Alternativa: B.
Na média ponderada multiplicamos o peso da prova pela sua nota e dividimos pela soma de todos os
pesos, assim temos:
8.1 + 6,5.2 + 9.3 8 + 13 + 27 48
𝑀𝑃 = = = = 8,0
1+2+3 6 6

05. Alternativa: B.

5.180 + 5.200 + 10.220 + 10.240 + 4.300 + 6.400 10100


𝑀= = = 252,50
5 + 5 + 10 + 10 + 4 + 6 40

06. Alternativa: C.

2𝑥 + 8 ∙ 1700 + 10 ∙ 1200
𝑀é𝑑𝑖𝑎 =
20
2𝑥 + 8 ∙ 1700 + 10 ∙ 1200
1490 =
20

2𝑥 + 13600 + 12000 = 29800


2𝑥 = 4200
𝑥 = 2100
Cada um dos gerentes recebem R$ 2100,00

07. Alternativa: C.

2.77 + 3.62 + 1.72 + 4. 𝑥


= 80
2+3+1+4
412 + 4. 𝑥
= 80
10

4x + 412 = 80 . 10
4x = 800 – 412
x = 388 / 4
x = 97

08. Alternativa: A.
2.8 + 3.5 16 + 15 31
𝑀𝑝 = = = = 6,2
2+3 5 5

09. Alternativa: E.

8.4 + 6.5 + 4. 𝑥
=5
8+6+4
62 + 4. 𝑥
=5
18

4.x = 90 – 62
x = 28 / 4
x = R$ 7,00

10. Resposta: C.

𝟏𝟒 . 𝟗𝟑𝟎 + 𝟐𝟖 . 𝒙
= 𝟕𝟓𝟎
𝟏𝟒 + 2𝟖

180
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
𝟏𝟑𝟎𝟐𝟎 + 𝟐𝟖 . 𝒙
= 𝟕𝟓𝟎
𝟒𝟐

13020 + 28.x = 42 . 750


28.x = 31500 – 13020
x = 18480 / 28
x = R$ 660,00

MEDIANA E MODA

A moda e a mediana são utilizados para resumirem um conjunto de valores dado uma série estatística.
Vamos ver os conceitos de cada uma delas:
A mediana, é uma medida de localização do centro da distribuição dos dados.
A moda, é o valor que aparece com maior frequência, ou seja, podemos dizer que é o termo que está
na “moda”.

Exemplo:
Em um time de futebol temos as seguintes altura dos atletas:

(Fonte: http://geniodamatematica.com.br)

Ache o valor da mediana e da moda.

Resolução:
Primeiramente precisamos colocar os dados de forma ordenada, ou seja, montar o rol:

Altura Frequência
1,48 1
1,52 1
1,60 1
1,61 1
1,62 1
1,64 1
1,66 3
1,68 1
1,69 1

Para acharmos a mediana precisamos ver se a quantidade de valores, se for ímpar a mediana é o
valor que ocupa a posição central, se for par a mediana corresponde à média aritmética dos dois
valores centrais.
No nosso caso temos que é ímpar:

Altura Frequência
1º 1,48 1
2º 1,52 1
3º 1,60 1

181
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
4º 1,61 1
5º 1,62 1
6º 1,64 1
7º 1,66 3
8º 1,68 1
9º 1,69 1

Então a mediana é o valor que está na 5ª linha: 1,62


E a moda é 1,66, que é o valor que aparece com maior frequência.

Questões

01. (SESP/MT – Perito Oficial Criminal - Engenharia Civil/Engenharia Elétrica/Física/Matemática


– FUNCAB) Determine a mediana do conjunto de valores (10, 11, 12, 11, 9, 8, 10, 11, 10, 12).
(A) 8,5
(B) 9
(C) 10,5
(D) 11,5
(E) 10

02. (IF/GO – Assistente de Alunos – UFG) A tabela a seguir apresenta o índice de desenvolvimento
humano (IDH) de alguns países da América Latina referente ao ano 2012.

Países IDH
Argentina 0,811
Bolívia 0,645
Brasil 0,730
Chile 0,819
Colômbia 0,719
Cuba 0,780
México 0,775
Uruguai 0,792
Venezuela 0,758
Disponível em: <http://www.abinee.org.br/abinee/decon/decon55a.htm>. Acesso em: 24 fev. 2014. (Adaptado).

Dentre os países listados, aquele cujo IDH representa a mediana dos dados apresentados é:
(A) Brasil
(B) Colômbia
(C) México
(D) Venezuela

03. (Polícia Militar/SP – Aluno – Oficial – VUNESP) Na tabela, as letras q, p e m substituem as


alturas, relacionadas em ordem crescente, de seis alunos do Curso de Formação de Oficiais da Polícia
Militar avaliados em um exame biométrico, sendo que, nessa tabela, letras iguais correspondem a alturas
iguais.
Nome Altura (em centímetros)
Gonçalves q
Camargo q
Pacheco q
Mendes p
Santos m
Ferreira m

182
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Sabendo-se que a moda, a mediana e a média aritmética das alturas desses alunos são,
respectivamente, 173 cm, 174,5 cm e 175,5 cm, pode-se concluir que a altura do aluno Ferreira é igual,
em centímetros, a
(A) 177.
(B) 178.
(C) 179.
(D) 180.
(E) 182.

(SEFAZ/RJ – ANALISTA DE CONTROLE INTERNO – CEPERJ) Observe os números relacionados


a seguir, e responda às questões de números 04 e 05.

4 7 3
9 6 8
8 7 8

04. A mediana desses valores vale:


(A) 6
(B) 6,5
(C) 7
(D) 7,5
(E) 8

05. A moda desses valores vale:


(A) 8
(B) 7
(C) 6
(D) 5
(E) 4

Comentários

01. Resposta: C.
Coloquemos os valores em ordem crescente:
8, 9, 10, 10, 10, 11, 11, 11, 12, 12
Como a Mediana é o elemento que se encontra no meio dos valores colocados em ordem crescente,
temos que:
10 + 11 21
𝑀= = = 10,5
2 2

02. Resposta: C.
Vamos colocar os números em ordem crescente:
0,645 0,719 0,730 0,758 0,775 0,780 0,792 0,811 0,819
O número que se encontra no meio é 0,775 (México).

03. Resposta: C.
* Se a moda é 173 cm, então q = 173 cm (Gonçalves, Camargo e Pacheco).
* Se a mediana é 174,5 cm, então (q + p) / 2 = 174,5.
q + p = 174,5 . 2
q + p = 349 cm
* Se a média aritmética é 175,5 cm, então:
3. 𝑞 + 𝑝 + 2. 𝑚
𝑀= = 17
6
2. 𝑞 + 𝑞 + 𝑝 + 2. 𝑚
= 175,5
6

2.173 + 349 + 2.m = 175,5 . 6


346 + 349 + 2.m = 1053

183
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
2.m = 1053 – 695
m = 358 / 2
m = 179 cm

04. Resposta: C.
Colocando em ordem crescente:
3; 4; 6; 7; 7; 8; 8; 8; 9
São 9 elementos, então a mediana é o quinto elemento(9+1/2)
Mediana 7

05. Resposta: A.
Moda é o elemento que aparece com mais frequência: 8

MEDIDAS DE POSIÇÃO: SEPARATRIZES

São números que dividem a sequência ordenada de dados em partes que contêm a mesma quantidade
de elementos da série.
Desta forma, a mediana que divide a sequência ordenada em dois grupos, cada um deles contendo
50% dos valores da sequência, é também uma medida separatriz.
Além da mediana, as outras medidas separatrizes são: quartis, quintis, decis e percentis.

Quartis
Nos quartis, a série é dividida em quatro partes iguais. Os elementos separatrizes da serie são Q1, Q2,
e Q3.

Q1: é o primeiro quartil, corresponde à separação dos primeiros 25% de elementos da serie.
Q2: é o segundo quartil, coincide com a mediana (Q2 = Md).
Q3: é o terceiro quartil, corresponde à separação dos últimos 25% de elementos da série, ou seja, os
75% dos elementos da série.

Para o cálculo dos quartis utilizam-se técnicas semelhantes àquelas do cálculo da mediana.
Consequentemente, podem-se utilizar as mesmas fórmulas do calculo da mediana, levando em conta
que onde houver a expressão  f i será substituída por K  f i , sendo K o número da ordem do quartil,
2 4
em que K =1 corresponde ao primeiro quartil; K = 2 corresponde ao segundo quartil e K = 3 ao terceiro
quartil.

Cálculo do quartil para o rol


1° Passo: Determina-se a posição do Quartil.
Kn
PQK  (onde K  1,2ou 3)
4
2° Passo: Identifica-se a posição mais próxima do rol.
3° Passo: Verifica-se quem está naquela posição.

Exemplo: Calcule Q1, Q2 e Q3 para o seguinte conjunto de valores:


A = {4,1,8,0,11,10,7,8,6,2,9,12}
Inicialmente precisamos colocar os valores em ordem (rol)
A = {0,1,2,4,6,7,8,8,9,10,11,12}

a) Vamos utilizar os passos para o cálculo do 1° quartil:


1° Passo: Determina-se a posição do 1° quartil:
1  12
PQ1   3  posição do 1 quartil
4

184
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
2° Passo: Identificar a posição 3
3° Passo: Procura-se no rol o valor do número que está na posição identificada.

x1 x2 x3 x4 x5 x6 x7 x8 x9 x10 x11 x12


0 1 2 4 6 7 8 8 9 10 11 12

O número que corresponde a 25% do rol é o valor 2

b) Vamos utilizar os passos para o cálculo do 2° quartil:


1° Passo: Determina-se a posição do 2° quartil:
2  12
PQ 2   6  posição do 2 quartil
4
2° Passo: Identificar a posição 6
3° Passo: Procura-se no rol o valor do número que está na posição identificada.

x1 x2 x3 x4 x5 x6 x7 x8 x9 x10 x11 x12


0 1 2 4 6 7 8 8 9 10 11 12

O número que corresponde a 50% do rol é o valor 7


c) Vamos utilizar os passos para o cálculo do 3° quartil:
1° Passo: Determina-se a posição do 3° quartil:
3  12
PQ 3   9  posição do 3 quartil
4
2° Passo: Identificar a posição 9
3° Passo: Procura-se no rol o valor do número que está na posição identificada.

x1 x2 x3 x4 x5 x6 x7 x8 x9 x10 x11 x12


0 1 2 4 6 7 8 8 9 10 11 12

Quintis
Ao dividir a série ordenada em cinco partes, cada uma ficará com seus 20% de seus elementos.
Os elementos que separam estes grupos são chamados de quintis.
Assim, o primeiro quintil, indicado por K1, separa a sequência ordenada deixando 20% de seus valores
à esquerda e 80% de seus valores à direita.
De modo análogo são definidos os outros quintis.

Decis
Ao dividir a série ordenada em dez partes, cada uma ficará com seus 10% de seus elementos.
Os elementos que separam estes grupos são chamados de decis.
Assim, o primeiro decil, indicado por D1, separa a sequência ordenada deixando 10% de seus valores
à esquerda e 90% de seus valores à direita.
De modo análogo são definidos os outros decis.
Os decis dividem a distribuição em dez partes iguais. A fórmula é semelhante à que vimos
anteriormente:
i.n
a) Calcula-se onde i  1,2,3,4,5,6,7,8,9
10
b) Identifica-se a classe do decil (Di) pela freqüência acumulada.
 i.n 
  f .h
 
10
c) Aplica-se a fórmula Di  l Di
FDi
onde,

l Di = limite inferior da classe do decil

185
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
n = quantidade de elementos da amostra
f = frequência acumulada da classe anterior à classe do decil
h = amplitude da classe do decil
FDi = Frequência da classe do decil

Exemplo:
Estaturas(cm) fi Fi
150 ├ 154 4 4
154 ├ 158 9 13
158 ├ 162 11 24
162 ├ 166 8 32
166 ├ 170 5 37
170 ├ 174 3 40
  40

Se quiséssemos calcular o 4º e 8º Decis, faríamos:

 4.40 
  13 .4
D4  158     159,09
i.n 4.40 10
Para o 4º Decil:   16
10 10 11

 8.40 
  24 .4
D8  162     166
i.n 8.40 10
Para o 8º Decil   32
10 10 8

Percentis
Ao dividir a série ordenada em cem partes, cada uma ficará com 1% de seus elementos.
Os elementos que separam estes grupos são chamados de centis ou percentis.
Assim, o primeiro percentil, indicado por P1, separa a sequência ordenada deixando 1% de seus
valores à esquerda e 99% de seus valores à direita.
De modo análogo são definidos os outros percentis.
São as medidas que dividem a amostra em 100 partes iguais. O cálculo é semelhante aos anteriores:
i.n
a) Calcula-se , onde i  1,2,3,...,99
100
b) Identifica-se a classe do percentil (Pi) pela freqüência acumulada.
 i.n 
  f .h
c) Aplica-se a fórmula Pi  l Pi   100 
FPi
Exemplo:
Seja a tabela abaixo, obtida da amostra sobre salários em um determinado bairro de uma cidade.

fi Fi
Sal.Mínimo(SM)
4 ├ 9 8 8
9 ├ 14 12 20
14 ├ 19 17 37
19 ├ 24 3 40
  40

Quais o 4º decil e o 72º percentil?

i.n 4.40
4º Decil. :   16 A classe do 4º Decil é a de freqüência igual a 12
10 10

186
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 4.40 
  8 .5
D4  9     12,33
10
12
72º Percentil : .
i.n 72.40
  28,8 P72  14 
28,8  20.5  16,59
100 100 17

Conclusão: Nessa distribuição temos que o valor de 12,33 SM divide a amostra em duas partes: 40%
(4º decil) estão abaixo dele e 60% estão acima. Temos também que 16,59 SM divide a amostra em duas
partes: 72% (P72) estão abaixo dele e 28% estão acima.

Cálculo da separatriz:
Identifica-se a medida que se pretende obter com o percentil correspondente, Pi.
Calcula-se i% de n para localizar a posição do percentil i no Rol, ou seja:

Em seguida, identifica-se o elemento que ocupa esta posição.


Note que se o elemento for um número inteiro, então o Pi procurado é um dos elementos da sequência
ordenada.
Se não for um número inteiro, isto significa que Pi é um elemento intermediário entre os elementos que
ocupam as posições aproximadas por falta ou por excesso do valor calculado. Neste caso, Pi é definido
como sendo a média dos valores que ocupam estas posições aproximadas.

Questões

01. A tabela apresenta uma distribuição hipotética. Não há observações coincidentes com os limites
das classes.

A melhor estimativa para o terceiro quartil da distribuição é, aproximadamente, de


(A)34,75
(B)34,9
(C)35
(D)35,75
(E)35,9

02. Um teste de raciocínio abstrato foi aplicado a 816 alunos de uma escola de 1° grau, dando
os seguintes resultados:

187
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
a) Qual é o máximo de pontos que classifica um aluno entre os 25% mais fracos?

b) Qual é o mínimo de pontos necessários para um aluno se classificar entre os 25% mais fortes?

c) Qual é o máximo de pontos que ainda classifica um aluno entre os 10% mais fracos?

d) Qual é o mínimo de pontos para que um aluno esteja entre os 10% mais fortes?

e) Qual é o máximo de pontos que ainda classifica o aluno entre os 1% mais fracos?

f) Qual é o mínimo de pontos para que um aluno esteja entre os 5% mais fortes?

Respostas.

01. Resposta: E.
3 Quartil = L1 + ((3*N/4 - Som. freq. anteriores)/Frequência quartil) * amplitude do intervalo
3 quartil = 30 + ((3*164/4 - 64)/100) * 10
3 Quartil = 35,90

02. Resposta:
a)

b)

c)

188
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
d)

e)

f)

MEDIDAS DE DISPERSÃO

As medidas de tendência central fornecem informações valiosas mas, em geral, não são suficientes
para descrever e discriminar diferentes conjuntos de dados. As medidas de Dispersão ou variabilidade
permitem visualizar a maneira como os dados espalham-se (ou concentram-se) em torno do valor central.
Para mensurarmos está variabilidade podemos utilizar as seguintes estatísticas: amplitude total; distância
interquartílica; desvio médio; variância; desvio padrão e coeficiente de variação.

- Amplitude Total: é a diferença entre o maior e o menor valor do conjunto de dados.


Ex.: dados: 3, 4, 7, 8 e 8. Amplitude total = 8 – 3 = 5

- Distância Interquartílica: é a diferença entre o terceiro e o primeiro quartil de um conjunto de dados.


O primeiro quartil é o valor que deixa um quarto dos valores abaixo e três quartos acima dele. O terceiro
quartil é o valor que deixa três quartos dos dados abaixo e um quarto acima dele. O segundo quartil é a
mediana. (O primeiro e o terceiro quartis fazem o mesmo que a mediana para as duas metades
demarcadas pela mediana.) Ex.: quando se discutir o boxplot.

- Desvio Médio: é a diferença entre o valor observado e a medida de tendência central do conjunto
de dados.

- Variância: é uma medida que expressa um desvio quadrático médio do conjunto de dados, e sua
unidade é o quadrado da unidade dos dados.

189
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
- Desvio Padrão: é raiz quadrada da variância e sua unidade de medida é a mesma que a do conjunto
de dados.

- Coeficiente de variação: é uma medida de variabilidade relativa, definida como a razão percentual
entre o desvio padrão e a média, e assim sendo uma medida adimensional expressa em percentual.

Boxplot: Tanto a média como o desvio padrão podem não ser medidas adequadas para representar
um conjunto de valores, uma vez que são afetados, de forma exagerada, por valores extremos. Além
disso, apenas com estas duas medidas não temos ideia da assimetria da distribuição dos valores. Para
solucionar esses problemas, podemos utilizar o Boxplot. Para construí-lo, desenhamos uma "caixa" com
o nível superior dado pelo terceiro quartil (Q3) e o nível inferior pelo primeiro quartil (Q1). A mediana (Q2)
é representada por um traço no interior da caixa e segmentos de reta são colocados da caixa até os
valores máximo e mínimo, que não sejam observações discrepantes. O critério para decidir se uma
observação é discrepante pode variar; por ora, chamaremos de discrepante os valores maiores do que
Q3+1.5*(Q3-Q1) ou menores do que Q1-1.5*(Q3-Q1).
O Boxplot fornece informações sobre posição, dispersão, assimetria, caudas e valores discrepantes.

O Diagrama de dispersão é adequado para descrever o comportamento conjunto de duas variáveis


quantitativas. Cada ponto do gráfico representa um par de valores observados. Exemplo:

Um aspecto importante no estudo descritivo de um conjunto de dados, é o da determinação da


variabilidade ou dispersão desses dados, relativamente à medida de localização do centro da amostra.
Supondo ser a média, a medida de localização mais importante, será relativamente a ela que se define a
principal medida de dispersão - a variância, apresentada a seguir.

Variância: Define-se a variância, como sendo a medida que se obtém somando os quadrados dos
desvios das observações da amostra, relativamente à sua média, e dividindo pelo número de observações
da amostra menos um.

Desvio-Padrão: Uma vez que a variância envolve a soma de quadrados, a unidade em que se exprime
não é a mesma que a dos dados. Assim, para obter uma medida da variabilidade ou dispersão com as
mesmas unidades que os dados, tomamos a raiz quadrada da variância e obtemos o desvio padrão: O
desvio padrão é uma medida que só pode assumir valores não negativos e quanto maior for, maior será
a dispersão dos dados. Algumas propriedades do desvio padrão, que resultam imediatamente da
definição, são: o desvio padrão será maior, quanta mais variabilidade houver entre os dados.

Exemplo: Em uma turma de aluno, verificou-se através da análise das notas de 15 alunos, os seguintes
desempenhos:

190
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Conceito
Alunos
na Prova
1 4,3
2 4,5
3 9
4 6
5 8
6 6,7
7 7,5
8 10
9 7,5
10 6,3
11 8
12 5,5
13 9,7
14 9,3
15 7,5
Total 109,8
Média 7,32
Desvio
1,77
Padrão

Observamos no exemplo, que a média das provas, foi estimada em 7,32 com desvio padrão em 1,77.
Concluímos que a maioria das notas concentrou-se em 9,09 e 5,55.

Vejamos de outra forma:

Um aspecto importante no estudo descritivo de um conjunto de dados, é o da determinação da


variabilidade ou dispersão desses dados, relativamente à medida de localização do centro da amostra.
Repare-se nas duas amostras seguintes, que embora tenham a mesma média, têm uma dispersão bem
diferente:

Como a medida de localização mais utilizada é a média, será relativamente a ela que se define a
principal medida de dispersão - a variância, apresentada a seguir.
Define-se a variância, e representa-se por s2, como sendo a medida que se obtém somando os
quadrados dos desvios das observações da amostra, relativamente à sua média, e dividindo pelo número
de observações da amostra menos um:

Se afinal pretendemos medir a dispersão relativamente à média. Por que é que não somamos
simplesmente os desvios em vez de somarmos os seus quadrados?
Experimenta calcular essa soma e verás que (x1-x) + (x2-x) + (x1-x) + ... + (xn – x) ≠ 0. Poderíamos ter
utilizado módulos, para evitar que os desvios negativos, mas é mais fácil trabalhar com quadrados, não
concorda?! E por que é que em vez de dividirmos pó “n”, que é o número de desvios, dividimos por (n-
1)? Na realidade, só aparentemente é que temos “n” desvios independentes, isto é, se calcularmos (n-1)

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1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
desvios, o restante fica automaticamente calculado, uma vez que a sua soma é igual a zero. Costuma-se
referir este fato dizendo que se perdeu um grau de liberdade.
Uma vez que a variância envolve a soma de quadrados, a unidade em que se exprime não é a mesma
que a dos dados. Assim, para obter uma medida da variabilidade ou dispersão com as mesmas unidades
que os dados, tomamos a raiz quadrada da variância e obtemos o desvio padrão:

O desvio padrão é uma medida que só pode assumir valores não negativos e quanto maior for, maior
será a dispersão dos dados. Algumas propriedades do desvio padrão, que resultam imediatamente da
definição, são:
- o desvio padrão é sempre não negativo e será tanto maior, quanta mais variabilidade houver entre
os dados.
- se s = 0, então não existe variabilidade, isto é, os dados são todos iguais.

Exemplo: Na 2ª classe de certa escola o professor deu uma tarefa constituída por um certo número
de contas para os alunos resolverem. Pretendendo determinar a dispersão dos tempos de cálculo,
observam-se 10 alunos durante a realização da tarefa, tendo-se obtido os seguintes valores:

Tempo
Aluno
(minutos)
i
xi
1 13 - 3.9 15.21
2 15 - 1.9 3.61
3 14 - 2.9 8.41
4 18 1.1 1.21
5 25 8.1 65.61
6 14 - 2.9 8.41
7 16 -0.9 0.81
8 17 0.1 0.01
9 20 3.1 9.61
10 17 0.1 0.01
169 0.0 112.90

Resolução: Na tabela anterior juntamos duas colunas auxiliares, uma para colocar os desvios das
observações em relação à média e a outra para escrever os quadrados destes desvios. A partir da coluna
das observações calculamos a soma dessas observações, que nos permitiu calcular a média = 16.9. Uma
vez calculada a média foi possível calcular a coluna dos desvios. Repare-se que, como seria de esperar,
a soma dos desvios é igual a zero. A soma dos quadrados dos desvios permite-nos calcular a variância
donde s = 3.54.
s2 112.9 =
= 9 12.54

O tempo médio de realização da tarefa foi de aproximadamente 17 minutos com uma variabilidade
medida pelo desvio padrão de aproximadamente 3.5 minutos. Na representação gráfica ao lado
visualizamos os desvios das observações relativamente à média (valores do exemplo anterior):

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Do mesmo modo que a média, também o desvio padrão é uma medida pouco resistente, pois é
influenciado por valores ou muito grandes ou muito pequenos (o que seria de esperar já que na sua
definição entra a média que é não resistente). Assim, se a distribuição dos dados for bastante enviesada,
não é conveniente utilizar a média como medida de localização, nem o desvio padrão como medida de
variabilidade. Estas medidas só dão informação útil, respectivamente sobre a localização do centro da
distribuição dos dados e sobre a variabilidade, se as distribuições dos dados forem aproximadamente
simétricas.
Propriedades para dados com distribuição aproximadamente normal: Uma propriedade que se verifica
se os dados se distribuem de forma aproximadamente normal, ou seja, quando o histograma apresenta
uma forma característica com uma classe média predominante e as outras classes se distribuem à volta
desta de forma aproximadamente simétrica e com frequências a decrescer à medida que se afastam da
classe média, é a seguinte:
Aproximadamente 68% dos dados estão no intervalo .

Desvio Padrão: Propriedades para dados com distribuição aproximadamente normal:

- Aproximadamente 68% dos dados estão no intervalo


- Aproximadamente 95% dos dados estão no intervalo
- Aproximadamente 100% dos dados estão no intervalo

Como se depreende do que atrás foi dito, se os dados se distribuem de forma aproximadamente
normal, então estão praticamente todos concentrados num intervalo de amplitude igual a 6 vezes o desvio
padrão.
A informação que o desvio padrão dá sobre a variabilidade deve ser entendida como a variabilidade
que é apresentada relativamente a um ponto de referência - a média, e não propriamente a variabilidade
dos dados, uns relativamente aos outros.
A partir da definição de variância, pode-se deduzir sem dificuldade uma expressão mais simples, sob
o ponto de vista computacional, para calcular ou a variância ou o desvio padrão e que é a seguinte:

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É a medida de variabilidade que em geral é expressa em porcentagem, e tem por função determinar o
grau de concentração dos dados em torno da média, geralmente utilizada para se fazer a comparação
entre dois conjuntos de dados em termos percentuais, esta comparação revelará o quanto os dados estão
próximos ou distantes da média do conjunto de dados.

Exemplo
Considere a tabela abaixo que contém as estaturas e os pesos de um mesmo grupo de indivíduos:
Média Desvio-padrão
Estaturas 175 cm 5 cm
Pesos 68 kg 2 kg
Pergunta: Qual das medidas (Estatura ou Peso) possui maior homogeneidade?

Como não é possível responder a essa pergunta utilizando o desvio-padrão, pois é uma medida de
dispersão absoluta, teremos que calcular o CVP da Estatura e o CVP do Peso. A série que apresentar a
menor variação, ou seja, o menor valor do coeficiente CVP, será a série de maior homogeneidade.
Seguindo a fórmula do coeficiente CVP, temos:
CVP Estatura

CVP Peso

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Logo, nesse grupo de indivíduos, as estaturas apresentam menor grau de dispersão que os pesos.

Amplitude: Uma medida de dispersão que se utiliza por vezes, é a amplitude amostral r, definida como
sendo a diferença entre a maior e a menor das observações: r = xn:n - x1:n, onde representamos por x1:n e
xn:n, respectivamente o menor e o maior valor da amostra (x1, x2, ..., xn), de acordo com a notação
introduzida anteriormente, para a amostra ordenada.

Amplitude Inter-Quartil: A medida anterior tem a grande desvantagem de ser muito sensível à
existência, na amostra, de uma observação muito grande ou muito pequena. Assim, define-se uma outra
medida, a amplitude inter-quartil, que é, em certa medida, uma solução de compromisso, pois não é
afetada, de um modo geral, pela existência de um número pequeno de observações demasiado grandes
ou demasiado pequenas. Esta medida é definida como sendo a diferença entre os 1º e 3º quartis.
Amplitude inter-quartil = Q3/4 - Q1/4
Do modo como se define a amplitude inter-quartil, concluímos que 50% dos elementos do meio da
amostra, estão contidos num intervalo com aquela amplitude. Esta medida é não negativa e será tanto
maior quanto maior for a variabilidade nos dados. Mas, ao contrário do que acontece com o desvio padrão,
uma amplitude inter-quartil nula, não significa necessariamente, que os dados não apresentem
variabilidade.

Amplitude inter-quartil ou desvio padrão: Do mesmo modo que a questão foi posta relativamente
às duas medidas de localização mais utilizadas - média e mediana, também aqui se pode por o problema
de comparar aquelas duas medidas de dispersão.
- A amplitude inter-quartil é mais robusta, relativamente à presença de "outliers", do que o desvio
padrão, que é mais sensível aos dados.
- Para uma distribuição dos dados aproximadamente normal, verifica-se a seguinte relação. Amplitude
inter-quartil 1.3 x desvio padrão.
- Se a distribuição é enviesada, já não se pode estabelecer uma relação análoga à anterior, mas pode
acontecer que o desvio padrão seja muito superior à amplitude inter-quartil, sobretudo se se verificar a
existência de "outliers".
Questões

01. (AL/GO – Assistente Legislativo – Assistente Administrativo – CS/UFG) Em estatística, a


variância é um número que apresenta a unidade elevada ao quadrado em relação a variável que
não está elevada ao quadrado, o que pode ser um inconveniente para a interpretação do resultado.
Por isso, é mais comumente utilizada na estatística descritiva o desvio-padrão, que é definido como
(A) a raiz quadrada da mediana, representada por "s" ou "μ".
(B) a raiz quadrada da variância, representada por "s" ou "α".
(C) a raiz quadrada da variância, representada por "s" ou "α".
(D) a raiz quadrada da média, representada por "s" ou "α".

02. (ANAC – Analista Administrativo – ESAF) Os valores a seguir representam uma amostra
331546248
Então, a variância dessa amostra é igual a
(A) 4,0
(B) 2,5
(C) 4,5
(D) 5,5
(E) 3,0

03. (MPE/AP – Analista Ministerial – FCC) Ao considerar uma curva de distribuição normal, com
uma média como medida central, temos a variância e o desvio padrão referentes a esta média. Em
relação a estes parâmetros,

(A) a variância é uma medida cujo significado é a metade do desvio padrão.


(B) a variância é calculada com base no dobro do desvio padrão.
(C) o desvio padrão é a raiz quadrada da variância.
(D) a média dividida pelo desvio padrão forma a variância.
(E) a variância elevada ao quadrado indica qual é o desvio padrão.

195
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04. (MEC – Agente Administrativo – CESPE) Os dados abaixo correspondem às quantidades
diárias de merendas escolares demandadas em 10 diferentes escolas:

200, 250, 300, 250, 250, 200, 150, 200, 150, 200.

Com base nessas informações, julgue os próximos itens.

O desvio padrão amostral dos números diários de merendas escolares é superior a 50.
( ) Certo ( ) Errado

Respostas

01. Resposta: C.
Como visto, o desvio padrão é a raiz quadrada da variância.

02. Resposta: C.
Tem-se que a amostra contém as seguintes observações: 3 3 1 5 4 6 2 4 8. Para chegar à variância,
nessa questão, encontramos primeiro o valor da média.
A média desses valores é dada por: soma das observações/nº de observações menos 1.
Logo, 3+3+1+5+4+6+2+4+8/ 9 = 4
Após isso, aplicamos a construção: (3-4)²+(3-4)²+(1-4)²+(5-4)²+(4-4)²+(6-4)²+(2-4)²+(4-4)²+(8-4)²/9-1
Calculando: [(-1)²+(-1)²+(-3)²+(1)²+(0)²+(2)²+(-2)²+(0)²+(4)²]/9-1
(1+1+9+1+0+4+4+0+16)/8
36/8 = 4,5

03. Resposta: C.
Conforme visto anteriormente, desvio padrão é a raiz quadrada da variância.

04. Resposta: Errado.


O desvio padrão amostral é dado por:
√∑(Xi – X média)²/(n − 1)
Onde n é o número de elementos (n=10), Xi representa cada elemento da amostra e X a média da
amostra. A média, neste caso, é:
Média (X) = ∑(Xi)/ n = (150 + 150 + 200 + 200 + 200 +200 + 250 + 250 + 250 + 300) /10 = 215
O Desvio Padrão será:
√∑(Xi – X média)²/(n − 1) =
√2 ∗ (150 − 215)² + 4 ∗ (200 − 215)² + 3 ∗ (250 − 215)² + 1 ∗ (300 − 215)² / (10 − 1) =
√8450 + 900 + 3675 + 7225/9 =
√2250
√2500= 50
Logo: √2250< 50

4. Álgebra a. Polinômios: operações e propriedades. Equações polinomiais.


Relação entre coeficientes e raízes de polinômios. Teorema fundamental da
álgebra.

POLINÔMIOS

Para polinômios podemos encontrar várias definições diferentes como por exemplo:
Polinômio é uma expressão algébrica com todos os termos semelhantes reduzidos.
- 3xy é monômio, mas também considerado polinômio, assim podemos dividir os polinômios em
monômios (apenas um monômio), binômio (dois monômios) e trinômio (três monômios).
- 3x + 5 é um polinômio e uma expressão algébrica.

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Grau de um Polinômio

Assim como nos monômios, os polinômios também possuem grau e é assim que eles são separados,
ou seja, para identificar o seu grau, basta observar o grau do maior monômio, esse será o grau do
polinômio.

Exemplos
5x2 – 9x – 8 o monômio de maior grau possui grau 2, logo é um polinômio do 2º grau.
4x4 – 10x² – 5x¹ o monômio de maior grau possui grau 4, logo é um polinômio do 4º grau.

Com os polinômios podemos efetuar todas as operações: adição, subtração, divisão, multiplicação,
potenciação e radiciação.

Operações com Polinômios

Adição
O procedimento utilizado na adição de polinômios envolve técnicas de redução de termos
semelhantes, jogo de sinal, operações envolvendo sinais iguais e sinais diferentes.

Exemplos:
01. Adicionar x2 – 3x – 1 com –3x2 + 8x – 6.
(x2 – 3x – 1) + (– 3x2 + 8x – 6) → eliminar o segundo parênteses através do jogo de sinal.
+ (– 3x2) = – 3x2
+ (+ 8x) = + 8x
+ (– 6) = – 6
Assim,

x2 – 3x – 1 –3x2 + 8x – 6 → reduzir os termos semelhantes.


x2 – 3x2 – 3x + 8x – 1 – 6
– 2x2 + 5x – 7
Portanto: (x2 – 3x – 1) + (– 3x2 + 8x – 6) = – 2x2 + 5x – 7

02. Adicionando 4x2 – 10x – 5 e 6x + 12, teremos:


(4x2 – 10x – 5) + (6x + 12) → eliminar os parênteses utilizando o jogo de sinal.
4x2 – 10x – 5 + 6x + 12 → reduzir os termos semelhantes.
4x2 – 10x + 6x – 5 + 12
4x2 – 4x + 7
Portanto: (4x2 – 10x – 5) + (6x + 12) = 4x2 – 4x + 7

Subtração
O procedimento utilizado na subtração de polinômios é análogo ao utilizado na adição, ou seja, envolve
técnicas de redução de termos semelhantes, jogo de sinal, operações envolvendo sinais iguais e sinais
diferentes.

Exemplos:
01. Subtraindo – 3x2 + 10x – 6 de 5x2 – 9x – 8.
(5x2 – 9x – 8) – (– 3x2 + 10x – 6) → eliminar os parênteses utilizando o jogo de sinal.
– (– 3x2) = + 3x2
– (+ 10x) = – 10x
– (– 6) = + 6
Assim,
5x2 – 9x – 8 + 3x2 –10x +6 → reduzir os termos semelhantes.
5x2 + 3x2 – 9x –10x – 8 + 6
8x2 – 19x – 2
Portanto: (5x2 – 9x – 8) – (– 3x2 + 10x – 6) = 8x2 – 19x – 2

02. Se subtrairmos 2x³ – 5x² – x + 21 e 2x³ + x² – 2x + 5 teremos:


(2x³ – 5x² – x + 21) – (2x³ + x² – 2x + 5) → eliminando os parênteses através do jogo de sinais.
2x³ – 5x² – x + 21 – 2x³ – x² + 2x – 5 → redução de termos semelhantes.

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2x³ – 2x³ – 5x² – x² – x + 2x + 21 – 5
0x³ – 6x² + x + 16
– 6x² + x + 16
Portanto: (2x³ – 5x² – x + 21) – (2x³ + x² – 2x + 5) = – 6x² + x + 16

03. Considerando os polinômios A = 6x³ + 5x² – 8x + 15, B = 2x³ – 6x² – 9x + 10 e C = x³ + 7x² + 9x +


20. Calcule:
a) A + B + C
(6x³ + 5x² – 8x + 15) + (2x³ – 6x² – 9x + 10) + (x³ + 7x² + 9x + 20)
6x³ + 5x² – 8x + 15 + 2x³ – 6x² – 9x + 10 + x³ + 7x² + 9x + 20
6x³ + 2x³ + x³ + 5x² – 6x² + 7x² – 8x – 9x + 9x + 15 + 10 + 20
9x³ + 6x² – 8x + 45
A + B + C = 9x³ + 6x² – 8x + 45

b) A – B – C
(6x³ + 5x² – 8x + 15) – (2x³ – 6x² – 9x + 10) – (x³ + 7x² + 9x + 20)
6x³ + 5x² – 8x + 15 – 2x³ + 6x² + 9x – 10 – x³ – 7x² – 9x – 20
6x³ – 2x³ – x³ + 5x² + 6x² – 7x² – 8x + 9x – 9x + 15 – 10 – 20
6x³ – 3x³ + 11x² – 7x² – 17x + 9x + 15 – 30
3x³ + 4x² – 8x – 15
A – B – C = 3x³ + 4x² – 8x – 15

Multiplicação
A multiplicação com polinômios (com dois ou mais monômios) pode ser realizada de três formas:
1) Multiplicação de monômio com polinômio.
2) Multiplicação de número natural com polinômio.
3) Multiplicação de polinômio com polinômio.

As multiplicações serão efetuadas utilizando as seguintes propriedades:


- Propriedade da base igual e expoente diferente: an . am = a n + m
- Monômio multiplicado por monômio é o mesmo que multiplicar parte literal com parte literal e
coeficiente com coeficiente.

1) Multiplicação de monômio com polinômio


- Se multiplicarmos 3x por (5x2 + 3x – 1), teremos:
3x.(5x2 + 3x – 1) → aplicar a propriedade distributiva.
3x.5x2 + 3x.3x + 3x.(-1)
15x3 + 9x2 – 3x
Portanto: 3x (5x2 + 3x – 1) = 15x3 + 9x2 – 3x

- Se multiplicarmos -2x2 por (5x – 1), teremos:


-2x2 (5x – 1) → aplicando a propriedade distributiva.
-2x2 . 5x – 2x2 . (-1)
- 10x3 + 2x2
Portanto: -2x2 (5x – 1) = - 10x3 + 2x2

2) Multiplicação de número natural com polinômio


- Se multiplicarmos 3 por (2x2 + x + 5), teremos:
3 (2x2 + x + 5) → aplicar a propriedade distributiva.
3 . 2x2 + 3 . x + 3 . 5
6x2 + 3x + 15.
Portanto: 3 (2x2 + x + 5) = 6x2 + 3x + 15.

3) Multiplicação de polinômio com polinômio


- Se multiplicarmos (3x – 1) por (5x2 + 2)
(3x – 1) . (5x2 + 2) → aplicar a propriedade distributiva.
3x . 5x2 + 3x . 2 – 1 . 5x2 – 1 . 2
15x3 + 6x – 5x2 – 2
Portanto: (3x – 1) . (5x2 + 2) = 15x3 + 6x – 5x2 – 2

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- Multiplicando (2x2 + x + 1) por (5x – 2), teremos:
(2x2 + x + 1) (5x – 2) → aplicar a propriedade distributiva.
2x2 . (5x) + 2x2 . (-2) + x . 5x + x . (-2) + 1 . 5x + 1 . (-2)
10x3 – 4x2 + 5x2 – 2x + 5x – 2
10x3+ x2 + 3x – 2
Portanto: (2x2 + x + 1) (5x – 2) = 10x3+ x2 + 3x – 2

Divisão
Assim como ocorre na multiplicação, a divisão será separada em casos, vamos analisá-los.

01. Divisão de monômio por monômio


Ao resolvermos uma divisão onde o dividendo e o divisor são monômios devemos seguir a regra:
dividimos coeficiente com coeficiente e parte literal com parte literal, e não podemos esquecer a
𝑎𝑛
propriedade an : am = = a n - m.
𝑎𝑚

Exemplos:
6𝑥 3
6x3 ÷ 3x = 3x
, agora faremos 6:3 e x³:x, e obteremos 2x
−10 𝑥 2 𝑦 4
−10𝑥 2 𝑦 4 : 2𝑥𝑦 2 = = −5𝑥𝑦 2
2 𝑥 𝑦2

02. Divisão de polinômio por monômio

Exemplos:
a) (10a3b3 + 8ab2) ÷ (2ab2)

O dividendo 10a3b3 + 8ab2 é formado por dois monômios. Dessa forma, o divisor 2ab2, que é um
monômio, irá dividir cada um deles, veja:
(10a3b3 + 8ab2) ÷ (2ab2)

10𝑎3 𝑏 3 8𝑎𝑏 2
+
2𝑎𝑏 2 2𝑎𝑏 2

Assim, transformamos a divisão de polinômio por monômio em duas divisões de monômio por
monômio. Portanto, para concluir essa divisão é preciso dividir coeficiente por coeficiente e parte literal
por parte literal.
10𝑎3 𝑏 3 8𝑎𝑏 2
+
⏟2𝑎𝑏 2 ⏟
2𝑎𝑏 2
5𝑎 2 𝑏 4

ou

Portanto, (10a3b3 + 8ab2) ÷ (2ab2) = 5a2b + 4

b) (9x2y3 – 6x3y2 – xy) ÷ (3x2y)

O dividendo 9x2y3 – 6x3y2 – xy é formado por três monômios. Dessa forma, o divisor 3x2y, que é um
monômio irá dividir cada um deles, veja:
9𝑥 2 𝑦 3 6𝑥 3 𝑦 2 𝑥𝑦
2
− 2
− 2
3𝑥 𝑦 3𝑥 𝑦 3𝑥 𝑦

199
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Assim, transformamos a divisão de polinômio por monômio em três divisões de monômio por monômio.
Portanto, para concluir essa divisão é preciso dividir coeficiente por coeficiente e parte literal por parte
literal.
9𝑥 2 𝑦 3 6𝑥 3 𝑦 2 𝑥𝑦 1
2
− 2
− 2 ⟶ 3𝑦 2 − 2𝑥𝑦 −
3𝑥 𝑦 3𝑥 𝑦 3𝑥 𝑦 3𝑥

Portanto,
1 1𝑥 −1
(9𝑥 2 3 3 2
𝑦 − 6𝑥 𝑦 − 𝑥𝑦): (3𝑥 2 2
𝑦) = 3𝑦 − 2𝑥𝑦 − 2
𝑜𝑢 3𝑦 − 2𝑥𝑦 −
3𝑥 3

03. Divisão de Polinômio por polinômio


Sejam dois polinômios P(x) e D(x), com D(x) não nulo.
Efetuar a divisão de P por D é determinar dois polinômios Q(x) e R(x), que satisfaçam as duas
condições abaixo:

1ª) Q(x).D(x) + R(x) = P(x)

2ª) gr(R) < gr(D) ou R(x)=0

Nessa divisão:

P(x) é o dividendo.

D(x) é o divisor.

Q(x) é o quociente.

R(x) é o resto da divisão.

Obs.: Quando temos R(x) = 0 dizemos que a divisão é exata, ou seja, P(x) é divisível por D(x) ou D(x)
é divisor de P(x).

Se D(x) é divisor de P(x)  R(x)=0

Exemplo:

Determinar o quociente de P(x) = x4 + x3 – 7x2 + 9x – 1 por D(x) = x2 + 3x – 2.

200
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Resolução: Aplicando o método da chave, temos:

Verificamos que:

O dispositivo de Briot-Ruffini

Utiliza-se para efetuar a divisão de um polinômio P(x) por um binômio da forma (ax + b).

Exemplo: Determinar o quociente e o resto da divisão do polinômio P(x) = 3x3 – 5x2 + x – 2 por (x –
2).
Resolução:

Para resolvermos este problema, vamos seguir o passo a passo abaixo:


1) Vamos achar a raiz do divisor: x – 2 = 0 → x = 2;
2) Colocamos a raiz do divisor e os coeficientes do dividendo ordenadamente na parte de cima da reta,
como mostra a figura acima;
3) O primeiro coeficiente do dividendo é repetido abaixo;
4) Multiplicamos a raiz do divisor por esse coeficiente repetido abaixo e somamos o produto com o 2º
coeficiente do dividendo, colocando o resultado abaixo deste;
5) Multiplicamos a raiz do divisor pelo número colocado abaixo do 2º coeficiente e somamos o produto
com o 3º coeficiente, colocando o resultado abaixo deste, e assim sucessivamente;
6) Separamos o último número formado, que é igual ao resto da divisão, e os números que ficam à
esquerda deste serão os coeficientes do quociente.
Observe que o grau de Q(x) é uma unidade inferior ao de P(x), pois o divisor é de grau 1.
Resposta: Q(x) = 3x2 + x + 3 e R(x) = 4.
O teorema das divisões sucessivas é aplicado em várias divisões utilizando este método citado
acima.

201
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Máximo Divisor Comum de um Polinômio
Um máximo divisor comum de um grupo de dois ou mais polinômios não nulos, de coeficientes
racionais, P1(x), P2(x), ... , Pm(x) é um polinômio de maior grau M(x) que divide todos os polinômios
P1(x), P2(x), ... , Pm(x) .

M(x) também deve só conter coeficientes racionais.

Saiba: P(x) = 2x3 + x – 1 é um polinômio de coeficientes racionais porque todos os coeficientes das
potências xn (n = 1, 2, 3, ...) e o termo independente são números racionais. O grau deste polinômio é 3.

Saiba:
P(x) = 140x5 + √2 x3 – x2 + 3 NÃO é um polinômio de coeficientes racionais porque há pelo menos um
coeficiente das potências xn (n = 1, 2, 3, ...) ou do termo independente que não é um número racional. No
caso, o coeficiente irracional (que é um número real não racional) é √2 da potência cúbica. Preste atenção:
P(x) não deixa de ser um polinômio! Apenas não é um polinômio racional.

Um polinômio D(x) divide um polinômio A(x) - não nulo - se existe um polinômio Q(x) tal que

A(x) ≡ Q(x)D(x)

Por exemplo, D(x) = x + 2 divide A(x) = x3 + 2x2 – 9x – 18 pois existe um Q(x) = x2 – 9 tal que A(x) ≡
Q(x)D(x). Veja:

x3 + 2x2 – 9x – 18 ≡ (x + 2)(x2 – 9)

Denotamos D(x) | A(x) e lemos: D(x) divide A(x) ou A(x) é divisível por D(x). Q(x) é o quociente.

Procedimento
Obtendo um mdc usando FATORAÇÃO:
Obter a fatoração de P1, P2, etc... Isso quer dizer, decomponha P1, P2, etc... em fatores com menor
grau possível onde os fatores ainda sejam polinômios racionais.
1) Um mdc entre os polinômios é igual produto dos fatores comuns dos polinômios.
2) Caso não existam fatores comuns, o maior divisor comum é 1, logo o mdc(P1, P2, ...) = 1

Exemplos:
1) Obter um mdc entre (x2 – 2x + 1) e (x2 – 1)
x2– 2x + 1 = (x – 1)( x – 1)
x2– 1 = (x – 1)(x + 1)
Um mdc é (x – 1) já que é fator comum entre os polinômios x2– 2x + 1 e x2– 1.

2) Obter um mdc entre (x2 – 2x + 1) e (5x2 – 5)


x2– 2x + 1 = (x – 1)( x – 1)
5x2– 5 = 5(x – 1)(x + 1)
Um mdc é (x – 1) já que é fator comum entre os polinômios x2– 2x + 1 e 5x2– 5 .
Entretanto, em se tratando de polinômios, temos sempre a EXISTÊNCIA de mdc (entre polinômios não
nulos); e isso é garantido, uma vez que 1 divide qualquer polinômio. Mas não temos a unicidade de mdc
para polinômios.
Pela definição, para que um polinômio M(x) seja mdc entre A(x) e B(x) - não nulos - basta que M(x)
divida A(x) e B(x).

Perceba, por exemplo, que A(x) = x2 – 2x + 1 e B(x) = x2 – 1 são ambos divisíveis por x – 1,
2x – 2, 3x – 3, – 4x + 4, ... enfim! A(x) e B(x) são divisíveis por qualquer polinômio da forma
a(x – 1) onde a é um número real não nulo.

202
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Pelo Teorema de D'Alembert, (x – 1) | A(x) assim como (x – 1) | B(x), pois A(1) = B(1) = 0.

Dica → O MDC entre polinômios não é único.


Mas se P é um mdc entre os polinômios considerados, todo mdc entre eles pode ser escrito como a·P
(a é uma constante não nula).
Não se esqueça que para ser mdc é OBRIGATÓRIO que ele seja o produto de TODOS os divisores
dos polinômios dados (desconsiderando as constantes multiplicativas). O grau do mdc é único.

Teorema do Resto

O resto da divisão de um polinômio P(x) pelo binômio ax + b é igual ao valor numérico desse polinômio

para , ou seja, .

Exemplo
Calcule o resto da divisão de P(x) = x² + 5x - 1 por B(x) = x + 1:
Achamos a raiz do divisor:
x + 1= 0 x=-1
Pelo teorema do resto, sabemos que o resto é igual a P(-1):
P(-1) = (-1)² + 5.(-1) -1 P(- 1) = - 5 = r
Portanto, o resto da divisão de x² + 5x - 1 por x + 1 é - 5.

Note que P(x) é divisível por ax + b quando r = 0, ou seja, quando . Daí vem o enunciado
do seguinte teorema:

Teorema de D’Alembert

Um polinômio P(x) é divisível pelo binômio 1 se e somente se .

O caso mais importante da divisão de um polinômio P(x) é aquele em que o divisor é da forma (x -
).
Note que é a raiz do divisor. Então o resto da divisão de P(x) por (x – ) é:
r = P( )
Assim:
P(x) é divisível por (x – ) quando r = 0, ou seja, quando P( ) = 0.

Exemplo
Determine o valor de p, para que o polinômio seja divisível por x – 2:
Resolução
Para que P(x) seja divisível por x – 2 devemos ter P(2) = 0, pois 2 é a raiz do divisor:

Assim, para que seja divisível por x – 2 devemos ter p = 19.

Questões

203
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01. (Guarda Civil/SP) O resto da divisão do polinômio x³ + 3x² – 5x + 1 por x – 2 é:
(A)1
(B)2
(C)10
(D)11
(E) 12

02. (Guarda Civil/SP) Considere o polinômio


P(x) = 4x4 + 3x3 – 2x2 + x + k
Sabendo que P(1) = 2, então o valor de P(3) é:
(A) 386.
(B) 405.
(C) 324.
(D) 81.
(E) 368.

03. (UNESP) Se o polinômio P(x) = x3 + mx2 - 1 é divisível por x2 + x - 1, então m é igual a:


(A)-3
(B)-2
(C)-1
(D)1
(E) 2

04. (UFAL) Seja o polinômio do 3° grau p = ax³ + bx² + cx + d cujos coeficientes são todos positivos.
O n° real k é solução da equação p(x) = p(- x) se, e somente se, k é igual a:
(A) 0
(B) 0 ou 1
(C) - 1 ou 1
(D) ± √c/a
(E) 0 ou ± √-c/a

05 . (UFSM) Considere os polinômios, de coeficientes reais:


A(x)= x3 + ax2 + bx + c
B(x)= bx3 + 2x2 + cx +2
Teremos que A(k)=B(k), qualquer que seja o número real k, quando:
(A) a=c=2 e b=1
(B) b=c=1 e a=2
(C) a=b=c=1
(D) a=b=c=2
(E) nunca

06. (FUVEST) Um polinômio P(x) = x3 + ax2 + bx + c, satisfaz as seguintes condições:


P(1) = 0; P(–x) + P(x) = 0, qualquer que seja x real. Qual o valor de P(2)?
(A) 2
(B) 3
(C) 4
(D) 5
(E) 6

07. (MACK)

204
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Considerando as divisões de polinômios acima, podemos afirmar que o resto da divisão de P(x) por x2
– 8x + 12 é:
(A) 3x – 2
(B) x + 1
(C) 2x + 2
(D) 2x + 1
(E) x + 2

08. (FGV) Sabe-se que o polinômio f = x4 – x3 – 3x2 + x + 2 é divisível por x2 – 1. Um outro divisor de f
é o polinômio:
(A) x2 – 4
(B) x2 + 1
(C) (x + 1)2
(D) (x – 2)2
(E) (x – 1)2

09. (FGV) Um polinômio P (x) do 4o grau é divisível por (x – 3)3. Sendo P (0) = 27 e P (2) = –1, então
o valor de P (5) é:
(A) 48
(B) 32
(C) 27
(D) 16
(E) 12
𝑘
10. (MACK) Se P (x) = x3 – 8 x2 + kx – m é divisível por (x – 2) (x + 1) então 𝑚 , (m≠ 0), vale:
(A) 2/5
(B) – 5/14
(C) 7/2
(D) 2/7
(E) 1/2

Comentários

01. Resposta: D

02. Resposta: A
P(1) = 4.1 + 3.1 – 2.1 + 1 + k =2
P(1) = 4 + 3 – 2 + 1+ k = 2
10 + k = 2
k=2–6
k=–4
Substituindo k, e fazendo P(3), teremos:
P(3) = 4x4 + 3x³ + 2x² + x – 4
P(3) = 4.(3)4 + 3.(3)3 + 2.(3)2 + 3 -4
P(3) = 4.81 + 3.27 – 2.9 + 3 – 4
P(3) = 324 + 81 – 18 + 3 – 4
P(3) = 386

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03. Resposta: E

Como é divisível, então o resto deverá ser igual a zero, logo teremos que:
m–2=0
m=+2

04. Resposta: E
p(x) = p(- x)
ax³ + bx² + cx + d = - ax³ + bx² - cx + d
2ax³ + 2cx = 0
2(ax³ + cx) = 0
ax³+cx=0
Como k é solução da equação ax³ + cx = 0, teremos
p(k) = ak³ + ck = 0
ak³ + ck = 0
k(ak² + c) = 0
k = 0 ou
ak² + c = 0
k² = - c/a
k = ± √−𝑐/𝑎

05. Resposta: E
A(x) = B(x)  x3 + ax2 + bx + c = bx3 + 2x2 + cx + 2  x3 +ax2 + bx +c - bx3 - 2x2 – cx - 2 = 0
x3 (1 - b) + x2(a - 2) + x(b - c) + c – 2 = 0, daí tiramos:
b = 1 ; a = 2 ; b = c ; c = 2 , b = 2 , então se b = 1 e b = 2 , b não pode ter dois valores, logo não existe
resposta correta.

06. Resposta: E
P(x) = x3 + ax2 + bx + c
P(1) = 13+ a12 + b1 + c  a + b + c = - 1
P(- x) + P(x) = - x3 + ax2 – bx + c + x3 + ax2 + bx + c  2ax2 + 2c = 0  ax2 + c = 0  a = 0 ; c = 0
Substituindo em a + b + c = - 1, b = - 1
P(2) = 23 - 1.2 = 8 - 2 = 6

07. Resposta: E
P(x) = Q(x) (x – 2) + 4; Q(x) = Q1 (x) (x – 6) + 1
P(x) = (Q1 (x) (x – 6) + 1) (x – 2) + 4
P(x) = Q1 (x) (x2 – 8x + 12) + x – 2 + 4
P(x) = Q1 (x) (x2 – 8x + 12) + (x + 2)
R(x) = x + 2

08. Resposta: C

09. Resposta: E
P(x) = (x – 3)3 . Q(x) + R(x)
P(0) = – 27 . Q(0) = 27 ⟹ Q(0) = – 1
P(2) = – 1 . Q(2) = – 1 ⇒ Q(2) = 1
P(5) = ?
Q(x) = ax + b

206
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Q(0) = b = – 1
Q(2) = 2a – 1 = 1  a = 1  Q(x) = x – 1
P(5) = (5 – 3)3 . Q(5)  P(5) = 8 . (5 – 1) = 32

10. Resposta: B
Resolução:

EQUAÇÕES ALGÉBRICAS OU POLINOMIAIS

Sendo P(x) um polinômio em C, chama-se equação algébrica à igualdade P(x) = 0.


Portanto, as raízes da equação algébrica, são as mesmas do polinômio P(x). O grau do polinômio,
será também o grau da equação.

Exemplo: 3x4 - 2x3 + x + 1 = 0 é uma equação do 4º grau

Propriedades Importantes
- Toda equação algébrica de grau n possui exatamente n raízes.
Exemplo: a equação x3 - x = 0 possui 3 raízes a saber: x = 0 ou x = 1 ou x = -1. Dizemos então que o
conjunto verdade ou conjunto solução da equação dada é S = {0, 1, -1}.

- Se b for raiz de P(x) = 0, então P(x) é divisível por (x – b). Esta propriedade é muito importante para
abaixar o grau de uma equação, o que se consegue dividindo P(x) por x - b, aplicando Briot-Ruffini.

- Se o número complexo (a + bi) for raiz de P(x) = 0, então o conjugado (a – bi) também será raiz.
Exemplo: qual o grau mínimo da equação P(x) = 0, sabendo-se que três de suas raízes são os números
5, 3 + 2i e 4 - 3i. Ora, pelo que acabamos de ver, se um número complexo é solução, então o seu
conjugado também será solução, assim sendo, os complexos conjugados 3 - 2i e 4 + 3i são também
raízes. Logo, concluímos que o grau mínimo de P(x) é igual a 5, ou seja, P(x) possui no mínimo 5 raízes.

- Se a equação P(x) = 0 possuir k raízes iguais a m então dizemos que m é uma raiz de grau de
multiplicidade k.
Exemplo: a equação (x - 4)10 = 0 possui 10 raízes iguais a 4. Portanto 4 é raiz décupla ou de
multiplicidade 10.

- Se a soma dos coeficientes de uma equação algébrica P(x) = 0 for nula, então a unidade é raiz da
equação (1 é raiz).
Exemplo: 1 é raiz de 40x5 -10x3 + 10x - 40 = 0, pois a soma dos coeficientes é igual a zero, isto é, 40
– 10 + 10 – 40 = 0.

- Toda equação de termo independente nulo, admite um número de raízes nulas igual ao menor
expoente da variável.
Exemplo: a equação 3x5 + 4x2 = 0 possui cinco raízes, das quais duas são nulas.

- Se x1 , x2 , x3 , ... , xn são raízes da equação a0xn + a1xn-1 + a2xn-2 + ... + an = 0, então ela pode ser
escrita na forma fatorada: a0(x – x1) . (x – x2) . (x – x3) . ... . (x – xn) = 0.
Exemplo: Se - 1, 2 e 53 são as raízes de uma equação do 3º grau, então podemos escrever: (x + 1) .
(x – 2) . (x – 53) = 0, que desenvolvida fica: x3 - 54x2 + 51x + 106 = 0.

Relações de Girard
São as relações existentes entre os coeficientes e as raízes de uma equação algébrica.

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1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Para uma equação do 2º grau, da forma ax2 + bx + c = 0, já conhecemos as seguintes relações entre
os coeficientes e as raízes x1 e x2:
Soma: x1 + x2 = - b/a;
Produto: x1 . x2 = c/a.

Para uma equação do 3º grau, da forma ax3 + bx2 + cx + d = 0, sendo x1, x2 e x3 as raízes, temos as
seguintes relações de Girard:
x1 + x2 + x3 = - b/a;
x1.x2 + x1.x3 + x2.x3 = c/a;
x1.x2.x3 = - d/a.

Para uma equação do 4º grau, da forma ax4 + bx3 + cx2 + dx + e = 0, sendo as raízes iguais a x1, x2, x3
e x4, temos as seguintes relações de Girard:
x1 + x2 + x3 + x4 = -b/a;
x1.x2 + x1.x3 + x1.x4 + x2.x3 + x2.x4 + x3.x4 = c/a;
x1.x2.x3 + x1.x2.x3 + x1.x3.x4 + x2.x3.x4 = - d/a;
x1.x2.x3.x4 = e/a.

Teorema das Raízes Racionais


𝑝
Seja a equação polinomial ax4 + bx3 + cx2 + dx + e = 0, segundo o teorema, se o número racional 𝑞 for
raiz da equação polinomial, onde p e q são primos entre si, então “e” é divisível por p e “a” é divisível por
q.
Exemplo
Queremos saber se a equação x3 – x2 + x – 6 = 0 possui raízes racionais: p deve ser divisor de 6,
portanto: ±6, ±3, ±2, ±1; q deve ser divisor de 1, portanto: ±1; Portanto, os possíveis valores da fração
são p/q: ±6, ±3, ±2 e ±1. Substituindo esses valores na equação, descobrimos que 2 é uma de suas
raízes. Como esse polinômio é de grau 3 (x3) é necessário descobrir apenas uma raiz para determinar as
demais. Se fosse de grau 4 (x4) precisaríamos descobrir duas raízes. As demais raízes podem facilmente
ser encontradas utilizando-se o dispositivo prático de Briot-Ruffini e a fórmula de Bháskara.

O Teorema de Bolzano
Também conhecido por “Teorema dos Valores Intermédios” ou ainda por “Teorema de Bolzano-
Cauchy” é muito usado na matemática por causa do seu corolário que permite verificar a existência ou
não de zeros numa função contínua num intervalo. O teorema refere o seguinte:

Se f é uma função contínua num intervalo [a,b], qualquer que seja o valor k compreendido entre f(a) e
f(b), existe pelo menos um valor c compreendido entre a e b tal que f(c) = k.

pt.wikipedia.org/wiki/Teorema_do_valor_intermediário

Dada a função f(x), para um intervalo aberto ]a,b[, temos que:


f(a).f(b) < 0 → Existe um número ímpar de raízes no intervalo ]a,b[
f(a).f(b) > 0 → Existe um número par, ou zero raízes no intervalo ]a,b[
f(a).f(b) = 0 → a ou b é raiz.

208
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Esse teorema é bastante intuitivo, pois se f(a). f(b) possui um produto negativo, significa que os sinais
de f(a) e f(b) são diferentes, e portanto f(a) e f(b) estão em lados opostos em relação ao eixo x. Com isso,
temos que a função deve ter cruzado o eixo x um número ímpar de vezes (logo há um número ímpar de
raízes no intervalo dado). Se f(a).f(b) >0, os dois estão no mesmo lado em relação ao eixo x. Com isso, f
cruzou o eixo um número par ou 0 vezes. Se f(a).f(b) = 0, implica que f(a) = 0 ou f(b)=0, logo temos que
a ou b são raízes.

Temos também a Regra de Descartes que determina o número de raízes positivas e negativas de um
polinômio.
De acordo com essa regra, se os termos de um polinômio com coeficientes reais são colocados em
ordem decrescente de grau, então o número de raízes positivas do polinômio é ou igual ao número de
permutações de sinal ou menor por uma diferença par. Mais precisamente falando, o número de
permutações é igual ao número de raízes positivas acrescido do número de raízes imaginárias (que
sempre acontecem aos pares em polinômios de coeficientes reais).
Por exemplo, x³ + x² - 5x + 3, observe que esse polinômio possui uma mudança de sinal entre o
segundo e o terceiro termo e também entre o terceiro e o quarto termo, ou seja, possui duas variações
de sinal, assim possui duas raízes positivas, agora substituindo x por – x teremos, , - x³ + x² + 5x + 3, que
possui apenas uma variação de sinal, entre o primeiro e o segundo termo, assim só possui uma raiz
negativa.

Questões

01. Uma equação algébrica com coeficientes reais admite como raízes os números complexos 2 + i, 1
– i e 0. Podemos afirmar que o grau dessa equação é, necessariamente:
(A) par.
(B) ímpar.
(C) igual a três.
(D) menor ou igual a seis.
(E) maior ou igual a cinco.

02. Quais são as outras raízes da equação x3 – 5x2 + 8x – 6 = 0, sabendo-se que 1 + i é uma de suas
raízes.
(A) 1 – i, 3
(B) 1 + i, 3
(C) 1 – i, 9
(D) 1 + i, 9
(E) 1 – i, 1 + i

03. Sendo 4 + e raízes do polinômio P(x) = 2x5 – 22x4 + 74x3 + 2x2 – 420x + 540, então a soma
dos quadrados das raízes reais desse polinômio é:
(A) 17
(B) 23
(C) 19
(D) 25
(E) 21

04. Entre as frações

podem ser raízes da equação 16x6 + ax5 + bx4 + cx3 + dx2 + ex + 45


= 0, com a, b, c, d e e números inteiros, as frações:
3 5
(A) 𝑒
4 8
9 7
(B) 15
𝑒 8
3 11
(C) 7
𝑒 13
5 7
(D) 𝑒
11 12
13 5
(E) 6
𝑒 11

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1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
05. (ITA/SP) Se , , são raízes da equação x3 – 2x2 + 3x – 4 = 0, então, o valor de é:
1
(A)
4
1
(B) −
4
3
(C)
4
3
(D) −
2
3
(E) 2

06. (FUVEST/SP) Sabe-se que o produto de duas raízes da equação algébrica 2x3 – x2 + kx + 4 = 0 é
igual a 1. Então, o valor de k é:
(A) – 8
(B) – 4
(C) 0
(D) 4
(E) 8

07. (UFSCAR/SP) Sabendo-se que a soma de duas das raízes da equação x3 – 7x2 + 14x – 8 = 0 é
igual a 5, pode-se afirmar a respeito das raízes que:
(A) são todas iguais e não nulas.
(B) somente uma raiz é nula.
(C) as raízes constituem uma progressão geométrica.
(D) as raízes constituem uma progressão aritmética.
(E) nenhuma raiz é real.

08. (PETROBRAS – Conhecimentos Básicos – CESGRANRIO) Considere a equação polinomial x3


+ x2 + kx = 0, onde k é um coeficiente real.

Se uma das raízes dessa equação é 4, as outras raízes são


(A) – 20 e 0
(B) – 5 e 0
(C) – 4 e + 5
(D) + 4 e – 5
(E) + 20 e 0

Comentários

01. Resposta: E
Como a equação tem coeficientes reais, além das raízes 2 + i, 1 – i e zero, ela admite também 2 – i e
1 + i como raízes. Logo, o menor grau possível para essa equação é 5.

02. Resposta: A
Sendo a equação de coeficientes reais, se 1 + i é uma raiz, então 1 – i também será raiz desta equação,
pois se um número complexo for raiz, podemos garantir que o seu conjugado também será. Assim, já
temos duas das três raízes da equação. Pelas relações de Girard, temos:

x1+ x2 + x3 = , ou seja, (1+ i) + (1– i) + x3 = 5


x3 = 3
V = {1 – i, 1 + i, 3}

03. Resposta: C
Sendo a equação de coeficientes inteiros, se 4 + e são raízes, então 4 – e– também
são raízes desta equação. Assim, já temos quatro das cinco raízes da equação. Pelas relações de Girard,
temos:

210
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x1+ x2 + x3 + x4 + x5 = , ou seja,

x=3

As raízes reais são: , – e 3.


A soma dos quadrados das raízes reais é:

04. Resposta: A
Em todas as alternativas, exceto a primeira, em pelo menos uma das frações ou o numerador não é
divisor inteiro de 45 ou o denominador não é divisor inteiro de 16.

05. Resposta: C

06. Resposta: A

07. Resposta: C
x3 – 7x2 + 14x – 8 = 0
Raízes: x1, x2 e x3
Informação: x1 + x2 = 5
Girard: x1 + x2 + x3 = 7 5 + x3 = 7 x3 = 2
Como 2 é raiz, por Briot-Ruffini, temos

x2 – 5x + 4 = 0
x = 1 ou x = 4
S = {1, 2, 4}

08. Resposta: B
Como uma das raízes é 4, basta substituir x por 4 e encontrar o valor de k.
x3 + x2 + kx = 0
43 + 42 + k4 = 0
64 + 16 + 4K = 0
K = -20
Então nossa equação é x3 + x2 + 4x = 0 (colocando x em evidência), temos:
x(x² + x – 20) = 0
x=0 ou x² + x – 20 = 0
basta resolver esta equação do 2º grau.

211
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Δ = b² - 4.a.c
Δ = 1² - 4-1-(-20) = 81
−𝑏±√𝑏2 −4𝑎𝑐
𝑥= 2𝑎
−1±√81 −1±9
𝑥= 2.1
= 2
x = - 5, ou x = 4.
Assim as raízes são -5; 0 e 4.
Como ele já deu que uma das raízes é 4, as outras duas raízes serão 0 e -5.

b. Sentenças matemáticas. Equações - conjunto universo e conjunto verdade de


uma sentença. Modelagem. Equações racionais e inteiras. Equações de 1º e 2º
graus. Sistemas de equações racionais, inteiras e homogêneas. Equações
algébricas. Determinação de raízes. Relação entre os coeficientes e as raízes de
uma equação algébrica. Raízes irracionais e complexas das equações
algébricas. Composições e transformações das equações algébricas.
Inequações de 1º e 2º graus. Resolução de situações-problema.

EQUAÇÃO DO 1º GRAU OU LINEAR

Equação é toda sentença matemática aberta que exprime uma relação de igualdade e uma incógnita
(termo desconhecido) ou variável (x, y, z,..).
Observe a figura:

A figura acima mostra uma equação (uma igualdade), onde precisamos achar o valor da variável x,
para manter a balança equilibrada. Equacionando temos:
x + x + 500 + 100 = x + 250 + 500 → 2x + 600 = x + 750.

Exemplos
2x + 8 = 0
5x – 4 = 6x + 8
3a – b – c = 0

- Não são equações:


4 + 8 = 7 + 5 (Não é uma sentença aberta)
x– 5<3 (Não é igualdade)
5≠7 (Não é sentença aberta, nem igualdade)

Termo Geral da equação do 1º grau


Onde a e b (a ≠ 0) são números conhecidos e a diferença de 0, se resolve de maneira simples,
subtraindo b dos dois lados obtemos:

ax + b – b = 0 – b → ax = - b → x = - b/a

212
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Termos da equação do 1º grau

Nesta equação cada membro possui dois termos:


1º membro composto por 5x e -1.
2º membro composto pelo termo x e +7.

Resolução da equação do 1º grau


O método que usamos para resolver a equação de 1º grau é isolando a incógnita, isto é, deixar a
incógnita sozinha em um dos lados da igualdade. O método mais utilizado para isso é invertermos as
operações. Vejamos:
Resolvendo a equação 2x + 600 = x + 750, passamos os termos que tem x para um lado e os números
para o outro invertendo as operações.
2x – x = 750 – 600, com isso eu posso resolver minha equação → x = 150

Outros exemplos
1) Resolução da equação 3x – 2 = 16, invertendo operações.

Procedimento e justificativa: Se 3x – 2 dá 16, conclui-se que 3x dá 16 + 2, isto é, 18 (invertemos a


subtração). Se 3x é igual a 18, é claro que x é igual a 18 : 3, ou seja, 6 (invertemos a multiplicação por 3).

Registro

2) Resolução da equação: 1 – 3x + 2 = x + 1 , efetuando a mesma operação nos dois lados da


5 2
igualdade(outro método de resolução).

Procedimento e justificativa: Multiplicamos os dois lados da equação pelo mmc (2;5) = 10. Dessa
forma, são eliminados os denominadores. Fazemos as simplificações, os cálculos necessários e isolamos
o x, sempre efetuando a mesma operação nos dois lados da igualdade.

Registro:

Há também um processo prático, bastante usado, que se baseia nessas ideias e na percepção de um
padrão visual.

213
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
- Se a + b = c, conclui-se que a = c – b.
Na primeira igualdade, a parcela b aparece somando no lado esquerdo; na segunda, a parcela b
aparece subtraindo no lado direito da igualdade.

- Se a . b = c, conclui-se que a = c : b, desde que b ≠ 0.


Na primeira igualdade, o número b aparece multiplicando no lado esquerdo; na segunda, ele aparece
dividindo no lado direito da igualdade.

O processo prático pode ser formulado assim:


- Para isolar a incógnita, coloque todos os termos com incógnita de um lado da igualdade e os demais
termos do outro lado;
- Sempre que mudar um termo de lado, inverta a operação.

Equações Literais 15
Uma equação será literal se possuir no mínimo, uma letra que não é a variável, chamada de parâmetro
e que assume um valor numérico. Alguns exemplos de equações literais são:

7ax + 10ax = 27

7ax + 10ax → Primeiro membro


27 → Segundo membro
x → Variável
a → Parâmetro

9aby + 11a = 7aby – 3

9aby + 11a → Primeiro membro


9aby – 3 → Segundo membro
y → Variável
a → Parâmetro
b → Parâmetro

Uma equação literal será do primeiro grau quando o maior expoente que a variável possuir for o número
1. Para resolver uma equação literal do primeiro grau com uma variável, devemos isolar o termo que
representa a variável em um dos membros da equação de modo que, no outro membro, tenhamos a sua
solução, que é representada pelo parâmetro e algum valor numérico.

Exemplo:

Obtenha a solução da equação ax + 2a = 2

Variável: x
Parâmetro: a

ax + 2a = 2

ax = 2 – 2a

x = (2 – 2a) / a

x = 2/a – 2

x = 2a-1 – 2

15https://bit.ly/3gRRU8Z

214
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Primeiro membro (variável isolada): x
Segundo membro e solução: 2a-1 – 2

Questões

01. (PM/SP – Oficial Administrativo – VUNESP) O gráfico mostra o número de gols marcados, por
jogo, de um determinado time de futebol, durante um torneio.

Sabendo que esse time marcou, durante esse torneio, um total de 28 gols, então, o número de jogos
em que foram marcados 2 gols é:
(A) 3.
(B) 4.
(C) 5.
(D) 6.
(E) 7.

02. (Pref. Imaruí – Agente Educador – Pref. Imaruí) Certa quantia em dinheiro foi dividida igualmente
entre três pessoas, cada pessoa gastou a metade do dinheiro que ganhou e 1/3(um terço) do restante de
cada uma foi colocado em um recipiente totalizando R$900,00(novecentos reais), qual foi a quantia
dividida inicialmente?
(A) R$900,00
(B) R$1.800,00
(C) R$2.700,00
(D) R$5.400,00

03. (PRODAM/AM – Auxiliar de Motorista – FUNCAB) Um grupo formado por 16 motoristas


organizou um churrasco para suas famílias. Na semana do evento, seis deles desistiram de participar.
Para manter o churrasco, cada um dos motoristas restantes pagou R$ 57,00 a mais.
O valor total pago por eles, pelo churrasco, foi:
(A) R$ 570,00
(B) R$ 980,50
(C) R$ 1.350,00
(D) R$ 1.480,00
(E) R$ 1.520,00

04. (METRÔ – Assistente Administrativo Júnior – FCC) Uma linha de Metrô inicia-se na 1ª estação
e termina na 18ª estação. Sabe-se que a distância dentre duas estações vizinhas é sempre a mesma,
exceto da 1ª para a 2ª, e da 17ª para a 18ª, cuja distância é o dobro do padrão das demais estações
vizinhas. Se a distância da 5ª até a 12ª estação é de 8 km e 750 m, o comprimento total dessa linha de
Metrô, da primeira à última estação, é de
(A) 23 km e 750 m.
(B) 21 km e 250 m.
(C) 25 km.
(D) 22 km e 500 m.
(E) 26 km e 250 m.

215
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
05. (Câmara de São Paulo/SP – Técnico Administrativo – FCC) Um funcionário de uma empresa
deve executar uma tarefa em 4 semanas. Esse funcionário executou 3/8 da tarefa na 1a semana. Na 2a
semana, ele executou 1/3 do que havia executado na 1a semana. Na 3a e 4a semanas, o funcionário
termina a execução da tarefa e verifica que na 3a semana executou o dobro do que havia executado na
4a semana. Sendo assim, a fração de toda a tarefa que esse funcionário executou na 4ª semana é igual
a
(A) 5/16.
(B) 1/6.
(C) 8/24.
(D)1/ 4.
(E) 2/5.
06. (Câmara de São Paulo/SP – Técnico Administrativo – FCC) Bia tem 10 anos a mais que Luana,
que tem 7 anos a menos que Felícia. Qual é a diferença de idades entre Bia e Felícia?
(A) 3 anos.
(B) 7 anos.
(C) 5 anos.
(D) 10 anos.
(E) 17 anos.

07. (DAE Americana/SP – Analista Administrativo – SHDIAS) Em uma praça, Graziela estava
conversando com Rodrigo. Graziela perguntou a Rodrigo qual era sua idade, e ele respondeu da seguinte
forma:
- 2/5 de minha idade adicionados de 3 anos correspondem à metade de minha idade.
Qual é a idade de Rodrigo?
(A) Rodrigo tem 25 anos.
(B) Rodrigo tem 30 anos.
(C) Rodrigo tem 35 anos.
(D) Rodrigo tem 40 anos.

08. (METRÔ/SP - Agente de Segurança Metroviária I - FCC) Dois amigos foram a uma pizzaria. O
3 7
mais velho comeu da pizza que compraram. Ainda da mesma pizza o mais novo comeu da
8 5
quantidade que seu amigo havia comido. Sendo assim, e sabendo que mais nada dessa pizza foi comido,
a fração da pizza que restou foi
3
(𝐴)
5
7
(𝐵)
8
1
(𝐶)
10
3
(𝐷)
10
36
(𝐸)
40

09. (METRÔ/SP - Agente de Segurança Metroviária I - FCC) Glauco foi à livraria e comprou 3
exemplares do livro J. Comprou 4 exemplares do livro K, com preço unitário de 15 reais a mais que o
preço unitário do livro J. Comprou também um álbum de fotografias que custou a terça parte do preço
unitário do livro K.

Glauco pagou com duas cédulas de 100 reais e recebeu o troco de 3 reais. Glauco pagou pelo álbum
o valor, em reais, igual a
(A) 33.
(B) 132.
(C) 54.

216
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
(D) 44.
(E) 11.

10. (METRÔ/SP - Agente de Segurança Metroviária I - FCC) Hoje, a soma das idades de três irmãos
é 65 anos. Exatamente dez anos antes, a idade do mais velho era o dobro da idade do irmão do meio,
que por sua vez tinha o dobro da idade do irmão mais novo. Daqui a dez anos, a idade do irmão mais
velho será, em anos, igual a
(A) 55.
(B) 25.
(C) 40.
(D) 50.
(E) 35.

Comentários

01. Alternativa: E
0.2 + 1.8 + 2.x + 3.2 = 28
0 + 8 + 2x + 6 = 28 → 2x = 28 – 14 → x = 14 / 2 → x = 7

02. Alternativa: D
Quantidade a ser recebida por cada um: x
Se 1/3 de cada um foi colocado em um recipiente e deu R$900,00, quer dizer que cada uma colocou
R$300,00.
𝑥
𝑥 3
= + 300
3 2
𝑥 𝑥
= + 300
3 6
𝑥 𝑥
− = 300
3 6
2𝑥 − 𝑥
= 300
6
𝑥
= 300
6
x = 1800
Recebida: 1800.3=5400

03. Alternativa: E
Vamos chamar de ( x ) o valor para cada motorista. Assim:
16 . x = Total
Total = 10 . (x + 57) (pois 6 desistiram)
Combinando as duas equações, temos:
16.x = 10.x + 570 → 16.x – 10.x = 570
6.x = 570 → x = 570 / 6 → x = 95
O valor total é: 16 . 95 = R$ 1520,00.

04. Alternativa: A

Sabemos que da 5ª até a 12ª estação = 8 km + 750 m = 8750 m.


A quantidade de “espaços” da 5ª até a 12ª estação é: (12 – 5). x = 7.x
Assim: 7.x = 8750
x = 8750 / 7
x = 1250 m

217
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Por fim, vamos calcular o comprimento total:
17 – 2 = 15 espaços
2.x + 2.x + 15.x =
= 2.1250 + 2.1250 + 15.1250 =
= 2500 + 2500 + 18750 = 23750 m 23 km + 750 m

05. Alternativa: B
Tarefa: x
Primeira semana: 3/8x
1 3 1
2 semana: ∙ 𝑥 = 𝑥
3 8 8

3 1 4 1
1ª e 2ª semana:8 𝑥 + 8 𝑥 = 8 𝑥 = 2 𝑥

Na 3ª e 4ª semana devem ser feito a outra metade, pois ele executou a metade na 1ª e 2ª semana
como consta na fração acima (1/2x).
3ªsemana: 2y
4ª semana: y
1
2𝑦 + 𝑦 = 𝑥
2
1
3𝑦 = 𝑥
2
1
𝑦 = 6𝑥

06. Alternativa: A
Luana: x
Bia: x + 10
Felícia: x + 7
Bia – Felícia = x + 10 – x – 7 = 3 anos.

07. Alternativa: B
Idade de Rodrigo: x
2 1
5
𝑥 + 3 = 2𝑥
2 1
5
𝑥 − 2 𝑥 = −3

Mmc(2,5)=10
4𝑥−5𝑥
= −3
10

4𝑥 − 5𝑥 = −30
𝑥 = 30

08. Alternativa: C
𝑝𝑖𝑧𝑧𝑎: 𝑥 ∴ 𝑦: 𝑜 𝑞𝑢𝑒 𝑟𝑒𝑠𝑡𝑜𝑢 𝑑𝑎 𝑝𝑖𝑧𝑧𝑎

3
𝑚𝑎𝑖𝑠 𝑣𝑒𝑙ℎ𝑜: 𝑥
8
7 3 21
𝑚𝑎𝑖𝑠 𝑛𝑜𝑣𝑜 ∶ ∙ 𝑥= 𝑥
5 8 40
3 21
𝑥+ 𝑥+𝑦 =𝑥
8 40
3 21
𝑦=𝑥− 𝑥− 𝑥
8 40

218
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
40𝑥 − 15𝑥 − 21𝑥 4𝑥 1
𝑦= = = 𝑥
40 40 10

Sobrou 1/10 da pizza.

09. Alternativa: E
Preço livro J: x
Preço do livro K: x+15
𝑥 + 15
á𝑙𝑏𝑢𝑚:
3
Valor pago:197 reais (2.100 – 3)

𝑥 + 15
3𝑥 + 4(𝑥 + 15) + = 197
3

9𝑥 + 12(𝑥 + 15) + 𝑥 + 15
= 197
3

9𝑥 + 12𝑥 + 180 + 𝑥 + 15 = 591


22𝑥 = 396
𝑥 = 18
𝑥 + 15 18 + 15
á𝑙𝑏𝑢𝑚: = = 11
3 3

O valor pago pelo álbum é de R$ 11,00.

10. Alternativa: C
Irmão mais novo: x
Irmão do meio: 2x
Irmão mais velho:4x
Hoje:
Irmão mais novo: x + 10
Irmão do meio: 2x + 10
Irmão mais velho:4x + 10
x + 10 + 2x + 10 + 4x + 10 = 65
7x = 65 – 30 → 7x = 35 → x = 5
Hoje:
Irmão mais novo: x + 10 = 5 + 10 = 15
Irmão do meio: 2x + 10 = 10 + 10 = 20
Irmão mais velho:4x + 10 = 20 + 10 = 30
Daqui a dez anos
Irmão mais novo: 15 + 10 = 25
Irmão do meio: 20 + 10 = 30
Irmão mais velho: 30 + 10 = 40
O irmão mais velho terá 40 anos.

EQUAÇÃO DO 2º GRAU

Uma equação é uma expressão matemática que possui em sua composição incógnitas, coeficientes,
expoentes e um sinal de igualdade. As equações são caracterizadas de acordo com o maior expoente de
uma das incógnitas.

219
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Em que a, b, c são números reais e a ≠ 0.

Nas equações de 2º grau com uma incógnita16, os números reais expressos por a, b, c são chamados
coeficientes da equação.

Equação completa e incompleta

- Quando b ≠ 0 e c ≠ 0, a equação do 2º grau se diz completa.

Exemplos
x2 - 5x + 6 = 0 = 0 é uma equação completa (a = 1, b = – 5, c = 6).
- 3y2 + 2y - 15 = 0 é uma equação completa (a = - 3, b = 2, c = - 15).

- Quando b = 0 ou c = 0 ou b = c = 0, a equação do 2º grau se diz incompleta.

Exemplos
x² - 36 = 0 é uma equação incompleta (b=0).
x² - 10x = 0 é uma equação incompleta (c = 0).
4x² = 0 é uma equação incompleta (b = c = 0).

Todas essas equações estão escritas na forma ax2 + bx + c = 0, que é denominada forma normal ou
forma reduzida de uma equação do 2º grau com uma incógnita.
Há, porém, algumas equações do 2º grau que não estão escritas na forma ax2 + bx + c = 0; por meio
de transformações convenientes, em que aplicamos o princípio aditivo e o multiplicativo, podemos reduzi-
las a essa forma.

Exemplo
Pelo princípio aditivo.
2x2 – 7x + 4 = 1 – x2
2x2 – 7x + 4 – 1 + x2 = 0
2x2 + x2 – 7x + 4 – 1 = 0
3x2 – 7x + 3 = 0

Exemplo
Pelo princípio multiplicativo.

Raízes de uma equação do 2º grau


Raiz é o número real que, ao substituir a incógnita de uma equação, transforma-a numa sentença
verdadeira. As raízes formam o conjunto verdade ou solução de uma equação.

Resolução das equações incompletas do 2º grau com uma incógnita


Primeiramente devemos saber duas importantes propriedades dos números Reais que é o nosso
conjunto Universo.

16
somatematica.com.br
IEZZI, Gelson. DOLCE, Osvaldo. Matemática: ciência e aplicações. 9ª ed. Saraiva. São Paulo. 2017.

220
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
1°) A equação é da forma ax2 + bx = 0.
x2 – 9x = 0  colocamos x em evidência
x . (x – 9) = 0 , aplicando a 1º propriedade dos Reais temos:
x=0 ou x–9=0
x=9
Logo, S = {0, 9} e os números 0 e 9 são as raízes da equação.

2º) A equação é da forma ax2 + c = 0.


x2 – 16 = 0  Fatoramos o primeiro membro, que é uma diferença de dois quadrados.
(x + 4) . (x – 4) = 0, aplicando a 1º propriedade dos Reais temos:
x+4=0 x–4=0
x=–4 x=4
ou
x2 – 16 = 0 → x2 = 16 → √x2 = √16 → x = ± 4, (aplicando a segunda propriedade).
Logo, S = {–4, 4}.

Resolução das equações completas do 2º grau com uma incógnita

Para este tipo de equação utilizaremos a Fórmula de Bháskara.


Usando o processo de Bháskara e partindo da equação escrita na sua forma normal, foi possível
chegar a uma fórmula que vai nos permitir determinar o conjunto solução de qualquer equação do 2º grau
de maneira mais simples.

Essa fórmula é chamada fórmula resolutiva ou fórmula de Bháskara.

Nesta fórmula, o fato de x ser ou não número real vai depender do discriminante Δ; temos então, três
casos a estudar.

A existência ou não de raízes reais e o fato de elas serem duas ou uma única dependem,
exclusivamente, do discriminante Δ = b2 – 4.a.c; daí o nome que se dá a essa expressão.

Exemplos
1) Resolver a equação 3x2 + 7x + 9 = 0 no conjunto R.
Temos: a = 3, b = 7 e c = 9

221
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
−7 ± √−59
𝑥=
6

Como Δ < 0, a equação não tem raízes reais.


Então: S = ᴓ

2) Resolver a equação 5x2 – 12x + 4=0


Temos que a= 5, b= -12 e c = 4.
Aplicando na fórmula de Bháskara:

−𝑏 ± √𝑏 2 − 4𝑎𝑐 −(−12) ± √(−12)2 − 4.5.4 12 ± √144 − 80 12 ± √64


𝑥= = = =
2𝑎 2.5 10 10

Como Δ > 0, logo temos duas raízes reais distintas:

12 ± 8 12 + 8 20 12 − 8 4: 2 2
𝑥= → 𝑥′ = = = 2 𝑒 𝑥 ′′ = = =
10 10 10 10 10: 2 5

S= {2/5, 2}

Relação entre os coeficientes e as raízes


As equações do 2º grau possuem duas relações entre suas raízes, são as chamadas relações de
Girard, que são a Soma (S) e o Produto (P).
𝒃
1) Soma das raízes é dada por: 𝑺 = 𝒙𝟏 + 𝒙𝟐 = −
𝒂

𝒄
2) Produto das raízes é dada por: 𝑷 = 𝒙𝟏 . 𝒙𝟐 = 𝒂

Logo podemos reescrever a equação da seguinte forma:

x2 – Sx + P = 0
Exemplos
1) Determine uma equação do 2º grau cujas raízes sejam os números 2 e 7.
Resolução:
Pela relação acima temos:
S = 2+7 = 9
P = 2.7 = 14
Com esses valores montamos a equação: x2 - 9x + 14 = 0

2) Resolver a equação do 2º grau: x2 - 7x + 12 = 0


Observe que S = 7 e P = 12, basta agora pegarmos dois números aos quais somando obtemos 7 e
multiplicados obtemos 12.
S= 3 + 4 = 7 e P = 4.3 = 12, logo o conjunto solução é: S = {3,4}

Questões

01. (Pref. Jundiaí/SP – Eletricista – MAKIYAMA) Para que a equação (3m-9)x²-7x+6=0 seja uma
equação de segundo grau, o valor de m deverá, necessariamente, ser diferente de:
(A) 1.
(B) 2.
(C) 3.
(D) 0.
(E) 9.

222
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
02. (Câmara de Canitar/SP – Recepcionista – INDEC) Qual a equação do 2º grau cujas raízes são
1 e 3/2?
(A) x²-3x+4=0
(B) -3x²-5x+1=0
(C) 3x²+5x+2=0
(D) 2x²-5x+3=0

03. (Câmara de Canitar/SP – Recepcionista – INDEC) O dobro da menor raiz da equação de 2º grau
dada por x²-6x=-8 é:
(A) 2
(B) 4
(C) 8
(D) 12

04. (CGU – Administrativa – ESAF) Um segmento de reta de tamanho unitário é dividido em duas
partes com comprimentos x e 1-x respectivamente.
Calcule o valor mais próximo de x de maneira que
x = (1-x) / x, usando 5=2,24.
(A) 0,62
(B) 0,38
(C) 1,62
(D) 0,5
(E) 1/ 𝜋

05. (PRODAM/AM – Assistente – FUNCAB) Hoje João tem oito anos a mais que sua irmã, e o produto
das suas idades é 153. Daqui a dez anos, a soma da idade de ambos será:
(A) 48 anos.
(B) 46 anos.
(C) 38 anos.
(D) 36 anos.
(E) 32 anos.

06. (Pref. Paulistana/PI – Professor de Matemática – IMA) Temos que a raiz do polinômio p(x) = x²
– mx + 6 é igual a 6. O valor de m é:
(A) 15
(B) 7
(C) 10
(D) 8
(E) 5

07. (CBTU – Analista de Gestão – CONSULPLAN) Considere a seguinte equação do 2º grau: ax2 +
bx + c = 0. Sabendo que as raízes dessa equação são x’ = 6 e x’’ = –10 e que a + b = 5, então o
discriminante dessa equação é igual a
(A) 196.
(B) 225.
(C) 256.
(D) 289.

08. (SAAE/SP - Fiscal Leiturista – VUNESP) O dono de uma papelaria comprou 98 cadernos e ao
formar pilhas, todas com o mesmo número de cadernos, notou que o número de cadernos de uma pilha
era igual ao dobro do número de pilhas. O número de cadernos de uma pilha era
(A) 12.
(B) 14.
(C) 16.
(D) 18.
(E) 20.

223
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
09. (Pref. de São Paulo/SP - Guarda Civil Metropolitano - MS CONCURSOS) Se x1 > x2 são as
1 1
raízes da equação x2 - 27x + 182 = 0, então o valor de 𝑥 - 𝑥 é:
2 1
1
(A) .
27

1
(B) .
13

(C) 1.
1
(D) 182.

1
(E) 14.

10. (Pref. de Mogeiro/PB - Professor – EXAMES) A soma das raízes da equação (k - 2)x² - 3kx + 1
= 0, com k ≠ 2, é igual ao produto dessas raízes. Nessas condições. Temos:
(A) k = 1/2.
(B) k = 3/2.
(C) k = 1/3.
(D) k = 2/3.
(E) k = -2.

Comentários

01. Resposta: C
Neste caso o valor de a ≠ 0, 𝑙𝑜𝑔𝑜:
3m - 9 ≠ 0 → 3m ≠ 9 → m ≠ 3

02. Resposta: D
Como as raízes foram dadas, para saber qual a equação:
x² - Sx +P=0, usando o método da soma e produto; S= duas raízes somadas resultam no valor
numérico de b; e P= duas raízes multiplicadas resultam no valor de c.

3 5
𝑆 =1+ = =𝑏
2 2
3 3
𝑃 =1∙ = = 𝑐 ; 𝑠𝑢𝑏𝑠𝑡𝑖𝑡𝑢𝑖𝑛𝑑𝑜
2 2
5 3
𝑥2 − 𝑥 + = 0
2 2

2𝑥 2 − 5𝑥 + 3 = 0

03. Resposta: B
x²-6x+8=0
∆= (−6)2 − 4.1.8 ⇒ 36 − 32 = 4

−(−6)±√4 6±2
𝑥= ⇒𝑥=
2.1 2

6+2
𝑥1 = =4
2

6−2
𝑥2 = 2
=2

Dobro da menor raiz: 22=4

224
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
04. Resposta: A
1−𝑥
𝑥=
𝑥
x² = 1-x
x² + x -1 =0
∆= (1)2 − 4.1. (−1) ⇒ ∆= 1 + 4 = 5
−1 ± √5
𝑥=
2
(−1 + 2,24)
𝑥1 = = 0,62
2
−1 − 2,24
𝑥2 = = −1,62 (𝑛ã𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑣é𝑚)
2

05. Resposta: B
Hoje:
J = IR + 8 ( I )
J . IR = 153 ( II )
Substituir ( I ) em ( II ):
(IR + 8). IR = 153
IR² + 8.IR – 153 = 0 (Equação do 2º Grau)
𝛥 = 𝑏 2 − 4𝑎𝑐
𝛥 = 82 − 4.1. (−153)
𝛥 = 64 + 612
𝛥 = 676

−𝑏±√𝛥
𝑥= 2𝑎

−8±√676 −8±26
𝑥= 2.1
= 2

−8+26 18
𝑥1 = 2
= 2
=9

−8−26 −34
𝑥2 = = = −17 (Não Convém)
2 2

Portanto, hoje, as idades são 9 anos e 17 anos.


Daqui a 10 anos, serão 19 anos e 27 anos, cuja soma será 19 + 27 = 46 anos.

06. Resposta: B
Lembrando que a fórmula pode ser escrita como: x²-Sx+P, temos que P(produto)=6 e se uma das
raízes é 6, a outra é 1.
Então a soma é 6+1=7
S=m=7

07. Resposta: C
O discriminante é calculado por ∆ = 𝑏 2 − 4𝑎𝑐
Antes, precisamos calcular a, b e c.
* Soma das raízes = – b / a
– b / a = 6 + (– 10)
– b / a = – 4 . (– 1)
b=4.a
Como foi dado que a + b = 5, temos que: a + 4.a = 5. Assim:
5.a = 5 e a = 1
*b=4.1=4
Falta calcular o valor de c:
* Produto das raízes = c / a

225
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
c / 1 = 6 . (– 10)
c = – 60
Por fim, vamos calcular o discriminante:
∆ = 𝑏 2 − 4𝑎𝑐
∆ = 42 − 4.1. (−60) = 16 + 240 = 256

08. Resposta: B
Chamando de (c o número de cadernos em cada pilha, e de ( p ) o número de pilhas, temos:
c = 2.p (I)
p.c = 98 (II)
Substituindo a equação (I) na equação (II), temos:
p.2p = 98
2.p² = 98
p² = 98 / 2
p = √49
p = 7 pilhas
Assim, temos 2.7 = 14 cadernos por pilha.

09. Resposta: D
Primeiro temos que resolver a equação:
a = 1, b = - 27 e c = 182
∆ = b2 – 4.a.c
∆ = (-27)2 – 4.1.182
∆ = 729 – 728
∆=1

−𝑏±√∆ −(−27)±√1 27±1


𝑥= = = → x1 = 14 ou x2 = 13
2𝑎 2.1 2

O mmc entre x1 e x2 é o produto x1.x2

1 1 𝑥1 − 𝑥2 14 − 13 1
− = = =
𝑥2 𝑥1 𝑥2 . 𝑥1 14.13 182

10. Resposta: C
−𝑏 𝑐
Vamos usar as fórmulas da soma e do produto: S = eP= .
𝑎 𝑎
(k – 2)x2 – 3kx + 1 = 0; a = k – 2, b = - 3k e c = 1
S=P
−𝑏 𝑐
= → - b = c → -(-3k) = 1 → 3k = 1 → k = 1/3
𝑎 𝑎

INEQUAÇÃO DO 1º GRAU

Inequação17 é toda sentença aberta expressa por uma desigualdade.


Uma inequação do 1º grau pode ser expressa por:

ax + b > 0 ; ax + b ≥ 0 ; ax + b < 0 ; ax + b ≤ 0 , onde a ∈ R* e b ∈ R.

A expressão à esquerda do sinal de desigualdade chama-se primeiro membro da inequação. A


expressão à direita do sinal de desigualdade chama-se segundo membro da inequação.

Propriedades
- Aditiva: Uma desigualdade não muda de sentido quando adicionamos ou subtraímos um mesmo
número aos seus dois membros.

17
www.somatematica.com.br

226
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
- Multiplicativa: Aqui teremos duas situações que devemos ficar atentos:
1º) Uma desigualdade não muda de sentido quando multiplicamos ou dividimos seus dois membros
por um mesmo número positivo.

2º) Uma desigualdade muda de sentido quando multiplicamos ou dividimos seus dois membros por um
mesmo número negativo.

O que é falso, pois -15 < -6.

Resolução prática de inequações do 1º grau: resolver uma inequação é determinar o seu conjunto
verdade a partir de um conjunto universo dado. A resolução de inequações do 1º grau é feita procedendo
de maneira semelhante à resolução de equações, ou seja, transformando cada inequação em outra
inequação equivalente mais simples, até se obter o conjunto verdade.

Exemplo
Resolver a inequação 4(x – 2) ≤ 2 (3x + 1) + 5, sendo U = Q.
1º passo: vamos aplicar a propriedade distributiva
4(x – 2) ≤ 2 (3x + 1) + 5 → 4x – 8 ≤ 6x + 2 + 5

2º passo: agrupamos os termos semelhantes da desigualdade e reduzimos os mesmos.


4x – 6x ≤ 2 + 5 + 8 → -2x ≤ 15

3º passo: multiplicamos por -1, e invertemos o sentido da desigualdade.


-2x ≤ 15 → -2x ≥ 15

4º passo: passamos o -2 para o outro lado da desigualdade dividindo


15
𝑥≥−
2

Logo:
U = {x ϵ Q | x ≥ -15/2}

Vejamos mais um exemplo:

Resolver a inequação – 5x + 10 ≥ 0 em U = R
-5x + 10 ≥ 0 → -5x ≥ -10, como o sinal do algarismo que acompanha x é negativo, multiplicamos por (
-1) ambos os lados da desigualdade → 5x ≤ 10 (ao multiplicarmos por -1 invertemos o sinal da
desigualdade) → x ≤ 2.
S = {x є R | x ≤ 2}

Um outro modo de resolver o mesmo exemplo é através do estudo do sinal da função:


y = -5x + 10, fazemos y = 0 (como se fossemos achar o zero da função)

227
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
-5x + 10 = 0 → -5x = -10 → 5x = 10 → x = 2.
Temos uma função do 1º grau decrescente, pois a < 0 (a = -5 < 0).

Como queremos os valores maiores e iguais, pegamos os valores onde no gráfico temos o sinal de (
+ ) , ou seja os valores que na reta são menores e iguais a 2; x ≤ 2.

- Inequações do 1º grau com duas variáveis

Denominamos inequação toda sentença matemática aberta por uma desigualdade.


As inequações podem ser escritas das seguintes formas:
ax + b > 0;
ax + b < 0;
ax + b ≥ 0;
ax + b ≤ 0.
Onde a, b são números reais com a ≠ 0.

- Representação gráfica de uma inequação do 1º grau com duas variáveis Método prático

1) Substituímos a desigualdade por uma igualdade.


2) Traçamos a reta no plano cartesiano.
3) Escolhemos um ponto auxiliar, de preferência o ponto (0, 0) e verificamos se o mesmo satisfaz ou não a
desigualdade inicial.

3.1) Em caso positivo, a solução da inequação corresponde ao semiplano ao qual pertence o ponto auxiliar.

3.2) Em caso negativo, a solução da inequação corresponde ao semiplano oposto aquele ao qual pertence o
ponto auxiliar.

Exemplo
Vamos representar graficamente a inequação 2x + y ≤ 4.

Substituindo o ponto auxiliar (0, 0) na inequação 2x + y ≤ 4.


Verificamos:
2.0 + 0 ≤ 4 → 0 ≤ 4, a afirmativa é positiva, pois o ponto auxiliar satisfaz a inequação. A solução da
inequação corresponde ao semiplano ao qual pertence o ponto auxiliar (0, 0).

Questões

01. (OBM) Quantos são os números inteiros x que satisfazem à inequação 3 < √𝑥 < 7?
(A) 13;

228
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
(B) 26;
(C) 38;
(D) 39;
(E) 40.

02. (Assistente Administrativo) A pontuação numa prova de 25 questões é a seguinte: + 4 por


questão respondida corretamente e –1 por questão respondida de forma errada. Para que um aluno
receba nota correspondente a um número positivo, deverá acertar no mínimo:
(A) 3 questões
(B) 4 questões
(C) 5 questões
(D) 6 questões
(E) 7 questões

03. (Tec. Enfermagem) O menor número inteiro que satisfaz a inequação 4x + 2 (x-1) > x – 12 é:
(A) -2.
(B) -3.
(C) -1.
(D) 4.
(E) 5.

04. (TRT 6ª Região – Auxiliar Técnico - FCC) Uma pessoa, brincando com uma calculadora, digitou
o número 525. A seguir, foi subtraindo 6, sucessivamente, só parando quando obteve um número
negativo. Quantas vezes ela apertou a tecla correspondente ao 6?
(A) 88.
(B) 87.
(C) 54.
(D) 53.
(E) 42.

05. (CFSD/PM) Baseado na figura abaixo, o menor valor inteiro par que o número x pode assumir para
que o perímetro dessa figura seja maior que 80 unidades de comprimento é:

(A) 06.
(B) 08.
(C) 10.
(D) 12.
(E) 14.

06. (MACK) – Em N, o produto das soluções da inequação 2x – 3 ≤ 3 é:


(A) maior que 8.
(B) 6.
(C) 2.
(D) 1.
(E) 0.

07. (SEE/AC – Professor – FUNCAB) Determine os valores de que satisfazem a seguinte inequação:
3𝑥 𝑥
+2≤ −3
2 2

(A) x > 2
(B) x ≤ - 5
(C) x > - 5

229
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
(D) x < 2
(E) x ≤ 2

08. (UEAP – Técnico em Planejamento – UFG) O dono de um restaurante dispõe de, no máximo,
R$ 100,00 para uma compra de batata e feijão. Indicando por X e Y os valores gastos,
respectivamente, na compra de batata e de feijão, a inequação que representa esta situação é:
(A) X + Y > 100
(B) X + Y ≤ 100
𝑋
(C) 𝑌 > 100
𝑋
(D) 𝑌
≤ 100

Comentários

01. Alternativa: D
Como só estamos trabalhando com valores positivos, podemos elevar ao quadrado todo mundo e ter
9 < x < 49, sendo então que x será 10, 11, 12, 13, 14, ..., 48.
Ou seja, poderá ser 39 valores diferentes.

02. Alternativa: D
Se a cada x questões certas ele ganha 4x pontos então quando erra (25 – x) questões ele perde (25 –
x)(-1) pontos, a soma desses valores será positiva quando:
4X + (25 -1 )(-1) > 0 → 4X – 25 + x > 0 → 5x > 25 → x > 5
O aluno deverá acertar no mínimo 6 questões.

03. Alternativa: C
4x + 2 – 2 > x -12
4x + 2x – x > -12 +2
5x > -10
x > -2
Se enumerarmos nosso conjunto verdade teremos: V= {-1,0,1, 2,...}, logo nosso menor número inteiro
é -1.

04. Alternativa: A
Vamos chamar de x o número de vezes que ele apertou a calculadora
525 – 6x < 0 (pois o resultado é negativo)
-6x < -525. (-1) → 6x > 525 → x > 87,5; logo a resposta seria 88(maior do que 87,5).

05. Alternativa: B
Perímetro soma de todos os lados de uma figura:
6x – 8 + 2. (x+5) + 3x + 8 > 80
6x – 8 + 2x + 10 + 3x + 8 > 80
11x + 10 > 80
11x > 80 -10
x > 70/11
x > 6,36
Como tem que ser o menor número inteiro e par, logo teremos 8.

06. Alternativa: E
2x ≤ 3+3
2x ≤ 6
x≤3
Como ele pede o produto das soluções, teremos: 3.2.1.0,...= 0; pois todo número multiplicado por zero
será ele mesmo.

07. Alternativa: B
3𝑥 𝑥 3𝑥 𝑥 2𝑥
+2≤ −3→ − ≤ −3 − 2 → ≤ −5 → 𝑥 ≤ −5
2 2 2 2 2

230
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08. Alternativa: B
Batata = X
Feijão = Y
O dono não pode gastar mais do que R$ 100,00(ele pode gastar todo o valor e menos do que o valor),
logo:
X + Y ≤ 100

INEQUAÇÃO DO 2º GRAU

Chamamos de inequação do 2º toda desigualdade pode ser representada da seguinte forma:

ax2 + bx + c > 0 , ax2 + bx + c < 0 , ax2 + bx + c ≥ 0 ou ax2 + bx + c ≤ 0

A sua resolução depende do estudo do sinal da função y = ax2 + bx + c, para que possamos determinar
os valores reais de x para que tenhamos, respectivamente:
y > 0 , y < 0 , y ≥ 0 ou y ≤ 0.

E para o estudo do sinal, temos os gráficos abaixo:

Para melhor entendimento vejamos alguns exemplos:

1) Resolver a inequação 3x² + 10x + 7 < 0.


Resolveremos como uma equação do 2º grau para obtermos suas raízes.

Δ = b2 – 4.a.c → Δ = 102 – 4.3.7 = 100 – 84 = 16


−10 + 4 −6
−10 ± √16 −10 ± 4 =𝑥′ == −1
𝑥= →𝑥= →{ 6 6
2.3 6 −10 − 6 14 7
𝑥 ′′ = =− =−
6 6 3

Agora vamos montar graficamente o valor para que assim achemos os valores que satisfaçam a
mesma.

231
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Como queremos valores menores que zero, vamos utilizar o intervalo onde os mesmos satisfaçam a
inequação, logo a solução para equação é:
S = {x ϵ R | -7/3 < x < -1}

2) Determine a solução da inequação x² – 4x ≥ 0.


Novamente, devemos encontrar as raízes da equação.

4+4
−(−4) ± √16 4 ± 4 𝑥′ = 2 = 4
𝑥= →𝑥= {
2 2 4−4
𝑥 ′′ = =0
2
Graficamente temos:

Observe que ao montarmos o gráfico conseguimos visualizar o intervalo que corresponde a solução
que procuramos, pois queremos valores ≥ 0. Logo:
S = {x ϵ R | x ≤ 0 ou x ≥ 4}

Questões

01. (VUNESP) O conjunto solução da inequação 9x2 – 6x + 1 ≤ 0, no universo do números reais é:


(A) ∅
(B) R
1
(C) {3}
1
(D) {𝑥 ∈ 𝑅|𝑥 ≥ }
3
1
(E) {𝑥 ∈ 𝑅|𝑥 ≠ 3}

02. (PUC-MG) O produto dos elementos do conjunto 𝐴 = {𝑥 ∈ 𝑁|(𝑥 − 2). (7 − 𝑥) > 0} é:


(A) 60
(B) 90
(C) 120
(D) 180
(E) 360
1
03. Em R, o domínio mais amplo possível da função, dada por 𝑓(𝑥) = , é o intervalo:
√9−𝑥 2
(A) [0; 9]
(B) ]0; 3[
(C) ]- 3; 3[
(D) ]- 9; 9[
(E) ]- 9; 0[

Comentários

01. Resposta: C
Resolvendo por Bháskara:
∆= 𝑏 2 − 4𝑎𝑐
∆= (−6)2 − 4.9.1
∆= 36 − 36 = 0
−𝑏±√∆
𝑥= 2𝑎
−(−6)±√0
𝑥= 2.9

232
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
6±0 6 1
𝑥= 18
= 18 = 3 (delta igual a zero, duas raízes iguais)

Fazendo o gráfico, a > 0 parábola voltada para cima:

1
S={ }
3

02. Resposta: E
(x – 2).(7 – x) > 0 (aplicando a distributiva)
7x – x2 – 14 + 2x > 0
- x2 + 9x – 14 > 0
∆= 𝑏 2 − 4𝑎𝑐
∆= 92 − 4. (−1). (−14)
∆= 81 − 56 = 25
−9±√25
𝑥= 2.(−1)
−9±5 −9+5 −4 −9−5 −14
𝑥= −2
 𝑥1 = −2
= −2 = 2 ou 𝑥2 = −2
= −2
=7

Fazendo o gráfico, a < 0 parábola voltada para baixo:

a solução é 2 < x < 7, neste intervalo os números naturais são: 3, 4, 5 e 6.


3.4.5.6 = 360

03. Resposta: C
Para que exista a raiz quadrada da função temos que ter 9 – x2 ≥ 0. Porém como o denominador da
fração tem que ser diferente de zero temos que 9 – x2 > 0.
- x2 + 9 >0
As soluções desta equação do 2° grau são 3 e – 3.
Fazendo o gráfico, a < 0, parábola voltada para baixo:

A solução é – 3 < x < 3 ou ]- 3; 3[

SISTEMAS DE EQUAÇÕES DO 1º GRAU

Observe o raciocínio: João e José são colegas. Ao passarem por uma livraria, João resolveu comprar
2 cadernos e 3 livros e pagou por eles R$ 15,40, no total dos produtos. José gastou R$ 9,20 na compra
de 2 livros e 1 caderno. Os dois ficaram satisfeitos e foram para casa.
No dia seguinte, encontram um outro colega e falaram sobre suas compras, porém não se lembrava
do preço unitário dos livros. Sabiam, apenas que todos os livros, como todos os cadernos, tinham o
mesmo preço.

233
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Bom, diante deste problema, será que existe algum modo de descobrir o preço de cada livro ou caderno
com as informações que temos?

Um sistema de equação do primeiro grau com duas incógnitas x e y, pode ser definido como um
conjunto formado por duas equações do primeiro grau. Lembrando que equação do primeiro grau é aquela
que em todas as incógnitas estão elevadas à potência 1.

Exemplos de sistemas:

{ Observe este símbolo. A matemática convencionou neste caso para indicar que duas ou mais
equações formam um sistema.

Resolução de Sistemas
Resolver um sistema significa encontrar um par de valores das incógnitas x e y que faça verdadeira
as equações que fazem parte do sistema.

Exemplos:
a) O par (4,3) pode ser a solução do sistema
x– y = 2
{
x + y = 6

Para saber se estes valores satisfazem ao sistema, basta substituir os valores em ambas as equações:
x– y = 2
{
x + y = 6

x-y=2 ; x+y=6
4–3=1;4+3=7
1 ≠ 2 (falso) 7 ≠ 6 (falso)
A resposta então é falsa. O par (4,3) não é a solução do sistema de equações acima.

b) O par (5,3) pode ser a solução do sistema


x– y = 2
{
x + y = 8

x–y=2
x+y=8
Para saber se estes valores satisfazem ao sistema, basta substituir os valores em ambas as equações:
x–y=2; x+y=8
5–3=2 ; 5+3=8
2 = 2 (verdadeiro) 8 = 8 (verdadeiro)
A resposta então é verdadeira. O par (5, 3) é a solução do sistema de equações acima.

Métodos para solução de sistemas do 1º grau

Método de Substituição
Este método de resolução para os sistemas de equações de 1º grau estabelece que “extrair” o valor
de uma incógnita é substituir esse valor na outra equação.
Observe:

234
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
x– y = 2
{
x + y = 4
Vamos escolher uma das equações para “extrair” o valor de uma das incógnitas, ou seja, estabelecer
o valor de acordo com a outra incógnita, desta forma:
x–y=2
x=2+y
Agora iremos substituir o “x” encontrado acima, na “x” da segunda equação do sistema:
x+y=4
(2 + y) + y = 4
2 + 2y = 4
2y = 4 – 2
2y = 2
y=1
Temos que: x = 2 + y, então
x=2+1
x=3
Assim, o par (3, 1) torna-se a solução verdadeira do sistema.

Método da Adição
Este método de resolução de sistema do 1º grau consiste apenas em somas os termos das equações
fornecidas.
Observe:
x – y = −2
{
3x + y = 5
Neste caso de resolução, somam-se as equações dadas:
x - y = -2
3x + y = 5 +
4x = 3
x = 3/4

Veja nos cálculos que quando somamos as duas equações o termo “y” se anula. Isto tem que ocorrer
para que possamos achar o valor de “x”.
Agora, e quando ocorrer de somarmos as equações e os valores de “x” ou “y” não se anularem para
ficar somente uma incógnita?
Neste caso, é possível usar uma técnica de cálculo de multiplicação pelo valor excludente negativo.
Ex.:
3x + 2y = 4
{
2x + 3y = 1
Ao somarmos os termos acima, temos:
5x + 5y = 5, então para anularmos o “x” e encontramos o valor de “y”, fazemos o seguinte:
» multiplica-se a 1ª equação por + 2
» multiplica-se a 2ª equação por - 3

Vamos calcular então:


3x + 2y = 4 (x +2)
2x + 3y = 1 (x -3)
6x +4y = 8
-6x - 9y = -3 +
-5y = 5
y = -1

Substituindo:
2x + 3y = 1
2x + 3.(-1) = 1
2x = 1 + 3
x=2

Verificando:
3x + 2y = 4 → 3.(2) + 2(-1) = 4 → 6 – 2 = 4

235
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
2x + 3y = 1 → 2.(2) + 3(-1) = 1 → 4 – 3 = 1

Gráfico de um sistema do 1º grau

Dispondo de dois pontos, podemos representa-los graficamente em um plano cartesiano. A figura


formada por esses pontos é uma reta.
Exemplo: Dado x + y = 4, vamos traçar o gráfico desta equação. Vamos atribuir valores a x e a y para
acharmos os pontos no gráfico.

Unindo os pontos formamos uma reta, que contém todos os pontos da equação. A essa reta damos o
nome de reta suporte.

Mas, e aí, será que agora conseguiremos resolver aquele problema lá do início?

João e José são colegas. Ao passarem por uma livraria, João resolveu comprar 2 cadernos e 3 livros
e pagou por eles R$ 15,40, no total dos produtos. José gastou R$ 9,20 na compra de 2 livros e 1 caderno
Vamos chamar de x o preço do caderno e de y o preço do livro.
Assim temos 2x + 3y = 15,40 e 1x + 2y = 9,20.
2x + 3y = 15,40
{
1x + 2y = 9,20
Vamos resolver pelo método da substituição.
Iremos isolar x na segunda equação, ficando então com:
x = 9,20 – 2y
Agora vamos substituir na primeira equação:
2x + 3y = 15,40
2 (9,20 – 2y) + 3y = 15,40
18,40 – 4y + 3y = 15,40
-4y + 3y = 15,40 – 18,40
-1y = -3 (-1)
y=3

Temos
x = 9,20 – 2y
x = 9,20 – 2.3
x = 9,20 – 6
x = 3,20

236
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Assim cada caderno custa R$3,20 e cada livro custa R$3,00.

Questões

01. (SABESP - Aprendiz - FCC) Em uma gincana entre as três equipes de uma escola (amarela,
vermelha e branca), foram arrecadados 1 040 quilogramas de alimentos. A equipe amarela arrecadou 50
quilogramas a mais que a equipe vermelha e esta arrecadou 30 quilogramas a menos que a equipe
branca. A quantidade de alimentos arrecadada pela equipe vencedora foi, em quilogramas, igual a
(A) 310
(B) 320
(C) 330
(D) 350
(E) 370

02. (PM/SE - Soldado - FUNCAB) Os cidadãos que aderem voluntariamente à Campanha Nacional
de Desarmamento recebem valores de indenização entre R$150,00 e R$450,00 de acordo com o tipo e
calibre do armamento. Em uma determinada semana, a campanha arrecadou 30 armas e pagou
indenizações somente de R$150,00 e R$450,00, num total de R$7.500,00.
Determine o total de indenizações pagas no valor de R$150,00.
(A) 20
(B) 25
(C) 22
(D) 24
(E) 18

03. (Pref. Lagoa da Confusão/TO - Orientador Social - IDECAN) A razão entre a idade de Cláudio
e seu irmão Otávio é 3, e a soma de suas idades é 28. Então, a idade de Marcos que é igual a diferença
entre a idade de Cláudio e a idade de Otávio é
(A) 12.
(B) 13.
(C) 14.
(D) 15.
(E) 16.

04. (Pref. de Nepomuceno/MG - Porteiro - CONSULPLAN) Numa adega encontram-se armazenadas


garrafas de vinho seco e suave num total de 300 garrafas, sendo que o número de garrafas de vinho seco
excede em 3 unidades o dobro do número de garrafas de vinho suave. Assim, a porcentagem de garrafas
de vinho seco dessa adega é igual a
(A) 60%.
(B) 63%.
(C) 65%.
(D) 67%.
(E) 70%.

05. (PETROBRAS - Técnico de Administração e Controle Júnior - CESGRANRIO) Maria vende


salgados e doces. Cada salgado custa R$2,00, e cada doce, R$1,50. Ontem ela faturou R$95,00
vendendo doces e salgados, em um total de 55 unidades.
Quantos doces Maria vendeu?
(A) 20
(B) 25
(C) 30
(D) 35
(E) 40

06. (TRT 6ª Região - Analista Judiciário - FCC) Para fazer um trabalho, um professor vai dividir os
seus 86 alunos em 15 grupos, alguns formados por cinco, outros formados por seis alunos. Dessa forma,
sendo C o número de grupos formados por cinco e S o número de grupos formados por seis alunos, o
produto C⋅S será igual a
(A) 56.

237
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
(B) 54.
(C) 50.
(D) 44.
(E) 36.

07. (Banco do Brasil - Escriturário - FCC) Dos 56 funcionários de uma agência bancária, alguns
decidiram contribuir com uma lista beneficente. Contribuíram 2 a cada 3 mulheres, e 1 a cada 4 homens,
totalizando 24 pessoas.
A razão do número de funcionárias mulheres para o número de funcionários homens dessa agência
é de
(A) 3 para 4.
(B) 2 para 3.
(C) 1 para 2.
(D) 3 para 2.
(E) 4 para 5.

08. (SABESP - Analista de Gestão - FCC) Em um campeonato de futebol, as equipes recebem, em


cada jogo, três pontos por vitória, um ponto em caso de empate e nenhum ponto se forem derrotadas.
Após disputar 30 partidas, uma das equipes desse campeonato havia perdido apenas dois jogos e
acumulado 58 pontos. O número de vitórias que essa equipe conquistou, nessas 30 partidas, é igual a
(A) 12
(B) 14
(C) 16
(D) 13
(E) 15

09. (TJ/SP - Escrevente Técnico Judiciário - VUNESP) Uma empresa comprou um determinado
número de folhas de papel sulfite, embaladas em pacotes de mesma quantidade para facilitar a sua
distribuição entre os diversos setores.
Todo o material deverá ser entregue pelo fornecedor acondicionado em caixas, sem que haja sobras.
Se o fornecedor colocar 25 pacotes por caixa, usará 16 caixas a mais do que se colocar 30 pacotes por
caixa. O número total de pacotes comprados, nessa encomenda, foi
(A) 2200.
(B) 2000.
(C) 1800.
(D )2400.
(E) 2500.

10. (SEAP - Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária - VUNESP) A razão entre o número de
litros de óleo de milho e o número de litros de óleo de soja vendidos por uma mercearia, nessa ordem, foi
de 5/7. Se o número total de litros de óleo vendidos (soja + milho) foi 288, então o número de litros de
óleo de soja vendidos foi
(A) 170.
(B) 176.
(C) 174.
(D) 168.
(E) 172.

Comentários

01. Resposta: E
Vamos chamar as cores de letras, usaremos x, y, z.
Amarela: x
Vermelha: y
Branca: z
x = y + 50
y = z - 30
z = y + 30

238
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
𝑥 + 𝑦 + 𝑧 = 1040
{ 𝑥 = 𝑦 + 50
𝑧 = 𝑦 + 30
Substituindo a II e a III equação na I:
𝑦 + 50 + 𝑦 + 𝑦 + 30 = 1040
3𝑦 = 1040 − 80
y = 320
Substituindo na equação II
x = 320 + 50 = 370
z=320+30=350
A equipe que mais arrecadou foi a amarela com 370kg

02. Resposta: A
Armas de R$150,00: x
Armas de R$450,00: y
150𝑥 + 450𝑦 = 7500
{
𝑥 + 𝑦 = 30
x = 30 – y
Substituindo na 1ª equação:
150(30 − 𝑦) + 450𝑦 = 7500
4500 − 150𝑦 + 450𝑦 = 7500
300𝑦 = 3000
𝑦 = 10
𝑥 = 30 − 10 = 20
O total de indenizações foi de 20.

03. Resposta: C
Cláudio :x
Otávio: y
𝑥
𝑦
=3
𝑥 = 3𝑦
{
𝑥 + 𝑦 = 28
𝑥 + 𝑦 = 28
3y + y = 28
4y = 28
y = 7 x = 21
Marcos: x – y = 21 – 7 = 14

04. Resposta: D.
Vinho seco: x
Vinho suave: y
𝑥 + 𝑦 = 300 (𝐼)
{
𝑥 = 2𝑦 + 3 (𝐼𝐼)
Substituindo II em I
2y + 3 + y = 300
3y = 297
y = 99
x = 201
300------100%
201-----x
x = 67%

05. Resposta: C
Doces: x
Salgados: y
𝑥 + 𝑦 = 55
{
1,5𝑥 + 2𝑦 = 95
Resolvendo pelo método da adição, vamos multiplicar todos os termos da 1ª equação por -1,5:

239
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
−1,5𝑥 − 1,5𝑦 = −82,5
{
1,5𝑥 + 2𝑦 = 95
Assim temos:
0,5𝑦 = 12,5
𝑦 = 25 ∴ 𝑥 = 30
Ela vendeu 30 doces

06. Resposta: D
5𝐶 + 6𝑆 = 86
{
𝐶 + 𝑆 = 15
C = 15 – S
Substituindo na primeira equação:
5(15 – S) + 6S = 86
75 – 5S + 6S = 86
S = 11
C = 15 – 11 = 4
𝐶 ∙ 𝑆 = 4 ∙ 11 = 44

07. Resposta: A
Mulheres: x
Homens: y

2
𝑥 + 𝑦 = 56 (. − )
{ 3
2 1
𝑥 + 𝑦 = 24
3 4
2 2 112
− 𝑥− 𝑦=−
{ 3 3 3
2 1
𝑥 + 𝑦 = 24
3 4
Somando as duas equações:

2 1 112
− 𝑦+ 𝑦=− + 24
3 4 3

mmc(3,4) = 12

−8𝑦 + 3𝑦 = −448 + 288


-5y = - 160
y = 32
x = 24
razão de mulheres pra homens:
24 3
=
32 4

08. Resposta: E
Vitórias: x
Empate: y
Derrotas: 2
Pelo método da adição temos:
𝑥 + 𝑦 + 2 = 30. (−1)
{
3𝑥 + 𝑦 = 58
−𝑥 − 𝑦 = −28
{
3𝑥 + 𝑦 = 58

2x = 30
x = 15

240
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
09. Resposta: D
Total de pacotes: x
Caixas: y
𝑥
= 𝑦 + 16
25

25𝑦 + 400 = 𝑥
𝑥
=𝑦
30
𝑥 = 30𝑦

25𝑦 − 𝑥 = −400
{
𝑥 = 30𝑦
Substituindo:
25𝑦 − 30𝑦 = −400
−5𝑦 = −400
𝑦 = 80
𝑥 = 30 ∙ 80 = 2400

10. Resposta: D
Óleo de milho: M
Óleo de soja: S

𝑀 5
= 7𝑀 = 5𝑆
𝑆 7
𝑀 + 𝑆 = 288 . (−7)
{
7𝑀 − 5𝑆 = 0
−7𝑀 − 7𝑆 = −2016
{
7𝑀 − 5𝑆 = 0

−12𝑆 = −2016
𝑆 = 168

SISTEMAS DE EQUAÇÕES DO 2º GRAU

Precisamos antes de resolvermos, interpretarmos minuciosamente cada questão e depois equacioná-


las de forma a transcrever o texto em linguagem matemática.
Utilizamos o mesmo princípio da resolução dos sistemas de 1º grau, por adição, substituições, etc.,
porém devemos ficar atentos para o fato de ter que resolver uma equação do 2° grau.
Uma sequência prática para acharmos sua solução é:
- Estabelecer o sistema de equações que traduzam o problema para a linguagem matemática;
- Resolver o sistema de equações;
- Interpretar as raízes encontradas, verificando se são compatíveis com os dados do problema.

Exemplo
Com uma corda de 10 m de comprimento, Pedro deseja cercar uma área retangular de 4 m². Quais as
medidas dos lados desse retângulo?

Temos:
Comprimento: x
Largura: y

241
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Deduzimos acima que seu perímetro é 10, assim:
x + y + x + y = 10
ou 2x + 2y = 10, dividindo tudo por 2
x+y=5
E sua área é 4, como a área do retângulo é dada por largura x comprimento, temos:
x.y = 4

Montando o sistema temos:

𝑥+𝑦 =5
{ → (isolando x na 1ª equação) x = 5 – y, → (substituindo na 2ª equação) (5 – y) . y = 4
𝑥. 𝑦 = 4

Resolvendo:
5y – y2 = 4
- y2 + 5y – 4 = 0.(.-1)
y2 – 5y + 4 =0 (Temos então uma equação do 2ª grau, vamos resolver pela fórmula de bháskara)

a = 1 ; b= -5 e c= 4

−𝑏 ± √𝑏 2 − 4𝑎𝑐 −(−5) ± √(−5)2 − 4.1. (4) 5 ± √25 − 16


𝑥= →𝑥= →𝑥=
2𝑎 2.1 2

5 ± √9 5−3 2 5+3 8
𝑥= ∴ 𝑥′ = = = 1 𝑒 𝑥" = = =4
2 2 2 2 2

Logo:
Se x = 1 → y = 5 - 1 → y = 4
Se x = 4 → y = 5 - 4 → y = 1

Observando temos os valores 1 e 4, tanto para x como para y. Então as medidas dos lados são 1 e 4,
podendo x ou y assumirem os mesmos.
Fazendo a conferência temos:
x + y = 5 ∴ x.y = 4
4+1=5 4.1 = 4
5=5 4=4
Os pares ordenados (1,4) ou (4,1) satisfazem o sistema de equações.

Questões

01. (Pref. de São Paulo/SP - Guarda Civil Metropolitano - MS Concursos) A soma entre dois
números positivos é 37. Se o produto entre eles é 330, então o valor da diferença entre o maior e o menor
número é:
(A) 7.
(B) 23.
(C) 61.
(D) 17.
(E) 49.

02. (Câm. de Catas Altas/MG - Técnico em Contabilidade - FUMARC) Marque, dentre as


alternativas abaixo, a que identifica os pontos comuns aos gráficos de y = x2 + 2x e y = x + 2.
(A) (-2, 1) e (-1,3).
(B) (-2, 0) e (-1,3).
(C) (2,0) e (1,3).
(D) (-2,0) e (1,3).

03. (CPTM - Médico do trabalho - Makiyama) Sabe-se que o produto da idade de Miguel pela idade
de Lucas é 500. Miguel é 5 anos mais velho que Lucas. Qual a soma das idades de Miguel e Lucas?
(A) 40.

242
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
(B) 55.
(C) 65.
(D) 50.
(E) 45.

04. O produto de dois números inteiros e positivos é 10. O maior é igual ao dobro do menor mais 1.O
valor desse número é:
(A) 3 e 5
(B) 5 e 2
(C) 8 e 2
(D) 2 e 3
(E) 1 e 5

05. (TJ/RS - Técnico Judiciário - FAURGS) Se a soma de dois números é igual a 10 e o seu produto
é igual a 20, a soma de seus quadrados é igual a:
(A) 30
(B) 40
(C) 50
(D) 60
(E) 80

Comentários

01. Resposta: A
Como não sabemos quem são esses números, iremos atribuir letras a eles, um será x e o outro será
x.
Teremos o seguinte sistema:
x + y = 37 (I)
{
x. y = 330 (II)
Vamos resolver pelo método da substituição:
Isolando y na equação (I) temos x + y = 37 → y = 37 – x, substituindo na equação (II):
x.(37 – x) = 330 (propriedade distributiva)
37x – x2 = 330
37x – x2 – 330 = 0 (multiplicando tudo por -1)
x2 – 37x + 330 = 0 (vamos resolver pela fórmula de Bháskara)
a = 1; b = - 37 e c = 330
∆ = b2 – 4.a.c
∆ = (- 37)2 – 4.1.330
∆ = 1369 – 1320
∆ = 49

−𝑏±√∆
𝑥= 2.𝑎
−(−37)±√49 37±7
𝑥= 2.1
= 2

37+7 44 37−7 30
𝑥= 2
= 2
= 22 ou 𝑥 = 2
= 2
= 15

Se x = 22 → y = 37 – 22 = 15
Se x = 15 → y = 37 – 15 = 22
Logo, os números serão 22 e 15, e a diferença entre eles será:
22 – 15 = 7.

02. Resposta: D
Do enunciado y = x2 + 2x e y = x + 2, então vamos substituir y por x + 2 na equação y = x2 + 2x:
x2 + 2x = x + 2
x2 + 2x – x – 2 = 0
x2 + x – 2 = 0 (resolvendo pela fórmula de Bháskara)
a = 1, b = 1 e c = - 2

243
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
∆= 𝑏 2 − 4𝑎𝑐
∆= 12 − 4.1. (−2)
∆=1+8=9
−𝑏±√∆
𝑥= 2𝑎

−1±√9
𝑥= 2.1

−1±3
𝑥= 2

−1+3 −1−3
𝑥= = 1 ou 𝑥 = = −2
2 2
Se x = 1 → y = 1 + 2 = 3 (1, 3)
Se x = - 2 → y = - 2 + 2 = 0 (-2, 0)

03. Resposta: E
Vamos substituir as idades de Miguel e Lucas pelas letras M e L, assim teremos o seguinte sistema:
𝑀. 𝐿 = 500 (𝐼)
{
𝑀 = 𝐿 + 5 (𝐼𝐼)

Como M já está isolado em (II), vamos substituir em (I)


substituindo II em I, temos:
(L + 5).L = 500
L2 + 5L – 500 = 0 (Vamos resolver pela fórmula de Bháskara)
a = 1, b = 5 e c = - 500

∆ = b2 – 4ac
∆ = 52 – 4.1.(- 500)
∆ = 25 + 2000
∆ = 2025

−𝑏±√∆
𝐿= 2𝑎

−5±√2025 −5±45
𝐿= 2.1
= 2
−5+45 40 −5−45 −50
𝐿= = = 20 ou𝐿= = = −25 esta não convém pois L (idade) tem que ser positivo.
2 2 2 2
Então L = 20 → M.20 = 500 → M = 500 : 20 = 25
M + L = 25 + 20 = 45.

04. Resposta: B
Pelo enunciado temos o seguinte sistema:
𝑥. 𝑦 = 10
{
𝑥 = 2𝑦 + 1
(2y + 1).y = 10
2y2 + y - 10 = 0 (Resolvendo pela fórmula de Bháskara)
a= 2 ; b = 1 e c = -10

−𝑏 ± √𝑏 2 − 4𝑎𝑐 −1 ± √(1)2 − 4.2. (−10) −1 ± √1 + 80


𝑦= →𝑦= →𝑦=
2𝑎 2.2 4
−1 ± 9 −1 − 9 −10 −1 + 9 8
𝑦= ∴ 𝑦1 = = = −2,5 𝑒 𝑦2 = = =2
4 4 4 4 4

Como são números positivos então descartamos o valor de y1


Substituindo:
Se y = 2, temos x = 2 . 2 + 1 → x = 5
Os números são 5 e 2.

244
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
05. Resposta: D.
De acordo com o enunciado, vamos montar o sistema:
𝑥 + 𝑦 = 10
{
𝑥. 𝑦 = 20
Eu quero saber a soma de seus quadrados: x2 + y2
Vamos elevar o x + y ao quadrado:
(x + y)2 = (10)2
x2 + 2xy + y2 = 100
Como x . y=20 substituímos o valor:
x2 + 2.20 + y2 = 100
x2 + 40 + y2 = 100
x2 + y2 = 100 – 40
x2 + y2 = 60

c. Matrizes: tipos de matrizes, operações, inversão, escalonamento, matrizes


elementares, aplicações gerais e na resolução de sistemas lineares de
equações.

MATRIZES

Em jornais, revistas e na internet vemos frequentemente informações numéricas organizadas em


tabelas, colunas e linhas. Exemplos:

Em matemática essas tabelas são exemplos de matrizes18. O crescente uso dos computadores tem
feito com que a teoria das matrizes seja cada vez mais aplicada em áreas como Economia, Engenharia,
Matemática, Física, dentre outras.

Definição
Seja m e n números naturais não nulos. Uma matriz do tipo m x n, é uma tabela de m.n números reais
dispostos em m linhas e n colunas.
Exemplo:

18
IEZZI, Gelson – Matemática - Volume Único
FILHO, Begnino Barreto; SILVA,Claudio Xavier da – Matemática – Volume Único - FTD
mundoeducacao.bol.uol.com.br/matematica/equacoes-envolvendo-matrizes.html

245
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Um elemento qualquer dessa matriz será representado pelo símbolo: aij, no qual o índice i refere-se à
linha, o índice j refere-se à coluna em que se encontram tais elementos. As linhas são enumeradas de
cima para baixo e as colunas, da esquerda para direita.

Exemplo

Representamos uma matriz colocando seus elementos (números) entre parêntese ou colchetes ou
também (menos utilizado) duas barras verticais à esquerda e direita.

Exemplos
1
𝐴 = (5 −1 ) é 𝑢𝑚𝑎 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 1 𝑥 3
2
7 −2
𝐵=[ ] é 𝑢𝑚𝑎 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 2 𝑥 2
3 4

√5 1/3 1
𝐶=‖ 7 2 −5‖ é 𝑢𝑚𝑎 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 3 𝑥 3
−4 1/5 2

−1 5 8
𝐷=[ ] é 𝑢𝑚𝑎 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 2 𝑥 3
−1 2 −3

Exemplo
Escrever a matriz A = (aij)2 x 3, em que aij = i – j
A matriz é do tipo 2 x 3 (duas linhas e três colunas), podemos representa-la por:

246
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Matrizes Especiais
Algumas matrizes recebem nomes especiais. Vejamos:

- Matriz Linha: é uma matriz formada por uma única linha.

Exemplo
𝐴 = [1 7 −5] , 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎 1𝑥3

- Matriz coluna: é uma matriz formada por uma única coluna.

Exemplo
1
𝐵 = [−5] , 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 𝑐𝑜𝑙𝑢𝑛𝑎 3𝑥1
7

- Matriz nula: é matriz que possui todos os elementos iguais a zero.

Exemplo
0 0
𝐶 = (0 0) , 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 𝑛𝑢𝑙𝑎 3𝑥2
0 0

- Matriz quadrada: é a matriz que possui o número de linhas igual ao número de colunas. Podemos,
neste caso, chamar de matriz quadrada de ordem n.

Exemplo
3 2
𝐷=( ) , 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 2𝑥2 𝑜𝑢 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 𝑞𝑢𝑎𝑑𝑟𝑎𝑑𝑎 𝑑𝑒 𝑜𝑟𝑑𝑒𝑚 2.
−4 1

A diagonal principal de D é formada pelos elementos cujo índice é igual ao índice da coluna (a11 e a22).
A outra diagonal recebe o nome de diagonal secundária de D.

- Matriz identidade: é a matriz quadrada em que cada elemento da diagonal principal é igual a 1, e os
demais têm o valor 0. Representamos a matriz identidade pela seguinte notação: In.

Exemplos

Também podemos definir uma matriz identidade da seguinte forma:

𝑎𝑖𝑗 = 1, 𝑠𝑒 𝑖 = 𝑗
𝐼𝑛 = [𝑎𝑖𝑗 ]𝑛 𝑥 𝑛 , 𝑜𝑛𝑑𝑒 {
𝑎𝑖𝑗 = 0, 𝑠𝑒 𝑖 ≠ 𝑗

247
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
- Matriz transposta: é a matriz onde as linhas são ordenadamente iguais a colunas desta mesma
matriz e vice e versa. Ou seja:
Dada uma matriz A de ordem m x n, chama-se matriz transposta de A, indicada por At, a matriz cuja a
ordem é n x m, sendo as suas linhas ordenadamente iguais às colunas da matriz A.

Exemplo
2 −1 2 7
𝐴=[ ] , 𝑒𝑛𝑡ã𝑜 𝐴𝑡 = [ ]
7 10 − 10

Observe que:
- a 1ª linha da matriz A é igual à 1ª coluna da matriz At.
- a 2ª linha da matriz A é igual a 2ª coluna da matriz At.

Generalizando, temos:

- Matriz oposta: é a matriz obtida a partir de A, trocando-se o sinal de todos os seus elementos.
Representamos por - A tal que A + (- A) = O, em que O é a matriz nula do tipo m x n.

Exemplo

- Matriz simétrica: é uma matriz quadrada cujo At = A; ou ainda aij = aji

Exemplo

- Matriz antissimétrica: é uma matriz quadrada cujo At = - A; ou ainda aij = - aij.

Exemplo

248
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Classificação de Acordo com os Elementos da Matriz
- Real: se todos os seus elementos são reais.

Exemplo
1 −5
𝐴= [ ]
3 2

- Imaginária: se pelo menos um dos seus elementos é complexo.

Exemplo
1 −5
𝐵= [ ]
3 𝑖

- Triangular superior: é uma matriz quadrada em que os elementos abaixo da diagonal principal são
nulos.

Exemplo

- Triangular inferior: é uma matriz quadrada em que os elementos acima da diagonal principal são
nulos.

Exemplo

Igualdade de Matrizes
Dizemos que duas matrizes A e B, de mesma ordem, são iguais (A = B) se, e somente se, os seus
elementos de mesma posição forem iguais, ou seja:
A = [aij] m x n e B = [bij] p x q

Sendo A = B, temos:
m=pen=q

Operações com Matrizes


- Adição: a soma de duas matrizes A e B de mesma ordem é matriz também de mesma ordem, obtida
com a adição dos elementos de mesma posição das matrizes A e B.

Exemplo

249
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Propriedades: considerando as matrizes de mesma ordem, algumas propriedades são válidas:
Comutativa: A + B = B + A
Associativa: A + (B + C) = (A + B) + C
Elemento simétrico: A + (-A) = 0
Elemento neutro: A + 0 = A

- Subtração: a diferença entre duas matrizes A e B, de mesma ordem, é a matriz obtida pela adição
da matriz A com a oposta da matriz B, ou seja:

Exemplo

- Multiplicação de um número real por uma matriz: o produto de um número real k por uma matriz
A, é dado pela multiplicação de cada elemento da matriz A por esse número real k.

Exemplo

- Multiplicação de matrizes: para multiplicarmos duas matrizes A e B só é possível mediante a uma


condição e uma técnica mais elaborada. Vejamos:

Condição: o número de COLUNAS da A (primeira) têm que ser igual ao número de LINHAS de B
(segunda).

Logo a ordem da matriz resultante é a LINHA de A e a COLUNA DE B.

Técnica: Multiplicamos o 1º elemento da LINHA 1 de A pelo 1º elemento da primeira COLUNA de B,


depois o 2º elemento da LINHA 1 de A pelo 2º elemento da primeira COLUNA de B e somamos esse
produto. Fazemos isso sucessivamente, até termos efetuado a multiplicação de todos os termos.
Exemplo

250
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
A matriz C é o resultado da multiplicação de A por B.

Propriedades da multiplicação: admite-se as seguintes propriedades


Associativa: (A.B). C = A.(B.C)
Distributiva: (A + B). C = A. C + B. C e C. (A + B) = C. A + C. B

Observação: a propriedade comutativa NÂO é válida na multiplicação de matrizes, pois geralmente


A.B ≠ B.A

Matriz Inversa
Dizemos que uma matriz é inversa A–1 (toda matriz quadrada de ordem n), se e somente se, A.A-1 = In
e A-1.A = In ou seja:
𝐴 é 𝑎 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 𝑑𝑎𝑑𝑎.
𝑨. 𝑨−𝟏 = 𝑨−𝟏 . 𝑨 = 𝑰𝒏 , 𝑜𝑛𝑑𝑒 { 𝐴−1 é 𝑎 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 𝑖𝑛𝑣𝑒𝑟𝑠𝑎 𝑑𝑎 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 𝐴.
𝐼𝑛 é 𝑎 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 𝑖𝑑𝑒𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑚𝑒𝑠𝑚𝑎 𝑜𝑟𝑑𝑒𝑚 𝑑𝑒 𝐴.

Exemplos
1
8 −2 −1
1) A matriz 𝐵 = [ ] é inversa da matriz 𝐴 = [23 ] , pois:
3 −1 −4
2

2 5 1 2
2) Vamos verificar se a matriz 𝐴 = ( ) 𝑒𝐵=( ) , são inversas entre si:
1 3 1 1

Portanto elas, não são inversas entre si.

2 1
3) Dada a matriz 𝐴 = [ ], determine a inversa, A-¹.
3 2
𝑎 𝑏
Vamos então montar a matriz 𝐴−1 = [ ] , 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑞𝑢𝑒 𝐴. 𝐴−1 = 𝐼𝑛
𝑐 𝑑

2 1 𝑎 𝑏 1 0 2𝑎 + 𝑐 2𝑏 + 𝑑 1 0
[ ].[ ]=[ ]→[ ]=[ ]
3 2 𝑐 𝑑 0 1 3𝑎 + 2𝑐 3𝑏 + 2𝑑 0 1

Fazendo as igualdades temos:


2𝑎 + 𝑐 = 1 2𝑏 + 𝑑 = 0
{ {
3𝑎 + 2𝑐 = 0 3𝑏 + 2𝑑 = 1

Resolvendo os sistemas temos: a = 2; b = -1; c = -3 e d = 2


Então a matriz inversa da matriz A é:
2 −1
𝐴−1 = [ ]
−3 2

251
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Equação Matricial

No caso das equações com matrizes (equações matriciais), elas são equações cujas incógnitas são
matrizes.
Vejamos um exemplo:
Encontre a matriz X da equação 2.A+B=X, sabendo que:

Neste exemplo, a incógnita já estava isolada.


Vejamos um exemplo em que a incógnita não está isolada na equação. Nestes casos devemos tomar
cuidado ao operarmos as matrizes de um lado para o outro da igualdade.
Exemplo:
Resolva a equação a seguir: X+B=2A, utilizando as mesmas matrizes do exemplo anterior.
Antes de substituirmos as matrizes, façamos o isolamento da incógnita, lembrando sempre das
propriedades das operações das matrizes.

Note que não passamos a matriz B para o outro lado da igualdade; na verdade operamos a matriz
oposta de B (matriz -B) dos dois lados.
Devemos tomar esse cuidado, pois quando nos depararmos com produto de matrizes, não poderemos
passar a matriz para o outro lado dividindo; deveremos operar a matriz inversa dos dois lados.
O diferencial das equações que conhecíamos para as equações com matrizes está nesse maior
cuidado ao isolarmos a incógnita.
Voltando à resolução da equação, temos que substituir os valores das matrizes A e B na equação.
Sendo assim:

Questões

01. (Pref. do Rio de Janeiro/RJ - Professor - Pref. do Rio de Janeiro) Considere as matrizes A
e B, a seguir.

O elemento que ocupa a terceira linha e a segunda coluna da matriz produto BA vale:
(A) 9
(B) 0
(C) – 9
(D) – 11

252
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
02. (BRDE – Analista de Sistemas – FUNDATEC) Considere as seguintes matrizes: 𝐴 =
2 3
2 3 2 1 0
[ ] , 𝐵 = [4 5] 𝑒 𝐶 = [ ], a solução de C x B + A é:
4 6 4 6 7
6 6
(A) Não tem solução, pois as matrizes são de ordem diferentes.

10 14
(B) [ ]
78 90
2 3
(C) [ ]
4 5
6 6
(D) [ ]
20 36
8 11
(E) [ ]
74 84

03. (PM/SE – Soldado 3ª Classe – FUNCAB) A matriz abaixo registra as ocorrências policiais em uma
das regiões da cidade durante uma semana.

Sendo M=(aij)3x7 com cada elemento aij representando o número de ocorrência no turno i do dia j da
semana.
O número total de ocorrências no 2º turno do 2º dia, somando como 3º turno do 6º dia e com o 1º turno
do 7º dia será:
(A) 61
(B) 59
(C) 58
(D) 60
(E) 62

04. (CPTM – ANALISTA DE COMUNICAÇÃO JÚNIOR – MAKIYAMA) Para que a soma de uma
𝑎 𝑏
matriz 𝐴 = [ ] e sua respectiva matriz transposta At em uma matriz identidade, são condições a serem
𝑐 𝑑
cumpridas:
(A) a=0 e d=0
(B) c=1 e b=1
(C) a=1/c e b=1/d
(D) a²-b²=1 e c²-d²=1
(E) b=-c e a=d=1/2

05. (CPTM – ALMOXARIFE – MAKIYAMA) Assinale a alternativa que apresente o resultado da


multiplicação das matrizes A e B abaixo:

2 1 0 4 −2
𝐴=( ) ∙𝐵 =( )
3 −1 1 −3 5

−1 −5 1
(A) ( )
1 15 11

1 5 1
(B) ( )
−1 15 − 11

1 5 −1
(C) ( )
1 −15 11
1 5 1
(D) ( )
1 15 11

253
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
−1 5 − 1
(E) ( )
1 15 − 11

06. (PM/SP – SARGENTO CFS – CETRO) Considere a seguinte sentença envolvendo matrizes:

6 𝑦 1 −3 7 7
( )+( )=( )
7 2 8 5 15 7

Diante do exposto, assinale a alternativa que apresenta o valor de y que torna a sentença verdadeira.
(A) 4.
(B) 6.
(C) 8.
(D) 10.

Comentários

01. Resposta: D
Como as matrizes são quadradas de mesma ordem, podemos então multiplica-las:
5 −2 0 1 2 −2
𝐵. 𝐴 = [−1 2 4] . [−1 3 0 ] →
−3 −2 1 2 1 3

5.1 + (−2). (−1) + 0.2 5.2 + (−2). 3 + 0.1 5. (−2) + (−2). 0 + 0.3 7 4 −10
[ −1.1 + 2. (−1) + 4.2 −1.2 + 2.3 + 4.1 −1. (−2) + 2.0 + 4.3 ] = [5 8 14 ]
−3.1 + (−2). (−1) + 1.2 −3.2 + (−2). 3 + 1.1 −3. (−2) + (−2). 0 + 1.3 1 −11 9

Logo o elemento que ocupa a terceira linha e a segunda coluna é o -11.

02. Resposta: B
Vamos ver se é possível multiplicar as matrizes.
C(2x3) e B(3x2), como o número de colunas de C é igual ao número de colunas de B, logo é possível
multiplicar, o resultado será uma matriz 2x2(linha de C e coluna de B):
2 3
2 1 0 2.2 + 1.4 + 0.6 2.3 + 1.5 + 0.6 8 11
𝐶 𝑥𝐵 = [ ] . [ 4 5] → [ ]=[ ]
4 6 7 4.2 + 6.4 + 7.6 4.3 + 6.5 + 7.6 74 84
6 6

Agora vamos somar a matriz A(2x2) a matriz resultante da multiplicação que também tem a mesma
ordem:
8 11 8 11 2 3 8 + 2 11 + 3 10 14
[ ]+𝐴 = [ ]+[ ]→[ ]=[ ]
74 84 74 84 4 6 74 + 4 84 + 6 78 90

03. Resposta: E
Turno i –linha da matriz
Turno j- coluna da matriz
2º turno do 2º dia – a22=18
3º turno do 6º dia-a36=25
1º turno do 7º dia-a17=19
Somando:18+25+19=62

04. Resposta: E
𝑎 𝑏 𝑎 𝑐 2𝑎 𝑏+𝑐 1 0
𝐴 + 𝐴𝑡 = [ ]+[ ]=[ ]=[ ]
𝑐 𝑑 𝑏 𝑑 𝑏+𝑐 2𝑑 0 1
2a =1 → a =1/2 → b + c = 0 → b = -c
2d=1
D=1/2

05. Resposta: B

254
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2∙0+1∙1 2 ∙ 4 + 1 ∙ (−3 ) 2 ∙ (−2) + 1 ∙ 5
𝐴∙𝐵 =( )
3 ∙ 0 + (−1) ∙ 1 3 ∙ 4 + (−1) ∙ (−3) 3 ∙ (−2) + (−1) ∙ 5

1 5 1
𝐴∙𝐵 =( )
−1 15 − 11

06. Resposta: D
6+1=7 𝑦−3=7
( )
7 + 8 = 15 2 + 5 = 7
y=10

d. Determinantes: cálculos e aplicações gerais.

DETERMINANTES

Chamamos de determinante a teoria desenvolvida por matemáticos dos séculos XVII e XVIII, como
Leibniz e Seki Shinsuke Kowa, que procuravam uma fórmula para determinar as soluções de um “Sistema
linear”.
Esta teoria consiste em associar a cada matriz quadrada A, um único número real que denominamos
determinante de A e que indicamos por det A ou colocamos os elementos da matriz A entre duas barras
verticais, como no exemplo abaixo:

Determinante de uma Matriz de Ordem 1

Seja a matriz quadrada de ordem 1: A = [a11]


Chamamos determinante dessa matriz o número:
det A = [ a11] = a11

Exemplos
- A = [-2] → det A = - 2
- B = [5] → det B = 5
- C = [0] → det C = 0

Determinante de uma Matriz de ordem 2

Seja a matriz quadrada de ordem 2:

Chamamos de determinante dessa matriz o número:

Para facilitar a memorização desse número, podemos dizer que o determinante é a diferença entre o
produto dos elementos da diagonal principal e o produto dos elementos da diagonal secundária.
Esquematicamente:

255
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Exemplos

Determinante de uma Matriz de Ordem 3

Seja a matriz quadrada de ordem 3:

Chamamos de determinante dessa matriz:

Para memorizarmos a definição de determinante de ordem 3, usamos a regra prática denominada


Regra de Sarrus:

- Repetimos a 1ª e a 2ª colunas à direita da matriz.

- Multiplicando os termos entre si, seguindo os traços em diagonal e associando o sinal indicado dos
produtos, temos:

256
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Observação: A regra de Sarrus também pode ser utilizada repetindo a 1ª e 2ª linhas, ao invés de
repetirmos a 1ª e 2ª colunas.

Propriedades
Apresentamos, a seguir, algumas propriedades que visam a simplificar o cálculo dos determinantes:

- Propriedade 1: O determinante de uma matriz A é igual ao de sua transposta At.

Exemplo

- Propriedade 2: Se B é a matriz que se obtém de uma matriz quadrada A, quando trocamos entre si
a posição de duas filas paralelas, então temos:
detB = - detA

Exemplo

B foi obtida trocando-se a 1ª pela 2ª linha de A.


detA = ad - bc
detB = bc - ad = - (ad - bc) = - detA

Assim,
detB = - detA

Consequência da Propriedade 2: Uma matriz A que possui duas filas paralelas “iguais” tem
determinante igual a zero.

Justificativa: A matriz que obtemos de A, quando trocamos entre si as duas filas (linha ou coluna
“iguais”, é igual a A. Assim, de acordo com a propriedade 2, escrevemos que detA = -detA.

Assim: detA = 0

- Propriedade 3: Sendo B uma matriz que obtemos de uma matriz quadrada A, quando multiplicamos
uma de suas filas (linha ou coluna) por uma constante k, então detB = k.detA

Consequência da Propriedade 3: Ao calcularmos um determinante, podemos “colocar em evidência”


um “fator comum” de uma fila (linha ou coluna).

Exemplo

- Sendo A uma matriz quadrada de ordem n, a matriz k. A é obtida multiplicando todos os elementos
de A por k, então:

det(k.A) = kn.detA

Exemplo

257
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Assim:
det(k.A) = k3.detA

- Propriedade 4: Se A, B e C são matrizes quadradas de mesma ordem, tais que os elementos


correspondentes de A, B e C são iguais entre si, exceto os de uma fila, em que os elementos de C são
iguais às somas dos seus elementos correspondentes de A e B, então temos:

detC = detA + detB

Exemplos:

- Propriedades 5 (Teorema de Jacobi): O determinante não se altera, quando adicionamos uma fila
qualquer com outra fila paralela multiplicada por um número.

Exemplo:
Considere o determinante detA=

Somando a 3ª coluna com a 1ª multiplicada por m, teremos:

Exemplo:
Vamos calcular o determinante D abaixo.

258
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
D = 8 + 0 + 0 – 60 – 0 – 0 = -52

Em seguida, vamos multiplicar a 1ª coluna por 2, somar com a 3ª coluna e calcular:

D1 = 48 + 0 + 0 – 100 – 0 – 0 = -52

Observe que D1 = D, de acordo com a propriedade.

Consequência da propriedade 5: Quando uma fila de um determinante é igual à soma de múltiplos


de filas paralelas (combinação linear de filas paralelas), o determinante é igual a zero.

Exemplo:
1 2 8
Seja D= 3 2 12
4  1 05

Observe que cada elemento da 3ª coluna é igual à 1ª coluna multiplicada por 2 somada com a 2ª
coluna multiplicada por 3.

8 = 2(1) + 3(2) = 2 + 6
12 = 2(3) + 3(2) = 6 + 6
5 = 2(4) + 3(-1) = 8 - 3
Portanto, pela consequência da propriedade 5, D = 0
Use a regra de Sarrus e verifique.

- Propriedade 6 (Teorema de Binet): Sendo A e B matrizes quadradas de mesma ordem, então:


det(A.B) = detA . detB

Exemplo:

Logo, det(AB) = detA. detB

Consequência da propriedade 6: Sendo A uma matriz quadrada e n  N*, temos:


det(Na) = (detA)n

Sendo A uma matriz inversível, temos:


1
detA-1=
det A

259
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Justificativa: Seja A matriz inversível.
A-1 . A = I
det(A-1. A) = det I
detA-1 . detA = det I
1
detA-1 =
det A

Uma vez que det I = 1, onde i é a matriz identidade.

Determinantes – Teorema de Laplace

- Menor complementar e Cofator: Dada uma matriz quadrada A = (aij)nxn (n  2), chamamos menor
complementar do elemento aij e indicamos por Mij o determinante da matriz quadrada de ordem n-1, que
se obtém suprimindo a linha i e a coluna j da matriz A.

Exemplo:
1 2 3
Sendo A= 4 1 0  , temos:

2 1 2
1 0
M11= =2
1 2
4 0
M12= =8
2 2
4 1
M13= =2
2 1

Chamamos cofator do elemento aij e indicamos com Aij o número (-1)i+j.Mij, em que Mij é o menor
complementar de aij.

Exemplo:

Dada uma matriz A=(aij)nxm, com n  2, chamamos matriz cofator de A, a matriz cujos elementos são os
cofatores dos elementos de A e indicamos a matriz cofator por cof A. A transposta da matriz cofator de A
é chamada de matriz adjunta de A, que indicamos por adj A.

260
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Exemplo:

Determinante de uma Matriz de Ordem n


Vimos até aqui a definição de determinante para matrizes quadradas de ordem 1, 2 e 3.

Seja A uma matriz quadrada de ordem n.

Então:

- Para n = 1
A=[a11]  det A=a11

- Para n  2:

261
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
ou seja:
detA = a11.A11+a12.A12+…+a1n.A1n

Então, o determinante de uma matriz quadrada de ordem n, n  2 é a soma dos produtos dos
elementos da primeira linha da matriz pelos respectivos cofatores.

Exemplos:
a11 a12 
Sendo A=   , temos:
a21 a22 
detA = a11.A11 + a12.A12, onde:
A11 = (-1)1+1.|a22| = a22
A12 = (-1)1+2.|a21| = a21

Assim:
detA = a11.a22 + a12.(-a21)

detA = a11.a22 - a21.a12

Nota: Observamos que esse valor coincide com a definição vista anteriormente.
- Sendo

Nota: Observamos que quanto mais “zeros” aparecerem na primeira linha, mais o cálculo é facilitado.

- Teorema de Laplace

Seja A uma matriz quadrada de ordem n, n  2, seu determinante é a soma dos produtos dos
elementos de uma fila (linha ou coluna) qualquer pelos respectivos cofatores.

Exemplo:

262
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Devemos escolher a 4ª coluna para a aplicação do teorema de Laplace, pois, neste caso, teremos que
calcular apenas um cofator.

Observações Importantes: No cálculo do determinante de uma matriz de ordem n, recaímos em


determinantes de matrizes de ordem n-1, e no cálculo destes, recaímos em determinantes de ordem n-2,
e assim sucessivamente, até recairmos em determinantes de matrizes de ordem 3, que calculamos com
a regra de Sarrus, por exemplo.
- O cálculo de um determinante fica mais simples, quando escolhemos uma fila com a maior quantidade
de zeros.
- A aplicação sucessiva e conveniente do teorema de Jacobi pode facilitar o cálculo do determinante
pelo teorema de Laplace.

Exemplo:

A 1ª coluna ou 2ª linha tem a maior quantidade de zeros. Nos dois casos, se aplicarmos o teorema de
Laplace, calcularemos ainda três cofatores.
Para facilitar, vamos “fazer aparecer zero” em A31 = -2 e A41 = 3 multiplicando a 1ª linha por 2 e somando
com a 3ª e multiplicando a 1ª linha por -3 e somando com a 4ª linha; fazendo isso, teremos:

Agora, aplicamos o teorema de Laplace na 1ª coluna:

Aplicamos a regra de Sarrus,

263
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
det A = (0 – 16 – 21) - ( - 14 + 12 + 0)
detA = 0 – 16 – 21 + 14 – 12 – 0 = -49 + 14
detA = -35

- Aplicação do Teorema de Laplace

Sendo A uma matriz triangular, o seu determinante é o produto dos elementos da diagonal principal;
podemos verificar isso desenvolvendo o determinante de A através da:
- 1ª coluna, se ela for triangular superior;
- através da 1ª linha, se ela for triangular superior;
- através da 1ª linha, se ela for triangular inferior.
Assim:

1ª. A é triangular superior

2ª. A é triangular inferior

264
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
- Determinante de Vandermonde e Regra de Chió
Uma determinante de ordem n  2 é chamada determinante de Vandermonde ou determinante das
potências se, e somente se, na 1ª linha (coluna) os elementos forem todos iguais a 1; na 2ª, números
quaisquer; na 3ª, os seus quadrados; na 4ª, os seus cubos e assim sucessivamente.

Exemplos:
Determinante de Vandermonde de ordem 3

Determinante de Vandermonde de ordem 4

Os elementos da 2ª linha são denominados elementos característicos.

- Propriedade

Um determinante de Vandermonde é igual ao produto de todas as diferenças que se obtêm subtraindo-


se de cada um dos elementos característicos os elementos precedentes, independente da ordem do
determinante.

Exemplo:
Calcule o determinante;

Sabemos que detA = detAt, então:

Que é um determinante de Vandermonde de ordem 3, então:


detA = (4 – 2).(7 – 2).(7 – 4)=2 . 5 . 3 = 30

Questões

01. (COBRA Tecnologia S-A (BB) - Analista Administrativo - ESPP) O valor de b para que o
𝑏
𝑥 2
determinante da matriz [ ] seja igual a 8, em que x e y são as coordenadas da solução do sistema
2 𝑦
𝑥 + 2𝑦 = 7
{ , é igual a:
2𝑥 + 𝑦 = 8

(A) 2.
(B) –2.
(C) 4.
(D) –1.

265
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
1 𝑥
02. (PM/SP – Sargento Cfs – CETRO) É correto afirmar que o determinante | |é igual a zero
−2 4
para x igual a
(A) 1.
(B) 2.
(C) -2.
(D) -1.

03. (CGU – Administrativa – ESAF) Calcule o determinante da matriz:


𝑐𝑜𝑠 𝑥 𝑠𝑒𝑛 𝑥
( )
𝑠𝑒𝑛 𝑥 cos 𝑥

(A) 1
(B) 0
(C) cos 2x
(D) sen 2x
(E) sen x/2

04. (Pref. Araraquara/SP – Agente da Administração dos Serviços de Saneamento – CETRO)


2, 𝑠𝑒 𝑖 > 𝑗
Dada a matriz 𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 )3𝑥3, onde 𝑎𝑖𝑗 = { , assinale a alternativa que apresenta o valor do
−1, 𝑠𝑒 𝑖 ≤ 𝑗
determinante de A é
(A) -9.
(B) -8.
(C) 0.
(D) 4.

05. (Cobra Tecnologia – Técnico De Operações – Documentos/Qualidade - ESPP) O valor de b


𝑏
𝑥 2
para que o determinante da matriz [ ] seja igual a 8, em que x e y são as coordenadas da solução do
2 𝑦
𝑥 + 2𝑦 = 7
sistema { é igual a:
2𝑥 + 𝑦 = 8
(A) 2.
(B) -2.
(C) 4.
(C) -1.

06. (SEAP/PR – Professor de Matemática – PUC/PR) As planilhas eletrônicas facilitaram vários


procedimentos em muitas áreas, sejam acadêmicas ou profissionais. Na matemática, para obter o
determinante de uma matriz quadrada, com um simples comando, uma planilha fornece rapidamente esse
valor. Em uma planilha eletrônica, temos os valores armazenados em suas células:

Para obter o determinante de uma matriz utiliza-se o comando “=MATRIZ.DETERM(A1:D4)” e essa


planilha fornece o valor do determinante:

Se em uma outra planilha forem armazenados os valores representados a seguir,

266
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
ao acionar o comando “=MATRIZ.DETERM(A1:C3)” o valor do determinante é:
(A) 1512
(B) 7
(C) 4104
(D) 2376
(E) 8424

07. (TRANSPETRO – Engenheiro Júnior – CESGRANRIO) Um sistema dinâmico, utilizado para


controle de uma rede automatizada, forneceu dados processados ao longo do tempo e que permitiram a
construção do quadro abaixo.

1 3 2 0
3 1 0 2
2 3 0 1
0 2 1 3

A partir dos dados assinalados, mantendo-se a mesma disposição, construiu-se uma matriz M. O valor
do determinante associado à matriz M é
(A) 42
(B) 44
(C) 46
(D) 48
(E) 50

Respostas

01. Resposta: B

𝑥 + 2𝑦 = 7 (𝑥 − 2)
{
2𝑥 + 𝑦 = 8

−2𝑥 − 4𝑦 = −14
{
2𝑥 + 𝑦 = 8
- 3y = - 6
y=2
x = 7 - 2y
x=7–4=3

𝑏
|3 2| = 8
2 2
6–b=8
B=-2

02. Resposta: C
D = 4 - (-2x)
0 = 4 + 2x
x=-2

03. Resposta: C
det = cos²x - sen²x
det = cos(2x)

267
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
04. Resposta: A
−1 −1 −1
𝐴 = ( 2 −1 −1 )
2 2 −1
−1 −1 −1
𝐷𝑒𝑡 𝐴 = | 2 −1 −1|
2 2 −1

detA = - 1 – 4 + 2 - (2 + 2 + 2) = - 9

05. Resposta: B
𝑥 + 2𝑦 = 7 (𝑥 − 2)
{
2𝑥 + 𝑦 = 8

−2𝑥 − 4𝑦 = −14
{
2𝑥 + 𝑦 = 8

Somando as equações:
- 3y = - 6
y=2
x=7–4=3
𝑏
𝐷𝑒𝑡 = |3 2 |
2 2

6–b=8
b=-2

06. Resposta: A

A.B=I

1 0 1 𝑎 𝑏 𝑐 1 0 0
( 2 1 0 ) ∙ ( 𝑑 𝑒 𝑓 )=( 0 1 0 )
0 1 1 𝑔 ℎ 𝑖 0 0 1

𝑎+𝑔 𝑏+ℎ 𝑐+𝑖 1 0 0


( 2𝑎 + 2𝑑 2𝑏 + 𝑒 2𝑐 + 𝑓 ) = ( 0 1 0 )
𝑑+𝑔 𝑒+ℎ 𝑓+ 𝑖 0 0 1

Como queremos saber o elemento da segunda linha e terceira coluna(f):

𝑐+𝑖 =0
{2𝑐 + 𝑓 = 0
𝑓+𝑖 =1

Da primeira equação temos:


c=-i
substituindo na terceira:
f-c=1

2𝑐 + 𝑓 = 0(𝑥 − 1)
{
𝑓−𝑐 =1

−2𝑐 − 𝑓 = 0
{
𝑓−𝑐 =1

Somando as equações:

268
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
-3c=1
C=-1/3
f=2/3

07. Resposta: D
1 3 2 0
𝑀 = ( 3 1 0 2)
2 3 0 1
0 2 1 3

Como é uma matriz 4x4 vamos achar o determinante através do teorema de Laplace. Para isso
precisamos, calcular os cofatores. Dica: pela fileira que possua mais zero. O cofator é dado pela fórmula:
𝐶𝑖𝑗 = (−1)𝑖+𝑗 ∙ 𝐷. Para o determinante é usado os números que sobraram tirando a linha e a coluna.
3 1 2
𝐶13 = (−1)4 ∙ | 2 3 1 |
0 2 3

𝐶13 = 27 + 8 − 6 − 6 = 23
A13=2.23=46

1 3 0
𝐶43 = (−1)7 | 3 1 2 |
2 3 1

𝐶43 = −(1 + 12 − 6 − 9) = 2
A43=1.2=2
D = 46 + 2 = 48

e. Sistemas de equações lineares.

SISTEMAS LINEARES

Um Sistema de Equações Lineares é um conjunto ou uma coleção de equações com as quais é


possível resolver tudo de uma só vez. Sistemas Lineares são úteis para todos os campos da matemática
aplicada, em particular, quando se trata de modelar e resolver numericamente problemas de diversas
áreas. Nas engenharias, na física, na biologia, na química e na economia, por exemplo, é muito comum
a modelagem de situações por meio de sistemas lineares.

Definição
Toda equação do tipo a1x1 + a2x2 + a3x3+...anxn = b, onde a1, a2, a3,.., an e b são números reais e x1, x2,
x3,.., xn são as incógnitas.
Os números reais a1, a2, a3..., an são chamados de coeficientes e b é o termo independente.

Observamos também que todos os expoentes de todas as variáveis são sempre iguais a 1.

Solução de uma equação linear


Na equação 4x – y = 2, o par ordenado (3,10) é uma solução, pois ao substituirmos esses valores na
equação obtemos uma igualdade.
4 . 3 – 10 → 12 – 10 = 2

Já o par (3,0) não é a solução, pois 4.3 – 0 = 2 → 12 ≠ 2

269
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Sistema Linear
Um conjunto de m equações lineares na variáveis x1,x2, ..., xn é dito sistema linear de m equações e n
variáveis.

Dessa forma temos:


2𝑥 − 3𝑦 = 5
𝑎) { é 𝑢𝑚 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 𝑐𝑜𝑚 2 𝑒𝑞𝑢𝑎çõ𝑒𝑠 𝑒 2 𝑣𝑎𝑟𝑖á𝑣𝑒𝑖𝑠
𝑥+𝑦 =4

𝑥−𝑦+𝑧 =2
𝑏) { é 𝑢𝑚 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 𝑐𝑜𝑚 2 𝑒𝑞𝑢𝑎çõ𝑒𝑠 𝑒 3 𝑣𝑎𝑟𝑖á𝑣𝑒𝑖𝑠
−3𝑥 + 4𝑦 = 1

𝑐){𝑥 − 𝑦 + 2𝑧 − 𝑤 = 0 é 𝑢𝑚 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 𝑐𝑜𝑚 1 𝑒𝑞𝑢𝑎çã𝑜 𝑒 4 𝑣𝑎𝑟𝑖á𝑣𝑒𝑖𝑠

Matrizes associadas a um sistema


Podemos associar a um sistema linear 2 matrizes (completas e incompletas) cujos elementos são os
coeficientes das equações que formam o sistema.

Exemplo:
4𝑥 + 3𝑦 = 1
𝑎) {
2𝑥 − 5𝑦 = −2

Temos que:
4 3 4 3 1
𝐴=( ) é 𝑎 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 𝑖𝑛𝑐𝑜𝑚𝑝𝑙𝑒𝑡𝑎 𝑒 𝐵 = ( ) é 𝑎 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑙𝑒𝑡𝑎.
2 −5 2 −5 −2

Solução de um sistema
Dizemos que a1,a2,...,an é a solução de um sistema linear de n variáveis quando é solução de cada
uma das equações do sistema.

Exemplo:
A tripla ordenada (-1,-2,3) é solução do sistema:
3𝑥 − 𝑦 + 𝑧 = 2
{ 𝑥 − 2𝑦 − 𝑧 = 0
2𝑥 + 𝑦 + 2𝑧 = 2

1º equação → 3.(-1) – (-2) + 3 = -3 + 2 + 3 = 2 (V)


2º equação → -1 -2.(-2) – 3 = -1 + 4 – 3 = 0 (V)
3º equação → 2.(-1) + (-2) + 2.3 = -2 – 2 + 6 = 2 (V)

Classificação de um sistema linear


Um sistema linear é classificado de acordo com seu números de soluções.

Exemplos:
2𝑥 − 𝑦 = −1
A) O par ordenado (1,3) é a única solução do sistema {
7𝑥 − 3𝑦 = −2
Temos que o sistema é possível e determinado (SPD)

270
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
3𝑥 − 3𝑦 + 3𝑧 = 3
B) O sistema { apresenta infinitas soluções, como por exemplo (0,1,2), (1,0,0),(2,-1,-
𝑥−𝑦+𝑧 =1
2). Dizemos que o sistema é possível e indeterminado (SPI)

𝑥−𝑦+𝑧 =4
C) O sistema {−4𝑥 + 2𝑦 − 𝑧 = 0 não apresenta nenhuma solução, pois a primeira e a terceira
𝑥−𝑦+𝑧 =2
equações não podem satisfeitas ao mesmo tempo. Dizemos que o sistema é impossível (SI).

Sistemas escalonados
Considerando um sistema linear S no qual, em cada equação, existe pelo menos um coeficiente não
nulo.
Dizemos que S está na forma escalonada (ou é escalonado) se o número de coeficientes nulos, antes
do 1º coeficiente não nulo, aumenta de equação para equação.

Exemplos de sistemas escalonados:

Observe que o 1º sistema temos uma redução de números de coeficientes nulos: da 1ª para a 2ª
equação temos 1 e da 1ª para a 3ª temos 2; logo dizemos que ele é escalonado.

- Resolução de um sistema na forma escalonado


Temos dois tipos de sistemas escalonados.

1º) Número de equações igual ao número de variáveis

Vamos partir da última equação, onde obtemos o valor de z. Substituindo esse valor na segunda
equação obtemos y. Por fim, substituímos y e z na primeira equação, obtendo x.
Assim temos:
-2z = 8 → z = -4
y + z = -2 → y – 4 = -2 → y = 2
3x + 7y + 5z = -3 → 3x + 7.2 + 5.(-4) = -3 →3x + 14 – 20 = -3 →3x = -3 + 6 →3x = 3 → x = 1

Logo a solução para o sistema é (1,2,-4).


O sistema tem uma única solução logo é SPD.

2º) Número de equações menor que o número de variáveis.

𝑥 − 𝑦 + 3𝑧 = 5
{
𝑦+𝑧 =2

Sabemos que não é possível determinar x,y e z de maneira única, pois há três variáveis e apenas duas
“informações” sobre as mesmas. A solução se dará em função de uma de suas variáveis, que será
chamada de variável livre do sistema.
Vamos ao passo a passo:

1º passo → a variável que não aparecer no início de nenhuma das equações do sistema será
convencionada como variável livre, neste caso, a única variável livre é z.

2º passo → transpomos a variável livre z para o 2º membro em cada equação e obtemos:

271
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
𝑥 − 𝑦 = 5 − 3𝑧
{
𝑦 =2−𝑧

3º passo → para obtermos x como função de z, substituímos y = 2 – z, na equação:


x - (2 – z) = 5 – 3z → x = 7 – 4z

Assim, toda tripla ordenada da forma (7 – 4z, 2 – z, z), sendo z ϵ R, é solução do sistema. Para cada
valor real que atribuirmos a z, chegaremos a uma solução do sistema.

Este tipo de sistema é dado por infinitas soluções, por isso chamamos de SPI.

Sistemas equivalentes e escalonamento


Dizemos que dois sistemas lineares, S1 e S2, são equivalentes quando a solução de S1 também é
solução de S2.
Dado um sistema linear qualquer, nosso objetivo é transforma-lo em outro equivalente, pois como
vimos é fácil resolver um sistema de forma escalonada. Para isso, vamos aprender duas propriedades
que nos permitirá construir sistemas equivalentes.

1ª Propriedade: quando multiplicamos por k, k ϵ R*, os membros de


uma equação qualquer de um sistema linear S, obtemos um novo
sistema S’ equivalente a S.
𝑥−𝑦 =4
𝑆{ , 𝑐𝑢𝑗𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 é (3, −1)
2𝑥 + 3𝑦 = 3

Multiplicando-se a 1ª equação de S por 3, por exemplo, obtemos:


3𝑥 − 3𝑦 = 12
𝑆′ { , 𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑖𝑛𝑢𝑎 𝑠𝑒𝑛𝑑𝑜 (3, −1)
6𝑥 + 9𝑦 = 9

2ª Propriedade: quando substituímos uma equação de um sistema


linear S pela soma, membro a membro, dele com outra, obtemos um
novo sistema S’, equivalente a S.
−𝑥 + 𝑦 = −2
𝑆{ , 𝑐𝑢𝑗𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 é (5,3)
2𝑥 − 3𝑦 = 1

Substituindo a 2ª equação pela soma dela com a 1ª:


−𝑥 + 𝑦 = −2
−𝑥 + 𝑦 = −2 (2ª 𝑒𝑞.)+(1ª 𝑒𝑞.) 2𝑥 − 3𝑦 = 1
𝑆′ { ← (+)
2𝑥 − 3𝑦 = 1
𝑥 − 2𝑦 = −1

O par (5,3) é também solução de S’, pois a segunda também é


verificada:
x – 2y = 5 – 2. 3 = 5 – 6 = -1

Escalonamento de um sistema e o Método de Gauss-Jordan


Para escalonarmos um sistema linear qualquer vamos seguir o passo a passo abaixo:

1º passo: Escolhemos, para 1º equação, uma em que o coeficiente da 1ª incógnita seja não nulo. Se
possível, fazemos a escolha a fim de que esse coeficiente seja igual a -1 ou 1, pois os cálculos ficam, em
geral, mais simples.
2º passo: Anulamos o coeficiente da 1ª equação das demais equações, usando as propriedades 1 e
2.
3º passo: Desprezamos a 1ª equação e aplicamos os 2 primeiros passos com as equações restantes.

272
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4º passo: Desprezamos a 1ª e a 2ª equações e aplicamos os dois primeiros passos nas equações,
até o sistema ficar escalonado.

Vejamos um exemplo:

Escalone e resolva o sistema:


−𝑥 + 𝑦 − 2𝑧 = −9
{ 2𝑥 + 𝑦 + 𝑧 = 6
−2𝑥 − 2𝑦 + 𝑧 = 1

Primeiramente precisamos anular os coeficientes de x na 2ª e na 3ª equação:

Deixando de lado a 1ª equação, vamos repetir o processo para a 2ª e a 3ª equação. Convém,


entretanto, dividir os coeficientes da 2ª equação por 3, a fim de facilitar o escalonamento:
−𝑥 + 𝑦 − 2𝑧 = −9
{ 𝑦 − 𝑧 = −4
−4𝑦 + 5𝑧 = 19

Que é equivalente a:
Substituímos a 3ª equação pela soma
dela com a 2ª equação, multiplicada por 4:
−𝑥 + 𝑦 − 2𝑧 = −9
{ 𝑦 − 𝑧 = −4 4𝑦−4𝑧=−16
−4𝑦+5𝑧=19
𝑧=3
𝑧=3

O sistema obtido está escalonado é do tipo SPD.


A solução encontrada para o mesmo é (2,-1,3)

Observação: Quando, durante o escalonamento, encontramos duas equações com coeficientes


ordenadamente iguais ou proporcionais, podemos retirar uma delas do sistema.

Exemplo:

Escalone e resolva o sistema:


3𝑥 − 2𝑦 − 𝑧 = 0
{ 𝑥 − 𝑦 + 2𝑧 = 1
8𝑥 − 6𝑦 + 2𝑧 = 2

𝑥 − 𝑦 + 2𝑧 = 1
{ 3𝑥 − 2𝑦 − 𝑧 = 0
8𝑥 − 6𝑦 + 2𝑧 = 2
(-3) x (1ª eq.) + (2ª eq.):
𝑥 − 𝑦 + 2𝑧 = 1 -3x + 3y – 6z = -3
{ 𝑦 − 7𝑧 = −3 3x – 2y – z = 0
2𝑦 − 14𝑧 = −6 y – 7z = -3

273
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
(-8) x (1eq.) + (3ª eq.)
-8x + 8y – 16z = -8
8x - 6y + 2z = 2
2y – 14z = -6

Deixamos a 1ª equação de lado e repetimos o processo para a 2ª e 3ª equação:

(-2) x (2ª eq.) + (3ª eq.)


𝑥 − 𝑦 + 2𝑧 = 1 -2y + 14z = 6
{ 𝑦 − 7𝑧 = −3 2y – 14z = -6
0=0 0 =0

A 3ª equação pode ser retirada do sistema, pois, apesar de ser sempre verdadeira, não traz informação
sobre os valores das variáveis. Assim, obtemos os sistema escalonado:

𝑥 − 𝑦 + 2𝑧 = 1 (𝐼)
{ , 𝑞𝑢𝑒 é 𝑑𝑜 𝑡𝑖𝑝𝑜 𝑆𝑃𝐼.
𝑦 − 7𝑧 = −3 (𝐼𝐼)

A variável livre do sistema é z, então temos:


(I) y = 7z – 3
(II) x – (7z – 3) + 2z = 1 → x = 5z – 2

Assim, S = [(5z – 2, 7z – 3, z); z ϵ R]

Sistemas homogêneos
Observe as equações lineares seguintes:

x – y + 2z = 0 4x – 2y + 5z = 0 -x1 – x2 – x3 = 0

O coeficiente independente de cada uma delas é igual a zero, então denominamos de equações
homogêneas.
Note que a tripla ordenada (0,0,0) é uma possível solução dessas equações, na qual chamamos de
solução nula, trivial ou imprópria.
Ao conjunto de equações homogêneas denominamos de sistemas homogêneos. Este tipo de sistema
é sempre possível, pois a solução nula satisfaz cada uma de suas equações.

Exemplo:
𝑥+𝑦−𝑧 = 0
Escalonando o sistema { + 3𝑦 + 𝑧 = 0 , 𝑣𝑒𝑚:
2𝑥
5𝑥 + 7𝑦 + 𝑧 = 0

𝑥+𝑦−𝑧 =0
{ 𝑦 + 3𝑧 = 0 ← (−2)𝑥(1ª 𝑒𝑞. ) + (2ª 𝑒𝑞. )
2𝑦 + 6𝑧 = 0 ← (−5)𝑥(1ª 𝑒𝑞. ) + (3ª 𝑒𝑞. )

274
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Dividindo os coeficientes da 3ª equação por 2, notamos que ela ficará igual à 2ª equação e, portanto
poderá ser retirada do sistema.

𝑥+𝑦−𝑧 = 0
Assim, o sistema se reduz à forma escalonada { 𝑒 é 𝑑𝑜 𝑡𝑖𝑝𝑜 𝑆𝑃𝐼.
𝑦 + 3𝑧 = 0

Resolvendo-o teremos y = -3z e x = 4z. Se z = α, α ϵ R, segue a solução geral (4α,-3α, α).


Vamos ver algumas de suas soluções:
- α = 0 → (0,0,0): solução nula ou trivial.
- α = 1 → (4,-3,1)
- α = -2 → (-8,6,-2)

As soluções onde α = 1 e – 2 são próprias ou diferentes da trivial.

Regra de Cramer
𝑎𝑥 + 𝑏𝑦 = 𝑒
Consideramos o sistema { . Suponhamos que a ≠ 0. Observamos que a matriz incompleta
𝑐𝑥 + 𝑑𝑦 = 𝑓
𝑎 𝑏
desse sistema é 𝑀 = ( ), cujo determinante é indicado por D = ad – bc.
𝑐 𝑑

𝑎𝑥 + 𝑏𝑦 =𝑒
Escalonando o sistema, obtemos: { (∗)
(𝑎𝑑 − 𝑏𝑐). 𝑦 = (𝑎𝑓 − 𝑐𝑒)
Se substituirmos em M a 2ª coluna (dos coeficientes de y) pela coluna dos coeficientes independentes,
𝑎 𝑒
obteremos ( 𝑐 𝑓 ), cujo determinante é indicado por Dy = af – ce.
𝐷𝑦
Assim, em (*), na 2ª equação, obtemos D. y = Dy. Se D ≠ 0, segue que 𝑦 = .
𝐷

𝑒 𝑏
Substituindo esse valor de y na 1ª equação de (*) e considerando a matriz ( ), cujo determinante
𝑓 𝑑
𝐷𝑥
é indicado por Dx = ed – bf, obtemos 𝑥 = 𝐷 , D ≠ 0.

Resumindo:

𝑎𝑥 + 𝑏𝑦 = 𝑒 𝑎 𝑏
Um sistema { é possível e determinado quando 𝐷 = | | ≠ 0, e a solução desse sistema
𝑐𝑥 + 𝑑𝑦 = 𝑓 𝑐 𝑑
é dada por:

𝑫𝒙 𝑫𝒚
𝒙= 𝒆𝒚=
𝑫 𝑫

Estes resultados são conhecidos como Regra de Cramer e podem ser generalizados para um sistema
n x n (n equações e n incógnitas). Esta regra é um importante recurso na resolução de sistemas lineares
possíveis e determinados, especialmente quando o escalonamento se torna trabalhoso (por causa dos
coeficientes das equações) ou quando o sistema é literal.

Exemplo:
𝑥+𝑦+𝑧 =0
Vamos aplicar a Regra de Cramer para resolver os sistema {4𝑥 − 𝑦 − 5𝑧 = −6
2𝑥 + 𝑦 + 2𝑧 = −3

1 1 1
De início temos que |4 −1 −5| = −9 ≠ 0. Temos, dessa forma, SPD.
2 1 2
0 1 1 𝐷𝑥 18
𝐷𝑥 = |−6 −1 −5| = 15 − 6 − 3 + 12 = 18; 𝑥 = = = −2
𝐷 −9
−3 1 2

275
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
1 0 1 𝐷𝑦 −27
𝐷𝑦 = |4 −6 −5| = −12 − 12 + 12 − 15 = −27; 𝑦 = = =3
𝐷 −9
2 −3 2
1 1 0 𝐷𝑧 9
𝐷𝑧 = |4 −1 −6| = 3 − 12 + 6 + 12 = 9; 𝑧 = = = −1
𝐷 −9
2 1 −3

Uma alternativa para encontrar o valor de z seria substituir x por -2 e y por 3 em qualquer uma das
equações do sistema.
Assim, S = {(-2,3-1)}.

Discussão de um sistema

𝑎𝑥 + 𝑏𝑦 = 𝑒
Consideremos novamente o sistema { , cuja forma escalonada é:
𝑐𝑥 + 𝑑𝑦 = 𝑓

𝑎𝑥 + 𝑏𝑦 = 𝑒
{(𝑎𝑑
⏟ − 𝑏𝑐) . 𝑦 = (𝑎𝑓 − 𝑐𝑒)(∗)
𝐷

𝑎 𝑏
em que 𝐷 = | | é o determinante da matriz incompleta do sistema.
𝑐 𝑑

Como vimos, se D ≠ 0, o sistema é possível e determinado e a solução pode ser obtida através da
Regra de Cramer.
Se D = 0, o 1º membro de (*) se anula. Dependendo do anulamento, ou não, do 2º membro de (*),
temos SPI ou SI.
Em geral, sendo D o determinante da matriz incompleta dos coeficientes de um sistema linear, temos:

D ≠ 0 → SPD
D = 0 → (SPI ou SI)

Esses resultados são válidos para qualquer sistema linear de n equações e n incógnitas, n ≥ 2. Temos
que discutir um sistema linear em função de um ou mais parâmetros significa dizer quais valores do(s)
parâmetro(s) temos SPD, SPI ou SI.
Exemplo:

𝑥 − 2𝑦 + 3𝑧 = 0
Vamos discutir, em função de m, o sistema { 3𝑥 + 𝑦 + 𝑧 = 2
2𝑥 + 3𝑦 + 𝑚𝑧 = 2

1 −2 3
Temos: 𝐷 = |3 1 1 | = 𝑚 − 4 + 27 − 6 − 3 + 6𝑚 − 7𝑚 + 14
2 3 𝑚

- Se 7m + 14 ≠ 0, isto é, se m ≠ - 2, temos SPD.


- Se 7m + 14 = 0, isto é, se m = -2, podemos ter SI ou SPI. Então vamos substituir m por -2 no sistema
e resolvê-lo:

𝑥 − 2𝑦 + 3𝑧 = 0 𝑥 − 2𝑦 + 3𝑧 = 0
{ 3𝑥 + 𝑦 + 𝑧 = 2 ⟺ { 7𝑦 − 8𝑧 = 2 ⟵ (−3)𝑥 (1ª 𝑒𝑞. ) + (2ª 𝑒𝑞. )
2𝑥 + 3𝑦 − 2𝑧 = 2 7𝑦 − 8𝑧 = 2 ⟵ (−2)𝑥 (1ª 𝑒𝑞. ) + (3ª 𝑒𝑞. )

𝑥 − 2𝑦 + 3𝑧 = 0
ou ainda { , 𝑞𝑢𝑒 é 𝑒𝑠𝑐𝑎𝑙𝑜𝑛𝑎𝑑𝑜 𝑒 𝑑𝑜 𝑡𝑖𝑝𝑜 𝑆𝑃𝐼.
7𝑦 − 8𝑧 = 2

Assim:
m ≠ - 2 → SPD
m = -2 → SPI

276
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Observações:
- Para um sistema homogêneo, a condição D = 0, é necessária para que tenhamos SPI, mas não é
suficiente (pois existe a possibilidade de se ter SI).
- Para um sistema homogêneo, a condição D = 0 é suficiente para que tenhamos SPI.

Questões

01. (MF – Analista de Finanças e Controle – ESAEF) Dado o sistema de equações lineares

é correto afirmar que:


(A) o sistema não possui solução.
(B) o sistema possui uma única solução.
(C) x= 1 e y = 2 é uma solução do sistema.
(D) o sistema é homogêneo.
(E) o sistema possui mais de uma solução.

2 x  3 y  5
02. Determinar m real, para que o sistema seja possível e determinado: 
 x  my  2

3 x  y  z  5

03. Resolver e classificar o sistema: x  3 y  7
2 x  y  2 z  4

x  2 y  z  5

04. Determinar m real para que o sistema seja possível e determinado. 2 x  y  2 z  5
3x  y  mz  0

05. Se o terno ordenado (2, 5, p) é solução da equação linear 6x - 7y + 2z = 5, qual o valor de p?

06. Escreva a solução genérica para a equação linear 5x - 2y + z = 14, sabendo que o terno ordenado
(𝛼, 𝛽, 𝛾) é solução.

07. Determine o valor de m de modo que o sistema de equações abaixo,


2x - my = 10
3x + 5y = 8, seja impossível.

08. Se os sistemas:
x + y = 1 ax – by = 5
S1: { e S2: {
x – 2y = −5 ay – bx = −1
São equivalentes, então o valor de a2 + b2 é igual a:
(A) 1
(B) 4
(C) 5
(D) 9
(E) 10

09. Resolva o seguinte sistema usando a regra de Cramer:

277
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
x + 3y − 2z = 3
{ 2x − y + z = 12
4x + 3y − 5z = 6

2 x  y  7
10. Resolver o sistema  .
 x  5 y  2

11. (UNIOESTE – ANALISTA DE INFORMÁTICA – UNIOESTE) Considere o seguinte sistema de


equações lineares

3 3
𝑥 + 2𝑦 + 2 𝑧 = 2
( 2𝑥 + 𝑦 + 𝑧 = 2 )
2𝑥 + 4𝑦 + 3𝑧 = 3

Assinale a alternativa correta.


(A) O determinante da matriz dos coeficientes do sistema é um número estritamente positivo.
(B) O sistema possui uma única solução (1, 1, -1).
(C) O sistema possui infinitas soluções.
(D) O posto da matriz ampliada associada ao sistema é igual a 3.
(E) Os vetores linha (1, 2, 3/2) e (2, 4, 3) não são colineares.

12. (SEDUC/RJ - Professor – Matemática – CEPERJ) Sabendo-se que 2a + 3b + 4c = 17 e que 4a +


b - 2c = 9, o valor de a + b + c é:
(A) 3.
(B) 4.
(C) 5.
(D) 6.
(E) 7.

Comentários

01. Resposta: E.
Calculemos inicialmente D, Dx e Dy:

2 4
D  12  12  0
3 6

6 4
Dx   36  36  0
9 6

2 6
Dy   18  18  0
3 9

Como D = Dx = Dy = 0, o sistema é possível e indeterminado, logo possui mais de uma solução.

 3
02. Resposta: m  R / m   .
 2
Segundo a regra de Cramer, devemos ter D ≠ 0, em que:

278
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2 3
D  2m  3
1 m

Assim: 2m -3 ≠ 0 → m ≠ 3
2
Então, os valores reais de m, para que o sistema seja possível e determinado, são dados pelos
elementos do conjunto:
 3
m  R / m  
 2

03. Resposta: S = {(1, 2, 4)}.


Calculemos inicialmente D, Dx, Dy e Dz

Como D= -25 ≠ 0, o sistema é possível e determinado e:


 25
Dy  50
x
Dx
  1; y   2; z  Dz  100  4
D  25 D  25 D  25

Assim: S = {(1, 2, 4)} e o sistema são possíveis e determinados.

04. Resposta: m  R / m  3.


Segundo a regra de Cramer, devemos ter D ≠ 0.
Assim:

279
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1 2 1

D  2 1 2   m  12  2  3  2  4m

3 1 m
D = -5m + 15

Assim: -5m + 15 ≠ 0 → m ≠ 3
Então, os valores reais de m, para que o sistema seja possível e determinado, são dados pelos
elementos do conjunto:
m  R / m  3

05. Resposta: 14.


Teremos por simples substituição, observando que x = 2, y = 5 e z = p, 6 . 2 – 7 . 5 + 2 . p = 5.
Logo, 12 - 35 + 2p = 5.
Daí vem imediatamente que 2p = 28 e, portanto, p = 14.

06. Resposta: S = (1,3,15).


Podemos escrever: 5α - 2β + γ = 14. Daí, tiramos: γ = 14 - 5α + 2β. Portanto, a solução genérica será
o terno ordenado (α, β, 14 - 5α + 2β).
Observe que se arbitrando os valores para α e β, a terceira variável ficará determinada em função
desses valores.
Por exemplo, fazendo-se α = 1, β = 3, teremos:
γ = 14 - 5 α + 2 β = 14 – 5 . 1 + 2 . 3 = 15,
ou seja, o terno (1, 3, 15) é solução, e assim, sucessivamente.

Verificamos, pois que existem infinitas soluções para a equação linear dada, sendo o terno
ordenado (α, β, 14 - 5 α + 2 β) a solução genérica.

07. Resposta: m = -10/3.


Teremos, expressando x em função de m, na primeira equação:
x = (10 + my) / 2

Substituindo o valor de x na segunda equação, vem:


3[(10+my) / 2] + 5y = 8

Multiplicando ambos os membros por 2, desenvolvendo e simplificando, vem:


3(10+my) + 10y = 16
30 + 3my + 10y = 16
(3m + 10)y = -14
y = -14 / (3m + 10)

Ora, para que não exista o valor de y e, em consequência não exista o valor de x, deveremos ter o
denominador igual a zero, já que, como sabemos, não existe divisão por zero.
Portanto, 3m + 10 = 0, de onde se conclui m = -10/3, para que o sistema seja impossível, ou seja, não
possua solução.

08. Resposta: E.
Como os sistemas são equivalentes, eles possuem a mesma solução. Vamos resolver o sistema:
S1: x + y = 1
x - 2y = -5
Subtraindo membro a membro, vem: x - x + y - (-2y) = 1 - (-5).
Logo, 3y = 6 \ y = 2.

Portanto, como x + y = 1, vem, substituindo: x + 2 = 1 \ x = -1.


O conjunto solução é, portanto S = {(-1, 2)}.
Como os sistemas são equivalentes, a solução acima é também solução do sistema S2.

280
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Logo, substituindo em S2 os valores de x e y encontrados para o sistema S1, vem:

a(-1) - b(2) = 5 → - a - 2b = 5
a(2) - b (-1) = -1 → 2 a + b = -1

Multiplicando ambos os membros da primeira equação por 2, fica:


-2 a - 4b = 10

Somando membro a membro esta equação obtida com a segunda equação, fica:
-3b = 9 \ b = - 3

Substituindo o valor encontrado para b na equação em vermelho acima (poderia ser também na outra
equação em azul), teremos:
2 a + (-3) = -1 \ a = 1.
Portanto, a2 + b2 = 12 + (-3)2 = 1 + 9 = 10.

09. Resposta: S = {(5, 2, 4)}.


Teremos:

Portanto, pela regra de Cramer, teremos:


x1 = D x1 / D = 120 / 24 = 5
x2 = D x2 / D = 48 / 24 = 2
x3 = D x3 / D = 96 / 24 = 4

Logo, o conjunto solução do sistema dado é S = {(5, 2, 4)}.

10. Resposta: S  3,1

11. Resposta: C.

281
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
3
1 2
𝐷 = | 2 1 2 | = 3 + 12 + 4 − 3 − 4 − 12 = 0
1
2 4 3

O sistema pode ser SI (sistema impossível) ou SPI (sistema possível indeterminado)

Para ser SI Dx = 0 e SPI Dx  0


3 3
2 9 9
𝐷𝑥 = | 2 2 | = + 6 + 24 − − 6 − 12 = 12
2 1 1 2 2
3 4 3
Dx  0, portanto o sistema tem infinitas soluções.

12. Reposta: D.
(I) 2a + 3b + 4c = 17 x(-2)
(II) 4a + b – 2c = 9
Multiplicamos a primeira equação por – 2 e somamos com a segunda, cancelando a variável a:
(I) 2a + 3b + 4c = 17
(II) – 5b – 10c = - 25 : (- 5)
Então:
(I) 2a + 3b + 4c = 17
(II) b +2c = 5
Um sistema com três variáveis e duas equações é possível e indeterminado (tem infinitas soluções),
então fazendo a variável c = α (qualquer letra grega).
Substituímos c em (II):
b + 2α = 5
b = 5 - 2α
substituímos b e c em (I):
2a + 3(5 - 2α) + 4α = 17
2a + 15 - 6α + 4α = 17
2a = 17 – 15 + 6α - 4α
2a = 2 + 2α : (2)
a=1+α
Logo a solução do sistema é a = 1 + α. b = 5 - 2α e c = α, então:
a + b + c = 1 + α + 5 - 2α + α = 6

f. Espaços Vetoriais: espaços e subespaços vetoriais, bases, dimensão, somas e


somas diretas.

O VETOR

Considere o segmento orientado AB na figura abaixo.

Observe que o segmento orientado AB é caracterizado por três aspectos bastante definidos:
• comprimento (denominado módulo)
• direção
• sentido (de A para B)

Chama-se vetor19 ao conjunto infinito de todos os segmentos orientados equipolentes a AB, ou seja,
o conjunto infinito de todos os segmentos orientados que possuem o mesmo comprimento, a mesma
direção e o mesmo sentido de AB.

19coladaweb.com/matematica/calculo-de-vetores-calculo-vetorial
matematica-ga.blogspot.com.br/2006/10/produto-vetorial.html
mundoeducacao.bol.uol.com.br/matematica/norma-ou-modulo-um-vetor.htm

282
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Assim, a ideia de vetor nos levaria a uma representação do tipo:

Na prática, para representar um vetor, tomamos apenas um dos infinitos segmentos orientados que o
compõe. Guarde esta ideia, pois ela é importante!

Sendo u um vetor genérico, o representamos pelo símbolo:

Para facilitar o texto, representaremos o vetor acima na forma em negrito u . Todas as


representações de letras em negrito neste arquivo, representarão vetores. O módulo do vetor u, será
indicado simplesmente por u, ou seja, a mesma letra indicativa do vetor, sem o negrito.
Podemos classificar os vetores em três tipos fundamentais:

Vetor livre – aquele que fica completamente caracterizado, conhecendo-se o seu módulo, a sua
direção e o seu sentido.
Exemplo: o vetor u das figuras acima.

Vetor deslizante – aquele que para ficar completamente caracterizado, devemos conhecer além da
sua direção, do seu módulo e do seu sentido, também a reta suporte que o contém. Os vetores deslizantes
são conhecidos também como cursores.
Notação: (u, r) – vetor deslizante (cursor) cujo suporte é a reta r.
Exemplo: ver figura abaixo

Vetor ligado – aquele que para ficar completamente caracterizado, devemos conhecer além da sua
direção, módulo e sentido, também o ponto no qual está localizado a sua origem.
Notação: (u, O) – vetor ligado ao ponto O.
Exemplo: ver figura abaixo.

Notas:
a) o vetor ligado também é conhecido como vetor de posição.
b) os vetores deslizantes e os vetores ligados, possuem muitas aplicações no estudo de Mecânica
Racional ou Mecânica Geral, disciplinas vistas nos semestres iniciais dos cursos de Engenharia.
c) neste trabalho, ao nos referirmos aos vetores, estaremos sempre considerando os vetores livres

O VETOR OPOSTO

Dado o vetor u, existe o vetor – u, que possui o mesmo módulo e mesma direção do vetor u, porém,
de sentido oposto.

O VETOR UNITÁRIO (VERSOR)

Chamaremos de VERSOR ou VETOR UNITÁRIO, ao vetor cujo módulo seja igual à unidade, ou seja:
| u | = u = 1.

283
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
O VETOR NULO

Vetor de módulo igual a zero, de direção e sentido indeterminados.


Notação: 0

A PROJEÇÃO DE UM VETOR SOBRE UM EIXO

Veja a figura abaixo, na qual o vetor u forma um ângulo q com o eixo r.

Teremos que o vetor ux será a componente de u segundo o eixo r , de medida algébrica igual a
ux = u . cosq . Observe que se q = 90º, teremos cosq = 0 e, portanto, a projeção do vetor segundo o
eixo r, será nula.

A NOTAÇÃO DE GRASSMANN PARA OS VETORES

Considere o vetor u na figura abaixo, sendo A a extremidade inicial e B a extremidade final do vetor.

Grassmann (matemático alemão – 1809/1877) interpretou a situação, como o ponto B


obtido do ponto A, através de uma translação de vetor u.
Assim, pode-se escrever:
B = A + u e, portanto, pode-se escrever também: u = B – A
Esta interpretação, um vetor enxergado como uma diferença de dois pontos, permitirá a simplificação
na resolução de questões, conforme veremos na sequência deste trabalho.

UM VETOR NO PLANO COMO UM PAR ORDENADO

Considere o vetor u, representado no plano cartesiano Oxy, conforme figura abaixo:

Pela notação de Grassmann, poderemos escrever:


P=O+u
u=P–O
Se considerarmos que o ponto O é a origem do sistema de coordenadas cartesianas e, por
conseguinte, O (0, 0) e que as coordenadas de P sejam x (abcissa) e y (ordenada), teremos o ponto P (x,
y).
Substituindo acima, vem:
u = P – O = (x, y) – (0, 0) = (x – 0 , y – 0 ) = (x, y).
Portanto,
u = (x, y)
Logo, o vetor u, fica expresso através de um par ordenado, referido à origem do sistema de
coordenadas cartesianas.

284
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Neste caso, o módulo do vetor u (aqui representado por u , conforme convenção adotada acima),
sendo a distância do ponto P à origem O, será dado por:

UM VETOR NO PLANO, EM FUNÇÃO DOS VERSORES DOS EIXOS COORDENADOS

Vimos acima que um VERSOR, é um VETOR de módulo unitário. Vamos associar um versor a cada
eixo, ou seja: o versor i no eixo dos x e o versor j no eixo dos y , conforme figura abaixo:

O par ordenado de versores (i, j) constitui o que chamamos de BASE do plano R2, ou seja, base do
plano cartesiano Oxy.
Verifica-se que um vetor u = (x, y) , pode ser escrito univocamente como:
u = x.i + y.j
Analogamente, se em vez do plano R2, estivéssemos trabalhando no espaço R3, poderíamos
considerar os versores i, j e k , respectivamente dos eixos Ox, Oy e Oz , conforme figura abaixo, e a
representação do vetor u, no espaço seria:
u = (x, y, z) = x.i + y.j + z.k
Analogamente, o terno (i, j, k) , será a BASE do espaço R3 .

O módulo do vetor u = x.i + y.j + z.k será dado por:

OPERAÇÕES COM VETORES

ADIÇÃO
Dados dois vetores u e v , define-se o vetor soma u + v , conforme indicado nas figuras abaixo.
Regra do triângulo

Regra do paralelogramo

285
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
SUBTRAÇÃO
Considerando-se a existência do vetor oposto -v , podemos definir a diferença u – v , como sendo igual
à soma u + ( -v ) .
Veja a figura abaixo:

MULTIPLICAÇÃO POR UM ESCALAR


Dado um vetor u e um escalar a Î R, define-se o vetor a .u , que possui a mesma direção de u e sentido
coincidente para a > 0 e sentido oposto para a < 0. O módulo do vetor a .u será igual a
|a |.u .

Exemplo
Seja u = (2, 3, 4) e a = 5, então:
a.u = 5.(2, 3, 4) = (10, 15, 20).

PRODUTO INTERNO DE VETORES


Dados dois vetores u e v , define-se o produto interno desses vetores como segue:
u . v = u . v . cos b onde u e v são os módulos dos vetores e b o ângulo formado entre eles.
Da definição acima, infere-se imediatamente que:
a) se dois vetores são paralelos, (b = 0º e cos 0º = 1) então o produto interno deles, coincidirá com o
produto dos seus módulos.
b) o produto interno de um vetor por ele mesmo, será igual ao quadrado do seu módulo, pois neste
caso,
b = 0º e cos 0º = 1 u.u = u.u.1 = u2
c) se dois vetores são perpendiculares, (b = 90º e cos 90º = 0) então o produto interno deles será nulo.
d) o produto interno de dois vetores será sempre um número real.
e) o produto interno de vetores é também conhecido como produto escalar.

CÁLCULO DO PRODUTO INTERNO EM FUNÇÃO DAS COORDENADAS DO VETOR


Sejam os vetores u = (a, b) = a i + b j e v = (c, d) = c i + d j
Vamos multiplicar escalarmente os vetores u e v.
u.v = (a i + b j).(c i + d j) = ac i.i + ad i.j + bc j.i + bd j.j
Lembrando que os versores i e j são perpendiculares e considerando-se as conclusões acima,
teremos:
i.i = j.j = 1 e i.j = j.i = 0
Daí, fazendo as substituições, vem:
u.v = ac . 1 + ad . 0 + bc . 0 + bd . 1 = ac + bd
Então concluímos que o produto interno de dois vetores, é igual à soma dos produtos das componentes
correspondentes ou homônimas.
Unindo a conclusão acima, com a definição inicial de produto interno de vetores, chegamos a uma
importante fórmula, a saber:
Sejam os vetores: u = (a,b) e v = (c, d)
Já sabemos que: u.v = u.v.cosb = ac + bd
Logo, o ângulo formado pelos vetores, será tal que:

286
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Onde u e v correspondem aos módulos dos vetores e a, b, c, d são as suas coordenadas.
Portanto, para determinar o ângulo formado por dois vetores, basta dividir o produto interno deles, pelo
produto dos seus módulos. Achado o cosseno, o ângulo estará determinado.
Veremos um exercício de aplicação, no final deste arquivo.
Vamos demonstrar o teorema de Pitágoras, utilizando o conceito de produto interno de vetores.
Seja o triângulo retângulo da figura abaixo:

É óbvio que: w = u + v
Quadrando escalarmente a igualdade vetorial acima, vem:
w2 = u2 + 2.u.v + v2
Dos itens (b) e (c) acima, concluímos que w2 = w2 , u2 = u2 , v2 = v2 e u.v = 0 (lembre-se que os
vetores u e v são perpendiculares).
Assim, substituindo, vem:
w2 = u2 + 2.0 + v2 , ou, finalmente: w2 = u2 + v2 (o quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados
dos catetos).

Exemplos
Para concluir, vamos resolver algumas questões envolvendo vetores.
1 – Dados os vetores no plano R2 , u = 2 i – 5 j e v = i + j , pede-se determinar:
a) o vetor soma u + v
b) o módulo do vetor u + v
c) o vetor diferença u – v
d) o vetor 3 u – 2 v
e) o produto interno u.v

Resolução:
a) Temos: u = (2, -5) e v = (1, 1). Logo, u + v = (2, -5) + (1, 1) = (3, -4) = 3 i – 4 j
b) | u + v| = Ö 32 + 42 = Ö 25 = 5 ou 5 u.c (u.c. = unidades de comprimento).
c) u – v = (2, -5) – (1, 1) = (1, -6) = i – 6 j
d) 3u – 2v = 3.(2, -5) -2( 1, 1) = (6, -15) + (-2, -2) = (4, -17) = 4 i – 17 j
e) u.v = 2.1 + (-5).1 = – 3

PRODUTO VETORIAL
A notação do produto vetorial entre dois vetores a e b é a × b (em manuscritos, alguns matemáticos
escrevem a x b. Podemos defini-lo como

onde θ é a medida do ângulo entre a e b (0° ≤ θ ≤ 180°) no plano definido pelos dois vetores, e n é o
vetor unitário perpendicular a tanto a quanto b.

O problema com esta definição é que existem dois vetores unitários que são perpendiculares à a e b
simultaneamente: se n é perpendicular, então −n também o é.
O resultado correto depende da orientação do espaço vetorial, i.e. da quiralidade do sistema de
coordenadas (i, j, k). O produto vetorial a × b é definido de tal forma que (a, b, a × b) se torna destro se (i,
j, k) é destro ou canhoto se (i, j, k) é canhoto.
Uma forma fácil de calcular a direção do vetor resultante é a "regra da mão direita". Se um sistema de
coordenadas é destro, basta apontar o indicador na direção do primeiro operando e o dedo médio na
direção do segundo operando. Desta forma, o vetor resultante é dado pela direção do polegar.

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Como o produto vetorial depende do sistema de coordenadas, seu resultado é referenciado como
pseudovetor. Felizmente na natureza os produtos vetoriais aparecem aos pares, de maneira que a
orientação do sistema de coordenadas é cancelado pelo segundo produto vetorial.
O produto vetorial pode ser representado graficamente, com respeito à um sistema de coordenadas
destro, como se segue:

Significado geométrico
O comprimento do produto vetorial, a × b, pode ser interpretado como a área do paralelogramo definido
pelos vetores a e b. Isto significa que o produto misto (ou triplo-escalar) resulta no volume do
paralelepípedo formado pelos vetores a, b e c.
Propriedades algébricas
O produto vetorial é anticomutativo,
a × b = -b × a,

distributivo sobre a adição,


a × (b + c) = a × b + a × c,

e compatível com a multiplicação escalar, tal que


(ra) × b = a × (rb) = r(a × b).

Não é associativo, mas satisfaz a identidade de Jacobi:


a × (b × c) + b × (c × a) + c × (a × b) = 0

A distributividade, linearidade e identidade de Jacobi mostram que R3 junto com a adição de vetores
e o produto vetorial formam uma álgebra de Lie.

Além disso, dois vetores não nulos a e b são paralelos se e somente se a × b = 0.

PRODUTO MISTO

O produto misto (também chamado de produto triplo) é uma operação que envolve 3 vetores e 2
produtos, sendo o escalar e o vetorial. Essa operação do produto misto tem por símbolos “x” e “^”, que
resultam em um número real, podendo ser desenvolvido como uma determinante.

Essa operação é geralmente usada para calcular o volume de paralelepípedos e tetraedros. Nessa
postagem, eu estarei resolvendo exercícios simples, para demonstrar o método.

288
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Exemplos

1) Dado U =(2,−3,4), V =(8,6,9) e W =(1,7,5). Calcule o volume do paralelepípedo abaixo:


Resolução:

Para resolver esse exercício vou montar uma determinante, e repetirei as duas primeiras colunas; em
seguida, traçarei três linhas diagonais para a direita, e três linhas diagonais para a esquerda.

Após tracejar as linhas, iremos multiplicar os números destas, sendo que as linhas diagonais para a
esquerda serão multiplicadas por “menos”, isto é, terá valor negativo no final.

Montando a equação do paralelepípedo,

Vp =((2x6x5)+(−3x9x1)+(4x8x7))−((−3x8x5)+(2x9x7)+(4x6x1))⇒
⇒Vp =((60)+(−27)+(224))−((−120)+(126)+(24))⇒
⇒Vp =(257)−(30)⇒
⇒Vp =227 m3

2) Determinar o volume do paralelepípedo, sendo 𝑈 =(6,0,0), 𝑉⃗ =(0,7,2) e 𝑊
⃗⃗⃗ =(0,1,4)

Resolução:

A partir da determinante abaixo, vamos copiar as duas primeiras colunas e fazer as devidas
multiplicações, lembrando sempre de pôr o sinal de menos para os resultados das linhas diagonais à
esquerda.

Preparando a equação do paralelepípedo,

Vp =((6x7x4)+(0x2x0)+(0x0x1))−((0x0x4)+(6x2x1)+(0x7x0))⇒
Vp =((168)+(0)+(0))−((0)+(12)+(0))⇒
Vp =(168)−(12)=156 m3
3) Determine o volume do tetraedro:

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Dados:
𝐴 = (0,0,0), 𝐵⃗ = (5,4,0), 𝐶 = (0,1,7) e 𝐷⃗ = (6,0,3)
Resolução:
Reduzindo os 4 vetores em 3:
𝐴𝐵 =(B−A) = (5,4,0)−(0,0,0)=(5,4,0)
⃗⃗⃗⃗⃗
⃗⃗⃗⃗⃗ =(C−A) = (0,1,7)−(0,0,0)=(0,1,7)
𝐴𝐶
𝐴𝐷 =(D−A) = (6,0,3)−(0,0,0)=(6,0,3)
⃗⃗⃗⃗⃗

Este determinante irá gerar os resultados das multiplicações, do lado direito (positivo) e do lado
esquerdo (negativo), lembrando que o tetraedro tem um sexto de volume, quando relacionado ao
paralelepípedo.

Com isso,
Vt =6.(((5x1x3)+(4x7x6)+(0x0x0))−((4x0x3)+(5x7x0)+(0x1x6)))⇒
1

⇒Vt =16 (((15)+(168)+(0))−((0)+(0)+(0)))⇒


⇒Vt=16.((15)+(168))=30,5.
Módulo de um Vetor (Norma)

O módulo de um número real “a” é um número real que indica o tamanho do segmento de reta das
extremidades “0” e “a” ou a distância do ponto “a” até o ponto “0” na reta numérica. O módulo de um vetor,
também conhecido como norma de um vetor, não difere em definição do módulo de um número real.
Para calcular o módulo de um número real, geralmente utilizamos a ideia de distância desse número
até a origem. Origem é o ponto 0: aquele em que, à direita, ficam os números positivos e, à esquerda, os
números negativos. Portanto, aquele que conhece a distância do ponto “a” até a origem “0” conhece
também o módulo do número “a”.
A notação utilizada para representar a afirmação “módulo de a é igual à distância de a até a origem” é
a seguinte:
|a| = d(a,0)

Na imagem acima, observe que |6| = 6, pois a distância de 6 até 0 é 6. Observe também que |–6| = 6,
pois d(–6,0) = 6.

Módulo ou norma de um vetor

Vetores são objetos criados para observar direção, sentido e intensidade de movimento de objetos no
espaço. Esse espaço não se restringe às três dimensões comumente estudadas no Ensino Médio, mas
se trata de um espaço “n-dimensional”, isto é, o espaço em que os vetores são observados pode ter uma
dimensão (esse espaço é chamado de reta), duas dimensões (plano), três dimensões (espaço), quatro
dimensões (espaço-tempo) etc.

290
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Os vetores são representados geometricamente por flechas. Geralmente eles partem da origem, e as
coordenadas de seu ponto final são escritas para identificá-lo. Na imagem abaixo, o vetor v = (a,b), pois
(a,b) é o ponto final do vetor v.

A norma ou módulo de um vetor é um número real que representa o comprimento desse vetor. Dessa
forma, calcular a norma de um vetor é o mesmo que calcular a distância entre o ponto (a,b) e a origem
(0,0). Utilizando |v| como notação para módulo do vetor v = (a,b), pertencente ao plano, teremos:
|v| = √(a² + b²)
Caso o vetor v = (a,b,c) pertença ao espaço tridimensional, seu módulo será encontrado desta forma:
|v| = √(a² + b² + c²)
Consequentemente, se o vetor v = (a, b, … ,n) pertencer a um espaço n-dimensional, a soma no interior
da raiz quadrada terá n parcelas:
|v| = √(a² + ⋯ + n²)√(a2 + ... + n2)

Exemplo: Para calcular a norma do vetor v = (3, – 5), utilize: |v| = √(a² + b²)

|v| = √(a² + b²)

|v| = √(3² + (−5)²)


|v| = √9 + 25

|v| = √34)

Questões

01. (UFVJM-MG – Técnico de Laboratório/Física – FUNDEP/2017) Durante um estudo de


deslocamento, um estudante encontra três vetores, como os representados na figura.
Suponha que cada quadrado da figura represente uma distância de 1,0 cm de aresta. Nesse cas o, o
vetor deslocamento resultante terá módulo, direção e sentido indicados em:

Suponha que cada quadrado da figura represente uma distância de 1,0 cm de aresta. Nesse caso, o
vetor deslocamento resultante terá módulo, direção e sentido indicados em:
(A) 10,0 cm, diagonal, nordeste.
(B) 100,00 cm, diagonal, sudoeste.
(C) 5,0 cm, diagonal, sudoeste.
(D) 12,0 cm, diagonal, nordeste.
(E) 18,0 cm, diagonal, noroeste.

291
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02. (EBSERH – Engenheiro – INSTITUTO AOPC) Sobre análise vetorial, assinale a alternativa
correta.
(A) O produto escalar de dois vetores é definido como: em que θAB é o ângulo
formado entre A e B.
(B) O produto vetorial de dois vetores é definido como: em que é um vetor
unitário normal ao plano que contém A e B.
(C) A projeção escalar de um vetor sobre um vetor é dada por: enquanto a projeção vetorial
de um vetor sobre um vetor é dada por:

(D) Um vetor descrito em coordenadas esféricas como apresenta os


vetores unitários , que não são mutuamente ortogonais.
(E) Em um sistema ortogonal, as coordenadas são mutuamente paralelas.

Comentários

01. Resposta: A.
Para resolver esta questão, basta redesenhar os vetores encaixando o começo de um ao término do
outro, medir as arestas horizontais e verticais do início do primeiro vetor ao fim do último vetor.
Para determinar o valor da diagonal é só calcular a raiz da soma das medida das arestas horizontais
ao quadrado e as verticais ao quadrado
D = √62 + 82 = √100 = 10cm

No redesenho dos vetores é possível verificar que a posição de vetor resultante é diagonal e aponta
para o nordeste.

02. Resposta: B.
A notação do produto vetorial entre dois vetores a e b é a × b (em manuscritos, alguns matemáticos
escrevem a x b. Podemos defini-lo como

onde θ é a medida do ângulo entre a e b (0° ≤ θ ≤ 180°) no plano definido pelos dois vetores, e n é o
vetor unitário perpendicular a tanto a quanto b.

g. Transformações Lineares: aplicações e aplicações lineares, núcleo e imagem,


isomorfismo.

TRANSFORMAÇÕES LINEARES

Sejam V e U espaços vetoriais sobre um mesmo corpo K. Dizemos que uma aplicação é linear ou,
mais precisamente, uma transformação linear20, se satisfizer as duas condições seguintes.
(1) Para quaisquer vetores u, w ϵ V, temos F (u + w) = F(v) + F(w).
(2) Para quaisquer escalar k e vetor v ϵ V, temos F(kv ) + kF(v ).

Assim, F: V → U é linear se “preservar” a soma de vetores e a multiplicação por escalar, as duas


operações básicas de um espaço vetorial.
Substituindo k = 0 na condição (2), obtemos F(0) = 0. Assim, qualquer transformação linear leva o vetor
nulo no vetor nulo.
Para quaisquer escalares a, b ϵ K e vetores v, w ϵ V, obtemos F(av +bw) = F(av) + F(bw) = aF(v) +
bF(w).

20
LIPSCHUTZ, Seymou, LIPSON,Marc Lars - Álgebra linear -; tradução: Dr. Claus Ivo Doering.– 4.ed. –Porto Alegre : Bookman, 2011. - (Coleção Schaum)

292
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
De modo mais geral, para quaisquer escalares ai ϵ K e vetores vi ϵ V, obtemos a propriedade básica
das transformações lineares, como segue.

Observação: Uma transformação linear F: V → U fica caracterizada completamente pela condição


F(av + bw) = aF (v) + bF (w) , portanto, essa condição é, às vezes, utilizada como definição de
transformação linear.

Teorema: Sejam V e U espaços vetoriais sobre um corpo K. Sejam {v1, v2, ..., vn} uma base de V e u1,
u2, ..., un vetores quaisquer de U. Então existe uma única transformação linear F: V → U tal que F(v1) = u1,
F(v2) = u2, ..., F(vn) = un

Enfatizamos que os vetores u1, u2, ..., un nesse teorema são completamente arbitrários, podendo ser
linearmente dependentes ou, até mesmo, todos iguais entre si.

Matrizes como transformações lineares


Seja A uma matriz real m x n. Vimos que A determina uma aplicação matricial FA : Kn → Km dada por
FA (u) = Au ( em que os vetores Kn e Km são escritos como colunas). Mostremos que FA é linear. Usando
a multiplicação matricial, temos

Em outras palavras, usando A para representar a aplicação matricial, temos

Assim, A é linear e costumamos dizer que A é uma transformação matricial.

NÚCLEO E IMAGEM DE UMA TRANSFORMAÇÃO LINEAR

Definição: Seja F:V → U uma transformação linear. O núcleo de F, denotado por Nuc F, é o conjunto
de todos os elementos de V que são levados no vetor nulo 0 de U, ou seja, Nuc F = {v ϵ V : F(v) = 0}
A imagem de F, denotada por Im F, é o conjunto dos pontos imagens de U, ou seja, Im F = {u ϵ U :
existe v ϵ V tal que F(v) = u}

Teorema: Seja F:V → U uma transformação linear. Então o núcleo de F é um subespaço de V e a


imagem de F é um subespaço de U.

Agora suponha que v1, v2, ..., vm gerem um espaço vetorial V e que F:V → U seja uma transformação
linear. Mostremos que F(v1), F(v2), ..., F(vn) geram Im F. Seja u ϵ Im F. Então existe v ϵ V tal que F(V) =
u. Como os vi geram V e como v ϵ V, existem escalares a1, a2, ..., an para os quais v = a1v1 + a2v2 + ... +
amvm
Portanto: u = F(v) = F(a1v1 + a2v2+ ... + amvm) = a1F(v1) + a2F(v2) + ... + amF(vm)
Assim, os vetores F(v1), F(v2), ..., F(vm) geram Im F.

Proposição: Se v1, v2, ..., vm geram um espaço vetorial V e F:V → U é uma transformação linear, então
F(v1), F(v2), ..., F(vn) geram Im F.

Sejam A uma matriz 3 x 4 e {e1, e2, e3, e4} a base canônica de K4 (escrita como colunas).

293
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Vimos que A pode ser interpretada como uma transformação linear A:K4 → K3, em que os vetores de
K4 e K3 são considerados vetores colunas. Como a base canônica gera K4, as imagens Ae1, Ae2, Ae3, Ae4
geram a imagem de A. Mas os vetores Ae1, Ae2, Ae3, Ae4 são exatamente as colunas de A, como segue.

Assim, a imagem de A é exatamente o espaço coluna de A.


Por outro lado, o núcleo de A consiste em todos os vetores para os quais Av = 0. Isso significa que o
núcleo de A é o espaço solução do sistema homogêneo AX = 0, denominado espaço nulo de A.

Proposição: Seja A uma matriz m x n sobre o corpo K interpretada como uma transformação linear
A:Kn → Km. Então Nuc A = nul(A) e Im A = col(A). Onde col(A) denota o espaço coluna de A e nul(A) o
espaço nulo de A.

OPERAÇÕES COM TRANSFORMAÇÕES LINEARES

Podemos combinar transformações lineares de várias maneiras para obter novas transformações
lineares.
Sejam F:V → U e G:V → U transformações lineares sobre um corpo K. A soma F + G e a multiplicação
por escalar kF, com k ϵ K, são definidas como as transformações lineares de V em U dadas por:

Mostremos, agora, que, se F e G são lineares, então F + G e kF também são lineares. De fato, dados
vetores v, w ϵ V e escalares a, b ϵ K quaisquer, temos

Assim, F + G e kF são lineares.


Vale o teorema a seguir.

Teorema 1: Sejam V e U espaços vetoriais sobre um corpo K. Então a coleção de todas as


transformações lineares de V em U com as operações de soma e multiplicação por escalar constitui um
espaço vetorial sobre K.
O espaço vetorial das transformações lineares é geralmente denotado por Hom(V, U).
O elemento nulo de Hom(V, U) é a transformação nula de V em U, denotada por 0 e definida por 0(v)
= 0 para cada vetor .
Para espaços vetoriais V e U de dimensão finita temos o teorema seguinte.

Teorema 2: Se dim V = m e dim U = n, então dim[Hom(V, U)] = mn.

Composição de transformações lineares


Sejam, agora, V, U e W espaços vetoriais sobre um mesmo corpo K e sejam F:V → U e G:U → W
transformações lineares. Podemos visualizar essas transformações como segue.
𝐹 𝐺
𝑉→𝑈→𝑊

Já definimos a função composta G o F como a aplicação de V em W definida por (G o F) (v) = G(F(v)).


Mostremos que G o F é linear sempre que F e G forem lineares. De fato, dados vetores v, w ϵ V e escalares
a, b ϵ K quaisquer, temos

294
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Assim, G o F é linear.
A composição de transformações lineares e as operações de soma e multiplicação por escalar estão
relacionadas como segue.

Teorema: Se V, U e W são espaços vetoriais sobre K e


F:V → U, F’:V → U e G:U → W, G’:U → W

São transformações lineares, então

Questões

01. Seja T: R²→R³, definida por T(x, y) = (3x, – 2y, x – y) é uma transformação linear?

02. (PETROBRAS – Engenheiro de Petróleo Júnior – CESGRANRIO) A imagem de uma


transformação linear T: R6 → R3 é o espaço gerado pelos vetores (1, 0, 1), (0, 1, 0) e (1, –1, 1). A
dimensão do núcleo de T é:
(A) 4
(B) 3
(C) 2
(D) 1
(E) 0

Respostas

01.
(i) Sejam u = (x1, y1) e v = (x2, y2) vetores de R².
T( u + v) = T( x1 + x2, y1 + y2) =
= (3(x1 + x2), -2(y1 + y2), (x1 + x2) – (y1 + y2)) =
= (3x1, -2y1, x1 – y1) + (3x2, -2y2, x2 – y2)=
= T(x1, y1) + T(x2, y2) =
= T(u) + T(v).

(ii) T(αu) = T (α(x1, y1)) = T (αx1, αy1)


= (3(αx1), -2(αy1), αx1 – αy1)
= α(3x1, -2y1, x1 – y1)=
= αT(u).
Logo é uma Transformação Linear.

02. Resposta: A.
Pelo Teorema do Núcleo e da Imagem, temos que:
Dim(V) = dim(Im(T)) + dim(Nuc(T))

Dim(V) = 6
Se a imagem é dada pelos vetores (1, 0, 1), (0, 1, 0) e (1, –1, 1), facilmente observamos que o vetor
(1, -1, 1) é uma combinação dos outros dois vetores.
(1, 0, 1) - (0, 1, 0) = (1, –1, 1).
Assim a dim(Im(T)) = 2.
Dim(V) = dim(Im(T)) + dim(Nuc(T))
6 = 2 + dim(Nuc(T))
dim(Nuc(T)) = 4

295
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
h. Autovalores e autovetores: polinômio característico, polinômio minimal,
operadores lineares.

AUTOVALORES E AUTOVETORES21

É uma transformação especial T : V  W.

(I) T(v) = v

Onde,  é o autovalor (escalar) e v é autovetor (se v  0).


Como toda transformação linear pode ser escrita pela multiplicação de uma matriz por um vetor
então:

(II) T(v) = Av

Igualando (I) e (II), tem-se:

Av = v ou Av – v = 0 que resulta no sistema homogêneo:

(III) (A – I) v = 0

Onde A é n x n, v = 0 é sempre solução (trivial).

Os vetores v  0 para os quais existe um  que resolve a equação (III) são chamados de
autovetores da matriz A e os valores de , que conjuntamente com v resolvem a equação são
chamados de autovalores da matriz A associados aos respectivos autovetores.
Para que a equação (III) tenha solução além da trivial é necessário que o determinante da matriz
dos coeficientes seja zero, ou seja,

det(A – I) = 0

o que resulta em um polinômio de grau n em , conhecido como polinômio característico. As raízes


do polinômio característico são os autovalores da matriz A.
Para se encontrar os autovetores basta substituir o valor do autovalor na equação original e
encontrar o autovetor. O autovalor será, então, associado ao autovetor encontrado.
Na verdade, o autovetor encontrado forma uma base para o espaço de solução da equação (III),
dado o respectivo autovalor. Logo, qualquer múltiplo do autovetor também é um autovetor.
Portanto:

Sendo A a matriz canônica que representa um operador linear T, temos:


 autovalores  de T ou de A: são as raízes da equação
det(A – I) = 0,
 autovetores v de T ou de A: para cada , são as soluções da equação
Av = v ou (A – I)v = 0.
Interpretação geométrica

21
http://www.ene.unb.br/~flavia/aula16-adl.doc
http://www.stamford.pro.br/ARQUIVOS/2002_Algebra.doc
BOLDRINI, C. Álgebra Linear. 3ª ed. Editora Harbra, 1986

296
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
 u é autovetor de T
pois   R / T(u) = u.
 v não é autovetor de T
pois não   R / T(v) = v.

Exemplo 1: Considere o operador linear definido no exemplo anterior:

T: R2  R2
(x, y)  (4x + 5y, 2x + y)

 autovalores de 4 5 , matriz canônica de T.


A 
 2 1
Resolvemos a equação característica det (A – I) = 0:

 4 5 1 0   4   5 
A  I      
0 1   2
 2 1    1   

det (A – I) = 0  (4 – ) (1 – ) – 10 = 0  2 – 5 – 6 = 0
 1 = – 1 e 2 = 6.

 autovetores de A ou de T:

Para cada autovalor  encontrado, resolvemos o sistema linear (A – I)v = 0:


 x
1  1; v   
 y
4  ( 1) 5   x  0 
( A  1I ) v  0     y   0 
 2 1  (  1)    
5 x  5 y  0

2 x  2 y  0
 x  -y

297
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Então, v 1 = (– y, y) sendo um de seus representantes o vetor v 1 = (– 1, 1).

 x
2  6; v   
 y
4  6 5   x  0 
( A  I )  0     y   0 
 2 1  6    
 2 x  5 y  0

 2x  5 y  0
5
 x  y.
2
Então v 2 = ( 52 y, y) sendo um de seus representantes o vetor v 2
5
= ( , 1).
2

Exemplo 2: Determinar os autovalores e autovetores do operador linear:

T : 3  3, T(x,y,z) = (3x – y + z, -x + 5y + z, x – y + 3z)


Em forma matricial:
 x   3  1 1  x 
T  y    1 5 1. y   Av
 z   1  1 3  z 
3 -  -1 1
det[A - I]  - 1 5- 1  3  112  36  36  0
1 -1 3-
Cálculo numérico:
 = 0  -36 = 0  logo 1 > 0
 = 1  -10 = 0  logo 1 > 1
 = 2  0 = 0  logo 1 = 2
Dividindo por ( – 2):
( – 2) (2 - 9 + 18) = 0  2 = 6 e 3 = 3
Os autovalores são 1 = 2, 2 = 6 e 3 = 3
Para achar os autovetores basta substituir cada um dos autovalores na equação (A – I) v = 0:

Para 1 = 2:

298
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
 1  1 1   x  0 
 1 3  1. y   0
      . Escalonando:
 1  1 1   z  0
1  1 1 1 0 1
0 2 0  0 1 0  ou seja, y  0 e z   x
   
0 0 0 0 0 0
Logo, v1 = (x,0,-x) = x (1,0,-1)
Assim, qualquer múltiplo do vetor (1,0,-1) é um autovetor que tem como autovalor associado 1 = 2,
v1 = (1,0,-1)

Para 2 = 3:
0 1 1   x  0 
 1 2  1. y   0

 1  1 0   z  0
0 1 1  0 0 0 
1  2 1   1 0  1 ou seja, z  x e z  y, x  y  z

0 1  1 0 1  1
Assim, v2 = (x,x,x) = x (1,1,1).
v2 = (1,1,1) ou seus múltiplos.

Para 3 = 6:

 3  1 1   x  0 
 1 1  1. y   0

 1  1  3  z  0
0  4  8  0 0 0 
0  2  4  0 1 2  ou seja, z  x e  2z  y

1  1  3 1 0  1
v3 = (z,-2z,z) = z (1,-2,1)

v3 = (1,-2,1) ou seus múltiplos.

Observações:
 Se  é um autovalor de A, o conjunto S de todos os vetores v  V, inclusive v nulo, associados
a , é um subespaço vetorial (próprio) de V.
 A matriz dos autovetores é chamada MATRIZ MODAL.

299
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
 3  1
Exemplo 3:
A 
1 3
 Equação característica: det(A – I) = 0.
3 1
 0  ( 3   ) 2  1  0  2  2 3  4  0
1 3
2 3  2i
  3i
2
 Autovalores de A: os valores 1  3  i e 2  3  i não são reais  A possui
autovalores complexos, igualmente válidos para nós!
 O procedimento para se determinar os autovetores é o mesmo. Assim, é possível encontrar os
autovetores associados a estes autovalores.

5. Cálculo diferencial e integral

Caro(a) Candidato(a), neste tópico iremos estudar os subtópicos abaixo:

a. Funções de uma variável real. i. Logaritmo e exponencial: conceito de logaritmo, antilogaritmo,


propriedades dos logaritmos, mudança de base, logaritmos decimais, equações e inequações
exponenciais e logarítmicas. ii. Função: definição, exemplos e aplicações; domínio, imagem e gráfico.
Funções crescentes e decrescentes. Funções injetoras, sobrejetoras e bijetoras. Funções compostas.
Funções inversas. Funções reais. Funções logarítmicas e exponenciais. Funções trigonométricas,
trigonométricas inversas e funções hiperbólicas. iii.Limite e continuidade de uma função. Limites laterais.
Limites infinitos. Limites no infinito. Propriedades operatórias dos limites. Limites fundamentais.
Continuidade das funções em um ponto. Teorema do confronto. Teorema do valor intermediário. iv.
Derivada de uma função. Regras de derivação. As equações da reta tangente e normal. Derivadas das
funções reais, trigonométricas, logarítmicas e exponenciais. Regra da cadeia. Derivada da função inversa.
Derivação implícita. Derivadas sucessivas. Taxas relacionadas. v. Aplicações da derivada: crescimento e
decrescimento de uma função; máximos e mínimos de funções; teste da 1ª e da 2ª derivada; pontos de
inflexão e concavidade; regra de L’Hôpital para cálculo de limites; assíntotas verticais e oblíquas
(horizontais); gráficos de funções; problemas de máximos e mínimos. vi.Integral de uma função. Integrais
imediatas. Integração por substituição. Integração por partes. Integração de funções racionais por frações
parciais. Integração de funções trigonométricas. Integração por substituições trigonométricas. Integrais
impróprias. Integral definida. Teorema fundamental do cálculo. Cálculo de área, volume e comprimento
de arco.
b. Funções de várias variáveis reais e aplicações vetoriais. i. Funções de várias variáveis: definição,
exemplos e aplicações; domínio, imagem e gráficos (superfície); limites e continuidade; derivada parcial;
regras de derivação; regra da cadeia para derivada parcial; incrementos e diferenciais (diferencial total);
plano tangente; derivada direcional; gradiente (aplicações a máximos e mínimos); derivada implícita; reta
normal. ii. Integrais múltiplas: integral dupla: definições e propriedades; cálculo de integrais duplas;
integração dupla no cálculo de área; integração dupla em coordenadas polares; integração dupla no
cálculo de volumes; integral tripla: definições e propriedades; cálculo de integrais triplas; integração tripla
em coordenadas cilíndricas e esféricas; integração tripla no cálculo de volumes. iii.Campos vetoriais,
superfícies parametrizadas, gradiente, divergente e rotacional. iv.Teorema de Green, teorema de Stokes;
teorema de Gauss (divergência).
c. Funções de uma variável complexa. i. Números complexos. ii. Álgebra e geometria dos números
complexos. iii.Funções elementares de uma variável complexa. iv.Limite, continuidade e derivada das
funções de uma variável complexa. v. Equações de Cauchy-Riemann: funções analíticas elementares.

300
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
INTEGRAL

Integrais Imediatas22

Sabemos que a derivada é um dos conceitos mais importantes do Cálculo. Outro conceito também
muito importante é o de Integral. Existe uma estreita relação entre estas duas ideias. Assim, nesta seção,
será introduzida a ideia de integral, mostrando sua relação com a derivada.

Se a função F(x) é primitiva da função f (x), a expressão F(x) + C é chamada integral indefinida
da função (fx) e é denotada por:

∫ 𝒇(𝒙)𝒅𝒙 = 𝑭(𝒙) + 𝑪,

onde
∫ - é chamado sinal de integração;
f(x) - é a função integrando;
dx - a diferencial que serve para identificar a variável de integração;
C - é a constante de integração.

Lê-se Integral indefinida de f(x) em relação a x ou simplesmente integral de f(x) em relação a x.

Dada definição de integral indefinida, temos as seguintes observações:

Vejamos os exemplos:

22
Curso de Graduação em Administração a Distância
http://wwwp.fc.unesp.br/~arbalbo/arquivos/integraldefinida.pdf

301
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Propriedades da integral indefinida
Sejam f(x) e g(x) funções definidas no mesmo domínio e k uma constante real. Então:

Algumas integrais imediatas

Integral por Partes


𝑑 𝑢𝑑𝑣 𝑣𝑑𝑢
Pelo produto de derivadas, como vimos anteriormente:𝑑𝑥 (𝑢𝑣) = 𝑑𝑥 + 𝑑𝑥 , de uma forma mais fácil
A derivada do produto pode ser escrita 1ª vezes a derivada da segunda +segunda vezes derivada da
primeira
(𝑢𝑣)′ = 𝑢𝑣 ′ + 𝑣𝑢′
Assim, para a integral:

∫(𝑢𝑣)′𝑑𝑥 = 𝑢𝑣 − ∫ 𝑢′𝑣 𝑑𝑥
De forma mais simplificada poderemos escrever 𝑢. 𝑣 − ∫ 𝑣𝑑𝑢

Exemplo:

∫ 𝑥 2 𝑒 𝑥 𝑑𝑥 = 𝑥 2 𝑒 𝑥 − ∫ 2𝑥𝑒 𝑥 𝑑𝑥

∫ 2𝑥𝑒 𝑥 𝑑𝑥 = 2𝑥𝑒 𝑥 − ∫ 2𝑒 𝑥 𝑑𝑥

∫ 2𝑥𝑒 𝑥 𝑑𝑥 = 2𝑥𝑒 𝑥 − 2𝑒 𝑥
Voltando:

∫ 𝑥 2 𝑒 𝑥 𝑑𝑥 = 𝑥 2 𝑒 𝑥 − (2𝑥𝑒 𝑥 − 2𝑒 𝑥 ) = 𝑥 2 𝑒 𝑥 − 2𝑥𝑒 𝑥 + 2𝑒 𝑥 = 𝑒 𝑥 (𝑥 2 − 2𝑥 + 2)

302
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Integral por Substituição ou Mudança de Variável

Devemos mudar algumas variáveis para facilitar a integral

Exemplo
2
∫ 𝑥𝑒 𝑥 𝑑𝑥
Vamos chamar y=x² e dy=2xdx

Substituindo na integral

𝑒 𝑦 𝑑𝑦 1 𝑦
∫ = 𝑒 +𝑐
2 2

Integral Definida

Se f é uma função de x, então a sua integral definida é uma integral restrita à valores em um intervalo
específico, digamos, a ≤ x ≤ b. O resultado é um número que depende apenas de a e b, e não de x.
Vejamos a definição:

Cálculo de Área Utilizando Integrais

Podemos representar algebricamente uma curva no plano através de uma lei de formação chamada
função. A integral de uma função foi criada no intuito de determinar áreas sob uma curva no plano
cartesiano. Os cálculos envolvendo integrais possuem diversas aplicações na Matemática e na Física.
Observe a ilustração a seguir:

Para calcular a área da região demarcada (S) utilizamos a integral da função f na variável x, entre o
intervalo a e b:

A ideia principal dessa expressão é dividir a área demarcada em infinitos retângulos, pois
intuitivamente a integral de f(x) corresponde à soma dos retângulos de altura f(x) e base dx, onde o
produto de f(x) por dx corresponde à área de cada retângulo. A soma das áreas infinitesimais fornecerá
a área total da superfície sob a curva.

303
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Ao resolvermos a integral entre os limites a e b, teremos como resultado a seguinte expressão:

Exemplos

01. Determine a área da região a seguir delimitada pela parábola definida pela expressão f(x) = - x² +
4, no intervalo [-2,2].

Determinando a área através da integração da função f(x) = - x² + 4.


Para isso precisamos relembrar a seguinte técnica de integração:

Portanto, a área da região delimitada pela função f(x) = –x² + 4, variando de - 2 a 2, é de 10,6 unidades
de área.

304
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02. Determinar a área da região limitada entre as curvas:

Esboço da região:

Para encontrar os limites de integração, fazemos f (x) = g(x), isto é, x + 6 = x², que fornece x² - x - 6 =
0. Pela fórmula de Bháskara encontramos as raízes da equação dita anteriormente, x = - 2 e x = 3, que
serão os limites de integração. Observe pelo gráfico acima que x + 6 ≥ x², para todo x em [ - 2, 3].
Para calcular a área da região limitada por:

125
Portanto a área será 𝑢𝑎.
6

Volume de um Sólido de Revolução


Seja f uma função contínua num intervalo [a, b], sendo f(x) ≥ 0 para todo x, tal que a ≤ x ≤ b.
Consideremos o conjunto A, delimitado pelo eixo x, o gráfico de f e as retas x = a e x = b:

Seja B o sólido obtido através da rotação do conjunto A em torno do eixo x.

305
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Considerando uma partição P do intervalo [a, b] : P = {a = x0, x1, x2, ..., xn = b}, tal que a = x0 < x1 < x2
< ... < xn = b, seja:

onde para todo i, ,que é uma soma de Riemann para a função


relativa à partição P do intervalo .
Definimos o volume do sólido B como sendo:

.
É preciso observar que cada secção transversal do sólido B, obtida a partir de x, , é um
círculo centrado no ponto (x, 0), raio f(x) e, portanto, cuja área é .

Exemplo
Seja , . Calcule o volume do sólido gerado pela rotação do gráfico de f, ou seja
pela rotação da região delimitada pelo eixo x, o gráfico de f e as retas x = 0 e .

Resolução
O volume do sólido gerado pela rotação da região delimitada pelo gráfico de , pelo eixo
x, e as retas x=0 e ,

306
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
é dado por:

Uma vez que , temos:

Exemplo
Considere a região do plano delimitada pelo eixo x, o gráfico de , para , sendo girada
primeiro ao redor do eixo x e depois ao redor do eixo y. Calcule o volume dos dois sólidos gerados.

Resolução
a) A região do plano delimitada pelo eixo x, o gráfico de , para , é girada ao redor do
eixo x:

O volume do sólido é dado por:

b) A região do plano delimitada pelo eixo x, o gráfico de , para , é girada ao redor do


eixo y:

307
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
O volume do sólido é dado por:

Teorema de Grenn

O teorema de Green estabelece uma relação entre uma integral de linha sobre uma curva fechada
simples C e uma integral dupla na região D delimitada por C.

Orientação positiva significa que a região fica a esquerda ao percorrermos a curva. No exemplo acima,
percorremos a curva C no sentido anti-horário!

Seja C uma curva plana simples, fechada, contínua por partes, orientada positivamente e seja D a
região delimitada por C. Se P e Q tem derivadas parciais de primeira ordem contínuas sobre uma região
aberta que contém D, então

Exemplos

01. Calcule

em que C é a curva triangular constituída pelos seguimentos de reta de (0, 0) a (1, 0), de (1, 0) a (0, 1)
e de (0, 1) a (0, 0).
Resolução:

308
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02. Calcule

em que C é o círculo x2 + y2 = 9.

Resolução:
Pelo teorema de Green e usando coordenadas polares, encontramos

03. Calcule

em que C é a fronteira da região semianular D contida no semiplano superior entre os círculos x²+ y²
= 1 e x² + y² = 4.

Resolução:
Usando o teorema de Green e coordenadas polares para calcular a integral dupla, encontramos

Teorema da Divergência

Como condições impostas primeiramente ao campo vetorial F é que ele tenha componentes contínuas
e com derivadas parciais de primeira ordem contínuas o que já basta para o nosso propósito. Quanto a
região D ⊂ R3, que chamaremos de simples, desejamos que ela tenha fronteira S ⊂ R3 seja regular e
suave, que suas projeções Sxy no plano xy, Syz no plano yz e Sxz no plano xz sejam regiões fechadas de
R2 com fronteira suave e que retas paralelas aos eixos coordenados que atravessem suas projeções
cortem S em no máximo dois pontos Uma tal região será aqui chamada de região simples. Um exemplo
de tal região é a limitada pela esfera x2 + y2 + z2 = a2. Vamos ao enunciado e a demonstração do teorema
da divergência.

Seja um
campo vetorial tridimensional dado por
tal que suas componentes
sejam contínuas e tenham derivadas parciais de primeira ordem contínuas em D e D ⊂ R3 uma região do
espaço regular e suave tal que sua fronteira fronteira S ⊂ R3 seja regular e suave, que suas projeções Sxy
no plano xy, Syz no plano yz e Sxz no plano xz sejam regiões fechadas de R2 com fronteira suave e que
retas paralelas aos eixos coordenados que atravessem suas projeções cortem S em no máximo dois
pontos

309
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Figura: Teorema da divergência

Demonstração: Quando projetamos uma região regular e simples D no plano xy, sua fronteira S
consiste de duas partes S1 e S2 dadas pelas funções: z1(x,y) e z2(x,y) respectivamente (ver figura acima).
Seja f3(x,y,z) uma função contínua com derivadas parciais de primeira ordem contínuas em D. Então:

Integrando e substituindo os limites temos:

Seja a normal a S em cada ponto (x,y,z) ∈ S apontando para fora de D e seja γ o


ângulo entre desta forma temos: e cos(γ) = −nz em
S1. Daí, e do fato de que dxdy = cos(γ)dσ onde dσ é o elemento de área em S, temos:

e também:

Daí, e da expressão anterior temos:

Como S = S2 ∪ S1 temos:

De forma análoga, usando as projeções de D sobre os planos coordenados yz e xz podemos deduzir


que:

310
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
e também:

Somando as três equações acima temos:

Como temos:

E temos então:

Teorema da Divergência para outras Regiões


Caros alunos, muito embora a demonstração acima do teorema da divergência comportem um grande
número de regiões D, muitas outras não se enquadram na categoria que goza da propriedade de ser uma
região do espaço regular e suave tal que sua fronteira fronteira S ⊂ R3 seja regular e suave, que suas
projeções Sxy no plano xy, Syz no plano yz e Sxz no plano xz sejam regiões fechadas de R2

Figura 2: Teorema da divergência

com fronteira suave e que retas paralelas aos eixos coordenados que atravessem suas projeções
cortem S em no máximo dois pontos. È o caso da região dada pela Fig. 10.2. Observando porém, que se
a região D puder ser decomposta em um número finito de regiões simples, podemos escrever o teorema
da divergência em cada uma das sub-regiões e somar o resultado, de forma que para a região D o
teorema continue válido. Desta forma podemos enunciar uma forma mais ampla do teorema da
divergência. A saber:

Teorema Seja um campo vetorial tridimensional dado por


tal que suas componentes
sejam contínuas e tenham derivadas parciais de primeira ordem contínuas em D e D ⊂ R3 uma região do
espaço regular e suave tal que possa ser subdividida em um número finito de regiões simples e sua
fronteira fronteira S ⊂ R3 seja regular e suave, então:

311
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Teorema de Stokes

Seja S uma superfície orientada, lisa por partes, cuja fronteira é formada por uma curva C fechada,
simples, lisa por partes, com orientação positiva. Seja F um campo vetorial cujas componentes possuem
derivadas parciais contínuas em uma região aberta de R 3 que contém S. Nesse caso, tem-se

Como

a integral de linha em torno da curva fronteira de S da componente tangencial de F é igual à integral


de superfície da componente normal do rotacional de F.

Se S é uma superfície plana, pertence ao plano xy, e tem orientação para cima, então o vetor normal
unitário é k. Neste caso, o teorema de Stokes afirma que

Exemplos

01. Calcule,

em que F(x, y, z) = −y² i + xj + z²k, e C é a curva da intersecção do plano y + z = 2 com o cilindro x² +


y² = 1 (com orientação no sentido anti-horário quando vista por cima).

Resolução: Pelo teorema de Stokes, temos

em que D é o disco 0 ≤ ρ ≤ 1 em coordenadas polares e r(ρ, θ) = ρ cos θi + ρ sen θj + (2 − ρ sen θ)k


descreve a superfície S.

02. Calcule a integral

em que F(x, y, z) = xzi + yzj + xyk, e S é a parte da esfera x² + y² + z² = 4 que está dentro do cilindro
x² + y² = 1 e acima do plano xy.

Resolução: Pelo teorema de Stokes, temos

em que r(θ) = cos θi + sen θj + √3k

Questões
𝜋
01. (SEDUCE/GO – Professor de nível III – QUADRIX/2018) A integral∫0 𝑥𝑐𝑜𝑠(𝑥) vale
(A) - 𝜋
(B) - 2
(C) 0

312
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(D) 2
(E) 𝜋

02. (PETROBRAS – Químico de Petróleo Júnior – CESGRANRIO/2018) As funções reais de


variáveis reais f e g estão representadas abaixo, no mesmo sistema de eixos cartesianos, sendo 0 e 4 os
zeros da função quadrática f, e g uma função linear que intersecta o gráfico de f nos pontos (0,0) e (3, 6).
Seja S a região do plano (sombreada) constituída de todos os pontos que estão abaixo do gráfico de f e
acima do gráfico de g.

A área da região S corresponde a que fração da área do retângulo de vértices (0, 0), (4, 0), (4, 9) e (0,
9)?
2
(A)
9
2
(B) 7
1
(C)
3
1
(D) 4
1
(E) 5

03. (IF/BA – Professor de Matemática – INSTITUTO AOCP) A integral ∫ 𝑥𝑠𝑒𝑛(𝑥)𝑑𝑥 tem como
resultado:
(A) –xcos(x) + sen(x) + c
(B) xcos(x) - sen(x) + c
𝑥2
(C) − cos(x) +c
2
𝑥2
(D) cos(x) + c
2
(E) –cos(X) + c

04. (TRANSPETRO – Engenheiro Júnior – CESGRANRIO) A figura abaixo mostra o gráfico da


função Y = 1 + x 2.

A área hachureada, abaixo da curva da função e entre as abscissas 1 e 2, é igual a:


(A) 3
(B) 7/3

313
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(C) 8/3
(D) 10/3
(E) 11/3

Comentários

01. Resposta: B
Para resolver esta questão devemos utilizar a integral por partes 𝑢. 𝑣 − ∫ 𝑣𝑑𝑢
Seja 𝑢. 𝑣 − ∫ 𝑣𝑑𝑢

𝑢=𝑥
𝑑𝑢 = 𝑑𝑥
𝑑𝑣 = 𝑐𝑜𝑠𝑥
𝑣 = 𝑠𝑒𝑛𝑥
𝑥. (𝑠𝑒𝑛(𝑥)) − ∫ 𝑠𝑒𝑛𝑥 𝑑𝑥
𝑥. (𝑠𝑒𝑛(𝑥)) − (− cos(𝑥))
𝑥. (𝑠𝑒𝑛(𝑥)) + cos(𝑥)), aplicando o intervalo 𝜋 e 0.

[𝜋. 𝑠𝑒𝑛𝜋 + 𝑐𝑜𝑠𝜋] − [0. 𝑠𝑒𝑛0 + 𝑐𝑜𝑠0]


[𝜋. 0 + (−1)] − [0.0 + 1] = −1 − 1 = −2

02. Resposta: D
Neste problema precisamos descobrir a área da região S, para isso devemos encontrar a equação da
parábola e da reta que formar a figura, vamos aos fatos.

- Descobrir a equação da reta é mais simples, pois ela é linear, logo é da forma g(x) = ax, temos um
ponto dela (3, 6), assim conseguimos descobrir sua equação facilmente.
g(x) = ax
6 = a.3
a = 2, logo
g(x) = 2x.

Vamos descobrir a equação da parábola dada pela função f(x)


Temos os zeros da função e um ponto que pertence a esta função (3, 6), assim podemos descobrir
sua equação através da forma fatorada, dada por:
f(x) = a(x – x1)(x – x2)
f(x) = a(x – 0)(x – 4)
6 = a(3 – 0)(3 – 4)
6 = - 3a
a=-2

f(x) = - 2(x – 0)(x – 4)


f(x) = - 2x² + 8x

Basta encontrar a área da região S, formada pelas funções f e g, para tanto vamos calcular a:
3
∫ [𝑓(𝑥) − 𝑔(𝑥)]𝑑𝑥
0
3
∫ [−2𝑥 2 + 8𝑥 − 2𝑥]𝑑𝑥
0
3
∫ [−2𝑥 2 + 6𝑥]𝑑𝑥
0
2𝑥 3 6𝑥 2
− + | 𝑣𝑎𝑟𝑖𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 [0,3]
3 2
2. 33 6. 32 2. 03 6. 02
− + −(− + ) = −18 + 27 = 9𝑢𝑎
3 2 3 2
Já a área do retângulo é de 4 . 9 = 36ua

314
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
9 1
=
36 4

03. Resposta: A
Para resolver esta questão devemos utilizar integral por partes. 𝑢. 𝑣 − ∫ 𝑣𝑑𝑢

Seja 𝑢. 𝑣 − ∫ 𝑣𝑑𝑢

𝑢=𝑥
𝑑𝑢 = 𝑑𝑥
𝑑𝑣 = 𝑠𝑒𝑛𝑥
𝑣 = −𝑐𝑜𝑠𝑥
x.(-cos(x)) - ∫ − cos(𝑥) 𝑑𝑥
-xcos(x) + sen(x) + c

04. Resposta: D
2
∫ 1 + 𝑥 2 𝑑𝑥
1
𝑥3 23 13 8 1 7 10
𝑥+ 𝑣𝑎𝑟𝑖𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 [1,2], 𝑎𝑠𝑠𝑖𝑚 2 + − (1 + ) = 2 + − 1 − = 1 + =
3 3 3 3 3 3 3

EQUAÇÕES DE DIFERENÇAS23

“Nas ciências exatas a validade dos modelos testa-se pela lógica e pela experimentação. Daí a
necessidade de fazer a distinção muito clara entre modelo e a parte do mundo exterior que se supõe que
ele representa".
L. Garding

Existem situações em que as equações com variações discretas são mais apropriadas; por exemplo,
quando o crescimento se dá em etapas discretas e não ocorre uma sobreposição da variável analisada,
de gerações (no caso de uma dinâmica populacional) ou o de salários (no caso de um orçamento familiar).
Uma equação de diferenças estabelece uma relação envolvendo os valores de uma variável
dependente para um conjunto discreto de valores (com retardamento) da variável independente. Por
conveniência, sempre que a variável independente for o tempo, seus valores serão tomados igualmente
espaçados, isto é, consideramos 𝑡2 - 𝑡1 = K. Para simplificar tomamos tais espaços de tempo valendo
uma unidade k = 1:
A solução de uma equação de diferenças é uma relação funcional que não envolve diferenças, definida
para todos os números naturais n ∈ N; e satisfazendo a equação de diferenças, isto é, transformando-a
numa identidade.
A solução de uma equação de diferenças é obtida por um processo recursivo mas nem sempre
podemos explicitar a solução geral de uma equação de diferenças quando a equação não é linear.

A forma geral de uma equação de diferenças linear de ordem (n - m) é dada por:

Com 𝑎𝑘 constantes; e dadas (n - m) condições iniciais.

23BASSANEZI, Rodney Carlos – Equações Diferenciais Ordinárias – Um curso introdutório – Coleção BC&T – UFABC – Volume 1

315
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Equação de Diferenças de Primeira Ordem

Uma equação de diferenças é de primeira ordem se (n - m) = 1: Sua expressão geral é dada por:

O processo recursivo fornece:

Neste caso, a solução geral é dada por

Uma maneira alternativa para resolver a equação é supor que a solução seja da forma:

Substituindo esta expressão, temos:

Desde que, para n = 0 devemos ter ,então . Portanto,

Observamos que quando ƛ ≠ 0, podemos ter:

- Se ǀƛǀ <, então 𝑦𝑛 é convergente, isto é, dado ϵ > 0, existe um número natural 𝑛0 tal que se n > 𝑛0
então ǀ𝑦𝑛 – y*ǀ<ϵ;
- Se ǀƛǀ = 1, então 𝑦𝑛 é constante se ƛ = 1 e é oscilante entre dois valores se ƛ = -1;
- Se ǀƛǀ >1, então 𝑦𝑛 é divergente, ou seja, 𝑙𝑖𝑚𝑛 → ∞ 𝑦𝑛 = ±∞.

Exemplo
O modelo malthusiano de crescimento populacional preconiza que “a população cresce numa
progressão geométrica enquanto que o alimento cresce segundo uma progressão aritmética".
Considerando uma população inicial com P0 elementos, a tradução matemática de tal postulado é:

316
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Onde, r é a taxa de crescimento da população e 1 significa uma unidade de tempo considerada.
Observamos que, em termos de diferenças, temos, neste caso, uma equação linear de primeira ordem
pois,

ou seja, o modelo malthusiano poderia ser enunciado por: "A variação populacional e proporcional a
população, em cada instante" e sua solução é:

Uma equação linear não autônoma da forma

pode ser resolvida também por método recursivo:

Logo, a solução pode ser escrita como:

Neste caso, se a ≥1 então 𝑦𝑛 é divergente, ou seja, 𝑦𝑛 → +∞ se b > 0 ou 𝑦𝑛 → − ∞ se b < 0 e ǀbǀ


b
> 𝑦0 ; Agora, se 0< a <1, então 𝑦𝑛 → 1−𝑎.

Modelos Matemáticos com Equações de Primeira Ordem

Modelo 1 - Orçamento Familiar


Consideremos uma família cuja renda mensal 𝑅𝑛 é proveniente de um salário fixo 𝑅𝑜 mais o rendimento
da poupança 𝑃𝑛 do mês anterior. Suponhamos também que o consumo mensal 𝐶𝑛 desta família seja
proporcional a sua renda mensal. Vamos procurar uma fórmula geral que forneça os valores da renda,
poupança e consumo da família em cada mês relativamente a um mês inicial onde se conheça os valores
de C0 e de P0:
Neste caso, a variável independente é o tempo, dado em meses. Devemos buscar uma relação entre
as variáveis independentes renda, poupança e consumo em função do tempo n. Temos que:

- "A poupança do mês n é dada pela poupança do mês anterior (n-1) mais a sobra do mês n", ou seja,

- "A renda do mês n é igual ao salário mais o rendimento da poupança do mês anterior", ou seja,

Onde, r é o juros da poupança.

317
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
- "O consumo do mês e proporcional à renda", isto é,

Agrupando as três equações, obtemos

Simplificando as constantes, isto é, tomando b = (1 - 𝛼) 𝑅𝑜 e a= na equação


, obtemos uma equação de diferenças linear de ordem 1:

𝑃𝑛 =a 𝑃𝑛−1 + 𝑏𝑅𝑜

cuja solução é dada por:

Observamos que 𝛼 = 1 significa que o consumo mensal é igual à renda e portanto, neste caso, a
poupança não varia.

Substituindo, as equações, obtemos:

Modelo 2 – Financiamento
Quando queremos comprar algo financiado, raramente nos questionamos a respeito do prejuízo
tomado, simplesmente estamos preocupados se podemos ou não dispor daquela parcela fixa que
pagamos mensalmente. Neste exemplo vamos analisar o problema de um financiamento.
Na compra de um carro é feito um financiamento do valor 𝐷𝑜 = R$30.000,00 que deve ser pago em 3
anos, em parcelas mensais fixas de P = R$1.200,00:

Queremos saber:
01. Qual o juros mensal pago?
02. Se o juros mensal fosse o mesmo da poupança, quanto deveria pagar por mês para quitar a dívida
em 3 anos?
03. Quanto se deve dar de entrada para se ter uma parcela fixa de R$500,00, um juro igual ao da
poupança e terminar a dívida em 3 anos?

Temos que 𝐷𝑜 é a dívida inicial; Então a dívida 𝐷𝑛 ; depois de transcorridos n meses da compra, é dada
pela dívida corrigida do mês anterior menos a parcela paga no mês, ou seja,

Ou seja,

Esta equação linear tem como solução (verifique)

318
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
A dívida será quitada num tempo n quando 𝐷𝑛 = 0: Assim, para a resposta da primeira questão devemos
considerar que para n = 36 , D36 = 0; ou seja,

ou, simplificando a expressão, temos

A resolução desta equação pode ser feita pelo método numérico mais simples, o da bissecção.

Sejam y = 20r e z = , devemos encontrar r de modo que y = z

Portanto, o juros mensal de tal financiamento é, aproximadamente, 2,12% ao mês, o que responde a
primeira questão.
Agora, se queremos saber qual a parcela fixa que deveria ser paga com um juros de r = 0,7% (juros
médio de uma poupança em 2017), basta isolar o valor de P na expressão, com este valor de r

Assim para r = 0,007; n = 36 e 𝐷𝑜 = 30; teremos P = 0,94563, ou seja, cada parcela mensal deveria
ser de R$ 945,63.
No caso de se dar uma entrada E, a dívida inicial cai para (𝐷𝑜 - E). Então, para responder a terceira
questão devemos usar a expressão

Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem

De uma maneira geral, podemos dizer que temos uma equação diferencial (ou um sistema de
equações diferenciais) se na equação (ou em cada equação do sistema) estão envolvidas funções
incógnitas e suas derivadas.
Uma equação diferencial é dita ordinária (EDO) se a função incógnita depender apenas de uma
variável. Se depender de mais de uma variável será denominada equação diferencial parcial.

319
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
A ordem de uma equação diferencial é indicada pela maior ordem de derivação que aparece na
equação. Uma EDO de ordem n tem como expressão geral

Onde, F é uma função de n + 1 variáveis.


A equação representa a relação entre a variável independente x e os valores da função incógnita y e
suas n primeiras derivadas. Quando pudermos explicitar dn y / dxn na equação teremos uma forma normal
da EDO de ordem n, isto é:

Entretanto, uma equação na forma normal pode acarretar mais de uma equação. Por exemplo:

leva às duas equações na forma normal:

A solução de uma EDO, no intervalo I = (a; b); é uma função y = φ(x) que, juntamente com suas
derivadas, satisfaz a equação. Assim, resolver uma EDO, é encontrar uma função y =φ'(x); definida e
derivável até a ordem n no intervalo I, que satisfaz a equação.
Solução geral de uma EDO é o conjunto de todas as suas soluções. Nas aplicações, geralmente
estamos interessados em soluções particulares que satisfaçam uma dada condição inicial, ou condições
complementares.

Equação Geral de Primeira Ordem


Uma equação diferencial ordinária de primeira ordem na forma normal é
𝑑𝑦
= 𝑓(𝑥, 𝑦)
𝑑𝑥

Onde, f é uma função definida num aberto A de R2 com valores em R. A solução para esta equação é
uma função y = φ(x) com x ∈ (a, b), derivável e satisfazendo:

Esta equação estabelece uma relação entre as coordenadas de um ponto e o coeficiente angular da
reta tangente ao gráfico da solução em cada ponto. Portanto, uma equação deste tipo define um campo
de direções, ou, de inclinações. As suas soluções são chamadas curvas integrais e têm propriedade que
a direção das retas tangentes, em cada ponto, coincide com a direção pré-estabelecida do campo naquele
ponto, o lugar geométrico dos pontos onde cada tangente à curva integral preserva uma direção constante
são linhas chamadas isóclinas.

Obtemos a equação de uma isóclina considerando , onde, k é uma constante


(inclinação da tangente).

Problema de Valor Inicial


Os campos de direções, além de contribuírem para um melhor entendimento das equações
diferenciais, também constituem um método gráfico para conhecer suas soluções aproximadas. Além
deste método gráfico-geométrico, dispomos dos Teoremas de Existência e Unicidade de soluções para
problemas de valor inicial, também conhecidos por problema de Cauchy:

320
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Em geral, estes teoremas se referem à existência e unicidade de soluções locais para o problema de
Cauchy, isto é, soluções definidas em alguma vizinhança do ponto x0, ou seja, num intervalo (x0 – δ, x0 +
δ) ⊂ R.

Teorema 1 – Teorema de Existência e Unicidade de Solução para o Problema de Cauchy


1) f(x,y) seja uma função contínua em um disco aberto D, de raio r, centrado no ponto (x0,y0)
D = {(x; y) : (x - x0)2 + (y - y0)2 < r}

𝜕𝑓(𝑥,𝑦)
2) 𝜕𝑦
= 𝑔(𝑥, 𝑦) 𝑒𝑥𝑖𝑠𝑡𝑎 𝑒 𝑠𝑒𝑗𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑡í𝑛𝑢𝑎 𝑒𝑚 𝐷.
Então, existe uma função y = φ(x) definida num intervalo (x0 – δ, x0 + δ) que satisfaz o problema de
Cauchy. Ainda mais, se y = Ψ(x) é outra solução no intervalo (x0 – ε, x0 + ε) então φ(x) = Ψ(x) no
intervalo (x0 – δ, x0 + δ) Ⴖ (x0 – ε, x0 + ε). Portanto, só existe uma ÚNICA solução local para o problema
de Cauchy.

Observação: para existência de solução basta a primeira hipótese. Lembramos que o ponto (x0,y0) é
denominado valor inicial da solução e φ(x0) = y0 é a condição inicial da solução.

Equação Diferencial Fundamental


Dada uma função y = f(x), podemos definir uma nova função z = A(x), que representa a área sob o
gráfico de f(x) num intervalo [x0, x], onde o extremo inferior x0 é fixo (conforme a figura). O que Newton
percebeu resume-se em: A taxa de mudança da função área A(x) com relação ao ponto x é igual, em
cada ponto x = x*, ao valor da função original neste ponto. Mas isto significa que A(x) é a
antiderivada de f(x). Isto constitui o que se convencionou chamar de Teorema Fundamental do Cálculo.

A equação diferencial mais simples é exatamente o problema fundamental do Cálculo Diferencial e


Integral e consiste no seguinte:
Dada uma função contínua f(x) definida no intervalo (a, b), determinar todas as funções deriváveis y(x),
definidas em (a, b), tais que
𝑑𝑦
= 𝑓(𝑥)
𝑑𝑥
𝑑𝑦 𝑥
Este problema pode ser facilmente resolvido considerando que 𝑑𝑥 = 𝑓(𝑥) ⟺ 𝑦(𝑥) = 𝑑 ∫𝑥 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 + 𝐶
0
Assim, a solução geral consiste de infinitas soluções “paralelas”. Observe, entretanto, que se queremos
uma solução y = φ(x) que satisfaça a condição inicial φ(x0) = y0, basta considerar C = φ(x0).

Equações Diferenciais Autônomas


Uma equação diferencial do tipo
𝑑𝑦
= 𝑓(𝑥)
𝑑𝑥

321
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Onde a variável independente não comparece na definição do campo de direções, é dita autônoma.

Utilizando a manipulação formal introduzida por Leibniz, podemos escrever a equação na forma:
𝑑𝑦 1
=
𝑑𝑥 𝑓(𝑦)

Cuja resolução é obtida, como visto anteriormente, isto é,


𝑦
1
𝑥(𝑦) = 𝑥(𝑦0 ) + ∫ 𝑑𝑦
𝑓(𝑦)
𝑦0

Para justificar a equação necessitamos que 1/f(y) seja bem definida no intervalo de interesse A (f(y) ≠
𝑑𝑦 1
0) e que seja contínua neste intervalo A. Como = ≠ 0 em A, o Teorema da Função Inversa garante
𝑑𝑥 𝑓(𝑥)
𝑑𝐹
que existe uma função inversa da função x(y), isto é, y = F(x) tal que = 𝑓(𝑦) em A, o que justifica o
𝑑𝑥
procedimento formal.
𝑑𝑦
= 𝑓(𝑦)
Logo, a solução do problema de condição inicial { 𝑑𝑥 é obtida pela solução do problema
𝑦(𝑥0 ) = 𝑦0
𝑑𝑦 1
𝑑𝑥
= 𝑓(𝑦)
{ e com a inversão da função x(y).
𝑥(𝑦0 ) = 𝑥0

Com as hipóteses de que f(y) é contínua e não se anula em A e que y0 ϵ A, concluímos que o problema
tem solução, e é única em A.
Observamos que o intervalo A não pode incluir pontos onde f(y) se anula. Os pontos y* onde f(y*) = 0
são denominados pontos estacionários. A condição inicial y(x0) = y*, tem como solução y = φ(x) = y*
(constante), denominada solução de equilíbrio.
As equações autônomas aparecem na formulação de uma grande quantidade de modelos. Sempre
que uma lei de formação afirma que: “a taxa de variação de uma quantidade y(t) é proporcional a esta
mesma quantidade”, temos uma equação autônoma da forma
𝑑𝑦
= 𝑘𝑦
𝑑𝑥

Como, f(y) = ky, então f(y*) = 0 se y* = 0. Assim, y = y* é a solução de equilíbrio. Agora, de acordo com
os argumentos anteriores, devemos procurar soluções separadamente nos dois intervalos -∞ < y < 0 e 0
< y < + ∞.
Consideramos inicialmente o problema de Cauchy
𝑑𝑦 𝑑𝑦 1
= 𝑘𝑦 =
{ 𝑑𝑥 e seu problema inverso → { 𝑑𝑥 𝑘𝑦 cuja solução é dada por
𝑦(𝑥0 ) = 𝑦0 ≠ 0 𝑥(𝑦0 ) = 𝑥0

322
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Portanto,

Neste caso, y ≠ -a/k é a solução de equilíbrio.

Questões

01. Resolva a seguinte equação diferencial: 2y(x + 1)dy = xdx.


(A)±√−𝑥 − ln(𝑥 + 1) + 𝐶
(B) ±√𝑥 − ln(𝑥 − 1) + 𝐶
(C) ±√−𝑥 − ln(𝑥 − 1) + 𝐶
(D) ±√𝑥 + ln(𝑥 + 1) + 𝐶
(E) ±√𝑥 − ln(𝑥 + 1) + 𝐶

02. A função y(x) que satisfaz o PVI:

é dada por:
(A)√𝑥 2 +1
(B) √−𝑥 2 − 1
(C) √−𝑥 2 + 1
(D) √𝑥 3 + 1
(E) √−𝑥 3 + 1
Comentários

01. Resposta: E
Começamos separando as variáveis:

Agora iremos integrar ambos os lados:

Pelas regras de integração: (Para resolver a integral do lado direito é necessário utilizar o método da
substituição)

323
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Como C1 e C2 são constantes, a diferença entre elas também será uma constante, chamaremos aqui
de C.

02. Resposta: C
Colocar a derivada na forma dy/dx em vez de y’(x) e escrever apenas y em vez de y(x):

, isolar o termo dy/dx de um lado da equação e o resto do outro,


Como jogamos o y para o denominador, temos que dizer que é diferente de zero.
Multiplicando em cruz,

ydy = -xdx, integrando de ambos os lados obtemos:

, vamos isolar o y agora.


y² = -x² +2c (como c é uma constante, chamarei 2c de C.

y² = -x² + C

Como y(0) = 1 teremos


C = 1, substituindo a constante na equação,

RELAÇÃO

Plano Cartesiano Ortogonal de Coordenadas

Foi criado por René Descartes, ao qual consiste em dois eixos perpendiculares:
1 - Horizontal denominado eixo das abscissas; e
2 - Vertical denominado eixo das ordenadas.

Tem como objetivo localizarmos pontos determinados em um espaço. Além do mais, o plano
cartesiano foi dividido em quadrantes aos quais apresentam as seguintes propriedades em relação ao
par ordenado (x, y) ou (a, b).

324
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Par Ordenado

Quando representamos o conjunto (a, b) ou (b, a) estamos, na verdade, representando o mesmo


conjunto, sem nos preocuparmos com a ordem dos elementos. Porém, em alguns casos, é conveniente
distinguir a ordem destes elementos.
Para isso, usamos a ideia de par ordenado que é conjunto formado por dois elementos, onde o
primeiro é a ou x e o segundo é b ou y.

Exemplos:
1) (a,b) = (2,5) → a = 2 e b = 5.
2) (a + 1,6) = (5,2b) → a + 1 = 5 e 6 = 2b → a = 5 -1 e b = 6/2 → a = 4 e b = 3.

Gráfico Cartesiano do Par Ordenado


Todo par ordenado de números reais pode ser representado por um ponto no plano cartesiano.

Temos que:
- P é o ponto de coordenadas a e b;
- o número a é chamado de abscissa de P;
- o número b é chamado ordenada de P;
- a origem do sistema é o ponto O (0,0).

Vejamos a representação dos pontos abaixo:

A (4,3)
B (1,2)
C (-2,4)
D (-3,-4)
E (3,-3)
F (-4,0)
G (0,-2)

Produto Cartesiano

Dados dois conjuntos A e B, chamamos de produto cartesiano A x B ao conjunto de todos os possíveis


pares ordenados, de tal maneira que o 1º elemento pertença ao 1º conjunto (A) e o 2º elemento pertença
ao 2º conjunto (B).

𝐀 𝐱 𝐁 = {(𝐱, 𝐲)|𝐱 ∈ 𝐀 𝐞 𝐲 ∈ 𝐁}

Quando o produto cartesiano for efetuado entre o conjunto A e o conjunto A, podemos representar A
x A = A2. Vejamos, por meio de o exemplo a seguir, as formas de apresentação do produto cartesiano.

325
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Exemplo
Sejam A = {2,3,4} e B = {3,5}. Podemos efetuar o produto cartesiano A x B, também chamado A
cartesiano B, e apresentá-lo de várias formas.

Listagem dos Elementos


Apresentamos o produto cartesiano por meio da listagem, quando escrevemos todos os pares
ordenados que constituam o conjunto. Assim, no exemplo dado, teremos:

A x B = {(2,3),(2,5),(3,3),(3,5),(4,3),(4,5)}

Vamos aproveitar os mesmo conjuntos A e B e efetuar o produto B e A (B cartesiano A):


B x A = {(3,2),(3,3),(3,4),(5,2),(5,3),(5,4)}.

Observando A x B e B x A, podemos notar que o produto cartesiano não tem o privilégio da propriedade
comutativa, ou seja, A x B é diferente de B x A. Só teremos a igualdade A x B = B x A quando A e B forem
conjuntos iguais.

Observação: Considerando que para cada elemento do conjunto A o número de pares ordenados
obtidos é igual ao número de elementos do conjunto B, teremos: n (A x B) = n(A) . n(B).
No nosso exemplo temos: n (A x B) = n (A) . n (B) = 3 . 2 = 6

Diagrama de Flechas
Apresentamos o produto cartesiano por meio do diagrama de flechas, quando representamos cada um
dos conjuntos no diagrama de Euler-Venn, e os pares ordenados por “flechas” que partem do 1º elemento
do par ordenado (no 1º conjunto) e chegam ao 2º elemento do par ordenado (no 2º conjunto).
Considerando os conjuntos A e B do nosso exemplo, o produto cartesiano A x B fica assim
representado no diagrama de flechas:

Plano Cartesiano
Apresentamos o produto cartesiano, no plano cartesiano, quando representamos o 1º conjunto num
eixo horizontal, e o 2º conjunto num eixo vertical de mesma origem e, por meio de pontos, marcamos os
elementos desses conjuntos. Em cada um dos pontos que representam os elementos passamos retas
(horizontais ou verticais). Nos cruzamentos dessas retas, teremos pontos que estarão representando, no
plano cartesiano, cada um dos pares ordenados do conjunto A cartesiano B (B x A).

Noção de Relação

Dado os conjuntos A = {4,5,6} e B = {5,6,7,8}, temos:


A x B = {(4,5), (4,6), (4,7), (4,8), (5,5), (5,6), (5,7), (5,8), (6,5), (6,6), (6,7), (6,8)}

Destacando o conjunto A x B, por exemplo, o conjunto R formado pelos pares (x,y) que satisfaçam a
seguinte lei de formação: x + y = 10, ou seja:
R = {(x,y) ϵ A x B| x + y = 10}
Vamos montar uma tabela para facilitar os cálculos.

326
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Destacamos os pares que satisfazem a lei de formação:
R = {(4,6), (5,5)}, podemos com isso observar que R ⊂ A x B.

Dados dois conjuntos A e B, chama-se relação de A em B qualquer subconjunto de A x B, isto é:


R é uma relação de A em B ↔ R ⊂ A x B

Noção de Função

Dados os conjuntos A = {4,5,6} e B = {5,6,7,8}, considerando o conjunto de pares (x,y), tais que x ϵ A
e y ϵ B.
Qualquer um desses conjuntos é chamado relação de A em B, mas se cada elemento dessa relação
associar cada elemento de A um único elemento de B, dizemos que ela é uma função de A em B.
Vale ressaltar que toda função é uma relação, mas nem toda relação é uma função.

Analisemos através dos diagramas de Venn.

327
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Analisemos agora através dos gráficos:

Um jeito prático de descobrirmos se o gráfico apresentado é ou não função, é traçarmos retas


paralelas ao eixo do y e se verificarmos se no eixo do x existem elementos com mais de uma
correspondência, aí podemos dizer se é ou não uma função, conforme os exemplos acima.

Elementos da Função
Como já vimos nos conceitos acima, temos que, dado dois conjuntos não vazios A e B chamamos de
função a relação que associa a cada elemento de x (ou a) de A um único elemento y (ou b) de B,
conhecida também como função de A em B.
Na figura abaixo está ilustrado os elementos de uma função.

328
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Pelo diagrama de Venn:

Representado no gráfico:

- Ao conjunto A dá-se o nome de domínio, ou conjunto partida, representado pela letra D.


Logo, D(f) = A.
- Ao conjunto B dá-se o nome de contradomínio, ou conjunto chegada, representado pelas letras CD
ou somente C. Logo, CD(f) = B ou C(f) = B.
- A cada elemento y de B que está associado a um x de A, denominamos imagem de x. Logo, y = f(x).
(Lê-se: y é igual a f de x).
- Ao conjunto dos elementos y de B, que são imagens dos elementos x de A, dá-se o nome de conjunto
imagem ou apenas imagem, representado por Im ou Im(f). Têm:-se que Im ⊂ B.

A notação para representar função é dada por:

Exemplo
Dado A = {-2, -1, 0, 1, 2} vamos determinar o conjunto imagem da função f:A→ R, definida por f(x) =
x+3.
Vamos pegar cada elemento do conjunto A, aplicarmos a lei de associação e acharmos a imagem
deste conjunto.
F(-2) = -2 + 3 = 1
F(-1) = -1 + 3 = 2
F(0) = 0 + 3 = 3
F(1) = 1 + 3 = 4
F(2) = 2 + 3 = 5

Domínio de uma Função Real de Variável Real


Para definirmos uma função precisamos conhecer dois conjuntos (não vazios) A e B e a lei que associa
cada elemento x de A um único elemento y de B. Para nosso caso vamos considerar A e B sendo
subconjuntos de R e diremos que f é uma função real de variável real.

329
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O conjunto A, domínio da função f, será formado por todos os elementos do conjunto real de x, para
os quais as operações indicadas na lei de associação sejam possíveis em R.

Exemplos
1) y = x2 + 3x
Vamos substituir x por qualquer número real e obtermos para y um valor real. Logo D(f) = R.
1
2) 𝑦 = 𝑥
Neste caso como o nosso denominador não pode ser igual a zero, temos que D(f) = R*
𝒙
3) 𝒇(𝒙) = 𝒙−𝟐

Como sabemos que o denominador tem que ser diferente de zero, logo x – 2 ≠ 0  x ≠ 2.
D(f) = R – {2} ou D(f) = {x ϵ R| x ≠ 2}

Questão

01. Dado o conjunto A= {0, 1, 2, 3, 4}, e seja a função f: A→ R, da função f(x) = 2x + 3. O conjunto
imagem desta função será?
(A) Im = {3, 5, 7, 9, 11}
(B) Im = {0, 1, 2, 3, 4}
(C) Im = {0, 5, 7, 9, 11}
(D) Im = {5, 7, 9,11}
(E) Im = {3, 4, 5, 6, 7}

Comentário

01. Resposta: A
Basta substituirmos o x da função f(x) = 2x + 3 pelos elementos de A.
Então:
f(0) = 2.0 + 3 = 0 + 3 = 3
f(1) = 2.1 + 3 = 2 + 3 = 5
f(2) = 2.2 + 3 = 4 + 3 = 7
f(3) = 2.3 + 3 = 6 + 3 = 9
f(4) = 2.4 + 3 = 8 + 3 = 11
Assim Im = {3, 5, 7, 9, 11}

FUNÇÃO DO 1º GRAU OU FUNÇÃO AFIM OU POLINOMIAL DO 1º GRAU

Função do 1º grau ou função afim ou polinomial do 1º grau recebe ou é conhecida por um desses
nomes, sendo por definição24: Toda função f: R → R, definida por:

Com a ϵ R* e b ϵ R.

O domínio e o contradomínio é o conjunto dos números reais (R) e o conjunto imagem coincide com o
contradomínio, Im = R.
Quando b = 0, chamamos de função linear.

Gráfico de uma Função

Dada a função y = 2x + 3 (a = 2 > 0). Vamos montar o gráfico dessa função.

24
BIANCHINI, Edwaldo; PACCOLA, Herval – Matemática Volume 1 – Editora Moderna
FACCHINI, Walter – Matemática Volume Único – 1ª Edição - Editora Saraiva:1996

330
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Para montarmos o gráfico vamos atribuir valores a x para acharmos y.

x y (x,y)
0 y = 2 .0 + 3 = 3 (0,3)
-2 y = 2 . (-2) + 3 = - 4 + 3 = -1 (-2,-1)
-1 y = 2 .(-1) + 3 = -2 + 3 = 1 (-1,1)

Construção do gráfico no plano cartesiano:

Observe que a reta de uma função afim é


sempre uma reta.
E como a > 0 ela é função crescente, que
veremos mais à frente

Vejamos outro exemplo: f(x) = –x + 1. Montando o gráfico temos:

Observe que a < 0, logo é uma função decrescente

Tipos de Função

Função constante: é toda função definida f: R → R, para cada elemento de x, temos a mesma
imagem, ou seja, o mesmo f(x) = y. Podemos dizer que y = f(x) = k.

Observe os gráficos abaixo da função constante

A representação gráfica de uma função do constante, é uma reta paralela ao eixo das abscissas ou
sobre o eixo (igual ao eixo das abscissas).

Função Identidade
Se a = 1 e b = 0, então y = x. Quando temos este caso chamamos a função de identidade, notamos
que os valores de x e y são iguais, quando a reta corta os quadrantes ímpares e y = - x, quando corta
os quadrantes pares.
A reta que representa a função identidade é denominada de bissetriz dos quadrantes ímpares:

331
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
E no caso abaixo a reta é a bissetriz dos quadrantes pares.

Função Injetora
Quando para n elementos distintos do domínio apresentam imagens também distintas no
contradomínio.

Reconhecemos, graficamente, uma função injetora quando, uma reta horizontal, qualquer que seja
interceptar o gráfico da função, uma única vez.

Se traçarmos retas horizontais, paralelas ao


eixo x, notaremos que o mesmo cortará a reta
formada pela função em um único ponto (o que
representa uma imagem distinta), logo
concluímos que se trata de uma função injetora.

Função Sobrejetora
Quando todos os elementos do contradomínio forem imagens de pelo menos um elemento do domínio.

332
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Reconhecemos, graficamente, uma função sobrejetora quando, qualquer que seja a reta horizontal
que interceptar o eixo no contradomínio, interceptar, também, pelo menos uma vez o gráfico da função.

Observe que todos os elementos do


contradomínio tem um correspondente em x.
Logo é sobrejetora.
Im(f) = B

Observe que nem todos os elementos do


contradomínio tem um correspondente em x.
Logo não é sobrejetora.
Im(f) ≠ B

Função Bijetora
uma função é dita bijetora quando é injetora e sobrejetora ao mesmo tempo.

Exemplo:
A função f : [1; 3] → [3; 5], definida por f(x) = x + 2, é uma função bijetora.

Função Ímpar e Função Par


Dizemos que uma função é par quando para todo elemento x pertencente ao domínio temos 𝑓(𝑥) =
𝑓(−𝑥), ∀ 𝑥 ∈ 𝐷(𝑓). Ou seja os valores simétricos devem possuir a mesma imagem. Par melhor
compreensão observe o diagrama abaixo:

A função é dita ímpar quando para todo elemento x pertencente ao domínio, temos f(-x) = -f(x) ∀ x є
D(f). Ou seja os elementos simétricos do domínio terão imagens simétricas. Observe o diagrama abaixo:

333
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Função crescente e decrescente
A função pode ser classificada de acordo com o valor do coeficiente a (coeficiente angular da reta),
se a > 0, a função é crescente, caso a < 0, a função é decrescente. A função é caracterizada por uma
reta.

Observe que medida que os valores de x


aumentam, os valores de y ou f(x) também
aumentam.

Observe que medida que os valores de x


aumentam, os valores de y ou f(x) diminuem.

Através do gráfico da função notamos que:


- Para função é crescente o ângulo formado entre a reta da função e o eixo x (horizontal) é agudo
(< 90º) e
- Para função decrescente o ângulo formado é obtuso (> 90º).

Zero ou Raiz da Função


Chama-se zero ou raiz da função y = ax + b, o valor de x que anula a função, isto é, o valor de x para
que y ou f(x) seja igual à zero.

Para achar o zero da função y = ax + b, basta igualarmos y ou f(x) a valor de zero, então assim teremos
uma equação do 1º grau, ax + b = 0.

Exemplo:
Determinar o zero da função:
f(x) = x + 3
Igualamos f(x) = 0 → 0 = x + 3 → x = -3

Graficamente temos:

334
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
No plano cartesiano, o zero da função é representado pela abscissa do ponto onde a reta corta o eixo
x.
Observe que a reta f(x) = x+3 intercepta o eixo x no ponto (-3,0), ou seja, no ponto de abscissa -3,
que é o zero da função. Observamos que como a > 0, temos que a função é crescente.
Partindo equação ax + b = 0 podemos também escrever de forma simplificada uma outra maneira de
acharmos a raiz da função utilizando apenas os valores de a e b.

−𝒃
𝒂𝒙 + 𝒃 = 𝟎 → 𝒂𝒙 = −𝒃 → 𝒙 =
𝒂
Podemos expressar a fórmula acima graficamente:

Estudo do sinal da Função


Estudar o sinal da função y = ax + b é determinar os valores reais de x para que:
- A função se anule (y = 0);
- A função seja positiva (y > 0);
- A função seja negativa (y < 0).

Vejamos abaixo o estudo do sinal:

335
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Exemplo:
Estudar o sinal da função y = 2x – 4 (a = 2 > 0).
1) Qual o valor de x que anula a função?
y=0
2x – 4 = 0
2x = 4
x=4
2
x=2
A função se anula para x = 2.

2) Quais valores de x tornam positiva a função?


y>0
2x – 4 > 0
2x > 4
x>4
2
x>2
A função é positiva para todo x real maior que 2.

3) Quais valores de x tornam negativa a função?


y<0
2x – 4 < 0
2x < 4
x<4
2
x<2
A função é negativa para todo x real menor que 2.

Podemos também estudar o sinal da função por meio de seu gráfico:

- Para x = 2 temos y = 0;
- Para x > 2 temos y > 0;
- Para x < 2 temos y < 0.

Questões

01. (MPE/SP - Geógrafo - VUNESP) O gráfico apresenta informações do lucro, em reais, sobre a
venda de uma quantidade, em centenas, de um produto em um hipermercado.

336
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Sabendo-se que é constante a razão entre a variação do lucro e a variação da quantidade vendida e
que se pretende ter um lucro total não menor que R$ 90.500,00 em 10 dias de venda desse produto,
então a média diária de unidades que deverão ser vendidas, nesse período, deverá ser, no mínimo, de:
(A) 8 900.
(B) 8 950.
(C) 9 000.
(D) 9 050.
(E) 9 150.

02. (Pref. Jundiaí/SP - Eletricista - MAKIYAMA) Em determinado estacionamento cobra-se R$ 3,00


por hora que o veículo permanece estacionado. Além disso, uma taxa fixa de R$ 2,50 é somada à tarifa
final. Seja t o número de horas que um veículo permanece estacionado e T a tarifa final, assinale a seguir
a equação que descreve, em reais, o valor de T:
(A) T = 3t
(B) T = 3t + 2,50
(C) T = 3t + 2.50t
(D) T = 3t + 7,50
(E) T = 7,50t + 3

03. (PM/SP - Sargento CFS - CETRO) Dada a função f(x) = −4x +15 , sabendo que f(x) = 35, então
(A) x = 5.
(B) x = 6.
(C) x = -6.
(D) x = -5.

04. (BNDES - Técnico Administrativo - CESGRANRIO) O gráfico abaixo apresenta o consumo médio
de oxigênio, em função do tempo, de um atleta de 70 kg ao praticar natação.

Considere que o consumo médio de oxigênio seja diretamente proporcional à massa do atleta.
Qual será, em litros, o consumo médio de oxigênio de um atleta de 80 kg, durante 10 minutos de prática
de natação?
(A) 50,0
(B) 52,5
(C) 55,0
(D) 57,5
(E) 60,0

05. (PETROBRAS - Técnico Ambiental Júnior - CESGRANRIO)

de domínio real, então, m − p é igual a


(A) 3
(B) 4
(C) 5
(D) 64
(E) 7

337
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
06. (CBTU/RJ - Assistente Operacional - CONSULPLAN) A função inversa de uma função f(x) do 1º
grau passa pelos pontos (2, 5) e (3, 0). A raiz de f(x) é
(A) 2.
(B) 9.
(C) 12.
(D) 15.

07. (BRDE/RS - Técnico Administrativo) Numa firma, o custo para produzir x unidades de um produto
𝑥 2
é C(x) = 2 + 10000, e o faturamento obtido com a comercialização dessas x unidades é f(x) = 3 𝑥. Para
que a firma não tenha prejuízo, o faturamento mínimo com a comercialização do produto deverá ser de:
(A) R$ 20.000,00
(B) R$ 33.000,00
(C) R$ 35.000,00
(D) R$ 38.000,00
(E) R$ 40.000,00

08. (CBTU/RJ - Assistente Operacional - CONSULPLAN) Qual dos pares de pontos a seguir
pertencem a uma função do 1º grau decrescente?
(A) Q(3, 3) e R(5, 5).
(B) N(0, –2) e P(2, 0).
(C) S(–1, 1) e T(1, –1).
(D) L(–2, –3) e M(2, 3).

09. (CBTU/RJ - Assistente Operacional - CONSULPLAN) A reta que representa a função f(x) = ax +
b intercepta o eixo y no ponto (0, 4) e passa pelo ponto (–1, 3). A raiz dessa função é
(A) –4.
(B) –2.
(C) 1.
(D) 2.

10. (Corpo de Bombeiros Militar/MT - Oficial Bombeiro Militar - UNEMAT) O planeta Terra já foi
um planeta incandescente segundo estudos e está se resfriando com o passar dos anos, mas seu núcleo
ainda está incandescente.
Em certa região da terra onde se encontra uma mina de carvão mineral, foi constatado que, a cada 80
metros da superfície, a temperatura no interior da Terra aumenta 2 graus Celsius.
Se a temperatura ambiente na região da mina é de 23° Celsius, qual a temperatura no interior da mina
num ponto a 1200 metros da superfície?
(A) 15º C
(B) 38º C
(C) 53º C
(D) 30º C
(E) 61º C

Comentários

01. Resposta: E
Pelo enunciado temos que, a razão constante entre variação de lucro (ΔL) e variação de quantidade
(ΔQ) vendida:
∆𝐿 7000 − (−1000) 8000
𝑅= →𝑅= →𝑅= → 𝑅 = 100
∆𝑄 80 − 0 80

Como se pretende ter um lucro maior ou igual a R$ 90.500,00, logo o lucro final tem que ser pelo
menos 90.500,00
Então fazendo a variação do lucro para este valor temos:
ΔL = 90500 – (-1000) = 90500 + 1000 = 91500
Como é constante a razão entre a variação de lucro (ΔL) e variação de quantidade (ΔQ) vendida,
vamos usar o valor encontrado para acharmos a quantidade de peças que precisam ser produzidas:

338
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
∆𝐿 91500 91500
𝑅= → 100 = → 100∆𝑄 = 91500 → ∆𝑄 = → ∆𝑄 = 915
∆𝑄 ∆𝑄 100

Como são em 10 dias, termos 915 x 10 = 9150 peças que deverão ser vendidas, em 10 dias, para que
se obtenha como lucro pelo menos um lucro total não menor que R$ 90.500,00

02. Resposta: B
Equacionando as informações temos: 3 deve ser multiplicado por t, pois depende da quantidade de
tempo, e acrescentado 2,50 fixo
T = 3t + 2,50

03. Resposta: D
35 = - 4x + 15 → - 4x = 20 → x = - 5

04. Resposta: E
A proporção de oxigênio/tempo:

10,5 21,0 𝑥
= =
2 4 10

4x = 210
x = 52,5 litros de oxigênio em 10 minutos para uma pessoa de 70 kg
52,5litros----70kg
x-------------80kg
x = 60 litros

05. Resposta: C
Aplicando segundo as condições mencionadas:
x=1
f(1) = 2.1 - p
f(1) = m - 1
x=6
f(6) = 6m - 1
7.6+4 42+4
𝑓(6) = 2 = 2 = 23 ; igualando as duas equações:
23 = 6m - 1
m=4
Como queremos m – p , temos:
2 - p = m - 1 ; igualando as duas novamente.
2 – p = 4 – 1 → p = - 1 → m – p = 4 - (- 1) = 5

06. Resposta: D
Primeiramente, vamos calcular os valores de a e b:
Sabendo que f(x) = y , temos que y = ax + b.
* a: basta substituir os pontos T (2, 5) e V (3, 0) na equação. Assim:
( T ) 5 = a.2 + b , ou seja, 2.a + b = 5 ( I )
( V ) 0 = a.3 + b , ou seja, 3.a + b = 0 , que fica b = – 3.a ( II )
Substituindo a equação ( II ) na equação ( I ), temos:
2.a + (– 3.a) = 5 → 2.a – 3.a = 5 → – a = 5 . (– 1) → a = – 5
Para calcular o valor de b, vamos substituir os valores de um dos pontos e o valor de a na equação.
Vamos pegar o ponto V (3, 0) para facilitar os cálculos:
y = a.x + b
0 = – 5.3 + b
b = 15
Portanto, a função fica: y = – 5.x + 15 .
Agora, precisamos calcular a função inversa: basta trocar x por y e vice-versa. Assim:
x = – 5.y + 15
5.y = – x +15
y = – x / 5 + 15/5

339
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
y = – x / 5 + 3 (função inversa)
Por fim, a raiz é calculada fazendo y = 0. Assim:
0 = – x / 5 + 3 → x / 5 = 3 → x = 3 . 5 → x = 15

07. Resposta: E
𝑥
C(x) = 2 + 10000
2
F(x) = 3 𝑥
F(x) ≥ C(x)
2 𝑥
3
𝑥 ≥ 2 + 10000

2 𝑥 4𝑥−3𝑥 4𝑥−3𝑥 10000


3
𝑥 − 2 ≥ 10000  6
≥ 10000  6
≥ 10000 x = 1  x ≥ 60000, como ele quer o menor
6
valor.

Substituindo no faturamento as 60000 unidades temos:


2
F(x) = 3 60000 = 40.000

Portanto o resultado final é de R$ 40.000,00.

08. Resposta: C
Para pertencer a uma função polinomial do 1º grau decrescente, o primeiro ponto deve estar em uma
posição “mais alta” do que o 2º ponto.
Vamos analisar as alternativas:
( A ) os pontos Q e R estão no 1º quadrante, mas Q está em uma posição mais baixa que o ponto R,
e, assim, a função é crescente.
( B ) o ponto N está no eixo y abaixo do zero, e o ponto P está no eixo x à direita do zero, mas N está
em uma posição mais baixa que o ponto P, e, assim, a função é crescente.
( D ) o ponto L está no 3º quadrante e o ponto M está no 1º quadrante, e L está em uma posição mais
baixa do que o ponto M, sendo, assim, crescente.
( C ) o ponto S está no 2º quadrante e o ponto T está no 4º quadrante, e S está em uma posição mais
alta do que o ponto T, sendo, assim, decrescente.

09. Resposta: A
Primeiramente, vamos calcular os valores de a e b:
Sabendo que f(x) = y , temos que y = ax + b.
* a: basta substituir os pontos T (0, 4) e V (–1, 3) na equação. Assim:
( T ) 4 = a.0 + b , ou seja, b = 4
( V ) 3 = a.( – 1) + b
a=4–3=1
Portanto, a função fica: y = x + 4
Por fim, a raiz é calculada fazendo y = 0. Assim:
0 = x + 4 , ou seja, x = – 4

10. Resposta: C
Vamos utilizar a função T(h) = 23 + 2.h, onde T é a temperatura e h é a profundidade. Assim:
A temperatura aumenta: 1200 / 80 = 15 partes
Assim: 15 . 2 = 30º C
Assim: 23º C + 30º C = 53º C

FUNÇÃO DO 2º GRAU

Chama-se função do 2º grau25, função quadrática, função polinomial do 2º grau ou função trinômio do
2º grau, toda função f de R em R definida por um polinômio do 2º grau da forma:

25
BIANCHINI, Edwaldo; PACCOLA, Herval – Matemática Volume 1 – Editora Moderna
FACCHINI, Walter – Matemática Volume Único – 1ª Edição - Editora Saraiva:1996

340
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Com a, b e c reais e a ≠ 0.

Onde:
a é o coeficiente de x2;
b é o coeficiente de x;
c é o termo independente.

Exemplos
y = x2 – 5x + 6, sendo a = 1, b = – 5 e c = 6
y = x2 – 16, sendo a = 1, b = 0 e c = – 16
f(x) = x2, sendo a = 1, b = 0 e c = 0
f(x) = 3x2 + 3x, sendo a = 3 , b = 3 e c = 0

Representação Gráfica da Função


O gráfico da função é constituído de uma curva aberta chamada de parábola.
Vejamos a trajetória de um projétil lançado obliquamente em relação ao solo horizontal, ela é uma
parábola cuja concavidade está voltada para baixo.

Exemplo
Se a função f de R em R definida pela equação y = x2 + x. Atribuindo à variável x qualquer valor real,
obteremos em correspondência os valores de y, vamos construir o gráfico da função:

1) Como o valor de a > 0 a concavidade está voltada para cima;


2) -1 e 0 são as raízes de f(x);
3) c é o valor onde a curva corta o eixo y, neste caso no 0 (zero);
4) O valor do mínimo pode ser observado nas extremidades (vértice) de cada parábola: -1/2 e -1/4.

Concavidade da Parábola
No caso das funções definida por um polinômio do 2º grau, a parábola pode ter sua concavidade
voltada para cima (a > 0) ou voltada para baixo (a < 0). A concavidade é determinada pelo valor do a

341
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
(maior que zero ou menor que zero). Esta é uma característica geral para a função definida por um
polinômio do 2º grau.

Vértice da Parábola
Toda parábola tem um ponto de ordenada máxima ou ponto de ordenada mínima, a esse ponto
denominamos vértice. Dado por V (xv , yv).

Eixo de Simetria
É aquele que dado o domínio a imagem é a mesma. Isso faz com que possamos dizer que a parábola
é simétrica a reta que passa por xv, paralela ao eixo y, na qual denominamos eixo de simetria. Vamos
entender melhor o conceito analisando o exemplo: y = x2 + 2x – 3 (início do assunto).
Atribuímos valores a x, achamos valores para y. Temos que:
f (-3) = f (1) = 0
f (-2) = f (0) = -3

Conjunto Domínio e Imagem


Toda função com Domínio nos Reais (R) que possui a > 0, sua concavidade está voltada para cima, e
o seu conjunto imagem é dado por:

Logo se a < 0, a concavidade estará voltada para baixo, o seu conjunto imagem é dado por:

342
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Coordenadas do Vértice da Parábola
Como visto anteriormente a função apresenta como eixo de simetria uma reta vertical que intercepta
o gráfico num ponto chamado de vértice.
As coordenadas do vértice são dadas por:

Onde:
x1 e x2 são as raízes da função.

Valor Máximo e Valor Mínimo


- Se a > 0, o vértice é o ponto da parábola que tem ordenada mínima. Nesse caso, o vértice é chamado
ponto de mínimo e a ordenada do vértice é chamada valor mínimo da função;
- Se a < 0, o vértice é o ponto da parábola que tem ordenada máxima. Nesse caso, o vértice é ponto
de máximo e a ordenada do vértice é chamada valor máximo da função.

Exemplo
Dado a função y = x2 – 2x – 3 vamos construir a tabela e o gráfico desta função, determinando também
o valor máximo ou mínimo da mesma.

Como a = 1 > 0, então a função possui um valor mínimo como pode ser observado pelo gráfico. O
valor de mínimo ocorre para x = 1 e y = - 4. Logo o valor de mínimo é - 4 e a imagem da função é dada
por: Im = { y ϵ R | y ≥ - 4}.

343
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Raízes ou Zeros da Função
As raízes ou zeros da função quadrática f(x) = ax2 + bx + c são os valores de x reais tais que f(x) = 0,
ou seja são valores que deixam a função nula. Com isso aplicamos o método de resolução da equação
do 2º grau.
ax2 + bx + c = 0

A resolução de uma equação do 2º grau é feita com o auxílio da chamada “fórmula de Bháskara”.

b 
x , onde, = b2 – 4.a.c
2.a
As raízes (quando são reais), o vértice e a intersecção com o eixo y são fundamentais para traçarmos
um esboço do gráfico de uma função do 2º grau.

Forma fatorada das raízes: f (x) = a (x – x1) (x – x2).


Esta fórmula é muito útil quando temos as raízes e precisamos montar a sentença matemática que
expresse a função.

Estudo da Variação do Sinal da Função


Estudar o sinal de uma função quadrática é determinar os valores reais de x que tornam a função
positiva, negativa ou nula.
Abaixo podemos resumir todos os valores assumidos pela função dado a e Δ (delta).

Observe que:

Quando Δ > 0, o gráfico corta e tangencia o eixo x em dois pontos distintos, e temos duas raízes
reais distintas.
Quando Δ = 0, o gráfico corta e tangencia o eixo x em um ponto e temos duas raízes iguais.
Quando Δ < 0, o gráfico não corta e não tangencia o eixo x em nenhum ponto e não temos raízes
reais.

Exemplos
1) Considere a função quadrática representada pelo gráfico abaixo, vamos determinar a sentença
matemática que a define.

Resolução:
Como conhecemos as raízes x1 e x2 (x1= - 4 e x2 = 0), podemos utilizar a forma fatorada:
f (x) = a.[ x – (- 4)].[x – 0] ou f (x) = a(x + 4).x .
O vértice da parábola é (- 2,4), temos:
4 = a.(- 2 + 4).(- 2) → a = - 1

344
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Logo, f(x) = - 1.(x + 4).x → (- x - 4x).x → - x2 - 4x

2) Vamos determinar o valor de k para que o gráfico cartesiano de f(x) = -x2 + (k + 4). x – 5 ,passe pelo
ponto (2;3).
Resolução:
Como x = 2 e f(x) = y = 3, temos:
3 = - (2)2 + (k + 4).2 - 5 → 3 = - 4 + 2k + 8 - 5 → 2k + 8 - 9 = 3 → 2 k - 1 = 3 → 2k = 3 + 1 → 2k = 4 →
k = 2.

Questões

01. (CBM/MG – Oficial Bombeiro Militar – FUMARC) Duas cidades A e B estão separadas por uma
distância d. Considere um ciclista que parte da cidade A em direção à cidade B. A distância d, em
quilômetros, que o ciclista ainda precisa percorrer para chegar ao seu destino em função do tempo t, em
100−𝑡 2
horas, é dada pela função 𝑑(𝑡) = 𝑡+1 . Sendo assim, a velocidade média desenvolvida pelo ciclista em
todo o percurso da cidade A até a cidade B é igual a
(A) 10 Km/h
(B) 20 Km/h
(C) 90 Km/h
(D) 100 Km/h

02. (ESPCEX – Cadetes do Exército – Exército Brasileiro) Uma indústria produz mensalmente x
lotes de um produto. O valor mensal resultante da venda deste produto é V(x)=3x²-12x e o custo mensal
da produção é dado por C(x)=5x²-40x-40. Sabendo que o lucro é obtido pela diferença entre o valor
resultante das vendas e o custo da produção, então o número de lotes mensais que essa indústria deve
vender para obter lucro máximo é igual a
(A) 4 lotes.
(B) 5 lotes.
(C) 6 lotes.
(D) 7 lotes.
(E) 8 lotes.

03. (IPEM – Técnico em Metrologia e Qualidade – VUNESP) A figura ilustra um arco decorativo de
parábola AB sobre a porta da entrada de um salão:

Considere um sistema de coordenadas cartesianas com centro em O, de modo que o eixo vertical (y)
passe pelo ponto mais alto do arco (V), e o horizontal (x) passe pelos dois pontos de apoio desse arco
sobre a porta (A e B).
Sabendo-se que a função quadrática que descreve esse arco é f(x) = – x²+ c, e que V = (0; 0,81), pode-
̅̅̅̅, em metros, é igual a
se afirmar que a distância 𝐴𝐵
(A) 2,1.
(B) 1,8.
(C) 1,6.
(D) 1,9.
(E) 1,4.

04. (Polícia Militar/MG – Soldado – Polícia Militar) A interseção entre os gráficos das funções y = -
2x + 3 e y = x² + 5x – 6 se localiza:
(A) no 1º e 2º quadrantes
(B) no 1º quadrante

345
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
(C) no 1º e 3º quadrantes
(D) no 2º e 4º quadrantes

Comentários

01. Resposta: A
Vamos calcular a distância total, fazendo t = 0:
100−02
𝑑(0) = 0+1
= 100𝑘𝑚

Agora, vamos substituir na função:


100−𝑡 2
0=
𝑡+1

100 – t² = 0
– t² = – 100 . (– 1)
t² = 100
𝑡 = √100 = 10𝑘𝑚/ℎ

02. Resposta: D
L(x) = 3x² - 12x-5x² + 40x + 40
L(x) = - 2x² + 28x + 40
𝑏 28
𝑥𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜 = − 2𝑎 = − −4 = 7 𝑙𝑜𝑡𝑒𝑠

03. Resposta: B
C = 0,81, pois é exatamente a distância de V
f(x) = - x² + 0,81
0 = - x² + 0,81
x² = 0,81
x =  0,9
A distância AB é 0,9 + 0,9 = 1,8

04. Resposta: A
- 2x + 3 = x² + 5x - 6
x² + 7x - 9 = 0
 = 49 + 36 = 85
−7 ± √85
𝑥=
2
−7 + 9,21
𝑥1 = = 1,105
2
−7 − 9,21
𝑥2 = = −8,105
2
Para x=1,105
y = - 2 . 1,105 + 3 = 0,79
Para x = - 8,105
y = 19,21
Então a interseção ocorre no 1º e no 2º quadrante.

FUNÇÃO EXPONENCIAL

Definição

A função exponencial é a definida como sendo a inversa da função logarítmica natural, isto é:

Podemos concluir, que a função exponencial é definida por:

346
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Gráficos da Função Exponencial

Propriedades da Função Exponencial

Se a, x e y são números reais quaisquer e k é um número racional, então:


- ax . ay = ax + y
- ax / ay = ax - y
- (ax) y = ax.y
- (a b)x = ax bx
- (a / b)x = ax / bx
- a-x = 1 / ax

Estas relações também são válidas para exponenciais de base e (e = número de Euller = 2,718...)
- y = ex se, e somente se, x = ln(y)
- ln(ex) = x
- ex+y= ex.ey
- ex-y = ex/ey
- ex.k = (ex)k

Constante de Euler

Existe uma importantíssima constante matemática definida por


e = exp(1)
O número e é um número irracional e positivo, de acordo com a definição da função exponencial, temos
que:
ln(e) = 1
Este número é denotado por e em homenagem ao matemático suíço Leonhard Euler, um dos primeiros
a estudar as propriedades desse número.
O valor deste número expresso com 40 dígitos decimais, é:
e = 2,718281828459045235360287471352662497757
Porém ninguém é obrigado a decorar este número, sabendo com duas casas após a vírgula já é mais
que suficiente, ou seja, devemos saber que e = 2,72 aproximadamente.
Se x é um número real, a função exponencial exp(.) pode ser escrita como a potência de base e com
expoente x, isto é:
ex = exp(x)

347
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Construção do Gráfico de uma Função Exponencial
Exemplo:
Vamos construir o gráfico da função 𝑦 = 2𝑥
Vamos atribuir valores a x, para que possamos traçar os pontos no gráfico.

X Y
-3 1
8
-2 1
4
-1 1
2
0 1
1 2
2 4
3 8

Questões

01. (UFOP – Assistente em Administração – UFOP/2018) Sobre a função f(x) = (1/3)-x, assinale a
afirmativa correta.
(A)f é crescente.
(B) f não é injetora.
(C) O domínio de f é o conjunto dos números reais negativos.
(D) A imagem de f é o conjunto dos números reais.

02. (Corpo de Bombeiros Militar/MT – Oficial Bombeiro Militar – COVEST) As funções


exponenciais são muito usadas para modelar o crescimento ou o decaimento populacional de uma
determinada região em um determinado período de tempo. A função 𝑃(𝑡) = 234 . (1,023)𝑡 modela o
comportamento de uma determinada cidade quanto ao seu crescimento populacional em um determinado
período de tempo, em que P é a população em milhares de habitantes e t é o número de anos desde
1980.

Qual a taxa média de crescimento populacional anual dessa cidade?


(A) 1,023%
(B) 1,23%
(C) 2,3%
(D) 0,023%
(E) 0,23%

03. (Polícia Civil/SP – Desenhista Técnico-Pericial – VUNESP) Uma população P cresce em função
do tempo t (em anos), segundo a sentença 𝑷 = 𝟐𝟎𝟎𝟎 . 𝟓𝟎,𝟏 .𝒕. Hoje, no instante t = 0, a população é de 2
000 indivíduos. A população será de 50 000 indivíduos daqui a
(A) 20 anos.
(B) 25 anos.
(C) 50 anos.
(D) 15 anos.
(E) 10 anos.

348
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
04. (IF/BA – Pedagogo – IF/BA) Em um período longo de seca, o valor médio de água presente em
um reservatório pode ser estimado de acordo com a função: Q(t) = 4000 . 2 -0,5 . t, onde t é medido em
meses e Q(t) em metros cúbicos. Para um valor de Q(t) = 500, pode-se dizer que o valor de t é:
(A) 6 meses
(B) 8 meses
(C) 5 meses
(D) 10 meses
(E) 4 meses

05. (CBTU - Assistente Operacional - FUMARC) Uma substância se decompõe segundo a lei Q(t)
= K.2 – 0,5 t, sendo K uma constante, t é o tempo medido em minutos e Q(t) é a quantidade de
substância medida em gramas no instante t. O gráfico a seguir representa os dados desse processo
de decomposição. Baseando-se na lei e no gráfico de decomposição dessa substância,
é CORRETO afirmar que o valor da constante K e o valor de a (indicado no gráfico)
são, respectivamente, iguais a:

(A) 2048 e 4
(B) 1024 e 4
(C) 2048 e 2
(D) 1024 e 2
(E) 1024 e 8

Comentários

01. Resposta: A
Como o expoente é um número negativo (- x), basta invertemos a fração para deixa-lo positivo, ou
seja:
(1\3)-x = (3\1)x = 3x, e está função é fácil identificar que será crescente, pois se aumentarmos o valor
de x, aumentamos o valor de f(x).

02. Resposta: C
𝑃(𝑡) = 234 . (1,023)𝑡
Primeiramente, vamos calcular a população inicial, fazendo t = 0:
𝑃(0) = 234 . (1,023)0 = 234 . 1 = 234 mil
Agora, vamos calcular a população após 1 ano, fazendo t = 1:
𝑃(1) = 234 . (1,023)1 = 234 . 1,023 = 239,382
Por fim, vamos utilizar a Regra de Três Simples:
População %
234 --------------- 100
239,382 ------------ x
234.x = 239,382 . 100
x = 23938,2 / 234
x = 102,3%
102,3% = 100% (população já existente) + 2,3% (crescimento)

349
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
03. Resposta: A
50000 = 2000 . 50,1 .𝑡
50000
50,1 .𝑡 = 2000
50,1 .𝑡 = 52
Vamos simplificar as bases (5), sobrando somente os expoentes. Assim:
0,1 . t = 2
t = 2 / 0,1
t = 20 anos

04. Resposta: A
500 = 4000 * 2-0.5t
500/4000 = 2 -0.5t
simplificando,
1/8 = 2 -0.5t
deixando o expoente positivo, invertemos a base:
1/8 = 1/2 0.5t
(½)3 = (½)0,5t
0,5t = 3
t = 3/0,5 = 6.

05. Resposta: A
Calcular o valor de K, ou seja, o valor inicial
Q(t) = K . 2-0,5t. Perceba que o K ocupa a posição referente à quantidade inicial, t=0. Q(t) = 2048
Assim, temos para o ponto (0, 2048), temos tempo zero e quantidade final 2048.

Calcular o valor de a, o seja, o tempo quando a quantidade final for 512.


Quantidade final = quantidade inicial x (crescimento)período
512 = 2048 x (2)-0,5t
512 = 2048 x (2)-0,5t
512/2048 = (2)-0,5t
¼ = (2)-0,5t
(1/2)2 = (1/2)0,5t
0,5t = 2
t = 2/0,5 = 4
Assim temos 2048 e 4.

FUNÇÃO LOGARÍTMICA

Toda equação que contém a incógnita na base ou no logaritmando de um logaritmo é denominada


equação logarítmica. Abaixo temos alguns exemplos de equações logarítmicas:
log 2 𝑥 = 3
log 𝑥 100 = 2
7log 5 625𝑥 = 42
3log 2𝑥 64 = 9
log −6−𝑥 2𝑥 = 1

Perceba que nestas equações a incógnita encontra-se ou no logaritmando, ou na base de um


logaritmo. Para solucionarmos equações logarítmicas recorremos a muitas das propriedades dos
logaritmos.

Função Logarítmica

O estudo dos gráficos das funções envolvidas auxilia na resolução de equações ou inequações, pois
as operações algébricas a serem realizadas adquirem um significado que é visível nos gráficos das
funções esboçados no mesmo referencial cartesiano.

Função logarítmica de base a, é toda função f : R*+ → R, definida por 𝑓(𝑥) = log 𝑎 𝑥 com:
a ϵ R*+ e a ≠ 1.

350
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Podemos observar neste tipo de função que a variável independente x é um logaritmando, por isto a
denominamos função logarítmica. Observe que a base a é um valor real constante, não é uma variável,
mas sim um número real.
A função logarítmica de R*+ → R é inversa da função exponencial de R*+ → R e vice-versa, pois:
log 𝑏 𝑎 = 𝑥 ⟺ 𝑏 𝑥 = 𝑎

Representação da Função Logarítmica no Plano Cartesiano

Podemos representar graficamente uma função logarítmica da mesma forma que fizemos com a
função exponencial, ou seja, escolhendo alguns valores para x e montando uma tabela com os
respectivos valores de f(x). Depois localizamos os pontos no plano cartesiano e traçamos a curva do
gráfico. Vamos representar graficamente a função 𝑓(𝑥) = log 𝑥 e como estamos trabalhando com um
logaritmo de base 10, para simplificar os cálculos vamos escolher para x alguns valores que são potências
de 10:
0,001, 0,01, 0,1, 1 e 10.

Temos então seguinte a tabela:

x y = log x
0,001 y = log 0,001 = -3
0,01 y = log 0,01 = -2
0,1 y = log 0,1 = -1
1 y = log 1 = 0
10 y = log 10 = 1

Acima temos o gráfico desta função logarítmica, no qual localizamos cada um dos pontos obtidos da
tabela e os interligamos através da curva da função: Veja que para valores de y < 0,01 os pontos estão
quase sobre o eixo das ordenadas, mas de fato nunca chegam a estar. Note também que neste tipo de
função uma grande variação no valor de x implica numa variação bem inferior no valor de y. Por exemplo,
se passarmos de x = 100 para x = 1 000 000, a variação de y será apenas de 2 para 6. Isto porque:

𝑓(100) = log 100 = 2


{
𝑓(1000000) = log 1000000 = 6

Função Crescente e Decrescente

Assim como no caso das funções exponenciais, as funções logarítmicas também podem ser
classificadas como função crescente ou função decrescente. Isto se dará em função da base a ser maior
ou menor que 1. Lembre-se que segundo a definição da função logarítmica f:R*+ → R, definida por 𝑓(𝑥) =
log 𝑎 𝑥 , temos que a > 0 e a ≠ 1.

351
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Função Logarítmica Crescente

Se a > 1 temos uma função logarítmica crescente, qualquer que seja o valor real positivo de x. No
gráfico da função ao lado podemos observar que à medida que x aumenta, também aumenta f(x) ou y.
Graficamente vemos que a curva da função é crescente. Também podemos observar através do gráfico,
que para dois valores de x (x1 e x2), que log 𝑎 𝑥2 > log 𝑎 𝑥1 ⟺ 𝑥2 > 𝑥1 , isto para x1, x2 e a números reais
positivos, com a > 1.

Função Logarítmica Decrescente

Se 0 < a < 1 temos uma função logarítmica decrescente em todo o domínio da função. Neste outro
gráfico podemos observar que à medida que x aumenta, y diminui. Graficamente observamos que a curva
da função é decrescente. No gráfico também observamos que para dois valores de x (x1 e x2), que
log 𝑎 𝑥2 < log 𝑎 𝑥1 ⟺ 𝑥2 > 𝑥1 , isto para x1, x2 e a números reais positivos, com 0 < a < 1. É importante
frisar que independentemente de a função ser crescente ou decrescente, o gráfico da função sempre
cruza o eixo das abscissas no ponto (1, 0), além de nunca cruzar o eixo das ordenadas e que o log 𝑎 𝑥2 =
log 𝑎 𝑥1 ⟺ 𝑥2 = 𝑥1 , isto para x1, x2 e a números reais positivos, com a ≠ 1.

A função logaritmo natural mais simples é a função y = f0(x) = lnx. Cada ponto do gráfico é da forma
(x, lnx) pois a ordenada é sempre igual ao logaritmo natural da abscissa.

O domínio da função ln é R*+=]0,∞[ e a imagem é o conjunto R=]-∞,+∞[.


O eixo vertical é uma assíntota ao gráfico da função. De fato, o gráfico se aproxima cada vez mais da
reta x = 0.
O que queremos será descobrir como é o gráfico de uma função logarítmica natural geral, quando
comparado ao gráfico de y = ln x, a partir das transformações sofridas por esta função.

352
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Consideremos uma função logarítmica cuja expressão é dada por y = f1(x) = ln x + k, onde k é uma
constante real. A pergunta natural a ser feita é, qual a ação da constante k no gráfico dessa nova função
quando comparado ao gráfico da função inicial y = f0(x) = ln x?
Ainda podemos pensar numa função logarítmica que seja dada pela expressão y = f2(x) = a.ln x onde
a é uma constante real, a 0.
Observe que se a = 0, a função obtida não será logarítmica, pois será a constante real nula. Uma
questão que ainda se coloca é a consideração de funções logarítmicas do tipo y = f3(x) = ln(x + m), onde
m é um número real não nulo. Se g(x) = 3.ln(x - 2) + 2/3, desenhe seu gráfico, fazendo os gráficos
intermediários, todos num mesmo par de eixos.
y = a.ln(x + m) + k

Conclusão: Podemos, portanto, considerar funções logarítmicas do tipo y = f 4(x) = a In (x + m) + k,


onde o coeficiente a não é zero, examinando as transformações do gráfico da função mais simples y = f0
(x) = In x, quando fazemos, em primeiro lugar, y = ln(x + m); em seguida, y = a.ln(x + m) e, finalmente, y
= a.ln(x + m) + k.

Analisemos o que aconteceu:


- Em primeiro lugar, y = ln(x + m) sofreu uma translação horizontal de -m unidades, pois x = - m exerce
o papel que x = 0 exercia em y = ln x;
- A seguir, no gráfico de y = a.ln(x + m) ocorreu mudança de inclinação pois, em cada ponto, a ordenada
é igual àquela do ponto de mesma abscissa em y = ln(x + m) multiplicada pelo coeficiente a;
- Por fim, o gráfico de y = a.ln(x + m) + k sofreu uma translação vertical de k unidades, pois, para cada
abscissa, as ordenadas dos pontos do gráfico de y = a.ln(x + m) + k ficaram acrescidas de k, quando
comparadas às ordenadas dos pontos do gráfico de y = a.ln(x + m).

Questões

01. (PETROBRAS - Geofísico Junior - CESGRANRIO) Se log x representa o logaritmo na base 10


de x, então o valor de n tal que log n = 3 - log 2 é:
(A) 2000
(B) 1000
(C) 500
(D) 100
(E) 10

02. (MF – Assistente Técnico Administrativo – ESAF) Sabendo-se que log x representa o logaritmo
de x na base 10, calcule o valor da expressão log 20 + log 5.
(A) 5
(B) 4
(C) 1
(D) 2
(E) 3

03. (SEE/AC – Professor – FUNCAB) Assinale a alternativa correta, considerando a função a seguir.

(A) O domínio da função é o conjunto dos números reais.


(B) O gráfico da função passa pelo ponto (0, 0).
(C) O gráfico da função tem como assíntota vertical a reta x = 2.
(D) Seu gráfico toca o eixo Y.
(E) Seu gráfico toca o eixo X em dois pontos distintos.

04. (PETROBRAS - Analista de Comercialização e Logística Júnior - CESGRANRIO) Ao resolver


um exercício, um aluno encontrou as expressões 8p = 3 e 3q = 5. Quando perguntou ao professor se suas
expressões estavam certas, o professor respondeu que sim e disse ainda que a resposta à pergunta era
dada por

353
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Se log x representa o logaritmo na base 10 de x, qual é a resposta correta, segundo o professor?
(A)log 8
(B)log 5
(C)log 3
(D)log 2
(E)log 0,125

05. (TRT 13ª Região - Analista Judiciário - FCC) Com base em um levantamento histórico e utilizando

o método dos mínimos quadrados, uma empresa obteve a equação para estimar a
probabilidade (p) de ser realizada a venda de determinado equipamento em função do tempo (t), em
minutos, em que as propriedades do equipamento são divulgadas na mídia. Considerando que ln (0,60)
= - 0,51, tem-se que se as propriedades do equipamento forem divulgadas por um tempo de 15 minutos
na mídia, então a probabilidade do equipamento ser vendido é, em %, de
Observação: ln é o logaritmo neperiano tal que ln(e) = 1.
(A)62,50
(B)80,25.
(C) 72,00.
(D)75,00.
(E)64,25.

06. (PETROBRAS - Conhecimentos Básicos - CESGRANRIO) Quanto maior for a profundidade de


um lago, menor será a luminosidade em seu fundo, pois a luz que incide em sua superfície vai perdendo
a intensidade em função da profundidade do mesmo. Considere que, em determinado lago, a intensidade
y da luz a x cm de profundidade seja dada pela função y = i0 . ( 0,6 )x/88, onde i0 representa a intensidade
da luz na sua superfície. No ponto mais profundo desse lago, a intensidade da luz corresponde a i0/3
A profundidade desse lago, em cm, está entre.
Dados
log 2 = 0,30
log 3 = 0,48

(A)150 e 160
(B)160 e 170
(C)170 e 180
(D)180 e 190
(E)190 e 200

07. (DNIT - Analista em Infraestrutura de Transportes - ESAF) Suponha que um técnico efetuou
seis medições de uma variável V1, cujos dados são mostrados na tabela abaixo. Ao perceber que os
valores cresciam de forma exponencial, o técnico aplicou uma transformação matemática (logaritmo na
base 10) para ajustar os valores originais em um intervalo de valores menor. A referida transformação
logarítmica vai gerar novos valores cujo intervalo varia de:

(A) 0 a 1.
(B)0 a 5.
(C)0 a 10.
(D)0 a 100.
(E)1 a 6.

354
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
08. (PETROBRAS - Técnico de Exploração de Petróleo Júnior - CESGRANRIO) Se y = log81 (1⁄27)
e x ∈ IR+ são tais que xy = 8 , então x é igual a
(A)1⁄16
(B)1⁄2
(C)log38
(D) 2
(E)16

09. (PETROBRAS - Geofísico Junior - CESGRANRIO) Se log x representa o logaritmo na base 10


de x, então o valor de n tal que log n = 3 - log 2 é
(A)2000
(B)1000
(C)500
(D)100
(E)10

10. (PETROBRAS - Todos os Cargos - CESGRANRIO) Em calculadoras científicas, a tecla log serve
para calcular logaritmos de base 10. Por exemplo, se digitamos 100 e, em seguida, apertamos a tecla log,
o resultado obtido é 2. A tabela a seguir apresenta alguns resultados, com aproximação de três casas
decimais, obtidos por Pedro ao utilizar a tecla log de sua calculadora científica.

Utilizando-se os valores anotados por Pedro na tabela acima, a solução da equação log6+x=log28 é
(A)0,563
(B)0,669
(C)0,966
(D)1,623
(E)2,402

Comentários

01. Resposta: C
log n = 3 - log 2
log n + log 2 = 3 . 1
onde 1 = log 10 então:
log (n . 2) = 3 . log 10
log(n . 2) = log 103
2n = 103
2n = 1000
n = 1000 / 2
n = 500

02. Resposta: D
E = log20 + log5
E = log(2 x 10) + log5
E = log2 + log10 + log5
E = log10 + log (2 x 5)
E = log10 + log10
E = 2 log10
E=2

03. Resposta: C
(x) = log2(x - 2)
Verificamos a condição de existência, daí x – 2 > 0

355
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
X>2
Logo a reta x = 2 é uma assíntota vertical.

04. Resposta: B
8p = 3
23p = 3
log23p = log3
3p = (log3/log2)
p = (log3/log2).1/3
3q = 5
q.log3 = log5
q = log5/log3
3.p.q = 3. (log3/log2).1/3 . log5/log3 = log5/log2
3.p.q/(1 + 3.p.q)
log5/log2/(1 + log5/log2)
(log5/log2)/( log2/log2 + log5/log2)
(log5/log2)/(log2 + log5)/log2)
(log5/log2)/( log10)/log2)
(log5/ log10)=
log5

05. Resposta: A
Como sabemos que ln (0,60) = -0,51
então ln (1 / 0,60) = 0,51
Substituindo t = 15 minutos em 0,06 + 0,03 . t, teremos 0,06 + 0,03*15 = 0,51
logo 1 / 0,60 = p / (1 - p)
1 - p = 0,60 . p
p = 0,625

06. Resposta: E
onde y = i0 . 0,6 (x/88)
então:
i0/ 3 = i0.0,6 (x/88)
(i / 3) . (1/ i) = 0,6 (x/88)
1/3 = 0,6 (x/88)
log 1/3 = log 0,6 (x/88)
log 1 - log 3 = x/88 . log 6/10
0 - 0,48 = x/88 . log 6/10
88 . (- 0,48) = x . [ log 6 - log 10 ]
6 = 3 . 2 ===> log 3 + log 2
como log10 na base 10 = 1.
- 42,24 = x . [ log 3 + log 2 - (1)]
- 42,24 = x . [ 0,48 + 0,30 - 1 ]
x = - 42,24 / - 0,22
x = (42,24 / 0,22) = 192
x = 192 cm

07. Resposta: B
A transformação logarítmica vai gerar novos valores, através dos seguintes cálculos:
medida 1 = log 1 = 0
medida 2 = log 10 = 1
medida 3 = log 100 = 2
medida 4 = log 1000 = 3
medida 5 = log 10000 = 4
medida 6 = log 100000 = 5
logo os valores (1,10,100,1000,10000,100000) transformados em logaritmos reduziu o intervalo de
valores para (0,1,2,3,4,5), ou seja, 0-5.

356
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
08. Resposta: A
y = log (81) (1/27)
y = -3log(81)(3)
y = -3. 1/4
y = -3/4
x(-3/4) = 8
Elevando os dois termos à quarta potência:
x-3 = 84
1/x3 = 84
Agora raiz cubica dos dois termos:
1/x = 8 4/3
Como 3√8=2
1/x = 24
1/x = 16
x = 1/16

09. Resposta: C
De acordo com o enunciado:
log n = 3 - log 2
log n + log 2 = 3 . 1,
onde 1 = log 10
então:
log (n . 2) = 3 . log 10
log(n . 2) = log 10 3
2n = 103
2n = 1000
n = 1000 / 2
n = 500

10. Resposta: B
Log 6 = Log (2 . 3)
De acordo com uma das propriedades:
Log (A . B) = Log A + Log B
Então, Log (2 . 3) = Log 2 + Log 3.
Fatorando o número 28 temos que
28=2x2x7
Temos que:
Log 28 = Log (2x2x7)
ou seja,
Log 28 = Log 2 + Log 2 + Log 7
Portanto:
Log 2 + Log 3 + x = Log 2 + Log 2 + Log 7
Cortando o Log 2 dos dois lados temos:
Log 3 + x = Log 2 + Log 7
Dados os valores da tabela, e substituindo-os, temos que:
0,477 + x = 0,301 + 0,845
x = 0,669

FUNÇÃO MODULAR

Chama-se função modular a função f: R  R, definida por: f(x) = |x|.


Por definição:
𝑥, 𝑠𝑒 𝑥 ≥ 0 𝑥, 𝑠𝑒 𝑥 ≥ 0
|𝑥| = { , 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠: 𝑓(𝑥) = |𝑥| = {
−𝑥, 𝑠𝑒 𝑥 < 0 −𝑥, 𝑠𝑒 𝑥 < 0
A função modular é definida por duas sentenças: f(x) = x, se x ≥ 0 e f(x) = - x, se x < 0.

Módulo de um número
- O módulo de um número real não negativo é igual ao próprio número;
- O módulo de um número real negativo é igual ao oposto desse número;

357
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
- O módulo de um número real qualquer é sempre maior ou igual a zero: |x| ≥ 0, para todo x.

Construção do Gráfico da f(x) = |x|.

Imagem de uma Função Modular


O conjunto imagem da função Modular é R+, isto é, a função assume valores reais não negativos.

Questões

01. (Pref. de São Borja/RS – Agente Administrativo Auxiliar – MS Concursos) Observe a figura:

Este gráfico é representação de uma função:


(A) Quadrática.
(B) Exponencial.
(C) Modular.
(D) Afim.

02. (UFJF) O número de soluções negativas da equação | 5x-6 | = x² é:


(A) 0
(B) 1
(C) 2
(D) 3
(E) 4

03. (UTP) As raízes reais da equação |xl² + |x| - 6 = 0 são tais que:
(A) a soma delas é – 1.
(B) o produto delas é – 6.
(C) ambas são positivas.
(D) o produto delas é – 4.
(E) n.d.a.

358
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
04. (UFCE) Sendo f(x) = |x² - 2x|, o gráfico que melhor representa f é:

(A)

(B)

(C)

(D)

359
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
05. (Pref. de Osasco – Atendente – FGV) Assinale a única função, dentre as opções seguintes, que
pode estar representada no gráfico a seguir:

(A) y = 1 - |x-1|;
(B) y = 1 - |x + 1|;
(C) y = 1 + |x + 1|;
(D) y = 1 + |x + 1|;
(E) y = |x-1| + |x+1|.

Comentários

01. Resposta: C
O gráfico é simétrico o caracteriza a uma função modular.

02. Resposta: B
Temos então que 5x-6 = x² ou 5x-6 = -x². Assim, temos que resolver cada uma dessas equações:
5x – 6 = x²
x² - 5x + 6 = 0
S = -5 , P = 6
(x - 2)(x - 3) = 0
x = 2 ou x = 3
5x – 6 = -x²
x² + 5x – 6 = 0
S = 5, P = -6
(x + 6)(x - 1) = 0
x = -6 ou x = 1
Assim, teremos uma solução negativa: -6.

03. Resposta: D
Aqui, usamos um recurso muito comum na Matemática, chame |x| de y. Então a equação ficará y² +
y – 6 = 0. Resolvendo-a:
y² + y – 6 = 0
S = 1, P = -6
(y + 3)(y - 2) = 0
y = - 3 ou y = 2
Assim, |x| = - 3 ou |x| = 2. Como não existe módulo negativo, |x| = 2. Então, x = - 2 ou x = 2. Portanto,
seu produto (2 multiplicado por -2) é igual a 4.

04. Resposta: A
Repare que a função, sem o módulo, é do segundo grau. Portanto, as letras c e d não podem ser. A
diferença entre as alternativas a e b são as raízes, com isso, basta calcularmos:
|x² - 2x| = 0
x² - 2x = 0
x (x - 2) = 0
x = 0 ou x = 2

05. Resposta: A
Observando o gráfico temos:
Quando x = 1, temos que y = 1;
Quando x = 2, temos que y = 0;
Quando x = 0, temos que y = 0,
Logo, a única alternativa que satisfaz estas condições é a "A".

360
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FUNÇÃO RACIONAL

Uma função racional26, y = f(x), é uma função que pode ser expressa como uma razão (quociente)
de dois polinômios P(x) e Q(x).

Considerações

- O domínio de uma função racional consiste de todos os números reais x tais que Q(x) ≠ 0.

- Ao contrário dos polinômios, cujos gráficos são curvas contínuas (sem interrupções), o gráfico de
uma função racional pode apresentar interrupções (descontinuidades) nos pontos onde o denominador é
igual a zero.

Uma função racional pode não estar definida para determinados valores de x. Próximo desses valores,
algumas funções racionais têm gráficos que se aproximam bastante de uma reta vertical (assíntota
vertical) que é representada por linhas tracejadas.

Uma exceção é o caso em que, apesar do denominador ser igual a zero para um determinado valor
de x, este pode ser cancelado no processo de fatoração e simplificação. Nesse caso, a função racional
apresenta um "furo" no ponto onde o denominador é igual a zero.

26http://www.calculo.iq.unesp.br

361
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Outra característica de algumas funções racionais, é o fato de algumas funções começar e/ou terminar
cada vez mais perto de uma reta horizontal (assíntota horizontal).

Exemplo
Determine o Domínio das funções abaixo, sendo x pertencente ao conjunto dos números reais.
2𝑥+3
(A) 𝑥−2
(B) √3𝑥 + 18
3𝑥
(C) 2𝑥−4

Resolução
01.
(A) Observe que a única restrição dar-se-á no denominador, logo x – 2 ≠0
x≠2
S = { x ϵ R/ x ≠ 2}
(B) 3x + 18 ≥ 0
3x ≥ - 18
x ≥ - 18/3
x≥-6
S = {x ϵ R/ x ≥ -6}
(C) 2x - 4 >0
2x > 4
x > 4/2
x>2
S = {x ϵ R/ x > 2}

Questão

01. O Domínio da função abaixo será?

(A) D = R
(B) D = {x ϵ R/ x = 1 ou x = 3}
(C) D = {x ϵ R/ x ≠ 1 ou x ≠ 3}
(D) D = {x ϵ R/ x ≠ - 1 ou x ≠ - 3}
(E) D = {x ϵ R/ x = - 1 ou x = - 3}

Comentário

01. Resposta: C
Para calcular o domínio dessa função basta sabermos que será os números reais menos os números
que zeram a parte de baixo da função e são eles x = 1 ou x = 3, assim o domínio será D = {x ϵ R/ x ≠ 1
ou x ≠ 3}.

362
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
FUNÇÕES COMPLEXAS

Tendo estudado o corpo dos números complexos, vamos agora iniciar o estudo das funções complexas
de uma variável complexa, isto é, das funções f : A → C, cujo domínio A está contido em C. Tais funções
constituem o principal objeto de estudo da Análise Complexa em uma variável.

Funções de uma variável complexa27


Comecemos relembrando alguns conceitos básicos sobre funções. Dados dois conjuntos A e B, uma
função f de A em B é uma regra de correspondência que associa a cada elemento a de A um elemento
f(a) de B, chamado o valor de f em a. As notações f : A → B e f : a ∈ A → f(a) ∈ B são usadas para indicar
que f é uma tal função. O conjunto A é chamado o domínio de f e o conjunto B é chamado o contradomínio
de f . Se S ⊂ A, definimos a imagem de S por f como sendo o conjunto f(S) = { f(a) : a ∈ S}. O conjunto
f(A) é chamado a imagem de f. Quando f(A) = B, dizemos que f é sobrejetiva. Se f(a1) ≠ f(a2) sempre que
a1 ≠ a2 (a1, a2 ∈ A), dizemos que f é injetiva. Finalmente, f é dita ser bijetiva quando é injetiva e sobrejetiva.
Se f : A → B e g : C → D são funções tais que f (A) ⊂ C, definimos a composta de g com f como sendo
a função g ◦ f : A → D dada por

(g ◦ f)(a) = g(f(a)) para todo a ∈ A.

Se f : A → B é bijetiva, então existe uma única função h : B → A tal que (h ◦ f)(a) = a para todo a ∈ A e
(f ◦ h)(b) = b para todo b ∈ B. Tal função h é chamada a inversa de f e é denotada por f −1 .
Uma tal função é chamada de função complexa de uma variável complexa. Assim, a menos que se
diga explicitamente o contrário, sempre que considerarmos uma função f : A → C assumiremos
implicitamente que A ⊂ C.
É comum definirmos uma função complexa de uma variável complexa simplesmente dando uma
expressão explícita dos valores da função, como, por exemplo, f(z) = (2z + 1)/(z2 + 1) e g(z) = z/ Re z.
Nesse caso, convencionamos que o domínio da função é o conjunto de todos os números complexos
para os quais a expressão dada tem sentido. Nos exemplos acima, temos que o domínio de f é C\{−i, i} e
o domínio de g é {z ∈ C : Re z ≠ 0}.
Dadas duas funções f : A → C e g : B → C e dado um número complexo c, definimos as funções
múltiplo c f , soma f + g, diferença f − g, produto f g e quociente f /g por

(c f)(z) = c f(z), (f ± g)(z) = f(z) ± g(z),


(f g)(z) = f(z)g(z) e (f /g)(z) = f(z)/g(z).

Notemos que o domínio de c f é A, os domínios de f ± g e f g são iguais a A ∩ B e o domínio de f /g é


o conjunto {z ∈ A ∩ B : g(z) ≠ 0}. Também definimos o conjugado f e o módulo | f | de f por

Por exemplo, se f : C → C é dada por f(z) = z 2 , então

para todo z = x + yi ∈ C.

Muitas vezes é conveniente expressarmos uma função f : A → C em termos de sua parte real e de sua
parte imaginária, isto é, representarmos f na forma

f = u + iv, onde u(z) = Re[ f(z)] e v(z) = Im[ f(z)] (z ∈ A).

Note que u e v são funções reais em A. Se escrevermos z = (x, y) com x, y ∈ R, podemos considerar
u e v como funções reais de duas variáveis reais:

u(z) = u(x, y) e v(z) = v(x, y).

27
http://emis.impa.br/EMIS/journals/em/docs/coloquios/SE-1.03.pdf

363
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Por exemplo, se f : C → C é dada por f(z) = z + 1, então as partes real e imaginária de f são u(z) = u(x,
y) = x + 1 e v(z) = v(x, y) = y.

Dados uma função f : A → C e um subconjunto S de A, dizemos que f é limitada em S se existe uma


constante M > 0 tal que

| f(z)| ≤ M para todo z ∈ S.

Por exemplo, a função f : C → C dada por f(z) = z2 é limitada em {z ∈ C : |z| ≤ 1}, mas não é limitada
em C.

FUNÇÃO COMPOSTA

Função composta28 pode ser entendida pela determinação de uma terceira função C, formada pela
junção das funções A e B. Matematicamente falando, temos que f: A → B e g: B → C, denomina a
formação da função composta de g com f, h: A → C. Dizemos função g composta com a função f,
representada por gof.

Exemplos
1) Dado uma função f(x) = x + 1 e g(x) = x2. Qual será o resultado final se tomarmos um x real e a ele
aplicarmos sucessivamente a lei de f e a lei de g?

O resultado final é que x é levado a (x + 1)2. Essa função h de R em R que leva x até (x + 1)2 é chamada
de função composta.

2) Dada f (x) = 2x – 3 e f (g (x)) = 6x + 11, calcular g (x).


Como f(g(x)) = 6x + 11, então 2g(x) – 3 = 6x + 11  2g(x) = 6x + 14  g(x) = 3x + 7

Na função composta você aplica as propriedades da primeira na segunda ou vice-versa, ou até


mesmo ambas juntas.

Questões

01. (Pref. Cariacica/ES – Agente Trânsito – FAFIPA) Sejam f e g funções reais, tais que
f(x)= 2x + 3
g(x)= x3

Então f(g(2)) é igual a:


(A) 8
(B) 9
(C) 7
(D) 17
(E) 19

28
IEZZI, Gelson - Matemática- Volume Único
http://www.brasilescola.com

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1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
02. (SEDUC/RJ – Professor de Matemática – CEPERJ) O gráfico da função f, uma parábola cujo
vértice é o ponto (2, 3), é mostrado a seguir:

O gráfico que representa a função g, cuja lei de formação é g(x) = 2f(x–3) – 4, é:

365
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
03. (Pref. São Paulo – Professor – FCC) Sejam as funções f: R → R, definida por f(x) = ax + b, cujo
gráfico é esboçado abaixo, e g: R → R, definida por g(x) = 3x – 2.

O valor de f (g(–2)) é
(A) –12
(B) –10
(C) –8
(D) –6
(E) –5

04. (FEI/SP) Dadas as funções reais f(x) = 2x + 3 e g(x) = ax + b, se f(g(x)) = 8x + 7, o valor de a + b


é:
(A) 13
(B) 12
(C) 15
(D) 6
(E) 5

05. (MACK/SP) As funções f(x) = 3 – 4x e g(x) = 3x + m são tais que f(g(x)) = g(f(x)), qualquer que
seja x real. O valor de m é:
(A) 9/4
(B) 5/4
(C) – 6/5
(D) 9/5
(E) – 2/3

x2 −1
06. (PUC/PR) Considere f(x) = x−2
e g(x) = x – 1. Calcule f(g(x)) para x = 4:
(A) 6
(B) 8
(C) 2
(D) 1
(E) 4

07. (Pref. Cariacica/ES – Agente Administrativo – FAFIPA) Sendo e Calcule f(x)=2x-10 e g(x)=x2-
100. Calcule x para que a igualdade (g(f(x)))=0 seja satisfeita:
(A) x=1 ou x=√10.
(B) x=0 ou x=5.
(C) x=0 ou x=10.
(D) x=1 ou x=10.
(E) x=0 ou x=√10.

08. (Acafe/SC) Dadas as funções f(x) = 2x – 6 e g(x) = ax + b, se f(g(x)) = 12x + 8, o valor de a + b é:


(A) 10
(B) 13
(C) 12
(D) 20

366
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
09. (CBTU/ METROREC – Técnico de Gestão – CONSUPLAN) Sejam f(x) e g(x) funções do 1º grau
representadas no gráfico a seguir. A raiz da função composta f(g(x)) é

(A) 3.
(B) 6.
(C) 9.
(D) 12.

10. (CBTU/RJ - Assistente Operacional - CONSULPLAN) Sejam as funções f(x) = 2x – 4 e g(x) = x


+ 5. A raiz da função composta f(g(x)) é igual a
(A) –3.
(B) –1.
(C) 2.
(D) 4.

Comentários

01. Resposta: E
G(2)=2³=8
F(8)=2.8+3=16+3=19

02. Resposta: C
Observe que a função f é quadrática, logo é da forma f(x) = ax² + bx + c
−𝑏 −Δ
E o vértice é dado por Xv = 2𝑎 e Yv = 4𝑎 , assim de acordo com o gráfico Xv = 2 e Yv = 3, logo

−𝑏 −Δ
2𝑎
=2𝑒 4𝑎
= 3;
-b = 4a
b= -4a
−Δ
4𝑎
=3
2
−(b −4𝑎𝑐)
4𝑎
=3
2
−((−4𝑎) −4𝑎𝑐)
4𝑎
= 3
2
−16𝑎 +4𝑎𝑐
4𝑎
=3
-4a + c = 3
c = 4a + 3

Então f(x) = ax² + bx + c


f(x) = ax² - 4ax + 4a +3
Se g(x) = 2f(x–3) – 4, e
f(x-3) = a.(x-3)² -4a(x-3) + 4a + 3
f(x-3) = a.(x² -6x + 9) -4a(x-3) + 4a + 3
f(x-3) = ax² -6ax + 9a -4ax +12a + 4a + 3
f(x-3) = ax² -10ax +25a + 3

367
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
g(x) = 2f(x–3) – 4
g(x) = 2(ax² -10ax +25a + 3) – 4
g(x) = 2ax² -20ax + 50a + 6 – 4
g(x) = 2ax² -20ax + 50a + 2,
encontrando o vértice dessa equação teremos:
−(−20𝑎) −((−20a)2 −4.2𝑎.(50𝑎+2)
Xv = 2.2𝑎
e Y v=
4.2𝑎
20𝑎)
Xv = 4𝑎
= 5 e

−400𝑎2 + 400𝑎 +16𝑎 16𝑎


Yv = 8𝑎
= 8𝑎 = 2
Assim o vértice da função será:
Xv =5 e Yv =2

E o gráfico que mostra esse vértice está na alternativa C.

03. Resposta: E
a=1/2
b=-1
f(x)=1/2 x-1
G(-2)=3(-2)-2=-8
F(-8)=-4-1=-5

04. Resposta: D
Temos que f(x) = 2x + 3 e f(g(x)) = 8x + 7
Para calcular f(g(x)) temos que substituir g(x) no lugar de x na função f:
2.g(x) + 3 = 8x + 7 (agora isolamos g(x))
2.g(x) = 8x + 7 – 3
2.g(x) = 8x + 4 (dividindo por 2)
g(x) = 4x + 2, onde a = 4 e b = 2
a+b=4+2=6

05. Resposta: C
Temos que substituir g(x) no lugar de x na função f e substituir f(x) no lugar de x na função g:
f(g(x)) = g(f(x))
3 – 4.g(x) = 3.f(x) + m
3 – 4.(3x + m) = 3.(3 – 4x) + m
3 – 12x – 4m = 9 – 12x + m
3 – 12x – 9 + 12x = m + 4m
- 6 = 5m
m = - 6/5

06. Resposta: B
Calcular f(g(x)) para x = 4, temos f(g(4)):
então, calculamos primeiro g(4) = 4 – 1 = 3, substituindo:
32 −1 9−1
f(3) = 3−2
= 1
=8

07. Resposta: C
G(f(x))=(2x-10)²-100=0
4x²-40x+100-100=0
4x²-40x=0
X²-10x=0
X(x-10)=0
X=0 ou x-10=0
X=10

368
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
08. Resposta: B
f(g(x)) = 12x + 8
substituindo g(x) em f:
2.g(x) – 6 = 12 + 8
2.(ax + b) – 6 = 12x + 8
2ax + 2b – 6 = 12x + 8, dois polinômios são iguais quando tem os mesmos coeficientes. Então:
2a = 12 → a = 12/2 → a = 6
2b – 6 = 8 → 2b = 8 + 6 → b = 14/2 → b = 7
a + b = 6 + 7 = 13

09. Resposta: C
O gráfico representa as funções do 1º grau. Como sabemos que a fórmula geral da função é:
f(x) = ax + b, vamos descobrir os valores de a e b para que possamos montar a sentença matemática
que expresse a função f(x)
Analisando o gráfico de f(x), temos que b = 1 (onde x = 0 e y = 1) a = -b/x → a = ¼ e b = 1, montando
temos: f(x) = 1/4x + 1
Agora vamos equacionar g(x) , b = 2 e a = -2/3 → g(x) = -2/3x + 2
Fazendo f(gx) → ¼.(-2/3x + 2) + 1 → -2/12x + 2/4 + 1 → fazendo o mmc entre 4 e 12→
−2𝑥 + 3.2 + 12.1
= −2𝑥 + 6 + 12, 𝑐𝑜𝑚𝑜 𝑞𝑢𝑒𝑟𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑎 𝑟𝑎í𝑧 𝑑𝑎 𝑓𝑢𝑛çã𝑜, 𝑖𝑔𝑢𝑎𝑙𝑎𝑚𝑜𝑠 𝑎 𝑧𝑒𝑟𝑜
12

-2x + 6 + 12 = 0 → -2x = -18 → x = 9


Logo a raiz da função composta é 9.

10. Resposta: A
f(g(x)) = f (x + 5) = 2 . (x + 5) – 4 = 2.x + 10 – 4 = 2.x + 6
Por fim, a raiz é calculada fazendo f(g(x)) = 0. Assim:
0 = 2.x + 6
2.x = – 6
x=–6/2
x=–3

6. Séries, sequências e equações diferenciais ordinárias a. Séries: numéricas, de


potências (Taylor) e de Fourier: Sequências numéricas infinitas. Séries
numéricas infinitas: definição, exemplos e convergência. Série geométrica.
Critérios de convergência. Séries alternadas: critérios de convergência,
convergência absoluta e convergência condicional. Séries de potências:
propriedades, diferenciação, integração e aplicações. Séries de Fourier:
coeficientes de Fourier, Teorema de Fourier. Aplicações de séries em cálculo e
problemas. b. Estudo das equações diferenciais ordinárias equações
diferenciais ordinárias de 1ª ordem e 1º grau. Equações diferenciais ordinárias
de 1ª ordem e grau diferente de 1 (um). Equações diferenciais ordinárias de
ordem superior à primeira. Equações lineares com coeficientes variáveis.
Sistemas de equações diferenciais. Equações de derivadas parciais. Trajetórias
ortogonais e aplicações.

Caro(a) Candidato(a), os assuntos desse tópico já foram abordadoas no decorrer da nossa apostila,
então abordaremos os outros assuntos.

369
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7. Geometria: plana, espacial e analítica a. Geometria plana: segmentos,
ângulos, triângulos, quadriláteros, polígonos. Congruência e semelhança de
triângulos. Circunferência. Perímetros e áreas de figuras planas. Aplicações.

ÂNGULOS

Ângulo: É uma região limitada por duas semirretas de mesma origem.

Elementos de um ângulo

⃗⃗⃗⃗⃗ e 𝑂𝐵
- LADOS: são as duas semirretas 𝑂𝐴 ⃗⃗⃗⃗⃗ .
-VÉRTICE: é o ponto de intersecção das duas semirretas, no exemplo o ponto O.

Ângulo Agudo: É o ângulo, cuja medida é menor do que 90º.

Ângulo Central
- Da circunferência: é o ângulo cujo vértice é o centro da circunferência;
- Do polígono: é o ângulo, cujo vértice é o centro do polígono regular e cujos lados passam por
vértices consecutivos do polígono.

Ângulo Circunscrito: É o ângulo, cujo vértice não pertence à circunferência e os lados são
tangentes a ela.

Ângulo Inscrito: É o ângulo cujo vértice pertence a uma circunferência.

370
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Ângulo Obtuso: É o ângulo cuja medida é maior do que 90º.

Ângulo Raso:
- É o ângulo cuja medida é 180º;
- É aquele, cujos lados são semirretas opostas.

Ângulo Reto:
- É o ângulo cuja medida é 90º;
- É aquele cujos lados se apoiam em retas perpendiculares.

0
Ângulos Complementares: Dois ângulos são complementares se a soma das suas medidas é 90 .

0
Ângulos Replementares: Dois ângulos são ditos replementares se a soma das suas medidas é 360 .

Ângulos Suplementares: Dois ângulos são ditos suplementares se a soma das suas medidas de dois
ângulos é 180º.

371
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Então, se x e y são dois ângulos, temos:
- se x + y = 90° → x e y são Complementares.
- se x + y = 180° → e y são Suplementares.
- se x + y = 360° → x e y são Replementares.

Ângulos Congruentes: São ângulos que possuem a mesma medida.

Ângulos Opostos pelo Vértice: Dois ângulos são opostos pelo vértice se os lados de um são as
respectivas semirretas opostas aos lados do outro.

Ângulos consecutivos: são ângulos que tem um lado em comum.

Ângulos adjacentes: são ângulos consecutivos que não tem ponto interno em comum.

- Os ângulos AÔ B e BO
̂ C, AÔ B e AO
̂ C, BO
̂ C e AO
̂ C são pares de ângulos consecutivos.
- Os ângulos AÔ B e BO
̂ C são ângulos adjacentes.
Unidades de medida de ângulos:
Grado: (gr.): dividindo a circunferência em 400 partes iguais, a cada arco unitário que corresponde a
1/400 da circunferência denominamos de grado.

Grau: (º): dividindo a circunferência em 360 partes iguais, cada arco unitário que corresponde a 1/360
da circunferência denominamos de grau.
- o grau tem dois submúltiplos: minuto e segundo. E temos que 1° = 60’ (1 grau equivale a 60 minutos)
e 1’ = 60” (1 minuto equivale a 60 segundos).

Exemplos:
01. As retas f e g são paralelas (f // g). Determine a medida do ângulo â, nos seguintes casos:

a)

372
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b)

c)

02. As retas a e b são paralelas. Quanto mede o ângulo î?

03. Obtenha as medidas dos ângulos assinalados:

a)

b)

c)

373
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
d)

Resoluções
01. Respostas:
a) 55˚
b) 74˚
c) 33˚

02. Resposta: 130.


Imagine uma linha cortando o ângulo î, formando uma linha paralela às retas "a" e "b".
Fica então decomposto nos ângulos ê e ô.

Sendo assim, ê = 80° e ô = 50°, pois o ângulo ô é igual ao complemento de 130° na reta b.
Logo, î = 80° + 50° = 130°.

03. Respostas:
a) 160° - 3x = x + 100°
160° - 100° = x + 3x
60° = 4x
x = 60°/4
x = 15°
Então 15°+100° = 115° e 160°-3*15° = 115°

b) 6x + 15° + 2x + 5º = 180°
6x + 2x = 180° -15° - 5°
8x = 160°
x = 160°/8
x = 20°
Então, 6*20°+15° = 135° e 2*20°+5° = 45°

c) Sabemos que a figura tem 90°.

Então x + (x + 10°) + (x + 20°) + (x + 20°) = 90°


4x + 50° = 90°
4x = 40°
x = 40°/4
x = 10°

374
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
d) Sabemos que os ângulos laranja + verde formam 180°, pois são exatamente a metade de um círculo.
Então, 138° + x = 180°
x = 180° - 138°
x = 42°
Logo, o ângulo x mede 42°.
Questões

01. Quantos segundos tem um ângulo que mede 6° 15’?


(A) 375’’.
(B) 22.500”.
(C) 3.615’’
(D) 2.950’’
(E) 25.000’’

02. A medida de um ângulo é igual à metade da medida do seu suplemento. Qual é a medida desse
ângulo?
(A) 60°
(B) 90°
(C) 45°
(D) 120°
(E) 135°
03. O complemento de um ângulo é igual a um quarto do seu suplemento. Qual é o complemento
desse ângulo?
(A) 60°
(B) 30°
(C) 90°
(D) 120°
(E) 150°

04. Dois ângulos que medem x e x + 20° são adjacentes e complementares. Qual a medida
desses dois ângulos?
(A) 35° e 55°
(B) 40° e 50°
(C) 20° e 70°
(D) 45° e 45°
(E) 40° e 55°

05. Na figura, o ângulo x mede a sexta parte do ângulo y, mais a metade do ângulo z. Qual é p valor
do ângulo y?

(A) 45°
(B) 90°
(C) 135°
(D) 120°
(E) 155°

375
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
06. Observe a figura abaixo e determine o valor de m e n.

(A) 11º; 159º.


(B) 12º; 158º.
(C) 10º; 160º.
(D) 15º; 155º.
(E) 16º; 150º.

07. Determine o valor de a na figura seguinte:

(A) 135°
(B) 40°
(C) 90°
(D) 100°
(E) 45°
Comentários

01. Resposta: B.
Sabemos que 1° = 60’ e 1’ = 60”, temos:
6°.60 = 360’ (multiplicamos os graus por 60 para converter em minutos).
360’ + 15’ = 375’ (somamos os minutos)
375’.60 = 22.500” (multiplicamos os minutos por 60 para converter em segundos).
Portanto 6° 15’ equivale a 22.500”.

02. Resposta: A.
- sendo x o ângulo, o seu suplemento é 180° - x, então pelo enunciado temos a seguinte equação:
180°−x
x= 2 (multiplicando em “cruz”)

2x = 180° - x
2x + x = 180°
3x = 180°
x = 180° : 3 = 60°

03. Resposta: B.
- sendo x o ângulo, o seu complemento será 90° – x e o seu suplemento é 180° – x. Então, temos:
180°−x
90° - x = 4 (o 4 passa multiplicando o primeiro membro da equação)
4.(90° - x) = 180° - x (aplicando a distributiva)
360° - 4x = 180° - x
360° - 180° = - x + 4x
180° = 3x
x = 180° : 3 = 60º
- o ângulo x mede 60º, o seu complemento é 90° - 60° = 30°

376
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
04. Resposta: A.
- do enunciado temos a seguintes figura:

Então:
x + x + 20° = 90°
2x = 90° - 20°
2x = 70°
x = 70° : 2 = 35°
- os ângulos são: 35° e 35° + 20° = 55°

05. Resposta: C.
Na figura, o ângulo x mede a sexta parte do ângulo y, mais a metade do ângulo z. Calcule y.
Então vale lembrar que:
x + y = 180 então y = 180 – x.

E também como x e z são opostos pelo vértice, x = z


E de acordo com a figura: o ângulo x mede a sexta parte do ângulo y, mais a metade do ângulo z.
Calcule y.
x=y/6+z/2
Agora vamos substituir lembrando que y = 180 - x e x = z
Então:
x = 180° - x/6 + x/2 agora resolvendo fatoração:
6x = 180°- x + 3x | 6x = 180° + 2x
6x – 2x = 180°
4x = 180°
x=180°/4
x=45º
Agora achar y, sabendo que y = 180° - x
y=180º - 45°
y=135°.

06. Resposta: A.
3m - 12º e m + 10º, são ângulos opostos pelo vértice logo são iguais.
3m - 12º = m + 10º
3m - m = 10º + 12º
2m = 22º
m = 22º/2
m = 11º
m + 10º e n são ângulos suplementares logo a soma entre eles é igual a 180º.
(m + 10º) + n = 180º
(11º + 10º) + n = 180º
21º + n = 180º
n = 180º - 21º
n = 159º

07. Resposta: E.
É um ângulo oposto pelo vértice, logo, são ângulos iguais.

TRIÂNGULOS

Triângulo é um polígono de três lados. É o polígono que possui o menor número de lados. É o único
polígono que não tem diagonais. Todo triângulo possui alguns elementos e os principais são: vértices,
lados, ângulos, alturas, medianas e bissetrizes.

377
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
1. Vértices: A, B e C.
2. Lados: ̅̅̅̅
AB,BC̅̅̅̅ e AC
̅̅̅̅.
3. Ângulos internos: a, b e c.

Altura: É um segmento de reta traçada a partir de um vértice de forma a encontrar o lado oposto ao
̅̅̅̅ é uma altura do triângulo.
vértice formando um ângulo reto. BH

̅̅̅̅ é uma mediana.


Mediana: É o segmento que une um vértice ao ponto médio do lado oposto. BM

̂ está dividido ao meio


Bissetriz: É a semirreta que divide um ângulo em duas partes iguais. O ângulo B
e neste caso Ê = Ô.

̂, B
Ângulo Interno: Todo triângulo possui três ângulos internos, na figura são A ̂ e Ĉ

Ângulo Externo: É formado por um dos lados do triângulo e pelo prolongamento do lado adjacente a
̂, E
este lado, na figura são D ̂ e F̂ (na cor em destaque).

Classificação
O triângulo pode ser classificado de duas maneiras:

1- Quanto aos lados:

̅̅̅̅) = m(BC
Triângulo Equilátero: Os três lados têm medidas iguais, m(AB ̅̅̅̅) = m(AC
̅̅̅̅) e os três ângulos
iguais.

378
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
̅̅̅̅) = m(AC
Triângulo Isósceles: Tem dois lados com medidas iguais, m(AB ̅̅̅̅) e dois ângulos iguais.

̅̅̅̅) ≠ m(AC
Triângulo Escaleno: Todos os três lados têm medidas diferentes, m(AB ̅̅̅̅) ≠ m(BC
̅̅̅̅) e os três
ângulos diferentes.

2 - Quanto aos ângulos:

Triângulo Acutângulo: Todos os ângulos internos são agudos, isto é, as medidas dos ângulos são
menores do que 90º.

Triângulo Obtusângulo: Um ângulo interno é obtuso, isto é, possui um ângulo com medida maior do
que 90º.

Triângulo Retângulo: Possui um ângulo interno reto (90° graus).

Propriedade dos ângulos

1- Ângulos Internos: a soma dos três ângulos internos de qualquer triângulo é igual a 180°.

a + b + c = 180º

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2- Ângulos Externos: Consideremos o triângulo ABC onde as letras minúsculas representam os
ângulos internos e as respectivas letras maiúsculas os ângulos externos. Temos que em todo triângulo
cada ângulo externo é igual à soma de dois ângulos internos apostos.

̂ = b̂ + ĉ; B
A ̂ = â + ĉ e Ĉ = â + b̂

Semelhança de triângulos
Dois triângulos são semelhantes se tiverem, entre si, os lados correspondentes proporcionais e os
ângulos congruentes (iguais).

Dados os triângulos acima, onde:


̅̅̅̅
AB ̅̅̅̅BC ̅̅̅̅AC
= =
̅̅̅̅ ̅
DE EF DF̅̅̅ ̅̅̅̅

̂=D
eA ̂ ̂=E
B ̂ Ĉ = F̂, então os triângulos ABC e DEF são semelhantes e escrevemos ABC~DEF.

Critérios de semelhança
1- Dois ângulos congruentes: Se dois triângulos tem, entre si, dois ângulos correspondentes
congruentes iguais, então os triângulos são semelhantes.

̂=D
Nas figuras ao lado: A ̂ e Ĉ = F̂

então: ABC ~ DEF

2- Dois lados congruentes: Se dois triângulos tem dois lados correspondentes proporcionais e os
ângulos formados por esses lados também são congruentes, então os triângulos são semelhantes.

Nas figuras ao lado:


̅̅̅̅
AB ̅̅̅̅BC 6 8
= → = =2
̅̅̅̅ ̅̅̅̅
EF FG 3 4
então: ABC ~ EFG

3- Três lados proporcionais: Se dois triângulos têm os três lados correspondentes proporcionais,
então os triângulos são semelhantes.
Nas figuras ao lado:
̅̅̅̅ 𝐴𝐵
𝐴𝐶 ̅̅̅̅ 𝐵𝐶
̅̅̅̅ 3 5 4
= = → = = =2
̅̅̅̅ 𝑅𝑆
𝑅𝑇 ̅̅̅̅ ̅𝑆𝑇
̅̅̅ 1,5 2,5 2

então: ABC ~ RST

380
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Observação: temos três critérios de semelhança, porém o mais utilizado para resolução de exercícios,
isto é, para provar que dois triângulos são semelhantes, basta provar que eles tem dois ângulos
correspondentes congruentes (iguais).

Casos de congruência

1º LAL (lado, ângulo, lado): dois lados congruentes e ângulos formados também congruentes.

2º LLL (lado, lado, lado): três lados congruentes.

3º ALA (ângulo, lado, ângulo): dois ângulos congruentes e lado entre os ângulos congruente.

4º LAA (lado, ângulo, ângulo): congruência do ângulo adjacente ao lado, e congruência do ângulo
oposto ao lado.

Questões

01. (PC/PR – Perito Criminal – IBFC/2017) Com relação à semelhança de triângulos, analise as
afirmativas a seguir:
I. Dois triângulos são semelhantes se, e se somente se, possuem os três ângulos ordenadamente
congruentes.
II. Dois triângulos são semelhantes se, e se somente se, possuem os lados homólogos proporcionais.
III. Dois triângulos são semelhantes se, e se somente se, possuem os três ângulos ordenadamente
congruentes e os lados homólogos proporcionais.
Nessas condições, está correto o que se afirma em:
(A) I e II, apenas
(B) II e III, apenas
(C) I e III, apenas

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(D) I, II e III
(E) II, apenas

02. Na figura abaixo ̅̅̅̅ ̅̅̅̅, CB


AB = AC ̅̅̅̅ = CD
̅̅̅̅, a medida do ângulo DĈB é:

(A) 34°
(B) 72°
(C) 36°
(D) 45°
(E) 30°

̂ C é reto. O valor em graus do ângulo CB


03. Na figura seguinte, o ângulo AD ̂D é igual a:

(A) 120°
(B) 110°
(C) 105°
(D) 100°
(E) 95°

04. Na figura abaixo, o triângulo ABC é retângulo em A, ADEF é um quadrado, AB = 1 e AC = 3. Quanto


mede o lado do quadrado?

(A) 0,70
(B) 0,75
(C) 0,80
(D) 0,85
(E) 0,90

05. Em uma cidade do interior, à noite, surgiu um objeto voador não identificado, em forma de disco,
que estacionou a aproximadamente 50 m do solo. Um helicóptero do Exército, situado a aproximadamente
30 m acima do objeto iluminou-o com um holofote, conforme mostra a figura seguinte. A sombra projetada
pelo disco no solo tinha em torno de 16 m de diâmetro.

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Sendo assim, pode-se concluir que a medida, em metros, do raio desse disco-voador é
aproximadamente:
(A) 3
(B) 4
(C) 5
(D) 6
(E) 7

Comentários

01. Resposta: D.
Todas as afirmações estão corretas pois em todos os casos os triângulos são semelhantes.

02. Resposta: C.
Na figura dada, temos três triângulos: ABC, ACD e BCD. Do enunciado AB = AC, o triângulo ABC tem
dois lados iguais, então ele é isósceles e tem dois ângulos iguais:
AĈB = AB̂C = x. A soma dos três ângulos é igual a 180°.
36° + x + x = 180°
2x = 180° - 36°
2x = 144
x = 144 : 2
x = 72
Logo: AĈB = AB̂C = 72°
Também temos que CB = CD, o triângulo BCD é isósceles:
CB̂D = CD̂ B = 72°, sendo y o ângulo DĈB, a soma é igual a 180°.
72° + 72° + y = 180°
144° + y = 180°
y = 180° - 144°
y = 36º

03. Resposta: D.
̂ C = 90° (reto).
Na figura temos três triângulos. Do enunciado o ângulo AD
̂ ̂
O ângulo BDC = 30° → ADB = 60º.

O ângulo CB̂D (x) é ângulo externo do triângulo ABD, então:


x = 60º + 40° (propriedade do ângulo externo)
x = 100°

04. Resposta: B.
Sendo x o lado do quadrado:

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Temos que provar que dois dos triângulos da figura são semelhantes.
O ângulo BA ̂ C é reto, o ângulo CF̂E é reto e o ângulo AĈB é comum aos triângulos ABC e CEF, logo
estes dois triângulos são semelhantes. As medidas de seus lados correspondentes são proporcionais:
̅̅̅̅
AB ̅̅̅̅
AC
̅̅̅̅ = ̅̅̅̅
EF CF
1 3
= (multiplicando em “cruz”)
x 3−x

3x = 1.(3 – x)
3x = 3 – x
3x + x = 3
4x = 3
x=¾
x = 0,75

05. Resposta: A.
Da figura dada, podemos observar os seguintes triângulos:

Os triângulos ABC e ADE são isósceles. A altura divide as bases em duas partes iguais. E esses dois
triângulos são semelhantes, pois os dois ângulos das bases de cada um são congruentes. Então:
̅̅̅̅
CG ̅̅̅̅
AG
̅̅̅̅
EF
= ̅̅̅̅
AF

8 80
r
= 30

8r = 8.3
r=3m
PONTOS NOTÁVEIS DO TRIÂNGULO

Em um triângulo qualquer nós temos alguns elementos chamados de cevianas. Estes elementos são:
- Altura: segmento que sai do vértice e forma um ângulo de 90° com o lado oposto a esse vértice.
- Mediana: segmento que sai do vértice e vai até o ponto médio do lado oposto a esse vértice, isto é,
divide o lado oposto em duas partes iguais.
- Bissetriz do ângulo interno: semirreta que divide o ângulo em duas partes iguais.
- Mediatriz: reta que passa pelo ponto médio do lado formando um ângulo de 90°

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E todo triângulo tem três desses elementos, isto é, o triângulo tem três alturas, três medianas, três
bissetrizes e três mediatrizes. Os pontos de intersecção desses elementos são chamados de pontos
notáveis do triângulo.

- Baricentro: é o ponto de intersecção das três medianas de um triângulo. É sempre um ponto interno.
E divide as medianas na razão de 2:1. É ponto de gravidade do triângulo.

- Incentro: é o ponto de intersecção das três bissetrizes de um triângulo. É sempre um ponto interno.
É o centro da circunferência circunscrita (está dentro do triângulo tangenciando seus três lados).

- Circuncentro: é o ponto de intersecção das três mediatrizes de um triângulo. É o centro da


circunferência circunscrita (está por fora do triângulo passando por seus três vértices). No triângulo
acutângulo o circuncentro é um ponto interno, no triângulo obtusângulo é um ponto externo e no triângulo
retângulo é o ponto médio da hipotenusa.

- Ortocentro: é o ponto de intersecção das três alturas de um triângulo. No triângulo acutângulo é um


ponto interno, no triângulo retângulo é o vértice do ângulo reto e no triângulo obtusângulo é um ponto
externo.

Um triângulo cujos vértices são os “pés” das alturas de um outro triângulo chama-se triângulo órtico do
primeiro triângulo.

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Observações:
1) Num triângulo isósceles (dois lados iguais) os quatro pontos notáveis são colineares (estão numa
alinhados).
2) Num triângulo equilátero (três lados iguais) os quatro pontos notáveis são coincidentes, isto é, um
só ponto já é o Baricentro, Incentro, Circuncentro e Ortocentro.
3) As iniciais dos quatro pontos formam a palavra BICO.

Questões

01. Assinale a afirmação falsa:


(A) Os pontos notáveis de um triângulo equilátero são coincidentes.
(B) O encentro de qualquer triângulo é sempre um ponto interno.
(C) O ortocentro de um triângulo retângulo é o vértice do ângulo reto.
(D) O circuncentro de um triângulo retângulo é o ponto médio da hipotenusa.
(E) O baricentro de qualquer triângulo é o ponto médio de cada mediana.
02. (UC-MG) Na figura, o triângulo ABC é equilátero e está circunscrito ao círculo de centro O e raio 2
̅̅̅̅ é altura do triângulo. Sendo E ponto de tangência, a medida de AE
cm. AD ̅̅̅̅, em centímetros, é:

(A) 2√3
(B) 2√5
(C) 3
(D) 5
(E) √26

03. Qual das afirmações a seguir é verdadeira?


(A) O baricentro pode ser um ponto exterior ao triângulo e isto ocorre no triângulo acutângulo.
(B) O baricentro pode ser um ponto de um dos lados do triângulo e isto ocorre no triângulo escaleno.
(C) O baricentro pode ser um ponto exterior ao triângulo e isto ocorre no triângulo retângulo.
(D) O baricentro pode ser um ponto dos vértices do triângulo e isto ocorre no triângulo retângulo.
(E) O baricentro sempre será um ponto interior ao triângulo.

04. Na figura a seguir, H é o ortocentro do triângulo ABC, AĈH = 30° e BĈH = 40°. Determine as
medidas dos ângulos de vértices A e B.
(A) A = 30° e B = 50°
(B) A = 60° e B = 50°
(C) A = 40° e B = 50°
(D) A = 30° e B = 60°
(E) A = 50° e B = 60°

05. O ponto de intersecção das três mediatrizes de um triângulo é o:


(A) Baricentro
(B) Incentro
(C) Circuncentro
(D) Ortocentro

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Comentários

01. Resposta: E.
O baricentro divide as medianas na razão de 2 para 1, logo não é ponto médio.

02. Resposta: A.
Do enunciado temos que O é o circuncentro (centro da circunferência inscrita) então O também é
baricentro (no triângulo equilátero os 4 pontos notáveis são coincidentes), logo pela propriedade do
baricentro temos que ̅̅̅̅
AO é o dobro de ̅̅̅̅
OD. Se ̅̅̅̅
OD = 2 (raio da circunferência) → ̅̅̅̅
AO = 4 cm.
O ponto E é ponto de tangência, logo o raio traçado no ponto de tangência forma ângulo reto (90°) e
̅̅̅̅ = 2 cm. Portanto o triângulo AEO é retângulo, basta aplicar o Teorema de Pitágoras e sendo AE
OE ̅̅̅̅ = x:
̅̅̅̅ 2 ̅̅̅̅ 2
(AO) = (AE) + (OE)̅̅̅̅ 2

4 2 = x 2 + 22
16 − 4 = x 2
x 2 = 12
x = √12
x = 2√3 cm

03. Resposta: E.
O baricentro é sempre interno, pois as 3 medianas de um triângulo são segmentos internos.

04. Respostas: B.
Ortocentro é ponto de intersecção das alturas de um triângulo, então se prolongarmos o segmento CH
até a base formará um ângulo de 90° (reto). Formando dois triângulos retângulos ACD e BCD, de acordo
com a figura abaixo:

A soma do ângulos internos de um triângulo é igual a 180°.


No triângulo ACD: A + 90° + 30° = 180° → A = 180° - 90° - 30° = 60°
No triângulo BCD: B + 90° + 40° = 180° → B = 180° - 90° - 40° = 50°

05. Resposta: C.

FÓRMULA DE HERON

Heron de Alexandria é o responsável por elaborar uma fórmula matemática que calcula a área de um
triângulo em função das medidas dos seus três lados. A fórmula de Heron de Alexandria é muito útil nos
casos em que não sabemos a altura do triângulo, mas temos a medida dos lados.
Em um triângulo de lados medindo a, b e c podemos calcular a sua área utilizando a fórmula de Heron:

Exemplos:
1) Calcule a área do triângulo a seguir:

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p = (9 + 7 + 14) / 2
p = 30 / 2
p = 15
A = √15(15 – 9)(15 – 7)(15 – 14)
A = √15 . 6 . 8 . 1
A = √720
A = 26,83 cm2(aproximadamente)

2) Utilizando a Fórmula de Heron, calcule a área da região com as seguintes medidas:


26cm, 26cm e 20cm
p = (26 + 26 + 20) / 2
p = 72 / 2
p = 36
A = √36(36 – 26)(36 – 26)(36 – 20)
A = √36 * 10 * 10 * 16
A = √57600
A = 240 cm2

TEOREMA DE STEWART

O Teorema de Stewart relaciona os comprimentos dos lados de um triângulo com o comprimento de


uma ceviana, sendo aplicável a uma ceviana qualquer.
Recordando, ceviana é todo seguimento de reta que tem um das extremidades num vértice de um
triângulo e a outra num ponto qualquer da reta suporte ao lado oposto ao vértice.
Teorema: Seja um triângulo ABC qualquer, cujos lados medem a, b e c. Seja d uma ceviana e D o
ponto pertencente à reta suporte. O teorema de Stewart afirma que:

Exemplo:
Sejam 3 circunferências tangentes duas a duas inscritas em uma quarta circunferências tangente às
três primeiras. Calcular o raio x, conforme mostra a figura abaixo:

Do triângulo ABC, podemos construir as seguintes relações:

Aplicamos o Teorema de Stewart:

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QUADRILÁTEROS

Quadrilátero é todo polígono com as seguintes propriedades:


- Tem 4 lados.
- Tem 2 diagonais.
- A soma dos ângulos internos Si = 360º
- A soma dos ângulos externos Se = 360º

Observação: é o único polígono em que Si = Se

No quadrilátero acima, observamos alguns elementos geométricos:


- Os vértices são os pontos: A, B, C e D.
- Os ângulos internos são A, B, C e D.
- Os lados são os segmentos: ̅̅̅̅ ̅̅̅̅, CD
AB, BC ̅̅̅̅ e AD
̅̅̅̅.

Observação: Ao unir os vértices opostos de um quadrilátero qualquer, obtemos sempre dois triângulos
e como a soma das medidas dos ângulos internos de um triângulo é 180 graus, concluímos que a soma
dos ângulos internos de um quadrilátero é igual a 360 graus.

Quadriláteros Notáveis:
Trapézio: É todo quadrilátero tem dois paralelos.

- ̅̅̅̅ ̅̅̅̅
AB é paralelo a CD

Os trapézios podem ser:


- Retângulo: dois ângulos retos.
- Isósceles: lados não paralelos congruentes (iguais).
- Escaleno: os quatro lados diferentes.

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Paralelogramo: É o quadrilátero que tem lados opostos paralelos. Num paralelogramo, os ângulos
opostos são congruentes e os lados apostos também são congruentes.

- ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ e ̅̅̅̅


AB//CD ̅̅̅̅
AD//BC
- ̅̅̅̅
AB = CD̅̅̅̅ e AD
̅̅̅̅ = BC
̅̅̅̅ (lados opostos iguais)
̂ ̂ ̂ ̂
- A = C e B = D (ângulos opostos iguais)
- ̅̅̅̅
AC ≠ ̅̅̅̅
BD (duas diagonais diferentes)

Os paralelogramos mais importantes recebem nomes especiais:

- Losango: 4 lados congruentes


- Retângulo: 4 ângulos retos (90 graus)
- Quadrado: 4 lados congruentes e 4 ângulos retos.

Observações:
- No retângulo e no quadrado as diagonais são congruentes (iguais)
- No losango e no quadrado as diagonais são perpendiculares entre si (formam ângulo de 90°) e são
bissetrizes dos ângulos internos (dividem os ângulos ao meio).

Fórmulas da área dos quadriláteros:


(B+b).h
1 - Trapézio: A = 2 , onde B é a medida da base maior, b é a medida da base menor e h é medida
da altura.
2 - Paralelogramo: A = b.h, onde b é a medida da base e h é a medida da altura.
3 - Retângulo: A = b.h
D.d
4 - Losango: A = 2 , onde D é a medida da diagonal maior e d é a medida da diagonal menor.
5 - Quadrado: A = l2, onde l é a medida do lado.

Exemplos

01. Determine a medida dos ângulos indicados:


a)

b)

390
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c)

Resolução
01. Respostas: a = 70º; b = 162º e c = 18º.
a) x + 105° + 98º + 87º = 360º
x + 290° = 360°
x = 360° - 290°
x = 70º

b) x + 80° + 82° = 180°


x + 162° = 180°
x = 180º - 162º
x = 18°
18º + 90º + y + 90º = 360°
y + 198° = 360°
y = 360º - 198°
y = 162º

c) 3a / 2 + 2a + a / 2 + a = 360º
(3a + 4a + a + 2a) / 2 = 720° /2
10a = 720º
a = 720° / 10
a = 72°
72° + b + 90° = 180°
b + 162° = 180°
b = 180° - 162°
b = 18°.

Questões

01. Com relação aos quadriláteros, assinale a alternativa incorreta:


(A) Todo quadrado é um trapézio.
(B) Todo retângulo é um paralelogramo.
(C) Todo quadrado é um losango.
(D) Todo trapézio é um paralelogramo.
(E) Todo losango é um paralelogramo.

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02. Na figura, ABCD é um trapézio isósceles, onde AD = 4, CD = 1, A = 60° e a altura vale 2√3. A área
desse trapézio é

(A) 4.
(B) (4√3)/3.
(C) 5√3.
(D) 6√3.
(E) 7.

03. A figura abaixo é um trapézio isósceles, onde a, b, c representam medidas dos ângulos internos
desse trapézio. Determine a medida de a, b, c.

(A) a = 63°, b = 117° e c = 63°


(B) a = 117°, b = 63° e c = 117°
(C) a = 63°, b = 63° e c = 117°
(D) a = 117°, b = 117° e c = 63°
(E) a = b = c = 63°

04. Sabendo que x é a medida da base maior, y é a medida da base menor, 5,5 cm é a medida da
base média de um trapézio e que x - y = 5 cm, as medidas de x e y são, respectivamente:
(A) 3 e 8
(B) 5 e 6
(C) 4 e 7
(D) 6 e 5
(E) 8 e 3

05. (Câmara de Sumaré – Escriturário – VUNESP/2017) A figura, com dimensões indicadas em


centímetros, mostra um painel informativo ABCD, de formato retangular, no qual se destaca a região
retangular R, onde x > y.

Sabendo-se que a razão entre as medidas dos lados correspondentes do retângulo ABCD e da região
R é igual a 5/2, é correto afirmar que as medidas, em centímetros, dos lados da região R, indicadas por
x e y na figura, são, respectivamente,
(A) 80 e 64.
(B) 80 e 62.
(C) 62 e 80.
(D) 60 e 80.
(E) 60 e 78.

392
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06. (UEM – Técnico Administrativo – UEM/2017) Rui fez um canteiro retangular de 12,5 m de
comprimento por 6 m de largura. Então a área deste canteiro, em m², é igual a
(A) 18,5.
(B) 37.
(C) 72.
(D) 74.
(E) 75.

Comentários

01. Resposta: D.
Trata-se de uma pergunta teórica.
a) V → o quadrado tem dois lados paralelos, portanto é um trapézio.
b) V → o retângulo tem os lados opostos paralelos, portanto é um paralelogramo.
c) V → o quadrado tem os lados opostos paralelos e os 4 lados congruentes, portanto é um losango.
d) F
e) V → o losango tem lados opostos paralelos, portanto é um paralelogramo.

02. Resposta: D.
De acordo com e enunciado, temos:

𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑜𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜 √3 ℎ
- sen60º = → = → 2h = 4√3 → h = 2√3
ℎ𝑖𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑢𝑠𝑎 2 4

𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑎𝑑𝑗𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒 1 𝑥
- cos60º = ℎ𝑖𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑢𝑠𝑎
→ 2 = 4 → 2x = 4 → x = 2

- base maior AB = x + 1 + x = 2 + 1 + 2 = 5

- base menor CD = 1

(𝐵+𝑏).ℎ (5+1).2√3
A= 2
→A= 2
→ A = 6√3

03. Resposta: C.
Em um trapézio isósceles como o da figura, os ângulos da base são congruentes e os ângulos
superiores também são congruentes. E a soma de uma superior mais um da base é igual a 180°.
c = 117°
a + 117° = 180°
a = 180° - 117°
a = 63°
b = 63°

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1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
04. Resposta: E.

x + y = 11
x-y=5
_________
2x + 0 = 16
2x = 16/2
x=8
x + y = 11
8 + y = 11
y = 11 – 8
y=3

05. Resposta: A.
Pelo critério de razões temos:
200/x = 5/2
5x = 400
x = 400/5
x = 80
160/y = 5/2
5y= 320
y = 320/5
y = 64

06. Resposta: E.
A área de um retângulo é comprimento x largura, então:
12,5 x 6 = 75,0

POLÍGONOS

Um polígono29 é uma figura geométrica fechada, simples, formada por segmentos consecutivos e não
colineares.

Uma região do plano designa-se por convexa quando qualquer segmento de reta que tenha as
extremidades dentro da região, tem todos os seus pontos na região.
Por exemplo, o seguinte polígono é convexo porque o segmento de reta [A,B], seja para onde for que
o desloquemos e desde que os pontos A e B permaneçam "dentro" do polígono, terá todos os pontos do
segmento também "dentro" da região.

Neste segundo exemplo, o seguinte polígono não é convexo porque o segmento de reta [C,D], apesar
de ter as extremidades "dentro" do polígono, possui pontos que estão "fora".

29
DOLCE, Osvaldo; POMPEO, José Nicolau – Fundamentos da Matemática – Vol. 09 – Geometria Plana – 7ª edição – Editora Atual
www.somatematica.com.br

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1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Elementos de um polígono

Um polígono possui os seguintes elementos:

- Lados: cada um dos segmentos de reta que une vértices consecutivos: ̅̅̅̅
AB, ̅̅̅̅
BC, ̅̅̅̅ DE e ̅̅̅̅
CD, ̅̅̅̅ AE.

- Vértices: ponto de intersecção de dois lados consecutivos: A, B, C, D e E.

- Diagonais: Segmentos que unem dois vértices não consecutivos: ̅̅̅̅


AC, ̅̅̅̅ BD, ̅̅
AD, ̅̅̅̅ ̅̅ e ̅̅̅̅
CE BE.

- Ângulos internos: ângulos formados por dois lados consecutivos (assinalados em azul na figura):
, , , , .

- Ângulos externos: ângulos formados por um lado e pelo prolongamento do lado a ele consecutivo
(assinalados em vermelho na figura): , , , , .
Classificação: os polígonos são classificados de acordo com o número de lados, conforme a tabela
abaixo.
Fórmulas: na relação de fórmulas abaixo temos a letra n que representa o número de lados ou de
ângulos ou de vértices de um polígono.
1 – Diagonais de um vértice: dv = n – 3.

(𝐧−𝟑).𝐧
2 - Total de diagonais: 𝐝 = .
𝟐
3 – Soma dos ângulos internos: Si = (n – 2).180°.

4 – Soma dos ângulos externos: para qualquer polígono o valor da soma dos ângulos externos é uma
constante, isto é, Se = 360°.

Polígonos Regulares: um polígono é chamado de regular quando tem todos os lados congruentes
(iguais) e todos os ângulos congruentes. Exemplo: o quadrado tem os 4 lados iguais e os 4 ângulos de
90°, por isso é um polígono regular. E para polígonos regulares temos as seguintes fórmulas, além das
quatro acima:

(𝐧−𝟐).𝟏𝟖𝟎° 𝐒𝐢
1 – Ângulo interno: 𝐚𝐢 = ou 𝐚𝐢 = .
𝐧 𝐧
𝟑𝟔𝟎° 𝐒𝐞
2 - Ângulo externo: 𝐚𝐞 = ou 𝐚𝐞 = .
𝐧 𝐧
Semelhança de Polígonos: Dois polígonos são semelhantes quando os ângulos correspondentes
são congruentes e os lados correspondentes são proporcionais.

395
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Vejamos:
Fonte: http://www.somatematica.com.br

1) Os ângulos correspondentes são congruentes:

2) Os lados correspondentes (homólogos) são proporcionais:


𝐴𝐵 𝐵𝐶 𝐶𝐷 𝐷𝐴
= = = 𝑜𝑢
𝐴′𝐵′ 𝐵′𝐶′ 𝐶′𝐷′ 𝐷′𝐴′
3,8 4 2,4 2
= = =
5,7 6 3,6 3

Podemos dizer que os polígonos são semelhantes. Mas a semelhança só


será válida se ambas condições existirem simultaneamente.

A razão entre dois lados correspondentes em polígonos semelhante denomina-se razão de


semelhança, ou seja:
𝐴𝐵 𝐵𝐶 𝐶𝐷 𝐷𝐴 2
= = = = 𝑘 , 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑘 =
𝐴′𝐵′ 𝐵′𝐶′ 𝐶′𝐷′ 𝐷′𝐴′ 3

Questões

01. A soma dos ângulos internos de um heptágono é:


(A) 360°
(B) 540°
(C) 1400°
(D) 900°
(E) 180°

02. Qual é o número de diagonais de um icoságono?


(A) 20
(B) 70
(C) 160
(D) 170
(E) 200

03. O valor de x na figura abaixo é:

(A) 80°
(B) 90°
(C) 100°
(D) 70°
(E) 50°

04. Um joalheiro recebe uma encomenda para uma joia poligonal. O comprador exige que o número
de diagonais seja igual ao número de lados. Sendo assim, o joalheiro deve produzir uma joia:
(A) Triangular
(B) Quadrangular

396
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(C) Pentagonal
(D) Hexagonal
(E) Decagonal

05. Num polígono convexo, a soma dos ângulos internos é cinco vezes a soma dos ângulos externos.
O número de lados e diagonais desse polígono, respectivamente, são:
(A) 54 e 12
(B) 18 e 60
(C) 12 e 54
(D) 60 e 18
(E) 15 e 30

06. Cada um dos ângulos externos de um polígono regular mede 15°. Quantos lados tem esse
polígono?
(A) 20
(B) 24
(C) 26
(D) 30
(E) 32

07. ( Pref. de Cerrito/SC – Técnico em Enfermagem – IESES/2017) Um eneágono tem um de seus


lados com 125 cm, como todos os lados são iguais o seu perímetro será de:
(A) 625cm.
(B) 750cm.
(C) 1.500cm.
(D) 1.125 cm.
(E) 900 cm.

Comentários

01. Resposta: D.
Heptágono (7 lados) → n = 7
Si = (n – 2).180°
Si = (7 – 2).180°
Si = 5.180° = 900°

02. Resposta: D.
Icoságono (20 lados) → n = 20

(𝑛−3).𝑛
𝑑= 2

(20−3).20
𝑑= 2
= 17.10

d = 170

03. Resposta: A.
A soma dos ângulos internos do pentágono é:
Si = (n – 2).180º
Si = (5 – 2).180º
Si = 3.180º → Si = 540º
540º = x + 3x / 2 + x + 15º + 2x – 20º + x + 25º
540º = 5x + 3x / 2 + 20º
520º = 10x + 3x / 2
1040º = 13x
X = 1040º / 13 → x = 80º

397
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04. Resposta: C.
Sendo d o números de diagonais e n o número de lados, devemos ter:
d=n

(𝑛−3).𝑛
= 𝑛 (passando o 2 multiplicando)
2

(n – 3).n = 2n
n–3=2
n=2+3
n = 5 → pentagonal

05. Resposta: C.
Do enunciado, temos:
Si = 5.Se
(n – 2).180º = 5.360°
(n – 2).180° = 1800°
1800
n – 2 = 180
n – 2 = 10
n = 10 + 2 = 12 lados

(𝑛−3).𝑛
𝑑= 2

(12−3).12
𝑑= 2

d = 9.6 = 54 diagonais

06. Resposta: B.
Temos que ae = 15°

360°
𝑎𝑒 =
𝑛
360°
15° =
𝑛

15n = 360
n = 360 : 15
n = 24 lados

07. Resposta: D.
Um eneágono possui 9 lado, portanto 9x125 = 1.125cm.

POLÍGONOS REGULARES

Todo polígono regular30 pode ser inscrito em uma circunferência. E temos fórmulas para calcular o lado
e o apótema desse triângulo em função do raio da circunferência. Apótema e um segmento que sai do
centro das figuras regulares e divide o lado em duas partes iguais.

30
DOLCE, Osvaldo; POMPEO, José Nicolau – Fundamentos da Matemática – Vol. 09 – Geometria Plana – 7ª edição – Editora Atual
www.somatematica.com.br

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I) Triângulo Equilátero:
- Lado: l = r√3
r
- Apótema: a =
2

II) Quadrado:
- Lado: l = r√2
r√2
- Apótema: a =
2

III) Hexágono Regular


- Lado: l = r
r√3
- Apótema: a =
2

Questões

01. O apótema de um hexágono regular inscrito numa circunferência de raio 8 cm, vale, em
centímetros:
(A) 4
(B) 4√3
(C) 8
(D) 8√2
(E) 12

02. O apótema de um triângulo equilátero inscrito em uma circunferência mede 10 cm, o raio dessa
circunferência é:
(A) 15 cm
(B) 10 cm
(C) 8 cm
(D) 20 cm
(E) 25 cm

03. O apótema de um quadrado mede 6 dm. A medida do raio da circunferência em que esse quadrado
está inscrito, em dm, vale:
(A) 4√2 dm
(B) 5√2 dm
(C) 6√2 dm
(D) 7√2 dm
(E) 8√2 dm

399
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Comentários

01. Resposta: B.
Basta substituir r = 8 na fórmula do hexágono
𝑟√3 8√3
𝑎= 2
→𝑎 = 2
= 4√3 cm

02. Resposta: D.
Basta substituir a = 10 na fórmula do triangulo equilátero.
𝑟 𝑟
𝑎 = 2 → 10 = 2 → r = 2.10 → r = 20 cm

03. Resposta: C.
Sendo a = 6, temos:
𝑟√2
𝑎=
2

𝑟 √2
6= 2
→ 𝑟√2 = 2.6 → 𝑟√2 = 12 (√2 passa dividindo)
12
r= (temos que racionalizar, multiplicando em cima e em baixo por √2)
√2

12.√2 12√2
𝑟= →𝑟= → 𝑟 = 6√2 dm
√2.√2 2

RAZÃO ENTRE ÁREAS

Razão entre áreas de dois triângulos semelhantes

Vamos chamar de S1 a área do triângulo ABC = S1 e de S2 a do triângulo A’B’C’ = S2


𝑏1 ℎ1
Δ ABC ~ Δ A’B’C’ → = = 𝑘 (𝑟𝑎𝑧ã𝑜 𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑚𝑒𝑙ℎ𝑎𝑛ç𝑎)
𝑏2 ℎ2

𝑏.ℎ
Sabemos que a área do triângulo é dada por 𝑆 =
2

Aplicando as razões temos que:


𝑏1. ℎ1
𝑆1 𝑏1 ℎ1 𝑆1
= 2 = . = 𝑘. 𝑘 = 𝑘 2 → = 𝑘2
𝑆2 𝑏2. ℎ2 𝑏2 ℎ2 𝑆2
2

A razão entre as áreas de dois triângulos semelhantes é


igual ao quadrado da razão de semelhança.

Razão entre áreas de dois polígonos semelhantes

Área de ABCDE ... MN = S1 Área de A’B’C’D’ ... M’N’ = S2

ABCDE ... MN = S1 ~ A’B’C’D’ ... M’N’ = S2 → ΔABC ~ ΔA’B’C’ e ΔACD ~ ΔAMN →


𝐴𝐵 𝐵𝐶 𝑀𝑁
= ′ ′ = ⋯ = ′ ′ = 𝑘 (𝑟𝑎𝑧ã𝑜 𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑚𝑒𝑙ℎ𝑎𝑛ç𝑎)
𝐴′𝐵′ 𝐵 𝐶 𝑀𝑁

Fazendo:

Área ΔABC = t1, Área ΔACD = t2, ..., Área ΔAMN = tn-2

Área ΔA’B’C’ = T1, Área ΔA’C’D’ = T2, ..., Área ΔA’M’N’ = Tn-2

Anteriormente vimos que:

400
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𝑡𝑖
= 𝑘 2 → 𝑡𝑖 = 𝑘 2 𝑇𝑖 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑖 = 1,2,3, … , 𝑛 − 2
𝑇𝑖

Então:

𝑆1 𝑡1 + 𝑡2 + 𝑡3 + ⋯ + 𝑡𝑛−2 𝑆1
= → = 𝑘2
𝑆2 𝑇1 + 𝑇2 + 𝑇3 + ⋯ + 𝑇𝑛−2 𝑆2

A razão entre as áreas de dois polígonos semelhantes é


igual ao quadrado da razão de semelhança.

Observação: A propriedade acima é extensiva a quaisquer superfícies semelhantes e, por isso, vale

A razão entre as áreas de duas superfícies semelhantes é igual ao


quadrado da razão de semelhança.

Questão

01. (TJ/RS – Técnico Judiciário – FAURGS/2017) Considere um triângulo retângulo de catetos


medindo 3m e 5m. Um segundo triângulo retângulo, semelhante ao primeiro, cuja área é o dobro da área
do primeiro, terá como medidas dos catetos, em metros:
(A) 3 e 10.
(B) 3√2 e 5√2.
(C) 3√2 e 10√2.
(D) 5 e 6.
(E) 6 e 10.

Comentários

01. Resposta: B.
A razão entre as Áreas =e igual ao quadrado da razão entre os lados.
O triângulo de catetos 3 e 5 possui área igual a 7,5. Já o outro triângulo possui o dobro de área,
conforme o enunciado. Assim sendo teremos:
A1/A2 = 7,5/15 = ½
½ = 3²/x²
X = 3√2
E A1/A2 = 7,5/15 = ½
½ = 5²/y²
Y= 5√2.

CIRCUNFERÊNCIA E CÍRCULO

Circunferência: A circunferência é o lugar geométrico de todos os pontos de um plano que estão


localizados a uma mesma distância r de um ponto fixo denominado o centro da circunferência. Esta talvez
seja a curva mais importante no contexto das aplicações.

401
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Círculo: (ou disco) é o conjunto de todos os pontos de um plano cuja distância a um ponto fixo O é
menor ou igual que uma distância r dada. Quando a distância é nula, o círculo se reduz a um ponto. O
círculo é a reunião da circunferência com o conjunto de pontos localizados dentro da mesma. No gráfico
acima, a circunferência é a linha de cor verde escuro que envolve a região verde claro, enquanto o círculo
é toda a região pintada de verde reunida com a circunferência.

Pontos interiores de um círculo e exteriores a um círculo

Pontos interiores: Os pontos interiores de um círculo são os pontos do círculo que não estão na
circunferência.

Pontos exteriores: Os pontos exteriores a um círculo são os pontos localizados fora do círculo.

Raio, Corda e Diâmetro

Raio: Raio de uma circunferência (ou de um círculo) é um segmento de reta com uma extremidade no
centro da circunferência (ou do círculo) e a outra extremidade num ponto qualquer da circunferência. Na
figura abaixo, os segmentos de reta ̅̅̅̅
OA, ̅̅̅̅
OB e ̅̅̅̅
OC são raios.

Corda: Corda de uma circunferência é um segmento de reta cujas extremidades pertencem à


circunferência (ou seja, um segmento que une dois pontos de uma circunferência). Na figura abaixo, os
segmentos de reta AC̅̅̅̅ e DE
̅̅̅̅ são cordas.

Diâmetro: Diâmetro de uma circunferência (ou de um círculo) é uma corda que passa pelo centro da
circunferência. Observamos que o diâmetro é a maior corda da circunferência. Na figura abaixo, o
̅̅̅̅ é um diâmetro.
segmento de reta AC

Posições relativas de uma reta e uma circunferência

Reta secante: Uma reta é secante a uma circunferência se essa reta intercepta a circunferência em
dois pontos quaisquer, podemos dizer também que é a reta que contém uma corda.

Reta tangente: Uma reta tangente a uma circunferência é uma reta que intercepta a circunferência
em um único ponto P. Este ponto é conhecido como ponto de tangência ou ponto de contato. Na figura
ao lado, o ponto P é o ponto de tangência e a reta que passa pelos pontos E e F é uma reta tangente à
circunferência.

402
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Reta externa (ou exterior): é uma reta que não tem ponto em comum com a circunferência. Na figura
abaixo a reta t é externa.

Propriedades das secantes e tangentes


Se uma reta s, secante a uma circunferência de centro O, intercepta a circunferência em dois pontos
distintos A e B e se M é o ponto médio da corda AB, então o segmento de reta OM é perpendicular à reta
secante s.

Se uma reta s, secante a uma circunferência de centro O, intercepta a circunferência em dois pontos
distintos A e B, a perpendicular às retas que passam pelo centro O da circunferência, passa também pelo
ponto médio da corda AB.

Seja OP um raio de uma circunferência, onde O é o centro e P um ponto da circunferência. Toda reta
perpendicular ao raio OP é tangente à circunferência no ponto de tangência P.

Toda reta tangente a uma circunferência é perpendicular ao raio no ponto de tangência.

Posições relativas de duas circunferências

Reta tangente comum: Uma reta que é tangente a duas circunferências ao mesmo tempo é
denominada uma tangente comum. Há duas possíveis retas tangentes comuns: a interna e a externa.

Ao traçar uma reta ligando os centros de duas circunferências no plano, esta reta separa o plano em
dois semiplanos. Se os pontos de tangência, um em cada circunferência, estão no mesmo semiplano,
temos uma reta tangente comum externa. Se os pontos de tangência, um em cada circunferência, estão
em semiplanos diferentes, temos uma reta tangente comum interna.

Circunferências internas: Uma circunferência C1 é interna a uma circunferência C2, se todos os


pontos do círculo C1 estão contidos no círculo C2. Uma circunferência é externa à outra se todos os seus
pontos são pontos externos à outra.

403
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Circunferências concêntricas: Duas ou mais circunferências com o mesmo centro, mas com raios
diferentes são circunferências concêntricas.

Circunferências tangentes: Duas circunferências que estão no mesmo plano, são tangentes uma à
outra, se elas são tangentes à mesma reta no mesmo ponto de tangência.

As circunferências são tangentes externas uma à outra se os seus centros estão em lados opostos da
reta tangente comum e elas são tangentes internas uma à outra se os seus centros estão do mesmo lado
da reta tangente comum.

Circunferências secantes: são aquelas que possuem somente dois pontos distintos em comum.

Segmentos tangentes: Se AP e BP são segmentos de reta tangentes à circunferência nos ponto A e


B, então esses segmentos AP e BP são congruentes.

ÂNGULOS (OU ARCOS) NA CIRCURFERÊNCIA

Ângulo central: é um ângulo cujo vértice coincide com o centro da circunferência. Este ângulo
determina um arco na circunferência, e a medida do ângulo central e do arco são iguais.

̂ e sua medida é igual a esse arco.


O ângulo central determina na circunferência um arco 𝐴𝐵

̂
α = AB
Ângulo Inscrito: é um ângulo cujo vértice está sobre a circunferência.

404
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̂ e sua medida é igual à metade do arco.
O ângulo inscrito determina na circunferência um arco 𝐴𝐵
̂
AB
α=
2

Ângulo Excêntrico Interno: é formado por duas cordas da circunferência.

O ângulo excêntrico interno determina na circunferência dois arcos AB e CD e sua medida é igual à
metade da soma dos dois arcos.
̂ + CD
AB ̂
α=
2

Ângulo Excêntrico Externo: é formado por duas retas secantes à circunferência.

̂ e 𝐶𝐷
O ângulo excêntrico externo determina na circunferência dois arcos 𝐴𝐵 ̂ e sua medida é igual à
metade da diferença dos dois arcos.

̂ − CD
AB ̂
α=
2

Questões

01. O valor de x na figura abaixo é:

(A) 90°
(B) 92°
(C) 96°
(D) 98°
(E) 100°

405
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02. Na figura abaixo, qual é o valor de y?

(A) 30°
(B) 45°
(C) 60°
(D) 35°
(E) 25°

03. Na figura seguinte, a medida do ângulo x, em graus, é:

(A) 80°
(B) 82°
(C) 84°
(D) 86°
(E) 90°

04. A medida do arco x na figura abaixo é:

(A) 15°
(B) 20°
(C) 25°
(D) 30°
(E) 45°

05. Uma reta é tangente a uma circunferência quando:


(A) tem dois pontos em comum.
(B) tem três pontos em comum.
(C) não tem ponto em comum.
(D) tem um único ponto em comum.
(E) nda

Comentários

01. Resposta: B.
O ângulo dado na figura (46°) é um ângulo inscrito, portanto é igual à metade do arco x:

406
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𝑥
46° =
2

x = 46°.2
x = 92°

02. Resposta: D.
O ângulo da figura é um ângulo excêntrico externo, portanto é igual à metade da diferença dos dois
arcos dados.
110°−40°
𝑦= 2

70°
𝑦= 2
= 35°

03. Resposta: C.
O ângulo x é um ângulo excêntrico interno, portanto é igual à metade da soma dos dois arcos.
108°+60°
𝑥= 2
168°
𝑥= 2
= 84°

04. Resposta: A.
O ângulo de 55 é um ângulo excêntrico interno, portanto é igual à metade da soma dos dois arcos.
95°+𝑥
55° =
2
55°. 2 = 95° + 𝑥
110° − 95° = 𝑥
𝑥 = 15°

05. Resposta: D.
Questão teórica

MEDIDAS DE ARCOS E ÂNGULOS

Arcos (e ângulos) na circunferência

Se forem tomados dois pontos A e B sobre uma circunferência, ela ficará dividida em duas partes
chamadas arcos. Estes dois pontos A e B são as extremidades dos arcos.

Usamos a seguinte representação: AB.


Observação: quando A e B são pontos coincidentes, um arco é chamado de nulo e o outro arco de
uma volta.

Unidades de medidas de arcos (e ângulos)

I) Grau: para medir ângulos a circunferência foi dividida em 360° partes iguais, e cada uma dessas
partes passou a ser chamada de 1 grau (1°).
1
1° = (𝑢𝑚 𝑡𝑟𝑒𝑧𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑒 𝑠𝑒𝑠𝑠𝑒𝑛𝑡𝑎 𝑎𝑣𝑜𝑠) 𝑑𝑒 𝑐𝑖𝑟𝑐𝑢𝑛𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎.
360

407
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Submúltiplos do grau
O grau tem dois submúltiplos (medidas menores que o grau). São o minuto e o segundo, de forma que:
1° = 60′ ou seja 1 minutos é igual a 1/60 do grau.
1’ = 60” ou seja 1 segundo é igual a 1/60 do minuto.

II) Radiano
A medida de um arco, em radianos, é a razão (divisão) entre o comprimento do arco e o raio da
circunferência sobre a qual está arco está determinado.

Sendo α o ângulo (ou arco), r o raio e l o comprimento do arco, temos:


l
α=
r
O arco l terá seu comprimento máximo (ou maior) quando for igual ao comprimento total de uma
circunferência (C = 2πr – fórmula do comprimento da circunferência), ou seja lmáximo = C → lmax = 2πr.
Então, o valor máximo do ângulo α em radianos será:
2πr
α= ==> α = 2π rad
r
Observação: uma volta na circunferência é igual a 360° ou 2π rad.

Conversões
- graus para radianos: para converter grau para radianos usamos uma regra de três simples.

Exemplo:
Converter 150° para radianos.
180° π rad
150° x rad
180° π
150°
=x
180𝑥 = 150𝜋
150π
x = 180 (simplificando)

x= 6
rad

- radianos para graus: basta substituir o π por 180°.

Exemplo:

Converter 2 rad para graus (ou podemos usar regra de três simples também).
3𝜋 3.180 540
= = = 270°
2 2 2

Questões

01. Um ângulo de 120° equivale a quantos radianos?


7𝜋
(A) 6 𝑟𝑎𝑑

5𝜋
(B) 𝑟𝑎𝑑
6

408
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𝜋
(C) 𝑟𝑎𝑑
6

𝜋
(D) 3
𝑟𝑎𝑑

2𝜋
(E) 3
𝑟𝑎𝑑

5𝜋
02. Um ângulo de 4
rad equivale a quantos graus?
(A) 180°
(B) 210°
(C) 300°
(D) 270°
(E) 225°

03. (FUVEST) Quantos graus, mede aproximadamente, um arco de 0,105 rad? (usar π = 3,14)
(A) 6°
(B) 5°
(C) 4°
(D) 3°
(E) 2°

Comentários

01. Resposta: E.
180° π rad
120° x rad
180° 𝜋
=𝑥
120°
180x = 120π
120𝜋
𝑥 = 180 (simplificando)
2𝜋
𝑥= 3
𝑟𝑎𝑑

02. Resposta: E.
5𝜋 5.180° 900°
4
= 4 = 4 = 225°

03. Resposta: A.
Neste caso, usamos regra de três:
180° π rad
x 0,105 rad
180° 𝜋
𝑥
= 0,105

π.x = 180°.0,105
3,14x = 18,9
x = 18,9 : 3,14 ≅ 6,01
x ≅ 6°

409
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PERÍMETRO E ÁREA DAS FIGURAS PLANAS

Perímetro: é a soma de todos os lados de uma figura plana.


Exemplo:

Perímetro = 10 + 10 + 9 + 9 = 38 cm

Perímetros de algumas das figuras planas:

Área: é a medida da superfície de uma figura plana.


A unidade básica de área é o m2 (metro quadrado), isto é, uma superfície correspondente a um
quadrado que tem 1 m de lado.

Fórmulas de área das principais figuras planas:

1) Retângulo
- sendo b a base e h a altura:

2. Paralelogramo
- sendo b a base e h a altura:

3. Trapézio
- sendo B a base maior, b a base menor e h a altura:

410
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4. Losango
- sendo D a diagonal maior e d a diagonal menor:

5. Quadrado
- sendo l o lado:

6. Triângulo: essa figura tem 6 fórmulas de área, dependendo dos dados do problema a ser resolvido.

I) sendo dados a base b e a altura h:

II) sendo dados as medidas dos três lados a, b e c:

III) sendo dados as medidas de dois lados e o ângulo formado entre eles:

IV) triângulo equilátero (tem os três lados iguais):

V) circunferência inscrita:

VI) circunferência circunscrita:

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Questões

01. A área de um quadrado cuja diagonal mede 2√7 cm é, em cm2, igual a:


(A) 12
(B) 13
(C) 14
(D) 15
(E) 16

02. (BDMG - Analista de Desenvolvimento – FUMARC) Corta-se um arame de 30 metros em duas


partes. Com cada uma das partes constrói-se um quadrado. Se S é a soma das áreas dos dois quadrados,
assim construídos, então o menor valor possível para S é obtido quando:
(A) o arame é cortado em duas partes iguais.
(B) uma parte é o dobro da outra.
(C) uma parte é o triplo da outra.
(D) uma parte mede 16 metros de comprimento.

03. (TJM-SP - Oficial de Justiça – VUNESP) Um grande terreno foi dividido em 6 lotes retangulares
congruentes, conforme mostra a figura, cujas dimensões indicadas estão em metros.

Sabendo-se que o perímetro do terreno original, delineado em negrito na figura, mede x + 285, conclui-
se que a área total desse terreno é, em m2, igual a:
(A) 2 400.
(B) 2 600.
(C) 2 800.
(D) 3000.
(E) 3 200.
04. (TRT/4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Judiciária – FCC) Ultimamente tem havido muito
interesse no aproveitamento da energia solar para suprir outras fontes de energia. Isso fez com que, após
uma reforma, parte do teto de um salão de uma empresa fosse substituída por uma superfície retangular
totalmente revestida por células solares, todas feitas de um mesmo material. Considere que:
- células solares podem converter a energia solar em energia elétrica e que para cada centímetro
quadrado de célula solar que recebe diretamente a luz do sol é gerada 0,01 watt de potência elétrica;
- a superfície revestida pelas células solares tem 3,5m de largura por 8,4m de comprimento.
Assim sendo, se a luz do sol incidir diretamente sobre tais células, a potência elétrica que elas serão
capazes de gerar em conjunto, em watts, é:
(A) 294000.
(B) 38200.
(C) 29400.
(D) 3820.
(E) 2940.

05. (CPTM - Médico do trabalho – MAKIYAMA) Um terreno retangular de perímetro 200m está à
venda em uma imobiliária. Sabe-se que sua largura tem 28m a menos que o seu comprimento. Se o metro
quadrado cobrado nesta região é de R$ 50,00, qual será o valor pago por este terreno?
(A) R$ 10.000,00.
(B) R$ 100.000,00.
(C) R$ 125.000,00.
(D) R$ 115.200,00.
(E) R$ 100.500,00.

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06. Uma pessoa comprou 30 m2 de piso para colocar em uma sala retangular de 4 m de largura, porém,
ao medir novamente a sala, percebeu que havia comprado 3,6 m2 de piso a mais do que o necessário. O
perímetro dessa sala, em metros, é de:
(A) 21,2.
(B) 22,1.
(C) 23,4.
(D) 24,3.
(E) 25,6

07. (Pref. Mogeiro/PB - Professor – Matemática – EXAMES) A pipa, também conhecida como
papagaio ou quadrado, foi introduzida no Brasil pelos colonizadores portugueses no século XVI. Para
montar a pipa, representada na figura, foram utilizados uma vareta de 40 cm de comprimento, duas
varetas de 32 cm de comprimento, tesoura, papel de seda, cola e linha.
As varetas são fixadas conforme a figura, formando a estrutura da pipa. A linha é passada em todas
as pontas da estrutura, e o papel é colado de modo que a extremidade menor da estrutura da pipa fique
de fora.

Na figura, a superfície sombreada corresponde ao papel de seda que forma o corpo da pipa. A área
dessa superfície sombreada, em centímetros quadrados, é:
(A) 576.
(B) 704.
(C) 832.
(D) 1 150.
(E) 1 472.

08. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário – VUNESP) Para efeito decorativo, um arquiteto
dividiu o piso de rascunho um salão quadrado em 8 regiões com o formato de trapézios retângulos
congruentes (T), e 4 regiões quadradas congruentes (Q), conforme mostra a figura:

Se a área de cada região com a forma de trapézio retângulo for igual a 24 m², então a área total
desse piso é, em m², igual a
(A) 324
(B) 400
(C) 225
(D) 256
(E) 196

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Comentários

01.Resposta: C.
Sendo l o lado do quadrado e d a diagonal:

Utilizando o Teorema de Pitágoras:


d2 = l2 + l2
2
(2√7) = 2l2
4.7 = 2l2
2l2 = 28
28
l2 =
2
A = 14 cm2

02. Resposta: A.
- um quadrado terá perímetro x
x
o lado será l = e o outro quadrado terá perímetro 30 – x
4
30−x
o lado será l1 = 4
, sabendo que a área de um quadrado é dada por S = l2, temos:
S = S1 + S2
S=l²+l1²
x 2 30−x 2
S = (4) + ( 4
)
x2 (30−x)2
S= + , como temos o mesmo denominador 16:
16 16

x2 +302 −2.30.x+x2
S= 16
x2 +900−60x+x2
S= 16
2x2 60x 900
S= 16
− 16 + 16 ,

sendo uma equação do 2º grau onde a = 2/16; b = -60/16 e c = 900/16 e o valor de x será o x do vértice
−b
que e dado pela fórmula: x = 2a , então:

−60 60
−( )
16 16
xv = 2 = 4
2. 16
16
60 16 60
xv = 16 . 4
= 4
= 15,

logo l = 15 e l1 = 30 – 15 = 15.

03. Resposta: D.
Observando a figura temos que cada retângulo tem lados medindo x e 0,8x:
Perímetro = x + 285
8.0,8x + 6x = x + 285
6,4x + 6x – x = 285
11,4x = 285
x = 285:11,4
x = 25
Sendo S a área do retângulo:
S= b.h
S= 0,8x.x
S = 0,8x2

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Sendo St a área total da figura:
St = 6.0,8x2
St = 4,8.252
St = 4,8.625
St = 3000

04. Resposta: E.
Retângulo com as seguintes dimensões:
Largura: 3,5 m = 350 cm
Comprimento: 8,4 m = 840 cm
A = 840.350
A = 294.000 cm2
Potência = 294.000.0,01 = 2940

05. Resposta: D.
Comprimento: x
Largura: x – 28
Perímetro = 200
x + x + x – 28 + x – 28 = 200
4x – 56 = 200
4x = 200 + 56
x = 256 : 4
x = 64
Comprimento: 64
Largura: 64 – 28 = 36
Área: A = 64.36 = 2304 m2
Preço = 2304.50,00 = 115.200,00

06. Resposta: A.
Do enunciado temos que foram comprados 30 m2 de piso e que a sala tem 4 m de largura. Para saber
o perímetro temos que calcular o comprimento desta sala.
- houve uma sobra de 3,6 m2, então a área da sala é:
A = 30 – 3,6
A = 26,4 m2
- sendo x o comprimento:
x.4 = 26,4
x = 26,4 : 4
x = 6,6 m (este é o comprimento da sala)

- o perímetro (representado por 2p na geometria) é a soma dos 4 lados da sala:


2p = 4 + 4 + 6,6 + 6,6 = 21,2 m

07. Resposta: C.
A área procurada é igual a área de um triângulo mais a área de um retângulo.

A = AT + AR
32.20
A= 2
+ 16.32

A = 320 + 512 = 832

415
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08. Resposta: D.

O destaque da figura corresponde a base maior do nosso trapézio, e podemos perceber que equivale
a 2x e a base menor x, portanto:
𝑏+𝐵
𝐴= ∙ℎ
2
𝑥 + 2𝑥
24 = ∙𝑥
2

48 = 3𝑥 2
X²=16
Substituindo: A total =4x 4x=16x²=1616=256 m²

ÁREA DO CIRCULO E SUAS PARTES

I- Círculo:
Quem primeiro descreveu a área de um círculo foi o matemático grego Arquimedes (287/212 a.C.), de
Siracusa, mais ou menos por volta do século II antes de Cristo. Ele concluiu que quanto mais lados tem
um polígono regular mais ele se aproxima de uma circunferência e o apótema (a) deste polígono tende
ao raio r. Assim, como a fórmula da área de um polígono regular é dada por A = p.a (onde p é
2𝜇𝑟
semiperímetro e a é o apótema), temos para a área do círculo 𝐴 = 2 . 𝑟, então temos:

II- Coroa circular:


É uma região compreendida entre dois círculos concêntricos (tem o mesmo centro). A área da coroa
circular é igual a diferença entre as áreas do círculo maior e do círculo menor. A = 𝜋R2 – 𝜋r2, como temos
o 𝜋 como fator comum, podemos colocá-lo em evidência, então temos:

III- Setor circular:


É uma região compreendida entre dois raios distintos de um círculo. O setor circular tem como
elementos principais o raio r, um ângulo central 𝛼 e o comprimento do arco l, então temos duas fórmulas:

416
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IV- Segmento circular:
É uma região compreendida entre um círculo e uma corda (segmento que une dois pontos de uma
circunferência) deste círculo. Para calcular a área de um segmento circular temos que subtrair a área de
um triângulo da área de um setor circular, então temos:

Questões

01. (SEDUC/RJ – Professor – Matemática – CEPERJ) A figura abaixo mostra três círculos, cada um
com 10 cm de raio, tangentes entre si.

Considerando √3 ≅ 1,73 e 𝜋 ≅ 3,14, o valor da área sombreada, em cm2, é:


(A) 320.
(B) 330.
(C) 340.
(D) 350.
(E) 360.

02. (Câmara Municipal de Catas Altas/MG - Técnico em Contabilidade – FUMARC) A área de um


círculo, cuja circunferência tem comprimento 20𝜋 cm, é:
(A) 100𝜋 cm2.
(B) 80 𝜋 cm2.
(C) 160 𝜋 cm2.
(D) 400 𝜋 cm2.

03. (PETROBRÁS - Inspetor de Segurança - CESGRANRIO) Quatro tanques de armazenamento de


óleo, cilíndricos e iguais, estão instalados em uma área retangular de 24,8 m de comprimento por 20,0 m
de largura, como representados na figura abaixo.

2
Se as bases dos quatro tanques ocupam 5
da área retangular, qual é, em metros, o diâmetro da base
de cada tanque?
Dado: use 𝜋=3,1
(A) 2.
(B) 4.
(C) 6.
(D) 8.
(E) 16.

417
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04. (Pref. Mogeiro/PB - Professor – Matemática – EXAMES) Na figura a seguir, OA = 10 cm, OB =
8 cm e AOB = 30°.

Qual, em cm², a área da superfície hachurada. Considere π = 3,14?


(A) 5,44 cm².
(B) 6,43 cm².
(C) 7,40 cm².
(D) 8,41 cm².
(E) 9,42 cm².

05. (U. F. de Uberlândia-MG) Uma indústria de embalagens fábrica, em sua linha de produção, discos
de papelão circulares conforme indicado na figura. Os discos são produzidos a partir de uma folha
quadrada de lado L cm. Preocupados com o desgaste indireto produzido na natureza pelo desperdício de
papel, a indústria estima que a área do papelão não aproveitado, em cada folha utilizada, é de (100 - 25π)
cm2.

Com base nas informações anteriores, é correto afirmar que o valor de L é:


(A) Primo
(B) Divisível por 3.
(C) Ímpar.
(D) Divisível por 5.

06. Na figura abaixo está representado um quadrado de lado 4 cm e um arco de circunferência com
centro no vértice do quadrado. Qual é a área da parte sombreada?

(A) 2(4 – π) cm2


(B) 4 – π cm2
(C) 4(4 – π) cm2
(D) 16 cm2
(E) 16π cm2

07. Calcular a área do segmento circular da figura abaixo, sendo r = 6 cm e o ângulo central do setor
igual a 60°:

418
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(A) 6 π - 6√3 cm²
(B) 2. (2 π - 3√3) cm²
(C) 3. (4 π - 3√3) cm²
(D) 3. (1 π - 3√3) cm²
(E) 3. (2 π - 3√3) cm²

Comentários

01. Resposta: B.
Unindo os centros das três circunferências temos um triângulo equilátero de lado 2r ou seja l = 2.10 =
20 cm. Então a área a ser calculada será:

𝐴𝑐𝑖𝑟𝑐
𝐴 = 𝐴𝑐𝑖𝑟𝑐 + 𝐴𝑡𝑟𝑖𝑎𝑛𝑔 +
2
𝐴𝑐𝑖𝑟𝑐
𝐴= + 𝐴𝑡𝑟𝑖𝑎𝑛𝑔
2
𝜋𝑟 2
𝐴= + 𝐴𝑡𝑟𝑖𝑎𝑛𝑔
2

𝜋𝑟 2 𝑙 2 √3
𝐴= +
2 4
(3,14 ∙ 102 ) 202 ∙ 1,73
𝐴= +
2 4
400 ∙ 1,73
𝐴 = 1,57 ∙ 100 +
4
𝐴 = 157 + 100 ∙ 1,73 = 157 + 173 = 330

02. Resposta: A.
A fórmula do comprimento de uma circunferência é C = 2π.r, Então:
C = 20π
2π.r = 20π
20π
r = 2π
r = 10 cm
A = π.r2 → A = π.102 → A = 100π cm2

03. Resposta: D.
Primeiro calculamos a área do retângulo (A = b.h)
Aret = 24,8.20
Aret = 496 m2
2
4.Acirc = 5.Aret

2
4.πr2 = 5.496
992
4.3,1.r2 = 5
12,4.r2 = 198,4
r2 = 198,4 : 12, 4 → r2 = 16 → r = 4
d = 2r =2.4 = 8

04. Resposta: E.
OA = 10 cm (R = raio da circunferência maior), OB = 8 cm (r = raio da circunferência menor). A área
hachurada é parte de uma coroa circular que é dada pela fórmula Acoroa = π(R2 – r2).
Acoroa = 3,14.(102 – 82)

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1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Acoroa = 3,14.(100 – 64)
Acoroa = 3,14.36 = 113,04 cm2
- como o ângulo dado é 30°
360° : 30° = 12 partes iguais.
Ahachurada = 113,04 : 12 = 9,42 cm2

05. Resposta: D.
A área de papelão não aproveitado é igual a área do quadrado menos a área de 9 círculos. Sendo que
a área do quadrado é A = L2 e a área do círculo A = π.r2. O lado L do quadrado, pela figura dada, é igual
a 6 raios do círculo. Então:
6r = L → r = L/6
A = Aq – 9.Ac
100 - 25π = L² - 9 π r² (substituir o r)
𝐿 2 𝐿2 𝜋𝐿2
100 − 25𝜋 = 𝐿2 − 9𝜋. ( ) → 100 − 25𝜋 = 𝐿2 − 9. 𝜋. → 100 − 25𝜋 = 𝐿2 −
6 36 4

Colocando em evidência o 100 no primeiro membro de e L² no segundo membro:


𝜋 𝜋
100. (1 − ) = 𝐿2 . (1 − ) → 100 = 𝐿2 → 𝐿 = √100 = 10
4 4

06. Resposta: C.
A área da região sombreada é igual a área do quadrado menos ¼ da área do círculo (setor com ângulo
de 90°).
𝐴𝑐í𝑟𝑐𝑢𝑙𝑜 𝜋. 𝑟 2 𝜋. 42
𝐴 = 𝐴𝑞𝑢𝑎𝑑𝑟𝑎𝑑𝑜 − → 𝐴 = 𝑙2 − → 𝐴 = 42 − → 𝐴 = 16 − 4𝜋
4 4 4

Colocando o 4 em evidência: A = 4(4 – π) cm²

07. Resposta: E.
Asegmento = Asetor - Atriângulo
Substituindo as fórmulas:
𝑎𝜋𝑟 2 𝑎. 𝑏. 𝑠𝑒𝑛𝑎 60°. 𝜋. 62 6.6. 𝑠𝑒𝑛60° 36𝜋 √3
𝐴𝑠𝑒𝑔 = − → 𝐴𝑠𝑒𝑔 = − → 𝐴𝑠𝑒𝑔 = − 6.3.
360° 2 360° 2 6 2

Aseg = 6 π - 9√3 = 3. (2 π - 3√3) cm²

b. Geometria espacial: paralelismo e perpendicularismo entre planos, entre


retas, entre retas e planos. Prismas, pirâmides, cilindros, cones e esferas. Áreas
e volumes. Aplicações.

SÓLIDOS GEOMÉTRICOS

Sólidos Geométricos31 são figuras geométricas que possui três dimensões. Um sólido é limitado por
um ou mais planos. Os mais conhecidos são: prisma, pirâmide, cilindro, cone e esfera, dessas figuras
podemos encontrar o seu volume, pois são figuras geométricas espaciais.

- Principio de Cavalieri
Bonaventura Cavalieri foi um matemático italiano, discípulo de Galileu, que criou um método capaz de
determinar áreas e volumes de sólidos com muita facilidade, denominado princípio de Cavalieri. Este
princípio consiste em estabelecer que dois sólidos com a mesma altura têm volumes iguais se as secções
planas de iguais altura possuírem a mesma área.
Vejamos:

31
IEZZI, Gelson – Matemática Volume Único
DOLCE, Osvaldo; POMPEO, José Nicolau – Fundamentos da matemática elementar – Vol 10 – Geometria Espacial, Posição e Métrica – 5ª edição – Atual
Editora
www.brasilescola.com.br

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Suponhamos a existência de uma coleção de chapas retangulares (paralelepípedos retângulos) de
mesmas dimensões, e consequentemente, de mesmo volume. Imaginemos ainda a formação de dois
sólidos com essa coleção de chapas.

Tanto em A como em B, a parte do espaço ocupado, ou seja, o volume ocupado, pela coleção de
chapas é o mesmo, isto é, os sólidos A e B tem o mesmo volume.
Mas se imaginarmos esses sólidos com base num mesmo plano α e situados num mesmo semiespaço
dos determinados por α.

Qualquer plano β, secante aos sólidos A e B, paralelo a α, determina em A e em B superfícies de áreas


iguais (superfícies equivalentes). A mesma ideia pode ser estendida para duas pilhas com igual número
de moedas congruentes.

Dois sólidos, nos quais todo plano secante, paralelo a um dado


plano, determina superfícies de áreas iguais (superfícies
equivalentes), são sólidos de volumes iguais (sólidos
equivalentes).

A aplicação do princípio de Cavalieri, em geral, implica na colocação dos sólidos com base num mesmo
plano, paralelo ao qual estão as secções de áreas iguais (que é possível usando a congruência).

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Sólidos geométricos

I) PRISMA: é um sólido geométrico que possui duas bases iguais e paralelas.

Elementos de um prisma:
a) Base: pode ser qualquer polígono.
b) Arestas da base: são os segmentos que formam as bases.
c) Face Lateral: é sempre um paralelogramo.
d) Arestas Laterais: são os segmentos que formam as faces laterais.
e) Vértice: ponto de intersecção (encontro) de arestas.
f) Altura: distância entre as duas bases.

Classificação:
Um prisma pode ser classificado de duas maneiras:

1- Quanto à base:
- Prisma triangular...........................................................a base é um triângulo.
- Prisma quadrangular.....................................................a base é um quadrilátero.
- Prisma pentagonal........................................................a base é um pentágono.
- Prisma hexagonal.........................................................a base é um hexágono.
E, assim por diante.

2- Quanta à inclinação:
- Prisma Reto: a aresta lateral forma com a base um ângulo reto (90°).
- Prisma Obliquo: a aresta lateral forma com a base um ângulo diferente de 90°.

Fórmulas:
- Área da Base
Como a base pode ser qualquer polígono não existe uma fórmula fixa. Se a base é um triângulo
calculamos a área desse triângulo; se a base é um quadrado calculamos a área desse quadrado, e assim
por diante.
- Área Lateral:
Soma das áreas das faces laterais
- Área Total:
At=Al+2Ab
- Volume:
V = Abh

Prismas especiais: temos dois prismas estudados a parte e que são chamados de prismas especiais,
que são:

a) Hexaedro (Paralelepípedo reto-retângulo): é um prisma que tem as seis faces retangulares.

Temos três dimensões: a= comprimento, b = largura e c = altura.

422
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Fórmulas:
- Área Total: At = 2.(ab + ac + bc)

- Volume: V = a.b.c

- Diagonal: D = √a2 + b 2 + c 2

b) Hexaedro Regular (Cubo): é um prisma que tem as 6 faces quadradas.

As três dimensões de um cubo: comprimento, largura e altura são iguais.

Fórmulas:
- Área Total: At = 6.a2

- Volume: V = a3

- Diagonal: D = a√3

II) PIRÂMIDE: é um sólido geométrico que tem uma base e um vértice superior.

Elementos de uma pirâmide:

A pirâmide tem os mesmos elementos de um prisma: base, arestas da base, face lateral, arestas
laterais, vértice e altura. Além destes, ela também tem um apótema lateral e um apótema da base.
Na figura acima podemos ver que entre a altura, o apótema da base e o apótema lateral forma um
triângulo retângulo, então pelo Teorema de Pitágoras temos: ap2 = h2 + ab2.

Classificação:
Uma pirâmide pode ser classificado de duas maneiras:
1- Quanto à base:
- Pirâmide triangular...........................................................a base é um triângulo.
- Pirâmide quadrangular.....................................................a base é um quadrilátero.
- Pirâmide pentagonal........................................................a base é um pentágono.
- Pirâmide hexagonal.........................................................a base é um hexágono.
E, assim por diante.

2- Quanta à inclinação:
- Pirâmide Reta: tem o vértice superior na direção do centro da base.
- Pirâmide Obliqua: o vértice superior esta deslocado em relação ao centro da base.

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Fórmulas:
- Área da Base: 𝐴𝑏 = 𝑑𝑒𝑝𝑒𝑛𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑝𝑜𝑙í𝑔𝑜𝑛𝑜, como a base pode ser qualquer polígono não existe uma
fórmula fixa. Se a base é um triângulo calculamos a área desse triângulo; se a base é um quadrado
calculamos a área desse quadrado, e assim por diante.
- Área Lateral: 𝐴𝑙 = 𝑠𝑜𝑚𝑎 𝑑𝑎𝑠 á𝑟𝑒𝑎𝑠 𝑑𝑎𝑠 𝑓𝑎𝑐𝑒𝑠 𝑙𝑎𝑡𝑒𝑟𝑎𝑖𝑠

- Área Total: At = Al + Ab
1
- Volume: 𝑉 = 3 . 𝐴𝑏 . ℎ

- TRONCO DE PIRÂMIDE
O tronco de pirâmide é obtido ao se realizar uma secção transversal numa pirâmide, como mostra a
figura:

O tronco da pirâmide é a parte da figura que apresenta as arestas destacadas em vermelho.


É interessante observar que no tronco de pirâmide as arestas laterais são congruentes entre si; as
bases são polígonos regulares semelhantes; as faces laterais são trapézios isósceles, congruentes entre
si; e a altura de qualquer face lateral denomina-se apótema do tronco.

Cálculo das áreas do tronco de pirâmide.


Num tronco de pirâmide temos duas bases, base maior e base menor, e a área da superfície lateral.
De acordo com a base da pirâmide, teremos variações nessas áreas. Mas observe que na superfície
lateral sempre teremos trapézios isósceles, independente do formato da base da pirâmide. Por exemplo,
se a base da pirâmide for um hexágono regular, teremos seis trapézios isósceles na superfície lateral.
A área total do tronco de pirâmide é dada por:
St = Sl + SB + Sb
Onde:
St → é a área total
Sl → é a área da superfície lateral
SB → é a área da base maior
Sb → é a área da base menor

Cálculo do volume do tronco de pirâmide.


A fórmula para o cálculo do volume do tronco de pirâmide é obtida fazendo a diferença entre o volume
de pirâmide maior e o volume da pirâmide obtida após a secção transversal que produziu o tronco.
Colocando em função de sua altura e das áreas de suas bases, o modelo matemático para o volume do
tronco é:

Onde,
V → é o volume do tronco
h → é a altura do tronco
SB → é a área da base maior
Sb → é a área da base menor

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III) CILINDRO: é um sólido geométrico que tem duas bases iguais, paralelas e circulares.

Elementos de um cilindro:
a) Base: é sempre um círculo.
b) Raio
c) Altura: distância entre as duas bases.
d) Geratriz: são os segmentos que formam a face lateral, isto é, a face lateral é formada por infinitas
geratrizes.

Classificação: como a base de um cilindro é um círculo, ele só pode ser classificado de acordo com
a inclinação:
- Cilindro Reto: a geratriz forma com o plano da base um ângulo reto (90°).
- Cilindro Obliquo: a geratriz forma com a base um ângulo diferente de 90°.

Fórmulas:
- Área da Base: Ab = π.r2

- Área Lateral: Al = 2.π.r.h

- Área Total: At = 2.π.r.(h + r) ou At = Al + 2.Ab

- Volume: V = π.r2.h ou V = Ab.h

Secção Meridiana de um cilindro: é um “corte” feito pelo centro do cilindro. O retângulo obtido através
desse corte é chamado de secção meridiana e tem como medidas 2r e h. Logo a área da secção meridiana
é dada pela fórmula: ASM = 2r.h.

Cilindro Equilátero: um cilindro é chamado de equilátero quando a secção meridiana for um


quadrado, para isto temos que: h = 2r.

425
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IV) CONE: é um sólido geométrico que tem uma base circular e vértice superior.

Elementos de um cone:
a) Base: é sempre um círculo.
b) Raio
c) Altura: distância entre o vértice superior e a base.
d) Geratriz: segmentos que formam a face lateral, isto é, a face lateral e formada por infinitas
geratrizes.

Classificação: como a base de um cone é um círculo, ele só tem classificação quanto à inclinação.
- Cone Reto: o vértice superior está na direção do centro da base.
- Cone Obliquo: o vértice superior esta deslocado em relação ao centro da base.

Fórmulas:
- Área da base: Ab = π.r2

- Área Lateral: Al = π.r.g

- Área total: At = π.r.(g + r) ou At = Al + Ab


1 1
- Volume: 𝑉 = 3 . 𝜋. 𝑟 2 . ℎ ou 𝑉 = 3 . 𝐴𝑏 . ℎ

- Entre a geratriz, o raio e a altura temos um triângulo retângulo, então: g2 = h2 + r2.

Secção Meridiana: é um “corte” feito pelo centro do cone. O triângulo obtido através desse corte é
chamado de secção meridiana e tem como medidas, base é 2r e h. Logo a área da secção meridiana é
dada pela fórmula: ASM = r.h.

Cone Equilátero: um cone é chamado de equilátero quando a secção meridiana for um triângulo
equilátero, para isto temos que: g = 2r.

TRONCO DE CONE
Se um cone sofrer a intersecção de um plano paralelo à sua base circular, a uma determinada altura,
teremos a constituição de uma nova figura geométrica espacial denominada Tronco de Cone.

426
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Elementos
- A base do cone é a base maior do tronco, e a seção transversal é a base menor;
- A distância entre os planos das bases é a altura do tronco.

Diferentemente do cone, o tronco de cone possui duas bases circulares em que uma delas é maior
que a outra, dessa forma, os cálculos envolvendo a área superficial e o volume do tronco envolverão a
medida dos dois raios. A geratriz, que é a medida da altura lateral do cone, também está presente na
composição do tronco de cone.
Não devemos confundir a medida da altura do tronco de cone com a medida da altura de sua lateral
(geratriz), pois são elementos distintos. A altura do cone forma com as bases um ângulo de 90º. No caso
da geratriz os ângulos formados são um agudo e um obtuso.

Área da Superfície e Volume

Onde:
h = altura
g = geratriz

Exemplo:
Os raios das bases de um tronco de cone são 6 m e 4 m. A altura referente a esse tronco é de 10 m.
Determine o volume desse tronco de cone. Lembre-se que π = 3,14.

427
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V) ESFERA

Elementos da esfera
- Eixo: é um eixo imaginário, passando pelo centro da esfera.
- Polos: ponto de intersecção do eixo com a superfície da esfera.
- Paralelos: são “cortes” feitos na esfera, determinando círculos.
- Equador: “corte” feito pelo centro da esfera, determinando, assim, o maior círculo possível.

Fórmulas

- na figura acima podemos ver que o raio de um paralelo (r), a distância do centro ao paralelo ao centro
da esfera (d) e o raio da esfera (R) formam um triângulo retângulo. Então, podemos aplicar o Teorema
de Pitágoras: R2 = r2 + d2.
- Área: A = 4.π.R2
4
- Volume: V = . π. R3
3

Fuso Esférico:

Fórmula da área do fuso:


𝛼. 𝜋. 𝑅 2
𝐴𝑓𝑢𝑠𝑜 =
90°

Cunha Esférica:

Fórmula do volume da cunha:


𝛼. 𝜋. 𝑅 3
𝑉𝑐𝑢𝑛ℎ𝑎 =
270°

428
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Questões

01. (IPSM – Analista de gestão Municipal – VUNESP/2018) Um tanque em formato de prisma reto
retangular, cujas dimensões são 3,5 m, 1,2 m e 0,8 m, está completamente cheio de água. Durante 3
horas e 15 minutos, há a vazão de 12 litros por minuto de água para fora do tanque. Lembre-se de que 1
m3 é equivalente a 1000 litros. Após esse tempo, o número de litros de água que ainda permanecem no
tanque é igual a
(A) 980.
(B) 1020.
(C) 1460.
(D) 1580.
(E) 1610.

02. (UFSM – Auxiliar em Administração – UFSM/2017) O número de furtos a bancos tem crescido
muito nos últimos anos. Em um desses furtos, criminosos levaram 20 barras de ouro com dimensões
dadas, em centímetros, pela figura a seguir.

Se a densidade do ouro é de aproximadamente 19g/cm³, aproximadamente quantos quilogramas de


ouro foram furtados?
(A) 0,456
(B) 9,120
(C) 24,000
(D) 45,600
(E) 91,200

03. (DEMAE – Técnico em Informática – CS-UFG/2017) Em um canteiro de obra, para calcular o


volume de areia contida na caçamba de um caminhão, mede-se a altura da areia em cinco pontos
estratégicos (indicados por M), a largura (L) e o comprimento (C) da base da caçamba, conforme ilustra
a figura a seguir.

O volume de areia na caçamba do caminhão é dado pelo produto da área da base da caçamba pela
média aritmética das alturas da areia. Considere um caminhão carregado com 13,25 m³ de areia. A largura
de sua caçamba é 2,4 m e o comprimento, 5,8 m. Assim, a média aritmética das alturas da areia na
caçamba, em metros, é, aproximadamente, de:

(A) 9,5
(B) 2,3
(C) 0,95
(D) 0,23

429
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04. Dado o cilindro equilátero, sabendo que seu raio é igual a 5 cm, a área lateral desse cilindro, em
cm2, é:
(A) 90π
(B) 100π
(C) 80π
(D) 110π
(E) 120π

05. Um prisma hexagonal regular tem aresta da base igual a 4 cm e altura 12 cm. O volume desse
prisma é:
(A) 288√3 cm3
(B) 144√3 cm3
(C) 200√3 cm3
(D) 100√3 cm3
(E) 300√3 cm3

06. Um cubo tem aresta igual a 3 m, a área total e o volume desse cubo são, respectivamente, iguais
a:
(A) 27 m2 e 54 m3
(B) 9 m2 e 18 m3
(C) 54 m2 e 27 m3
(D) 10 m2 e 20 m3

07. Uma pirâmide triangular regular tem aresta da base igual a 8 cm e altura 15 cm. O volume dessa
pirâmide, em cm3, é igual a:
(A) 60
(B) 60√3
(C) 80
(D) 80√3
(E) 90√3

08. (Pref. SEARA/SC – Adjunto Administrativo – IOPLAN) Um reservatório vertical de água com a
forma de um cilindro circular reto com diâmetro de 6 metros e profundidade de 10 metros tem a
capacidade aproximada de, admitindo-se π=3,14:
(A) 282,60 litros.
(B) 28.260 litros.
(C) 282.600,00 litros.
(D) 28.600,00 litros.

09. Um cone equilátero tem raio igual a 8 cm. A altura desse cone, em cm, é:
(A) 6√3
(B) 6√2
(C) 8√2
(D) 8√3
(E) 8

10. (ESCOLA DE SARGENTO DAS ARMAS – COMBATENTE/LOGÍSTICA – TÉCNICA/AVIAÇÃO –


EXÉRCITO BRASILEIRO) O volume de um tronco de pirâmide de 4 dm de altura e cujas áreas das bases
são iguais a 36 dm² e 144 dm² vale:
(A) 330 cm³
(B) 720 dm³
(C) 330 m³
(D) 360 dm³
(E) 336 dm³

430
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Comentários

01. Resposta: B.
Primeiro devemos encontrar o volume do paralelepípedo, depois a quantidade de água que vaza para
poder descobrir quanto de agua ainda resta, basta subtrair o volume pela quantidade de água que vazou.
V= a . b . c
V= 3,5 . 1,2 . 0,8
V= 3,36 m³
1 m³__________ 1000 LITROS
3,36__________ x
x= 3.360 L

Aqui precisamos descobrir quanto vazou de água


3 H 15 MIN = 3*60 +15 = 180 +15= 195 MIN
12L ----------- 1 MIN
y ----------- 195 MIN
y= 195 . 12
y= 2.340 L
x-y = 3.360 - 2.340= 1020 LITROS

02. Resposta: B.
Primeiro devemos encontrar o volume de 1 das barras e depois basta multiplicar por 20, logo:
V = 8x3x1 = 24cm³
24x19 = 456 g (pois ele possui 19g por cada cm³)
456 x 20 (foram furtadas) = 9120g, devemos lembrar que 1 kg equivale à 1000g.
9120/1000 = 9,120kg.

03. Resposta: C.
Como ele quer saber a média aritmética das alturas basta substituirmos na fórmula:
V=M.L.C
13,25 = M . 2,4 . 5,8 =
13,92M = 13,25
M = 13,25/13,92
M = 0,95m

04. Resposta: B.
Em um cilindro equilátero temos que h = 2r e do enunciado r = 5 cm.
h = 2r → h = 2.5 = 10 cm
Al = 2.π.r.h
Al = 2.π.5.10 → Al = 100π

05. Resposta: A.
O volume de um prisma é dado pela fórmula V = Ab.h, do enunciado temos que a aresta da base é a
= 4 cm e a altura h = 12 cm.
A área da base desse prisma é igual a área de um hexágono regular
6.𝑎 2 √3
𝐴𝑏 = 4
6.42 √3 6.16√3
𝐴𝑏 = 4
 𝐴𝑏 = 4
 𝐴𝑏 = 6.4√3  𝐴𝑏 = 24√3 cm2

V = 24√3.12
V = 288√3 cm3

06. Resposta: C.
Do enunciado, o cubo tem aresta a = 3 m.
At = 6.a2 V = a3
2
At = 6.3 V = 33
At = 6.9 V = 27 m3
At = 54 m2

431
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07. Resposta: D.
𝑙 2 √3
Do enunciado a base é um triângulo equilátero. E a fórmula da área do triângulo equilátero é 𝐴 = .
4
A aresta da base é a = 8 cm e h = 15 cm.

Cálculo da área da base:


𝑎 2 √3
𝐴𝑏 = 4

82 √3 64√3
𝐴𝑏 = 4
= 4

𝐴𝑏 = 16√3

Cálculo do volume:
1
𝑉 = 3 . 𝐴𝑏 . ℎ

1
𝑉 = . 16√3. 15
3

𝑉 = 16√3. 5

𝑉 = 80√3

08. Resposta: C.
Pelo enunciado sabemos a altura (h) = 10 m e o Diâmetro da base = 6 m, logo o Raio (R) = 3m.
O volume é Ab.h , onde Ab = π .R² → Ab = 3,14. (3)² → Ab = 28,26
V = Ab. H → V = 28,26. 10 = 282,6 m³
Como o resultado é expresso em litros, sabemos que 1 m³ = 1000 l, Logo 282,26 m³ = x litros
282,26. 1000 = 282 600 litros

09. Resposta: D.
Em um cone equilátero temos que g = 2r. Do enunciado o raio é 8 cm, então a geratriz é g = 2.8 = 16
cm.
g2 = h2 + r2
162 = h2 + 82
256 = h2 + 64
256 – 64 = h2
h2 = 192
h = √192
h = √26 . 3
h = 23√3
h = 8√3 cm

10. Resposta: E.
ℎ𝑡
𝑉 = (𝐴𝐵 + √𝐴𝐵 ∙ 𝐴𝑏 + 𝐴𝑏 )
3
AB=144 dm²
Ab=36 dm²
4 4 4
𝑉 = (144 + √144 ∙ 36 + 36) = (144 + 72 + 36) = 252 = 336 𝑑𝑚3
3 3 3

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c. Trigonometria: razões trigonométricas no triângulo retângulo e na
circunferência. Trigonometria num triângulo qualquer; leis do seno e do
cosseno. Aplicações.

IDENTIDADES OU RAZÕES TRIGONOMÉTRICAS FUNDAMENTAIS

Aqui aprenderemos relações que são fundamentais para a resolução de questões trigonométricas.

Relação I – sen2 x + cos2 x = 1, para todo x ϵ [0 , 2π[


Aplicando o teorema de Pitágoras ao triângulo OPP2, obtermos a fórmula acima.

Exemplo:
Dado sen x = 1/3 , com π/2 < x < π , obter cos x.
Usando a relação fundamental, temos:
1 2 1 8 8 2√2
( ) + 𝑐𝑜𝑠 2 𝑥 = 1 → 𝑐𝑜𝑠 2 𝑥 = 1 − = → 𝑐𝑜𝑠𝑥 = ±√ = ±
3 9 9 9 3
Como o intervalo esta compreendido π/2 < x < π, notamos que x está no 2º quadrante, e
2√2
consequentemente, cos x < 0. , assim teremos 𝑐𝑜𝑠𝑥 = − 3

𝒔𝒆𝒏 𝒙 𝝅
Relação II - 𝒕𝒈𝒙 = 𝐜𝐨𝐬 𝒙 , 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒕𝒐𝒅𝒐 𝒙 ≠ 𝟐 + 𝒌𝝅, 𝒌 𝝐 𝒁
O eixo (vertical) das tangentes é obtido ao se tangenciar, por uma reta, o ciclo no ponto A, origem da
contagem dos arcos.

 Valores Notáveis
𝝅
𝒕𝒈
𝟒
Pela relação fundamental II, temos:
𝜋 √2
𝜋 𝑠𝑒𝑛 4
𝑡𝑔 = = 2 =1
4 𝑐𝑜𝑠 𝜋 √2
4 2

Se observamos a figura ao lado, o quadrilátero formado


confirma o valor acima encontrado.

433
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𝝅 𝝅
𝒕𝒈 𝒆 𝒕𝒈
𝟑 𝟔

Pela relação fundamental II, temos:


𝜋 √3
𝜋 𝑠𝑒𝑛 3
𝑡𝑔 = = 2 = √3
3 𝑐𝑜𝑠 𝜋 1
3 2
𝜋 1
𝜋 𝑠𝑒𝑛 6 2 = √3
𝑡𝑔 = =
6 𝑐𝑜𝑠 𝜋 √3 3
6 2

Exemplo:
3𝜋
Para calcular 𝑡𝑔 4 , devemos unir o centro à extremidade do arco, prolongando esse segmento até o
eixo das tangentes.

Notando a congruência entre os três ângulos assinalados, concluímos que:


3𝜋 𝜋
𝑡𝑔 = −𝑡𝑔 = −1
4 4

Podemos resolver também pela relação fundamental II:


3𝜋 √2
3𝜋 𝑠𝑒𝑛 4
𝑡𝑔 = = 2 = −1
4 3𝜋 √2
𝑐𝑜𝑠 4 − 2

7𝜋 √2
7𝜋 𝑠𝑒𝑛 4 − 2
𝑡𝑔 = = = −1
4 7𝜋 √2
𝑐𝑜𝑠 4
2

OUTRAS IDENTIDADES OU RAZÕES TRIGONOMÉTRICAS


𝒄𝒐𝒔 𝒙
Relação III - 𝒄𝒐𝒕𝒈𝒙 = , 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒕𝒐𝒅𝒐 𝒙 ≠ 𝒌𝝅, 𝒌 𝝐 𝒁
𝒔𝒆𝒏 𝒙

Assim como para a tangente para a cotangente também é necessário acoplar um eixo externo, porém
ele é feito no ponto B, que corresponde a π/2 radianos.

434
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𝟏 𝝅
Relação IV – 𝐬𝐞𝐜 𝒙 = 𝒄𝒐𝒔𝒙
, 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒕𝒐𝒅𝒐 𝒙 ≠ 𝟐 + 𝒌𝝅, 𝒌 𝝐 𝒁

1
Relação V – cossec 𝑥 = 𝑠𝑒𝑛𝑥
, 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑡𝑜𝑑𝑜 𝑥 ≠ 𝑘𝜋, 𝑘 𝜖 𝑍

Exemplos:

5𝜋 1 1
1) 𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐 = = = −√2
4 5𝜋 √2
𝑠𝑒𝑛 − 2
4

5𝜋 1 1
2) 𝑠𝑒𝑐 = = =2
3 5𝜋 1
𝑐𝑜𝑠 3 2
5𝜋 √3
5𝜋 𝑐𝑜𝑠 6 −
2 = −√3
3) 𝑐𝑜𝑡𝑔 = =
6 5𝜋 1
𝑠𝑒𝑛 6 2

Questões

π √5−1 𝜋
01. (SAMAE – CONTADOR – FUNTEF/PR) Considerando que sen 10 = 4
, o valor de 𝑐𝑜𝑠 10
é:
√10+2√5
(A)
4
√10−2√5
(B) 4
√12√5
(C) 4
(D) -1/2
(E) 1/4

02. (SANEAR – FISCAL - FUNCAB) Sendo cos x =1/2 com 0° < x < 90°, determine o valor da
expressão E = sen² x + tg² x.
(A) 9/4
(B) 11/4
(C) 13/4
(D) 15/4
(E) 17/4

03. (SABESP – ANALISTA DE GESTÃO I -CONTABILIDADE – FCC) O gráfico da função f(x) = cos²x
– sen²x + cos x, no intervalo [0,2π], intercepta o eixo das abscissas em três pontos distintos (a,0), (b,0) e
(c,0), sendo a < b < c. Nessas condições, a diferença (c − b) vale
(A) π /3
(B) 2π /3

435
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(C) π
(D) π /6
(E) 5π /6

04. (COBRA TECNOLOGIA – TÉCNICO DE OPERAÇÕES – DOCUMENTOS/QUALIDADE - ESPP)


O valor da expressão sec(180º) +[ sen(-45º)]2 cossec(450º)+ cos2(315º) é igual a:
(A) 2
(B) -1
(C) 1
(D) 0

Respostas

01. Resposta: A.
Sen²x + cos²x = 1
2
√5−1
( 4
) + 𝑐𝑜𝑠 2 𝑥 = 1
2
√5−1
𝑐𝑜𝑠 2 𝑥 = 1 − ( )
4
2 5−2√5+ 1
𝑐𝑜𝑠 𝑥 = 1 − 16
6−2√5
𝑐𝑜𝑠 2 𝑥 = 1 −
16
2 16 6−2√5
𝑐𝑜𝑠 𝑥 = 16 − 16
10−2√5
𝑐𝑜𝑠 2 𝑥 =
16
√10+2√5
𝑐𝑜𝑠𝑥 =
4

02. Resposta: D.
Sen²x + cos²x = 1
2
1 2
𝑠𝑒𝑛 𝑥 + ( ) = 1
2
2
1
𝑠𝑒𝑛 𝑥 = 1 −
4
2
3
𝑠𝑒𝑛 𝑥 =
4
√3
𝑠𝑒𝑛𝑥 = ±
2
Como está no primeiro quadrante
√3
𝑠𝑒𝑛𝑥 = +
2 2
2 √3 3
𝑠𝑒𝑛2 𝑥 √3 ( ) 3 3 15
2
𝐸 = 𝑠𝑒𝑛2 𝑥 + 𝑡𝑔2 𝑥 = 𝑠𝑒𝑛2 𝑥 + 𝑐𝑜𝑠2 𝑥
= (2) + 1 2
=4+ 4
1 =4+3= 4
( ) 4
2
03. Resposta: B.
𝑠𝑒𝑛2 𝑥 + 𝑐𝑜𝑠 2 𝑥 = 1
𝑠𝑒𝑛2 𝑥 = 1 − 𝑐𝑜𝑠²𝑥
Substituindo na função:
f(x) = cos²x - (1 - cos²x) + cosx
f(x)=cos²x + cos²x + cosx - 1
f(x)=2cos²x + cosx - 1
f(x)=0=2cos²x + cosx -1

∆= 1 + 8 = 9
−1±3
𝑐𝑜𝑠𝑥 =
4
−1+3 1
cos 𝑥 = 4
=2
−1−3
cos 𝑥 = 4
= −1

436
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5𝜋
𝑐= 3
𝑏=𝜋
5𝜋 2𝜋
𝑐−𝑏 = 3 −𝜋 = 3

04. Resposta: D.
1
sec 180° = = −1
cos 180°
√2
𝑠𝑒𝑛(−45) = −𝑠𝑒𝑛 45 = −
2

1 1
𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐 450° = = =1
𝑠𝑒𝑛450 𝑠𝑒𝑛90
360 – 315 = 45
√2
cos 315° = cos 45 =
2
Substituindo:
2 2
√2 √2 2 2
−1 + (− ) . 1 + ( ) = −1 + + = −1 + 1 = 0
2 2 4 4

TRANSFORMAÇÕES

Estaremos aqui obtendo fórmulas que possibilitem encontrar funções circulares da soma e diferença
de dois arcos, dobro (ou triplo) de arco e transformações em produto.

- Fórmulas de Adição e Subtração de Arcos


Observe a figura abaixo:
Considerando dois arcos, a e b, cos (a + b):

̂ e 𝑅𝐴𝑃
Os arcos 𝐴𝑃𝑄 ̂ possuem a mesma medida (a + b) e, consequentemente, as cordas ̅̅̅̅
𝐴𝑄 e ̅̅̅̅
𝑃𝑅
também têm medidas iguais.
As coordenadas dos pontos acimas são:
A (1,0);
P (cos a, sen a);
Q (cos (a + b), sen (a + b) e
R (cosb, - sen b).

437
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Aplicando as fórmulas da distância entre dois pontos chegamos a:

∗ 𝑠𝑒𝑛(𝑎 + 𝑏) ≡ 𝑠𝑒𝑛 𝑎. cos 𝑏 + 𝑠𝑒𝑛 𝑏. 𝑐𝑜𝑠 𝑎 ⇒ 𝑠𝑒𝑛 2𝑥 ≡ 2. 𝑠𝑒𝑛 𝑥. cos 𝑥


𝑎=𝑏=𝑥

∗ 𝑠𝑒𝑛(𝑎 − 𝑏) ≡ 𝑠𝑒𝑛 𝑎. cos 𝑏 − 𝑠𝑒𝑛 𝑏. cos 𝑎

∗ 𝑐𝑜𝑠(𝑎 + 𝑏) ≡ cos 𝑎. cos 𝑏 − 𝑠𝑒𝑛 𝑏. 𝑠𝑒𝑛 𝑎 ⇒ 𝑐𝑜𝑠 2𝑥 ≡ 𝑐𝑜𝑠 2 𝑥 − 𝑠𝑒𝑛2 𝑥


𝑎=𝑏=𝑥

∗ 𝑐𝑜𝑠(𝑎 − 𝑏) ≡ cos 𝑎. cos 𝑏 + 𝑠𝑒𝑛 𝑏. 𝑠𝑒𝑛 𝑎

𝑡𝑔 𝑎 + 𝑡𝑔 𝑏 2. 𝑡𝑔 𝑥
∗ 𝑡𝑔(𝑎 + 𝑏) ≡ ⇒ 𝑡𝑔 2𝑥 ≡
1 − 𝑡𝑔 𝑎. 𝑡𝑔 𝑏 𝑎=𝑏=𝑥 1 − 𝑡𝑔2 𝑥

𝑡𝑔 𝑎 − 𝑡𝑔 𝑏
∗ 𝑡𝑔(𝑎 − 𝑏) ≡
1 + 𝑡𝑔 𝑎. 𝑡𝑔 𝑏

Exemplos:
1) sen 105º = sen (60º + 45º) = sen 60º . cos 45º + sen 45º . cos 60º

2) cos 135º = cos (90º + 45º) = cos 90º . cos 45º – sen 90º . sen 45º

3) Demonstre que cos (2π + x) = cos x.


cos (2π + x) = cos 2π . cos x – sen 2π . sen x = 1 . cos x – 0 . sen x = cos x

4) Utilizando as fórmulas da adição, desenvolva a expressão tg (π + x).

- Arcos Duplos
Utilizado quando as fórmulas do seno, cosseno e tangente do arco (a + b), fazemos b = a.

sen 2a = 2.sen a. cos a

cos 2a = cos2 a – sen2 a

𝟐𝒕𝒈 𝒂 𝝅
𝒕𝒈 𝟐𝒂 = (𝒂 ≠ + 𝒌𝝅)
𝟏 − 𝒕𝒈𝟐 𝒂 𝟒
Exemplos:
Observe o ciclo trigonométrico:

438
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̂ que mede a.
Nele é mostrado um arco 𝐴𝑀

Vamos determinar:
1) sen 2a.
2) cos 2a.
3) O quadrante que está o arco que mede 2a.
4) sen 3a.

Resolvendo temos:
1) sen 2a.
Como sen 2a = 2.sen a. cos a e sabemos que sen a = 3/5 , com a no 2º quadrante, encontramos o
cos através de: sen2 a + cos2 a = 1  cos2 a = 1 – 9/25  cos2 a = 16/25, como sabemos que a pertence
ao 2º quadrante, logo o seu cosseno é negativo: cos a = -4/5.
Com isso fazemos:
3 4 24
𝑠𝑒𝑛 2𝑎 = 2. . (− ) → 𝑠𝑒𝑛 2𝑎 = −
5 5 25

2) cos 2a.
Como cos 2a = cos2 a – sen2 a, teremos:
16 9 7
cos 2𝑎 = − → cos 2𝑎 =
25 25 25

3) O quadrante que está o arco que mede 2a.


Vamos analisar, como sen 2a < 0 e cos 2a >o , podemos concluir que o arco que mede 2ª tem
extremidade no 4º quadrante.

4) sen 3a.
Como sen 3a = sen (2a + a)  sen 3a = sen 2a . cos a + sen a . cos 2a 

24 4 3 7 117
𝑠𝑒𝑛 3𝑎 = (− ) . (− ) + ( ) . ( ) → 𝑠𝑒𝑛 3𝑎 =
25 5 5 25 125

- Arco Metade
Vamos achar valores que mede a/2, conhecendo os valores das funções trigonométricas do arco que
mede a.
Vamos determinar os valores partindo do cos a, partindo dele determinamos os valores de
𝑎 𝑎 𝑎
𝑠𝑒𝑛 , 𝑐𝑜𝑠 𝑒 𝑡𝑔 .
2 2 2

Para isso utilizaremos a seguinte fórmula: cos 2x = cos2 x – sen2 x

Vamos primeiramente ajusta-la ao nosso problema fazendo 2x = a  cos a = cos2 a/2 – sen2 a/2 (I)
Como temos que o cos2 a/2 = 1 – sen2 a/2:
𝑎 𝑎 𝑎 1 − cos 𝑎 𝒂 𝟏 − 𝐜𝐨𝐬 𝒂
cos 𝑎 = 1 − 𝑠𝑒𝑛2 → 2𝑠𝑒𝑛2 = 1 − cos 𝑎 → 𝑠𝑒𝑛2 = = 𝒔𝒆𝒏 = ±√
2 2 2 2 𝟐 𝟐

Se em (I) substituirmos sen2 a/2 por 1 – cos2 a/2


𝑎 𝑎 𝑎 1 + cos 𝑎 𝒂 𝟏 + 𝐜𝐨𝐬 𝒂
cos 𝑎 = 𝑐𝑜𝑠 2 − (1 − 𝑐𝑜𝑠 2 ) → cos 𝑎 = 2𝑐𝑜𝑠 2 = → 𝒄𝒐𝒔 = ±√
2 2 2 2 𝟐 𝟐

E como:
𝑎
𝑎 𝑠𝑒𝑛 𝑎 𝜋
2
𝑡𝑔 = 𝑎 ( 𝑐𝑜𝑚 ≠ + 𝑘. 𝜋, 𝑘 𝜖 𝑍) , 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠:
2 𝐶𝑂𝑆 2 2
2

𝒂 𝟏 − 𝐜𝐨𝐬 𝒂
𝒕𝒈 = ±√
𝟐 𝟏 + 𝐜𝐨𝐬 𝒂

439
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
- Funções trigonométricas de arco que mede a, em função da tangente do arco metade.

- Transformação da soma em produto


As fórmulas abaixo relacionadas nos permitirão transformar somas em produtos.

𝑝+𝑞 𝑝−𝑞
∗ 𝑠𝑒𝑛 𝑝 + 𝑠𝑒𝑛 𝑞 = 2. 𝑠𝑒𝑛 . 𝑐𝑜𝑠
2 2
𝑝−𝑞 𝑝+𝑞
∗ 𝑠𝑒𝑛 𝑝 − 𝑠𝑒𝑛 𝑞 = 2. 𝑠𝑒𝑛 . 𝑐𝑜𝑠
2 2
𝑝+𝑞 𝑝−𝑞
∗ 𝑐𝑜𝑠 𝑝 + cos 𝑞 = 2. 𝑐𝑜𝑠 . 𝑐𝑜𝑠
2 2
𝑝+𝑞 𝑝−𝑞
∗ 𝑐𝑜𝑠 𝑝 − cos 𝑞 = −2. 𝑠𝑒𝑛 . 𝑠𝑒𝑛
2 2

Exemplos:
Vamos transformar em produtos:
1) N = sen 4x + sen 6x
Vamos chamar 4x = p e 6x = q
Usando a primeira das fórmulas vistas, obtemos:
4𝑥 + 6𝑥 4𝑥 − 6𝑥
𝑁 = 2. 𝑠𝑒𝑛 . 𝑐𝑜𝑠 → 𝑁 = 2. 𝑠𝑒𝑛(5𝑥). cos(−𝑥) → 𝑁 = 2. 𝑠𝑒𝑛 5𝑥. 𝑐𝑜𝑠 𝑥
2 2

2) N = 1 – sen 4x
𝜋
Vamos substituir 1 por sen π/2, obtemos: 𝑁 = 𝑠𝑒𝑛 2 − 𝑠𝑒𝑛 4𝑥
Onde: π/2 = p e 4x = q
𝜋 𝜋
2 − 4𝑥 + 4𝑥 𝜋 𝜋
𝑁 = 2. 𝑠𝑒𝑛 ( ) . 𝑐𝑜𝑠 (2 ) → 𝑁 = 2. 𝑠𝑒𝑛 ( − 2𝑥) . 𝑐𝑜𝑠 ( + 2𝑥)
2 2 4 4

Referências
IEZZI, Gelson – Matemática Volume Único
IEZZI, Gelson – Matemática Elementar – Volume 3 - Trigonometria

440
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Questões

01. (PREF. ÁGUAS DE CHAPECÓ/SC – FARMACÊUTICO – ALTERNATIVE CONCURSOS) O valor


de (sen 90º + cos 180º) é igual a:
(A) 0
(B) 3
(C) -1
(D) -2

02. (SANEAR – FISCAL - FUNCAB) Sendo cos x =1/2 com 0° < x < 90°, determine o valor da
expressão E = sen² x + tg² x.
(A) 9/4
(B) 11/4
(C) 13/4
(D) 15/4
(E) 17/4

03. (ESCOLA DE SARGENTO DAS ARMAS – COMBATENTE/LOGÍSTICA – TÉCNICA/AVIAÇÃO –


EXÉRCITO BRASILEIRO) A soma dos valores de m que satisfazem a ambas as igualdades
senx=(m+1)/m e cos x=(m+2)/m é
(A) 5
(B) 6
(C) 4
(D) -4
(E) -6

04. (PUC – SP) Se tg (x + y) = 33 e tg x = 3, então tg y é igual a:


(A) 0,2
(B) 0,3
(C) 0,4
(D) 0,5
(E) 0,6

Respostas

01. Resposta: A.
sen 90°=1
cos〖180°〗= -1
1+(-1)=0

02. Resposta: D.
Sen²x+cos²x=1
1 2
𝑠𝑒𝑛2 𝑥 + ( ) = 1
2
2
1
𝑠𝑒𝑛 𝑥 = 1 −
4
2
3
𝑠𝑒𝑛 𝑥 =
4
√3
𝑠𝑒𝑛𝑥 = ±
2
Como está no primeiro quadrante
√3
𝑠𝑒𝑛𝑥 = +
2
2
√3 3
2 (2)
𝑠𝑒𝑛2 𝑥 √3 3 4 3 15
𝐸 = 𝑠𝑒𝑛2 𝑥 + 𝑡𝑔2 𝑥 = 𝑠𝑒𝑛2 𝑥 + =( ) + = + = +3=
2
𝑐𝑜𝑠 𝑥 2 1 2 4 1 4 4
(2) 4

441
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
03. Resposta: E.
𝑠𝑒𝑛2 𝑥 + 𝑐𝑜𝑠 2 𝑥 = 1

𝑚+1 2 𝑚+2 2
( ) +( ) =1
𝑚 𝑚

𝑚2 + 2𝑚 + 1 𝑚2 + 4𝑚 + 4
+ −1=0
𝑚2 𝑚2

𝑚2 + 2𝑚 + 1 + 𝑚2 + 4𝑚 + 4 − 𝑚2 = 0
𝑚2 + 6𝑚 + 5 = 0

S = -b/a → S = -6/1 = -6

04. Resposta: B.
O cálculo da adição de arcos da tangente é dado por:
tg x + tg y
𝑡𝑔(𝑥 + 𝑦) =
1 – tg x . tg y

Sabendo que tg (x + y) = 33 e tg x = 3, temos:


3 + tg y
33 =
1 – 3 . tg y

33 – 99.tg y = 3 + tg y
100.tg y = 30
tg y = 30/100
tg y = 0,3

CICLO TRIGONOMÉTRICO

Dada uma circunferência trigonométrica contendo o ponto A=(1,0) e um número real x, existe sempre
um arco orientado AM sobre esta circunferência, cuja medida algébrica corresponde a x radianos.

Seno: No plano cartesiano, consideremos uma circunferência trigonométrica, de centro em (0,0) e raio
unitário. Seja M=(x',y') um ponto desta circunferência, localizado no primeiro quadrante, este ponto
determina um arco AM que corresponde ao ângulo central a. A projeção ortogonal do ponto M sobre o
eixo OX determina um ponto C=(x',0) e a projeção ortogonal do ponto M sobre o eixo OY determina outro
ponto B=(0,y').
A medida do segmento OB coincide com a ordenada y' do ponto M e é definida como o seno do arco
AM que corresponde ao ângulo a, denotado por sen(AM) ou sen(a).

Como temos várias determinações para o mesmo ângulo, escreveremos sen(AM)=sen(a)=sen(a+2k


)=y'

Para simplificar os enunciados e definições seguintes, escreveremos sen(x) para denotar o seno do
arco de medida x radianos.

Cosseno: O cosseno do arco AM correspondente ao ângulo a, denotado por cos(AM) ou cos(a), é a


medida do segmento 0C, que coincide com a abscissa x' do ponto M.

442
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Como antes, existem várias determinações para este ângulo, razão pela qual, escrevemos cos(AM) =
cos(a) = cos(a+2k ) = x'

Tangente: Seja a reta t tangente à circunferência trigonométrica no ponto A=(1,0). Tal reta é
perpendicular ao eixo OX. A reta que passa pelo ponto M e pelo centro da circunferência intersecta a reta
tangente t no ponto T=(1,t'). A ordenada deste ponto T, é definida como a tangente do arco AM
correspondente ao ângulo a.

Assim a tangente do ângulo a é dada pelas suas várias determinações: tan(AM) = tan(a) = tan(a+k )
= µ(AT) = t'
Podemos escrever M=(cos(a),sen(a)) e T=(1,tan(a)), para cada ângulo a do primeiro quadrante. O
seno, o cosseno e a tangente de ângulos do primeiro quadrante são todos positivos.
Um caso particular importante é quando o ponto M está sobre o eixo horizontal OX. Neste caso:
cos(0)=1, sen(0)=0 e tan(0)=0
Ampliaremos estas noções para ângulos nos outros quadrantes

Ângulos no segundo quadrante


Se na circunferência trigonométrica, tomamos o ponto M no segundo quadrante, então o ângulo a entre
o eixo OX e o segmento OM pertence ao intervalo /2<a< . Do mesmo modo que no primeiro
quadrante, o cosseno está relacionado com a abscissa do ponto M e o seno com a ordenada deste ponto.
Como o ponto M=(x,y) possui abscissa negativa e ordenada positiva, o sinal do seno do ângulo a no
segundo quadrante é positivo, o cosseno do ângulo a é negativo e a tangente do ângulo a é negativa.

Outro caso particular importante é quando o ponto M está sobre o eixo vertical OY e neste caso: cos(
/2)=0 e sen( /2)=1
A tangente não está definida, pois a reta OM não intercepta a reta t, pois elas são paralelas.

Ângulos no terceiro quadrante


O ponto M=(x,y) está localizado no terceiro quadrante, o que significa que o ângulo pertence ao
intervalo: <a<3 /2. Este ponto M=(x,y) é simétrico ao ponto M'=(-x,-y) do primeiro quadrante, em
relação à origem do sistema, indicando que tanto a sua abscissa como a sua ordenada são negativos. O
seno e o cosseno de um ângulo no terceiro quadrante são negativos e a tangente é positiva.

443
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Em particular, se a= radianos, temos que cos( )= - 1, sen( )=0 e tg( )=0

Ângulos no quarto quadrante


O ponto M está no quarto quadrante, 3 /2<a< 2 . O seno de ângulos no quarto quadrante é negativo,
o cosseno é positivo e a tangente é negativa.

Quando o ângulo mede 3 /2, a tangente não está definida pois a reta OP não intercepta a reta t, estas
são paralelas. Quando a=3 /2, temos: cos(3 /2)=0, sen(3 /2)=-1

Simetria em relação ao eixo OX


Em uma circunferência trigonométrica, se M é um ponto no primeiro quadrante e M' o simétrico de M
em relação ao eixo OX, estes pontos M e M' possuem a mesma abscissa e as ordenadas possuem sinais
opostos.

Sejam A=(1,0) um ponto da circunferência, a o ângulo correspondente ao arco AM e b o ângulo


correspondente ao arco AM', obtemos:
sen(a) = - sen(b)
cos(a) = cos(b)
tg(a) = - tg(b)

Simetria em relação ao eixo OY


Seja M um ponto da circunferência trigonométrica localizado no primeiro quadrante, e seja M' simétrico
a M em relação ao eixo OY, estes pontos M e M' possuem a mesma ordenada e as abscissa são
simétricas.

444
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Sejam A=(1,0) um ponto da circunferência, a o ângulo correspondente ao arco AM e b o ângulo
correspondente ao arco AM'. Desse modo:
sen(a) = sen(b)
cos(a) = - cos(b)
tg(a) = - tg(b)

Simetria em relação à origem


Seja M um ponto da circunferência trigonométrica localizado no primeiro quadrante, e seja M' simétrico
de M em relação a origem, estes pontos M e M' possuem ordenadas e abscissas simétricas.

Sejam A=(1,0) um ponto da circunferência, a o ângulo correspondente ao arco AM e b o ângulo


correspondente ao arco AM'. Desse modo:
sen(a) = -sen(b)
cos(a) = - cos(b)
tg(a) = tg(b)

Senos e cossenos de alguns ângulos notáveis


Uma maneira de obter o valor do seno e cosseno de alguns ângulos que aparecem com muita
frequência em exercícios e aplicações, sem necessidade de memorização, é através de simples
observação no círculo trigonométrico.

Primeira relação fundamental


Uma identidade fundamental na trigonometria, que realiza um papel muito importante em todas as
áreas da Matemática e também das aplicações é: sin²(a) + cos²(a) = 1 que é verdadeira para todo ângulo
a.
Necessitaremos do conceito de distância entre dois pontos no plano cartesiano, que nada mais é do
que a relação de Pitágoras. Sejam dois pontos, A=(x',y') e B=(x",y").

445
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Definimos a distância entre A e B, denotando-a por d(A,B), como:

Se M é um ponto da circunferência trigonométrica, cujas coordenadas são indicadas por


(cos(a),sen(a)) e a distância deste ponto até a origem (0,0) é igual a 1. Utilizando a fórmula da distância,
aplicada a estes pontos, d(M,0)=[(cos(a)-0)²+(sen(a)-0)²]1/2, de onde segue que 1=cos²(a)+sin²(a).

Segunda relação fundamental


Outra relação fundamental na trigonometria, muitas vezes tomada como a definição da função
tangente, é dada por:
sen(a)
tg(a) =
cos(a)
Deve ficar claro, que este quociente somente fará sentido quando o denominador não se anular.
Se a=0, a= ou a=2 , temos que sen(a)=0, implicando que tg(a)=0, mas se a= /2 ou a=3 /2,
segue que cos(a)=0 e a divisão acima não tem sentido, assim a relação tg(a)=sen(a)/cos(a) não é
verdadeira para estes últimos valores de a.
Para a 0, a , a 2 , a /2 e a 3 /2, considere novamente a circunferência
trigonométrica na figura seguinte.

Os triângulos OMN e OTA são semelhantes, logo:


AT OA
=
MN ON
Como AT=|tg(a)|, MN=|sen(a)|, AO = 1 e ON = |cos(a)|, para todo ângulo a, 0 < a < 2 com a
/2 e a 3 /2 temos
sen(a)
tg(a) =
cos(a)

Seno, cosseno e tangente da soma e da diferença


Na circunferência trigonométrica, sejam os ângulos a e b com 0<a<2 e 0<b<2 , a>b, então;
sen(a+b) = sen(a)cos(b) + cos(a)sen(b)
cos(a+b) = cos(a)cos(b) - sen(a)sen(b)

Dividindo a expressão de cima pela de baixo, obtemos:


sen(a)cos(b)+cos(a)sen(b)
tg(a+b)=
cos(a)cos(b)-sen(a)sen(b)

446
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Dividindo todos os quatro termos da fração por cos(a).cos(b), segue a fórmula:
tg(a) + tg(b)
tg(a+b)=
1 - tg(a)tg(b)
Como
sen(a-b) = sen(a).cos(b) - cos(a).sen(b)
cos(a-b) = cos(a).cos(b) + sen(a).sen(b)
podemos dividir a expressão de cima pela de baixo, para obter:

tg(a) - tg(b)
tg(a-b)=
1 + tg(a)tg(b)

Arcos côngruos (ou congruentes)


Os arcos no círculo trigonométrico possuem origem e extremidade. Uma volta completa no círculo
trigonométrico corresponde a 360º ou 2π rad. mas nem todos os arcos possuem o mesmo comprimento,
pois eles podem ter número de voltas completas diferentes. Com isso podemos definir que:

1º quadrante: abscissa positiva e ordenada positiva → 0º < α < 90º.


2º quadrante: abscissa negativa e ordenada positiva → 90º < α < 180º.
3º quadrante: abscissa negativa e ordenada negativa → 180º < α < 270º.
4º quadrante: abscissa positiva e ordenada negativa → 270º < α < 360º.

Dois arcos são côngruos (ou congruentes) quando têm a mesma extremidade e
diferem entre si apenas pelo número de voltas inteiras.

Uma regra prática e eficiente para determinar se dois arcos são côngruos consiste em verificar se a
diferença entre eles é um número divisível ou múltiplo de 360º, isto é, a diferença entre as medidas dos
arcos dividida por 360º precisa ter resto igual a zero.
Exemplo:
Verificar se os arcos de medidas 6230º e 8390º são côngruos.
8390º – 6230º = 2160
2160º / 360º = 6 e resto igual a zero. Portanto, os arcos medindo 6230º e 8390º são côngruos.

De maneira geral:

a) Se um arco mede α graus, a expressão geral dos arcos côngruos a ele é


dada por αº + k.360º, com k ϵ Z.

b) Se um arco mede α radianos, a expressão geral dos arcos côngruos a


ele é dada por α + 2kπ, com k ϵ Z.

Exemplos:
1) Um móvel partindo do ponto A, origem dos arcos, percorreu um arco de 1690°. Quantas voltas
completas deu e qual quadrante parou?

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Logo, o móvel deu 4 voltas completas no sentido anti-horário. Como 180º < 250º < 270º, o móvel parou
no 3º quadrante.

2) Verifique se são côngruos os seguintes arcos: 22π/5 rad e 52π/5 rad.


22𝜋
5 = 22 = 20 + 2 = 2 + 1
2𝜋 10 10 10 5
22𝜋 1 2𝜋 2𝜋
= (2 + ) . 2𝜋 = 4𝜋 + = 2.2𝜋 +
5 5 5 5

52𝜋
5 = 52 = 50 + 2 = 5 + 1
2𝜋 10 10 10 5
52𝜋 1 2𝜋 2𝜋
= (5 + ) . 2𝜋 = 10𝜋 + = 5.2𝜋 +
5 5 5 5
2𝜋
Os arcos são côngruos, pois ambos são expressos pela forma 5
+ 2𝑘𝜋.

Referência
GIOVANNI, José Ruy; BONJORNO, José Roberto; GIOVANNI JR, José Ruy – Matemática Fundamental – 2º grau Volume Único – FTD - São Paulo: 1994

Questões

01. ( MF – Analista de Finanças e Controle – ESAEF) Se um arco mede α graus, a expressão geral
dos arcos côngruos a ele é dada por α + k 360° , onde k é um número inteiro. Por outro lado, se um arco
mede α radianos, a expressão geral dos arcos côngruos a ele é dada por α + 2 kπ, onde k é um número
inteiro. Um móvel A, partindo do ponto de origem dos arcos de uma circunferência trigonométrica,
percorreu um arco de 1690 graus. O móvel B, partindo deste mesmo ponto de origem, percorreu um arco
de 35π⁄8 radianos. Desse modo, pode-se afirmar que o móvel:
(A) A deu 4 voltas no sentido anti-horário e parou no I quadrante.
(B) A deu 4 voltas no sentido horário e parou no III quadrante.
(C) B deu 2 voltas completas no sentido anti-horário e parou no I quadrante.
(D) B deu 2 voltas completas no sentido horário e parou no I quadrante.
(E) independente do número de voltas, os móveis A e B pararam no primeiro quadrante.

02. (PETROBRAS – Técnico de Estabilidade Junior – CESGRANRIO) No ciclo trigonométrico de


centro O, representado na figura, os ângulos PÔB e QÔS são congruentes, e o arco AP, tomado no
sentido anti-horário, mede 164°. Reduzindo-se o arco AQ ao primeiro quadrante, o valor encontrado será
igual a

448
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
(A) 16°
(B) 24°
(C) 64°
(D) 74°
(E) 86°

03. (Marinha – Fuzileiro Naval – Marinha) Qual é o menor ângulo formado entre os ponteiros de um
relógios quando são exatamente 7 horas?
(A) 210°
(B) 180°
(C) 165°
(D) 150°
(E) 120°

04. (PETROBRAS – Técnico de Estabilidade Junior – CESGRANRIO)

Se o arco AQ mede 294°, o arco PS mede:


(A) 114°
(B) 156°
(C) 164°
(D) 204°
(E) 246°

Respostas

01. Resposta: C.
Basta reduzirmos a primeira volta ambos os ângulos.
1690° = 250° + 4.360, ou seja deu quatro voltas no sentido anti-horário e parou no 3° quadrante.
35π
⁄8 = 32π⁄8 + 3π⁄8 . Ou seja, ele deu 2 voltas completas no sentido anti-horário e parou no 1° quadrante.

02. Resposta: D.
Observe que o arco AB possui 180°, Como o arco AP = 164°, nos resta que PB = 180° – 164° = 16°,
portanto QS = 16°, temos que AQ = 270° - 16° = 254°, como a questão pede para encontrar no primeiro
quadrante devemos fazer 254° – 180° = 74°

03. Resposta: D.

Observe que no relógio temos 12 horas, como uma volta completa é de 360°, ao dividirmos por 12
obtemos 30° então para cada hora possuímos 30 graus.

449
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
No exercício, o menor ângulo formado pelos ponteiros do relógio de 7 para 12 temos 5 horas, logo 5 .
30 = 150°.

04. Resposta: B.
Como AQ = 294°, QA (no sentido anti-horário) = 360° – 294° = 66°, mas de P até o ponto onde temos
no ciclo 180° possui o mesmo valor (66°) Então o arco PS = 66° + 90° = 156°

RELAÇÕES TRIGONOMÉTRICAS EM UM TRIÂNGULO QUALQUER

As relações trigonométricas se restringem somente a situações que envolvem triângulos retângulos.


Na situação abaixo, PÔR é um triângulo obtusângulo, então não podemos utilizar das relações
trigonométricas conhecidas. Para situações como essa, utilizamos a lei dos senos ou a lei dos cossenos,
de acordo com o mais conveniente.
Importante sabermos que:
sen x = sen (180º - x)
cos x = - cos (180º - x)

Lei dos senos:

Resolvendo a situação da figura, temos:


Iremos aplicar a lei dos senos:

100 𝑥 100 𝑥
= ⟶ =
𝑠𝑒𝑛 120° 𝑠𝑒𝑛 45° 𝑠𝑒𝑛 60° 𝑠𝑒𝑛 45°

Pela tabela de razões trigonométricas:


√2 √3
𝑠𝑒𝑛 45° = ∴ 𝑠𝑒𝑛 60° =
2 2
Lei dos cossenos
a² = b² + c² - 2.b.c.cosA
b² = a² + c² - 2.a.c.cosB
c² = a² + b² - 2.a.b.cosC

Exemplo:
Analise o esquema abaixo:
Se optarmos pelo bombeamento da água direto para a casa, quantos metros de cano seriam gastos?

x² = 50² + 80² - 2*50*80*cos60º


x² = 2500 + 6400 – 8000*0,5
x² = 8900 – 4000
x² = 4900

450
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
x = 70 m
Seriam gastos 70 metros de cano.
Referência
brasilescola.com
DANTE, Luiz Roberto. Matemática: contexto e aplicações. Vol. Único. 4ª edição. Editora Ática, 2011.
DANTE, Luiz Roberto. Projeto VOAZ Matemática.Vol. Único, 1ª, 2ª e 3ª Parte. 4ª edição. São Paulo: Ática, 2015 (Coleção Projeto VOAZ).

Questões

01. Em um triângulo, os lados de medidas 6√3 cm e 8 cm formam um ângulo de 30º. Qual é a medida
do terceiro lado?
(A) 4√7 cm
(B) √7 cm
(C) 3√7 cm
(D) 5√7 cm
(E) 2√7 cm

02. Qual é o valor do lado oposto ao ângulo de 60º. Observe figura a seguir:

(A) √13
(B) 2√13
(C) 3√13
(D) 4√13
(E) 5√13

03. No triângulo abaixo, pede-se determinar o valor de x:

(A) √32 𝑐𝑚
(B) √2 𝑐𝑚
(C) 8√2 𝑐𝑚
(D) 8√256 𝑐𝑚
(E) 8√80 𝑐𝑚

04. (Universidade Federal de Viçosa) Dois lados de um terreno de forma triangular medem 15 m e
10 m, formando um ângulo de 60°, conforme a figura abaixo:

451
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
O comprimento do muro necessário para cercar o terreno, em metros, é:
(A) 5(5 + √15)
(B) 5(5 + √5)
(C) 5(5 + √13)
(D) 5(5 + √11)
(E) 5(5 + √7)
Respostas

01. Resposta: E.
De acordo com a situação, o lado a ser determinado é oposto ao ângulo de 30º. Dessa forma,
aplicamos a fórmula da lei dos cossenos da seguinte maneira:
x² = (6√3)² + 8² - 2 * 6√3 * 8 * cos 30º
x² = 36 * 3 + 64 – 2 * 6√3 * 8 * √3/2
x² = 108 + 64 – 96 * √3 * √3/2
x² = 172 – 48 * 3
x² = 172 – 144
x² = 28
x = 2√7 cm

02. Resposta: B.
Pela lei dos cossenos
x² = 6² + 8² - 2 * 6 * 8 * cos 60º
x² = 36 + 64 – 96 * 1/2
x² = 100 – 48
x² = 52
√x² = √52
x = 2√13

03. Resposta: C.
Pela lei dos senos:

𝑥 8
=
𝑠𝑒𝑛45° 𝑠𝑒𝑛30°

𝑥. 𝑠𝑒𝑛30° = 8. 𝑠𝑒𝑛45°

1 √2
𝑥. = 8.
2 2

𝑥 = 8√2 𝑐𝑚

04. Resposta: E.
O comprimento do muro necessário para cercar o terreno é igual ao seu perímetro. Para esse cálculo,
basta somar os comprimentos do lado do triângulo.
10 + 15 + x
O valor de x pode ser encontrado por meio da lei dos cossenos:
x2 = 102 + 152 – 2·10·15·cos 60°
x2 = 100 + 225 – 2·150·cos 60°
x2 = 325 – 300·1/2
x2 = 325 – 150
x2 = 175
x = √175 (Basta decompor o 175 em fatores primos)
x = √52 . 7
x = 5√7
Logo, a soma que representa o perímetro desse triângulo é:
10 + 15 + x
25 + 5√7

452
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
5·5 + 5√7
5(5 + √7)

RELAÇÕES TRIGONOMÉTRICAS NO TRIÂNGULO RETÂNGULO

A palavra trigonometria significa: tri (três), gono (ângulo) e metria (medida), traduzido mais ou menos
para estudo das medidas de três ângulos. A figura que tem três ângulos chama-se Triângulo.

Em todo triângulo retângulo os lados recebem nomes especiais. O maior lado (oposto do ângulo de
90°) é chamado de Hipotenusa e os outros dois lados menores (opostos aos dois ângulos agudos) são
chamados de Catetos.
Observe a figura:

- a é a hipotenusa.
- b e c são os catetos.

Para estudo de Trigonometria, são definidos no triângulo retângulo, três razões chamadas
trigonométricas: seno, cosseno e tangente.
𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑜𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜
- 𝑠𝑒𝑛 = 𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑎 ℎ𝑖𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑢𝑠𝑎

𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑎𝑑𝑗𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒


- 𝑐𝑜𝑠 =
𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑎 ℎ𝑖𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑢𝑠𝑎

𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑜𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜


- 𝑡𝑔 = 𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑎𝑑𝑗𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒

No triângulo acima, temos:

Como podemos notar, 𝑠𝑒𝑛𝛼 = 𝑐𝑜𝑠𝛽 e 𝑠𝑒𝑛𝛽 = 𝑐𝑜𝑠𝛼.


Em todo triângulo a soma dos ângulos internos é igual a 180°.
No triângulo retângulo um ângulo mede 90°, então:
90° + α + β = 180°
α + β = 180° - 90°
α + β = 90°

453
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Quando a soma de dois ângulos é igual a 90°, eles são chamados de Ângulos Complementares. E,
neste caso, sempre o seno de um será igual ao cosseno do outro.

Valores Notáveis
A tabela a seguir representa os valores de seno, cosseno e tangente dos ângulos de 30°, 45° e 60°,
considerados os três ângulos notáveis da trigonometria.

30° 45° 60°


sen 1 √2 √3
2 2 2
cos √3 √2 1
2 2 2
tg √3 1 √3
3

Nestas relações, além do senx e cosx, temos: tg (tangente), cotg (cotangente), sec (secante) e cossec
(cossecante).

Questões

01. Um avião levanta voo formando um ângulo de 30° com a horizontal. Sua altura, em metros, após
ter percorrido 600 m será:
(A) 100
(B) 200
(C) 300
(D) 400
(E) 500

02. (UDESC) Sobre um plano inclinado deverá ser construída uma escadaria.

Sabendo-se que cada degrau da escada deverá ter uma altura de 20 cm e que a base do plano
inclinado medem 280√3 cm, conforme mostra a figura acima, então, a escada deverá ter:
(A) 10 degraus
(B) 28 degraus
(C) 14 degraus
(D) 54 degraus
(E) 16 degraus

03. (EPCAR – Cadete – EPCAR) Uma coruja está pousada em R, ponto mais alto de um poste, a uma
altura h do ponto P, no chão. Ela é vista por um rato no ponto A, no solo, sob um ângulo de 30°, conforme
mostra figura abaixo.

454
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
O rato se desloca em linha reta até o ponto B, de onde vê a coruja, agora sob um ângulo de 45° com
o chão e a uma distância BR de medida 6√2 metros. Com base nessas informações, estando os pontos
A, B e P alinhados e desprezando-se a espessura do poste, pode-se afirmar então que a medida do
deslocamento AB do rato, em metros, é um número entre
(A) 3 e 4.
(B) 4 e 5.
(C) 5 e 6.
(D) 6 e 7.

04. (Câmara Municipal de Catas Altas/MG - Técnico em Contabilidade – FUMARC) As medidas


dos catetos de um triângulo retângulo com a hipotenusa medindo 10 cm e com o seno de um dos ângulos
agudos valendo 0,8 são:
(A) 5cm e 4cm.
(B) 3cm e 5cm.
(C) 6cm e 8cm.
(D) 4cm e 6cm.

Respostas

01. Resposta: C.
Do enunciado temos a seguinte figura.

600 m é a hipotenusa e h é o cateto oposto ao ângulo dado, então temos que usar o seno.
cat. oposto
sen30° = hipotenusa

1 h
2
= 600 → 2h = 600 → h = 600 : 2 = 300 m

02. Resposta: C.
Para saber o número de degraus temos que calcular a altura BC ̅̅̅̅ do triângulo e dividir por 20 (altura de
̅̅̅̅ e AC
cada degrau). No triângulo ABC, BC ̅̅̅̅ são catetos, a relação entre os dois catetos é a tangente.
cat.oposto ̅̅̅̅
BC
tg30° = cat.adjacente = AC
̅̅̅̅

Número de degraus = 280 : 20 = 14

03. Resposta: B.
Do enunciado temos a seguinte figura:

455
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
BR = 6√2
𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑜𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜 √2 ℎ
𝑠𝑒𝑛45° = ℎ𝑖𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑢𝑠𝑎
→ 2
=6 → 2ℎ = 6√2. √2 → 2h = 12 → h = 6
√2

O ângulo BRP = 45º, logo o triângulo BRP é isósceles → BP = PR = h = 6


𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑜𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜 ℎ
No triângulo APR: 𝑡𝑔30º = 𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑎𝑑𝑗𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒 = 𝑥+6

√3 6 18
= → √3. (𝑥 + 6) = 18 → 𝑥 + 6 = . Racionalizando, temos:
3 𝑥+6 √3

18.√3 18√3
𝑥+6= →𝑥+6= → 𝑥 + 6 = 6√3 (√3 ≅ 1,7)
√3.√3 3

x = 6.1,7 – 6
x = 10,2 – 6 = 4,2

04. Resposta: C.
Pelo enunciado a hipotenusa mede 10 e o seno de um dos ângulos (vamos chamar este ângulo de α)
mede 0,8.

𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑜𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜 𝑥
𝑠𝑒𝑛 ∝= ℎ𝑖𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑢𝑠𝑎
→ 0,8 = 10 → x = 10.0,8 → x = 8 cm

Pelo Teorema de Pitágoras:


x2 + y2 = 102
8 + y2 = 100 → 64 + y2 = 100 → y2 = 100 – 64 → y2 = 36 → y = 6 cm
2

d. Transformações geométricas: translação, rotação, simetria e homotetia.

TRANSFORMAÇÕES GEOMÉTRICAS32

Transformação geométrica é uma aplicação objetiva entre duas figuras geométricas, no mesmo plano
ou em planos diferentes, de forma que, a partir de uma figura geométrica original, forma-se outra figura
geometricamente igual ou equivalente. Uma transformação geométrica é, portanto, uma correspondência,
um a um, entre pontos de um mesmo plano ou de planos diferentes.

Translação
À primeira vista, parece só se tratar da mesma figura copiada ao lado do original. Porém existem alguns
detalhes que fazem essa transformação ser mais que isso. Observe a imagem:

32 https://novaescola.org.br/conteudo/2711/geometria-das-transformacoes

456
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Trata-se de repetição, porém a mesma figura tem de ser repetida uma ou mais vezes em intervalos
regulares, como se estivesse deslizando a certa distância, em uma mesma direção.

Para aplicar o conceito, é necessário saber as medidas dos segmentos e dos ângulos do original e
traçá-los de forma idêntica, conservando a forma e o tamanho. A nova imagem terá como diferença a
posição, podendo estar mais à esquerda ou à direita, para baixo ou para cima ou inclinada da original.

Se nos casos anteriores, as imagens se mantinham congruentes, quando o assunto é semelhança,


embora a forma, o ângulo e a posição sejam preservados, o tamanho é alterado.

Essas possibilidades são as homotetias, subdivididas em ampliação e redução. Em ambos os casos,


o que marca a mudança é a proporcionalidade, ou seja, se um quadrado com 1,5 centímetro de lado tiver
seu comprimento de lado dobrado (razão 1:2), os lados da nova imagem têm de ter 3 centímetros de lado.
Observe o exemplo abaixo:

Rotação
Nessa transformação, parece que a imagem está desenhada em outra posição, fazendo um giro em
relação à original. Mas a ideia está incompleta. Não contempla o que determina o posicionamento da
figura, o centro da rotação. Veja a imagem abaixo:

Para obedecer a proposta de rotacionar uma figura a 90° no sentido horário, o centro deve ser o ponto
de partida para medir o ângulo determinado - e assim a imagem inteira é transportada para outro local,
ocupando uma posição diferente. Dessa forma, são encontrados os pontos correspondentes aos originais
e mantidas as mesmas medidas entre o centro e a nova figura. Essa transformação mostra como
resultado imagens congruentes, com os ângulos e os lados correspondentes medindo o mesmo valor e
partindo de um mesmo centro.

FIGURAS SIMÉTRICAS

Observando as figuras abaixo, se a dobrarmos ao longo do segmento e, as duas partes obtidas vão
se sobrepor. Toda vez que isso acontece dizemos que a figura é simétrica e o segmento e que a divide é
o eixo de simetria33.

Algumas figuras apresentam mais de um eixo de simetria. Observe as figuras abaixo:

33
LOPES, Antônio (Bigode) - Matemática 8 ano – Projeto Velear – Editora Scipione
ANDRINI, Álvaro; VASCONCELLOS, Maria José. – Praticando Matemática 7 - 3. ed. renovada. – São Paulo: Editora do Brasil, 2012. – (Coleção praticando
matemática)

457
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
-Tipos de Simetria

Há vários tipos de simetria, umas das que mais vemos no nosso dia-a-dia são:
1) Axial;
2) Reflexão;
3) Rotação;
4) Translação;
5) Reflexões com deslizamento.

Vejamos cada um deles

1) Axial: é aquela que possui eixos simétricos. Como tratamos acima.


Exemplos:

2) Reflexão: é uma figura invertida, como se estivéssemos olhando em um espelho.


Exemplos:

3) Rotação: é a transformação pela qual a imagem de uma figura é obtida ao rotacioná-la em, torno
de um ponto O imaginário. O ângulo de rotação pode ser no sentido horário ou anti-horário. Quando o
giro em uma simetria de rotação for de 180º, no sentido horário ou anti-horário, dizemos que esse é um
caso de simetria central.
Exemplos:
Rotação de uma seta AB em torno do
centro O, com um ângulo de giro α

458
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4) Translação: é a transformação de uma figura que sofre um deslocamento de acordo com a
distância, direção e sentido, sem alterar seu tamanho, forma ou proporção.
Exemplos:

Translação de um pentaminó:
desloca-se o pentaminó 4 unidades
de medida na direção horizontal.

5) Reflexões com deslizamento: como as translações, reflexões com deslizamento não têm nenhum
ponto fixo. Isto é, a reflexão com deslizamento é a junção da rotação com a translação.
Exemplos:

- Simetria no triângulo isósceles


Todo triângulo isósceles tem um único eixo de simetria.
Como os ângulos  e 𝐵̂ se sobrepõem perfeitamente, temos que a = b.
Os ângulos da base de um triângulo isósceles são congruentes.

459
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O eixo de simetria determina a bissetriz do ângulo do vértice.

- Simetria no triângulo equilátero


Todo triângulo equilátero tem três eixos de simetria. Traçamos esses eixos no triângulo equilátero
abaixo.

Cada eixo de simetria divide o triângulo equilátero em duas partes idênticas que se sobrepõem
perfeitamente, quando dobramos a figura pelo eixo.

A linha de dobra é um dos eixos de simetria do triângulo. Observe que os ângulos 𝐵̂ e 𝐶̂ se sobrepõem
perfeitamente.
Daí, b = c.
Os ângulos  e 𝐶̂ se sobrepõem perfeitamente, ou seja, a = c.
Se b = c e a = c, temos que a = b = c.

Com isso concluímos que os três ângulos internos de um triângulo equilátero são congruentes.

Questões

01. (Fesp-RJ) Se a soma dos lados de um triângulo equilátero é menor do que 17 cm e maior do que
13 cm e a medida de seus lados é um número inteiro, o lado desse triângulo mede:
(A) 3 cm
(B) 4 cm
(C) 5 cm
(D) 6 cm

02. Quantos eixos de simetria tem a figura?

(A) 4
(B) 3
(C) 2
(D) 1
(E) Não possui eixo de simetria.

03. Julgue os itens abaixo:


I - Um triângulo equilátero tem três eixos de simetria.

460
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II - Um triângulo isósceles tem dois eixos de simetria.
III - Um triângulo retângulo isósceles tem um eixo de simetria.
IV - Um triângulo escaleno não tem eixos de simetria.

De acordo com o julgamento podemos afirmar que:


(A) Somente os itens III e IV são verdadeiros.
(B) Somente os itens IV e II são falsos.
(C) Somente o item II é falso
(D) Somente o item IV é verdadeiro.

04. (SAEB/BA – Todos os cargos – CESPE)

Na primeira fase de um concurso para a escolha de logotipos, foram selecionados cinco finalistas,
entre os quais o ilustrado na figura acima. Em uma segunda fase, decidiu-se classificar apenas aqueles
que apresentavam algum tipo de simetria. Sob essa condição, esse logotipo deve ser
(A) classificado, porque possui dois eixos de simetria.
(B) classificado, porque possui cinco eixos de simetria.
(C) desclassificado, porque não possui eixo de simetria.
(D) classificado, porque tem infinitos eixos de simetria.

Comentários

01. Resposta: C.
Sabemos que os 3 lados são iguais, e como a soma dos lados(perímetro) é menor que 17 e maior que
13, temos que a soma só pode ser 14,15 ou 16. Observamos que apenas 15 é um número divisível por
3, logo:
3l = 15 → l = 15/3 → l = 5 cm

02. Resposta: A.

03. Resposta: C.

04. Resposta: C.
A figura não possui eixo de simetria.

461
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e. Vetores: vetores, adição, multiplicação por escalar e propriedades.
Decomposição de um vetor no plano e no espaço. Dependência linear e base.
Produtos: escalar, vetorial e produto misto. Interpretação geométrica e
propriedades.

O VETOR

Considere o segmento orientado AB na figura abaixo.

Observe que o segmento orientado AB é caracterizado por três aspectos bastante definidos:
• comprimento (denominado módulo)
• direção
• sentido (de A para B)

Chama-se vetor34 ao conjunto infinito de todos os segmentos orientados equipolentes a AB, ou seja,
o conjunto infinito de todos os segmentos orientados que possuem o mesmo comprimento, a mesma
direção e o mesmo sentido de AB.
Assim, a ideia de vetor nos levaria a uma representação do tipo:

Na prática, para representar um vetor, tomamos apenas um dos infinitos segmentos orientados que o
compõe. Guarde esta ideia, pois ela é importante!

Sendo u um vetor genérico, o representamos pelo símbolo:

Para facilitar o texto, representaremos o vetor acima na forma em negrito u . Todas as


representações de letras em negrito neste arquivo, representarão vetores. O módulo do vetor u, será
indicado simplesmente por u, ou seja, a mesma letra indicativa do vetor, sem o negrito.
Podemos classificar os vetores em três tipos fundamentais:

Vetor livre – aquele que fica completamente caracterizado, conhecendo-se o seu módulo, a sua
direção e o seu sentido.
Exemplo: o vetor u das figuras acima.

Vetor deslizante – aquele que para ficar completamente caracterizado, devemos conhecer além da
sua direção, do seu módulo e do seu sentido, também a reta suporte que o contém. Os vetores deslizantes
são conhecidos também como cursores.
Notação: (u, r) – vetor deslizante (cursor) cujo suporte é a reta r.
Exemplo: ver figura abaixo

Vetor ligado – aquele que para ficar completamente caracterizado, devemos conhecer além da sua
direção, módulo e sentido, também o ponto no qual está localizado a sua origem.
Notação: (u, O) – vetor ligado ao ponto O.
Exemplo: ver figura abaixo.

34coladaweb.com/matematica/calculo-de-vetores-calculo-vetorial
matematica-ga.blogspot.com.br/2006/10/produto-vetorial.html
mundoeducacao.bol.uol.com.br/matematica/norma-ou-modulo-um-vetor.htm

462
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Notas:
a) o vetor ligado também é conhecido como vetor de posição.
b) os vetores deslizantes e os vetores ligados, possuem muitas aplicações no estudo de Mecânica
Racional ou Mecânica Geral, disciplinas vistas nos semestres iniciais dos cursos de Engenharia.
c) neste trabalho, ao nos referirmos aos vetores, estaremos sempre considerando os vetores livres

O VETOR OPOSTO

Dado o vetor u, existe o vetor – u, que possui o mesmo módulo e mesma direção do vetor u, porém,
de sentido oposto.

O VETOR UNITÁRIO (VERSOR)

Chamaremos de VERSOR ou VETOR UNITÁRIO, ao vetor cujo módulo seja igual à unidade, ou seja:
| u | = u = 1.

O VETOR NULO

Vetor de módulo igual a zero, de direção e sentido indeterminados.


Notação: 0

A PROJEÇÃO DE UM VETOR SOBRE UM EIXO

Veja a figura abaixo, na qual o vetor u forma um ângulo q com o eixo r.

Teremos que o vetor ux será a componente de u segundo o eixo r , de medida algébrica igual a
ux = u . cosq . Observe que se q = 90º, teremos cosq = 0 e, portanto, a projeção do vetor segundo o
eixo r, será nula.

A NOTAÇÃO DE GRASSMANN PARA OS VETORES

Considere o vetor u na figura abaixo, sendo A a extremidade inicial e B a extremidade final do vetor.

Grassmann (matemático alemão – 1809/1877) interpretou a situação, como o ponto B


obtido do ponto A, através de uma translação de vetor u.
Assim, pode-se escrever:
B = A + u e, portanto, pode-se escrever também: u = B – A
Esta interpretação, um vetor enxergado como uma diferença de dois pontos, permitirá a simplificação
na resolução de questões, conforme veremos na sequência deste trabalho.

UM VETOR NO PLANO COMO UM PAR ORDENADO

Considere o vetor u, representado no plano cartesiano Oxy, conforme figura abaixo:

463
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Pela notação de Grassmann, poderemos escrever:
P=O+u
u=P–O
Se considerarmos que o ponto O é a origem do sistema de coordenadas cartesianas e, por
conseguinte, O (0, 0) e que as coordenadas de P sejam x (abcissa) e y (ordenada), teremos o ponto P (x,
y).
Substituindo acima, vem:
u = P – O = (x, y) – (0, 0) = (x – 0 , y – 0 ) = (x, y).
Portanto,
u = (x, y)
Logo, o vetor u, fica expresso através de um par ordenado, referido à origem do sistema de
coordenadas cartesianas.
Neste caso, o módulo do vetor u (aqui representado por u , conforme convenção adotada acima),
sendo a distância do ponto P à origem O, será dado por:

UM VETOR NO PLANO, EM FUNÇÃO DOS VERSORES DOS EIXOS COORDENADOS

Vimos acima que um VERSOR, é um VETOR de módulo unitário. Vamos associar um versor a cada
eixo, ou seja: o versor i no eixo dos x e o versor j no eixo dos y , conforme figura abaixo:

O par ordenado de versores (i, j) constitui o que chamamos de BASE do plano R2, ou seja, base do
plano cartesiano Oxy.
Verifica-se que um vetor u = (x, y) , pode ser escrito univocamente como:
u = x.i + y.j
Analogamente, se em vez do plano R2, estivéssemos trabalhando no espaço R3, poderíamos
considerar os versores i, j e k , respectivamente dos eixos Ox, Oy e Oz , conforme figura abaixo, e a
representação do vetor u, no espaço seria:
u = (x, y, z) = x.i + y.j + z.k
Analogamente, o terno (i, j, k) , será a BASE do espaço R3 .

464
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
O módulo do vetor u = x.i + y.j + z.k será dado por:

OPERAÇÕES COM VETORES

ADIÇÃO
Dados dois vetores u e v , define-se o vetor soma u + v , conforme indicado nas figuras abaixo.
Regra do triângulo

Regra do paralelogramo

SUBTRAÇÃO
Considerando-se a existência do vetor oposto -v , podemos definir a diferença u – v , como sendo igual
à soma u + ( -v ) .
Veja a figura abaixo:

MULTIPLICAÇÃO POR UM ESCALAR


Dado um vetor u e um escalar a Î R, define-se o vetor a .u , que possui a mesma direção de u e sentido
coincidente para a > 0 e sentido oposto para a < 0. O módulo do vetor a .u será igual a
|a |.u .

Exemplo

465
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Seja u = (2, 3, 4) e a = 5, então:
a.u = 5.(2, 3, 4) = (10, 15, 20).

PRODUTO INTERNO DE VETORES


Dados dois vetores u e v , define-se o produto interno desses vetores como segue:
u . v = u . v . cos b onde u e v são os módulos dos vetores e b o ângulo formado entre eles.
Da definição acima, infere-se imediatamente que:
a) se dois vetores são paralelos, (b = 0º e cos 0º = 1) então o produto interno deles, coincidirá com o
produto dos seus módulos.
b) o produto interno de um vetor por ele mesmo, será igual ao quadrado do seu módulo, pois neste
caso,
b = 0º e cos 0º = 1 u.u = u.u.1 = u2
c) se dois vetores são perpendiculares, (b = 90º e cos 90º = 0) então o produto interno deles será nulo.
d) o produto interno de dois vetores será sempre um número real.
e) o produto interno de vetores é também conhecido como produto escalar.

CÁLCULO DO PRODUTO INTERNO EM FUNÇÃO DAS COORDENADAS DO VETOR


Sejam os vetores u = (a, b) = a i + b j e v = (c, d) = c i + d j
Vamos multiplicar escalarmente os vetores u e v.
u.v = (a i + b j).(c i + d j) = ac i.i + ad i.j + bc j.i + bd j.j
Lembrando que os versores i e j são perpendiculares e considerando-se as conclusões acima,
teremos:
i.i = j.j = 1 e i.j = j.i = 0
Daí, fazendo as substituições, vem:
u.v = ac . 1 + ad . 0 + bc . 0 + bd . 1 = ac + bd
Então concluímos que o produto interno de dois vetores, é igual à soma dos produtos das componentes
correspondentes ou homônimas.
Unindo a conclusão acima, com a definição inicial de produto interno de vetores, chegamos a uma
importante fórmula, a saber:
Sejam os vetores: u = (a,b) e v = (c, d)
Já sabemos que: u.v = u.v.cosb = ac + bd
Logo, o ângulo formado pelos vetores, será tal que:

Onde u e v correspondem aos módulos dos vetores e a, b, c, d são as suas coordenadas.


Portanto, para determinar o ângulo formado por dois vetores, basta dividir o produto interno deles, pelo
produto dos seus módulos. Achado o cosseno, o ângulo estará determinado.
Veremos um exercício de aplicação, no final deste arquivo.
Vamos demonstrar o teorema de Pitágoras, utilizando o conceito de produto interno de vetores.
Seja o triângulo retângulo da figura abaixo:

É óbvio que: w = u + v
Quadrando escalarmente a igualdade vetorial acima, vem:
w2 = u2 + 2.u.v + v2
Dos itens (b) e (c) acima, concluímos que w2 = w2 , u2 = u2 , v2 = v2 e u.v = 0 (lembre-se que os
vetores u e v são perpendiculares).
Assim, substituindo, vem:
w2 = u2 + 2.0 + v2 , ou, finalmente: w2 = u2 + v2 (o quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados
dos catetos).

Exemplos
Para concluir, vamos resolver algumas questões envolvendo vetores.

466
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
1 – Dados os vetores no plano R2 , u = 2 i – 5 j e v = i + j , pede-se determinar:
a) o vetor soma u + v
b) o módulo do vetor u + v
c) o vetor diferença u – v
d) o vetor 3 u – 2 v
e) o produto interno u.v

Resolução:
a) Temos: u = (2, -5) e v = (1, 1). Logo, u + v = (2, -5) + (1, 1) = (3, -4) = 3 i – 4 j
b) | u + v| = Ö 32 + 42 = Ö 25 = 5 ou 5 u.c (u.c. = unidades de comprimento).
c) u – v = (2, -5) – (1, 1) = (1, -6) = i – 6 j
d) 3u – 2v = 3.(2, -5) -2( 1, 1) = (6, -15) + (-2, -2) = (4, -17) = 4 i – 17 j
e) u.v = 2.1 + (-5).1 = – 3

PRODUTO VETORIAL
A notação do produto vetorial entre dois vetores a e b é a × b (em manuscritos, alguns matemáticos
escrevem a x b. Podemos defini-lo como

onde θ é a medida do ângulo entre a e b (0° ≤ θ ≤ 180°) no plano definido pelos dois vetores, e n é o
vetor unitário perpendicular a tanto a quanto b.

O problema com esta definição é que existem dois vetores unitários que são perpendiculares à a e b
simultaneamente: se n é perpendicular, então −n também o é.
O resultado correto depende da orientação do espaço vetorial, i.e. da quiralidade do sistema de
coordenadas (i, j, k). O produto vetorial a × b é definido de tal forma que (a, b, a × b) se torna destro se (i,
j, k) é destro ou canhoto se (i, j, k) é canhoto.
Uma forma fácil de calcular a direção do vetor resultante é a "regra da mão direita". Se um sistema de
coordenadas é destro, basta apontar o indicador na direção do primeiro operando e o dedo médio na
direção do segundo operando. Desta forma, o vetor resultante é dado pela direção do polegar.
Como o produto vetorial depende do sistema de coordenadas, seu resultado é referenciado como
pseudovetor. Felizmente na natureza os produtos vetoriais aparecem aos pares, de maneira que a
orientação do sistema de coordenadas é cancelado pelo segundo produto vetorial.
O produto vetorial pode ser representado graficamente, com respeito à um sistema de coordenadas
destro, como se segue:

Significado geométrico
O comprimento do produto vetorial, a × b, pode ser interpretado como a área do paralelogramo definido
pelos vetores a e b. Isto significa que o produto misto (ou triplo-escalar) resulta no volume do
paralelepípedo formado pelos vetores a, b e c.
Propriedades algébricas
O produto vetorial é anticomutativo,
a × b = -b × a,

distributivo sobre a adição,

467
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
a × (b + c) = a × b + a × c,

e compatível com a multiplicação escalar, tal que


(ra) × b = a × (rb) = r(a × b).

Não é associativo, mas satisfaz a identidade de Jacobi:


a × (b × c) + b × (c × a) + c × (a × b) = 0

A distributividade, linearidade e identidade de Jacobi mostram que R3 junto com a adição de vetores
e o produto vetorial formam uma álgebra de Lie.

Além disso, dois vetores não nulos a e b são paralelos se e somente se a × b = 0.

PRODUTO MISTO

O produto misto (também chamado de produto triplo) é uma operação que envolve 3 vetores e 2
produtos, sendo o escalar e o vetorial. Essa operação do produto misto tem por símbolos “x” e “^”, que
resultam em um número real, podendo ser desenvolvido como uma determinante.

Essa operação é geralmente usada para calcular o volume de paralelepípedos e tetraedros. Nessa
postagem, eu estarei resolvendo exercícios simples, para demonstrar o método.

Exemplos

1) Dado U =(2,−3,4), V =(8,6,9) e W =(1,7,5). Calcule o volume do paralelepípedo abaixo:


Resolução:

Para resolver esse exercício vou montar uma determinante, e repetirei as duas primeiras colunas; em
seguida, traçarei três linhas diagonais para a direita, e três linhas diagonais para a esquerda.

Após tracejar as linhas, iremos multiplicar os números destas, sendo que as linhas diagonais para a
esquerda serão multiplicadas por “menos”, isto é, terá valor negativo no final.

Montando a equação do paralelepípedo,

Vp =((2x6x5)+(−3x9x1)+(4x8x7))−((−3x8x5)+(2x9x7)+(4x6x1))⇒

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1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
⇒Vp =((60)+(−27)+(224))−((−120)+(126)+(24))⇒
⇒Vp =(257)−(30)⇒
⇒Vp =227 m3

2) Determinar o volume do paralelepípedo, sendo 𝑈 =(6,0,0), 𝑉⃗ =(0,7,2) e 𝑊
⃗⃗⃗ =(0,1,4)

Resolução:

A partir da determinante abaixo, vamos copiar as duas primeiras colunas e fazer as devidas
multiplicações, lembrando sempre de pôr o sinal de menos para os resultados das linhas diagonais à
esquerda.

Preparando a equação do paralelepípedo,

Vp =((6x7x4)+(0x2x0)+(0x0x1))−((0x0x4)+(6x2x1)+(0x7x0))⇒
Vp =((168)+(0)+(0))−((0)+(12)+(0))⇒
Vp =(168)−(12)=156 m3
3) Determine o volume do tetraedro:
Dados:
𝐴 = (0,0,0), 𝐵⃗ = (5,4,0), 𝐶 = (0,1,7) e 𝐷⃗ = (6,0,3)
Resolução:
Reduzindo os 4 vetores em 3:
𝐴𝐵 =(B−A) = (5,4,0)−(0,0,0)=(5,4,0)
⃗⃗⃗⃗⃗
⃗⃗⃗⃗⃗ =(C−A) = (0,1,7)−(0,0,0)=(0,1,7)
𝐴𝐶
𝐴𝐷 =(D−A) = (6,0,3)−(0,0,0)=(6,0,3)
⃗⃗⃗⃗⃗

Este determinante irá gerar os resultados das multiplicações, do lado direito (positivo) e do lado
esquerdo (negativo), lembrando que o tetraedro tem um sexto de volume, quando relacionado ao
paralelepípedo.

Com isso,
Vt =6.(((5x1x3)+(4x7x6)+(0x0x0))−((4x0x3)+(5x7x0)+(0x1x6)))⇒
1

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1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
⇒Vt =16 (((15)+(168)+(0))−((0)+(0)+(0)))⇒
⇒Vt=16.((15)+(168))=30,5.
Módulo de um Vetor (Norma)

O módulo de um número real “a” é um número real que indica o tamanho do segmento de reta das
extremidades “0” e “a” ou a distância do ponto “a” até o ponto “0” na reta numérica. O módulo de um vetor,
também conhecido como norma de um vetor, não difere em definição do módulo de um número real.
Para calcular o módulo de um número real, geralmente utilizamos a ideia de distância desse número
até a origem. Origem é o ponto 0: aquele em que, à direita, ficam os números positivos e, à esquerda, os
números negativos. Portanto, aquele que conhece a distância do ponto “a” até a origem “0” conhece
também o módulo do número “a”.
A notação utilizada para representar a afirmação “módulo de a é igual à distância de a até a origem” é
a seguinte:
|a| = d(a,0)

Na imagem acima, observe que |6| = 6, pois a distância de 6 até 0 é 6. Observe também que |–6| = 6,
pois d(–6,0) = 6.

Módulo ou norma de um vetor

Vetores são objetos criados para observar direção, sentido e intensidade de movimento de objetos no
espaço. Esse espaço não se restringe às três dimensões comumente estudadas no Ensino Médio, mas
se trata de um espaço “n-dimensional”, isto é, o espaço em que os vetores são observados pode ter uma
dimensão (esse espaço é chamado de reta), duas dimensões (plano), três dimensões (espaço), quatro
dimensões (espaço-tempo) etc.
Os vetores são representados geometricamente por flechas. Geralmente eles partem da origem, e as
coordenadas de seu ponto final são escritas para identificá-lo. Na imagem abaixo, o vetor v = (a,b), pois
(a,b) é o ponto final do vetor v.

A norma ou módulo de um vetor é um número real que representa o comprimento desse vetor. Dessa
forma, calcular a norma de um vetor é o mesmo que calcular a distância entre o ponto (a,b) e a origem
(0,0). Utilizando |v| como notação para módulo do vetor v = (a,b), pertencente ao plano, teremos:
|v| = √(a² + b²)
Caso o vetor v = (a,b,c) pertença ao espaço tridimensional, seu módulo será encontrado desta forma:
|v| = √(a² + b² + c²)
Consequentemente, se o vetor v = (a, b, … ,n) pertencer a um espaço n-dimensional, a soma no interior
da raiz quadrada terá n parcelas:
|v| = √(a² + ⋯ + n²)√(a2 + ... + n2)

Exemplo: Para calcular a norma do vetor v = (3, – 5), utilize: |v| = √(a² + b²)

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|v| = √(a² + b²)

|v| = √(3² + (−5)²)


|v| = √9 + 25

|v| = √34)

Questões

01. (UFVJM-MG – Técnico de Laboratório/Física – FUNDEP/2017) Durante um estudo de


deslocamento, um estudante encontra três vetores, como os representados na figura.
Suponha que cada quadrado da figura represente uma distância de 1,0 cm de aresta. Nesse caso, o
vetor deslocamento resultante terá módulo, direção e sentido indicados em:

Suponha que cada quadrado da figura represente uma distância de 1,0 cm de aresta. Nesse caso, o
vetor deslocamento resultante terá módulo, direção e sentido indicados em:
(A) 10,0 cm, diagonal, nordeste.
(B) 100,00 cm, diagonal, sudoeste.
(C) 5,0 cm, diagonal, sudoeste.
(D) 12,0 cm, diagonal, nordeste.
(E) 18,0 cm, diagonal, noroeste.

02. (EBSERH – Engenheiro – INSTITUTO AOPC) Sobre análise vetorial, assinale a alternativa
correta.
(A) O produto escalar de dois vetores é definido como: em que θAB é o ângulo
formado entre A e B.
(B) O produto vetorial de dois vetores é definido como: em que é um vetor
unitário normal ao plano que contém A e B.
(C) A projeção escalar de um vetor sobre um vetor é dada por: enquanto a projeção vetorial
de um vetor sobre um vetor é dada por:

(D) Um vetor descrito em coordenadas esféricas como apresenta os


vetores unitários , que não são mutuamente ortogonais.
(E) Em um sistema ortogonal, as coordenadas são mutuamente paralelas.

Comentários

01. Resposta: A.
Para resolver esta questão, basta redesenhar os vetores encaixando o começo de um ao término do
outro, medir as arestas horizontais e verticais do início do primeiro vetor ao fim do último vetor.
Para determinar o valor da diagonal é só calcular a raiz da soma das medida das arestas horizontais
ao quadrado e as verticais ao quadrado
D = √62 + 82 = √100 = 10cm

No redesenho dos vetores é possível verificar que a posição de vetor resultante é diagonal e aponta
para o nordeste.

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02. Resposta: B.
A notação do produto vetorial entre dois vetores a e b é a × b (em manuscritos, alguns matemáticos
escrevem a x b. Podemos defini-lo como

onde θ é a medida do ângulo entre a e b (0° ≤ θ ≤ 180°) no plano definido pelos dois vetores, e n é o
vetor unitário perpendicular a tanto a quanto b.

f. Estudo da Reta e do Plano: equações da reta: vetorial, paramétricas,


simétricas e geral. Equação do plano: vetorial, paramétricas e geral. Posições
relativas entre retas e planos. Ângulos.

PONTO – RETA E PLANO


Ao estudo das figuras em um só plano chamamos de Geometria Plana.
A Geometria estuda, basicamente, os três princípios fundamentais (ou também chamados de “entes
primitivos”) que são: Ponto, Reta e Plano. Estes três princípios não tem definição e nem dimensão
(tamanho).

Para representar um ponto usamos. e para dar nome usamos letras maiúsculas do nosso alfabeto.
Exemplo: . A (ponto A).

Para representar uma reta usamos ↔ e para dar nome usamos letras minúsculas do nosso alfabeto
ou dois pontos por onde esta reta passa.
⃡⃗⃗⃗⃗ ).
Exemplo: t ( reta t ou reta 𝐴𝐵

Para representar um plano usamos uma figura chamada paralelogramo e para dar nome usamos letras
minúsculas do alfabeto grego (α, β, π, θ,...).
Exemplo:

Semiplano: toda reta de um plano que o divide em outras duas porções as quais denominamos de
semiplano. Observe a figura:

Partes de uma reta


Estudamos, particularmente, duas partes de uma reta:

- Semirreta: é uma parte da reta que tem origem em um ponto e é infinita.


Exemplo: (semirreta ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐵), tem origem em A e passa por B.

- Segmento de reta: é uma parte finita (tem começo e fim) da reta.

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Exemplo: (segmento de reta ̅̅̅̅
𝐴𝐵).

⃗⃗⃗⃗⃗ ≠ 𝐵𝐴
Observação: 𝐴𝐵 ⃗⃗⃗⃗⃗ ̅̅̅̅ = 𝐵𝐴
e 𝐴𝐵 ̅̅̅̅.

POSIÇÃO RELATIVA ENTRE RETAS

- Retas concorrentes: duas retas são concorrentes quando se interceptam em um ponto. Observe
que a figura abaixo as retas c e d se interceptam no ponto B.

- Retas paralelas: são retas que por mais que se prolonguem nunca se encontram, mantêm a mesma
distância e nunca se cruzam. O ângulo de inclinação de duas ou mais retas paralelas em relação a outra
é sempre igual. Indicamos retas paralelas a e b por a // b.

- Retas coincidentes: duas retas são coincidentes se pertencem ao mesmo plano e possuem todos
os pontos em comum.

- Retas perpendiculares: são retas concorrentes que se cruzam num ponto formando entre si ângulos
de 90º ou seja ângulos retos.

PARALELISMO

Ângulos formados por duas retas paralelas com uma transversal

Lembre-se: Retas paralelas são retas que estão no mesmo plano e não possuem ponto em comum.
Vamos observar a figura abaixo:

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Ângulos colaterais internos: (colaterais = mesmo lado)

A soma dos ângulos 4 e 5 é igual a 180°.

A soma dos ângulos 3 e 6 é igual a 180°

Ângulos colaterais externos:

A soma dos ângulos 2 e 7 é igual a 180°

A soma dos ângulos 1 e 8 é igual a 180°

Ângulos alternos internos: (alternos = lados diferentes)

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Os ângulos 4 e 6 são congruentes (iguais)

Os ângulos 3 e 5 são congruentes (iguais)

Ângulos alternos externos:

Os ângulos 1 e 7 são congruentes (iguais)

Os ângulos 2 e 8 são congruentes (iguais)

Ângulos correspondentes: são ângulos que ocupam uma mesma posição na reta transversal, um na
região interna e o outro na região externa.

Os ângulos 1 e 5 são congruentes (iguais)

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Os ângulos 2 e 6 são congruentes (iguais)

os ângulos 3 e 7 são congruentes (iguais)

os ângulos 4 e 8 são congruentes (iguais)

Questões

01. Na figura abaixo, o valor de x é:

(A) 10°
(B) 20°
(C) 30°
(D) 40°
(E) 50°

02. O valor de x na figura seguinte, em graus, é:

(A) 32°
(B) 32° 30’
(C) 33°
(D) 33° 30’
(E) 34°

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̂ é reto, o valor de 𝛼 é:
03. Na figura abaixo, sabendo que o ângulo A

(A) 20°
(B) 30°
(C) 40°
(D) 50°
(E) 60°

04. Qual é o valor de x na figura abaixo?

(A) 100°
(B) 60°
(C) 90°
(D) 120°
(E) 110°

05. Na figura seguinte, o valor de x é:

(A) 20°
(B) 22°
(C) 24°
(D) 26°
(E) 28°

06. (Pref. de Curitiba – Docência I – NC-UFPR) Sabendo que as retas r e s da figura ao lado são
paralelas, o valor, em graus, de α - β é:

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(A) 12
(B) 15
(C) 20
(D) 30

Comentários

01. Resposta: E.
Na figura, os ângulos assinalados são correspondentes, portanto são iguais.

x + 2x + 30° = 180°
3x = 180°- 30°
3x = 150°
x = 150° : 3
x = 50°

02. Resposta: B.
Na figura dada os ângulos 47° e 2x – 18° são correspondentes e, portanto tem a mesma medida,
então:
2x – 18° = 47° → 2x = 47° + 18° → 2x = 65° → x = 65°: 2

x = 32° 30’

03. Resposta: C.
Precisamos traçar uma terceira reta pelo vértice A paralela às outras duas.

Os ângulos são dois a dois iguais, portanto 𝛼 = 40°

04. Resposta: A.
Aqui também precisamos traçar um terceira reta pelo vértice.

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x = 80° + 20° → x = 100°
Obs.: neste tipo de figura, o ângulo do meio sempre será a soma dos outros dois.

05. Resposta: D.
Os ângulos assinalados na figura, x + 20° e 4x + 30°, são colaterais internos, portanto a soma dos dois
é igual a 180°.

x + 20° + 4x + 30° = 180° → 5x + 50° = 180° → 5x = 180° - 30° → 5x = 130°


x = 130° : 5 → x = 26°

06. Resposta: D.
O ângulo oposto a 138º vale 138º também, para saber o valor de α é só subtrair 138-54 = 84º.
O ângulo oposto a 54º vale 54º também. Só subtrair agora α - β =
84-54=30º.

g. Lugares Geométricos: definição. Interseção de lugares geométricos.

LUGAR GEOMÉTRICO

Ao conjunto de pontos que tem uma propriedade comum damos o nome de LUGAR GEOMÉTRICO 35
(LG), cuja definição é o conjunto de pontos que possui pelo menos uma propriedade comum e exclusiva.
Os pontos do espaço também podem estar sujeitos a uma propriedade matemática, como superfícies
esféricas, cilíndricas, elipsoidais entre outras. Assim, os lugares geométricos podem ser dados por retas,
curvas e superfícies.

Cônicas
As cônicas são linhas curvas, planas, originadas de seções feitas em um cone. A superfície cônica é
originada de uma reta em rotação ao redor de um eixo. O ponto de interseção entre a reta e o eixo é
denominado de vértice da superfície cônica.

35
ALBRECHT, Clarissa Ferreira – Desenho geométrico – UFV/MG – Edição 2013

479
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Elipse
É a curva gerada pela passagem de um plano secante ao cone, não paralelo à base, ao eixo de rotação
e nem à reta geratriz. O plano determina no cone uma curva plana, fechada e simétrica, na qual a soma
das distâncias de qualquer de seus pontos a dois pontos interiores fixos, denominados de focos, é
constante.

Construir uma elipse com distância focal F1F2 = 6 cm e constante 2a = 9 cm.

Construção
Traçar AB e F1F2. Definir P1 pertencente à AB entre um dos focos, F1 ou F2 e o centro da elipse. Com
raio P1A e centro em F1 e F2 traçar quatro arcos. Com raio P1B e centro em F1 e F2 interceptar os quatro
arcos traçados. Definir P2 qualquer, pertencente à AB, entre um dos focos, F1 ou F2 e o centro da elipse,
e, não coincidente com P1 e repetir a operação executada com P1 dessa vez considerando P2. Os pontos
encontrados nas interseções dos arcos pertencem à elipse. Unir os pontos à mão livre para traçar a elipse.

Parábola
É a curva gerada pela passagem de um plano secante ao cone, paralelo à reta geratriz. O plano
determina no cone uma curva plana, aberta e infinita, na qual cada ponto equidista de um ponto x0 e de
uma reta, denominados de foco e diretriz.

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Construir uma parábola com distância focal igual a 2 cm.

Construção
Dado VF = 2 cm, sabe-se que AF = 2(VF). Traçar uma reta eixo denominada e. Definir na reta eixo o
ponto V e os pontos A e F equidistantes de V em 2 cm. Construir uma reta diretriz, denominada d,
perpendicular à reta e, que a intercepte no ponto A. Definir um ponto P1 que esteja localizado após o
vértice V, no sentido VF. Traçar uma reta p perpendicular à reta e, que passe por P1. Com raio AP1 e
centro em F, obter dois pontos de interseção com a reta p. Definir os pontos P2 e P3, segundo os mesmo
critérios utilizados para definir P1 e repetir as operações seguintes. Os pontos encontrados nas
interseções dos arcos com as retas perpendiculares pertencem à parábola. Unir os pontos à mão livre
para traçar a parábola.

Hipérbole
É a curva gerada pela passagem de um plano secante ao cone, paralelo ao eixo de rotação. O plano
determina no cone duas curvas planas, abertas e infinitas, nas quais é constante a diferença entre a
distância de cada um de seus pontos P a dois pontos fixos, denominados de focos.
Construir uma hipérbole com distância focal F1F2 = 7 cm e constante 2a = 4 cm.

Construção

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Sabe-se que F1P – F2P = A1A2 = 2a. Traçar uma reta qualquer e sobre ela marcar os pontos O, A1,A2,
F1,F2. Com centro em A1, marcar um ponto P1 que deve estar após o foco, no sentido do vértice para o
foco. Com raio A1P1 e com centro nos pontos F1 e F2 marcar quatro arcos. Com raio A2P1 e centro nos
pontos F1 e F2 interceptar os quatro arcos feitos anteriormente. Definir P2, colinear à A1 e A2 e não
coincidente com P1 e repetir a operação. Os pontos encontrados nas interseções dos arcos pertencem à
hipérbole. Unir os pontos à mão livre para traçar a hipérbole.

Linha poligonal36
Uma linha poligonal é formada por sucessivos segmentos de reta (lados), em que pares de segmentos
de reta consecutivos têm um extremo comum (vértice), mas não colineares*, e não há mais do que dois
lados a partilhar um extremo.
* situado numa linha reta; que tem uma linha reta em comum.

Linha poligonal aberta


Uma linha poligonal diz-se aberta quando as extremidades não coincidem.

Linha poligonal aberta simples


Uma linha poligonal diz-se simples quando os únicos pontos comuns a dois lados são vértices.

Linha poligonal fechada


Uma linha poligonal diz-se fechada quando as extremidades coincidem.

Linha poligonal fechada simples e parte externa e interna


Uma linha poligonal fechada simples divide o plano em duas regiões, uma interna e outra externa, em
que a parte interna da linha é limitada e a parte externa ilimitada.

36 http://cabulasdematematica.weebly.com

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Questões

01. (IFB – Professor de Matemática – IFB/2017) A equação 2x2 + y2 + 4x − 6y = 7 representa:


(A) Um círculo de raio r = 7 e centro C(4, −6)
(B) uma elipse de centro C(−2, 6) e eixo menor de comprimento 6
(C) uma elipse de centro C(1, −3) e eixo maior de comprimento 6
(D) um círculo de raio r = 3 e centro C(−1, 3)
(E) uma elipse de centro C(−1, 3) e eixo menor de comprimento 6.

02. (PETROBRAS- Todos os Cargos – CESGRANRIO) As coordenadas dos focos da elipse de

equação são:
(A) (-10,0) e (10,0)
(B) (0,-10) e (0,10)
(C) (-6,0) e (6,0)
(D) (0,-8) e (0,8)
(E) (-8,0) e (8,0)

Comentários

01. Resposta: E.
Basta completarmos quadrados, e descobriremos (x +1)²/9 + (y-3)²/18 = 1
Logo representa a equação de uma elipse, cujo centro é C(-1,3) e eixo menor de comprimento 6.

02. Resposta: E.
a²= b² + c²
a²= 100
b²=36. Assim teremos que 100= 36 + c²
100-36=c²
64=c²
c=8
Logo os focos serão F1(-8,0) F2(8,0)

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1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
h. Geometria analítica plana: coordenadas de pontos no plano, distância entre
dois pontos; entre duas retas, entre dois planos, entre ponto e reta, entre ponto
e plano, entre reta e plano, ponto médio de um segmento. Estudo da reta e da
circunferência.

SISTEMA CARTESIANO ORTOGONAL (OU PLANO CARTESIANO)

René Descartes (1596-1650) rompeu com as tradições clássicas da Geometria grega e criou a
Geometria analítica.

Temos dois eixos orientados, um horizontal e outro vertical, perpendiculares entre si. O eixo horizontal
é chamado de “eixo das abscissas” e o eixo vertical e chamado de “eixo das ordenadas”.
Estes eixos dividem o plano em quatro partes chamadas de “quadrantes”.
O ponto O e chamado de ponto “Zero” ou “Ponto de Origem” do sistema.

- Propriedades do Sistema Cartesiano.


Sendo um ponto p(x, y), temos:

1) Se P ∈ ao 1° quadrante: x > 0 e y > 0


2) Se P ∈ ao 2° quadrante: x < 0 e y > 0
3) Se P ∈ ao 3° quadrante: x < 0 e y < 0
4) Se P ∈ ao 4° quadrante: x > 0 e y < 0
5) Se P ∈ ao eixo das abcissas: y = 0
6) Se P ∈ ao eixo das ordenadas: x = 0
7) Se P ∈ à bissetriz dos quadrantes ímpares (1° e 3° quadrantes): x = y
8) Se P ∈ à bissetriz dos quadrantes pares (2° e 4° quadrantes): x = - y

Ponto médio

Sendo A(xA, yA) e B(xB, yB) dois pontos do sistema cartesiano:

- se M(xM, yM) é ponto médio do


segmento ̅̅̅̅
AB, temos a fórmula do
ponto médio:

xA + xB
xM =
2
𝑦𝐴 + 𝑦𝐵
𝑦𝑀 =
2

484
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Distância entre dois pontos

- de acordo com o Teorema


de Pitágoras, temos a fórmula
da distância:

𝑑𝐴𝐵 = √(𝑥𝐵 − 𝑥𝐴 )2 + (𝑦𝐵 − 𝑦𝐴 )2

Área do triângulo e condição de alinhamento de três pontos

Sejam os pontos A(xA, yA), B(xB, yB) e C(xC, yC) os três vértices de um triângulo ABC, para calcular a
área desse triângulo temos a fórmula:

|D|
xA yA 1
A= , onde D = |x B yB 1|
2
xC yC 1

E a condição para que os três estejam alinhados (mesma linha ou mesma reta) é que D = 0.

Questões

01. O ponto A(2m + 1, m + 7) pertence à bissetriz dos quadrantes ímpares. Então, o valor de m é:
(A) 5
(B) 6
(C) 7
(D) 8
(E) 9

02. O ponto P(2 + p, 4p – 12) pertence ao eixo das abscissas, então:


(A) P(2 ,0)
(B) P(3, 0)
(C) P(- 5, 0)
(D) P(5, 0)
(E) P(- 2, 0)

03. O ponto médio entre A(4, - 1) e B(2, 5) é:


(A) M(- 3, 2)
(B) M(3, - 2)
(C) M(- 3, - 2)
(D) M(3, 2)
(E) M(1, 2)

04. Se M(4, 5) é ponto médio entre A(6, 1) e B. As coordenadas xB e yB, respectivamente, são iguais
a:
(A) 2 e 9
(B) 2 e 7
(C) 9 e 2
(D) 3 e 9
(E) 1 e 8

05. Qual é a distância entre os pontos A(3, 1) e B(7, 4)?


(A) 5
(B) 25
(C) 4

485
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(D) 16
(E) 0
06. Se a distância entre os pontos A(8, 2) e B(3, y) é igual a 5√2, sendo B é um ponto do 1° quadrante,
então o valor de y é:
(A) 5
(B) 6
(C) 7
(D) 8
(E) 9

07. Quais são os possíveis valores de c para que os pontos (c, 3), (2, c) e (14, - 3) sejam colineares?
(A) 4 e 5
(B) 5 e – 6
(C) – 5 e 6
(D) – 4 e 5
(E) 6 e 5

08. A área de um triângulo que tem vértices nos ponto A(2, 1), B(4, 5) e C(0, 3), em unidades de área,
é igual a:
(A) 5
(B) 6
(C) 7
(D) 8
(E) 2

09. Se (m + 2n, m – 4) e (2 – m, 2n) representam o mesmo ponto do plano cartesiano, então mn é igual
a:
(A) 2
(B) 0
(C) – 2
(D) 1
(E) ½

Comentários

01. Resposta: B.
Se o ponto pertence à bissetriz dos quadrantes ímpares temos que x = y.
x=y
2m + 1 = m + 7
2m – m = 7 – 1
m=6

02. Resposta: D.
Se P pertence ao eixo das abscissas y = 0.
y=0
4p – 12 = 0
4p = 12
p = 12/4
p=3

x=2+p
x=2+3
x=5
Logo: P(5, 0)

03. Resposta: D.
x +x yA +yB
xM = A B e yM =
2 2

486
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4+2 −1+5
xM = = 3 e yM = =2
2 2

04. Resposta: A.
xA +xB yA +yB
xM = yM =
2 2

6+xB 1+yB
4= 5=
2 2

6 + 𝑥𝐵 = 2.4 1 + 𝑦𝐵 = 2.5

𝑥𝐵 = 8 − 6 = 2 𝑦𝐵 = 10 − 1 = 9

05. Respostas: A.

𝑑𝐴𝐵 = √(𝑥𝐵 − 𝑥𝐴 )2 + (𝑦𝐵 − 𝑦𝐴 )2

𝑑𝐴𝐵 = √(7 − 3)2 + (4 − 1)2 = √42 + 32 = √16 + 9 = √25 = 5

06. Resposta: C.
𝑑𝐴𝐵 = 5√2

√(𝑥𝐵 − 𝑥𝐴 )2 + (𝑦𝐵 − 𝑦𝐴 )2 = 5√2 (elevando os dois membros ao quadrado)

(3 − 8)2 + (𝑦 − 2)2 = 25.2


(−5)2 + (𝑦 − 2)2 = 50
25 + (𝑦 − 2)2 = 50
(y – 2)2 = 50 – 25
(y – 2)2 = 25
𝑦 − 2 = ±√25
𝑦 − 2 = ±5
y – 2 = 5 ou y – 2 = - 5
y = 5 + 2 ou y = - 5 + 2
y=7 ou y = - 3
como o ponto B está no 1° quadrante, y > 0  y = 7

07. Resposta: E.
Colineares (mesma linha) ou seja, os pontos dados devem estar alinhados. A condição para isto é que
D = 0.

𝑐 3 1
𝐷=|2 𝑐 1| = 0 (para resolver o determinante D, repetimos as 1ª e 2ª colunas)
14 −3 1

= 𝑐 2 + 42 − 6 − 14𝑐 + 3𝑐 − 6 =
= 𝑐 2 − 11𝑐 + 30

Então: 𝐷 = 0  𝑐 2 − 11𝑐 + 30 = 0, equação do 2° grau em que a = 1, b = - 11 e c = 30 (lembrando


que o c que queremos determinar não é o mesmo c da equação).

∆= 𝑏 2 − 4. 𝑎. 𝑐
∆= (−11)2 − 4.1.30

487
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∆= 121 − 120 = 1

−b±√∆
c=
2a

−(−11)±√1 11±1 11+1 12 11−1 10


c= = 𝑐= 2 = 2 =6 ou 𝑐 = 2
= 2
=5
2.1 2

08. Resposta: B.
|D|
A fórmula da área do triângulo é A = 2 .

= 10 + 0 + 12 – 0 – 6 – 4 = 22 – 10 = 12

|12|
A= =6
2
09. Resposta: E.
Do enunciado temos que (m + 2n, m – 4) = (2 – m, 2n), se esses dois pontos são iguais:
m + 2n = 2 – m (I) e m – 4 = 2n (II), substituindo (II) em (I), temos:
m+m–4=2–m
2m – 4 = 2 – m
2m + m = 2.+ 4
3m = 6
m=6:3
m = 2 (substituindo 2 em (II))
2 – 4 = 2n
- 2 = 2n
n=-2:2
n=-1
Logo: mn = 2-1 = ½ (expoente negativo, invertemos a base e o expoente fica positivo.

DISTÂNCIA ENTRE DOIS PONTOS NO ESPAÇO TRIDIMENSIONAL

Dados dois pontos P1 = (x1,y1,z1) e P2 = (x2,y2,z2), a distância d entre os pontos P1 e P2 é dada


pela fórmula:

Para a demonstração, considere d a diagonal de um paralelepípedo de vértices opostos P1 e P2.

Exemplos:
1) Determinar a distância entre P1 e P2, onde:
P1 = (3,2,1) e P2 = (1,2,3)
𝑑(𝑃1, 𝑃2) = √(𝑥2 − 𝑥1)2 + (𝑦2 − 𝑦1)2 + (𝑧2 − 𝑧1)2

488
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
𝑑(𝑃1, 𝑃2) = √(3 − 1)2 + (2 − 2)2 + (1 − 3)2 = √4 + 0 + 4 = √8 = 2√2

2) Verificar que os pontos P1 = (1, 2, 1), P2 = (3, 1, 0) e P3 = (1, 1, 2) são vértices de um triângulo
retângulo.

Os lados do triângulo têm comprimentos:


𝑑(𝑃1, 𝑃2) = √(1 − 3)2 + (2 − 1)2 + (1 − 0)2 = √4 + 1 + 1 = √6

𝑑(𝑃1, 𝑃3) = √(1 − 1)2 + (2 − 1)2 + (1 − 2)2 = √0 + 1 + 1 = √2

𝑑(𝑃3, 𝑃2) = √(1 − 3)2 + (1 − 1)2 + (2 − 0)2 = √4 + 0 + 4 = √8

Como d(P3,P2)2 = d(P1,P2)2 + d(P1,P2)2


Concluímos que o triângulo de vértices P1,P2 e P3 é retângulo, tendo como hipotenusa o segmento
P2P3 e como catetos os segmentos P1P2 e P1P3.

Propriedades da Distância
Sendo P, Q e R pontos do espaço. Então:

1º) d(P,Q) ≥ 0.
2º) d(P,Q) = 0 ↔ P = Q.
3º) d(P,Q) = d(Q,P).
4º) d(P,R) ≤ d(P,Q) + d(Q,R) (desigualdade triangular)

Questão

01. Qual é a distância entres os pontos A = (0,2,2) e B = (-2, 0, 1).


(A) 3
(B) 9
(C) 2
(D) 4
(E) 1

Comentário
01. Resposta: A.

489
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ESTUDO DA RETA

Inclinação de uma reta


Considere-se no Plano Cartesiano uma reta r. Chama-se inclinação de r à medida de um ângulo α que
r forma com o eixo x no sentido anti-horário, a partir do próprio eixo x.

Coeficiente angular da reta


Definimos o coeficiente angular (ou declividade) da reta r o número m tal que 𝐦 = 𝐭𝐠𝛂.
Então, temos:

- se m = 0
a reta é paralela ao eixo x, isto é, α = 0°.

- se m > 0
temos um ângulo α, tal que 0° < α < 90°. O ângulo α é agudo.

- se m < 0
temos um ângulo α, tal que 90° < α < 180°. O ângulo α é obtuso.

- se m = ∄ (não existe)  a reta é perpendicular ao eixo x, isto é, α = 90°.

Sendo A e B dois pontos pertencentes a uma reta r, temos:

cateto aposto
No triângulo retângulo: tgα = , então temos que o coeficiente angular m é:
cateto adjacente

y −y ∆𝐲
m = xB −xA  m = ∆𝐱
B A

490
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Equação fundamental da reta
Considerando uma reta r e um ponto A(x0, y0) pertencente à reta. Tomamos outro ponto B(x, y) genérico
diferente de A. Com esses dois pontos pertencentes à reta r, podemos calcular o seu coeficiente angular.

∆y m y−y
m = ∆x  1
= x−x0 , multiplicando em “cruz”:
0

y – yo = m(x – xo), fórmula da equação fundamental da reta.

Exemplos:
1- Uma reta tem inclinação de 60° em relação ao eixo x. Qual é o coeficiente angular desta reta?

Solução: m = tgα  m = tg60°  m = √3

2- Uma reta passa pelos pontos A(3, -1) e B(5, 8). Determinar o coeficiente angular dessa reta.

∆y yB −yA 8−(−1) 9
Solução: m = =  m=  m=
∆x xB −xA 5−3 2

3- Uma reta passa pelo ponto A(2, 4) e tem coeficiente angular m = 5. Determinar a equação
fundamental dessa reta.

Solução: o ponto por onde a reta passa são os valores de xo e yo para substituir na fórmula, então:

y − yo = m. (x − xo )  y − 4 = 5. (x − 2) (esta é a equação fundamental da reta)

Equação geral da reta


Toda reta tem uma Equação Geral do tipo:

𝐚𝐱 + 𝐛𝐲 + 𝐜 = 𝟎 , onde a, b e c são os coeficientes da equação e podem ser qualquer número real,


com a condição de que a e b não sejam nulos ao mesmo tempo. Isto é se a = 0  b ≠ 0 e se b = 0  a
≠ 0.

Exemplos:
(r) 2x – 3y + 8 = 0  a = 2, b = - 3 e c = 8
(s) – x + 10 = 0  a = - 1, b = 0 e c = 10
(t) 3y – 7 = 0  a = 0, b = 3 e c = - 7
(u) x + 5y = 0  a = 1, b = 5 e c = 0
−𝐚
Da equação geral da reta, temos uma nova fórmula para o coeficiente angular: 𝐦 = 𝐛

Equação reduzida da reta


Para determinar a equação reduzida da reta, basta “isolar” o y.

ax + by + c = 0

by = −ax − c
−ax c
y= b
−b

491
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
−a −c
Na equação reduzida da reta temos que b é o coeficiente angular (m) da reta e b
é o coeficiente
linear (q) da reta. Então, a equação reduzida é da forma:

y = mx + q

O coeficiente linear q é o ponto em que a reta “corta” o eixo y.

Observações:
I) A equação reduzida de uma reta fornece diretamente o coeficiente angular e
o coeficiente linear.
II) As retas de inclinação igual a 90° (reta vertical ao eixo x) não possuem
equação reduzida.

Equações paramétricas da reta

Equações paramétricas são equações que representam uma mesma reta por meio de uma incógnita
em comum (parâmetro). Essa variável comum, que é chamada de parâmetro, faz a ligação entre as duas
equações.
Considerando uma reta r que está representada através das seguintes equações paramétricas: x = -6
+ 2t e y = 1 – t, com parâmetro igual a t, pois é a incógnita semelhante às duas equações. Podemos
representá-la na forma geral, seguindo as orientações abaixo:
Das duas equações x = -6 + 2t e y = 1 – t escolhemos uma e isolamos a incógnita semelhante
(parâmetro).
y=1–t
y – 1 = -t
t=-y+1
Agora substituímos na outra equação e igualamos a equação a zero para obter a sua forma geral.
x = -6 + 2t
x = - 6 + 2(- y + 1)
x = - 6 – 2y + 2
x = - 4 – 2y
x + 2y + 4 = 0

Exemplo:
Obtenha a equação reduzida da reta representada pelas equações paramétricas, em que t é um
parâmetro real.
x= t + 9 y= 2t – 1
Das duas equações x= t + 9 y= 2t – 1 escolhemos uma e isolamos a incógnita semelhante (parâmetro).
x= t + 9
x–9=t
Para obter a forma reduzida y = mx + q da reta, basta substituir o valor de t na outra equação.
y= 2t – 1
y = 2 (x – 9) – 1
y = 2x – 18 – 1
y = 2x – 19; com m = 2 e q = -19.

492
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Bissetrizes dos ângulos de duas retas

A bissetriz de ângulos
de retas, nada mais é a
que a aplicação direta da
fórmula da distância de
um ponto a uma reta

Paralelismo e perpendicularismo
Considere-se no Plano Cartesiano duas reta r e s.

Se as retas são paralelas, o ângulo 𝛼 de inclinação em relação ao eixo x é o mesmo. Este ângulo nos
dá o valor do coeficiente angular da reta e, sendo mr e ms, respectivamente os coeficientes angulares de
r e s, temos:

1) Se r e s são paralelas: mr = ms

2) Se r e s são concorrentes: mr ≠ ms

3) Se r e s são perpendiculares: mr.ms = - 1

Observação: para que o produto de dois números seja igual a – 1, mr e ms devem ser
inversos e opostos.

Distância entre ponto e reta


Seja uma reta (r) de equação geral ax + by + c = 0 e um ponto P(xo, yo):

Para calcular a distância d entre o ponto P e a reta r temos a seguinte fórmula:

493
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Exemplo: Qual é a distância entre a reta (r) 3x + 4y – 1 = 0 e o ponto P(1, 2)?

Solução: temos uma equação de reta em que a = 3, b = 4 e c = - 1.

|3x+4y−1|
dP,r =  substituindo x = 1 e y = 2 (coordenadas do ponto P)
√32 +42

|3.1+4.2−1| |3+8−1| |10| 10


dP,r = = = = =2
√9+16 √25 5 5

Distância entre duas retas


Só existe distância entre duas retas r e s se elas forem paralelas. E, neste caso, os valores de a e b
na equação geral da reta são iguais ou proporcionais, sendo diferente somente o valor de c. Isto é:

(r) ax + by + c = 0 e (s) ax + by + c’ = 0.

Exemplos:
(r) 2x – 3y + 8 = 0 e (s) 2x – 3y – 7 = 0 são paralelas, pois a = 2 e b = - 3 nas duas equações.

(r) 3x + 2y – 10 = 0 e (s) 6x + 4y + 30 = 0 são paralelas, pois na reta r a = 3 e b = 2 e na reta s a = 6 e


b = 2 são proporcionais (o dobro). Se dividirmos por 2 os coeficientes a e b da reta (s) obtemos valores
iguais.
Então, para calcular a distância entre as retas r e s temos a seguinte fórmula:

Exemplo 1: Calcular a distância entre as retas (r) 4x + 3y – 10 = 0 e (s) 4x + 3y + 5 = 0.

Solução: temos que a = 4 e b = 3 nas duas equações e somente o valor de c é diferente, então, c = -
10 e c’ = 5 (ou c = 5 e c’ = - 10).

|−10−5| |−15| 15 15
dr,s = = = = =3
√4 2 +32 √16+9 √25 5

Exemplo 2: Calcular a distância entre as retas (r) 3x – 2y + 8 = 0 e (s) 6x – 4y – 12 = 0.

Solução: primeiro temos que dividir a equação da reta (s) por dois para que a e b fiquem iguais nas
duas equações.
(s) 6x – 4y – 12 = 0 :(2)  3x – 2y – 6 = 0

Logo, a = 3, b = - 2, c = 8 e c’ = - 6 (ou c = - 6 e c’ = 8)

|8−(−6)| |8+6| |14| 14


dr,s = = = = , neste caso temos que racionalizar o denominador multiplicando em
√32 +(−2)2 √9+4 √13 √13
cima e em embaixo por √13.

14 √13 14√13
dr,s = . =
√13 √13 13

Questões

01. (FGV-SP) A declividade do segmento de reta que passa pelos pontos A(0, 3) e B(3, 0) é:
(A) 1
(B) – 1
(C) 0
(D) 3
(E) 1/3

494
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𝑘
02. (MACK-SP) Se os pontos (2, - 3), (4, 3) e (5, ) estão numa mesma reta, então k é igual a:
2
(A) – 12
(B) – 6
(C) 6
(D) 12
(E) 18

03. (OSEC-SP) A equação da reta que passa pelo ponto A(- 3, 4) e cujo coeficiente angular é ½ é:
(A) x + 2y + 11 = 0
(B) x – y + 11 = 0
(C) 2x – y + 10 = 0
(D) x – 2y + 11 = 0
(E) nda

04. Uma reta forma com o eixo x um ângulo de 45°. O coeficiente angular dessa reta é:
(A) 1
(B) – 1
(C) 0
(D) √3
(E) – √3

05. (UEPA) O comandante de um barco resolveu acompanhar a procissão fluvial do Círio-2002,


fazendo o percurso em linha reta. Para tanto, fez uso do sistema de eixos cartesianos para melhor
orientação. O barco seguiu a direção que forma 45° com o sentido positivo do eixo x, passando pelo ponto
de coordenadas (3, 5). Este trajeto ficou bem definido através da equação:
(A) y = 2x – 1
(B) y = - 3x + 14
(C) y = x + 2
(D) y = - x + 8
(E) y = 3x – 4

06. A equação geral de uma reta é – 2x + 4y + 12 = 0. A equação geral dessa reta é:


(A) 𝑦 = 𝑥 − 3
𝑥
(B) 𝑦 = − 3
2
(C) 𝑦 = 𝑥 + 3
𝑥
(D) 𝑦 = 2 + 3
(E) 𝑦 = 2𝑥 + 3

07. Considere a reta (r) de equação 2x – 3y + 7 = 0. O valor de a para que o ponto P(1, a) pertença a
esta reta é:
(A) 3
(B) 4
(C) 5
(D) 6
(E) 7

08. (CESGRANRIO-RJ) As retas x + ay – 3 = 0 e 2x – y + 5 = 0 são paralelas se a vale:


(A) – 2
(B) – 0,5
(C) 0,5
(D) 2
(E) 8

09. Para qual valor de a as retas (r) ax – 2y + 3 = 0 e (s) 2x + y – 1 = 0 são perpendiculares?


(A) 1
(B) – 1
(C) 2

495
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(D) – 2
(E) 0

10. Dada uma reta r de equação 3x + 4y + 15 = 0, a distância do ponto P(1, 3) à reta r é igual a:
(A) 4
(B) 5
(C) 6
(D) 7
(E) 8

11. Sabendo que o ponto P(a, 2a) pertence ao 1° quadrante e que a distância desse ponto até a reta
(r) 3x + 4y = 0 é igual a 22, o valor de a é:
(A) 11
(B) – 11
(C) – 10
(D) 10
(E) 20

Comentários

01. Resposta: B.
∆y
Como temos dois pontos, o coeficiente angular é dado por m = ∆x.
𝑦𝐵 −𝑦𝐴 0−3 −3
𝑚= 𝑥𝐵 −𝑥𝐴
 𝑚 = 3−0 = 3
=-1

02. Resposta: D.
𝑘
Chamando os pontos, respectivamente, de A(2, - 3), B(4, 3) e C(5, 2 ) e se esses três pontos estão
numa mesma reta, temos:
mAB = mBC (os coeficientes angulares de pontos que estão na mesma reta são iguais)
yB −yA yC −yB
=
xB −xA xC −xB

k
3−(−3) −3
2
=
4−2 5−4

k−6
6 2
2
= 1

k−6
3= 2
k–6=6
k=6+6
k = 12

03. Resposta: D.
xo = - 3, yo = 4 e m = 1/2. Nesta questão as alternativas estão na forma de equação geral, então temos
que desenvolver a equação fundamental.
y – yo = m(x – xo)
1
y – 4 = 2.(x – (-3)) (passamos o 2 multiplicando o 1° membro da equação)
2.(y – 4) = 1(x + 3)
2y – 8 = x + 3
2y – 8 – x – 3 = 0
- x + 2y – 11 = 0 .(- 1)
x – 2y + 11 = 0

04. Resposta: A.
O coeficiente angular é dado por 𝑚 = 𝑡𝑔𝛼.
𝑚 = 𝑡𝑔45°  m = 1

496
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05. Resposta: C.
xo = 3, yo = 5 e 𝑚 = 𝑡𝑔45° = 1. As alternativas estão na forma de equação reduzida, então:
y – yo = m(x – xo)
y – 5 = 1.(x – 3)
y–5=x–3
y=x–3+5
y=x+2

06. Resposta: B.
Dada a equação geral da reta, para determinar a reduzida basta isolar o y.
- 2x + 4y + 12 = 0
4y = 2x – 12 (passamos o 4 dividindo para o segundo membro separadamente cada termo)
2𝑥 12
𝑦= 4
− 4

𝑥
𝑦 = −3
2

07. Resposta: A.
No ponto P x = 1 e y = a, basta substituir esses valores na equação.
2x – 3y + 7 = 0
2.1 – 3.a + 7 = 0
2 – 3a + 7 = 0
- 3a = - 2 – 7
- 3a = - 9 x(-1)
3a = 9
a=9:3
a=3

08. Resposta: B.
−𝑎
Vamos denominar as retas de (r) x + ay – 3 = 0 e (s) 2x – y + 5 = 0 e utilizando a fórmula 𝑚 = 𝑏 para
calcular o coeficiente angular das retas.
−1
(r) a = 1 e b = a  𝑚𝑟 = 𝑎

−2
(s) a = 2 e b = - 1  𝑚𝑠 = =2
−1

para que r e s sejam paralelas: mr = ms

2a = - 1
−1
𝑎= = −0,5
2

09. Resposta: A.
Na reta (r)  a = a e b = - 2, na reta (s) a = 2 e b = 1
−𝑎 𝑎 −2
𝑚𝑟 = −2 = 2 e 𝑚𝑠 = 1
= −2

Retas perpendiculares: mr.ms = - 1

- a = - 1 x(-1)  a = 1

497
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10. Resposta: C.
A reta r tem a = 3, b = 4 e c = 15

|3𝑥+4𝑦+15|
𝑑𝑃,𝑟 =  substituindo x = 1 e y = 3 (coordenadas do ponto P)
√𝑎 2 +𝑏2

|3.1+4.3+15| |3+12+15| |30| 30


𝑑𝑃,𝑟 = = = = =6
√32 +42 √9+16 √25 5

11. Resposta: D.
Na reta r (r) a = 3 e b = 4.
𝑑𝑃,𝑟 = 22
|3𝑥+4𝑦|
= 22 (substituindo x = a e y = 2a)
√𝑎 2 +𝑏2
|3.𝑎+4.2𝑎| |3𝑎+8𝑎| |11𝑎| |11𝑎|
= 22  = 22  = 22  = 22  |11𝑎| = 5.22
√32 +42 √9+16 √25 5
|11𝑎| = 110, então:
11a = 110 ou 11a = - 110
a = 110 : 11 a = - 110 : 11
a = 10 a = - 10
Como P pertence ao 1° quadrante, a > 0, portanto a = 10

ESTUDO DA CIRCUNFERÊNCIA

Os elementos principais de uma circunferência37 são o centro e o raio. Na geometria analítica o raio é
representado por r e o centro por C(a, b).

Equação Reduzida de uma circunferência


Considerando uma circunferência de centro C e raio r; e sendo P(x, y) um ponto genérico dessa
circunferência, temos que a distância entre C e P é igual ao raio.

𝐝𝐂𝐏 = 𝐫
√(𝐱 − 𝐚)𝟐 + (𝐲 − 𝐛)𝟐 = 𝐫
- elevamos os dois membros da equação acima ao
quadrado:
𝟐
(√(𝐱 − 𝐚)𝟐 + (𝐲 − 𝐛)𝟐 ) = 𝐫 𝟐
- então, temos a seguinte fórmula:
(𝐱 − 𝐚)𝟐 + (𝐲 − 𝐛)𝟐 = 𝐫 𝟐

Exemplo: Determinar a equação reduzida da circunferência que tem centro C(3, 2) e raio r = 5.

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Resolução:
As coordenadas do centro são os valores de a e b para substituir na fórmula.
(𝑥 − 𝑎)2 + (𝑦 − 𝑏)2 = 𝑟 2
(x – 3)2 + (y – 2)2 = 52
(x – 3)2 + (y – 2)2 = 25

Equação Geral de uma circunferência


Para se obter a equação geral de um circunferência basta fazer o desenvolvimento da equação
reduzida:

(x − a)2 + (y − b)2 = r 2
x 2 − 2ax + a2 + y 2 − 2by + b2 = r 2

Questões

01. Uma circunferência tem centro C(2, 4) e raio 5. A equação reduzida dessa circunferência é:
(A) (x – 2)2 + (y + 4)2 = 25
(B) (x + 2)2 + (y + 4)2 = 25
(C) (x – 2)2 + (y – 4)2 = 5
(D) (x – 2)2 + (y – 4)2 = 25
(E) (x + 2)2 + (y – 4)2 = 25

02. (VUNESP) A equação da circunferência, com centro no ponto C(2, 1) e que passa pelo ponto P(0,
3), é:
(A) x2 + (y – 3)2 = 0
(B) (x – 2)2 + (y – 1)2 = 4
(C) (x – 2)2 + (y – 1)2 = 8
(D) (x – 2)2 + (y – 1)2 = 16
(E) x2 + (y – 3)2 = 8

03. (CESGRANRIO-RJ) Uma equação da circunferência de centro C(- 3, 4) e que tangencia o eixo x
é:
(A) (x – 3)2 + (y – 4)2 = 16
(B) (x – 3)2 + (y – 4)2 = 9
(C) (x + 3)2 + (y + 4)2 = 16
(D) (x + 3)2 + (y – 4)2 = 9
(E) (x + 3)2 + (y – 4)2 = 16

04. Uma circunferência tem equação reduzida (x – 3)2 + (y – 5)2 = 49, o centro e o raio dessa
circunferência igual a:
(A) C(3, 5) e r = 7
(B) C(- 3, 5) e r = 7
(C) C(- 3, - 5) e r = 49
(D) C(3, - 5) e r = 7
(E) C(3, 5) e r = 49

05. Uma circunferência tem equação geral igual a x2 + y2 – 4x + 2y – 31 = 0, determinar o centro e o


raio dessa circunferência.

499
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(A) C(2 ,1) e r = 6
(B) C(- 2 , - 1) e r = 6
(C) C(- 2 , - 1) e r = 36
(D) C(2 , - 1) e r = 6

Comentários

01. Resposta: D.
Temos C(2, 4), então a = 2 e b = 4; e raio r = 5.
(x – a)2 + (y – b)2 = r2
(x – 2)2 + (y – 4)2 = 52
(x – 2)2 + (y – 4)2 = 25

02. Resposta: C.
Temos que C(2, 1), então a = 2 e b = 1. O raio não foi dado no enunciado.
(x – a)2 + (y – b)2 = r2
(x – 2)2 + (y – 1)2 = r2 (como a circunferência passa pelo ponto P, basta substituir o x por 0 e o y por 3
para achar a raio.
(0 – 2)2 + (3 – 1)2 = r2
(- 2)2 + 22 = r2
4 + 4 = r2
r2 = 8
(x – 2)2 + (y – 1)2 = 8

03. Resposta: E.
Neste caso temos que fazer um gráfico para determinar o raio que não foi dado no enunciado. Porém
foi dito que a circunferência tangencia o eixo x.

Através do gráfico, podemos ver que o raio vale 4 (distância do centro ao ponto de tangência no eixo
x), então: a = - 3 e b = 4.
(x – a)2 + (y – b)2 = r2

(x – (-3))2 + (y – 4)2 = 42

(x + 3)2 + (y – 4)2 = 16

04. Resposta: A.
Através da fórmula (x – a)2 + (y – b)2 = r2.

(x – 3)2 + (y – 5)2 = 49
a = 3 e b = 5  C(3, 5) e r 2 = 49  r = √49  r = 7

05. Resposta: D.
A equação geral é dada por x2 + y2 – 2ax – 2by + a2 + b2 – r2 = 0, para determinar o centro e o raio
temos:
x2 + y2 – 4x + 2y – 31 = 0, o coeficiente de x é – 4 e o coeficiente de y é 2, comparando com a fórmula,
temos que dividir estes coeficientes por – 2 para determinar o centro.

500
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
−4 2
C( , )  (2, - 1)
−2 −2

Para determinar o raio temos que:


a2 + b2 – r2 = - 31
22 + (-1)2 + 31 = r2
4 + 1 + 31 = r2
r2 = 36
r = √36
r=6

POSIÇÕES RELATIVAS38

- DE UM PONTO E UMA CIRCUNFERÊNCIA

Um ponto pode ser:


- Interno;
- Externo ou
- Pertencer a uma dada circunferência de centro C e raio r.

Para conhecermos a posição de um ponto P em relação a uma circunferência basta calcularmos a sua
distância do ponto P ao centro da circunferência e compará-la com medida do raio.

d(P,C)=r(x-a)²+(y-b)²=r²
(x-a)²+(y-b)²-r²=0 (P)

d(P,C)>r(x-a)²+(y-b)²>r²
(x-a)²+(y-b)²-r²>0 (P é externo a )

d(P,C)>r(x-a)²+(y-b)²<r²
(x-a)²+(y-b)²-r²<0 (P é interno a )

Assim o plano cartesiano fica dividido em três regiões:


- a região dos pontos pertencentes à circunferência representam as soluções de f(x,y) = 0
- a região dos pontos internos à circunferência representam as soluções de f(x,y) < 0
- a região dos pontos externos à circunferência representam de f(x,y) > 0

Exemplo:
Determinar a posição dos pontos A(-2,3), B(-4,6) e C(4,2) em relação à circunferência de equação x2
+ y2 + 8x – 20 = 0.
Substituindo as coordenadas dos pontos A, B e C no 1º membro da equação da circunferência
obtemos:
A(-2,3)  x = -2 e y = 3
x2 + y2 + 8x – 20 = (-2)2 + 32 + 8.(-2) – 20 = -23 < 0
A é ponto interno.

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501
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B(-4,6)  x = -4 e y = 6
x2 + y2 + 8x – 20 = (-4)2 + 62 + 8.(-4) – 20 = 0
B pertence à circunferência.

C(4,2)  x = 4 e y = 2
x2 + y2 + 8x – 20 = 42 + 22 + 8 . 4 – 20 = 32 > 0

- DE UMA RETA E UMA CIRCUNFERÊNCIA

Uma reta l e uma circunferência λ podem ocupar as seguintes posições relativas:

l e λ são secantes

A reta l intercepta a
circunferência λ em 2 pontos, e
a distância d entre a reta e o
centro da circunferência é
menor que o raio.

l e λ são tangentes

A reta l intercepta a
circunferência λ em único
ponto de tangência, e a
distância d entre a reta e o
centro da circunferência é
igual ao raio.

l e λ são exteriores

A reta l não intercepta a


circunferência λ, e a distância
d entre a reta e o centro da
circunferência é maior que o
raio.

Resumindo
- Para determinarmos a posição relativa entre uma reta e uma circunferência, basta
comparar a distância d (entre a reta e o centro da circunferência) com o raio r.
d(C,l)<r – reta e circunferência secantes
d(C,l)=r – reta e circunferência tangentes
d(C,l)>r – reta e circunferência exteriores

Com isso podemos achar também a posição relativa de uma reta e uma circunferência procurando os
pontos de intersecção da reta com a circunferência. Para isso resolvemos um sistema formado pelas
equações da reta:

𝑎𝑥 + 𝑏𝑦 + 𝑐 = 0
{
𝑥 2 + 𝑦 2 + 𝛼𝑥 + 𝛽𝑦 + 𝛾 = 0

Com essa resolução caímos em um sistema de equações do 2º grau e através do discriminante (Δ)
encontramos as seguintes condições:

502
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Para >0 a reta é secante à circunferência (2 pontos comuns)
Para =0 a reta é tangente à circunferência (1 ponto comuns)
Para <0 a reta é exterior à circunferência (nenhum ponto comum)

Exemplo:
1) Verifique a posição relativa entre a reta s: 3x + y – 13 = 0 e a circunferência de equação (x – 3)2 +
(y – 3)2 = 25.
Solução: Devemos calcular a distância entre o centro da circunferência e a reta s e comparar com a
medida do raio. Da equação da circunferência, obtemos:
x0 = 3 e y0 = 3 → O(3, 3)
r2 = 25 → r = 5
Vamos utilizar a fórmula da distância entre ponto e reta para calcular a distância entre O e s.

Da equação geral da reta, obtemos:


a = 3, b = 1 e c = – 13
Assim,

Como a distância entre o centro O e a reta s é menor que o raio, a reta s é secante à circunferência.

Questões
𝑥 𝑦
01. (ITA-SP) A distância entre os pontos de intersecção da reta + = 1 com a circunferência x² +
10 20
y² = 400 é:
(A) 16√5
(B) 4√5
(C) 3√3
(D) 4√3
(E) 5√7

02. (UFRS) O valor de k que transforma a equação x² + y² – 8x + 10y + k = 0 na equação de uma


circunferência de raio 7 é:
(A) –4
(B) –8
(C) 5
(D) 7
(E) –5

Comentários

01. Resposta: A.
Resolver o sistema de equações:

Simplificando a 1ª equação:

503
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Substituindo x na 2ª equação:
x² + y² = 400
x² + (20 – 2x)² = 400
x² + 400 – 80x + 4x² ¬– 400 = 0
5x² – 80x = 0
5x * (x – 16) = 0
5x = 0
x’ = 0
x – 16 = 0
x’’ = 16

Para x = 0, temos:
y = 20 – 2x
y = 20 – 2*0
y = 20
(0; 20)

Para x = 16, temos:


y = 20 – 2x
y = 20 – 2 * 16
y = 20 – 32
y = – 12
(16; –12)

Os pontos de intersecção são (0; 20) e (16; –12).


Determinando a distância entre os pontos:

02. Resposta: B.
x² + y² – 8x + 10y + k = 0
Encontrar a equação reduzida (completar os trinômios)
x² – 8x + y² + 10y = –k
x² – 8x + 16 + y² + 10y + 25 = – k + 16 + 25
(x – 4)² + (x + 5)² = –k + 41
Temos que o raio será dado por:
–k + 41 = 7²
–k = 49 – 41
–k = 8
k=-8

ENTRE DUAS CIRCUNFERÊNCIAS

Duas circunferências distintas39, podem ter dois, um ou nenhum ponto em comum.

1. Circunferências tangentes.

a) Tangentes externas
Duas circunferências são tangentes internas quando possuem somente um ponto em comum e uma
exterior à outra. A condição para que isso ocorra é que a distância entre os centros das duas
circunferências seja equivalente à soma das medidas de seus raios.

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504
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dOC = r1 + r2

b) Tangentes internas
Duas circunferências são tangentes internas quando possuem apenas um ponto em comum e uma
esteja no interior da outra. A condição para que isso ocorra é que a distância entre os dois centros seja
igual à diferença entre os dois raios.

dOC = r1 . r2

2. Circunferências externas.
Duas circunferências são consideradas externas quando não possuem pontos em comum. A condição
para que isso ocorra é que a distância entre os centros das circunferências deve ser maior que a soma
das medidas de seus raios.

dOC > r1 + r2
3. Circunferências secantes.
Duas circunferências são consideradas secantes quando possuem dois pontos em comum. A condição
para que isso aconteça é que a distância entre os centros das circunferências deve ser menor que a soma
das medidas de seus raios.

dOC < r1 + r2

4. Circunferências internas.
Duas circunferências são consideradas internas quando não possuem pontos em comum e uma está
localizada no interior da outra. A condição para que isso ocorra é que a distância entre os centros das
circunferências deve ser equivalente à diferença entre as medidas de seus raios.

dOC < r1 . r2

505
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5. Circunferências concêntricas.
Duas circunferências são consideradas concêntricas quando possuem o centro em comum. Nesse
caso, a distância entre os centro é nula.

dOC = 0
Exemplo:
1) Dadas as circunferências λ e σ, de equações:
λ: x2 + y2 = 9
σ: (x – 7)2 + y2 = 16
Verifique a posição relativa entre elas.

Para resolução do problema devemos saber as coordenadas do centro e a medida do raio de cada
uma das circunferências. Através da equação de cada uma podemos encontrar esses valores.
Como a equação de toda circunferência é da forma: (x – x0)2 + (y – y0)2 = r2, teremos:

Conhecidos os elementos de cada uma das circunferências, vamos calcular a distância entre os
centros, utilizando a fórmula da distância entre dois pontos.

Questões

01. (PUC-SP) O ponto P(3, b) pertence à circunferência de centro no ponto C(0, 3) e raio 5. Calcule o
valor da coordenada b.
(A) b pode ser -1 ou 7.
(B) b pode ser 0 ou 3.
(C) b pode ser 3 ou 5.
(D) b pode ser -1 ou - 7.
(E) b pode ser 1 ou 7.

02. (FEI-SP) Determine a equação da circunferência com centro no ponto C(2, 1) e que passa pelo
ponto A(1, 1).
(A) (x + 2)² + (y – 1)² = 1
(B) (x – 2)² + (y – 1)² = 1
(C) (x – 2)² + (y + 1)² = 1
(D) (x – 2)² + (y – 1)² = -1
(E) (x + 2)² + (y + 1)² = 1

03. (ITA-SP) Qual a distância entre os pontos de intersecção da reta com a circunferência x² + y² =
400?
(A) 64√5
(B) 32√5
(C) 16√5
(D) 8√5
(E) 4√5

506
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Comentários

01. Resposta: A.
A equação da circunferência que possui centro C(0, 3) e raio r = 5 é dada por:
(x – 0)² + (y – 3)² = 5² → x² + (y – 3)² = 25.
Sabendo que o ponto (3, b) pertence à circunferência, temos que:
3² + (b – 3)² = 25 → 9 + (b – 3)² = 25 → (b – 3)² = 25 – 9 → (b – 3)² = 16
b–3=4→b=4+3→b=7
b–3=–4→b=–4+3→b=–1
O valor da coordenada b pode ser –1 ou 7.

02. Resposta: B.
Sabendo que o ponto A(1 ,1) pertence à circunferência e que o centro possui coordenadas C(2, 1),
temos que a distância entre A e C é o raio da circunferência. Dessa forma temos que d(A, C) = r.

Se o raio da circunferência é igual a 1 e o centro é dado por (2, 1), temos que a equação da
circunferência é dada por: (x – 2)² + (y – 1)² = 1.

03. Resposta: C.
Vamos obter os pontos de intersecção da reta e da circunferência através da resolução do seguinte
sistema de equações:

Resolvendo o sistema por substituição:


2x + y = 20
y = 20 – 2x
Substituindo y na 2ª equação:
x² + y² = 400
x² + (20 – 2x)² = 400
x² + 400 – 80x + 4x² = 400
5x² – 80x + 400 – 400 = 0
5x² – 80x = 0
5x * (x – 16) = 0
5x = 0

x’ = 0
x – 16 = 0
x’’ = 16
Substituindo x = 0 e x = 16, na equação y = 20 – 2x:
x=0
y = 20 – 2 * 0
y = 20
S = {0, 20}

x = 16
y = 20 – 2 * 16
y = 20 – 32
y = – 12
S = {16, –12}

Os pontos de intersecção são: {0, 20} e {16, –12}. Vamos agora estabelecer a distância entre eles:

507
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A distância entre os pontos de intersecção da reta e da circunferência é igual a 16√5.

i. Estudo das Cônicas: definição geral das cônicas, parábola, elipse, hipérbole.

CÔNICAS

As cônicas – hipérbole, parábola, elipse e a circunferência, possuem todas elas, um aspecto singular:
podem ser obtidas através da interseção de um plano convenientemente escolhido com uma superfície
cônica, conforme mostrado na figura a seguir:

A circunferência é, na realidade, uma elipse perfeita, cuja excentricidade é nula. No caso da elipse já
sabemos que:

Excentricidade = e = c/a

Como é válido na elipse que a2 = b2 + c2, vem que:

𝑐 √𝑎2 − 𝑏 2
𝑒= =
𝑎 𝑎

Ora, como c < a, vem imediatamente que e < 1. Também, como a e c são distâncias e portanto,
positivas, vem que e > 0. Em resumo, no caso da elipse, a excentricidade é um número situado entre 0 e
1 ou seja:

0 < e < 1.

Observa-se que a elipse é tanto mais achatada quanto mais próximo da unidade estiver a sua
excentricidade.
Raciocinando opostamente, se o valor de c se aproxima de zero, os valores de a e de b tendem a
igualar-se e a elipse, no caso extremo de c = 0, (o que implica e = 0) transforma-se numa circunferência.
A circunferência é então, uma elipse de excentricidade nula.

No caso da hipérbole, já sabemos que c2 = a2 + b2 e, portanto,

508
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𝑐 √𝑎2 + 𝑏 2
𝑒= =
𝑎 𝑎

Neste caso, c > a, o que significa que a excentricidade de uma hipérbole é um número real maior do
que a unidade, ou seja e > 1.

Observe na fórmula acima que se as medidas a e b forem iguais, ou seja a = b, teremos uma hipérbole
equilátera, cuja excentricidade será igual a e = Ö 2, resultado obtido fazendo a = b na fórmula acima.

Resumindo, observe que, sendo e a excentricidade de uma cônica:

Cônica e
Circunferência 0
Elipse 0<e<1
Hipérbole e>1

Quanto à parábola, podemos dizer, que a sua excentricidade será igual a 1? Em a realidade, a
excentricidade da parábola é igual a 1; Vamos desenvolver este assunto a seguir:

Equação Geral das Cónicas (eq. de 2° grau em x e y): Ax2 + Bxy + Cy2 + Dx + Ey + F = 0, (1) com A,
B, C, D, E, F ∈ IR, sendo A, B e C não simultaneamente nulos.

- Se B2 − 4AC < 0, (1) é a equação de uma elipse.


- Se B2 − 4AC = 0, (1) é a equação de uma parábola.
- Se B2 − 4AC > 0, (1) é a equação de uma hipérbole.

Elipse: é o conjunto dos pontos do plano cuja soma das distâncias a dois pontos fixos (focos) é
constante e maior que a distância entre eles.

Equação Reduzida

Focos: (±c, 0), sendo c2 = a2 − b2


Eixo maior = 2a
Eixo menor = 2b
Distância focal =2c
Vértices: (±a, 0), (0,±b)

Equação Reduzida

509
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Focos: (0,±c), sendo c2 = b2 − a2
Eixo maior = 2b
Eixo menor = 2a
Distância focal =2c
Vértices: (±a, 0), (0,±b)

Equação Reduzida da Elipse centrada em (α, β):

Parábola: é o conjunto dos pontos do plano equidistantes de um ponto fixo (foco) e de uma reta
(diretriz), que não contém o ponto.

Equação Reduzida

y2 = 2px (p > 0)

510
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Equação Reduzida

y2 = −2px (p > 0)

Equação Reduzida

x2 = 2py (p > 0)

Equação Reduzida

x2 = −2py (p > 0)

511
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Equação Reduzida da Parábola com vértice em (α, β):

(y − β)2 = 2p (x − α)

(x − β)2 = 2p (y − α)

Hipérbole: é o conjunto dos pontos do plano tais que o módulo da diferença das distâncias a dois
pontos fixos (focos) é constante e menor que a distância entre eles.

Equação Reduzida

512
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Equação Reduzida

Equação Reduzida da Hipérbole centrada em (α, β):

Considere o seguinte problema geral:

Determinar o lugar geométrico dos pontos P(x, y) do plano cartesiano que satisfazem à condição PF =
e. Pd, onde F é um ponto fixo do plano denominado foco e d uma reta denominada diretriz, sendo e uma
constante real.

Veja a figura abaixo, para ilustrar o desenvolvimento do tema

513
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Temos então, pela condição dada, PF = e . Pd, onde e é uma constante real.
Usando a fórmula de distancia entre dois pontos, fica:
√(𝑥 − 𝑓)2 + (𝑦 − 0)2 = 𝑒. √(𝑥 − 𝑑)2 + (𝑦 − 𝑦)2

Quadrando e desenvolvendo ambos os membros da expressão acima, vem:


(x – f)2 + y2 = e2 .(x – d)2
x2 – 2.f.x + f2 + y2 = e2 (x2– 2.d.x + d2)
x2 – e2.x2 – 2.f.x + e2.2.d.x + y2 + f2– e2.d2 = 0
x2(1 – e2) + y2 + (2e2d – 2f)x + f2– e2.d2 = 0

Ou finalmente:
x2(1 – e2) + y2 + 2(e2d – f)x + f2 – e2d2 = 0

Fazendo e = 1 na igualdade acima, obteremos y2 + 2(d – f).x + f2 – d2 = 0

Fazendo d = - f, vem: y2 – 4fx = 0 ou y2 = 4fx, que é uma parábola da forma y2 = 2px, onde f = p/2,
conforme vimos no texto correspondente.
A constante e é denominada excentricidade.

Vê-se pois, que a excentricidade de uma parábola é igual a 1

Propriedades Refletoras
A elipse, a parábola e a hipérbole são curvas que possuem propriedades que as tornam importantes
em várias aplicações. Aqui vamos ocupar-nos apenas das chamadas propriedades de reflexão dessas
curvas, relacionadas com pontos especiais chamados focos.

O caso da elipse

A elipse é uma curva fechada para a qual existem dois pontos especiais, os focos. A propriedade de
reflexão da elipse é a seguinte: A partir de um dos focos tracemos um segmento de reta qualquer. Este
segmento encontra a elipse num ponto, e se a partir deste traçarmos outro segmento que faça com a
curva um ângulo igual ao do primeiro segmento, o segundo segmento passa pelo outro foco. (Nota: Os
ângulos com as curvas são os ângulos com as respectivas tangentes nos pontos em causa.)

Esta propriedade faz com que a elipse tenha várias aplicações práticas. Uma aplicação óptica vê-se
no dispositivo de iluminação dos dentistas. Este consiste num espelho com a forma de um arco de elipse
e numa lâmpada que se coloca no foco mais próximo. A luz da lâmpada é concentrada pelo espelho no
outro foco, ajustando-se o dispositivo de forma a iluminar o ponto desejado.

Uma ilustração acústica da propriedade de reflexão da elipse pode encontrar-se em salas que têm a
forma de meio elipsoide (um elipsoide é um sólido que se obtém rodando uma elipse em torno do seu
eixo, isto é, da reta definida pelos dois focos). Se duas pessoas se colocarem nos focos e uma delas falar,
mesmo que seja baixo, a outra ouvirá perfeitamente, ainda que a sala seja grande e haja outros ruídos.

514
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Existem salas deste tipo (às vezes chamadas “galerias de murmúrios”) em vários edifícios públicos na
Europa e nos Estados Unidos.

O caso da parábola
A parábola é uma curva com um foco. A propriedade de reflexão da parábola é a seguinte: A partir de
um ponto qualquer tracemos um segmento de reta paralelo ao eixo da parábola. Este segmento encontra
a parábola num ponto, e se a partir deste traçarmos outro segmento que faça com a curva um ângulo
igual ao do primeiro segmento, o segundo segmento passa pelo foco.

Esta propriedade faz com que a parábola tenha várias aplicações práticas. Um exemplo são as
vulgares antenas parabólicas, que concentram num aparelho receptor os sinais vindos de um satélite de
televisão.

Uma aplicação óptica são os faróis dos automóveis e das motocicletas, que são espelhados por dentro
e em que se coloca a lâmpada no foco.

O caso da hipérbole
A hipérbole é uma curva com dois ramos e dois focos. A propriedade de reflexão da hipérbole é a
seguinte: A partir de um ponto qualquer tracemos um segmento de reta dirigido a um dos focos da
hipérbole. Este segmento encontra o correspondente ramo da hipérbole num ponto, e se a partir deste
traçarmos outro segmento que faça com a curva um ângulo igual ao do primeiro segmento, o segundo
segmento passa pelo outro foco.

Esta propriedade faz com que a hipérbole tenha várias aplicações práticas. Um exemplo de uma
aplicação óptica é o chamado telescópio de reflexão. É constituído basicamente por dois espelhos, um
maior, chamado primário, que é parabólico, e outro menor, que é hiperbólico. Os dois espelhos dispõem-

515
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
se de modo que os eixos da parábola e da hipérbole coincidam e que o foco da primeira coincida com um
dos da segunda.

Quando os raios de luz se refletem no espelho parabólico são dirigidos para o foco, pela propriedade
de reflexão da parábola. Como este também é foco da hipérbole, pela propriedade de reflexão desta os
raios de luz refletem-se no espelho hiperbólico e seguem em direção ao outro foco da hipérbole. Os raios
de luz passam através de um orifício no centro do espelho primário, atrás do qual está uma lente-ocular
que permite corrigir ligeiramente a trajetória da luz, que chega finalmente aos olhos do observador ou à
película fotográfica.
A vantagem deste tipo de telescópio reside no fato de ter um comprimento muito menor do que os
telescópios de refração (isto é, de lentes) com o mesmo poder de ampliação. Por exemplo, uma objetiva
fotográfica com 500 mm de distância focal é muito grande e pesada se for de refração, o que já não
acontece se for de reflexão, sendo pequena e manejável, o que pode ser vantajoso.

Outro exemplo é o telescópio Hubble (em órbita desde 1990 a 600 km da Terra), que se baseia nestas
propriedades de reflexão. O seu espelho primário tem 2.4 metros de diâmetro. Como está fora da
atmosfera, as imagens que o telescópio Hubble recolhe do espaço são muito mais claras e rigorosas do
que as recebidas pelos telescópios utilizados no solo, pois os raios de luz não são absorvidos nem
distorcidos pela atmosfera. Um telescópio de refracção com o mesmo poder de ampliação do Hubble
seria tão grande e pesado que nenhum foguetão seria capaz de o pôr em órbita.

Questões

01. Considere as equações apresentadas na coluna da esquerda e os nomes das curvas planas
descritas na coluna da direita. Associe a 2ª coluna com a 1ª coluna.

𝑥2 𝑦2 ( ) Elipse
(𝐼) + =1
4 3
𝑥 𝑦 ( ) Hipérbole
(𝐼𝐼) + = 1
4 9
𝑥2 𝑦 ( ) Reta
(𝐼𝐼𝐼) + = 1
4 9
𝑦2 𝑥2 ( ) Circunferência
(𝐼𝑉) − =1
3 4
𝑥2 𝑦2 ( ) Parábola
(𝑉) + =1
9 9

A associação que relaciona corretamente a equação ao tipo de curva plana na


sequencia de cima para baixo, é:

516
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
(A) I, IV, II, V e III

(B) I, V, III, IV e II

(C) II, III, V, I e IV

(D) III, II, IV, I e V

(E) IV, II, V, I e III

02. A distância entre o centro da circunferência de equação x² + y² + 8x – 6y = 0 e o foco de


𝑥2 𝑦²
coordenadas positivas da elipse de equação 25 + 16 = 1 é:
(A) √58
(B) 2√29
(C) 2√14
(D) √8
(E) √28

03. Qual é a equação da elipse que tem como eixo maior a distância entre as raízes
da parábola de equação y = x² - 25 e excentricidade e = 3/5.
𝑥2 𝑦2
(A) 25 + 16 = 1
𝑥2 𝑦2
(B) 16 + 25 = 1
𝑥2 𝑦2
(C) 25 + 9
=1
𝑥2 𝑦2
(D) 9
+
25
=1

04. Qual é a equação da parábola que passa pelo ponto P(0,10) e pelos focos da
hipérbole de equação 9x² - 16y² = 144
−2 2
(A) 𝑦 = 𝑥 + 10
5
2 2
(B) 𝑦 = 𝑥 + 10
5
−2 2
(C) 𝑦 = 5
𝑥 − 10
2 2
(D) 𝑦 = 𝑥 − 10
5

05. Qual é a equação da reta que passa pelo ponto P(2,3) e é perpendicular à reta
que passa pelo centro da circunferência de equação x² + y² + 8x – 4y + 11 = 0 e pelo
foco de coordenadas positivas da hipérbole de equação x2/64 – y2/36 = 1 .

(A) 7𝑥 − 𝑦 − 11 = 0
(B) −7𝑥 + 𝑦 = −11
(C) 7𝑥 − 𝑦 = −11
(D) −7𝑥 − 𝑦 − 11 = 0

517
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Comentários

01. Reposta: A
Para determinar que tipo de curva cada equação representa devemos observar algumas
características das equações, observe:
Reta: x e y possuem expoentes iguais a 1, sendo que nem x, nem y podem estar no denominador,
nesse caso item (II)
Circunferência: o número que multiplica x² e y² é sempre o mesmo e temos uma soma de x² e y² nesse
caso o item (V)
Elipse: os números que multiplicam x² e y² são diferentes e temos uma soma de x² e y², item (I)
Hipérbole: temos uma subtração de x² e y², item (IV)
Parábola: temos só x² ou só y², item (III)

02. Resposta: A

8 −6
C( , )
O centro C da circunferência é { −2 −2
𝐶(−4,3)

𝑎2 = 𝑏 2 + 𝑐 2
2 2 2
𝑁𝑎 𝑒𝑙𝑖𝑝𝑠𝑒 {𝑎 = 25 𝑒 {𝑏 = 16 , 𝑙𝑜𝑔𝑜 {25 =2 16 + 𝑐 . 𝑂 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑎 𝑒𝑙𝑖𝑝𝑠𝑒 é 𝐶(0,0).
𝑎=5 𝑏=4 𝑐 =9
𝑐=3

A elipse tem eixo maior sobre o eixo x, dessa forma o foco de coordenadas positivas é F(3,0).

𝑑𝐶𝐹 = √(−4 − 3)2 + (3 − 0)2


𝐴 𝑑𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑜 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑎 𝑐𝑖𝑟𝑐𝑢𝑛𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑒 𝑜 𝑓𝑜𝑐𝑜 é: { 𝑑𝐶𝐹 = √49 + 9
𝑑𝐶𝐹 = √58 𝑢. 𝑐

03. Resposta: Resposta: A


𝑐
𝑦 = 𝑥 2 − 25 𝑒=
𝑎
2𝑎 = 10
𝑁𝑎 𝑝𝑎𝑟á𝑏𝑜𝑙𝑎 { 𝑥 = −5 , 𝑑𝑒𝑠𝑠𝑎 𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎 { . 𝑈𝑠𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑎 𝑒𝑥𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑖𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑠𝑎𝑏𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑞𝑢𝑒: {𝑒 = 𝑐 = 3 , 𝑛𝑎 𝑒𝑙𝑖𝑝𝑠𝑒
𝑎=5 5 5
𝑥=5
𝑐=3

(𝑥−𝑥𝑐)2 (𝑦−𝑦𝑐)2
𝑎2 = 𝑏 2 + 𝑐 2 + =1
𝑎2 𝑏2
25 = 𝑏 2 + 9 , 𝑜 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑎 𝑒𝑙𝑖𝑝𝑠𝑒 é 𝐶(0,0)𝑒 𝑠𝑢𝑎 𝑒𝑞𝑢𝑎çã𝑜 é: (𝑥−0)2 (𝑦−0)2
+ =1
𝑏 2 = 16 52 42
𝑥2 𝑦2
𝑏=4 + =1
{ { 25 16

04. Resposta: Resposta: A


2
{𝑎 = 16 𝑐 2 = 𝑎2 + 𝑏 2
9𝑥 2 − 16𝑦 2 = 144(÷ 144)
Na hipérbole {
2
⟹ { 𝑎2 = 4 ⟹ { 𝑐 = 16 + 9 ∴ {𝐹1 (−5,0)
𝑥2 𝑦2 2 𝐹2 (5,0)
16

9
=1 {𝑏 = 9 𝑐 = 25
𝑏=3 𝑐=5
10 = 𝑎. 0 + 𝑏. 0 + 𝑐
𝑁𝑎 𝑝𝑎𝑟á𝑏𝑜𝑙𝑎 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑦 = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐, 𝑜 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑃(0,10) ∈ 𝑎 𝑝𝑎𝑟á𝑏𝑜𝑙𝑎 𝑒𝑛𝑡ã𝑜 {
𝑐 = 10

Se a parábola passa pelos focos da hipérbole temos que:


Sendo y = ax2 + bx + 10, temos:
50𝑎 + 20 = 0
2
𝐹1 (−5,0) → 0 = 25𝑎 − 5𝑏 + 10 25. (− ) + 5𝑏 + 10 = 0
⟹ 2 5
𝐹2 (5,0) → 0 = 25𝑎 + 5𝑏 + 10 𝑎 = − ⟶ { −10 + 5𝑏 + 10 = 0
5
{ { 𝑏=0

518
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−2
𝑦 = 5 𝑥 2 + 0𝑥 + 10
𝐷𝑒𝑠𝑠𝑎 𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎 𝑎 𝑒𝑞𝑢𝑎çã𝑜 𝑑𝑎 𝑝𝑎𝑟á𝑏𝑜𝑙𝑎 é: { −2
𝑦 = 5 𝑥 2 + 10

05. Resposta: Resposta: A

P(2,3)
r: {
⊥s
2
{𝑎 = 64 𝑐 2 = 𝑎2 + 𝑏 2
𝑥2 𝑦2 2
𝐻𝑖𝑝é𝑟𝑏𝑜𝑙𝑒: {64 − 36 = 1 ⟹ { 𝑎2 = 8 ∴ {𝑐 = 2
64 + 36 → 𝐹(10,0)
{ 𝑏 = 36 𝑐 = 100
𝑏=6 𝑐 = 10

𝑥 2 + 𝑦 2 + 8𝑥 − 4𝑦 + 11 = 0
8 −4
𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑛𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎: { 𝐶𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜 (−2 , )
2
𝐶𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜(−4,2)

10 −4 𝑥 −10
| |=0
0 2 𝑦 0 𝑦 − 𝑦0 = 𝑚(𝑥 − 𝑥0 )
20 − 4𝑦 − 2𝑥 − 10𝑦 = 0 𝑃(2,3)
−1 𝑦 − 3 = 7. (𝑥 − 2)
𝑠: −2𝑥 − 14𝑦 + 20 = 0 , 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑎 𝑟𝑒𝑡𝑎 𝑟 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠: 𝑟 {𝑚𝑟 = 𝑚𝑠 ⟹ 𝑟: { 𝑦 − 3 = 7𝑥 − 14
−(−2) 𝑚𝑟 = 7
𝑚𝑠 = −14 7𝑥 − 𝑦 − 11 = 0
1
{ 𝑚𝑠=−
7

8. Matemática financeira a. Introdução à matemática financeira: razões e


proporções, grandezas diretamente e inversamente proporcionais, porcentagem.

Caro(a) Candidato(a), os assuntos: razões e proporções, grandezas diretamente e inversamente


proporcionais já forma abordados no começo da nossa apostila, então nesse tópico iremos abordar
somente a matéria de Porcentagem.

PORCENTAGEM

Razões de denominador 100 que são chamadas de razões centesimais ou taxas percentuais ou
simplesmente de porcentagem40. Servem para representar de uma maneira prática o "quanto" de um
"todo" se está referenciando.
Costumam ser indicadas pelo numerador seguido do símbolo % (Lê-se: “por cento”).
𝒙
𝒙% =
𝟏𝟎𝟎

Exemplos:
01. A tabela abaixo indica, em reais, os resultados das aplicações financeiras de Oscar e Marta entre
02/02/2013 e 02/02/2014.

Notamos que a razão entre os rendimentos e o saldo em 02/02/2013 é:

40IEZZI, Gelson – Fundamentos da Matemática – Vol. 11 – Financeira e Estatística Descritiva


IEZZI, Gelson – Matemática Volume Único
http://www.porcentagem.org
http://www.infoescola.com

519
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
50
, 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑂𝑠𝑐𝑎𝑟, 𝑛𝑜 𝐵𝑎𝑛𝑐𝑜 𝐴;
500
50
, 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑀𝑎𝑟𝑡𝑎, 𝑛𝑜 𝐵𝑎𝑛𝑐𝑜 𝐵.
400

Quem obteve melhor rentabilidade?

Resolução:
Uma das maneiras de compará-las é expressá-las com o mesmo denominador (no nosso caso o 100),
para isso, vamos simplificar as frações acima:

50 10
𝑂𝑠𝑐𝑎𝑟 ⇒ = , = 10%
500 100
50 12,5
𝑀𝑎𝑟𝑡𝑎 ⇒ = , = 12,5%
400 100

Com isso podemos concluir que Marta obteve uma rentabilidade maior que Oscar ao investir no Banco
B.

Uma outra maneira de expressar será apenas dividir o numerador pelo denominador, ou seja:
50
𝑂𝑠𝑐𝑎𝑟 ⇒ = 0,10 = 10%
500
50
𝑀𝑎𝑟𝑡𝑎 ⇒ = 0,125 = 12,5%
400

02. Em uma classe com 30 alunos, 18 são rapazes e 12 são moças. Qual é a taxa percentual de
rapazes na classe?
Resolução:
18
A razão entre o número de rapazes e o total de alunos é 30 . Devemos expressar essa razão na forma
centesimal, isto é, precisamos encontrar x tal que:
18 𝑥
= ⟹ 𝑥 = 60
30 100
E a taxa percentual de rapazes é 60%. Poderíamos ter divido 18 por 30, obtendo:
18
= 0,60(. 100%) = 60%
30

Lucro e Prejuízo

É a diferença entre o preço de venda e o preço de custo.


Caso a diferença seja positiva, temos o lucro(L), caso seja negativa, temos prejuízo(P).

Lucro (L) = Preço de Venda (V) – Preço de Custo (C).

Podemos ainda escrever:


C + L = V ou L = V - C
P = C – V ou V = C - P

A forma percentual é:

520
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Exemplos:
01. Um objeto custa R$ 75,00 e é vendido por R$ 100,00. Determinar:
a) a porcentagem de lucro em relação ao preço de custo;
b) a porcentagem de lucro em relação ao preço de venda.

Resolução:
Preço de custo + lucro = preço de venda → 75 + lucro =100 → Lucro = R$ 25,00

𝑙𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑙𝑢𝑐𝑟𝑜
𝑎) . 100% ≅ 33,33% 𝑏) . 100% = 25%
𝑝𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑝𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎

02. O preço de venda de um bem de consumo é R$ 100,00. O comerciante tem um ganho de 25%
sobre o preço de custo deste bem. O valor do preço de custo é:
A) R$ 25,00
B) R$ 70,50
C) R$ 75,00
D) R$ 80,00
E) R$ 125,00

Resolução:
𝐿
𝐶
. 100% = 25% ⇒ 0,25 , o lucro é calculado em cima do Preço de Custo(PC).

C + L = V → C + 0,25. C = V → 1,25. C = 100 → C = 80,00


Resposta D

Aumento e Desconto Percentuais


𝒑
A) Aumentar um valor V em p%, equivale a multiplicá-lo por (𝟏 + 𝟏𝟎𝟎).V .
Logo:
𝒑
VA = (𝟏 + 𝟏𝟎𝟎).V

Exemplos:
01. Aumentar um valor V de 20%, equivale a multiplicá-lo por 1,20, pois:
20
(1 + 100).V = (1+0,20).V = 1,20.V

02. Aumentar um valor V de 200%, equivale a multiplicá-lo por 3, pois:


200
(1 + 100).V = (1+2).V = 3.V

03. Aumentando-se os lados a e b de um retângulo de 15% e 20%, respectivamente, a área do


retângulo é aumentada de:
(A)35%
(B)30%
(C)3,5%
(D)3,8%
(E) 38%

Resolução:
Área inicial: a.b
Com aumento: (a.1,15).(b.1,20) → 1,38.a.b da área inicial. Logo o aumento foi de 38%.
Logo, alternativa E.
𝒑
B) Diminuir um valor V em p%, equivale a multiplicá-lo por (𝟏 − 𝟏𝟎𝟎).V.
Logo:
𝒑
V D = (𝟏 − 𝟏𝟎𝟎).V

521
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Exemplos:
01. Diminuir um valor V de 20%, equivale a multiplicá-lo por 0,80, pois:
20
(1 − 100). V = (1-0,20). V = 0, 80.V

02. Diminuir um valor V de 40%, equivale a multiplicá-lo por 0,60, pois:


40
(1 − 100). V = (1-0,40). V = 0, 60.V

03. O preço do produto de uma loja sofreu um desconto de 8% e ficou reduzido a R$ 115,00. Qual
era o seu valor antes do desconto?

Temos que V D = 115, p = 8% e V =? é o valor que queremos achar.


𝑝
V D = (1 − 100). V → 115 = (1-0,08).V → 115 = 0,92V → V = 115/0,92 → V = 125
O valor antes do desconto é de R$ 125,00.
𝒑 𝒑
A esse valor final de (𝟏 + 𝟏𝟎𝟎) ou (𝟏 − 𝟏𝟎𝟎), é o que chamamos de fator de multiplicação, muito útil
para resolução de cálculos de porcentagem. O mesmo pode ser um acréscimo ou decréscimo no
valor do produto.

Abaixo a tabela com alguns fatores de multiplicação:

Aumentos e Descontos Sucessivos

São valores que aumentam ou diminuem sucessivamente. Para efetuar os respectivos descontos ou
aumentos, fazemos uso dos fatores de multiplicação.

Vejamos alguns exemplos:


01. Dois aumentos sucessivos de 10% equivalem a um único aumento de...?
𝑝
Utilizando VA = (1 + ).V → V. 1,1, como são dois de 10% temos → V. 1,1 . 1,1 → V. 1,21
100
Analisando o fator de multiplicação 1,21; concluímos que esses dois aumentos significam um único
aumento de 21%.
Observe que: esses dois aumentos de 10% equivalem a 21% e não a 20%.

02. Dois descontos sucessivos de 20% equivalem a um único desconto de:


𝑝
Utilizando VD = (1 − 100).V → V. 0,8 . 0,8 → V. 0,64 . . Analisando o fator de multiplicação 0,64,
observamos que esse percentual não representa o valor do desconto, mas sim o valor pago com o
desconto. Para sabermos o valor que representa o desconto é só fazermos o seguinte cálculo:
100% - 64% = 36%
Observe que: esses dois descontos de 20% equivalem a 36% e não a 40%.

03. Certo produto industrial que custava R$ 5.000,00 sofreu um acréscimo de 30% e, em seguida,
um desconto de 20%. Qual o preço desse produto após esse acréscimo e desconto?
𝑝 𝑝
Utilizando VA = (1 + 100).V para o aumento e VD = (1 − 100).V, temos:
VA = 5000 .(1,3) = 6500 e VD = 6500 .(0,80) = 5200, podemos, para agilizar os cálculos, juntar tudo
em uma única equação:

522
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5000 . 1,3 . 0,8 = 5200
Logo o preço do produto após o acréscimo e desconto é de R$ 5.200,00

Questões

01. (MPE/GO – Auxiliar Administrativo – MPE/GO/2018) João e Miguel são filhos de Pedro e
recebem pensão alimentícia do pai no percentual de 20% sobre o seu salário, cada um. Considerando
que os rendimentos de Pedro são de R$ 2.400,00 mensais, quantos reais sobram para Pedro no final do
mês?
(A) R$ 1.510,00
(B) R$ 1.920,00
(C) R$ 960,00
(D) R$ 1.440,00
(E) R$ 480,00

02. (MPE/GO – Secretário Auxiliar – MPE/GO/2018) Joana foi trazer compras. Encontrou um vestido
de 150 reais. Descobriu que se pagasse à vista teria um desconto de 35%. Depois de muito pensar, Joana
pagou à vista o tal vestido.
Quanto ela pagou?

(A) 120,00 reais;


(B) 112,50 reais
(C) 127,50 reais.
(D) 97,50 reais.
(E) 95,00 reais.

03. (SABESP – Agente de Saneamento Ambiental – FCC/2018) O preço de um automóvel, à vista,


é de R$ 36.000,00 e um certo financiamento permite que esse mesmo automóvel seja pago em 18
parcelas mensais idênticas de R$ 2.200,00. Sendo assim, optando por financiar a compra do automóvel,
o valor total a ser pago pelo automóvel, em relação ao preço à vista, aumentará em
(A) 20%.
(B) 12%.
(C) 10%.
(D) 15%.
(E) 22%.

04. (SANEAGO/GO – Agente de Saneamento – UFG/2018) As vendas de Natal em 2017 nos


shopping centers cresceram 6% em relação a 2016, movimentando R$ 51,2 bilhões [O Estado de S.
Paulo, 27/12/2017, p. B1]. De acordo com essas informações, o valor movimentado, em bilhões, pelos
shopping centers com as compras de Natal em 2016 foi, aproximadamente, de
(A) R$ 45,13
(B) R$ 48,20
(C) R$ 48,30
(D) R$ 50,14

05. (SEAD/AP – Assistente Administrativo – FCC/2018) Em uma empresa, o departamento de


recursos humanos fez um levantamento a respeito do número de dependentes de cada funcionário e
organizou os resultados na seguinte tabela:

A porcentagem dos funcionários que têm exatamente um dependente é igual a


(A) 60%.
(B) 40%.
(C) 50%.
(D) 33%.
(E) 66%.

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06. (LIQUIGÁS – Assistente Administrativo – CESGRANRIO/2018) Um comerciante comprou
algumas geladeiras, ao preço unitário de R$ 1.550,00, e conseguiu vender apenas algumas delas. Em
cada geladeira vendida, o comerciante obteve um lucro de 16% sobre o preço de compra, e o lucro total
obtido com todas as geladeiras vendidas foi de R$ 26.040,00.
Quantas geladeiras o comerciante vendeu?
(A) 15
(B) 45
(C) 75
(D) 105
(E) 150

07. (Câm. de Chapecó/SC – Assistente de Legislação e Administração – OBJETIVA) Em


determinada loja, um sofá custa R$ 750,00, e um tapete, R$ 380,00. Nos pagamentos com cartão de
crédito, os produtos têm 10% de desconto e, nos pagamentos no boleto, têm 8% de desconto. Com base
nisso, realizando-se a compra de um sofá e um tapete, os valores totais a serem pagos pelos produtos
nos pagamentos com cartão de crédito e com boleto serão, respectivamente:
(A) R$ 1.100,00 e R$ 1.115,40.
(B) R$ 1.017,00 e R$ 1.039,60.
(C) R$ 1.113,00 e R$ 1.122,00.
(D) R$ 1.017,00 e R$ 1.010,00.

08. (UFPE - Assistente em Administração – COVEST) Uma loja compra televisores por R$ 1.500,00
e os revende com um acréscimo de 40%. Na liquidação, o preço de revenda do televisor é diminuído em
35%. Qual o preço do televisor na liquidação?
(A) R$ 1.300,00
(B) R$ 1.315,00
(C) R$ 1.330,00
(D) R$ 1.345,00
(E) R$ 1.365,00

09. (Câmara de São Paulo/SP – Técnico Administrativo – FCC) O preço de venda de um produto,
descontado um imposto de 16% que incide sobre esse mesmo preço, supera o preço de compra em 40%,
os quais constituem o lucro líquido do vendedor. Em quantos por cento, aproximadamente, o preço de
venda é superior ao de compra?
(A) 67%.
(B) 61%.
(C) 65%.
(D) 63%.
(E) 69%.

10. (PM/SE – Soldado 3ª Classe – FUNCAB) Numa liquidação de bebidas, um atacadista fez a
seguinte promoção:
Cerveja em lata: R$ 2,40 a unidade.
Na compra de duas embalagens com 12 unidades cada, ganhe 25% de desconto no valor da segunda
embalagem.

Alexandre comprou duas embalagens nessa promoção e revendeu cada unidade por R$3,50. O lucro
obtido por ele com a revenda das latas de cerveja das duas embalagens completas foi:
(A) R$ 33,60
(B) R$ 28,60
(C) R$ 26,40
(D) R$ 40,80
(E) R$ 43,20

11. (Pref. Maranguape/CE – Prof. de educação básica – GR Consultoria e Assessoria) Marcos


gastou 30% de 50% da quantia que possuía e mais 20% do restante. A porcentagem que lhe sobrou do
valor, que possuía é de:
(A) 58%
(B) 68%

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(C) 65%
(D) 77,5%

Comentários

01. Resposta: D
Para resolver esta questão devemos encontrar 20% do salário de Pedro, ou seja:
2.400,00 x 20% = 2400 x 0,20 = 480,00
que é o valor que ele paga de pensão, mas como são 2 filhos será 480 + 480 = 960,00, portanto o
valor que ele recebe será de 2400 – 960 = 1440,00.

02. Resposta: D
Vamos calcular quanto representa 35% de 150 reais.
150 x 0,35 = 52,50 (é o valor do desconto)
Logo o valor do vestido à vista será de: 150,00 – 52,50 = 97,50.

03. Resposta: C
Primeiramente vamos encontrar o valor o automóvel financiado em 18 parcelas de 2.200:
18 x 2.200 = 39.600.
Agora basta fazermos uma regra de três simples onde o valor à vista de 36.000,00 será os 100% e do
resultado o que aumentar além dos 100% será o valor da porcentagem de acréscimo.
36000 ---- 100
39600 ---- x
36000x = 39600 . 100
36000x = 3960000
3960000
x = 36000 = 110
Assim o valor financiado passou a ser 110%, logo o aumento foi de 110 – 100 = 10%

04. Resposta: C
Primeiramente devemos saber que 51,2 bilhões já está com o aumento de 6% então ele representa
106%, agora basta descobrir o valor ante do aumento, através de uma regra de três simples.

51,2 ---- 106


x ---- 100
106x = 51,2 . 100
106x = 5120
5120
x = 106 = 48,30 aproximadamente.

05. Resposta: B
Aqui devemos ficar atentos pois existe uma pegadinha, observe que o número de funcionários que têm
um ou mais dependentes é de 15, e na outra coluna o número de funcionários que têm dois ou mais
dependentes é de 5, assim estes 5 já estão inclusos nos 5, portanto o total de funcionários será 10 + 15
= 25 e também temos que o número de funcionários que terão apenas 1 dependente será 15 – 5 = 10
funcionários.
Vamos agora encontrar a porcentagem dos funcionários que têm exatamente um dependente:
10
25
= 0,40 = 40%

06. Resposta: D
O primeiro passo é saber quanto que o comerciante lucra por geladeira, com ele lucra 16%, basta
encontrar 16% de 1550.
0,16 x 1550 = 248
Assim o valor que ele lucra por geladeira será 248, mas 26040 foi o valor total de lucro, portanto para
saber quantas geladeiras ele vendeu devemos dividir o lucro total pelo lucro de uma geladeira.
26040
= 105
248
Vendeu 105 geladeiras no total.

525
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07. Resposta: B
Vamos encontrar o valor pago pelo sofá e pelo tapete em cada uma das formas de pagamento:
10
Cartão de crédito: 100 (750 + 380) = 0,10 . 1130 = 113
1130 – 113 = R$ 1017,00
8
Boleto: 100. (750 + 380) = 0,08 . 1130 = 90,4
1130 – 90,4 = R$ 1039,60

08. Resposta: E
Vamos encontrar o preço que ele revende e depois dar o desconto sob esse preço de revenda.
Preço de revenda: 1500 + 40% = 1500 + 1500 x 0,40 = 1500 + 600 = 2100
Preço com desconto: 2100 – 35% =2100 – 0,35 x 2100 = 2100 – 735 = R$ 1365,00

09. Resposta: A
Preço de venda: V
Preço de compra: C
V – 0,16V = 1,4C
0,84V = 1,4C

𝑉 1,4
= = 1,67
𝐶 0,84
O preço de venda é 67% superior ao preço de compra.

10. Resposta: A
Vamos encontrar o valor da primeira embalagem:
2,40 . 12 = 28,80
Agora como tem desconto de 25% na segunda embalagem, vamos encontrar seu valor (100% - 25%
= 75%):
28,80. 0,75 = 21,60
O total que ele gastou foi de
28,80 + 21,60 = 50,40
Como ele revendeu cada lata por 3,50 ele terá recebido um total de:
3,50 x 24 = 84,00
O lucro então foi de:
R$ 84,00 – R$ 50,40 = R$ 33,60

11. Resposta: B
De um total de 100%, temos que ele gastou 30% de 50% = 30%.50% = 15% foi o que ele gastou,
sobrando: 100% - 15% = 85%. Desses 85% ele gastou 20%, logo 20%.85% = 17%, sobrando:
85% - 17% = 68%.

b. Juros Simples e Juros Compostos: cálculo de juros, montante e capital, taxas


proporcionais e taxas equivalentes, taxa nominal e efetiva, descontos comercial
e racional.

JUROS SIMPLES41

Em regime de juros simples (ou capitalização simples), o juro é determinado tomando como base
de cálculo o capital da operação, e o total do juro é devido ao credor (aquele que empresta) no final da
operação. As operações aqui são de curtíssimo prazo, exemplo: desconto simples de duplicata, entre
outros.
No juros simples o juro de cada intervalo de tempo sempre é calculado sobre o capital inicial
emprestado ou aplicado.

41
MARIANO, Fabrício – Matemática Financeira para Concursos – 3ª Edição – Rio de Janeiro: Elsevier,2013.

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1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
- Os juros são representados pela letra J.
- O dinheiro que se deposita ou se empresta chamamos de capital e é representado pela letra C
(capital) ou P(principal) ou VP ou PV (valor presente) *.
- O tempo de depósito ou de empréstimo é representado pela letra t ou n.*
- A taxa de juros é a razão centesimal que incide sobre um capital durante certo tempo. É representado
pela letra i e utilizada para calcular juros.

*Varia de acordo com a literatura estudada.

Chamamos de simples os juros que são somados ao capital inicial no final da aplicação.

Exemplo

1) Uma pessoa empresta a outra, a juros simples, a quantia de R$ 4. 000,00, pelo prazo de 5 meses,
à taxa de 3% ao mês. Quanto deverá ser pago de juros?

Resposta
- Capital aplicado (C): R$ 4.000,00
- Tempo de aplicação (t): 5 meses
- Taxa (i): 3% ou 0,03 a.m. (= ao mês)

Fazendo o cálculo, mês a mês:


- No final do 1º período (1 mês), os juros serão: 0,03 x R$ 4.000,00 = R$ 120,00
- No final do 2º período (2 meses), os juros serão: R$ 120,00 + R$ 120,00 = R$ 240,00
- No final do 3º período (3 meses), os juros serão: R$ 240,00 + R$ 120,00 = R$ 360,00
- No final do 4º período (4 meses), os juros serão: R$ 360,00 + R$ 120,00 = R$ 480,00
- No final do 5º período (5 meses), os juros serão: R$ 480,00 + R$ 120,00 = R$ 600,00

Desse modo, no final da aplicação, deverão ser pagos R$ 600,00 de juros.

Fazendo o cálculo, período a período:

- No final do 1º período, os juros serão: i.C


- No final do 2º período, os juros serão: i.C + i.C
- No final do 3º período, os juros serão: i.C + i.C + i.C
--------------------------------------------------------------------------
- No final do período t, os juros serão: i.C + i.C + i.C + ... + i.C

527
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Portanto, temos:
J=C.i.t

1) O capital cresce linearmente com o tempo;


2) O capital cresce a uma progressão aritmética de razão: J=C.i
3) A taxa i e o tempo t devem ser expressos na mesma unidade.
4) Nessa fórmula, a taxa i deve ser expressa na forma decimal.
5) Chamamos de montante (M) ou FV (valor futuro) a soma do capital com os juros, ou seja:
Na fórmula J= C . i . t, temos quatro variáveis. Se três delas forem valores conhecidos, podemos
calcular o 4º valor.

M = C + J → M = C.(1+i.t)

Exemplo
A que taxa esteve empregado o capital de R$ 25.000,00 para render, em 3 anos, R$ 45.000,00 de
juros? (Observação: Como o tempo está em anos devemos ter uma taxa anual.)

C = R$ 25.000,00
t = 3 anos
j = R$ 45.000,00
i = ? (ao ano)
C.i.t
j=
100
25000.i.3
45 000 =
100
45 000 = 750 . i
45.000
i=
750
i = 60
Resposta: 60% ao ano.

Quando o prazo informado for em dias, a taxa resultante dos cálculos será diária; se o prazo for
em meses, a taxa será mensal; se for em trimestre, a taxa será trimestral, e assim sucessivamente.

Questões

01. (AL/RR – Economista – FUNRIO/2018) Paulo contraiu uma dívida do Banco X, no valor de R$
400,00 que foi quitada em dois trimestres, depois de contraída.
A taxa linear mensal praticada pelo Banco X, que teve como resultado a cobrança de juros de R$
150,00, foi de
(A) 8,70%.
(B) 7,50%.
(C) 6,25%.
(D) 5,10%.

02. (EBSERH – Técnico em Contabilidade – CESPE/2018) No que se refere a matemática financeira


e finanças, julgue o item seguinte.
Se R$ 10.000 forem aplicados pelo prazo de 45 dias à taxa de juros simples de 12% ao ano, o montante
ao final do período será inferior a R$ 10.140.
( )Certo ( )Errado

03. (BANESTES – Assistente Securitário – FGV/2018) Caso certa dívida não seja paga na data do
seu vencimento, sobre ela haverá a incidência de juros de 12% a.m.. Se essa dívida for quitada com
menos de um mês de atraso, o regime utilizado será o de juros simples.
Considerando-se o mês comercial (30 dias), se o valor dessa dívida era R$ 3.000,00 no vencimento,
para quitá-la com 8 dias de atraso, será preciso desembolsar:

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(A) R$ 3.096,00;
(B) R$ 3.144,00;
(C) R$ 3.192,00;
(D) R$ 3.200,00;
(E) R$ 3.252,00.

04. (BANPARÁ – Técnico Bancário – INAZ do Pará) Na capitalização de juros simples:


(A) A capitalização de juros ocorre sobre o capital inicial
(B) Os juros são pagos no vencimento, que é fixo.
(C) Os juros são pagos durante o período de capitalização
(D) Os juros são incorporados ao capital durante a capitalização
(E) Todas as alternativas acima estão erradas

05. (IESES) Uma aplicação de R$ 1.000.000,00 resultou em um montante de R$ 1.240.000,00 após


12 meses. Dentro do regime de Juros Simples, a que taxa o capital foi aplicado?
(A) 1,5% ao mês.
(B) 4% ao trimestre.
(C) 20% ao ano.
(D) 2,5% ao bimestre.
(E) 12% ao semestre.

06. (EXATUS-PR) Mirtes aplicou um capital de R$ 670,00 à taxa de juros simples, por um período de
16 meses. Após esse período, o montante retirado foi de R$ 766,48. A taxa de juros praticada nessa
transação foi de:
(A) 9% a.a.
(B) 10,8% a.a.
(C) 12,5% a.a.
(D) 15% a.a.

07. (UMA Concursos) Qual o valor do capital que aplicado por um ano e meio, a uma taxa de 1,3%
ao mês, em regime de juros simples resulta em um montante de R$ 68.610,40 no final do período?
(A) R$ 45.600,00
(B) R$ 36.600,00
(C) R$ 55.600,00
(D) R$ 60.600,00

08. (TRF- 3ª REGIÃO – Analista Judiciário – FCC) Em um contrato é estabelecido que uma pessoa
deverá pagar o valor de R$ 5.000,00 daqui a 3 meses e o valor de R$ 10.665,50 daqui a 6 meses. Esta
pessoa decide então aplicar em um banco, na data de hoje, um capital no valor de R$ 15.000,00, durante
3 meses, sob o regime de capitalização simples a uma taxa de 10% ao ano. No final de 3 meses, ela
resgatará todo o montante correspondente, pagará o primeiro valor de R$ 5.000,00 e aplicará o restante
sob o regime de capitalização simples, também durante 3 meses, em outro banco. Se o valor do montante
desta última aplicação no final do período é exatamente igual ao segundo valor de R$ 10.665,50, então
a taxa anual fornecida por este outro banco é, em %, de
(A) 10,8%.
(B) 9,6%.
(C) 11,2%.
(D) 12,0%.
(E) 11,7%.

Comentários

01. Resposta: C
O capital será de: 400,00
2 trimestres: 2.3 = 6 meses
J = 150 reais.
Utilizando a fórmula básica para juros compostos teremos:

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C.i.t
j=
100
150 . 100 = 400 . i . 6
15000
i = 2400 = 6,25% ao mês

02. Resposta: Errado


C.i.t
Pela fórmula de juros simples teremos j =
100
Mas antes devemos converter os dados para a mesma unidade de tempo.
i = 12% ao ano = 1% ao mês
t = 45 dias = 1,5 meses
C = 10000
Montante foi de 10140, logo o juros foi de 10140 – 10000 = 140 reais.
Vamos lá!
C.i.t
j=
100
10000 . 1 . 1,5 15000
j= = = 150 reais, que é superior à 140 reais conforme dito no enunciado.
100 100

03. Resposta: A
Antes de resolvermos devemos fazer as devidas conversões, vamos lá!
i = 12% ao mês = 12 : 30 = 0,4% ao dia

C.i.t
j=
100
3000 . 0,4 . 8 9600
j= 100
= 100
= 96 reais

Assim deverá pagar 3000 + 96 = 3096 reais

04. Resposta: A
Na capitalização simples o juros sempre incide sobre o capital inicial, por isto a alternativa A está
correta.

05. Resposta: E
C = 1.000.000,00
M = 1.240.000,00
t = 12 meses
i=?
M = C.(1+it) → 1240000 = 1000000(1 + 12i) → 1 + 12i = 1240000 / 1000000 → 1 + 12i = 1,24 → 12i =
1,24 – 1 → 12i = 0,24 → i = 0,24 / 12 → i = 0,02 → i = 0,02x100 → i = 2% a.m
Como não encontramos esta resposta nas alternativas, vamos transformar, uma vez que sabemos a
taxa mensal:
Um bimestre tem 2 meses → 2 x 2 = 4% a.b.
Um trimestre tem 3 meses → 2 x 3 = 6% a.t.
Um semestre tem 6 meses → 2 x 6 = 12% a.s.
Um ano tem 1 ano 12 meses → 2 x 12 = 24% a.a.

06. Resposta: B
Pelo enunciado temos:
C = 670
i=?
n = 16 meses
M = 766,48
Aplicando a fórmula temos: M = C.(1+in) → 766,48 = 670 (1+16i) → 1 + 16i = 766,48 / 670 →1 + 16i =
1,144 → 16i = 1,144 – 1 → 16i = 0,144 → i = 0,144 / 16 → i = 0,009 x 100 → i = 0,9% a.m.
Observe que as taxas das alternativas são dadas em ano, logo como 1 ano tem 12 meses: 0,9 x 12 =
10,8% a.a.

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07. Resposta: C
C=?
n = 1 ano e meio = 12 + 6 = 18 meses
i = 1,3% a.m = 0,013
M = 68610,40
Aplicando a fórmula: M = C (1+in) → 68610,40 = C (1+0,013.18) → 68610,40 = C (1+0,234) → C =
68610,40 = C.1,234 → C = 68610,40 / 1,234 → C = 55600,00.

08. Resposta: C
j= 15.000*0,10*0,25 (0,25 é 3 meses/12)
j=15.000*0,025
j=375,00
Montante 15.000+375,00= 15.375,00
Foi retirado 5.000,00, então fica o saldo para nova aplicação de 10.375,00 o valor a pagar da segunda
parcela (10.665,50) é o mesmo valor do saldo da aplicação dos 10.375,00 em 03 meses.
10.665,50-10.375,00= 290,50, esse foi o juros, então é só aplicar a fórmula dos juros simples.
j=c.i.t
290,5=10.375,00*i*0,025
290,5=2.593,75*i
i= 290,5/2.593,75
i= 0,112
i=0,112*100=11,2%

JUROS COMPOSTOS

O capital inicial (principal) pode crescer, como já sabemos, devido aos juros, segundo duas
modalidades, a saber:

Juros simples (capitalização simples) – a taxa de juros incide sempre sobre o capital inicial.
Juros compostos (capitalização composta) – a taxa de juros incide sobre o capital de cada
período. Também conhecido como "juros sobre juros".
Na prática, as empresas, órgãos governamentais e investidores particulares costumam reinvestir as
quantias geradas pelas aplicações financeiras, o que justifica o emprego mais comum de juros
compostos42 na Economia. Na verdade, o uso de juros simples não se justifica em estudos econômicos.

Exemplo
Considere o capital inicial (C) $1500,00 aplicado a uma taxa mensal de juros compostos (i) de 10% (i
= 10% a.m.). Vamos calcular os montantes (capital + juros), mês a mês:
Após o 1º mês, teremos: M1 = 1500 x 1,1 = 1650 = 1500(1 + 0,1)
Após o 2º mês, teremos: M2 = 1650 x 1,1 = 1815 = 1500(1 + 0,1)2
Após o 3º mês, teremos: M3 = 1815 x 1,1 = 1996,5 = 1500(1 + 0,1)3
.....................................................................................................
Após o nº (enésimo) mês, sendo M o montante, teremos evidentemente: M = 1500(1 + 0,1)t
De uma forma genérica, teremos para um capital C, aplicado a uma taxa de juros compostos (i) durante
o período (t):
M = C (1 + i)t

Onde:
M = montante,
C = capital,
i = taxa de juros e
t = número de períodos que o capital C (capital inicial) foi aplicado.
(1+i)t ou (1+i)n = fator de acumulação de capital

Na fórmula acima, as unidades de tempo referentes à taxa de juros (i) e do período (t), tem de
ser necessariamente iguais. Este é um detalhe importantíssimo, que não pode ser esquecido!

42
MARIANO, Fabrício – Matemática Financeira para Concursos – 3ª Edição – Rio de Janeiro: Elsevier,2013.

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1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Assim, por exemplo, se a taxa for 2% ao mês e o período 3 anos, deveremos considerar 2% ao mês
durante 3x12=36 meses.

Graficamente temos, que o crescimento do principal(capital) segundo juros simples é LINEAR,


CONSTANTE enquanto que o crescimento segundo juros compostos é EXPONENCIAL, GEOMÉTRICO
e, portanto tem um crescimento muito mais "rápido".

- O montante no 1º tempo é igual tanto para o regime de juros simples como para juros
compostos;
- Antes do 1º tempo o montante seria maior no regime de juros simples;
- Depois do 1º tempo o montante seria maior no regime de juros compostos.

Juros Compostos e Logaritmos


Para resolução de algumas questões que envolvam juros compostos, precisamos ter conhecimento de
conceitos de logaritmos, principalmente aquelas as quais precisamos achar o tempo/prazo. É muito
comum ver em provas o valor dado do logaritmo para que possamos achar a resolução da questão.

Exemplo
Um capital é aplicado em regime de juros compostos a uma taxa mensal de 2% (2% a.m.). Depois de
quanto tempo este capital estará duplicado?

Resolução
Sabemos que M = C (1 + i)t. Quando o capital inicial estiver duplicado, teremos M = 2C.
Substituindo, vem: 2C = C(1+0,02)t [Obs: 0,02 = 2/100 = 2%]
Simplificando, fica:
2 = 1,02t , que é uma equação exponencial simples.
Teremos então: t = log1,022 = log2 /log1,02 = 0,30103 / 0,00860 = 35

Nota: log2 = 0,30103 e log1,02 = 0,00860; estes valores podem ser obtidos rapidamente em máquinas
calculadoras científicas. Caso uma questão assim caia no vestibular ou concurso, o examinador teria de
informar os valores dos logaritmos necessários, ou então permitir o uso de calculadora na prova, o que
não é comum no Brasil.
Portanto, o capital estaria duplicado após 35 meses (observe que a taxa de juros do problema é
mensal), o que equivale a 2 anos e 11 meses.
Resposta: 2 anos e 11 meses.

- Em juros simples quando a taxa de juros(i) estiver em unidade diferente do tempo(t), pode-se
colocar na mesma unidade de (i) ou (t).
- Em juros compostos é preferível colocar o (t) na mesma unidade da taxa (i).

Questões

01. (UFLA – Administrador – UFLA/2018) A alternativa que apresenta o valor futuro correto de uma
aplicação de R$ 100,00 à taxa de juros compostos de 10% ao ano pelo período de dois anos é:
(A) R$ 121,00
(B) R$ 112,00
(C) R$ 120,00
(D) R$ 110,00

532
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
02. (BANPARÁ – Técnico Bancário – FADESP/2018) Na realização de um empréstimo de R$
8.000,00 por três meses, havia duas possibilidades de sistema a considerar: juros simples a 5%a.m ou
juros compostos a 4%a.m. Comparando os montantes obtidos nesses dois sistemas, é correto afirmar
que o de juros simples é, aproximadamente,
(A) inferior ao de juros compostos em R$ 300,00.
(B) inferior ao de juros compostos em R$ 200,00.
(C) igual ao de juros compostos.
(D) superior ao de juros compostos em R$ 200,00.
(E) superior ao de juros compostos em R$ 300,00.

03. (STM – Analista Judiciário – CESPE/2018) Uma pessoa atrasou em 15 dias o pagamento de uma
dívida de R$ 20.000, cuja taxa de juros de mora é de 21% ao mês no regime de juros simples.
Acerca dessa situação hipotética, e considerando o mês comercial de 30 dias, julgue o item
subsequente.
No regime de juros compostos, o valor dos juros de mora na situação apresentada será R$ 100 menor
que no regime de juros simples.
( )Certo ( )Errado

04. (TRANSPETRO – Engenheiro Junior – CESGRANRIO/2018) Uma empresa captou R$ 100.000


reais a uma taxa de juros compostos de 1% ao mês.
Ao cabo de seis meses no futuro, essa dívida terá um valor em reais, no presente, de
(A) R$ 103.030
(B) R$ 104.060
(C) R$ 105.101
(D) R$ 106.000
(E) R$ 106.152

05. (EXÉRCITO BRASILEIRO) Determine o tempo necessário para que um capital aplicado a 20 % a.
m. no regime de juros compostos dobre de valor. Considerando que log 2 = 0,3 e log 1,2 = 0,08.
(A) 3,75 meses.
(B) 3,5 meses.
(C) 2,7 meses.
(D) 3 meses.
(E) 4 meses.

06. (FCC) Saulo aplicou R$ 45 000,00 em um fundo de investimento que rende 20% ao ano. Seu
objetivo é usar o montante dessa aplicação para comprar uma casa que, na data da aplicação, custava
R$ 135 000,00 e se valoriza à taxa anual de 8%. Nessas condições, a partir da data da aplicação, quantos
anos serão decorridos até que Saulo consiga comprar tal casa?
Dado: (Use a aproximação: log 3 = 0,48)
(A) 15
(B) 12
(C) 10
(D) 9
(E) 6

07. (CESGRANRIO) Um investimento de R$1.000,00 foi feito sob taxa de juros compostos de 3% ao
mês. Após um período t, em meses, o montante foi de R$1.159,27. Qual o valor de t? (Dados: ln(1.000)
= 6,91; ln(1.159,27) = 7,06; ln(1,03) = 0,03).
(A) 1
(B) 2
(C) 3
(D) 4
(E) 5

08. (MPE/GO – Secretário Auxiliar – MPE-GO/2017) Fábio aplicou R$ 1.000,00 em uma aplicação
que rende juros compostos de 2% ao mês. Ao final de 3 meses qual será o montante da aplicação de
Fábio, desprezando-se as casas decimais?
(A) R$ 1.060

533
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
(B) R$ 1.061
(C) R$ 1.071
(D) R$ 1.029
(E) R$ 1.063

Comentários

01. Resposta: A
C = 100
i = 10%a.a = 0,1
t = 2 anos (taxa e tempo na mesma unidade, ok!)
M=?

M = 100.(1 + 0,1)²
M = 100.1,21 = 121 reais

02. Resposta: D
Nesta questão precisamos calcular o valor obtido no regime de juros simples e o valor obtido em juros
compostos, para depois calcularmos.
- Juros Simples
M=?
J=?
C = 8000
i = 5%a.m. = 0,05
t = 3 meses
J = 8000.0,05.3 = 1200
M = 8000 + 1200 = 9200

- Juros compostos

M=?
C = 8000
i = 4% a.m. = 0,04
t = 3 meses
M = 8000.(1 + 0,04)³ = 8000.1,04³ = 8998,12

Fazendo a variação entre os valores teremos 9200 – 8998,12 = 201,09, que aproximadamente será
200 reais, assim o sistema de juros simples será superior em 200 reais se compararmos com o regime
de juros compostos.

03. Resposta: Certo


Neste exercício devemos saber no regime de juros simples e no regime de juros compostos para então
podermos compará-los.

- Juros Simples
C = 20000
i = 21%a.m. = 0,21
t = 15 dias (observe que a taxa e o tempo estão em unidades diferentes, assim iremos converter o
tempo na unidade da taxa)
t = 15/30 = ½ mês
1
J = 20000.0,21 . = 2100
2

- Juros Compostos
C = 20000
i = 21%a.m. = 0,21
t = 15 dias (observe que a taxa e o tempo estão em unidades diferentes, assim iremos converter o
tempo na unidade da taxa)

534
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
t = 15/30 = ½ mês
1
M = 20000.( 1 + 0,21)2
1
M = 20000.1,212
Muita atenção neste momento, pois o expoente é uma fração e para isto você deve lembrar de algumas
𝑚 1
𝑛 2 2
propriedades de potência, 𝑎 𝑛 = √𝑎𝑚 , portanto no nosso exercício temos 1,212 = √1,211 = √1,21 = 1,1.

Prosseguindo,
1
M = 20000.1,212
2
M = 20000. √1,21
M = 20000.1,1 = 22000

Sendo de Juros = 22000 – 20000 = 2000


Portanto em juros simples = 2100
Juros compostos = 2000
Em juros simples é 100 reais maior que em juros compostos

04. Resposta: E
Vamos captar as informações:
M=?
C = 100000
i = 1%a.m. = 0,01
t = 6meses

M = 100000.(1 + 0,01)6
M = 100000.1,016
M = 100000. 1,06152 = 106152 reais

05. Resposta: A
M=C(1+i)t
2C=C(1+0,2)t
2=1,2t
Log2=log1,2t
Log2=t.log1,2 → 0,3=0,08t → T=3,75 meses

06. Resposta: B
M = C. (1 + i)t
C = 45.000
i = 0,2
--------------------
C = 135.000
i= 0,08
45.000 (1+ i)t = 135.000 (1 + i)t
45.000 (1 + 0,2)t = 135.000 (1 + 0,08)t
45.000 (1,2)t = 135.000 (1,08)t
135.000/45.000 = (1,2/1,08)t
3 = (10/9)t
log3 = t.log (10/9) → 0,48 = (log10 - log9).t → 0,48 = (1 - 2log3).t
0,48 = (1 - 2.0,48).t → 0,48 = (1 - 0,96).t → 0,48 = 0,04.t
t = 0,48/0,04 → t = 12

07. Resposta: E
M = C (1 + i) t
1159,27 = 1000 ( 1 + 0,03)t
1159,27 = 1000.1,03t
ln 1159,27 = ln (1000 . 1,03t)
7,06 = ln1000 + ln 1,03t

535
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
7,06 = 6,91 + t . ln 1,03 → 0,15 = t . 0,03 → t = 5

08. Resposta: B
Juros Compostos
M = 1000 .(1,02)^3
M = 1000 . 1,061208
M = 1061,20

TAXAS DE JUROS: EFETIVA, NOMINAL, PROPORCIONAIS, EQUIVALENTES, REAL E


APARENTE43

As taxas de juros são índices fundamentais no estudo da matemática financeira. Os rendimentos


financeiros são responsáveis pela correção de capitais investidos perante uma determinada taxa de juros.
As taxas serão incorporadas sempre ao capital.

Taxa Efetiva
São aquelas onde a taxa da unidade de tempo coincide com a unidade de tempo do período de
capitalização(valorização). Utilizado muito em caderneta de poupança.

Exemplos

- Uma taxa de 75% ao ano com capitalização anual.


- Uma taxa de 11% ao trimestre com capitalização trimestral.

Quando no enunciado não estiver citando o período de capitalização, a mesma vai coincidir com
unidade da taxa. Em outras palavras iremos trabalhar com taxa efetiva!!!

Taxa Nominal
São aquelas cujas unidade de tempo NÃO coincide com as unidades de tempo do período de
capitalização.
Exemplos

- 5% ao trimestre com capitalização semestral.


- 15% ao semestre com capitalização bimestral.

Para resolução de questões com taxas nominais devemos primeiramente descobrir a taxa
efetiva (multiplicando ou dividindo a taxa)

Exemplo

MARIANO, Fabrício – Matemática Financeira para Concursos – 3ª Edição – Rio de Janeiro: Elsevier,2013.
43

mundoeducacao.com/matematica/taxa-efetiva-taxa-real.htm

536
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Como são 12 meses que existem no ano, então dividimos a taxa por 12, trazendo a taxa para o mesmo
período da capitalização, tendo assim a taxa efetiva da operação.

Toda taxa nominal traz implícita uma taxa efetiva que deve ser calculada proporcionalmente.

Taxas Proporcionais ou Lineares (regime de juros simples)


São taxas em unidade de tempo diferente que aplicadas sobre o mesmo capital ao mesmo período de
tempo irão gerar o mesmo montante.

Exemplos
- 2% a.s é proporcional quantos % a.a?
Como 1 ano tem 2 semestre 2%. 2(semestres) = 4% a.a
- Uma taxa de 60% a.a geraria as seguintes taxas: 5% a.m (60%/12 meses);10% a.b (60%/6
bimestres); 20% a.q(60%/3quadrimestres) ....

Taxas Equivalentes (regime de juros compostos)


As taxas de juros se expressam também em função do tempo da operação, porém não de forma
proporcional, mas de forma exponencial, ou seja, as taxas são ditas equivalentes.

Exemplos

- 24% a.a é equivalente a %a.m?


Vamos aplicar o conceito acima, para resolução deste exemplo:
(1+ia)=(1+im)12 (expoente na menor unidade de tempo) (1+0,24) = (1+im)12  1,24 = (1+im)12  Para
12
retirar o expoente, basta fazermos a operação inversa da potenciação  12√1,24 = √(1 + 𝑖𝑚 )12
1
12
√1,24 = 1 + 𝑖𝑚 → 𝑖𝑚 = 1,2412 − 1
Algumas bancas informam o valor da raiz, outras deixam como está.

𝒏
𝒎
√𝒂𝒎 = 𝒂 𝒏
Taxa Real, Aparente e Inflação
Taxa Real (ir) = taxa que considera os efeitos da inflação e seus ganhos.
Taxa Aparente (ia) = taxa que não considera os efeitos da inflação (são as taxas efetivas/nominais).
Taxa de Inflação (ii) = a inflação representa a perda do poder de compra.

Podemos escrever todas essas taxas em função uma das outras:

(1+ia) = (1+ir).(1+ii)
𝑀
Onde: (1 + 𝑖𝑎 ) = 𝐶
, independe da quantidade de períodos e do regime de juros.

Exemplos

01. Uma aplicação no mercado financeiro forneceu as seguintes informações:


− Valor aplicado no início do período: R$ 50.000,00.
− Período de aplicação: um ano.

537
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
− Taxa de inflação no período de aplicação: 5%.
− Taxa real de juros da aplicação referente ao período: 2%.
Se o correspondente montante foi resgatado no final do período da aplicação, então o seu valor é
(A) R$ 53.550,00.
(B) R$ 53.500,00.
(C) R$ 53.000,00.
(D) R$ 52.500,00.
(E) R$ 51.500,00.

Observe que o período de aplicação é de 1 ano, então tanto faz utilizar o regime de juros simples ou
compostos.
C = R$ 50.000,00
t= 1 ano
ii = 5% = 0,05
ir = 2% = 0,02
M=?

(1+ia) = (1+ir).(1+ii)  (1+ia) = (1+0,02).(1+0,05i)  (1+ia) = 1,02 . 1,05  (1+ia) = 1,071 


ia = 1,071-1  ia = 0,071(taxa efetiva da operação)
Aplicando a fórmula do montante: M = C.(1+i)t  M= 50 000.(1+0,071)1  50 000. 1,071 
M= 53.550,00
Resposta: A.

02. Uma pessoa investiu R$ 1.000,00 por 2 meses, recebendo ao final desse prazo o montante de R$
1.060,00. Se, nesse período, a taxa real de juros foi de 4%, então a taxa de inflação desse bimestre foi
de aproximadamente
(A) 1,92.
(B) 1,90.
(C) 1,88.
(D) 1,86.
(E) 1,84.

Neste exemplo, está nos faltando saber o valor da taxa de juros aparente, mas com as outras
informações do enunciado podemos chegar ao seu valor:
C = 1.000,00
M = 1.060,00
t = 2 meses
ir = 4% = 0,04
ii= ?
𝑀 1060
(1 + 𝑖𝑎 ) = ⇒ (1 + 𝑖𝑎 ) = ⇒ (1 + 𝑖𝑎 ) = 1,06
𝐶 1000
1,06
(1 + 𝑖𝑎 ) = (1 + 𝑖𝑟 ). (1 + 𝑖𝑖 ) ⇒ 1,06 = (1 + 0,04). (1 + 𝑖𝑖 ) ⇒ (1 + 𝑖𝑖 ) = ⇒ (1 + 𝑖𝑖 ) = 1,0192 ⇒
1,04

𝑖𝑖 = 1,0192 − 1 ⇒ 𝑖𝑖 = 0,0192 ⇒ 𝑚𝑢𝑙𝑡𝑖𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑚𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 100(𝑝𝑒𝑟𝑐𝑒𝑛𝑡𝑢𝑎𝑙) ⇒ 1,92

Questões
01. (Pref. Guarujá/SP – Professor de Matemática – CAIPIMES) Considere as seguintes situações:
I- Carlos comprou um produto que à vista custava R$ 1.000,00. Como ele não tinha todo esse valor,
ele fez um plano de pagamento com 12 prestações iguais, de R$ 100,00 cada uma, sem entrada.
II- Ana comprou o mesmo produto que Carlos, na mesma loja e com o mesmo preço à vista, mas fez
o seguinte plano de pagamento: uma entrada de R$ 100,00 e mais 11 prestações de R$ 100,00 cada
uma.

Com base nessas situações, é possível afirmar corretamente que:


(A) a taxa de juros do plano de Ana foi menor que a taxa de juros do plano de Carlos.
(B) a taxa de juros do plano de Ana foi igual à taxa de juros do plano de Carlos.

538
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
(C) a taxa de juros do plano de Ana foi maior que a taxa de juros do plano de Carlos.
(D) não há como comparar as taxas de juros dos planos de Ana e de Carlos.

02. (TJ/PE - Analista Judiciário-Contador - FCC) Uma taxa de juros nominal de 21% ao trimestre,
com juros capitalizados mensalmente, apresenta uma taxa de juros efetiva, trimestral de,
aproximadamente,
(A) 21,7%.
(B) 22,5%.
(C) 24,8%.
(D) 32,4%.
(E) 33,7%.

03. (Pref. Florianópolis/SC – Auditor Fiscal – FEPESE) A taxa de juros simples mensais de 4,25%
equivalente à taxa de:
(A) 12,5% trimestral.
(B) 16% quadrimestral.
(C) 25,5% semestral.
(D) 36,0% anual.
(E) 52% anual.

04. (BAHIAGÁS – Técnico de Processos Tecnológicos – IESES) Uma pessoa faz um investimento
em uma aplicação que rende 14% de juros (taxa aparente) anuais. Porém a inflação em seu país é de
10% anuais. Portanto a taxa de juros real que remunera a aplicação é:
(A) Maior que 3,8% e menor que 3,9% ao ano.
(B) Maior que 3,6% e menor que 3,7% ao ano.
(C) Menor que 3,6% ao ano.
(D) Maior que 3,9% ao ano.
(E) Maior que 3,7% e menor que 3,8% ao ano.

05. (LIQUIGÁS – Assistente Administrativo – CESGRANRIO) Um financiamento está sendo


negociado a uma taxa nominal de 20% ao ano.
A taxa de juros efetiva anual desse financiamento, se os juros são capitalizados semestralmente, é:
(A) 10,00%
(B) 20,21%
(C) 21,00%
(D) 22,10%
(E) 24,20%

Comentários

01. Resposta: C.
I. Carlos: 12 . 100 = 1200
II. Ana: 100 + 11 . 100 = 100 + 1100 = 1200
Os valores são iguais, porém Carlos não deu entrada e Ana sim. Por isso, a taxa de juros do plano de
Ana foi maior que a de Carlos.

02. Resposta: B.
21% a. t capitalizados mensalmente (taxa nominai), como um trimestre tem 3 meses, 21/3 = 7%
a.m(taxa efetiva).
im = taxa ao mês
it= taxa ao trimestre.
(1+im)3 = (1+it)  (1+0,07)3 = 1+it  (1,07)3 = 1+it  1,225043 = 1+it  it= 1,225043-1  it =
0,225043 x 100  it= 22,5043%

03. Resposta: C.
Sabemos que taxas a juros simples são ditas taxas proporcionais ou lineares. Para resolução das
questões vamos avaliar item a item para sabermos se está certo ou errado:
4,25% a.m
Trimestral = 4,25 .3 = 12,75 (errada)

539
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Quadrimestral = 4,25 . 4 = 17% (errada)
Semestral= 4,25 . 6 = 25,5 % (correta)
Anual = 4,25.12 = 51% (errada)

04. Resposta: B.
(1+ia) = (1+ir).(1+ii)
Jogando os valores que temos, na fórmula.
1+ 0,14=(1+taxa real) . (1+ 0,1
1,14= (1+taxa real) . (1,1)
1,14/1,1= (1+taxa real)
1,0363= 1+ taxa real
1.0363-1=taxa real
Taxa real = 0,0363
Taxa real = 3,63%

05. Resposta: C.
Taxa nominal: 20%a.a. capitalizada semestralmente, ou seja 20/2 = 10% ao semestre.
Agora, basta determinar a taxa efetiva:

(1+iquero) = (1+itenho)
(1+iquero)1 = (1+0,10)²
iquero = 1,21 – 1 = 0,21 = 21%

DESCONTOS

Entende-se por Valor Nominal o valor de resgate, ou seja, o valor definido para um título em sua data
de vencimento. Representa, em outras palavras, o próprio montante da operação.
A operação de se liquidar um título antes de seu vencimento envolve geralmente uma recompensa, ou
um desconto pelo pagamento antecipado. Desta maneira, desconto pode ser entendido como a diferença
entre o valor nominal de um título e o seu valor atualizado apurado n períodos antes de seu vencimento.
Por outro lado, Valor Descontado de um título é o seu valor atual na data do desconto, sendo
determinado pela diferença entre o valor nominal e o desconto, ou seja:

Valor descontado = Valor nominal – Desconto

As operações de desconto podem ser realizadas tanto sob o regime de juros simples como no de juros
compostos. O uso do desconto simples é amplamente adotado em operações de curto prazo, restringindo-
se o desconto composto para as operações de longo prazo.
Tanto no regime linear como no composto ainda são identificados dois tipos de desconto:
(a) desconto “por dentro” (ou racional) e;
(b) desconto “por fora” (ou bancário, ou comercial).

Exemplo
Ao resgatar uma duplicata dois meses, antes da data do vencimento (04/03/2005), o credor José da
Silva (aquele que irá receber o valor da mesma) recebe uma quantia de R$ 460,00.
A essa diferença entre o valor título (valor nominal) e o valor recebido (valor atual) damos o nome
de desconto.

D=N–A
Onde:
D = desconto
N = valor nominal
A = valor atual

O desconto concedido pelo banco, para o resgate de um título antes do vencimento é maior, resultando
num resgate de menor valor para o proprietário do título. O desconto é o contrário da capitalização.

Comparando com o regime de juros, observamos que:

540
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
- o Valor Atual, ou valor futuro (valor do resgate) nos dá ideia de Montante;
- o Valor Nominal, nome do título (valor que resgatei) nos dá ideia de Capital;
- e o Desconto nos dá ideia de Juros.

DESCONTOS SIMPLES44

Desconto Racional Simples (por dentro)


O desconto racional, também denominado de desconto “por dentro”, incorpora os conceitos e relações
básicas de juros simples. Assim, sendo Dr o valor do desconto racional, C o capital (ou valor atual), i a
taxa periódica de juros e n o prazo do desconto (número de períodos que o título é negociado antes de
seu vencimento), tem-se a conhecida expressão de juros simples

𝐷𝑟 = 𝐶 . 𝑖 . 𝑛

Pela própria definição de desconto e introduzindo-se o conceito de valor descontado no lugar de capital
no cálculo do desconto, tem-se:

𝐷𝑟 = 𝑁 − 𝑉𝑟

Sendo N o valor nominal (ou valor de resgate, ou montante) e V o valor descontado racional (ou valor
atual) na data da operação.

Como:
𝑁
𝑉𝑟 = 𝐶 =
1 + 𝑖. 𝑛

Tem-se:

𝑁. 𝑖. 𝑛
𝐷𝑟 =
1 + 𝑖. 𝑛

A partir dessa fórmula é possível calcular o valor do desconto racional obtido de determinado valor
nominal (N), a uma dada taxa simples de juros (i) e a determinado prazo de antecipação (n).
Já o valor descontado, conforme definição apresentada, é obtido pela seguinte expressão de cálculo:

𝑁
𝑉𝑟 =
1 + 𝑖. 𝑛

Observe, uma vez mais, que o desconto racional representa exatamente as relações de juros simples.
É importante registrar que o juro incide sobre o capital (valor atual) do título, ou seja, sobre o capital
liberado da operação.
A taxa de juro (desconto) cobrada representa, dessa maneira, o custo efetivo de todo o período do
desconto.

Desconto Comercial Simples (por fora)


Esse tipo de desconto, simplificadamente por incidir sobre o valor nominal (valor de resgate) do título,
proporciona maior volume de encargos financeiros efetivos nas operações. Observe que, ao contrário dos
juros “por dentro”, que calculam os encargos sobre o capital efetivamente liberado na operação, ou seja,
sobre o valor presente, o critério “por fora” apura os juros sobre o montante, indicando custos adicionais
ao tomador de recursos.
A modalidade de desconto “por fora” é amplamente adotada pelo mercado, notadamente em
operações de crédito bancário e comercial a curto prazo.
O valor desse desconto, genericamente denominado desconto “por fora” (Df) no regime de juros
simples é determinado pelo produto do valor nominal do título (N), da taxa de desconto periódica “por
fora” contratada na operação (d) e do prazo de antecipação definido para o desconto (n). Isto é:

Df = N . d . n

44 NETO. A. Alexandre. Matemática Financeira e suas aplicações. 12ed. Atlas, São Paulo.

541
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
O valor descontado “por fora” (Vf), aplicando-se a definição, é obtido:

Vf = Nx(1 – d . n)

Desconto comercial (bancário) acrescido de uma taxa pré-fixada


Em alguns casos teremos acréscimos de taxas pré-fixadas aos títulos, que são as taxas de despesas
bancárias/administrativas (comissões, taxas de serviços, ...) cobradas sobre o valor nominal (N). Quando
as mesmas aparecem nos enunciados, devemos somá-la à taxa de juros, conforme a fórmula abaixo:

Df = N. (i.t + h)

Onde:
Df = desconto comercial ou bancário
N = valor nominal
i = taxa de juros cobrada
t = tempo ou período
h = taxa de despesas administrativas ou bancárias.

Temos ainda o valor bancário recebido, que nada mais é que: V = N – Db na qual podemos escrever
da seguinte forma:

V = N – Db → V = N – N (i.t + h) → V = N . [1 - (i.t + h)]

Relação entre Desconto Comercial (Dc) e Desconto Racional (Dr)


Algumas questões propõem a utilização dessa relação para sabermos o valor do desconto caso fosse
utilizado o desconto comercial e precisássemos saber o desconto racional e vice-versa. A relação é dada
por:

Df = Dr . (1 + i.t)

Questões

01. Um banco ao descontar notas promissórias, utiliza o desconto comercial a uma taxa de juros
simples de 12% a.m. O banco cobra, simultaneamente uma comissão de 4% sobre o valor nominal da
promissória. Um cliente do banco recebe R$ 300.000,00 líquidos, ao descontar uma promissória vencível
em três meses. O valor da comissão é de:
(A) R$ 20.000,00
(B) R$ 30.000,00
(C) R$ 40.000,00
(D) R$ 50.000,00
(E) R$ 60.000,00

02. (FCC) Dois títulos são descontados em um banco 4 meses antes de seus vencimentos com uma
taxa de desconto, em ambos os casos, de 2% ao mês. O valor atual do primeiro título foi igual a R$
29.440,00 e foi utilizada a operação de desconto comercial simples. O valor atual do segundo título foi
igual a R$ 20.000,00 e foi utilizada a operação de desconto racional simples. A soma dos valores nominais
destes dois títulos é igual a
(A) R$ 53.600,00.
(B) R$ 54.200,00.
(C) R$ 55.400,00.
(D) R$ 56.000,00.
(E) R$ 56.400,00.

03. O desconto simples comercial de um título é de R$ 860,00, a uma taxa de juros de 60% a.a. O
valor do desconto simples racional do mesmo título é de R$ 781,82, mantendo-se a taxa de juros e o
tempo. Nesse as condições, o valor nominal do rótulo é de:
(A) R$ 9000,00
(B) R$ 8600,22
(C) R$ 8000,00

542
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
(D) R$ 9600,22
(E) R$ 10.600,00

Respostas

01. Resposta: A
h = 0,04
t=3
iB = 0,12 . 3
AB = N . [1 - (iB + h)]
300 000 = N . [1 - (0,12.3 + 0,04)]
300 000 = N . [1 – 0,4]
N = 500 000
Vc = 0,04 . N
Vc = 0,04 . 500 000
Vc = 20 000

02. Resposta: A
1º título - Dcs
t = 4 meses
i = 2% a.m
A = 29440
N1 = ?
D=N–A
Dcs = N.i.t → N – A = N.i.t → N – 29440 = N.0,02.4 → N – 29440 = N.0,08 → N – 0,08N = 29440 →
0,92N = 29440 → N = 29440 / 0,92 → N = 32000

2º título - Drs
t = 4 meses
i = 2% a.m
A = 20000
N2 = ?
N = A (1 + i.t) → N = 20000 (1 + 0,02.4) → N = 20000 (1 + 0,08) → N = 20000.1,08 → N = 21600
Como o enunciado da questão pede a soma dos valores nominais, então teremos:
N1 + N2 → 32000 + 21600 = 53600.

03. Resposta: B
Dc = 860
Dr = 781,82
Usando N = (Dc . Dr) / (Dc – Dr),
N = (860 . 781,82) / (860 – 781,82) = 672365,2 / 78,18 = 8600,22

DESCONTOS COMPOSTOS45

Desconto Racional Composto (por dentro)


As fórmulas estão associadas com os juros compostos, assim teremos:

Onde:
D = Desconto Racional Composto
A = Valor Atual
i = taxa
t = tempo ou período

45 NETO. A. Alexandre. Matemática Financeira e suas aplicações. 12ed. Atlas, São Paulo.

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1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Onde:
N = Valor Nominal
A = Valor Atual
i = taxa
t = tempo ou período

Desconto Comercial Composto (por fora)

Como a taxa incide sobre o Valor Nominal (maior valor), trocamos na fórmula o N pelo A e vice versa,
mudando o sinal da taxa (de positivo para negativo).

Onde:
N = Valor Nominal
A = Valor Atual
i = taxa
t = tempo ou período

Questões

01. (FCC) Dois títulos, um com vencimento daqui a 30 dias e outro com vencimento daqui a 60 dias,
foram descontados hoje, com desconto racional composto, à taxa de 5% ao mês. Sabe-se que a soma
de seus valores nominais é R$ 5.418,00 e a soma dos valores líquidos recebidos é R$ 5.005,00. O maior
dos valores nominais supera o menor deles em
(A) R$ 1.195,00.
(B) R$ 1.215,50.
(C) R$ 1.417,50.
(D) R$ 1.484,00.
(E) R$ 1.502,50.

02. (CESPE) Na contração de determinada empresa por certo órgão público, ficou acordado que o
administrador pagaria R$ 200.000,00 para a contração do serviço, mais quatro parcelas iguais no valor
de R$ 132.000,00 cada a serem pagas, respectivamente, no final do primeiro, segundo, terceiro e quarto
anos consecutivos à assinatura do contrato. Considere que a empresa tenha concluído satisfatoriamente
o serviço dois anos após a contração e que tenha sido negociada a antecipação das duas últimas parcelas
para serem pagas juntamente com a segunda parcela. Com base nessa situação hipotética, julgue o item
a seguir.
Se para o pagamento for utilizado desconto racional composto, a uma taxa de 10% ao ano, na
antecipação das parcelas, o desconto obtido com o valor da terceira parcela será o mesmo que seria
obtido se fosse utilizado desconto racional simples.
( ) Certo ( ) Errado

03. (FCC) O valor do desconto de um título de valor nominal igual a R$ 15.961,25, resgatado 2 anos
antes de seu vencimento e segundo o critério do desconto composto real, é igual a R$ 3.461,25. A taxa
anual de desconto utilizada foi de
(A) 11%.
(B) 13%.
(C) 14%.
(D) 15%.
(E) 16%.

544
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Respostas

01. Resposta: C
t = 30 dias = 1 mês (1º título) e 60d = 2 meses(2º título)
Drc
i = 5% a.m = 0,05
N1 + N2 = 5418
A1 + A2 = 5005 → A1 = 5005 – A2
Temos que o Drc é dado por :
N = A (1 + i)t → N1 = A1 (1 + 0,05)1 e N2 = A2 (1,05)2 → N2 = A2.(1,1025)
N1 + N2 = 5418 , substituindo teremos:
A1 (1,05) + A2(1,1025) = 5418 , como temos que A1 = 5005 – A2 :
(5005 – A2).(1,05) + A2(1,1025) = 5418 → 5255,25 – 1,05 A2 + 1,1025 A2 = 5418 →
0,0525 A2 = 5418 – 5255,25 → 0,0525 A2 = 162,75 → A2 = 3100 e A1 = 5005 – 3100 = 1905
N1 = 1,05 .1905 = 2000,25 e N2 = 1,1025. 3100 = 3417,75
O maior é N2 e o menor N1 , assim faremos N2 – N1 = 3417,75 – 2000,25 = 1417,5

02. Resposta: CERTO


Como ele pede para saber se antecipássemos o valor da 3º parcela em um 1 ano, termos:
N = 132.000
t=1
i = 10% a.a = 0,10
- Para o Desconto Racional Composto: A = N / (1 + i)t
A = 132.000 / (1 + 0,1)¹ → A = 132.000 / 1,1
- Fazendo no Desconto Racional Simples: A = N / (1 + i.t)
A = 132.000 / (1 + 0,1.1)
A = 132.000 / 1,1
Ao anteciparmos 3° parcela em um ano, o desconto obtido com o valor desta parcela será o mesmo
que seria obtido se fosse utilizado desconto racional simples.

03. Resposta: B
O termo real faz referência a racional.
N = 15961,25
t = 2 anos
Drc = 3461,25
i=?
D = N – A → 3461,25 = 15961,25 – A → A = 15961,25 – 3461,25 → A = 12500
N = A (1 + i)t → 15961,25 = 12500.(1 + i)2 → (1 + i)2 = 15961,25 / 12500 → (1 + i)2 = 1,2769 → 1 + i =
√ 1,279 → 1,13 = 1 + i → i = 1,13 – 1 → i = 0,13 → i = 13%

c. Rendas: classificação, cálculo do valor presente e do valor futuro. d. Sistemas


de amortização: sistemas de juros antecipados, sistema americano, sistema
Price, sistema de amortizações constantes (SAC), sistema de amortizações
misto (SAM). e. Comparação entre planos de pagamentos.

RENDAS UNIFORMES

Renda46, também conhecida como anuidade, é todo valor utilizado sucessivamente para compor um
capital ou pagar uma dívida. As rendas são um dos principais conceitos que baseiam os financiamentos
ou empréstimos. Nessas rendas são realizadas uma série de pagamentos (parcelas ou termos) para
arrecadar um fundo de poupança, pagar dívidas, financiar imóveis, etc.
As rendas, também chamadas de séries periódicas uniformes, são aquelas em que todos os
elementos já estão pré-determinados e podem ser classificados de acordo com o tempo, a variação dos
elementos, o valor, o período do vencimento, etc.

46
.iceb.ufop.br/demat

545
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
SÉRIE UNIFORME DE PRESTAÇÕES PERIÓDICAS

Entende-se série uniforme de prestações periódicas como sendo o conjunto de pagamentos (ou
recebimentos) de valor nominal igual, que se encontram dispostos em períodos de tempo constantes, ao
longo de um fluxo de caixa. Se a série tiver como objetivo a constituição do capital, este será o montante
da série; ao contrário, ou seja, se o objetivo for a amortização de um capital, este será o valor atual da
série.

Classificação

As séries uniformes de prestações periódicas mais importantes e que serão objeto de estudo desse
capítulo são:

Série Uniforme de Prestações Periódicas Postecipadas – caracteriza-se pelo fato de os


pagamentos ocorrerem no final de cada intervalo de tempo, ou seja, não existem pagamentos na data
zero.

Série Uniforme de Prestações Antecipadas – caracteriza-se pelo fato de os pagamentos ocorrerem


no início de cada intervalo de tempo, ou seja, a primeira prestação ocorre na data zero.

Série Uniforme de Prestação Periódicas Diferidas – caracteriza-se pelo fato de existir uma carência
entre a data zero e o primeiro pagamento da série.

Observação: Note que as séries acima mencionadas, independentemente da sua classificação, estão
inseridas no contexto de capitalização composta já vista anteriormente, ou seja, cada pagamento R será
capitalizado ou descapitalizado à luz de uma taxa de juros i, durante certo período de tempo n.

Série Uniforme de Prestações Periódicas Postecipadas

Conforme foi dito anteriormente, esta série tem como característica principal o fato de que cada
pagamento realiza-se no final de cada intervalo de tempo. Vimos também, que podemos calcular o
Montante (S p) ou o Valor Presente (P p) da série em questão. Finalmente, devemos dizer que para o
cálculo do montante da série, iremos nos utilizar do montante S do regime de capitalização composta, ou
seja o Fator de Acumulação de Capital por Operação Única (F.A.C); em contrapartida, para o cálculo do
valor atual da série, iremos nos valer do cálculo do desconto composto racional Ar, ou seja, o Fator de
Valor Presente por Operação Única (F.V.P).

Valor Presente Da Série (Pp)

Dado o fluxo abaixo, podemos encontrar o valor atual do mesmo descontando ou descapitalizando
cada valor r para uma mesma data. Por convenção, iremos escolher a data zero:

𝑅 𝑅 𝑅 𝑅 𝑅
𝑃𝑝 = (1+𝑖)¹ + (1+𝑖)²
+ (1+𝑖)³ + ⋯+ (1+𝑖)𝑛−1
+ (1+𝑖)𝑛

colocando-se R em evidência, temos:

546
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
1 1 1 1 1
𝑃𝑝 = 𝑅[(1+𝑖)1 + (1+𝑖)2
+ (1+𝑖)3
+ ⋯+ (1+𝑖)𝑛−1
+ (1+𝑖)𝑛 ]

É fácil notar que a expressão entre colchetes trata-se de uma progressão geométrica cujo 1° termo é
1 1 1
𝑎1 = (1+𝑖 ), cuja razão é 𝑞 = (1+𝑖) e cujo n – ésimo termo é 𝑎𝑛 = (1+𝑛)𝑛.
𝑎1−𝑎𝑛 . 𝑞
Como sabemos, a soma de uma P.G é expressa por: 𝑠 = 1−𝑞

Substituindo as variáveis nesta fórmula, temos:

1 1 1
− .
(1 + 𝑖) (1 + 𝑖)𝑛 (1 + 𝑖)
𝑃𝑝 = 𝑅.
1
1−
(1 + 𝑖)

(1 + 𝑖)𝑛 − 1
(1 + 𝑖)𝑛+1
𝑃𝑝 = 𝑅.
𝑖
(1 + 𝑖)

(1 + 𝑖)𝑛 − 1
𝑃𝑝 = 𝑅.
(1 + 𝑖)𝑛 . 𝑖
A relação acima nos permite, ainda, encontrar R dado P como segue:

(1 + 𝑖)𝑛 . 𝑖
𝑅 = 𝑃𝑝 .
(1 + 𝑖)𝑛 − 1

(1+𝑖)𝑛 −1
Observação: A relação (1+𝑖)𝑛 .𝑖
é comumente chamada de Fator de Valor Presente por Operação
Múltipla e será indicada por (FVPm).

Fator de Valor Presente por Operação Múltipla

Será indicada por (F.V.P.m.) sendo que, para algumas taxas i e alguns períodos de tempo n, já está
calculado.

Montante da Série (Sp)

É a soma dos montantes de cada uma das prestações em uma determinada data. Isto posto, vamos
determinar o montante da série na data n, imediatamente após a realização do último pagamento.

𝑆𝑝 = 𝑅 (1 + 𝑖)𝑛−1 + 𝑅 (1 + 𝑖)𝑛−2 + 𝑅 (1 + 𝑖)𝑛−3 + ⋯ + 𝑅 (1 + 𝑖) + 𝑅

Colocando-se R em evidencia e invertendo-se a ordem das parcelas, temos:

𝑆𝑝 = 𝑅 [ 1 + (1 + 𝑖) + ⋯ + (1 + 𝑖)𝑛−3 + (1 + 𝑖)𝑛−2 + (1 + 𝑖)𝑛−1 ]

547
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Perceba que a expressão entre colchetes trata-se de um progressão geométrica onde o primeiro termo,
a razão 𝑞 = (1 + 𝑖) e o último termo 𝑎𝑛 = (1 + 𝑖)𝑛−1

1 − (1 + 𝑖)𝑛−1 . (1 + 𝑖)
𝑆𝑝 = 𝑅
1 − (1 + 𝑖)
1 − (1 + 𝑖)𝑛−1+1
𝑆𝑝 = 𝑅
1−1−𝑖

1 − (1 + 𝑖)𝑛
𝑆𝑝 = 𝑅
−𝑖

(𝟏 + 𝒊)𝒏 − 𝟏
𝑺𝒑 = 𝑹
𝒊

Dessa fórmula, tiramos:

𝒊
𝑹 = 𝑺𝒑
(𝟏 + 𝒊)𝒏 − 𝟏

(1+𝑖)𝑛 −1
Observação: O quociente será chamado Fator de Acumulação de Capital por Operação
𝑖
Múltipla e será denominado por (F.A.C.m).

Série Uniforme de Prestações Periódicas Antecipadas

Vimos, pela definição, que esta série caracteriza-se pelo fato de que os pagamentos (ou recebimentos)
sempre irão ocorrer no início do intervalo de tempo. Analogamente ás rendas postecipadas, podemos
calcular o Valor Atual da série (Pa) através do desconto composto racional Ar, ou o Montante da Série
(Sa), através do cálculo do montante S relativo à capitalização composta.

Valor Presente da Série (Pa)

Dado o fluxo abaixo, para se calcular o valor atual da série, procede-se de maneira idêntica ás rendas
postecipadas, ou seja, descontam-se todas as parcelas para a data zero e, nesta data, as somamos:

𝑅 𝑅 𝑅 1
𝑃𝑎 = 𝑅 + (1+𝑖)1
+ (1+𝑖)²
+ (1+𝑖)3 + ⋯+ (1+𝑖)𝑛−1

Colocando-se e R em evidência, temos:

𝑅 𝑅 𝑅 1
𝑃𝑎 = 𝑅 [1 + (1+𝑖)1
+ (1+𝑖)2
+ (1+𝑖)3
+ ⋯+ (1+𝑖)𝑛−1
]

548
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Note que a expressão E trata-se, como já vimos, do Fator de Valor Presente Por Operação Múltipla
(F.V.Pm) de n-1 termos. Sendo assim, para que nós não tenhamos de desenvolver todo um novo
instrumental matemático, com novas formulas e tabelas, iremos nos valer do fator anteriormente
mencionado com o cuidado de, em relação á séries antecipadas, utilizamos um período a menos (o que
ocorre na data zero).

Montante de Série (Sa)

É a soma dos valores dispostos ao longo do fluxo de caixa em uma determinada data. Visando
uniformizar os procedimentos adotados ao longo deste texto, vamos Capitalizar os valores para a data n.

𝑆𝑎 = 𝑅 (1 + 𝑖)𝑛 + 𝑅 (1 + 𝑖)𝑛−1 + 𝑅 (1 + 𝑖)𝑛−2 + ⋯ + 𝑅 (1 + 𝑖)𝑛−(𝑛−2) + 𝑅 (1 + 𝑖)𝑛−(𝑛−1)

Colocando-se R em evidência e operando-se os expoentes, fica:

𝑆𝑎 = 𝑅[ (1 + 𝑖)𝑛 + 𝑅 (1 + 𝑖)𝑛−1 + 𝑅 (1 + 𝑖)𝑛−2 + ⋯ + (1 + 𝑖)2 + (1 + 𝑖)1 ]

Colocando-se o termo (1 + i) em evidência, temos:

𝑆𝑎 = 𝑅. (1 + 𝑖)[ (1 + 𝑖)𝑛−1 + (1 + 𝑖)𝑛−2 + ⋯ + (1 + 𝑖) + 1 ]

Note que a expressão E trata-se exatamente do (F.A.C.m.) Fator de Acumulação de Capital por
Operação múltipla. Para efeito de uso do formulário existente, iremos um período de capitalização. Isto
posto, devemos ter o cuidado de somar 1 à variável n e subtraí-la do resultado final. Matematicamente
ficaria:

Série Uniforme de Prestações Periódicas Diferidas

Finalmente, vamos estudar um conjunto de pagamentos (ou recebimentos) que ocorrem sempre após
certo período de Carência, também chamado Prazo de Diferimento.

Valor Atual da Série

Em relação ao fluxo abaixo, vamos determinar o Valor Atual (Pd) na data zero:

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1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Note que a série ocorrida entre os períodos m e m + n tem comportamento idêntico ás Séries
Postecipadas; daí pode-se calcular o Valor Atual (Pd) através do seguinte raciocínio:

- Calculamos o valor atual Pp (séries postecipadas) na data m, ou seja, Pm = R (F.V.P.m)


- Descontamos Pm através do desconto composto racional para a data zero por m períodos
encontrando, dessa forma, o valor atual Pd. Matematicamente, teríamos:

𝑃𝑚
𝑃𝑑 =
(1 + 𝑖)𝑛

𝑐𝑜𝑚𝑜 𝑃𝑚 = 𝑅 (𝐹. 𝑉. 𝑃𝑚)


𝑅. (𝐹. 𝑉. 𝑃𝑚)
𝑃𝑑 =
(1 + 𝑖)𝑚

ou, ainda,

(1 + 𝑖)𝑛 − 1 1
𝑃𝑑 = 𝑅 [ . ]
(1 + 𝑖) . 𝑖 (1 + 𝑖)𝑚
𝑛
(1 + 𝑖)𝑛 − 1
𝑃𝑑 = 𝑅 .
(1 + 𝑖)𝑛+𝑚 . 𝑖

Montante da Série

Devido à inexistência de pagamentos e capitalizações durante o prazo de carência, para o cálculo do


Montante (sd) de uma série diferida, proceda de forma análoga à série postecipada, ou seja, Sd = R.
(F.A.C.m).

Série Uniforme de Prestações Periódicas com parcelas Intermediárias.

O assunto tratado aqui é bastante comum em relação ao mundo dos negócios, principalmente no que
tange ao mercado imobiliário pois, nesse mercado, podem existir situações em que os pagamentos (ou
recebimentos) dispostos ao longo de um fluxo de caixa preveem, além das prestações pré-estabelecidas,
pagamentos intermediários. Nestes casos, para se encontrar o valor atual da série, devemos empregar
os conceitos anteriormente vistos em relação à especificidade da série em questão e descontar as
parcelas anteriores para a data zero somando, nessa data, tais valores ao valor atual da série.

Exemplo

Um apartamento está à venda nas seguintes condições:


- $700,00 de sinal
- 12 parcelas mensais e consecutivas de $3.500,00, sendo que a primeira ocorrerá 30 dias após o
sinal;
- 2 parcelas semestrais de $5.000,00

Dada uma taxa de 11%ao mês, calcule o preço à vista do imóvel.

550
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Esquematicamente, teríamos:

Note que as parcelas R dispostas entre as datas 0 e 12, tratam-se de prestações periódicas
postecipadas. Isto posto, para encontrar o valor à vista do imóvel:
- Calcule Pp = R. (F.V.Pm);
- Desconte as parcelas intermediarias Ri para a data zero e some-as a Pp não esquecendo, ainda, de
agregar à soma o valor do sinal ocorrido nessa data.
𝑅𝑖 𝑅𝑖
V = Sinal + R.(F.V.Pm) + 𝑛 +(1+𝑖)𝑛 (1+𝑖)

(1+0,11)12 −1 $5.000 $5.000


V = $700 + $3.500 . (1+0,11)12 .0,11 + 6 + (1+0,11)12
(1+0,11)
V = $700 + $22.723,24 + $2.673,20 + $1.429,20
V = $27.525,64

Questões

01. Em certa época, foi contraída uma dívida a qual foi paga em 18 pagamentos trimestrais iguais de
$1.000,00 através de uma taxa de juros de 23% ao trimestre. Determinar o valor dessa dívida
aproximadamente.
(DADO: (1,23)18 = 41,5233)
(A) $4.243,12
(B) $42.431,20
(C) $2.458,20
(D) $24.580,12
(E) $3.000,00

02. Um investidor depositou $1.500,00 semestralmente para formar um pecúlio durante dez anos.
Calcule o valor acumulado para uma taxa de 30% ao semestre.
(Dado: (1,30)20 = 190,049 𝑒 (1,30)10 = 13,785)
(A) $800.248,19
(B) $945.248,19
(C) $845.248,19
(D) $900.248,19

03. Calcule o valor atual aproximado de uma renda mensal antecipada, cujo valor da prestação é de
$1.000,00, dada uma taxa de 2% ao mês durante dez meses.
(A) $7.162,23
(B) $8.162,23
(C) $9.162,23
(D) $10.162,23
(E) $11.162,23

551
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
04. Calcule o montante aproximado de uma renda antecipada de 15 meses, com prestação mensais
de $2.000,00 à taxa de 9% ao mês.
(Dado: 1,1916 = 16,171 e 1,1915 = 13,589)
(A) $62.006,80
(B) $63.006,80
(C) $64.006,80
(D) $65.006,80
(E) $64.986,80

05. Uma máquina é vendida a prazo através de oito prestações mensais de $4.000,00 sendo que o
primeiro pagamento só irá ocorrer após três meses da compra. Determine o preço à vista, dada uma taxa
de 5% ao mês.

(A) $22.849,30
(B) $24.999,30
(C) $23.999,30
(D) $23.000,30
(E) $23.449,30

Comentários

01. Resposta: A.
R = $1.000,00
i = 0,23 a.t.
n = 18 trimestres
Pp = ?
(1+0.23)18 −1
Pp = 𝑅 . (1+0,23)18 .0,23
Pp = $1.000,00 (4,24312)
Pp = $4.243,12

02. Resposta: B.
R = $1.500,00
n = 20 semestres
i = 0,30 a.s.
Sp = ?

(1+𝑖)𝑛
Sp = 𝑅 𝑖
(1+0,30)20 −1
Sp = $1.500 0,30
Sp = $1.500 . (630,16546)
Sp = $945.248,19

03. Resposta: C.
R= $1.000,00
i = 0.02 a.m.
n = 10 meses
Pa = ?
(1+𝑖)𝑛−1 −1
Pa = 𝑅. [ 1 + (1+𝑖)𝑛−1 .1
]

552
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
(1+0,02)9 −1
Pa = 𝑅. [ 1 + (1+0,02)9 .0,02
]

Pa = $1.000,00 (1 + 8,16224)
Pa = $9.162,23

04. Resposta: D.
R = $2.000,00
i = 0,09 a.m.
n = 15 meses
Sa = ?
(1+𝑖)𝑛+1 −1
Sa = 𝑅 [ − 1]
𝑖

(1+0,09)16 −1
Sa = $2.000 [ 0,09
− 1]

Sa = $2.000 . (33,00340 – 1)
Sa = $64.006,80

05. Resposta: E.
R = $4.000,00
i = 5% a.m.
n = 8 meses
m = 2 meses

𝑅.(𝐹.𝑉.𝑃𝑚)
Pd = (1+𝑖)𝑚

(1+𝑖)𝑛 −1
𝑅.
(1+𝑖)𝑛 .𝑖
Pd = (1+𝑖 )𝑚

(1+0,05)8 −1
$4000
(1+0,05)8 . 1
Pd =
(1+0,05)2

$4.000(6,463213)
Pd = (1,102500)

Pd = $23.449,30

SISTEMAS DE AMORTIZAÇÕES

Muito utilizado hoje quando se faz um empréstimo/financiamento47,os sistemas de amortização estão


diretamente relacionados com a tomada de crédito. E isso vale para a compra de um carro, a aquisição
de um imóvel ou mesmo ao investir em equipamentos para uma empresa.
Quando uma pessoa ou empresa toma um valor emprestado, faz um financiamento ou adquire uma
dívida, ela passa a dever ao credor não apenas o montante inicial. Os valores referentes aos juros
acumulados durante o período da transação são acrescentados ao capital inicial. Assim, o saldo devedor
passa a ser capital + juros.
Para que a dívida seja totalmente paga, o tomador deve quitar o montante inicial adicionado aos juros
acrescidos. A forma como o valor total do saldo devedor será calculado é definida de acordo com o
sistema de amortização aplicado. Ele caracteriza como a dívida vai ser diminuída até chegar a sua total
liquidação

47
SAMANEZ, C.P., Matemática Financeira, 3ª edição. São Paulo: Pearson-Prentice Hall, 2002.
NETO, Alexandre Assaf. Matemática Financeira e suas Aplicações.12 ed. São Paulo: Atlas, 2012.
NETTO, Scipione Di Pierro; TEIXEIRA, James. Matemática Financeira. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 1998.

553
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
- Alguns conceitos:

Amortização (A)  é um processo que extingue dívidas através de pagamentos periódicos, é


a extinção de uma dívida através da quitação da mesma. Parte da prestação que não incide juros.

Prestação (P)  É a amortização acrescida de juros.


P=A+J

Juros (J)  Taxa que incide sobre o saldo devedor do período anterior (note que quando trabalhamos
com sistemas de amortização, estamos trabalhando com o regime de juros compostos).
Postecipadas Algo que será realizado posteriormente. Em outras palavras você irá usar e depois
pagar.
Antecipadas O contrário de postecipada.

SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO CONSTANTE (SAC)

O Sistema de Amortização Constante (SAC) consiste na amortização constante da dívida com base
em pagamentos periódicos decrescentes. Ou seja, quanto mais o tempo passa, menores ficam as
parcelas de quitação do saldo devedor enquanto o valor é amortizado de maneira constante em todos os
períodos.
De forma geral, os juros e o capital são calculados uma única vez e divididos para o pagamento em
várias parcelas durante o prazo de quitação.

Exemplo

Para um empréstimo de R$ 10.000,00, a uma taxa de 5% ao mês, qual será a sua tabela de
amortização sabendo que serão pagas em 4 parcelas.

1º Passo: Determinar o valor da cota de amortização:

𝐸 10000
𝐴= ⟹ = 2500
𝑛 4

Em um sistema de amortização constante, as amortizações são iguais para todos os períodos:

O período 0(zero), é o do valor do empréstimo/financiamento.

554
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Com a cota de amortização, podemos calcular o Saldo Devedor para todos os períodos. Observe que
no período 4 o saldo é 0(zero), é onde temos a quitação total da dívida.

2º Passo: Calcular o Juros para cada período. (Atenção: o Juros sempre irá incidir sobre o
Capital/Saldo Devedor do período anterior.)

Período 1 J = C.i.t (t=1)  J= 10000 . 0,05 .1  J = 500 ∴ Observe que o juros incidiu sobre o
capital do Período 0(período anterior) e não do Período 1.

3º Passo: Calcular o valor da prestação para cada período. Lembrando que P= A+J

Período 1 P = 2500+500  P = 3000

4º Passo: Calcular o Juros para o Período 2.

Período 2  J = C.i.t (t = 1)  J = 7500 . 0,05 .1  J = 375 ∴ Observe que o juros incidiu sobre o
capital do Período 1 (período anterior) e não do Período 2.

5º Passo: Calcular o valor da prestação para cada período. Lembrando que P = A + J

Período 2 P = 2500+375  P = 2875

E vamos fazendo assim para cada período, temos:

555
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Principais características:
- As cotas de amortização são iguais;
- As prestações são decrescentes;
- Os juros são decrescentes;
- As amortizações serão sempre constantes.
- Nas colunas dos Juros e das Prestações observa-se de uma PA (Progressão Aritmética) de razão
decrescente.

Fórmulas do Cálculo da Prestação (Séries Postecipadas)

𝟏
Para séries antecipadas (com entrada), basta multiplicar o valor da prestação por (𝟏+𝐢).

SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO FRANCÊS OU TABELA PRICE (SAF)

Por ele, o montante total é amortizado ao longo do contrato e de forma crescente. Assim, o pagamento
é feito através de um conjunto de prestações sucessivas e constantes.
Geralmente, as parcelas são pagas mensalmente em valores iguais, já com os juros embutidos.
Também pode ser chamado de Sistema de Parcelas Fixas ou Sistema Francês.

Exemplo

Para um empréstimo de R$ 8.660,00 a uma taxa de 5% ao mês, qual será a sua tabela de amortização
sabendo que serão pagas em 5 parcelas. Dado que FRC = 0,231.

1º Passo: Determinar o valor da prestação

Em um sistema de amortização francês, as prestações são iguais para todos os períodos, e é possível
acha-la através da fórmula:

1
Com isso podemos reescrever da seguinte forma, sabendo que 𝐹𝑉𝐴 = 𝐹𝑅𝐶 :

𝟏 𝑷
𝑬 = 𝑷. → 𝑬. 𝑭𝑹𝑪 = 𝑷 → 𝑭𝑹𝑪 =
𝑭𝑹𝑪 𝑬

556
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Aplicando ao exemplo:
1
E = P . FVA  𝐸 = 𝑃. 𝐹𝑅𝐶  E .FRC= P  8660 . 0,231 = P  P = 2000,46 (vamos arredondar para
2000.)

2º Passo: Calcular o Juros para cada período. (Atenção: o Juros sempre irá incidir sobre o
Capital/Saldo Devedor do período anterior.)

Período 1 J = C.i.t (t = 1)  J = 8660 . 0,05 .1  J = 433 ∴ Observe que o juros incidiu sobre o
capital do Período 0 (período anterior) e não do Período 1.

3º Passo: Calcular o valor da amortização para cada período. Lembrando que P= A+J, logo A = P - J

Período 1 A = 2000 - 433  A = 1567


Com a Amortização já podemos descobrir o Saldo Devedor do Período 1.

4º Passo: Calcular o Juros para cada período.

Período 2 J = C.i.t (t=1)  J= 7093. 0,05 .1  J = 354,65 ∴ Observe que o juros incidiu sobre o
capital do Período 1(período anterior) e não do Período 2.

557
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
5º Passo: Calcular o valor da amortização para cada período.

Período 2 A = 2000 – 354,65  A = 1645,35


Com a Amortização já podemos descobrir o Saldo Devedor do Período 2.

E vamos fazendo assim para cada período, temos:

Obs.: Por estarmos trabalhando com números com vírgulas, podem ocorrer erros de aproximação,
fazendo com que na coluna do Saldo Devedor ainda reste algum valor.

Principais características:
- As prestações são constantes;
- Juros decrescentes;
- Amortizações crescentes.
- Na coluna Juros, temos uma PG (Progressão geométrica) de razão descrente.

SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO MISTO (SAM).

Principais características:
- A prestação é a média entre a do SAC e a do Sistema Francês.
Para efetuar os cálculos basta utilizar todo os conceitos aprendidos acima.

SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO VARIÁVEL

No sistema de amortizações variáveis (SAV), a devolução do financiamento não segue uma sequência
que obedeça a um critério ou modelo matemático. Neste sistema, o devedor paga o principal,
periodicamente por valores variáveis de acordo com a combinação realizada previamente com o credor.
A única restrição consiste em que o somatório das parcelas de amortização seja idêntico ao valor do
financiamento, enquanto os juros sobre o saldo devedor sejam pagos em cada período, juntamente com
a parcela de amortização e, na hipótese de não estar prevista amortização em um determinado período,
os juros, necessariamente, sejam pagos.

Exemplo
Supondo um financiamento de $ 50 mil a uma taxa de 12,0% a.a. e prazo de 12 meses, imaginando-
se que tenha sido combinado o fluxo de pagamentos seguinte:

558
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Referências
http://www.premioabecip.org.br/2010/tema1/universitario/marcelo-dos-santos.pdf
REZENDE, Teotonio Costa. Os sistemas de amortização nas operações de crédito imobiliário: a falácia da capitalização de juros e da inversão do momento de
deduzir a quota de amortização. Rio de Janeiro: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, 2003.

SISTEMA AMERICANO DE AMORTIZAÇÃO

O Sistema Americano de Amortização é um tipo de quitação de empréstimo que favorece aqueles que
desejam pagar o valor principal através de uma única parcela, porém os juros devem ser pagos
periodicamente ou, dependendo do contrato firmado entre as partes, os juros são capitalizados e pagos
junto ao valor principal. Observe as planilhas demonstrativas desse modelo de amortização.

Exemplo 1
Um empréstimo de R$ 50.000,00 será pago através do sistema americano no prazo de 10 meses, a
juros mensais de 3% ao mês. Veja: De acordo com o modelo de amortização americana, a quitação do
empréstimo ocorrerá no último mês, então nos meses anteriores a pessoa irá pagar somente o valor dos
juros.
Juros = 3% de 50.000 = 1.500

Observe que os juros do último período também são pagos pelo devedor.

Exemplo 2
Construa a planilha e determine o valor total dos juros pagos pelo empréstimo referente a R$
25.250,00, pagos pelo sistema americano durante 5 meses, a uma taxa de 2,5% ao mês.
Juros mensais = 2,5% de 25.250,00 = 0,025 * 25.250,00 =

559
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
O valor total dos juros é equivalente a R$ 3.156,25.

Questões

01. (Banco do Brasil – Técnico bancário – FCC) Um empréstimo de R$ 800.000,00 deve ser
devolvido em 5 prestações semestrais pelo Sistema de Amortizações Constantes (SAC) à taxa de 4% ao
semestre. O quadro demonstrativo abaixo contém, em cada instante do tempo (semestre), informações
sobre o saldo devedor (SD), a amortização (A), o juro (J) e a prestação (P) referentes a esse empréstimo.
Observe que o quadro apresenta dois valores ilegíveis.

Se o quadro estivesse com todos os valores legíveis, o valor correto da prestação P, no último campo
à direita, na linha correspondente ao semestre 5, da tabela, seria de
(A) 170.300,00.
(B) 167.500,00.
(C) 166.400,00.
(D) 162.600,00.
(E) 168.100,00.

02. (TRT 6ª REGIÃO- ANALISTA JUDICIÁRIO-CONTABILIDADE - FCC) Um empréstimo foi obtido


com taxas de juros simples de 18% a.a., para pagamento em 12 prestações mensais, consecutivas,
vencendo a primeira 30 dias após a obtenção do empréstimo. Sabendo-se que foi adotado, neste caso,
o sistema de amortização constante (SAC) e que o valor principal do empréstimo era R$ 120.000,00, o
valor da 8a parcela foi
(A) R$ 9.750,00
(B) R$ 10.600,00
(C) R$ 10.750,00
(D) R$ 12.000,00
(E) R$ 11.250,00

03. (UFGD – Analista Administrativo – Economia – AOCP) O sistema que consiste no plano de
amortização de uma dívida em prestações periódicas, sucessivas e decrescentes, em progressão
aritmética, denomina-se
(A) Sistema de Amortização Misto.
(B) Sistema Price.
(C) Sistema de Amortização Constante.
(D) Sistema Americano com fundo de amortização.
(E) Sistema Alemão.

560
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04. (BNDES – Profissional Básico – Ciências Contábeis – CESGRARIO) Um cliente solicitará um
empréstimo bancário e, para tirar suas dúvidas, antes de ir ao banco, contratou um consultor particular.
Ele informou ao consultor que gostaria de que o empréstimo fosse nas seguintes condições: na prestação
calculada, já estivesse incluída parte da amortização da dívida e que, no final da operação, tivesse pagado
a menor quantidade de juros possível. Ele não tem restrições quanto ao valor das prestações.
Baseando-se nas informações do seu cliente, qual sistema de amortização o consultor deve indicar?
(A) Americano
(B) Alemão
(C) Francês (PRICE)
(D) SAC (Amortização Constante)
(E) SAM (Amortização Misto)

05. (UFRB – Economista – FUNRIO) Sobre o sistema de amortização constante (SAC) e o sistema
de amortização francês (SAF), é correto afirmar que:
(A) no SAC as parcelas são decrescentes.
(B) no SAF as parcelas são crescentes.
(C) os juros são calculados sobre o valor da amortização em ambos os sistemas.
(D) o pagamento total de juros é igual em ambos os sistemas.
(E) o saldo devedor após o pagamento da primeira parcela é maior no SAC do que no SAF.

06. (Pref. Florianópolis/SC – Auditor Fiscal de Tributos Municipais – FEPESE) Uma pessoa
financiou 100% de um imóvel no valor de R$ 216.000,00 em 9 anos. O pagamento será em prestações
mensais e o sistema de amortização é o sistema de amortização constante (SAC).
Sabendo que o valor da terceira prestação é de R$2.848,00, a taxa de juros mensal cobrada é de:
(A) 0,2%.
(B) 0,4%.
(C) 0,5%.
(D) 0,6%.
(E) 0,8%.

07. (TRE/BA – Técnico Judiciário – CESPE/2017) Um banco emprestou a uma empresa R$ 100.000,
entregues no ato, sem prazo de carência, para serem pagos em quatro prestações anuais consecutivas
pelo sistema de amortização constante (SAC). A taxa de juros compostos contratada para o empréstimo
foi de 10% ao ano, e a primeira prestação será paga um ano após a tomada do empréstimo.
Nessa situação, o valor da segunda prestação a ser paga pela empresa será?
(A) Superior a R$ 33.000,00.
(B) Inferior a R$ 30.000,00.
(C) Superior a R$ 30.000,00 e inferior a R$ 31.000,00.
(D) Superior a R$ 31.000,00 e inferior a R$ 32.000,00.
(E) Superior a R$ 32.000,00 e inferior a R$ 33.000,00.

08. (ELETROBRAS – Contabilidade – FCC) O Banco Comitê S.A. emprestou para a empresa
Empreende S.A. a quantia de R$ 1.000.000,00, por 3 anos, a taxa de juros de 2,5%, ao ano, com
pagamentos anuais. O sistema de amortização pactuado é o sistema Price. Com base nos dados, o valor
a ser registrado pela empresa, considerando que a mesma não pretende liquidar o empréstimo
antecipadamente, é
(A) o pagamento de três parcelas de R$ 374.137,17.
(B) um total de juros pagos, pelo empréstimo de R$ 50.411,50.
(C) uma amortização do valor principal, referente a terceira parcela de R$ 350.137,17.
(D) uma amortização do valor da segunda parcela de R$ 25.000,00.
(E) o pagamento de juros no valor de 8.539,93, relativos a primeira parcela.

Respostas

01. Resposta: C.
Parcela 5 = Amortização 5 + Juros 5
Juros 5 = Saldo devedor 4 x taxa de juros
Juros 5 = 160.000 x 0,04 = 6.400,00
P5 = 160.000 + 6.400 = 166.400,00

561
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
02. Resposta: D.
SAC = P e J decrescente.
i = 18% a.a /12 = 1,5% a.m. = 0,015
A = E/n  120 000/12 = 10 000
Vamos utilizar a fórmula do termo geral da PA
Pn = P1 + (n - 1).r  P8 = P1 + 7.r ,
Onde: J1= 0,015 . 120 000 = 1800
P1 = A + J = 10 000 + 1800 = 11 800
r = - i.A = - 0,015 x 10 000 = - 150
P8= 11 800 + 7.(- 150)  P8= 11 800 – 1050  P8 = 10 750,00

03. Resposta: C.
Como vimos no estudo dos tipos de Amortização, a única que apresenta esta característica é o Sistema
de Amortização Constante (SAC).

04. Resposta: D.
Principais características:
- As cotas de amortização são iguais;
- As prestações são decrescentes;
- Os juros são decrescentes;
- As amortizações serão sempre constantes.
- Nas colunas dos Juros e das Prestações observa-se de uma PA (Progressão Aritmética) de razão
decrescente.

05. Resposta: A.
(A) correto
(B) as parcelas são constantes
(C) vimos que no SAC as amortizações são constantes.
(D) Cada sistema tem um pagamento de juros diferentes. No SAC é em progressão aritmética e no
SAF é em progressão geométrica.
(E) Na verdade no SAF o saldo devedor após o pagamento da primeira parcela é maior que no SAC,
pois a amortização é crescente o que torna o saldo devedor menor a cada pagamento.

06. Resposta: B.
Sabemos que no SAC Amortizações são constantes:
Sabemos que E = 216.000
n = 9 anos x 12(mensal) = 108 parcelas
A=?
𝐸 216000
𝐴= = = 2000
𝑛 108
Com a cota de amortização, podemos calcular o Saldo Devedor para todos os períodos:

Sabemos a prestação do período 3 que é R$ 2.848,00. Lembrando que P = A + J, temos que para
o período 3:
P = A + J  2 848 = 2 000 + J  J = 2 848 – 2 000 = 848. O juros incide sobre o capital do período
anterior que neste caso é o 2.O tempo é 1
J = C.i.t  848 = 212 000.i.1  i = 848 / 212 000  i = 0,004 x 100%  i = 0,4%.

07. Resposta: E.
D = 100.000
A = 100.000/4 = 25.000
i = 10% a.a
P2 = ??

562
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
P2 = A + J2
P2 = 25.000 + (100.000-25.000) x 0,1
P2 = 25.000 + 75.000x0,1
P2 = 25.000 + 7500
P2 = 32.500

08. Resposta: B.
Como é pela tabela Price, vamos encontrar primeiramente o valor da prestação

(1+0,025) 3 −1 0,07689062
1000000 = P.[ ] =P. = P. 2,856023
0,025.(1+0,025) 3 0,02692226

1000000
P = 2,856023= 350137,24, este é o valor pago por prestação, vamos montar a tabela para descobrir
o valor dos juros e da amortização.

J = 25000 + 16871,57 + 8539,92 = 50411,49

RISCO INFLACIONÁRIO

Em ambientes inflacionários é indispensável, para o correto uso das técnicas da Matemática


Financeira, ressaltar, nas várias taxas de juros nominais praticadas na economia, o componente devido
à inflação e aquele declarado como real. A parte real é aquela obtida livre das influências da taxa de
depreciação monetária verificada, isto é, adicionalmente à inflação.
De maneira simplista, o processo inflacionário de uma economia pode ser entendido pela elevação
generalizada dos preços dos vários bens e serviços.
Em sentido contrário, diante de uma baixa predominante dos preços de mercado dos bens e serviços,
tem-se o fenômeno definido por deflação.
É importante acrescentar, ainda, que mesmo diante de cenários econômicos de reduzida taxa de
inflação, o conhecimento do juro real permanece bastante importante para a Matemática Financeira.
Nestas condições, mesmo pequenas oscilações nos índices de preços produzem impacto relevante sobre
as taxas de juros ao longo do tempo, alterando a competitividade dos ativos negociados no mercado.

Índices de preços e taxas de inflação


Um índice de preços é resultante de um procedimento estatístico que, entre outras aplicações, permite
medir as variações ocorridas nos níveis gerais de preços de um período para outro. Em outras palavras,
o índice de preços representa uma média global das variações de preços que se verificaram num conjunto
de determinados bens ponderada pelas quantidades respectivas.
No Brasil são utilizados inúmeros índices de preços, sendo originados de amostragem e critérios
desiguais e elaborados por diferentes instituições de pesquisa. É importante, antes de selecionar um
índice para a atualização de uma série de valores monetários, proceder-se a uma análise de sua
representatividade em relação aos propósitos em consideração.
Ilustrativamente, a seguir são relacionados os valores do IGP (Índice Geral de Preços – conceito
disponibilidade interna da FGV) referentes aos meses de maio a dezembro de determinado ano.

563
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Pela evolução desses índices de preços pode ser constatado como os preços gerais da economia
variaram no período. Para tanto, relaciona-se o índice do fim do período que se deseja estudar com o do
início.
Por exemplo, a taxa de inflação do 2º semestre medida pelo IGP está refletida na evolução
apresentada entre o índice de junho (início do semestre) e o de dezembro (fim do semestre). Assim:
1.576,56
Inflação do 2º semestre = 703,38
– 1 = 2,2414 – 1 = 124,14%
Os preços nesse período cresceram 2,2414 vezes, indicando uma evolução de 124,14%.
A inflação do trimestre out./dez., seguindo o mesmo raciocínio, é medida da forma seguinte:
1.576,56
Inflação de Out./Dez. = – 1 = 56,15%
1.009,67
A inflação verificada no mês de outubro atinge 14,16, isto é:
1.152,63
Inflação de Out. = 1.009,67 – 1 = 14,16%
E assim por diante.
Dessa maneira, a taxa de inflação, a partir de índices de preços, pode ser medida pela seguinte
expressão:

onde: I = taxa de inflação obtida a partir de determinado índice de preços;


P = índice de preços utilizado para o cálculo da taxa de inflação;
n, n - t = respectivamente, data de determinação da taxa de inflação e o período anterior considerado.

Exemplos

01. Abaixo são transcritos alguns valores divulgados do lGP-di e do INPC (Índice Nacional de Preços
ao Consumidor). Com base nestes resultados, pede-se:
a) Calcular a taxa de inflação, medida pelo IGP e lNPC, para os seguintes períodos de 20X3:
• ano
• 1 º semestre
• mês de dezembro;
b) Um bem que custava $ 5.000,00 no início do ano, quanto deve valer ao final deste ano se for
corrigido pela variação do IGP e lNPC;
c) Admitindo que o proprietário tenha vendido este imóvel ao final do ano por $ 90.000,00, determinar
o lucro auferido.

Resposta

a) Taxa de Inflação – I

b) Valor corrigido do Imóvel


Pelo IGP:
1.576,56
$5.000,00 . = $78.828,00
100,0
Pelo INPC:
100,00
$5.000,00 . 5,9341 = $84.258,80

564
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
c) O lucro pode ser avaliado sob duas formas: o nominal, medido pela simples diferença entre o valor
de venda e o de compra, e o real, apurado adicionalmente à inflação.
No caso em questão, o proprietário vendeu o imóvel apurando lucro real, isto é, o preço de venda
excedeu ao valor de compra corrigido.
Assim, pelo IGP, apura-se um lucro real de: $90.000,00 - $78.828,00 = $11.172,00 e pelo INPC, o lucro
real foi menor: $90.000,00 - $84.258,80 = $ 5.741,20.

02. Um investidor aplicou $ 100.000,00 e obteve ao final de um ano, rendimentos de juros de


$12.000,00. Sabe-se que no período da aplicação, a inflação da economia atingiu a 5,6. Desenvolver uma
análise do resultado do investidor.

Resposta

O investidor apurou os seguintes resultados:


Rendimento nominal: $12.000,00
Inflação do período:
5,6 x $ 100.000,00: ($5.600,00)
Ganho do investidor acima da inflação (ganho real): $6.400,00
Valor da aplicação corrigido para o final do ano:
Capital corrigido:
$100.000,00 x 1,056 = $105.600,00
A taxa de retorno nominal do investidor é medida pela relação entre o ganho nominal e o valor histórico
do capital investido, ou seja:
12.000,00
Retorno nominal = = 12%
100.000,00

O ganho real é obtido após depurar-se os efeitos da inflação do investimento. É calculado pela relação
entre o rendimento real e o capital investido corrigido pela inflação (em moeda de poder de compra de
final do ano)
6.400,00
Retorno real = 105.600,00 = 6,06%
Em contexto de inflação, somente existe lucro ao se comparar valores expressos com mesmo poder
de compra.

Valores monetários em inflação


Ao relacionar valores monetários de dois ou mais períodos em condições de inflação, defronta-se com
o problema dos diferentes níveis de poder aquisitivo da moeda.
Por exemplo, suponha que uma pessoa tenha adquirido um imóvel por $ 60.000,00 em certa data, e
vendido, dois anos depois, por $ 80.000,00. Neste período a inflação atingiu 40%.
Qualquer avaliação com relação ao resultado auferido nesse negócio é precipitada (Lucro: $80.000,00
- $60.000,00 = $20.000,00), principalmente ao se conhecer que os preços cresceram, em média, 40% no
período. O ganho na venda terá sido aparente (nominal), determinado prioritariamente pela evolução dos
preços e não por uma valorização real (acima da inflação) do imóvel vendido.
Observe, simplistamente, que para não ocorrer prejuízo, o imóvel deveria ser vendido por um preço de
40% maior que o seu valor de compra há dois anos, ou seja, por: $60.000,00 x (1 + 0,40) = $84.000,00.
Somente a partir desse valor é que existe legitimamente lucro. A venda por $ 80.000,00, conforme
ilustrada no exemplo, indica um prejuízo real de $4.000,00 (Preço de Venda: $80.000,00 – Preço de Custo
Corrigido: $84.000,00).
Assim, do resultado encontrado ao comparar valores de diferentes datas, deve ser dissociado do
ganho nominal de $ 20.000,00 (ou 33,3% de rentabilidade) auferida na venda do imóvel a parcela de
resultado real produzida adicionalmente à inflação.
Os ajustes para se conhecer a evolução real de valores monetários em inflação se processam
mediante indexações (inflacionamento) e desindexações (deflacionamento) dos valores nominais, os
quais se processam por meio de índices de preços.
A indexação consiste em corrigir os valores nominais de uma data em moeda representativa de mesmo
poder de compra em momento posterior. A desindexação, ao contrário, envolve transformar valores
nominais em moeda representativa de mesmo poder de compra num momento anterior.
Assim, no exemplo comentado de compra e venda de um imóvel, observa-se um ganho nominal de
33,3%, isto é:

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1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
$80.000,00
Ganho Nominal = $60.000,00
- 1 = 33,3%
Em outras palavras, o imóvel foi vendido por 1,333 vezes o seu valor de compra. Essa relação, no
entanto, compara valores de diferentes datas com capacidades de compra desiguais.
É necessário, para se conhecer o resultado real da operação, expressar os valores monetários em
moeda representativa de poder de compra de um mesmo momento.
Ao se indexar os valores para a data da venda, admitindo-se uma inflação de 40 no período, tem-se:

𝑃𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎 𝑛𝑎 𝑑𝑎𝑡𝑎 𝑑𝑎 𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎


𝑃𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑎 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔𝑖𝑑𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑑𝑎𝑡𝑎 𝑑𝑎 𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎
$80.000,00
− 1 = −4,76%
$60.000,00 𝑥 1,40

que representa uma evolução real negativa de 4,76.


Note que esta taxa real negativa de 4,76 é obtida rigorosamente pelo regime de juros compostos e não
pelo critério linear. Este aspecto é compatível com o próprio comportamento exponencial da formação da
taxa de inflação. Desta maneira, é incorreto subtrair da taxa nominal encontrada de 33,3% o percentual
específico da inflação de 40%.
Por outro lado, ao desindexar os valores, colocando-os em moeda da data da compra do imóvel,
obtém-se:
𝑃𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎 𝑑𝑒𝑓𝑙𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑑𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑑𝑎𝑡𝑎 𝑑𝑎 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑎
𝑃𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑎 𝑛𝑎 𝑑𝑎𝑡𝑎 𝑑𝑎 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑎
$80.000,00/(1,40)
− 1 = −4,76%
$60.000,00
Pelo processo de inflacionamento ou de deflacionamento apura-se para o negócio um mesmo prejuízo
real, depurado dos efeitos da inflação, de 4,76.

Comportamento exponencial da taxa de inflação


o comportamento da inflação se processa de maneira exponencial, ocorrendo aumento de preço sobre
um valor que já incorpora acréscimos apurados em períodos anteriores. Da mesma forma que o regime
de juros compostos, a formação da taxa de inflação assemelha-se a uma progressão geométrica,
verificando-se juros sobre juros.
Por exemplo, sendo de 2,8%; 1,4% e 3,0%, respectivamente, as taxas de inflação dos três primeiros
meses de um ano, um ativo de $ 12.000,00 no início do ano, se corrigido plenamente pela inflação da
economia, apresentaria os seguintes valores ao final dos meses
1º mês: $12.000,00 x 1,028 = $12.336,00
2º mês: $12.336,00 x 1,014 = $12.508,70
3º mês: $12.508,70 x 1,03 = $12.883,97.
o incremento do valor do ativo no trimestre é de 7,03% ($12.843,86/ $12.000,00), o que equivale ao
produto (capitalização composta) das taxas mensais de inflação, isto é:
Inflação do Trimestre (I) =
= [(1,028) x (1,014) x (1,03)] -1 = 7,37%
A taxa equivalente mensal de inflação do período, identicamente ao regime de juros compostos, é
apurada:
Taxa Equivalente Mensal ( Iq) =
= 3√1,0737 − 1 = 2,4% ao mês

Exemplos
01. Sendo projetada em 0,91 ao mês a taxa de inflação para os próximos 5 meses, determinar a
inflação acumulada deste período.

02. Determinado trimestre apresenta as seguintes taxas mensais de variações nos preços gerais da
economia: 7,2%, 2,9% e - 1,2% (deflação). Determinar a taxa de inflação acumulada do trimestre.

Respostas

01. I (para 5 meses) = (1,0091)5 - 1 = 4,63% p/ 5 meses


02. I (trim.) = [(1 + 0,072) x (1 + 0,029) x (1 - 0,012)] - 1 = 8,99% a.t.

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1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Questões

01. A taxa mensal de inflação de um quadrimestre atinge, respectivamente, 2,8%, 3,4%, 5,7% e 8,8%.
Determinar a taxa de inflação acumulada do período e a taxa média (geométrica) mensal.
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)

02. A taxa de inflação da economia de determinado ano foi de 6,78. Calcular a taxa equivalente
semestral e mensal da inflação do período.
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)

Comentários

01. I= [(1,028) x (1,034) x (1,057) x (1,088)] -1 = 22,2% a.q.


Iq = 4√1,222 − 1 = 5,15% 𝑎𝑜 𝑚ê𝑠

02. Equivalente Semestral - Iq = 2√1 + 0,0678 - 1 = 3,33% a.s.


Equivalente Mensal - Iq = 12√1 + 0,0678 - 1 = 0,548% a.m.

TAXA DE DESVALORIZAÇÃO DA MOEDA48


Enquanto a inflação representa uma elevação nos níveis de preços, a taxa de desvalorização da
moeda (TDM) mede a queda no poder de compra da moeda causada por estes aumentos de preços. Por
exemplo, se em determinado período os preços em geral dobraram (inflação de 100%), conclui-se que a
capacidade de compra das pessoas reduziu-se em 50%, ou seja, somente podem adquirir a metade do
que costumavam consumir no passado.
Diz-se, em outras palavras, que a capacidade aquisitiva da moeda diminuiu em 50%
A taxa de desvalorização da moeda (TDM), para diferentes taxas de inflação, pode ser obtida a partir
da seguinte fórmula:

sendo I a taxa de inflação do período.

Por exemplo, se em determinado período a taxa de inflação alcançar a 8%, a queda na capacidade de
compra registra a marca de 7,4%, isto é:
0,08 0,08
TDM = 1+0,08 = 1,08= 7,4%

A inflação de 8% determina uma redução do poder de compra da moeda igual a 7,4%, isto é, com este
percentual de evolução dos preços as pessoas adquirem 7,4% a menos de bens e serviços que costumam
consumir.
Quanto maior a inflação, evidentemente maior será a taxa de desvalorização da moeda, definindo em
consequência uma menor capacidade aquisitiva.
Outro exemplo permite uma melhor compreensão das taxas de inflação e de desvalorização da moeda.
Admita que a inflação em determinado período tenha alcançado a taxa de 40. Este percentual indica uma
queda na capacidade de compra geral de 28,6% (0,4/1,4) ou, o que é o mesmo, ao final do período
somente podem ser consumidos 71,4% dos bens e serviços originais. Para que o poder de compra se
mantenha inalterado, as rendas das pessoas devem ser corrigidas por 40%, que corresponde à inflação
verificada no período.
48
SAMANEZ, C.P., Matemática Financeira, 3ª edição. São Paulo: Pearson-Prentice Hall, 2002.
NETO, Alexandre Assaf. Matemática Financeira e suas Aplicações.12 ed. São Paulo: Atlas, 2012.
NETTO, Scipione Di Pierro; TEIXEIRA, James. Matemática Financeira. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 1998.

567
1713138 E-book gerado especialmente para FRANCO RODRIGUES MARINI
Para um salário de, por exemplo, $1.000,00, o reajuste para manter inalterado o poder de compra deve
atingir 40%, passando o seu valor para $1.400,00.
Se for atribuído um reajuste salarial de 50%, o assalariado obtém um ganho real em suas rendas, isto
é, uma correção acima da inflação. Assim, seu salário se eleva para $1.500,00, que representa um
reajuste adicional à inflação de $100,00, ou: [($ 1.500,00/$1.400,00) - 1] = 7,14%.
Um reajuste salarial exatamente igual à inflação de 40% preserva o poder aquisitivo constante. O
salário passa para $1.400,00 indicando que, em média, pode ser adquirido ao final do período o mesmo
montante de bens e serviços consumidos no início.
Uma correção de 25% nos salários, por outro lado, denota uma perda no poder de compra, reduzindo
o ingresso de recursos, em valores reais, em $150,00 : [($1.000,00 X 1,25) - $1.400,00]. Esta correção
nominal dos salários menor que a inflação equivale a uma perda real de 10,7% [($1.250,00/$1.400,00) -
1].

Inflação e prazo de pagamento


Uma aplicação do conceito da taxa de desvalorização da moeda muito utilizada na prática refere-se
ao cálculo da perda do poder de compra do dinheiro nas operações de venda a prazo. Conforme foi
demonstrado, o dinheiro tem diferentes valores no tempo, motivados basicamente pelas taxas de juros e
da inflação. Centrando o objetivo deste item unicamente na inflação, a postergação do recebimento de
uma venda produz uma perda inflacionária determinada pela redução do poder de compra do dinheiro.
Ilustrativamente, admita que uma empresa tenha vendido $100.000,00 para recebimento em 120 dias.
Sendo de 10% a taxa de inflação do período, a taxa de perda inflacionária assumida pela empresa na
operação atinge a:
𝐼
TDM =
1+𝐼

0,01
TDM = 1,1
= 9,09%

Quando do recebimento do dinheiro ao final do quadrimestre, seu poder efetivo de compra reduziu-se
para 90,91% de seu valor.
Em outras palavras, a receita de venda realizada perdeu 9,09 de sua capacidade aquisitiva, originando-
se uma perda inflacionária de: $100.000,00 X 9,09 = $ 9.090,90. Esta perda indica, em valores
monetários, a queda do poder de compra motivada pelo aumento nos níveis gerais de preços. Nessa
situação, ainda, a desvalorização de 9,09% pode ser interpretada como o desconto máximo que a
empresa poderia conceder para pagamento imediato, de forma a tomar equivalente (indiferente) vender
a vista ou a prazo em 120 dias. O desconto de 9,09% reduz a receita num montante exatamente igual à
perda inflacionária determinada pela venda a prazo, admitindo-se uma taxa de inflação de 10%.

Exemplos

01. Admita que em determinado período a inflação tenha atingido 10,6%. Determinar:
a) reposição salarial necessária para que um assalariado mantenha a mesma capacidade de compra;
b) redução do poder aquisitivo do assalariado, supondo que os seus vencimentos não sofreram
reajuste no período.

Respostas

01.
a) A reposição salarial para manutenção do seu poder aquisitivo é a própria taxa de inflação de 10,6%.
Por refletir o aumento médio dos bens e serviços consumidos na economia, admite-se que a correção
dos salários pela taxa de inflação repõe, pelo menos ao nível de uma cesta básica de bens e serviços, a
perda da capacidade de compra da moeda.
b) A redução do poder aquisitivo é mensurada pela taxa de desvalorização da moeda, ou seja:
𝐼 0,106
TDM = 1+𝐼 = 1,106 = 9,58%
30
02) I = 2% a.m. ou: ( √1,0240 − 1 = 2,68% p/ 40 dias
0,0268
TDM = = 2,61% (taxa de redução do poder de compra).
1,0268
Montante da Perda:
$40.000,00 x 2,61% = $1.044,00

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Questões

01. Num período de inflação, a moeda perde uma parte de sua capacidade de compra, afetando
principalmente aqueles que não obtêm um reajuste em suas rendas. Nestas condições, determinar, para
uma pessoa que manteve inalterado o seu salário no período, quanto pode adquirir ao final do mês daquilo
que consumia no início. Considere uma inflação de 2,5 no mês.
(A) 3,25%
(B) 3,44%
(C) 2,44%
(D) 2,25%
(E) 3,50%

02. Uma loja está vendendo suas mercadorias para pagamento em 30 dias sem acréscimo. Sendo de
1,8% ao mês a taxa de inflação, determine o percentual de perda inflacionária motivada pela venda a
prazo.
(A) 1,77%
(B) 1,99%
(C) 17,99%
(D) 2,25%
(E) 1,05%

Comentários

01. Resposta: D.
0,025
TDM = 1,025 = 2,44%
A pessoa perdeu 2,44% de seu poder de compra, indicando uma capacidade de consumo de 97,56%
no final do mês do que consumia no ínicio.

02. Resposta: A.
A perda inflacionária pela venda a prazo está refletida na taxa de desvalorização da moeda, isto é:
0,018
TDM = 1,018 = 1,77%
Em outras palavras, o dinheiro no momento do recebimento estará valendo 1,77% a menos,
determinado pela taxa de inflação verificada no período.

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