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EXPOENTE 12

MATEMÁTICA A
MANUAL DO
PROFESSOR

Daniela Raposo
Luzia Gomes

5HYLV¥R&LHQW¯ȃFD

VOL. 3
Cláudia Mendes Araújo
(Universidade do Minho)

DE ACORDO COM
NOVO PROGRAMA E
METAS CURRICULARES
ÍNDICE

TEMA V

Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas


1. Juros compostos ....................................................................................................................................... 6

2. Número de Neper ..................................................................................................................................... 11

3. Funções exponenciais ............................................................................................................................. 14


3.1. Propriedades da função definida nos números racionais por f (x) = a x, com a > 0: monotonia,
continuidade, limites e propriedades algébricas ...................................................................................... 14
3.2. Funções definidas nos números reais por f (x) = a x, com a > 0 e respetivas propriedades .................... 19
3.3. Algumas equações e inequações envolvendo exponenciais .................................................................. 23
h x hn
3.4. O limite lim i1 + n i = e x ....................................................................................................................... 28
j j
eh – 1
3.5. O limite notável lim = 1 ................................................................................................................ 31
hÆ0 h
3.6. Derivada da função exponencial de base e ........................................................................................... 33

4. Funções logarítmicas.............................................................................................................................. 35
4.1. Conceito de logaritmo ............................................................................................................................. 35
4.2. Função logarítmica ............................................................................................................................... 38
4.3. Propriedades algébricas dos logaritmos ............................................................................................... 43
4.4. Resolução de algumas equações e inequações com logaritmos ............................................................ 47
4.5. Derivadas da função a x, a > 0 e das funções logarítmicas .................................................................... 54
4.6. Limites envolvendo funções exponenciais e funções logarítmicas ......................................................... 69

5. Modelos exponenciais ............................................................................................................................ 79


Síntese ............................................................................................................................................................. 86
Aprende Fazendo .............................................................................................................................................. 94
Desafio ............................................................................................................................................................ 119
Teste Final ....................................................................................................................................................... 120

TEMA VI

Primitivas e Cálculo Integral


1. Noção de primitiva ................................................................................................................................. 126

2. Cálculo integral ....................................................................................................................................... 136


2.1. Definição intuitiva da noção de integral ................................................................................................. 136
2.2. Origem histórica do símbolo de integral ............................................................................................... 138
2.3. Propriedades do integral definido ........................................................................................................ 139
2.4. Teorema fundamental do cálculo (integral) e fórmula de Barrow ........................................................... 141
2.5. Cálculo de medidas de áreas de regiões do plano ................................................................................ 147
Síntese ........................................................................................................................................................... 150
Aprende Fazendo ............................................................................................................................................. 154
Desafio ........................................................................................................................................................... 159
Teste Final ....................................................................................................................................................... 160

TEMA VII

Números Complexos
1. Introdução aos números complexos .................................................................................................. 164

2. O corpo dos números complexos ....................................................................................................... 166


2.1. Propriedades das operações + e ¥ em R2 ............................................................................................. 166
2.2. A unidade imaginária i = (0, 1) ................................................................................................................ 168
2.3. Representação dos números complexos na forma z = a + bi ................................................................. 168

3. Forma trigonométrica de um número complexo .............................................................................. 186


3.1. Complexos de módulo 1 ........................................................................................................................ 186
3.2. Argumento de um número complexo e representação trigonométrica dos números complexos ........... 188

4. Raízes n -ésimas de números complexos ......................................................................................... 206


4.1. Soluções das equações da forma zn = w, n ∈N e w ∈C ....................................................................... 206
4.2. Raízes em C de polinómios do segundo grau de coeficientes reais ....................................................... 213

5. Conjuntos de pontos definidos por condições sobre números complexos ................................ 216
5.1. Circunferência e círculo ........................................................................................................................ 216
5.2. Mediatriz e semiplanos definidos por mediatrizes ................................................................................ 217
5.3. Retas paralelas aos eixos coordenados ............................................................................................... 219
5.4. Semirretas e ângulos .......................................................................................................................... 220
Síntese ........................................................................................................................................................... 225
Aprende Fazendo ............................................................................................................................................ 234
Desafio ........................................................................................................................................................... 243
Teste Final ...................................................................................................................................................... 244

Soluções ...................................................................................................................................................... 247

VOL. 1 VOL. 2
TEMA I – Cálculo Combinatório TEMA III – Funções Reais de Variável
TEMA II – Probabilidades Real
TEMA IV – Trigonometria e Funções
Trigonométricas
Desafio – Distância vertical

Um dos números mais importantes da matemática é o número de Neper. Representa-se


pela letra e, tem uma dízima infinita não periódica e as suas primeiras casas decimais são:
e = 2,718 281 828 459 045 235 360…
Consideremos os gráficos de duas funções, f(x) = ex e g(x) = x.
Sejam F e G dois pontos, um de cada gráfico, com a mesma abcissa. Seja d a distância
entre esses pontos.

Qual é a abcissa comum a F e a G que faz com que a distância d seja mínima?
Qual é essa distância?
E se, em vez da reta y = x, tivéssemos a reta y = 2x?
José Paulo Viana
TEMA V
Funções Exponenciais
e Funções Logarítmicas
1. Juros compostos

2. Número de Neper

3. Funções exponenciais

4. Funções logarítmicas

5. Modelos exponenciais
TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas

UNIDADE 1
Juros compostos

O estudo das funções exponenciais e logarítmicas torna-se fundamental pela variedade


de aplicações simples, surpreendentes e interessantes que daí resultam. Tem aplicações
nas mais diversas áreas do conhecimento: economia, biologia, física, química, arqueolo-
gia, …, como teremos oportunidade de ver mais à frente.
Consideremos o seguinte exemplo:

Exemplo

Supõe que depositas 1000 euros num banco, a um juro composto de 4% ao ano. Designe-
mos por C0 o capital inicial de 1000 euros e por Cn o capital acumulado ao fim de n anos.
Ao fim de um ano, terás o capital inicial mais o valor correspondente a 4% desse mesmo
capital, isto é:
h h
C1 = 1000 + 4 ¥ 1000 = 1000 i1 + 4 i
100 j 100 j

Ao fim de dois anos, terás o capital que tinhas ao fim de um ano mais o valor correspon-
dente a 4% desse mesmo capital, isto é:
h h h h h h h h
C2 = 1000 i1 + 4 i + 4 ¥ 1000 i1 + 4 i = 1000 i1 + 4 i ¥ i1 + 4 i =
j 100 j 100 j 100 j j 100 j j 100 j
h h2
= 1000 i1 + 4 i
j 100 j

Ao fim de três anos, terás o capital que tinhas ao fim de dois anos mais o valor corres-
pondente a 4% desse mesmo capital, isto é:
h h2 h h2 h h2 h h
C3 = 1000 i1 + 4 i + 4 ¥ 1000 i1 + 4 i = 1000 i1 + 4 i ¥ i1 + 4 i =
j 100 j 100 j 100 j j 100 j j 100 j
h h3
= 1000 i1 + 4 i
j 100 j

Facilmente intuímos que, ao fim de n anos, o capital será de:


n n
h h h h
Cn = 1000 i1 + 4 i = C0 i1 + 4 i
j 100 j j 100 j

Formalizando a linguagem utilizada no exemplo anterior e de um modo geral:


PROFESSOR Dados um número real r, uma unidade de medida temporal T e n ∈N, designa-se por
“aplicar juros compostos à taxa de r% a T durante n períodos de tempo T” a um dado ca-
Resolução pital disponível, em certo instante inicial t0, a operação que consiste em calcular um juro
Todos os exercícios de “Juros compostos”
igual a r% do capital disponível no início de cada período de tempo com duração igual
FEL12_1.1 a T e adicioná-lo ao capital findo esse período, começando este processo a partir do ins-
tante t0, e levando-o a cabo n vezes seguidas.

6
UNIDADE 1 Juros compostos

1 O Simão recebeu no seu


Dado um capital inicial C0, e aplicando-se juros compostos à taxa de r% a T, tem-se primeiro aniversário uma
n
h h
que o capital disponível, ao fim de n períodos de tempo T, é igual a C0 i1 + r i . prenda de 500 euros.
j 100 j A sua mãe, que é
bancária, depositou este
valor numa modalidade
de juros à taxa de 2,5% ao
Demonstração ano. Supondo que esta
taxa se mantém, qual será
o capital acumulado
Seja Cn o capital disponível ao fim de n períodos de tempo T. quando o Simão atingir
os 18 anos? Apresenta o
Demonstremos por indução matemática que Cn = C0 i1 +
h r h n. resultado aproximado
i
j 100 j às centésimas.

i) Para n = 1, tem-se que:

h r h , que é uma proposição verdadeira.


C1 = C0 i1 + i
j 100 j 2 O Pedro pretende
n n+1 depositar 50 000 euros
h r h . Mostremos que C h r h
ii) Seja n ∈N tal que Cn = C0 i1 + i n + 1 = C0 i1 + i . durante um período de
j 100 j j 100 j dois anos. O banco A
Cn + 1 = Cn + r C = oferece-lhe ao ano uma
n
100 taxa de 2,5% e o banco B
h r h= oferece-lhe
= Cn i1 + i
semestralmente uma taxa
j 100 j
de 1,25%. Qual dos dois
h
= C0 i1 + r hn h r h bancos propõe uma
i i1 + i (hipótese de indução)
j 100 j j 100 j situação mais lucrativa
para o Pedro? Justifica a
h
= C0 i1 + r hn + 1
i tua resposta.
j 100 j

∀ n ∈N, se Cn = C0 i1 +
h r h n, então C h r h n + 1.
i n + 1 = C0 i1 + i
j 100 j j 100 j

Por i) e ii) provámos que o capital disponível ao fim de n períodos de tempo T é igual 3 Determina a taxa anual a
n que esteve depositado um
h h
a C0 i1 + r i . capital que duplicou em
j 100 j 15 anos. Apresenta o
resultado em percentagem
Supõe, agora, que depositas 1000 euros num banco e que, em vez de se aplicar um juro aproximada às décimas.
de 4% ao ano, se aplica um juro de 2% duas vezes ao ano (isto é, semestralmente).
Então, ao fim do primeiro semestre, terias:

C1 = 1000 + 2 ¥ 1000 =
100
h h
= 1000 i1 + 2 i
j 100 j
PROFESSOR

Ao fim do segundo semestre, terias:


FEL12_1.2
h h h h
C2 = 1000 i1 + 2 i + 2 ¥ 1000 i1 + 2 i =
j 100 j 100 j 100 j Soluções
h h h h 1. 760,81 €
= 1000 i1 + 2 i ¥ i1 + 2 i =
j 100 j j 100 j 2. O banco B.
h h2
= 1000 i1 + 2 i 3. 4,7%
j 100 j

7
TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas

4 Foi efetuado um depósito Supõe, agora, que depositas 1000 euros num banco e que, em vez de se aplicar um juro
a um ano de 1500 euros de 4% ao ano, se aplica um juro de 1% quatro vezes ao ano (isto é, trimestralmente).
num banco, num regime
Então, ao fim do primeiro trimestre, terias:
de juro composto à taxa
anual de 1,2%. Determina
o valor do rendimento C1 = 1000 + 1 ¥ 1000 =
obtido ao fim de um ano,
100
se os juros pagos forem h h
capitalizados
= 1000 i1 + 1 i
j 100 j
proporcionalmente e:
a) anualmente;
b) semestralmente;
Ao fim do segundo trimestre terias:
c) trimestralmente;
h h h h
d) mensalmente.
C2 = 1000 i1 + 1 i + 1 ¥ 1000 i1 + 1 i =
j 100 j 100 j 100 j
h hh h
= 1000 i1 + 1 i i1 + 1 i =
j 100 j j 100 j
h h2
= 1000 i1 + 1 i
j 100 j

Ao fim do terceiro trimestre terias:

h h2 h h2
C3 = 1000 i1 + 1 i + 1 ¥ 1000 i1 + 1 i =
j 100 j 100 j 100 j
h h2 h h
= 1000 i1 + 1 i i1 + 1 i =
j 100 j j 100 j
h h3
= 1000 i1 + 1 i
j 100 j

Ao fim do quarto trimestre terias:

h h3 h h3
C4 = 1000 i1 + 1 i + 1 ¥ 1000 i1 + 1 i =
j 100 j 100 j 100 j
h h3 h h
= 1000 i1 + 1 i i1 + 1 i =
j 100 j j 100 j
h h4
= 1000 i1 + 1 i
j 100 j

Em geral, tem-se:

PROFESSOR Sejam r um número real, n um número natural e C0 um capital disponível no início


de um determinado período de um ano. Se dividirmos esse ano em n períodos iguais,
FEL12_1.3
de medida temporal T, e aplicarmos juros compostos à taxa de r % a T, durante esses
n
Soluções n períodos ao capital inicial C0, o capital disponível ao fim de um ano é igual a:
4. n
h h
a) 18 € b) 18,05 € C0 i1 + r i
j 100nj
c) 18,08 € d) 18,10 €

8
UNIDADE 1 Juros compostos

Exercício resolvido 5 Foi efetuado um depósito


a um ano de 8500 euros
Foi efetuado um depósito a um ano de 5800 euros num banco, no regime de juro num banco, no regime de
composto à taxa anual de 2,1%. juro composto à taxa
anual de 2%.
a) Qual é o capital acumulado ao final de um ano? a) Qual é o capital
acumulado ao final de
b) Mostra que o capital acumulado ao fim de cinco anos é de aproximadamente
um ano?
6435,12 euros. b) Mostra que o capital
c) Justifica que a sucessão dos capitais acumulados em cada um dos anos, a partir acumulado ao fim de
10 anos é de
do primeiro, é uma progressão geométrica de razão 1,021.
aproximadamente
d) Obtém a expressão que permite obter o capital acumulado ao fim de n anos. 10 361,45 euros.
c) Justifica que a sucessão
e) Utiliza a calculadora para determinar ao fim de quantos anos é possível obter um dos capitais
capital acumulado superior a 9000 euros. acumulados em cada
um dos anos, a partir do
f) Supondo que é dada a opção de capitalizar juros pagos proporcionalmente em primeiro, é uma
cada período de três meses, mas com uma taxa de apenas 1,9% ao ano, determina progressão geométrica
se um tal depósito permite obter ao fim de um ano um capital acumulado maior de razão 1,02.
ou menor do que o obtido na opção acima descrita. d) Obtém a expressão que
permite obter o capital
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 12.º ano acumulado ao fim de n
anos.
Sugestão de resolução e) Utiliza a calculadora
para determinar ao fim
Sabemos que dado um capital inicial C0, e aplicando-se juros compostos à
de quantos anos é
taxa de r% a T, tem-se que o capital disponível ao fim de n períodos de tempo possível obter um
n
h h
T é igual a C0 i1 + r i . capital acumulado
j 100 j superior a 10 000 euros.
No contexto deste problema, C0 = 5800, r = 2,1, T = 1 ano. f) Supondo que é dada a
a) Assim, o capital acumulado ao final de um ano é: opção de capitalizar
juros pagos
h h
5800 i1 + 2,1 i = 5800(1 + 0,021) = 5800 ¥ 1,021 ≈ 5921,80 € proporcionalmente
j 100 j
mensalmente, mas com
b) O capital acumulado ao fim de cinco anos é: uma taxa de apenas
h h5 1,9% ao ano, determina
5800 i1 + 2,1 i = 5800 ¥ 1,0215 ≈ 6435,12 € se um tal depósito
j 100 j
permite obter ao fim de
c) Seja Cn o capital acumulado ao fim de n (n ∈N) anos. Um depósito a um um ano um capital
ano de um determinado capital inicial C0 num banco, no regime de juro acumulado maior ou
menor do que o obtido
composto à taxa anual de 2,1% (= 0,021), significa que, ao fim do primeiro
na opção acima descrita.
ano, o capital será igual à soma do capital inicial com 0,021 desse mesmo
valor, isto é, C1 = C0 + 0,021C0 = C0 ¥ 1,021.
Este último valor passa a ser o capital do cliente e irá, por sua vez, um ano PROFESSOR
depois, ser sujeito a um juro de 2,1% (= 0,021), ou seja, C2 = C1 + 0,021C1 =
Soluções
= C1 ¥ 1,021. 5.
E, assim, sucessivamente…, isto é, o capital acumulado ao fim de um ano cor- a) 8670 €
responde ao capital acumulado no ano anterior multiplicado pelo fator 1,021, d) 8500 ¥ 1,02n
e) 9 anos
que traduz o facto de o capital acumulado crescer à taxa de 2,1% ao ano.
f) O capital acumulado é
Logo, a sucessão C1, C2, …, Cn é uma progressão geométrica de razão 1,021. inferior ao obtido na opção
(continua)
acima.

9
TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas

6 A população de bactérias Exercício resolvido


de uma determinada
cultura cresce à taxa de
3,1% por dia. Se a h
d) Cn = 5800 i1 +
2,1 h n
i =
população inicial é de j 100 j
10 000 bactérias, qual é = 5800 ¥ 1,021n
o número de bactérias
existentes passados
10 dias? e) Cn > 9000 ⇔ 5800 ¥ 1,021n > 9000
Recorrendo à calculadora gráfica (na janela de visualização, consideramos
7 Um determinado x ∈[0, 30] e y ∈[5800, 10 000]), obtemos as seguintes partes das represen-
automóvel custou 48 900 tações gráficas das funções definidas por:
euros. Sabendo que
desvaloriza a uma taxa de f1(x) = 5800 ¥ 1,021n e f2(x) = 9000
13% ao ano, determina o
valor do automóvel ao fim
de quatro anos?

8 Uma população é
constituída por 2,4
milhares de bactérias. Esta
população, quando
atacada por um
medicamento, diminui
15% em cada hora. Qual As representações gráficas levam-nos a induzir que, ao fim de 22 anos, será
das seguintes expressões possível obter um capital acumulado superior a 9000 euros.
pode traduzir a função
que dá o número, em
f) Sabemos que, dados um número real r, um número natural n e um capital
milhares, de bactérias ao
fim de n horas? C0 disponível no início de um determinado período de um ano, se dividirmos
(A) 2,4 ¥ 1,15n esse ano em n períodos iguais de medida temporal T, e aplicarmos juros com-
(B) 2,4 ¥ 0,85n postos à taxa de r % a T, durante esses n períodos ao capital inicial C0, o
n n
(C) 2,4 ¥ 0,15n h h
capital disponível ao fim de um ano é igual a C0 i1 + r i .
(D) 2,4 – 0,15n j 100nj

APRENDE FAZENDO No contexto deste problema:


Págs. 94, 95, 99, 101 e 111
Exercícios 2, 8, 29, 30, 41 • C0 = 5800
e 71
• n = 12 = 4
CADERNO DE EXERCÍCIOS 3
E TESTES
Págs. 47 e 48 • r = 1,9 = 0,475
Exercícios 1, 2, 3, 4, 5, 7, n 4
8, 9 e 10
• T = 3 meses

PROFESSOR
Logo, o capital disponível ao fim de um ano é igual a:
Apresentação h
5800 i1 + 1,9 h 4 = 5800 ¥ 1,004754 ≈ 5 910,99 €
“Juros compostos” i
Teste interativo j 100 ¥ 4 j
“Juros compostos”

Soluções
Na opção descrita na alínea b), o capital acumulado é de 5921,80 euros e
6. ≈ 13 570 com esta nova modalidade é de 5910,99 euros, logo esta última modalidade
7. 28 014,69 € devolve um capital acumulado inferior.
8. Opção (B)

10
UNIDADE 2 Número de Neper

UNIDADE 2
Número de Neper

h hn
Consideremos a sucessão de termo geral un = i1 + 1 i .
j nj

Teorema
h hn
A sucessão de termo geral un = i1 + 1 i é crescente.
j nj

Demonstração (+)
(+) Demonstração facultativa

Utilizando a fórmula do desenvolvimento de um binómio, tem-se:


h hn
un = i1 + 1 i =
j nj
h h1 h h2 h h3 h hn
= 1 + nC1 ¥ i 1 i + nC2 ¥ i 1 i + nC3 ¥ i 1 i + … + i 1 i =
jnj jnj jnj jnj

= 1 + n ¥ 1 + n(n – 1) ¥ 12 + n(n – 1)(n – 2) ¥ 13 + … + 1n =


n 2 n 3! n n
= 1 + 1 + 1 ¥ n(n – 1) + 1 ¥ n(n – 1)(n – 2) + … + 1n =
2 n¥n 3! n¥n¥n n
= 2 + 1 ¥ n – 1 + 1 ¥ (n – 1)(n – 2) + … + 1n =
2 n 3! n¥n n
= 2 + 1 ¥ n – 1 + 1 ¥ n – 1 ¥ n – 2 + … + 1n =
2 n 3! n n n
h h h h h h
= 2 + 1 ¥ i1 – 1 i + 1 ¥ i1 – 1 i ¥ i1 – 2 i + … + 1n
2 j n j 3! j nj j nj n
h h h h h h
Portanto, un = 2 + 1 ¥ i1 – 1 i + 1 ¥ i1 – 1 i ¥ i1 – 2 i + … + 1n (repare-se que esta
2 j n j 3! j n j j nj n
soma tem n parcelas).
Donde:
h h h h h h
un + 1 = 2 + 1 ¥ i1 – 1 i + 1 ¥ i1 – 1 i ¥ i1 – 2 i + … + 1
2 j n+1 j 3! j n+1 j j n+1 j (n + 1)n + 1
(repare-se que esta soma tem n + 1 parcelas).
Vamos agora comparar as parcelas de un e de un + 1:
h h h h
Vamos começar por provar que 1 ¥ i1 – 1 i > 1 ¥ i1 – 1 i .
2 j n+1 j 2 j nj
PROFESSOR
h h h h
Tem-se, 1 ¥ i1 – 1 i > 1 ¥ i1 – 1 i ⇔ 1 – 1 > 1 – 1
2 j n+1 j 2 j nj n+1 n
1 1 1 1 Resolução
⇔– >– ⇔ < ⇔ n + 1 > n, o que é sempre verdade. Todos os exercícios de “Número de
n+1 n n+1 n Neper”
h h h h h h h h
Também se prova que 1 ¥ i1 – 1 i ¥ i1 – 2 i > 1 ¥ i1 – 1 i ¥ i1 – 2 i . FEL12_1.4
3! j n + 1j j n + 1j 3! j nj j nj
E assim sucessivamente.

11
TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas

Verifica-se que:
• un + 1 tem mais uma parcela positiva do que un;
• as primeiras parcelas de un + 1 e de un são iguais;
• a segunda parcela de un + 1 é superior à segunda parcela de un;
• a terceira parcela de un + 1 é superior à terceira parcela de un;
• e assim sucessivamente.

Donde se conclui que ∀ n ∈N, un + 1 > un, isto é, a sucessão é crescente.

Teorema
h hn
A sucessão de termo geral un = i1 + 1 i é limitada.
j nj

(+) Demonstração facultativa Demonstração (+)

Comecemos por provar, por indução matemática, que ∀ n ≥ 3, n! > 2n – 1.


i) n = 3
3! > 23 – 1 ⇔ 6 > 4, que é uma proposição verdadeira.

ii) Hipótese de indução: n! > 2n – 1


Tese de indução: (n + 1)! > 2n
(n + 1)! = (n + 1)n!
> (n + 1) 2n – 1 (hipótese de indução)
> 4 ¥ 2n – 1
= 22 ¥ 2n – 1
= 2n + 1
> 2n

Provámos, assim, que ∀ n ≥ 3, n! > 2n – 1.


h hn
Este resultado será utilizado na prova de que un = i1 + 1 i é limitada.
j nj

h hn
Como vimos, i1 + 1 i é crescente, logo o seu primeiro termo, que é 2, é um minorante,
j nj
h hn h hn
isto é, i1 + i ≥ 2, ∀ n ∈N. Vamos agora provar que i1 + 1 i < 3, ∀ n ∈N.
1
j n j j nj
PROFESSOR
Já vimos, na demonstração anterior, que:
h h h h h h
FEL12_1.4
un = 2 + 1 ¥ i1 – 1 i + 1 ¥ i1 – 1 i ¥ i1 – 2 i + … + 1n
2 j n j 3! j n j j nj n

12
UNIDADE 2 Número de Neper

h h
Como 1 – 1 < 1, tem-se que 1 ¥ i1 – 1 i < 1 . 9 No país das maravilhas
n 2 j nj 2
será aplicado um juro de
h hh h h hh h
Como i1 – 1 i i1 – 2 i < 1, tem-se que 1 ¥ i1 – 1 i i1 – 2 i < 1 . 100% ao ano a um capital
j n j j n j 3! j n j j n j 3! inicial de 1000 euros.
Determina o capital
E assim sucessivamente. acumulado ao fim de um
ano, com aproximação às
Então, un < 2 + 1 + 1 + … + 1 . centésimas, se o juro for
2 3! n! capitalizado:
a) anualmente;
Como, para n ≥ 3, já se provou que n! > 2n – 1, vem que, para n ≥ 3, se tem 1 < n1– 1 .
n! 2 b) semestralmente;
Vem, então: c) trimestralmente;

un < 2 + 1 + 1 + … + 1 < 2 + 1 + 12 + … + n1– 1


d) de mês a mês;
2 3! n! 2 2 2 e) diariamente (considera
365 dias);
Aplicando agora a fórmula que dá a soma dos n primeiros termos de uma progressão f) hora a hora;
geométrica, vem: g) minuto a minuto;
h1hn–1 h) continuamente.
1– i i
1 + 1 +…+ 1 = 1 ¥ j2j h1hn – 1
=1– i i
2 22 2n – 1 2 j2j
1– 1
2

h hn – 1 h hn – 1
Portanto, tem-se un < 2 + 1 – i 1 i , ou seja, un < 3 – i 1 i .
j2j j2j

h hn – 1
Como 3 – i 1 i < 3, conclui-se, finalmente, que un < 3.
j2j

Portanto, todos os termos da sucessão estão compreendidos entre 2 e 3, pelo que a


sucessão é limitada. APRENDE FAZENDO
Pág. 94
Exercício 1

Teorema CADERNO DE EXERCÍCIOS


E TESTES
h hn
A sucessão de termo geral un = i1 + 1 i é convergente. Pág. 48
j nj Exercício 6

PROFESSOR
Recorda que toda a sucessão monótona e limitada é convergente.
h hn
Prova-se que o limite de i1 + 1 i é um número irracional, designado por número de
Apresentação
“Número de Neper
j nj Teste interativo
Neper ou número de Euler. Esse número é geralmente representado pela letra e. “Número de Neper”

h hn FEL12_1.4
lim i1 + 1 i = e
j nj
Soluções

Repara que do ponto de vista dos juros compostos, un representa o montante disponível 9.
ao fim de um ano, dividindo esse ano em n períodos iguais e capitalizando-se um juro a) 2000,00 € b) 2250,00 €
c) 2441,40 € d) 2613,04 €
de 100% no final de cada um deles, relativamente a um capital inicial de C0 = 1 e a uma e) 2714,57 € f) 2718,13 €
n g) 2718,28 € h) 2718,28 €
taxa anual de juros de 100%.

13
TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas

UNIDADE 3
Funções exponenciais

3.1. Propriedades da função definida nos números


racionais por f (x) = a x, com a > 0: monotonia,
continuidade, limites e propriedades algébricas
10 Numa pequena cidade,
Consideremos a seguinte situação:
uma notícia espalha-se de No dia 1 de setembro de 2016, às 9 horas, uma equipa de biólogos retirou uma amostra
modo que ao meio-dia de de água de um lago e concluiu que ali existia 1 milhar de fungos por cada centímetro cú-
um determinado dia uma
bico. Sabe-se, também, que esta espécie de fungos duplicava de dia para dia.
centena de pessoas já
tinha conhecimento da Completemos a tabela:
notícia. Sabe-se ainda que
de hora a hora o número
de pessoas que sabia da t (tempo decorrido em dias) 0 1 2 3 4 5 6
notícia duplicava.
Nesse dia, quantas P (número, em milhares, de fungos por cm3 de água) 1 2 4 8 16 32 64
pessoas tinham
conhecimento da notícia:
a) às 13 h? Repara que quanto maior for a população de fungos, maior será o aumento por unidade
b) às 15 h? de tempo.
c) às 12 h 30 min? O aumento da população de fungos não se verifica a uma taxa constante; o que é cons-
d) às 13 h 45 min? tante em cada um destes períodos é a variação relativa: se no primeiro dia a população
duplicou, o mesmo acontecerá nos dias seguintes, isto é, P(t + 1) = 2 ¥ P(t).
De um modo geral, podemos expressar o número de fungos, em milhares, por centímetro
cúbico de água, ao fim de t dias, por P(t) = 1 ¥ 2t.
Apesar de a população de fungos duplicar de dia para dia, é óbvio que não o faz repen-
tinamente ao fim de exatamente 24 horas. Essa duplicação vai-se fazendo continuamente.
Supondo que este modelo se mantém válido para números racionais, conseguiríamos
determinar o número de fungos, por exemplo:
• às 21 horas do dia 2 de setembro de 2016
Repara que às 21 horas do dia 2 de setembro de 2016 correspondem a t = 3 .
3 2
h h
PROFESSOR Assim, P i 3 i = 2 2 = √∫23∫ ≈ 2,828 milhares.
j2j
• às 15 horas do dia 3 de setembro de 2016
Às 15 horas do dia 3 de setembro de 2016 correspondem a t = 9 .
Resolução
Todos os exercícios de “Funções
exponenciais”
9 4
h h
Assim, P i 9 i = 2 4 = 4√∫29∫ ≈ 4,757 milhares.
Soluções j4j

10. • às 9 horas do dia 31 de agosto de 2016


a) 200 b) 800 Às 9 horas do dia 31 de agosto de 2016 correspondem a t = –1.
c) ≈ 141 d) ≈ 336
Assim, P(–1) = 2–1 = 1 = 0,5 milhar.
2
14
UNIDADE 3 Funções exponenciais

O exemplo anterior ilustra um modelo matemático definido por uma expressão em que
a base é constante e o expoente é variável.
Comecemos por estudar algumas propriedades da função definida nos números racio-
nais por f(x) = ax, com a > 0, como, por exemplo, monotonia, continuidade e limites.
Analisemos, o exemplo anterior:
f(x) = 2x
Determinemos as imagens, quando necessário, aproximadas às centésimas, de alguns
valores de x pela função f:

x … –2 –1,5 –1 –0,5 0 0,5 1 1,5 2 2,25 …

f(x) … 0,25 0,35 0,5 0,71 1 1,41 2 2,83 4 4,76 …

O x 11 Indica os valores reais de


–2 –1 1 1,5 2 2,25
a e b de modo que a
função f definida em Q
por f(x) = b ax seja:
Em geral, tem-se:
a) crescente e o seu
gráfico passe no ponto
de coordenadas (0, 2);
Teorema b) decrescente e o seu
gráfico passe no ponto
Dado um número real a > 0, a função definida no conjunto dos números racionais
de coordenadas (0, 3).
por f(x) = ax tem as seguintes propriedades principais:
1. É crescente se a > 1 e decrescente se a < 1.
2. lim f(x) = 1.
xÆ0
PROFESSOR
3. f é contínua.
FEL12_2.1
4. Se a > 1, lim f(x) = +∞ e lim f(x) = 0. FEL12_2.2
x Æ +∞ x Æ –∞ FEL12_2.3
FEL12_2.4
5. Se 0 < a < 1, lim f(x) = 0 e lim f(x) = +∞.
x Æ +∞ x Æ –∞
Soluções
11.
a) a > 1 e b = 2
b) 0 < a < 1 e b = 3
Provemos algumas destas propriedades.

15
TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas

(+) Demonstração facultativa (+) 1. Se a > 1, a função definida em Q por f(x) = ax é crescente.
Comecemos por constatar que:
Recorda para quaisquer m, n ∈N: m < n ⇒ am < an
Sejam a, b, c e d números pois:
reais positivos, com a < b e
c < d, então ac < bd. a > 1 ⇒ a2 > a ⇒ a3 > a2 ⇒ … ⇒ an + 1 > an

Pela transitividade da relação de ordem, vem que:


an > an – 1 > … > a2 > a
Logo:
m < n ⇒ am < an

Utilizando a propriedade acima, para expoente natural, e algumas propriedades


algébricas de radicais que apendeste no 10.º ano de escolaridade, vejamos como
o resultado acima se pode agora estender ao conjunto dos números racionais po-
m p
sitivos, isto é, para quaisquer m, n, p, q ∈N, m p
, ∈Q :+ m p
< ⇒a <aq .
n
n q n q
• Tem-se que, para m p
, ∈Q : +
n q
m < p ⇒ mq < pn
n q
⇒ amq < apn
12 Considera a função ⇒ q√∫a∫m∫q < q√∫a∫p∫n
definida no conjunto dos ph n
h
números racionais por
⇒ am < ija q ij
f(x) = bax, com a e b
valores reais. Determina p
os valores de a e b de ⇒ n√∫a∫m < a q
modo que o gráfico da m p
função f contenha os ⇒a n <aq
pontos de coordenadas
(2, 12) e (3, 24).
• Vejamos o caso de dois racionais de sinais contrários, ou seja, para r’ ∈Q+ e
r” ∈Q– quaisquer. Nesse caso, sabemos que existe r ∈Q+ tal que r” = –r. Vejamos
que r” < r’ ⇒ ar” < ar’, ou equivalentemente, que –r < r’ ⇒ a–r < ar’.

r = m e r’ = p , com m, n, p e q ∈N
n q

Como a > 1, então:


am > 1m e n√∫am
∫ > n√∫1
e, consequentemente:
m
a n >1
isto é:
ar > 1
PROFESSOR
Analogamente, ar’ > 1 e tem-se que:
Solução
12. a = 2 e b = 3 a–r = 1r < 1 < ar’
a

16
UNIDADE 3 Funções exponenciais

• Finalmente, vejamos o caso de dois números racionais negativos. Mostremos então


que, para quaisquer r, r’ ∈Q+, –r < –r’ ⇒ a–r < a–r’.

–r < –r’ ⇒ r > r’


⇒ ar > ar’
⇒ 1r < 1r’
a a
⇒ a–r < a–r’

Estendeu-se, assim, a propriedade ao conjunto de todos os números racionais.

No caso em que f(x) = ax, com 0 < a < 1, tem-se que:


1 >1
a
Logo:
∀ m, n ∈Q: m < n ⇔ –m > –n
h h –m h h –n
⇔ i1i > i1i (pois f(x) = ax, com a > 1, é crescente.)
jaj jaj

⇔ am > an

Logo:
Se 0 < a < 1 a função definida em Q por f(x) = ax é decrescente.

3. A função f definida nos racionais por f(x) = ax é contínua.


Prova-se que lim f(x) = 1 (propriedade 2).
xÆ0

Considerando agora um qualquer número racional q:


f(x) = ax =
= ax – q + q =
= aq ax – q

lim f(x) = lim (aq ax – q) =


xÆq xÆq

Consideremos a mudança de variável x – q = y: se x Æ q, então x – q Æ 0.


= aq lim ay =
yÆ0

= aq ¥ 1 =
= aq

Mostrou-se assim que a função f definida nos racionais por f(x) = ax é contínua em Q,
uma vez que existe lim f(x) e lim f(x) = f(q), para qualquer q ∈Q.
xÆq xÆq

17
TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas

4. Tem-se que :
• Se a > 1, lim ax = +∞
x Æ +∞

Não iremos demonstrar, mas resulta do facto de a função definida por f(x) = ax, com
a > 1, ser crescente e de lim an = +∞, como estudado no 11.º ano.

• Se a > 1, lim ax = 0
x Æ –∞

Sabemos, pela propriedade anterior, que se a > 1, lim ax = +∞.


x Æ +∞

Consideremos a mudança de variável y = –x: se x Æ –∞, então y Æ +∞.


lim ax = lim a–y =
x Æ –∞ y Æ +∞

= lim 1y =
y Æ +∞ a

1
= =
lim ay
y Æ +∞

= 1
+∞
=0

5. Se 0 < a < 1, lim ax = 0 e lim ax = +∞.


x Æ +∞ x Æ –∞

h 1 h –x
lim ax = lim i i =
x Æ +∞ x Æ +∞ j a j

Consideremos a mudança de variável y = –x: se x Æ +∞, então y Æ –∞.


h hy h h
= lim i 1 i = 0 ipois 1 > 1 e lim bx = 0 se b > 1.i
y Æ –∞ j a j j a x Æ –∞ j

h 1 h –x
lim ax = lim i i =
x Æ –∞ x Æ –∞ j a j

Consideremos a mudança de variável y = –x: se x Æ –∞, então y Æ +∞.


h hy h h
= lim i 1 i = +∞ ipois 1 > 1 e lim bx = +∞ se b > 1.i
y Æ +∞ j a j j a x Æ +∞ j

Esquematizando / Resumindo

a>1 0<a<1

• lim ax = +∞ (simbolicamente • lim ax = 0 (simbolicamente


x Æ +∞ x Æ +∞
a+∞ = +∞) a+∞ = 0)
• lim ax = 0 (simbolicamente • lim ax = +∞ (simbolicamente
x Æ –∞ x Æ –∞
a–∞ = 0) a–∞ = +∞)
y y

1 1

O x O x

18
UNIDADE 3 Funções exponenciais

3.2. Funções definidas nos números reais por f (x) = a x, 13 Sem utilizar a calculadora,
determina:
com a > 0 e respetivas propriedades a) 32 5 + 64 3
2 2

3 1
h49h 2
Na unidade anterior foi cuidadosamente estudada a função f, definida nos racionais b) 16 2 – i i
j9j
por f(x) = ax, com a > 1. Façamos, agora, a extensão de f ao conjunto dos números reais, c) 100–2,5
4
mantendo-se as propriedades de monotonia, os limites e as propriedades algébricas da h p2 h 3
d) i i
função inicial. j √∫p j
1 2
h16h 4 h125h – 3
e) i i ¥ i i
j81j j 8 j
Comecemos por analisar qual será, então, o significado da expressão ax (a ∈R+) para
todo o número real x.
14 Escreve na forma de
potência de base natural.
Já sabes que:
• an = a ¥ a ¥ … ¥ a, n ∈N
a) √∫ 15

b) √∫ 31 h h –2
n fatores i i
6 j j
• a0 = 1 1
c)
4√∫7
• a–n = 1n , n ∈N
a
p 15 Utilizando as propriedades
• a q = q√∫ap∫ , p, q ∈N operatórias das potências,
simplifica as seguintes
expressões.
E o que significa ax, com x irracional? 3
h 1h 2
i i
Consideremos ap. Qual é o seu significado? a) j x 3 j
3
2h– 4
h
ii
b) x 3jj
8
h 7h–
A ideia básica é que todo o número irracional pode ser aproximado, com a aproximação i – i 7
c) j x 8 j
6
h 5h– 5
pretendida, por números racionais. i i
d) j x 6 j
2
e) (27x6) 3
Por exemplo, a partir da dízima infinita não periódica de p, construímos duas sucessões: f) (8x2y3) 3
1

uma crescente com valores aproximados por defeito, e a outra decrescente, com valores h x2y3 h 6
1
g) i i
aproximados por excesso: j x0 j
1
h) (z2012) 1006 ¥ (x10 + y20)0
un: 3,1; 3,14; 3,141; 3,1415; 3,14159; … Æ p –

vn: 3,2; 3,15; 3,142; 3,1416; 3,14160; … Æ p+


PROFESSOR

As sucessões (un) e (vn) são ambas convergentes para p e são tais que: Soluções
13.
un < p < vn, ∀ n ∈N 185 1
a) 20 b) c)
3 100 000
8
d) p2 e)
75
A partir de (un) e (vn), vamos construir duas novas sucessões:
14.
1 2 1
– –
a(un): a3,1; a3,14; a3,141; a3,1415; a3,14159; … Æ ap a) 5 2
b) 6 3 c) 7 4

a(vn): a3,2; a3,15; a3,142; a3,1416; a3,14160; … Æ ap 15.


1
a) √∫x b) c) x
√∫∫x 2
Uma vez que as sucessões (a(un)) e (a(vn)) são monótonas e limitadas, conclui-se que são 1
d) e) 9x4 f) 2x 3 y
x
ambas convergentes, dependendo os seus limites, apenas, de a e de p. Chama-se ap a 1 1
g) x 3 y 2 h) z2
esses limites.

19
TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas

Definição

Dados um número real a > 0 e um número irracional x, se (qn)n ∈N é uma qualquer


sucessão de números racionais de limite x, a sucessão de termo geral aqn é convergente
e o respetivo limite depende apenas de x e de a. Esse limite representa-se por ax.

O processo acima permite estender a função definida por f(x) = ax, em Q, ao conjunto
R, para a qual se mantêm, no essencial, as propriedades estudadas.

Definição

A função definida por f(x) = ax, em R, com a ∈R+, designa-se por função exponencial
de base a.

16 Considera a função g Nota


definida, em R, por
g(x) = ex. Esboça os
A função exponencial de base e designa-se simplesmente por função exponencial e
gráficos das seguintes representa-se também por exp.
funções a partir do gráfico
de g, indicando as Na figura ao lado estão representadas partes y
transformações sofridas h(x) = 5x
dos gráficos de três funções exponenciais de g(x) = ex
pelo gráfico de g.
bases 2, e e 5, respetivamente:
a) g1(x) = g(x) + 2 f(x) = 2x

b) g2(x) = g(x – 1)
c) g3(x) = g(x + 1) – 1
5
d) g4(x) = –g(–x)
e) g5(x) = –g(x) + 2
f) g6(x) = |g(x) – 1| e

O 1 x

As seguintes propriedades resultam das definições, regras e propriedades das potências.

Algumas propriedades das funções exponenciais de base maior que um


A função exponencial de base a > 1 tem as seguintes propriedades principais:
1. Domínio: R
2. Contradomínio: R+
PROFESSOR
3. Zeros: não tem zeros, isto é, ax = 0 é uma equação impossível.
4. Sinal: é positiva em R, isto é, ax > 0, ∀ x ∈R.
Simulador
GeoGebra: Transformações de gráficos 5. Variação: é crescente .
de funções exponenciais
6. Injetividade: é injetiva.
FEL12_2.5
FEL12_2.8
7. Continuidade: é contínua.
8. lim ax = +∞ e lim ax = 0.
x Æ +∞ x Æ –∞
Soluções
16. Consultar na página 247. 9. Assíntotas: a reta de equação y = 0 é assíntota horizontal ao gráfico da função.

20
UNIDADE 3 Funções exponenciais

Na figura abaixo estão representadas partes dos gráficos de três funções exponenciais 17 Sem utilizar a calculadora,
de bases 1 , 1 e 1 , respetivamente: completa com o símbolo
2 e 5 < ou >, de modo a obteres
x y
h(x) = 1 proposições verdadeiras.
x
5
g(x) = 1 a) 8√∫2 2√∫5
e
f(x) = 1
x
b) 3p 9√∫2
2
p
h1h 1
c) i i
j2j 4
5 1 h1hp
d) i i
27 j9j

2
1

–1 O x

18 Indica o valor lógico das


seguintes proposições.
Algumas propriedades das funções exponenciais de base maior que zero e menor a) 2p ¥ 2–p = 1
que um b) (2p)p = 22p
A função exponencial de base 0 < a < 1 tem as seguintes propriedades principais: c) 2√∫3 ¥ 2√∫1∫2 = 23√∫3

1. Domínio: R 2√∫2
d) = 2–√∫2
2√∫8
2. Contradomínio: R+
3. Zeros: não tem zeros, isto é, ax = 0 é uma equação impossível.
4. Sinal: é positiva em R, isto é, ax > 0, ∀ x ∈R.
5. Variação: é decrescente .
6. Injetividade: é injetiva.
7. Continuidade: é contínua.
8. lim ax = 0 e lim ax = +∞.
x Æ +∞ x Æ –∞

9. Assíntotas: a reta de equação y = 0 é assíntota horizontal ao gráfico da função.

As propriedades algébricas para potências de expoente racional permanecem válidas


para potências de expoente irracional. Assim:

Propriedades
Sejam a, b ∈R+ e x, y ∈R: PROFESSOR
• ax ¥ ay = ax + y
FEL12_2.5
• (ax)y = ax ¥ y
1 Soluções
• = a–x
ax 17.
a) > b) > c) < d) >
ax
• = ax – y
ay 18.
a) Proposição verdadeira.
• (ab)x = ax ¥ bx b) Proposição falsa.
x
ha h ax c) Proposição verdadeira.
• i i =
jb j bx d) Proposição verdadeira.

21
TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas

19 Determina, sem recurso à


Agora que definimos potências de expoente irracional, deves também saber que, à se-
calculadora, o valor de: melhança das funções definidas em R+ por f(x) = xb, com b ∈Q, também as funções defi-
a) 4–p ¥ 24p : 6p nidas em R+ por f(x) = xb, com b ∈R, são contínuas.
( )√∫2
b) 6√∫2
e√∫3 + 1 Propriedade
c) – e0
e√∫3
A função definida em R+ por f(x) = xb, com b ∈R, é contínua.

Exercícios resolvidos

h 1 h √∫12
∫ 8
∫ –p √∫2
1. Determina, sem recurso à calculadora, o valor de 51 – p ¥ i i ¥ 1 ¥ 5 .
j5j
5√∫2 25–√∫3∫2

Sugestão de resolução

h h √∫1∫2∫8 – p √∫2 h h √∫2∫7 – p √∫2


51 – p ¥ i 1 i ¥ 1 ¥ 5 = 51 – p ¥ i 1 i ¥ 1 ¥ 5 =
20 Sendo x um número real e j5j
5√∫2 25–√∫3∫2 j 5 j
5√∫2 (52)–√∫25∫
sabendo que 5x + 1 = 15,
determina o valor de: = 51 – p ¥ (5–1)2
3
√∫2 – p ¥ 1 =
2
a) 5x 5–2 ¥ 2 √∫2
b) 53x
= 51 – p ¥ 5–8√∫2 + p ¥ 1 =
c) 25x
x
5–8√∫2
d) 5 3
= 51 – p – 8√∫2 + p ¥ 58√∫2 =
e) 5–x + 2
–x +1 = 51 – 8√∫2 + 8√∫2 =
f) 5 2

= 51 =
=5

APRENDE FAZENDO 2. Sendo x um número real e sabendo que 2x = 5, determina o valor de:
x
Págs. 94, 95 e 99
Exercícios 3, 10 e 31 a) 2x + 1 b) 22x c) 8x d) 2 2 e) 2x – 2 f) 2–x + 1

CADERNO DE EXERCÍCIOS Sugestão de resolução


E TESTES
Pág. 50 a) 2x + 1 = 2x ¥ 2 = 5 ¥ 2 = 10
Exercício 16

b) 22x = (2x)2 = 52 = 25
PROFESSOR
c) 8x = (23)x = (2x)3 = 53 = 125
FEL12_2.6
x 1 1
d) 2 2 = (2x) 2 = 5 2 = √∫5
Soluções
19.
a) 1 b) 36 c) e – 1 e) 2x – 2 =
2x = 5
22 4
20.
a) 3 b) 27 c) 9 f) 2–x + 1 = 2–x ¥ 2 =
1 ¥2= 1 ¥2= 2
d) √∫3
3
e)
25
f)
5√∫3 2x 5 5
3 3

22
UNIDADE 3 Funções exponenciais

3.3. Algumas equações e inequações envolvendo 21 Resolve, em R, as


equações.
exponenciais a) 2x = √∫2
b) px = 1
Equações exponenciais c) 1 = √∫5
5x
Quando estudámos as propriedades da função exponencial, referimos que esta é uma d) 3x + 2 = 29

função é crescente se a > 1 e decrescente se 0 < a < 1. Logo, é uma função injetiva. e) 9x = 1
243
f) 5|x – 2| – 125 = 0
Assim, tem-se que: x+1
g) 27 =9
ax = ay ⇔ x = y, ∀x, y ∈R 9x
h) 3x ¥ x2 – 3x ¥ x = 0

Na prática, esta propriedade é muito útil na resolução de equações exponenciais, já


que, no caso em que temos potências iguais e com a mesma base, concluímos que têm
expoentes iguais.

Exercício resolvido

Resolve, em R, as equações. 22 Considera a função f, de


1 =0 domínio R, definida por
a) 8x –
32 f(x) = 10x. Qual é o valor
de k para o qual se verifica
b) 4x – 1 – 8x = 0
2

f(k + x) = 100 ¥ f(x),


c) 4x – 2x – 2 = 0 qualquer que seja o
número real x?
d) 2 ¥ 9x – 8 ¥ 3x + 6 = 0 (A) 1

e) –3 ¥ 2–x + 1 + 2x = –1 (B) 2

96 (C) 10
f) 5x – 1 – 5x – 5x + 1 + 5x + 2 =
25 (D) 100

Sugestão de resolução

a) 8x – 1 = 0
32

⇔ 8x = 1
32 PROFESSOR

⇔ (23)x = 2–5 Soluções


⇔ 23x = 2–5 21.
a1a
a) b b b) {0}
⇔ 3x = –5 c2c
a 1a
c) b– b d) {3}
⇔x=– 5 c 2c
3 a 5a
e) b– b f) {–1, 5}
a a c 2c
C.S. = b– 5 b g) {–1} h) {0, 1}
c 3c
(continua)
22. Opção (B)

23
TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas

23 Resolve, em R, as Exercício resolvido


equações.
x 1
a) (3√∫4 ) =
b) 4x – 1 – 8x = 0 ⇔ 4x – 1 = 8x
2 2
4√∫8

3√∫2 ⇔ (22)x2 – 1 = (23)x


b) 2x =
4√∫2 ⇔ 22x2 – 2 = 23x
⇔ 2x2 – 2 = 3x
c) √∫√3
∫∫ ∫ +∫ ∫ √∫ 3∫∫ ∫ +∫ ∫ √∫ ∫∫3 = 3x
⇔ 2x2 – 3x – 2 = 0
8
d) = 5–x
10x ⇔ x = 3 ± √∫9∫ –∫ ∫ ∫4∫ ∫¥∫ ∫2∫ ∫¥∫ ∫(∫–∫2∫)
e) 2x + 1 + 2x + 2 + 2x + 3 =7 4
f) 2 + 4 + 8 + 16 + … + ⇔x= 3±5
+ 2n = 254 4
⇔x=2 ∨ x=– 1
2
a 1 a
C.S. = b– , 2b
c 2 c

c) 4x – 2x – 2 = 0 ⇔ (22)x – 2x – 2 = 0
⇔ (2x)2 – 2x – 2 = 0
Considerando a mudança de variável 2x = y, obtém-se a equação do 2.o grau:

y2 – y – 2 = 0 ⇔ y = 1 ± √∫1∫ –∫ ∫ ∫4∫ ∫¥∫ ∫(∫–∫2∫)


2
⇔y= 1±3
2
⇔ y = 2 ∨ y = –1
Substituindo y por 2x, vem que:
2x = 2 ∨ 2x = –1

equação impossível, pois 2x > 0, ∀x ∈R.
⇔ 2x = 21
⇔x=1
C.S. = {1}

d) 2 ¥ 9x – 8 ¥ 3x + 6 = 0 ⇔ 2 ¥ (32)x – 8 ¥ 3x + 6 = 0
⇔ 2 ¥ (3x)2 – 8 ¥ 3x + 6 = 0
Considerando a mudança de variável 3x = y, obtém-se a equação do 2.o grau:
2y2 – 8y + 6 = 0 ⇔ y = 8 ± √∫6∫4∫ –∫ ∫ ∫4∫8
4
⇔y= 8 ± 4
4
⇔y=3 ∨ y=1
PROFESSOR
Substituindo y por 3x, vem que:
Soluções
23. 3x = 3 ∨ 3x = 1
a 9a a 13a ⇔ 3x = 3 ∨ 3x = 30
a) b– b b) b– b
c 8c c 6c
⇔x=1 ∨ x=0
a3a
c) b b d) {3}
c4c C.S. = {0, 1}
e) {–1} f) {7}

24
UNIDADE 3 Funções exponenciais

24 Resolve, em R, as
seguintes equações.
e) –3 ¥ 2–x + 1 + 2x = –1 ⇔ –3 ¥ 2 ¥ 2–x + 2x = –1
a) 4x + 1 – 9 ¥ 2x = –2
⇔ – 6x + 2x = –1 b) 42x + 1 – 9 ¥ 22x + 2 = 0
2
c) 5x + 1 + 5–x + 2 = 126
Considerando a mudança de variável 2x = y, obtém-se a equação fracionária:

– 6 + y = –1 ⇔ –6 + y + y = 0
2

y y
⇔ y2 + y – 6 = 0 (pois y ≠ 0)

⇔ y = –1 ± √∫1∫ +
∫ ∫ ∫2∫4
2
⇔ y = –1 ± 5
2
⇔ y = 2 ∨ y = –3
Substituindo y por 2x, vem que:
2x = 2 ∨ 2x = –3

equação impossível, pois 2x > 0, ∀x ∈R.
⇔x=1
C.S. = {1}

f) 5x – 1 – 5x – 5x + 1 + 5x + 2 =
96 ⇔ 5x ¥ 5–1 – 5x – 5x ¥ 5 + 5x ¥ 52 = 96
25 25
h h
⇔ 5x i 1 – 1 – 5 + 25i = 96
j5 j 25

⇔ 5x ¥ 96 = 96
5 25

⇔ 5x = 96 ¥ 5
25 96

⇔ 5x = 5–1
⇔ x = –1
APRENDE FAZENDO
C.S. = {–1}
Págs. 99 e 102
Exercícios 32 e 43

CADERNO DE EXERCÍCIOS
Esquematizando / Resumindo E TESTES
Págs. 49 e 50
Na resolução de uma equação exponencial, devem seguir-se estes passos: Exercícios 11 e 17

1.o passo: Sempre que possível, escrever as potências na mesma base, aplicando as
regras operatórias das potências. PROFESSOR

2.o passo: Obter uma igualdade do tipo ax = ay. Soluções


3.o passo: Aplicar ax = ay ⇔ x = y. 24.
a) {1, –2}
4.o passo: Resolver a equação obtida no passo anterior. a1 a
b) b , –1b
5.o passo: Apresentar o conjunto-solução. c2 c
c) {2, –1}

25
TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas

25 Resolve, em R, as Inequações exponenciais


inequações.
a) 1 – 3x < – 8 Quando estudámos as propriedades da função exponencial, referimos que esta é mo-
h1h
x–2 nótona. Tem-se que:
b) i i ≤ 27–x
j3j
• se a > 1, a função é estritamente crescente, logo ax < ay ⇔ x < y, ∀x, y ∈R;
c) 10x
2 – 3x > 0,01
• se 0 < a < 1, a função é estritamente decrescente, logo ax < ay ⇔ x > y, ∀x, y ∈R.
2 1
d) 83x – 5x >
1
16 Na prática, esta propriedade é muito útil na resolução de inequações exponenciais.
e) 2 x < 4
2x Exercício resolvido
f) ≥1
1 – 2x
Resolve, em R, as inequações.
a) 10x > 0,001
x
h1h 1
b) i i >
j2j 32
c) x2 ¥ 5x – 5x ≤ 0

d) 6x – 3x > 3x

e) – 4x + 2x ≥ –2

Sugestão de resolução

a) 10x > 0,001 ⇔ 10x > 10–3


⇔ x > –3 (pois a exponencial de base 10 é estritamente crescente.)
C.S. = ]–3, +∞[

x
h1h
b) i i >
1 ⇔ h1h x > h1 h5
i i i i
j2j 32 j2j j2 j
h h
⇔ x < 5 ipois a exponencial de base 1 é estritamente decrescente.i
j 2 j
C.S. = ]–∞, 5[

Outro processo
x
h1h 1 ⇔ 2–x > 2–5
i i >
j2j 32
⇔ –x > –5 (pois a exponencial de base 2 é estritamente crescente.)
⇔x<5
C.S. = ]–∞, 5[

PROFESSOR c) x2 ¥ 5x – 5x ≤ 0 ⇔ 5x(x2 – 1) ≤ 0

Soluções ⇔ x2 – 1 ≤ 0 (pois 5x > 0, ∀x ∈R)


25. ⇔ –1 ≤ x ≤ 1
a) ]2, +∞ [ C.S. = [–1, 1]
b) ]–∞ , –1]
c) ]–∞ , 1[ ∪ ]2, +∞[ Cálculo auxiliar
+ +
d) ÈÍ –∞ , ÈÍ ∪ ÈÍ , +∞ ÈÍ
1 4 x2 – 1 = 0 ⇔ x2 = 1
Î 3Î Î3 Î ⇔ x = –1 ∨ x = 1 –1 – 1
e) ]–∞, 0[ ∪ ÈÍ , +∞ ÈÍ
1
Î2 Î
f) [–1, 0[

26
UNIDADE 3 Funções exponenciais

26 Determina o domínio de
cada uma das funções
d) 6x – 3x > 3x ⇔ 6x – 2 ¥ 3x > 0 definidas por:
⇔ 2x ¥ 3x – 2 ¥ 3x > 0 x
a) f(x) = x
e –1
⇔ 3x ¥ (2x – 2) > 0
∫ ∫ ∫92∫ x∫
b) g(x) = √∫3∫ –
⇔ 2x –2>0 (pois 3x > 0, ∀x ∈R) 1
c) h(x) =
⇔ 2x >2 (ex + 2)(125 – 5x)
x
⇔x>1
C.S. = ]1, +∞[
d) i(x) = √∫23 –– x1
e) j(x) = √∫–∫1∫6x∫ ∫ ∫+∫ ∫4x∫ ∫ +
∫ ∫ ∫2

e) –4x + 2x ≥ –2 ⇔ –(2x)2 + 2x + 2 ≥ 0

Considerando a mudança de variável 2x = y, obtém-se:


–y2 + y + 2 ≥ 0 ⇔ y ≥ –1 ∧ y ≤ 2

Cálculo auxiliar
–y2 + y + 2 = 0 ⇔ y = –1 ± √∫1∫ ∫–∫ 4
∫ ∫ ∫¥∫ ∫(∫–∫2∫) + 2
–1
–2
– –
⇔ y = –1 ± 3
–2
⇔ y = 2 ∨ y = –1

Voltando à variável x, tem-se:


2x ≥ –1 ∧ 2x ≤ 2

condição universal
⇔ 2x ≤ 2
⇔x≤1
C.S. = ]–∞, 1]

Esquematizando / Resumindo

Na resolução de uma inequação exponencial, devem seguir-se estes passos:


APRENDE FAZENDO
1.o passo: Sempre que possível, escrever as potências na mesma base, aplicando as Págs. 99 e 102
regras operatórias das potências. Exercícios 33 e 44

2.o passo: Obter uma desigualdade do tipo ax < ay ou ax ≤ ay ou ax > ay ou ax ≥ ay.


CADERNO DE EXERCÍCIOS
a x < ay ⇔ x < y


E TESTES
ax ≤ ay ⇔ x ≤ y Págs. 49 e 50
3.o passo: Se a > 1, aplicar x
a > ay ⇔ x > y Exercícios 12 e 18
ax ≥ ay ⇔ x ≥ y
ax < ay ⇔ x > y


PROFESSOR
ax ≤ ay ⇔ x ≥ y
Se 0 < a < 1, aplicar x
a > ay ⇔ x < y Soluções
ax ≥ ay ⇔ x ≤ y 26.
b) ÈÍ –∞,

a) R\{0} c) R\{3}
4.o passo: Resolver a inequação obtida no passo anterior. Î 4 ÍÎ
e) ÈÍ –∞, ÈÍ
1
5.o passo: Apresentar o conjunto-solução. d) [0, 3[
Î 2Î

27
TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas

h x hn
27 Calcula os seguintes 3.4. O limite lim ij1 + n ij = e x
limites.
h 5hn
a) lim i1 + i O teorema seguinte, que não será demonstrado, é uma ferramenta útil no cálculo de li-
j nj
h 5 hn mites de algumas sucessões.
b) lim i1 + i
j 2n j
h 1hn
c) lim i1 – i
j nj Teorema
y
h h
Seja f a função definida, em R\[–1, 0], por f(y) = i1 + 1 i . Tem se que:
3n
h 2h
d) lim i1 + i j yj
j nj
y
phn+1 h 1 h
h lim i1 + i = e
e) lim i1 + i y Æ ±∞ j yj
j nj
2
h 1 hn
f) lim i1 – i
j n2 j
hn + 7h n Uma consequência deste teorema é o resultado seguinte:
g) lim i i
jn + 4j

Teorema
n
lim i1 + x i = ex
h h
j nj

Para x ≠ 0:
n n n
lim i1 + x i = lim hi1 + 1
h h h x ¥x
h
= lim hi1 + 1
n
28
h
O valor de lim i1 +
1h2
i é: i i =
j j nj n n
2n j i i i i
(A) 4√∫e j x j j x j
(B) √∫e n x
(C) e2 = lim ÈÍ hi1 + 1 hx È
i Í =
n
Íi i Í
(D) e4
Îj x j Î

n x
= ÈÍlim hi1 + 1 hx È
i Í =
Í i n i Í
Î j x j Î

= ex

n
Para x = 0 também se verifica lim i1 + x i = ex.
h h
j nj

Os resultados anteriores e a propriedade seguinte, que iremos demonstrar ainda neste


tema, são ferramentas muito úteis para o cálculo de limites de algumas sucessões, como
terás oportunidade de observar nos exercícios resolvidos da página seguinte.
PROFESSOR

FEL12_2.7
Propriedade
Soluções Dadas duas sucessões de termos gerais, respetivamente, xn e yn tais que xn tem os
27.
1 termos todos positivos, lim xn = a e lim yn = b (a > 0 e b ∈R), tem-se que:
a) e5 b) e2 √∫e c)
e lim (xnyn) = ab
6 p 1 3
d) e e) e f) g) e
e
28. Opção (A)
Esta última propriedade estende-se ao caso em que a é zero ou +∞ e b é +∞ ou –∞.

28
UNIDADE 3 Funções exponenciais

Exercícios resolvidos

1. Calcula, caso existam, os seguintes limites.


h 1 hn h n h 2n h 1 h n2
a) lim i1 + i b) lim i c) lim i1 – i
j 5n j in – 3 ii j n + 1j
j 2j
h4 – n hn hn4 + n + 1 h n2 h 2 h n2 (*) grau de dificuldade elevado
d) lim i i e) (*) lim i i f) lim i1 – i
j4 + n j j n4 + 2n2 j j n4 j
29 Calcula, caso existam, os
h 4 + 3n h n
g) lim i i seguintes limites.
j 2+n j –n3
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 12.º ano hn3 – 1h
a) lim i i
j n3 j

Sugestão de resolução h n2 h 4n
b) lim i i
i n2 – 5 n i
h 1 hn j 4 j
(1∞) i i 1
h 1 hn i1 5 i
a) lim i1 + i = lim + = e5 hn – 2h
3n – 1
j 5n j j n j c) lim i i
j1 + nj
n
h 3n + 1h 4
h n h 2n d) lim i i
(1∞) i i j 3n + 2j
h n h 2n i n i h 1 h 2n 12n
b) lim i = lim = lim i i = lim = n

in – 3 ii in 3 ii i 3 i h 3 h 2n e) lim i
h1 – nh
i
i – i i i – i j1 + n j
j 2j jn 2n j i1 – 2 i i1 + 2 i
h 2 hn
j n j j n j f) lim i1 – i
j n2 j
= lim 1 = 1 = 1 = 1–3 = e3 h1 + n h n
i
Èh 3 h nÈ 2 È h 3 h nÈ 2 h –3 h2 e 2 ii
– – i 2 i g) lim i
i
Í 2 ii Í Í i
+ 2
i Í
je j j 1+nj
Í i1 + Í Ílim i1 i Í
Îj n j Î j n j Î n
Î h) lim i
h n+3 h
i
j 2n – 3 j
∞ n2 n2 n
(1 ) h 3n + 3 h
hn + 1 ¥ n + 1
= lim ÈÍ i1 + –1 i
h h n2 h h h n + 1È n + 1
c) lim i1 – 1 i = lim i1 + –1 i Í = i) lim i i
j 2n – 2 j
j n + 1j j n + 1j Îj n + 1j Î 2
h 2n2 + 4n + 1 h 3n +1
n2 j) lim i i
j n2 +2 j
= lim ÈÍ i1 + –1 i
h h n + 1 È lim n + 1
Í = (e–1)+∞ = 0
Îj n + 1j Î – 2n h n + 1
k) lim ÈÍ i + enÈÍ
h4
i
Î j 4 + 2n j Î
h hn
h4
i –
nhn h4
– 1i
hn
(–1)n i1 – 4 i
h4 – n hn in n ii i
in i
j nj
d) lim i i = lim = lim = lim
j4 + n j i4 ni i4 i
h hn
i + i i + 1i i1 + 4i
jn nj jn j j nj
h hn h hn
(–1)n i1 – 4 i i1 – 4i
j nj j nj –4
Se n par, lim = lim = e 4 = e–8
h hn h hn e
i1 + 4i i1 + 4i
j nj j nj PROFESSOR

h hn h hn
(–1)n i1 – 4 i – i1 – 4 i
(*) Os graus de dificuldade elevados
j correspondem a desempenhos que não
nj j nj e–4
Se n ímpar, lim = lim =– = – e–8 serão exigíveis à totalidade dos alunos.
h hn h hn e4
i1 + 4i i1 + 4i Soluções
j nj j nj
29.
Como encontramos duas subsucessões com limites distintos, concluímos que a) e b) e5 c) e–9
1

h hn
não existe lim i 4 – n i . d) e 12 e) Não existe. f) 1
j4 + n j g) 0 h) 0 i) +∞
(continua)
j) +∞ k) Não existe.

29
TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas

Cálculo auxiliar Exercícios resolvidos


n4 + 0n3 + 0n2 + n + 1 n4 + 2n2
–n 4
– 2n2
1 (1∞)
hn4 + n + 1 h n2 h 4 h n2 h 2 h n2
e) lim i i = lim in 4+ n + 21 i = lim i1 + –2n4 + n +2 1 i =
2
– 2n + n + 1 j n4 + 2n2 j j n + 2n j j n + 2n j
4
n +n+1 –2n2 + n + 1
hn
2
Assim, =1+ .
= lim hi1 + 1 =
n4 + 2n2 n4 + 2n2 i
i n4+ 2n2 i
j –2n2 + n + 1 j
30 Calcula, caso existam, os n4 + 2n2 –2n2 + n + 1 n2
1 h –2n2 + n + 1 ¥ ¥
seguintes limites. = lim hi1 + i
n4 + 2n2 =
2n – 1 i n + 2n2
4
i
h 3n – 2h n+1 j j
a) i i –2n2 + n + 1
j 4n + 1j
3n – 1 n4 + 2n2 –2n2 + n + 1
b) i
h 4n – 2 h n2 + 1
i = lim ÈÍ hi1 + 1 h –2n2 + n + 1 È
i Í
n2 + 2 =
j 3n + 1 j n4 + 2n2
Íi i Í
h 2n2 – 1 h 3n + 4
1 – 2n
Îj –2n2 + n + 1 j Î
c) i i
j n2 + 3 j n4 + 2n2 –2n2 + n + 1
Caderno de Apoio às Metas = lim ÈÍ hi1 + 1 h –2n2 + n + 1 È lim
i Í
n2 + 2 = e–2
Curriculares, 12.º ano n4 + 2n2
Íi i Í
Îj –2n2 + n + 1 j Î
Outro processo de resolução da
alínea g) ∞
h
f) lim i1 –
2 h n2 (1= ) lim È h1 – √∫2 h h1 + √∫2 h È n2 =
n lim n
i Íi ii iÍ
lim hi 4 + 3n hi = ÈÍ lim hi 4 + 3n hi ÈÍ = j n4 j n2 j j n2 j Î
j2+nj Î j 2 + n jÎ Îj
= 3+∞ = +∞
= lim i1 – √∫2 i lim i1 + √∫2 i = e–√∫2 e√∫2 = e0 = 1
h h n2 h h n2
j n j
2 j n j
2
31 Calcula, caso existam, os
seguintes limites. h4 3n h n h4 hn
i + + 3i
h 2n h
n
i (Recorda o
h 4 + 3n hn in n ii i
in i
a) i
j 5n + 1 j
g) lim i i = lim = lim =
j 2+n j i 2 n i i2 i
processo de resolução i + i i + 1i
j n n j jn j
deste exercício
utilizado no vol. 1, h 4 hn
h h h hn i i
página 148.)
i3 i1 + 4 ii 3n i1 + 3 i 4
2n + 1 j j 3n j j j n j +∞ ¥ e 3
h 3n2– 2 h 2 – 3n = lim = lim = = +∞
b) i i e2
h hn h hn
j n+3 j
i1 + 2i i1 + 2i
1 – 2n j nj j nj
h 2n2 – 1 h 3n + 4
c) i i
j n3 + 3 j
Caderno de Apoio às Metas 2. Calcula, caso existam, os seguintes limites.
Curriculares, 12.º ano
1 –2n2 + 2
a) lim i
h4 + 2n h – n2 b) lim i
h 4n2 + n h 3n2 + 1
APRENDE FAZENDO i i
j2 + 3n j j –n + n3 j
Págs. 98 e 100
Exercícios 25 e 35
Sugestão de resolução
CADERNO DE EXERCÍCIOS 1 h 1h
a) lim i
h4 + 2n h – n2 = È lim h 4 + 2n h È lim ij– n2 ij = lim h 2 h 0 = 1
E TESTES i Í i iÍ i i
j2 + 3n j Î j 2 + 3n j Î j3j
Pág. 49
Exercício 13
–2n2 + 2 –2n2 + 2
= ÈÍ lim
h 4n2 + n h 3n2 + 1 h 4n2 + n h È lim 3n2 + 1
b) lim i i i iÍ
PROFESSOR j –n + n3 j Î j –n + n3 j Î

Verifica-se que a sucessão que se encontra na base tende para 0 e a sucessão


Soluções
do que se encontra no expoente para – 2 . Logo, o limite é +∞.
2
9 –
30. a) b) 1 c) 2 3 3
16
31. a) 0 b) 0 c) +∞

30
UNIDADE 3 Funções exponenciais

eh – 1
3.5. O limite notável lim =1 32 Determina, se existirem,
hÆ0 h os seguintes limites.
ex – 1
h a) lim
A aplicação das propriedades operatórias dos limites a lim e – 1 conduz a uma inde- xÆ0 3x
hÆ0 h
h h h 1 – ex
terminação do tipo i 0 i e prova-se que lim e – 1 = 1. b) lim
xÆ0 x
j0 j hÆ0 h
e3x – 1
c) lim
xÆ0 x
Este limite faz parte de uma lista de limites que se designam por limites notáveis.
4x
d) lim
xÆ0 ex – 1
ex – e5
e) lim
xÆ5 x–5
Exercícios resolvidos
e – ex
f) lim
xÆ1 x–1
1. Determina, se existirem, os seguintes limites.
ex – 1
x 2ex – 2 e2x – 1 g) lim
a) lim b) lim c) lim xÆ0 e2x – 1
x Æ 0 ex – 1 xÆ0 7x xÆ0 x sen x
h) lim
ex – 1
d) lim
ex
– e3 e) lim
ex –1 f) lim
ex – e–x xÆ0

xÆ3 x–3 xÆ0 e4x – 1 xÆ0 x

Sugestão de resolução
0
x (0 ) 1 ex – 1 h
a) lim = =1=1 h
iLimite notável: lim = 1i
x
xÆ0 e – 1 ex – 1 1 j xÆ0 x j
lim
xÆ0 x

b) lim
2ex – 2 = lim 2(ex – 1) = 2 ¥ lim ex – 1 = 2 ¥ 1 = 2
xÆ0 7x xÆ0 7x 7 xÆ0 x 7 7

c) lim
e2x – 1 (=
0) h 2x h
lim i e – 1 ¥ 2i =
xÆ0 x x Æ 0 j 2x j

Consideremos a mudança de variável 2x = y: se x Æ 0, então y Æ 0.


h y h
= lim ie – 1 ¥ 2i =
yÆ0 j y j
y ey – 1 h
= 2 ¥ lim e – 1 h
iLimite notável: lim = 1i
yÆ0 y j yÆ0 y j

=2¥1=
=2
PROFESSOR
0

d) lim
ex – e3 (=
0)
lim e ¥ (e
3 x – 3 – 1)
= e3 ¥ lim e
x–3 – 1
= Simulador
xÆ3 x – 3 xÆ3 x–3 xÆ3 x–3 GeoGebra: Limites notáveis

Consideremos a mudança de variável x – 3 = y: se x Æ 3, então y Æ 0. FEL12_2.9


y
= e3 ¥ lim e – 1 =
yÆ0 y Soluções
= e3 ¥1=
32.
h ey – 1 h
= e3 iLimite notável: lim = 1i a)
1
b) –1 c) 3 d) 4
j yÆ0 y j 3
1
(continua) e) e5 f) –e g) h) 1
2

31
TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas

33 Determina o valor real de Exercícios resolvidos


k para o qual a função f é
contínua em x = 0, sendo:
x
ex – 1 lim e – 1


1 – ekx x
x
se x < 0 ex– 1 = lim x x Æ 0 1
f(x) = e) lim = = =
2x + 3 se x ≥ 0 xÆ0 e4x – 1 x Æ 0 e – 1 lim e – 1 lim e4x – 1 ¥ 4
4x 4x

x xÆ0 x xÆ0 4x

Consideremos a mudança de variável 4x = y: se x Æ 0, então 4x Æ 0.


34 Seja a um número real 1
diferente de 0. Qual é o = y =
aex – a – a
lim e – 1 ¥ 4
valor de lim ? yÆ0 y
xÆa x – a
2 2

1
(A)
1 = 1¥ =
4 y
lim e – 1
2a
1 yÆ0 y
(B)
2
(C) 1
= 1¥ 1= 1
4 1 4
(D) 2a
Adaptado de Exame Nacional de Outro processo
Matemática A, 2016, 1.ª fase
x h x h x
lim e – 1 = lim i e – 1 ¥ 4x1 i = lim ie – 1 ¥ x ¥ 4x4x i =
h h
x Æ 0 e4x – 1 xÆ0 j 1 e – 1j x Æ 0 j x 4x e – 1 j
x
= lim e – 1 ¥ lim x ¥ lim 4x4x = 1 ¥ 1 ¥
1
Outro processo de resolução da =
alínea f) xÆ0 x x Æ 0 4x xÆ0 e –1 4 lim e4x – 1
xÆ0 4x
ex – e–x = ex – 1 + 1 – e–x =
lim x lim x
xÆ0 xÆ0

x –x
Consideremos a mudança de variável 4x = y: se x Æ 0, então 4x Æ 0.
= lim hi e – 1 + 1 – e hi =
x x j 1
xÆ0 j
= 1¥ y
=
4 lim e – 1
x –x
= lim e – 1 + lim 1 – e =
xÆ0 x xÆ0 x yÆ0 y
–x
= 1 + lim e – 1 =
xÆ0 –x = 1¥ 1= 1
4 1 4
Consideremos a mudança de variável
–x = y: se x Æ 0, então y Æ 0.
y
= 1 + lim e – 1 = h x h
yÆ0 y e–x i e–x – 1i
ex – e–x je j –x 2x
=1+1= f) lim = lim = lim e (e – 1) =
=2
xÆ0 x xÆ0 x xÆ0 x
2x h 2x h
= lim e–x ¥ lim e – 1 = e0 ¥ lim i e – 1 ¥ 2i =
APRENDE FAZENDO xÆ0 xÆ0 x xÆ0 j 2x j

Págs. 100 e 106 h 2x h


Exercícios 36 e 55 = 1 ¥ lim i e – 1 ¥ 2i =
xÆ0 j 2x j

CADERNO DE EXERCÍCIOS
E TESTES Consideremos a mudança de variável 2x = y: se x Æ 0, então 2x Æ 0.
h y h
Pág. 49 = lim i e – 1 ¥ 2i =
Exercício 14 yÆ0 j y j

y
PROFESSOR =2 ¥ lim e – 1 =
yÆ0 y
Soluções =2¥1=
33. –3 =2
34. Opção (B)

32
UNIDADE 3 Funções exponenciais

3.6. Derivada da função exponencial de base e 35 Recorrendo à definição de


derivada de uma função
num ponto, determina:
Considera a função real de variável real definida por f(x) = ex.
a) f’(2), sendo f(x) = ex;
Seja x ∈R:
b) f’(3), sendo f(x) = e2x.
f’(x) = lim f(x + h) – f(x) =
hÆ0 h
x + h – ex
= lim e =
hÆ0 h
( 00 ) x h
36 Sendo h(x) = ep, o valor de
= lim e (e – 1) = h’(1) é:
hÆ0 h
(A) ep
= lim ÈÍ ex ¥ (e – 1) ÈÍ =
h
(B) 0
hÆ0 Î h Î
(C) pep – 1
h
= ex ¥ lim e – 1 (pois ex é uma constante.) (D) 1
hÆ0 h
h eh – 1 (limite notável)h
= ex ¥ 1 inota que: lim i
j hÆ0 h j
Recorda
= ex
Dadas uma função f,
Como x é um número real qualquer, conclui-se que f’(x) = ex, isto é: diferenciável num ponto
a ∈Df, e uma função real
(ex)’ = ex, ∀ x ∈R de variável real g,
diferenciável em f(a), a
Observa que a função derivada de ex é a própria função. função composta g o f é
diferenciável em a e:
Pelo teorema da derivada da função composta, vem que:
(g o f)’(a) = f’(a) ¥ g’(f(a))
(eu)’ = u’eu

Exercícios resolvidos

1. Determina uma expressão designatória da função derivada de cada uma das se-
guintes funções.
a) f(x) = e–5x

b) g(x) = e√∫x

c) h(x) = ex(–x4 – 5x3 + 2x + 9)

d) i(x) = –
x3
ex

e) j(x) =
ex – e–x
ex + e–x
PROFESSOR

Sugestão de resolução
FEL12_2.10
a) f’(x) = (–5x)’e–5x = –5e–5x
1 Soluções
b) g’(x) = (√∫x )’e√∫x =
1 ¥ x– 2 ¥ e√∫x = e√∫x 35.
2 2√∫x a) e2 b) 2e6
(continua)
36. Opção (B)

33
TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas

37 Determina uma expressão Exercícios resolvidos


designatória da função
derivada de cada uma das
seguintes funções. c) h’(x) = (ex)’ ¥ (–x4 – 5x3 + 2x + 9) + ex ¥ (–x4 – 5x3 + 2x + 9)’ =
a) f(x) = 6x2 + ex = ex(–x4 – 5x3 + 2x + 9) + ex(–4x3 – 15x2 + 2) =
b) g(x) = (x2 + 3x) ¥ ex = ex(–x4 – 5x3 + 2x + 9 – 4x3 – 15x2 + 2) =
c) h(x) =
2x = ex(–x4 – 9x3 – 15x2 + 2x + 11)
ex
d) i(x) = e2x – 7 d) i’(x) = –
(x3)’ ¥ ex – x3 ¥ (ex)’ = – 3x2 ¥ ex – x3 ¥ ex = – ex(3x2 – x3) = – 3x2 – x3
1 (ex)2 (ex)2 (ex)2 ex
x
e) j(x) = e
f) k(x) = 3ex + √∫x + x2
e) j’(x) =
(ex – e–x)’ ¥ (ex + e–x) – (ex – e–x) ¥ (ex + e–x)’ =
(ex + e–x)2
x x x – e–x) ¥ (ex – e–x)
= (e + e ) ¥ (e + e x ) – (e
–x –x
=
(e + e )2–x

x –x 2 x – e–x)2 2x x –x –2x 2x x –x –2x


Seja f a função definida,
= (e + e x) – (e = e + 2e e + e x – (e–x 2– 2e e + e ) =
38
em R, por f(x) = e2x + 3. –x
(e + e ) 2 (e + e )
a) Determina a equação 2x –2x e2x + 2 – e–2x
reduzida da reta
= e + 22x+ e x– –x = 2x 4 –2x
e + 2e e + e–2x e +2+e
tangente ao gráfico de f
no ponto de abcissa 0. 1
b) Determina a equação 2. Seja f a função definida, em R\{0}, por f(x) = e x + 3.
reduzida da reta
tangente ao gráfico de f a) Determina a equação reduzida da reta tangente ao gráfico de f no ponto de abcissa 1.
que é paralela à reta de b) Averigua se existe alguma reta tangente ao gráfico de f que seja paralela à bisse-
equação y = 2x.
triz dos quadrantes ímpares.

CADERNO DE EXERCÍCIOS Sugestão de resolução


E TESTES
Pág. 50 a) Seja t a reta tangente ao gráfico de f no ponto de abcissa 1. Sabemos que o
Exercício 15
declive da reta t é o valor da derivada de f em x = 1, isto é, m = f’(1) e, como
h 1 h’ 1 1 1
h h
PROFESSOR f’(x) = ije x + 3ij = i 1 i ’ ¥ e x + 0 = – 12 e x , então m = – 1 e 1 = –e.
jxj x 1
Ou seja, a equação reduzida da reta t é y = –ex + b, onde b é tal que f(1) =
Apresentação = –e ¥ 1 + b, uma vez que o ponto de coordenadas (1, f(1)) pertence à reta t.
“Funções exponenciais”
Teste interativo Assim:
“Funções exponenciais”
Simulador e + 3 = –e ¥ 1 + b ⇔ b = 2e + 3
GeoGebra: A exponencial e a reta Concluímos, assim, que y = –ex + 2e + 3 é a equação da reta tangente ao
tangente
gráfico de f no ponto de abcissa 1.
Soluções
37. b) Para a reta tangente ao gráfico de f ser paralela à bissetriz dos quadrantes
a) f’(x) = 12x + ex
ímpares terá que ter declive 1 e, portanto, terá de haver um ponto de tan-
b) g’(x) = (x2 + 5x + 3) ¥ ex
2 – 2x gência de coordenadas (x1, y1) tal que f’(x1) = 1:
c) h’(x) =
ex 1 1 1
d) i’(x) = 2e2x – 7 – 12 e x = 1 ⇔ 12 e x = –1, que é uma equação impossível, pois 12 e x > 0,
1
1 x x x
e) j’(x) = – 2 e x
x ∀ x ∈R\{0}.
h 1 h
f) k’(x) = 3 i1 + i ex + √∫x + 2x
j 2√∫x j Conclui-se, assim, que não há nenhuma reta tangente ao gráfico de f que
38. seja paralela à bissetriz dos quadrantes ímpares.
a) y = 2e3x + e3 b) y = 2x + 4

34
UNIDADE 4 Funções logarítmicas
UNIDADE 4 Funções logarítmicas

UNIDADE 4
Funções logarítmicas

4.1. Conceito de logaritmo


Consideremos as seguintes equações:

• 2x = 8 • 2x = 1 • 2x = 1
2
• 2x = 0 • 2x = –2 • 2x = 9

Em todas estas equações pretendemos descobrir o valor de x a que é preciso elevar o 2 y y = 2x


para obter o valor que está no segundo membro da igualdade: y=9

y=8
• 2x = 8 ⇔ 2x = 23 ⇔ x = 3 C.S. = {3}
Repara que 3 é o número a que tens que elevar 2 para obter 8. 1 y=1
1
2
• 2x = 1 ⇔ 2x = 2–1 ⇔ x = –1 C.S. = {–1} y=
1 x
2 2
Repara que –1 é o número a que tens que elevar 2 para obter 1 .
2 –2 y = –2

• 2x = 1 ⇔ 2x = 20 ⇔ x = 0 C.S. = {0}
Repara que 0 é o número a que tens que elevar 2 para obter 1.

• 2x = 0 Equação impossível C.S. = { }


Repara que não existe nenhum número ao qual se possa elevar o 2 para obter 0.

• 2x = –2 Equação impossível C.S. = { }


Repara que não existe nenhum número ao qual se possa elevar o 2 para obter –2.

• 2x = 9

Seguindo o mesmo raciocínio utilizado na resolução das equações das alíneas anteriores,
vem que:
2x = 2número a que devo elevar o 2 para obter 9

x = número a que devo elevar o 2 para obter 9

Este valor de x existe e é único!

Para o representar, usamos a notação log2(9) e lê-se “logaritmo de 9 na base 2”. PROFESSOR

Assim: Resolução
Todos os exercícios de “Funções
2x = 9 ⇔ x = log2(9) C.S. = {log2(9)} logarítmicas”

35
TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas

39 Calcula, sem recurso à Definição


calculadora.
a) log2(64) O logaritmo de um número positivo x numa dada base a, com a ∈R+\{1}, é o expoente
b) log2 i i
h1h a que é preciso elevar a base para obter esse número e representa-se por loga(x).
j2j
loga(x) = y ⇔ x = ay
( )
c) log3 √∫3
h 1h
d) log4 i i
j 16j
Designa-se o logaritmo de base 10 por logaritmo decimal, representando-o também
e) log 1 (32)
2 por log e designa-se o logaritmo de base e por logaritmo neperiano, representando-o
f) log√∫5(25) também por ln.
g) log2012(1)
h) log2012(2012) Exemplos
i) log12(1210)
j) 3log3(81) 1. log2(4) = 2, pois 22 = 4.

2. log10(100) = 2, pois 102 = 100.


40 Determina os valores que 3. log3(81) = 4, pois 34 = 81.
x pode tomar de modo
que cada uma das 4. log4(16) = 2, pois 42 = 16.
seguintes expressões tenha
h1h 1 .
significado em R. 5. log5 i i = –1, pois 5–1 =
j5j 5
a) log2(x + 1)
6. log6(1) = 0, pois 60 = 1.
b) log3(2x)
c) log4(x2) 7. log6(6) = 1, pois 61 = 6.
d) log(x2 + 1)
8. log7(73) = 3, pois 73 = 73.
e) ln (2 – x)
9. log8(84) = 4, pois 84 = 84.

10. loge(e2) = 2, pois e2 = e2.


41 Simplifica as seguintes
expressões, nos respetivos 11. 2log28 = 8.
domínios.
a) 31 + log3(x) 12. 9log9(10) = 10.

b) 43log4(x)
c) 56log5(x) – 2log5(x) Expressões como loga(0) e loga(–1) não têm significado em R, visto não existir nenhum
d) log3(9x) valor real x tal que ax = 0 ou ax = –1.

Qualquer que seja a base, não existe logaritmo de zero nem de um número negativo.
PROFESSOR
Da definição de logaritmo, resultam as seguintes propriedades:
FEL12_3.2

Soluções Propriedades
39.
1 Seja a um número real positivo diferente de 1. Tem-se:
a) 6 b) –1 c) d) –2 e) –5
2
f) 4 g) 0 h) 1 i) 10 j) 81
• loga(a) = 1
40. • loga(1) = 0
a) ]–1, +∞[ b) R+ c) R\{0}
d) R e) ]–∞, 2[ • ∀ x ∈R, loga(ax) = x
41.
• ∀ x ∈R+, aloga(x) = x
a) 3x b) x3 c) x4 d) 2x

36
UNIDADE 4 Funções logarítmicas

Demonstração 42 Escreve o número 13 na


• loga(a) representa, por definição, o expoente a que é preciso elevar o a para obter a. forma de um:

Como a1 = a, vem que: a) logaritmo de base 2;

loga(a) = 1 b) logaritmo de base 3;


c) logaritmo de base 5;
• loga(1) representa, por definição, o expoente a que é preciso elevar o a para obter 1. d) logaritmo de base 10;
Como a0 = 1, vem que: e) logaritmo de base e.
loga(1) = 0
• loga(ax) representa, por definição, o expoente a que é preciso elevar o a para obter ax.
Como ax = ax, vem que:
loga(ax) = x
• loga(x) representa, por definição, o expoente a que é preciso elevar o a para obter x. 43 Escreve o número 13 na
Naturalmente, se elevarmos a a esse expoente, obteremos x, isto é: forma de:
a) potência de base 2;
aloga(x) = x
b) potência de base 3;
c) potência de base 5;
d) potência de base 10;
Notas
e) potência de base e.
As duas últimas propriedades podem também ser lidas da seguinte forma:
1. Todo o número real x pode ser representado na forma de um logaritmo numa
qualquer base a ∈R+\{1}: loga(ax) = x, ∀ x ∈R.
2. Todo o número real positivo x pode representar-se na forma de uma potência com
Texas TI-84 Plus
qualquer base a ∈R+\{1}: aloga(x) = x, ∀ x ∈R+.
“Log” Æ ”Preencher (número,
base)” Æ ”ENTER”

Como calcular log2(9) com recurso à calculadora?

CASIO fx-CG10/20
“RUN” Æ “MAT (F4)” Æ “logab (F2)” Æ “Preencher (número, base)” Æ “EXE”

PROFESSOR

Soluções
Texas TI-nspire 42.
a) log2(8192)
“MENU” Æ “CTRL 10X” Æ “Preencher (número, base)” Æ “ENTER"
b) log3(1 594 323)
c) log5(1 220 703 125)
d) log(10 000 000 000 000)
e) ln(e13)
43.
a) 2log2(13) b) 3log3(13)
c) 5log5(13) d) 10log(13)
e) eln(13)

37
TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas

Contextualização histórica 4.2. Função logarítmica


Consideremos a função f: R → R+ definida por f(x) = ax, com a ∈R+\{1}.

Pelas propriedades das funções exponenciais, estudadas na unidade anterior, concluí-


mos que f é bijetiva, logo admite função inversa, f –1: R+ → R, que se designa por função
logarítmica de base a:
ax = y ⇔ x = loga(y)
John Napier (Neper) ⇔ f –1(y) = loga(y)
(1550-1617)
A invenção dos logaritmos
é atribuída a Napier, que Se utilizarmos x como variável independente:
se dedicou a procurar
f –1(x) = loga(x)
instrumentos para
simplificar cálculos
aritméticos. As suas Pelas propriedades estudadas no 10.º ano sobre a função inversa, sabes que:
descobertas permitiram
que se efetuassem, com f o f –1(x) = x, ∀ x ∈Df –1 e f –1 o f(x) = x, ∀ x ∈Df
rapidez e precisão,
operações como a
o que neste caso se traduz por:
multiplicação de dois
números com muitos aloga(x) = x, ∀ x ∈R+ e loga(ax) = x, ∀ x ∈R
algarismos ou uma
potenciação com
Definição
expoente fracionário.
Várias leis matemáticas e
diversos fenómenos A função definida por f(x) = loga(x), em R+, com a ∈R+\{1}, designa-se por função
físicos, químicos, logarítmica de base a e representa-se por loga.
biológicos e económicos
são descritos por funções
logarítmicas e pela sua
função inversa, a função A função logarítmica de base 10 representa-se por log e a função logarítmica de base e
exponencial.
representa-se por ln.
Graficamente, se a > 1, tem-se:

Recorda y y = ax

Os gráficos de duas y=x


funções inversas entre si,
quando representados no
mesmo referencial, são
simétricos em relação à y = loga(x)
reta de equação y = x
(bissetriz dos quadrantes
ímpares).

O x
PROFESSOR

FEL12_3.1
FEL12_3.2

38
UNIDADE 4 Funções logarítmicas

Observa em baixo as representações gráficas das funções logarítmicas de bases 2, e e 10: 44 Considera a função g
definida, em R+, por
y g(x) = log(x).
y = log2(x) a) Esboça os gráficos das
seguintes funções a
y = ln(x) partir do gráfico de g,
y = log(x) indicando as
transformações sofridas
pelo gráfico de g:
O 1 x i) g1(x) = g(x) + 2
ii) g2(x) = g(x – 1)
iii) g3(x) = g(x + 1) – 1
iv) g4(x) = –g(–x)
v) g5(x) = –|g(x)| + 2
b) Em cada caso, indica o
domínio, o
contradomínio e a
Conhecidas as propriedades das funções exponenciais, e definindo as funções logarít- equação da assíntota ao
micas como as respetivas funções inversas, é possível deduzir as propriedades abaixo. gráfico da função, caso
exista.

Algumas propriedades das funções logarítmicas de base superior a um


A função logarítmica de base a > 1 tem as seguintes propriedades principais:
1. Domínio: R+
2. Contradomínio: R
3. Variação: é crescente.
4. Zeros: tem um único zero, isto é, loga(x) = 0 ⇔ x = 1.
5. Sinal: é positiva em ]1, +∞[, isto é, loga(x) > 0 ⇔ x > 1.
é negativa em ]0, 1[, isto é, loga(x) < 0 ⇔ 0 < x < 1.
6. Injetividade: é injetiva.
7. Continuidade: é contínua.
8. lim loga(x) = +∞ e lim+ loga(x) = –∞.
x Æ +∞ xÆ0

9. Assíntotas: a reta de equação x = 0 é assíntota vertical ao gráfico da função.


PROFESSOR

Simulador
Vejamos uma justificação para cada uma das propriedades: GeoGebra: Transformações de gráficos
de funções logarítmicas
As propriedades 1. e 2. resultam imediatamente da definição de função logarítmica.
Soluções
44.
3. A função logarítmica de base a > 1 é crescente. a) Consultar na página 247.
b) Dg1 = R+; D’g1 = R; x = 0
Se loga(x1) ≥ loga(x2), então, como a função exponencial de base a > 1 é crescente,
Dg2 = ]1, +∞[; D’g2 = R; x = 1
aloga(x1) ≥ aloga(x2), ou seja, x1 ≥ x2. Dg3 = ]–1, +∞[; D’g3 = R; x = –1
Dg4 = R–; D’g4 = R; x = 0
Por contrarrecíproca, x1 < x2 ⇒ loga(x1) < loga(x2), e acabámos de provar que a função
Dg5 = R+; D’g5 = ]–∞, 2]; x = 0
loga(x) é crescente.

39
TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas

45 Considera a função, de
4. loga(x) = 0 ⇔ x = 1, pois loga(1) = 0.
domínio R+, definida por: Como a função logarítmica é bijetiva, 1 é o único zero.
f(x) = ex In(x)
Prova que a equação 5. Para a > 1:
f(x) = 500 tem, pelo
menos, uma solução no Em R+:
intervalo ]5, 6[.
• loga(x) > 0 ⇔ aloga(x) > a0 (pois a função exponencial de base a é crescente.)
Em eventuais cálculos
intermédios, sempre que ⇔x>1
procederes a
Ou seja:
arredondamentos,
conserva três casas loga(x) > 0 ⇔ x > 1, isto é, a função loga(x) é positiva em ]1, +∞[.
decimais.
• loga(x) < 0 ⇔ aloga(x) < a0 (pois a função exponencial de base a é crescente.)
⇔x<1
Ou seja:

46 Sejam a e b dois números loga(x) < 0 ⇔ 0 < x <1, isto é, a função loga(x) é negativa em ]0, 1[.
reais, com a > 1.
Seja f a função de domínio
]–b, +∞[ definida por 8. lim loga(x) = +∞ e lim+ loga(x) = –∞, a > 1
x Æ +∞ xÆ0
f(x) = loga(x + b).
Sabe-se que:
• o ponto (0, 2) pertence Sabemos que a função loga(x) é a função inversa da função exponencial de base a.
ao gráfico de f;
• o ponto (1, –2) pertence Sendo f(x) = ax, e sabendo que lim f(x) = +∞ e lim f(x) = 0+, facilmente concluímos
x Æ +∞ x Æ –∞
ao gráfico de f –1.
que lim f –1(x) = +∞ e lim+ f –1(x) = –∞, isto é, lim loga(x) = +∞ e lim+ loga(x) = –∞.
Determina os valores de a x Æ +∞ xÆ0 x Æ +∞ xÆ0

e b.

Observa, agora, as representações gráficas das funções logarítmicas de bases 1 , 1 e 1 :


2 e 10

O 1 x

y = log 1(x)
10

PROFESSOR y = log 1 (x)


e

FEL12_3.3 y = log 1 (x)


FEL12_3.4 2
FEL12_3.5
Solução
46. a = 2 e b = 4

40
UNIDADE 4 Funções logarítmicas

47 Na figura está
Algumas propriedades das funções logarítmicas de base maior que zero e menor representada, num
que um referencial o.n. xOy, parte
do gráfico da função f,
A função logarítmica de base 0 < a < 1 tem as seguintes propriedades principais: definida em ]–1, +∞[, por
f(x) = log1(x + 1).
1. Domínio: R+ 2

2. Contradomínio: R y
f
3. Variação: é decrescente.
4. Zeros: tem um único zero, isto é, loga(x) = 0 ⇔ x = 1.
O 7
5. Sinal: é positiva em ]0, 1[, isto é, loga(x) > 0 ⇔ 0 < x < 1. –1 x
é negativa em ]1, +∞[, isto é, loga(x) < 0 ⇔ x > 1.
B A
6. Injetividade: é injetiva. Está também representado
um triângulo retângulo
7. Continuidade: é contínua.
[ABO].
8. lim loga(x) = –∞ e lim+ loga(x) = +∞. Sabe-se ainda que o ponto
x Æ +∞ xÆ0
A pertence ao gráfico de f
9. Assíntotas: a reta de equação x = 0 é assíntota vertical ao gráfico da função. e tem abcissa 7 e que o
ponto B pertence ao eixo
das ordenadas.
Determina a área do
Vejamos uma justificação para cada uma das propriedades:
triângulo [ABO].
As propriedades 1. e 2. resultam imediatamente da definição de função logarítmica.
3. A função logarítmica de base 0 < a < 1 é decrescente.
Se loga(x1) ≤ loga(x2), então, como a função exponencial de base 0 < a < 1 é decres-
cente, aloga(x1) ≥ aloga(x2), ou seja, x1 ≥ x2.
Por contrarrecíproca, x1 < x2 ⇒ loga(x1) > loga(x2), e acabámos de provar que a função
loga(x) é decrescente.
4. loga(x) = 0 ⇔ x = 1, pois loga(1) = 0 e, como a função logarítmica é bijetiva, 1 é o
único zero.
5. Para 0 < a < 1:
Em R+:
• loga(x) > 0 ⇔ aloga(x) < a0 (pois a função exponencial de base a é decrescente.)
⇔x<1
Ou seja, loga(x) > 0 ⇔ 0 < x < 1, isto é, a função loga(x) é positiva em ]0, 1[.
• loga(x) < 0 ⇔ aloga(x) > a0 (pois a função exponencial de base a é decrescente.)
⇔x>1
Ou seja, loga(x) < 0 ⇔ x > 1, isto é, a função loga(x) é negativa em ]1, +∞[.
PROFESSOR
8. lim loga(x) = –∞ e lim+ loga(x) = +∞, 0 < a < 1
x Æ +∞ xÆ0 FEL12_3.3
FEL12_3.4
Sabemos que a função loga(x) é a função inversa da função exponencial de base a. FEL12_3.6
Solução
Sendo f(x) = ax, e sabendo que lim f(x) = +∞ e lim f(x) = 0+, facilmente concluímos 21
x Æ +∞ x Æ –∞ 47.
2
que lim f –1(x) = +∞ e lim+ f –1(x) = –∞, isto é, lim loga(x) = +∞ e lim+ loga(x) = –∞.
x Æ +∞ xÆ0 x Æ +∞ xÆ0

41
TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas

48 Determina o valor de x Exercícios resolvidos


que satisfaz cada uma das
seguintes igualdades. 1. Determina o valor de x que satisfaz cada uma das seguintes igualdades.
a) log2(x) = 4
a) log2(x) = 3 b) log(x) = 4
b) ln(x) = 5
c) ln(x) = 1 c) ln (x) = 5 d) 3x = 6
d) ln(x) = 0
e) 10x = 7 f) ex = 8
e) ln(x) = –2
f) log(x) = 3
Sugestão de resolução
g) 4x = 3
h) 10x = 4 Sabemos que loga(x) = y ⇔ x = ay. Assim:
i) ex = 6
a) log2(x) = 3 ⇔ x = 23 ⇔ x = 8
j) ex = –2

b) log(x) = 4 ⇔ x = 104 ⇔ x = 10 000

c) ln (x) = 5 ⇔ x = e5

49 A fórmula H(d) = 221 – 0,2d, d) 3x = 6 ⇔ x = log3(6)


com H expresso em horas
e d em decibéis, é usada e) 10x = 7 ⇔ x = log(7)
em alguns países para
calcular o número f) ex = 8 ⇔ x = ln (8)
máximo de horas de
trabalho diário de um
trabalhador, em função do
2. O nível N de um som, medido em decibéis, é função da sua intensidade I, medida
nível de ruído produzido
no local de trabalho. em watt por metro quadrado, de acordo com a igualdade N = 120 + 10 log (I).
a) Qual deve ser o número a) Numa estrada com muito trânsito verifica-se que o som tem uma intensidade
máximo de horas de
de 0,5 watt por metro quadrado. Qual é o nível de som produzido? Apresenta
trabalho diário numa
fábrica em que o nível o resultado em decibéis, arredondado às unidades.
de ruído produzido é
b) Um som é considerado ensurdecedor se o seu nível estiver entre 100 e 120 de-
100 decibéis?
cibéis. Qual é a menor intensidade de som para que este seja considerado en-
b) O horário diário de
trabalho de um surdecedor?
funcionário de uma
determinada fábrica é
de 8 horas. Qual é o Sugestão de resolução
máximo de ruído que,
a) Pretende-se saber o valor de N quando I = 0,5:
segundo este modelo,
esse trabalhador deve N = 120 + 10 log (0,5) ≈ 117
tolerar? O nível de som produzido é de aproximadamente 117 decibéis.

b) Como a função log é crescente, para determinar qual é a menor intensidade


PROFESSOR de som para que este seja considerado ensurdecedor, basta resolver a equa-
Soluções
ção 120 + 10 log (I) = 100:
48.
a) 16 b) e5 c) e d) 1 e) e–2
120 + 10 log (I) = 100 ⇔ log (I) = 100 – 120 ⇔ log (I) = –2 ⇔ I = 10–2
10
f) 1000 g) log4(3) h) log(4)
i) ln (6) j) Não existe. Conclui-se assim que a menor intensidade de som para que este seja consi-
49. derado ensurdecedor é 10–2 watt por metro quadrado.
a) 2 horas b) 90 decibéis

42
UNIDADE 4 Funções logarítmicas

4.3. Propriedades algébricas dos logaritmos 50 Exprime em função de In(5):


a) In(125)
Sejam x e y dois números reais positivos quaisquer e a, b ∈R+\{1}. Então: h 25 h
b) In i i
j √∫5 j
• loga(x ¥ y) = loga (x) + loga (y) (
c) In(65) – 2 In √∫1∫3 )
Demonstração h√∫1∫2∫5 h
d) In(p) + In i i
j p j
Tem-se que aloga(x ¥ y) = x ¥ y = aloga(x) ¥ aloga(y) = aloga(x) + loga(y)
Então, aloga(x ¥ y) = aloga(x) + loga(y).

Dado que a função exponencial de base a é injetiva, tem-se que:


loga(x ¥ y) = loga (x) + loga (y)

hxh 51 Escreve a expressão


• loga i i = loga (x) – loga (y)
jyj 1 h8h
log (2√∫1∫0) – log i i –
3 j10 j
Demonstração h 3 h –1
– log i i na forma
hxh
i i x aloga(x) j10 j
Tem-se que aloga j y j = = = aloga(x) – loga(y)
y aloga(y) a + log(b), com a e b
hxh números racionais.
Então, aloga j y j = aloga x – loga y.
i i

Como a função exponencial de base a é injetiva, tem-se que:


loga i x i = loga(x) – loga(y)
h h
jyj

• loga(xp) = p ¥ loga (x), p ∈R


Demonstração
p
Tem-se que aloga(xp) = xp = (aloga x) = aploga(x)
Então, aloga(xp) = aploga(x).

Dado que a função exponencial de base a é injetiva, tem-se que:


loga xp = p ¥ loga (x)
Caso particular

h h
• loga i 1 i = –loga(x)
jxj

h h
loga i 1 i = loga(x –1) = –1 ¥ loga(x) = –loga(x)
jxj
PROFESSOR

FEL12_3.7
• loga(x) = logb(x) (mudança de base) FEL12_3.8
logb(a)
Soluções
Demonstração 50.
3
Tem-se que x = aloga(x) ⇔ logb(x) = logb(aloga(x)) a) 3ln(5) b)
2
ln(5)
⇔ logb(x) = loga(x) ¥ logb(a) (pela 3.a propriedade) 3
c) ln(5) d) ln(5)
2
⇔ loga(x) = logb(x) 1
logb(a) 51. –
6
+ log(3)

43
TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas

52 Indica, justificando, qual é A propriedade seguinte permite-nos escrever uma exponencial de qualquer base numa
o valor lógico de cada uma exponencial de base e. Seja agora a > 0 e x ∈R.
das afirmações seguintes.
• ax = ex ln(a)
a) O logaritmo de um
número positivo pode Demonstração
ser negativo.
hah ax = (eln(a))x = ex ln(a)
b) log i i existe sempre,
jbj
∀a, b ∈R\{0}.
Exercícios resolvidos
hah
c) log i i só existe se a e
jbj
b forem positivos. 1. Exprime em função de In(2) e In(3).
d) Se k < 0, a função f a) In(32)
definida por
f(x) = log(|k|x) tem b) In(–2)4
domínio R\{0}.
h 32 h
e) Se a > 0 e b > 0, então c) In i16
j √∫ 27 i
j
log(a) + log(b) = log(a + b).
f) Se a > 0 e b > 0, então
log(a) : log(b) = log(a : b). Sugestão de resolução
g) Se a > 0, então
log(√∫a) = (log(a))0,5. a) In(32) = In(25) = 5 In(2)
Adaptado de Brochura Funções
12.o ano, Ministério da Educação
b) In(–2)4 = In(16) = In(24) = 4 In(2)

53 Calcula, sem recurso à ERRO TÍPICO


calculadora, o valor de:
a) log2(12) + log2(20) –
– log2(15) Observa um erro que pode ser cometido na resolução desta alínea:

b)
1 h4h
log5(16) – log5 i i
ln(–2)4 = 4 ln(–2)
2 j5j
ln(–2) nem sequer tem significado como número real!
c) ln(64) – 2ln(4) +
+ 5 ln(2) – ln(27) O erro resultou da aplicação da propriedade loga(xp) = p ¥ loga(x), sem o cui-
d) log3 i
h 2726 ¥ 321 ¥ √∫2∫4∫3 h dado de verificar se x ∈R+.
i
j 3√∫8∫1 ¥ 950 j

h 32 h = In(16) + In h 32 h =
PROFESSOR c) In i16
j √∫ 27 i
j
i i
j 27 j √∫
FEL12_3.9 1
h h 2
= In(24) + In i 32 i =
j 27 j
Soluções
52. = 4 In(2) + 1 (In(32) – In(27)) =
a) Afirmação verdadeira. 2
b) Afirmação falsa.
c) Afirmação falsa. = 4 In(2) + 1 In(25) – 1 In(33) =
2 2
d) Afirmação falsa.
e) Afirmação falsa. = 4 In(2) + 5 In(2) – 3 In(3) =
f) Afirmação falsa. 2 2
g) Afirmação falsa.
= 13 In(2) – 3 In(3)
53. 2 2
1
a) 4 b) 1 c) 0 d)
6

44
UNIDADE 4 Funções logarítmicas

54 Considera que para certos


2. Para certos valores de a e de b (a > 1 e b > 1), tem-se loga(ab4) = 6. Qual é, para valores de a, b e c (a > 1,
esses valores de a e de b, o valor de logb(a)? b > 1 e c > 1) se tem
loga(b) = x e loga(c) = y.
Escreve em função de x e
Sugestão de resolução de y:
a) loga(bc3)
Para a > 1 e b > 1, tem-se que:
h b2 h
b) loga i i
loga(ab4) = 6 ⟺ loga(a) + loga(b4) = 6 jcj

⟺ 1 + 4 loga(b) = 6 (
c) logb a√∫b )
⟺ loga(b) = 5
4
55 Sabendo que 2x = 3y e
Aplicando a propriedade de mudança de base, tem-se que: x + y = 2, mostra que
loga(b) = logb(b) = 1 x=
In(9)
.
logb(a) logb(a) In(6)

Logo:
loga(b) = 5 ⟺ 1 = 5 Recorda
4 logb(a) 4
Duas funções f e g, com o
Assim: mesmo conjunto de
chegada, dizem-se iguais se:
logb(a) = 4
5 • Df = Dg
• f(x) = g(x), ∀ x ∈Df

3. Verifica se as funções f e g são iguais e representa-as graficamente.


56 Verifica se as funções f e g
a) f(x) = In(x2) e g(x) = 2 In(x) são iguais e representa-as
b) f(x) = In(x3) e g(x) = 3 In(x) graficamente.
a) f(x) = log(x2) e
c) f(x) = In[x(x + 1)] e g(x) = In(x) + In(x + 1) g(x) = 2log(x)
b) f(x) = log(x2) e
d) f(x) =
h
In i x h e g(x) = In(x) – In(x + 1)
i g(x) = 2log|x|
jx + 1j
( )
c) f(x) = log √∫x e
1
g(x)= log(x)
Sugestão de resolução 2
d) f(x) = log[x(x + 2)] e
a) Df = {x ∈R: x2 > 0} = R\{0} Dg = {x ∈R: x > 0} = R+
g(x) = log(x) + log(x + 2)
y y hx
+ 2h
e) f(x) = log i i e g(x) =
jx
+ 1j
f g = log(x + 2) – log(x + 1)

–1 O 1 x O 1 x
PROFESSOR

Resolução
Essencial para o Exame – exercício 54

Soluções
Df ≠ Dg, logo f e g não são iguais. Porém, f(x) = g(x), ∀ x ∈R+, ou seja, g é 54.
1 1
uma restrição de f ao conjunto R+. a) x + 3y b) 2x – y
x 2
+c)
(continua)
56. Consultar na página 248.

45
TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas

57 Mostra que: Exercícios resolvidos


( )
a) log(x5) + log √x∫ – log(x2) =
7
= log(x), ∀x ∈R+ b) Df = {x ∈R: x3 > 0} = R+ Dg = {x ∈R: x > 0} = R+
2
b) In(4 – x) + In(4 + x) =
y y
= In(16 – x2), ∀x ∈]–4, 4[
1 f g
c) 4 In(2) + In(25x) =
2
= In(80√∫x ), ∀x ∈R+ O 1 x O 1 x
d) 2 log (x) + 3 =
= log(1000x2), ∀x ∈R+
e) 2 log |x| – log(x + 2) =
h x2 h
= log i i,
jx + 2j
∀x ∈]–2, 0[ ∂ ]0, +∞[
Df = Dg e f(x) = g(x), ∀ x ∈R+, ou seja, as funções são iguais.

c) Df = {x ∈R: x(x + 1) > 0} = ]–∞, –1[ ∂ ]0, +∞[


Cálculo auxiliar

x(x + 1) = 0 ⇔ x = 0 ∨ x + 1 = 0
⇔ x = 0 ∨ x = –1
Dg = {x ∈R: x > 0 ∧ x + 1 > 0} = {x ∈R: x > 0 ∧ x > –1} = R+

y = x2 + x y y

+ +
–1 _ 0 f g

–1 O x O x

Df ≠ Dg, logo f e g não são funções iguais. Porém, f(x) = g(x), ∀ x ∈R+, ou
seja, g é uma restrição de f ao conjunto R+.

a
d) Df = bx ∈R:
x > 0a = ]–∞, –1[ ∂ ]0, +∞[
b
Cálculo auxiliar c x+1 c

x –1 0 Dg = {x ∈R: x > 0 ∧ x + 1 > 0} = {x ∈R: x > 0 ∧ x > –1} = R+


x – – – 0 + y y
x+1 – 0 + + +
x
+ n.d. – 0 +
x+1
–1 O x O x
f g

APRENDE FAZENDO
Págs. 94, 95, 97, 113 e 114
Exercícios 5, 6, 12, 22, 23,
79 e 82
Df ≠ Dg, logo as funções não são iguais. Porém, f(x) = g(x), ∀ x ∈R+, ou seja,
CADERNO DE EXERCÍCIOS g é uma restrição de f ao conjunto R+.
E TESTES
Pág. 52
Exercício 21

46
UNIDADE 4 Funções logarítmicas

Precauções a ter na utilização das propriedades operatórias dos logaritmos 58 Sendo a, b e c números
h h reais positivos, prova que:
• As propriedades loga(A ¥ B) = loga(A) + loga(B) e loga i A i = loga(A) – loga(B) só são válidas
jBj hah hbh
a) log i i + log i i +
quando A e B tomam valores positivos. jbj jcj

Quando no logaritmo surgem expressões com variáveis, deves ter em consideração hch
+ log i i = 0
jaj
que A ¥ B e A podem tomar valores positivos, sendo A e B ambos negativos. Assim,
B b) logb(a) ¥ logc(b) ¥
h h
loga(A ¥ B) e loga i A i existem e loga(A) e loga(B) podem não existir. ¥ loga(c) = 1
jBj
ln(√∫ea) a
• A propriedade loga (Ap) = p ¥ loga(A), p ∈R também só é válida quando A é um valor c) =
4
2
positivo. Repara que se p for um número par, Ap pode ser positivo sem que A o seja.
Assim, loga(Ap) existe e p ¥ loga(A) pode não existir.
59 Seja f a função definida,
em R+, por
4.4. Resolução de algumas equações e inequações f(x) = log(10x3) – log(x).
a) Mostra que
com logaritmos f(x) = 1 + 2 log(x),
para qualquer x ∈R+.
Equações com logaritmos b) Determina, sem
recorrer à calculadora,
Quando estudámos as propriedades da função logarítmica, referimos que esta função a abcissa do ponto de
interseção do gráfico de
é injetiva. Assim, tem-se que: f com a reta de equação
loga(x) = loga(y) ⇔ x = y, ∀x, y ∈R+ y = 11.

Na prática, esta propriedade utiliza-se muitas vezes na resolução de equações envolvendo


logaritmos, já que se dois números têm o mesmo logaritmo, então esses números são iguais.
60 Resolve, em R, as
Uma outra equivalência muito útil na resolução de equações com logaritmos, e que re- equações.
sulta do conceito de logaritmo, é a seguinte: a) log6(3x + 2) =

loga(x) = y ⇔ x = ay = log6(2x + 5)
b) log2(x + 1) =
Recorda que já utilizaste esta equivalência na resolução de equações simples que en- = log2(x2 + x)
volviam exponenciais e logaritmos. c) In(3x – 5) = In(7)
d) log(x2 – 3x – 10) =
Exercício resolvido
= log(2 – 2x)
e) log3(2x + 1) = 4
Resolve, em R, as equações.
f) log3(2x2 + 3x – 1) = 2
a) log2(5x + 1) – 4 = 0 b) 1 – log(x + 1) = log(x – 2)
g) log2(2x2 + 5x + 4) = 4
c) log2(x) – log4(x) = –3 d) In (x2) = 2 In(3) h) log5((x – 1)2) = 2

Sugestão de resolução
PROFESSOR
a) Como em R apenas os números positivos têm logaritmo, faz-se:
a
D = {x ∈R: 5x + 1 > 0} = bx ∈R: x > – 1 b = ÈÍ – 1 , +∞ ÈÍ
a Soluções
c 5c Î 5 Î 59.
log2(5x + 1) – 4 = 0 ⇔ log2(5x + 1) = 4 ⇔ 5x + 1 = 24 ∧ x > – 1 b) 105
5 60.
⇔ 5x = 15 ∧ x > – 1 a) {3} b) {1} c) {4} d) {–3}
5
⇔x=3 ∧ x>– 1 a –3 – √∫8∫9 –3 + √∫8∫9 a
e) {40} f) b , b
5 c 4 4 c
C.S. = {3} (continua) a 3a
g) b–4, b h) {–4, 6}
c 2c

47
TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas

61 Resolve, em R, as Exercício resolvido


seguintes equações.
a) 103log(x – 2) = 125
b) D = {x ∈R: x + 1 > 0 ∧ x – 2 > 0} = {x ∈R: x > –1 ∧ x > 2}
b) 2 log5(3x + 2) = log5(x2) = {x ∈R: x > 2} =
c) In(x2 – 9) – In(x – 3) = 0 = ]2, +∞[
1
d)
3
log(x) + log(3) = log(5) 1 – log(x + 1) = log(x – 2) ⇔ log(x – 2) + log(x + 1) = 1
⇔ log[(x – 2) ¥ (x + 1)] = 1 ∧ x > 2
e) log(x + 3) + log(x) =
= log (28) ⇔ (x – 2) ¥ (x + 1) = 101 ∧ x > 2
⇔ x2 + x – 2x – 2 = 10 ∧ x > 2
f) log(x + 1) – log(x) = log(3)
⇔ x2 – x – 12 = 0 ∧ x > 2
g) log2(x) + log4(2x) = 4
⇔ x = 1 ± √∫(∫–∫1∫)∫ ∫ –∫ ∫ ∫4∫ ∫¥∫ ∫1∫ ∫¥∫ ∫(∫–∫1∫2∫) ∧ x > 2
2
h) log22(x) – log2(x) – 2 = 0 2¥1
i) log √∫2(3x
2
– 4x – 17) = ⇔x= 1 ± 7 ∧ x>2
= log √∫2(2x2 – 5x + 3) 2
⇔ (x = –3 ∨ x = 4) ∧ x > 2
j) log [(x + 2)(x – 7)] +
hx + 2 h
C.S. = {4}
+ log i i =2
jx – 7j

ERRO TÍPICO

Observa um dos erros mais comuns na resolução do exercício anterior:


1 – log(x + 1) = log(x – 2) ⇔ log(x – 2) + log(x + 1) = 1
⇔ log[(x – 2) ¥ (x + 1)] = 1
⇔ (x – 2) ¥ (x + 1) = 101
⇔ x2 + x – 2x – 2 = 10
⇔ x2 – x – 12 = 0
⇔ x = 1 ± √∫(∫–∫1∫)∫ ∫ ∫–∫ 4
2 ∫ ∫¥ ∫ ∫1
∫ ∫¥
∫ ∫ (∫ ∫–∫1∫2∫)
2¥1
⇔x= 1 ± 7
2
⇔ x = –3 ∨ x = 4
C.S = {–3, 4}

ERRO!

Como o domínio da expressão log(x – 2) + log(x + 1), que é ]2, +∞[, está contido
no domínio de log[(x – 2) ¥ (x + 1)], que é ]–∞, –1[ ∂ ]2, +∞[, ao fazer a substi-
tuição da primeira expressão pela segunda estamos a “alargar” o domínio, o que
faz com que as duas expressões não sejam equivalentes.
PROFESSOR
Assim, torna-se imprescindível a interseção das soluções obtidas com o domínio
Soluções da expressão inicial.
61.
a 1a Repara que, nesta resolução, não foi determinado previamente o domínio,
a) {7} b) b– b c) ∅
c 2c tendo o valor –3 surgido como uma solução, quando nem sequer faz parte do
a125a a1a
d) b b e) {4} f) b b domínio.
c 27 c c2c
a 1a
g) {4, 3√∫2} h) b4, b i) {–5, 4}
c 2c
j) {8, –12}

48
UNIDADE 4 Funções logarítmicas

62 Seja g(x) = log5(x + 6).


Determina para que
c) D = {x ∈R: x > 0} = ]0, +∞[ valores de x a função g
log2(x) – log4(x) = –3 ⇔ log2(x) – log2(x) = –3 ∧ x > 0 toma valores:
log2(4)
a) nulos;
⇔ log2(x) – log2(x) = –3 ∧ x > 0 b) positivos;
2
c) negativos.
⇔ 2 ¥ log2(x) – log2(x) = –6 ∧ x > 0
⇔ log2(x) = –6 ∧ x > 0
⇔ x = 2–6 ∧ x > 0
⇔x= 1 ∧ x>0
64
a 1 a
C.S. = b b
c 64 c

d) D = {x ∈R: x2 > 0} = R\{0} Graficamente


In (x2) = 2 In(3) ⇔ In (x2) = In(9) ⇔ x2 = 9 ∧ x ≠ 0
y
⇔ (x = –3 ∨ x = 3) ∧ x ≠ 0 y = In(x2)

C.S. = {–3, 3}
y = 2 ln(3)
–3 O 3 x
ERRO TÍPICO

Um dos erros mais comuns na resolução do exercício anterior é:


In (x2) = 2 In(3) ⇔ 2 In (x) = 2 In(3) ⇔ In x = In(3) ⇔ x = 3 C.S.
 = {3}
ERRO!
Ao fazer a substituição da expressão In(x2) pela expressão 2 In(x), estamos a passar
de uma expressão com domínio R\{0} para uma expressão de domínio R+, o
Nota
que faz com que as duas expressões não sejam equivalentes, para além de poder
provocar a perda de soluções. Assim, nunca se deve substituir uma expressão ln(x2) = 2 ln (3)
por outra de domínio “mais restrito”. ⇔ 2 ln (|x|) = 2 ln (3)

Repara que, nesta resolução, se perdeu a solução x = –3. ⇔ ln (|x|) = ln (3)

Se substituísses a expressão ln(x2) por 2 ln (|x|), a perda de solução não teria ⇔ |x| = 3 ∧ x ≠ 0

ocorrido (ver resolução alternativa na nota ao lado.) ⇔ x = 3 ∨ x = –3

Esquematizando / Resumindo
APRENDE FAZENDO
Na resolução de uma equação envolvendo logaritmos, deves seguir estes passos: Págs. 95, 97, 101 e 113
Exercícios 11, 21, 38, 77 e
1.o passo: Determinar o domínio da expressão que envolve logaritmos. 81
2.o passo: Caso haja logaritmos de bases diferentes, aplicar a regra de mudança de CADERNO DE EXERCÍCIOS
base e escrever todos os logaritmos na mesma base. E TESTES
Pág. 51
3.o passo: Utilizar as propriedades operatórias dos logaritmos, com precaução, de Exercício 20
forma a obter uma expressão do tipo loga(x) = loga(y) ou loga(x) = z.
4.o passo: Aplicar loga(x) = loga(y) ⇔ x = y ou loga(x) = z ⇔ x = az. PROFESSOR
5.o passo: Resolver a equação obtida no passo anterior.
Soluções
6.o passo: Intersetar as soluções da equação anterior com o domínio da expressão 62.
inicial e apresentar o conjunto-solução. a) {–5} b) ]–5, +∞[ c) ]–6, –5[

49
TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas

63 Determina o conjunto- Inequações com logaritmos


-solução das seguintes
inequações. Quando estudámos as propriedades da função logarítmica, referimos que esta função
a) log(4x) < log(5) é monótona. Assim, tem-se que:
b) ln(3x2 – x) ≤ ln(x + 1)
• se a > 1, então a função é estritamente crescente, logo loga(x) < loga(y) ⇔ x < y, ∀ x, y ∈R+;
c) log 1 (3x – 1) ≥ log 1 (2x + 3)
2 2 • se 0 < a < 1, então a função é estritamente decrescente, logo loga(x) < loga(y)
d) log 1 (x + 5) > 0 ⇔ x > y, ∀ x, y ∈R+.
2

Na prática, esta propriedade usa-se frequentemente na resolução de inequações que


64 Resolve, em R, as envolvem logaritmos.
seguintes inequações.
a) log(x – 1) + log(x + 2) <
< log(6) Exercício resolvido
b) log(x) + log(x + 1) <
< log(2x + 6) Resolve, em R, as inequações.
c) log2(x – 1) ≤ 5 – a) log(2x) < log(7) b) In(3 – x) ≥ –1 c) log 1 (x + 1) < 4
– log2(13 – x) 2

d) 2 < log2(3x + 2) – d) log2(x + 3) ≤ 5 – log2(4 – x) e) log2(x2 + x) – log2(x) ≤ 1


– log2(1 – 2x)
h1h
e) log4(x2 – x) > log0,25 i i
j6j Sugestão de resolução
f) log2(2 – x) < log0,5(x + 1)
3h a) D = {x ∈R: 2x > 0} = {x ∈R: x > 0} = R+
h
g) log0,5 ix2 – x – i >2–
j 4j log(2x) < log(7) ⇔ 2x < 7 ∧ x > 0 ⇔ x < 7 ∧ x > 0
– log2(5) 2
ln(x) – 2 C.S. = ÈÍ 0, 7 ÈÍ
h) ≥0 Î 2Î
3x – 27
i) (ln(x))2 – ln(x2) > 0
j) |2 + log2(x)| ≥ 3 b) D = {x ∈R: 3 – x > 0} = {x ∈R: 3 > x} = ]–∞, 3[
k) –3(log3(x))2 – 5 log3(x) + In(3 – x) ≥ –1 ⇔ In(3 – x) ≥ In(e–1) ⇔ 3 – x ≥ e–1 ∧ x < 3
+2≥0
⇔ –x ≥ 1 – 3 ∧ x < 3
e
PROFESSOR ⇔x≤– 1 +3 ∧ x<3
e
Soluções È 1 È
C.S. = Í –∞, 3 – Í
63. Î eÎ
a) ÈÍ 0,
5È È 1È
Í b) Í –1, – 3 Í ∪ [1, +∞[
Î 4Î Î Î
c) D = {x ∈R: x + 1 > 0} = {x ∈R: x > –1} = ]–1, +∞[
È 1
c) Í , 4ÍÈ d) ]–5, –4[
Î3 Î h 1h
log 1 (x + 1) < 4 ⇔ log 1 (x + 1) < log 1 i i
64. 2 2 2 j16j

a) ÈÍ 1,
–1 + √∫3∫3 È
Î 2
Í
Î
b) ]0, 3[ ⇔ x + 1 > 1 ∧ x > –1 (pois y = log 1 (x + 1) é uma função
16 2
d) ÈÍ
2 1È
c) ]1, 13[ , Í estritamente decrescente.)
Î 11 2Î
e) ]–∞, –2[ ∪ ]3, +∞[
⇔ x > 1 – 1 ∧ x > –1
f) ÈÍ 1,
1 – √∫5 È ∪ È 1 + √∫5 , 2È 16
Í Í Í
Î 2 Î Î 2 Î
È
g) Í –1, –
1 È ∪ È 3 , 2È ⇔ x > – 15 ∧ x > –1
Í Í2 Í 16
Î 2 Î Î Î
h) ]0, 3[ ∪ [e2, +∞[
i) ]0, 1[ ∪ ]e2, +∞[ C.S. = ÈÍ – 15 , +∞ ÈÍ
Î 16 Î
j) ÈÍ 0,
1È È1 3 È
Í ∪ [2, +∞[ k) Í 9 , √∫3Í
Î 32 Î Î Î

50
UNIDADE 4 Funções logarítmicas

65 Resolve as seguintes
inequações.
Outro processo
a) 1 – 2ex > 0

log 1 (x + 1) < 4 ⇔ log2(x + 1) < log2 (24) ⇔ log2(x + 1) < log2(16) b) (4x – 5)(ex – 2) ≤ 0
2 h1h –1 c) e2x – 5ex + 6 > 0
log2 i i
j2j ⇔ – log2(x + 1) < log2(16) d) ex + e–x > 2

⇔ log2(x + 1) > –log2(16)


h h
⇔ log2(x + 1) > log2 i 1 i
j16j

⇔x> 1 – 1 ∧ x > –1
16

⇔ x > – 15 ∧ x > –1
16
C.S. = ÈÍ – 15 , +∞ÈÍ
Î 16 Î

d) D = {x ∈R: x + 3 > 0 ∧ 4 – x > 0} = {x ∈R: x > –3 ∧ x < 4} = ]–3, 4[

log2(x + 3) ≤ 5 – log2(4 – x) ⇔ log2(x + 3) + log2(4 – x) ≤ 5


⇔ log2[(x + 3) ¥ (4 – x)] ≤ 5 ∧ –3 < x < 4
⇔ log2(–x2 + x + 12) ≤ 5 ∧ –3 < x < 4
⇔ –x2 + x + 12 ≤ 25 ∧ –3 < x < 4
⇔ –x2 + x – 20 ≤ 0 ∧ –3 < x < 4 Cálculo auxiliar

–x2 + x – 20 = 0
condição universal em R
–1±√∫1∫ ∫–∫ ∫4∫(∫–∫1∫) ∫¥∫ (∫ ∫–∫2∫0∫)
⇔ x ∈R ∧ –3 < x < 4 ⇔x=
–2
⇔ –3 < x < 4 –1±√∫–∫7∫9
⇔x=
C.S. = ]–3, 4[ –2

equação impossível em R

e) D = {x ∈R: x2 + x > 0 ∧ x > 0} = {x ∈R: x2 + x > 0 ∧ x > 0} =


_
= {x ∈R: (x < –1 ∨ x > 0) ∧ x > 0} = R+

Cálculo auxiliar
y = x2 + x y = –x2 + x – 20
x2 + x > 0 ⇔ x < –1 ∨ x > 0
+ +
x2 + x = 0 ⇔ x(x + 1) = 0
–1 _ 0
⇔ x = 0 ∨ x = –1 APRENDE FAZENDO
Págs. 101, 112 e 113
Exercícios 39, 74, 75, 76 e
78
log2(x2 + x) – log2 x ≤ 1 ⇔ log2 i x + x i ≤ 1 ∧ x ∈R+
h 2 h
CADERNO DE EXERCÍCIOS
j x j E TESTES
Pág. 52
⇔ log2 i x(x + 1) i ≤ log2 2 ∧ x ∈R+
h h
Exercício 22
j x j
⇔ log2(x + 1) ≤ log2 2 ∧ x ∈R+
PROFESSOR
⇔ x + 1 ≤ 2 ∧ x ∈R+
Soluções
⇔ x ≤ 1 ∧ x ∈R+ 65.
b) ÈÍln(2),

4 ÍÎ
C.S. = ]0, 1] a) ]–∞, –ln(2)[
Î
c) ]ln(2), ln(3)[ d) R\{0}

51
TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas

66 Resolve, em R, as Esquematizando / Resumindo


seguintes equações.
a) log2[(1 + log3(1 – 2x)] = 2 Na resolução de uma inequação envolvendo logaritmos, deves seguir estes passos:
b) log5[log2(3x2 – 5x + 21)] = 1.o passo: Determinar o domínio da expressão que envolve logaritmos.
= log5(2)
2.o passo: Caso haja logaritmos de bases diferentes, aplicar a regra da mudança de
base e escrever todos os logaritmos na mesma base.
3.o passo: Utilizar as propriedades operatórias dos logaritmos, com precaução, de
forma a obter uma expressão do tipo loga(x) > loga(y) ou loga(x) < loga(y)
ou loga(x) > z ou loga(x) < z (ou uma expressão do tipo das anteriores, mas
com o sinal ≥ ou ≤).
4.o passo: Se a > 1 aplicar: Se 0 < a < 1 aplicar:
67 Caracteriza a função
inversa de cada uma das loga(x) > loga(y) ⇔ x > y loga(x) > loga(y) ⇔ x < y
funções definidas por: loga(x) < loga(y) ⇔ x < y loga(x) < loga(y) ⇔ x > y
a) f(x) = 3 – 4e–x loga(x) > z ⇔ x > az loga(x) > z ⇔ x < az
b) g(x) = 5 – In(2 – 8x)
1
loga(x) < z ⇔ x < az loga(x) < z ⇔ x > az
c) h(x) = 10 x + 3
Este esquema é válido se a inequação obtida no 3.º passo envolver ≥ em
vez de > ou ≤ em vez de <.
5.o passo: Resolver a inequação obtida no passo anterior.
6.o passo: Intersetar o conjunto-solução da inequação anterior com o domínio da ex-
pressão inicial, e apresentar o conjunto-solução pretendido.

Exercícios resolvidos

1. Caracteriza a função inversa das funções seguintes.

a) f(x) = 2–x – 3 b) g(x) = log(2x + 5) + 1 c) h(x) = 7 + 2e–3x

Sugestão de resolução

a) • Df = R = D’f –1
• y = 2–x – 3 ⇔ y + 3 = 2–x ⇔ – x = log2(y + 3) ⇔ x = – log2(y + 3)
h h
PROFESSOR ⇔ x = log2 i 1 i
j y + 3j

Soluções
• Utilizando x como variável independente, podemos escrever:
66.
h h
a) {–13} b) ∅ f –1(x) = log2 i 1 i
j x + 3j
67.
a) f –1: ]–∞, 3[ Æ R
h3 – xh a
• Df –1 = bx ∈R: 1 > 0 ∧ x + 3 ≠ 0a = Cálculo auxiliar
x |Æ –In i i b
j 4 j c x+3 c
x –∞ –3 +∞
b) g : R Æ ÈÍ –∞, ÈÍ
–1 1 = ]–3, +∞[
Î 4Î 1 + + +
5–x
2–e
x |Æ • f –1: ]–3, +∞[ → R x+3 – 0 +
8
h h
c) h–1: ]3, +∞[\{4} Æ R\{0} x |→ log2 i 1 i 1
– n.d. +
1 j x + 3j x+3
x |Æ
log(x – 3)

52
UNIDADE 4 Funções logarítmicas

68 Considera a função real


È
5 , +∞ È = D’ –1 de variável real definida
b) • Dg = {x ∈R: 2x + 5 > 0} = Í – Í g por:
2 Î Î
2 + log(10 – x)
f(x) =
• y = log(2x + 5) + 1 ⇔ y – 1 = log(2x + 5) ⇔ 2x + 5 = 10y – 1 3
⇔ 2x = 10y – 1 – 5 Utilizando métodos
y–1 – 5 exclusivamente analíticos,
⇔ x = 10
2 resolve as seguintes
alíneas.
• Utilizando x como variável independente, podemos escrever:
x–1 – 5 a) Determina o domínio
g –1(x) = 10 de f.
2
b) Calcula os zeros de f.
• Dg–1 = R c) Determina os valores de
x que satisfazem a
• g –1: R → ÈÍ – 5 , +∞ ÈÍ condição f(x) ≤ 1.
Î 2 Î
x–1 – 5 d) Determina o
x |→ 10 contradomínio de f.
2
c) • Dh = R = D’h–1
• y = 7 + 2e–3x ⇔ y – 7 = 2e–3x ⇔ y – 7 = e–3x ⇔ In i y – 7 i = –3x
h h
2 j 2 j

⇔ x = – 1 In i y – 7 i
h h
3 j 2 j
• Utilizando x como variável independente, podemos escrever: 69 Considera as funções reais
de variável real definidas
h–1(x) = – 1 In i x – 7 i
h h
3 j 2 j por f(x) = In(2x) e
g(x) = e3x + 1.
• Dh–1 = bx ∈R: x – 7 > 0b ∧ {x ∈R: x > 7} = ]7, +∞[
a a Caracteriza as seguintes
c 2 c funções, simplificando o
mais possível a expressão
• h–1: ]7, +∞[ → R que as representa.
x |→ – 1 In i x – 7 i
h h
a) f o g
3 j 2 j
b) g o f
2. Considera as funções reais de variável real definidas por f(x) = log3(x) e g(x) = 3x + 2.
Caracteriza as seguintes funções, simplificando o mais possível a expressão que
as representa. APRENDE FAZENDO
Págs. 95, 100, 103, 104,
a) f o g b) g o f
105, 106, 112, 113, 114 e
115
Exercícios 7, 9, 34, 45,
Sugestão de resolução 46, 47, 48, 49, 50, 51, 52,
53, 54, 56, 72, 73, 80, 83,
a) (f o g)(x) = f(g(x)) = f(3x + 2) = log3(3x + 2) = x + 2 84 e 85
Df o g = {x ∈R: x ∈Dg ∧ g(x) ∈Df} = {x ∈R: x ∈R ∧ 3x + 2 ∈R+} = R

f o g: R → R 3x + 2 > 0, ∀ x ∈R PROFESSOR
x |→ x + 2 Soluções
68.
b) (g o f)(x) = g(f(x)) = g(log3(x)) = 3log3(x) + 2 = 3log3(x) ¥ 32 = x ¥ 9 = 9x 999
a) ]–∞, 10[ b)
100
Dg o f = {x ∈R: x ∈Df ∧ f(x) ∈Dg} = {x ∈R: x ∈R+ ∧ log3(x) ∈R} = R+
c) [0, 10[ d) R
g o f: R+ → R 69.
x |→ 9x a) Df o g = R; 3x + In(2) + 1
b) Dg o f = R; 8x3e

53
TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas

70 Determina uma expressão 4.5. Derivadas da função a x, a > 0 e das funções


designatória da derivada
de cada uma das seguintes logarítmicas
funções.
a) f(x) = 10x
b) g(x) = 2x + ln(x)
Derivada de a x, a > 0
c) h(x) = 3x + x3
• (ax)’ = ln(a) ax
d) i(x) = ex ln(x)
e) j(x) = x ln(x) Sejam f(x) = ln(a) ¥ x e g(x) = ex. Então, f’(x) = ln(a) e g’(x) = ex.
x Também se tem que g o f(x) = g(ln(a) ¥ x) = eln(a) ¥ x = ax
f) k(x) =
ln(x)
g) l(x) = log2(x) Sabemos, pelo teorema da derivada da função composta, que, sendo g e f diferenciáveis
em R, então g o f é diferenciável em R e (g o f)’(x) = f’(x) ¥ g’(f(x)). Logo:
(g o f)’(x) = f’(x) ¥ g’(f(x)) =
= ln(a) ¥ ef(x) =
= ln(a) ¥ eln(a) ¥ x =
= ln(a) ax

Derivada de ln(x)
• (ln(x))’ = 1 , ∀ x ∈R+
x
Considera, agora, a função real de variável real definida por f(x) = ln(x).
Seja x ∈R+:
f’(x) = lim f(x + h) – f(x) =
hÆ0 h h 0 hi
i
j0j
= lim ln(x + h) – ln(x) =
hÆ0 h
hx + hh
ln i i
j x j
= lim =
hÆ0 h
PROFESSOR
h hh
ln i 1 + i
j xj
Simuladores = lim =
hÆ0 h
GeoGebra: Derivada da função
exponencial e derivada da função
h h hh
logarítmica = lim i 1 ln i1 + h i i =
GeoGebra: Derivada da função inversa h Æ 0 jh j x jj
1
FEL12_3.10
= lim hiln hi1 + 1 hh
i
h
i =
hÆ0
i i x i i
Soluções j j h j j
70. x 1
1
a) 10x ¥ ln(10) b) ln(2) 2x +
x = lim hiln hi1 + 1 hh x h
i i =
h 1h
hÆ0
i i x i i
c) ln (3) ¥ 3x + 3x2 d) ex iln(x) + i j j j j
j xj h
–1 + ln(x) x
e) 1 + ln(x) f)
(ln(x))2 = lim hi 1 ln hi1 + 1 hh h
i i =
g)
1 hÆ0 x x
x ln(2) i i i i
j j h j j

54
UNIDADE 4 Funções logarítmicas

Consideremos a mudança de variável x = y: se h → 0, então y → ±∞. 71 Considera a função f


h
1 h h 1 hy h definida por
= lim iln i(1 + i i = f(x) = ln(1 + x2).
x y Æ ±∞ j j yj j
Escreve a equação
h h hy h
= 1 ln i lim i1 + 1 i i (pois a função ln(x) é contínua.) reduzida da reta tangente
x j y Æ ±∞ j yj j e da reta normal ao
gráfico de f em x = 2.
= 1 ln(e) =
x

= 1
x

Derivada de loga (x), a ∈R+\{1})

• loga(x))’ = 1 1
ln(a) x
h h’
(loga(x))’ = i ln(x) i (mudança de base)
jln(a)j
h h’
= i 1 ¥ ln(x)i = 1 ¥ (ln(x))’ = 1 ¥ 1
j ln(a) j ln(a) ln(a) x

Exemplos

1. (2x)’ = ln(2) 2x

2. (ex + In(x))’ = (ex)’ + (In(x))’ = ex +


1
x
3. (x3 log2(x))’ = (x3)’ ¥ log2(x) + x3 ¥ (log2(x))’ =

= 3x2 ¥ log2(x) + x3 ¥ 1 =
x In(2)
= 3x2 ¥ log2(x) + x =
2

In(2)
h 5ex h ’ h x h’
4. i i = i5 ¥ e i =
j In(x) j j In(x) j
h ex h ’
=5¥ i i =
j In(x) j
x x
= 5 ¥ (e )’ ¥ In(x) – e2 ¥ (In(x))’ =
(In(x))
1
ex ¥ In(x) – ex ¥
x
=5¥ =
(In(x))2 PROFESSOR
h h
5ex i In(x) – 1i
j xj FEL12_3.11
=
(In(x))2
Solução
5. [(In(x))4]’ = 4 ¥ (In(x))3 ¥ (In(x))’ = 4 8
71. y =x– + ln(5)
=4¥ (In(x))3 ¥ 1 = 5 5
x y=–
5
x+
5
+ ln(5)
= 4 ¥ (In(x))
3
4 2
x

55
TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas

72 Determina uma expressão


O teorema da derivada da função composta permite-nos deduzir as seguintes regras de
designatória da função derivação:
derivada de cada uma das
Se u = g(x) e g é derivável, então:
seguintes funções.
a) f(x) = 22x – 7 • (au)’ = u’ ¥ au ¥ ln(a)
x2 – 3x + 4
b) g(x) = 10
• (ln(u))’ = u’
c) h(x) = log2(–2x + 1) u
h1h
• (loga(u))’ = 1 u’
d) i(x) = log i i
jxj
ln(a) u
e) j(x) = √∫l∫n∫(∫x)

Exemplos

1. (2x )’ = 2x ¥ (x3)’ ¥ ln(2) = 3x2 ¥ 2x ¥ ln(2)


3 3 3

2. (2ln(x))’ = 2ln(x) ¥ (ln(x))’ ¥ ln(2) = 2ln(x) ¥


1 ¥ ln(2) = ln(2) ¥ 2ln(x)
x x

3. (In(4 – 3x))’ =
(4 – 3x)’ = –3
4 – 3x 4 – 3x

1
4. (In(ln(x)))’ =
(ln(x))’ = x = 1
ln(x) ln(x) x ln(x)

5. (log2(x2 + 5x – 1))’ =
1 ¥ (x2 + 5x – 1)’ = 1 ¥ 2x + 5
ln(2) x2 + 5x – 1 ln(2) x2 + 5x – 1

Derivada de xα, α ∈R e x ∈R+


Depois de definida a potência de expoente real, e recordando a regra de derivação de
uma potência de expoente racional, tem-se que:
Dado um número racional α e sendo h uma função real de variável real, de domínio
R, definida por h(x) = xα, h é diferenciável em R e:
h’(x) = αxα – 1
PROFESSOR

FEL12_3.12
Estamos em condições de estender a regra de derivação a qualquer expoente real.
Soluções Dado um número real α, sendo h uma função real de variável real, de domínio R+, de-
72.
finida por h(x) = xα, h é diferenciável em R+ e:
a) 2In(2) ¥ 22x – 7
b) (2x – 3) ¥ 10x
2
– 3x + 4
¥ In(10) h’(x) = αxα – 1
2
c) –
(–2x + 1) In(2)
1 1
d) –
x In(10)
e) Com as derivadas que acabámos de estudar, neste tema e no tema anterior, alargaste os
2x √∫l∫n∫(∫x)
teus conhecimentos em relação ao que estudaste no 11.º ano.

56
UNIDADE 4 Funções logarítmicas

Deves então ter presente o seguinte formulário no que diz respeito às regras de derivação: 73 Determina a função
derivada de cada uma das
Esquematizando / Resumindo seguintes funções.
a) f(x) = (x2 + 5x)3
b) g(x) = 3x
2
Regras de derivação + 5x

1 – In(2x)
c) h(x) =
• (u + v)’ = u’ + v’ x
h x h
• (u ¥ v)’ = u’ v + u v’ d) i(x) = In i i
jx + 1j
h h’
• i u i = u’ v –2 u v’ e) j(x) = i
hx + 1 h 3
i
jvj v j ex j

• (un)’ = n ¥ un – 1 ¥ u’ (n ∈R) f) k(x) =


(x + 1)3
ex
• (sen u)’ = u’ ¥ cos u
√∫In(x)

x
g) l(x) =
e
• (cos u)’ = –u’ ¥ sen u

• (tg u)’ = u’
cos2u
• (eu)’ = u’ ¥ eu
• (au)’ = u’ ¥ au ¥ In(a) (a ∈R+\{1})

• (In(u))’ = u’
u

• (loga(u)) = u’ (a ∈R+\{1})
u ¥ In(a)

APRENDE FAZENDO
Págs. 96, 97, 98, 101 e 107
Exercícios 13, 14, 18, 26,
ERRO TÍPICO 40, 57 e 58

CADERNO DE EXERCÍCIOS
Vários erros cometidos na derivação de funções resultam da confusão entre as regras E TESTES
de derivação da potência e da exponencial. Pág. 52
Exercício 23
Repara que:
(un)’ = n ¥ un – 1 ¥ u’ PROFESSOR

Soluções
é a regra de derivação de potências, isto é, o expoente é uma constante e aplica-se em 73.
situações como: a) (6x + 15)(x2 + 5x)2
b) (2x + 5) ¥ 3x + 5x ¥ In(3)
2

f(x) = x7, g(x) = (x2 + 5x)3, h(x) = ÈÍ In i x + 1 i ÈÍ , i(x) = (x ¥ ex)5, …


h h 2
Î j x jÎ c)
–2 + In(2x)
x2
1
d) 2
Já a regra: x +x
(au)’ = u’ ¥ au ¥ In(a) –3x(x + 1)2
e)
e3x
(x + 1)2(2 – x)
f)
é a regra de derivação de exponenciais, isto é, a base é uma constante e aplica-se em ex
situações como: h 1h
ex iIn(x) – i
x + 1h j xj
In hi i g)
j x j
f(x) = 7x, g(x) = 3x2 + 5x, h(x) = 2 , i(x) = 5x ¥ ex, … ex
2
√∫In(x)
∫ ¥ (In(x)) 2

57
TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas

74 A função f, real de variável Exercícios resolvidos


real, está definida por:
f(x) = 1 + 3ex + 3 1. Seja h a função de domínio ]–1, +∞[ definida por h(x) = 4 – x + In(x + 1). Estuda a
a) Aplicando a definição função h, quanto à monotonia e, se existir algum extremo relativo, determina-o.
de derivada de uma
função num ponto,
calcula f’(–3). Sugestão de resolução

b) Escreve uma equação • Determinar h’(x):


h’(x) = (4 – x + In(x + 1))’ = – 1 + 1 = –x – 1 + 1 = – x
da reta tangente ao
gráfico de f cujo declive x+1 x+1 x+1
é 3e. Dh’ = ]–1, +∞[
c) Caracteriza a função f –1.
• Determinar os zeros de h’:
d) Resolve, em R, a
inequação
Em ]–1, +∞[:
f”(x) + f’(x) > f(x). h’(x) = 0 ⇔ – x =0
x+1
75 Estuda as seguintes
⇔ –x = 0
funções quanto aos
intervalos de monotonia e ⇔x=0
extremos relativos.
• Estudar o sinal de h’ e a variação de h:
a) f(x) = x3 e–x
b) g(x) = In(–x2 + 8x) x –1 0 +∞
c) h(x) = x – In(1 – e–x) –x n.d. + 0 –
APRENDE FAZENDO x+1 n.d. + + +
Págs. 107, 108 e 109
Exercícios 59, 60, 61, 62, Sinal de h’ n.d. + 0 –
64 e 65
4
Variação de h n.d. £ ¢
PROFESSOR Máx.

Cálculo auxiliar
Resolução
h(0) = 4 – 0 + In(1) = 4
Essencial para o Exame – exercício 74

Soluções h é estritamente crescente em ]–1, 0] e é estritamente decrescente em [0, +∞[;


74. 4 é máximo relativo (absoluto) em x = 0.
a) 3
b) y = 3ex + 9e + 1
c) f –1: ]1, +∞[ Æ R 2. A partir do instante em que foi administrada uma medicação por via oral, a quan-
hx– 1h
x |Æ In i i –3 tidade do medicamento X existente no sangue (em mg/l) é dada pela fórmula:
j 3 j
d) ÈÍ In i i – 3, +∞ ÈÍ
h1h f(t) = 50(e–0,3t – e–2t), com t em horas
Î j3j Î
75. a) Qual é a quantidade de medicamento existente no organismo ao fim de 5 horas?
a) f é estritamente crescente em Apresenta o resultado arredondado às décimas.
]–∞, 3] e é estritamente
27 b) Ao fim de quanto tempo a quantidade de medicamento no organismo atinge o valor
decrescente em [3, +∞[; 3 é
e máximo? Apresenta o resultado em horas e minutos, arredondados às unidades.
máximo relativo.
b) g é estritamente crescente em
c) Sabe-se que a eficácia do tratamento depende da existência de uma quantidade
]0, 4] e é estritamente
decrescente em [4, 8[; ln(16) é mínima de 5 mg/l no organismo.
máximo relativo. Utiliza a calculadora gráfica para determinar durante quanto tempo é garantida
c) h é estritamente crescente em a quantidade mínima no organismo, efetuando um estudo prévio da função f que
[ln(2), +∞[ e é estritamente
legitime o processo. Apresenta o resultado em horas arredondado às décimas.
decrescente em ]0, ln(2)]; 2ln(2)
é mínimo relativo. Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 12.º ano

58
UNIDADE 4 Funções logarítmicas

76 Os falcões norte-
-americanos alimentam as
Sugestão de resolução suas crias quase
exclusivamente de
a) f(5) = 50(e–0,3 ¥ 5 – e–2 ¥ 5) =
pequenos roedores. Para
= 50(e–1,5 – e–10) que as crias sobrevivam,
≈ 11,2 a época de nascimento
deve coincidir com a
A quantidade de medicamento existente no sangue ao fim de 5 horas é de época em que a
aproximadamente 11,2 mg/l. população de roedores é
máxima.
Supõe que a população de
b) Comecemos por estudar a variação da função f em R+:
roedores pode ser
f’(t) = (50(e–0,3t – e–2t))’ = modelada pela função
R(t) = 4te–0,16t, em que t é
= 50((e–0,3t)’ – (e–2t)’) = o tempo em semanas após
= 50((–0,3t)’ ¥ e–0,3t – (–2t)’ e–2t) = o solstício de inverno e R
é o número (em centenas)
= 50(–0,3e–0,3t + 2e–2t) de roedores por km2.
O tempo de incubação
f’(t) = 0 ⇔ 50(–0,3e–0,3t + 2e–2t) = 0 dos ovos de falcão é
cinco semanas.
⇔ –0,3e–0,3t + 2e–2t = 0 Qual é a ocasião mais
⇔ 2e–2t = 0,3e–0,3t propícia para os ovos
–2t serem postos?
⇔ e–0,3t = 0,3
e 2
⇔ e–2t + 0,3t = 0,15
⇔ e–1,7t = 0,15
⇔ –1,7t = ln(0,15)
⇔ t = ln(0,15)
–1,7

ln(0,15)
t 0 +∞
–1,7

Sinal de f’ + 0 –

f hi ln(0,15) hi
Variação de f £ j –1,7 j ¢
Máx.

f é estritamente crescente em ÈÍ0, ln(0,15) ÈÍ e é estritamente decrescente em


Î –1,7 Î
È ln(0,15) È
Í , +∞ Í.
Î –1,7 Î

Como ln(0,15) ≈ 1,11595 e 0,11595 ¥ 60 ≈ 7, conclui-se que a quantidade


–1,7 PROFESSOR
de medicamento no organismo atinge o valor máximo ao fim de aproxima-
Solução
damente 1 hora e 7 minutos.
76. 1,25 semanas após o
solstício de inverno.

(continua)
59
TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas

77 O salmão do Pacífico é Exercícios resolvidos


uma espécie de peixe que
só se reproduz uma vez
na vida. O número médio c) Na alínea anterior ficou estudada a variação da função f em R+.
de indivíduos gerados por Sabemos também que f é uma função contínua, visto tratar-se do produto
uma fêmea depende da
de uma constante pela diferença de duas funções contínuas, e que f(0) = 0
sua idade x, em anos, e é
h h
dado por f(x) =
4,6 In(2x)
, e f i ln(0,15) i ≈ 30. Assim, fica garantida a existência de apenas um valor de
x j –1,7 j
para x ≥ 0,5.
a) Calcula lim f(x). t1 ∈ÈÍ 0, ln(0,15) ÈÍ tal que f(t1) = 5 e a existência de apenas um valor de
x Æ +∞ Î –1,7 Î
b) Recorrendo
t2 ∈ ÈÍ ln(0,15) , +∞ ÈÍ tal que f(t2) = 5.
exclusivamente a Î –1,7 Î
processos analíticos,
Recorrendo à calculadora gráfica, para determinar os valores de t1 e t2, fica
estuda a função f
quanto à monotonia e garantido que, além de existirem entre t1 e t2, verifica-se também que f(t) > 5:
determina com que
idade as fêmeas geram
o maior número de
indivíduos.
Apresenta o resultado
em anos, com
Tem-se então que t1 ≈ 0,063 e t2 ≈ 7,675. Como t2 – t1 ≈ 7,6, pode concluir-se
aproximação às
décimas. que durante, aproximadamente, 7,6 horas é garantida a quantidade mínima
c) Sem utilizar a
de 5 mg/l de medicamento no organismo.
calculadora, mostra que
a taxa de variação 3. A capacidade pulmonar de um ser humano com x anos de idade, em litros, é mo-
média da função f, no
delada pela função C(x) = 110(In(x) – 2) , para 10 ≤ x ≤ 100.
intervalo [2, 4], é x
2,3 In hi
1 h a) Calcula, com aproximação às unidades, a idade em que é máxima a capacidade
4√∫2
i.
j j pulmonar de um ser humano.
b) Calcula, com aproximação às unidades, a idade em que a capacidade pulmonar
de um ser humano decresce mais rapidamente.

Sugestão de resolução

a) • Determinar C’(x):

C’(x) = i 110(In(x) – 2)i = 110 ¥ (In(x) – 2)’ ¥ x –2 (In(x) – 2) ¥ x’ =


h h’
j x j x
1
¥ x – (In(x) – 2)
x
= 110 ¥ =
x2
= 110 ¥ 1 – In(x) +2=
PROFESSOR
x2
Soluções
77. = 110 ¥ 3 – In(x)
x2
a) 0
• Determinar os zeros de C’:
b) f é estritamente crescente em
È 0,5; e È e é estritamente Em [10, 100]:
Í
Î 2 ÍÎ
decrescente em ÈÍ , +∞ÈÍ ; 0 é
e C’(x) = 0 ⇔ 110 ¥ 3 – In(x) = 0 ⇔ 3 – In(x) = 0
Î2 Î x2
⇔ In(x) = 3
9,2
mínimo relativo;
e
é máximo ⇔ x = e3
relativo; ≈ 1,4 anos

60
UNIDADE 4 Funções logarítmicas

78 De uma certa função


f: R+ Æ R, sabe-se que:
• Estudar o sinal de C’ e a variação de C:
• f(1) = 0;
x 10 e3 100 • a sua derivada, f’, é
definida por
110(3 – In(x)) + + 0 – –
f’(x) = 1 + In(x) .
x
x2 + + + + +
Mostra que f”(x) = – In(x) e
x2
Sinal de C’ + + 0 – – estuda f quanto ao sentido
das concavidades do seu
Variação de C Mín. £ Máx. ¢ Mín.
gráfico e à existência de
pontos de inflexão.
O máximo de C é atingido quando x = e3.
Adaptado de Banco de Itens, GAVE
Como e3 ≈ 20, conclui-se que é aos 20 anos de idade que a capacidade
pulmonar máxima de um ser humano é atingida.

b) Para determinar a idade em que a capacidade pulmonar de um ser humano


decresce mais rapidamente, teremos de ver como varia a taxa de variação 79 Estuda, quanto ao sentido
da função C, isto é, teremos de estudar a variação da função C’. das concavidades do seu
gráfico e quanto à
• Determinar C”(x): existência de pontos de
h
C”(x) = i110 ¥ 3 – In(x)
h’ (3 – In(x))’ ¥ x2 – (3 – In(x)) ¥ (x2)’ = inflexão, as funções
i = 110 ¥
j x 2 j (x2)2 definidas por:
1 a) f(x) = (x2 + x + 2)e–x
– ¥ x2 – (3 – In(x)) ¥ 2x
x b) g(x) = (In(x))2
= 110 ¥ =
x4
c) h(x) = x2 – 2In(x)

= 110 ¥ – x – 6x +4 2x In(x) =
x

= 110 ¥ –7 + 23 In(x)
x
PROFESSOR
• Determinar os zeros de C”:
Em [10, 100]: Soluções
78. f tem a concavidade voltada
C”(x) = 0 ⇔ 110 ¥ –7 + 23 In(x) = 0 ⇔ –7 + 2 In(x) = 0
x para cima em ]0, 1[ e a
⇔ In(x) = 7 concavidade voltada para baixo
2 em ]1, +∞[; tem um ponto de
⇔ x = e3,5 inflexão de coordenadas (1, 0).
79.
• Estudar o sinal de C” e a variação de C’: a) f tem a concavidade voltada
para cima em ]–∞, 1[ e tem a
x 10 e3,5 100 concavidade voltada para baixo
110(–7 + 2 In(x)) – – 0 + + em ]1, 2[; tem dois pontos de
inflexão de coordenadas (1, 4e–1)
x3 + + + + + e (2, 8e–2).
b) g tem a concavidade voltada
Sinal de C” – – 0 + + para cima em ]0, e[ e tem a
concavidade voltada para baixo
Variação de C’ Máx. ¢ Mín. £ Máx.
em ]e, +∞[; tem um ponto de
O mínimo de C’ é atingido quando x = e3,5. inflexão de coordenadas (e, 1).
c) h tem a concavidade voltada
Como e3,5 ≈ 33, conclui-se que é aos 33 anos de idade que a capacidade
para cima em todo o seu
pulmonar de um ser humano decresce mais rapidamente. domínio; não tem pontos de
inflexão.

(continua) 61
TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas

80 Estudos efetuados pelo Exercícios resolvidos


Ministério da Saúde
indicam que, passadas t 5. Num determinado dia, um grupo de professores decidiu formar um clube de mate-
semanas do aparecimento
mática. Admitamos que, t dias após a constituição do clube, o número de membros
de um surto de uma certa
estirpe de gripe, o número é dado aproximadamente por N(t) = 2000 , t ≥ 0. Determina o valor de t,
de centenas de pessoas 1 + 199e–0,01t
contagiadas é dado, com aproximação às unidades, para o qual a taxa de crescimento do número de
aproximadamente, pela sócios foi máxima.
função:
80
Q(t) = Sugestão de resolução
4 + 76e–1,2t
a) Determina Q’(2) e Sabemos que N’(t) nos dá a taxa de crescimento do número de sócios em fun-
interpreta o resultado ção de t. Assim, procuramos o máximo da função N’.
obtido no contexto da
situação descrita. N’(t) = –2000(–0,01 ¥ 199 ¥ e–0,01t) = 3980e–0,01t
–0,01t
Apresenta o resultado (1 + 199e )2 (1 + 199e–0,01t)2
com aproximação às
N”(t) = 3980 ¥ (–0,01) ¥ e ¥ (1 + 199e ) – 3980e –0,01t
–0,01t –0,01t 2 –0,01t ¥ 2 ¥ (–0,01 ¥ 199 ¥ e–0,01t) ¥ (1 + 199e–0,01t)
centésimas. =
(1 + 199e )4
b) Determina o instante
em que a doença se
= –39,80e
–0,01t ¥ (1 + 199e–0,01t)[(1 + 199e–0,01t) – 398e–0,01t] =
alastra mais (1 + 199e–0,01t)4
rapidamente.
–0,01t(1 + 199e–0,01t – 398e–0,01t) =
Apresenta o resultado = –39,80e
com aproximação às (1 + 199e–0,01t)3
unidades. –0,01t(1 – 199e–0,01t)
= –39,80e
(1 + 199e–0,01t)3

Em R+0:
–0,01t(1 – 199e–0,01t)
N”(t) = 0 ⇔ –39,80e = 0 ⇔ –39,80e–0,01t(1 – 199e–0,01t) = 0
(1 + 199e–0,01t)3
⇔ –39,80e–0,01t = 0 ∨ 1 – 199e–0,01t = 0 ⇔ 199e–0,01t = 1 ⇔ e–0,01t = 1
 199
equação impossível

h h h h
⇔ –0,01t = In i 1 i ⇔ t = –100 ¥ In i 1 i
j 199 j j 199 j
APRENDE FAZENDO
Pág. 115
⇔ t = 100 ¥ In(199)
Exercícios 86 e 87 t ≈ 529

PROFESSOR x 0 100 In(199) +∞

–39,80e–0,01t – – – –
Simulador
GeoGebra: Modelo logístico 1 – 199e–0,01t – – 0 +
Soluções (1 + 199e–0,01t)3 + + + +
80.
a) ≈ 5,6; após 2 semanas do Sinal de N” + + 0 –
aparecimento do surto de gripe,
f’(0) f’(100 In(199))
o número de pessoas Variação de N’ £ ¢
Mín. Máx.
contagiadas está a aumentar à
taxa de 5,6 centenas de pessoas
por semana. A taxa de crescimento do número de sócios foi máxima quando t ≈ 529 dias.
b) 2 semanas

62
UNIDADE 4 Funções logarítmicas

81 Estuda e representa
6. Estuda a função g(x) = 2–x + 2x. graficamente as funções
definidas por:
Sugestão de resolução a) f(x) = ex – e–x
b) g(x) = In(ex – 1)
• Dg = R –
x
c) h(x) = 2x + 1 + e 2

• g(–x) = 2–(–x) + 2–x = 2x + 2–x = g(x), ∀ x ∈Dg, logo g é uma função par, ou seja,
o seu gráfico é simétrico em relação ao eixo Oy. PROFESSOR
• g(x) = 0 ⇔ 2–x + 2x = 0 Soluções
⇔ 2x(2–2x + 1) = 0 81.
⇔ 2x = 0 ∨ 2–2x + 1 = 0 a) Df = R; função ímpar; tem um
 zero: x = 0; f’(x) = ex + e–x; f é
equação impossível estritamente crescente em todo
⇔ 2–2x = –1 o seu domínio; f”(x) = ex – e–x;
 f tem a concavidade voltada
equação impossível para cima em ]0, +∞[; tem um
ponto inflexão (0, 0).
Logo, a função g não tem zeros.
y f
• g é contínua em R, por se tratar da soma de duas funções contínuas (uma
que é a composta de uma função exponencial com uma função polinomial
O x
e a outra que é uma função exponencial). Assim, o seu gráfico não admite
assíntotas verticais.
• Averiguemos a existência de assíntotas não verticais: y = mx + b, m ∈R e b ∈R: b) Dg = R+; tem um zero:
x = In(2); x = 0 é assíntota vertical
–x x
m = lim f(x) = lim 2 + 2 = ao seu gráfico; y = x é assíntota
x Æ –∞ x x Æ –∞ x oblíqua ao seu gráfico;
x
h∞h
i i g’(x) = xe ; g é estritamente
j∞j h 2–x xh e –1
= lim i + 2 i= crescente em todo o seu
x Æ –∞ j x xj ex
domínio; g”(x) = ; g tem
–x x (ex – 1)2
= lim 2 + lim 2 = a concavidade voltada para
x Æ –∞ x x Æ –∞ x
baixo em todo o seu domínio.
–x
= – lim 2 + 0 =
y g
x Æ –∞ –x –∞
y
= – lim 2 + 0 = O ln(2) x
y Æ +∞ y

= –(+∞) = –∞
c) Dh = R; não tem zeros;
Como o valor obtido não é um número real, concluímos que o gráfico de g y = 2x + 1 é assíntota oblíqua ao
– x
não admite assíntota não vertical quando x Æ –∞. Como o gráfico é simétrico seu gráfico; h’(x) = 2 – 1 e 2 ;
2
em relação ao eixo das ordenadas, também se conclui que não admite as- h é estritamente crescente em
síntota não vertical quando x Æ +∞. [–2 In(4), +∞[; 5 – 4 In(4) é
– x
mínimo absoluto; h”(x) = 1 e 2 ;
lim g(x) = lim (2–x + 2x) = 4
x Æ –∞ x Æ –∞
h tem a concavidade voltada
= 2+∞ + 2–∞ = para cima em R.
= +∞ h y

Como g é par, concluímos que lim g(x) = +∞. O


x Æ +∞
(continua) 5 – 4ln(4) x

63
TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas

82 Considera a função g Exercícios resolvidos


definida por:
x
g(x) = .
1 – In(x) • g’(x) = (2–x + 2x)’ = –2–x ¥ In(2) + 2x ¥ In(2) = In(2) ¥ (–2–x + 2x)
a) Averigua se existe g’(x) = 0 ⇔ In(2) ¥ (–2–x + 2x) = 0
alguma reta tangente ao
⇔ –2–x + 2x = 0
gráfico de g que seja
paralela à bissetriz dos ⇔ 2x = 2–x
quadrantes ímpares. ⇔ x = –x
b) Estuda e representa ⇔ 2x = 0
graficamente a função g. ⇔x=0

x –∞ 0 +∞

Sinal de g’ – 0 +
2
Variação de g ¢ £
Mín.

g(0) = 2–0 + 20 = 1 + 1 = 2
g é estritamente decrescente em ]–∞, 0] e é estritamente crescente em [0, +∞[;
2 é um mínimo relativo (absoluto) para x = 0.
• g”(x) = (In(2) ¥ (–2–x + 2x))’ =
= In(2) ¥ (2–x ¥ In(2) + 2x ¥ In (2)) =
= (In 2)2 ¥ (2–x + 2x)
g”(x) = 0 ⇔ (In(2))2 ¥ (2–x + 2x) = 0
PROFESSOR ⇔ 2–x + 2x = 0
⇔ 2x(2–2x + 1) = 0
Soluções
⇔ 2x = 0 ∨ 2–2x + 1 = 0
82. 
a) Não existe.
equação impossível
b) Dg = R+\{e}; não tem zeros;
⇔ 2–2x = –1
x = e é assíntota vertical ao seu 
gráfico; g’(x) = 2 – In(x) 2 ; g é equação impossível
(1 – In(x))
estritamente crescente em ]0, e[ Logo, a função g” não tem zeros.
e em ]e, e2] e é estritamente
decrescente em [e2, +∞[; – e2 é Como g”(x) > 0, ∀ x ∈R, o gráfico de g tem a concavidade voltada para cima
máximo relativo; em R e não existem pontos de inflexão.
– 1 (In(x) – 3)
x • D’g = [2, +∞[
g”(x) = ; g tem a
(1 – In(x))3
concavidade voltada para cima • Representação gráfica:
em ]0, e[ e em ]e3, +∞[ e
y
voltada para baixo em ]e, e3[;
h 3 g
e3 h é ponto de inflexão.
ie , – i
j 2j
y

2
e2 e3
O e x O x
g

64
UNIDADE 4 Funções logarítmicas

83 Considera a função f, de
7. Faz um estudo analítico da função g(x) = In(1 – cos x). domínio R, definida por:


e–x
se x < 0
Sugestão de resolução f(x) = x
sen(2x) – cos x se x ≥ 0
• Dg = {x ∈R: 1 – cos x > 0} = R\{x ∈R: x = 2kp, k ∈Z}
Recorrendo
Cálculo auxiliar exclusivamente a
1 – cos x = 0 ⇔ –cos x = – 1 processos analíticos,
⇔ cos x = 1 resolve as seguintes
⇔ x = 2kp, k ∈Z alíneas.
a) Estuda a função f
• g(–x) = In(1 – cos(–x)) = In(1 – cos x) = g(x), ∀ x ∈R, ou seja, a função é par quanto à existência de
e assim basta estudar a função em R+, pois o seu gráfico é simétrico em re- assíntotas verticais ao
seu gráfico.
lação ao eixo das ordenadas.
b) Verifica se a função tem
• A função g é periódica, de período positivo mínimo 2p. máximo no intervalo
]–∞, 0[ e, em caso
g(x + 2p) = g(x),∀ x ∈Dg afirmativo, determina-o.
In[1 – cos(x + p)] = In(1 – cos x) ⇔ 1 – cos(x + p) = 1 – cos x c) Determina os zeros de f
no intervalo ]–3, 3[.
⇔ cos(x + p) = cos x
Adaptado de Banco de Itens, GAVE
⇔ x + p = x + 2kp ∨ x + p = –x + 2kp, k ∈Z
⇔ p = 2kp ∨ p = –2x + 2kp, k ∈Z

depende de x

k = 1 Æ p = 2p
2p é o período positivo mínimo.
Assim, basta estudar a função num intervalo de amplitude 2p como, por
exemplo, o intervalo ]0, 2p[.

• Pontos de interseção do gráfico com os eixos coordenados:


– com o eixo Ox: g(x) = 0 ⇔ In(1 – cos x) = 0
⇔ 1 – cos x = 1 ∧ x ∈Dg
⇔ cos x = 0 ∧ x ∈Dg
⇔ x = p + kp, k ∈Z
2
Os zeros de g são os valores do domínio da forma p + kp, k ∈Z.
2
– com o eixo Oy:
O gráfico de g não interseta o eixo das ordenadas, já que 0 ∉ Dg.

• Como basta estudar a função no intervalo ]0, 2p[ (atendendo à periodicidade


PROFESSOR
da função), não faz sentido a análise da existência de assíntotas não verticais.
Soluções
• Averiguemos a existência de assíntotas verticais no intervalo ]0, 2p[: 83.
lim+ In(1 – cos x) = In(0+) = –∞ a) x = 0 é assíntota vertical ao
xÆ0 seu gráfico.
b) f tem máximo igual a – e para
lim In(1 – cos x) = In(0+) = –∞
x Æ 2p– x = –1.
p p 5p
(continua) c) , e
6 2 6

65
TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas

84 Seja f a função, de Exercícios resolvidos


domínio R+, definida por:


In(x)
1+ se 0 < x < 1
f(x) = 4x Conclui-se que as retas de equação x = 0 e x = 2p são assíntotas verticais ao
(x – 1)e2 – x + 1 se x ≥ 1 gráfico de g. E, mais uma vez, atendendo à periodicidade da função, pode con-
Resolve as duas primeiras cluir-se que as retas de equação x = 2kp, k ∈Z são assíntotas ao gráfico de g.
alíneas, utilizando
métodos exclusivamente • g’(x) = (In(1 – cos x))’ = (1 – cos x)’ = sen x
1 – cos x 1 – cos x
analíticos.
g’(x) = 0 ⇔ sen x = 0 ∧ x ∈Dg
a) Estuda a continuidade
⇔ x = kp, k ∈Z ∧ x ≠ 2kp, k ∈Z
da função f.
b) Mostra que a equação No intervalo ]0, 2p[:
f(x) = 1,5 tem pelo
menos uma solução no x 0 p 2p
intervalo ]e–1, 2[.
Nota: A calculadora pode ser Sinal de g’ n.d. + 0 – n.d.
utilizada em eventuais
cálculos numéricos. Sempre In(2)
que procederes a Variação de g n.d. £ ¢ n.d.
arredondamentos, conserva Máx.
três casas decimais.

c) Utiliza as capacidades g(p) = In(1 – cos p) = In(1 + 1) = In(2)


gráficas da calculadora
para determinar a Assim, podemos concluir que g é estritamente crescente nos intervalos do
solução referida na tipo ]2kp, p + 2kp[, k ∈Z e é estritamente decrescente nos intervalos do tipo
alínea anterior, com ]p + 2kp, 2p + 2kp[, k ∈Z. O máximo é In(2) e os maximizantes são da forma
aproximação às
centésimas.
x = p + 2kp, k ∈Z.
Reproduz o(s) gráfico(s)
• g”(x) =
h sen x h ’ = (sen x)’(1 – cos x) – sen x (1 – cos x)’ =
i i
visualizado(s) na j1 – cos xj (1 – cos x)2
calculadora,
devidamente = cos x(1 – cos x) – sen x sen x =
identificado(s), (1 – cos x)2

= cos x – cos x – 2sen x =


incluindo o referencial. 2 2

Assinala o ponto em (1 – cos x)


que te baseaste para dar
a tua resposta. = cos x – 1 2 =
(1 – cos x)

= –1
1 – cos x

g”(x) < 0, ∀ x ∈]0, 2p[. Logo, o gráfico de g tem a concavidade sempre voltada
para baixo e não tem pontos de inflexão.
• Representação gráfica:
y

PROFESSOR
ln(2)

–3π –2π –π O π 2π 3π 4π 5π x
Resolução
Essencial para o Exame – exercício 84

Soluções
84.
a) f é contínua em R+. • D’g = ]–∞, In(2)]
c) x ≈ 1,23

66
UNIDADE 4 Funções logarítmicas

85 Às dez horas de um
8. Num certo dia, o Pedro esteve doente e tomou, às 8 horas da manhã, um medi- determinado dia foi
camento cuja concentração C(t) no sangue, em mg/l, t horas após o medicamento administrado um certo
ter sido ministrado, é dada por C(t) = t2e–0,6t (t ≥ 0). medicamento a uma
população de bactérias.
Justifica que existe um instante, entre as 9 horas e as 9 h 30 min, em que a concen- Passadas t horas após a
tração do medicamento no sangue é de 0,75 mg/l. Em eventuais cálculos intermé- administração do referido
dios, sempre que procederes a arredondamentos, conserva duas casas decimais. medicamento, a
população de bactérias
variou segundo o seguinte
Sugestão de resolução modelo matemático:
P(t) = t2e–t, 0 ≤ t ≤ 10,
As concentrações do medicamento às 9 horas e às 9 h 30 min são dadas res-
com P expresso em
petivamente por C(1) e C(1,5). milhões de bactérias.
• A função C é contínua no seu domínio R+0, por se tratar do produto de duas Justifica que existiu um
funções contínuas (uma que é uma função polinomial e a outra que é a com- instante, entre as 11 e as
12 horas, em que o
posta de uma função exponencial com uma função afim). Em particular, é número de bactérias
contínua em [1; 1,5]. igualou as 500 000
unidades. Em eventuais
• C(1) = 12 ¥ e–0,6 = e–0,6 ≈ 0,55
cálculos intermédios,
C(1,5) = 1,52 ¥ e–0,6 ¥ 1,5 = 2,25e–0,9 ≈ 0,91 sempre que procederes a
Ou seja, C(1) < 0,75 < C(1,5). arredondamentos,
conserva três casas
Assim, pelo teorema de Bolzano-Cauchy, concluímos que ∃ t ∈]1; 1,5[: C(t) = decimais.
0,75, isto é, existe um instante entre as 9 horas e as 9 h 30 min em que a con-
centração do medicamento no sangue é de 0,75 mg/l.
86 a) Prova analiticamente
que a equação
ex = x + 2 tem pelo
9. Seja f a função definida por:
menos uma solução no
f(x) = –3xe–0,1x + 4 intervalo ]–2, –1[.
b) Recorrendo às
Mostra que esta função tem pelo menos um zero pertencente a ]–3, –2[. Em even- potencialidades da
tuais cálculos intermédios, sempre que procederes a arredondamentos, conserva calculadora gráfica,
duas casas decimais. determina o valor,
aproximado às
milésimas, da solução
Sugestão de resolução da equação anterior.
Reproduz o(s) gráfico(s)
• A função f é contínua em R, por se tratar da soma de duas funções contínuas visualizado(s) na
(uma que é o produto de uma função afim pela composta de uma função calculadora,
exponencial com uma função afim, e a outra que é uma função constante). devidamente
identificado(s),
Em particular, é contínua em [–3, –2].
incluindo o referencial.
• f(–3) = –3 ¥ (–3)e0,3 + 4 ≈ –0,05 Assinala o ponto em
que te baseaste para dar
f(–2) = –3 ¥ (–2)e0,2 + 4 ≈ 0,34
a tua resposta.
Ou seja, f(–3) ¥ f(–2) < 0.
Assim, pelo corolário do teorema de Bolzano-Cauchy, concluímos que
∃ c ∈]–3, –2[: f(c) = 0, isto é, a função f tem pelo menos um zero pertencente PROFESSOR
a ]–3, –2[. Solução
86.
(continua)
b) x ≈ –1,841

67
TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas

87 O Filipe adora desportos Exercícios resolvidos


radicais. Num dos seus
saltos de bungee jumping, 10. Uma bola suspensa de uma mola oscila verticalmente. Admite
a altura h, em metros, a
que a distância (em cm) da bola ao solo, t segundos após um
que se encontrava do solo,
t segundos após o salto, é certo instante inicial, é dada por:
f(t) = 10 + 5e–0,1t cos i pt i , com t ∈[0, +∞[
dada por: h h
h pt h j4 j
h(t) = 30e–0,2t cos i i +
j3j Na figura abaixo, apresenta-se parte da representação gráfica
+ 50, t ≥ 0
da função f.
a) De que altura saltou o f(t)
Filipe?
b) Explica o significado da 10
f(t)
equação h(t) = 50 e, em
seguida, resolve-a.
c) Mostra que existe pelo O t
menos um instante em
que o Filipe esteve a a) Indica o valor de lim f(t). Interpreta esse valor em termos do movimento da bola.
t Æ +∞
60 metros do solo.
b) Mostra que existe pelo menos um instante, entre o terceiro e o quarto segundos,
d) Seja h a função definida
em que a bola se encontra a 7 cm do solo.
por:
hpx h c) Resolve a equação f(t) = 10. A partir do conjunto-solução obtido, indica quantas
h(x) = 30e–0,2x cos i i +
j3j
+ 50 vezes, nos primeiros quinze segundos, a bola passa a 10 cm do solo. Justifica a
Qual é o valor de tua resposta.
lim h(x)? Retirado de Banco de Itens, GAVE
x Æ +∞

Sugestão de resolução
È h pt h È
a) lim f(t) = lim Í10 + 5 ¥ e–0,1t ¥ cos i i Í =
t Æ +∞ t Æ +∞ Î 4 jÎ j

= 10 + 5 ¥ lim ÈÍe–0,1t ¥ cos i pt i ÈÍ =


h h
t Æ +∞ Î j 4 jÎ
(*) Nota (*) 
= 10 =0
Como lim e–0,1t = 0 e
t Æ +∞
À medida que o tempo passa, a distância da bola ao solo tende a estabilizar
pt h
–1 ≤ cos hi i ≤ 1, ∀ t ∈R0 ,
+
em torno de 10 cm.
j4j
então:
b) Como a função f é contínua em todo o seu domínio (por ser a soma de duas
pt
lim ÈÍe–0,1t ¥ cos hi hi ÈÍ = 0. funções contínuas), também o é no intervalo [3, 4]. Tem-se que f(3) ≈ 7,4 e
t Æ +∞ Î j 4 jÎ
f(4) ≈ 6,6, ou seja, f(4) < 7 < f(3). O teorema de Bolzano-Cauchy permite
então concluir que ∃ x ∈]3, 4[: f(x) = 7.
Portanto, existe pelo menos um instante, entre o terceiro e o quarto segun-
dos, em que a bola se encontra a 7 cm do solo.
h pt h
= 10 ⇔ 5e–0,1t cos i pt i = 0 ⇔ cos i pt i = 0
h h h h
PROFESSOR c) 10 + 5e–0,1t cos i i
j4j j4j j4j

Soluções ⇔ pt = p + kp, k ∈N0


87. 4 2
a) 80 metros t 1
⇔ = + k, k ∈N0
b) As soluções representam os 4 2
instantes em que o Filipe se ⇔ t = 2 + 4k, k ∈N0
encontra a 50 metros do solo;
3 Portanto, a bola, nos primeiros 15 segundos, passa quatro vezes a 10 cm do
t= + 3k, k ∈N0.
2 solo (nos instantes 2, 6, 10 e 14 segundos).
d) 50

68
UNIDADE 4 Funções logarítmicas

Simbolicamente
4.6. Limites envolvendo funções exponenciais e Se a > 0:
funções logarítmicas • a+∞ = +∞
• a–∞ = 0
• loga(+∞) = +∞
À medida que fomos avançando com o estudo das funções exponenciais e das funções • loga(0+) = –∞
logarítmicas, fomo-nos deparando com vários limites envolvendo estas funções. Se 0 < a < 1:

Assim, quando estudamos as suas propriedades principais, vimos que: • a+∞ = 0


• a–∞ = +∞
y
• Se a > 1, lim (ax) = +∞ e lim (ax) = 0 • loga(+∞) = –∞
x Æ +∞ x Æ –∞
y = ax y = loga(x) • loga(0+) = +∞
lim (loga(x)) = +∞ e lim+ (loga(x)) = –∞ O x
x Æ +∞ xÆ0 88 Determina, se existir, cada
um dos seguintes limites.
• Se 0 < a < 1, lim (ax) = 0 e lim (ax) = +∞ y a) lim 2
5x – 2x
x Æ +∞ x Æ –∞ x Æ 1 x + 2x + 3
x
y=a
lim (loga(x)) = –∞ e lim+ (loga(x)) = +∞ b) lim [3x(5x – 2) + 8]
xÆ0
x Æ +∞ xÆ0 O x
c) lim (2x
2 – 5)
xÆ3
y = loga(x) 5x
Exemplos d) lim
x Æ +∞ 4x
23x
1. lim (px(1 – x)) = p+∞ ¥ (–∞) = +∞ ¥ (–∞) = –∞ e) lim
x Æ +∞ 32x
x Æ +∞
4x – 4
f) lim x
xÆ1 2 – 2
2. lim 7 ¥ 3x = lim 7 = 7 =
x ex + x
x Æ +∞ 1+2¥6 x Æ +∞ 1 x 1 g) lim
+ 2 ¥ 2 + 2 ¥ 2+∞ x Æ +∞ 3
3x 3+∞ ex + 5
h) lim
7 x Æ –∞ x
= = 7 = 7 =0 20
1 0 + ∞ +∞ i) lim
+ 2 ¥ (+∞) x Æ –∞ 10x + 5
+∞ 2
j) lim
x Æ –∞ 5–x + 1
xh x
lim (2x – 3x) = lim ÈÍ2x i1 – 3x i ÈÍ = lim ÈÍ2x i1 – i 3 i i ÈÍ =
h h h h h 1
3. k) lim
x Æ +∞ x Æ +∞ Î j 2 j Î x Æ +∞ Î j j2j jÎ x Æ +∞ 7x – 15

+∞ 1
h h h h l) lim
= 2+∞ i1 – i 3 i i = +∞ ¥ (1 – (+∞)) = x Æ +∞ 8–x – 3
j j2j j
m) lim [(3 – 4x) ¥ 2x]
x Æ +∞
= +∞ ¥ (–∞) = –∞ 6 + 3x
n) lim
x Æ –∞ 4x – 2
x –∞ o) lim (2x
2 – 3x + 5)
h 5h –1 h5h –1 x Æ +∞
i i i i
x x j 2j j2j
lim 5 – x2 = lim p) lim (3–x + x + 2)
2
4. = = x Æ –∞
x Æ –∞ 10 x Æ –∞ 5x 5–∞

= 0 –+ 1 = – 1+ = –∞ PROFESSOR
0 0
FEL12_4.3
5. lim [(x2 – 1)log0,1(x)] = – 1 ¥ log0,1(0+) = –1 ¥ (+∞) = –∞
x Æ 0+
Soluções
h∞h 88.
i i
j∞j
log(x) = lim log(x) = lim log(x) = 1
6. lim a) b) 6 c) 16 d) +∞
x Æ +∞ log2(x) x Æ +∞ log2(x) x Æ +∞ log(x) 2
e) 0 f) 4 g) +∞ h) 0
log2(x)
1
i) 4 j) 0 k) 0 l) –
3
= lim log(2) = log(2) m) –∞ n) –3 o) +∞ p) 0
x Æ +∞

69
TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas

89 Determina, se existir, cada


As propriedades seguintes resultam do facto de as funções exponenciais e logarítmicas
um dos seguintes limites. serem funções contínuas e permitirem o cálculo de limites de funções compostas de fun-
a) lim (2 – 3log2(x)) ções exponenciais e logarítmicas com outras funções.
xÆ8

b) lim
1 + ln(x) Se a > 1, tem-se que:
xÆ1 x+2 lim f(x)
• Se lim f(x) = k (k ∈R), então lim (af(x)) = a x Æ b = ak.
c) lim (log3(x))2 xÆb xÆb
xÆ0+

d) lim + [(x – 1) ln(x)] • Se lim f(x) = +∞, então lim (af(x)) = a+∞ = +∞.
xÆ0 xÆb xÆb
log(x)
e) lim + 2
xÆ0 x – x
• Se lim f(x) = –∞, então lim (af(x)) = a–∞ = 0.
xÆb xÆb

f) lim (1 – x) ln(x)]
x Æ +∞ • Se lim f(x) = k (k ∈R+), então lim (logaf(x)) = loga( lim f(x)) = loga(k).
xÆb xÆb xÆb
g) lim (log2(3x + 1)
xÆ1 • Se lim f(x) = +∞, então lim (logaf(x)) = loga(+∞) = +∞.
xÆb xÆb
h) lim ln(9 – x2)
x Æ –3+
• Se lim f(x) = 0+, então lim (logaf(x)) = loga(0+) = –∞.
xÆb xÆb
i) lim log(1 – ex)
x Æ –∞

j) lim ln(5x – 7x)


Se 0 < a < 1, tem-se que:
x Æ –∞
lim f(x)
• Se lim f(x) = k (k ∈R), então lim (af(x)) = a x Æ b = ak.
k) lim [ln(3x – 1) – xÆb xÆb
x Æ +∞
– ln(2x + 4)] • Se lim f(x) = +∞, então lim (af(x)) = a+∞ = 0.
xÆb xÆb
x ln(x + 1) – x ln(x) + 4
l) lim
x Æ +∞ x
• Se lim f(x) = –∞, então lim (af(x)) = a–∞ = +∞.
xÆb xÆb
x ln(x + 1) – x ln(x2 + 3) + 4
m) lim
x Æ +∞ x
• Se lim f(x) = k (k ∈R+), então lim (logaf(x)) = loga( lim f(x)) = loga(k).
n) lim + log(1 – log2(x)) xÆb xÆb xÆb
xÆ0
2 – ln(x) • Se lim f(x) = +∞, então lim (logaf(x)) = loga(+∞) = –∞.
o) lim xÆb xÆb
x Æ +∞ 3ln(x) + 1
6 + log4(x) • Se lim f(x) = 0+, então lim (logaf(x)) = loga(0+) = +∞.
p) lim xÆb xÆb
x Æ +∞ log2(x)

Exemplos

1. lim (e–x2 + 1) = e–(–∞)2 + 1 = e–∞ = 0


x Æ –∞

2. lim log2(5x2 – 4) = log2( lim (5x2 – 4)) = log2(16) = 4


xÆ2 xÆ2

3. lim log(4 – x2) = log(0+) = –∞


xÆ2

PROFESSOR
4. lim log 1 (x2 – x + 2) = log 1 (+∞) = –∞
x Æ –∞
2 2
FEL12_4.3 (∞ – ∞)
h 3x + 4 h = ln h lim 3x + 4 h =
5. lim [ln(3x + 4) – ln(9x – 2)] = lim iln i i i
x Æ +∞ x Æ +∞ j 9x – 2 j j x Æ +∞ 9x – 2 j
Soluções
h h h h
89.
= ln i 3 i = ln i 1 i = –ln(3)
a) –7 b)
1
c) +∞ d) +∞ j9j j3j
3
e) +∞ f) –∞ g) 2 h) –∞ 6. lim [log0,3(1 – ln(x))] = log0,3(1 – ln(0+)) = log0,3(1 – (–∞)) = log0,3(+∞) = –∞
h3h x Æ 0+
i) 0 j) –∞ k) ln i i l) 4
j2j
1 1 Estamos agora em condições de provar uma propriedade, que nos foi muito útil no cál-
m) –∞ n) +∞ o) – p)
3 2
culo de limites de algumas sucessões. Observa o seguinte exercício resolvido.

70
UNIDADE 4 Funções logarítmicas

Exercício resolvido 90 Determina, se existir, cada


um dos seguintes limites.
Dadas duas sucessões de termos gerais, respetivamente, xn e yn tais que xn tem os a) lim
ex + 1 – e3
xÆ0 x–2
termos todos positivos, xn → a e yn → b (a > 0 e b ∈R), mostra que xnyn → ab.
ax – 1
Sugestão: Começa por justificar que xny = ey .
ln(xn) b) lim
n n
xÆ0 x
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 12.º ano
91 Determina, se existir, cada
Sugestão de resolução um dos seguintes limites.
2 ¥ 5x
a) lim
Sejam (xn) e (yn) duas sucessões tais que xn > 0, ∀ n ∈N, lim xn = a e yn = b, x Æ +∞ 3 ¥ 10x + 1

com a > 0 e b ∈R. Tem-se que: b) lim (7x – 3x)


x Æ +∞
xnyn = [eln(xn)]yn = eyn ln(xn) 3x – 2x
c) lim
x Æ –∞ 5x
Então: 3 + 2x
x
d) lim
lim(xnyn) = lim(eyn ln(xn)) = elim(yn ln(xn)) = x Æ +∞ 5x
= elim(yn) ¥ lim(ln(xn)) = eb × ln(lim(xn)) = ex
e) lim
x Æ +∞ x
2013
= eb × ln(a) = eln(ab) = ab
ex
f) lim
x Æ –∞ x
2013

x2013
g) lim
x Æ +∞ ex

Nota h) lim (e–x ¥ x7)


x Æ +∞
Esta última propriedade estende-se ao caso em que a é zero ou +∞ e b é +∞ ou –∞. 3x5 – 2x
i) lim
x Æ +∞ x5
3 – 2x
x
j) lim
hy x
+ 1 i = e e lim i1 + x i = ex e estudamos, também, o limite
h h hn x Æ +∞
Vimos que lim i1 3x – 5x
y Æ ±∞ j yj j nj k) lim
x Æ +∞ x2
ex – 1
notável lim = 1. Acrescentemos, agora, a esta lista, dois limites notáveis: um que ex + x + 10
xÆ0 x l) lim
x Æ –∞ x2
envolve a função exponencial e outro que envolve a função logarítmica, e que comparam x
e + x + 10
m) lim
o crescimento das funções polinomiais, exponenciais e logarítmicas. x Æ –∞ x2
n) lim (ex x4)
x Æ –∞
ex
Prova-se que lim k = +∞. Esta propriedade é habitualmente enunciada em linguagem h 1h
x Æ +∞ x o) lim i
jx ¥ e x ij
xÆ 0+
corrente do seguinte modo:
p) lim (2x x–2)
x Æ +∞
A função exponencial cresce muito mais rapidamente do que qualquer potência do e–x
q) lim
x Æ –∞ x4
seu expoente.
PROFESSOR
ln(x)
Recorrendo a este último resultado, concluímos que lim = 0.
x Æ +∞ x FEL12_4.1
FEL12_4.2

ln(x)
lim = lim ln(x) = lim 1 = Soluções
x Æ +∞ x x Æ +∞ eln(x) x Æ +∞ eln(x)
90.
ln(x) a) e3 b) ln(a)
91.
a) 0 b) +∞ c) –∞ d) 0
Consideremos a mudança de variável ln(x) = y: se x → +∞, então y → +∞.
e) +∞ f) 0 g) 0 h) 0
1 = 1 i) –∞ j) +∞ k) –∞ l) 0
= lim y y
= 1 =0 m) 0 n) 0 o) +∞ p) +∞
y Æ +∞ e e +∞
lim
y y Æ +∞ y q) +∞

71
TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas

92 Determina, se existir, cada


Esta propriedade é habitualmente enunciada em linguagem corrente do seguinte modo:
um dos seguintes limites.
5x – 1 + ln(x) A função logarítmica neperiana cresce muito mais lentamente do que o seu argumento.
a) lim
x Æ +∞ –x
x ln(x) Exemplos
b) lim
x Æ +∞ x2 + 4x + 3
5 x h 5 x h
ln(x3) 1. lim 5x –10e = lim i– 5x10 + e10 i =
c) lim
x Æ +∞ 2x x Æ +∞ –x x Æ +∞ j x x j
h h x
d) lim
ln(4x3) = lim i– 55 i + lim e10 =
x Æ +∞ 5x x Æ +∞ j x j x Æ +∞ x

ln(x) = 0 + (+∞) = +∞
e) lim
x Æ +∞ ex
2x x x x
lim e –e e = lim e (e e– 1) =
f) lim + ÈÍ x ln i i ÈÍ
h1h 2.
xÆ0 Î jxjÎ
x Æ +∞ x x Æ +∞ x
È ex x
= lim Í e (e – 1)ÈÍ =
x Æ +∞ Î x Î
x
= lim ee ¥ lim (ex – 1) =
x Æ +∞ x x Æ +∞

= +∞ ¥ (e+∞ – 1) =
= +∞ ¥ (+∞) = +∞
x x x x x
3. lim 4 – 2 = lim 2 (2 – 1) = lim ÈÍ 2 (2x – 1)ÈÍ =
x Æ +∞ x x Æ +∞ x x Æ +∞ Î x Î
x
= lim 2 ¥ lim (2x – 1) =
x Æ +∞ x x Æ +∞

ln(2) ¥ x
= lim e ¥ lim (2x – 1) =
x Æ +∞ x x Æ +∞

Consideremos a mudança de variável ln(2) ¥ x = y: se x → +∞, então y → +∞.


= lim ey ¥ lim (2x – 1) =
y Æ +∞ y x Æ +∞

ln(2)
y
= lim ln(2)e ¥ lim (2x – 1) =
y Æ +∞ y x Æ +∞
APRENDE FAZENDO
y
Págs. 94, 96, 97, 98, 100, = ln(2) lim e ¥ lim (2x – 1) =
102 e 115 y Æ +∞ y x Æ +∞
Exercícios 4, 15, 16, 17,
19, 20, 24, 27, 28, 37, 42
= ln(2) ¥ (+∞) ¥ (2+∞ – 1) =
e 88 = +∞ ¥ (+∞) = +∞
(∞ ¥ 0)
CADERNO DE EXERCÍCIOS
E TESTES 4. lim (xk ex) =
x Æ –∞
Pág. 52
Exercício 24 Consideremos a mudança de variável –x = y ⇔ x = –y: se x → –∞, então y → +∞.
= lim ((–y)k e–y) =
y Æ +∞
PROFESSOR
= lim (–1)y y =
k k

y Æ +∞ e
FEL12_4.3
= (–1)k lim 1 =
Soluções
y Æ +∞ ey
92.
yk
a) –5 b) 0 c) 0 = (–1)k 1 =
+∞
d) 0 e) 0 f) 0
= (–1) ¥ 0 = 0, com k ∈N
k

72
UNIDADE 4 Funções logarítmicas

2 h h
5. lim 3x + 2 + ln(x) = lim i3x + 2 + ln(x) i = 93 Calcula, em a, o limite das
x Æ +∞ x x Æ +∞ j x x j
funções definidas pelas
h h
= lim i3x + 2 i + lim ln(x) = seguintes expressões,
x Æ +∞ j x j x Æ +∞ x utilizando mudança de
= +∞ + ∞ = +∞ variável sempre que te
parecer conveniente.
4 4
lim ln(2x ) = lim ln(2) + ln(x ) = lim ln(2) + 4ln(x) =
2 + 3ln(x)
6. a) f(x) = , a = +∞
x Æ +∞ 3x x Æ +∞ 3x x Æ +∞ 3x x–1
ea=1
= lim ln(2) + lim 4ln(x) = b) f(x) = 3x – 5ln(x), a = +∞
x Æ +∞ 3x x Æ +∞ 3x
ex
c) f(x) = , a = +∞
= ln(2) + 4 lim ln(x) = x4 +1
+∞ 3 x Æ +∞ x
e4x – 1
d) f(x) = ln(2x),
= 0 + 4 ¥ (+∞) = +∞ x2
3 a = 0 e a = +∞
e) (*) f(x) = x – ln(|5 – 2ex|),
ln(x) a = –∞ e a = +∞
7. lim loga(x) = lim ln(a) = lim ln(x) = log((x – 3)3)
x Æ +∞ x x Æ +∞ x x Æ +∞ ln(a) ¥ x f) (*) f(x) = 2 ,
x – 3x – 4
a=4
= 1 lim ln(x) = g) (*) f(x) = x(ln(x2 – 9) –
ln(a) x Æ +∞ x
– 2ln(x2)), a = +∞
= 1 ¥0=0 h) f(x) = xx, a = 0
ln(a)
1
i) f(x) = x x , a = 0
(0 ¥ ∞)
8. lim (x ln(x)) = h x2 h 1x
j) f(x) = i i ,
xÆ 0+ jx – 1j
a = 1 e a = +∞
Consideremos a mudança de variável 1 = y  x = 1 : se x → 0+, então y → +∞. k) (*) f(x) = sinxtanx, a = 0
x y
e2x – ex
h1 h hh
ln i 1 i i =
l) f(x) = ,a=0e
= lim i ln(x + 1)
y Æ +∞ j y j y jj
a = +∞
–1
= lim ln(y ) = m) f(x) =
32x – 9
,a=1
y Æ +∞ y x2
– 4x + 3
e a = +∞
= lim –ln(y) =
y Æ +∞ y (*) grau de dificuldade elevado
Caderno de Apoio às Metas
Curriculares, 12.º ano
= – lim ln(y) = 0
y Æ +∞ y
PROFESSOR
h 0 h
i i (*) Os graus de dificuldade elevados
j
ln(x + 1) = lim
0 j h1 h
9. lim i ln(x + 1)i = correspondem a desempenhos que não
xÆ0 x xÆ0 jx j serão exigíveis à totalidade dos alunos.

h h 1h h
= lim ijln ij(x + 1) x ij ij = FEL12_4.3
xÆ0

Consideremos a mudança de variável 1 = y  x = 1 : se x → 0, então y → ∞. Soluções


x y 93.
h hh1 hy hh a) 0; não existe. b) +∞
= lim iln i i + 1i i i =
yÆ∞ j jj y j jj c) +∞ d) Não existe; +∞
3
e) –ln(2) f) g) –∞
= ln(e) = 1 5
h) 1 i) Não existe.
Agora que já estamos na posse de vários limites envolvendo funções exponenciais e j) Não existe; 1 k) 1
funções logarítmicas, vamos aplicá-los, por exemplo, na determinação de assíntotas ao 9
l) 1; +∞ m) – ln(9); +∞
2
gráfico de funções, no estudo de continuidade, …

73
TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas

94 Estuda as funções Exercícios resolvidos


seguintes quanto à
existência de assíntotas 1. Estuda as funções seguintes quanto à existência de assíntotas ao seu gráfico e, caso
verticais e horizontais aos existam, escreve as suas equações.
seus gráficos e, caso
3x


existam, escreve as suas x2 + 2In(x) se 0 < x < 1
a) g(x) = b) h(x) = In(x)
equações. x
ex xe3 – x se x ≥ 1
a) f(x) =
1 – ex
ln(x)3 + 4 Sugestão de resolução
b) g(x) =
ln(x) + 1
1 a) Dg = {x ∈R: x > 0 ∧ x ≠ 0} = R+ = ]0, +∞[
+1
c) h(x) = ex
• Assíntotas verticais
x2 + 2In(x)
95 Estuda as funções lim+ g(x) = lim+ =
xÆ0 xÆ0 x
seguintes quanto à
h 0 h
existência de assíntotas i
j
i
j
0 + 2In(0+)
0
aos seus gráficos e, caso = =
existam, escreve as suas
0+
equações.
–∞
= + = –∞
1 0
a) f(x) = x + e x
A reta de equação x = 0 é uma assíntota vertical ao gráfico de g. Como a
x
b) g(x) = função é contínua no seu domínio, o seu gráfico não admite mais assín-
log(x) – 2
totas verticais.
h1h
c) h(x) = x In i i + 3x
jxj • Assíntotas não verticais
d) i(x) = In(x – 1)2 x2 + 2In(x)
m = lim
g(x)
= lim x =
96 Estuda as funções x Æ +∞ x x Æ +∞ x
h∞h
i i
seguintes quanto à j∞j x2 + 2In(x)
= lim =
existência de assíntotas x Æ +∞ x2
aos seus gráficos e, caso
h x2 2In(x) h
existam, escreve as suas = lim i 2 + i =
x Æ +∞ j x x2 j
equações.
ex se x ≤ 0 x2 2In(x)


= lim 2 + lim =
a) f(x) = x Æ +∞ x x Æ +∞ x2
In(x) se x > 0
In(x) 1
= 1 + 2 lim ¥ lim =
x x Æ +∞ x


In(x) se x > 0 x Æ +∞
x 1
b) g(x) =
x2
=1+2¥0¥ =1
se x ≤ 0 +∞
x–2
h x2
+ 2In(x) h
b = lim (g(x) – mx) = lim i – xi =
PROFESSOR x Æ +∞ x
x Æ +∞ j j
x + 2In(x) – x
2 2
= lim =
Soluções x Æ +∞ x

h h
94. i i
j∞j 2In(x)
a) x = 0, y = –1 e y = 0 = lim =
x Æ +∞ x
1
b) x = e y = 3 c) x = 0 e y = 2 In(x)
e = 2 ¥ lim =
95. x Æ +∞ x
a) x = 0 e y = x + 1 b) x = 100 =2¥0=0
c) Não existem assíntotas.
A reta de equação y = x é uma assíntota oblíqua ao gráfico de g, quando
d) x = 1
96. x Æ +∞. Dado que o domínio da função é limitado inferiormente, o seu
a) x = 0 e y = 0 gráfico não admite outra assíntota não vertical.
b) x = 0; y = 0 e y = x + 2

74
UNIDADE 4 Funções logarítmicas

97 Considera a função f, de
domínio R+0, definida por:
b) Dh = R+ = ]0, +∞[
2ln(x) – ex – 1 + 1 se x > 1


• Assíntotas verticais 6(x – 1)
1
3x 0+ 0+ f(x) = se x = 1
lim+ h(x) = lim+ = +
= =0 6
xÆ0 x Æ 0 In(x) In(0 ) –∞ √∫x – 1 se 0 ≤ x < 1
A reta de equação x = 0 não é uma assíntota vertical ao gráfico de h. x2 + x – 2
3x 3 3 Resolve os dois primeiros
lim h(x) = lim– = = = –∞ itens recorrendo a métodos
x Æ 1– x Æ 1 In(x) In(1–) 0–
exclusivamente analíticos.
A reta de equação x = 1 é uma assíntota vertical ao gráfico de h. Como a fun- a) Averigua se a função f é
ção é contínua em R+\{1}, o seu gráfico não admite mais assíntotas verticais. contínua em x = 1.
• Assíntotas não verticais b) Mostra que a equação
f(x) = –1 tem, pelo
h(x) xe3 – x
m = lim = lim = lim e3 – x = e–∞ = 0 menos, uma solução no
x Æ +∞ x x Æ +∞ x x Æ +∞
intervalo ]4, 5[. Em
eventuais cálculos
b = lim (h(x) – mx) = lim (xe3 – x) = intermédios, sempre
x Æ +∞ x Æ +∞
que procederes a
h e3 h arredondamentos,
= lim ix i =
x Æ +∞ j ex j conserva três casas
decimais.
hxh
= e3 lim i xi = c) Recorrendo às
x Æ +∞ je j
capacidades gráficas da
= e3 1 = tua calculadora,
h ex h determina a área do
lim i i
x Æ +∞ j x j triângulo [OAB], onde:
1 • O é a origem do
= e3 ¥ =0
+∞ referencial;
A reta de equação y = 0 é uma assíntota horizontal ao gráfico de h, quando • a abcissa de B é o
valor de x pertencente
x Æ +∞. Como o domínio da função é limitado inferiormente, o seu grá-
ao intervalo ]0, 1[ tal
fico não admite outra assíntota não vertical. f(0)
que f(x) = ;
2
• A é o ponto de
2. Considera a função f, de domínio R, definida por: interseção do gráfico
de f com o eixo das


1 2
ln (–x) – x se x ≤ –1 ordenadas.
f(x) = 2
Na tua resposta deves
x2 e–x + ln(ex + 1 – 1) se x > –1
apresentar a abcissa de B
Resolve os itens seguintes recorrendo a métodos analíticos, sem utilizar a calcu- com arredondamento às
ladora. milésimas e o valor da
1 – ln(–x) área do triângulo [OAB]
a) Mostra que, no intervalo ]–∞, –1[, f”(x) = e estuda nesse intervalo a
x2 arredondado às
décimas, assim como o(s)
função f quanto ao sentido das concavidades do seu gráfico e quanto à existên-
gráfico(s) visualizado(s)
cia de pontos de inflexão. Na tua resposta, deves indicar o(s) intervalo(s) em na calculadora.
que o gráfico de f tem a concavidade voltada para baixo, o(s) intervalo(s) em
que o gráfico de f tem a concavidade voltada para cima e, caso existam, as coor- PROFESSOR
denadas do(s) ponto(s) de inflexão do gráfico de f.
Soluções
b) O gráfico da função f tem uma assíntota oblíqua quando x tende para +∞, de 97.
equação y = x + b, com b ∈R. Determina b. a) f é contínua em x = 1.
(continua) c) ) A[OAB] ≈ 0,1 u. a.

75
TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas

98 Considera a função f, de Exercícios resolvidos


domínio R, definida por:


1

f(x) = xe se x < 0
x
Sugestão de resolução
ln(x + 1) – ln(x + 2) se x ≥ 0 1 2
a) Em ]–∞, –1[, f(x) = ln (–x) – x. Logo, neste intervalo:
2
Resolve os dois primeiros
h1 h
itens recorrendo a métodos
f’(x) = i ln2(–x)i ’ – (x)’ =
exclusivamente analíticos. j2 j
a) Estuda a função f, em R–, 1
quanto à existência de
= ¥ 2 ln(–x) ¥ (ln(–x))’ – 1 =
2
assíntotas ao seu gráfico.
(–x)’
b) Determina a equação = ln(–x) ¥ –1=
–x
reduzida da reta
tangente ao gráfico da ln(–x)
= –1
função f no ponto de x
abcissa 1.
e:
c) Em R–, o gráfico da
h ln(–x) h
função f apresenta um f”(x) = i – 1i ’ =
único ponto onde a reta j x j
tangente ao gráfico
(ln(–x))’ ¥ x – ln(–x) ¥ x’
nesse ponto tem = – 1’ =
x2
inclinação igual a 30°.
(–x)’
Recorrendo às ¥ x – ln(–x) ¥ 1
capacidades gráficas da = –x –0=
tua calculadora, x2
–1
determina a abcissa ¥ x – ln(–x)
desse ponto. –x
= =
Na tua resposta deves: x2
• equacionar o 1 – ln(–x)
=
problema (podes x2
realizar algum
trabalho analítico
antes de recorrer à 1 – ln(–x)
f”(x) = 0 ⇔ =0
calculadora); x2
• reproduzir, num ⇔ 1 – ln(–x) = 0 ∧ x2 ≠ 0
referencial, o(s)
gráfico(s) ⇔ ln(–x) = 1 ∧ x ≠ 0
visualizado(s) na
calculadora, ⇔ –x = e ∧ x ≠ 0
devidamente
⇔ x = –e
identificados;
• apresentar a abcissa x –∞ –e –1
do ponto pretendido
com arredondamento Sinal de f” – 0 + n.d.
às centésimas
Sentidos das concavidades
∩ P.I. ∪ n.d.
do gráfico de f
PROFESSOR
O gráfico de f tem a concavidade voltada para baixo em ]–∞, –e[ e tem a
Soluções
98.
concavidade voltada para cima em ]–e, –1[.
a) x = 0 e y = x – 1 1
h h
1 h2h 1 O ponto de inflexão tem coordenadas (–e, f(–e)), ou seja, o ponto i–e, + ei .
b) y = x + ln i i – j 2 j
6 j3j 6
c) –1,39

76
UNIDADE 4 Funções logarítmicas

b) Sabemos que o gráfico da função f tem uma assíntota oblíqua quando x tende
para +∞, de equação y = x + b, logo m = 1 e b = lim (f(x) – x).
x Æ +∞
Assim:
b = lim (f(x) – x) = lim (x2e–x + ln(ex + 1 – 1) – x) =
x Æ +∞ x Æ +∞

x2
= lim x + lim (ln(ex + 1 – 1) – x) =
x Æ +∞ e x Æ +∞

= 0 + lim (ln(ex + 1 – 1) – ln(ex)) =


x Æ +∞

h ex + 1 – 1h
= lim ln i i =
x Æ +∞ j ex j

h ex + 1 1h
= lim ln i – i =
x Æ +∞ j ex ex j
h 1h
= lim ln ie – i =
x Æ +∞ j ex j
= ln(e – 0) =
= ln(e) =
=1

3. Sejam f e g duas funções, ambas de domínio R+. 99 Sejam f e g duas funções,


Sabe-se que: ambas de domínio R+.
Sabe-se que:
• lim (f(x) – 2x + 1) = 0;
x Æ +∞ • lim [f(x) – x] = 0;
x Æ +∞
• a função g é definida por g(x) = e–x – f(x).
• a função g é definida
Prova que o gráfico de g admite uma assíntota oblíqua. por g(x) = f(x) + ex.
Prova que o gráfico de g
não tem assíntotas
Sugestão de resolução oblíquas.

Como lim (f(x) – 2x + 1) = 0, a reta de equação y = 2x – 1 é uma assíntota oblíqua


x Æ +∞
f(x)
ao gráfico da função f e, consequentemente, lim = 2 e lim (f(x) – 2x) = –1.
x Æ +∞ x x Æ +∞

Averiguemos então a existência de assíntotas oblíquas ao gráfico de g:


g(x) e–x – f(x)
m = lim = lim =
x Æ +∞ x x Æ +∞ x
h e–x f(x) h
= lim i – i =
x Æ +∞ j x x j
e–x f(x)
= lim – lim =
x Æ +∞ x x Æ +∞ x

2
0
= –2=
+∞
=0–2=
= –2
(continua)

77
TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas

Exercícios resolvidos

b = lim (g(x) – mx) =


x Æ +∞

= lim (e–x – f(x) – (–2)x) =


x Æ +∞

= lim [e–x – (f(x) – 2x)] =


x Æ +∞

= lim e–x – lim (f(x) – 2x) =


x Æ +∞ x Æ +∞

–1
=0+1=
=1
Assim se prova que o gráfico de g admite uma assíntota oblíqua, que é a reta
de equação y = –2x + 1.

ERRO TÍPICO

Um dos erros mais comuns no exercício anterior é a substituição de f(x) pela


expressão analítica da assíntota, quando x Æ +∞, ou seja:
g(x) e–x – f(x)
m = lim = lim =
x Æ +∞ x x Æ +∞ x
e–x – (2x – 1)
= lim
x Æ +∞ x

ERRO!
Supõe, agora, um novo exercício.
Consideremos a função f definida por f(x) = 2x – 1 + 1 cujo gráfico admite a
x
reta de equação y = 2x – 1como assíntota.
f(x) – 2x + 1
Calcula lim .
x Æ +∞ e–x
APRENDE FAZENDO
Págs. 109, 110, 111, 116 f(x) – 2x + 1
Vamos calcular lim , substituindo f(x) pela sua expressão analítica,
e 117 x Æ +∞ e–x
Exercícios 63, 66, 67, 68,
69, 89, 90, 91, 92, 93 e 94
uma vez que é conhecida:
1 1
2x – 1 + – 2x + 1
CADERNO DE EXERCÍCIOS f(x) – 2x + 1 x x ex
lim = lim = lim = lim = +∞
E TESTES x Æ +∞ e–x x Æ +∞ e–x x Æ +∞ e–x x Æ +∞ x
Págs. 50, 54 e 55
Exercícios 19, 28, 29, 30, Repara no que teria acontecido se erradamente tivesses substituído pela ex-
31, 32, 33 e 34
pressão analítica da assíntota quando x Æ +∞:
f(x) – 2x + 1 2x – 1 – 2x + 1 0
PROFESSOR lim = lim = lim –x = lim 0 = 0
x Æ +∞ e–x x Æ +∞ e–x x Æ +∞ e x Æ +∞

Repara que, se esta substituição fosse sempre uma regra válida, os dois valores
Apresentação
“Funções logarítmicas” obtidos teriam que ser iguais e não o são.
Teste interativo
“Funções logarítmicas”

78
UNIDADE 5 Modelos exponenciais
UNIDADE 4 Funções logarítmicas

UNIDADE 5
Modelos exponenciais

As aplicações das funções exponenciais, na modelação de situações da vida real, são


muito vastas e surgem nas mais diversas áreas do conhecimento, como terás oportunidade
de verificar nos exercícios que te propomos nesta unidade.
A evolução de determinadas grandezas, como a massa de uma substância radioativa,
a temperatura de alguns sistemas ou o número de indivíduos de certas populações, pode
ser modelada por uma “equação diferencial de 1.ª ordem” da forma f’ = kf, que traduz o
facto de, em cada instante, a taxa de variação ser aproximadamente proporcional à quan-
tidade de grandeza presente.
Ou seja, nesta unidade vais resolver problemas envolvendo um modelo matemático f(x)
que satisfaz uma equação do tipo f’ = kf, onde k é um número real, isto é, uma equação
cujas soluções são funções reais de variável real que em cada ponto x do respetivo domí-
nio verifica f’(x) = kf(x).

Propriedade
Dados dois números reais k e c, as funções f(x) = cekx são soluções, em R, da equação
diferencial f’ = kf e todas as soluções desta equação são desta forma.

Comecemos por verificar que as funções f(x) = cekx são soluções, em R, da equação di-
ferencial f’ = kf:
(cekx)’ = k(cekx) ⇔ kcekx = kcekx
Como chegamos a uma igualdade verdadeira, concluímos que a função f definida por
f(x) = cekx satisfaz a equação diferencial f’ = kf.
Vejamos agora que todas as soluções são desta forma.
Ora, se supusermos que uma dada função u é solução da referida equação, ou seja, se
u’(x) = ku(x) e se multiplicarmos ambos os membros da igualdade por e–kx, obtemos:
u’(x) ¥ e–kx = ku(x) ¥ e–kx ⇔ u’(x) ¥ e–kx – ku(x) ¥ e–kx = 0
⇔ u’(x) ¥ e–kx + u(x) ¥ (e–kx)’ = 0
⇔ (u’(x) ¥ e–kx)’ = 0
PROFESSOR
A última equação leva-nos a concluir que u(x) ¥ e–kx é constante, isto é, existe C ∈R tal que:
u(x) ¥ e–kx = C Resolução
ou seja: Todos os exercícios de “Modelos
exponenciais”
u(x) = C
e–kx FEL12_5.1
ou ainda: FEL12_5.2
u(x) = Cekx

79
TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas

Acabámos de provar que as funções dadas pelas expressões analíticas Cekx são as únicas
soluções, em R, da equação diferencial f ’ = kf.

Exemplos

1. Decaimento radioativo

As substâncias radioativas têm uma tendência natural para se desintegrarem. Assim,


com o passar do tempo, a quantidade da substância original diminui.
A análise do fenómeno físico responsável pela variação da massa destas substâncias
sugere que a taxa de desintegração de uma substância radioativa é proporcional à quan-
tidade da substância radioativa no instante considerado.
Verifica-se, então, que a função massa m de substância radioativa presente numa amos-
tra satisfaz uma equação do tipo:
m’ = –km
Sabemos, assim, que as funções m(t) são todas da forma:
m(t) = m0 e–k(t – t0), sendo m0 a massa de substância radioativa em determinado instante
t0 e k é uma constante (de desintegração) característica de cada substância radioativa.
Na prática, a constante k fica determinada a partir de um número, chamado semivida
da substância.
A semivida de uma substância radioativa é o tempo necessário para que se desintegre
metade da massa de um corpo formado por aquela substância.
Repara que se igualarmos a massa da substância a metade da massa inicial, vem que:

m0 e–k(t – t0) = m0 ⇔ e–k(t – t0) = m0


2 2m0

⇔ e–k(t – t0) = 1
2

h h
⇔ –k(t – t0) = ln i 1 i
j2j

ln hi 1 hi
j2 j
⇔ t – t0 =
–k

⇔ t – t0 = ln(2)
k

t – t0 representa o tempo que a massa demora a reduzir-se a metade e, como se percebe


pelos cálculos acima, não depende da massa inicial e é uma quantidade característica
da substância.

Se designarmos a semivida por th, teremos então:

th = ln(2) ⇔ k = ln(2)
k th

80
UNIDADE 5 Modelos exponenciais

2. Crescimento populacional Contextualização histórica

Pensemos, agora, na evolução de uma determinada população, por exemplo, de seres


humanos oriundos de um determinado país.
Em cada instante t, designe-se por P(t) o número de indivíduos de uma determinada
população.
Designando por N a taxa de natalidade média por habitante e por M a taxa de morta-
lidade média por habitante, e supondo que a variação de P ao longo do tempo é apenas
uma consequência das mortes e dos nascimentos que vão ocorrendo, verifica-se que
Tomas Robert Malthus
P(t) é tal que: (1766-1834)
P’(t) = (N – M)P(t) Malthus foi o primeiro a
sustentar que, enquanto o
Esta equação já é conhecida, pois é do tipo f’ = kf. crescimento da população
humana ocorre em
N – M designa-se, geralmente, por taxa de crescimento médio por habitante. progressão geométrica, o
crescimento da oferta de
As soluções deste modelo de crescimento populacional podem ser todas expressas na
alimentos ocorre em
forma P(t) = P0 e(N – M)(t – t0), sendo P0 a população em determinado instante t0. progressão aritmética.
Em 1798, Malthus
Este modelo, chamado “Malthusiano” – em honra a Malthus, que, na viragem do sé-
formulou o modelo
culo XVIII para o século XIX, apresentou este modelo (fazendo, a partir dele, previsões P(t) = P0e(N – M)(t – t0) para
dramáticas para o futuro da Humanidade) – tem fortes limitações, pois não leva em descrever a população
consideração a limitação dos recursos, a imigração e a emigração, as variações das presente em determinado
ambiente em função do
taxas de natalidade e de mortalidade, os conflitos, etc.
tempo, t, contado a partir
de um certo instante
inicial, sendo P0 a
população em
3. Modelo de Newton de aquecimento/arrefecimento determinado instante t0.
Examinemos agora um outro exemplo de problema, cuja resolução envolve uma equa-
ção diferencial do mesmo tipo.
Consideremos a lei de Newton do arrefecimento/aquecimento, segundo a qual a taxa
de variação instantânea da temperatura de um corpo é diretamente proporcional à di-
ferença entre a temperatura ambiente e a temperatura do corpo. Seja T(t) a temperatura
do corpo no instante t e Ta a temperatura ambiente, supostamente constante.
Teremos então para uma certa constante k > 0:
T’(t) = k(Ta – T(t))

Repara que se considerarmos f(t) = Ta – T(t), vem que:


f’(t) = –T’(t) = –k(Ta – T(t)) = –kf(t)

As soluções deste modelo são, então, as funções definidas por:


T(t) = T0 e–k(t – t0) + Ta (1 – e–k(t – t0))

ou seja, a temperatura em cada instante é uma média pesada entre a temperatura inicial
do corpo e a temperatura ambiente, de modo que o “peso” associado à temperatura
do corpo tende para zero exponencialmente e o “peso” associado à temperatura am-
biente tende para 1 também exponencialmente.

81
TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas

100 A população de uma Esquematizando / Resumindo


determinada cidade era de
750 000 habitantes no A tabela seguinte resume os três modelos de crescimento/decrescimento exponencial
início de 1990 e de estudados:
900 000 no início de
2000. Supondo que a Designação Modelo Gráfico
evolução desta cidade
obedecia a uma lei y
Decaimento
Malthusiana (taxa m(t) = m0 e–k(t – t0)
radioativo
x
constante de crescimento
populacional por Crescimento y
habitante): populacional P(t) = P0 e(N – M)(t – t0)
a) que população se pode Malthusiano x
prever para o início do
y
ano de 2020?
Modelo de Newton Ta
b) em que ano se espera T(t) = T0 e–k(t – t0) + x
de aquecimento/
que a população atinga + Ta(1 – e–k(t – t0)) y
arrefecimento
1 500 000 habitantes? Ta
x

Exercícios resolvidos

1. A população da Nova Zelândia era de 1,218 ¥ 106 habitantes em 1921 e de


1,344 ¥ 106 em 1926. Supondo que a evolução da população deste país obedecia
a uma lei Malthusiana (taxa constante de crescimento populacional por habitante),
determina a população P(t), para qualquer instante t. Sabendo que os valores reais
eram, em milhões de habitantes, respetivamente, 1,491 em 1935, 1,648 em 1945,
1,923 em 1953 e 3,14 em 1977, discute a adequação do modelo adotado à rea-
lidade, no período de tempo considerado, calculando as percentagens de erro do
modelo relativamente aos dados reais.
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 12.º ano

Sugestão de resolução

Seja P(t) a população da Nova Zelândia, em milhões de habitantes, após t anos


desde o início de 1921. Dado que P(t) obedece a uma lei Malthusiana, é defi-
nida por um modelo do tipo:
P(t) = P0 e(N – M)(t – t0)

Consideremos t0 = 0. Então, P(0) = 1,218 e P(5) = 1,344. Logo:

1,218 e(N – M) ¥ 5 = 1,344 ⇔ e(N – M) ¥ 5 = 1,344


1,218
h h
⇔ 5(N – M) = ln i 1,344 i
j 1,218 j
PROFESSOR
h h
⇔ N – M = 1 ln i 1,344 i
Soluções 5 j 1,218 j
100. 1 hi 1,344 hi
ln t
a) 1 296 000 Assim, P(t) = 1,218 ¥ e 5 j1,218j .
b) 2028

82
UNIDADE 5 Modelos exponenciais

101 Uma massa de m0 = 100


gramas de rádio-228,
De acordo com este modelo, determinemos a população em 1935, em 1945, existente numa amostra
em 1953 e em 1977: no instante t0 = 0,
1 h 1,344 h desintegra-se ao longo do
ln ij i ¥ 14
P(14) = 1,218 ¥ e 5 1,218 j ≈ 1,605 tempo. Em todo o instante t,
1 hi 1,344 hi a taxa de variação
ln ¥ 24
P(24) = 1,218 ¥ e 5 j1,218j ≈ 1,954 instantânea da massa,
1 hi 1,344 hi
ln ¥ 32 m’(t), é proporcional à
P(32) = 1,218 ¥ e 5 j1,218j ≈ 2,287 massa m(t) existente nesse
1 hi 1,344 hi
ln ¥ 56 instante. Sabendo que, ao
P(56) = 1,218 ¥ e 5 j1,218j ≈ 3,668
fim de 10 anos, a massa
Calculemos, agora, as percentagens de erro do modelo relativamente aos de rádio-228 é igual a
m(10) = 35,539 gramas,
dados reais:
calcula o tempo
i 1,491 – 1,605 i
i i ¥ 100 ≈ 7,6% necessário à desintegração
i 1,491 i de metade da massa
i 1,648 – 1,954 i inicial.
i i ¥ 100 ≈ 18,6%
i 1,648 i Apresenta o resultado em
i 1,923 – 2,287 i anos, arredondado às
i i ¥ 100 ≈ 18,9% décimas.
i 1,923 i
i 3,14 – 3,668 i
i i ¥ 100 ≈ 16,8%
i 3,14 i

Dado que se verificam discrepâncias notáveis com os resultados da experiên-


cia, devem-se reexaminar os pressupostos que serviram de base ao modelo
encontrado. 102 Uma massa de tório,
existente numa amostra,
desintegra-se ao longo do
2. Uma massa de m0 = 50 gramas de rádio-226, existente numa amostra no instante tempo. Em todo o instante t,
t0 = 0, desintegra-se ao longo do tempo. Em todo o instante t, a taxa de variação a taxa de variação
instantânea da massa,
instantânea da massa, m’(t), é proporcional à massa m(t) existente nesse instante.
m’(t), é proporcional à
Sabendo que, ao fim de 1 ano, a massa de rádio é igual a m(1) = 49,975 gramas, massa m(t) existente nesse
calcula o tempo necessário à desintegração de metade da massa inicial. Apresenta instante. Sabendo que, ao
o resultado em anos, arredondado à unidade. fim de 33 600 anos,
a massa de tório se reduz
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 12.º ano
3
a da sua quantidade
4
Sugestão de resolução
inicial, calcula o tempo
Dado que m’(t) = km(t), para uma determinada constante k, então m é definida necessário à desintegração
de metade da massa
por um modelo do tipo: inicial.
m(t) = m0 e–k(t – t0) Apresenta o resultado em
anos, arredondado às
Atendendo a que m0 = 50 e t0 = 0, tem-se m(t) = 50e–kt. Como m(1) = 49,975,
unidades.
então:
h h
50 e–k = 49,975 ⇔ e–k = 49,975 ⇔ –k = ln i 49,975 i
50 j 50 j
h h
⇔ k = –ln i 49,975 i
j 50 j
h h
⇔ k = ln i 50 i PROFESSOR
j 49,975 j
h 49,975 h
ln ij it h ht Soluções
Logo, m(t) = 50e 50 j , ou seja, m(t) = 50 ¥ i 49,975 i . 101. 6,7 anos
j 50 j (continua)
102. 80 975 anos

83
TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas

Exercícios resolvidos

Pretendemos determinar o tempo necessário à desintegração de metade da


massa inicial, isto é, determinar t tal que m(t) = 25:
h ht
O método do carbono-14 m(t) = 25  50 ¥ i 49,975 i = 25
j 50 j
O carbono-14, representado
h ht
por C14, é um isótopo  i 49,975 i = 1
radioativo do carbono j 50 j 2
formado na atmosfera devido h h
ao bombardeamento da Terra  t = log 49,975 i 1 i
50 j 2 j
por raios cósmicos.
 t ≈ 1386 anos
Os seres vivos absorvem e
perdem C14, de modo que, em São necessários 1386 anos para que se desintegre metade da massa inicial.
cada espécie, a quantidade de
carbono-14 permanece Outro processo
estável. Porém, quando o ser
vivo morre, a absorção deixa
Sabemos que a semivida de uma substância radioativa é dada por ln(2) , ou
k
de ocorrer e dá-se início a um ln(2)
seja, ≈ 1386 anos.
decréscimo da quantidade de h 50 h
ln i i
carbono-14 no organismo j 49,975 j
considerado. Esta
característica explica que a
quantidade de carbono-14
3. O carbono-14 sofre desintegração radioativa, de tal forma que a taxa de variação,
seja utilizada na datação de
fósseis ou de objetos muito Q’(t), da massa Q(t), existente ao fim de t anos, é diretamente proporcional a Q(t),
antigos. sendo a constante de proporcionalidade igual a –0,000 12.
a) Prova que, a partir de uma massa inicial Q0, a massa Q(t), existente ao fim de t
anos, é dada pela fórmula Q(t) = Q0 e–0,000 12t.
b) Uma amostra recolhida num túmulo contém apenas 30% de carbono-14 pre-
visto em organismos vivos. Determina a idade dessa amostra, em anos, aproxi-
mada à unidade.
c) Uma amostra de origem vegetal foi datada de aproximadamente 15 200 anos.
Qual é a percentagem de carbono-14 contida nessa amostra? Apresenta o re-
sultado arredondado às centésimas.
APRENDE FAZENDO
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 12.º ano
Págs. 111 e 118
Exercícios 70, 95 e 96
Sugestão de resolução
CADERNO DE EXERCÍCIOS
E TESTES a) Sabemos que Q’(t) = –0,000 12Q(t).
Pág. 53 Comecemos por verificar que as funções Q(t) = Q0 e–0,000 12t são soluções
Exercícios 25, 26 e 27
da equação diferencial Q’(t) = –0,000 12Q(t):
Teste n.º 4
(Q0 e–0,000 12t)’ = –0,000 12Q0 e–0,000 12t
⇔ –0,000 12Q0 e–0,000 12t = –0,000 12Q0 e–0,000 12t
PROFESSOR
Como chegamos a uma igualdade verdadeira, concluímos que a função Q,
Apresentação
definida por Q(t) = Q0 e–0,000 12t, satisfaz a equação diferencial Q’(t) =
“Modelos exponenciais” = –0,000 12Q(t).
Teste interativo
“Modelos exponenciais”

84
UNIDADE 5 Modelos exponenciais

103 A massa de carbono-14,


presente numa amostra ao
Vejamos agora que todas as soluções são desta forma. fim de t anos, é dada pela
Ora, se suposermos que uma dada função u é solução da referida equação, fórmula Q(t) = Q0 e–kt,
sendo t o tempo, em anos,
ou seja, se u’(t) = –0,000 12u(t), e se multiplicarmos ambos os membros da
e Q0 a quantidade inicial
igualdade por e0,000 12t, obtemos: da substância.
a) Sabendo que a semivida
e0,000 12t ¥ u’(t) = –0,000 12u(t) e0,000 12t do carbono-14 é
5570 anos, prova que
⇔ e0,000 12t ¥ u’(t) + 0,000 12u(t) e0,000 12t = 0 k ≈ 0,000 124 4.
b) Verifica que ∀ t ∈R+0,
 e0,000 12t ¥ u’(t) + 0,000 12u(t) e0,000 12t = 0 Q(t + 1)
é constante.
Q(t)
 (e0,000 12t ¥ u(t))’ = 0 Determina o valor
dessa constante,
Logo, e0,000 12t ¥ u(t) é constante, isto é: arredondado às
décimas, e interpreta
esse valor no contexto
e0,000 12t ¥ u(t) = C, C ∈R ⇔ u(t) = C , C ∈R da situação descrita.
e0,000 12t
c) Utiliza o método de
⇔ u(t) = C ¥ e–0,000 12t, C ∈R carbono-14 para
resolveres o seguinte
problema:
Como Q0 = u(0), então: Num castelo inglês
existe uma velha mesa
Q0 = C ¥ e–0,000 12 ¥ 0 ⇔ Q0 = C redonda de madeira que
muitos afirmavam ser a
famosa Távola Redonda
Logo, provámos que Q(t) = Q0 e–0,000 12t. do Rei Artur, que viveu
no século V. Através de
um instrumento que
mede a radioatividade,
b) 0,3Q0 = Q0 e–0,000 12t ⇔ e–0,000 12t = 0,3 verificou-se que a massa
Q de C14 que existe
⇔ –0,000 12t = ln(0,3) atualmente na mesa é
0,894 vezes a massa Q0
⇔t= ln(0,3) de C14 que existe num
–0,000 12 pedaço de madeira, viva
com peso igual ao da
t ≈ 10 033 mesa. Q0 é também a
massa de C14 que existia
A amostra tem aproximadamente 10 033 anos. na mesa quando ela foi
feita, há t anos.
Averigua se a mesa
pode ser mesmo a
c) Q(15 200) = Q0 e–0,000 12 ¥ 15 200 = Távola Redonda e tem
em consideração que
= Q0 e–1,824 para o ser terá que ter
mais de 1500 anos.
Q0 e–1,824 ¥ 100 ≈ 16,14%
Q0 PROFESSOR

Solução
A percentagem de carbono-14 contida nessa amostra é aproximadamente 103. b) 99; a cada 100 anos, a
16,14%. massa de carbono-14 presente
na amostra diminui
aproximadamente 1%. c) Não
pode ser a Távola Redonda.

85
TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas

SÍNTESE

1. Juros compostos

Dado um capital inicial C0, e aplicando-se juros compostos Exemplo


à taxa de r% a T, tem-se que o capital disponível ao fim
O Sr. Alves aderiu a um plano de pou-
h hn
de n ∈N períodos de tempo T é igual a C0 i1 + r i . pança com uma taxa de juro semestral de
j 100 j
0,5%, em regime de juro composto. Para
tal, em janeiro de 2018, efetuou um de-
Sejam r um número real, n um número natural e C0 um pósito de 2000 euros. Sabendo que este
capital disponível no início de um determinado período plano de poupança termina em janeiro
de um ano. Se dividirmos esse ano em n períodos iguais, de 2028, qual é o capital acumulado ao
de medida temporal T, e aplicarmos juros compostos à fim deste período de tempo?
taxa de r % a T, durante esses n períodos ao capital ini- Sabemos que, partindo de um capital ini-
n
cial de 2000 euros, e aplicando-se juros
cial C0, o capital disponível ao fim de um ano é igual a: compostos à taxa de 0,5% a 6 meses, o ca-
h r hn pital disponível ao fim de 20 semestres é
C0 i1 + i
igual a:
j 100n j
h h 20
2000 i1 + 0,5 i = 2000 ¥ 1,00520
j 100 j
Págs. 6 a 11 ≈ 2209,79 €

2. Número de Neper

h hn
A sucessão de termo geral un = i1 + 1 i é: Exemplo
j nj
• crescente; O Sr. Bastos depositou a sua poupança
num banco que capitaliza o juro mensal-
• limitada. mente. Determina a taxa de juro anual
h hn mínima para que o capital acumulado ao
Logo, a sucessão de termo geral un = i1 + 1 i é conver- fim de um ano tenha duplicado?
j nj
gente e tem-se que:
Sabemos que, se aplicarmos juros compos-
h hn tos à taxa de r % mensalmente a um ca-
lim i1 + 1 i = e 12
j nj
pital inicial C0, obteremos, ao fim de um
ano, o capital disponível igual a
h r h 12
C0 i1 + i euros. Assim, preten-
j 100 ¥ 12j
demos determinar o valor de r tal que:
h r h 12
C0 i1 + i = 2C0
j 100 ¥ 12j
h
⇔ i1 + r h 12 = 2 ⇔ 1 + r = 12√∫2
i
j 1200 j 1200
⇔ r = (12√∫2 – 1) ¥ 1200
r ≈ 71
A taxa de juro anual mínima para que o ca-
pital acumulado ao fim de um ano tenha
Págs. 11 a 13 duplicado é de 71%.

86
Síntese

3. Funções exponenciais

Funções exponenciais Exemplos


A função definida, em R, por f(x) = ax, com a ∈R+, de- As funções definidas por 2x, px, ex, 0,1x,
signa-se por função exponencial de base a. h2hx
i i , … são funções exponenciais.
j3j
Algumas propriedades das funções exponenciais de base
maior que um y
h(x) = 5x
A função exponencial de base a > 1 tem as seguintes pro- g(x) = ex
priedades principais:
f(x) = 2x
• Domínio: R
• Contradomínio: R+
• Zeros: Não tem zeros, isto é, ax = 0 é uma equação im- 5
possível.
• Sinal: É positiva em R, isto é, ax > 0, ∀ x ∈R. e

• Variação: É crescente. 2

• Injetividade: É injetiva. 1

• Continuidade: É contínua. O 1 x

• lim ax = +∞ e lim ax = 0.
x Æ +∞ x Æ –∞

• Assíntotas: A reta de equação y = 0 é assíntota hori-


zontal ao gráfico da função.

Algumas propriedades das funções exponenciais de base


maior que zero e menor que um x y
h(x) = 1
x
5
A função exponencial de base 0 < a < 1 tem as seguintes g(x) = 1
e
propriedades principais: x
f(x) = 1
2
• Domínio: R
• Contradomínio: R+
5
• Zeros: Não tem zeros, isto é, ax = 0 é uma equação im-
possível.
• Sinal: É positiva em R, isto é, ax > 0, ∀ x ∈R. e

• Variação: É decrescente. 2
1
• Injetividade: É injetiva.
• Continuidade: É contínua. –1 O x

• lim ax = 0 e lim ax = +∞.


x Æ +∞ x Æ –∞

• Assíntotas: A reta de equação y = 0 é assíntota hori-


zontal ao gráfico da função.

87
TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas

SÍNTESE

3. Funções exponenciais (cont.)

Propriedades Exemplo
Sejam a, b ∈R+ e x, y ∈R:
• ax ¥ ay = ax + y • (ax)y = ax ¥ y
1 ax
• = a–x • = ax – y
ax ay
x
ha h ax
• (ab)x = ax ¥ bx • i i = x
jb j b

Págs. 20 a 22

Resolução de equações e inequações exponenciais Resolve, em R, as seguintes condições.


Na resolução de uma equação exponencial, devem se-
guir-se estes passos: 3 3
• = 384 ⇔ = 2x + 3
2x + 3 384
1.o passo: Sempre que possível, escrever as potências na
1
mesma base, aplicando as regras operatórias ⇔ 2x + 3 =
das potências. 128

2.o passo: Obter uma igualdade do tipo ax = ay. ⇔ 2x + 3 = 2–7

3.o passo: Aplicar ax = ay ⇔ x = y. ⇔ x + 3 = –7

4.o passo: Resolver a equação obtida no passo anterior. ⇔ x = –10

5.o passo: Apresentar o conjunto-solução. C.S. = {–10}

Na resolução de uma inequação exponencial, devem se- x–1


h1h
guir-se estes passos: • i i < 252 – x ⇔ 51 – x < (52)2 – x
j5j
1.o passo: Sempre que possível, escrever as potências na ⇔ 51 – x < 54 – 2x
mesma base, aplicando as regras operatórias das potên- ⇔ 1 – x < 4 – 2x
cias.
⇔x<3
2.o passo: Obter uma desigualdade do tipo ax < ay ou
ax > ay ou ax ≤ ay ou ax ≥ ay. C.S. = ]–∞, 3[

3.o passo: Se a > 1, aplicar ax <> ay ⇔ x <> y.


Se 0 < a < 1, aplicar ax <> ay ⇔ x >< y.
Este esquema é válido se a inequação obtida no 2.º passo
envolver ≥ em vez de > ou ≤ em vez de <.
4.o passo: Resolver a inequação obtida no passo anterior.
5.o passo: Apresentar o conjunto-solução.

Págs. 23 a 27

88
Síntese

4. Funções logarítmicas

Conceito de logaritmo Exemplos


O logaritmo de um número positivo de uma dada base a, • log3(9) = 2, pois 9 = 32.
com a ∈R+\{1}, é o expoente a que é preciso elevar a
base para obter esse número. • log7(1) = 0, pois 1 = 70.

loga(x) = y ⇔ x = ay • log(0,1) = –1, pois 0,1 = 10–1.

Seja a um número real positivo diferente de 1. Tem-se:


• loga(a) = 1
• loga(1) = 0
• ∀ x ∈R, loga(ax) = x
• ∀ x ∈R+, aloga(x) = x
Págs. 35 a 37

Funções logarítmicas
A função definida por f(x) = loga(x), em R+, com a ∈ R+\{1}, y = ax
y y=x
designa-se por função logarítmica de base a e repre-
senta-se por loga.

A função logarítmica de base 10 representa-se por log e


a função logarítmica de base e representa-se por ln. y = loga(x)

O x
Algumas propriedades das funções logarítmicas de base
maior que um

A função logarítmica de base a > 1 tem as seguintes pro-


priedades principais: y y = log2(x)
• Domínio: R+
y = ln(x)
• Contradomínio: R
y = log(x)
• Variação: É crescente.
• Zeros: Tem um único zero, isto é, loga(x) = 0 ⇔ x = 1. O x
1
• Sinal: É positiva em ]1, +∞[, isto é, loga(x) > 0 ⇔ x > 1.
É negativa em ]0, 1[, isto é, loga(x) < 0
⇔ 0 < x < 1.

89
TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas

SÍNTESE

4. Funções logarítmicas (cont.)

• Injetividade: É injetiva. Exemplo


• Continuidade: É contínua.
• lim loga(x) = +∞ e lim loga(x) = –∞.
x Æ +∞ + xÆ0

• Assíntotas: A reta de equação x = 0 é assíntota vertical


ao gráfico da função.

Algumas propriedades das funções logarítmicas de base


maior que zero e menor que um y
A função logarítmica de base 0 < a < 1 tem as seguintes
propriedades principais:
• Domínio: R+
• Contradomínio: R
• Variação: É decrescente.
• Zeros: Tem um único zero, isto é, loga(x) = 0 ⇔ x = 1. O 1 x
y = log 1(x)
10
• Sinal: É positiva em ]0, 1[, isto é, loga(x) > 0 ⇔ 0 < x < 1.
É negativa em ]1, +∞[, isto é, loga(x) < 0 ⇔ x > 1. y = log 1 (x)
e

• Injetividade: É injetiva. y = log 1 (x)


2
• Continuidade: É contínua.
• lim loga(x) = –∞ e lim loga(x) = +∞.
x Æ +∞ x Æ 0+

• Assíntotas: A reta de equação x = 0 é assíntota vertical


ao gráfico da função. Considera três números reais positivos a, b
Págs. 38 a 42 e c, diferentes de 1, e tais que loga(b) = –2
e logc(b) = 3.
hc2√∫b h
Propriedades algébricas dos logaritmos Determina o valor de logb i i.
j a j
Dados a, b ∈R+\{1}, x, y ∈R+ e p∈R: hc2√∫b h
logb i ( )
i = logb c2√∫b – logb(a) =
• loga(xy) = loga(x) + loga(y) j a j

hxh loga(a)
• loga i i = loga(x) – loga(y) = logb(c2) + logb(√∫b) – =
jyj loga(b)
• loga(xp) = p loga(x) 1 1
= 2logb(c) + – =
h1h 2 loga(b)
• loga i i = –loga(x)
jxj logc(c) 1 1
logb(x) =2¥ + – =
• loga(x) = logc(b) 2 –2
logb(a)
1 1 1
Dados a ∈R+ e x ∈R: =2¥ + + =
3 2 2
• ax = ex ln(a) =
5
Págs. 43 a 46 3

90
Síntese

4. Funções logarítmicas (cont.)

Resolução de equações e inequações logarítmicas Exemplo


Na resolução de uma equação envolvendo logaritmos, Resolve, em R, a seguinte condição, ex-
deves seguir estes passos: primindo as soluções como intervalos ou
1.o passo: Determinar o domínio da expressão que en- uniões de intervalos se não forem em nú-
volve logaritmos. mero finito ou numerável.
2.o passo: Caso haja logaritmos de bases diferentes, apli- h1 – xh
car a regra de mudança de base e escrever todos os lo- • log 1 (2x) < 2 – log 1 i i
3 3j x j
garitmos na mesma base.
3.o passo: Utilizar as propriedades operatórias dos loga- 1–x
D = {x ∈R: 2x > 0 ∧ > 0} =
ritmos, com precaução, de forma a obter uma expressão x
do tipo loga(x) = loga(y) ou loga(x) = z. = {x ∈R: x > 0 ∧ 0 < x < 1}
4.o passo: Aplicar loga(x) = loga(y) ⇔ x = y ou loga(x) = z
= ]0, 1[
⇔ x = az.
5.o passo: Resolver a equação obtida no passo anterior.
6.o passo: Intersetar as soluções da equação anterior com x –∞ 0 1 +∞
o domínio da expressão inicial e apresentar o conjunto-
1–x + + + 0 –
-solução.
x – 0 + + +
Na resolução de uma inequação envolvendo logaritmos,
deves seguir estes passos: 1–x
– n.d. + 0 –
x
1.o passo: Determinar o domínio da expressão que en-
volve logaritmos.
2.o passo: Caso haja logaritmos de bases diferentes, apli- Em ]0, 1[:
car a regra da mudança de base e escrever todos os lo-
h1 – xh
garitmos na mesma base. log 1 (2x) < 2 – log 1 i i
3 3j x j
3.o passo: Utilizar as propriedades operatórias dos loga-
ritmos, com precaução, de forma a obter uma expressão h1 – xh
⇔ log 1 (2x) + log 1 i i <2
do tipo loga(x) > >
< loga(y) ou loga(x) < z ou uma expressão 3 3j x j
idêntica mas com ≥ ou ≤.
h 1 – xh
4.o passo: Se a > 1 aplicar loga(x) <> loga(y) ⇔ x <> y ou ⇔ log 1 i2x ¥ i <2
3j x j
loga(x) <> z ⇔ x <> az.
Se 0 < a < 1 aplicar loga(x) < > h1h
< > > loga(y) ⇔ x < y ou ⇔ log 1 (2 – 2x) < log 1 i i
loga(x) > z ⇔ x < a .z 3 3 j9j

Este esquema também é válido se a inequação obtida no 1


⇔ 2 – 2x >
3.º passo envolver ≥ em vez de > ou ≤ em vez de <. 9
5.o passo: Resolver a inequação obtida no passo anterior. 17
⇔ >x
18
6.o passo: Intersetar o conjunto-solução da inequação an-
terior com o domínio da expressão inicial e apresentar o
C.S. = ÈÍ 0,
17 È
conjunto-solução pretendido. Í
Î 18 Î

Págs. 47 a 53

91
TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas

SÍNTESE

4. Funções logarítmicas (cont.)

Regras de derivação Exemplos


• (eu)’ = u’eu • (x2 ex)’ = (x2)’ ex + x2 (ex)’ =
• (ax)’ = ln(a) ax = 2xex + x2 ex = ex(2x + x2)
• (au)’ = u’ ¥ au ¥ ln(a) • (3 + log 1 (4x – 1))’ = (log 1 (4x – 1))’ =
3 3
1 1 4 1 4
• (ln(x))’ = = ¥ =– ×
x h 1 h 4x – 1 ln(3) 4x –1
ln i i
u’ j3j
• (ln(u))’ = h x + 1 h’
u i i
h hx + 1h h ’ jx–1j
1 1 • iln i ii = =
• (loga(x))’ = j jx – 1j j x+1
ln(a) x
x–1
1 u’
• (loga(u))’ = x–1–x–1 –2
ln(a) u
(x + 1)2 (x + 1)2 –2(x – 1)
• (xα)’ = αxα – 1 = = =
x+1 x+1 (x + 1)3
Págs. 54 a 68 x–1 x–1

Limites envolvendo funções exponenciais Calcula, caso existam os seguintes limites.



e logarítmicas h 1 h n2 (1 )
• lim i1 – i =
j n + 2j
h 1hy
• lim i1 + i =e n2
y Æ ±∞ j yj h –1 h n + 2 ¥ n + 2
= lim i1 + i =
j n + 2j
h x hn
• lim i1 + i = ex n2
h –1 h
= lim ÈÍ i1 + Èn+2 =
j nj n+2
i Í
ex – 1 Îj n + 2j Î
• lim = 1 (limite notável) n2
x h –1 h
= lim ÈÍ i1 + È
xÆ0 n + 2 lim
n+2
i Í =
ex Îj n + 2j Î
• lim k = +∞ (limite notável)
x Æ +∞ x = (e–1)+∞ = 0
ln(x) h 0 h
• lim x = 0 (limite notável)
i i
x Æ +∞ ex + 2 – e 2 j 0 j e2(ex – 1)
• lim = lim =
xÆ0 x xÆ0 x
ex – 1
= e2 lim = e2
xÆ0 x

ex – ln(x) + 4x
• lim =
x Æ +∞ x
hex ln(x) h
= lim i – + 4i =
x Æ +∞ j x x j

ex ln(x)
= lim + lim +4=
x Æ +∞ x x Æ +∞ x
= +∞ – 0 + 4 = +∞
Págs. 69 a 78

92
Síntese

5. Modelos exponenciais

Modelos de crescimento e decrescimento Exemplo


exponencial
Uma substância desintegra-se de tal
A evolução de determinadas grandezas, como a massa forma que uma massa inicial de 10 mg se
de uma substância radioativa, a temperatura de alguns reduz a 5 mg numa hora. Sabe-se, por
sistemas ou o número de indivíduos de certas popula- outro lado, que a taxa de variação instan-
ções, pode ser modelada por uma “equação diferencial tânea da massa (ou “taxa de desintegra-
de 1.ª ordem” da forma f’ = kf, que traduz o facto de, em ção”) em determinado instante t, M’(t), é
cada instante, a taxa de variação ser aproximadamente proporcional à massa M(t) existente nesse
proporcional à quantidade de grandeza presente. instante.

Dados dois números reais k e c, as funções f(x) = cekx são Prova que considerando a massa inicial
soluções, em R, da equação diferencial f’ = kf e todas as indicada, a massa M, em mg, desta subs-
soluções desta equação são desta forma. tância, ao fim de t horas, é dada pela ex-
pressão M(t) = 5 ¥ 2–t + 1.

Designação Modelo Gráfico


Atendendo a que M’(t) é proporcional à
y massa M(t) existente nesse instante, con-
Decaimento
m(t) = m0 e–k(t – t0) cluímos que M é definida por um modelo
radioativo
x do tipo:
Crescimento y M(t) = M0 e–kt
populacional P(t) = P0 e(N – M)(t – t0) Sabemos, também, que M0 = 10 e M(1) = 5,
Malthusiano x
logo:
y M(t) = 10e–kt
Modelo de Newton Ta
T(t) = T0 e–k(t – t0) + x e:
de aquecimento/
+ Ta(1 – e–k(t – t0)) y
arrefecimento
Ta M(1) = 5  10e–k = 5
x 1
 e–k =
2
h1h
 –k = ln i i
j2j

 k = ln(2)
Daqui se conclui que:
M(t) = 10e–ln(2)t =
= 10(eln2)–t =
= 10 ¥ 2–t =
= 5 ¥ 2–t + 1

Págs. 79 a 85

93
TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas

Aprende Fazendo PROFESSOR

Resolução
Itens de seleção Exercícios do Aprende Fazendo
Simuladores
GeoGebra: Exercício 3
GeoGebra: Exercício 4
h h 3n
1 O valor de lim i1 + 1 i é:
j nj
(A) 3√∫e (B) e (C) e3 (D) 1

Solução: Opção (C)

2 Uma certa substância radioativa decresce de acordo com a lei y = y00,88t, onde y0 é a quantidade
inicial da substância e y é a quantidade após t anos. Que percentagem, aproximada, da quantidade
inicial resta após 5 anos?
(A) 88% (B) 12% (C) 53% (D) 47%

Solução: Opção (C)

3 Seja g a função definida, em R, por g(x) = 2x + 3x. O teorema de Bolzano-Cauchy permite-nos afirmar
que a equação g(x) = 9 tem pelo menos uma solução no intervalo:
(A) ]0, 1[ (B) ]1, 2[ (C) ]2, 3[ (D) ]–1, 0[

Solução: Opção (B)

4 Na figura está representado o gráfico de uma função f, contínua, de domínio ]–∞, 1[. y f
Tal como a figura sugere, a reta de equação x = 1 é assíntota ao gráfico de f.
x
Qual é o valor de lim– e ? O
x Æ 1 f(x)
x
(A) +∞ (B) 0 (C) e (D) –∞

Solução: Opção (B)

5 Considera um retângulo de comprimento ln(a) e largura ln(b). O perímetro do retângulo pode ser re-
presentado pela expressão:
(A) 2 In(ab) (B) In(a) ¥ In(b) (C) 2 In(a) ¥ 2 In(b) (D) In(a + b)2

Solução: Opção (A)

h h
6 Sejam a, b e c três números reais tais que logb(a) = c. Qual é o valor de logb i b i ?
jaj

(A) b – c (B) 1 – c (C) b (D) 1


c c
Solução: Opção (B)

94
Itens de seleção

7 Seja f(x) = In(ex). Uma expressão da função inversa de f é:


(A) ex – 1 (B) 1 (C) e–1x (D) –1 – In(x)
In(ex)
Solução: Opção (A)

8 Em 2012, a população de uma certa cidade era de um milhão e trezentos mil habitantes e, desde aí,
tem crescido à taxa anual de 1,6%. Se se mantiver esta taxa de crescimento, qual será a população,
em milhares, em 2030?
(A) 1300 ¥ 1,01618 (B) 1300 ¥ 1,01619 (C) 1300 ¥ 0,01618 (D) 1300 ¥ 0,01619

Solução: Opção (A)

9 Na figura está representado o gráfico de uma função f definida, y

em R+, por f(x) = logk(x), com k > 1. Considera o triângulo isós- B f

celes [ABC]. Sabe-se que A–B = B–C, os vértices A e C pertencem


ao eixo Ox e os vértices A e B pertencem ao gráfico de f.
A área do triângulo [ABC] é dada, em função de k, por: O A k C x

(A) k2 –k (B) k (C) k – 1 (D) k – 1


2 2

Solução: Opção (D)

10 Sejam b um número positivo e u e v são constantes tais que bu = 2 e bv = 5. O valor numérico das
1 é:
expressões bu + 3v e –2u
b
(A) 250 e 4 (B) 17 e 0,5 (C) 250 e 0,25 (D) 10 e 4

Solução: Opção (A)

11 O domínio da função real de variável real definida por f(x) = 1 – In(x) é:


e – ex
(A) R+ (B) R+\{1} (C) R+\{e} (D) R\{e}

Solução: Opção (B)

12 Sabe-se que loga(b) = 5. Então, o valor de loga(a3 √∫b) é:


(A) 15 (B) 11 (C) 3 + √∫5 (D) 3√∫5
2 2

Solução: Opção (B)

95
TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas

Aprende Fazendo

Itens de seleção

13 Para cada valor real de k, considere-se a função real de variável real f definida por f(x) = In(2x + k).
O valor de k para o qual a taxa média de variação da função f no intervalo [0, 4] é igual a In(4√∫3) é:
(A) – 4 (B) 4 (C) 2 (D) –2

Solução: Opção (B)

14 Considera as funções f e g definidas por f(x) = ln(x + k) e g(x) = ln(x) + 3. O valor real de k para o qual
se tem f’(x) = g’(x) pode ser:
(A) 0 (B) 3 (C) In(3) (D) 1

Solução: Opção (A)

15 Considera a função h definida, em R, por:




In(x) se x > 0
h(x) =
ex se x ≤ 0

Seja (xn) a sucessão de termo geral xn = 1 – n2. O valor de lim h(xn) é:


(A) +∞ (B) 0 (C) Não existe. (D) –∞

Solução: Opção (B)

16 Seja f uma função de domínio R+. Sabe-se que a reta de equação y = –5 é assíntota ao gráfico de f.
In hi 1 hi
jxj
Então, pode concluir-se que lim é igual a:
x Æ +∞ f(x)

(A) +∞ (B) –∞ (C) 0 (D) –5

Solução: Opção (A)

17 Considera a função g definida por:




k + In(e + x) se x ≥ 0
g(x) = e2x – 1
se x < 0
x
Para que valor de k é contínua a função g em x = 0?

(A) –
1 (B) 0 (C) 1 (D) 2
2

Solução: Opção (C)

96
Itens de seleção

18 A reta de equação y = e é tangente ao gráfico de uma das seguintes funções. Qual delas?

(A) f(x) = ex2 + x (B) g(x) = ln(x) (C) h(x) =


ln(x) (D) j(x) =
ex
x x
Solução: Opção (D)

19 Na figura está representado o gráfico de uma função f, y

de domínio R\{–1}. As retas y = 0 e x = –1 são assín- f

totas ao gráfico de f. Seja (un) a sucessão definida


2n
por un = 1 – ne . Então, lim f(un) é igual a:
e
(A) +∞ (B) –1
1
(C) 0 (D) –∞
-1 O x
Solução: Opção (C)

20 De uma função quadrática f, sabe-se que é do tipo f(x) = x2 + bx + c e que admite como zeros os
x–3 – 1
valores 3 e – 4. Qual é o valor de lim e ?
xÆ3 f(x)
(A)
1 (B) 0 (C) –1 (D) 7
7

Solução: Opção (A)

21 Considera a função real de variável real definida por g(x) = log(|3x| – 1). O domínio de g é:

(A) ÈÍ – 1 , 1 ÈÍ (B) ÈÍ– 1 , 1 ÈÍ (C) R\ÈÍ – 1 , 1 ÈÍ (D) R\ÈÍ– 1 , 1 ÈÍ


Î 3 3Î Î 3 3Î Î 3 3Î Î 3 3Î

Solução: Opção (D)

22 Se In(a) = 2 – In(b), com a > 0 e b > 0, então:


2
(A) a = e2b (B) a = e (C) a = b2 (D) a = 2
b b
Solução: Opção (B)

23 Se log5(2b) = x e log5(a) = y, então a ¥ b é igual a:


x+y
x+y
(A) 5x + y (B) 5 2
(C) 25x + y (D) 5
2
Solução: Opção (D)

97
TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas

Aprende Fazendo

Itens de seleção

h 1 h é:
24 O valor de lim log i i
xÆ5 j|x – 5|j
(A) +∞ (B) 0 (C) Não existe. (D) –∞

Solução: Opção (A)

h h 3n
25 O valor de lim i1 + In(2) i , onde n ∈N, é:
j n j
(A) 8 (B) In(2) (C) 2 (D) e3

Solução: Opção (A)

26 Na figura está representado, num referencial o.n. xOy, o gráfico da y f


função quadrática f, de domínio R. Seja h a função definida por
h(x) = f(x) + ln(x). Em qual das opções seguintes poderá estar represen- O x
tado o gráfico da função h”, segunda derivada de h?
(A) y (B) y (C) y (D) y

x O
O x O x O x

Solução: Opção (C)

27 Considera as funções f e g tais que:


• f é definida por f(x) = In(2x);
• g tem domínio R+ e admite a reta r como assíntota não vertical ao seu gráfico;
• r é perpendicular à reta y = – 1 x + 1.
2
f(x) + g(x)
O valor de lim é:
x Æ +∞ x
(A) –2 (B) 2 (C) –
1 (D) +∞
2
Solução: Opção (B)

28 Considera a função f definida por f(x) = cos(3x) ¥ 10x. O valor de lim f(x) é:
x Æ –∞

(A) Não existe. (B) 0 (C) –∞ (D) +∞

Solução: Opção (B)

98
Itens de construção

Itens de construção

29 Foi efetuado um depósito de 2000 euros, num banco, no regime de juro composto à taxa anual de 1,3%.
a) Qual é o capital acumulado ao final de um ano? E de 4 anos?

b) Determina a expressão que permite obter o capital acumulado ao fim de n anos.

Soluções: a) 2026 euros; ≈ 2106 euros b) un = 2026 ¥ 1,013n – 1

30 Supõe que se depositam 10 000 euros num banco a um juro composto de 0,75% ao ano.
a) Obtém a expressão que permite obter o capital acumulado ao fim de n anos.

b) Supondo que é dada a opção de capitalizar juros pagos proporcionalmente mensalmente, determina
quanto maior seria o capital acumulado obtido ao fim de um ano relativamente à opção descrita
inicialmente.

Soluções: a) Cn = 10 000 ¥ 1,0075n b) 0,26 euros

31 Um paraquedista salta de um avião e abre o paraquedas a uma altitude de 600 metros. A posição do
paraquedista é dada por h(t) = 585 + 15e–1,6t – 6t, 0 ≤ t ≤ 97,5, em que h é a altitude em metros e t é
o tempo em segundos após o paraquedas ser aberto.
a) A que altitude se encontra o paraquedista 5 segundos após a abertura do paraquedas?
Apresenta o resultado aproximado às unidades.
b) Prova, analiticamente, que houve pelo menos um instante entre 1 minuto e 30 segundos e 1 minuto
e 31 segundos após a abertura do paraquedas, em que a altitude do paraquedista foi de 40 metros.

Solução: a) 555 metros

32 Sem recorrer à calculadora, resolve, em R, as seguintes equações.


a) 10x + 3 = 0,01 b) 2 ¥ 5x + 1 = 10 ¥ 25x c) 8x =
1 ( )x = 4√∫1∫2∫5
d) √∫5
32
a a a a
Soluções: a) {–5} b) {0} c) b– 5 b d) b 3 b
c 3c c2c

33 Sem recorrer à calculadora, resolve, em R, as seguintes inequações.


h1hx + 4 h h 2 – 3x
a) 2x + 4 > 22 – 3x b) i i > i1i c) 2x ≥ 4
2
d) 5x – 4 ≥ 1
2

j2j j2j

e) 23x – 1 ≤ 32 f) e–0,1x + 3 ≥ 1
2
g) 73x + 4 < 492x – 3 h) 52x + 3x – 2 > 1

Soluções: a) ÈÍ– 1 , +∞ ÈÍ b) ÈÍ –∞, – 1 ÈÍ c) ]–∞, –√∫2] ∪ [√∫2, +∞[ d) ]–∞, –2] ∪ [2, +∞[ e) ]–∞, 2] f) ]–∞, 30] g) ]10, +∞[
Î 2 Î Î 2Î

h) ]–∞, –2[ ∪ ÈÍ , +∞ÈÍ


1
Î2 Î

99
TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas

Aprende Fazendo

Itens de construção

34 Considera, num referencial o.n. xOy:


• a curva C, que representa graficamente a função f, de domínio [0, 1], definida por f(x) = 5x + 5x;
• a reta r de equação y = 5.
a) Sem recorrer à calculadora, justifica que a reta r interseta a curva C em pelo menos um ponto.

b) Recorrendo às capacidades gráficas da tua calculadora, visualiza a curva C e a reta r, na janela


[0, 1] ¥ [0, 10] (janela em que x ∈[0, 1] e y ∈[0, 10]).
Reproduz o referencial, a curva C e a reta r visualizados na calculadora.
Assinala ainda os pontos O, A e B, em que:
• O é a origem do referencial;
• A é o ponto de interseção da curva C com o eixo das ordenadas; relativamente a este ponto, de-
termina as suas coordenadas analiticamente;
• B é o ponto de interseção da curva C com a reta r; relativamente a este ponto, indica com duas
casas decimais a sua abcissa, que deves determinar com recurso à calculadora.
Desenha o triângulo [OAB] e determina a sua área. Apresenta o resultado final arredondado às décimas.

Solução: b) A(0,1); a abcissa de B é 0,53; 0,3 u. a.

35 Calcula os seguintes limites.


h 2 h 3n
a) lim i1 – i
hn + 1h n + 4
b) lim i
h
c) lim i
n hn h
d) lim i1 –
3 h 5n
i i i
j nj j n j jn – 2j j 4n j
hn
e) lim i
+ 1 h 3n f) lim i
h 3n + 2h n hn2 –
g) lim i
3h n h 3n +
h) lim i
1 h 4n
i i i i
jn + 5j j n j j n2 j j 3n j

15

Soluções: a) e–6 b) e c) e2 d) e 4 e) e–12 f) +∞ g) 1 h) e 3√∫e

36 Determina, se existir, cada um dos seguintes limites.


a) lim
ex – 1 b) lim
1 – e3x c) lim
ex – 2 – 1 d) lim
5x e) lim
ex – e4
xÆ0 4x xÆ0 x xÆ2 x–2 x Æ 0 ex–1 xÆ4 x–4

Soluções: a) 1 b) –3 c) 1 d) 5 e) e4
4

37 Considera a função real de variável real g definida por:


x
g(x) = e x
1–e
Determina, se existirem, os seguintes limites.
a) lim f(x) b) lim f(x) c) lim f(x)
x Æ –∞ x Æ +∞ xÆ0

Soluções: a) 0 b) –1 c) Não existe.

100
Itens de construção

38 Sem recorrer à calculadora, resolve, em R, as seguintes equações.


a) log2(x2 – 1) = 2 b) log 1 (3 + 5x) = 0
2
c) log4(x2 – 4x + 3) =
1 d) log(x + 1) = 1
2
e) ln(x) – ln(4) = 1 f) 3log3(2) + log3(x) = –1

g) ln(x) + ln(2 – x) = ln(5) h) 5 = log4(x)

i) log2(x) = 16 j) logx(16) = 2

a a a a
Soluções: a) {–√∫5, √∫5} b) b– 2 b c) {2 – √∫3, 2 + √∫3} d) {9} e) {4e} f) b 1 b g) ∅ h) {1024} i) {65 536} j) {4}
c 5c c 24 c

39 Sem recorrer à calculadora, resolve, em R, as seguintes inequações.


a) In(x2) + In(x) ≤ 0

b) In(x2 – 4) – In(x + 1) ≥ 0

c) In(x) < 3

d) In(x + 3) < 0

Soluções: a) ]0, 1] b) ÈÍ 1 + √∫2∫1 , +∞ ÈÍ c) ]0, e3[ d) ]–3, –2[


Î 2 Î

40 Recorrendo às regras de derivação, determina uma expressão analítica da derivada de cada uma das
seguintes funções.
c) c(x) = 2e–x + 2x
2
a) a(x) = e2x + 1 b) b(x) = In(2x +1)
h1h
d) d(x) = In(In(x)) e) e(x) = In i i f) f(x) = e4xlog2(3x)
jxj
In(x) h ex h 3
g) g(x) = h) h(x) = √∫I∫n∫(∫5∫x) i) i(x) = i i
x4 jxj

j) j(x) = ln(cosx + 1) k) k(x) = ex + senx

2 1 1 e4x 1 – 4 In(x)
Soluções: a) 2e2x + 1 b) c) –4xe–x2 + 2x In(2) d) e) – f) 4e4x ¥ log2(3x) + g)
2x + 1 x In(x) x x In(2) x5
1 3e3x(x – 1) senx
h) i) j) – k) (1 + cosx)ex + senx
2x√∫I∫n∫(∫5∫x) x4 cos x + 1

41 Determina a taxa anual de juros compostos a que se deve investir determinado capital, de forma que
este duplique ao fim de 5 anos?
Apresenta o resultado em percentagem, arredondado às centésimas.

Solução: 14,87%

101
TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas

Aprende Fazendo

Itens de construção

42 A Sofia preparou um pudim, para servir como sobremesa ao jantar. Depois de o ter confecionado,
colocou-o a arrefecer na bancada da cozinha e, uma hora depois, colocou-o no frigorífico, para ficar
bem frio. Admite que a temperatura do pudim, em graus Celsius, t minutos após ter sido colocado na
bancada, é dada, para um certo valor de A, por:


20 + 80 ¥ 2–0,05t se 0 ≤ t < 60
f(t) =
6 + A ¥ 2–0,05(t – 60) se t ≥ 60
a) Atendendo a que a função f é contínua, mostra que A = 24.

b) Quanto tempo deverá o pudim estar no frigorífico, para que a sua temperatura seja igual a 12 oC?
Apresenta o resultado em minutos.
Adaptado de Exame Nacional, 2011, Época Especial
Solução: b) 40 minutos

43 Resolve as seguintes equações.


a) 2x + 5 =
1 b) 25x – 2x = 5x – 3
2 2

√∫2
c) 4 ¥ 53x + 1 = 20 ¥ 25x + 4 d) x3 × 3x = 3x + 3

e) 2x ¥ 5x = 5x – 1 f) –32x – 1 + 28 ¥ 3x –2 = 1

g)
3x(x2 – x) + 4 = 2 h)
50 = 2
3x + 1 + 2 25x2 + 25 1 + 125x2 + x
i) 2x – 21 – x – 1 = 0 j) 3x + 1 = 10 ¥ 32 – x

a a a a
Soluções: a) b– 11 b b) {1, 3} c) {8} d) {3} e) b 1 b f) {–1, 2} g) {–2, 3} h) {–2, –1} i) {1} j) {2}
c 2c c 10 c

44 Resolve as seguintes inequações.


h1hx – 1
a) i i < 92 – x b) (0,1)x – x ≤ 0,01
2
c) 3x > 9
2

j3j

d) 5–x ≤ 125 e) 3x ≥ 2x f) 6x ≥ 7x
2

g) (5 – x2) px ≤ 0 h) 5x + 1 < x2 ¥ 5x i) x2 ¥ 3x < 3x + 3


4 – x2
j) x
e 2+1 >1 k) 4x ≤ 3√∫23∫ x∫ +
∫ ∫6 l) 4x + 2 ≤ 9 ¥ 2x – 1
1
m) 3x ≤ 27 x n) 81 ¥ 32x – 3 ≤
9x
x

Soluções: a) ]–∞, 3[ b) ∅ c) ]–∞, –√∫2[ ∪ ]√∫2, +∞[ d) R e) R+0 f) R0– g) ]–∞, –√∫5] ∪ [√∫5, +∞[ h) ]–∞, –√∫5[ ∪ ]√∫5, +∞[
n) ÈÍ 0,

i) ]–3√∫3, 3√∫3[ j) ]–2, 2[ k) ]–∞, 2] l) [–1, 2] m) ]–∞, –√∫3] ∪ ]0, √∫3]
Î 3 ÍÎ

102
Itens de construção

45 Um avô, no dia do nascimento da sua neta, depositou 500 euros, num banco, a um juro composto
de 4% ao ano.
a) Ao fim de um ano, qual é, em euros, o capital acumulado? E ao fim de 2 anos?

b) Determina uma expressão e o domínio da função f que dá o capital acumulado ao fim de x anos.

c) Determina o capital acumulado ao fim de 5 anos e 146 dias (admite que o ano tem 365 dias).
Apresenta o resultado em euros, aproximado aos cêntimos.
d) Quanto tempo demora a acumular um capital de 2000 euros?
Apresenta o resultado em anos e dias (dias aproximados às unidades).

e) Calcula
f(x + 1) e interpreta o valor obtido, onde f é a função definida na alínea b).
f(x)
f) No dia em que a neta completar 18 anos, o avô vai levantar o dinheiro e vai oferecê-lo à sua neta.
Quanto cresceu, em percentagem, o capital, durante os 18 anos?
Apresenta o resultado arredondado às unidades.
g) Escreve f(x) na forma aebx, com b arredondado às milésimas, onde f é a função definida na alínea b).

Soluções: a) 520 euros e 540,8 euros b) Df = R+0 e f(x) = 500 ¥ 1,04x c) 617,95 euros d) 35 anos e 126 dias e) 1,04;
o capital acumulado cresce à taxa de 4% ao ano. f) 103% g) f(x) = 500 ¥ e0,039x

46 Admite que o número de indivíduos de uma colónia de moscas-da-fruta, t dias após um determinado
instante inicial, é dado aproximadamente pela lei:
P(t) = 3000e0,3t, com t ≥ 0
Resolve os itens seguintes, recorrendo a métodos exclusivamente analíticos.
a) Indica o número de indivíduos dessa população no instante inicial.

b) Qual é o número de indivíduos dessa população, dez dias após o início da contagem?
Apresenta o resultado arredondado às unidades.
c) Determina ao fim de quanto tempo o número de moscas-da-fruta é igual a 5 milhares.
Apresenta o resultado em dias e horas (as horas arredondadas às unidades).
Nota: Sempre que nos cálculos intermédios procederes a arredondamentos, conserva três casas decimais.

d) Prova que P(t + 1) é uma constante. Determina o seu valor arredondado às centésimas e interpreta
P(t)
o valor obtido no contexto do problema.

Soluções: a) 3000 b) ≈ 60 257 c) ≈ 1 dia e 17 horas d) ≈ 1,35. A cada dia que passa a população aumenta a uma
taxa de aproximadamente 35%.

103
TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas

Aprende Fazendo

Itens de construção

47 A população de um formigueiro é dada por um modelo do tipo P(t) = abt, com t ≥ 0, onde P(t) repre-
senta o número aproximado de formigas, em milhares, t dias após um determinado instante inicial.
Sabe-se que a população está a aumentar à taxa de 10% ao dia, e que ao fim de dois dias existiam
605 formigas.
Resolve os itens seguintes, recorrendo a métodos exclusivamente analíticos.
a) Escreve uma expressão que represente a população P de formigas em função do tempo t, expressa
em dias.
b) Determina ao fim de quanto tempo o número de formigas é igual a 3000. Apresenta o resultado
em dias, arredondado às unidades.

Soluções: a) P(t) = 1 ¥ 1,1t b) ≈ 19 dias


2

48 Para determinar a altura previsível de uma criança em função do seu peso, alguns pediatras utilizam
a fórmula:
A(p) = –0,52 + 0,55 In(p), e2,3 ≤ p ≤ e4,1
com p expresso em quilogramas e A em metros.
a) O irmão do Pedro tem 130 centímetros de altura. Admitindo que a altura e o peso dele estão de acordo
com a igualdade referida, determina o seu peso.
Apresenta o resultado em quilogramas, arredondado às unidades.
b) Prova que A(2p) – A(p) é constante. Determina o seu valor arredondado às centésimas e interpreta
o valor obtido no contexto do problema.

Soluções: a) ≈ 27 kg b) ≈ 0,38. Quando o peso duplica, a altura aumenta 38 cm aproximadamente.

49 A magnitude aparente (m) e a magnitude absoluta (M) de uma estrela são grandezas utilizadas em
astronomia para calcular a distância (d) a que essa estrela se encontra da Terra.
As três variáveis relacionam-se através da fórmula:
2
100,4(m – M) = d (d é medida em parsec)
100
a) A estrela Sirius tem magnitude aparente m = –1,44 e magnitude absoluta M = 1,45. Determina a
distância de Sirius à Terra.
Apresenta o resultado em parsec, arredondado às unidades.
b) Prova que, para quaisquer m, M e d, se tem:

M = m + 5(1 – log d)
Solução: a) ≈ 3 parsec

104
Itens de construção

50 A magnitude de um sismo, medida na escala de Richter, é dada por:


h h
R(E) = 2 log i E i
3 j E0 j

onde E é a energia libertada pelo sismo (em joules) e E0 = 104,4 joules é a energia libertada por um
pequeno sismo de referência usado como medida-padrão.
a) O terramoto de São Francisco de 1906 libertou aproximadamente 5,96 ¥ 1016 joules de energia.
Qual foi a sua magnitude na escala de Richter?
b) Qual é a quantidade de energia libertada pelo terramoto da Índia de 1993, cuja magnitude foi de
6,4 na escala de Richter?
c) Uma outra forma de caracterizar um sismo é pela sua intensidade. Sabe-se que um sismo de in-

tensidade I tem uma magnitude R na escala de Richter dada por R = In(I) .


In(10)
Determina a intensidade do terramoto de Lisboa de 1755, sabendo-se que libertou uma energia de
aproximadamente 4,2 ¥ 1017.
Escreve o resultado em notação científica, isto é, na forma a ¥ 10b, sendo b um número inteiro e a
um número entre 1 e 10.
Apresenta o valor de a arredondado às unidades.

Soluções: a) 8,3 b) 1014 joules c) 7 ¥ 108

51 Na década de 1960, uma doença infeciosa atacou a população de algumas regiões do planeta.
Admite que, ao longo dessa década, e em qualquer uma das regiões afetadas, o número de pessoas
em milhares, que estavam infetadas com a doença, t anos após o início de 1960, é dado, aproxima-
damente, por:
I(t) = 3ekt
1 + pekt
em que k e p são parâmetros reais e p > 0.
Resolve os dois itens seguintes sem recorrer à calculadora, a não ser para efetuar cálculos numéricos.
a) Admite que, para uma certa região, k = 1 e p = 1. Determina o ano em que o número de pessoas
2
que estavam infetadas, nessa região, atingiu o valor 2500.
Nota: Sempre que nos cálculos intermédios procederes a arredondamentos, conserva, no mínimo, três casas decimais.

b) Numa outra região, constatou-se que havia um milhar de pessoas infetadas no início de 1961.
Qual é, para este caso, a relação entre k e p?
Apresenta a tua resposta na forma k = –In(A + Bp), em que A e B são números reais.
Adaptado de Teste intermédio, 2011

Soluções: a) 1963 b) k = –In(3 – p)

105
TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas

Aprende Fazendo

Itens de construção

52 Considera a função real de variável real f definida por:


f(x) = –2 + log(2 – 7x)
Utilizando métodos exclusivamente analíticos:
a) caracteriza, se existir, a função inversa de f;

b) determina os valores de x para os quais se tem f(x) ≤ –1;

c) prova que, no respetivo domínio, se tem 10f(x) = 2 – 7x .


100

Soluções: a) f –1: R Æ ÈÍ –∞ , ÈÍ b) ÈÍ– 8 , ÈÍ


2 2
Î 7Î Î 7 7 Î
2 – 10x + 2
x |Æ
7

53 Caracteriza a inversa de cada uma das seguintes funções.


a) f(x) = 3x + 1 b) g(x) = 2 + log(x + 4)

c) h(x) = 1 – 6 ¥ 42x + 3 d) j(x) = 6 + 3log5(x – 2)

Soluções: a) f –1: R+ Æ R b) g–1: R Æ ]–4, +∞[ c) h–1: ]–∞, 1[ Æ R d) j–1: R Æ ]2, +∞]
x |Æ –1 + log3(x) x |Æ –4 + 10x – 2 h 1 – xh x–6
–3 + log4 i i
j 6 j x |Æ 2 + 5 3
x |Æ
2

54 Considera as funções reais de variável real, f e g, definidas por f(x) = 1 – e1 + 2x e g(x) = 2 + log2(x – 2).
Utilizando métodos exclusivamente analíticos:
a) calcula o valor exato do número real definido por f(In3);

b) caracteriza a função inversa de f;

c) determina o domínio da função h definida por h(x) = √∫g∫(∫x).

È
c) ÈÍ
9
Soluções: a) 1 – 9e b) f –1: ]–∞, 1[ Æ R , +∞ Í
Î4 Î
In(1 – x) – 1
x |Æ
2

55 Estuda a continuidade da função f definida por:


3 sen x


se x ≠ 0
f(x) = ex – 1
3 se x = 0

Solução: f é contínua em R.

106
Itens de construção

56 O Stopdor é um fármaco usado pela equipa “Asas nos Pés”, quando existem lesões nos jogadores.
Admite-se que a concentração deste fármaco, em miligramas por litro de sangue, t horas após ter sido
administrado a um jogador, é dada pela expressão C(t) = t ¥ 1,05–At.
a) Antes de um importante jogo, foi efetuado um controlo antidoping. O Tobias fez o teste, passadas
6 horas após lhe ter sido administrado o fármaco, e a concentração de Stopdor no seu sangue era
de 1,86 miligramas por litro de sangue. Determina, por processos exclusivamente analíticos, o valor
de A, aproximado às unidades.
b) Considera agora que A = 2. A conselho da equipa médica, um jogador deve tomar um outro fármaco
quando a concentração de Stopdor for máxima. Para isso, o médico-chefe indicou corretamente
ao jogador o intervalo de tempo que deve ocorrer entre a administração dos dois fármacos.
Sabe-se que o jogador tomou Stopdor às 8 horas e o segundo medicamento às 15 horas.
Numa curta composição matemática, explica o cumprimento ou não, por parte do jogador, das reco-
mendações do médico. Na resolução desta questão, deves utilizar as capacidades gráficas da tua cal-
culadora e enriquecer a tua resposta com o traçado de um ou mais gráficos. Apresenta o(s) gráfico(s)
visualizado(s) na calculadora e assinala o(s) ponto(s) relevante(s) para a resolução do problema.

Soluções: a) A ≈ 4 b) O Tobias não cumpriu com as recomendações do médico.

57 Escreve uma equação reduzida da reta tangente e da normal à curva representativa de cada uma das
seguintes funções no ponto indicado.
a) f(x) = e3x – 1, no ponto de ordenada 1;

b) g(x) = log(x2 – 3), nos pontos de interseção com o eixo das abcissas.

1 10 4 8 In(10) In(10)
Soluções: a) y = 3x; y = – x+ b) Para x = 2: y = x– ;y=– x+ ; para x = –2:
3 9 In(10) In(10) 4 2
4 8 In(10) In(10)
y=– x– ;y= x+
In(10) In(10) 4 2

58 Determina a equação da reta tangente ao gráfico de f(x) = x – e–x e paralela à reta 6x – 2y = 7.

Solução: y = 3x – 2 + ln(4)

59 Seja f uma função definida, em R, por f(x) = ae2x + bex + c, com a, b e c números reais.
Sabe-se que:
• o gráfico de f contém a origem do referencial;
h h hh
• f’ iln i 3 i i = 0;
j j4jj
• a reta de equação y = 1 é assíntota ao gráfico de f.
Determina os valores de a, b e c.

Solução: a = 2 ∧ b = –3 ∧ c = 1

107
TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas

Aprende Fazendo

Itens de construção

60 Supõe que a percentagem de álcool no sangue, t horas após ter sido ingerido, é bem modelada pela
função:
t

C(t) = 12te 2

Recorrendo a processos exclusivamente analíticos, resolve as alíneas seguintes.


a) Determina a taxa de variação do nível de álcool no sangue, em função de t.

b) Quanto tempo é necessário para que o nível de álcool no sangue comece a decrescer?

t
– h 1 h
Soluções: a) C’(t) = 12 ¥ e 2
i1 – ti b) 2 horas após a ingestão do álcool.
j 2 j

61 Um organismo internacional determinou que o número de indivíduos de uma determinada espécie


ameaçada, que se mantêm em estado selvagem t anos após ter sido posta em prática uma política de
proteção, pode ser modelado pela função:
N(t) = 600 , t≥0
1 + 3e–0,02t
a) Calcula analiticamente N’(1) e N’(20). Apresenta os resultados arredondados às unidades.
Interpreta os valores obtidos no contexto da situação descrita.
b) Estuda, utilizando processos analíticos, quando é que a população desta espécie ameaçada está a
crescer e a decrescer.
c) Supondo que o modelo se mantém válido, qual é o número esperado de indivíduos, desta espécie,
daqui a muitos e muitos anos.

Soluções: a) ≈ 2; ≈ 3; 1 ano após ter sido posta em prática essa política o número de indivíduos da espécie estava a
crescer à taxa de 2 indivíduos por ano e passados 20 anos à taxa de 3 indivíduos por ano. b) A população desta espécie
está sempre a aumentar. c) ≈ 600

62 Duas plantas estão a crescer de tal forma que, passados t dias após terem sido plantadas, têm P1(t) e
P2(t) centímetros de altura, respetivamente, em que:
P1(t) = 21 e P2(t) = 20 , t≥0
1 + 25e–0,3t 1 + 17e–0,6t
a) Determina, analiticamente, a que taxa estão as plantas a crescer, quando t = 10 dias. Apresenta o
resultado em forma de dízima, com aproximação às milésimas.
b) No momento em que atingiram a mesma altura, qual das duas plantas estava a crescer mais rapi-
damente?
Nota: Sempre que procederes a arredondamentos, conserva cinco casas decimais.

Soluções: a) ≈ 1,556 cm/dia; ≈ 0,466 cm/dia b) A planta 1.

108
Itens de construção

63 Seja f a função definida, em R+, por:


3x
se 0 < x < 1
f(x) = In(x)
xe3 – x se x ≥ 1
a) Estuda a função f quanto à existência de assíntotas ao seu gráfico.
h1h
b) Mostra que ∃ c ∈]4, 5[: f(c) + f i i = 0.
jej
Nota: Sempre que nos cálculos intermédios procederes a arredondamentos, conserva três casas decimais.

c) Estuda a função quanto à monotonia no intervalo ]0, 1[.

d) Estuda a função f quanto ao sentido das concavidades do seu gráfico e quanto à existência de pontos
de inflexão no intervalo [1, +∞[.
e) Determina a equação da reta tangente ao gráfico da função f no ponto de abcissa 3.

Soluções: a) x = 1 é assíntota vertical e y = 0 é assíntota horizontal ao gráfico de f. c) f é estritamente decrescente.


d) Concavidade voltada para baixo em ]1, 2[ e voltada para cima em ]2, +∞[; (2, 2e) é ponto de inflexão. e) y = –2x + 9

64 Seja g a função, de domínio R, definida por g(x) = e1 – x. Considera que


um ponto P se desloca, no primeiro quadrante, ao longo do gráfico da
função g.
Para cada posição do ponto P, seja a a sua abcissa e seja r a reta tan- M
P
gente ao gráfico de g nesse ponto. y = e1 – x

Seja M o ponto de interseção da reta r com o eixo Oy, N o ponto do O N


semieixo positivo Ox que tem abcissa a e A a função de domínio R+ r
que faz corresponder à abcissa a do ponto P a área do trapézio [MONP].

a) Mostra que, para cada a ∈ R+, se tem A(a) =


e1 – a(a2 + 2a) .
2
b) Sem recorrer à calculadora, estuda a função A quanto à monotonia e determina o valor máximo
que a área do trapézio [MNOP] pode assumir.

Soluções: b) A é estritamente crescente em ]0, √∫2 ] e é estritamente decrescente em [√∫2, +∞[; e1 – √∫2 (1 + √∫2 ).

65 Seja f a função, de domínio R+, definida por:


f(x) = In(x) – In(x2 + 1)
a) Resolve a condição f(x) = In(2).

b) Estuda a função f quanto à monotonia e quanto à existência de extremos relativos.

Soluções: a) ∅ b) f é estritamente crescente em ]0, 1] e é estritamente decrescente em [1, +∞[; –In(2) é máximo relativo
(absoluto).

109
TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas

Aprende Fazendo

Itens de construção

66 Determina, se existir, cada um dos seguintes limites.


a) lim
3ex – 3 b) lim e
4 + x – e4 x
c) lim e – 1 d) lim
ex – 1
xÆ0 2x xÆ0 3x x Æ 0 x3 xÆ0 x2

f) lim x – 1
e) lim
e2x – 1 2
g) lim
In(x + 1) h) lim
In(x + 1)3
xÆ2 ex – 1 xÆ1 In(x2) xÆ0 3x xÆ0 x

i) lim
In(x + 3) j) lim ex k) lim
ex l) lim
In(x)
x Æ –2 x+2 x Æ +∞ In(x) x Æ +∞ x4 x Æ +∞ x4

m) lim
e3x – 1
xÆ0 ex – 1

4
Soluções: a) 3 b) e c) +∞ d) Não existe. e) e2 + 1 f) 1 g) 1 h) 3 i) 1 j) +∞ k) +∞ l) 0 m) 3
2 3 3

67 Estuda a continuidade de cada uma das funções seguintes, nos pontos indicados.


1 – e–x se x < 0
x x
a) f(x) = 1 se x = 0 em x = 0.

x–1 ¥ ln(x + 1) se x > 0




ex – 1 se x < 0
e2x – 1
b) g(x) = 0,5 se x = 0 em x = 0
1 se x > 0
log(x)

ex – 2 – 1


se x < 2
–4x3 – 9x2 + 6x – 24
c) h(x) =
1 se x = 2 em x = 2.
2
ln(x2 – 4) se x > 2
x–3

Soluções: a) f não é contínua em 0. b) g não é contínua em 0. c) h não é contínua em 2.

68 Estuda as seguintes funções quanto à existência de assíntotas ao seu gráfico e, caso existam, escreve
as suas equações.
x–1
a) f(x) =
2 + ex b) g(x) = ln(x) + e1 – x c) h(x) = e x + 3 – 1
ex

Soluções: a) y = 1 b) x = 0 c) x = –3 e y = e – 1

110
Itens de construção

69 Considera as funções reais de variável real f, g e h definidas por:


h(x) = – ln ix + 1i
h h
f(x) = ln(ex – 1) g(x) = ln(x)
x j x j
Relativamente a cada uma destas funções:
a) determina o domínio e os zeros, caso existam;

b) determina as equações das assíntotas ao gráfico, caso existam;

c) estuda a monotonia e a existência de extremos;

d) estuda o sentido das concavidades e a existência de pontos de inflexão;

e) utilizando os dados obtidos nas alíneas anteriores, faz o esboço dos gráficos das funções e indica
o contradomínio.

Soluções: Consultar na página 250.

70 Uma substância desintegra-se de tal forma que uma massa inicial de 12 mg se reduz a 4 mg em meia
hora. Sabe-se, por outro lado, que a taxa de variação instantânea da massa (ou “taxa de desintegração”)
em determinado instante t, M’(t), é proporcional à massa M(t) existente nesse instante.
a) Prova que, considerando a massa inicial indicada, a massa M, em mg, desta substância, ao fim de
t horas, é dada pela expressão M(t) = 4 ¥ 3–2t + 1.
b) Definindo a “taxa de desintegração média” num dado intervalo I = [t1, t2] por v1 =
M(t1 – t2) , com-
t2 – t1
para a taxa de desintegração média na primeira e na segunda hora.
c) Determina a taxa de desintegração ao fim de uma hora e meia e ao fim de 3 horas. Apresenta o re-
sultado arredondado às milésimas.
d) Determina a expressão de M”(t), estuda o respetivo sinal, descreve como varia a taxa de desinte-
gração desta substância e explica o significado desse resultado no contexto da situação.
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 12.º ano

Soluções: b) Na primeira hora a massa da substância diminui a uma taxa de 32 mg por hora, enquanto que na segunda
3
hora a massa da substância diminui a uma taxa de – 32 mg por hora. Logo, a taxa de desintegração média é menor na
27
segunda hora. c) –0,977 mg/h e –0,036 mg/h d) M”(t) =16(ln(3))2 3–2t + 1; M”(t) > 0, ∀ t ∈R+0; M’ é crescente; a massa
da substância diminui cada vez mais lentamente.

71 (*) O senhor Esteves aderiu a um plano de poupança a uma taxa de juro semestral de 2,5%, em regime
de juro composto. Para tal efetuou um depósito de 2000 euros em janeiro de 2000 e comprometeu-se
a efetuar reforços de 1000 euros cada seis meses. Sabendo que este plano de poupança termina em
janeiro de 2020, qual é o capital acumulado ao fim deste período de tempo?
(*) grau de dificuldade elevado
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 12.º ano

(*) Os graus de dificuldade elevados correspondem a desempenhos que não serão exigíveis à totalidade dos alunos.

Solução: 71 772,68 euros

111
TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas

Aprende Fazendo

Itens de construção

h hx
72 Numa determinada cidade, a função C(x) = 150 000 i 27 i , x ≥ 0 é usada como modelo para calcular
j 25 j
o valor, em euros, de um apartamento, x anos após a sua construção.
a) Determina a percentagem de valorização do andar ao ano.
b) O Pedro comprou um apartamento acabado de construir. Se pretender vender o apartamento,
quando este duplicar o seu valor inicial, quantos anos terá de esperar até que tal se verifique?
Apresenta o resultado com aproximação às unidades.

Soluções: a) 8% b) 9 anos

73 Um carro foi comprado por 45 000 euros e sabe-se que desvaloriza 20% ao ano.
a) Caracteriza a função C que permita calcular o valor do carro, em euros, x anos após a sua compra.
Nota: Escreve C(x) na forma aebx, com b arredondado às milésimas.

b) Após ter sido comprado, quanto tempo demora até que o automóvel valha a quinta parte do seu
valor inicial? Apresenta o resultado em anos e dias (dias aproximados às unidades).
c) Quanto desvaloriza, em percentagem, arredondada às décimas, o automóvel por mês? Admite que
os meses são todos iguais, ou seja, que um mês é 1 de um ano.
12

Soluções: a) C(x) = 45 000 ¥ e–0,223x b) 7 anos e 79 dias c) Desvaloriza cerca de 1,8% por mês.

74 Quantos termos da progressão geométrica é necessário somar para que a soma 1 + 1,01 + 1,012 +
+ 1,013 + 1,014 + … seja superior a um milhão?

Solução: 926 termos

75 Sem recorrer à calculadora, resolve, em R, as seguintes equações.


a) 10 ¥ 33x + 2 – 30 ¥ 3x + 1 = 0 b) ex – 4 = –3e–x c) 9 =3
2 + e–x – 1
d) e2x + 2ex = 8 e) e3x – 6e2x = –5ex f) –16x + 1 + 20 ¥ 42x + 1 = 4

g)
8x(x2 – 3x) – 16 = –2 h) 4x + 6x = 2 ¥ 9x i)
3x + 3–x = 2
8x – 8 3x – 3–x
a1a
Soluções: a) {0} b) {In(3), 0} c) {–1} d) {In(2)} e) {In(5), 0} f) {–1} g) {2} h) {0} i) b 2 b
c c

76 Sem recorrer à calculadora, resolve, em R, as seguintes inequações.


1
a) 3x ≤ 27 x b) 10x + 2x ≤ 108 c) x3ex ≤ 27ex
2

d) e4x – 3 ≤ 3ex – 1 e) –22x + 1 + 4 ≤ –31 ¥ 2x – 1

In(3) + 2 È
Soluções: a) ]–∞, –√∫3] ∪ ]0, √∫3] b) [–4, 2] c) ]–∞, 3] d) ÈÍ –∞, Í e) [3, +∞[
Î 3 Î

112
Itens de construção

77 Sem recorrer à calculadora, resolve, em R, as seguintes equações.


a) x log6(x2 – 7x + 12) = x b) log2(|x + 1| – 3) = 1

c) log23(x) – 5 log9(x) + 1 = 0 d)
1 log(xlog(x7)) – log(x5) + 4 = 0
7

Soluções: a) {0, 1, 6} b) {4, –6} c) {9, √∫3} d) {10, 10 000}

78 Sem recorrer à calculadora, resolve as seguintes inequações.


a) log2(x2 + 3) < 2 + log2(x + 1) b) log3(x2 – x – 2) – log3(x – 2) > 1

c) x3 ln(3x) + x3 log 1 (x + 6) ≤ 0 d) –log3(2x) < 2 + log3 i


h1 – xh
i
e j x j
e) x log3(x2 – 4) > x f) –log2(x – 1) ¥ log2(3x – 4) > 0

Soluções: a) ]2 – √∫5, 2 + √∫5[ b) ]2, +∞[ c) ]0, 3] d) ]0, 1] e) ]–√∫7, –2[ ∪ ]√∫7, +∞[ f) ÈÍ , 2ÈÍ
5
Î3 Î

79 Sejam a e b números reais positivos e n ∈N\{1}. Mostra que:


È hn n hÈ
a) logb(a) =
1 b) lognÍlogn ij
Î
√∫√∫n√∫n ij ÍÎ = –3 c) aln(b) = bln(a)
loga(b)

80 Considera as funções f, g e h definidas por:


1 log√∫3(x + 1)
f(x) = log2(x2 – 3x + 2) g(x) = h(x) =
1 – log7(x) 1 – 2x
Sem recurso à calculadora:
a) determina o domínio das funções f, g e h;

b) calcula os zeros das três funções;

c) determina os valores de x para os quais a função f é negativa;

d) determina o contradomínio da função g;

e) calcula o valor exato de f(0) + g(49) + h(2).

3 – √∫5 3 + √∫5
Soluções: a) Df = ]–∞, 1[ ∪ ]2, +∞[; Dg = ]0, +∞[\{7}; Dh = ]–1, +∞[\{0} b) e ; g não tem zeros; h não
2 2
3 – √∫5 3 + √∫5 È
tem zeros. c) ÈÍ , 1ÈÍ e em ÈÍ 2,
2
d) R\{0} e) –
Î 2 Î Î 2 ÍÎ 3

81 Determina os valores de k para os quais a equação x2 – 4x + log2(k) = 0 admite soluções reais.

Solução: ]0, 4√∫2[

113
TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas

Aprende Fazendo

Itens de construção

82 Para certos números reais a e b, tem-se que b = log2(√∫a∫ +


∫ ∫4 ∫ ). Exprime log2(√∫a∫ +
∫ + √∫a∫ –∫ ∫ 4 ∫ ∫4 ∫ )
∫ – √∫a∫ –∫ ∫ 4
em função de b.

Solução: log2(√∫a∫ ∫+∫ 4


∫ – √∫a∫ –∫ ∫ ∫4) = 3 – b

83 A população de uma determinada colónia de bactérias cresce exponencialmente. P(t) é o número


aproximado de bactérias existente t dias após as 0 horas do dia 1 de julho de 2012. Essas bactérias
desenvolvem-se segundo o modelo:
h ht
√∫
P(t) = 1200 i 3 i , com t ≥ 0
j 2 j

Resolve os itens seguintes recorrendo a métodos exclusivamente analíticos.


a) Como foi referido, a população desta colónia de bactérias cresce exponencialmente. Decorridos
sete dias, esse número aumentou. De quanto foi esse aumento? Apresenta o resultado arredondado
às unidades.
b) Determina o valor de k, com aproximação às milésimas, tal que P(t) = 1200ekt, com t ≥ 0.

c) Utilizando a expressão da alínea anterior, determina o dia e a hora, aproximada às unidades, em


que o número de bactérias atingiu 3600 unidades.
Nota: Sempre que nos cálculos intermédios procederes a arredondamentos, conserva três casas decimais.

Soluções: a) ≈ 376 unidades b) ≈ 0,203 c) ≈ 10 horas do dia 6 de julho.

84 No dia 1 de janeiro de 2002 foram introduzidos alguns chimpanzés em duas ilhas distintas, com di-
ferentes condições ambientais. Até esse dia nenhuma das ilhas tinha chimpanzés.
Admite que, t anos depois, o número de chimpanzés existentes em qualquer uma das ilhas é dado,
aproximadamente, por uma expressão do tipo:

350 , com k < 0


1 + 6ekt
a) Quantos chimpanzés foram introduzidos em cada ilha?

b) Relativamente a uma das ilhas, sabe-se que k = –0,2. Nessa ilha, em que ano e mês o número de
chimpanzés atingiu os 70 indivíduos?
c) Relativamente à outra ilha, sabe-se que no dia 1 de janeiro de 2012 havia mais 50 chimpanzés do
que no dia 1 de janeiro de 2004.
Recorrendo à calculadora, determina o valor de k correspondente a esta ilha.
Apresenta o resultado com aproximação às décimas.

Soluções: a) 50 b) Janeiro de 2004. c) k = –1,8 ou k = –0,1

114
Itens de construção

85 Numa determinada cidade surgiu uma epidemia de gripe A. A evolução da doença pode ser calculada
pela fórmula P(t) = e0,5t – 0,015t2, com t ≥ 0, em que P representa a percentagem de pessoas doentes e
t o tempo em dias, após o início do estudo da epidemia.
a) Inicialmente, qual era a percentagem da população infetada?

b) Utilizando a calculadora, determina qual foi o pior momento da epidemia e qual era, nessa altura,
a percentagem de doentes infetados? Apresenta os valores arredondados às décimas.
Apresenta na tua resposta os elementos recolhidos na calculadora como gráficos e coordenadas
relevantes de alguns pontos.
c) A epidemia considera-se erradicada quando a percentagem de doentes infetados for inferior a 1%.
A partir de que momento isso aconteceu? Apresenta o resultado em dias e horas.
d) Após 10 dias do início do estudo, qual é a probabilidade de o presidente da câmara estar infetado?
Apresenta o resultado arredondado às unidades.

Soluções: a) 1% b) ≈ 16,7 dias; ≈ 64,5% c) 33 dias e 8 horas d) 33%

86 Um antibiótico é administrado oralmente a um paciente. A concentração desse antibiótico na corrente


sanguínea desse paciente é dada por C(t) = Ate–kt, em que A e k são constantes positivas e C é medido
em microgramas por mililitro de sangue. Amostras de sangue são colhidas periodicamente, sendo de-
terminado que a concentração máxima de antibiótico ocorre 2 horas após ter sido administrado e
que o seu valor é de 10 microgramas por mililitro de sangue. Usa esta informação para determinar os
valores exatos de A e k.

1
Solução: A = 5e; k =
2

87 Um psicólogo quantifica a capacidade de aprendizagem e memorização de uma criança entre os 0


e os 5 anos através da função R(t) = In(t + 1) , onde t representa a idade da criança em anos, (t ≥ 0)
t+1
a) Determina, segundo este modelo e recorrendo a processos exclusivamente analíticos, em que idade
uma criança atinge a sua capacidade máxima de aprendizagem.
b) Determina, segundo este modelo e recorrendo a processos exclusivamente analíticos, em que idade
a capacidade de aprendizagem está a aumentar mais rapidamente.

Soluções: a) ≈ 2anos b) Logo após o nascimento.

88 Calcula analiticamente, se existirem, os seguintes limites.


–e2x + 9
a) lim (ex – In(x)) b) lim+ (x ¥ In(x)) c) lim
x Æ +∞ xÆ0 x Æ In 3 x – In(3)
xex –2e2 xex –3e3 x
d) lim e) lim f) lim
xÆ2 x–2 xÆ3 x–3 xÆ0 In(x2 + 2x + 4) – ln(x + 4)

Soluções: a) +∞ b) 0 c) –18 d) 3e2 e) 4e3 f) 4

115
TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas

Aprende Fazendo

Itens de construção

x + tg x


se x < 0
89 Considera a função f definida por f(x) = x .
(x + 1)e–x se x ≥ 0
a) Estuda a função f quanto à continuidade no ponto de abcissa 0.

b) Estuda a função f quanto à monotonia em R+.

c) Escreve a equação reduzida da reta tangente ao gráfico de f no ponto de abcissa –p.

d) No intervalo ]–p, 0[ existe um único ponto do gráfico da função f onde a ordenada é o inverso da
abcissa. Recorrendo à calculadora gráfica, determina as coordenadas desse ponto com aproximação
às milésimas. Deves reproduzir e identificar o(s) gráfico(s) que tiveres necessidade de visualizar na
calculadora, incluindo o referencial, e assinalar no(s) gráfico(s) o(s) ponto(s) relevante(s) para a re-
solução desta questão.

Soluções: a) f é contínua à direita em x = 0. b) f é estritamente decrescente em R+. c) y = – 1 x d) (–1,903; –0,526)


p

90 Estuda as seguintes funções quanto à existência de assíntotas ao seu gráfico e, caso existam, escreve
as suas equações.
a) f(x) = xex
ex + e–x
b) g(x) =
2

Soluções: a) y = 0 b) Não tem.

e2x – 1 + x


se x < 0
91 Considera a função f definida, em R\{0}, por f(x) = x .
3x – 2In(x) se x > 0
Utilizando métodos exclusivamente analíticos, resolve as duas primeiras alíneas seguintes.
a) Estuda a função f quanto à existência de assíntotas ao seu gráfico e, caso existam, escreve as suas
equações.
b) Mostra que ∃ x ∈ ]–2, –1[: f(x) = –x.
Nota: A calculadora pode ser utilizada em eventuais cálculos numéricos. Sempre que procederes a arredondamentos,
conserva três casas decimais.

c) Recorre à calculadora para determinar graficamente a solução da equação da alínea anterior.


Apresenta todos os elementos recolhidos na utilização da calculadora, nomeadamente o gráfico
obtido bem como as coordenadas relevantes de alguns pontos. Apresenta os valores pedidos na
forma de dízima e arredondados às décimas.

Soluções: a) x = 0 e y = 1 c) x ≈ –1,6

116
Itens de construção

1
Considera as funções reais de variável real f e g definidas por f(x) = log i 1 – x i e g(x) = e x – 4.
h h
92
j2+xj
a) Calcula os domínios de f e g.
b) Determina as assíntotas aos gráficos de f e g.
È1 3È
c) Prova que a função h definida por h(x) = f(x) + g(x) tem pelo menos um zero no intervalo Í , Í.
Î2 4Î
Soluções: a) Df = ]–2, 1[; Dg = R\{0} b) x = –2 e x = 1; x = 0 e y = –3

93 A intensidade I, em decibéis, de um som audível pode ser dada por I = 170 + 10 log(P), em que P é
o valor da potência, em certa unidade, do som emitido.
a) Sabe-se que um som com intensidade superior ou igual a 100 decibéis é prejudicial à saúde. De-
termina a partir de que potência devem ser utilizados meios de proteção auditiva.
b) Dois sons de potências P e P1 são emitidos por uma mesma fonte. Sabendo que a intensidade do

primeiro som é dupla da do segundo, mostra que P = 1017.


(P1)2
c) Justifica que quando a potência cresce em progressão geométrica de razão 103 a intensidade cresce
em progressão aritmética de razão 30.
d) Sendo I: P |Æ 170 + 10 log(P):

i) calcula lim
I(P) e investiga se o gráfico de I admite assíntotas não verticais.
x Æ +∞ P
ii) justifica que não pode haver um valor P0 tal que I’(P0) = I”(P0).
Adaptado de Prova de Aferição, 1995, Época Especial

Soluções: a) A partir de 10–7. d) i) 0; não tem assíntotas não verticais ao seu gráfico.

94 Considera a função real de variável real g definida por:




t In(t) se t > 0
g(t) =
0 se t = 0
Recorrendo a métodos exclusivamente analíticos, resolve as seguintes alíneas:
a) Prova que a função é contínua.

b) Mostra que o gráfico de g não tem assíntotas.

c) Estuda a monotonia da função e determina os extremos, se existirem.

d) Estuda a função quanto ao sentido das concavidades do seu gráfico e quanto à existência de pontos
de inflexão.
e) Esboça o gráfico da função g.
Adaptado de Prova de Aferição, 1994, Época especial

Soluções: a) g é estritamente decrescente em ÈÍ0,



e é estritamente crescente em ÈÍ , +∞ ÈÍ; 0 é máximo relativo e é
1
Î e ÍÎ Îe Î
mínimo absoluto. d) g tem a concavidade voltada para cima em R+ e não tem pontos de inflexão. e) Consultar na página 251.

117
TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas

Aprende Fazendo

Itens de construção

95 Durante um certo período, o número de ursos numa reserva natural é dado por P(t), onde t é o tempo,
em anos, decorrido a partir do dia 1 de janeiro de 1990. A função P verifica:

P’(t) = 1 P(t)(100 – P(t))


125
100
a) Mostra que a função P, dada pela expressão P(t) = , A ∈R, satisfaz a equação diferencial.
4t

1 + Ae 5

Admitiremos, até ao final do exercício, que P é de facto desta forma.


b) Calcula o valor da constante A em função da população inicial P(0) = P0.

c) Qual é a evolução da população se P0 = 100? Interpreta o resultado obtido.

d) (**) Considera que P0 = 10. Em que instante t1 a taxa instantânea P’(t1) é máxima?
Esboça o gráfico de P, interpretando t1 geometricamente, determinando valores aproximados dos
eventuais pontos notáveis do gráfico com o auxílio de uma calculadora gráfica.
Sugestão: Para o estudo da função, nomeadamente para estudar a monotonia e concavidades, podes utilizar a própria equação
diferencial.
(**) grau de dificuldade muito elevado
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 12.º ano

(**) Os graus de dificuldade muito elevados correspondem a desempenhos que não serão exigíveis à totalidade dos alunos.
100
Soluções: b) A = – 1 c) P(t) = 100, isto é, o número de ursos nessa reserva natural a partir do dia 1 de janeiro
P0
5
de 1990 seria sempre constante e igual a 100. d) t1 = ln(9)
4

96 (*) Um copo com água acabada de ferver (portanto à temperatura de 100 ºC) é deixado arrefecer
numa sala à temperatura ambiente de 25 ºC. Sabendo-se que ao fim de dois minutos a temperatura
da água atinge 80 ºC, ao fim de quanto tempo atingirá a temperatura de 50 ºC? Apresenta o resultado
em minutos e segundos (arredondado às unidades). Sempre que efetues cálculos intermédios, utiliza
três casas decimais.
(*) grau de dificuldade elevado
Adaptado de Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 12.º ano

(*) Os graus de dificuldade elevados correspondem a desempenhos que não


serão exigíveis à totalidade dos alunos. PROFESSOR

Solução: 7 minutos e 5 segundos


Resolução
Essencial para o Exame – exercício 96

118
Desafio – Distância vertical
Retomando o desafio apresentado no início deste tema, vejamos duas possíveis resoluções.

Primeiro método
A distância d, para cada valor da abcissa, corresponde à diferença entre as funções f e g.
Podemos então definir uma nova função:
d(x) = f(x) – g(x) =
= ex – x
Queremos saber o mínimo desta função. Usando uma máquina gráfica, é fácil obtê-lo.

Como se vê na figura, o mínimo é 1, para x = 0. Embora estes va-


lores pareçam exatos, não podemos esquecer que a máquina só
dá valores aproximados e ficamos sem ter a certeza.
Admitindo que o mínimo é exatamente 1, para x = 0, teremos:
f(0) = e0 = 1 , logo F(0, 1).
g(0) = 0, logo G(0, 0).

Para o caso da reta y = 2x, a função distância é d(x) = ex – 2x.


Agora, a máquina só nos dá valores aproximados.
Distância mínima ≈ 0,613706 para x ≈ 0,693147.

Segundo método
Com o que aprendemos neste capítulo, podemos obter valores exatos para as questões colocadas.
Para o primeiro caso, sendo d(x) = ex – x , vem d’(x) = ex – 1.
d’(x) = 0 ⇔ ex – 1 = 0 ⇔ ex = 1 ⇔ x = ln 1 ⇔ x = 0
Logo, dmín = d(0) = 1.
Os pontos são F(0, 1) e G(0, 0).

Para o segundo caso, sendo d(x) = ex – 2x, vem d’(x) = ex – 2.


d’(x) = 0 ⇔ ex – 2 = 0 ⇔ ex = 2 ⇔ x = ln(2)
Logo, dmín = d(ln(2)) = 2 – 2ln(2)
Os pontos são F(ln(2), 2) e G(ln(2), 2ln(2)).

119
Teste Final

Grupo I

PROFESSOR
1 Num determinado dia, de uma turma com 28 alunos, só 1 realizaram o
4
trabalho de casa da disciplina de Matemática. Resolução
A professora decidiu ver, ao acaso, o caderno de seis alunos. Exercícios do Teste Final

Qual é a probabilidade de apenas um deles ter feito o trabalho de casa?

(A)
21C
5 (B)
7 ¥ 21C5
28C 28C
6 6

(C)
1 (D)
7
7 28C
6

Solução: Opção (B)

2 Observa a figura, onde estão representadas graficamente as funções f e g.


y
g

A f
C

O B x

Sabe-se que:
• f(x) = –1 + 2 ln(x);
• g(x) = e0,5x;
• O é a origem do referencial;
• o ponto A pertence ao gráfico de g;
• os pontos B e C pertencem ao gráfico de f;
• o ponto C tem a mesma ordenada que o ponto A.
A área do trapézio [OACB] é igual a:
(A) e (B)
e2
2

(C)
√∫e + e ¥ e (D)
√∫e + e
2 2

Solução: Opção (D)

120
TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas

3 Seja g a função definida por:


g(x) = sen x
Das seguintes equações, qual pode definir uma reta tangente ao gráfico de g?
(A) y = √∫3x

(B) y = e

(C) y = x +
1
2
(D) y = x

Solução: Opção (D)

h h
4 A expressão simplificada de loga ij√∫ln∫(a∫ ∫√∫∫e )ij , com a ∈N\{1} é:

(A)
1
2

(B) –
1
2

(C) loga √∫e ( )


(D) ln √∫e( )
Solução: Opção (B)

5 Considera a função g, de domínio R, definida por g(x) = log2(x).


Seja f uma função definida em R e tal que f’(2) = ln(2).
Qual é o valor de (f o g)’(4)?

(A)
ln(2)
ln(16)
h1h
(B) ln i i
j8j

(C)
1
ln(16)

(D)
1
ln(2)

Solução: Opção (A)

121
Teste Final

Grupo II

1 O responsável por uma exposição de pintura, na Fundação de Serralves, pretende escolher doze quadros
de entre um lote de vinte obras diferentes de um artista (nove óleos, quatro aguarelas e sete serigrafias).
1.1. De quantas maneiras diferentes pode o responsável escolher os doze quadros de modo a satis-
fazer simultaneamente as seguintes condições:
• tem de haver seis óleos;
• têm que estar representados os três tipos de obras;
• tem de haver mais serigrafias do que aguarelas.
1.2. Supõe agora que o responsável optou por escolher cinco óleos, quatro serigrafias e três aguarelas.
Qual é a probabilidade de, ao dispor aleatoriamente as obras em fila, estas ficarem agrupadas
por género?
Apresenta o resultado sob a forma de fração irredutível.

Soluções: 1.1. 24 696 1.2. 1


4620

2 Seja:
f(x) = sen2 i p + xi – sen2 i p – xi
h h h h
j4 j j4 j

2.1. Prova que f(x) = sen(2x).

2.2. Seja (un) a sucessão de termo geral:


un = n
n3 + 2
Determina lim f(un).

È 3p È que verificam a condição f”(x) + f’(x) + 4 f(x) = 0.


2.3. Determina os valores de x ∈Í –p, Í
Î 2 Î

2.4. Seja g a função definida, em R, por:




f(x)
se x < 0
x
g(x) =
ex + 1 – e + k se x ≥ 0
x
a) Determina o valor de k de modo que a função g seja contínua em todo o seu domínio.

b) Considerando k = 2 – e, estuda a função g quanto à existência de assíntotas ao seu gráfico,


escrevendo as suas equações, caso existam.

a a
Soluções: 2.2. 0 2.3. b– 3p , – p , p , 3p , 5pb 2.4. a) k = 2 – e b) y = 0 é assíntota horizontal ao gráfico de g
c 4 4 4 4 4c
quando x → –∞.

122
TEMA V Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas

3 Num referencial ortonormado xOy, considera os gráficos das funções f e g definidas por:
f(x) = 3 – ex – 1 e g(x) = log(x + 4) + 1
Sabe-se que:
• A é o ponto de interseção do gráfico da função f com o eixo Ox;
• B é o ponto de interseção do gráfico da função g com o eixo Ox;
• C é o ponto de interseção dos gráficos das funções f e g.
Recorrendo a processos exclusivamente analíticos, resolve as três primeiras alíneas.
3.1. Determina as coordenadas dos pontos A e B.

3.2. Estuda a variação das funções f e g nos respetivos domínios.

3.3. Prova que existe um único ponto C nas condições do enunciado cuja abcissa pertence ao in-
tervalo ]0, 2[.
3.4. Recorrendo às alíneas anteriores e recorrendo às capacidades gráficas da calculadora, determina
a área do triângulo [ABC], com aproximação às décimas.
Na tua resposta deves incluir o referencial e as curvas visualizadas na calculadora e assinalar
os pontos A, B e C, indicando as suas coordenadas com aproximação às décimas.

h h
Soluções: 3.1. A(1 + ln(3), 0); B i– 39 , 0i 3.2. f é estritamente decrescente e g é estritamente crescente. 3.4. 5,1
j 10 j

4 Em dois lagos A e B, onde não havia peixes, introduziram-se, a 1 de janeiro de 1994, alguns peixes.
Admite que t anos depois, o número, em milhares, de peixes existentes em qualquer um dos lagos
é dado aproximadamente por:

P(t) = 4ekt , em que k e p são parâmetros reais


2 + pekt

Resolve os dois itens seguintes sem recorrer à calculadora, a não ser para efetuar cálculos numéricos.

4.1. Admite que, no lago A, k =


1 e p = 2. Determina o ano e o mês em que o número de peixes
4
nesse lago atingiu os 1500.
Sempre que, nos cálculos intermédios, procederes a arredondamentos, conserva, no mínimo,
três casas decimais.
4.2. No lago B, constatou-se que havia 500 peixes no início de 1995.
Qual é, para esse caso, a relação entre k e p.
Apresenta a tua resposta na forma k = –ln(A + Bp), em que A e B são números reais.

Soluções: 4.1. Março de 1996. 4.2. k = –ln(4 – 0,5p)

123
Desafio – A quadratura da parábola

Arquimedes de Siracusa viveu no século III a. C. Há cerca de 2250 anos escreveu um livro
que ficou famoso, A Quadratura da Parábola, onde, por dois processos diferentes, mos-
trou como se podia calcular uma área limitada por um arco de parábola e por uma corda.
Considera a parábola de equação y = –x2 + 2x, em que os zeros são 0 e 2 e o vértice é o
ponto (1, 1).

Propomos que tentes encontrar, com a maior aproximação que conseguires, a área a
sombreado na figura e que é limitada pelo arco de parábola e pelo eixo horizontal Ox.
José Paulo Viana
TEMA VI
Primitivas e Cálculo Integral
1. Noção de primitiva

2. Cálculo integral
TEMA VI Primitivas e Cálculo Integral

UNIDADE 1
Noção de primitiva

Nos últimos dois anos de estudo aprendeste conceitos e desenvolveste técnicas de tra-
balho relacionadas com o cálculo diferencial (derivadas). Este trabalho será agora com-
plementado com algumas noções de cálculo integral, uma vez que, em algumas situações,
conhecemos a derivada de uma função e pretendemos determinar a própria função.

Por exemplo, na Física, é frequente conhecermos a aceleração de um móvel e preten-


dermos determinar a sua velocidade ou conhecermos a sua velocidade e desejarmos saber
1 Mostra que as funções
1 o espaço percorrido por esse móvel em função do tempo. Também na Demografia e na
definidas por F(x) = x4 e
4 Biologia, conhecendo a taxa de crescimento de uma população, é frequente pretender-se
1 4
G(x)= x + 2 são ambas prever o número de elementos da população num dado momento.
4
primitivas da função
definida por f(x) = x3. Assim:

Nota Definição
A não ser que algo seja
dito em contrário, Dada uma função real f, definida num intervalo I, designa-se por primitiva de f em I
considera-se I como um uma função F, diferenciável em I, tal que para todo o x ∈I, F’(x) = f(x).
qualquer intervalo contido Neste caso, diz-se que f é primitivável em I.
no domínio de f.

Exemplos
2 Sabendo que F’(x) = x3 e
que F – G = 7, determina 1. A função definida por F(x) =
1 x3 + 4x + 7 é uma primitiva da função definida por
G’(x). 3
h h
f(x) = x2 + 4, pois F’(x) = i 1 x3 + 4x + 7i ’ = 1 ¥ 3x2 + 4 = x2 + 4 = f(x).
j3 j 3
PROFESSOR
2. A função definida por G1(x) = ex + 2017 é uma primitiva da função definida por g(x) = ex,
pois G1’(x) = (ex + 2017)’ = (ex)’ = ex = g(x).
Resolução
Todos os exercícios de “Noção de
primitiva” Também a função definida por G2(x) = ex – p é uma primitiva da função definida por
PCI12_1.1 g(x) = ex, pois G2’(x) = (ex – p)’ = (ex)’ = ex = g(x).
PCI12_1.2
Repara que a função (G1 – G2) é uma função constante. De facto, a diferença entre
O domínio PCI poderá ser duas quaisquer primitivas de g é sempre constante.
considerado facultativo, a
título excecional, nos anos
letivos 2017/2018 e Este último exemplo ilustra a propriedade seguinte:
2018/2019.
In Orientações de gestão curricular
para o Programa e Metas Curriculares Propriedade
de Matemática A, 10.º, 11.º e 12.º Anos
Dada uma função f, primitivável num intervalo I, e dadas duas primitivas F e G de f
Solução
nesse intervalo, tem-se que a função F – G é constante em I.
2. G’(x) = x3

126
UNIDADE 1 Noção de primitiva

De facto, se F e G são duas primitivas de f num intervalo I, então F’(x) = f(x) e G’(x) = f(x),
∀ x ∈I. Logo, (F – G)’(x) = F’(x) – G’(x) = f(x) – f(x) = 0, o que nos leva a concluir que
F – G é uma função constante.

Propriedade
Se f é primitivável num intervalo I, então as primitivas de f nesse intervalo são funções
definidas pelas expressões F(x) + c, c ∈R, onde F é uma qualquer primitiva de f em I.
Esta expressão representa-se por Pf ou por ∫ f(x) dx e as constantes c designam-se por
constantes de primitivação.

Seja f primitivável num intervalo I e F uma qualquer primitiva de f em I. Se G é uma 3 Mostra que as funções
outra primitiva de f em I, então a função G – F é constante em I, isto é, G(x) – F(x) = c, para definidas por F(x) = x3,
algum c ∈R, ou seja, G(x) = F(x) + c, para algum c ∈R. G(x) = x3 + p e H(x) = x3 – 5
Por outro lado, para qualquer c ∈R, a função G definida por G(x) = F(x) + c é uma pri- são primitivas da função
definida por f(x) = 3x2.
mitiva de f em I, uma vez que G’(x) = (F(x) + c)’ = F’(x) = f(x) . Representa graficamente
O integral indefinido de uma função f num intervalo I é então uma família de primitivas essas primitivas de f.
que se representa por F(x) + c, c ∈R, onde F é uma qualquer primitiva de f em I.

Nota
F(x) + c, c ∈R ou F(x) + 2019 + c, c ∈R, …, ou uma qualquer outra expressão que
considere uma outra primitiva de f, independentemente da constante considerada,
representam a família ∫ f(x) dx.

Repara numa interpretação geométrica do que acabámos de mostrar:

Relação entre os gráficos das primitivas de uma mesma função

Se F e G são ambas primitivas de f em I, então F’(x) = G’(x) = f(x).


Sabemos também que F’(x0) é o declive da reta tangente ao gráfico de F no ponto (x0, F(x0))
e que G’(x0) é o declive da reta tangente ao gráfico de G no ponto (x0, G(x0)).
Como os declives são iguais, já que F’(x) = G’(x), temos que as retas tangentes são pa-
ralelas. PROFESSOR
Como tal, é verdade que, para qualquer x0, toda a curva y = G(x) é paralela à curva
PCI12_1.2
y = F(x), isto é, G(x) = F(x) + c, c ∈R. PCI12_1.3

y y = G(x) y = F(x) Solução


3. f
y g
h
(x0, G(x0))
3
(x0, F(x0))
O x
O x0 x
–5
Assim, o gráfico de uma primitiva de uma dada função pode ser obtido a partir do gráfico
de uma outra primitiva dessa função através de uma translação vertical.

127
TEMA VI Primitivas e Cálculo Integral

Exemplo

As primitivas da função f definida por f(x) = 2x + 7 são da forma F(x) = x2 + 7x + c.


Se pretendermos que F(1) = 3, então 12 + 7 + c = 3 ⇔ c = –5, ou seja, existe uma única
primitiva F de f tal que F(1) = 3, F(x) = x2 + 7x – 5.
Este exemplo ilustra a propriedade seguinte:

Propriedade
Dados um intervalo I, um ponto a ∈I, b ∈R e uma função f primitivável nesse inter-
valo, existe uma única primitiva F de f em I tal que F(a) = b.

4 Seja f a função definida por Seja T uma primitiva de f em I. A função F definida por F(x) = T(x) + b – T(a) é também uma
f(x) = 3x2 + 1. primitiva de f em I, pois F’(x) = T’(x) + 0 – 0 = T’(x) = f(x), e verifica F(a) = T(a) + b – T(a) = b.
a) Mostra que
∫(3x2 + 1) dx = x3 + x + c,
Seja G uma outra primitiva de f em I, com G(a) = b. Então, G(x) = F(x) + c, para algum
c ∈R. c ∈R e G(a) = b ⇔ F(a) + c = b ⇔ b + c = b ⇔ c = 0. Logo, G(x) = F(x).
b) Determina a primitiva Dado que o processo de primitivar é o inverso do de derivar, decorrem, naturalmente,
de f cujo gráfico
contém o ponto de
das regras, já conhecidas, de derivação, as seguintes regras de primitivação:
coordenadas (2, 7).
Derivadas Primitivas

(x)’ = 1 ∫ 1 dx = x + c

∫ (a + 1) xa dx = xa + 1 + c, a ∈R\{0, –1}
(xa + 1)’ = (a + 1) xa a+1
∫ xa dx = x + c, a ∈R\{0, –1}
a+1

(ln(x))’ = 1 e (ln(–x))’ =
x
1
x ∫ 1x dx = ln(|x|) + c
(ex)’ = ex ∫ ex dx = ex + c

(sen x)’ = cos x ∫ cos x dx = sen x + c

(cos x)’ = –sen x ∫ sen x dx = –cos x + c

Deves, assim, conhecer de memória as seguintes primitivas de algumas funções ditas


funções de referência para a primitivação:

Primitivas de funções de referência


a+1
• ∫ xa dx = x
PROFESSOR
• ∫ 1 dx = x + c, c ∈R + c, a ∈R\{0, –1}, c ∈R
a+1
PCI12_1.4
PCI12_1.5
• ∫ 1x dx = ln(|x|) + c, c ∈R • ∫ ex dx = ex + c, c ∈R
Solução
4.
• ∫ sen x dx = –cos x + c, c ∈R • ∫ cos x dx = sen x + c, c ∈R
b) F(x) = x3 + x – 3

128
UNIDADE 1 Noção de primitiva

Das propriedades da derivada da soma e da derivada do produto de uma constante por


uma função resultam as propriedades análogas para o cálculo de primitivas:

Propriedades (linearidade da primitivação)


Dadas funções f e g, primitiváveis num intervalo I, e k ∈R, então f + g e kf são pri-
mitiváveis em I e tem-se que:
• ∫ (f(x) + g(x)) dx = ∫ f(x) dx + ∫ g(x) dx
• ∫ kf(x) dx = k ∫ f(x) dx

Para justificarmos estas propriedades, vamos utilizar as propriedades de linearidade da


diferenciação que já estudaste anteriormente.
Sejam F e G duas primitivas de f e g em I.
Por um lado, temos que, para todo o x ∈I:
(F + G)’(x) = F’(x) + G’(x) = f(x) + g(x)
pelo que:
∫ (f(x) + g(x)) dx = F(x) + G(x) + c, c ∈R
Por outro lado, temos que:
∫ f(x) dx + ∫ g(x) dx = F(x) + c1 + G(x) + c2, c1, c2 ∈R
= F(x) + G(x) + d, d ∈R

Assim, as expressões ∫ (f(x) + g(x)) dx e ∫ f(x) dx + ∫ g(x) dx representam a mesma família


de funções.

Seja F uma primitiva de f em I.


Por um lado, temos que, para todo o x ∈I:
(kF(x))’ = kF’(x) = kf(x)
pelo que:
∫ kf(x) dx = kF(x) + c, c ∈R
Por outro lado, temos que:
k ∫ f(x) dx = k(F(x) + c1), c1 ∈R
= kF(x) + kc1, c1 ∈R
= kF(x) + d, d ∈R

Assim, as expressões ∫ kf(x) dx e k ∫ f(x) dx representam a mesma família de funções.

Repara que podemos interpretar estas propriedades do seguinte modo: PROFESSOR


• para obtermos uma primitiva de f + g, basta somar uma primitiva de f com uma pri-
mitiva de g; PCI12_1.6

• para obtermos uma primitiva de kf, basta multiplicar k por uma primitiva de f.

129
TEMA VI Primitivas e Cálculo Integral

Exemplos
5 Calcula as seguintes
primitivas.
1. Para determinar ∫ (x2 + ex) dx, usemos a propriedade acabada de estudar,
a) ∫ 2 dx
∫ (f(x) + g(x)) dx = ∫ f(x) dx + ∫ g(x) dx, e duas das funções de referência para a primitivação.
b) ∫ x6 dx
Sabemos que ∫ x2 dx = x + c1, c1 ∈R e ∫ ex dx = ex + c2, c2 ∈R, logo podemos escrever
3
c) ∫ 4x3 dx 3
∫ (x + e ) dx = ∫ x dx + ∫ ex dx = x + ex + c, c ∈R.
3
1 2 x 2
d) ∫ dx
x2 3
e) ∫ √∫x dx
2. ∫ (2sen x + 1) dx = 2 ∫ senx dx + ∫ 1 dx =
f) ∫ (x2 + x) dx

g) ∫ (3ex + 1) dx
= –2 cos x + x + c, c ∈R

h) ∫ (2cos x + 5) dx
3. ∫ hij 1x – x2017 + 5√∫xhij dx = ∫ 1x dx + ∫ (–x2017) dx + ∫ (5√∫x ) dx =
i) ∫ h1
i
jx
– 4x11 + sen
h
xi dx 1
= ∫ 1 dx – ∫ x2017 dx + 5 ∫ x 2 dx =
j

j) ∫ (x + 3)2 dx x
3
ex
k) ∫ h4
i
jx
+
2
h
– 3i dx
j = ln(|x|) – x
2018
+5¥
x2
+ c, c ∈R
2018 3
l) ∫ √∫2x dx 2

= ln(|x|) – x
2018
+ 10 × √∫x3 + c, c ∈R
m) ∫ (x√∫x) dx 2018 3

ERRO TÍPICO

Um dos erros mais frequentes quando é necessário determinar ∫ 1x dx é consi-


PROFESSOR x

derar que 1 dx = ln(x) + c, c ∈R.

PCI12_1.7
De facto, se I ⊂ R+:

Soluções
∫ 1x dx = ln(x) + c, c ∈R
5. mas se I ⊂ R–:
a) 2x + c, c ∈R
b)
x2
7
+ c, c ∈R ∫ 1x dx = ln(–x) + c, c ∈R
c) x4 + c, c ∈R
1
d) – + c, c ∈R Recorda que a função f definida por f(x) = 1 está definida em R\{0}, mas a
x x
2 32 função g definida por g(x) = ln(x) está definida apenas no intervalo ]0, +∞[.
e) x + c, c ∈R
3
x3 x2
f) + + c, c ∈R
3 2
g) 3ex + x + c, c ∈R
A propriedade que estudaremos a seguir está diretamente relacionada com a derivada
h) 2sen x + 5x + c, c ∈R
x12 da função composta, F(u(x))’ = u’(x)F’(u(x)), permitindo determinar primitivas de outro tipo
i) ln(|x|) – – cos x + c, c ∈R
3 de funções.
x3
j) + 3x2 + 9x + c, c ∈R
3
ex
k) 4ln(|x|) + – 3x + c, c ∈R
2
l) 4√∫x + c, c ∈R
Propriedade

m)
2 52
x + c, c ∈R
∫ u’(x)f(u(x)) dx = F(u(x)) + c, c ∈R, onde F é uma primitiva de f.
5

130
UNIDADE 1 Noção de primitiva

Vejamos alguns exemplos de aplicação direta da propriedade acima:

Exemplos 6 Calcula as seguintes


primitivas.
1. ∫ (cos(x)esen x) dx = esen x + c, c ∈R, com:
a) ∫ (5x – 2)3 dx
• f(u(x)) = esen x
b) ∫ xex
2 +5 dx
• u’(x) = cos x
c) ∫ cos(4x + 3) dx
• F(u(x)) = esen x
d) ∫ cos x sen x dx

2. ∫ (3x2 ex3) dx = ex3 + c, c ∈R, com: e) ∫ cos x sen4x dx

• f(u(x)) = ex3 f) ∫ cos(2x)


sen(2x)
dx
• u’(x) = 3x2
∫ 2x
2
–2
• F(u(x)) = ex3 g) dx
x – 3x
3

3. ∫ e4x dx = ∫ 1 ¥ 4e4x dx = 1
∫ 4e4x dx = 1 e4x + c, c ∈R, com:
h) ∫ x 4x– 5x– 10+ 6 dx
2
4 4 4
• f(u(x)) = e4x i) ∫ cos(ex)ex dx

• u’(x) = 4
• F(u(x)) = e4x

4. ∫ (5cos(5x)) dx = sen(5x) + c, c ∈R com:

• f(u(x)) = cos(5x)
• u’(x) = 5
• F(u(x)) = sen(5x)

5. ∫ (5sen(5x)) dx = –cos(5x) + c, c ∈R, com:

• f(u(x)) = sen(5x)
• u’(x) = 5
PROFESSOR
• F(u(x)) = – cos(5x)

6. ∫ 2x
x +x
2 ∫
+ 1 dx = (2x + 1) 1 dx = ln|x2 + x| + c, c ∈R, com:
x2 + x
PCI12_1.7

• f(u(x)) = 1 Soluções
x2 + x 6.
(5x – 2)4
• u’(x) = 2x + 1 a) + c, c ∈R
20
• F(u(x)) = ln|x2 + x| 1 x2 + 5
b) e + c, c ∈R
2
Da propriedade anterior resulta uma nova lista de primitivas: 1
c) sen(4x + 3) + c, c ∈R
4
cos2x
d) – + c, c ∈R
u’(x) dx = 1 (u(x))a + 1 + c, a ∈R\{0, –1}, c ∈R
2
•∫ (u(x))a
a+1 e)
sen5x
+ c, c ∈R
∫ u’(x)
5
• dx = ln(|u(x)|) + c, c ∈R ln|sen(2x)|
u(x) f) + c, c ∈R
2
• ∫ eu(x) u’(x) dx = eu(x) + c, c ∈R 2ln|x3 – 3x|
g) + c, c ∈R
• ∫ sen (u(x))u’(x) dx = –cos u(x) + c, c ∈R 3
h) 2ln|x2 – 5x + 6| + c, c ∈R
• ∫ cos (u(x))u’(x) dx = sen (u(x)) + c, c ∈R
i) sen(ex) + c, c ∈R

131
TEMA VI Primitivas e Cálculo Integral

Vejamos alguns exemplos práticos de aplicação desta nova lista de primitivas.

Exemplos
1
7 Calcula as seguintes 1. ∫ 2x 3√∫x2∫ ∫ ∫+∫ 3
∫ dx = ∫ (x2 + 3) 3 2x dx
primitivas.
A função que pretendemos primitivar é do tipo ∫ (u(x))a u’(x) dx.
a) ∫ 2x + 1
(x2 + x + 1)2
dx
1 1
1 +1
∫(x2 + 3) 3 2x dx = ¥ (x2 + 3) 3 + c, c ∈R
b) ∫ 1
(x – 1)2
dx 1
+1
3
c) ∫ x √∫1∫ ∫+∫ x∫ dx
2 3
4
x = 1 ¥ (x2 + 3) 3 + c, c ∈R
d) ∫
e 4
x
dx
1+e
3
e) ∫ ln(x)
x
dx
= 3 3√∫(∫x2∫ ∫ ∫+∫ 3
∫ ∫)4 + c, c ∈R
4

2. ∫ (3x + 1)5 dx

Neste caso, com uma simples transformação também teremos uma primitiva do tipo
∫ (u(x))a u’(x) dx.
∫ (3x + 1)5 dx = ∫ (3x + 1)5 ¥ 3 ¥ 1 dx =
3
1
= ∫ (3x + 1)5 ¥ 3 dx =
3
h h
= 1 i 1 ¥ (3x + 1)6i + c, c ∈R
3 j6 j
6
= (3x + 1) + c, c ∈R
18

∫ x3 +x 21x dx = ∫ 1 ¥ 33x + 21 dx =
2 +7 2
3.
+5 3 x + 21x + 5

∫ x33x+ 21x
2
= 1 + 21 dx
3 +5
PROFESSOR
Estamos, então, perante o caso ∫ u’(x)
u(x)
dx.
PCI12_1.7

∫ x33x+ 21x
1 2+ 21 dx = 1 ln|x3 + 21x + 5| + c, c ∈R
Soluções 3 +5 3
7.
1
a) – + c, c ∈R
x2 + x + 1

∫ (ln(x))
1 3
b) –
x–1
+ c, c ∈R 4. dx = ∫ (ln(x))3 ¥ 1 dx
x x
2√∫(∫1∫ ∫+∫ ∫x3∫ ∫)3 + c, c ∈R
c)
9 Estamos perante o caso ∫ (u(x))a u’(x) dx.
d) ln(ex + 1) + c, c ∈R ∫ (ln(x))3 1 dx = 1 (ln(x))4 + c, c ∈R
1
x 4
e) (ln(x))2 + c, c ∈R
2 4
= (ln(x)) + c, c ∈R
4
132
UNIDADE 1 Noção de primitiva

1
5. ∫ 1 dx =
x ln(x)
∫ x
ln(x)

Estamos perante o caso ∫ u’(x)


u(x)
dx.

∫ x ln(x)
1 dx = ln|ln(x)| + c, c ∈R

Exercícios resolvidos 8 Calcula as seguintes


primitivas.
1. Calcula as seguintes primitivas. a) ∫ (ex – e–x)2 dx

a) ∫ (ex + e–x)2 dx b) ∫ sen√∫


√∫x
x dx

b) ∫ cos √∫x dx
√∫x

Sugestão de resolução

a) ∫ (ex + e–x)2 dx = ∫ ((ex)2 + 2exe–x + (e–x)2) dx =

= ∫ (e2x + 2ex – x + e–2x) dx =

= ∫ e2x dx + ∫ 2e0 dx + ∫ e–2x dx =

= 1 ∫ 2e2x dx + ∫ 2 dx – 1 ∫ – 2e–2x dx =
2 2

= 1 e2x + 2x – 1 e–2x + c, c ∈R
2 2

= 1 (e2x – e–2x) + 2x + c, c ∈R
2

APRENDE FAZENDO
Págs. 154, 155, 156 e 157
cos(√∫x )
b) ∫ dx = ∫ 1 cos(√∫x ) dx = Exercícios 3, 8, 9, 10, 14
e 20
√∫x √∫x
CADERNO DE EXERCÍCIOS
= ∫ 2 cos(√∫x ) dx = E TESTES
Págs. 58 e 59
2√∫x
Exercícios 1, 2, 3, 4, 5, 6,
7, 8, 9 e 10
=2 ∫ 1 cos(√∫x ) dx =
2√∫x
PROFESSOR

= 2 sen (√∫x ) + c, c ∈R Soluções


8.
1 2x
a) (e – e–2x) – 2x + c, c ∈R
2
(continua)
b) –2cos(√∫x ) + c, c ∈R

133
TEMA VI Primitivas e Cálculo Integral

9 a) Calcula constantes reais Exercícios resolvidos


A e B, não nulas, tais que,
para todo o x ∈R\{0, 2}, 2. Calcula constantes reais A e B, não nulas, tais que, para todo o x ∈R\{–1, 0},
2x – 6 A B 1
x(x – 2)
= +
x x–2
. = A + B e deduz uma expressão para as primitivas da função f definida
x(x + 1) x x + 1
b) Determina uma no intervalo ]0, +∞[ por f(x) = 1 .
expressão para a função x(x + 1)
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 12.º ano
F, primitiva da função f,
definida por Sugestão de resolução
2x – 6
f(x) = e tal que
x(x – 2) Pretende-se calcular constantes reais A e B não nulas tais que para todo o
F(3) = ln(54). x ∈R\{–1, 0}, 1 =A+ B :
x(x + 1) x x + 1
1 =A+ B ⇔ 1 = A(x + 1) + Bx
x(x + 1) x x + 1 x(x + 1) x(x + 1) x(x + 1)
10 Calcula as seguintes
primitivas. ⇔ 1 = A(x + 1) + Bx (já que x ≠ 0 e x ≠ –1)
⇔ 1 = Ax + A + Bx
a) ∫ 2xx –+11 dx
⇔ 1 = (A + B)x + A
x3
∫ dx



b) A+B=0 B = –1
x2 + x
⇔ ⇔
A=1 A=1

Assim, 1 = 1 + –1 e:
x(x + 1) x x + 1

∫ x(x 1+ 1) dx = ∫ hij 1x – x +1 1 hij dx = ∫ 1x dx – ∫ x +1 1 dx =


= ln|x| – ln|x + 1| + c, c ∈R
= ln i x i + c, c ∈R
i i

ix + 1i

3. Considera a função f, definida em R\{–3}, por f(x) =


x + 7 . Determina a primitiva
x+3
da função f que toma o valor 6 quando x = –2.

Sugestão de resolução

∫ xx ++ 73 dx = ∫ hij1 + x +4 3 hij dx = Cálculo auxiliar


x+7 x+3
= ∫ 1 dx + ∫ 4 dx =
APRENDE FAZENDO
–x – 3 1
Pág. 157 x+3
Exercício 16 4
= ∫ 1 dx + 4∫ 1 dx =
x+3 Logo, x + 7 = 1 + 4 .
x+3 x+3
PROFESSOR = x + 4 ln|x + 3| + c, c ∈R

Soluções Assim, F(x) = x + 4 ln|x + 3| + c, para algum c ∈R.


9. F(–2) = 6 ⇔ –2 + 4 ln|–2 + 3| + c = 6
a) A = 3 e B = –1 ⇔ –2 + 4 ln(1) + c = 6
b) 3 ln|x| – ln|x – 2| + ln(2) ⇔ –2 + 0 + c = 6
10.
⇔c=8
a) 2x + 3 ln|x – 1| + c, c ∈R
x2 Logo, a primitiva pretendida é definida por F(x) = x + 4 ln|x + 3| + 8.
b) – x + ln|x + 1| + c, c ∈R
2

134
UNIDADE 1 Noção de primitiva

11 Um ponto descreve uma


4. Um ponto material P desloca-se na reta numérica, estando, em cada instante t ≥ 0, trajetória retilínea, em que
sendo o tempo medido em segundos, submetido à aceleração a(t) igual a 4 uni- a aceleração é dada, em
função de t, com t medido
dades de comprimento por segundo quadrado.
em segundos, por
Calcula a posição que ocupa o ponto P no instante t = 10, sabendo que P se en- a(t) = 12t – 6 m/s2.
contra no instante t = 0 na origem e que a velocidade de v é, no instante t = 5, de Sabe-se ainda que, no
10 unidades de comprimento por segundo, no sentido positivo. instante t = 0, o ponto se
encontra a 3 metros da
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 12.º ano origem e que, nesse
instante, a sua velocidade
Sugestão de resolução é de 2 metros por segundo.
Determina:
Seja p(t) a posição que o ponto P ocupa no instante t, v(t) a velocidade no ins- a) a expressão que define
tante t e a(t) a aceleração no instante t, nas unidades consideradas. a velocidade do ponto
Nas condições do enunciado, tem-se que p(0) = 0, v(5) = 10 e a(t) = 4 e pre- em cada instante t;
tendemos determinar p(10). b) a expressão que define
a posição do ponto em
Por um lado, sabemos que v’(t) = a(t). Logo, v é uma primitiva de a.
cada instante t.
∫ a(t) dt = ∫ 4 dt = 4t + c, c ∈R 12 Um bife foi retirado de um
Como v(5) = 10, vem que 4 ¥ 5 + c = 10, isto é, c = –10. congelador e colocado
numa bancada a
Logo, v(t) = 4t – 10.
descongelar.
Por outro lado, sabemos também que p’(t) = v(t). Logo, p é uma primitiva de v. A temperatura do bife
quando saiu do
∫ v(t) dt = ∫ (4t – 10) dt = 2t2 – 10t + c, c ∈R congelador era de –4 ºC
e t horas depois estava a
Como p(0) = 0, vem que 2 ¥ 02 – 10 ¥ 0 + c = 0, isto é, c = 0.
aumentar à taxa de
Logo, p(t) = 2t2 – 10t. T(t) = 7e–0,35t ºC/h.
Determina a temperatura
Assim, p(10) = 2 ¥ 102 – 10 ¥ 10 = 100, ou seja, no instante t = 10 o ponto P do bife passadas duas
encontrava-se a 100 unidades de comprimento da origem. horas após ter sido
retirado do congelador.
Apresenta o resultado com
5. A quantidade de biomassa presente numa determinada floresta tropical está a crescer aproximação às décimas.

em função do tempo t à taxa de T(t) = 1 e0,2 t g/h. APRENDE FAZENDO


2 Págs. 156, 157 e 158
Determina a quantidade M de biomassa presente nessa floresta, em função do Exercícios 11, 15 e 21
tempo t, sabendo que M(0) = 4. CADERNO DE EXERCÍCIOS
E TESTES
Pág. 61
Sugestão de resolução Exercício 19
Sabemos que M’(t) = T(t). Logo:
PROFESSOR

M(t) = ∫ T(t) dt = 1 e0,2 t dt =
2
= 1 ∫ e0,2 t dt = 1 ¥ 1 e0,2 t + c =
Apresentação
“Noção de primitiva”
2 2 0,2 Teste interativo
5
= e0,2 t + c, c ∈R “Noção de primitiva”
2 Soluções
Como M(0) = 4, vem que 5 e0,2 ¥ 0 + c = 4, isto é, 5 ¥ 1 + c = 4 ⇔ c = 3 . 11.
2 2 2 a) v(t) = 6t2 – 6t + 2
Logo, M(t) = 5 e0,2 t + 3 . b) p(t) = 2t3 – 3t2 + 2t + 3
2 2
12. 6,1 ºC

135
TEMA VI Primitivas e Cálculo Integral
TEMA VI Primitivas e Cálculo Integral

UNIDADE 2
Cálculo Integral

2.1. Definição intuitiva da noção de integral


Definição

Dado um referencial cartesiano e uma função f, contínua e não negativa num intervalo
[a, b], (a ≤ b), o integral de f entre a e b, ∫ ba f(x) dx, é a medida da área da região do
plano delimitada pelas retas de equação x = a e x = b, pelo eixo das abcissas e pelo
gráfico de f.

Exemplo

A área da figura a sombreado mede ∫ 31 f(x) dx.


y f
9
8
7
6
5
4
3
2 A
1

2 –1 1 2 3 4 x

13 Calcula o valor de cada Exercícios resolvidos


um dos seguintes integrais.
a) ∫ 51 4x dx Calcula o valor de cada um dos seguintes integrais.
b) ∫ 2–3 |x| dx a) ∫ 51 2x dx b) ∫ 1–3 |x| dx c) ∫ 1–1 √∫1∫ –∫ ∫ ∫x2 dx
c) ∫ 0–2 √∫4∫ ∫–∫ x∫ 2 dx

Sugestão de resolução

a) Como a função definida por f(x) = 2x é contínua e não negativa no intervalo


[1, 5], temos que ∫ 51 2x dx é a medida da área da região do plano delimitada
PROFESSOR pelas retas de equação x = 1 e x = 5, pelo eixo das
y f
abcissas e pelo gráfico de f. 10
Resolução Observando a figura, podemos então calcular a área
Todos os exercícios de “Cálculo integral” da região do plano que verificamos ser um trapézio
PCI12_2.1
retângulo:
2
Soluções ∫ 51 2x dx = 10 + 2 ¥ 4 = 24 u.a.
13.
2 O 1 5 x
13
a) 48 b) c) p
2

136
UNIDADE 2 Cálculo Integral

Poderíamos ter optado por decompor a figura num y f


10
retângulo e num triângulo e calcular dessa forma a


sua área:
10

∫ 51 2x dx = 4 ¥ 2 + 4 ¥ 8 = 24 u.a.
2 2
2
O 1 5 x

4

ou então ter observado que: y f


10

∫ 51 2x dx = 5 ¥ 10 – 1 ¥ 2 = 24 u.a.

2 2

∫ 50 2x dx ∫ 10 2x dx
2

O 1 5 x

b) Como a função definida por f(x) = |x| é contínua e não negativa no intervalo
[–3, 1], temos que ∫ 1–3 |x| dx é a medida da área da região do plano delimitada
pelas retas de equação x = –3 e x = 1, pelo eixo das abcissas e pelo gráfico
de f.
y
Observando a figura, podemos então
calcular a área da região do plano so- f

mando as áreas dos triângulos repre- 3


sentados:
1
∫ 1–3 |x| dx = 3 ¥ 3 + 1 ¥ 1 = 10 = 5
2 2 2 –3 O 1 x

c) Como a função definida por f(x) = √∫1∫ –


∫ ∫ x∫ 2 é contínua e não negativa no inter-
valo [–1, 1], temos que ∫ 1–1 √∫1∫ ∫–∫ ∫x2 dx é a medida da área da região do plano
delimitada pelas retas de equação x = –1 e x = 1, pelo eixo das abcissas e
pelo gráfico de f.
y
Observando a figura, verificamos que
se pretende calcular a área de um
semicírculo de raio 1. 1

f
Assim:

∫ 1–1 √∫1∫ –∫ ∫ ∫x2 dx = p ¥ 1 = p


2 –1 O 1 x

2 2

137
TEMA VI Primitivas e Cálculo Integral

Contextualização histórica 2.2. Origem histórica do símbolo de integral


O problema do cálculo de áreas de figuras limitadas por curvas despertou o interesse
de muitos matemáticos, desde a antiguidade. No século IV a. C., um dos métodos utili-
zados pelo matemático Eudoxo de Cnido, o método da exaustão, tinha como ideia prin-
cipal considerar áreas cada vez mais próximas da área desconhecida e que se soubessem
calcular, de modo a que a soma destas áreas convergisse para a área da figura desejada.
Observa as seguintes figuras:

Gottfried Wilhelm von


Leibniz (1646-1716)
De nacionalidade alemã,
foi um matemático, filósofo
e cientista contemporâneo
de Newton.
Na visão que teve da
existência de uma
“característica universal”,
Leibniz encontrava-se dois
séculos à frente da sua
época, no que concerne à
Um processo para determinar um valor aproximado da área da região colorida é sub-
matemática e à lógica.
Introduziu muitas notações dividir a figura em faixas com a mesma largura e calcular a soma das áreas dos retângulos
inovadoras, ainda hoje que mais se aproximam dessas faixas. Encontra-se um valor aproximado da área, tanto
usadas, nomeadamente a mais perfeito quanto mais estreitas forem as faixas. A área desta figura será então o limite
notação de derivada,
do somatório das áreas das faixas quando o seu número tender para infinito.
derivada do produto e do
quociente e o símbolo de O símbolo atualmente utilizado para representar o integral de uma função ∫ foi intro-
integral.
duzido por Leibniz no século XVII e é tão simplesmente a forma então geralmente utili-
zada para a letra “s”. Pretendia-se assim abreviar a palavra latina “summa”, ou seja,
“soma”, que era a designação que Leibniz pretendia atribuir à “soma de quantidades in-
finitesimais”, embora tenha sido suplantada pela de “integral”, que Johann Bernoulli po-
pularizou. O símbolo era inicialmente utilizado sem a indicação dos extremos ∫ ba que,
quando necessário, eram concretizados no decorrer da exposição.
As “parcelas” f(x) dx representavam o produto do valor de uma função em determinado
ponto x do respetivo domínio pelo comprimento de um intervalo onde se situava x, con-
siderado “infinitesimal”, ou seja, de comprimento “desprezável” e onde portanto se su-
Nota punha que o valor da função não variava, tomando sempre o valor f(x). Quando a função
era positiva, f(x) dx representava, portanto, a medida de área de um retângulo com um
Na expressão ∫ ba f(x) dx,
dos lados de medida “infinitesimal” e a “soma” das áreas de todos os retângulos assim
o símbolo x pode ser
substituído por qualquer considerados seria igual, deste modo, à área “abaixo do gráfico” da função f, em unidades
outro e, por essa razão, a quadradas.
variável x designa-se por
variável muda. y Altura Base
¢ ¢


∫ f(x) dx
PROFESSOR 
f(x) Área de retângulos infinitesimais
PCI12_2.2
PCI12_2.3
dx x

138
UNIDADE 2 Cálculo Integral

2.3. Propriedades do integral definido


Definição Nota
Apesar de conseguirmos
Quando f é contínua e não negativa num intervalo [a, b], (a ≤ b): calcular ∫ ab f(x) dx, devemos
∫ ab f(x) dx = – ∫ ba f(x) dx, por convenção ter o cuidado de não inter-
pretar o seu valor como a
área de uma região do plano.

Exemplo

∫ –1
2 x dx = – ∫ –1 x dx
2 2 2

Com esta convenção, tem-se que:

Propriedade
Quando f é contínua e não negativa num intervalo I e a, b e c de I, tem-se que:
∫ ba f(x) dx = ∫ ac f(x) dx + ∫ bc f(x) dx (relação de Chasles)

Exemplo

A função f definida por f(x) = x2 é contínua e não negativa em [1, 10], pelo que, por
exemplo, ∫ 51 x2 dx = ∫ 71 x2 dx + ∫ 57 x2 dx.

Nota

Definição Se f(x) ≤ 0 e f é contínua


num intervalo [a, b], então
∫ ba f(x) dx ≤ 0 e área = – ∫ ba f(x)
Quando f é contínua e não positiva num intervalo [a, b], (a ≤ b), o valor de ∫ ba f(x) dx dx.
é o simétrico da medida da área da região do plano delimitada pelas retas de equação
x = a e x = b, pelo eixo das abcissas e pelo gráfico de f.

Exemplo

A área da região a sombreado mede – ∫ 31 f(x) dx. y


25
20
15 f
10
5

–2 2 4 x
–5 A
–10

PROFESSOR

Propriedades (linearidade do integral definido)


Simulador
Sejam f e g duas funções contínuas não negativas ou não positivas num intervalo [a, b], GeoGebra: Integral definido
(a ≤ b). Tem-se que: PCI12_2.7
PCI12_2.8
• ∫ (f(x) + g(x)) dx = ∫ f(x) dx + ∫ g(x) dx
b
a
b
a
b
a • ∫ k f(x) dx = k ∫ f(x) dx
b
a
b
a PCI12_2.9

139
TEMA VI Primitivas e Cálculo Integral

14 Utilizando a propriedade
Repara que a área da região do plano delimitada f(x) + g(x)
y
da monotonia do integral pelas retas de equação x = a e x = b, pelo eixo das
definido, justifica a abcissas e pelo gráfico de f + g, é igual à soma da área g(x)
desigualdade seguinte: da região do plano delimitada pelas retas de equação
∫ 41 x dx ≤ ∫ 41 x2 dx de equação x = a e x = b, pelo eixo das abcissas e pelo f(x)
gráfico de f, com a área da região do plano delimitada
pelas retas de equação x = a e x = b, pelo eixo das O a b x
abcissas e pelo gráfico de g.

Propriedade (Monotonia do integral definido)


Dadas duas funções f e g, contínuas e não negativas num intervalo [a, b], (a ≤ b), se
para todo o x ∈[a, b], g(x) ≤ f(x), então ∫ ba g(x) dx ≤ ∫ ba f(x) dx.

De facto, uma vez que no intervalo [a, b] se tem que y


g(x) ≤ f(x), podemos verificar que a região A, definida
15 Sejam f e g duas funções pelas retas de equação x = a e x = b, pelo eixo das f

não negativas tais que abcissas e pelo gráfico de g, está contida na região B,
∫ 5–2 f(x) dx = 2 e definida pelas retas de equação x = a e x = b, pelo eixo g

∫ 5–2 g(x) dx = 10, determina, das abcissas e pelo gráfico de f. Desta forma, a medida O x
a b
se possível, o valor dos
da área de A é inferior ou igual à medida da área de B.
seguintes integrais.
a) ∫ 5–2 (3f(x) + 2g(x)) dx Exercício resolvido
b) ∫ 5–2 (f(x) – g(x)) dx
Sejam f e g duas funções não negativas tais que ∫ 3–1 f(x) dx = 7 e ∫ 3–1 g(x) dx = 13,
c) ∫ 54 f(x) dx
determina, se possível, o valor dos seguintes integrais.
d) ∫ –2 g(x) dx
a) ∫ 3–1 (3f(x) + 2g(x)) dx b) ∫ 3–1 (f(x) – g(x)) dx c) ∫ 1–1 f(x) dx
5

e) ∫ 6
–1
f(x – 1) dx
d) ∫ –1
3 g(x) dx e) ∫ 2–2 f(x + 1) dx f) ∫ 1–3 g(–x) dx
f) ∫ 2–5 g(–x) dx
Sugestão de resolução

APRENDE FAZENDO a) ∫ 3–1 (3f(x) + 2g(x)) dx = ∫ 3–1 3f(x) dx + ∫ 3–1 2g(x) dx =


Pág. 154 = 3 ∫ 3–1 f(x) dx + 2 ∫ 3–1 g(x) dx =
Exercício 4 = 3 ¥ 7 + 2 ¥ 13 = 21 + 26 = 47
CADERNO DE EXERCÍCIOS b) ∫ 3–1 (f(x) – g(x)) dx = ∫ 3–1 f(x) dx + ∫ 3–1 – g(x) dx = ∫ 3–1 f(x) dx – ∫ 3–1 g(x) dx =
E TESTES
= 7 – 13 = –6
Pág. 60
c) Não dispomos de informação suficiente para determinar o valor de ∫ 1–1 f(x) dx.
Exercício 11

d) ∫ –1
3 g(x) dx = – ∫ –1 g(x) dx = –13
3
PROFESSOR
e) ∫ 2–2 f(x + 1) dx = ∫ 3–1 f(x) dx = 7, pois o gráfico de y = f(x + 1) obtém-se a
PCI12_2.4 partir do gráfico de y = f(x) segundo uma translação horizontal associada ao
vetor de coordenadas (–1, 0).
Soluções
15. f) ∫ 1–3 g(–x) dx = ∫ 3–1 g(x) dx = 13, pois o gráfico de y = g(–x) obtém-se a partir
a) 26 b) –8 c) Não é possível. do gráfico de y = g(x) segundo uma reflexão de eixo Oy.
d) –10 e) 2 f) 10

140
UNIDADE 2 Cálculo Integral

2.4. Teorema fundamental do cálculo (integral)


e fórmula de Barrow
y = F(x)
F(x) = ∫a f(x)
x

Teorema fundamental do cálculo (integral) y = f(x)


Dada uma função f, contínua e não negativa num intervalo [a, b], (a ≤ b), e seja Fa a F’(x) = f(x)
função definida em [a, b] por Fa(x) = ∫ ax f(f) dt, tem-se que Fa é a primitiva de f no in-
tervalo [a, b] tal que Fa(a) = 0. a x x

1 2
16 Determina ÈÍ ÈÍ .
O teorema fundamental do cálculo enuncia, assim, que Fa’(x) = [ ∫ xa f(f ) dt]’ = f(x). Î x Î –3

Repara que Fa(a) = ∫ aa f(t) dt = 0, já que se trata da área de um segmento de reta.

17 Calcula o valor do
Fórmula de Barrow parâmetro k, sabendo que
Dada uma função f, contínua e não negativa num intervalo [a, b], (a ≤ b), tem-se que È ln(x) È e = 1.
Í kx – 1 Í
∫ ba f(t) dt = F(b) – F(a), onde F é uma qualquer primitiva de f no intervalo [a, b]. Î Î1

Notas
Usamos a notação [F(x)]ba = F(b) – F(a). Logo, ∫ ba f(t) dt = [F(x)]ba = F(b) – F(a). • A soma da fórmula ao
Vejamos a sua demonstração. lado não depende da
sequência (c1, …, ck).
• Podem estender-se a esta
Demonstração categoria de funções
algumas propriedades já
Seja f uma função contínua e não negativa num intervalo [a, b], (a < b), e F uma qual- estudadas,
quer primitiva de f no intervalo [a, b]. nomeadamente, a
propriedade de
Pelo teorema fundamental do cálculo, temos que ∫ ba f(x) dx = Fa(b). monotonia do integral,
o teorema fundamental
Como F também é uma primitiva de f, então F = Fa + c, para algum c ∈R.
do cálculo, a fórmula de
Assim, F(b) – F(a) = Fa(b) + c – (Fa(a) + c) = Fa(b) = ∫ ba f(x) dx. Barrow, a relação de
Chasles (com a mesma
convenção relativa à
inversão dos extremos
de integração) e a
Extensão da definição da noção de integral a funções contínuas
propriedade de
que alternam de sinal um número finito de vezes linearidade.

Dada uma função f, contínua de domínio [a, b], (a ≤ b), para a qual existe k ∈N ∪ {0}
e c0, c1, …, ck + 1, com a = c0 < c1 < … < ck + 1 = b tal que f é não negativa ou não
PROFESSOR
positiva em cada um dos intervalos [cj, cj + 1], (0 ≤ j ≤ k), tem-se que o integral de f
entre a e b, ∫ ba f(x) dx, é a soma ∫ c10 f(x) dx + ∫ c21 f(x) dx + … + ∫ ckk + 1 f(x) dx.
c c c
PCI12_2.5
PCI12_2.6
PCI12_2.10
Soluções
5 2
A fórmula acima define o integral no intervalo [a, b] de uma função que alterne de sinal, 16. 17.
6 e
nesse intervalo, um número finito de vezes.

141
TEMA VI Primitivas e Cálculo Integral

Exemplos

∫ 3–1 t2 dt = ÈÍ t
3 È3 33 – (–1)3 = 9 + 1 = 28
1. Í =
Î 3 Î –1 3 3 3 3

Repara que 28 é a área da região do plano delimitada pelas retas de equação x = –1 e


3
x = 3, o eixo das abcissas e o gráfico de y = x2:
y y = x2

–1 O 3 x

2. ∫ 0p cos t dt = [sen t]0p = sen(p) – sen(0) = 0 – 0 = 0

ERRO TÍPICO

Um erro frequente consiste em interpretar o resultado deste integral como uma


área.
Obviamente, a área da região do plano delimitada pelas retas de equação x = 0
e x = p, o eixo das abcissas e o gráfico de y = cos x não é zero, como sugere o
valor do integral definido.
Observa o gráfico da função definida por y = cos x:
y y

–2π –π O π 2π x –2π –π O π 2π x

Já sabes que quando o gráfico da função está abaixo do eixo das abcissas num
intervalo, o valor do integral definido entre os extremos desse intervalo é nega-
tivo, e apenas o seu simétrico poderá ser interpretado como valor de uma área.
Na verdade, verifica-se que:
p
∫ cos t dt = ∫ cos t dt + ∫ p cos t dt = 1 + (–1) = 0
p 2 p
0
0
2

Cálculos auxiliares


p p
• 2 cos t dt = ÈÍ sen t ÈÍ 2 = sen hi p hi – sen(0) = 1 – 0 = 1
0 Î Î0 j2j


p p
• p cos t dt = ÈÍ sen t ÈÍ p = sen(p) – sen hi p hi = 0 – 1 = –1
2 Î Î2 j2j

142
UNIDADE 2 Cálculo Integral

Exercícios resolvidos

1. Calcula o valor de cada um dos seguintes integrais.

a) ∫ 2–2 t2 dt b) ∫ 1–1 (5t3 – 4t) dt c) ∫ 0ln(2) e2t dt d) ∫ ln(3)


–ln(3)
(et + e–t) dt
p p

∫ ∫ – p 2cos t dt ∫ 1 1t dt ∫1
3 6 e 2 1 dt
e) p sin(2t) dt f) g) h)
6 6 e 2 √∫2∫t

∫ √∫2 t2 +t 1 dt
√∫5
i) j) (*) ∫ 2–2 |t + 1| dt k) (*) ∫ 3–1 |–t2 + 1| dt (*) grau de dificuldade elevado

Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 12.º ano

18 Calcula o valor de cada


Sugestão de resolução um dos seguintes integrais.
È t3 È 2
a) ∫ 2–2 t2 dt = Í Í =
23 – (–2)3 = a) ∫ 2–1 (t4 + 1) dt
Î 3 Î –2 3 3
b) ∫ 1–1 (t – 1)(3 – t) dt
= 8 – –8 = 16 c) ∫ 0 e–t dt
ln(3)
3 3 3
d) ∫ ln(2)
–ln(2)
(et – e–t) dt
È t4
– 4 t ÈÍ =
2 1
b) ∫ 1–1 (5t3 – 4t) dt = Í5 e) ∫ 0–2 2e1 – 2t dt
Î 4 2 Î –1 2p

= ÈÍ 5 t4 – 2t2ÈÍ =
1
f) ∫ 3
p sen(2t) dt
Î4 Î –1 4
p
h h h h
= i 5 – 2i – i 5 – 2i = 0 g) ∫ 12
p cos(2t) dt
j4 j j4 j –
2

h) ∫ 42 1t dt
c) ∫ ln(2)
e2t dt = 1 ∫ ln(2)
2e2t dt =
0 0
2 1
i) ∫ 30 dx
1 √∫3∫t
= [e2t]0ln(2) =
2 2
∫ 21 t3 +t 3t
+1
j) dx
1 +1
= (e2ln(2) – e0) =
2 k) ∫ 2–1 |–t + 1| dt
= 1 (eln(4) – 1) = l) ∫ 30 |t2 – 3t + 2| dt
2
= 1 (4 – 1) = 3
2 2 PROFESSOR

d) ∫ ln(3)
–ln(3)
(et + e–t) dt = ∫ ln(3)
–ln(3)
et dt + ∫ ln(3)
–ln(3)
e–t dt = Simulador
GeoGebra: Integral definido –
= ∫ ln(3)
–ln(3)
et dt – ∫ ln(3)
–ln(3)
(–e–t) dt = Polinomial de 3.º grau

(*) Os graus de dificuldade elevados


= [et]ln(3)
–ln(3)
– [e–t]ln(3)
–ln(3)
= correspondem a desempenhos que não
serão exigíveis à totalidade dos alunos.
= (eln(3) – e–ln(3)) – (e–ln(3) – eln(3)) = Soluções
h ln hi hi h
1 h ln hi 1 hi h 18.
i ln(3)
= je – e j3j i j – i
je
j3j
– eln(3)ij = a)
48
b) –
20
c)
2
5 3 3
h h h h
= i3 – 1 i – i 1 – 3i = d) 0 e) e5 – e f)
1
j 3 j j 3 j 4
1
= 6 – 2 = 16
g) h) ln(2) i) 2
4
3 3 5 11
(continua) j) ln(3√∫3) k) l)
2 6

143
TEMA VI Primitivas e Cálculo Integral

Exercícios resolvidos

p p

e) ∫ 3
p sin(2t) dt = – 1
2
∫ 3
p – 2sin(2t) dt =
6 6
p

= – 1 ÈÍcos(2t)ÈÍ p
3
2 Î Î
6

= – 1 icos i 2p i – cos i p i i =
h h h h hh
2 j j 3 j j3jj

h h
= – 1 i– 1 – 1 i =
2 j 2 2j
= 1
2

p p

f) ∫ –p6
2cos t dt = 2 ∫ – p cos t dt =
6

6 6
p

= 2ÈÍsin tÈÍ p =
6
ΠΖ
6

2 isin i p i – sin i– p i i =
h h h h hh
=
j j6j j 6jj
h h
= 2i1 + 1i =
j2 2j
=2

∫ 1 1t dt = ÈÍÎln|t|ÈÍÎ 1 =
e e
g)
e e
h h
= ln(e) – ln i 1 i =
jej
=1+1=
=2

∫1 ∫1
2 1 dt = 1 2 1 dt =
h)
2 √∫2∫t √∫2 2 √∫t
– 1
= √∫2 ∫1t
2
2 dt =
2 2

È 12 È 2
= √∫ 2 Ít Í =
2 Í 1 Í1
Î 2 Î2
2
= ÈÍ2√∫t ÈÍ 1 =
Î Î2
h h
= √∫2 i2√∫2 – 2 √∫ 12 ij =
2 j
=2–1=
=1

144
UNIDADE 2 Cálculo Integral

∫ √∫2 t2 +t 1 dt = 12 ∫ √∫2 t2 2t+ 1 dt =


√∫5 √∫5
i)

√∫5
= 1 ÈÍln(t2 + 1)ÈÍ √∫2 =
2 Î Î

= 1 (ln(6) – ln(3)) =
2

= 1 ln(2) =
2

= ln(√∫2)

j) ∫ 2–2 |t + 1| dt = ∫ –1
–2 (–t – 1) dt + ∫ –1 (t + 1) dt =
2

= ÈÍ– t – tÈÍ + ÈÍ t + tÈÍ =


2 –1 2 2

Î 2 Î –2 Î 2 Î –1
hh 1 + 1h – (–2 + 2)h + h(2 + 2) – h 1 – 1h h =
= i i– i i i i ii
jj 2 j j j j2 jj

h h h h
= i 1 – 0i + i4 + 1 i =
j2 j j 2j

=5

Nota que:


t+1 se t ≥ –1
|t + 1| =
–t – 1 se t < –1

k) ∫ 3–1 |–t2 + 1| dt = ∫ 1–1 (–t2 + 1) dt + ∫ 31 (t2 – 1) dt =

= ÈÍ– t + tÈÍ + ÈÍ t – tÈÍ =


3 1 3 3

Î 3 Î –1 Î 3 Î1
h h h hh h h hh
= i– 1 + 1i – i 1 – 1i i + i(9 – 3) – i 1 – 1i i =
j 3 j j3 jj j j3 jj

h h h h
= i 2 + 2 i + i6 + 2 i =
j3 3j j 3j

=8

Nota que:
Cálculo auxiliar


–t2 + 1 se –t2 + 1 ≥ 0
|–t2 + 1| = –t2 + 1 = 0 ⇔ t = ±1
t2 – 1 se –t2 + 1 < 0 APRENDE FAZENDO
+
Págs. 154, 156 e 157


– –1 1 –
–t2 + 1 se –1 ≤ t ≤ 1 Exercícios 5, 12 e 17
=
t2 – 1 se t < –1 ∨ t > 1
CADERNO DE EXERCÍCIOS
E TESTES
(continua) Pág. 60
Exercícios 12, 13, 15 e 16

145
TEMA VI Primitivas e Cálculo Integral

Exercícios resolvidos

2. Calcula a derivada das funções definidas pelas seguintes expressões.


x
a) ∫ 0 et dt
2

∫ x0 cos(t3) dt
2
b)

(*) grau de dificuldade elevado c) (*) ∫ 02x tan 3√∫t dt


Adaptado de Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 12.º ano

19 Calcula a derivada das Sugestão de resolução


funções definidas pelas
a) Sejam as funções f e F0 definidas, respetivamente, por f(x) = ex e
2
seguintes expressões.
x
a) ∫ 0x (sen t + et) dt F0(x) = ∫ 0 et2 dt.
x
b) ∫ 0 √∫et∫ ∫ ∫+∫ ∫1 dt Então, pelo teorema fundamental do cálculo, F0’(x) = f(x) = ex2.
c) ∫ 0 – x – 1 e–t dt
x
e 2

b) Sejam as funções f e F0 definidas, respetivamente, por f(x) = cos(x3) e


d) ∫ 0x 2t dt x
x
F0(x) = ∫ 0 cos(t3) dt.
e) ∫ 0 cos(t) dt
3

Então, pelo teorema fundamental do cálculo, F0’(x) = f(x) = cos(x3).


Tem-se, também, que:
x x2
F0(x) = ∫ 0 cos(t3) dt ⇔ F0(x2) = ∫ 0 cos(t3) dtt
x2
Portanto, ( ∫ 0 cos(t3) dt)’ = (F0(x2))’ e, pela regra da derivada da função com-
posta, vem que:
(F0(x2))’ = F0’(x2) ¥ (x2)’ = f(x2) ¥ 2x = 2x cos (x6)
Logo:

( ∫ x0 cos(t3) dt)’ = 2x cos (x6)


2

APRENDE FAZENDO
c) Sejam as funções f e F0 definidas, respetivamente, por f(x) = tan 3√∫x e
Págs. 154, 156, 157 e 158 x
Exercícios 6, 7, 13, 18 e 22 F0(x) = ∫ 0 tan 3√∫t dt.
Então, pelo teorema fundamental do cálculo, F0’(x) = f(x) = tan 3√∫x.
CADERNO DE EXERCÍCIOS
E TESTES
Tem-se, também, que:
Pág. 60
x
Exercício 14 F0(x) = ∫ 0 tan 3√∫t dt ⇔ –F0(x) = ∫ 0x tan 3√∫t dt
⇔ –F0(2x) = ∫ 02x tan 3√∫t dt

PROFESSOR
Portanto, ( ∫ 02x tan 3√∫t dt)’ = (–F0(2x))’ e, pelas regras da derivada do produto
(*) Os graus de dificuldade elevados
correspondem a desempenhos que não
e da derivada da função composta, vem que:
serão exigíveis à totalidade dos alunos.
(–F0(2x))’ = –(F0(2x))’ = –F0’(2x) ¥ (2x)’ =
Soluções
= –f(2x) ¥ 2 =
19.
a) f(x) = sen x + ex = –2tan 3√∫2∫x
b) f(x) = √∫e∫x∫ ∫+∫ 1 Logo:
c) f(x) = e–(ex – x – 1)2 (ex – 1)
d) f(x) = – 2x ( ∫ 02x tan 3√∫t dt)’ = –2tan 3√∫2∫x
e) f(x) = 3x2 cos(x3)

146
UNIDADE 2 Cálculo Integral

2.5. Cálculo de medidas de áreas de regiões do plano


No cálculo de medidas de áreas de regiões do plano, podes deparar-te com os seguintes
casos:
1.º caso: região limitada pelo gráfico de uma função f, contínua num intervalo [a, b],
o eixo das abcissas e as retas de equação x = a e x = b, com f(x) ≥ 0.

y
y = f(x)

Área de A = ∫ ba f(x) dx A

a b x

2.º caso: região limitada pelo gráfico de uma função f, contínua num intervalo [a, b],
o eixo das abcissas e as retas de equação x = a e x = b, com f(x) ≤ 0.

y
a b
x

Área de A = – ∫ ba f(x) dx A

y = f(x)

3.º caso: região limitada pelo gráfico de uma função f, contínua num intervalo [a, b],
o eixo das abcissas e as retas de equação x = a e x = b, com f alternando de
sinal, um número finito de vezes.

y = f(x)

Área de A1 = ∫ f(x) dx
c
a
A1
Área de A2 = – ∫ f(x) dx
b
c a c b x
A2

Área de A = área de A1 + área de A2 = ∫ ca f(x) dx – ∫ bc f(x) dx


4.º caso: região limitada pelos gráficos de duas funções f e g contínuas num intervalo
[a, b].

y y = f(x)

A
Área de A = ∫ ba (f(x) – g(x)) dx PROFESSOR

y = g(x) Simulador
GeoGebra: Áreas
a b x

147
TEMA VI Primitivas e Cálculo Integral

20 Calcula a medida da área Exercícios resolvidos


da região do plano
formada pelos pontos 1. Calcula a área da região definida pela parábola de equação y = x2 e a reta de equa-
P(x, y) do plano tais que: ção y = x + 2 assinalada na figura.
p
0 ≤ x ≤ ∧ 0 ≤ y ≤ 4x + tan x
3
Caderno de Apoio às Metas y y = x2
Curriculares, 12.º ano

y=x+2

21 Calcula a medida da área


da região do plano
delimitada pelos gráficos
das funções definidas por
x
f(x) = x2 e g(x) = √∫x.
Caderno de Apoio às Metas
Curriculares, 12.º ano
Sugestão de resolução

Os limites de integração são as abcissas dos pontos de interseção da parábola


22 Calcula a medida da área
com a reta:
da região do plano
delimitada pelo gráfico da x2 = x + 2
função definida por
f(x) = x3 – 6x2 + 8x e pelo ⇔ x2 – x – 2 = 0
eixo das abcissas.
⇔ x = 1 ± √∫1∫ –∫ ∫ ∫4∫ ∫¥∫ ∫1∫ ∫¥∫ ∫(∫–∫2∫)
2
⇔ x = 2 ∨ x = –1

Ou seja, –1 e 2 são os limites de integração.

A função a integrar é a diferença entre as funções x Æ x + 2 e x Æ x2, ou seja,


| |

x Æ x + 2 – x2.
|

Assim:

∫ 2–1 (x + 2 – x2) dx = ÈÍ x + 2x – x ÈÍ =
2 3 2

Î2 3Î –1

h h h h
= i2 + 4 – 8 i – i 1 – 2 + 1 i =
j 3j j2 3j

= 10 + 7 =
PROFESSOR 3 6

= 27 =
Resolução 6
Essencial para o Exame – exercício 20

Soluções = 9
2p 2
1 2
20. + ln(2) 21. 22. 8
9 3

148
UNIDADE 2 Cálculo Integral

2. (*) Na figura está representado um quadrilátero [ABCD] num referencial de tal (*) grau de dificuldade elevado
forma que A(0, 1), B(3, 1), C(5, 5) e D(0, 4). Determina a medida da área do qua-
drilátero, utilizando integrais adequados.
23 Na figura estão
y representadas partes dos
C
gráficos das funções
definidas por:
D
ph
f(x) = 1 sin hix + i + 3 e
2 j 2j 2
ph
g(x) = sin ix + i + 7
1 h
A 2 j 2j 2
y
B

Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 12.º ano

Sugestão de resolução π 4π x
3 3
Consideremos a decomposição do quadrilátero [ABCD], como assinalado na Calcula a medida da área
figura abaixo: da região do plano
y delimitada pelos gráficos e
C pelas retas paralelas ao
eixo Oy e que intersetam
D o eixo Ox nos pontos de
A B p 4p
abcissa e .
3 3
Caderno de Apoio às Metas
A
Curriculares, 12.º ano

x APRENDE FAZENDO
Págs. 154, 157 e 158
Assim, a área pedida é igual à soma da área A com a área B. A reta DC tem Exercícios 1, 2, 19, 23, 24
equação y = x + 4, pois DC ≥ (5, 1) e D(0, 4) e a reta AB tem equação y = – x + 2,
e 25
5 3
CADERNO DE EXERCÍCIOS
pois A≥B(3, –1) e A(0, 2). E TESTES

Assim, a medida da área de A é dada por: Pág. 61


Exercícios 17, 18, 20 e 21

∫ 30 ÈÍÎ hij 5x + 4hij – hij– 3x + 2hij ÈÍÎ dx = ∫ 30 hij 158 x + 2hij dx = ÈÍÎ 154 x2 + 2xÈÍÎ 0 = 425
3
Teste n.º 5

Tendo em conta que BC ≥ (2, 4), a equação da reta BC é do tipo y = 2x + b. Como


PROFESSOR
o ponto B(3, 1) pertence à reta, vem que 1 = 2 ¥ 3 + b ⇔ b = –5. Logo, a reta
BC é definida por y = 2x – 5.
Apresentação
“Cálculo integral”
Procedendo de forma análoga, obtemos a medida da área de B: Teste interativo

∫ 53 ÈÍÎ hij 5x + 4hij – (2x – 5)ÈÍÎ dx = ∫ 53 hij– 95 x + 9hij dx = ÈÍΖ 109 x2 + 9xÈÍÎ 3 = 455 – 275 = 185
5 “Cálculo integral”
(*) Os graus de dificuldade elevados
correspondem a desempenhos que não
serão exigíveis à totalidade dos alunos.
Desta forma, a medida da área da figura é igual a 42 + 18 = 12.
5 5 Solução
23. 2p

149
TEMA VI Primitivas e Cálculo Integral

SÍNTESE

1. Noção de primitiva

Dada uma função real f, definida num intervalo I, de- Exemplos


signa-se por primitiva de f em I uma função F, diferen- A função F definida por F(x) = x2 + 5x é
ciável em I, tal que para todo o x ∈I, F’(x) = f(x). uma primitiva da função definida por
f(x) = 2x + 5, pois:

Dada uma função f, primitivável num intervalo I, e dadas F’(x) = (x2 + 5x)’ = 2x + 5
duas primitivas F e G de f nesse intervalo, tem-se que a
função F – G é constante em I.

Se f é primitivável num intervalo I, então as primitivas de Como a derivada de uma constante é zero,
f nesse intervalo são funções definidas pelas expressões uma função f tem infinitas primitivas que
F(x) + c, c ∈R, onde F é uma qualquer primitiva de f em se diferenciam por uma constante.
I. Por exemplo, F1(x) = x2 + 5x + 3,
F2(x) = x2 + 5x – 11, … são primitivas de
Esta expressão representa-se por Pf ou por ∫ f(x) dx e as
constantes c designam-se por constantes de primitiva- f(x) = 2x + 5.
ção.
Em geral, a família de primitivas de f é re-
presentada pela expressão
Dados um intervalo I, um ponto a ∈I, b ∈R e uma função ∫ (2x + 5) dx = x2 + 5x + c, c ∈R.
f primitivável nesse intervalo, existe uma única primitiva
F de f em I tal que F(a) = b.

Págs. 126 a 128

Primitivas de funções de referência Determina uma primitiva, F, da função f


definida por f(x) = 2sen (2x) + ex e tal que
• ∫ 1 dx = x + c, c ∈R F(0) = 1.
a+1
• ∫ xa dx = x
Comecemos por determinar a expressão da
+ c, a ∈R\{0, –1}, c ∈R
a+1 família de funções cuja derivada é a função
dada:
• ∫ 1 dx = ln (|x|) + c, c ∈R
x
∫ (–2sen (2x) + ex) dx =
• ∫ ex dx = ex + c, c ∈R
= cos(2x) + ex + c, c ∈R
• ∫ cos x dx = sen x + c, c ∈R
Como F(0) = 1, então:
• ∫ sen x dx = –cos x + c, c ∈R cos(0) + e0 + c = 1 ⇔ 1 + 1 + c = 1
⇔ c = –1
Pág. 128
Portanto, F(x) = cos(2x) + ex – 1.
Propriedades (linearidade da primitivação)
• ∫ (f(x) + g(x)) dx = ∫ f(x) dx + ∫ g(x) dx
• ∫ kf(x) dx = k ∫ f(x) dx

Pág. 129

150
Síntese

1. Noção de primitiva (cont.)

Integração da função composta Exemplos


∫ u’(x)f(u(x)) dx = F(u(x)) + c, c ∈R, onde F é uma primitiva Calcula as seguintes primitivas.
de f.

∫ e√∫x
√∫x
Da propriedade anterior resulta uma nova lista de primi- • dx
tivas:
• ∫ (u(x))a u’(x) dx = 1 (u(x))a + 1 + c, a ∈R\{0, –1}, c ∈R
∫ e√∫x
√∫x
a+1 dx = 2 ∫ e√∫x ¥ 1 dx
2√∫x
• ∫ u’(x)
u(x)
dx = ln(|u(x)|) + c, c ∈R Estamos perante uma primitiva do tipo
∫ eu(x) u’(x) dx.
• ∫ eu(x) u’(x) dx = eu(x) + c, c ∈R
2 ∫ e√∫x ¥ 1 dx = 2 e√∫x + c, c ∈R
• ∫ sen (u(x))u’(x) dx = –cos u(x) + c, c ∈R 2√∫x

• ∫ cos (u(x))u’(x) dx = sen (u(x)) + c, c ∈R


• ∫ x6x++2x6 dx = ∫ 3(2x
2
+ 2) dx
x + 2x 2

=3 ∫ x2x++2x2 dx
2

Estamos perante uma primitiva do tipo

∫ u’(x)
u(x)
dx, logo:

3 ∫ x2x++2x2 dx = ln |x
2
2 + 2x| + c, c ∈R

• ∫ cos (ln(5x))
5x
dx

Seja u(x) = ln(5x). Então, u’(x) = 5 = 1 .


5x x

∫ cos(ln(5x))
5x
dx = 1 ∫ cos (ln(5x)) ¥ 1 dx
5 x
Estamos perante uma primitiva do tipo
∫ cos (u(x))u’(x) dx.

Logo:

5

1 cos (ln(5x)) ¥ 1 dx = 1 sen (ln(5x)) + c,
x 5
Págs. 130 a 135 c ∈R

151
TEMA VI Primitivas e Cálculo Integral

SÍNTESE

2. Cálculo integral

Definição intuitiva da noção de integral y f


definido
Dado um referencial cartesiano e uma função f, contínua
e não negativa num intervalo [a, b], (a ≤ b), o integral de A
f entre a e b, ∫ ba f(x) dx, é a medida da área da região do O a b x
plano delimitada pelas retas de equação x = a e x = b,
pelo eixo das abcissas e pelo gráfico de f. A = ∫ ba f(x) dx
Quando f é contínua e não negativa num intervalo [a, b],
(a ≤ b):
∫ ab f(x) dx = – ∫ ba f(x) dx, por convenção
Quando f é contínua e não positiva num intervalo [a, b],
(a ≤ b), o valor de ∫ ba f(x) dx é o simétrico da medida da
área da região do plano delimitada pelas retas de equação
x = a e x = b, pelo eixo das abcissas e pelo gráfico de f.
Extensão da definição da noção de integral a funções con-
tínuas que alternam de sinal um número finito de vezes
Dada uma função f, contínua de domínio [a, b], (a ≤ b),
para a qual existe k ∈N ∪ {0} e c0, c1, …, ck + 1, com
a = c0 < c1 < … < ck + 1 = b tal que f é não negativa ou
não positiva em cada um dos intervalos [cj, cj + 1], (0 ≤ j ≤ k),
tem-se que o integral de f entre a e b, ∫ ba f(x) dx, é a soma
∫ cc1 f(x) dx + ∫ cc2 f(x) dx + … + ∫ cck + 1 f(x) dx.
0 1 k

Págs. 136, 137, 139 e 141

Propriedades do integral definido


Dadas duas funções f e g contínuas num intervalo fechado
I e a, b, c ∈I:
• ∫ b f(x) dx = –∫ ba f(x) dx
a

• ∫ aa f(x) dx = 0

• ∫ ba f(x) dx = ∫ ca f(x) dx + ∫ bc f(x) dx

• ∫ ba (f(x) + g(x)) dx = ∫ ba f(x) dx + ∫ ba g(x) dx

• ∫ ba k f(x) dx = k ∫ ba f(x) dx

• se f(x) ≤ g(x), em [a, b], ∫ ba f(x) dx ≤ ∫ ba g(x) dx

Págs. 139 e 140

152
Síntese

2. Cálculo integral (cont.)

Teorema fundamental do cálculo (integral) e Calcula o valor do integral


fórmula de Barrow ∫ 20 (–2x2 + x – 1) dx.
Dada uma função f, contínua e não negativa num inter-
∫ 20 (–2x2 + x – 1) dx = ÈÍ – 2 x3 + x – xÈÍ =
2 2
valo [a, b], (a ≤ b), e sendo Fa a função definida em [a, b] Î 3 2 Î0
por Fa(x) = ∫ ax f(t) dt, tem-se que Fa é diferenciável no in- h 2 h
= i – 2 ¥ 23 + 2 – 2i – 0 = – 16
tervalo [a, b] e Fa’(x) = f(x), com Fa(a) = 0. j 3 2 j 3
Dada uma função f, contínua e não negativa num intervalo
Exemplos
[a, b], (a ≤ b), tem-se que ∫ ba f(t) dt = F(b) – F(a), onde F é
uma qualquer primitiva de f no intervalo [a, b]. Considera a função definida por
Págs. 141 a 146 f(x) = 1 , com x > 0 e cuja represen-
3x + 1
tação gráfica se encontra abaixo.
Áreas de regiões do plano
y
1
• Área de A = ∫ ba f(x) dx
0,8
y y = f(x)
0,6

0,4
A
0,2
1 2 x
a b x • Determina uma primitiva da função f.
• Área de A = área de A1 + área de A2 =
∫ 3x 1+ 1 dx = 13 ∫ 3x 3+ 1 dx =
= ∫ f(x) dx – ∫ f(x) dx
c
a
b
c

y
= 1 ln|3x + 1| + c, c ∈R
y = f(x) 3
Como x > 0:
A1
= 1 ln(3x + 1) + c, c ∈R
a c b x 3
A2
Uma primitiva da função f pode ser, por
exemplo, definida por F(x) = 1 (3x + 1).
• Área de A = ∫ ba (f(x) – g(x)) dx 3
y y = f(x) • Determina a área da região a sombreado.

A
∫ 2
1
1 dx = 1 [ln(3x + 1)]2 =
3x + 1 3 1

h h
= 1 (ln(7) – ln(4)) = 1 ln i 7 i
3 3 j4j
y = g(x)
A área da região a sombreado mede
a b x
1 ln h 7 h .
i i
Págs. 147 a 149 3 j4j

153
TEMA VI Primitivas e Cálculo Integral

Aprende Fazendo PROFESSOR

Resolução
Exercícios do Aprende Fazendo
Itens de seleção Resolução
Essencial para o Exame – exercício 6

1 Seja f uma função definida em [0, 2] e cuja representação gráfica é a da fi- y


gura ao lado. Qual das seguintes afirmações é necessariamente verdadeira? 2 f

(A) ∫ 20 f(x) dx ≤ 0 (B) ∫ 20 f(x) dx = ∫ 10 f(x) dx – ∫ 21 f(x) dx


2 x
(C) |∫ 20 f(x) dx| = ∫ 20 |f(x)| dx (D) ∫ 20 f(x) dx = ∫ 10 f(x) dx + ∫ 21 f(x) dx –1
1

Solução: Opção (B)

2 Observa a representação gráfica de f na figura ao lado. A medida y


f
da área da região do plano delimitada pelo gráfico de f e pelo eixo
das abcissas é dada por:
(A) ∫ ca f(x) dx (B) |∫ ca f(x) dx| a b c x

(C) ∫ ba f(x) dx + ∫ cb f(x) dx (D) – ∫ ba f(x) dx + ∫ cb f(x) dx

Solução: Opção (D)

3 A família de funções ∫ sen(3x) dx pode ser representada pela expressão:


(A)
1 sen(3x) + c, c ∈R (B) –3cos(3x) + c, c ∈R
3
(C) cos(3x) + c, c ∈R (D) –
1 cos(3x) + c, c ∈R
3
Solução: Opção (D)

4 Seja f uma função contínua em [–2, 4] tal que ∫ 4–2 f(x) dx = 3 e g(x) = f(x) + 1. Qual é o valor de ∫ 4–2 g(x) dx?
(A) 4 (B) 9 (C) 6 (D) 8

Solução: Opção (B)

5 O valor de ∫ 02p |cos x| dx, onde x é a amplitude de um ângulo em radianos, é:


(A) 0 (B) 2 (C) 4 (D) –2

Solução: Opção (C)

6 Seja F(x) = ∫ 1x2 ln(t) dt. O valor de (F)’(e) é:


(A) 2 (B) 4e (C) 1 (D)
1
e
Solução: Opção (B)

Seja F(x) = ∫ 0x tg2 t dt e g(x) = x2. O valor de (g o F)’ i p i é:


7 h h
j4j

h p h
p ¥ p ph2 p
h
(A) (B) tg2 i i (C) i2 – i (D) 2 –
2 j 16 j 2 j 2j 2

Solução: Opção (D)

154
Itens de construção

Itens de construção

8 Calcula, em intervalos convenientes, as seguintes primitivas.


a) ∫ 3x2 dx b) ∫ sin x dx c) ∫ (2sin x + 3cos x) dx

d) ∫ (x3 + x2 + 1) dx e) ∫ e3x dx f) ∫ 2xex dx


2

g) ∫ x2 x+ 1 dx h) ∫ cos x dx
sin x
i) ∫ x3(x4 + 1)8 dx

j) ∫ √∫x∫ +
∫ ∫ 1 dx k) ∫ sin x cos2x dx l) ∫ tg x dx
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 12.º ano

Soluções: a) x3 + c, c ∈R b) –cos x + c, c ∈R c) –2cos x + 3sen x + c, c ∈R d) x + x + x + c, c ∈R e) e + c, c ∈R


4 3 3x

4 3 3
2 4 9 3
x2
f) e + c, c ∈R g) ln|x + 1| + c, c ∈R h) ln|sin x| + c, c ∈R i) (x + 1) + c, c ∈R j) 2 (x + 1) + c, c ∈R
2
2 36 3
k) – 1 cos x + c, c ∈R l) –ln|cos x| + c, c ∈R
3
3

9 Determina a expressão que define a primitiva F de f, sabendo que:


a) f(x) = 5x2 e F toma o valor 4 para x = 1;

b) f(x) = 2cos(3x) e F toma o valor 1 para x =


p ;
6
h 1h
c) f(x) = 3x2 + 3x e o gráfico de F passa no ponto de coordenadas i–1, i ;
j 2j
d) f(x) =
x e o gráfico de F passa no ponto de coordenadas (2, ln(5)).
x2 + 1
3 2
Soluções: a) 5x + 7 b) 2 sen(3x) + 1 c) x3 + 3x d) 1 ln(x2 + 1) + ln(√∫5)
3 3 3 3 2 2

10 Determina a expressão que define as primitivas das funções definidas por:


a) f(x) = e7x
sen(√∫x )
b) g(x) =
√∫x
c) h(x) = √∫2∫x∫ ∫+∫ 7

d) j(x) = 8x(4x2 – 3)5

e) k(x) = x3 ex + 2
4

f) l(x) =
x
x–1
g) m(x) =
(ln(x))2
x

7x 3
Soluções: a) e + c, c ∈R b) –2cos(√∫x) + c, c ∈R c) 1 (2x + 7) 2 + c, c ∈R d) 1 (4x2 – 3)6 + c, c ∈R
7 3 6
e) 1 ex4 + 2 1
+ c, c ∈R f) x + ln|x – 1| + c, c ∈R g) (ln(x))3 + c, c ∈R
4 3

155
TEMA VI Primitivas e Cálculo Integral

Aprende Fazendo

Itens de construção

11 O João está a realizar um teste cujo objetivo é registar o tempo que ele demora a memorizar uma de-
terminada lista de objetos. Seja M(t) o número de itens que o João memoriza em t minutos e seja M’(t)
a taxa de memorização que se sabe ser M’(t) = 0,4t – 0,005t2. De acordo com este modelo, quantos
itens memoriza aproximadamente o João nos primeiros 10 minutos?

Solução: 18

12 Calcula o valor de cada um dos seguintes integrais.


p

a) ∫ 2
–2 (x2 – 4) dx b) ∫ (√∫x + 3√∫x) dx
4
0 c) ∫ (3 + 2x2) dx
5
1 d) ∫ 3
p
1 dx
cos2x
6
5p

e) ∫ 5
1 ex dx f) ∫ (2x –
2
1 1)4 dx g) ∫ 6
0
sen(2x) dx h) ∫ 21 (x2 +2x2x+ +2 4)2 dx
Soluções: a) – 32 b) 16 + 33√∫4 c) 284 d) 2√∫3 e) e5 – e f) 121 g) 1 h) 5
3 3 3 3 5 4 84

13 Determina a derivada da função ∫ 0x sen(t2) dt.

Solução: f(x) = sen(x2)

14 Determina as seguintes famílias de primitivas.

a) ∫ esen x cos x dx b) ∫ x2 dx c) ∫ √∫1∫ ∫+x∫ l∫ ∫n∫(∫x) dx


√∫x3∫ ∫ ∫ ∫ ∫1
+

d) ∫ x (3x2 + 1)3 dx e) ∫ 2x24x+ 3 dx f) ∫ (x2 + 1)2 2x dx

g) ∫ 5√∫5∫x∫ ∫+∫ 1∫ dx h) ∫ √∫2∫x∫ ∫–∫ 1∫ dx i) ∫ 3(3x – 1)4 dx


j) ∫ (2x + 1)(x2 + x) dx k) ∫ 3x2 √∫x3∫ ∫ –∫ ∫ ∫2 dx l) ∫ (1 ––4x2x2)2 dx
m) ∫ (5x2 + 1)2 10x dx n) ∫ x dx o) ∫ x + 1 dx
√∫x2∫ ∫ +
∫ ∫ ∫1 √∫x
p) ∫ ln(x) dx
x
1 3
Soluções: a) esen x + c, c ∈R b) 2 (x3 + 1) 2 + c, c ∈R c) 2 (1 + ln(x)) 2 + c, c ∈R d) 1 (3x2 + 1)4 + c, c ∈R
3 3 24
2 3 3 3 5
e) ln(2x2 + 3) + c, c ∈R f) (x + 1) + c, c ∈R g) 2 (5x + 1) 2 + c, c ∈R h) 1 (2x – 1) 2 + c, c ∈R i) (3x – 1) + c, c ∈R
3 3 3 5
3
j) (x + x) + c, c ∈R k) 2 (x3 – 2) 2 + c, c ∈R l)
2 2 2 3
–1 + c, c ∈R m) (5x + 1) + c, c ∈R n) √∫x∫2∫ ∫+∫ 1
∫ + c, c ∈R
2 3 (1 – 2x2) 3
2
o) 2 √∫x3 + 2√∫x + c, c ∈R p) ln (x) + c, c ∈R
3 2

156
Itens de construção

15 Estudos indicam que uma população de uma certa espécie em vias de extinção está a crescer a uma
taxa dada por T(t) = 0,51e–0,03t, onde t é o número de anos contados após o início do registo dos
dados. Considerando que neste momento (t = 0) há 500 indivíduos dessa espécie, e supondo que se
mantém válido este modelo, qual será a população desta espécie daqui a 10 anos?

Solução: 504 indivíduos.

16 a) Calcula constantes reais A, B e C não nulas tais que para todo o x ∈R\{–2, 0, 1}:
1 ==A+ B + C
x3 + x2 – 2x x x–1 x+1
b) Utilizando a alínea anterior, deduz, num intervalo conveniente, uma expressão para as primitivas

da função f(x) = 3 12 .
x + x – 2x

Soluções: a) A = – 1 ; B = 1 ; C = 1 b) – 1 ln|x| + 1 ln|x – 1| + 1 ln|x + 2| + c, c ∈R


2 3 6 2 3 6

17 Calcula o valor de cada um dos seguintes integrais.


3p p
√∫3
∫ ∫ ∫ 1e ∫ 01 2x 2x– 3x
4 3 p
sen(ln(x)) dx 2 + 5 dx
a) tg(x) dx b) p dx c) d)
p hxh x +1
6 cos2 i i
j 2j

Soluções: a) ln(√∫2 ) b) 8 – 4√∫3 c) 2 d) – 7 ln(3) + 3


2 2 PROFESSOR

Determina a derivada da função ∫ 1x (ln(t) dt. Resolução


3
18
Essencial para o Exame – exercício 17

Solução: f(x) = 3x2 ln(x3)

19 Calcula a medida da área da região do plano delimitada pelas parábolas de equação:


y = x2 – 3x – 3 e y = – 1 x2 + 3x – 3
2 2
Solução: 10√∫5 Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 12.º ano

20 Calcula, em intervalos convenientes, as seguintes primitivas.


a) (*) ∫ cos2x dx b) (*) ∫ cos3x dx c) (**) ∫ cos4x dx
d) (**) ∫ ln(3x)
x
dx e) (*) ∫ sin x cos x ecos 2x dx
(*) grau de dificuldade elevado
(**) grau de dificuldade muito elevado
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 12.º ano

(*) e (**) Os graus de dificuldade elevados e muito elevados correspondem a desempenhos que não serão exigíveis à
totalidade dos alunos.
Soluções: a) 1 (x + sen x cos x) + c, c ∈R b) sin x – sin x + c, c ∈R c) 1 (12x + 8sen(2x) + sen(4x)) + c, c ∈R
3

2 3 32
d) ln (3x) + c, c ∈R e) – 1 ecos(2x) + c, c ∈R
1 2
2 4

157
TEMA VI Primitivas e Cálculo Integral

Aprende Fazendo

Itens de construção

21 Um ponto material P desloca-se na reta numérica, estando em cada instante t ≥ 0 submetido à ace-
leração a(t) = cos(5t), na unidade de aceleração correspondente.
a) (*) Mostra que se a velocidade inicial (ou seja, no instante t = 0) de P for não nula, P atinge pontos
arbitrariamente afastados da respetiva posição inicial.
b) Esta propriedade mantém-se quando a velocidade inicial de P é nula?
c) Calcula a velocidade e a posição inicial de P sabendo que nos instantes t =
5p e t = 5p o ponto P
2
se encontra na origem do referencial.
(*) grau de dificuldade elevado
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 12.º ano

(*) Os graus de dificuldade elevados correspondem a desempenhos que não serão exigíveis à totalidade dos alunos.
1 2 1 1 2
Soluções: b) Não. c) P(t) = – cos(5t) – t+ ; V(t) = sen(5t) – ; a posição inicial do ponto P, na
25 125p 5 5 125p
4 2
unidade considerada, era de e a velocidade nesse instante era de – , na unidade correspondente.
5 125p

Determina a derivada da função ∫ xx cos t dt.


3
22

Solução: 3x2 cos(x3) – cos x

23 (*) Calcula a medida da área da região do plano formada pelos pontos P(x, y) do plano tais que
0 ≤ x ≤ p ∧ – sin3x ≤ y ≤ sin3x
(*) grau de dificuldade elevado
(*) Os graus de dificuldade elevados correspondem a desempenhos Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 12.º ano
que não serão exigíveis à totalidade dos alunos.
8
Solução: 3

24 (*) Na figura estão representadas partes dos gráficos das funções defini- y
das por f(x) = –|x – 2| + 4 e g(x) = –|x – 1| + 2. Calcula a medida da área
da região do plano delimitada pelos gráficos de f e g e pelos eixos coor-
denados, utilizando integrais adequados.
(*) grau de dificuldade elevado
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 12.º ano x

(*) Os graus de dificuldade elevados correspondem a desempenhos que não serão exigíveis à totalidade dos alunos.
21
Solução: 2

25 (*) Calcula a medida da área da região do plano delimitada pela parábola de equação y = –x2 – 2x + 3
e pelas tangentes ao gráfico de f nos pontos de interseção com o eixo das abcissas.
(*) grau de dificuldade elevado
(*) Os graus de dificuldade elevados correspondem a desempenhos
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 12.º ano
que não serão exigíveis à totalidade dos alunos.
16
Solução: 3

158
Desafio – A quadratura da parábola
Retomando o desafio apresentado no início deste tema, vejamos duas possíveis resoluções.

Primeiro método
Seja A a área procurada. Como é fácil calcular áreas de retângulos, vamos sub-
dividir a área A em vários retângulos abaixo da parábola (alguns desses retângu-
los são os que se veem do lado esquerdo da figura). A soma das áreas destes
retângulos é menor do que A porque faltam aqueles espaços entre a curva e as
bases superiores dos retângulos, ou seja, obtemos um valor por defeito. Se os re-
tângulos forem todos como os do lado direito da figura, a soma das suas áreas
vai exceder um pouco a área procurada, e temos um valor de A por excesso.
Quanto maior for, num e noutro caso, o número de retângulos, mais próximo
ficamos de A. Como dá bastante trabalho calcular todas aquelas áreas com papel
e lápis, vamos usar a tecnologia e fazer tudo numa folha de cálculo.
Comecemos por dividir o intervalo [0, 2] em vinte partes iguais, obtendo vinte
retângulos com a base inferior a medir 0,1. Na coluna A colocamos as abcissas
dos vértices inferiores (uma progressão aritmética de razão 0,1 com termos entre
0 e 20). Na coluna B ficam as ordenadas dos vértices superiores (que correspon-
dem às alturas dos retângulos). Na coluna C temos as áreas de cada retângulo
(0,1 vezes a altura).
Agora, pedimos a soma das áreas dos retângulos “menores” (que dá 1,23) e a soma
das áreas dos retângulos “maiores” (que dá 1,43). Logo, temos 1,23 < A < 1,43.
Para aumentar o número de retângulos, não é preciso fazer tudo de novo. Para termos 200 retângulos,
basta apenas ir à coluna A e colocar uma progressão aritmética de razão 0,01 e na coluna C substituir
0,1 por 0,01. Para 2000 retângulos, o processo seria semelhante.
200 retângulos 2000 retângulos

Logo, 1,3233 < A < 1,3433 Logo, 1,33233 < A < 1,33433
Concluímos que A ≈ 1,333.

Segundo método
Com os conhecimentos adquiridos neste capítulo, o problema é de resolução quase imediata.


2
È x3 È2 8 4
A= (–x2 + 2x) dx = Í – + x2Í = – + 4 – 0 =
0 Î 3 Î0 3 3

159
Teste Final

Grupo I

PROFESSOR
1 Sejam E um conjunto finito, P uma probabilidade em P(E) e dois

acontecimentos A, B ∈P(E). Sabe-se que P(B) = 0,7, P(A ∩ B) = 0,2 Resolução

e P(A ∩ B) = 0,5. Qual é o valor de P(A)? Exercícios do Teste Final

(A) 0,5 (B) 0,4 (C) 0,3 (D) 0,2

Solução: Opção (B)

2 Na figura está parte da representação gráfica de uma função y


f de domínio R. Tal como a figura sugere, a reta de equação
y=1
y = 1 é uma assíntota ao gráfico de f. Seja g a função de do-
mínio R\{0} definida por:
O x
g(x) = log[f(x)]
Em qual das opções seguintes pode estar parte da representação gráfica da função g?
(A) y (B) y (C) y (D) y

x x
O O x O
O x

Solução: Opção (A)

Seja f a função definida, em R, por f(x) = 3 – 4sen hix + p i .


h
3
j 3j
Considera as seguintes afirmações:
(I) O período positivo mínimo da função f é 3p.
(II) ∃ x ∈ÈÍ 5p , p ÈÍ: f(x) = 0.
Î 6 6Î
Pode afirmar-se que:
(A) ambas as afirmações são verdadeiras. (B) ambas as afirmações são falsas.
(C) apenas a afirmação (I) é verdadeira. (D) apenas a afirmação (II) é verdadeira.

Solução: Opção (D)

4 A família de funções ∫ cos (5x) dx pode ser representada pela expressão:


(A)
1 cos(5x) + c, c ∈R (B) 5sen(5x) + c, c ∈R
5
(C) sen(5x) + c, c ∈R (D)
1 sen(5x) + c, c ∈R
5
Solução: Opção (D)

160
TEMA VI Primitivas e Cálculo Integral

5 Seja b um número real tal que b > 0 e b ≠ 1. A família de funções ∫ bx dx pode ser representada pela
expressão:
(A) bx + c, c ∈R (B)
bx + c, c ∈R (C) bx ln(b) + c, c ∈R (D)
ln(b) + c, c ∈R
ln(b) bx
Solução: Opção (B)

Grupo II

1 Uma turma de 12.º ano de uma escola tem alunos do sexo masculino e do sexo feminino. Redige,
no contexto desta situação, o enunciado de um problema de cálculo de probabilidade que admita
14 10
como resposta correta C624+ C6 . No enunciado que apresentares, deves explicitar claramente:
C6
• o número total de alunos da turma;
• o número de alunos de cada sexo;
• a experiência aleatória;
• o acontecimento cuja probabilidade se pretende que seja calculada (e cujo valor terá que ser
dado pela expressão apresentada).
sen(x – 1)


+4 se 0 < x < 1
2 Seja f a função, de domínio R+, definida por f(x) = ex – e .
xe–x + 4x se x ≥ 1
Resolve as seguintes alíneas, utilizando métodos exclusivamente analíticos.
2.1. Averigua se a função é contínua em x = 1.
2.2. O gráfico da função f tem uma assíntota oblíqua. Determina a equação reduzida dessa assíntota.
2.3. Determina a equação reduzida da reta tangente ao gráfico de f no ponto de abcissa 2.
2.4. Resolve, no intervalo [1, +∞[, a equação
f(x) = ex – 2.
x

Soluções: 2.1. f é contínua em x = 1. 2.2. y = 4x 2.3. y = (4 – e–2)x + 4e–2 2.4. C.S. = {ln(3 + √∫1∫0)}

3 Determina, num intervalo conveniente:


x2 + 3x + 5 cujo gráfico contém a origem do referencial;
3.1. a primitiva da função definida por f(x) =
x+1
3.2. as primitivas da função definida por g(x) =
1 .
ex
1 + e–x
Sugestão: Começa por verificar que g(x) = . y = x2 + 1
ex + 1 y
9

Soluções: 3.1. 1 x2 + 2x + 3ln|x + 1| 3.2. ln|ex + 1| + c, c ∈R


2

4 Calcula a área da superfície limitada pelas curvas y = 9 – x2 e


y = x2 + 1, no intervalo [0, 3].
1
Solução: 46
3 –3 O 3 x

y = 9 – x2

161
Desafio – Dois números especiais

Temos dois números.


A sua soma é 8.
O seu produto é 25.
Se somarmos uma unidade a cada um, qual
será agora o produto dos novos números?
José Paulo Viana
TEMA VII
Números Complexos
1. Introdução aos números complexos

2. O corpo dos números complexos

3. Forma trigonométrica de um número complexo

4. Raízes n -ésimas de números complexos

5. Conjuntos de pontos definidos por condições


sobre números complexos
TEMA VII Números Complexos

UNIDADE 1
Introdução aos números complexos

Contextualização histórica O Espírito Divino expressou-se sublimemente nesta maravilha da análise, neste portento
do mundo das ideias, este anfíbio entre o ser e o não ser, que chamamos de raiz imaginária
da unidade negativa.
Leibniz

A fórmula de Cardano e a origem histórica dos números complexos


Girolamo Cardano
(1501-1576) A história dos números complexos mostra o quanto um conceito matemático essencial
Nascido em Pavia, Itália, pode demorar até ser bem entendido e aceite.
foi cientista, matemático,
filósofo e médico.
Na medicina, foi o Foi uma longa história de resistência por parte de matemáticos brilhantes até estes
primeiro a descrever admitirem a existência de números complexos, mesmo quando os usavam.
clinicamente a febre
tifoide. Foi no século XVI, com os algebristas italianos, que começaram a aparecer sistematica-
Na física, escreveu sobre
as diferenças entre as
mente os números complexos. Nesta altura, nem o conceito de número negativo nem o
energias elétricas e as conceito de número irracional estavam bem esclarecidos.
energias magnéticas.
Na matemática, foi o No século XVII, Descartes chama às raízes negativas das equações raízes falsas e aos
primeiro a introduzir as
números irracionais números surdos.
ideias gerais da teoria das
equações algébricas.
A resolução detalhada das Ainda no século XIX, havia matemáticos que discutiam se os números negativos real-
equações de 3.º grau, mente existiam ou não!
proposta por Tartaglia,
estava publicada na sua
obra Ars Magna. Assim, o desenvolvimento do conceito de número não foi um fenómeno progressivo e
muito menos ocorreu pela ordem que nos parece a mais natural: números naturais, nú-
meros inteiros, números racionais, números reais e números complexos.

Girolamo Cardano, em meados do século XVI, no seu livro Ars Magna, apresentou uma
fórmula, dita “fórmula resolvente para equações do terceiro grau”, que permitia obter
uma solução real de equações do terceiro grau da forma x3 + px + q = 0, em função dos
números reais p e q (prova-se que, através de uma mudança de variável, qualquer equação
do terceiro grau se pode transformar numa deste tipo).
PROFESSOR

NC12_1.1
√ ∫ q2 + ∫√ ∫ q2 ∫+
x=3 –
h
i
j
h2
i
j
hph3
i i
j3j √∫ q2 – ∫√ ∫ q2 +∫
+3 –
h
i
j
h2
i
j
hph 3
i i
j3j

164
UNIDADE 1 Introdução aos números complexos

Consideremos o seguinte exemplo:


x3 – 15x – 4 = 0
Repara que 4 é solução da equação, pois:
43 – 15 ¥ 4 – 4 = 0
No entanto, aplicando a fórmula resolvente para equações de 3.º grau, obtemos:

x = 3√ 2∫ +∫ √∫–∫1∫2∫1 + 3√ 2∫ –∫ √∫–∫1∫2∫1 =

= √ 2∫ +∫ √∫–∫1∫12∫ + 3√ 2∫ –∫ √∫–∫1∫12∫ =
3

= √ 2∫ +∫ 11√∫–∫1 + 3√ 2∫ –∫ 11√∫–∫1
3

Em R, como sabes, a expressão √∫–∫1 não tem significado, mas, operando formalmente
com este símbolo e considerando que √∫–∫1 × √∫–∫1 = –1, tem-se:

(2 ± √∫–∫1)3 = 23 ± 3 ¥ 22 ¥ √∫–∫1 + 3 ¥ 2 ¥ (√∫–∫1)2 ± (√∫–∫1)3 =


= 2 ± 11√∫–∫1

Assim:

x = 3√ 2∫ +∫ 11√∫–∫1 + 3√ 2∫ –∫ 11√∫–∫1 =
= 2 – √∫–∫1 + 2 – √∫–∫1 =
=4

Nota
Descoberta uma solução da equação, facilmente descobres as restantes.

Embora todos estes cálculos não tenham significado, obteve-se x = 4, que é, de facto,
uma solução da equação x3 – 15x – 4 = 0.
É com estes cálculos que nasce a motivação de se construir, de forma matematicamente
correta, uma extensão de R (e das respetivas operações) que contenha um elemento i tal
que i ¥ i = –1: o conjunto C.

Se estiver construída uma extensão de R (e das respetivas operações de adição e de


multiplicação, por forma a gozarem das propriedades usuais: existência dos mesmos ele-
mentos neutros, associatividade, comutatividade, distributividade da multiplicação rela-
tivamente à adição), designada por C, se C contiver um elemento i tal que i ¥ i = –1, então,
tem-se necessariamente, para a, b, c, d ∈R, que:
• a + bi = c + di ⇔ a = c ∧ b = d
• (a + ib) + (c + id) = a + c + i(b + d)
• (a + ib) ¥ (c + id) = ac – bd + i(ad + bc) PROFESSOR

NC12_1.2
Em particular, os resultados das operações “+” e “¥”, sobre elementos de C, são da NC12_1.3
forma x + iy, com x, y ∈R.

165
TEMA VII Números Complexos

UNIDADE 2
O corpo dos números complexos

Nesta unidade apresentaremos a definição do conjunto dos números complexos e das


respetivas operações de adição e de subtração.
Definição

Designa-se por corpo dos números complexos, e representa-se por C, o conjunto R2


munido das seguintes operações:
(a, b) + (c, d) = (a + c, b + d) (operação aditiva +)
(a, b) ¥ (c, d) = (ac – bd, ad + bc) (operação multiplicativa ¥)
com (a, b), (c, d) ∈R2

Por uma questão de simplificação de escrita, é usual escrever-se (a, b)(c, d) para repre-
sentar (a, b) ¥ (c, d).

2.1. Propriedades das operações + e ¥ em R2


As operações acima definidas, em R2, verificam as propriedades – associatividade,
comutatividade, existência de elemento neutro e distributividade da multiplicação relati-
vamente à adição –, já que, na própria definição, estão presentes as operações de adição
e multiplicação em R, que como sabes gozam destas mesmas propriedades.
Sejam (a, b), (c, d), (e, f) ∈R2:

Propriedades Operação aditiva Operação multiplicativa

Comutatividade (a, b) + (c, d) = (c, d) + (a, b) (a, b) ¥ (c, d) = (c, d) ¥ (a, b)

((a, b) + (c, d)) + (e, f ) = ((a, b) ¥ (c, d)) ¥ (e, f ) =


Associatividade
= (a, b) + ((c, d) + (e, f )) = (a, b) ¥ ((c, d) ¥ (e, f ))
Existência de (a, b) + (0, 0) = (0, 0) + (a, b) =
(a, b) ¥ (1, 0) = (1, 0) ¥ (a, b) = (a, b)
elemento neutro = (a, b)

Distributividade da
(a, b) ¥ ((c, d) + (e, f )) = (a, b) ¥ (c, d) + (a, b) ¥ (e, f )
multiplicação em
((c, d) + (e, f )) ¥ (a, b) = (c, d) ¥ (a, b) + (e, f ) ¥ (a, b)
relação à adição
PROFESSOR
Comutatividade
Resolução
Todos os exercícios de “O corpo dos • (a, b) + (c, d) = (c, d) + (a, b)
números complexos”
(a, b) + (c, d) = (a + c, b + d) = (c + a, d + b) = (c, d) + (a, b)
NC12_2.1 • (a, b) ¥ (c, d) = (c, d) ¥ (a, b)
(a, b) ¥ (c, d) = (ac – bd, ad + bc) = (ca – db, cb + da) = (c, d) ¥ (a, b)

166
UNIDADE 2 O corpo dos números complexos

Associatividade

• ((a, b) + (c, d)) + (e, f) = (a, b) + ((c, d) + (e, f))


((a, b) + (c, d)) + (e, f) =
= (a + c, b + d) + (e, f) =
= ((a + c) + e, (b + d) + f) =
= (a + (c + e), b + (d + f)) =
= (a, b) + ((c, d) + (e, f))
• ((a, b) ¥ (c, d)) ¥ (e, f) = (a, b) ¥ ((c, d) ¥ (e, f))
((a, b) ¥ (c, d)) ¥ (e, f) =
= (ac – bd, ad + bc) ¥ (e, f) =
= ((ac – bd) ¥ e – (ad + bc) ¥ f, (ac – bd) ¥ f + (ad + bc) ¥ e) =
= (ace – bde – adf – bcf, acf – bdf + ade + bce) =
= (ace – adf – bde – bcf, acf + ade – bdf + bce) =
= (a ¥ (ce – df) – b ¥ (de + cf), a ¥ (cf + de) + b ¥ (–df + ce)) =
= (a ¥ (ce – df) – b ¥ (cf + de), a ¥ (cf + de) + b ¥ (ce – df)) =
= (a, b) ¥ (ce – df, cf + de) =
= (a, b) ¥ ((c, d) ¥ (e, f))

Existência de elemento neutro

(a, b) + (0, 0) = (0, 0) + (a, b) = (a, b)


(a, b) + (0, 0) = (a + 0, b + 0) = (a, b)
e pela propriedade comutativa da operação aditiva, vem que:
(0, 0) + (a, b) = (a, b) + (0, 0) = (a, b)
(a, b) ¥ (1, 0) = (1, 0) ¥ (a, b) = (a, b)
(a, b) ¥ (1, 0) = (a ¥ 1 – b ¥ 0, a ¥ 0 + b ¥ 1) = (a, b)
e pela propriedade comutativa da operação multiplicativa, vem que:
(1, 0) ¥ (a, b) = (a, b) ¥ (1, 0) = (a, b)

Distributividade da multiplicação em relação à adição

• (a, b) ¥ ((c, d) + (e, f)) = (a, b) ¥ (c, d) + (a, b) ¥ (e, f)


(a, b) ¥ ((c, d) + (e, f)) =
= (a, b) ¥ (c + e, d + f) =
= (a(c + e) – b(d + f), a(d + f) + b(c + e)) =
= (ac + ae – bd – bf, ad + af + bc + be) =
= (ac – bd + ae – bf, ad + bc + af + be) =
= (ac – bd, ad + bc) + (ae – bf, af + be) =
= (a, b) ¥ (c, d) + (a, b) ¥ (e, f)
Atendendo à comutatividade da multiplicação e à propriedade acabada de demonstrar,
temos: PROFESSOR
((c, d) + (e, f)) ¥ (a, b) = (a, b) ¥ ((c, d) + (e, f)) =
= (a, b) ¥ (c, d) + (a, b) ¥ (e, f) = NC12_2.2

= (c, d) ¥ (a, b) + (e, f) ¥ (a, b)

167
TEMA VII Números Complexos

O conjunto R identificado com um subconjunto de C

Podemos associar a cada x ∈R o elemento (x, 0) de C. Note-se que, dados dois reais a, c,
os pares associados à soma a + c e ao produto ac são (a + c, 0) e (ac, 0), precisamente a
N Z Q R C
soma e o produto dos pares (a, 0) e (c, 0) em C.
(a, 0) + (c, 0) = (a + c, 0) e (a, 0) ¥ (c, 0) = (ac – 0, a ¥ 0 + 0 ¥ c) = (ac, 0)
Deste modo, identificamos R com um subconjunto de C.
Representaremos o número complexo (x, 0) por x.

2.2. A unidade imaginária i = (0, 1)


Definição

Designa-se por unidade imaginária, e representa-se por i, o número complexo (0, 1).

Propriedade
i2 = –1

Demonstração
Por definição, i representa o número complexo (0, 1). Assim, i2 representa o número
complexo (0, 1) ¥ (0, 1) e tem-se que:
i2 = (0, 1) ¥ (0, 1) = (0 ¥ 0 – 1 ¥ 1, 0 ¥ 1 + 1 ¥ 0) = (–1, 0) = –1, já que (–1, 0) representa
o número real –1.

2.3. Representação dos números complexos


na forma z = a + bi

Propriedade
Dado um número complexo z, existe um único número real a e um único número
real b tais que z = a + bi.

Demonstração
Por definição, z é um par ordenado (a, b) ∈R2 e:
(a, b) = (a, 0) + (0, b) = (a, 0) + (b, 0) (0, 1) =
  
número número unidade
real a real b imaginária
= a + bi
Vejamos agora que os números reais a e b são únicos. Sejam a’, b’ ∈R tais que z = a’ + b’i.
PROFESSOR
z = a’ + b’i = (a’, 0) + (b’, 0)(0, 1) = (a’, 0) + (0, b’) = (a’, b’)
NC12_2.3
NC12_2.4 Como z = (a, b) e z = (a’, b’), então a = a’ ∧ b = b’.
NC12_2.5
Um número complexo escrito na forma z = a + bi diz-se escrito na forma algébrica.

168
UNIDADE 2 O corpo dos números complexos

Parte real e parte imaginária dos números complexos

Definição

Dado um número complexo z = a + bi (a, b ∈R):


• a designa-se por parte real de z e representa-se por Re(z);
• b designa-se por parte imaginária de z e representa-se por Im(z).

Exemplos 1 Indica, para cada caso,


Re(z) e Im(z).
1. Seja z1 = 4 + 5i. Temos que Re(z1) = 4 e Im(z1) = 5.
a) z = –2 + 3i
1 1 b) z = 1 – i
2. Seja z2 = – i. Temos que Re(z2) = e Im(z2) = –1.
2 2 c) z = 2018i
d) z = 5i2
3. Seja z3 = –10i. Temos que Re(z3) = 0 e Im(z3) = –10.
1 – √∫8 i
e) z =
2
4. Seja z4 = 2018. Temos que Re(z4) = 2018 e Im(z4) = 0.

Propriedade
Um número complexo z é real se e somente se Im(z) = 0.

Seja z um número complexo real.


Por definição, z = (a, 0), com a ∈R, ou seja, z = a + 0i, o que é equivalente a Im(z) = 0.

Propriedade
Designam-se por números imaginários puros os números complexos não reais tais
que Re(z) = 0.

Exemplo
2 PROFESSOR
–10i, i, √∫5i são números imaginários puros.
5
NC12_2.6
NC12_2.7

Esquematizando / Resumindo Soluções


1.
Seja z um número complexo. a) –2; 3 b) 1; –1
c) 0; 2018 d) –5; 0
• z é um número real ⇔ Im(z) = 0.
1
e) ; –√∫2
• z é um número imaginário puro ⇔ Re(z) = 0 ∧ Im(z) ≠ 0. 2

169
TEMA VII Números Complexos

2 Seja z o número complexo Exercício resolvido


representado por:
z = k2 + (p – 1)i, em que k, Seja z = 2x – 7 + (2 – y)i, em que x, y ∈R. Determina x e y de tal modo que:
p ∈R
a) z seja real;
Determina k e p de modo
que: b) z seja um imaginário puro.
a) z = 2 + 5i;
b) z seja um número real;
c) z seja um imaginário Sugestão de resolução
puro.
a) z é real se e só se Im(z) = 0:

2–y=0⇔y=2
Assim, z é real para x ∈R e y = 2.

b) z é um imaginário puro se e só se Re(z) = 0 ∧ Im(z) ≠ 0:


7
2x – 7 = 0 ∧ 2 – y ≠ 0 ⇔ x = ∧ y≠2
2
7
Assim, z é um imaginário puro para x = ∧ y ≠ 2.
2

3 Considera os números Adição de números complexos na forma z = a + bi


complexos z1 = 4 + i,
1
z2 = 5i e z3 = 2 – i.
2
Dados a + bi, c + di ∈C, tem-se que:
Calcula e apresenta na
forma algébrica. (a + bi) + (c + di) = a + c + (b + d)i
a) z1 + z2
b) z1 + z3
Tendo em conta o significado da representação de um número complexo na forma x + yi,
e a definição da operação aditiva em R2, tem-se:
(a + bi) + (c + di) = (a, b) + (c, d) =
= (a + c, b + d) =
= a + c + (b + d)i

PROFESSOR Assim, concluímos que:

NC12_2.8 A soma de dois números complexos é um número complexo cuja parte real é a soma
das partes reais e a parte imaginária é a soma das partes imaginárias.
Soluções
2. Exemplos
a) k = √∫2 ∨ k = –√∫2 e p = 6
b) p = 1 e k é um número real 1. (2 + 3i) + (5 + 6i) = (2 + 5) + (3 + 6)i =
qualquer.
c) k = 0 e p ≠ 1 = 7 + 9i
3.
1 2. (1 – 3i) + (1 + 2i) = (1 + 1) + (–3 + 2)i =
a) 4 + 6i b) 6 + i
2
=2–i

170
UNIDADE 2 O corpo dos números complexos

Multiplicação de números complexos na forma z = a + bi

Dados a + bi, c + di ∈C, tem-se que:


(a + bi) ¥ (c + di) = (ac – bd) + (ad + bc)i

Tendo em conta novamente o significado da representação de um número complexo na


forma x + yi, e a definição da operação multiplicativa em R2, tem-se:
(a + bi) ¥ (c + di) = (a, b) ¥ (c, d) =
= (ac – bd, ad + bc) =
= (ac – bd) + (ad + bc)i

Suponhamos que pretendíamos multiplicar 3 + 5i por 2 + 4i.

Por um lado:
(3 + 5i) ¥ (2 + 4i) = (3 ¥ 2 – 5 ¥ 4) + (3 ¥ 4 + 5 ¥ 2)i =
= –14 + 22i

Por outro lado, repara que, se procedêssemos como se se tratassem de polinómios em i, 4 Calcula e apresenta na
utilizando as propriedades comutativa, associativa e distributiva da multiplicação em re- forma algébrica.
lação à adição, e tendo em conta que i2 = –1, obteríamos: a) 3i ¥ (2 – 4i)
h1 h
(3 + 5i) ¥ (2 + 4i) = 3 ¥ (2 + 4i) + 5i ¥ (2 + 4i) = b) i – ii ¥ (2 + 3i)
j2 j

= 3 ¥ 2 + 3 ¥ 4i + 5i ¥ 2 + 5i ¥ 4i = (
c) √∫2 + i )2
= 6 + 12i + 10i + 20i2 =
= 6 + 12i + 10i + 20 ¥ (–1) =
= 6 – 20 + 12i + 10i =
= –14 + 22i

Do que acabámos de ver, podemos intuir o seguinte:

Regra prática:
Para adicionar e multiplicar números complexos, podemos proceder como se de poli-
nómios se tratassem em i e ter em conta que i2 = –1.

Exemplos PROFESSOR

1. (2 + 3i) ¥ (5 + 6i) = 10 + 12i + 15i + 18i2 = 10 – 18 + 27i = –8 + 27i


NC12_2.8

2. (1 – 3i) ¥ (1 + 2i) = 1 + 2i – 3i – 6i2 = 1 + 6 – i = 7 – i


Soluções
4.
3. (2 – 4i)2 = 22 – 2 ¥ 2 ¥ 4i + (4i)2 = 4 – 16i + 16i2 = 4 – 16 – 16i = – 12 – 16i a) 12 + 6i b) 4 –
1
i
2
c) 1 + 2√∫2i
4. (–1 + 5i)(–1 – 5i) = (–1)2 – (5i)2 = 1 – 25i2 = 1 + 25 = 26

171
TEMA VII Números Complexos

5 Representa O plano complexo. Ponto afixo de um número complexo


geometricamente os
seguintes números
complexos. Dado um plano munido de um referencial ortonormado direto e dados a, b ∈R, de-
a) z1 = 2 + 3i signa-se por afixo do número complexo z = a + bi o ponto M de coordenadas (a, b).
b) z2 = –1 + 2i
c) z3 = –2 – i
d) z4 = –i
Fica, assim, definida a representação geométrica de um número complexo.
1
e) z5 = –
2
Neste contexto, designa-se: Eixo imaginário
3
f) z6 = 2 – i (e. i.)
2
• o plano por plano complexo ou plano de
Argand; M
b

• o eixo das abcissas por eixo real;


O a Eixo real
• o eixo das ordenadas por eixo imaginário. (e. r.)

Dados dois números complexos z = x + yi e z0 = a + bi, com x, y, a, b ∈R, o afixo de


z + z0 é a imagem pela translação de vetor ≤u(a, b) do ponto M, afixo de z.

e. i.
M’

b M é o afixo de z
M
y
a M’ é o afixo de z + z0

O x e. r.

Sejam:
z = x + yi e z0 = a + bi, com x, y, a, b ∈R.

PROFESSOR
Sabemos que:
NC12_2.9
NC12_2.10 z + z0 = x + yi + a + bi = x + a + (y + b)i

Soluções
Logo, M’, afixo de z + z0, é o ponto de coordenadas (x + a, y + b).
5. Sejam M1, M2, M3, M4, M5 e
M6 os afixos de z1, z2, z3, z4, z5 e
z6, respetivamente: Por outro lado, M’, pode ser visto como a imagem de M pela translação de vetor ≤u(a,
b), já que:
e. i.
M’ = (x + a, y + b) = (x, y) + (a, b) = T≤u (M)
3 M1  
M2 M ≤u
2
–2 M5 Concluímos, assim, que:
–1 –1 2 e. r.
M3 M4 M6 No plano complexo, a adição de números complexos z e z0 corresponde à translação
do ponto afixo de z de vetor ≤u (Re(z0), Im(z0)).

172
UNIDADE 2 O corpo dos números complexos

Simétrico de um número complexo

Dado um número complexo z = a + bi, a, b ∈R, designa-se por simétrico de z o nú-


mero complexo –a – bi e representa-se por –z.

Repara que o simétrico do número complexo z, –z, é o número complexo que adicio-
nado com z é 0, isto é, z + (–z) = (–z) + z = 0.
Dois números complexos simétricos têm partes reais simétricas e partes imaginárias
simétricas.
e. i.

b M
O ponto afixo de –z, M’(–a, –b), é a imagem
pela reflexão central de centro O de M(a, b), –a
O a e. r.
ponto afixo de z.
–b
M’

Exemplos
1 1
1. Seja z1 = 4 + 5i. Então, –z1 = –4 – 5i. 2. Se z2 = – i, então –z2 = – + i.
2 2

3. Seja z3 = –6i. Então, –z3 = 6i. 4. Se z4 = –3, então –z4 = 3.

A operação de subtração pode ser definida, de forma natural, para os números complexos
do seguinte modo:
A diferença de dois números complexos z1 e z2 é a soma de z1 com o simétrico de z2.
z1 – z2 = z1 + (–z2) = (a + bi) + (–c – di) = (a – c) + (b – d)i
6 Indica o conjugado de:
a) z = –2 + 3i
b) z = 1 – i
Conjugado de um número complexo c) z = 2018i
d) z = 5i2
1 – √∫8 i
e) z =
Dado um número complexo z = a + bi, a, b ∈R, designa-se por conjugado de z o 2
número complexo a – bi e representa-se por –z. f) –10

Dois números complexos conjugados têm partes reais iguais e partes imaginárias si- PROFESSOR
métricas.
e. i.
NC12_3.1

– M’(a, –b), é a imagem pela


O ponto afixo de z, b M Soluções
reflexão de eixo real de M(a, b), ponto afixo 6.
a) –2 – 3i b) 1 + i
de z. O a e. r. c) –2018i d) –5
1
e) + √∫2i f) –10
–b 2
M’

173
TEMA VII Números Complexos

Exemplos

1. ∫4∫ –
∫ ∫ ∫5∫i = 4 + 5i 2. ∫√∫∫2∫ ∫+∫ i = √∫2 – i

3. ∫–∫2∫0∫2∫0∫i = 2020i 4. ∫2∫0∫2∫0 = 2020

Algumas propriedades relativas ao conjugado de números complexos

7 Considera o número
complexo z = 2 + 5i. Dados dois números complexos z e w, tem-se que:
a) Determina –
z , –z e ––z. ∫z∫ +
∫ ∫ ∫w = ∫z + ∫w
b) Representa no plano
complexo os afixos de
z, –z, –z e ––z. Demonstração
c) Calcula a área do
polígono que tem por Sejam z = a + bi e w = c + di dois números complexos quaisquer. Então:
vértices os afixos de
z, –z, –z e ––z. z∫ ∫+ w
∫ = (∫a +∫ ∫b
∫ i∫) +∫ ∫ (∫ c∫ ∫ +
∫ ∫d
∫ i) =
∫ ∫ c∫) +
= (∫a + ∫ ∫ (∫b∫ + ∫ ∫ d∫)i) =
= (a + c) – (b + d)i =
= a + c – bi – di =
= (a – bi) + (c – di) =
= ∫z + ∫w

Dados dois números complexos z e w, tem-se que:


z∫ ∫w = z∫ ¥ w

Demonstração

PROFESSOR Sejam z = a + bi e w = c + di dois números complexos quaisquer. Então:


NC12_3.2 z∫ w ∫ ∫b
∫ = (∫a + ∫ i∫ )∫(c∫ +
∫ ∫d
∫ i) = (∫ac∫ ∫ –∫ ∫ b
∫ d
∫ )∫ ∫ +
∫ ∫ (∫ a∫ d
∫ ∫+
∫ ∫b
∫ c∫ )∫ i = (ac – bd) – (ad + bc)i (i)

Soluções z∫ w
∫ = (a – bi)(c – di) = (ac – bd) + (–ad – bc)i = (ac – bd) – (ad + bc)i (ii)
7.
De (i) e (ii) vem que z∫ w
∫ = z∫ w.

a) 2 – 5i; –2 – 5i; –2 + 5i
b)
e. i.
Dado um número complexo z, tem-se que:
P4 5 P1
∫z = z

–2 O 2 e. r.
Demonstração
P3–5 P2

Seja z = a + bi um número complexo qualquer. Então:


c) 40 u. a.
∫z = a∫ ∫ +
∫ ∫b
∫ i = a∫ ∫ –∫ ∫ b
∫ i = a + bi = z

174
UNIDADE 2 O corpo dos números complexos

Concluímos, assim, que: 8 Indica um número


• o conjugado da soma de dois números complexos é igual à soma dos conjugados de complexo z, não nulo,
tal que:
cada um deles;
a) z + –
z=2
• o conjugado do produto de dois números complexos é igual ao produto dos conju- b) z + –
z=0
gados de cada um deles; c) z – –
z=0

• o conjugado do conjugado de um número complexo é o próprio número.

Dado um número complexo z, tem-se que:


• Re(z) = z + z∫
2
• Im(z) = z – z∫
2i

Demonstração

Seja z = a + bi um número complexo qualquer. Então:


z + z∫ = a + bi + (a – bi) = a + a + (b – b)i = 2a = 2Re(z), isto é, Re(z) = z + z∫ .
2
z – z∫ = a + bi – (a – bi) = a – a + (b + b)i = 2bi = 2Im(z), isto é, Im(z) = – z∫ .
z
2i

Dado um número complexo z ≠ 0, tem-se que:


• z é um número real se e só se z = z;

• z é um número imaginário puro se e só se z = –z.

Demonstração

Seja z ≠ 0 um número complexo. Então:


• z = z∫ ⇔ a + bi = a – bi
⇔ a – a + bi + bi = 0
⇔ (b + b)i = 0
⇔ 2bi = 0
⇔b=0
ou seja, z é um número real.
• z = –z∫ ⇔ a + bi = –(a – bi)
⇔ a + bi = –a + bi
PROFESSOR
⇔ a + a + bi – bi = 0
⇔ 2a + (b – b)i = 0 NC12_3.3
⇔ 2a = 0 NC12_3.4

⇔a=0 Soluções
ou seja, z é um número imaginário puro (repara que, como a = 0 e z ≠ 0, está garantido 8. Por exemplo:
a) 1 + 7i b) 5i c) 3
que b ≠ 0).

175
TEMA VII Números Complexos

9 Considera os números Exercícios resolvidos


complexos z = –1 – √∫2i e
1. Considera os números complexos z = 1 – 5i e w =
∫ 1 –∫ 3i – z.
∫ 1 ∫
w = – i2 + 3i – z. 2
2
a) Determina Re(w) e Im(w).
a) Determina Re(w) e
Im(w). b) Determina, na forma algébrica, ∫z∫ ∫+∫ ∫2∫w.
b) Determina, na forma
algébrica, ∫2∫z∫ ∫+∫ ∫3∫w.
Sugestão de resolução

a) w =
∫ 1 –∫ 3i – z = ∫ 1 –∫ 3i – (1 – 5i) = 1 + 3i – 1 + 5i = – 1 + 8i
2 2 2 2

Logo, Re(w) = – 1 e Im(w) = 8.


2

∫ ∫ ∫ ∫h ∫1 +
b) ∫z∫ ∫+∫ ∫2∫w = 1 – 5i + 2 i–
∫ 8ih = ∫1∫ ∫–∫ ∫5∫i∫ ∫–∫ ∫1∫ ∫+∫ ∫1∫6i = ∫1∫1i = –11i
i
j 2 j

2. Mostre que, dados dois quaisquer números complexos z e w, z w


∫ + z∫ w é um nú-
10 Sejam z1 e z2 dois números
complexos. Prova que: mero real.
–z z – z –z = 2 Im(–z z )i
1 2 1 2 1 2

Sugestão de resolução

1.º processo
Sejam z = a + bi e w = c + di dois números complexos quaisquer.
Então:

∫ + z∫ w = (a + bi)(∫c∫ ∫+∫ d
zw ∫ i) + (∫a∫ ∫+∫ b
∫ i)(c + di) =
= (a + bi) ¥ (c – di) + (a – bi) ¥ (c + di) =
= (ac – b ¥ (–d)) + (a ¥ (–d) + bc)i + (ac – (–b) ¥ d) + (ad + (–b) ¥ c)i =
= (ac + bd) + (–ad + bc)i + (ac + bd) + (ad – bc)i =
= 2(ac + bd) + (–ad + bc + ad – bc)i =
= 2(ac + bd) + 0i = 2(ac + bd)

Como a, b, c e d ∈R, então 2(ac + bd) é um número real, ficando então pro-
vado o pretendido.

2.º processo
Podemos provar que z w
∫ + z∫ w é um número real, recorrendo simplesmente às
propriedades do conjugado de um número complexo acabadas de estudar:
PROFESSOR
zw∫ + z∫ w = z w
∫ + z∫ w ∫ + ∫z∫ w,
∫ =zw ∫ que é um número real, pois trata-se da soma
Soluções de um número complexo com o seu conjugado, que sabemos ser um número
9.
3 real, já que, dado um número complexo z, se tem que Re(z) = z + z∫ , isto é,
a) Re(w) = e Im(w) = √∫2 – 3 2
2 z + z∫ = 2Re(z).
5
b) + (9 – √∫2)i
2

176
UNIDADE 2 O corpo dos números complexos

Módulo de um número complexo Recorda

|3| = 3
Já sabes que o “valor absoluto” ou “módulo” de um número real a é a medida da dis-
|–3| = 3
tância à origem do ponto que o representa na reta numérica e que se representa por |a|.
|–2| = 2
Vejamos agora este conceito estendido a um número complexo.
|0| = 0

Definição Í– 1Í = 1
Í Í
Í 2Í 2

Dado um número complexo z, designa-se por módulo de z a medida da distância,


no plano complexo, entre a origem e o ponto afixo de z e representa-se por |z|.
distância 2

–3 –2 0 3 x
e. i.
distância 3 distância 3

b M

O a e. r.

Propriedade
11 Determina o módulo de
Dado um número complexo z = a + bi, a, b ∈R, tem-se que:
cada um dos seguintes
|z| = √∫a2∫ ∫ +
∫ ∫ ∫b2∫ números complexos.
a) z = 3 + 4i
b) z = 1 – i
Demonstração c) z = 13i
Seja M(a, b) o afixo de z. d) z = –9i
e) z = –12
Sendo o módulo de z a medida da distância, no plano complexo, entre a origem O(0, 0)
e o ponto M, tem-se que, pela fórmula da distância entre dois pontos do plano:
|z| = √∫(∫a∫ ∫–∫ ∫0∫)2∫ ∫ +
∫ ∫ ∫(∫b∫ ∫–∫ 0
∫ ∫)2 = √∫a2∫ ∫ ∫+∫ b
∫ 2∫

Propriedade
Dado um número complexo z:
|z| = 0 ⇔ z = 0

Demonstração
Dado um número complexo z = a + bi:
|z| = 0 ⇔ √∫a2∫ ∫ +
∫ ∫ ∫b2∫ = 0 ⇔ a2 + b2 = 0 ⇔ a = 0 ∧ b = 0 ⇔ z = 0
PROFESSOR
Exemplos
NC12_3.5
1. Seja z1 = 2 + 3i. Então, |z1| = |2 + 3i| = √∫2∫2∫ +
∫ ∫ ∫3∫2 = √∫1∫3.
Soluções
2. Seja z2 = 6i. Então, |z2| = |6i| = √∫02∫ ∫ +
∫ ∫ ∫62∫ = √∫3∫6 = 6. 11.
a) 5 b) √∫2 c) 13 d) 9 e) 12
3. Seja z3 = –√∫3 + i. Então, |z3| = |–√∫3 + i| = √∫(∫–∫√∫∫3∫)2∫ ∫ +∫ ∫ 1∫ 2 = √∫3∫ ∫+∫ 1∫ = √∫4 = 2.
177
TEMA VII Números Complexos

12 Determina o número ERRO TÍPICO


complexo z que satisfaz as
seguintes condições:
Observa um erro comum quando se determina o módulo de um número complexo:
• |z| = 5
|–√∫3 + i| = √∫(–∫ ∫√3
∫∫ ∫)∫ ∫ +
∫ ∫ i∫ 2 = √∫3∫ –∫ ∫ 1 = √∫2
2
• Re(z) = 2

• Im(z) < 0
Erro!
Representa o seu afixo no
Dado um número complexo z = a + bi, a, b ∈R, tem-se que |z| = √∫a2∫ ∫ +
∫ ∫ ∫b2∫ .
plano complexo.

O módulo |z2 – z1| como distância entre dois pontos

Propriedade
Dados dois pontos A e B, afixos dos números complexos z1 e z2, tem-se que
A–B = |z2 – z1|.

Demonstração
Sejam z1 = a + bi e z2 = c + di dois números complexos e A(a, b) e B(c, d) os respetivos
afixos. Por um lado, A–B = √∫(∫a∫ ∫–∫ c∫ ∫)2∫ ∫ ∫+∫ (∫ ∫b∫ –∫ ∫ ∫d∫)2∫ .
Por outro lado:
|z2 – z1| = |c + di – (a + bi)| = |c – a + (d – b)i| = √∫(∫c∫ –∫ ∫ ∫a∫)∫2∫ ∫+∫ ∫(∫d∫ ∫–∫ ∫b∫)2 = √∫(∫a∫ –∫ ∫ ∫c∫)2∫ ∫ ∫+∫ ∫(∫b∫ –∫ ∫ ∫d∫)2
Logo, A–B = |z2 – z1|.

Algumas propriedades relativas ao módulo de números complexos

Propriedade
Dados dois números complexos z e w, tem-se que |z w| = |z||w|.

Demonstração
Sejam z = a + bi e w = c + di dois números complexos quaisquer. Então,
PROFESSOR z w = ac – bd + (ad + bc)i e tem-se que:

NC12_3.6 |z w| = √∫(∫a∫c∫ ∫–∫ ∫b∫d∫)2∫ ∫ +


∫ ∫ ∫(∫a∫d∫ ∫+∫ b
∫ ∫c∫)2 =
NC12_3.7
= √∫(∫a∫c∫)2∫ ∫ ∫–∫ 2
∫ ∫a∫c∫b∫d∫ +
∫ ∫ ∫(∫b∫d∫)2∫ ∫ ∫+∫ (∫ ∫a∫d∫)2∫ ∫ +
∫ ∫ ∫2∫a∫d∫b∫c∫ ∫+∫ (∫ ∫b∫c∫)2 =
Solução = √∫(∫a∫c∫)∫2∫ ∫+∫ (∫ ∫b∫d∫)∫2∫ +
∫ ∫ ∫(∫a∫d∫)2∫ ∫ ∫+∫ (∫ ∫b∫c∫)2 (i)
12. z = 2 – √∫2∫1i
|z||w| = √∫a∫2∫ ∫+∫ b
∫ ∫2 ¥ √∫c∫2∫ +
∫ ∫ ∫d2∫ =
e. i.
= √∫(∫a2∫ ∫ +
∫ ∫ ∫b2∫ ∫)∫ ¥
∫ ∫ (∫ ∫c2∫ ∫ ∫+∫ d
∫ 2∫ ) =
= √∫a∫2∫c∫2∫ +
∫ ∫ ∫a∫2∫d∫2∫ +
∫ ∫ ∫b∫2∫c∫2∫ +
∫ ∫ ∫b∫2∫d∫2 =
O 2 e. r.
= √∫(∫a∫c∫)2∫ ∫ ∫+∫ (∫ ∫b∫d∫)2∫ ∫ +
∫ ∫ ∫(∫a∫d∫)2∫ ∫ ∫+∫ (∫ ∫b∫c∫)2 (ii)
–√∫2∫1 P
De (i) e (ii) vem que |z w| = |z||w|.

178
UNIDADE 2 O corpo dos números complexos

Propriedade
Dado um número complexo z, tem-se que |z| = |∫z|.

Demonstração
Seja z = a + bi um número complexo qualquer. Então:
z∫ = a – bi e |z| = √∫a2∫ ∫ +
∫ ∫ ∫b2∫ = √∫a2∫ ∫ +
∫ ∫ ∫(∫–∫b∫)2 = |z|.

13 Utilizando as propriedades
Propriedade do conjugado de um
Dado um número complexo z, tem-se que |z|2 = z ∫z. número complexo, prova
que, dados dois números
complexos z e w, se tem
que |z w| = |z||w|.
Demonstração
Seja z = a + bi um número complexo qualquer. Então:
2
z∫ = a – bi e |z|2 = (√∫a∫2∫ +
∫ ∫ ∫b∫2) = a2 + b2 (i)

z z∫ = (a + bi) ¥ (a – bi) =
= a ¥ a – b ¥ (–b) + (a ¥ (–b) + b ¥ a)i =
= a2 + b2 + 0i =
= a 2 + b2 (ii)

De (i) e (ii) vem que |z|2 = z z.


14 Sejam z1 e z2 dois números


complexos. Prova que:
Propriedade
a) (z∫ 1 + z2)(z1 + z∫ 2) =
Desigualdade triangular = |z1|2 + |z2|2 + 2Re(z1z2)
Dados dois números complexos z e w, tem-se que |z + w| ≤ |z| + |w|. b) |z1 + z2|2 + |z1 – z2|2 =
= 2|z1|2 + 2|z2|2
c) |z1 + 1|2 = 2|z1|2
Demonstração ⇔ |z1 – 1|2 = 2

Comecemos por demonstrar que, dado um número complexo z, se tem que Re(z) ≤ |z|.
Seja z = a + bi um número complexo.
Tem-se que |z| = √∫a2∫ ∫ ∫+∫ b
∫ ∫2 ≥ √∫a∫2 = |a| ≥ a = Re(z), ou seja, Re(z) ≤ |z|.
Provemos, agora, a desigualdade triangular. Sejam z e w números complexos:
|z + w|2 = (z + w)(z∫ ∫ ∫+∫ w)
∫ = z z∫ + z w
∫ + w z∫ + w w
∫ = |z| + z w
2
∫ + ∫z∫ ∫w + |w| =
2

= |z|2 + 2Re(z w)
∫ + |w| ≤ |z| + 2|z w|
2 2 2 2 2
∫ + |w| = |z| + 2|z||w| + |w| = PROFESSOR
= (|z| + |w|)2
NC12_3.7

Donde, |z + w| ≤ |z| + |w|.

179
TEMA VII Números Complexos

15 Seja z um número
Concluímos, assim, que:
complexo. • o módulo do produto de dois números complexos é igual ao produto dos módulos
Mostra que:
de cada um deles;
|z – i|2 = |z|2 + 1 – 2Im(z)
• dois números complexos conjugados têm o mesmo módulo;
• o produto de um número complexo pelo seu conjugado é igual ao quadrado do seu
módulo;
• o módulo da soma de dois números complexos é inferior ou igual à soma dos módulos
de cada um dos números complexos.

Exercício resolvido

Considera os números complexos z = 3 – 2i e w = 4 + i. Determina:


a) |∫z – w| b) |Re(∫w) + Im(z)i|

Sugestão de resolução

a) z∫ – w = ∫3∫ ∫–∫ 2
∫ ∫i – (4 + i) = 3 + 2i – 4 – i = –1 + i
Assim, |∫z – w| = √∫(∫–∫1∫)2∫ ∫ +
∫ ∫ ∫12∫ = √∫2.

b) Re(w)
∫ + Im(z)i = 4 + (–2)i = 4 – 2i
Assim, |Re(w)
∫ + Im(z)i| = √∫4∫ ∫ ∫+∫ (∫ ∫–∫2∫) = √∫2∫0 = 2√∫5.
2 2

Inverso de um número complexo não nulo

Definição

Dado um número complexo z, não nulo, existe um e um só número z’ tal que zz’ = 1.
Representamos esse número por 1 e designámo-lo por inverso de z.
z

Dado um número complexo z, não nulo, consideremos z’ = 1 2 z. Note-se que, sendo z


não nulo, |z|2 ≠ 0 e z’ ∈C. Temos que: |z| ∫

h 1
zz’ = z ¥ z∫ hi = 1 2 (zz) = 1 2 |z|2 = 1
|z| ∫
i 2
j |z| j |z|

Provámos, assim, que o inverso de z existe. Vejamos que é único. Para tal, consideremos
z” tal que zz” = 1. Segue-se que:

z” = z” ¥ 1 = z” ¥ (zz’) = (z”z)z’ = 1 ¥ z’ = z’
PROFESSOR
Logo, o inverso de z é único e:
NC12_3.8 1 = 1 z
z |z|2 ∫

180
UNIDADE 2 O corpo dos números complexos

Divisão de números complexos

Definição

Dados dois números complexos w e z, z ≠ 0, designa-se por quociente de w por z o


número complexo pelo qual se tem de multiplicar z para obter w e representa-se por w .
z

Propriedade
Dados dois números complexos w e z, z ≠ 0, tem-se que w = w ¥ 1 .
z z

Demonstração

z ¥ hiw ¥ 1 hi = z ¥ w ¥ 1 = w ¥ z ¥ 1 =w¥1=w
j zj z z
Como z ¥ hiw ¥ 1 hi = w, então w ¥ 1 é o quociente de w por z. Como o quociente de w
j zj z
por z se representa por w , então w =w¥ 1 .
z z z
Repara que, da propriedade acima e da igualdade 1 = 1 2 ¥ z,
∫ vem que:
z |z|
w = w ¥ 1 = w 1 ¥ z = w 1 z = w z∫
z z |z|2 ∫ z ∫z

z ∫z
Assim, para determinar o quociente de um número complexo w por um número com-
plexo z não nulo, basta determinar o quociente de wz∫ por zz.
∫ 16 Calcula e apresenta na
forma algébrica.
Vejamos alguns exemplos desta regra prática. 3i
a)
2 – 4i
Exemplos 1–i
b)
2 + 3i = (2 + 3i)(5 – 6i) = 1 – 3i = (1 – 3i)(1 – 2i) = 1+i
1. 2.
5 + 6i (5 + 6i)(5 – 6i) 1 + 2i (1 + 2i)(1 – 2i) √∫3 + i
c)
18i2 6i2 2i
= 10 – 12i + 15i2– = = 1 – 2i – 3i 2+ =
25 – 36i 1 – 4i d)
1
5–i
= 10 + 18 + 3i = = 1 – 6 – 5i =
25 + 36 1+4

= 28 + 3i = 28 + 3 i = – 5 – 5i = –1 – i
61 61 61 5

3.
1 + 2i = (1 + 2i)(–3i) = – 3i – 6i2 =
3i (3i)(–3i) – 9i2 PROFESSOR
= 6 – 3i =
9 NC12_3.9

= 6 – 3 i= 2 – 1 i
9 9 3 3 Soluções
16.
Outro processo: no caso particular de no quociente de w por z, z ser um imaginário 3 3
a) – + i b) –i
puro, basta multiplicar w e z por i: 5 10
1 √∫3 5 1
1 + 2i = (1 + 2i)i = i + 2i2 = –2 + i = 2 – 1 i c)
2

2
i d) +
26 26
i
3i 3i ¥ i 3i2 –3 3 3

181
TEMA VII Números Complexos

Algumas propriedades relativas ao quociente de dois números complexos

Propriedade
Dados dois números complexos w e z, com z ≠ 0, tem-se que ii w ii = |w| .
iz i |z|

Demonstração
iw i
i i = iiw ¥ 1 ii = |w| ¥ ii 1 ii = |w| ¥ ii 1 2 ¥ z∫ ii = |w| ¥ ii 1 2ii ¥ |z∫ | =
iz i i zi izi i |z| i i |z| i

= |w| ¥ 1 2 ¥ |z| = |w| ¥ 1 = |w|


|z| |z| |z|

Propriedade
Dados dois números complexos w e z, com z ≠ 0, tem-se que ∫ hi w hi = ∫w .
jz j z∫

Demonstração

Comecemos por provar que ∫ hi 1 hi = 1 , isto é, que o inverso de z∫ é ∫ hi 1 hi :


jzj z∫ jzj

z∫ ¥ ∫ hi 1 hi = z∫ ¥ 1 = 1
∫ =1
jzj z

Como z∫ ¥ ∫ hi 1 hi = 1, tem-se que o inverso de z∫ é, de facto, ∫ hi 1 hi .


jzj jzj

Provemos, agora, que ∫ hi w hi = w ∫ :


jz j z∫
∫ h w h = ∫ hw ¥∫ 1 h = w ¥ ∫ h 1 h = w ¥ 1 = w∫
zj ∫ ∫
i i i i i i
jz j j jzj z∫ z∫

Concluímos, assim que:


• o módulo do quociente de dois números complexos é igual ao quociente dos módulos
de cada um deles;
• o conjugado do quociente de dois números complexos é igual ao quociente dos con-
jugados de cada um deles.

Esquematizando / Resumindo

Deves ter presente as seguintes propriedades relativas ao módulo e ao conjugado de


números complexos:
• ∫z = z • z∫ ∫ ∫+∫ w
∫ = z∫ + w ∫ • z∫ w
∫ = z∫ w
∫ • ∫ hi w hi = w

jz j z∫
• Re(z) = z + z
∫ • lm(z) = z – z
∫ • |z|2 = z ∫z • |z| = |∫z|
PROFESSOR 2 2i
• |z + w| ≤ |z| + |w| • |zw| = |z||w| • ii w ii = |w| • 1 = 1 2 z∫
NC12_3.10 iz i |z| z |z|

182
UNIDADE 2 O corpo dos números complexos

Potenciação de números complexos 17 Calcula e apresenta na


forma algébrica.
Potências de base i e expoente inteiro a) i101
b) i2014
Comecemos por convencionar que i 0 = 1.
c) i23 ¥ (i6 + 5i11)
Observa agora que:
d) 2i4n + 1 – 3i4n + 3 + (2i)8,
i0 = 1 i4 = 1 … i 4n = 1, n ∈N0 n ∈N
i1 =i i5 =i … i 4n + 1 = i , n ∈N0
i2 = –1 i6 = –1 … i 4n + 2 = –1, n ∈N0
i 3 = –i i 7 = –i … i 4n + 3 = –i , n ∈N0

Esta regularidade é traduzida pela seguinte propriedade:


18 Seja n ∈N um número
ímpar. Mostra que
Propriedade
i9n + i–9n = 0.
Seja n ∈N0.
in = ir, sendo r o resto da divisão inteira de n por 4.

Demonstração

Seja n ∈N0. Então, n = 4q + r, com q ∈N0 e r ∈{0, 1, 2, 3}. Assim, vem que:
in = i4q + r = i4q ¥ ir =
= (i4)q ¥ ir =
= 1q ¥ ir =
= ir 19 Em C, conjunto dos
números complexos,
Exemplos considera z1 = 2 – 2√∫3i e
z2 = i50 ¥ z1.
1. i18 = i 4 ¥ 4 + 2 = i2 = 1 2. i407 = i 4 ¥ 101 + 3 = i3 = –i 3. i2017 = i 4 ¥ 504 + 1 = i1 = i Sejam A e B os afixos de z1
e de z2, respetivamente.
18 4 407 4 2017 4
Determina o comprimento
2 4 3 101 1 504 de [AB].

Potências de expoente inteiro de um número complexo

De forma análoga ao que se passa em R, para n ∈N, tem-se que:


• (a + bi)n = (a + bi)(a + bi) … (a + bi)

n fatores

• (a + bi)–n = 1 , a + bi ≠ 0
(a + bi)n

Exemplos PROFESSOR

1. (1 + 2i)3 = (1 + 2i)2(1 + 2i) = Soluções


= (1 + 4i + 4i2)(1
+ 2i) = 17.
a) i b) –1
= (–3 + 4i)(1 + 2i) =
c) –5 + i d) 256 + 5i
= –3 – 6i + 4i + 8i2 =
19. 8
= –11 – 2i

183
TEMA VII Números Complexos

h √∫2 h4 h h4 h h3 h h h h2 h h2
20 Escreve na forma
2. i – √∫2 ii = 4C0 i √∫2 i + 4C1 i √∫2 i i– √∫2 ii + 4C2 i √∫2 i i– √∫2 ii +
j 2 2 j j 2 j j 2 j j 2 j j 2 j j 2 j
algébrica.
h h h h3 h h4
a) (2 – 6i)2 + 4C3 i √∫2 i i– √∫2 ii + 4C4 i– √∫2 ii =
j 2 j j 2 j j 2 j
b) (1 + i)5
h h h h
= 24 + 4 ¥ 2√∫2 ¥ i– √∫2 ii + 6 ¥ 22 ¥ 22 i2 + 4 ¥ √∫2 ¥ i– 2√∫2 i3i + 24 i4 =
2 2
c) (1 + i)–5
2 23 j 2 j 2 2 2 j 2 3 j 2
d) (3 – i)–4
h h h h
= 1 + 2√∫2 ¥ i– √∫2 ii – 6 ¥ 1 ¥ 1 + 4 ¥ √∫2 ¥ i √∫2 ii + 1 =
4 2 j 2 j 2 2 2 j 22 j 4

21 Considera os números = 1 –i– 3 +i+ 1 =


4 2 4
complexos z1 = 1 + i,
z2 = 4i e z3 = 2 – 3i. = 1 – 3 + 1 = –1
Calcula e apresenta o 4 2 4
resultado na forma
3. (1 + i)–3 =
1 = 1 =
algébrica.
(1 + i)3 (1 + i)2(1 + i)
z
a) 1
z2 1 1
= 2
= =
b) ¥ z3
(z1)3 (1 + 2i + i )(1 + i) 2i(1 + i)
–z – z
c) 2 3
= 1 = 1 =
i 2i + 2i2 –2 + 2i
–z
d) z2 + 8n3+ 3 , n ∈N
5i
= –2 – 2i = –2 – 2i =
i (–2 + 2i)(–2 – 2i) 4 – 4i2
e) z1 –
z3
= –2 – 2i = –2 – 2i =
4+4 8

=– 2 – 2 i=– 1 – 1 i
8 8 4 4
22 Resolve, em C, as
seguintes equações, sem
recurso à calculadora. Exercícios resolvidos
a) –i + i2z = i4z + 1
b) (3 – i) + (1 + i)z = 5i
1. Determina a parte real e a parte imaginária dos seguintes números complexos.
2–i a) –i(3 + 2i)2
c) z – iz =
3i
b) (1 + 3i)–1

c)
3 + 5i
PROFESSOR 1 + 7i
Soluções d) i191
20.
a) –32 – 24i b) –4 – 4i
(
e) 1 – √∫2i )3
1 1 7 6 Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 12.º ano
c) – + i d) + i
8 8 2500 625
21.
1 1 Sugestão de resolução
a) – i b) 2 + 10i
4 4
c) –1 + 2i d) –
3
+
22
i
a) –i(3 + 2i)2 = –i(9 + 12i + 4i2) =
5 5
16 11 = –i(9 + 12i – 4) =
e) + i
13 13 = –i(5 + 12i) =
22.
a 1 1 a a3 9 a
= –5i – 12i2 =
a) b– – i b) b + i
c 2 2 bc c2 2 bc = 12 – 5i
a1 1 a
c) C.S. = b – ib Assim, Re(–i(3 + 2i)2) = 12 e Im(–i(3 + 2i)2) = –5.
c 6 2 c

184
UNIDADE 2 O corpo dos números complexos

23 Seja z o número complexo


k+i
1 = 1 – 3i = representado por z = ,
b) (1 + 3i)–1 = k–i
1 + 3i 12 + 32 com k ∈R.
Determina k de modo que:
= 1 – 3 i
10 10 a) z seja um número real;
b) z seja um imaginário
Assim, Re((1 + 3i)–1) = 1 e Im((1 + 3i)–1) = – 3 . puro.
10 10

c)
3 + 5i = (3 + 5i)(1 – 7i) = 3 – 21i + 5i – 35i2 =
1 + 7i (1 + 7i)(1 – 7i) 12 + 72
= 3 – 21i + 5i + 35 = 38 – 16i =
50 50
24 Seja C o conjunto dos
= 38 – 16 i = 19 – 8 i números complexos.
50 50 25 25
Considera o número
complexo z = a + bi, a,
Assim, Re hi 3 + 5i hi = 19 e Im hi 3 + 5i hi = – 8 . b ∈R. Prova que se
j 1 + 7i j 25 j 1 + 7i j 25
z
= c + di, c, d ∈R,
z∫
d) i191 = i4 ¥ 47 + 3 = i3 = –i então c2 + d2 = 1.
191 4
3 47
Assim, Re(i191) = 0 e Im(i191) = –1.

25 Seja z um número
(
e) 1 – √∫2i )3 = (1 – √∫2i)2 (1 – √∫2i) = complexo diferente de
= (1 – 2√∫2i + 2i2)(1 – √∫2i) = zero. Prova que:
|z|2 + 1
= (1 – 2√∫2i – 2)(1 – √∫2i) = a) z∫ + z–1 = z∫ ¥
|z|2
= (–1 – 2√∫2i)(1 – √∫2i) = b) ÍÍ
2z 3i|z|Í
– Í = √∫1∫3
Í|z| z∫ Í
= –1+√∫2i – 2√∫2i + 4i2 =
= –1 – √∫2i – 4 =
= –5 – √∫2i APRENDE FAZENDO
Págs. 234, 236, 237 e 238
3
Assim, Re((1 – √∫2i) ) = –5 e Im((1 – √∫2i)3) = –√∫2. Exercícios 1, 2, 4, 6, 7,
14, 17 e 27

CADERNO DE EXERCÍCIOS
2. Sejam z e w dois números complexos, não nulos, tais que |z| = 2|w|. Prova que E TESTES
Pág. 66
1 – 1 = 1 (z – 4w).
∫∫ ∫∫ ∫∫ ∫ Exercícios 1, 2, 3, 5, 6, 7 e
z w |z|2 8

Sugestão de resolução PROFESSOR


1 – 1 = z∫ – w∫ = z∫ – w
∫ =
z w |z|2 |w|2 |z|2 |z|2
Apresentação
4 “O corpo dos números complexos”
z 4 w
= ∫ – ∫ = 2 (∫z – 4∫w) =
1 Teste interativo
“O corpo dos números complexos”
|z|2 |z|2 |z|
Soluções
= 1 2 (∫z – ∫4∫w) = 1 2 ∫(∫z∫ ∫–∫ 4
∫ w
∫ ) 23.
|z| |z|
a) k = 0
b) k = 1 ∨ k = –1

185
TEMA VII Números Complexos

UNIDADE 3
Forma trigonométrica de um número
complexo

26 Dos seguintes números 3.1. Complexos de módulo 1


complexos, indica os que
são unitários.
Definição
• z1 = –2 + 3i
• z2 = 1 + i
Um número complexo de módulo 1 diz-se unitário.
√∫2 √∫2
• z3 = + i
2 2
• z4 = i
√∫3 1 Propriedade
• z5 = – – i
2 2
Dado um número complexo z, z diz-se unitário se e só se existir um número real α
hph hph
• z6 = cos i i + i sen i i tal que z = cos α + i sen α.
j5j j5j

hph hph α designa-se por um argumento de z.


• z7 = cos i i + i sen ij i
j3j 4j

Seja z = a + bi um número complexo unitário.


Como |z| = 1, o seu afixo, P(a, b), pertence à circunferência de centro na origem e raio 1
(circunferência trigonométrica).
27 Indica dois argumentos
para cada um dos números Seja α a amplitude do ângulo orientado de lado origem coin- e. i.
complexos unitários do .
cidente com o semieixo positivo Ox e lado extremidade OP. P
exercício anterior. b
r
Como sabes, a = cos α e b = sen α. Logo, z = cos α + i sen α. α
a
Reciprocamente, seja z = cos α + i sen α. e. r.

Então, |z| = √∫c∫o∫s∫2∫α∫ +


∫ ∫ s∫ ∫e∫n2∫ ∫α = √∫1 = 1, ou seja, z é unitário.
PROFESSOR

Resolução Nota
Todos os exercícios de “Forma
trigonométrica de um número
complexo”
Dois argumentos de um mesmo número complexo diferem por 2kp, k ∈Z.
Se α é um argumento de z, então α + 2kp, k ∈Z também é um argumento de z, pois
NC12_4.1
cos (α + 2kp) + i sen (α + 2kp) = cos α + i sen α, k ∈Z.
Soluções
26. z3, z4, z5 e z6 Se α e β são dois argumentos de um número complexo z, então:
p 9p
27.
4
e
4
são argumentos de z3. cos α + i sen α = cos β + i sen β y y
α π–α α
p 3p Pela igualdade de dois números comple-
e– são argumentos de z4.
2 2
7p 5p
xos, vem que: O x O x
e– são argumentos de z5.
6 6 –α
cos α = cos β ∧ sen α = sen β
p 11p
e são argumentos de z6.
5 5 Ou seja, α = β + 2kp, k ∈Z.

186
UNIDADE 3 Forma trigonométrica de um número complexo

Propriedade 28 Sejam z1 e z2 os seguintes


números complexos
Dados dois números complexos unitários z1 = cos α + i sen α e z2 = cos β + i sen β, unitários:
α, β ∈R, tem-se que: hph hph
• z1 = cos i i + i sen i i
j5j j5j
• z1z2 = cos (α + β) + i sen (α + β)
hph hph
• z2 = cos i i + i sen i i
• z1 = cos (α – β) + i sen (α – β) j7j j7j
z2 Prova que:
h 12p h
a) z1z2 = cos i i +
j 35 j
h 12p h
+ i sen i i
Demonstração j 35 j

z1 h 2p h
z1z2 = (cos α + i sen α)(cos β + i sen β) = b)
z2
= cos i i +
j 35 j
= (cos α cos β + i cos α sen β + i sen α cos β + i2 sen α sen β) = h 2p h
+ i sen i i
j 35 j
= (cos α cos β + i cos α sen β + i sen α cos β – sen α sen β) =
= (cos α cos β – sen α sen β) + i (cos α sen β + sen α cos β) =
  29 Considera os números
cos(α + β) sen(α + β) complexos unitários do
exercício anterior.
= cos (α + β) + i sen (α + β) z
Escreve z1, z2, z1z2 e 1 na
z2
forma e , θ ∈R.

z1 = z1∫z2 = (cos α + i sen α)(cos β – i sen β) =


z2 |z2|2 1 30 Calcula:
= (cos α + i sen α)(cos β – i sen β) = a) ei2p
p
i
= (cos α cos β – i cos α sen β + i sen α cos β – i2 sen α sen β) = b) e 4

3p
= (cos α cos β – i cos α sen β + i sen α cos β + sen α sen β) = c) e
i
2

= (cos α cos β + sen α sen β) + i (sen α cos β – cos α sen β) = d) eip + 1


 
cos(α – β) sen(α – β)
A igualdade eiπ + 1 = 0 é uma
= cos(α – β) + i sen(α – β) das mais famosas da história da
matemática e relaciona cinco
dos mais importantes números:
e, i, p, 1 e 0.
Definição
O matemático Euler (1707-1783)
considerava-a “a mais bela das
Um número complexo cos θ + i sen θ, com θ ∈R representa-se por eiθ. fórmulas” e mandou colocá-la
Esta expressão designa-se por exponencial complexa de iθ. por cima dos portões da Acade-
mia real de São Petersburgo, na
Rússia, onde lecionava.

Observa que, utilizando esta forma e a regra da multiplicação de potências com a mesma

PROFESSOR
base, obterias eiθ eiβ = eiθ + iβ = ei(θ + β) e eiβ = eiθ – iβ = ei(θ – β), ou seja, resultados equivalentes
e
NC12_4.2
aos provados acima, já que:
• eiθ eiβ = (cos α + i sen α)(cos β + i sen β) Soluções
p p 12p
i i i
• ei(θ + β) = cos(α + β) + i sen (α + β) 29. z1 = e 5 ; z2 = e 7 ; z1z2 = e 35 ;
2p
z1 i
= e 35
• eiθ = cos α + i sen α = (cos α + i sen α)(cos β – i sen β) z2
eiβ cos β + i sen β 1 30.
a) 1 b)
√∫2 + √∫2 i c) –i d) 0
• ei(θ – β) = cos(α – β) + i sen(α – β) 2 2

187
TEMA VII Números Complexos

31 Escreve os seguintes 3.2. Argumento de um número complexo e representação


números complexos na
forma rw, com r real trigonométrica dos números complexos
positivo e |w| = 1.
a) –5
Propriedade
b) –3i
c) 2 + 2i Dado um número complexo z ≠ 0, existe um único número positivo r e um único
d) 3 – 5i número complexo unitário w tais que z = rw, com r = |z|.
Caderno de Apoio às Metas
Curriculares, 12.º ano
Demonstração
Seja z = a + bi um número complexo diferente de zero.
h a h
z = |z| i + b ii
j |z| |z| j
a + b i é um número complexo unitário, pois:
|z| |z|

√∫ ∫
i a i h a h2 h b h2
i + b ii = i i + i i =
i |z| |z| i j |z| j j |z| j

√∫a |z|+ b
2 2
= 2
=

= √∫a∫ ∫ +
2 ∫ ∫ ∫b2
∫ =
|z|

= |z| =
|z|
=1

Assim, tomando r = |z| e w = x + y i, vem que z = rw.


|z| |z|
Atendendo a que a cada número complexo z corresponde um e um só módulo, garan-
timos a unicidade de r e de w nestas condições.

Definição

PROFESSOR Dados um número complexo z ≠ 0, r ∈R+, w um número complexo unitário tal que
z = rw e θ um argumento de w, θ designa-se igualmente por um argumento de z.
Simulador
GeoGebra: Forma trigonométrica de
números complexos No plano complexo, seja P o afixo de z e seja W o afixo de w. Então:

NC12_4.3 e. i.
P


b


Soluções


|z|
31.


b W


a) 5 ¥ (–1)


|z|
b) 3 ¥ (–i)


θ
h √∫2
+ √∫2 ii
h
c) 2√∫2 i a 1 a e. r.
j 2 2 j |z|
h 3√∫3∫4
– 5√∫3∫4
h
d) √∫3∫4 i ii
j 34 34 j

188
UNIDADE 3 Forma trigonométrica de um número complexo

Definição 32 Representa na forma


trigonométrica os
Dado um número complexo z ≠ 0, a sua representação na forma |z| eiθ, onde θ é um seguintes números
argumento de z, designa-se por forma trigonométrica ou forma polar de z. complexos.
a) 2i
b) –3i
Repara que a escrita de um número complexo na forma trigonométrica (ou forma polar) c) 2018
envolve: d) –2019
e) 2 + 2i
• o módulo desse número complexo;
• um argumento desse número complexo.

Exemplos

1. O número complexo 5 tem módulo 5 e argumento 0, por exemplo.


Logo, 5 = 5ei0.
Inversamente, 5ei0 = 5(cos (0) + i sen (0)) = 5(1 + i ¥ 0) = 5.

e. i.

O 5 e. r.

p
2. O número complexo –2i tem módulo 2 e argumento – , por exemplo.
p 2
– i
Logo, –2i = 2e 2 .
p
– i h h ph h phh
i + i sen i– i i = 2(0 + i ¥ (–1)) = –2i.
Inversamente, 2e 2 = 2 icos i–
j j 2j j 2jj

e. i.

O
π e. r.

–2 2

p
3. O número complexo 1 + i tem módulo √∫12∫ ∫ ∫+∫ 1
∫ 2∫ = √∫2 e argumento , por exemplo.
p 4
i
Logo, 1 + i = √∫2 e 4 . PROFESSOR
p
hph hphh h √∫2 h
+ √∫2
i h
Inversamente, √∫2 e 4 = √∫2 icos i i + i sen i ii = √∫2 i ii = 1 + i.
j j4j j4jj j 2 2 j NC12_4.4

e. i. Soluções

32.
p ph
i i hi – i
1 π a) 2e 2 b) 3e j 2 j
i0
4 c) 2018e d) 2019eip
O 1 e. r. p
i
e) 2√∫2 e 4

189
TEMA VII Números Complexos

33 Averigua se os números Igualdade de números complexos escritos na forma trigonométrica


complexos z e w são (ou forma polar)
iguais, sendo:
h ph h 11ph
i i– i ii i
a) z = 3e j 6j
e w = 3e j 6 j Dois números complexos não nulos, z e z’, de argumentos respetivamente iguais a θ
i
p
i
13p e θ’ são iguais se têm módulos iguais e os argumentos diferem de um múltiplo inteiro
b) z = √∫8e 3 ew= 2√∫2e 3
de 2p:
p p
c) z =
i
√∫1∫2e 7 e w = 3√∫2e
i
7 z = z’ ⇔ |z| = |z’| ∧ θ = θ’ + 2 kp, k ∈Z

Se dois números complexos são iguais, então têm o mesmo afixo. Consequentemente,
têm o mesmo módulo e os seus argumentos podem diferir de um múltiplo inteiro de 2p.

Reciprocamente, se dois números complexos têm o mesmo módulo e os seus argumen-


tos diferem de um múltiplo inteiro de 2p, então são iguais:

• se têm o mesmo módulo r, os seus afixos pertencem a uma mesma circunferência de


centro na origem e raio r;

e. i.
r

O r e. r.
34 Considera os números
h ph
i iθ + i
j 3j
complexos z = re e
w = 1 + i.
Determina os valores de r • se os argumentos diferem de um múltiplo inteiro de 2p, então os seus afixos per-
e θ de modo que z = w. tencem a uma mesma semirreta com origem na origem do referencial.

e. i.

O e. r.

Logo, o ponto de interseção da semirreta com a circunferência é o afixo dos dois


números complexos, ou seja, os números são necessariamente iguais.

PROFESSOR

NC12_4.4 Argumento principal


NC12_4.5

Soluções Dado um número complexo z ≠ 0, ao argumento de z que pertence ao intervalo ]–p, p]


33.
chama-se argumento principal de z e representa-se por Arg(z).
a) z e w são iguais.
b) z e w são iguais.
c) z e w não são iguais.
p Por um lado, como o intervalo ]–p, p] corresponde a uma volta completa na circunfe-
34. r = √∫2 e θ = – + 2kp, k ∈Z
12 rência trigonométrica, o complexo z admite um argumento pertencente a este intervalo.

190
UNIDADE 3 Forma trigonométrica de um número complexo

Por outro lado, como dois argumentos de um mesmo número complexo z diferem por
2kp, k ∈Z e a amplitude do intervalo ]–p, p] é 2p, existe apenas um e um só argumento
de z pertencente a ]–p, p].

Exemplos

1. Arg(–2) = p
p
2. Arg(–i) = –
2
3p
3. Arg(–1 – i) = –
4

Propriedade
Dado um número complexo não nulo z = a + bi, a, b ∈R, θ é um argumento do nú-
a b
mero z se e só se cos θ = e sen θ = .
√∫a∫ ∫ ∫+∫ b
2 ∫ ∫ 2 √∫a∫ ∫ +
2 ∫ ∫ ∫b2∫
b
Nesse caso, se a ≠ 0, tg θ = .
a

Demonstração

Seja z = a + bi um número complexo diferente de zero e P o seu afixo. Seja θ um argu-


mento do número z.
e. i.
P
b

|z|
b = |z| sen θ

θ
O a = |z| cos θ a e. r.

a a b b b
Então, cos θ = = , sen θ = = e tg θ = , se a ≠ 0.
|z| √∫a2∫ ∫ +
∫ ∫ ∫b∫2 |z| √∫a∫2∫ +
∫ ∫ ∫b2∫ a

a b
Reciprocamente, se cos θ = e sen θ = , então:
√∫a2∫ ∫ ∫+∫ ∫ 2∫
b √∫a2∫ ∫ ∫ ∫ ∫b2∫
+

a = |z| cos θ e b = |z| sen θ

Substituindo a e b pelas expressões acima em z = a + bi, vem:

z = a + bi = |z| cos θ + |z| sen θ i = |z|(cos θ + i sen θ) = |z|eiθ


PROFESSOR
Logo, θ é um argumento de z.

NC12_4.8
A propriedade acima é muito útil na passagem de um número complexo escrito na
forma algébrica para a forma trigonométrica, como veremos de seguida.

191
TEMA VII Números Complexos

35 Representa na forma Passagem de um número complexo escrito na forma algébrica


trigonométrica os números para a forma trigonométrica
complexos seguintes.
a) 1 + √∫3i Exercícios resolvidos
b) –√∫2 + √∫6i
1. Escreve na forma trigonométrica o número complexo z = 1 – i.
c) –3 – √∫3i

d) –√∫1∫2 + 2i
e) 2 – 2i Sugestão de resolução
f) 3 + i + 3i2 Para representar um número complexo na forma trigonométrica, é necessário
g) (1 – i)2 determinar o seu módulo e um dos seus argumentos.
• Módulo de z
r = √∫12∫ ∫ ∫+∫ (∫ ∫–∫1∫)2 = √∫2
• Um argumento de z
Para a determinação do argumento, podes usar um dos dois processos se-
guintes:
1.o processo y
π
y
4




cos θ = 1 cos θ = √∫2


√∫2 2 √2
O
⇔ O 2 x x
– √2
sen θ = –1 sen θ = – √∫2 –π 5π
2
–π
4
√∫2 2
4
4

Daqui se conclui que θ = – p , por exemplo.


4

2.o processo
Como o afixo de z se encontra no 4.o quadrante, concluímos que θ ∈4.o qua-
drante.

tg θ = –1 ∧ θ ∈ 4.o Q ⇔ tg θ = –1 ∧ θ ∈ 4.o Q
e. i.
1
Daqui se conclui que θ = – p , por exemplo.
1
O θ e. r.
4
–i p –1
Assim, z = √∫2e 4 .

2. Escreve na forma trigonométrica o número complexo z = –20.

Sugestão de resolução
PROFESSOR
Atendendo à representação geométrica de z, facilmente concluis que:
Soluções
35. • o módulo é 20; e. i.
p 2p
i i
a) 4e 3 b) 2√∫2e 3 • um argumento é p. π
7p 5p
i i
Assim, z = 20
c) 2√∫3e 6 d) 4e 6
eip. –20 O e. r.
ph p
i hi – i i
e) 2√∫2e j 4j f) e 2
3p
i
g) 2e 2

192
UNIDADE 3 Forma trigonométrica de um número complexo

3. Escreve na forma trigonométrica o número complexo z = 7i.

Sugestão de resolução

Atendendo à representação geométrica de z, facilmente concluis que:


• o módulo é 7; e. i.

• um argumento é p .
7
2 π
2
ip
O
Assim, z = 7e 2 . e. r.

4. Escreve na forma trigonométrica o número complexo z = – 1 – √∫3 i.

Sugestão de resolução

• Módulo de z
r = √∫(–∫1∫)2∫ ∫ +
∫ ∫ (∫ ∫–∫√3∫∫ ∫)2 = √∫4 = 2
• Argumento de z
Como o afixo de z se encontra no 3.o quadrante, con- e. i.
cluímos que θ ∈3.o quadrante. 2π

–1 O 3
tg θ = –√∫3 ∧ θ ∈3.o Q ⇔ tg θ = √∫3 ∧ θ ∈3.o Q e. r.
–1
Daqui se conclui que θ = – 2p , por exemplo. –√3
3
–i 2p
Assim, z = 2e 3 .

ERRO TÍPICO

Observa um erro comum na resolução do exercício anterior:


• Argumento de z
tg θ = –√∫3 ⇔ tg θ = √3

–1

Daqui se conclui que θ = p , por exemplo.


3

Erro!
Repara que o valor da tangente é por si só insuficiente para se obter um valor
correto para o argumento de z. A informação do quadrante a que pertence o
afixo de z é fundamental!
Assim, tens sempre que utilizar as duas informações: valor da tangente e in-
formação do quadrante a que pertence o afixo de z.

193
TEMA VII Números Complexos

36 Representa na forma Passagem de um número complexo escrito na forma trigonométrica


algébrica os números para a forma algébrica
complexos seguintes.
p Exercícios resolvidos
i
a) e 3

i
p i 3p
b) √∫2e 4 1. Escreve na forma algébrica o número complexo z = √∫2e 4 .
p
–i
c) 4e 6
Sugestão de resolução
p
d)
i
3e 2 Atendendo a que eiθ = cos θ + i sen θ, então:
i 3p h h
= √∫2 ÈÍcos i 3p i + i sen i 3p i ÈÍ = √∫2 i– √∫2 + √∫2 ii = – 2 + 2 i = –1 + i
e) 8ei2018p h h h h
z = √∫2e 4
Î j 4 j j 4 jÎ j 2 2 j 2 2
f) 8ei2019p

i
3p ip
g) 9e 2
2. Escreve na forma algébrica o número complexo z = 2e 7 .
7p
i
h) e 4
Sugestão de resolução
ip
= 2ÈÍcos i p i + i sen i p i ÈÍ = 2cos i p i + 2sen i p i i
h h h h h h h h
z = 2e 7
Î j 7 j j 7 Î
j j 7 j j 7j
Dado que não conhecemos os valores exatos das razões trigonométricas de p ,
7
a forma algébrica deverá ser apresentada assim.
i 3p
3. Escreve na forma algébrica o número complexo z = √∫5e 2 .

Sugestão de resolução
i 3p
= √∫5ÈÍcos i 3p i + i sen i 3p i ÈÍ = √∫5 (0 – i) = – √∫5i
h h h h
z = √∫5e 2
Î j 2 j j 2 jÎ

Podias ter observado que, sendo o argumento 3p , o afixo de z se encontra sobre


2
o semieixo imaginário negativo.

Esquematizando / Resumindo

APRENDE FAZENDO
Forma algébrica Forma trigonométrica
Págs. 234, 235 e 237 Para passares um número complexo da forma algébrica z = a + bi, a, b ∈R para a
Exercícios 3, 11, 18 e 19 forma trigonométrica, z = |z|eiθ, deves proceder da seguinte forma:
determinar o módulo de z: |z| = √∫a2∫ ∫ ∫+∫ ∫b2∫
CADERNO DE EXERCÍCIOS Se o afixo de z
E TESTES não está sobre determinar um argumento de z:
Pág. 67 nenhum eixo: utilizando duas razões trigonométricas ou, o que
Exercícios 9 e 10 Representar
é mais simples, utilizando apenas uma razão
o afixo de z
trigonométrica e a informação do quadrante a
no plano
que pertence o afixo do número complexo.
complexo.
PROFESSOR
Se o afixo de z a determinação do módulo e de um dos
está sobre um argumentos é imediata por observação da
Soluções
dos eixos: representação geométrica de z.
36.
1 √∫3 Forma trigonométrica Forma algébrica
a) + i b) 1 + i
2 2
Para passares um número da forma trigonométrica z = |z|eiθ para a forma algébrica
c) 2√∫3 – 2i d) 3i
e) 8 f) –8
z = a + bi, a, b ∈R, deves:
√∫2 – √∫2 i • substituir a notação eiθ por cos θ + i sen θ;
g) –9i h)
2 2 • efetuar os cálculos e apresentar na forma pretendida.

194
UNIDADE 3 Forma trigonométrica de um número complexo

Conjugado de um número complexo na forma trigonométrica 37 Representa na forma


trigonométrica o
Seja z um número complexo de módulo |z| e um argumento θ. conjugado e o simétrico
e. i. de cada um dos números
Na figura estão representados os afixos de z e do seu conju- complexos seguintes e
b
gado ∫z. Verifica-se que: |z| representa-os no plano
θ complexo.
• |z|
∫ = |z| (propriedade já provada na página 179); O -θ a e. r.
i
p
|z| a) z = e 4
–b
• se θ é um argumento de z, então –θ é um argumento de z.
∫ h ph
i i– i
j 3j
b) z = 2e
c) z = 3i
|z|eiθ
∫ = |z|ei(–θ) d) z = 4

Assim:
O conjugado de um número complexo, não nulo, representado na forma trigonométrica
PROFESSOR
tem módulo igual ao de z e argumento simétrico ao argumento de z.
Soluções
37. Sejam A o afixo de z, B o
Simétrico de um número complexo na forma trigonométrica afixo de z∫ e C o afixo de –z:
ph 5p
i hi – i i
a) z∫ = e j 4j; –z = e 4

Seja z um número complexo de módulo |z| e um argumento θ.


e. i.
A
Na figura seguinte estão representados os afixos de z e do e. i. 5π
4 π
seu simétrico –z. Verifica-se que: θ+π 4
–π
b O e. r.
• |–z | = |z|; |z| θ 4
–a O a e. r.
|z|
• se θ é um argumento de z, então p + θ é um argumento –b
C B
de –z. i
p
i
2p
b) z∫ = 2e 3 ; –z = 2e 3
e. i.
–(|z|eiθ) = |z|ei(p + θ) C 2π B
3
π
3
Assim: O –π e. r.
3
O simétrico de um número complexo, não nulo, representado na forma trigonométrica
A
tem módulo igual ao de z e um dos seus argumentos é a soma de p com um dos argumentos
p ph
i hi – hi i hi –
de z. c) z∫ = 3e j 2j
; –z = 3e j
i
2j

e. i.
3 A
Exemplo π
ip 2
Seja z = 3e 7 . O –π e. r.
2
i hi – p hi i hi p + p hi i hi 8p hi
Então, ∫z = 3e j 7 j e –z = 3e j 7 j = 3e j 7 j . –3 B = C

d) ∫z = 4ei0; –z = 4eip
e. i. e. i. e. i. e. i.
3 8π
7 π
π
7 C A= B
O e. r. O – π e. r. O e. r. O
7 –4 4 e. r.
3 3

195
TEMA VII Números Complexos

38 Representa na forma Exercício resolvido


trigonométrica os
seguintes números 1. Representa na forma trigonométrica o conjugado e o simétrico de cada um dos
complexos. seguintes números complexos z.
a) cos θ – i sen θ
ip i 2p
b) –cos θ – i sen θ a) z = 2e 4 b) z = –5e 3 c) z = √∫2 cos a – i√∫2 sen a
c) sen θ – i cos θ
1 + cos θ + i sen θ Sugestão de resolução
d)
1 + cos θ – i sen θ
i hi – p hi

a) z = 2e j 4j

i hi p + p hi i 5p
j 4j 4
–z = 2e = 2e

i 2p i hi p + 2p hi i 5p
j 3j
b) z = –5e 3 = 5e = 5e 3

h 5p h
–z = 5ei ij – 3j
i

i hi p + 5p hi i 8p i 2p
j 3j 3 3
–z = 5e = 5e = 5e

ERRO TÍPICO

Um erro frequente na resolução do exercício anterior é o de considerar que o


i 2p
número complexo –5e 3 está escrito na forma trigonométrica.
Repara que –5 é um número negativo, logo, nunca poderia representar o mó-
dulo de um número complexo.
i 2p i 2p
Assim, o número –5e 3 deve ser pensado como o simétrico de 5e 3.

c) z = √∫2 cos a – i√∫2 sen a = √∫2 (cos a – i sen a) =

= √∫2 (cos a + i sen(–a)) =


= √∫2 (cos(–a) + i sen(–a)) =
= √∫2ei(–a) =
–z = √∫2eia

–z = √∫2ei(p – a)

ERRO TÍPICO
PROFESSOR
Um erro habitual na resolução do exercício anterior é o de considerar que o
Soluções
38.
número complexo √∫2 (cos a – i sen a) está escrito na forma trigonométrica.
a) ei(–q) b) ei(p + q) Repara que cos a – i sen a não corresponde a eia.
p
i hi – + qhi
j 2 j
c) e d) eiq

196
UNIDADE 3 Forma trigonométrica de um número complexo

Operações com números complexos na forma trigonométrica 39 Considera os números


complexos:
p
• Multiplicação • z1 = 2e
i
8
h ph
i i– i
j 4j
• z2 = 3e
Do ponto de vista algébrico:
• z3 = 5i
Calcula e representa na
Dados dois números complexos quaisquer z1 e z2, não nulos, z1 = |z1|eiθ1 e z2 = |z2|eiθ2,
forma trigonométrica.
tem-se que:
a) z1z2
z1z2 = |z1||z2|ei(θ1 + θ2)
b) z1z∫ 2
c) z2z2
Demonstração d) z1z3
e) z1z2 z3
z1 z2 = |z1|eiθ1 |z2|eiθ2 =
= |z1||z2|eiθ1 eiθ2 =
= |z1||z2| (cos(q1) + i sen(q1)) (cos(q2) + i sen(q2)) =
= |z1||z2| (cos(q1) cos(q2) + i cos(q1) sen(q2) + i sen(q1) cos(q2) + i2sen(q1) sen(q2)) =
= |z1||z2| ((cos(q1) cos(q2) – sen(q1) sen(q2)) + i(cos(q1) sen(q2) + sen(q1) cos(q2))) =
= |z1||z2| (cos(q1 + q2) + i sen(q1 + q2))=
= |z1||z2|ei(θ1 + θ2)

Assim:
Para multiplicar dois números complexos, não nulos, na forma trigonométrica, multi-
plicam-se os respetivos módulos e adicionam-se os argumentos. 40 Prova, utilizando a
representação
trigonométrica de um
Exemplos
número complexo z, que
ip ip i hi p + p hi i 9p z ¥ z∫ = |z|2.
1. 2e 5 ¥ 3e 4 =2¥ 3e j 5 4 j = 6e 20

ip ip ip i 5p
2. √∫2e 8 ¥ 4i = √∫2e 8 ¥ 4e 2 = 4√∫2e 8

Interpretaçao geométrica da multiplicação de um número complexo


por outro na forma e i θ

Dado um número real θ e um número complexo z de afixo M, tem-se que o afixo do


número complexo eiθz é a imagem de M pela rotação de centro O e ângulo genera- PROFESSOR
lizado de medida θ.
Simulador
GeoGebra: Multiplicação de números
de complexos na forma trigonométrica
Demonstração
NC12_4.6
Seja z = |z|eiα.
Então: Soluções
eiθz = eiθ |z|eiα = 39.
ph 3p ph
i hi – i i i hi – i
a) 6e j 8j b) 6e 8 c) 9e j 2j
= |z|eiθ eiα = 5p 3p
i i
d) 10e 8 e) 30e 8
= |z|ei(θ + α)

197
TEMA VII Números Complexos

41 Considera o número
Repara que para multiplicar um número complexo z, não nulo, por um número da forma
complexo z = 1 + i. eiθ mantém-se o módulo de z e adiciona-se θ ao argumento de z.
a) Determina e representa Geometricamente, tal corresponde a aplicar ao afixo de z uma rotação de centro O e
no plano complexo os
ângulo generalizado de medida θ.
afixos de z, iz, i2z e i3z.
b) Determina a área do
e. i.
polígono que tem como
vértices os afixos de z,
θ M é o afixo de z.
iz, i2z e i3z.
M’ M’ é o afixo de eiθz.
|z| M
|z|
α
Recorda
O e. r.
Dado um ponto O e um
número racional positivo r,
chama-se homotetia de
centro O e razão r à
correspondência que a um Caso particular
ponto M associa o ponto M’
. Multiplicar um número complexo z, não nulo, por i corresponde a aplicar ao afixo de z
da semirreta OM tal que
ip
O–M’ = rO–M. uma rotação de centro O e amplitude p , já que i = e 2 .
2
Exemplo
O triângulo [A’B’C’] é o e. i.
transformado do triângulo π
[ABC] por uma homotetia 2
de centro O e razão 2:
M’ M é o afixo de z.
M π
A’ i
C’ |z| |z| M’ é o afixo de e 2 z.
α
A
C O e. r.
B’
B
O

PROFESSOR
Interpretaçao geométrica da multiplicação de um número complexo
por outro na forma |z0|e i θ
Simulador
GeoGebra: Rotações, translações e
homotetias
Dado um número complexo z0, não nulo, de argumento θ e um número complexo z
NC12_4.7 de afixo M, tem-se que o afixo do número complexo z0z é a imagem de M pela rotação
de centro O e amplitude θ, composta com a homotetia de centro O e razão |z0|.
Soluções
41.
a) 1 + i; –1 + i; –1 – i; 1 – i
Demonstração
e. i.
Sejam z = |z|eiα e z0 = |z0|eiθ.

P1 1 P Então:

–1 O 1 z0z = |z0|eiθ |z|eiα =


e. r.
P2 –1 P3
= |z0||z|eiθ eiα =
b) 4 = |z0||z|ei(θ + α)

198
UNIDADE 3 Forma trigonométrica de um número complexo

Repara que para multiplicar um número complexo z, não nulo, por um número da forma 42 Na figura estão
|z0|eiθ multiplicam-se os módulos de z e de z0 e adiciona-se θ ao argumento de z. representados no plano
complexo os afixos de P,
Geometricamente, tal corresponde a aplicar ao afixo de z uma rotação de centro O e Z1, Z2, Z3 e Z4 de cinco
ângulo generalizado de medida θ, composta com a homotetia de centro O e razão |z0|. números complexos,
respetivamente, z, z1, z2, z3
e. i. e z4.
M’
e. i.
θ
M é o afixo de z. Z2 Z1

M M’ é o afixo de |z0|eiθz. P
|z0| ¥ |z| |z| O e. r.
α
O e. r. Z3
Z4

Qual é o número
complexo que pode ser
igual a –iz?
Exercício resolvido (A) z1 (B) z2 (C) z3 (D) z4

43 Para cada uma das


Seja z o número complexo cujo afixo está representado na figura. seguintes funções, indica
se se trata de uma
e. i. translação, rotação,
reflexão, reflexão
deslizante ou homotetia
(interpretando-as como
Z transformações do plano
complexo) e constrói a
imagem do afixo M(x, y)
O e. r. de um número complexo
genérico z = x + yi.
a) f(z) = z + 1 + i
Representa o afixo do número complexo 2i ∫z + 3 – i. b) f(z) = iz
c) f(z) = –z∫
d) f(z) = 3z
Sugestão de resolução e) (*) f(z) = iz + 5
f) (**) f(z) = i z∫
Sejam Z, M’, M” e M os afixos dos números complexos z, z,
∫ 2i z∫ e 2i z∫ + 3 – i, (*) grau de dificuldade elevado
respetivamente. (**) grau de dificuldade muito elevado
Caderno de Apoio às Metas
M’ é a imagem de Z por uma reflexão axial cujo eixo é o eixo real. Curriculares, 12.º ano

M” é a imagem de M’ por uma rotação de centro O e amplitude p , composta APRENDE FAZENDO


2 Pág. 235
de uma homotetia de centro O e razão 2.
Exercícios 10 e 12
M é a imagem de M” por uma translação associada ao vetor ≤u(3, –1).
M” u(3, –1) PROFESSOR
e. i.
M
Resolução
Essencial para o Exame – exercício 43

Z (*) e (**) Os graus de dificuldade


elevados e muito elevados
correspondem a desempenhos que não
O e. r. serão exigíveis à totalidade dos alunos.

M’
Soluções
42. Opção (D)
43. Consultar na página 253.

199
TEMA VII Números Complexos

44 Considera os números • Divisão


3p
i
complexos z1 = 2 e 5 e
h ph Do ponto de vista algébrico:
i i– i
j 10 j
z2 = e . Calcula e
representa na forma Dados dois números complexos quaisquer, não nulos, z1 = |z1|eiθ1 e z2 = |z2|eiθ2, tem-se
trigonométrica.
que:
z z 3 –6i
a) 1 b) 1 c) d) z1 = |z1| ei(θ1 – θ2)
z2 ∫z2 z2 z2
z2 |z2|

45 Representa na forma
Demonstração
trigonométrica o inverso
iθ1
de cada um dos números Comecemos por mostrar que eiθ = ei(θ1 – θ2). Para tal, basta mostrar que 1iθ = ei(–θ2).
complexos e representa-o e 2 e 2
no plano complexo. Ora:
p h ph
i 1 i ij– 5 ij eiθ2 ¥ ei(–θ2) = (cos(q2) + i sen(q2))(cos(–q2) + i sen(–q2)) =
a) z = 2e 4 b) z = e
3 = (cos(q2) + i sen(q2))(cos(q2) – i sen(q2)) =
1
c) z = 10i d) z = = (cos2(q2) – i cos(q2) sen(q2) + i sen(q2) cos(q2) – i2 sen2(q2)) =
4
= cos2(q2) + sen2(q2) =
=1
PROFESSOR iθ1
Logo, 1iθ = ei(–θ2). Assim, eiθ = eiθ1 ¥ 1iθ = eiθ1 ¥ e–iθ2 = ei(θ1 – θ2), tendo em conta o que
e 2 e 2 e 2
Soluções
foi já provado para o produto de complexos na forma trigonométrica. Desta forma:
44.
p
a) 2e
i
7p
10 b) 2e
i
2 z1 = |z1|eiθ1 = |z1| ¥ eiθ1 = |z1| ei(θ1 – θ2)
3 i 10
p
i hi – h
i
2p z2 |z2|eiθ2 |z2| eiθ2 |z2|
c) e d) 6e j 5 j
2
Assim:
45. Sejam A o afixo de z e B o
afixo do inverso: Para dividir dois números complexos, não nulos, na forma trigonométrica dividem-se
1 i hij – 4 hij
p
A
os respetivos módulos e subtraem-se os argumentos.
a) e e. i.
2 2
π Exemplos
4
O –π e. r. ip ip ip
1 4
2e 5 i hi p – p hi i hi – p hi hp
√∫2e 8 √∫2e 8 √∫2 i ij 8 – 2 ij √∫2 i ij –
ph h 3p h
i
2 B 1. =2 e j 5 4j =2 e j 20j 2. = = e = e 8j
ip 3 3 4i ip 4 4
p 4 2
i
5 e. i. 3e 4e
b) 3e 3 B

π
5
O –π e. r.
Interpretaçao geométrica da divisão de um número complexo por outro na forma |z0|e i θ
5
1
3 A

p
Dado um número complexo z0, não nulo, de argumento θ e um número complexo z
1 i hij – 2 hij e. i.
c)
10
e
de afixo M, tem-se que o afixo do número complexo z é a imagem de M pela rotação
10 A z0
de centro O e amplitude –θ, composta com a homotetia de centro O e razão 1 .
|z0|
π
O 2
1 –π e. r. |z0| > 1 0 < |z0| < 1
10 2 e. i. e. i.
B M M

d) 4ei0
e. i.
|z| O e. r. |z| O e. r.
–θ –θ
1 |z0| M’ |z0|
4 4 M é o afixo de z. M é o afixo de z.
O A B e. r. z M’ z
M’ é o afixo de . M’ é o afixo de .
z0 z0
200
UNIDADE 3 Forma trigonométrica de um número complexo

• Potenciação 46 Calcula e representa na


forma trigonométrica.
h hph hphh3
Fórmula de De Moivre a) icos i i + i sen i ii
j j7j j7jj

Dado θ ∈R e n ∈N, tem-se que: h 2p h 5


i i
b) j 3e 5 ij
(cos θ + i sen θ)n = cos θ(nθ) + i sen(nθ)
(
c) –1 – √∫3i )4
h1 + ih 8
Demonstração d) i i
j1 – ij

Vamos demonstrar esta propriedade usando o método de indução matemática.


Seja P(n): (cos θ + i sen θ)n = cos(nθ) + i sen(nθ)

i) P(1) é uma proposição verdadeira:


(cos θ + i sen θ)1 = cos(1 ¥ θ) + i sen(1 ¥ θ)
⇔ cos θ + i sen θ = cos θ + i sen θ, que é uma proposição verdadeira

ii) ∀ n ∈N, P(n) ⇒ P(n + 1)

Hipótese de indução:
P(n): (cos θ + i sen θ)n = cos(nθ) + i sen(nθ)

Tese de indução:
P(n + 1): (cos θ + i sen θ)n + 1 = cos((n + 1)θ) + i sen((n + 1)θ)

(cos θ + i sen θ)n + 1 = (cos θ + i sen θ)n ¥ (cos θ + i sen θ) =

=

(cos(nθ) + i sen(nθ)) ¥ (cos θ + i sen θ) =
Hipótese de indução

= ei(nθ) ¥ eiθ =
= ei(nθ + θ) =
= ei((n + 1)θ) =
= cos((n + 1)θ) + i sen((n + 1)θ)

Por i) e ii) provamos que ∀ n ∈N, (cos θ + i sen θ)n = cos(nθ) + i sen(nθ) é uma proposição
verdadeira.

PROFESSOR
Em geral:

NC12_4.9

Dado um número complexo, não nulo, z = |z|eiθ, tem-se que: Soluções


zn = |z|n ei(nθ)
46.
p
i
a) e 7 b) 243ei0
4p
i
c) 16e 3 d) ei0
Repara que zn = (|z|eiθ)n = |z|n(eiθ)n = |z|n ei(nθ).

201
TEMA VII Números Complexos

47 Considera os números Exercícios resolvidos


p
i
complexos z1 = 2e 5 ip i p
e z2 = –1 + i. 1. Considera os números complexos z1 = 2e 7 e z2 = 5e 14 .
Determina os números
a) Determina os números complexos seguintes e apresenta os resultados na forma
complexos seguintes e
apresenta os resultados na trigonométrica.
forma trigonométrica.
i) z1 ¥ z2
z
ii) 1 iii) –z2 iv) z2
– v) –z2
– vi) (z2)–1
h iz h 2
vii) i 2 i
a) z1 ¥ z2 z2 j z1 j
1 b) Determina:
b)
z2
È h iz h 2È
i) Re(z1) ii) Im(z2) iii) |(z2)–1| iv) Arg Í i 2 i Í
c) –z1 Î j z1 j Î
(z )3
d) 1
z2
Sugestão de resolução
1
e) –
z1 ¥
z1 ip i p i hi p + p hi i 3p
a) i) z1 ¥ z2 = 2e 7 ¥ 5e 14 = 10e j 7 14 j = 10e 14
f) (z1)5 + z2 + i11

ip h p – ph h p h
z
ii) 1 =
2e 7 ii
= 2 e j7
i
14 j
ii i
= 2 e j 14 j
z2 i p 5 5
5e 14
p
i p i hi + phi i 15p
j 14 j
iii) –z2 = –5e 14 = 5e = 5e 14

h p h
i i– i
iv) –
z2 = 5e j 14j

h p h h p h 13p
i i– i i i– + pi i

v) –z2 = –5e j 14j = 5e j 14 j = 5e 14

h p h

vi) (z2)–1 =
1 = 1 ei ij – 14ij
z2 5

h 2
i ip i p hi h i 8p h 2 p hh 2
i 14 i h h 8p
h iz h 2 e2 ¥ 5e 14 5e ii – i
vii) i 2 i = i
i
i
i = i
i
i
i = 5 e j 14
i
i 7 ji
i =
j z1 j i ip i i ip i j
2 j
j 2e 7 j j 7
2e j
h i 6p h 2 i hi 2 ¥ 6p hi i 6p
h h2
= ii 5 e 14 ii = i 5 i e j 14 j = 25 e 7
j2 j j2 j 4

ip hp h hph hph
b) i) z1 = 2e 7 = 2 cos i i + 2i sen i i . Logo, Re(z1) = 2 cos i i .
j7 j j7j j7j

p
i h p h h p h h p h
ii) z2 = 5e 14 = 5 cos i i + 5i sen i i . Logo, Im(z2) = 5 sen i i.
PROFESSOR j 14 j j 14 j j 14 j

h p h
Soluções
iii) (z2)–1 =
1 ei ij – 14ij . Logo, |(z )–1| = 1 .
2
47. 19p h 3p h 5 5
i
a) 2√∫2e 20 b)
√∫2 ei ij – 4 j
i

2 i 6p
Logo, Arg ÈÍ i iz2 i ÈÍ = 6p .
h iz h 2 h h2
= 25 e
6p 3p h
i hi – i 7.
c) 2e
i
5 d) 4√∫2e j 20 j iv) i 2 i
2p h
j z1 j 4 Î j z1 j Î 7
i hi – i
e) e j 5 j f) 33eip

202
UNIDADE 3 Forma trigonométrica de um número complexo

ip Escreve, na forma
48
2. Considera os números complexos z1 = 1 – i e z2 = e 5 . algébrica e na forma
z + i66 – 4(z2)10 e apresenta o resultado na forma algébrica. trigonométrica, os
a) Determina 1 números complexos:
3–i
– (3 + i)2
b) Determina (–z2) + (z1)2. a)
2–i
–2

(2 – i)3 – 8i43
b) 3i +
Sugestão de resolução 1–i
h i p h 10
z + i66 – 4(z2)10 1 – i + i2 – 4 ije 5i
j
a) 1 = = Cálculo auxiliar
3–i 3–i
66 4 i66 = i2 = –1
=1–i–1– 4ei2p = –i – 4 ¥ 1 = 2 16
3–i 3–i

= –4 – i = (–4 – i)(3 + i) =
3–i (3 – i)(3 + i)
– 3i – i2 = –12 + 1 – 7i = Cálculos auxiliares
= –12 – 4i
32 – i2 9+1 • |z1| = √∫12∫ ∫ ∫+∫ ∫(∫–∫1∫)2∫ = √∫2
–1
= –11 – 7i = – 11 – 7 i • tg θ =
1
∧ θ ∈4.o Q
10 10 10
p
ph θ=– (por exemplo)
i hi – i 4

b) (–z2) + (z1)2 = –e j 5j
+ (1 – i)2 = e. i.
p h ph h2 ph
i hi – + phi i hi – i i 4p i hi – i
+ ij√∫2e 4j i
j 5 j j j 2j 1
=e j = e 5 + 2e = O –π e. r.
4
i 4p √2
h h h h –1
= e 5 – 2i = cos i 4p i + i sen i 4p i – 2i =
j 5 j j 5 j
h ph
i i– i
h h h h 4p h h
cos i 4p i
j 4j
= + isen i i – 2i i Logo, z1 = 1 – i = √∫2e .
j 5 j j j 5 j j

3. Determina o menor número natural n de modo que:


n
h ip ∫ iph
i i
a) j3e 6 ¥ 2e 3 j seja um imaginário puro;

h √∫3 – i h n
b) i i seja um número real positivo.
i i
j √∫3 + √∫3 i j

Sugestão de resolução

ph hn
h ip
i
∫ i p hi n hi i p i hi – i
3j i
a) z = j3e
6 ¥ 2e 3 j = j3e 6 ¥ 2e j j =
n ph hn ph
h i hi p – p hi h h i hi – i i hi –n i
= ij6e j6 3j i
j = ij6e j 6j i
j = 6n e j 6j
PROFESSOR

O afixo de um imaginário puro pertence ao eixo imaginário. Logo, para que Soluções
ph
i hi–n 48.
seja um imaginário puro, deve o argumento ser da forma p + kp,
i
z = 6n e j 6j
a) 4i; 4e
i
p
2
2
k ∈Z. 5 5 5√∫2 i 4
p
(continua) b) + i; e
2 2 2

203
TEMA VII Números Complexos

49 Considera o número Exercícios resolvidos


4p
i
complexo z = 2e 3 .
–z
a) Escreve na forma Assim:
z+1
trigonométrica. –n p = p + kp, k ∈Z ⇔ –n = 6 ¥ p + 6 ¥ kp, k ∈Z
6 2 p 2 p
b) Seja w = r eiθ, r > 0.
Determina r e θ de ⇔ –n = 3 + 6k, k ∈Z ⇔ n = –3 – 6k, k ∈Z
modo que:
k = 0 ⇒ n = –3 ∉N k = 1 ⇒ n = –9 ∉N k = –1 ⇒ n = 3 ∈N
i) w2 = z;
w Assim, 3 é o menor número natural que verifica a condição pretendida.
ii) seja um número
z
real negativo.
h √∫3 – i h n
b) z = i i e. i.
i i
j √∫3 + √∫3 i j
1 √3
O θ1 e. r.
Seja z1 = √∫3 – i.
–1
• |z1| = √∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ +∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫
(√∫3)2 (–1)2 = √∫4 = 2

• tg θ1 = –1 ∧ θ1 ∈4.o Q ⇔ tg θ1 = – √∫3 ∧ θ1 ∈4.o Q


√∫3 3

θ1 = – p (por exemplo) e. i.
6
ph
i hi – i √3
j 6j
Assim, z1 = 2e .
θ2
O √3 e. r.
Seja z2 = √∫3 + √∫3 i.

• |z2| = √∫(∫√∫∫3∫)2∫ ∫ +
∫ ∫ (∫ ∫√∫∫3)∫ 2 = √∫6
• tg θ2 = √∫3 ∧ θ2 ∈1.o Q ⇔ tg θ2 = 1 ∧ θ2 ∈1.o Q
√∫3
θ2 = p (por exemplo)
4
ip
Assim, z2 = √∫6e 4 . Logo:

h ph h2
i hi –
i hi – p – p hi h n
i
h √∫3 – i hn i j 6j i h
i i = i 2e i = i 2 e j 6 4j i =
i i i i i i
j √∫3 + √∫3 ij i ip i j √∫6 j
j √∫6e 4 j

h h 5p h h n
i i–
= ii √∫6 e j 12 j ii =
i

j 3 j
5p h
PROFESSOR h √∫6 h n i hi –n i
j 12 j
= i i e
j 3 j
Soluções
49.
h 5p h
2√∫3 ei ij – 6 ij
O afixo de um número real positivo pertence ao semieixo real positivo. Logo,
a) h h 5p
3 h √∫6 h n i ij–n 12 ij
b) i) r = √∫2; θ =
2p
+ kp, k ∈Z para que z = i i e seja um número real positivo deve o argumento
3 j 3 j
ii) r é um número real maior que ser da forma 2kp, k ∈Z.
7p
0; θ = + 2kp, k ∈Z
3

204
UNIDADE 3 Forma trigonométrica de um número complexo

Assim:
–n 5p = 2kp, k ∈Z ⇔ –n = 12 ¥ 2kp, k ∈Z ⇔ n = – 24 k, k ∈Z
12 5p 5
k = 0 ⇒ n = 0 ∉N k = –1 ⇒ n = 24 ∉N k = –2 ⇒ n = 48 ∉N
5 5

k = –3 ⇒ n = 72 ∉N k = –4 ⇒ n = 96 ∉N k = –5 ⇒ n = 24 ∈N
5 5
24 é assim o menor número natural que verifica a condição pretendida.

4. Considera os seguintes números complexos:


i 2p
z1 = –√∫2 – √∫2i z2 = 5e 3 z3 = 4eiθ
a) Escreve z1 na forma trigonométrica.

b) Resolve, em C, a equação z1 ¥ z + i51 = 0.

c) Determina uma expressão geral dos valores de θ para os quais z2 ¥ z3 é um nú-


mero real negativo.

Sugestão de resolução
i 5p
a) z1 = –√∫2 – √∫2i = 2e 4

Cálculos auxiliares e. i.

• |z1| = √∫(–∫ √∫ ∫∫2∫)∫ ∫ +


∫ ∫ (∫ –∫ ∫√∫∫2∫) = √∫2∫ ∫+∫ 2 = 2
2 2
θ
–√ 2
–√∫2 O
• tg θ = ∧ θ ∈3.o Q e. r.
–√∫2 –√ 2
⇔ tg θ = 1 ∧ θ ∈3.o Q θ = 5p (por exemplo)
4

i 5p
b) z1 ¥ z + i51 = 0 ⇔ 2e 4 ¥ z – i = 0
Cálculo auxiliar
ip
i e2 51 4 i51 = i3 = –i
⇔z= ⇔z= APRENDE FAZENDO
i 5p i 5p 3 12
2e 4 2e 4 Págs. 235, 236, 237, 239
p – 5p h 3p h e 241
i hi i i hi – i
⇔z= 1 e ⇔z= 1 e
j 2 4 j j 4j Exercícios 9, 15, 20, 21,
2 2 28, 36, 37, 38 e 39
3p h
a i hi – ia
C.S. = b 1 e j 4j
b
CADERNO DE EXERCÍCIOS
E TESTES
c2 c
Pág. 67
2p Exercícios 11, 12, 13 e 14
i 2p i hi + qhi
j 3 j
c) z2 ¥ z3 = 5e 3 ¥ 4eiθ = 20e
O afixo de um número real negativo pertence ao semieixo real negativo. PROFESSOR
Logo, o argumento do número terá de ser da forma p + 2kp, k ∈Z.
Assim: Apresentação
“Forma trigonométrica de um
2p + θ = p + 2kp, k ∈Z ⇔ θ = p – 2p + 2kp, k ∈Z ⇔ θ = p + 2kp, k ∈Z número complexo”
Teste interativo
3 3 3 “Forma trigonométrica de um
número complexo”

205
TEMA VII Números Complexos

UNIDADE 4
Raízes n -ésimas de números complexos

Atenção 4.1. Soluções das equações da forma zn = w, n ∈N e w ∈C


Em R, o símbolo √∫a
representa, por convenção,
Definição
a raiz quadrada positiva do
número a > 0.
Em C, não existe tal Dado um número complexo w ≠ 0 e um número natural n ≥ 2, chama-se raiz n-ésima
critério. Evitamos escrever, de w ou raiz de ordem n de w a qualquer número complexo z tal que zn = w.
por exemplo, √∫–∫4, uma vez
que –4 admite duas raízes
quadradas distintas (2i e Exemplos
–2i) e não há razão para
que apenas uma delas seja 1. 3i é uma raiz quarta de 81, pois (3i)4 = 81i4 = 81.
representada por este
símbolo. 2. 1 + i é uma raiz cúbica de –2 + 2i, pois:
Assim, como não existe um (1 + i)3 = (1 + i)2(1 + i) = (1 + 2i + i2)(1 + i) = 2i(1 + i) = 2i + 2i2 = –2 + 2i
critério que atribua
significado objetivo a 3. Para determinar as raízes quadradas de –i, procuramos os números complexos w = a + bi
n√∫z,
z ∈C, optamos por que satisfazem a seguinte condição:
evitar o uso deste símbolo.
w2 = –i ⇔ (a + bi)2 = –i
⇔ a2 + 2abi + b2i2 = –i
⇔ a2 + 2abi – b2 = –i
50 Prova que: ⇔ (a2 – b2) + 2abi = –i

  

a) i é uma raiz quarta de 1; a2 – b2 = 0 a2 = b2


⇔ ⇔
b) 2 + i é uma raiz
2ab = –1 2ab = –1
quadrada de 3 + 4i;
 




c) 1 + i é uma raiz de a=b a = –b a=b a = –b


ordem 8 de 16. ⇔ ∨ ⇔ ∨
2ab = –1 2ab = –1 2b2 = –1 –2b2 = –1


a=b a = –b a = –b
⇔ ∨ ⇔
1 1 1
51 Determina as raízes b2 = – b2 = b2 =
2 2 2
quadradas de 2i. 
impossível em R

a = –b a = –b
 

 




a = –b a = –b
⇔ ∨ ⇔ 1 ∨ 1
√∫ √∫ 2
PROFESSOR 1 1 b= b=–
b= b=–
2 √∫2 √∫2
Resolução √∫2 √∫2
a=– a=




Todos os exercícios de “Raízes a = –b a = –b 2 2


n-ésimas de números complexos” ⇔ ∨ ⇔ ∨
Simulador b = √∫2 b = – √∫2 √∫2 √∫2
GeoGebra: Radiciação em C 2 2 b= b=–
2 2
Solução
51. 1 + i e – 1 – i
Assim, concluímos que – √∫2 + √∫2 i e √∫2 – √∫2 i são as raízes quadradas de –i.
2 2 2 2
206
UNIDADE 4 Raízes n -ésimas de números complexos

Aprenderás, agora, um processo mais simples para determinar as raízes de ordem n de


um determinado número complexo não nulo, nomeadamente para índices elevados de
raízes, utilizando a representação na forma trigonométrica dos números complexos.

Determinemos, então, as raízes cúbicas de –8i, que são as soluções da equação z3 = –8.

Exemplo 52 Resolve as equações.

z3 = –8i a) z4 = –1
p
i
b) z5 = 32e 6

Seja z um número complexo, não nulo, z = |z|eiθ. c) z3 = –2√∫3 + 6i

Pretendemos descobrir os valores de |z| e de θ que satisfazem a equação:


i 3p
(|z|eiθ)3 = 8e 2
i 3p
⇔ |z|3 ei3θ = 8e 2 (pela fórmula de Moivre)

⇔ |z|3 = 8 ∧ 3θ = 3p + 2kp, k ∈Z (pela igualdade de números complexos na forma


2
trigonométrica)

⇔ |z| = 3√∫8 ∧ θ = 3p + 2kp , k ∈Z


6 3

⇔ |z| = 2 ∧ θ = p + 2kp , k ∈Z
2 3
i hi p + 2kp hi
j2 3 j,
As soluções que procuramos são do tipo zk = 2e k ∈Z.

Atribuindo valores a k, determinamos as soluções pretendidas:

ip
Para k = 0, vem z0 = 2e 2 .

i hi p + 2p hi i 7p
j2 3 j
Para k = 1, vem z1 = 2e = 2e 6.

i hi p + 4p hi i 11p
j2 3 j
Para k = 2, vem z2 = 2e = 2e 6 .

i hi p + 6p hi i hi p + 2phi ip
j2 3j j2 j
Para k = 3, vem z3 = 2e = 2e = 2e2 = z0 e as soluções vão-se repetindo…

Se continuássemos a atribuir valores a k, obteríamos um dos três números complexos: PROFESSOR


ip i 7p i 11p
Soluções
2e 2 , 2e 6 ou 2e 6
52.
a p 3p 5p 7p a
i i i i
a) bce 4 , e 4 , e 4 , e 4 bc
a ip i 7p i 11p a
Assim, C.S. = b 2e 2 , 2e 6 , 2e 6 . b a i
p
i
13p
i
5p
i
37p
b) bc2e 30 , 2e 30 , 2e 6, 2e 30 ,
c c
49p a
i
2e 30 b
c
A equação z3 = –8i tem três e só três soluções, o que é equivalente a afirmar que existem a i
2p
i
8p
i
14p a
c) bc6√∫4∫8e 9 , √∫4∫8e
6 9 , 6√∫4∫8e 9 b
c
três e só três raízes cúbicas de –8i.

207
TEMA VII Números Complexos

53 Os quatro vértices de um Representemos no plano complexo os afixos P0, P1 e P2 dos números complexos z0, z1
dos quadriláteros seguintes e z2, respetivamente:
são os afixos no plano
complexo das raízes de
ordem 4 de um certo e. i.
complexo w. Qual poderá
ser esse quadrilátero? 2π P0 2π
3 3
(A)
e. i.

2 e. r.
P1 P2

O e. r.

3

(B) Repara que:


e. i.
• os afixos de z0, z1 e z2 pertencem à circunferência centrada na origem do referencial
e de raio 2, pois z0, z1 e z2 têm módulo igual a 2;

O e. r.
• ao passarmos da raiz z0 para a raiz z1 adicionamos 2p , ao passarmos da raiz z1 para
3
a raiz z2 adicionamos novamente 2p e ao passarmos da raiz z2 para a raiz z3 voltamos
3
a adicionar 2p , completando uma volta e repetimos a raiz z0.
(C) 3
e. i.
De um modo geral, tem-se a seguinte propriedade:

O e. r. Propriedade (Fórmula de Moivre generalizada)


Dado um número complexo w ≠ 0 e um número natural n ≥ 2, tem-se que a equação
(D) i hi a + 2kp hi
jn n j,
zn = w tem exatamente as n soluções zk = n√∫|∫w|e k = 0, 1, … , n – 1, onde α
e. i.
é um argumento de w.

O e. r. Esquematizando / Resumindo

• Há exatamente n raízes de ordem n de um número complexo w.


• O módulo de qualquer raiz de ordem n de w é n√∫|∫w|.
PROFESSOR • As representações geométricas das raízes de ordem n de w estão sobre uma cir-
cunferência de centro na origem e raio n√∫|∫w| e dividem-na em n partes iguais.
Simulador
GeoGebra: Potências em C • Os argumentos das n raízes correspondentes a valores de k consecutivos formam
uma progressão aritmética de razão 2p .
NC12_5.1 n
• Os afixos das n raízes de ordem n de w são vértices de um polígono regular de n
Solução lados inscrito numa circunferência de centro na origem.
53. Opção (B)

208
UNIDADE 4 Raízes n -ésimas de números complexos

Exercícios resolvidos 54 Determina e representa no


plano complexo:
1. Determina as raízes cúbicas de i. a) as raízes cúbicas de √∫3 – i;
b) as raízes quartas de –81;
Sugestão de resolução c) as raízes de ordem 6 de i.
ip
Sabemos que i = e 2. Utilizando diretamente a fórmula de De Moivre genera-
lizada:
i hi a + 2kp hi
jn n j,
zk = n√∫|∫w|e k = 0, 1, … , n – 1
tem-se que:
h p h
i i 2 + 2kp i i hi p + 2kp hi
j 3 j, j6 3 j,
zk = 3√∫1e 3 k ∈{0, 1, 2} ⇔ zk = e k ∈{0, 1, 2}
ip
Para k = 0, vem z0 = e 6 .
55 Considera, em C, a
i hi p + 2p hi i 5p
Para k = 1, vem z1 = e j6 3 j = e 6. equação z6 = 2.
i hi p + 4p hi i 9p i 3p a) Resolve a equação e
Para k = 2, vem z2 = e j6 3 j =e 6 =e 2.
mostra que os pontos
ip i 5p i 3p afixos das respetivas
Conclui-se, assim, que as três raízes cúbicas de i são e 6, e 6 e e 2. soluções são vértices de
um polígono regular.
ip b) Determina a área do
2. Considera o número complexo z1 = 3e 5 . Sabe-se que z é uma das raízes quartas
polígono referido em a).
de um certo número complexo w. Caderno de Apoio às Metas
Curriculares, 12.º ano
a) Indica as outras raízes quartas de w.

b) Determina w.

c) Determina a medida da área do polígono que tem como vértices os afixos das
raízes quartas de w.
d) Determina a soma das quatro raízes. PROFESSOR

Sugestão de resolução Simulador


GeoGebra: Soma das raízes de um
a) Sabe-se que os módulos de qualquer raiz de índice n de w são iguais. Neste número complexo

caso, |z1| = 3 e os argumentos das n raízes correspondentes a valores de k Soluções


consecutivos formam uma progressão aritmética de diferença 2p ; neste 54. p
i hi – hi i
11p
n a) z0 = 3√∫2e j 18 j ; z1 = 3√∫2e 18 ;
caso, 2p = p . z2 = 3√∫2e
i
23p
18
4 2
ip i
p
i
3p
i
5p
Assim, se z1 = 3e 5 é uma das raízes quartas de um certo número complexo b) z0 = 3e 4 ; z1 = 3e 4; z2 = 3e 4;
7p
w, então as restantes são: z3 = 3e
i
4

i hi p + p hi
p
i 7p
5p 3p
i i i
c) z0 = e 12 ; z1 = e 12 ; z2 = e 4;
z2 = 3e j 5 2 j = 3e 10 13p 17p 7p
i i i
i hi 7p + p hi i 12p i 6p z3 = e 12 ; z4 = e 12 ; z5 = e 4
z3 = 3e j 10 2 j = 3e 10 = 3e 5 Consultar as representações
i hi 6p + p hi i 17p gráficas na página 254.
z4 = 3e j 5 2 j = 3e 10 55.
p 2p
a i i
b) Como, por exemplo, z1 é uma raiz quarta de w, então tem-se que: a) b6√∫2ei0, 6√∫2e 3 , 6√∫2e 3 , 6√∫2eip,
c
i a
4p 5p
h i p h4
i
6√∫2e 3 , 6√∫2e 3 b
i 4p c
i 5i
w = (z1)4 ⇔ w = j3e j ⇔w= 81e 5 3
(continua) b) A = 6√∫1∫0∫8
2

209
TEMA VII Números Complexos

56 Considera o número Exercícios resolvidos


2p
i
complexo z = 3e 3 .
Sabe-se que z é uma das
c) Sejam P1, P2, P3 e P4 os afixos de z1, z2, z3 e z4, respetivamente.
raízes de ordem 6 de um
certo número complexo w. O polígono [P1 P2 P3 P4] é um quadrado de diagonal 6.
e. i.
Determina as outras raízes Seja Ø o lado do quadrado representado:
de ordem 6 de w. P2
Ø2 + Ø2 = 62 P1
3
57 Na figura está ⇔ 2Ø2 = 36 3 π
5
representado, no plano ⇔ Ø2 = 18 3 e. r.
complexo, um triângulo 3
P3
equilátero inscrito na Assim, a área do quadrado é 18. P4
circunferência de centro
na origem e raio 3.
d) Observa-se que os afixos de z1 e z3 são simétricos em relação à origem do
O ponto C encontra-se
sobre o eixo Oy. referencial, isto é, os números complexos z1 e z3 são simétricos: z3 = –z1
O mesmo se passa relativamente a z2 e z4. Logo, z4 = –z2.
e. i.
Assim:
A B
z1 + z2 + z3 + z4 = z1 + z2 – z1 – z2 = 0

O e. r.
i p
3. Considera os números complexos z1 = e 2 e z2 =
1+i .
C
i 3p –√∫2 z1
a) Verifica que z2 = e 4 .
Determina as coordenadas
dos vértices do triângulo. b) Os números complexos z1 e z2 são duas raízes consecutivas de ordem n de um
certo número complexo w. Determina os valores de n e de w.

Sugestão de resolução
ip
a) z1 = e 2 = i
p
i
z2 = 1 + i = √∫2e =
4

–√∫2 z1 –√∫2i
p
i h p – 3p h
= √∫2e 3p = √∫2 e j 4
4 ii i
2j =
i √∫2
√∫2e 2
5p h
i hi – i i 3p
j 4j 4
=e =e
b) Como z1 e z2 são duas raízes consecutivas de ordem n de um certo número
complexo w, então os seus argumentos diferem de 2p .
n
Ou seja:
3p – p = 2p ⇔ p = 2p ⇔ n = 8
PROFESSOR
4 2 n 4 n
Soluções
4p 5p p
e:
i i i
ip
56. 3e ; 3e 3e3; 3;
3e ; 3e i2p 3
w = (z1)8 ⇔ w = i8
h
57. A i–
3√∫3 , 3 h ; B hi 3√∫3 , 3 h ; ⇔w=1
i i
j 2 2j j 2 2j
C(0, –3)

210
UNIDADE 4 Raízes n -ésimas de números complexos

58 Os números complexos
4. Resolve, em C, as seguintes equações. h ph p
i i– i
ip
i
j 6j
– z1 = 2e e z2 = 2e 6
a) z3 + 27e 6 =0 b) z2 = –z c) (1 + i)z4 = 3i d) –
z 3 – 4z = 0
são raízes consecutivas
de ordem n de um
Sugestão de resolução
complexo z.
ip ip i hi p + phi i 7p Determina n e as restantes
a) z3 + 27e 6 = 0 ⇔ z3 = –27e 6 ⇔ z3 = 27e j 6 j
⇔ z3 = 27e 6
raízes de ordem n de z.
i 7p
São soluções desta equação as raízes cúbicas de 27e 6, isto é, os números
complexos zk, tais que:
h 7p h
i i 6 + 2kp i i hi 7p + 2kp hi
zk = 3√∫2∫7e j 3 3 j, k ∈{0, 1, 2} ⇔ zk = 3e j 18 3 j, k ∈{0, 1, 2}
i 7p
Para k = 0, vem z0 = 3e 18 .
i hi 7p + 2p hi i 19p
j 18 3 j
Para k = 1, vem z1 = 3e = 3e 18 .

i hi 7p + 4p hi i 31p
Para k = 2, vem z2 = 3e j 18 3 j = 3e 18 .
a i 7p i 19p i 31p a
C.S. = b 3e 18 , 3e 18 , 3e 18 b
c c

b) z2 = –z
Considerando z = |z|eiθ, vem:
(|z|eiθ)2 = –|z|ei(–θ) ⇔ |z|2 ei(2θ) = |z| ei(p – θ)
Atendendo à igualdade de números complexos escritos na forma trigono-
métrica, vem que:
  



|z|2 = |z| |z|2 – |z| = 0


⇔ ⇔
2θ = p – θ + 2kp, k ∈Z 3θ = p + 2kp, k ∈Z
 

|z|(|z| – 1) = 0 |z| = 0 ∨ |z| – 1 = 0


⇔ p 2kp ⇔ p 2kp
θ= + , k ∈Z θ= + , k ∈Z
3 3 3 3
|z| = 0 |z| = 1
⇔ p 2kp ∨ p 2kp
θ= + , k ∈Z θ= + , k ∈Z
3 3 3 3

|z| = 0 ⇔ z = 0


|z| = 1
⇔z=0 ∨ p 2kp
θ= + , k ∈Z
3 3
Atribuindo a k os valores 0, 1 e 2, obtemos as restantes soluções:
ip
Para k = 0, vem z0 = e 3 .
i hi p + 2p hi
j3 3 j
Para k = 1, vem z1 = e = eip.
p +
PROFESSOR
i hi 4p h
i i 5p
j 3 j
Para k = 2, vem z2 = e 3 = e 3. Soluções
a ip i 5p a i hi –
ph
i i
p
i
p
58. n = 6; 2e j 6j;
C.S. = b0, e 3 , eip, e 3 b 2e 6 ; 2e 2 ;
c c (continua) i
5p
6;
i
7p
6;
i
3p
2
2e 2e 2e

211
TEMA VII Números Complexos

59 Resolve, em C, as Exercícios resolvidos


seguintes equações.
a) z6 + 2z3 – 8 = 0 ip
3e 2
b) z3 = i14 + i15 + i16 c) (1 + i)z4 = 3i ⇔ z4 =
3i ⇔ z4 =
1+i ip
c) (1 + i)z5 = 3i
√∫2e 4
d) –
z 3 – 3z = 0 ii – i ih p ph p
⇔ z4 = 3 e j 2 4 j ⇔ z4 = 3 e 4
√∫2 √∫2
ip
São soluções desta equação as raízes quartas de 3 e 4 , isto é, os números
complexos zk, tais que: √∫2
h p h
i i 4 + 2kp i h p kp h

√∫ √∫2
ii +
k ∈{0, 1, 2, 3} ⇔ zk = √∫3 e j 16
4 i
zk = 4 3 ej 4 4 j, 2 j, k ∈{0, 1, 2, 3}
8√∫2
h p kp h

√∫
⇔ zk = 8 9 ei ij 16 + i
2 j, k ∈{0, 1, 2, 3}
2
i p

√∫
Para k = 0, vem z0 = 8 9
2
e 16 .

i hi p + p hi i 9p
Para k = 1, vem z =
√∫ 92 e =
1
√∫ 92 e .
8 j 16 2j 8 16

i hi p + 2p hi i 17p

√∫ 2 e √∫ 2 e .
Para k = 2, vem z = 9 = 8 9 j 16 2j 8 16
2

i hi p + 3p hi i 25p
Para k = 3, vem z =
√∫ 92 e 3=
√∫ 92 e .
8 j 16 2j 8 16

25p a
a i p i 9p i 17p

√∫ √∫ √∫ √∫
i
APRENDE FAZENDO
C.S. = b 9 e , 8 9 e , 9 e ,
16 8 9 e 16 8 16 8 16 b

c 2 2 2 2 c
Págs. 236, 238, 239 e 242
Exercícios 16, 22, 24, 29, z 3 – 4z = 0 ⇔ –z 3 = 4z
d) –
30, 32 e 42
Considerando z = |z|eiθ vem:
CADERNO DE EXERCÍCIOS (|z|ei(–θ))3 = 4|z|eiθ ⇔ |z|3 ei(–3θ) = 4|z|eiθ
E TESTES
Atendendo à igualdade de números complexos escritos na forma trigono-
Pág. 68
Exercícios 15, 16, 17, 18 e métrica, vem que:
 





19 |z|3 = 4|z| |z|3 – 4|z| = 0 |z|(|z|2 – 4) = 0


⇔ ⇔ ⇔ 2kp
–3θ = θ + 2kp, k ∈Z –4θ = 2kp, k ∈Z θ= , k ∈Z
PROFESSOR –4




Soluções |z| = 0 ∨ |z|2 = 4 |z| = 0 |z| = 2


⇔ 2kp ⇔ kp ∨ kp
59.
2p 4p p θ= , k ∈Z θ= , k ∈Z θ= , k ∈Z
a
a) b3√∫2ei0; 3√∫2e
i i
3 ; 3√∫2e 3 ; 3√∫4
i
e 3; 4 2 2
c 


i a
5p
3√∫4eip; 3√∫4e 3 b
|z| = 2 |z| = 0 ⇔ z = 0
c ⇔z=0 ∨ kp
a i hi – p hi i
p
i
7p a θ= , k ∈Z
b) bce j 6 j ; e ;e 2 6b
c 2
a 3√∫2 i p
√∫ √∫
9p
c) b5 e 20 ; 5
3√∫2 i 20
e ;
Atribuindo a k os valores 0, 1, 2 e 3, obtemos as restantes soluções:
c 2 2 ip
Para k = 0, vem z0 = 2ei0. Para k = 1, vem z1 = 2e 2 .
√∫ 3√∫22 e ; √∫ 3√∫22 e
17p 5p
i 3p
i i
5 20 5 4;
Para k = 2, vem z2 = 2eip. Para k = 3, vem z3 = 2e 2.
a ip i 3p a
√∫ 2 bc
5 3√∫2 i
33p
a
e 20
C.S. = b0, 2ei0, 2e 2 , 2eip, 2e 2
b
c c
d) {0, √∫3, √∫3i, –√∫3, – √∫3i}

212
UNIDADE 4 Raízes n -ésimas de números complexos

4.2. Raízes em C de polinómios do segundo grau 60 Resolve, em C, as


seguintes equações, sem
de coeficientes reais recurso à calculadora.
a) 2x2 + 3x + 4 = 0
b) x3 + 16x = 0
Propriedade c) 3x3 + 2x2 + x = 0
Dados a, b, c ∈R, (a ≠ 0), se ˚ = b2 – 4ac < 0, então as raízes da equação
ax2 + bx + c = 0, em C, são dadas por z1 = –b + i√∫4∫a∫c∫ ∫–∫ b
∫ 2∫ e z = –b – i√∫4∫a∫c∫ ∫–∫ b
2
∫ ∫2 .
2a 2a

Demonstração
Seja ax2 + bx + c = 0, com a, b, c ∈R, (a ≠ 0), e b2 – 4ac < 0.
Sabemos que esta equação não é possível em R.
Seja z = y + zi, y ∈R, z ∈R\{0} uma solução da equação.
Então:
a(y + zi)2 + b(y + zi) + c = 0 ⇔ a(y2 + 2yzi – z2) + by + bzi + c = 0
⇔ ay2 + 2ayzi – az2 + by + bzi + c = 0
⇔ (ay2 – az2 + by + c) + (2ayz + bz)i = 0

Pela igualdade de números na forma algébrica, vem que:


       

ay2 – az2 + by + c = 0

2ayz + bz = 0

–––––––––––––

(2ay + b)z = 0

–––––––––––––

2ay + b = 0
}

z≠0

–––––––––––––
⇔ b
y=–
2a
h h2 h h
a i– b i – az2 + b i– b i + c = 0
⇔ j 2a j j 2a j
––––––––––––– PROFESSOR
b2 – az2 – b2 + c = 0
⇔ 4a 2a NC12_5.2
–––––––––––––
Soluções
b2 – b2 + c = az2
60.
⇔ 4a 2a a 3 a
+ √∫2∫3 i, –
3 √∫2∫3
––––––––––––– a) b– – ib
c 4 4 4 4 c
b2 b2 b) {0, 4i, – 4i}
– + c = z2
⇔ 4a2 2a2 a a 1 √∫2 1 √∫2 a
c) b0, – + i, – – ib
c 3 3 3 3 c
–––––––––––––

213
TEMA VII Números Complexos


61 Resolve, em C, as b2 – 2b2 + 4ac = z2
seguintes equações, sem ⇔ 4a2 4a2 4a2
recurso à calculadora. –––––––––––––
a) z2 + 8 = 0


4ac – b2 = z2
b) z2 – 2z = –4 ⇔ 4a2
c) 4z3 + 13z = –17, –––––––––––––
sabendo que –1 é uma




√∫4ac4a– b √∫
das soluções. 2 2
z= z = – 4ac –2 b
⇔ 2 ∨ 4a
––––––––––––– –––––––––––––




z = √∫4∫a∫c∫ ∫–∫ b
∫ 2∫ z = – √∫4∫a∫c∫ –∫ ∫ ∫b∫
2

2a 2a
⇔ ∨
b b
y=– y=–
2a 2a




z = √∫4∫a∫c∫ ∫–∫ b
∫ ∫2 z = – √∫4∫a∫c∫ –∫ ∫ ∫b∫
2

2a 2a
⇔ ∨
b b
y=– y=–
2a 2a

Substituindo os valores obtidos para y e para z em x = y + zi, obtemos:

x1 = –b + i√∫4∫a∫c∫ ∫–∫ b
∫ 2∫ x2 = –b – i√∫4∫a∫c∫ –∫ ∫ ∫b∫
2
e
2a 2a

Exercícios resolvidos

1. Resolve, em C, a equação, sem recorrer à calculadora:

z3 – 4z2 + 5z = 0

Sugestão de resolução

z3 – 4z2 + 5z = 0 ⇔ z(z2 – 4z + 5) = 0
⇔ z = 0 ∨ z2 – 4z + 5 = 0
⇔ z = 0 ∨ z = 4 ± i√∫4∫ ¥
∫ ∫5
∫ ∫ –∫ ∫ ∫1∫6
2
⇔ z = 0 ∨ z = 4 ± i√∫4
2
⇔ z = 0 ∨ z = 4 ± 2i
2
⇔z=0 ∨ z=2+i ∨ z=2–i
PROFESSOR C.S. = {0, 2 + i, 2 – i}
Soluções
61.
2. Determina analiticamente, em C , as raízes dos seguintes polinómios.
a) {–2√∫2i, 2√∫2i}
b) {1 + √∫3i, 1 – √∫3i} a) z3 – 3z2 + 6z – 4, sabendo que 1 é uma das suas raízes;
a 1 1 a
c) b–1,
2
+ 2i,
2
– 2ib b) z4 – 2z3 + 6z2 – 2z + 5, sabendo que i e –i são duas das suas raízes.
c c

214
UNIDADE 4 Raízes n -ésimas de números complexos

62 Resolve as equações.
a) 2z2 – 6z + 29 = 0
Sugestão de resolução
b) z3 + 2z2 + 5z = 0
a) Como 1 é uma raiz do polinómio z3 – 3z2 + 6z – 4, este polinómio é divisível c) z4 – 2z2 – 15 = 0
por z – 1. d) iz3 – z2 – 2 = 0, sabendo
Efetuando a divisão de z3 – 3z2 + 6z – 4 por z – 1, utilizando a regra de Ruffini, que z0 = i é solução.
obtém-se: Caderno de Apoio às Metas
Curriculares, 12.º ano
1 –3 6 –4
1 1 –2 4 z3 – 3z2 + 6z – 4 = (z – 1)(z2 – 2z + 4)
1 –2 4 0=r

Portanto:
z3 – 3z2 + 6z – 4 = 0 ⇔ (z – 1)(z2 – 2z + 4) = 0
⇔ z – 1 = 0 ∨ z2 – 2z + 4 = 0 63 Determina números
⇔ z = 1 ∨ z = 2 ± i√∫4∫ ∫¥∫ ∫1∫ ∫¥∫ ∫4∫ ∫–∫ 4
∫ complexos z e w tais que
2 z + w = 2 e zw = 10.
Caderno de Apoio às Metas
⇔ z = 1 ∨ z = 2 ± i√∫∫1∫2 Curriculares, 12.º ano
2
⇔ z = 1 ∨ z = 2 ± 2√∫3i
2
⇔ z = 1 ∨ z = 1 + √∫3i ∨ z = 1 – √∫3i

1 + √∫3i, 1 – √∫3i e 1 são as raízes do polinómio z3 – 3z2 + 6z – 4.

APRENDE FAZENDO
b) Como i e –i são duas raízes do polinómio z4 – 2z3 + 6z2 – 2z + 5, este poli-
Págs. 238 e 239
nómio é divisível por z – i e por z + i. Exercícios 23 e 31
Utilizando a regra de Ruffini, obtém-se:
CADERNO DE EXERCÍCIOS
E TESTES
1 –2 6 –2 5
z4 – 2z3 + 6z2 – 2z + 5 = Pág. 66
i i –1 – 2i 2 + 5i –5
= (z – i)(z + i)(z2 – 2z + 5) Exercício 4
1 –2 + i 5 – 2i 5i 0=r
–i –i 2i –5i
PROFESSOR
1 –2 5 0=r

Apresentação
Portanto: “Raízes n-ésimas de números
complexos”
z4 – 2z3 + 6z2 – 2z + 5 = 0 ⇔ (z – i)(z + i)(z2 – 2z + 5) = 0 Teste interativo
“Raízes n-ésimas de números
⇔ z – i = 0 ∨ z + i = 0 ∨ z2 – 2z + 5 = 0 complexos”

⇔ z = i ∨ z = –i ∨ z = 2 ± i√∫4∫ ¥
∫ ∫1
∫ ∫¥
∫ ∫5
∫ ∫ –∫ ∫ ∫4
Soluções
2
62.
⇔ z = i ∨ z = –i ∨ z = 2 ± i√∫1∫6
3 7 3 7
a) z = + i ∨ z= – i
2 2 2 2
2
b) z = 0 ∨ z = –1 + 2i ∨
⇔ z = i ∨ z = –i ∨ z = 2 ± 4i z = –1 – 2i
2 c) z = –√∫3i ∨ z = √∫3i ∨ z = –√∫5
⇔ z = i ∨ z = –i ∨ z = 1 + 2i ∨ z = 1 – 2i ∨ z = √∫5
d) z = i ∨ z = 1 – i ∨ z = –1 + i
i, –i, 1 + 2i e 1 – 2i são as raízes do polinómio z4 – 2z3 + 6z2 – 2z + 5. 63. (z = 1 + 3i ∧ w = 1 – 3i) ∨
(z = 1 – 3i ∧ w = 1 + 3i)

215
TEMA VII Números Complexos

UNIDADE 5
Conjuntos de pontos definidos por
condições sobre números complexos

64 Representa no plano
Nas unidades anteriores aprendeste que os números complexos, e as operações entre
complexo o conjunto dos eles, podem ser traduzidos por pontos no plano e até mesmo por transformações
pontos que são afixos dos geométricas. Um número complexo pode ser representado por um ponto no plano com-
números complexos z tais plexo. Por outro lado, um ponto no plano complexo pode sempre corresponder à
que:
representação de um número complexo. Estão lançadas as bases para que conjuntos de
a) |z – 3 – 2i| = 3
pontos possam ser representados por condições em C, isto é, por condições em variável
b) |z + 3 + 2i| < 3
complexa.
c) 1 ≤ |z + 5i| ≤ 3
Relembra esta propriedade que relaciona o módulo |z2 – z1| com a distância entre dois
pontos:
PROFESSOR

Resolução Propriedade
Todos os exercícios de “Conjuntos de
pontos definidos por condições sobre Dados dois pontos A e B, afixos dos números complexos z1 e z2, tem-se que:
números complexos”
Simulador
GeoGebra: Circunferências e círculos A–B = |z2 – z1|

NC12_6.4

Soluções
64.
a) 5.1. Circunferência e círculo
e. i.
A circunferência caracteriza-se por ser o lugar geométrico dos pontos do plano equi-
distantes de um ponto fixo. A distância de um qualquer ponto ao centro da circunferência
2 C
é igual ao raio.
O 3 e. r.
Consideremos, no plano complexo, a circunferência de centro P1 (afixo de z1) e raio r,
isto é, os pontos do plano que distam r unidades de P1.
b)

e. i.
e. i.
–3
O e. r. | z – z1| = r
–2
C
r
P1

c) O e. r.
e. i.
O e. r.
–2
Este conjunto de pontos são os afixos dos números complexos que satisfazem a condi-
C –5
ção em C:
–8 |z – z1| = r, r ∈R+

216
UNIDADE 5 Conjuntos de pontos definidos por condições sobre números complexos

De um modo geral, se r ∈R+:

• |z – z1| = r define a circunferência de centro em P1 e raio r.


• |z – z1| ≤ r define o círculo de centro em P1 e raio r.
• |z – z1| < r define o interior do círculo de centro em P1 e raio r.
• |z – z1| > r define o exterior do círculo de centro em P1 e raio r.

e. i. | z – z1| ≤ r e. i. | z – z1| > r e. i. | z – z1| < r

r P1 r r P1

O e. r. O e. r. O e. r.

Exemplo 65 Determina a posição do


afixo de z1 = 1 + √∫7i em
Considera os pontos representados no plano complexo por:
relação à circunferência
e. i. de centro na origem e
raio 3.

–1 1 e. r.

Estes pontos pertencem ao interior do círculo de centro P(–1, 2) e raio 2 e ao exterior do


círculo de centro P(–1, 2) e raio 1.
Logo, a condição em C que define os pontos da figura é:
|z – (–1 + 2i)| < 2 ∧ |z – (–1 + 2i)| > 1
Ou seja:
1 < |z + 1 – 2i| < 2

5.2. Mediatriz e semiplanos definidos por mediatrizes


A mediatriz de um segmento de reta [AB] caracteriza-se por ser o lugar geométrico dos PROFESSOR
pontos do plano equidistantes de A e de B. e. i.
Consideremos, no plano complexo, a mediatriz Simulador
do segmento de reta [P1P2] (P1 é o afixo de z1 e P2 P1 |z – z1| = |z – z2| GeoGebra: Mediatrizes e semiplanos

é o afixo de z2), isto é, os pontos do plano que dis- M


NC12_6.4
tam igualmente de P1 e de P2. P2

Este conjunto de pontos são os afixos dos núme- Solução


O e. r.
65. O afixo de z1 encontra-se no
ros complexos que satisfazem a condição em C:
interior da circunferência de
|z – z1| = |z – z2| M é o ponto médio centro na origem e raio 3.
do segmento de reta [P1P2].

217
TEMA VII Números Complexos

66 Representa no plano
De um modo geral:
complexo o conjunto dos
pontos afixos dos números
complexos z tais que: • |z – z1| = |z – z2| define a mediatriz do segmento de reta [P1P2].
a) |z + i| = |z – 1| • |z – z1| ≤ |z – z2| representa o semiplano fechado definido pela mediatriz do seg-
b) |z – 2 – 4i| = |z + 5 – 2i| mento de reta [P1P2] e que contém o ponto P1.
c) |1 + i – z| < |z + 2 + 2i|
• |z – z1| < |z – z2| representa o semiplano aberto definido pela mediatriz do seg-
mento de reta [P1P2] e que contém o ponto P1.
• |z – z1| ≥ |z – z2| representa o semiplano fechado definido pela mediatriz do seg-
mento de reta [P1P2] e que contém o ponto P2.
• |z – z1| > |z – z2| representa o semiplano aberto definido pela mediatriz do seg-
mento de reta [P1P2] e que contém o ponto P2.

|z – z1| ≤ |z – z2| |z – z1| ≥ |z – z2|


e. i. e. i.
PROFESSOR

NC12_6.4
P1
Soluções
P1 M
66.
M P2
a)
O e. r.
e. i. P2
O e. r.

P1
O 1 e. r.
–1
P2

b)
Exemplo
e. i.

4 P1 Considera os pontos representados no plano complexo por:


P2
2 e. i.

–5 O 2 e. r.
B
1
M
A
O 2 e. r.

c)
M é o ponto médio
e. i. do segmento de reta [AB].

1 P1 Estes pontos pertencem à mediatriz do segmento de reta [AB] com A(2, 0) e B(0, 1) e que
–2
O1
contém o ponto A.
e. r.
Logo, a condição em C que define os pontos da figura é: |z – (2 + 0i)| = |z – (0 + i)|.
–2
P2 Ou seja:
|z – 2| = |z – i|

218
UNIDADE 5 Conjuntos de pontos definidos por condições sobre números complexos

5.3. Retas paralelas aos eixos coordenados 67 Representa no plano


complexo o conjunto dos
pontos afixos dos números
Consideremos, no plano complexo, a reta vertical que e. i.
complexos z tais que:
passa no ponto A(a, b).
a) Re(z) = 2
Repara que todos os pontos desta reta têm abcissa a.
b) Im(z) = –5
c) Re(z) > 3 ∧ Im(z) ≥ 6
Este conjunto de pontos são os afixos dos números com- O a e. r.
plexos que satisfazem em C a condição Re(z) = a.

Re(z) = a

Consideremos, no plano complexo, a reta horizontal que e. i.


passa no ponto A(a, b).
Repara que todos os pontos desta reta têm ordenada b. PROFESSOR
b Im(z) = b

NC12_6.4
Este conjunto de pontos são os afixos dos números com- O e. r.
plexos que satisfazem em C a condição Im(z) = b. Soluções
67.
a)
e. i.
De um modo geral:

• Re(z) = a define a reta vertical que passa no ponto de coordenadas (a, 0).
• Im(z) = b define a reta horizontal que passa no ponto de coordenadas (0, b). O 2 e. r.

e. i. e. i.
b)

b e. i.

O a e. r.
O e. r.

Re(z) ≤ a Im(z) ≤ b
O e. r.

–5
Exemplo

Considera os pontos representados no plano complexo por: c)


e. i.
e. i.

3
6

–2 O e. r.

O 3 e. r.

Estes pontos são definidos pela condição Re(z) ≤ –2 ∧ Im(z) > 3.

219
TEMA VII Números Complexos

68 Representa no plano 5.4. Semirretas e ângulos


complexo o conjunto dos
pontos afixos dos números
Relembra que, dado um número complexo z ≠ 0, ao argumento de z que pertence ao
complexos z tais que:
p intervalo ]–p, p] chama-se argumento principal de z e representa-se por Arg(z).
a) Arg(z) =
Consideremos, por exemplo, a condição em C, Arg(z) = p .
4
p 3 e. i.
b) Arg(z – 1 – 2i) =
2
p p Um número complexo z satisfaz esta condição se tiver argu-
c) – ≤ Arg(z + 1 + 3i) ≤
mento p . Os números complexos que têm argumento p têm
4 4
π
3 3 3
o seu afixo na semirreta com origem na origem do referencial O e. r.
e que faz com o semieixo real positivo um ângulo de amplitude
p radianos, como ilustra a figura ao lado.
3
PROFESSOR Temos, assim, que a condição Arg(z) = p corresponde, geometricamente, a essa semirreta
3
(apesar de não se ter definido argumento no caso de z = 0, é usual aceitar-se que a origem
Simulador
GeoGebra: Semirretas e ângulos
do referencial pertence à semirreta).

NC12_6.4 De um modo geral, tem-se:

Soluções
• Arg(z – z1) = a define a semirreta com origem em P1 e que faz um ângulo de medida
68.
a com o semieixo real positivo.
a)
• Arg(z – z1) = a ∨ Arg(z – z1) = a + p define a reta que passa em P1 e que faz um
e. i.
ângulo de medida a com o semieixo real positivo.
• a ≤ Arg(z – z1) ≤ b define o ângulo de vértice P1 cujos lados origem e extremidade
π
4 são as semirretas de origem em P1 e que fazem um ângulo de medida a e b, res-
O e. r. petivamente, com o semieixo real positivo.

e. i. e. i. e. i.
b)

e. i.
π α α β
2 α
P1 r1 P r1 P1
2 1
P1 α+π
O e. r. O e. r. O e. r.

O 1 e. r.
Exemplo

c) Considera os pontos representados no plano complexo tal


e. i.
e. i. como mostra a figura.
Estes pontos pertencem ao ângulo de vértice A cujos lados,
origem e extremidade são, respetivamente, as semirretas de
–1 O e. r. origem em A e inclinação p e p radianos. Logo, a condição
π 4 2 O1 2 e. r.
4 –1
–3 em C que define os pontos da figura é:
P1
–π p ≤ Arg(z – (1 – i)) ≤ p
4
4 2
Ou seja:
p ≤ Arg(z – 1 + i) ≤ p
4 2
220
UNIDADE 5 Conjuntos de pontos definidos por condições sobre números complexos

Exercícios resolvidos 69 Representa no plano


complexo o conjunto dos
1. Representa as regiões do plano definidas pelas seguintes condições. pontos afixos dos números
complexos z tais que:
a) Im(z) ≥ 2 ∧ |z – 1 – i| = √∫2 1 1
1 1
a) –2 < Re(z) < 3 ∧
z
<
3||
b) | |
z
< 2 b) |z + 2 + i| ≤ 2 ∧ Im(z) ≥ 0
p p
c) 1 ≤ |z – 1 + i| ≤ 2 ∧ Re(z) ≥ 0 c) – ≤ Arg(z – 1 + i) ≤
4 4
p p 3p p ∧ |z – 1 + i| ≤ 1
d) –
2
≤ Arg(z – 1 – i) ≤ – 4 ∨ – 4 ≤ Arg(z – 1 – i) ≤ – 2

e) |z – 2 – 2i| ≥ |z| ∧ |z – 1 – i| ≤ √∫2


70 Seja A a região do plano
complexo definida pela
condição:
Sugestão de resolução |z| ≤ 4 ∧ Re(z) ≤ 0 ∧
a) Im(z) ≥ 2 ∧ |z – (1 + i)| = √∫2 |z + 1| ≤ |z + i|
e. i.
Representa graficamente A
e determina a sua área.
2
1

O e. r. PROFESSOR
1

NC12_6.4

b) | 1z | < 12 e. i.
2
Soluções
69.
1 1
⇔ < 2 a)
|z| e. i.
–2 O 2 e. r. 3
⇔ |z| > 2
–2
–3 –2 O 3 e. r.

–3
c) 1 ≤ |z – 1 + i| ≤ 2 ∧ Re(z) ≥ 0 e. i.

⇔ 1 ≤ |z – (1 – i)| ≤ 2 ∧ Re(z) ≥ 0 b)
e. i.
1
O
O 1 2 e. r. –2 –1 –1 e. r.
–1 C
–3

c)
e. i.

p p 3p p π
d) –
2
≤ Arg(z – (1 + i)) ≤ – 4 ∨ – 4 ≤ Arg(z – (1 + i)) ≤ – 2 O 1
4
e. r.
–1 P1 –π
4
e. i.

70.
e. i. 4
1
–π
4
A O
O 1 e. r. –4 –1 4 e. r.
B

–4
(continua)
A área é 6p.

221
TEMA VII Números Complexos

71 Define por uma condição, Exercícios resolvidos


em C, cada um dos
conjuntos de pontos
representados por: e) |z – (2 + 2i)| ≥ |z| ∧ |z – (1 + i)| ≤ √∫2 e. i.
a)
2
e. i.
1 3 5
O e. r.
–2 O 2 e. r.

–3
–2

b)
2. Define por uma condição, em C, cada um dos conjuntos de pontos representados
e. i.
6 por:
a) e. i. b) e. i.
3
4
1
O 7 e. r.
2
2
0O 1 e. r.
c) O 1 3 e. r.
e. i.
2 6
O e. r. Sugestão de resolução
π
–4 5 a) 1 ≤ Re(z) ≤ 3 ∧ 2 ≤ Im(z) ≤ 4

d)
[
b) |z| ≤ √∫2 ∧ Im(z) ≥ 0 ∧ Re(z) ≥ 0 ] ∨ [|z| ≤ √∫2 ∧ Im(z) ≤ 0 ∧ Re(z) ≤ 0]
e. i.
3
2
1 3. Determina o conjunto dos pontos afixos dos números complexos que verificam a

O
condição |z + 1| = 2|z – i|.
e. r.
–1
–2
–3 Sugestão de resolução

Nota que esta condição, apesar de “semelhante” à condição que define a me-
diatriz de um segmento de reta, não pode ser interpretada como tal, devido à
PROFESSOR presença do fator 2. De facto, procuramos encontrar todos os números com-
plexos cujas imagens distam do ponto P1(–1, 0) o dobro daquilo que distam
NC12_6.4
de P2(0, 1). Repara que este lugar geométrico não se enquadra em nenhuma
das condições estudadas acima.
Soluções
71. Quando assim acontecer, deves substituir z por x + yi, x ∈R, y ∈R e utilizar a
a) |z – (3 – 3i)| ≤ 2 ∧
p
correspondência entre C e R2, ou seja:
∧ – ≤ Arg(z) ≤ 0
4
i h7 hi
|(x + yi) + 1| = 2|(x + yi) – i|
b) iz – i + 3ii i = 3 ∧
i j 2 ji
p h h7 hh
⇔ |(x + 1) + yi| = 2|(x + (y – 1)i|
∧ ≤ Arg iz – i + 3ii i ≤ p
2 j j2 jj
p
⇔ √∫(∫x∫ +
∫ ∫ ∫1∫)∫2∫ +
∫ ∫ ∫y2∫ = 2√∫x2∫ ∫ ∫+∫ (∫ ∫y∫ –∫ ∫ ∫1∫)2 (definição de módulo de um número
c) 0 ≤ Arg(z – (2 – 4i)) ≤ ∧
5 complexo)
∧ Re(z) ≤ 6
d) 1 ≤ |z – i| ≤ 2 ∧ 1 ≤ |z + i| ≤ 2

222
UNIDADE 5 Conjuntos de pontos definidos por condições sobre números complexos

72 Determina o conjunto dos


pontos afixos dos números
⇔ (√(∫ ∫x∫ ∫+∫ 1 ∫ ∫ ∫y∫2 ) = (2√∫x2∫ ∫ + ∫ ∫)∫2 )
2 2
∫ ∫)2∫ ∫ + ∫ ∫ ∫(∫y∫ ∫–∫ 1 (os dois membros da igualdade são complexos que verificam
não negativos) a condição:
Í z – 1 – i Í= 1
⇔ (x + 1)2 + y2 = 4x2 + 4(y – 1)2 Í Í
Íz + 1 + i Í
⇔ x2 + 2x + 1 + y2 = 4x2 + 4y2 – 8y + 4 Caderno de Apoio às Metas
Curriculares, 12.º ano
⇔ 3x2 – 2x + 3y2 – 8y = –3

⇔ x2 – 2 x + y2 – 8 y = –1
3 3

Construindo quadrados de binómios, vem que:


73 Determina o conjunto dos
⇔ x2 – 2 x + 1 + y2 – 8 y + 16 = –1 + 1 + 16 pontos afixos dos números
3 9 3 9 9 9 complexos que verificam
a condição:
2 2
⇔ hix – 1 hi + hiy – 4 hi = 8 2|z – 1| = |z + 2|
j 3j j 3j 9

Trata-se, afinal, da circunferência de centro hi 1 , 4 h


i e raio 2√∫2 .
j3 3 j 3

ERRO TÍPICO

Um erro comum, na resolução do exercício anterior, teria sido responder que


se tratava de uma mediatriz de um determinado segmento de reta.
Repara que, quando a condição em C não corresponde a nenhuma das condi-
ções enunciadas acima, deves sempre substituir z por x + yi, x ∈R, y ∈R e utilizar
a correspondência entre C e R2.

APRENDE FAZENDO
4. Representa as regiões do plano definidas pelas seguintes condições. Págs. 234, 235, 238, 240,
– 241 e 242
a) Re(z) + Im(z) ≤ 2 b) z ¥ z ≤ 4 Im(z) Exercícios 5, 8, 13, 25, 26,
33, 34, 35, 40, 41 e 43

c) z ¥ z = z + z
– h
d) Im i
1 h ≥1
i
jz + 1j CADERNO DE EXERCÍCIOS
E TESTES
Pág. 69
Exercícios 20, 21, 22 e 23
Sugestão de resolução e. i.

a) Seja z = x + yi. PROFESSOR


2
Re(z) + Im(z) ≤ 2
2 NC12_6.4
⇔x+y≤2 O e. r.
⇔ y ≤ –x + 2
Soluções
72. Mediatriz do segmento de
reta [AB], onde A é o afixo de
1 + i e B é o afixo de –1 – i.
73. Circunferência de centro no
ponto de coordenadas (2, 0) e
(continua)
raio 2.

223
TEMA VII Números Complexos

74 Representa as regiões do Exercícios resolvidos


plano definidas pelas
seguintes condições:
a) Re(z) – Im(z) ≤ 5 b) Seja z = x + yi. e. i.
b) z ¥ –
z ≤ 4 Re(z) z ¥ –z ≤ 4 Im(z)
4
c) z ¥ z = –z – –
– z ⇔ (x + yi) ¥ (x – yi) ≤ 4y
d) Im i
h 1 h
i ≥1 ⇔ x2 – (yi)2 ≤ 4y
jz + 2j 2
⇔ x2 + y2 – 4y ≤ 0
CADERNO DE EXERCÍCIOS ⇔ x2 + y2 – 4y + 22 ≤ 22
E TESTES  –2 O 2 e. r.
Pág. 70 ⇔ x2 + (y – 2)2 ≤ 4
Exercícios 24, 25, 26, 27 e
28 Círculo de centro (0, 2) e raio = √∫4 = 2

PROFESSOR c) Seja z = x + yi.


z ¥ –z = z + –z
Apresentação ⇔ (x + yi) ¥ (x – yi) = (x + yi) + (x – yi) e. i.
“Conjuntos de pontos definidos por
condições sobre números complexos” ⇔ x2 – (yi)2 = 2x
Teste interativo ⇔ x2 + y2 – 2x = 0
“Conjuntos de pontos definidos por
condições sobre números complexos” ⇔ x2 – 2x + 12 + y2 = 12
 O 1 2 e. r.
NC12_6.4 ⇔ (x – 1)2 + y2 = 1

Soluções Circunferência de centro (1, 0) e raio 1


74.
a)
e. i. d) Seja z = x + yi.

Im hi 1 hi ≥ 1
jz + 1 j

O
⇔ Im hi 1 h
i ≥1
5 e. r.
j x + yi + 1 j

⇔ Im hi 1 ¥ ((x + 1) – yi) h
i ≥1
–5 e. i.
j ((x + 1) + yi)((x + 1) – yi) j
b)
e. i.
⇔ Im hi x + 1 – yi h ≥ 1
2 2i
j + 1) – (yi) j
(x
–1 O e. r.
C
⇔ Im hi x+1 – y ihi ≥ 1 1

O 2 4 e. r. j (x + 1)2 + y2 (x + 1)2 + y2 j 2

⇔– y ≥1
c)
e. i. (x + 1)2 + y2
⇔ –y ≥ (x + 1)2 + y2 ∧ (x + 1)2 + y2 ≠ 0
⇔ (x + 1)2 + y2 + y ≤ 0 ∧ (x, y) ≠ (–1, 0)
–2 –1 O e. r.
2 2
⇔ (x + 1)2 + y2 + y + hi 1 hi ≤ hi 1 hi ∧ (x, y) ≠ (–1, 0)
j2j j2j
d)
e. i. 
2
⇔ (x + 1)2 + hiy + 1 hi ≤ 1 ∧ (x, y) ≠ (–1, 0)
j 2j 4
–2 –1 O
Círculo de centro hi–1, – 1 hi e raio 1 , exceto o ponto de coordenadas (–1, 0).
e. r.
–1
2 j 2j 2

224
TEMA VII Números Complexos

SÍNTESE

2. O corpo dos números complexos

Designa-se por corpo dos números complexos, e repre- Exemplo


senta-se por C, o conjunto R2 munido das seguintes ope-
rações:
• (a, b) + (c, d) = (a + c, b + d) (operação aditiva +)
N Z Q R C
• (a, b) ¥ (c, d) = (ac – bd, ad + bc) (operação multipli-
cativa ¥)
com (a, b), (c, d) ∈R2

O conjunto R identificado com um subconjunto de C


Podemos associar a cada x ∈R o elemento (x, 0) de C.
E:
(a, 0) + (c, 0) = (a + c, 0)
(a, 0) ¥ (c, 0) = (ac – 0, a ¥ 0 + 0 ¥ c)
= (ac, 0)
sen x
lim
A unidade imaginária x Æ 0 x
Designa-se por unidade imaginária, e representa-se por i,
o número complexo (0,1).
ph
–sen hix – i
• i2 = –1 cos x = j 2j
lim lim =
Págs. 166 a 168 p p p
xÆ x – x– pÆ 0 x–
2 2 2 2
hz = (kp
Seja k um número real sen ix – –hi i)(2 – 3i)
e
um número complexo. j 2j
Representação dos números complexos na = – lim
p
=
– pk x z
forma z = a + bi (forma algébrica) Qual é o valor xde 2
Æpara
0 que–
2
seja um
número imaginário puro?
Dado um número complexo z, existe um único número =1
real a e um único número real b tais que Tem-se que:
z = a + bi z = (k – i)(2 – 3i) =

• a designa-se por parte real de z e representa-se por = 2k – 3ki – 2i + 3i2 =


Re(z). = (2k – 3) + (–3k – 2)i
• b designa-se por parte imaginária de z e representa-se
por Im(z). Para que z seja um imaginário puro terá de
verificar-se:
Re(z) = 0 ∧ Im(z) ≠ 0
Um número complexo z é real se e somente se Im(z) = 0.
Assim:

Designam-se por números imaginários puros os números 2k – 3 = 0 ∧ –3k – 2 ≠ 0


complexos não reais tais que Re(z) = 0. ⇔k= 3 ∧ k≠– 3
2 2
Logo, k = 3 .
Págs. 168 e 169 2

225
TEMA VII Números Complexos

SÍNTESE

2. O corpo dos números complexos (cont.)

O plano complexo. Ponto afixo de um número Exemplo


complexo
Eixo imaginário
Dado um plano munido de um referencial ortonormado (e. i.)
direto e a, b ∈R, designa-se por afixo do número com- b
M
plexo z = a + bi o ponto M de coordenadas (a, b). |z|
O a Eixo real
Módulo de um número complexo (e. r.)
Dado um número complexo z, designa-se por módulo de z
a medida da distância, no plano complexo, entre a origem Geometricamente:
e o ponto afixo de z e representa-se por |z|. e. i.
M
Dado um número complexo z = a + bi, a, b ∈R, tem-se b
que |z| = √∫a2∫ ∫ ∫+∫ b
∫ 2∫ .
–a
O a e. r.
Complexos simétricos
–b
Dado um número complexo z = a + bi, a, b ∈R, designa-se M’
por simétrico de z o número complexo –a – bi e repre-
senta-se por –z. Geometricamente:
e. i.
Complexos conjugados
M
Dado um número complexo z = a + bi, a, b ∈R, designa-se b
por conjugado de z o número complexo a – bi e repre-
senta-se por z.
∫ O a e. r.
–b M’
Adição e multiplicação de números complexos
Dados a + bi, c + di ∈C, tem-se que:
Efetua a operação indicada e apresenta o
• (a + bi) + (c + di) = a + c + (b + d)i resultado na forma algébrica.
• (a + bi) ¥ (c + di) = (ac – bd) + (ad + bc)i h 1 h
i– + 1 ii (3 – 2i) + (1 – 2i)2
j 2 4 j
Interpretação geométrica da adição de números com-
plexos h 1 h
i– + 1 ii (3 – 2i) + (1 – 2i)2 =
Dados dois números complexos z = x + yi e z0 = a + bi, j 2 4 j
com x, y, a, b ∈R, o afixo de z + z0 é a imagem pela trans-
= – 3 + i + 3 i – 1 i2 + 1 – 4i + 4i2 =
lação de vetor ≤u(a, b) do ponto M, afixo de z. 2 4 2
= – + 1 + – 4 + i + 3 i – 4i =
3 1
e. i. M’ 2 2 4
9
= –4 – i
b M é o afixo de z. 4
M
y
a M’ é o afixo de z + z0.
Regra prática
O x e. r.
Para adicionar e multiplicar números com-
plexos, podemos proceder como se se tra-
A adição de números complexos z e z0 corresponde à tassem de polinómios em i e ter em conta
translação do ponto afixo de z de vetor ≤u(Re(z0), Im(z0). que i2 = –1.

226
Síntese

2. O corpo dos números complexos (cont.)

Inverso de um número complexo não nulo Exemplos


Dado um número complexo z, não nulo, designa-se por
inverso de z um número z’ tal que zz’ = 1 e representa-se Seja C o conjunto dos números comple-
xos e i a unidade imaginária. Apresen-
por 1 .
z tando o resultado na forma algébrica e
sem recorrer à calculadora, determina:
• O inverso de z é 1 2 z.
|z| ∫ (2 + i)2 + 1 + 6i2019
1 – 2i
Divisão de números complexos
(2 + i)2 + 1 + 6i2019 =
Dados dois números complexos w e z, z ≠ 0, designa-se
1 – 2i
por quociente de w por z o número complexo pelo qual
2 4 ¥ 504 + 3
se tem de multiplicar z para obter w e representa-se por = 4 + 4i + i + 1 + 6i =
w. 1 – 2i
z 3
= 4 + 4i – 1 + 1 + 6i =
• Dados dois números complexos w e z, z ≠ 0, tem-se que 1 – 2i
w =w¥ 1 . = 4 + 4i – 1 + 1 – 6i =
z z 1 – 2i

Regra prática = 4 – 2i =
1 – 2i
Para dividir números complexos, podemos multiplicar
ambos os termos da fração pelo conjugado do denomi- = (4 – 2i)(1 + 2i) =
nador, já que: (1 – 2i)(1 + 2i)
w = w ∫z = w ∫z 2
= 4 + 8i – 2i – 4i =
z z ∫z |z|2 1+4

Potenciação = 8 + 6i =
Seja n ∈N. 5
in = ir, sendo r o resto da divisão inteira de n por 4.
= 8 + 6 i
5 5

Propriedades relativas ao módulo e ao conjugado de nú- Prova que |z + w|2 = |z|2 + 2Re(wz∫ ) + |w|2.
meros complexos
|z + w|2 = (z + w) ¥ (∫z∫ +
∫ ∫ ∫w) =
• ∫∫z = z • ∫z∫ ∫+∫ w
∫ = ∫z + ∫w = (z + w) ¥ (z∫ + w)
∫ =
∫h h
• ∫z∫w = ∫z ∫w • i w i = ∫w = z∫z + z∫w + w∫z + w∫w =
jzj z∫
= |z|2 + wz
∫ + wz∫ + |w| =
2
• Re(z) = z + z∫ • Im(z) = z – z∫
2 2i
= |z|2 + w
∫ z∫∫ + wz∫ + |w| =
2

• |z| = |z|
∫ • |z|2 = z z∫
= |z|2 + w
∫ ∫z∫ + wz∫ + |w|2 =
• |z + w| ≤ |z| + |w| • |z w| = |z||w|
= |z|2 + 2Re(wz∫ ) + |w|2
• ii w ii = |w|
izi |z|
Págs. 170 a 185

227
TEMA VII Números Complexos

SÍNTESE

3. Forma trigonométrica de um número complexo

Complexos de módulo 1 Exemplos


i i
Um número complexo de módulo 1 diz-se unitário. • √∫2 – √∫2 i é unitário, pois i √∫2 – √∫2 ii =
2 2 i2 2 i
Dado um número complexo z, z diz-se unitário se e só
se existir um número real α tal que z = cos α + i sen α.
α designa-se por um argumento de z.
= √∫ √∫22 +∫
h
i
j
h2
i
j
h √∫2 h 2
i–
j 2j
i = 1.

• icos i p i + i sen i p i i ¥ icos i p i +


h h h h hh h h h
Dados dois números complexos unitários j j3j j 3 jj j j4j
z1 = cos α + i sen α e z2 = cos β + i sen β, α, β ∈R, tem-se:
i sen i p i i =
h hh
• z1 z2 = cos(α + β) + i sen(α + β) j 4 jj

= cos i p + p i + i sen i p + p i =
h h h h
• z1 = cos(α – β) + i sen(α – β) j3
z2 4j j3 4j
h h h h
= cos i 7p i + i sen i 7p i
j 12 j j 12 j

h h
cos i p i + i sen ij p ij
h h
j3j 3
• =
hph hph
cos i i + i sen ij ij
j4j 4

= cos i p – p i + i sen i p – p i =
h h h h
j3 4j j3 4j
= cos i p i + i sen i p i
h h h h
j 12 j j 12 j

Exponencial complexa de iθ p p hp ph 7p
i i ii + i i
Um número complexo cos θ + i sen θ, com θ ∈R repre- •e 3
¥e 4
=e j3 4j
= e 12
senta-se por eiθ.
p
i hp ph p
e 3 ii – i i
j3 4j
• p
=e = e 12
i
4
e
Representação dos números complexos na forma
|z|eiθ (forma trigonométrica ou polar) e. i.
Dado um número complexo z ≠ 0, a sua representação
na forma |z|eiθ, onde θ é um argumento de z, designa-se M
por forma trigonométrica ou forma polar de z. |z|
θ
O e. r.
Igualdade de números complexos escritos na forma
trigonométrica (ou forma polar) M é o afixo de z = |z|eiθ.
• z = z’ ⇔ |z| = |z’| ∧ θ = θ’ + 2kp, k ∈Z
Págs. 186 a 189

228
Síntese

3. Forma trigonométrica de um número complexo (cont.)

Argumento principal Exemplo


Ao argumento de z que pertence ao intervalo ]–p, p]
chama-se argumento principal de z e representa-se por Escreve na forma trigonométrica o nú-
Arg(z). mero complexo z = –√∫3 – i.
• Módulo de z:
Dado um número complexo não nulo z = a + bi, a, b ∈R, θ
|z| = √∫(∫–∫√∫∫3∫)∫ ∫ +
∫ ∫ (∫ ∫–∫1∫)2 = √∫4 = 2
a 2
é um argumento do número z se e só se cos(θ) =
b √∫a2∫ ∫ ∫+∫ b
∫ 2∫ • Argumento de z:
e sen(θ) = .
√∫a2∫ ∫ +
∫ ∫ ∫b2∫ Como o afixo de z se encontra no 3.º Q,
Nesse caso, se a ≠ 0, tg(θ) = b . concluímos que θ ∈3.º Q.
a
tg θ = –1 ∧ θ ∈3.º Q
–√∫3

 tg θ = √∫3 ∧ θ ∈3.º Q
3
Daqui se conclui que θ = – 5p , por
6
h 5p h
ii– i
j 6j
exemplo. Assim, z = 2e .
e. i.
Simétrico de um número complexo na forma tri-
gonométrica θ+π
–(|z|eiθ) = |z|ei(p + θ) b
|z| θ
–a O a e. r.
|z| –b

Conjugado de um número complexo na forma tri- e. i.


gonométrica
b
(|z|eiθ) = |z|ei(–θ) |z|
θ
O -θ a e. r.
Operações com números complexos na forma tri- |z|
gonométrica –b
• Multiplicação
Dados dois números complexos quaisquer z1 = |z1|eiθ1 e
z2 = |z2|eiθ2, não nulos, tem-se que:
z1 z2 = |z1||z2|ei(θ1 + θ2)

Interpretaçao geométrica da multiplicação de um nú- M é o afixo de z.


mero complexo por outro na forma eiθ e. i.
θ M’ é o afixo de eiθz.
Dado um número real θ e um número complexo z de
afixo M, tem-se que o afixo do número complexo eiθ z é M’
|z| M
a imagem de M pela rotação de centro O e ângulo ge- |z|
neralizado de medida θ. α
O e. r.
Págs. 190 a 199

229
TEMA VII Números Complexos

SÍNTESE

3. Forma trigonométrica de um número complexo (cont.)

Interpretaçao geométrica da multiplicação de um nú- Exemplo


mero complexo por outro na forma |z0|eiθ
Dado um número complexo z0, não nulo, de argumento M é o afixo de z.
M’ e. i.
θ e um número complexo z de afixo M, tem-se que o θ M’ é o afixo de |z0|eiθz.
afixo do número complexo z0z é a imagem de M pela ro-
tação de centro O e amplitude θ, composta com a ho- |z0| ¥ |z|
M
|z|
motetia de centro O e razão |z0|.
α
O e. r.

• Divisão
|z0| > 1 0 < |z0| < 1
Dados dois números complexos quaisquer, não nulos,
z1= |z1|eiθ1 e z2 = |z2|eiθ2, tem-se que z1 = |z1| ei(θ1 – θ2).
e. i. M e. i. M
z2 |z2|
|z| O e. r. |z| O e. r.
–θ –θ
Interpretaçao geométrica da divisão de um número |z0| M’ |z0|
complexo por outro na forma |z0|eiθ
M’
Dado um número complexo z0, não nulo, de argumento M é o afixo de z. M é o afixo de z.
θ e um número complexo z de afixo M, tem-se que o
M’ é o afixo de zz . M’ é o afixo de zz .
afixo do número complexo z é a imagem de M pela ro- 0 0
z0
tação de centro O e amplitude –θ, composta com a ho- Seja θ um número real tal que p < θ < 3p
2
motetia de centro O e razão 1 . e sejam z = eiθ e w = ei(3θ). Sabe-se que
|z0|
Re i w i = – 1 . Determina z na forma
h h
j z j 9
algébrica.
• Potenciação
Fórmula de De Moivre: w ei(3θ)
= iθ = ei(2θ) = cos(2θ) + i sen(2θ)
(cos θ + i sen θ)n = cos(nθ) + i sen(nθ), θ ∈R e n∈N z e
hwh
Re i i = – 1 ⇔ cos(2θ) = – 1
Dado z = |z|eiθ um número complexo, não nulo, tem-se j z j 9 9
que zn = |z|n ei(nθ). ⇔ cos2θ – sen2θ = – 1
9
⇔ 1 – sen2θ – sen2θ = – 1
9
⇔ 1 – 2sen2θ = – 1
9
⇔ sen2θ = 5 ⇔ sen θ = ± √∫5
9 3
Como p < θ < 3p , sen θ = – √∫5 .
2 3
cos θ + sen θ = 1 ⇔ cos θ + = 1
2 2 2 5
9
4
⇔ cos2θ = ⇔ cos θ = ± 2
9 3
3p 2
Como p < θ < , cos θ = – .
2 3
2
Logo, z = – – √∫
5 .
Págs. 199 a 207 3 3

230
Síntese

4. Raízes n-ésimas de números complexos

Radiciação Exemplos
Dado um número complexo w ≠ 0 e um número natural Considera o hexágono regular [ABCDEF]
n ≥ 2, chama-se raiz n-ésima de w ou raiz de ordem n cujo centro é a origem O do referencial
de w a qualquer número complexo z tal que zn = w. ortonormado representado.
e. i.
B
C A
Fórmula de De Moivre generalizada O
Dado um número complexo w ≠ 0 e um número natural e. r.
n ≥ 2, tem-se que a equação z = w tem exatamente as n D F
ha 2kp h
ii + i E
soluções zk = n√∫|w|e j n n j
, k = 0, 1, …, n – 1, onde α
é um argumento de w. Sabe-se que o ponto C é o afixo do nú-
mero complexo z1 = –3 √∫3 + i 3 .
2 2
• Determina as coordenadas dos restan-
• Há exatamente n raízes de ordem n de um número tes vértices do hexágono.
complexo w.
• Indica uma equação cujas soluções
• O módulo de qualquer raiz de ordem n de w é n√∫|w|. sejam os números complexos cujos afi-
xos são os vértices do hexágono.
• As representações geométricas das raízes de ordem n
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 12.º ano
de w estão sobre uma circunferência de centro na ori-
gem e raio n√∫|w| e dividem-na em n partes iguais. • Comecemos por escrever z1 na forma tri-
gonométrica:
• Os argumentos das n raízes correspondentes a valores
de k consecutivos formam uma progressão aritmética |z1| = √∫ –3 ∫ √∫23 ∫+
h
i
j
h2
i
j
h3h2
i i =
j2j √∫ 364 = 3
de razão 2p . 3
n
2
• Os afixos das n raízes de ordem n de w são vértices de tg θ = ∧ θ ∈2.º Q  tg θ = – √∫3
√∫3 3
um polígono regular de n lados inscrito numa circun- –3
2
ferência de centro na origem.
∧ θ ∈2.º Q. Logo, θ = 5p , por exemplo.
5p 6
i
Assim, z1 = 3e 6 .
Determinemos os números complexos z2,
z3, z4, z5 e z6 cujos afixos são os restantes
vértices D, E, F, A e B do hexágono, respe-
h
tivamente ios seus argumentos estão em
j
h
progressão aritmética de razão 2p i :
6 j
h 5ph 2p 7p
ii + i i
j 6 6j
z2 = 3e = 3e 6
=
h h h h hh
= 3 icos i 7p i + i sen i 7p i i = – 3√∫3 – 3 i
j j 6 j j 6 jj 2 2
h 7p 2p h 3p
ii + i i
j 6 6j
z3 = 3e = 3e 2
=
h h h h hh
= 3 icos i 3p i + i sen i 3p i i = –3i
Págs. 208 a 214 j j 2 j j 2 jj

231
TEMA VII Números Complexos

SÍNTESE

4. Raízes n-ésimas de números complexos (cont.)

Exemplo
h 9p 2p h 11p
ii + i i
j 6 6j
z4 = 3e = 3e 6
=
h h h h hh
= 3 icos i 11p i + i sen i 11p i i = 3√∫3 – 3 i
j j 6 j j 6 jj 2 2
h 11p 2p h p
ii + i i
j 6 6j
z5 = 3e = 3e 6
=
= 3 icos i p i + i sen i p i i = 3√∫3 + 3 i
h h h h hh
j j6 j j 6 jj 2 2
hp 2p h p
ii + i i
j6 6j
z6 = 3e = 3e 2
=
= 3 icos i p i + i sen i p i i = 3i
h h h h hh
j j2 j j 2 jj

h h
Logo, D i– 3√∫3 , – 3 i , E(0, –3),
j 2 2j
h h h h
F i 3√∫3 , – 3 i , A i 3√∫3 , 3 i e B(0, 3).
Raízes em C de polinómios do segundo grau de j 2 2j j 2 2j
coeficientes reais Determina analiticamente, em C, as raízes
Dados a, b e c ∈R, (a ≠ 0), se ˚ = b2 – 4ac <, então: de z3 – 3z2 + 4z – 2, sabendo que 1 é uma
das suas raízes.
ax2 + bx + c = 0  x = –b ± i √∫4∫a∫c∫ ∫–∫ b
∫ 2∫
Como 1 é uma raiz do polinómio z3 – 3z2 +
2a
+ 4z – 2, este polinómio é divisível por z – 1.
Efetuando a divisão de z3 – 3z2 + 4z – 2 por
z – 1, utilizando a regra de Ruffini, obtém-se:
1 –3 4 –2
1 1 –2 2
1 –2 2 0

z3 – 3z2 + 4z – 2 = (z – 1)(z2 – 2z + 2)
Portanto:
z3 – 3z2 + 4z – 2 = 0
⇔ (z – 1)(z2 – 2z + 2) = 0
⇔ z – 1 = 0 ∨ z2 – 2z + 2 = 0
⇔ z = 1 ∨ z = 2 ± i √∫4∫ ∫¥∫ ∫1∫ ∫¥∫ ∫2∫ ∫–∫ 4

2
⇔ z = 1 ∨ z = 2 ± i √∫4
2
⇔z=1 ∨ z= 2 ± 2i
2
⇔z=1 ∨ z=1+i ∨ z=1–i
1 + i, 1 – i e 1 são as raízes do polinómio
Págs. 215 a 217 z3 – 3z2 + 4z – 2.

232
Síntese

5. Conjunto de pontos definidos por condições sobre números complexos

Dados dois pontos P1 e P2, afixos dos números complexos Exemplos


z1 e z2, tem-se que ∫P1∫P2 = |z2 – z1|. | z – z1| = r | z – z1| ≤ r
e. i. e. i.
Circunferência e círculo
• |z – z1| = r define a circunferência de centro em P1 e r P1 P1
r
raio r.
• |z – z1| ≤ r define o círculo de centro em P1 e raio r. O e. r. O e. r.
• |z – z1| < r define o interior do círculo de centro em P1
e raio r.
| z – z1| > r | z – z1| < r
• |z – z1| > r define o exterior do círculo de centro em P1 e. i. e. i.
e raio r.
r r P1
Mediatriz e semiplanos definidos por mediatrizes
• |z – z1| = |z – z2| define a mediatriz do segmento de O e. r. O e. r.
reta [P1P2].
• |z – z1| ≤ |z – z2| representa o semiplano fechado defi- e. i. |z – z1| ≤ |z – z2| e. i. |z – z1| ≥ |z – z2|
nido pela mediatriz do segmento de reta [P1P2] e que P1
contém o ponto P1. P1 M P2
• |z – z1| < |z – z2| representa o semiplano aberto defi- M
P2
O e. r.
nido pela mediatriz do segmento de reta [P1P2] e que O e. r.
contém o ponto P1.
• |z – z1| ≥ |z – z2| representa o semiplano fechado defi- e. i.
P1 |z – z1| = |z – z2|
nido pela mediatriz do segmento de reta [P1P2] e que M
contém o ponto P2. P2 M é o ponto médio
• |z – z1| > |z – z2| representa o semiplano aberto defi- O e. r. do segmento de
reta [P1P2].
nido pela mediatriz do segmento de reta [P1P2] e que
contém o ponto P2. e. i. e. i.
Retas paralelas aos eixos coordenados b Im(z) = b
• Re(z) = a define a reta vertical que passa no ponto de O a e. r. O e. r.
coordenadas (a, 0).
• Im(z) = b define a reta horizontal que passa no ponto Re(z) = a
de coordenadas (0, b).
e. i. e. i.
Semirretas e ângulos b
• Arg(z – z1) = a define a semirreta com origem em P1 e
O a
que faz um ângulo de medida a com o semieixo real e. r.
O e. r.
positivo. Re(z) ≤ a Im(z) ≤ b
• Arg(z – z1) = a ∨ Arg(z – z1) = a + p define a reta que
passa em P1 e que faz um ângulo de medida a com o
semieixo real positivo. e. i. e. i.
• a ≤ Arg(z – z1) ≤ b define o ângulo de vértice P1 cujos α α
lados origem e extremidade são as semirretas de ori- r1 P
P1 α+π
gem em P1 e que fazem um ângulo de medida a e b, 1

O e. r. O e. r.
respetivamente, com o semieixo real positivo.
e. i.
Se a condição em C não for uma das anteriores, deves
substituir z por x + yi, x ∈R, y ∈R e utilizar a correspon- β
α
dência entre C e R2. r1 P
1

Págs. 218 a 226 O e. r.

233
TEMA VII Números Complexos

Aprende Fazendo PROFESSOR

Resolução
Itens de seleção Exercícios do Aprende Fazendo

1 Qual dos números seguintes não é um imaginário puro?


ip i 3p
(A) i3 (B) i6 (C) e 2 (D) e 2

Solução: Opção (B)

2 O módulo do número complexo z = √∫3 i18 + i27 é:


(A) 1 (B) 2 (C) √∫3 (D) √∫2

Solução: Opção (B)

3 Seja z um número complexo de argumento – p . Qual pode ser um argumento do conjugado de z?


7
(A)
p (B)
6p (C)
8p (D) –
6p
7 7 7 7

Solução: Opção (A)

4 Qual das opções seguintes apresenta duas raízes quadradas de um mesmo número complexo?
(A) i e –1 (B) –i e 1 (C) 2 + 2i e 2 – 2i (D) –2 + 2i e 2 – 2i

Solução: Opção (D)

5 Qual das seguintes condições, na variável complexa z, define, no plano complexo, uma circunferência?
(A) |z + 2| = 3 (B) |z| = |z + 4| (C) 0 ≤ Arg(z) ≤ p (D) Re(z) + Im(z) = 4

Solução: Opção (A)

6 Seja z um número complexo. O conjugado de z – 1 é:


(A) –
z+1 (B) –
z–1 (C) z + 1 (D) 1 – z

Solução: Opção (B)

7 Seja z = bi, com b ∈R–, um número complexo. O afixo de z7 encontra-se:


(A) na parte positiva do eixo real. (B) na parte positiva do eixo imaginário.

(C) na parte negativa do eixo real. (D) na parte negativa do eixo imaginário.

Solução: Opção (B)

8 Qual das seguintes condições define, no plano complexo, o eixo real?



(A) z – z = 0 (B) Re(z) = 0 (C) |z| = 0

(D) z + z = 0

Solução: Opção (A)

234
Itens de seleção

9 Seja w um número complexo não nulo. Qual dos pontos P, Q, R ou S e. i.



pode ser o afixo de w ¥ w ? Q
2
(A) P (B) Q (C) R (D) S R O P e. r.

Solução: Opção (A) S

10 Seja um ponto do 1.o quadrante o afixo de um certo número complexo z. O afixo do número complexo
w = 2z pertence ao:
(A) 1.o quadrante. (B) 2.o quadrante. (C) 3.o quadrante. (D) 4.o quadrante.

Solução: Opção (A)

11 Em C, conjunto dos números complexos, o número complexo i satisfaz uma das condições a seguir
indicadas. Qual é essa condição?
z z z =i (C) Arg(z) = 0 (D) z2 = z
(A) = –i (B)
i |z|

Solução: Opção (B)

12 Seja θ um argumento de um determinado número complexo z. Qual das seguintes afirmações é ne-
cessariamente verdadeira?
(A) Um argumento de 2z é 2θ. (B) Um argumento de 2z é θ2.

(C) Um argumento de 2z é
θ . (D) Um argumento de 2z é θ.
2
Solução: Opção (D)

13 Na figura está representada uma região do plano complexo. e. i.


Sabe-se que as duas circunferências têm raio 1, tendo uma delas
centro na origem do referencial e a outra no ponto (1, 0). Qual
das condições seguintes define em C (conjunto dos números
complexos) a região a sombreado, incluindo a fronteira? 1 2
O e. r.
(A) |z| ≤ 1 ∧ |z – 1| ≤ 1 ∧ Re(z) ≤ 0

(B) |z| ≤ 1 ∧ |z – 1| ≤ 1 ∧ Im(z) ≤ 0

(C) |z| ≥ 1 ∧ |z – 1| ≥ 1 ∧ Re(z) ≤ 0

(D) |z| ≥ 1 ∧ |z – 1| ≥ 1 ∧ Im(z) ≤ 0

Solução: Opção (B)

235
TEMA VII Números Complexos

Aprende Fazendo

Itens de seleção

14 Se z = a + bi, a, b ∈R e w = 1 + i.
Então, podemos afirmar que:
hz h hz h
(A) Im i i =b (B) Re i i =a
jw j jw j

(C) Im(z ¥ w) = a + b (D) Re(z2) = a2

Solução: Opção (C)

15 Seja w um número complexo tal que |w| = 1 e θ um argumento.


Então, wn + 1n , n ∈N é igual a:
w
(A) ei0 (B) 2 cos(nθ)

(C) 2 sen(nθ) (D) ei2nθ

Solução: Opção (B)

16 Um número complexo w tem o seu afixo na parte negativa do eixo imaginário.


Os afixos das raízes cúbicas de w são os vértices de um dos triângulos abaixo representados. Qual é
esse triângulo?
(A) e. i. (B) e. i.

O e. r. O e. r.

(C) e. i. (D) e. i.

O e. r. O e. r.

Solução: Opção (B)

236
Itens de seleção

Itens de construção

17 Considera os números complexos z = 1 – 2i e w = 4 + 5i. Sem recorrer à calculadora, calcula e apre-


senta na forma algébrica.
z 1 i
a) z + w b) 3z – 2w c) z ¥ w d) e) f) z2 – –
w z z

6 13 1 2 17 21
Soluções: a) 5 + 3i b) –5 – 16i c) 14 – 3i d) – – i e) + i f) – – i
41 41 5 5 5 5

18 Sem recorrer à calculadora, representa na forma algébrica os seguintes números complexos.


ip i hi – p hi i 5p ip
j 4j
a) e 6 b) √∫2 e c) 2 e 3 d) 4 e 2
7p
e) √∫5 eip f)
1 ei 2 g) ei0
6

Soluções: a) √∫3 +
1 1
i b) 1 – i c) 1 – √∫3i d) 4i e) –√∫5 f) – i g) 1
2 2 6

19 Sem recorrer à calculadora, representa na forma trigonométrica os números complexos seguintes.


a) i b) 1 c) –√∫1∫1 d) –4i e) 1 – i

f)
1 + 1 i g) 1 – √∫3i h) –√∫2 – √∫6i i) –√∫3 + i
4 4
p ph ph p ph 4p 5p
i i hi – i i hi – i √∫2 i 4 i hi – i i i
Soluções: a) e 2 b) ei0 c) √∫1∫1 eip d) 4 e j 2j e) √∫2 e j 4j f) e g) 2 e j 3 j h) 2√∫2 e 3 i) 2 e 6
4

20 Sem recorrer à calculadora, representa na forma trigonométrica o conjugado, o simétrico e o inverso


de cada um dos seguintes números complexos.
ip i hi – p hi
j 3j
a) z = 3 e 7 b) z = √∫2 e

c) z = 3i d) z = (–1 – i)2

ph p p p p p p p
1 i hij – 2 hij
8p 2p 3p 3p
i hi – i i 1 i hij – 7 hij i i 1 i3 i hi – hi i 1 i hij – 2 hij i hi – hi i
Soluções: a) 3 e j 7j; 3e 7; e b) √∫2 e 3 ; √∫2 e 3 ; e c) 3 e j 2 j ; 3 e 2 ; e d) 2 e j 2 j ; 2 e 2 ; e
3 √∫2 3 2

ip
21 Em C, seja z1 = √∫2 e4 e z2 = – √∫3 + i. Sem recorrer à calculadora, determina:
z +
a) 1
i23
+ 5 . Apresenta o resultado na forma algébrica.
2–i
b) z1 ¥ z2. Apresenta o resultado na forma trigonométrica.

13p
12 6 i
Soluções: a) + i b) 2√∫2 e 12
5 5

237
TEMA VII Números Complexos

Aprende Fazendo

Itens de construção

22 Determina as raízes cúbicas de w = –1.


p 5p
i i
Soluções: e 3 ; eip; e 3

23 Resolve, em C, as equações.
a) z2 – 4z + 5 = 0 b) z6 + 64 = 0 c) z3 + 2z = 0
p p 5p 7p 3p 11p
a i i i i i i
6 a
Soluções: a) C.S. = {2 + i, 2 – i} b) C.S. = b2 e 6 ; 2 e 2 ; 2 e 6 ; 2 e 6 ; 2 e 2 ; 2 e b c) C.S. = {0, √∫2i, –√∫2i}
c c

24 Em C, considera z = 1 – √∫3 i. Sabe-se que z é uma raiz cúbica de w.


2 2
a) Determina as outras raízes cúbicas de w. b) Determina w.

p
i
Soluções: a) e 3 ; eip b) –1

25 Para cada um dos domínios planos a seguir representados, escreve uma condição em C que o defina.
a) e. i. b)

e. i.
2

A
1
O 4 2
1 2 3 e. r.
–3 M O e. r.

–2 –2 B
M é o ponto médio
de [AB].

Soluções: a) 1 ≤ |z – 2| ≤ 2 b) |z + 3 – i| ≤ |z – 2 + 2i|

26 Representa, no plano complexo, o conjunto dos afixos dos números complexos z que satisfazem as
seguintes condições.
a) |z| ≤ 2 b) |z – 2i| = |z – 2| c) Arg(z) =
p d) Im(z) = 2
3
Soluções: Consultar na página 256.

27 Considera os números complexos z = 2 + 12i e w = i . Determina a parte real e o coeficiente


1 – 3i 5 – 10i
da parte imaginária de:
a) z b) w c) i3z

Soluções: a) Re(z) = – 17 ; Im(z) = 9 b) Re(w) = – 2 ; Im(w) = 1 c) Re(i 3z) = 9 e Im(i 3z) = 17


5 5 25 25 5 5

238
Itens de construção

28 Considera os números complexos z = √∫3 – √∫3 i e w = – √∫3 – 1 i. Representa na forma trigonométrica.


2 2
z –w
a) z b) w c) z ¥ w d) e) z–1 f) z4 + 1 g)
w i15
ph 7p 11p 17p h p 2p h
i hi – i hi – h
e) √∫6 e 4 f) 35 eip g) e j
i i i i i i i– i
Soluções: a) √∫6 e j 4j b) e 6 c) √∫6 e 12 d) √∫6 e j 12 j 3 j
6

ii h p + ah
i
29 Em C, considera z1 = –2√∫3 – 2i , z2 = 1 – i e z3 = e j 2 j
. Sem recorrer à calculadora, determina:
1+i
a) z1 na forma trigonométrica;
3

b) as raízes quadradas de z2 na forma algébrica;


z1
c) os valores de a de modo que seja um imaginário puro.
z3

7p
b) √∫2 – √∫2 i; – √∫2 + √∫2 i c) a = p + kp, k ∈Z
i
Soluções: a) 64 e 2
2 2 2 2 6

30 Determina as raízes de ordem 4 de w = 1 + i.


p 9p 17p 25p
i i i i
Soluções: 8√∫2 e 16 ; 8√∫2 e 16 ; 8√∫2 e 16 ; 8√∫2 e 16

31 Resolve, em C, as equações.
a) z –
i =0 b) z3 + (1 + √∫3 i)z = 0
z
c) z3 – iz2 – z + i = 0, sabendo que i é uma das soluções

d) z3 = z

p 5p 2p 5p
a i i a a i i a
Soluções: a) C.S. = be 4 , e 4 b b) C.S. = b0, √∫2 e 3 ; √∫2 e 3 b c) C.S. = {i, –1, 1} d) C.S. = {0, 1, i, –1, –i}
c c c c

32 Seja C o conjunto dos números complexos.


a) Sem recorrer à calculadora, calcula, na forma trigonométrica, as raízes de ordem 4 do número com-
plexo 4√∫3 + 4i.
b) Seja z um número complexo cujo afixo, no plano complexo, é um ponto A situado no 2.o quadrante
e pertencente à reta definida pela condição Re(z) = –4. Seja B o afixo de –z, conjugado de z. Seja O
a origem do referencial.
b1) Representa, no plano complexo, um triângulo [AOB], de acordo com as condições enunciadas.
b2) Sabendo que a área do triângulo [AOB] é 12, determina z, na forma algébrica.

p 13p 25p 37p


i i i i
Soluções: a) 4√∫8 e 24 ; 4√∫8 e 24 ; 4√∫8 e 24 ; 4√∫8 e 24 b) b1)
A e. i. b2) z = –4 + 3i
–4
O e. r.
B

239
TEMA VII Números Complexos

Aprende Fazendo

Itens de construção

i 3p
33 Em C, considera z1 = 16 e 4. Sem recurso à calculadora, resolve as duas alíneas seguintes.
a) Mostra que z1 é solução da equação –i ¥ z = –z.

b) Determina a área do polígono cujos vértices são os afixos, no plano complexo, das raízes de ordem
4 de z1.

Solução: b) 8

34 Para cada um dos domínios planos a seguir representados, escreve uma condição em C que o defina.
p
i
a) e. i. A é o afixo de z = 2 e 5 .

Nota: O hexágono representado na figura é regular e está inscrito


na circunferência centrada na origem.
A

O e. r.

b) e. i. Nota: A circunferência está centrada na origem e ambas as semirre-


tas pertencem à mesma reta que passa na origem.

O 2 e. r.

Soluções: a) |z| ≤ 2 ∧ p ≤ Arg(z) ≤ 13p b) |z| > 2√∫2 ∧ |z – 2| = |z – 2i|


5 15

35 Representa, no plano complexo, o conjunto dos pontos que são afixos dos números complexos z que
satisfazem cada uma das seguintes condições.
a) –
z = –z b) |z| ≤ 3 ∧ Im(z) ≤ 0 ∧ Re(z) ≤ 0

Èp
c) |Re(z)| ≤ 2 ∧ |Im(z)| ≤ 2 ∧ |z| > 1 d) Í ≤ Arg(z) ≤ p ∨ Im(z) ≤ 0ÈÍ ∧ |z| ≥ 2
Î4 2 Î
e) |z – 3i| ≥ |z – 2| ∧ |z – 2 – i| ≤ 2

Soluções: Consultar na página 256.

240
Itens de construção

PROFESSOR
36 De dois números complexos z1 e z2, sabe-se que:
• um argumento de z1 é p ; • o módulo de z2 é 2. Resolução
5 Essencial para o Exame – exercício 36

a) Seja w =
–1 + i . Justifica que w é diferente de z e de z .
1 2
i21
b) Considera θ um argumento de z2. Determina os valores de θ de modo que z1 ¥ z2 seja um imaginário
puro.

Soluções: a) w ≠ z1, pois um argumento de w é da forma p + 2kp, k ∈Z e um argumento de z1 é p ; w ≠ z2, pois |w| = √∫2
4 5
3p
e |z2| = 2. b) θ = + kp, k ∈Z
10

37 Determina o menor número natural n para o qual (√∫1∫2 – 2i)n representa um número real positivo.

Solução: 12

38 Representa na forma trigonométrica 1 + √∫2 + i , sem recurso à calculadora.


1 + √∫2 – i
p
i
Solução: e 4

39 Representa na forma algébrica, sem recurso à calculadora.


h cos θ – i sen θ h 9 h √∫2 h 2013 h h 2014
a) i i b) i + √∫2 ii – i √∫2 + √∫2 ii
j sen θ + i cos θ j j 2 2 j j 2 2 j

Soluções: a) –i b) – √∫2 + hi– √∫2 + 1hi i


2 j 2 j

40 Para cada um dos domínios planos a seguir representados, escreve uma condição em C que o defina.
a) e. i. b) e. i.

P1 1

O e. r. –1 O 1 e. r.

P2 P3

–1

Nota: A circunferência de raio 2 está centrada na origem e o triângulo [P1P2P3] é equilátero.

Soluções: a) |z| ≤ 2 ∧ Im(z) ≤ –1 b) |z| ≥ √∫2 ∧ – p ≤ Arg(z + 1) ≤ p ∧ 3p ≤ Arg(z – 1) ≤ 4


5p
2 4 4 4

241
TEMA VII Números Complexos

Aprende Fazendo

Itens de construção

ip
41 Em C, considera w = √∫2 e 3 .
a) Sem recorrer à calculadora, verifica que
w4 + 2 é um número real.
i15
b) No plano complexo, considera os pontos P1 e P2 tais que:
e. i.

• P1 é o afixo de –1 + i;
P1
• P2 é o afixo de uma das raízes cúbicas de w; 1

A circunferência representada está centrada na origem e P2


contém o ponto P1. –1 O e. r.
Escreve uma condição em C que defina a região a som-
breado, incluindo a fronteira.

Soluções: a) 2√∫3 é um número real. b) |z| ≤ √∫2 ∧ p ≤ Arg(z) ≤ 3p


9 4

ip
42 Em C, considera z1 = 1 + √∫3i e z2 = 2 e 6 .

a) Resolve, sem recorrer à calculadora, a equação i11 ¥ z3 = (z2 ¥ z1)2.
hz h 2n
b) Determina o menor número natural n de modo que i 1 i seja um número real positivo.
j z2 j

c) Sejam z3 = a + bi, a ∈R, b ∈R e w = z3 + (1 – 2i)2. Sabe-se que:

• o afixo de w pertence à bissetriz dos quadrantes ímpares;


• |w| = 5√∫2.
Determina os valores de a e de b.
p 13p 25p
18 a
Soluções: a) C.S. = ab3√∫1∫6 e 18 ; 3√∫1∫6 e
i i i
18 ; 3√∫1∫6 e b b) 6 c) a = 8 ∧ b = 9 ou a = –2 ∧ b = –1
c c

43 Representa, no plano complexo, o conjunto dos pontos que são afixos


dos números complexos z que satisfazem cada uma das seguintes PROFESSOR

condições.
iz i kp , k ∈Z Resolução
a) i i < 3 ∧ Arg(z) = Essencial para o Exame – exercício 43
ii i 2
– – –
b) Im(z – z) > z ¥ z ∧ |z – z| = 4
È
c) Í0 ≤ Arg(z – 2 – 3i) ≤
p ∧ Re(z) ≤ 6È ∨ È– p ≤ Arg(z) ≤ 0 ∧ Im(z) ≥ – 3 ∧ Re(z) ≤ 6È
Í Í Í
Î 4 Î Î 3 Î
hp
≤ Arg(z + 3i) ≤ 2p ∧ |z| ≤ |z – 6i|i ∨ i– 2p ≤ Arg(z – 3i) ≤ – p ∧ |z| ≤ |z + 6i|i
h h h
d) i
j3 3 j j 3 3 j

Soluções: Consultar na página 256.

242
Desafio – Dois números especiais
Retomando o desafio apresentado no início deste tema, vejamos duas possíveis resoluções.

Primeiro método
Vamos admitir que os dois números iniciais existem. Chamemos-lhes x e y. Mesmo sem os conhecer,
tentemos descobrir o novo produto depois de lhes adicionarmos uma unidade. Temos então:
(x + 1) ¥ (y + 1) = x ¥ y + x + y + 1
Mas, como sabemos que x + y = 8 e x ¥ y = 25, fica:
(x + 1) ¥ (y + 1) = x ¥ y + x + y + 1 = 25 + 8 + 1 = 34
O problema está resolvido, o produto procurado é 34.
Contudo, podemos interrogar-nos. Se a soma dos números iniciais é apenas 8, como é que o seu produto
pode ser 25, comparativamente “tão grande”? Realmente, se fizermos uma tabela de números cuja soma
é 8, vemos que o produto fica longe de 25. Por exemplo, vejamos o que acontece com números inteiros.
x 0 1 2 3 4 5 6 7 8
y 8 7 6 5 4 3 2 1 0
Produto 0 7 12 15 16 15 12 7 8

Ou seja, o produto nunca ultrapassa 16 (se considerássemos não inteiros, a conclusão seria semelhante).
Como ultrapassar a contradição de se conseguir um produto a partir de números que não existem?
Para isso, vamos resolver o problema por outro processo.

Segundo método
As duas condições iniciais formam um sistema de duas equações a duas incógnitas, que iremos resolver.
x+y=8 y=8–x y=8–x






⇔ ⇔ 2
x ¥ y = 25 x ¥ (8 – x) = 25 x – 8x + 25 = 0
Resolvendo a equação de segundo grau, vem:
x2 – 8x + 25 = 0 ⇔ x = 8 ± √∫8∫ ∫ ∫–∫ 4
2 ∫ ∫¥ ∫ ∫2
∫ ∫5 ⇔ x = 8 ± √∫–∫3∫6 ⇔ x = 4 ± √∫–∫9
2 2
Ou seja, x não é um número real. Mas, como já conhecemos os números complexos, podemos concluir
que:
x = 4 ± √∫–∫9 ⇔ x = 4 + 3i ∨ x = 4 – 3i
• Se x = 4 + 3i, vem y = 8 – x = 8 – 4 – 3i = 4 – 3i • Se x = 4 – 3i, vem y = 8 – x = 8 – 4 + 3i = 4 + 3i
Ou seja, os números iniciais são 4 + 3i e 4 – 3i.
Uma rápida confirmação de que tudo está certo:
x + y = 4 + 3i + 4 –3i = 8
x ¥ y = (4 + 3i)(4 – 3i) = 16 – 9i2 = 16 + 9 = 25
(x + 1)(y + 1) = (5 + 3i) ¥ (5 – 3i) = 25 – 9i2 = 25 + 9 = 34
Foi Girolamo Cardano, um matemático italiano do século XVI, que, justamente para resolver um pro-
blema deste tipo, trabalhou pela primeira vez com raízes quadradas de números negativos. Àquilo
que hoje são os números complexos, Cardano chamou-lhes “quantidades sofisticadas”.

243
Teste Final

Grupo I

1 No passado fim de semana, o Pedro foi com uns amigos, três rapa-
PROFESSOR
rigas e três rapazes, ver o jogo Porto-Benfica.
De quantas maneiras diferentes se poderiam ter sentado os sete
amigos, em lugares consecutivos do Estádio do Dragão, se em cada Resolução
Exercícios do Teste Final
um dos extremos ficasse um rapaz?
(A) 7! (B) 4A2 ¥ 5!

(C) 2 ¥ 5! (D) 2 ¥ 4A2 ¥ 5!

Solução: Opção (B)

2 Lançaram-se dois dados equilibrados: um tetraédrico, com as faces numeradas de 1 a 4, e outro


octaédrico, com as faces numeradas de 1 a 8.
Considera os acontecimentos:
A: “A soma dos números saídos é um múltiplo de 4.”
B: “Os números saídos são ambos pares.”
Qual é o valor da probabilidade condicionada P(A|B)?
(A) 0

(B)
1
2

(C)
1
8
(D) 1

Solução: Opção (B)

3 Seja f uma função de domínio R+. Sabe-se que a reta de equação y = –2 é assíntota ao gráfico de f.
h h
ln i 1 i
jxj
Então, pode concluir-se que lim é igual a:
x Æ +∞ f(x)
(A) +∞

(B) –∞

(C) 0

(D) –3

Solução: Opção (A)

244
TEMA VII Números Complexos

4 Para um certo número real positivo r e para um certo número real θ, e. i.

compreendido entre 0 e p , o número complexo reiθ tem por


E

2 A
afixo o ponto A, representado na figura.
Qual dos pontos representados na figura pode ser o afixo do nú- O e. r.
mero complexo 2r ei(θ + p)? D
C
(A) Ponto B (B) Ponto C
B
(C) Ponto D (D) Ponto E

Solução: Opção (A)

5 Considera no plano complexo o conjunto de pontos representado na figura.

e. i.

–1 e. r.
–1

Qual das condições seguintes, em C, define a região a sombreado, incluindo a fronteira?


(A) |z + 1| ≤ 1 ∧ |z – i| ≤ 1 ∧ |z + i| ≤ 1

(B) |z + 1| ≤ 1 ∨ |z – i| ≤ 1 ∨ |z + i| ≤ 1

(C) |z + 1| ≤ 1 ∨ (|z – i| ≤ 1 ∧ |z + i| ≤ 1)

(D) |z + 1| ≤ 1 ∧ (|z – i| ≤ 1 ∨ |z + i| ≤ 1)

Solução: Opção (D)

Grupo II

hn
1 Considera a expressão A(x) = hix√∫x – 3 i , onde x > 0 e n é um número natural.
j 2x j
Determina, se existir, o termo independente de x no desenvolvimento da expressão A(x) pelo binó-
mio de Newton, sabendo que esse desenvolvimento tem 11 termos.

Solução: 76 545
32

245
Teste Final

2 Na figura estão representados a circunferência trigonométrica e os pontos A, B, C e D.


Sabe-se que: y
B
• o ponto B tem coordenadas (0, 1);
C A
• o ponto D tem coordenadas (1, 0);
• um ponto A se desloca ao longo do arco DB, de tal forma que o seg-
O D x
mento de reta [AC] é sempre paralelo ao eixo das abcissas;
• para cada posição do ponto A, α designa a amplitude, em radianos,
do ângulo DOA iα ∈ÈÍ0, p ÈÍ i .
h h
j Î 2 Îj
Seja f a função que a cada valor de α faz corresponder o perímetro do triângulo [ABC]. Resolve os
três primeiros itens, usando exclusivamente métodos analíticos.
2.1. Mostra que f(α) = 2 cos α + 2√∫2∫ ∫–∫ 2
∫ ∫s∫e∫n∫ α
∫ .
È
2.2. Mostra que a função f é estritamente decrescente no intervalo Í0,
p È.
Í
Î 2Î
È pÈ
2.3. Mostra que existe um único valor de α, pertencente ao intervalo Í 0, Í, para o qual o perímetro
Î 3Î
do triângulo é 3.
2.4. Recorrendo às alíneas anteriores e às capacidades gráficas da calculadora, determina o valor de α
para o qual o perímetro do triângulo [ABC] é igual a 3. Apresenta o valor pedido arredondado às
centésimas e apresenta o(s) gráfico(s) visualizado(s) na calculadora para a resolução do problema.

Solução: 2.4. α = 0,77 rad

ip
3 Em C, conjunto dos números complexos, considera z1 = 1 e z2 = e 5.
3.1. O complexo z1 é raiz do polinómio P(z) = z3 – z2 + 9z – 9. Sabe-se ainda que a equação P(z) = 0
tem três soluções em C e que os afixos desses números complexos são vértices de um triângulo
no plano complexo. Apresenta as soluções da equação na forma trigonométrica e determina a
área desse triângulo, sem recorrer à calculadora.
hp h
3.2. Mostra que |z1 + z2|2 = 2 + 2 cos i i .
j5 j
p 3p
i i
Solução: 3.1. ei0; 3e 2 ; 3e 2 ; A = 3 u. a.

i np
4 Em C, conjunto dos números complexos, considera z1 = 2 + i e z2 = e 10 , n ∈N.
4.1. Sem recorrer à calculadora, determina
(1 + 3i) z1 – i49 + i100 .
1 + 4i
4.2. O complexo z1 é uma raiz de ordem 4 de um certo número complexo z. Determina as restantes
raízes de ordem 4 de z.
4.3. Determina o menor valor de n natural para o qual i ¥ z2 é um número real.

Soluções: 4.1. 24 + 6 i 4.2. –1 + 2i; –2 – i; 1 – 2i 4.3. n = 5


17 17

246
SOLUÇÕES

a1 a
TEMA V 24. a) {1, –2} b) b , –1b c) {2, –1}
c2 c
25. a) ]2, +∞[ b) ]–∞, –1] c) ]–∞ , 1[ ∪ ]2, +∞[
Funções Exponenciais e Funções
d) Í –∞ , Í ∪ Í , +∞ Í e) ]–∞, 0[ ∪ ÈÍ , +∞ ÈÍ f) [–1, 0[
È 1È È4 È 1
Logarítmicas Î 3Î Î3 Î Î2 Î
26. a) R\{0} b) ÈÍ –∞, ÈÍ c) R\{3} d) [0, 3[ e) ÈÍ –∞, ÈÍ
1 1
Unidade 1 – Juros compostos (pág. 6) Î 4Î Î 2Î
1 p 1
1. 760,81 € 2. O banco B. 3. 4,7 % 27. a) e b) e √∫e c)
5 2 6
d) e e) e f) 3
g) e 28. (A)
e 1
e
4. a) 18 € b) 18,05 € c) 18,08 € d) 18,10 € 5 –9

29. a) e b) e c) e d) e 12 e) Não existe.
5. a) 8670 € d) 8500 ¥ 1,02n e) 9 anos f) O capital
f) 1 g) 0 h) 0 i) +∞ j) +∞ k) Não existe.
acumulado é inferior ao obtido na opção acima. 2
9 –
6. ≈ 13 570 7. 28 014,69 € 8. Opção (B) 30. a) b) 1 c) 2 3 31. a) 0 b) 0 c) +∞
16
1 1
Unidade 2 – Número de Neper (pág. 11) 32. a) b) –1 c) 3 d) 4 e) e5 f) –e g) h) 1
3 2
2 6
9. a) 2000,00 € b) 2250,00 € c) 2441,40 € 33. –3 34. Opção (B) 35. a) e b) 2e 36. Opção (B)
d) 2613,04 € e) 2714,57 € f) 2718,13 € 37. a) f’(x) = 12x + ex b) g’(x) = (x2 + 5x + 3) ¥ ex
2 – 2x
g) 2718,28 € h) 2718,28 € c) h’(x) = d) i’(x) = 2e2x – 7
ex
1
1 h 1 h x + √∫x
Unidade 3 – Funções exponenciais (pág. 14) e) j’(x) = – 2 e x f) k’(x) = 3 i1 + i e + 2x
x j 2√∫x j
10. a) 200 b) 800 c) ≈ 141 d) ≈ 336 38. a) y = 2e3 x + e3 b) x = 2x + 4
11. a) a > 1 e b = 2 b) 0 < a < 1 e b = 3 12. a = 2 e b = 3
185 1 8 Unidade 4 – Funções logarítmicas (pág. 35)
13. a) 20 b) c) d) p2 e)
3 100 000 75
1

2 1
– 1
2 39. a) 6 b) –1 c) d) –2 e) –5 f) 4 g) 0 h) 1 i) 10 j) 81
14. a) 5 b) 6 3 c) 7 4 2
2 1 1
1 1 40. a) ]–1, +∞[ b) R+ c) R\{0} d) R e) ]–∞, 2[
15. a) √∫x b) c) x d) e) 9x4 f) 2x 3 y g) x 3 y 2 h) z2
√∫x∫ x 41. a) 3x b) x3 c) x4 d) 2x
16. a) y g1 b) y 42. a) log2(8192) b) log3(1 594 323)
g2
c) log5(1 220 703 125) d) log(10 000 000 000 000)
e) ln(e13)
1
3 43. a) 2log2(13) b) 3log3(13) c) 5log5(13) d) 10log(13) e) eln(13)
2 e–1 44. a) i) y g1 ii) y g
1 O x 2 g g2
O x O 12 x
O 1 x
–2
c) y g3 d) y
x=1
O g4 x iii) y iv) y
e–1 –1 g

–1 O x –1 O 1 g3 x g
–1 –1O 1 x
g4
e) y f) y g6 x = –1
v) y
1 g5
2
g
O x 1
g5 O x O 1 x
17. a) > b) > c) < d) >
b) Dg1 = R+; D’g1 = R; x = 0; Dg2 = ]1, +∞[; D’g2 = R; x = 1;
18. a) Prop. verd. b) Prop. falsa. c) Prop. verd. d) Prop. verd.
Dg3 = ]–1, +∞[; D’g3 = R; x = –1; Dg4 = R–; D’g4 = R;
19. a) 1 b) 36 c) e – 1
25 x = 0; Dg5 = R+; D’g5 = ]–∞, 2]; x = 0
20. a) 3 b) 27 c) 9 d) √∫3
3
e) f) 5√∫3 21
3 3 46. a=2eb=4 47.
2
a1a a 1a a 5a
21. a) b b b) {0} c) b– b d) {3} e) b– b 48. a) 16 b) e5 c) e d) 1 e) e–2
c2c c 2c c 2c f) 1000 g) log4(3) h) log(4) i) ln (6) j) Não existe.
f) {–1, 5} g) {–1} h) {0, 1} 22. Opção (B)
49. a) 2 horas b) 90 decibéis
a 9a a 13a a3a 3 3 1
23. a) b– b b) b– b c) b b d) {3} e) {–1} f) {7} 50. a) 3ln(5) b) ln(5) c) ln(5) d) ln(5) 51. – + log(3)
c 8c c 6c c4c 2 2 6

247
SOLUÇÕES


67. a) f –1: ]–∞, 3[ Æ R b) g –1: R Æ ÈÍ –∞,
4 ÍÎ
52. a) Af. verd. b) Af. falsa. c) Af. falsa. d) Af. falsa.
e) Af. falsa. f) Af. falsa. g) Af. falsa. Î
53. a) 4 b) 1 c) 0 d)
1 h3 – xh 2 – e5 – x
6 x |Æ –In i i x |Æ
1 1 j 4 j 8
54. a) x + 3y b) 2x – y c) +
x 2
c) h–1: ]3, +∞[\{4} Æ R\{0}
56. a) y y
1
f g x |Æ
log(x – 3)
–1 O 1 x O 2 x
999
68. a) ]–∞, 10[ b) c) [0, 10[ d) R
100
f e g não são iguais. 69. a) Df o g = R; 3x + In(2) + 1 b) Dg o f = R; 8x3e
b) y y 1
70. a) 10x ¥ ln(10) b) ln(2) 2x + c) ln (3) ¥ 3x + 3x2
f g x
h 1h –1 + ln(x) 1
O x O x d) ex iln(x) + i e) 1 + ln(x) f) g)
j xj (ln(x))2 x ln(2)
f e g são iguais. 4 8 5 5
71. y = x– + ln(5); y = – x+ + ln(5)
c) y y 5 5 4 2
72. a) 2In(2) ¥ 22x – 7 b) (2x – 3) ¥ 10x – 3x + 4 ¥ In(10)
2
2 g
f
2 1 1
c) – d) – e)
O 1 4 x O 1 x (–2x + 1) In(2) x In(10) 2x √∫l∫n∫(∫x)
b) (2x + 5) ¥ 3x + 5x ¥ In(3)
2
73. a) (6x + 15)(x2 + 5x)2
f e g são iguais.
–2 + In(2x) 1 –3x(x + 1)2
d) y c) d) 2 e)
y x2 x +x e3x
f g h 1h
ex iIn(x) – i
–2 O x O x (x + 1)2 (2 – x) j xj
f) g)
ex x

√∫ ∫
2 e ¥ (In(x))2
f e g não são iguais. In(x)
e) y y 74. a) 3 b) y = 3ex + 9e + 1

d) ÈÍ In i i – 3, +∞ ÈÍ
h1h
g c) f –1: ]1, +∞[ Æ R
hx
– 1h Î j3j Î
–2 –1 O 1 x –1 O 1 x x |Æ In i i –3
f 3 j
j
75. a) f é estritamente crescente em ]–∞, 3] e é estritamente
27
f e g não são iguais. decrescente em [3, +∞[; 3 é máximo relativo.
e
59. b) 105
b) g é estritamente crescente em ]0, 4] e é estritamente
60. a) {3} b) {1} c) {4} d) {–3} e) {40}
decrescente em [4, 8[; ln(16) é máximo relativo.
a –3 – √∫8∫9 –3 + √∫8∫9 a a 3a
f) b , b g) b–4, b h) {–4, 6} c) h é estritamente crescente em [ln(2), +∞[ e é estritamente
c 4 4 c c 2c
decrescente em ]0, ln(2)]; 2ln(2) é mínimo relativo.
a 1a a125a
61. a) {7} b) b– b c) ∅ d) b b e) {4} 76. 1,25 semanas após o solstício de inverno.
c 2c c 27 c
a1a a 1 a 77. a) 0
f) b b g) {4, 3√∫2} h) b4, b i) {–5, 4} j) {8, –12}
b) f é estritamente crescente em ÈÍ0,5; ÈÍ e é estritamente
e
c2c c 2c
62. a) {–5} b) ]–5, +∞[ c) ]–6, –5[ Î 2Î
decrescente em ÈÍ , +∞ ÈÍ ; 0 é mínimo relativo;
e 9,2
é
63. a) Í 0, Í b) Í –1, – Í ∪ [1, +∞[ c) Í , 4ÈÍ d) ]–5, –4[
È 5È È 1È È 1 Î2 Î e
Î 4Î Î 3Î Î3 Î máximo relativo; ≈ 1,4 anos
64. a) ÈÍ 1, –1 + √∫3∫3 ÈÍ b) ]0, 3[ c) ]1, 13[ 78. f tem a concavidade voltada para cima em ]0, 1[ e a con-
Î 2 Î
cavidade voltada para baixo em ]1, +∞[; tem um ponto
d) ÈÍ
2 1È
, Í e) ]–∞, –2[ ∪ ]3, +∞[ de inflexão de coordenadas (1, 0).
Î 11 2 Î
79. a) f tem a concavidade voltada para cima em ]–∞, 1[ e
f) ÈÍ 1, 1 – √∫5 ÈÍ ∪ ÈÍ 1 + √∫5 , 2ÈÍ g) ÈÍ –1, – ÈÍ ∪ ÈÍ , 2ÈÍ
1 3
tem a concavidade voltada para baixo em ]1, 2[; tem
Î 2 Î Î 2 Î Î 2Î Î2 Î dois pontos de inflexão de coordenadas (1, 4e–1) e
h) ]0, 3[ ∪ [e2, +∞[ i) ]0, 1[ ∪ ]e2, +∞[
(2, 8e–2). b) g tem a concavidade voltada para cima
j) ÈÍ 0,

k) ÈÍ , 3√∫3ÈÍ
1
Í ∪ [2, +∞[ em ]0, e[ e tem a concavidade voltada para baixo em
Î 32 Î Î9 Î ]e, +∞[; tem um ponto de inflexão de coordenadas (e, 1).
65. a) ]–∞, –ln(2)[ b) ÈÍln(2), ÈÍ c) ]ln(2), ln(3)[ d) R\{0}
5
Î 4Î c) h tem a concavidade voltada para cima em todo o seu
66. a) {–13} b) ∅ domínio; não tem pontos de inflexão.

248
80. a) ≈ 5,6; após 2 semanas do aparecimento do surto de 90. a) e3 b) ln(a)
gripe, o número de pessoas contagiadas está a aumen- 91. a) 0 b) +∞ c) –∞ d) 0 e) +∞ f) 0
tar à taxa de 5,6 centenas de pessoas por semana. g) 0 h) 0 i) –∞ j) +∞ k) –∞ l) 0
b) 2 semanas m) 0 n) 0 o) +∞ p) +∞ q) +∞
81. a) Df = R; função ímpar; tem um y f 92. a) –5 b) 0 c) 0 d) 0 e) 0 f) 0
zero: x = 0; f’(x) = ex + e–x; f é 93. a) 0; não existe. b) +∞ c) +∞ d) Não existe; +∞
estritamente crescente em todo 3
e) –ln(2) f) g) –∞ h) 1 i) Não existe.
o seu domínio; f”(x) = ex – e–x; 5
O x 9
f tem a concavidade voltada j) Não existe; 1 k) 1 l) 1; +∞ m) – ln(9); +∞
2
1
para cima em ]0, +∞[; tem um 94. a) x = 0, y = –1 e y = 0 b) x = e y = 3
e
ponto inflexão (0, 0). c) x = 0 e y = 2
b) Dg = R+; tem um zero: x = In(2); 95. a) x = 0 e y = x + 1 b) x = 100
y g
x = 0 é assíntota vertical ao c) Não existem assíntotas. d) x = 1
seu gráfico; y = x é assíntota 96. a) x = 0 e y = 0 b) x = 0; y = 0 e y = x + 2
oblíqua ao seu gráfico; 97. a) f é contínua em x = 1. c) A[OAB] ≈ 0,1 u. a.
x
g’(x) = xe ; g é estritamente O ln(2) x 98. a) x = 0 e y = x – 1 b) y =
1 h2h
x + ln i i –
1
c) –1,39
e –1 6 j3j 6
crescente em todo o seu do-
mínio; g”(x) = ex ;
Unidade 5 – Modelos exponenciais (pág. 79)
x
(e – 1)2
100. a) 1 296 000 b) 2028 101. 6,7 anos 102. 80 975 anos
g tem a concavidade voltada para baixo em todo o
103. b) 99; a cada 100 anos, a massa de carbono-14 presente
seu domínio.
h na amostra diminui aproximadamente 1%.
c) Dh = R; não tem zeros; y
c) Não pode ser a Távola Redonda.
y = 2x + 1 é assíntota oblíqua
ao seu gráfico; O
– x 5 – 4ln(4) x
Aprende Fazendo (pág. 94)
h’(x) = 2 – 1 e 2 ; h é estrita- 1. (C) 2. (C) 3. (B) 4. (B) 5. (A) 6. (B) 7. (A) 8. (A)
2
9. (D) 10. (A) 11. (B) 12. (B) 13. (B) 14. (A) 15. (B)
mente crescente em [–2 In(4), +∞[;
– x 16. (A) 17. (C) 18. (D) 19. (C) 20. (A) 21. (D) 22. (B)
5 – 4 In(4) é mínimo absoluto; h”(x) = 1 e 2 ; h tem a
4 23. (D) 24. (A) 25. (A) 26. (C) 27. (B) 28. (B)
concavidade voltada para cima em R.
29. a) 2026 euros; ≈ 2106 euros b) un = 2026 ¥ 1,013n – 1
82. a) Não existe.
b) Dg = R+\{e}; não tem
y 30. a) Cn = 10 000 ¥ 1,0075n b) 0,26 euros 31. a) 555 metros
a 5a a3a
zeros; x = e é assíntota 32. a) {–5} b) {0} c) b– b d) b b
c 3c c2c
vertical ao seu gráfico;
e2 e3 È 1
33. a) Í – , +∞ Í È È 1È
b) Í –∞, – Í
g’(x) = 2 – In(x) 2 ; g é es- O e x Î 2 Î Î 2Î
(1 – In(x))
tritamente crescente em c) ]–∞, –√∫2] ∪ [√∫2, +∞[ d) ]–∞, –2] ∪ [2, +∞[
g
]0, e[ e em ]e, e2] e é e) ]–∞, 2] f) ]–∞, 30]
h) ]–∞, –2[ ∪ ÈÍ , +∞ÈÍ
1
estritamente decrescente em [e2, +∞[; – e2 é máximo g) ]10, +∞[
Î2 Î
– 1 (In(x) – 3) 34. b) A(0, 1); a abcissa de B é 0,53; 0,3 u. a.
x –
15
relativo; g”(x) = ; g tem a concavidade 35. a) e–6 b) e c) e2 d) e 4 e) e–12 f) +∞ g) 1 h) e 3√∫e
(1 – In(x))3
1
voltada para cima em ]0, e[ e em ]e3, +∞[ e voltada 36 a) b) –3 c) 1 d) 5 e) e4
4
h 3h
para baixo em ]e, e3[; ie3, – e i é ponto de inflexão. 37. a) 0 b) –1 c) Não existe.
j 2j
a 2a
83. a) x = 0 é assíntota vertical ao seu gráfico. b) f tem má- 38. a) {–√∫5, √∫5} b) b– b c) {2 – √∫3, 2 + √∫3} d) {9}
p p 5p c 5c
ximo igual a – e para x = –1. c) , e a1a
6 2 6 e) {4e} f) b b g) ∅ h) {1024} i) {65 536} j) {4}
c 24 c
84. a) f é contínua em R+. c) x ≈ 1,23 86. b) x ≈ –1,841
87. a) 80 metros b) As soluções representam os instantes 39. a) ]0, 1] b) ÈÍ 1 + √∫2∫1 , +∞ ÈÍ c) ]0, e3[ d) ]–3, –2[
Î 2 Î
em que o Filipe se encontra a 50 metros do solo; 2
3 40. a) 2e2x + 1 b) c) –4xe–x2 + 2x In(2)
t= + 3k, k ∈N0. d) 50 2x + 1
2
1 1 e4x
88. a) b) 6 c) 16 d) +∞ e) 0 f) 4 g) +∞ h) 0 d) e) – 1 f) 4e4x ¥ log2(3x) +
2 x In(x) x x In(2)
1
i) 4 j) 0 k) 0 l) – m) –∞ n) –3 o) +∞ p) 0 1 – 4 In(x) 1 3e3x(x – 1)
3 g) h) i)
1 x5 2x√∫I∫n∫(∫5∫x) x4
89. a) –7 b) c) +∞ d) +∞ e) +∞ f) –∞ g) 2 h) –∞
3 senx
h3h 1 1 j) – k) (1 + cos x)ex + senx
i) 0 j) –∞ k) ln i i l) 4 m) –∞ n) +∞ o) – p) cos x + 1
j2j 3 2

249
SOLUÇÕES

41. 14,87% 42. b) 40 minutos 62. a) ≈ 1,556 cm/dia; ≈ 0,466 cm/dia b) A planta 1.
a 11 a a1a 63. a) x = 1 é assíntota vertical e y = 0 é assíntota horizontal
43. a) b– b b) {1, 3} c) {8} d) {3} e) b b
c 2c c 10 c ao gráfico de f. c) f é estritamente decrescente.
f) {–1, 2} g) {–2, 3} h) {–2, –1} i) {1} j) {2} d) Concavidade voltada para baixo em ]1, 2[ e voltada
44. a) ]–∞, 3[ b) ∅ c) ]–∞, –√∫2[ ∪ ]√∫2, +∞[ d) R e) R+0 para cima em ]2, +∞[; (2, 2e) é ponto de inflexão.
e) y = –2x + 9
f) R0– g) ]–∞, –√∫5] ∪ [√∫5, +∞[ h) ]–∞, –√∫5[ ∪ ]√∫5, +∞[
64. b) A é estritamente crescente em ]0, √∫2 ] e é estritamente
i) ]–3√∫3, 3√∫3[ j) ]–2, 2[ k) ]–∞, 2] l) [–1, 2] decrescente em [√∫2, +∞[; e1 – √∫2 (1 + √∫2 ).
m) ]–∞, –√∫3] ∪ ]0, √∫3] È 1È
n) Í 0, Í 65. a) ∅ b) f é estritamente crescente em ]0, 1] e é estri-
Î 3Î tamente decrescente em [1, +∞[; –In(2) é máximo re-
45. a) 520 euros e 540,8 euros b) Df = R+0 e f(x) = 500 ¥ 1,04x lativo (absoluto).
c) 617,95 euros d) 35 anos e 126 dias 4
e) 1,04; o capital acumulado cresce à taxa de 4% ao ano. 66. a) 3 b) e c) +∞ d) Não existe. e) e2 + 1 f) 1
2 3
f) 103% g) f(x) = 500 ¥ e0,039x
g) 1 h) 3 i) 1 j) +∞ k) +∞ l) 0 m) 3
46. a) 3000 b) ≈ 60 257 c) ≈ 1 dia e 17 horas 3
d) ≈ 1,35. A cada dia que passa a população aumenta a 67. a) f não é contínua em 0. b) g não é contínua em 0.
uma taxa de aproximadamente 35%. c) h não é contínua em 2.
1 68. a) y = 1 b) x = 0 c) x = –3 e y = e – 1
47. a) P(t) = ¥ 1,1t b) ≈ 19 dias
2 69. a) Df = R+, Zero de f: ln(2); Dg = R+, zero de g: 1;
48. a) ≈ 27 kg b) ≈ 0,38. Quando o peso duplica, a Dh = ]–∞, –1[ ∪ ]0, +∞[, h não tem zeros. b) x = 0 e
altura aumenta 38 cm aproximadamente. y = x são assíntotas ao gráfico de f; x = 0 e y = 0 são as-
49. a) ≈ 3 parsec síntotas ao gráfico de g; x = 0, x = –1 e y = 0 são assín-
50. a) 8,3 b) 1014 joules c) 7 ¥ 108 totas ao gráfico de h. c) f é estritamente crescente em
51. a) 1963 b) k = –In(3 – p) R+, não tem extremos; g é estritamente crescente em
a) f –1: R Æ ÈÍ –∞,
2 È
b) ÈÍ– , ÈÍ
8 2 ]0, e] e é estritamente decrescente em [e, +∞[, tem um
7 ÍÎ
52.
Î Î 7 7 Î 1
máximo absoluto para x = e; h é estritamente cres-
2 – 10x + 2 e
x |Æ
7 cente em ]–∞, –1[ e é estritamente decrescente em ]0,
53. a) f –1: R+ Æ R b) g–1: R Æ ]–4, +∞[ +∞[, não tem extremos. d) f tem a concavidade voltada
x |Æ –1 + log3(x) x |Æ –4 + 10x – 2 para baixo em R+, não tem pontos de inflexão; g tem
c) h : ]–∞, 1[ Æ R
–1
È 3
È
h 1 – xh
–3 + log4 i i
a concavidade voltada para baixo em ÍÎ 0, e 2 ÍÎ e a con-
j 6 j ÈÍ 32 È
x |Æ cavidade voltada para cima em Î +∞ ÍÎ ; o gráfico de g
e ,
2 3
3 h
h
d) j–1: R Æ ]2, +∞] tem um ponto de inflexão de coordenadas ie 2 , i; 3
x–6
2e 2 j j
x Æ2+5
|
3
h tem a concavidade voltada para cima em todo o seu
c) ÈÍ , +∞ ÈÍ
9
54. a) 1 – 9e b) f –1: ]–∞, 1[ Æ R
In(1 – x) – 1 Î 4 Î domínio.
x |Æ e) D’f = R; D’g = ÈÍ –∞, 1 ÈÍ ; D’h = R+
2 Î eÎ
55. f é contínua em R.
56. a) A ≈ 4 b) O Tobias não cumpriu com as recomen- y=x
dações do médico.
1 10
57. a) y = 3x; y = – x+ b) Para x = 2: 3 1
3 9 3 e
4 8 In(10) In(10) 2e 2
y= x– ;y=– x+ ; para x = –2: O O 1 e 3
In(10) In(10) 4 2 ln(2)
e2
4 8 In(10) In(10)
y=– x– ;y= x+
In(10) In(10) 4 2 f g
58. y = 3x – 2 + ln(4) 59. a = 2 ∧ b = –3 ∧ c = 1
t
– h 1 h
60. a) C’(t) = 12 ¥ e 2 i1 – ti
j 2 j
b) 2 horas após a ingestão do álcool.
61. a) ≈ 2; ≈ 3; 1 ano após ter sido posta em prática essa po- h
lítica o número de indivíduos da espécie estava a cres- O
–1
cer à taxa de 2 indivíduos por ano e passados 20 anos
à taxa de 3 indivíduos por ano. b) A população desta
espécie está sempre a aumentar. c) ≈ 600

250
70. b) Na primeira hora a massa da substância diminui a uma Teste Final (pág. 120)
taxa de 32 mg por hora, enquanto que na segunda Grupo I
3
hora a massa da substância diminui a uma taxa de 1. (B) 2. (D) 3. (D) 4. (B) 5. (A)
– 32 mg por hora. Logo, a taxa de desintegração média
27 Grupo II
é menor na segunda hora. c) –0,977 mg/h e
1. 1.1. 24 696 1.2. 1
–0,036 mg/h d) M”(t) =16(ln(3))2 3–2t + 1; M”(t) > 0,
4620
∀ t ∈R+0; M’ é crescente; a massa da substância dimi-
a a
nui cada vez mais lentamente. 2. 2.2. 0 2.3. b– 3p , – p , p , 3p , 5pb 2.4. a) k = 2 – e
c 4 4 4 4 4c
71. 71 772,68 euros 72. a) 8% b) 9 anos
73. a) C(x) = 45 000 ¥ e–0,223x b) 7 anos e 79 dias c) Desva- b) y = 0 é assíntota horizontal ao gráfico de g quando x → –∞.
h h
loriza cerca de 1,8% por mês. 74. 926 termos 3. 3.1. A(1 + ln(3), 0); B i– 39 , 0i 3.2. f é estritamente
j 10 j
75. a) {0} b) {In(3), 0} c) {–1} d) {In(2)}
a1a decrescente e g é estritamente crescente. 3.4. 5,1
e) {In(5), 0} f) {–1} g) {2} h) {0} i) b b 4. 4.1. Março de 1996. 4.2. k = –ln(4 – 0,5p)
c2c
76. a) ]–∞, –√∫3] ∪ ]0, √∫3] b) [–4, 2] c) ]–∞, 3]
In(3) + 2 È
TEMA VI
d) ÈÍ –∞ , Í e) [3, +∞[ Primitivas e Cálculo Integral
Î 3 Î
77. a) {0, 1, 6} b) {4, –6} c) {9, √∫3} d) {10, 10 000}
78. a) ]2 – √∫5, 2 + √∫5[ b) ]2, +∞[ c) ]0, 3] Unidade 1 – Noção de primitiva (pág. 126)
f) ÈÍ , 2ÈÍ
5 G’(x) = x3
d) ]0, 1] e) ]–√∫7, –2[ ∪ ]√∫7, +∞[ 2.
Î3 Î 3. f 4. b) F(x) = x3 + x – 3
80. a) Df = ]–∞, 1[ ∪ ]2, +∞[; Dg = ]0, +∞[\{7}; Dh = ]–1, +∞[\{0} y g
h x2
5. a) 2x + c, c ∈R b) + c, c ∈R
3 – √∫5 3 + √∫5 7
b) e ; g não tem zeros; h não tem zeros.
2 2 1
3 c) x4 + c, c ∈R d) – + c, c ∈R
3 – √∫5 3 + √∫5 È x
c) ÈÍ , 1ÈÍ e em ÈÍ 2,
2
d) R\{0} 3
2 ÍÎ
e) – 2
Î 2 Î Î 3 e) x 2 + c, c ∈R
O x 3
81. ]0, 4√∫2[ 82. log2(√∫a∫ + ∫ )=3–b
∫ ∫ ∫4 – √∫a∫ ∫–∫ 4
f)
x3 x2
+ + c, c ∈R
83. a) ≈ 376 unidades b) ≈ 0,203 –5 3 2
x
c) ≈ 10 horas do dia 6 de julho. g) 3e + x + c, c ∈R
84. a) 50 b) Janeiro de 2004. c) k = –1,8 ou k = –0,1 x12
h) 2sen x + 5x + c, c ∈R i) ln(|x|) – – cos x + c, c ∈R
85. a) 1% b) ≈ 16,7 dias; ≈ 64,5% c) 33 dias e 8 horas d) 33% 3 x
x3 e
j) + 3x + 9x + c, c ∈R k) 4ln(|x|) + – 3x + c, c ∈R
2
1 3 2
86. A = 5e; k = 87. a) ≈ 2anos b) Logo após o nascimento. 2 5
2 l) 4√∫x + c, c ∈R m) x 2 + c, c ∈R
5
88. a) +∞ b) 0 c) –18 d) 3e2 e) 4e3 f) 4
(5x – 2)4 1 2
89. a) f é contínua à direita em x = 0. b) f é estritamente de- 6. a) + c, c ∈R b) ex + 5 + c, c ∈R
20 2
crescente em R+. c) y = – 1 x d) (–1,903; –0,526) 1
c) sen(4x + 3) + c, c ∈R d) –
cos2x
+ c, c ∈R
p 4 2
90. a) y = 0 b) Não tem. 91. a) x = 0 e y = 1 c) x ≈ –1,6 sen x5
ln|sen(2x)|
e) + c, c ∈R f) + c, c ∈R
92. a) Df = ]–2, 1[; Dg = R\{0} 5 2
b) x = –2 e x = 1; x = 0 e y = –3 g)
3
2ln|x – 3x|
+ c, c ∈R h) 2ln|x2 – 5x + 6| + c, c ∈R
93. a) A partir de 10–7. 3
d) i) 0; não tem assíntotas não verticais ao seu gráfico. i) sen(ex) + c, c ∈R
1 1
94. a) g é estritamente decrescente em ÈÍ 0,
1 È 7. a) – 2 + c, c ∈R b) – + c, c ∈R
e é estrita-
Î e ÍÎ x +x+1 x–1
mente crescente em ÈÍ , +∞ ÈÍ; 0 é máximo relativo e c) 2√∫(∫1∫ ∫+∫ x∫ ∫ ∫) + c, c ∈R
3 3
1 d) ln(ex + 1) + c, c ∈R
Îe Î 9
1
é mínimo absoluto. d) g tem a concavidade voltada e) (ln(x))2 + c, c ∈R
2
para cima em R+ e não tem pontos de inflexão.
1 2x
100 8. a) (e – e–2x) – 2x + c, c ∈R b) –2cos(√∫x ) + c, c ∈R
e) y 95. b) A = –1 2
P0
9. a) A = 3 e B = –1 b) 3 ln|x| – ln|x – 2| + ln(2)
c) P(t) = 100, isto é, o número de
10. a) 2x + 3 ln|x – 1| + c, c ∈R
ursos nessa reserva natural a
1 x2
O e partir do dia 1 de janeiro de b) – x + ln|x + 1| + c, c ∈R
2
1
–e 1 x 1990 seria sempre constante e
11. a) v(t) = 6t2 – 6t + 2 b) p(t) = 2t3 – 3t2 + 2t + 3
5
igual a 100. d) t1 = ln(9) 12. 6,1 ºC
4
96. 7 minutos e 5 segundos

251
SOLUÇÕES

Unidade 2 – Cálculo integral (pág. 136) 15. 504 indivíduos.


16. a) A = – 1 ; B = 1 ; C = 1
13 2 3 6
13. a) 48 b) c) p
2 b) – 1 ln|x| + 1 ln|x – 1| + 1 ln|x + 2| + c, c ∈R
15. a) 26 b) –8 c) Não é possível. d) –10 e) 2 f) 10 2 3 6
3
16.
5
17.
2 17. a) ln(√∫2 ) b) 8 – 4√∫3 c) 2 d) – 7 ln(3) +
6 e 2 3 2 2
18. f(x) = 3x ln(x ) 19. 10√∫5
48 20 2 1
20. a) 1 (x + sen x cos x) + c, c ∈R b) sin x – sin x + c, c ∈R
3
18. a) b) – c) d) 0 e) e5 – e f)
5 3 3 4 2 x
1 5 11
g) h) ln(2) i) 2 j) ln( √∫3) k)
3
l) c) 1 (12x + 8sen(2x) + sen(4x)) + c, c ∈R
4 2 6 32
19. a) f(x) = sen x + ex b) f(x) = √∫e∫x∫ +
∫ ∫1 d) 1 ln2(3x) + c, c ∈R e) – 1 ecos(2x) + c, c ∈R
c) f(x) = e–(ex – x – 1)2 (ex – 1) d) f(x) = – 2x 2 4
1 2 1
e) f(x) = 3x2 cos(x3) 21. b) Não. c) P(t) = – cos(5t) – t+ ;
25 125p 5
2p2 1
20. + ln(2) 21. 22. 8 23. 2p 1 2
9 3 V(t) = sen(5t) – ; a posição inicial do ponto P,
5 125p
4
Aprende Fazendo (pág. 154) na unidade considerada, era de e a velocidade nesse
5
2
1. (B) 2. (D) 3. (D) 4. (B) 5. (C) 6. (B) 7. (D) instante era de – , na unidade correspondente.
125p
8. a) x3 + c, c ∈R b) –cos x + c, c ∈R 8 21 16
22. 3x2 cos(x3) – cos x 23. 24. 25.
c) –2cos x + 3sen x + c, c ∈R d) x + x + x + c, c ∈R
4 3
3 2 3
4 3
3x 2
e) e + c, c ∈R f) ex2 + c, c ∈R g) ln|x + 1| + c, c ∈R Teste Final (pág. 160)
3 2
h) ln|sin x| + c, c ∈R
4 9
i) (x + 1) + c, c ∈R
Grupo I
3
36 1. (B) 2. (A) 3. (D) 4. (D) 5. (B)
j) 2 (x + 1) 2 + c, c ∈R k) – 1 cos3x + c, c ∈R
3 3
Grupo II
l) –ln|cos x| + c, c ∈R
9.
3
a) 5x + 7 b) 2 sen(3x) +
1 2. 2.1. f é contínua em x = 1. 2.2. y = 4x
3 3 3 3 2.3. y = (4 – e–2)x + 4e–2 2.4. C.S. = {ln(3 + √∫1∫0)}
2
3x 1 ln(x + 1) + ln(√∫5)
c) x + 3.1. 1 x2 + 2x + 3ln|x + 1| 3.2. ln|ex + 1| + c, c ∈R 4. 46
3 2
d) 3.
2 2 2 3
7x
10. a) e + c, c ∈R b) –2cos(√∫x) + c, c ∈R
7 3
c) 1 (2x + 7) 2 + c, c ∈R d) 1 (4x2 – 3)6 + c, c ∈R TEMA VII
3 6
e) 1 e x4 + 2
+ c, c ∈R f) x + ln|x – 1| + c, c ∈R Números Complexos
4
g) 1 (ln(x))3 + c, c ∈R 11. 18 Unidade 2 – O corpo dos números complexos
3 (pág. 166)
12. a) – 32 b) 16 + 3 √∫4
3
c) 284 d) 2√∫3
3 3 3 3 1
5 1. a) –2; 3 b) 1; –1 c) 0; 2018 d) –5; 0 e)
; –√∫2
e) e5 – e f) 121 g) 1 h) 2
5 4 84 2. a) k = √∫2 ∨ k = –√∫2 e p = 6 b) p = 1 e k é um número
13. f(x) = sen(x2) 1
2 real qualquer. c) k = 0 e p ≠ 1
14. a) esen x + c, c ∈R b) (x3 + 1) 2 + c, c ∈R
3 1
3 3. a) 4 + 6i b) 6 + i
2
c) 2 (1 + ln(x)) 2 + c, c ∈R d) 1 (3x2 + 1)4 + c, c ∈R 1
3 24 4. a) 12 + 6i b) 4 – i c) 1 + 2√∫2i
2 2
e) ln(2x + 3) + c, c ∈R
2
f) (x + 1)3 + c, c ∈R
3 5. Sejam M1, M2, M3, M4, M5 e M6 os afixos de z1, z2, z3, z4,
3 3
z5 e z6, respetivamente:
g) 2 (5x + 1) 2 + c, c ∈R h) 1 (2x – 1) 2 + c, c ∈R
3 3 e. i.
i) (3x – 1) 5
+ c, c ∈R j) (x 2
+ x)2 + c, c ∈R 3 M1
5 2 M2 2
3
k) 2 (x3 – 2) 2 + c, c ∈R l) –1 + c, c ∈R –2 M5
3 (1 – 2x2)
2 3 –1 –1 2 e. r.
m) (5x + 1) + c, c ∈R n) √∫x2∫ ∫ +
∫ ∫ ∫1 + c, c ∈R M3 M4 M6
3
2
2 ln (x) 1
o) √∫x3 + 2√∫x + c, c ∈R p) + c, c ∈R 6. a) –2 – 3i b) 1 + i c) –2018i d) –5 e) + √∫2i f) –10
3 2 2

252
ph ph
i hi – i i hi – i
7. a) 2 – 5i; –2 – 5i; –2 + 5i b) e. i. c) 40 u. a. c) ∫z = 3e j 2j; –z = 3e j 2j d) ∫z = 4ei0; –z = 4eip
8. Por exemplo: P4 5 P1 e. i.
e. i.
a) 1 + 7i b) 5i c) 3 3 A
3 π
9. a) Re(w) = e Im(w) = √∫2 – 3 π
2 2 C A= B
5 –2 O 2 e. r.
b) + (9 – √∫2)i –4 O 4 e. r.
–π
2 O e. r.
2
11. a) 5 b) √∫2 c) 13 d) 9 e) 12
P3–5 P2 –3 B = C
12. z = 2 – √∫2∫1i i hi –
p
+ qhi
38. a) ei(–q) b) ei(p + q) c) e j 2 j
d) eiq
e. i. ph ph
3 3 1 √∫3 i hi – i i
3p
i hi –
i i
5p
i
3p

O 16. a) – + i b) –i c) – i 39. a) 6e j 8j
b) 6e c) 9e 8 j 2j
d) 10e e) 30e 8 8
2 e. r. 5 10 2 2
5 1 41. a) 1 + i; –1 + i; –1 – i; 1 – i b) 4
d) + i 17. a) i b) –1 42. Opção (D)
–√∫2∫1 P 26 26 e. i.
c) –5 + i d) 256 + 5i 19. 8 P1 1 P
1 1 7 6
20. a) –32 – 24i b) –4 – 4i c) – + i d) + i
8 8 2500 625
–1 O 1 e. r.
1 1 3 22 16 11
21. a) – i b) 2 + 10i c) –1 + 2i d) – + i e) + i P2 –1 P3
4 4 5 5 13 13
a 1 1 a a3 9 a a1 1 a
22. a) b– – ib b) b + ib c) b – ib 43. a) f(x + yi) = x + yi + 1 + i =
c 2 2 c c2 2 c c6 2 c e. i.
M’ = (x + 1) + (y + 1)i
23. a) k = 0 b) k = 1 ∨ k = –1 y+1
M Translação associada ao
y
Unidade 3 – Forma trigonométrica de um número vetor ≤u(1, 1).
complexo (pág. 186) O x x + 1 e. r.
p 9p p 3p b) f(x + yi) = i(x + yi) =
26. z3, z4, z5 e z6 27. e são argumentos de z3. e – e. i.
4 4 2 2 = –y2 + xi
7p 5p M’ x π
são argumentos de z4. e– são argumentos de z5. 2 M Rotação de centro O
6 6 y p
p 11p e amplitude .
e são argumentos de z6. 2
5 5
i
p
i
p
i
12p
z i
2p –y O x e. r.
29. z1 = e 5 ; z2 = e 7 ; z1z2 = e 35 ; 1 = e 35
z2 c) f(x + yi) = – (x – yi) =
30. a) 1 b) √∫2 + √∫2 i c) –i d) 0 M’
e. i.
y π M = –x + yi
2 2
2
31. a) 5 ¥ (–1) b) 3 ¥ (–i) Reflexão axial cujo
h √∫2 √∫ eixo é o eixo
d) √∫3∫4 i 3√∫3∫4 – 5√∫3∫4 ii
2 h h h –x O x e. r.
c) 2√∫2 i + ii imaginário.
j 2 2 j j 34 34 j
p ph p
i i hi – i i
32. a) 2e 2 b) 3e j 2 j c) 2018ei0 d) 2019eip e) 2√∫2 e 4 d) e. i. f(x + yi) = 3(x + yi) =
33. a) z e w são iguais. b) z e w são iguais. M’ = 3x + 3yi
3y
c) z e w não são iguais. Homotetia de
p
34. r = √∫2 e θ = – + 2kp, k ∈Z centro O e razão 3.
p 12 2p 7p 5p
M
i i i i
35. a) 4e 3 b) 2√∫2e 3 c) 2√∫3e 6 d) 4e 6 y
ph p 3p
i hi –
i i i
j 4j
e) 2√∫2e f) e g) 2e 2 2

1 √∫3 O x 3x e. r.
36. a) + i b) 1 + i c) 2√∫3 – 2i d) 3i
2 2 e) f(x + yi) = i(x + yi) + 5 =
e) 8 f) –8 g) –9i h) √∫ 2 √∫
– 2i e. i.
M
= xi – y + 5 = (5 – y) + xi
2 2 y
37. Sejam A o afixo de z, B o afixo de z∫ e C o afixo de –z: u(5, 0) x M’ Rotação de centro O e
ph 5p p 2p π
p
i hi – i i i i amplitude , composta de
a) z∫ = e j 4j; –z = e 4 b) z∫ = 2e 3 ; –z = 2e 3
2 2
–y O x e. r. uma translação associada
e. i. e. i.
A 5–y ao vetor ≤u(5, 0).
C 2π B
5π 3 f) M’ f(x + yi) = i(x – yi) = xi + y =
π e. i.
4 = y + xi
4 π
3 M
Reflexão axial cujo eixo é o
O –π e. r. π
4 O –π e. r. eixo real, composta de uma
3 O 2
e. r. rotação de centro O e
p
C B amplitude .
A 2

253
SOLUÇÕES

7p p p 2p h p 5p 3p 13p 17p 7p
i 3 i 10 i hi – i i i i i i i i
44. a) 2e 10 e d) 6e j
b) 2e 2 c) 5 j c) z0 = e 12 ; z1 = e 12 ; z2 = e 4; z3 = e 12 ; z4 = e 12 ; z5 = e 4
2
e. i.
45. Sejam A o afixo de z e B o afixo do inverso: B
p p C A, B, C, D, E e F são os
1 i hi – hi i
a) e j 4 j b) 3e 5 afixos dos números
2
A complexos z0, z1, z2, z3, z4 e
A B
e. i. e. i. 3 z5, respetivamente.
2 O e. r.
π π
4 5 D
O –π e. r.
O –π e. r. F
1 4 5
1
2 B 3 A E
p p 2p 4p 5p a
1 i hij – 2 hij a i i i i
c) e d) 4ei0 55. a) b6√∫2ei0, 6√∫2e 3 , 6√∫2e 3 , 6√∫2eip, 6√∫2e 3 , 6√∫2e 3 bc
c
10 3 i
4p
i
5p
i
p

e. i. b) A = 6√∫1∫0∫8 56. 3eip; 3e 3 ; 3e 3 ; 3ei2p; 3e 3


e. i. 2
10 A
h 3h h 3√∫3 3 h
57. A i– 3√∫3 , i ; B i , i ; C(0, –3)
1 j 2 2j j 2 2j
4 4 ph p p 5p 7p 3p
i hi – i i i i i i
O A 58. n = 6; 2e j 6j; 2e 6 ; 2e 2 ; 2e 6; 2e 6; 2e 2
B e. r.
π 2p 4p p 5p a
O 2 a i i i i
3b
59. a) b3√∫2ei0; 3√∫2e 3 ; 3√∫2e 3 ; 3√∫4 e 3 ; 3√∫4eip; 3√∫4e c
1 –π e. r. c
10 2
a 3√∫2 i p
√∫ √∫
a i hi – p hi p
i a
7p 9p
B be j 6 j ; i 3√∫2 i 20
i
p
i
4p b) c e2 ; e 6b c c) b5 e 20 ; 5 e ;
46. a) e 7 b) 243ei0 c) 16e 3 d) ei0 c 2 2
33p a
19p 3p h 6p
i ih –
b) √∫2
√∫ √∫ √∫
i i i 17p 5p
47. a) 2√∫2e 20 ej 4j c) 2e 5 5 3√∫2 i
e 20 ; 5 3√∫2 i 4 5 3√∫2 i 20 b
e ; e
2
3p h 2p h
2 2 2 c
i hi – i i hi – i
d) 4√∫2e j 20 j f) 33eip e) e j 5 j
d) {0, √∫3, √∫3i, –√∫3, – √∫3i}
p p
5 5 3 √∫2∫3 a
i; 2 e 4
5√∫ a
i i
+ √∫2∫3 i, –
48. a) 4i; 4e 2 b) + 3
2 2 2 60. a) b– – ib b) {0, 4i, – 4i}
5p
i hi – hi 2p c 4 4 4 4 c
49. a) 2√∫3 e j 6 j b) i) r = √∫2; θ = + kp, k ∈Z a 1 √∫2 1 √∫2 a
3 3 c) b0, – + i, – – ib
7p c 3 3 3 3 c
ii) r é um número real maior que 0; θ = + 2kp, k ∈Z
3
61. a) {–2√∫2i, 2√∫2i} b) {1 + √∫3i, 1 – √∫3i}
Unidade 4 – Raízes n -ésimas de números complexos a 1 1 a
c) b–1, + 2i, – 2ib
(pág. 206) c 2 2 c
3 7 3 7
51. 1 + i e – 1 – i 62. a) z = + i ∨ z= – i
p p 49pa
2 2 2 2
ia i i i
3p
i
5p
i i
7p a
i i a 13p 5p 37p
52. a) bce 4, e 4 , e 4 , e 4 bc b) bc2e 30, 2e 30 , 2e 6 , 2e 30 , 2e 30 bc b) z = 0 ∨ z = –1 + 2i ∨ z = –1 – 2i
a 2p 8p 14p a c) z = –√∫3i ∨ z = √∫3i ∨ z = –√∫5 ∨ z = √∫5
i i i
9 b
c) bc6√∫4∫8e 9 , 6√∫4∫8e 9 , 6√∫4∫8e c 53. Opção (B) d) z = i ∨ z = 1 – i ∨ z = –1 + i
p h
i hi –i i
11p
i
23p 63. (z = 1 + 3i ∧ w = 1 – 3i) ∨ (z = 1 – 3i ∧ w = 1 + 3i)
54. a) z0 = 3√∫2e j 18 j
; z1 = 3√∫2e 18 ; z2 = 3√∫2e 18

B e. i. Unidade 5 – Conjuntos de pontos definidos por


A, B e C são os afixos dos
condições sobre números complexos
números complexos z0, z1 e
z2, respetivamente.
(pág. 216)
e. r.
O 64. a) e. i. b) e. i.
A –3
O e. r.
C 2 C –2
p 3p 5p 7p C
i i i i
b) z0 = 3e 4 ; z1 = 3e 4; z2 = 3e 4; z3 = 3e 4
O 3 e. r.
e. i.
A, B, C e D são os afixos c) e. i.
B A dos números complexos z0,
O e. r.
z1, z2 e z3, respetivamente. –2

O C –5
e. r.

–8
C D

254
65. O afixo de z1 encontra-se no interior da circunferência c) e. i. 70. e. i. 4
de centro na origem e raio 3.
66. a) e. i. b) e. i. π
O 1 e. r.
4 A O
4 P1 –1 P1 –π –4 –1 4 e. r.
4 B
P1 P2
2
O 1 e. r. –4
–1
P2 A área é 6p.
–5 O 2 e. r. p
71. a) |z – (3 – 3i)| ≤ 2 ∧ – ≤ Arg(z) ≤ 0
4
i h7 hi p h7 hh
b) iz – i + 3ii i = 3 ∧ ≤ Arg hiz – i + 3ii i ≤ p
i j2 ji 2 j j2 jj
p
c) 0 ≤ Arg(z – (2 – 4i)) ≤ ∧ Re(z) ≤ 6
5
c) e. i. 67. a) d) 1 ≤ |z – i| ≤ 2 ∧ 1 ≤ |z + i| ≤ 2
e. i.
72. Mediatriz do segmento de reta [AB], onde A é o afixo de
1 + i e B é o afixo de –1 – i.
73. Circunferência de centro no ponto de coordenadas (2, 0)
1 P1 e raio 2.
O 2 e. r.
–2 74. a) b) e. i.
O1 e. i.
e. r.

–2
P2 C
O 5 e. r. O 2 4 e. r.
b) e. i.
c) e. i.
–5
6
c) e. i. d) e. i.
O e. r.

–5 O 3 e. r. –2 –1 O e. r.
–2 –1 O e. r. –1
68. a) b) 2
e. i. e. i. π
2
2
Aprende Fazendo (pág. 234)
π P1
1. (B) 2. (B) 3. (A) 4. (D) 5. (A) 6. (B)
4
7. (B) 8. (A) 9. (A) 10. (A) 11. (B) 12. (D)
O e. r. 13. (B) 14. (C) 15. (B) 16. (B)
O 1 e. r. 17. a) 5 + 3i b) –5 – 16i c) 14 – 3i
c) e. i. 6 13 1 2 17 21
d) – – i e) + i f) – – i
41 41 5 5 5 5
–1 O e. r. √∫3 1
18. a) + i b) 1 – i c) 1 – √∫3i
π 2 2
4 1
–3 d) 4i e) –√∫5 f) – i g) 1
P1
6
–π i
p
i hi –
ph
i i hi –
ph
i
4 19. a) e2 b) ei0 c) √∫1∫1 eip d) 4 e j 2j e) √∫2 e j 4j

p ph 4p 5p
√∫2 i 4 i hi – i i i
f) e g) 2 e j 3j h) 2√∫2 e 3 i) 2 e 6
4
69. a) b) e. i. i hi –
ph
i i
8p
1 i hij – 7 hij
p
i
p
i
2p
1 i
p
e. i. 20. a) 3 e j 7j; 3e 7; e b) √∫2 e 3 ; √∫2 e 3; e3
3 1 3 √∫2
O ph p ph p
1 i hij – 2 hij
3p 3p
–2 –1 –1 e. r.
i hi – i
j 2j
i 1 i hij – 2 hij i hi –
i
j 2j
i
c) 3 e ;3e 2; e d) 2 e ;2e 2; e
C 3 2 5p
13p p
–3 –2 O 3 e. r. –3 12 6 i i i
21. a) + i b) 2√∫2 e 12 22. e 3 ; eip; e 3
5 5 p p 5p
a i i i
–3
23. a) C.S. = {2 + i, 2 – i} b) C.S. = b2 e 6 ; 2 e 2 ; 2 e 6 ;
7p 3p 11p
c
6 a
i i i
2e 6; 2e 2; 2e b c) C.S. = {0, √∫2i, –√∫2i}
c

255
SOLUÇÕES

p
i p
24. a) e 3 ; eip b) –1 36. a) w ≠ z1, pois um argumento de w é da forma + 2kp,
4
25. a) 1 ≤ |z – 2| ≤ 2 b) |z + 3 – i| ≤ |z – 2 + 2i| p
k ∈Z e um argumento de z1 é ; w ≠ z2, pois |w| = √∫2
26. a) e. i. b) e. i. 5
3p
A 2 e |z2| = 2. b) θ = + kp, k ∈Z
2 p 10
b) – √∫2 + i– √∫2 + 1i i
i h h
B 37. 12 38. e 4 39. a) –i
2 j 2 j
–2 O 2 e. r.
O 2 e. r. 40. a) z| ≤ 2 ∧ Im(z) ≤ –1
p p
b) |z| ≥ √∫2 ∧ – ≤ Arg(z + 1) ≤
–2 3p 5p
∧ ≤ Arg(z – 1) ≤
2 4 4 4 4
c) e. i. d) e. i. 41. a) 2√∫3 é um número real.
p 3p
b) |z| ≤ √∫2 ∧ ≤ Arg(z) ≤
2 9 4
π p 13p 25p
a
42. a) C.S. = ab3√∫1∫6 e 18 ; 3√∫1∫6 e 18 ; 3√∫1∫6 e 18 b
i i i
3 b) 6
e. r. O e. r. c c
17 c) a = 8 ∧ b = 9 ou a = –2 ∧ b = –1
; Im(z) = 9 b) Re(w) = –
2 1
27. a) Re(z) = – ; Im(w) =
5 5 25 25 43. a) e. i. b) e. i.
2
17
c) Re(i 3z) = 9 e Im(i 3z) = 3
5 5 1
ph 7p 11p 17p h
i hi – i i i i hi – i
28. a) √∫6 e j
b) e 4j c) √∫6 e d) √∫6 e
6 12 j 12 j
O e. r.
p 2p h
√∫ 6 i i hi – i
e) e4 f) 35 eip
g) e j 3 j –3 O 3 e. r.
6 7p
√∫ 2 √∫
2 √∫ 2 + √∫2 i c) a = p + kp, k ∈Z
i –2
29. a) 64 e 2 b) – i; –
2 2 2 2 6 Não existe nenhum ponto
–3
p 9p 17p 25p do plano complexo que
i i i i
8√∫2 16 ; 8√∫2 16 ; 8√∫2 16 ; 8√∫2 16 satisfaça a condição
30. e e e e
p 5p 2p 5p pretendida.
a i i a a i i
3a
31. a) C.S. = be 4 , e 4 b b) C.S. = b0, √∫2 e 3; √∫2 e b c)
c c c c
c) C.S. = {i, –1, 1} d) C.S. = {0, 1, i, –1, –i} e. i
p 13p 25p 37p
i i i i
32. a) 4√∫8 e 24 ; 4√∫8 e 24 ; 4√∫8 e 24 ; 4√∫8 e 24 π
3 4
b) b1) e. i. b2) z = – 4 + 3i P
A
–4 2
O e. r.
B
O –π 6 e. r.
33. b) 8 3
p 13p
34. a) z| ≤ 2 ∧ ≤ Arg(z) ≤
5 15 –3
b) |z| > 2√∫2 ∧ |z – 2| = |z – 2i|
35. a) b) e. i. d) e. i.
e. i. 3
3 B
–3 O 3 e. r. –π
2π 3
O e. r. –
–3 3
c) e. i. d) O 2π e. r.
e. i.
3 π
2 2 3
1 A –3
π
4
–2 –1 O 1 2 e. r. –2 O 2 e. r. Teste Final (pág. 244)
–1
Grupo I
–2 –2 1. (B) 2. (B) 3. (A) 4. (A) 5. (D)
e) e. i.
3 A Grupo II
76 545
1. 2. 2.4. α = 0,77 rad
C 32 p 3p
1 i0
i i
B 3. 3.1 e ; 3e 2 ; 3e 2 ; A = 3 u. a.
O 2 e. r. 4. 4.1. 24 + 6 i 4.2. –1 + 2i; –2 – i; 1 – 2i 4.3. n = 5
17 17

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