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MATEMÁTICA A MANUAL DO
PROFESSOR
Daniela Raposo
Luzia Gomes
MANUAL CERTIFICADO
FACULDADE DE CIÊNCIAS
DA UNIVERSIDADE DO PORTO
DE ACORDO COM
NOVO PROGRAMA E
METAS CURRICULARES
VOL. 1
PREFÁCIO
Assim, procurando ir ao encontro das Metas Curriculares definidas para este ano de esco-
laridade, surge um manual que pretende ajudar os alunos a construir de forma bem cimentada
as bases para um Ensino Secundário de sucesso. Acreditamos que todos são capazes!
A nossa experiência de sala de aula reforça a convicção de que o aluno deve ser o principal
agente neste complexo processo de aprendizagens. Desta forma, este manual caracteriza-se
por uma componente prática muito forte, com:
– uma bateria de exercícios, na rubrica Aprende Fazendo, que permitirá aos alunos a mobi-
lização de conhecimentos de factos, de conceitos e de relações, bem como a seleção e apli-
cação adequada de regras e procedimentos, anteriormente estudados e trabalhados;
O Manual foi desenvolvido em articulação com o Caderno de Exercícios e Testes, que inclui
exercícios adicionais para todos os conteúdos e permite a simulação de momentos de avaliação.
Antes de terminar não podemos deixar de agradecer à Professora Doutora Cláudia Mendes
Araújo, pela disponibilidade, a troco apenas do sentido de colaboração construtiva, à Faculdade
de Ciências da Universidade do Porto, nas pessoas das Professoras Doutoras Gabriela Chaves
e Lucinda Lima, pela forma dedicada e profissional com que trabalharam no processo de avalia-
ção e certificação do Manual, ao Professor Doutor Filipe Carvalho, muito mais do que revisor
científico, indispensável na própria elaboração deste manual, à Dra. Alexandra Queirós, incansável
parte desta equipa e aos nossos colegas que tiveram sempre uma palavra de apoio.
Por último, mas não menor agradecimento, às nossas famílias que nos apoiaram incondi-
cionalmente e sem as quais este livro não teria sido possível.
As Autoras
APRESENTAÇÃO
temas Funções reais de variável real e Observa os dilemas do Raposo no vídeo “Mulheres
que sabem o que querem”.
1.º dilema
Vídeo
“Mulheres que sabem o
que querem.”
2.º dilema
Nesse mesmo dia, a Rebeca contou ao Raposo que ela, a Vanessa e a Sara vestem sempre
saia ou calças e têm três regras que não podem ser quebradas:
DESAFIOS
• Sempre que a Sara leva saia, a Vanessa leva calças.
• A Sara leva saia se e só se a Rebeca levar calças.
• A Vanessa e a Rebeca nunca vão as duas de calças.
Finalmente, a Vanessa diz ao Raposo que uma das três amigas usou saia na segunda-feira,
CONTEXTUALIZAÇÃO
HISTÓRICA
NOTAS enquadramento histórico
dos assuntos tratados
20 21
RECORDA EXERCÍCIOS
dos conteúdos
trabalhados na página
TEMA IV Funções reais de variável real UNIDADE 3 Generalidades acerca de funções reais de variável real
Texas TI-nspire 2. Determinar valores aproximados dos zeros de uma função Texas TI-84 Plus
Pressiona a tecla ON e escolhe a opção adicionar Gráficos. Representa graficamente a função:
Considera a função f definida por:
f(x) = x3 + x2 – 4x – 4
De seguida, digita a expressão analítica de f na janela f1(x) =:
Determina os seus zeros, com recurso à calculadora.
Carrega para a direita no cursor, uma vez e depois outra, de forma a encontrar os outros
Pressiona ENTER novamente:
seguintes modelos: Texas
zeros:
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
universais em R.
pelo qual se substitui a variável x transforma a condição numa proposição falsa. a) x = 3 … x2 = 9
36 Justifica que: b) (x – 1)(x – 2) = 0 … x = 1
b) x2 = 9 … x = 3
a) em N, x2 + 2x = 0 é Repara que:
c) x = 3 … x4 = 81 c) x2 = 9 … x = 3 ∨ x = –3
uma condição
• para x = 1, 12 – 2 = 0 é uma proposição falsa; d) x > 3 … x2 > 9
DEFINIÇÕES
b) universal; numa proposição falsa.
1. x2 = –3 mente a condição “(x – 1)(x – 2) = 0”.
c) impossível. a) x2 = 1 ⇔ x = 1
fácil identificação
3
c) x2 + 1 =0 e) “|x + 3| < 2 ⇒ x + 3 < 2” é uma condição universal em R, pois toda a con-
Obtemos uma condição impossível em R. CADERNO DE EXERCÍCIOS
d) –x < 0 cretização da variável x que satisfaz a condição “|x + 3| < 2” verifica igual- E TESTES
4. x ≠ x mente a condição x + 3 < 2. Pág. 6
Classifica cada uma das
condições em N, Z e R. Exercício 13
Esquematizando / Resumindo
Soluções
46. a) ⟹
A classificação de condições num dado universo pode ser sintetizada no seguinte
b) ⟸
Soluções esquema: Erro típico c) ⟺
Universais – todas as concretizações das variáveis
37. Por exemplo: d) ⟹
dão origem a uma proposição verdadeira.
a) R e) ⟺
Possíveis Um erro muito comum na resolução da alínea a) do exercício anterior é escrever
b) ]–∞, 5[ 47. a) –1∈R e (–1)2 = 1 ⇔ –1 = 1
c) {5, 7, 10}
Não universais – se pelo menos uma x > 2 ⇔ x2 > 4 é uma proposição falsa.
concretização das variáveis der origem a uma
38. Expressões proposição verdadeira e uma concretização
b) –2∈R e (–2)4 = 16 ⇔ –2 = 2 é
a) É universal em N, Z e R. proposicionais der origem a uma proposição falsa. Erro! uma proposição falsa.
ou condições
b) É impossível em N e é c) –4∈R e (–4)2 > 9 ⇔ –4 > 3 é
Repara que “x > 2 ⇔ x2 > 4” não é uma condição universal em R. Se fizermos
possível em Z e R. uma proposição falsa.
c) É impossível em N, Z e R. Impossíveis – todas as concretizações das a concretização de x por –3, obtemos a proposição –3 > 2 ⇔ (–3)2 > 4, que é d) –1∈R e |–1 – 1| = 2
d) É universal em N e é possível
variáveis dão origem a uma proposição falsa. uma proposição falsa, uma vez que (F ⇔ V) ⇔ F. ⇔ –1 – 1 = 2 é uma proposição
em Z e R. falsa.
34 41
REMISSÕES PARA
O “APRENDE FAZENDO”
E PARA O CADERNO
DE EXERCÍCIOS E TESTES
SOLUÇÕES
exclusivas da Edição do Professor,
surgem no fim de cada página
NO FINAL
TEMA I Introdução à lógica bivalente e à teoria dos conjuntos Itens de construção
Aprende Fazendo
• Soluções
p: “O Afonso usa óculos.” a) “52 × (p – 3)”
q: “O Afonso usa chapéu.” b) “ 1 + 1 = 1 ”
3 3 6
a) Em linguagem simbólica, a proposição “O Afonso usa óculos ou chapéu” pode escrever-se como:
c) “17 é um número primo.”
(A) p ∧ q (B) p ∨ q (C) ∼p ∨ q (D) ∼p ∧ ∼q
d) “O triângulo de vértices A, B e C.”
b) Em linguagem simbólica, a proposição “O Afonso não usa óculos nem chapéu” pode escrever-se
como: e) “Há triângulos no plano com dois ângulos retos.”
APRENDE FAZENDO
(A) p ∧ q (B) p ∨ q (C) ∼p ∨ q (D) ∼p ∧ ∼q f) “√∫3 > p + 1”
g) “–5 ∈N”
Soluções: a) Opção (B) b) Opção (D)
h) “{1, 2, 3}”
conjunto de exercícios
i) “{1, 2, 3, 6} é o conjunto dos divisores naturais de 6.”
2 Sabe-se que a ⟺ b é uma proposição falsa. Então, acerca dos valores lógicos das proposições a e b,
podemos concluir que: j) “Existe um número primo que é par.”
(A) a e b são ambas verdadeiras. Soluções: São designações: a), d) e h). São proposições: b), c), e), f), g), i) e j)
de aplicação e consolidação;
(B) a e b são ambas falsas.
15 Indica o valor lógico das proposições do exercício anterior.
(C) a e b têm valor lógico diferente.
Soluções: b), e), f) e g) são proposições falsas. c), i) e j) são proposições verdadeiras.
(D) nada se pode concluir.
Nas atividades
16 Considera as proposições:
p: “Eu gosto do verão”.
3 Das expressões seguintes, considerando x um número real, qual delas não é uma expressão proposi- q: “Eu não gosto do inverno”.
r: “Eu gosto da primavera”.
assinaladas com
(A) “O dobro de x é 7.” (B) 2x + 7 Traduz em linguagem corrente as seguintes proposições.
d) ~q ∨ r e) ~(p ∨ r) f) ~p ∧ ~r
de dificuldade devidamente
Solução: Opção (B)
4 Considera os conjuntos A, B e C:
Soluções: a) “Eu gosto do verão e não gosto do inverno.” b) “Eu não gosto do inverno ou gosto da primavera.” c) “Eu não
gosto do verão e gosto do inverno.” d) “Eu gosto do inverno ou da primavera.” e) “Não é verdade que eu goste do verão ou
da primavera.” f) “Eu não gosto do verão nem da primavera.” este símbolo não
identificado
A = {1, 2}, B = {2, 1} e C = {n ∈N: n2 ≤ 9}
escrevas no manual.
17 Determina o valor lógico das proposições p e q, sabendo que a proposição:
Qual das opções seguintes é verdadeira?
a) p ∧ q é verdadeira; b) p ∨ q é falsa; c) ~p ∧ q é verdadeira.
(A) A = B = C (B) A = B e C ⊂ A (C) B = C (D) A = B e A ⊂ C
Soluções: a) p e q são proposições verdadeiras. b) p e q são proposições falsas. c) p é uma proposição falsa e q é uma
Solução: Opção (D) proposição verdadeira.
62 65
ÍNDICE
Apresentação ....................................................................................................... 03
TEMA I
TEMA II
Álgebra
1. Radicais ............................................................................................................. 76
1.1. Monotonia da potenciação ............................................................................... 76
1.2. Raízes de índice n ∈N, n ≥ 2 ........................................................................... 79
ÍNDICE
TEMA III
Geometria analítica
1. Geometria analítica no plano ....................................................................... 154
1.1. Referenciais ortonormados ............................................................................ 154
1.2. Distância entre dois pontos no plano ............................................................. 155
1.3. Coordenadas do ponto médio de um segmento de reta ................................. 157
1.4. Equação / inequação cartesiana de um conjunto de pontos ........................... 161
1.5. Inequações cartesianas de semiplanos ......................................................... 162
1.6. Mediatriz de um segmento de reta ................................................................. 167
1.7. Circunferência e círculo ................................................................................. 170
1.8. Elipse ............................................................................................................. 176
Aprende fazendo ...................................................................................................... 182
ÍNDICE
2.º dilema
Nesse mesmo dia, a Rebeca contou ao Raposo que ela, a Vanessa e a Sara vestem sempre
saia ou calças e têm três regras que não podem ser quebradas:
• Sempre que a Sara leva saia, a Vanessa leva calças.
• A Sara leva saia se e só se a Rebeca levar calças.
• A Vanessa e a Rebeca nunca vão as duas de calças.
Finalmente, a Vanessa diz ao Raposo que uma das três amigas usou saia na segunda-feira,
calças na terça-feira, e que está apaixonada por ele.
Consegues descobrir qual das três amigas está apaixonada pelo Raposo?
No final deste tema voltaremos a estes problemas. Rogério Martins
TEMA I
Introdução à lógica bivalente e
à teoria dos conjuntos
1. Proposições
2. Condições e conjuntos
TEMA I Introdução à lógica bivalente e à teoria dos conjuntos
Introdução
Tarefa resolvida
Um prisioneiro encontrava-se numa cela com duas saídas, cada uma delas com
um guarda. Cada saída dava para um corredor diferente, um dos quais conduzia à
liberdade e o outro a um fosso com crocodilos. Só os guardas sabiam qual era a saída
certa, mas enquanto um deles dizia sempre a verdade o outro mentia sempre. O pri-
sioneiro não sabia qual era a saída certa nem qual era o guarda que dizia a verdade.
Sugestão de resolução
O estudo deste tema, que vamos agora iniciar, pretende estruturar o pensamento
e desenvolver o raciocínio abstrato dos alunos. No final desta unidade deverás re-
conhecer a importância da linguagem formal (simples e rigorosa) na construção de
uma teoria matemática e na elaboração de análises objetivas e coerentes, enquanto
que a linguagem corrente está muitas vezes sujeita a duplos sentidos e contradições.
12
UNIDADE 1 Proposições
UNIDADE 1
Proposições
CADERNO DE EXERCÍCIOS
E TESTES
Exemplos Pág. 4
Exercícios 1 e 2
1. “p é um número irracional.”
Soluções
2. “4 + √∫3 – 1 = 3 + √∫3”
1. a) Designação.
3. “4 é o número real cujo dobro é 10.”
b) Proposição.
4. “O mínimo múltiplo comum entre 3 e 16 é 19.” c) Proposição.
d) Designação.
e) Proposição.
2. b) Proposição falsa.
Repara que proposições são afirmações às quais tem sentido atribuir um dos valores ló- c) Proposição verdadeira.
gicos, “verdadeiro” ou “falso”, e que se costumam representar por V ou F, respetivamente. e) Proposição falsa.
13
TEMA I Introdução à lógica bivalente e à teoria dos conjuntos
LTC10_1.2 Nos exemplos apresentados na página anterior, as duas primeiras proposições são ver-
LTC10_1.4 dadeiras e as duas últimas são falsas.
As relações lógicas entre proposições são o objeto de estudo da lógica proposicional.
Admitem-se neste estudo os princípios que seguidamente apresentamos.
Definição
Equivalência de proposições
Duas proposições, p e q, dizem-se equivalentes se tiverem o mesmo valor lógico. Sim-
bolicamente, escreve-se frequentemente p ⇔ q para afirmar que p e q são equivalentes.
Observa que o sinal ⇔ significa apenas que são iguais os valores lógicos das proposi-
ções em questão, ou são ambas verdadeiras ou são ambas falsas, não se referindo ao sig-
nificado das mesmas.
14
UNIDADE 1 Proposições
O valor lógico da negação de uma proposição pode ser obtido a partir do valor lógico
LTC10_1.5
da proposição dada, o que pode ser facilmente resumido na seguinte tabela, habitual-
mente designada por tabela de verdade da negação:
p ~p
Nota
V F Uma proposição verdadeira
(ou falsa) pode ser também
F V
representada por V (ou F)
sempre que esta notação
Assim, sendo V uma proposição verdadeira e F uma proposição falsa, temos que: não for ambígua.
(∼V) ⇔ F e (∼F) ⇔ V
15
TEMA I Introdução à lógica bivalente e à teoria dos conjuntos
LTC10_1.6
Conjunção
Definição
5 Sejam p e q as O valor lógico da conjunção pode ser obtido a partir dos valores lógicos das proposições
proposições:
p e q dadas, como se encontra resumido na seguinte tabela de verdade:
p: “As rosas são
vermelhas.” p∧q ou:
q: “As margaridas são
p q V F p q p∧q
brancas.”
Traduz em linguagem V V F V V V
corrente as seguintes
proposições. F F F V F F
a) p ∧ q
b) (~p) ∧ q F V F
F F F
6 Considerando as Assim, sendo V uma proposição verdadeira e F uma proposição falsa, temos que:
proposições p e q do
exercício anterior, traduz (V ∧ V) ⇔ V (V ∧ F) ⇔ F (F ∧ V) ⇔ F (F ∧ F) ⇔ F
simbolicamente:
Exemplos
a) “As rosas são vermelhas
e as margaridas não são 1. p: “Os ovos moles são típicos de Aveiro.”
brancas.”
q: “Os moliceiros são típicos de Aveiro.”
b) “Nem as rosas são
p ∧ q: “Tanto os ovos moles como os moliceiros são típicos de Aveiro.”
vermelhas nem as
margaridas são Como as duas proposições são verdadeiras, a conjunção das duas é também uma pro-
brancas.” posição verdadeira.
2. p: “Chanel foi um importante matemático.”
q: “Picasso foi um importante matemático.”
Soluções
p ∧ q: “Quer Chanel, quer Picasso foram importantes matemáticos.”
5.
Como as duas proposições são falsas, a conjunção das duas é também uma proposição falsa.
a) “As rosas são vermelhas e as
margaridas são brancas.” 3. p: “2 é um número ímpar.” q: “2 é um número primo.”
b) “As rosas não são vermelhas p ∧ q: “2 é um número ímpar e 2 é um número primo.”
e as margaridas são brancas.” Como uma das proposições é falsa, a conjunção das duas é uma proposição falsa.
6.
a) p ∧ (~q) 4. p: “32 > 4” q: “|–3| < 3” p ∧ q: “32 > 4 ∧ |–3| < 3”
b) (~p) ∧ (~q) Como uma das proposições é falsa, a conjunção das duas é uma proposição falsa.
16
UNIDADE 1 Proposições
Disjunção LTC10_1.7
F V V
F F F
Assim, sendo V uma proposição verdadeira e F uma proposição falsa, temos que:
(V ∨ V) ⇔ V (V ∨ F) ⇔ V (F ∨ V) ⇔ V (F ∨ F) ⇔ F 8 Indica o valor lógico de
todas as proposições
Exemplos consideradas no exercício
anterior.
1. p: “2 é um número ímpar.” q: “2 é um número primo.”
p ∨ q: “2 é um número ímpar ou 2 é um número primo.”
APRENDE FAZENDO
Como uma das proposições é verdadeira, a disjunção das duas é uma proposição verdadeira.
Págs. 65 e 68
2. p: “–32 > 4” q: “|–3| < 3” p ∨ q: “–32 > 4 ∨ |–3| < 3” Exercícios 16 e 25
Como as duas proposições são falsas, a disjunção das duas é também uma proposição falsa.
Soluções
3. p: “7 ∈N” q: “7 > p” p ∨ q: “7 ∈N ∨ 7 > p”
Como ambas as proposições são verdadeiras, a disjunção das duas é uma proposição 7.
a) “7 é um número racional ou
verdadeira. 1
é um número inteiro.”
3
Repara que em linguagem corrente e num contexto não matemático, a palavra “ou” por
b) “7 não é um número racional
vezes tem uma interpretação diferente desta que acabamos de definir. Por exemplo, 1
ou é um número inteiro.”
quando dizemos “ou vou à praia ou vou ao cinema”, está implícito que as situações não 3
c) “7 não é um número racional
podem ocorrer em simultâneo (disjunção exclusiva). 1
ou não é um número inteiro.”
Num contexto matemático, a disjunção exclusiva é menos utilizada. Assim, quando fa- 3
8. p; p ∨ q e (~p) ∨ (~q) são
lamos em disjunção ou simplesmente utilizamos a palavra “ou” estamos a considerar a
proposições verdadeiras.
disjunção conforme definida acima, isto é, uma disjunção de duas proposições é verda- q e (~p) ∨ q são proposições
deira quando pelo menos uma delas é verdadeira. falsas.
17
TEMA I Introdução à lógica bivalente e à teoria dos conjuntos
f) p ∧ F
g) p ∨ F Sugestão de resolução
10 Indica o valor lógico de c) ~p ∨ q é uma proposição verdadeira, visto ser a disjunção de uma proposição
cada uma das seguintes verdadeira (∼p) com uma proposição falsa (q).
proposições.
a) “15 é um número primo
e ímpar.” 2. Indica o valor lógico de cada uma das seguintes proposições.
b) “Tanto 2 como 5 são a) “222 é múltiplo de 3 e 3 é um número par.”
divisores de 100.”
c) “16 é múltiplo de 5 ou b) “222 é múltiplo de 3 ou 3 é um número par.”
de 6.”
c) “7 é menor ou igual a 7.”
d) “p > 3,14 ∨ –1 < –2”
Sugestão de resolução
APRENDE FAZENDO a) A proposição “3 é um número par“ é falsa, logo, a conjunção das duas, “222
Pág. 65 é múltiplo de 3 e 3 é um número par”, é uma proposição falsa.
Exercício 17
b) A proposição “222 é múltiplo de 3“ é verdadeira, logo, a disjunção das duas,
Soluções “222 é múltiplo de 3 ou 3 é um número par”, é uma proposição verdadeira.
9. c) A proposição “7 é igual a 7“ é verdadeira, logo, a disjunção das duas, “7 é
a) Proposição verdadeira.
menor ou igual a 7”, é uma proposição verdadeira.
b) Proposição falsa.
c) Proposição verdadeira.
d) Proposição falsa.
e) Proposição falsa.
f) Proposição falsa. Erro típico
g) Proposição verdadeira.
10.
a) Proposição falsa.
Um erro comum consiste em considerar que a afirmação “7 é menor ou igual a
b) Proposição verdadeira. 7” é uma afirmação falsa. Contudo, como acabámos de verificar na alínea c) do
c) Proposição falsa. exercício resolvido anterior, a afirmação “7 é menor ou igual a 7” é verdadeira.
d) Proposição verdadeira.
18
UNIDADE 1 Proposições
Algumas das propriedades que já conheces sobre operações com números também se 11 Constrói uma tabela de
aplicam às operações sobre proposições. verdade para as seguintes
Sejam p, q e r proposições que assumem qualquer valor lógico, V uma proposição ver- proposições.
dadeira e F uma proposição falsa. a) ~p ∨ q b) ~(p ∨ q)
c) p ∧ ~q
Propriedades Conjunção Disjunção
Nota
Comutatividade (p ∧ q) ⇔ (q ∧ p) (p ∨ q) ⇔ (q ∨ p) Chama-se tautologia a
uma proposição composta,
Associatividade ((p ∧ q) ∧ r) ⇔ (p ∧ (q ∧ r)) ((p ∨ q) ∨ r) ⇔ (p ∨ (q ∨ r))
que é verdadeira quaisquer
Existência de (p ∧ V) ⇔ (V ∧ p) ⇔ p (p ∨ F) ⇔ (F ∨ p) ⇔ p que sejam os valores
elemento neutro V é o elemento neutro F é o elemento neutro lógicos das proposições
elementares que a formam.
Existência de (p ∧ F) ⇔ (F ∧ p) ⇔ F (p ∨ V) ⇔ (V ∨ p) ⇔ V
elemento absorvente F é o elemento absorvente V é o elemento absorvente 12 Constrói uma tabela de
verdade para provar que a
Idempotência (p ∧ p) ⇔ p (p ∨ p) ⇔ p
seguinte expressão é uma
Distributividade da tautologia.
conjunção em relação (p ∧ (q ∨ r)) ⇔ ((p ∧ q) ∨ (p ∧ r)) p ∨ (~p ∨ q)
à disjunção
APRENDE FAZENDO
Distributividade da
disjunção em relação (p ∨ (q ∧ r)) ⇔ ((p ∨ q) ∧ (p ∨ r)) Págs. 66 e 68
Exercícios 18 e 26
à conjunção
Soluções
A demonstração de cada uma destas propriedades pode ser feita recorrendo a tabelas 11. a) p q ~p ~p ∨ q
de verdade ou mostrando que as proposições assumem o valor lógico V (ou F) exatamente
V V F V
nas mesmas situações. A título de exemplo, vamos demonstrar: V F F F
1. Propriedade comutativa da conjunção F V V V
F F V V
Começamos por considerar todas as possibilidades de sequências de valores lógicos
que p e q podem assumir: b)
p q p ∨ q ~(p ∨ q)
p q p∧q q∧p
V V V F
V V
V F V F
V F F V V F
F V F F F V
F F c)
p q ~q p ∧ ~q
Para cada uma das possibilidades determina-se o valor lógico de p ∧ q e de q ∧ p:
V V F F
V F V V
p q p∧q q∧p
F V F F
V V V V F F V F
V F F F 12.
F V F F p q ~p ~p ∨ q p ∨ (~p ∨ q)
F F F F V V F V V
V F F F V
Observa-se que as colunas correspondentes às proposições p ∧ q e q ∧ p são iguais. F V V V V
Logo, (p ∧ q) ⇔ (q ∧ p). F F V V V
19
TEMA I Introdução à lógica bivalente e à teoria dos conjuntos
p p ∨V
13 Prova, através de uma
tabela de verdade, a V V
propriedade distributiva da
conjunção em relação à F V
disjunção.
(p ∧ (q ∨ r)) Observa-se que a coluna correspondente à proposição (p ∨ V) é constituída apenas pelo
⇔ ((p ∧ q) ∨ (p ∧ r))
valor lógico V. Logo, (p ∨ V) ⇔ V.
Recorda
Princípio do terceiro Tradução simbólica dos princípios do terceiro excluído e de não contradição
excluído
Dada uma proposição p, tem-se que:
Uma proposição ou é
verdadeira ou a sua (p ∨ ∼p) ⇔ V Princípio do terceiro excluído
negação é verdadeira, isto (p ∧ ∼p) ⇔ F Princípio de não contradição
é, verifica-se sempre um
destes casos e nunca um
terceiro.
Exercício resolvido
Princípio de não
contradição Considera as proposições p e q. Simplifica as seguintes proposições e indica, sempre
Uma proposição não pode
que possível, o respetivo valor lógico.
ser simultaneamente
verdadeira e falsa. a) ∼p ∨ (p ∨ q)
b) ∼p ∧ (p ∨ q)
14 Considera as proposições
p e q. Simplifica as
seguintes proposições e Sugestão de resolução
indica, sempre que
possível, o respetivo valor a) ∼p ∨ (p ∨ q)
lógico. ⇔ (∼p ∨ p) ∨ q (propriedade associativa da disjunção)
a) p ∧ (~p ∧ q)
⇔V∨q (princípio do terceiro excluído: (∼p ∨ p) ⇔ V)
b) p ∨ (~p ∨ q)
⇔V (V é o elemento absorvente da disjunção)
c) p ∧ (~p ∨ q)
b) ∼p ∧ (p ∨ q)
15 Prova, utilizando tabelas ⇔ (∼p ∧ p) ∨ (∼p ∧ q) (propriedade distributiva da conjunção em relação
de verdade, a seguinte lei à disjunção)
de De Morgan. ⇔ F ∨ (∼p ∧ q) (princípio da não contradição: (∼p ∧ p) ⇔ F)
~(p ∨ q) ⇔ (∼p ∧ ~q)
⇔ ∼p ∧ q (F é o elemento neutro da disjunção)
Soluções Observe-se que não é conhecido o valor lógico desta proposição, que vai de-
14. a) Proposição falsa. pender dos valores lógicos das proposições p e q.
b) Proposição verdadeira.
c) p ∧ q
20
UNIDADE 1 Proposições
LTC10_1.13
Primeiras leis de De Morgan
Dadas duas proposições p e q, tem-se que: Contextualização histórica
Demonstração de 1.
Observa-se que as colunas correspondentes às proposições ~(p ∧ q) e ∼p ∨ ∼q são iguais. 16 Considera as proposições
Logo, (~(p ∧ q)) ⇔ (∼p ∨ ∼q), como queríamos demonstrar. p, q e r. Escreve o mais
simplificadamente possível
Constatamos que: proposições equivalentes à
negação das seguintes
proposições.
Dizer que a negação da conjunção de duas proposições é verdadeira é equivalente a) p ∨ ∼q
17 Sejam p e q as
Exemplo
proposições:
Dizer que a proposição “~(√∫2 = 1 ∧ √∫2 = 2)” é verdadeira é o mesmo que dizer que a p: “A Ana é escritora.”
afirmação “(∼√∫2 = 1) ∨ (∼√∫2 = 2)”, ou, de forma equivalente, que a afirmação “√∫2 ≠ 1 ∨ q: “A Ana é famosa.”
21
TEMA I Introdução à lógica bivalente e à teoria dos conjuntos
Utiliza as primeiras leis de De Morgan para encontrar proposições cujo valor lógico
18 Sejam p, q e r as
seja o oposto do das seguintes:
proposições:
p: “O João gosta de a) “O Pedro é músico ou é matemático.”
Matemática.”
q: “O João faz muitos b) “1 é simultaneamente positivo e negativo.”
exercícios.”
c) “7 é maior ou igual a 7.”
r: “O João não tem bons
resultados.”
a) Utilizando operações Sugestão de resolução
lógicas entre p, q e r,
escreve as seguintes Sabemos que:
proposições em
linguagem simbólica. (∼(p ∧ q)) ⇔ (∼p ∨ ∼q) e (∼(p ∨ q)) ⇔ (∼p ∧ ∼q)
i. “Se o João faz muitos Assim, aplicando as primeiras leis de De Morgan, obtemos as seguintes pro-
exercícios, então
posições cujo valor lógico é o oposto das do enunciado:
gosta de Matemática.”
ii. “Se o João tem bons a) “O Pedro não é músico nem é matemático.”
resultados, então faz
muitos exercícios.” b) “1 não é positivo ou 1 não é negativo.”
22
UNIDADE 1 Proposições
O valor lógico da implicação pode ser obtido a partir dos valores lógicos das proposi- 19 Sejam p e q duas
ções p e q dadas, como se encontra resumido na seguinte tabela de verdade: proposições tais que
p ⇒ q é falsa. Indica o
p⇒q ou:
valor lógico de cada uma
das seguintes proposições.
p q V F p q p⇒q a) p
V V F b) ∼q
V V V
c) p ∨ q
F V V V F F d) ~p ∨ q
e) p ∧ ~q
F V V
f) q ⇒ p
F F V g) ~q ⇒ ~p
Assim, sendo V uma proposição verdadeira e F uma proposição falsa, temos que:
(V ⇒ V) ⇔ V (F ⇒ V) ⇔ V (F ⇒ F) ⇔ V (V ⇒ F) ⇔ F
Expressões como “para se ser feliz é necessário ter dinheiro” ou “se encontrar emprego
então vou ser feliz” podem ser traduzidas em linguagem formal, através de uma impli-
cação.
No entanto, o sentido que damos a estas expressões no dia a dia é muitas vezes diferente
daquele que a implicação tem na definição aqui dada. Repara que quando alguém diz
“se amanhã estiver sol então vou à praia” leva-nos a pensar que se não estiver sol então
não irá à praia. Com esta interpretação, a proposição não pode ser traduzida por uma
implicação, tal como a definimos.
Apesar de ser possível traduzir proposições da linguagem corrente para a linguagem Nota
formal e vice-versa, esta tradução deverá ser feita com muito cuidado. Para evitar cometer A proposição p ⇒ q tam-
erros, é importante perceber devidamente cada um dos conceitos. bém pode ser escrita como
q ⇐ p, mantendo o mesmo
significado.
Quando a partir de duas proposições p e q construímos uma proposição composta O símbolo ⇐ lê-se “… é
p ⇒ q não estamos a afirmar que esta é verdadeira ou falsa, nem sequer a dizer que as implicado por…”, “… se…”,
proposições p e q estão relacionadas. “… desde que… ”, “… con-
tando que…” ou ainda “…
é condição necessária
A proposição p ⇒ q é apenas uma proposição que, em função dos valores lógicos de para…”.
p e de q, toma um valor lógico de acordo com a definição apresentada.
APRENDE FAZENDO
Pág. 64
Exercício 10
Exemplo
Soluções
É verdade que a proposição “a Terra não é um planeta” implica a proposição “ 1 + 1 = 3”, 19.
pois ambas as proposições são falsas e, como vimos, (F ⇒ F) ⇔ V. a) Proposição verdadeira.
b) Proposição verdadeira.
No entanto, em linguagem corrente, esta afirmação é desprovida de sentido, já que c) Proposição verdadeira.
“1 + 1 = 3” não é uma consequência de a Terra não ser um planeta. d) Proposição falsa.
e) Proposição verdadeira.
Em geral, quando se usa esta relação em linguagem corrente pretende-se estabelecer uma f) Proposição verdadeira.
relação de causalidade entre as proposições envolvidas. g) Proposição falsa.
23
TEMA I Introdução à lógica bivalente e à teoria dos conjuntos
p q p⇒q ~p ~p ∨ q
22 Utilizando a linguagem V V V F V
corrente, nega a seguinte
proposição: “Se 10 é um V F F F F
número par, então é
divisível por 2”. F V V V V
F F V V V
23 Considera as proposições
p, q e r. Escreve o mais Repara que as colunas que dizem respeito a p ⇒ q e ~p ∨ q são iguais, ficando assim
simplificadamente possível provado o que se pretendia.
proposições equivalentes à
negação das seguintes
proposições. Negação da implicação
a) p ⇒ ∼q Dadas duas proposições p e q, tem-se que:
b) ∼p ⇒ q (~(p ⇒ q)) ⇔ (p ∧ ∼q)
c) (p ∧ q) ⇒ r
d) p ⇒ (q ∧ r)
A proposição ~(p ⇒ q) é verdadeira exatamente quando p ⇒ q é uma proposição falsa.
Por sua vez, p ⇒ q é falsa quando p é uma proposição verdadeira e q é uma proposição
falsa, ou seja, quando tanto p como ~q são proposições verdadeiras. É precisamente nesta
Soluções
situação que a proposição p ∧ ~q é verdadeira. Provamos desta forma que ~(p ⇒ q) é equi-
21. (p ∨ q) ⇔ (∼p ⇒ q)
valente a p ∧ ~q.
22. “10 é um número par e não
é divisível por 2.”
23.
Implicação contrarrecíproca
a) p ∧ q
b) ∼p ∧ ∼q Sendo p e q duas proposições, tem-se que:
c) p ∧ q ∧ ~r (p ⇒ q) ⇔ ((∼q) ⇒ (~p))
d) p ∧ (~q ∨ ~r)
24
UNIDADE 1 Proposições
A demonstração desta propriedade pode ser feita recorrendo a tabelas de verdade. 24 Considera as proposições
Começamos por considerar todas as possibilidades de sequências de valores lógicos que p e q. Simplifica as
p e q podem assumir e, para cada uma das possibilidades, determina-se o valor lógico de seguintes proposições e
p ⇒ q e de ~q ⇒ ~p: indica, sempre que
possível, o respetivo valor
lógico.
p q p⇒q ∼q ∼p ∼q ⇒ ∼p
a) p ⇒ (p ∨ q)
V V V F F V b) p ⇒ (p ∧ q)
c) (p ∧ q) ⇒ (p ∨ q)
V F F V F F
F V V F V V
F F V V V V
Repara que as colunas que dizem respeito a p ⇒ q e ~q ⇒ ~p são iguais, ficando assim
provado o que se pretendia.
Exercício resolvido
25
TEMA I Introdução à lógica bivalente e à teoria dos conjuntos
(continuação)
b) (a ⇒ ~b) ⇒ b
25 Sejam p, q e r as
proposições: ⇔ (~a ∨ ~b) ⇒ b (relação da implicação com a disjunção e negação)
p: “A Ana vai à festa.” ⇔ ∼(~a ∨ ~b) ∨ b (relação da implicação com a disjunção e negação)
q: “A Berta vai à festa.”
r: “O Carlos vai à festa.” ⇔ (a ∧ b) ∨ b (lei da dupla negação e lei de De Morgan)
a) Utilizando operações ⇔ (a ∧ b) ∨ (V ∧ b) (V é o elemento neutro da conjunção)
lógicas entre p, q e r,
⇔ (b ∧ a) ∨ (b ∧ V) (propriedade comutativa da conjunção)
escreve as seguintes
proposições em ⇔ b ∧ (a ∨ V) (propriedade distributiva da conjunção em relação
linguagem simbólica. à disjunção)
i. “A Ana vai à festa se e
⇔b∧V (V é o elemento absorvente da disjunção)
só se o Carlos vai à
festa.” ⇔b (V é o elemento neutro da conjunção)
ii. “A Berta vai à festa se
Observe-se que não é conhecido o valor lógico desta proposição.
e só se o Carlos não
vai à festa.”
b) Traduz em linguagem
corrente as seguintes
proposições.
Equivalência
i. r ⇔ (p ∧ q)
ii. (p ∨ ~r) ⇔ q A equivalência surge com frequência na linguagem corrente através da utilização das
expressões “… é equivalente…” ou “… se e só se…”, “… é condição necessária e sufi-
ciente… ”.
Já falámos da equivalência entre proposições, ou seja, da afirmação de que duas pro-
posições têm o mesmo valor lógico. Podemos também utilizar a equivalência para cons-
truir uma proposição composta a partir de duas proposições. O símbolo utilizado em
Convenção ambas as situações é o mesmo, pelo que elas se distinguem de acordo com o contexto
A expressão “se e só se” pode onde aparecem. Apesar destes dois conceitos serem diferentes, eles estão relacionados.
ser abreviada para “sse”. De facto, como poderás verificar na definição de equivalência enquanto operador lógico,
a nova proposição é verdadeira exatamente nas situações em que as proposições que são
utilizadas para a criar são equivalentes, de acordo com a definição de equivalência defi-
nida anteriormente.
Consideremos as proposições: “Cristiano Ronaldo recebeu a Bola de Ouro em 2013”.
“Cristiano Ronaldo foi o melhor jogador de futebol do
mundo para a FIFA, em 2013”.
A equivalência entre estas proposições é uma nova proposição: “Cristiano Ronaldo re-
Soluções
cebeu a Bola de Ouro em 2013 é equivalente a Cristiano Ronaldo foi o melhor jogador
25. de futebol do mundo para a FIFA, em 2013”.
a)
i. p ⇔ r Definição
ii. q ⇔ ∼r
b)
A equivalência entre duas proposições, p e q, é uma nova proposição que é verda-
i. “O Carlos vai à festa se e só se
a Ana e a Berta vão à festa.”
deira quando as duas proposições têm o mesmo valor lógico e é falsa se têm valores
ii. “A Ana vai à festa ou o Carlos lógicos diferentes. Esta proposição representa-se por “p ⇔ q” e lê-se p é equivalente a
não vai se e só se a Berta vai à q ou p se e só se q.
festa.”
26
UNIDADE 1 Proposições
O valor lógico da equivalência pode ser obtido a partir dos valores lógicos das propo-
LTC10_1.11
sições p e q dadas, como se encontra resumido na seguinte tabela de verdade:
p⇔q ou:
26 Sejam p e q duas
p q V F p q p⇔q proposições tais que p é
verdadeira e p ⇔ q é falsa.
V V F V V V Indica o valor lógico de
cada uma das seguintes
F F V V F F proposições.
a) q
F V F b) p ∨ q
c) p ∧ q
F F V
d) p ⇒ q
e) ~(p ∧ ~q)
Assim, sendo V uma proposição verdadeira e F uma proposição falsa, temos que:
f) ~p ⇒ q
(V ⇔ V) ⇔ V (F ⇔ F) ⇔ V (V ⇔ F) ⇔ F (F ⇔ V) ⇔ F g) p ⇔ (~q)
Exemplos
1. p: “p = 3”
q: “1 é número primo”.
p ⇔ q: “p = 3 se e só se 1 é número primo”.
A afirmação acima é uma proposição verdadeira, pois tanto p como q são proposições
falsas.
2. p: “2 – 2 = 0”
q: “p é um número racional”.
p ⇔ q∶ “2 – 2 = 0 se e só se p é um número racional”.
A afirmação acima é uma proposição falsa, pois p é uma proposição verdadeira e q é
uma proposição falsa.
3. p: “3 é ímpar”.
q: “Faro é uma cidade”.
p ⇔ q: “3 é ímpar se e só se Faro é uma cidade”.
A afirmação acima é uma proposição verdadeira, uma vez que p e q são ambas pro-
posições verdadeiras.
Claro que a afirmação “3 é ímpar se e só se Faro é uma cidade” não faz sentido em lin-
guagem corrente. Mas a equivalência num contexto matemático afirma apenas uma re-
lação entre os valores lógicos das proposições e, de facto, (V ⇔ V) ⇔ V. APRENDE FAZENDO
Págs. 64 e 69
Exercícios 9, 30 e 31
Propriedades da equivalência e suas relações com outras operações
Soluções
lógicas
26.
a) Proposição falsa.
b) Proposição verdadeira.
Princípio da dupla implicação c) Proposição falsa.
Sejam p e q duas proposições que assumem qualquer valor lógico. Tem-se que: d) Proposição falsa.
e) Proposição falsa.
(p ⇔ q) ⇔ ((p ⇒ q) ∧ (q ⇒ p)) f) Proposição verdadeira.
g) Proposição verdadeira.
27
TEMA I Introdução à lógica bivalente e à teoria dos conjuntos
27 Considera as proposições
Demonstração
p e q. Prova, utilizando as A demonstração desta propriedade pode ser feita recorrendo a tabelas de verdade.
propriedades das
Começamos por considerar todas as possibilidades de sequências de valores lógicos que
operações lógicas, que:
p e q podem assumir e, para cada uma das possibilidades, determina-se o valor lógico de
(p ⇔ q)
⇔ ((p ∧ q) ∨ (∼p ∧ ∼q)) p ⇔ q e de (p ⇒ q) ∧ (q ⇒ p):
V V V V V V
V F F F V F
F V F V F F
F F V V V V
Sugestão de resolução
29 Considera as proposições 2. Sejam p e q duas proposições sobre as quais se sabe que p e p ⇔ q são verdadeiras.
p e q. Simplifica a Indica o valor lógico de cada uma das seguintes proposições.
proposição: a) ~p ∧ q b) (~p ∧ q) ⇒ p
(p ⇔ q) ⇒ p
Sugestão de resolução
28
UNIDADE 1 Proposições
Esquematizando / Resumindo
Numa expressão com várias operações lógicas, à semelhança do que fazes nas
operações numéricas, deves efetuar, por esta ordem:
• a negação;
• a conjunção e a disjunção;
• a implicação e a equivalência.
APRENDE FAZENDO
Pág. 63
Exercício 5
Erro típico
CADERNO DE EXERCÍCIOS
Observa um erro comum na resolução do exercício anterior: E TESTES
Págs. 4, 5 e 6
p ⇒ p ∧ (q ∧ ∼p) Exercícios 3, 6, 7, 8, 9,
10, 11 e 12
⇔ (∼p ∨ p) ∧ (q ∧ ∼p)
Erro!
Testes interativos
– Proposições I.
⇔ V ∧ q ∧ ∼p – Proposições II.
⇔ q ∧ ∼p
Soluções
O erro consistiu no desrespeito pelas prioridades das operações lógicas. Repara 30.
que foi efetuada uma implicação antes da conjunção. Esta seria uma resolução a) a ⇒ b ∨ c
b) (a ⇒ b) ∨ c
correta se o enunciado fosse (p ⇒ p) ∧ (q ∧ ∼p) e não p ⇒ p ∧ (q ∧ ∼p), que se
c) (a ⇔ b) ⇒ ∼c
convencionou ser o mesmo que p ⇒ (p ∧ q ∧ ∼p). d) a ∨ (b ∧ ∼c) ⇔ a
e) (∼a ⇒ b) ∧ c
29
TEMA I Introdução à lógica bivalente e à teoria dos conjuntos
UNIDADE 2
Condições e conjuntos
30
UNIDADE 2 Condições e conjuntos
Definição LTC10_2.1
Esquematizando / Resumindo
Repara que os cinco operadores lógicos estudados atrás (negação, conjunção, dis-
junção, implicação e equivalência) permitiram formar novas proposições a partir de
proposições mais simples, e da mesma maneira permitem criar novas expressões
proposicionais partindo de expressões proposicionais mais simples.
4. x ≥ 5 ∧ x < 8
6. x ¥ y = 0 ⇔ x = 0 ∨ y = 0
APRENDE FAZENDO
Pág. 62
Regras a ter em consideração quando se substitui variáveis por constantes Exercício 3
• Caso uma variável apareça mais do que uma vez, esta deve ser substituída pelo mesmo
Solução
objeto todas as vezes que aparecer.
32. As expressões
• Variáveis distintas podem ser substituídas pelo mesmo objeto ou por objetos diferentes. proposicionais são: a), b), d) e f)
31
TEMA I Introdução à lógica bivalente e à teoria dos conjuntos
32
UNIDADE 2 Condições e conjuntos
Consideremos, em R, a condição x2 – 2 = 0.
Como sabes, a variável x presente na condição acima pode ser concretizada por qual-
quer número real.
Recorda
Se substituirmos x por √∫2 (concretização da variável) obtemos (√∫2)2 – 2 = 0, que é uma
proposição verdadeira. N = {1, 2, 3, …} é o
conjunto dos números
Diz-se, neste caso, que √∫2 verifica a condição ou que √∫2 é solução da condição. naturais.
Z = {…, –2, –1, 0, 1, 2, …}
Se substituirmos x por 2 obtemos 22 – 2 = 0, que é uma proposição falsa. Logo, 2 não
é o conjunto dos números
verifica a condição e, como tal, não é solução da condição. inteiros.
Z–0 = {0, –1, –2, …} é o
conjunto dos números
inteiros não positivos.
Z– = {–1, –2, –3, …} é o
Condições possíveis conjunto dos números
inteiros negativos.
Em R, a condição x2 – 2 = 0 é possível, por admitir números reais (√∫2 e –√∫2) como soluções. Z+0 = {0, 1, 2, …} é o
conjunto dos números
inteiros não negativos.
Definição Z+ = N = {1, 2, 3, …} é o
conjunto dos números
Uma expressão proposicional ou condição diz-se possível, num determinado uni- inteiros positivos.
verso, se existe pelo menos uma concretização das variáveis que a transforma numa Q = Z ∪ {números
fracionários} é o conjunto
proposição verdadeira.
dos números racionais.
R = Q ∪ {números
irracionais} é o conjunto
Consideremos, em R, a condição x2 ≥ 0. dos números reais.
Esta condição transforma-se numa proposição verdadeira, qualquer que seja o número
1
real pelo qual se substitui a variável x. 1 N 2 Z 2 Q R
1 π
–1 0 3 √∫2
Expressões proposicionais deste tipo dizem-se universais. e
Definição
3. x + 1 > x
4. x = x
33
TEMA I Introdução à lógica bivalente e à teoria dos conjuntos
2. x + 1 < x
3. x2 + 2x + 3 = 0
Resolvendo a equação, vem:
38 Considera as seguintes
condições: x2 + 2x + 3 = 0 ⇔ x = –2 ± √∫4∫ ∫–∫ 4
∫ ∫¥
∫ ∫3
∫
2
a) (x – 1)(x + 1) = x2 – 1
b) x2 = 0 ⇔ x = –2 ± √∫–∫8
3
c) x2 + 1 =0
Obtemos uma condição impossível em R.
d) –x < 0
4. x ≠ x
Classifica cada uma das
condições em N, Z e R.
Esquematizando / Resumindo
34
UNIDADE 2 Condições e conjuntos
(V ∧ V) ⇔ V
Considera, em N, as condições:
(V ∧ F) ⇔ F
p(n): “n é divisível por 2.” e q(n): “n é divisível por 5.” (F ∧ V) ⇔ F
(F ∧ F) ⇔ F
Se ligarmos as duas condições p(n) e q(n) através do operador lógico “∧” obtemos uma
nova condição:
p(n) ∧ q(n): “n é divisível por 2 e n é divisível por 5.” 39 Considera as variáveis x e
y que têm domínio R.
Façamos algumas concretizações da variável n nas condições p(n), q(n) e p(n) ∧ q(n) e, Encontra, se possível, para
de seguida, estudemos os respetivos valores lógicos das proposições assim obtidas: cada uma das expressões
proposicionais seguintes,
exemplos de
concretizações das
n p(n) q(n) p(n) ∧ q(n) variáveis que as
transformem em
1 F F F proposições verdadeiras e
em proposições falsas.
2 V F F
a) “x é múltiplo de 2 ∧ x é
5 F V F múltiplo de 3.”
a) 2x + y = 0 ∧ –x + 2y = 5
10 V V V
… … … … Nota
De um modo geral, dados
dois números reais a e b,
escreve-se, de uma forma
Tendo em conta o que foi visto para a conjunção de proposições, conclui-se que:
mais simplificada:
x>a∧x<b⇔a<x<b
A conjunção de condições é verificada para todo o objeto n que verifique simulta- x≥a∧x≤b⇔a≤x≤b
x≥a∧x<b⇔a≤x<b
neamente as duas condições dadas, e apenas por esses objetos.
x>a∧x≤b⇔a<x≤b
Soluções
Exemplos
39. Por exemplo:
a) Se x = 6 a expressão
1. Em R, a conjunção das condições “x2
= 9” e “x < 0” é a condição “x2 = 9 ∧ x < 0”.
proposicional transforma-se
O único objeto que verifica a nova condição é –3. numa proposição verdadeira, e
se x = 4 transforma-se numa
2. Em R, a conjunção das condições “x > 2” e “x ≤ 5” é a condição “x > 2 ∧ x ≤ 5”.
proposição falsa.
Esta condição também pode ser escrita como “2 < x ≤ 5”. b) Se (x, y) = (–1, 2) a expressão
proposicional transforma-se
3. No universo dos polígonos, a conjunção das condições “X é um retângulo” e “X é um
numa proposição verdadeira, e
quadrado” é a condição “X é um retângulo e X é um quadrado”. se (x, y) = (0, 1) transforma-se
Os únicos objetos que verificam a nova condição são os quadrados. numa proposição falsa.
35
TEMA I Introdução à lógica bivalente e à teoria dos conjuntos
Recorda
Disjunção de condições
(V ∨ V) ⇔ V
(V ∨ F) ⇔ V Considera, em N, as condições:
(F ∨ V) ⇔ V
p(n): “n é divisível por 2.” e q(n): “n é divisível por 5.”
(F ∨ F) ⇔ F
Se ligarmos, agora, as duas condições p(n) e q(n) através do operador lógico “∨” obtemos
Notas
uma nova condição:
36
UNIDADE 2 Condições e conjuntos
Como, para uma disjunção de condições se verificar para um determinado objeto, basta LTC10_2.3
que esse objeto verifique uma das condições que a compõem, podemos facilmente obter LTC10_2.5
41 Considera as condições,
no domínio dos números
Propriedade reais, x = x, x ≠ x, x ∈Z–,
A disjunção de qualquer condição com uma condição possível é uma condição possível. x ∈Q, x ∈∅ e x ∉∅.
a) Indica as que são
universais, as que são
Exemplo possíveis mas não
universais e as que são
“x2 – 2 = 0 ∨ x > 1” é uma condição possível em R, pois existe pelo menos um número impossíveis.
real que substituído na variável x transforma a condição “x2 – 2 = 0 ∨ x > 1” numa b) Para cada uma das
proposição verdadeira: condições seguintes, no
domínio dos números
• para x = √∫2, (√∫2)2 – 2 = 0 ∨ √∫2 > 1 é uma proposição verdadeira; reais, indica se é
universal, possível mas
• para x = –√∫2, (–√∫2)2 – 2 = 0 ∨ –√∫2 > 1 é uma proposição verdadeira.
não universal ou
Repara que todas as soluções da condição “x2 – 2 = 0” são soluções da condição impossível.
“x2 – 2 = 0 ∨ x > 1”. i. x = x ∧ x ∈∅
ii. x ∉∅ ∨ x ∈Q
iii. x ≠ x ∧ x ∈Z
–
Propriedade iv. x ∈Q ∨ x ∈∅
universal.
Recorda
(V ∨ V) ⇔ V
Exemplo
(V ∨ F) ⇔ V
“x2≥ 0 ∨ x < 0” é uma condição universal em R, pois qualquer que seja o número real
substituído na variável x transforma a condição “x2 ≥ 0 ∨ x < 0” numa proposição verdadeira.
APRENDE FAZENDO
Qualquer que seja a concretização da variável x na condição “x2 ≥ 0 ∨ x < 0”, obteremos Pág. 64
sempre a disjunção de uma proposição verdadeira com uma outra proposição, que será Exercício 12
37
TEMA I Introdução à lógica bivalente e à teoria dos conjuntos
Exercício resolvido
(continuação)
Negação
38
UNIDADE 2 Condições e conjuntos
Propriedade
A negação de uma condição universal é uma condição impossível.
Seja p(x) uma condição universal. A concretização da variável x por um qualquer objeto
do seu domínio transforma a condição numa proposição verdadeira, pelo que não existe
nenhum objeto do domínio considerado que satisfaça a condição ~p(x). Podemos então
concluir que ~p(x) é uma condição impossível.
Propriedade
A negação de uma condição impossível é uma condição universal.
Seja p(x) uma condição impossível. A concretização da variável x por um qualquer ob- Recorda
jeto do seu domínio transforma a condição numa proposição falsa. Desta forma, qualquer
(V ⇔ V) ⇔ V
objeto do domínio considerado satisfaz a condição ~p(x). Podemos então concluir que
(F ⇔ F) ⇔ V
~p(x) é uma condição universal. (V ⇔ F) ⇔ F
(F ⇔ V) ⇔ F
8 F V F
APRENDE FAZENDO
12 V V V Pág. 66
Exercício 20
20 F V F
Soluções
… … … …
43.
a) Sim
Tendo em conta o que foi visto para a equivalência de proposições, conclui-se que: b) Sim
44.
a) Não
A equivalência de condições é verificada por todo o objeto n que transforma as con- b) Sim
dições dadas em proposições com o mesmo valor lógico e apenas por esses objetos. c) Não
d) Sim
39
TEMA I Introdução à lógica bivalente e à teoria dos conjuntos
Exemplos
1 F F V
3 V F F
8 F V V
45 Averigua se as seguintes 12 V V V
condições são universais
em R. 20 F V V
a) x < 2 ⟹ x < 4
… … … …
b) x < 4 ⟹ x < 2
c) x = 1 ⟹ x2 = 1
Tendo em conta o que foi visto para a implicação de proposições, conclui-se que:
d) x2 = 1 ⟹ x = 1
Exemplo
40
UNIDADE 2 Condições e conjuntos
a) “x > 2 ⇒ x2 > 4” é uma condição universal em R, pois toda a concretização 47 Mostra que as seguintes
da variável x que satisfaz a primeira condição “x > 2” verifica igualmente a condições não são
universais em R,
segunda x2 > 4.
indicando um número real
b) “(x – 1)(x – 2) = 0 ⇐ x = 1” é uma condição universal em R, pois toda a que substituído na variável
x transforme a condição
concretização da variável x que satisfaz a condição “x = 1” verifica igual-
numa proposição falsa.
mente a condição “(x – 1)(x – 2) = 0”.
a) x2 = 1 ⇔ x = 1
c) “x = 3 ⇒ x4
= 81” é uma condição universal em R, pois toda a concretiza- b) x4 = 16 ⇔ x = 2
ção da variável x que satisfaz a primeira condição “x = 3” verifica igualmente c) x2 > 9 ⇔ x > 3
a segunda “x4 = 81”. d) |x – 1| = 2 ⇔ x – 1 = 2
d) “x > 3 ⇔ x3 > 27” é uma condição universal em R, pois para toda a con-
APRENDE FAZENDO
cretização da variável x as condições “x > 3” e “x3 > 27” assumem o mesmo
Pág. 72
valor lógico. Exercício 45
e) “|x + 3| < 2 ⇒ x + 3 < 2” é uma condição universal em R, pois toda a con-
CADERNO DE EXERCÍCIOS
cretização da variável x que satisfaz a condição “|x + 3| < 2” verifica igual- E TESTES
mente a condição x + 3 < 2. Pág. 6
Exercício 13
Soluções
46. a) ⟹
b) ⟸
Erro típico c) ⟺
d) ⟹
e) ⟺
Um erro muito comum na resolução da alínea a) do exercício anterior é escrever
47. a) –1∈R e (–1)2 = 1 ⇔ –1 = 1
x > 2 ⇔ x2 > 4 é uma proposição falsa.
b) –2∈R e (–2)4 = 16 ⇔ –2 = 2 é
Erro! uma proposição falsa.
c) –4∈R e (–4)2 > 9 ⇔ –4 > 3 é
Repara que “x > 2 ⇔ > 4” não é uma condição universal em R. Se fizermos
x2
uma proposição falsa.
a concretização de x por –3, obtemos a proposição –3 > 2 ⇔ (–3)2 > 4, que é d) –1∈R e |–1 – 1| = 2
uma proposição falsa, uma vez que (F ⇔ V) ⇔ F. ⇔ –1 – 1 = 2 é uma proposição
falsa.
41
TEMA I Introdução à lógica bivalente e à teoria dos conjuntos
42
UNIDADE 2 Condições e conjuntos
Em linguagem corrente, o quantificador universal surge com frequência através da uti- LTC10_2.7
lização de expressões como “qualquer que seja…”, “para todo… ” “todos…”, “cada…” LTC10_2.9
ou “sempre…”.
50 Traduz em linguagem
corrente as seguintes
Notações
proposições e indica o seu
As notações usadas para o quantificador universal são: valor lógico.
• ∀ x ∈U, p(x) • (∀ x ∈U), p(x) • ∀x ∈U p(x) a) ∀ x ∈N, x + 1 ≥ 2
b) ∀ x ∈R, x + 1 ≥ 2
Esta proposição é verdadeira, uma vez que a condição x ∈N ⇒ x ≥ 1 se verifica para b) ∀ x ∈R, |x| ≥ x
43
TEMA I Introdução à lógica bivalente e à teoria dos conjuntos
Exemplo
LTC10_2.19
CADERNO DE EXERCÍCIOS 2. Prova que é falsa a seguinte proposição: “qualquer número natural que seja múl-
E TESTES
Pág. 9 tiplo de 5 é múltiplo de 10”.
Exercício 21 Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 10.º ano
Soluções
Sugestão de resolução
54. a) 3 é um número natural e
o seu quadrado, 9, não é um Para provar que a proposição é falsa, basta encontrar um número natural que
número par. seja múltiplo de 5 e que não seja múltiplo de 10.
b) 0 ∈R e não é verdade que
5 é um número natural que é múltiplo de 5 e não é múltiplo de 10. Assim,
0 > 0 ∨ 0 < 0.
c) 4 é divisor de 12 e não é provamos que a proposição é falsa. c.q.d
divisor de 6.
55. a) “Existe pelo menos um
número natural x tal que 3. Mostra que as seguintes afirmações são falsas, apresentando um contraexemplo.
x2 – 9 = 0.” – proposição
verdadeira a) Todos os quadriláteros do plano têm diagonais perpendiculares.
b) “Existe pelo menos um
número real x tal que x2 – 9 = 0.” b) ∀ x ∈R, x2 > 0
– proposição verdadeira
44
UNIDADE 2 Condições e conjuntos
LTC10_2.4
LTC10_2.20
Sugestão de resolução
Sugestão de resolução
Quantificador existencial
num universo U, transforma uma condição p(x) em U numa proposição ∃ x ∈U: p(x),
CADERNO DE EXERCÍCIOS
a qual é verdadeira se a condição for possível (universal ou não universal) e é falsa se E TESTES
a condição não for possível. O quantificador existencial representa-se pelo símbolo ∃. Pág. 9
Exercícios 22 e 23
45
TEMA I Introdução à lógica bivalente e à teoria dos conjuntos
Notações
As notações usadas para o quantificador existencial são:
• ∃ x ∈U: p(x) • (∃ x ∈U): p(x) • ∃x ∈U p(x)
Exemplos
CADERNO DE EXERCÍCIOS A relação entre os quantificadores de uma condição e a classificação dessa mesma
E TESTES
Pág. 7
condição pode ser resumida neste diagrama:
Exercícios 14 e 15
é uma proposição verdadeira. p(x) é uma condição universal.
46
UNIDADE 2 Condições e conjuntos
Sugestão de resolução
a) • ∀ x ∈C, p(x) é uma proposição falsa, pois não é verdade que todo o ele-
mento de C seja um número irracional, ou seja, p(x) não é uma condição
universal em C.
60 Escreve a proposição
• ∃ x ∈C: p(x) é uma proposição falsa, pois não é verdade que haja pelo “∃ x ∈{1, 2, 3}: 3x é
menos um elemento de C que seja um número irracional, ou seja, p(x) é ímpar” na forma de
uma condição impossível em C. disjunções sucessivas e
indica o seu valor lógico.
• ∀ x ∈C, q(x) é uma proposição falsa, pois não é verdade que todo o elemento
de C seja um divisor de 10, ou seja, q(x) não é uma condição universal em C.
• ∃ x ∈C: q(x) é uma proposição verdadeira, pois existe pelo menos um ele-
mento de C que é divisor de 10 (o número 1, por exemplo), isto é, q(x) é
uma condição possível em C.
b) Pela alínea anterior, concluímos que p(x) é uma condição impossível em C
e q(x) é uma condição possível em C.
47
TEMA I Introdução à lógica bivalente e à teoria dos conjuntos
62 Utilizando as segundas Consideremos as proposições acima num contexto matemático, sendo A o universo dos
leis de De Morgan, alunos da turma:
escreve afirmações “∀ x ∈A, x gosta de Matemática.” “∃ x ∈A: x é disléxico.”
equivalentes à negação
das seguintes proposições. A negação destas proposições em linguagem simbólica é:
a) “Todos os americanos
gostam de comida de “∃ x ∈A: x não gosta de Matemática.” ”∀ x ∈A, x não é disléxico.”
plástico.”
Em linguagem simbólica podemos escrever:
b) “Existe pelo menos um
italiano que não gosta “~(∀ x ∈A, x gosta de Matemática) ⇔ ∃ x ∈A: x não gosta de Matemática.”
de massa.” “~(∃ x ∈A: x é disléxico) ⇔ ∀ x ∈A, x não é disléxico.”
c) “Há números naturais
cujo triplo é um Estas duas propriedades são designadas por segundas leis de De Morgan.
número primo.”
d) “Existe um número real
que é inferior à sua raiz”. Segundas leis de De Morgan
APRENDE FAZENDO Seja p(x) uma proposição num dado universo U. Tem-se que:
Págs. 63, 64, 67, 69 e 72 • ∼(∀ x ∈U, p(x)) ⇔ ∃ x ∈U: ∼p(x) • ~(∃ x ∈U: p(x)) ⇔ ∀ x ∈U, ~p(x)
Exercícios 7, 11, 22, 34,
35 e 46
CADERNO DE EXERCÍCIOS
E TESTES Exercício resolvido
Págs. 7 e 8
Exercícios 16 e 20 Utilizando as segundas leis de De Morgan escreve afirmações equivalentes à nega-
ção das seguintes proposições.
Animação
a) “Todos os homens são mortais.”
Resolução do exercício 63.
b) “Existe pelo menos uma rapariga que não é vaidosa.”
Soluções
61. a) “∃ x ∈{1, 2, 3}: 3x não é
Sugestão de resolução
ímpar.” – proposição verdadeira
x
b) “∀ x ∈R, x + 3 ≠ .” a) Dado que a negação transforma o quantificador universal em quantificador
2
– proposição falsa
existencial, seguido da negação da expressão proposicional em causa, tem-se
c) “∃ x ∈N: x + 1 ≤ 0.”
– proposição falsa que a negação da afirmação é equivalente a: “Existe pelo menos um homem
62. a) “Existe pelo menos um que é imortal”.
americano que não gosta de
b) Uma vez que que a negação transforma o quantificador existencial em quan-
comida de plástico.” b) “Todos
os italianos gostam de massa”. tificador universal, seguido da negação da expressão proposicional em
c) “O triplo de qualquer número causa, tem-se que a negação da afirmação é equivalente a: “Todas as rapa-
natural não é um número primo.” rigas são vaidosas”.
d) “Todos os números reais são
superiores ou iguais à sua raiz.”
48
UNIDADE 2 Condições e conjuntos
63 Considera o conjunto
Erro típico
U = {6, 7, 8, 10} e seja a(x)
a condição “x é um
Um erro comum na resolução da alínea a) do exercício anterior é considerar que: número composto” e b(x)
a condição “x admite resto
A negação de “Todos os homens são mortais” é “Todos os homens são imortais”. 3 na divisão por 6”.
a) Indica o valor lógico de
cada uma das seguintes
Erro! proposições.
∀ x ∈U, a(x)
O erro consistiu em não se ter trocado o quantificador. Repara que a resposta correta ∀ x ∈U, b(x)
é: “Existe pelo menos um homem que é imortal”. ∃ x ∈U: a(x)
∃ x ∈U: b(x)
b) Escreve proposições
equivalentes à negação
das proposições da alínea
Exercício resolvido anterior, começando com
um quantificador e
traduzindo-as também
Escreve proposições equivalentes à negação das seguintes proposições, utilizando em proposições
as segundas leis de De Morgan. equivalentes na
linguagem corrente.
a) ∃ x ∈Q: x2 = 3 c) Considera cada uma
das condições a(x), b(x),
b) ∀ x ∈N, x ≥ 1 ~a(x) e ~b(x). Indica se
é possível, impossível
ou universal em U.
Sugestão de resolução
64 Considera a proposição
a) ~(∃ x ∈Q: x2 = 3) b) ~(∀ x ∈N, x ≥ 1) “∀ x ∈{π, √∫2, 3}, x é natural”.
a) Escreve-a na forma de
⇔ ∀ x ∈Q, ~(x2 = 3) ⇔ ∃ x ∈N: ~(x ≥ 1)
conjunções sucessivas.
⇔ ∀ x ∈Q, x2 ≠ 3 ⇔ ∃ x ∈N: x < 1 b) Aplicando as primeiras
leis de De Morgan,
nega a proposição
obtida na alínea
anterior e escreve a
proposição assim obtida
Observação na forma quantificada.
Num universo finito, as segundas leis de De Morgan podem ser interpretadas como ge- Soluções
neralizações das primeiras leis de De Morgan. 63. a) Prop. falsa; prop. falsa;
prop. verdadeira; prop. falsa.
Repara que uma proposição definida por um quantificador universal (existencial) pode b) ∃ x ∈U: ~a(x) – “Existe pelo
ser escrita como uma conjunção (disjunção) sucessiva de proposições e, assim, a sua ne- menos um elemento de U que
não é um número composto”.
gação será uma disjunção (conjunção) sucessiva de proposições. ∃ x ∈U: ~b(x) – “Existe pelo
menos um elemento de U que
Finalmente, a disjunção (conjunção) sucessiva de proposições facilmente se poderá es- não admite resto 3 na divisão
crever utilizando um quantificador existencial (universal). por 6”. ∀ x ∈U: ~a(x) – “Todo o
elemento de U é um número
não composto”. ∀ x ∈U, ~b(x)
Exemplo – “Todo o elemento de U
admite resto diferente de 3 na
divisão por 6”. c) a(x) é possível
Considera a proposição “∃ x ∈{1, 2, 3}: x é primo” e a respetiva negação.
em U; b(x) é impossível em U;
~(∃ x ∈{1, 2, 3}: x é primo) ~a(x) é possível em U; ~b(x) é
!
universal em U.
⇔ ~(1 é primo ∨ 2 é primo ∨ 3 é primo) Primeiras Segundas 64. a) “p é natural ∧ √∫2 é natural
!
Exemplos
50
UNIDADE 2 Condições e conjuntos
Seja A o conjunto dos divisores inteiros não negativos de 12. Se enumerarmos explici-
tamente os elementos que o constituem, ou seja, se escrevermos A = {1, 2, 3, 4, 6, 12},
diz-se que estamos a definir o conjunto A em extensão.
Definição
dicados, nem o número de vezes que um dado elemento aparece, isto é, por exem- inteiros não negativos
de 18.
plo, {a, b, c} = {c, a, b} = {a, a, c, b}.
2. Em rigor, um conjunto com um número infinito de elementos não pode ser definido
em extensão. Nestas situações é comum o uso de uma notação que permita perceber
os elementos não expressos.
Exemplos
1. O conjunto dos quadrados perfeitos inferiores a 100 pode ser definido em extensão da
seguinte forma:
{1, 4, 9, 16, 25, 36, 49, 64, 81}
2. O conjunto dos números inteiros relativos pode ser definido em extensão do seguinte
modo:
Z = {…, –3, –2, –1, 0, 1, 2, 3, …}
Seja a ∈R:
Considera, no universo U dos números naturais inferiores a 8, a condição “x é ímpar”.
[a, +∞[ = {x ∈R: x ≥ a}
Verificam esta condição os números 1, 3, 5 e 7. ]a, +∞[ = {x ∈R: x > a}
O conjunto A de todos os números naturais inferiores a 8 que verificam a condição pode ]–∞, a] = {x ∈R: x ≤ a}
]–∞, a[ = {x ∈R: x < a}
ser definido em extensão por A = {1, 3, 5, 7}.
Uma outra forma de o definir é por meio da referida condição, que é verificada por
todos os elementos do conjunto e só por esses, e representa-se simbolicamente por
A = {x ∈U: x é ímpar}.
Definição
Soluções
Seja p(x) uma condição. 66.
{x: p(x)} representa um conjunto A tal que ∀ x, x ∈A ⇔ p(x). Designa-se por definição a) {2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, 23,
em compreensão do conjunto A pela condição p(x) a igualdade A = {x: p(x)}. 29, 31, 37, 41, 43, 47}
b) {1, 2, 3, 6, 9, 18}
51
TEMA I Introdução à lógica bivalente e à teoria dos conjuntos
A = {x: p(x)} lê-se “A é o conjunto dos elementos x tais que p(x) ”. Está implícito nesta
LTC10_2.13
notação que a variável x varia num universo que se admite que contém todos os objetos
que satisfazem a condição p(x).
Definição
Seja p(x) uma condição e U um conjunto. O conjunto {x: x ∈U ∧ p(x)} diz-se o con-
junto definido por p(x) em U ou conjunto-solução de p(x) em U e representa-se por
{x ∈U: p(x)}.
67 Define em extensão os
Exemplos
seguintes conjuntos.
1. O conjunto {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9} pode ser definido em compreensão por:
a) {2n – 1: n ∈N}
b) {5n: n ∈N}
{x ∈N: x < 10}
c) {n2: n ∈N ∧ 5 ≤ n ≤ 10}
2. O conjunto dos números primos inferiores a 20 pode ser definido em compreensão por:
{x ∈N: x é primo ∧ x < 20}
68 Define em extensão os
3. No universo dos números naturais, o conjunto dos naturais n que são quadrados dos
conjuntos definidos em N
por cada uma das números pares inferiores a 5 pode ser definido em compreensão pela condição:
seguintes condições. “n = x2, para algum x ∈N tal que x é par ∧ x < 5”
a) 2x2 +x–1=0
Pode-se representar este conjunto da seguinte forma, que é mais sugestiva:
b) x2 + x + 1 = 0
c) 2x – 4 < 6 {x2 ∈N: x é par ∧ x < 5}
d) |1 – 2x| < 4
Assim, num determinado universo, toda a condição admite um conjunto que lhe corres-
ponde – o conjunto dos valores do universo que a transformam numa proposição verdadeira
69 Averigua se as seguintes
– designado por conjunto de verdade, conjunto-solução ou conjunto dos valores que veri-
condições são
equivalentes em R. ficam a condição.
Í 1Í 3
a) Í x – Í = e
Í 2Í 2
fi
x2 – x – 2 = 0
b) x2 – 10 = 0 e x – √∫1∫0 = 0
Condição Conjunto
APRENDE FAZENDO
Págs. 67 e 70
Exercícios 23, 24, 37 e 38
Propriedades
Soluções Duas condições equivalentes definem o mesmo conjunto.
67. Duas condições não equivalentes definem conjuntos distintos.
a) {1, 3, 5, 7, 9, …}
b) {5, 10, 15, 20, 25, …}
fi
c) {25, 36, 49, 64, 81, 100}
68.
a) { } b) { } c) {1, 2, 3, 4} d) {1, 2} Condições Conjuntos
69. equivalentes iguais
a) Sim b) Não
52
UNIDADE 2 Condições e conjuntos
Exercício resolvido
Sugestão de resolução
⇔ x = 5 ± √∫2∫5∫ ∫–∫ 4
∫ ∫¥
∫ ∫1
∫ ∫¥
∫ ∫6
∫
2
⇔x=3 ∨ x=2
b) {1, 2, 3} = {2, 1, 3} = {2, 3, 1, 2, 3}, uma vez que não importa a ordem pela
qual os elementos estão indicados, nem o número de vezes que um dado
elemento aparece. Soluções
Como 3 ∉{1, 2, 2}, concluímos que este é um conjunto distinto de todos os 70.
a) {x ∈R: x2 + 3 = 4x} = {1, 3} =
outros.
= {n ∈N: n é ímpar ∧ n < 5}
b) {1, 2, 3, 4} = {2, 1, 3, 4} =
= {4, 2, 3, 1, 2, 3}
53
TEMA I Introdução à lógica bivalente e à teoria dos conjuntos
Em particular:
1. O conjunto vazio pode ser definido em compreensão por uma condição impossível.
Por exemplo, ∅ = {x ∈R: x2 < 0} = {x: x ≠ x}.
Condição
impossível fi Conjunto
vazio
fi
71
√∫5, 5, 25}. Define em
Condição
Universo
extensão os seguintes universal
conjuntos.
a) A = {x ∈U: x ∈Z–}
b) B = {x ∈U: |x| < 3} Exercícios resolvidos
c) C = {x ∈U: x2 ∈U}
d) D = {x2: x ∈U} 1. Seja U = {–3, –√∫3, –1, 0, 1, √∫3, 3, 9}. Define em extensão os seguintes conjuntos.
a) A = {x ∈U: x ∈Z–}
54
UNIDADE 2 Condições e conjuntos
LTC10_2.15
2. Define em compreensão cada um dos conjuntos que se seguem.
a) {2, 4, 6, 8, 10, …}
b) {–1, 1}
Sugestão de resolução
Sejam A e B conjuntos.
Diz-se que A está contido em B ou que A é um subconjunto de B ou A é uma parte
de B, e escreve-se A ⊂ B, se:
∀ x, x ∈A ⇒ x ∈B
Implicação
entre condições fi Inclusão
de conjuntos
55
TEMA I Introdução à lógica bivalente e à teoria dos conjuntos
LTC10_2.17 Exemplos
LTC10_2.18
1. Seja M2 o conjunto dos múltiplos de 2 e M10 o conjunto dos múltiplos de 10. Tem-se
73 Considera que A é um
M10 ⊂ M2, pois todo o múltiplo de 10 é também um múltiplo de 2.
subconjunto de B e que B 2. No universo dos quadriláteros, seja Q o conjunto dos quadrados e R o conjunto dos
é um subconjunto de C.
Considera ainda que
retângulos.
1 ∈A, 2 ∈B, 3 ∈C e que Tem-se Q ⊂ R, uma vez que todo o quadrado é também um retângulo.
4 ∉A, 5 ∉B e 6 ∉C.
Quais das afirmações
Considera, agora, os conjuntos N e Z+, conjunto dos números naturais e dos números
seguintes são
necessariamente inteiros positivos.
verdadeiras?
Repara que se verifica ao mesmo tempo que N ⊂ Z+ e Z+ ⊂ N, pois todo o elemento
a) 1 ∈B
de N é elemento de Z+ e todo o elemento de Z+ é elemento de N, o que significa que N
b) 2 ∈A
e Z+ são constituídos pelos mesmos elementos, isto é, N = Z+.
c) 3 ∉A
d) 4 ∈B
e) 5 ∉A
Princípio da dupla inclusão
f) 5 ∈C
Sejam A e B conjuntos.
g) 6 ∉B
A = B se e só se A ⊂ B e B ⊂ A.
56
UNIDADE 2 Condições e conjuntos
U
Definição A B
Conjunção
de condições fi Interseção
de conjuntos
Exemplos Recorda
1. Sejam A = {2n – 1: n ∈N} e B = {5, 6, 7, 8, 9, 10}. Temos que A ∩ B = {5, 7, 9}. Dois conjuntos A e B
dizem-se disjuntos se a sua
2. Consideremos os intervalos de números reais ]–3, 2] e ]–1, 4[. interseção é o conjunto
vazio. Simbolicamente,
A ∩ B = { }.
–3 –1 0 2 4 x
57
TEMA I Introdução à lógica bivalente e à teoria dos conjuntos
LTC10_2.14 Definição
LTC10_2.16
U
A B Dados dois conjuntos A e B, chama-se reunião de A com B, e representa-se por A ∪ B,
ao conjunto de todos os objetos que satisfazem a condição de pertencer a pelo menos
A∪B um dos conjuntos A e B.
Simbolicamente, A ∪ B = {x: x ∈A ∨ x ∈B}.
74 Considera as seguintes
condições definidas em N:
Disjunção
de condições fi Reunião
de conjuntos
Soluções
fi
74. P = {2, 3, 5, 7}
Q = {3, 6, 9, 18} Negação Complementar
R = {1, 2, 3, 6, 9, 18, 4, 5, 7, 8} de condição do conjunto
S = {4, 5, 7, 8}
58
UNIDADE 2 Condições e conjuntos
Exemplos
LTC10_2.16
x
–3 –1 0 2
U
Definição A B
Notas
Num dado universo U:
–
1. A\B = A ∩ B
–
2. A = U\A
3. Em geral, A\B ≠ B\A.
Exemplos
–10 –p –2 –1 0 2 x
59
TEMA I Introdução à lógica bivalente e à teoria dos conjuntos
h È 3 Èh
e) E ∩ (F ∩ G)= ]–∞, 4[ ∩ i –∞, –√∫2 ∩ Í –
j
] ] , +∞ Í i
Î 2 Îj
È 3 È
= ]–∞, 4[ ∩ Í– , –√∫2Í
Î 2 Î
Soluções
È 3 È 3 –√∫2 0 4 x
–
75. = Í– , –√∫2Í 2
Î 2 Î
a) ]–∞, 5]
b) ]–∞, +∞[
c) ]–∞, –p] 3 –√∫2 0 4 x
–
2
È 7 È –
d) Í – , 5Í
Î 2 Î f) E = ]–∞,– 4[ = [4, +∞[ E
È 7 È
e) Í – , –p Í
4 x
– È 3 –
Î 2 Î 0 2
È È 3È
f) ]5, +∞[ g) G = Í– , +∞ Í = Í –∞, – Í G
Î 2 Î Î 2Î
È 7È x
g) Í –∞, – Í 3 0 4
Î 2Î –
2
h) ]–p, 5]
i) ∅
60
UNIDADE 2 Condições e conjuntos
76 Considera os seguintes
conjuntos:
]
h) E\F = ]–∞, 4[\ –∞, –√∫2 ] A = {x ∈N: 1 – x > 0 ∨
= ]–√∫2, 4[ 3x – 6 < 12}
–√∫2 0 2 4 x B = {x ∈R: x2 – x – 2 = 0}
h È 3 Èh C = {x ∈R: |x – 2| > 1}
i) E\(F ∩ G) = ]–∞, 4[\ i –∞, –√∫2 ∩ Í–
j
] ] , +∞ Í i
Î 2 Îj Define em extensão ou na
forma de intervalo os
È 3 È
= ]–∞, 4[\Í– , –√∫2Í seguintes conjuntos.
Î 2 Î
a) A
È 3È 3 –√∫2 0 4 x b) B
= Í –∞, – Í ∪ ]–√∫2, 4[ –
2
Î 2Î c) A\C
d) A ∩ B
3 –√∫2 0 4 x e) B ∩ C
–
2
f) A ∪ B
Sugestão de resolução
⇔ x = 2 ± √∫4∫ ∫–∫ 4
∫ ∫¥
∫ ∫ (∫ ∫–∫8∫)
2
⇔ x = 2 ± √∫3∫6 ⇔ x = 4 ∧ x = –2
Testes interativos
2 – Condições e conjuntos I.
– Condições e conjuntos II.
61
TEMA I Introdução à lógica bivalente e à teoria dos conjuntos
Aprende Fazendo
Itens de seleção
1 Sejam p e q as proposições:
p: “O Afonso usa óculos.”
q: “O Afonso usa chapéu.”
a) Em linguagem simbólica, a proposição “O Afonso usa óculos ou chapéu” pode escrever-se como:
b) Em linguagem simbólica, a proposição “O Afonso não usa óculos nem chapéu” pode escrever-se
como:
(A) p ∧ q (B) p ∨ q (C) ∼p ∨ q (D) ∼p ∧ ∼q
2 Sabe-se que a ⟺ b é uma proposição falsa. Então, acerca dos valores lógicos das proposições a e b,
podemos concluir que:
(A) a e b são ambas verdadeiras.
3 Das expressões seguintes, considerando x um número real, qual delas não é uma expressão proposi-
cional?
(A) “O dobro de x é 7.” (B) 2x + 7
4 Considera os conjuntos A, B e C:
A = {1, 2}, B = {2, 1} e C = {n ∈N: n2 ≤ 9}
Qual das opções seguintes é verdadeira?
(A) A = B = C (B) A = B e C ⊂ A (C) B = C (D) A = B e A ⊂ C
62
Itens de seleção
(B) ~(p ∧ q) ⇒ (p ∨ q)
(C) p ⇒ (p ∨ q)
6 Considera a proposição ∀ x, p(x) ⇒ q(x). Qual das seguintes proposições é equivalente à anterior?
(A) ∀ x, p(x) ∧ ~q(x)
(C) “Existe pelo menos uma criança que não acredita no Pai Natal.”
(D) “Existe pelo menos uma criança que acredita no Pai Natal.”
63
TEMA I Introdução à lógica bivalente e à teoria dos conjuntos
Aprende Fazendo
Itens de seleção
9 Sabe-se que a ⟺ b é uma proposição falsa. Então, qual das proposições seguintes é necessariamente
verdadeira?
(A) a ∧ b (B) a ∨ b (C) ~a ∧ ~b (D) a ⇒ b
10 Sabe-se que p ⇒ (q ⇒ r) é uma proposição falsa. Então, acerca dos valores lógicos das proposições
p, q e r, podemos concluir que:
(A) p e q são falsas e r é verdadeira. (B) p e r são verdadeiras e q é falsa.
11 Considera a proposição ~(∀ x, p(x) ⟹ q(x)). Qual das seguintes proposições é equivalente à anterior?
(A) ∃ x: p(x) ∧ ~q(x) (B) ∃ x: ~p(x) ⟹ ~q(x)
(C) (i) é falsa e (ii) é verdadeira. (D) (i) é verdadeira e (ii) é falsa.
13 Considera os conjuntos A, B e C, dos quais se sabe que A ⊂ B e B ⊂ C. Sabe-se ainda que a ∈A, b ∈B,
c ∈C e que d ∉A, e ∉B e f ∉C.
Qual das seguintes afirmações é necessariamente verdadeira?
(A) b ∈A (B) a ∈C (C) d ∈B (D) c ∉A
64
Itens de construção
Itens de construção
14 Das expressões seguintes, indica as que são designações e as que são proposições.
a) “52 × (p – 3)”
b) “ 1 + 1 = 1 ”
3 3 6
c) “17 é um número primo.”
f) “√∫3 > p + 1”
g) “–5 ∈N”
h) “{1, 2, 3}”
Soluções: São designações: a), d) e h). São proposições: b), c), e), f), g), i) e j)
Soluções: b), e), f) e g) são proposições falsas. c), i) e j) são proposições verdadeiras.
16 Considera as proposições:
p: “Eu gosto do verão”.
q: “Eu não gosto do inverno”.
r: “Eu gosto da primavera”.
Traduz em linguagem corrente as seguintes proposições.
a) p ∧ q b) q ∨ r c) ~p ∧ ~q
d) ~q ∨ r e) ~(p ∨ r) f) ~p ∧ ~r
Soluções: a) “Eu gosto do verão e não gosto do inverno.” b) “Eu não gosto do inverno ou gosto da primavera.” c) “Eu não
gosto do verão e gosto do inverno.” d) “Eu gosto do inverno ou da primavera.” e) “Não é verdade que eu goste do verão ou
da primavera.” f) “Eu não gosto do verão nem da primavera.”
Soluções: a) p e q são proposições verdadeiras. b) p e q são proposições falsas. c) p é uma proposição falsa e q é uma
proposição verdadeira.
65
TEMA I Introdução à lógica bivalente e à teoria dos conjuntos
Aprende Fazendo
Itens de construção
18 Constrói uma tabela de verdade para cada uma das seguintes proposições.
a) ~p ∧ q b) ~(p ∧ q) c) p ∨ (~p ∧ q)
Solução:
a) b) c)
p q ∼p ∼p ∧ q p q p ∧ q ∼(p ∧ q) p q ∼p ∼p ∧ q p ∨ (∼p ∧ q)
V V F F V V V F V V F F V
V F F F V F F V V F F F V
F V V V F V F V F V V V V
F F V F F F F V F F V F F
19 Utilizando as primeiras leis de De Morgan, escreve afirmações equivalentes à negação das seguintes
proposições.
a) “p é um número irracional e é superior a 2.”
Soluções: a) “p não é um número irracional ou não é superior a 2.” b) “15 é um número par ou é um número primo.”
c) “O Joaquim não é um bebé e sabe falar.” d) “A Margarida não é um bebé ou sabe nadar.”
b) Escreve condições equivalentes à negação das condições dadas, sem utilizar o símbolo ~.
Soluções: a) p(x) é uma condição universal em N e possível em R; q(x) é uma condição impossível em N e impossível em
R; r(x) é uma condição possível em N e possível em R; s(x) é uma condição impossível em N e possível em R; t(x) é uma
condição universal em N e universal em R. b) ~p(x): 5x + 1 < 0; ~q(x): |x| ≥ 0; ~r(x): x(x – 2) ≠ 0; ~s(x): x(x + 2) ≠ 0; ~t(x): 2x2 < 0
c) (i) Condição impossível. (ii) Condição possível. (iii) Condição possível. (iv) Condição universal.
66
Itens de construção
(i) ∃ x: p(x) (ii) ∀ x, q(x) (iii) ∀ x, p(x) ∨ r(x) (iv) ∃ x: r(x) ∧ ~q(x)
(i) “Existe pelo menos um gato que não é malhado nem preto.”
Soluções: a) (i) “Existe pelo menos um gato malhado.” (ii) “Todos os gatos gostam de leite.” (iii) “Todos os gatos são malhados
ou são pretos.” (iv) “Existe pelo menos um gato preto que não gosta de leite.” b) (i) ∃ x: ~p(x) ∧ ~r(x) (ii) ∃ x: q(x) ∨ r(x)
(iii) ∀ x, q(x) ⇒ p(x) (iv) ∀ x, p(x) ⇔ ~r(x)
22 Utilizando as segundas leis de De Morgan, escreve afirmações equivalentes à negação das seguintes
proposições.
a) “Todos os homens são ambiciosos.”
Animação
b) “Existe um ator famoso que não tem formação em teatro.” Resolução do exercício.
Soluções: a) “Existe pelo menos um homem que não é ambicioso.” b) “Todos os atores famosos têm formação em teatro.”
a 1 a
23 Seja U = b1, –1, ,0, 5, 25b. Define em extensão cada um dos seguintes conjuntos.
c 5 c
a) {x ∈U: x ∈N}
b) {x ∈U: x ∈Z–}
d) {x ∈U: 2x ≤ 0}
24 Define em compreensão cada um dos conjuntos que se seguem (admitindo-se que os elementos não
expressos são os sugeridos pela sequência).
a) {3, –3}
67
TEMA I Introdução à lógica bivalente e à teoria dos conjuntos
Aprende Fazendo
Itens de construção
25 Considera as proposições p, q e r:
p: “9 é um número primo.”
q: “p = 3,14”
r: “27 é múltiplo de 9.”
a) Escreve em linguagem simbólica as seguintes proposições.
Soluções: a) (i) ~q ∧ r (ii) ~p ∨ q (iii) q ⟹ ~r b) (iv) “9 é um número primo ou 27 não é múltiplo de 9.” (v) “Não é verdade
que 9 seja um número primo e que p = 3,14.” (vi) “Se 27 não é múltiplo de 9, então p ≠ 3,14 ou 9 é um número primo.”
c) p e q são falsas; r é verdadeira; (i), (ii), (iii), (v), (vi) são verdadeiras e (iv) é falsa.
26 Constrói uma tabela de verdade para cada uma das seguintes proposições e indica se alguma delas é
uma tautologia.
a) ~(p ⟹ ~q) b) p ⟺ (p ∨ q) c) (p ⟹ q) ⟺ (~p ∨ q)
d) ~p ∧ (p ∨ q) ∧ ~q e) p ∨ (~p ∧ q) ∨ ~q
e) p ⇒ (q ∨ r) f) (q ∨ r) ⇒ p g) (p ⇒ q) ∨ r h) p ⇔ ~q
68
Itens de construção
30 Considera as proposições p e q tais que q é falsa e p ⇒ q é verdadeira. Indica o valor lógico de cada
uma das seguintes proposições.
a) p b) p ∨ q c) ~(p ∨ q) d) ~p ∧ ~q
e) ~p ∨ q f) ~q ⇒ p g) p ⇔ q h) ~p ⇔ q
Soluções: a) Proposição falsa. b) Proposição falsa. c) Proposição verdadeira. d) Proposição verdadeira. e) Proposição verdadeira.
f) Proposição falsa. g) Proposição verdadeira. h) Proposição falsa.
33 Para cada uma das expressões proposicionais seguintes, escreve expressões equivalentes à respetiva
negação e a implicação contrarrecíproca.
a) “Se um aluno está distraído, então a professora repreende-o.”
b) “x = 3 ⇒ x2 = 9”
Soluções: a) Negação: “Um aluno está distraído e a professora não o repreende.” Contrarrecíproca: “Se a professora não
repreende um aluno, então o aluno não está distraído.” b) Negação: “x = 3 ∧ x2 ≠ 9”; Contrarrecíproca: “x2 ≠ 9 ⇒ x ≠ 3” c)
Negação: “n é um múltiplo de 10 e não é um múltiplo de 5.” Contrarrecíproca: “Se n não é um múltiplo de 5, então não é
um múltiplo de 10.”
34 Utilizando as segundas leis de De Morgan, escreve afirmações equivalentes à negação das seguintes
proposições.
a) “Existe um número real x que é maior que o seu quadrado.”
Soluções: a) “Todos os números reais são inferiores ou iguais ao seu quadrado.” b) “Existe pelo menos um número real x
que não verifica x2 – 2x ≥ 0.” c) “Qualquer número natural x não é solução da equação x3 = 25.”
Soluções: a) ∃ x ∈R: x > x2; ∀ x ∈R, x ≤ x2 b) ∀ x ∈R, x2 – 2x ≥ 0; ∃ x ∈R: x2 – 2x < 0 c) ∃ x ∈N: x3 = 25; ∀ x ∈N, x3 ≠ 25
69
TEMA I Introdução à lógica bivalente e à teoria dos conjuntos
Aprende Fazendo
Itens de construção
b) “Todos os números primos formados por dois algarismos têm os algarismos distintos.”
c) “∀ x ∈N, x2 – 2x ≥ 0”
Soluções: a) A proposição é falsa, pois, por exemplo, 3 e 5 são números primos e a sua soma, 8, não é um número primo.
b) A proposição é falsa, pois, por exemplo, 11 é um número primo formado por dois algarismos e estes não são distintos.
c) A proposição é falsa, pois, por exemplo, 1 é um número natural e não se verifica que 12 – 2 ¥ 1 ≥ 0.
Soluções: a) [2, +∞[ ∪ {0, 1} b) ]1, +∞[ c) {2, 3} d) ]2, 6] e) {3} f) R\{0, 1, 2, 3} g) ]–∞, 2] h) ]–∞, 1] ∪ ]6, +∞[ i) {0, 1, 2}
j) ]2, +∞[\{3} k) ]1, 6]\{3}
41 Sabe-se que (p ⇒ ~q) ∧ (~r ⇒ q) ∧ p é uma proposição verdadeira. Qual é o valor lógico de p, de q
e de r?
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 10.º ano
70
Itens de construção
43 a) Considera as proposições:
Soluções: a) ~q ⇒ p b) ~c ⇒ (a ⇒ ~b)
44 Considera uma operação lógica º, dita “ou exclusivo” ou “disjunção exclusiva” tal que, dadas pro-
posições p e q, p º q é verdadeira quando, e apenas quando, p e q têm valores lógicos distintos.
Resolve as seguintes questões.
a) Constrói uma tabela de verdade para p º q.
V V F Animação
Resolução do exercício.
V F V
F V V
F F F
71
TEMA I Introdução à lógica bivalente e à teoria dos conjuntos
Aprende Fazendo
Itens de construção
45 Escreva cada uma das expressões proposicionais seguintes em linguagem simbólica, a partir de ex-
pressões mais simples e das operações lógicas.
a) “Ser mamífero é condição necessária para ser felino.”
b) “Ser múltiplo de 6 é uma condição suficiente para que um número seja múltiplo de 3.”
c) “É condição necessária e suficiente para que o produto de dois números reais seja nulo que pelo
menos um deles seja zero.”
b) Para todos os valores reais x e y tais que x > y, tem-se que x2 > y2.
Soluções: a) A proposição é falsa, pois, por exemplo, um retângulo é um quadrilátero que tem os ângulos iguais, e, no entanto,
não tem os lados iguais. b) A proposição é falsa, pois, por exemplo, –2 e –3 são valores reais tais que –2 > –3 e, no entanto,
não se tem que (–2)2 > (–3)2.
48 Demonstra, por contrarrecíproco, que se um número natural n não é divisível por 3, então não é di-
visível por 12.
49 Demonstra, por dupla implicação, que para todo o número natural n, n2 é par se e só se n é par.
72
Desafios
Desafios
Revê novamente os problemas apresentados no vídeo “Mulheres que sabem o que querem” e que
também se encontram resumidos no início do capítulo (página 10).
1 Considera os seguintes conjuntos:
R = {Restaurantes} A = {Restaurantes bons} B = {Restaurantes baratos}
Observa como a proposição “restaurantes bons não são baratos!” pode ser apresentada sim-
bolicamente por ∀ x ∈R, x ∈A ⇒ x ∉B.
a) Representa, de forma análoga, a proposição “restaurantes baratos não são bons!”.
b) Usa a propriedade da implicação contrarrecíproca para mostrar que as duas proposições an-
teriores são equivalentes.
c) Escreve em linguagem corrente a proposição ∀ x ∈R, ~(x ∈A ∧ x ∈B)
d) Que relação existe entre a proposição da alínea anterior e a apresentada na alínea a)?
s v r ∼v ∼r s ⇒ ∼v s ⇔ ∼r v∨r
V V V
V V F
V F V
V F F
F V V
F V F
F F V
F F F
c) Identifica as linhas da tabela anterior onde as três proposições da alínea a) são todas verdadeiras.
d) Vamos supor que todas as afirmações da alínea a) são verdadeiras e que há uma mulher que
levou calças num dos dias, saia noutro e que está apaixonada. Qual delas está apaixonada?
73
Desafio
Imagina que escolhemos um conjunto finito de pontos ao acaso num referencial ortonormado
do plano. Podem ser milhares deles, desde que não haja pontos alinhados na vertical. Há sempre
uma função definida por um polinómio cujo gráfico passa por todos estes pontos!
Considera, por exemplo, os pontos (0, 2), (1, 1) e (2, 6). Consegues encontrar um polinómio tal
que o gráfico da função por ele definida passe por estes três pontos? y
o valor em 2 seja 6?
Neste tema vamos ver que os polinómios podem ser decompostos
2
num produto de fatores mais simples. 1
exemplo em aplicações informáticas. As curvas de Bézier, usadas nas mais conhecidas aplica-
ções de design, são essencialmente gráficos de funções definidas por polinómios. Na verdade,
a maior parte dos gráficos que encontras neste livro foram desenhados com curvas de Bézier.
Ou seja, os polinómios fornecem a tecnologia que permite desenhar os seus próprios gráficos.
Curioso!
No final deste tema voltaremos a estes problemas. Rogério Martins
TEMA II
Álgebra
1. Radicais
UNIDADE 1
Radicais
A expressões do tipo √∫5, 4√∫3, 3√∫b∫2, … chamamos radicais. Vamos, este ano, aprofundar
Resolução o estudo, que iniciaste no Ensino Básico, dos radicais e das suas operações.
Todos os exercícios de “Radicais”.
Considera o radical n√∫a. Cada uma das partes do radical tem uma designação:
n " índice a " radicando √∫ " símbolo de radical
1 2 a3 … b3 a5 … b5 a7 … b7
–1 3 a3 … b3 a5 … b5 a7 … b7
–2 –1 a3 … b3 a5 … b5 a7 … b7
–1
– 1
– a3 … b3 a5 … b5 a7 … b7
2 3
1 2 0 … a2 … b2 0 … a4 … b4 0 … a6 … b6
1
– 2
– 0 … a2 … b2 0 … a4 … b4 0 … a6 … b6
5 3
–2 –1 a2 … b2 … 0 a4 … b4 … 0 a6 … b6 … 0
–1
– –1
– a2 … b2 … 0 a4 … b4 … 0 a6 … b6 … 0
2 3
76
UNIDADE 1 Radicais
ALG10_1.1
ALG10_1.2
Sugestão de resolução
a)
–1
– 1
– –1 1
– –– a3 < b3 – 1 1 a5 < b5 – 1 1 a7 < b7
2 3 8 27 32 243 128 2187
Propriedades
• Dados dois números reais a e b e um número n ∈N ímpar, se a < b, então an < bn.
• Dados dois números reais a e b e um número n ∈N par:
– se 0 ≤ a < b, então 0 ≤ an < bn;
– se a < b ≤ 0, então an > bn ≥ 0.
O exercício resolvido que se segue não serve como prova destas propriedades. No en-
tanto, uma vez que é constituído por casos particulares destas, pode servir para com-
preender melhor as relações nelas enunciadas.
77
TEMA II Álgebra
Exercício resolvido
Sejam a e b dois números reais tais que 0 ≤ a < b. Prova, sem recorrer às proprieda-
des acima apresentadas, que:
a) a2 < b2
b) a3 < b3
(*) grau de dificuldade elevado
(desempenho avançado que c) (*) se para um dado n ∈N se tem an < bn, então an + 1 < bn + 1.
não será exigível à totalidade
dos alunos) Caderno de Apoio às Metas Curriculares,10.º ano
Recorda
Sugestão de resolução
Sejam a, b, c e d números
reais positivos, com a < b e a) (i) Suponhamos que 0 < a < b. Utilizando a propriedade enunciada na mar-
c < d, então ac < bd.
gem, no caso em que c = a e d = b, vem que a ¥ a < b ¥ b e, portanto,
a2 < b2.
(ii) Suponhamos que a = 0 e a < b; então 0 < b.
Portanto, 0 < b2, pois o quadrado de um número real positivo é sempre
um número real positivo.
1 Sendo a e b dois números
Logo, a2 < b2, pois a2 = 0.
reais tais que a < b < 0,
prova, sem recorrer às Por (i) e (ii) provamos que se 0 ≤ a < b, então a2 < b2.
propriedades apresentadas
na página anterior, que: b) (i) Suponhamos que 0 < a < b. Pela alínea anterior vem que a2 < b2 e, como
a) a2 > b2
o quadrado de um número real positivo é sempre um número real posi-
b) a4 > b4
tivo, então 0 < a2 < b2.
c) (*) se para um dado Como 0 < a < b e 0 < a2 < b2, então, pela propriedade enunciada na
n ∈N par se tem an > bn, margem, a ¥ a2 < b ¥ b2 ⇔ a3 < b3.
então an + 2 > bn + 2.
(ii) Suponhamos que a = 0 e a < b; então 0 < b.
Sugestão: considera os
números positivos –a e –b. Portanto, 0 < b3, pois o cubo de um número real positivo é sempre um
número real positivo.
Logo, a3 < b3, pois a3 = 0.
Por (i) e (ii) provamos que se 0 ≤ a < b, então a3 < b3.
c) (i) Suponhamos que 0 < a < b e an < bn. Temos que 0 < an < bn, pois o pro-
2 (*) Sabe-se que dados um duto de n fatores positivos também é positivo.
número natural n e dois
Então, pela propriedade enunciada na margem, an ¥ a < bn ¥ b.
números reais x e y tais
que 0 ≤ x < y se tem Logo, an + 1 < bn + 1.
xn < yn. Mostra, sem (ii) Suponhamos que a = 0 e a < b. Então:
recorrer às propriedades
apresentadas na página
an = 0n = 0 e an + 1 = 0n + 1 = 0
anterior, que se a < b < 0, a<b⇔0<b
então an < bn, se n for Logo, 0 < bn + 1, pois bn + 1 é o produto de n + 1 fatores positivos. Portanto,
ímpar e an > bn, se n for uma vez que an + 1 = 0, tem-se que an + 1 < bn + 1.
par.
Por (i) e (ii) provamos que se 0 ≤ a < b, então an + 1 < bn + 1.
Sugestão: considera os
números positivos –a e –b.
Caderno de Apoio às Metas
Curriculares, 10.º ano
78
UNIDADE 1 Radicais
Definição Nota
A prova da unicidade da
Sendo a um número real e n ∈N ímpar, existe um único número real b tal que bn = a; raiz será apresentada mais
a esse número chama-se raiz índice n de a e representa-se por n√∫a. à frente.
Seja a um número real positivo e n ∈N par, existe um único número real positivo b
tal que bn = a; a esse número chama-se raiz índice n de a e representa-se por n√∫a.
Exemplos
Nota
Repara que não existe nenhum número real a cujo quadrado seja igual a –25, daí que
não faça sentido escrever √∫–∫2∫5.
Propriedade
Seja n um número natural. 3 a) Qual é o comprimento
do lado de um
Então, 0 é o único número real que elevado a n é igual a 0.
quadrado de área
Diz-se por isso que n√∫0 = 0. 36 cm2?
b) Qual é o comprimento
da aresta de um cubo
De facto, seja n um número natural e x um número real que elevado a n é igual a 0, isto é: de volume 8 cm3?
c) Qual é o comprimento
xn = 0
do raio de um círculo
Então: de área 9p cm2?
x¥x¥…¥x=0
n fatores
Portanto:
x=0∨x=0∨…∨x=0 (lei do anulamento do produto)
Concluímos que o único valor possível para x é 0.
Soluções
Exemplos
3.
1. √∫0 = 0 , pois 0 é o único número real que elevado a 2 é igual a 0. a) 6 cm
b) 2 cm
2. 3√∫0 = 0 , pois 0 é o único número real que elevado a 3 é igual a 0. c) 3 cm
79
TEMA II Álgebra
1. Seja n um número natural ímpar e a e b números reais tais que bn = a. Mostra que,
para além de b, não existe outra solução da equação xn = a.
4 a) Qual é o número real
que elevado a 5 é igual
a –32? Sugestão de resolução
b) Quais os números reais
que elevados a 4 são Pretendemos provar que b é a única solução desta equação.
iguais a 16?
Suponhamos que existe um outro número real c, distinto de b, que também é
c) Qual é o número real
que elevado a 10 é
solução da equação xn = a, ou seja, cn = a.
igual a 0? Dois casos podem ocorrer:
(i) b < c
Então, bn < cn, isto é, a < cn, o que contradiz cn = a.
Recorda
Logo, não se pode ter b < c.
(*) Demonstração facultativa b) Mostra que, para além de –b e de b, não existem outras soluções da equação
xn = a.(*)
Sugestão de resolução
80
UNIDADE 1 Radicais
ALG10_1.3
De (i), (ii), (iii) e (iv) concluímos que c não pode ser menor nem maior do que s.
Então, c = s, isto é, c é uma das soluções b ou –b.
Provamos, assim, que não existem, para além de b e –b, outras soluções da
equação xn = a.
Caso 1: n é ímpar e a ∈R
xn = a ⇔ x = n√∫a C.S. = {n√∫a}
A equação xn = a tem uma e uma só solução, n√∫a.
Repara que a equação xn = a traduz a pergunta: “Quais são os números reais que ele-
vados a n são iguais a a?” Sabemos que há apenas um número nessas condições e é a
raiz índice n de a, n√∫a.
Caso 2: n é par e a ∈R+0
Caso particular: xn = 0 ⇔ x = 0 C.S. = {0}
Se a > 0: xn = a ⇔ x = ±n√∫a C.S. = {n√∫a, –n√∫a}
A equação xn = a tem duas soluções, n√∫a e –n√∫a.
Quando n é par e a ∈R+ a pergunta “Quais são os números reais que elevados a n são
iguais a a?” admite duas respostas possíveis, n√∫a e –n√∫a.
81
TEMA II Álgebra
Esquematizando / Resumindo
j) C.S. = b–
a 5 5a
, b C.S. = {5√∫1∫8}
c 3 3c
6. √∫50 cm
82
UNIDADE 1 Radicais
Nota
Propriedade
Repara que esta
Dados dois números reais a e c, um número real não negativo b (b ≥ 0) e um número propriedade não é mais do
n ∈N par, tem-se: que a propriedade
distributiva da
an√∫b ± cn√∫b = (a ± c) n√∫b multiplicação relativamente
à adição, aplicada a
Dados três números reais a, b e c e um número n ∈N ímpar, tem-se: expressões com radicais.
Exemplos
2.
3 √∫3 – 1 √∫3 = 3 √∫3 – 2 √∫3 = 1 √∫3
4 2 4 4 4
(¥2)
5√∫–∫4
= 3 √∫–∫4 + √∫–∫4 = 4 √∫–∫4
5 5 5
4. 5√∫–∫4 +
(¥3) 3 3 3 3
Erro típico
Repara que a simplificação de expressões do tipo √∫2 + √∫3 não é possível, uma vez Soluções
que os radicais não têm o mesmo radicando. 7.
Repara que √∫3 + √∫3 = 2√∫3 e que 2√∫3 ≠ √∫6. a) 5√∫3
b) –53√∫2
Recorrendo à calculadora, facilmente comprovas que √∫2 + √∫3 ≠ √∫5, pois: 37√∫–∫2
c)
2
√∫2 + √∫3 ≈ 5,83 (2 c.d.) e √∫5 ≈ 2,24 (2 c.d.)
d) 2√∫2 +
13√∫3
3
83
TEMA II Álgebra
Propriedade
8 Simplifica o mais possível Dados dois números reais não negativos a e b (a, b ≥ 0) e um número n ∈N par, tem-se:
as seguintes expressões.
n√∫a ¥ n√∫b = n√∫a∫ ∫¥∫ b
∫
a) √∫2 ¥ √∫3 ¥ √∫5
b) 53√∫2 ¥ 23√∫2 Dados dois números reais a e b e um número n ∈N ímpar, tem-se:
3√∫–∫2
c) 63√∫–∫2 ¥ + 23√∫4 n√∫a ¥ n√∫b = n√∫a∫ ∫¥∫ b
∫
2
( )(
d) 2 + √∫5 2 – √∫5 )
Vamos fazer a demonstração da propriedade para n ∈N par.
Demonstração
Consideremos os números reais não negativos a e b e o número n ∈N par.
9 De um determinado
retângulo sabe-se que o Pela propriedade do produto de potências com a mesma base, temos que:
comprimento de um dos
lados é √∫3 cm e o
(n√∫a ¥ n√∫b)n = (n√∫a)n ¥ (n√∫b)n
comprimento da sua
diagonal é √∫5 cm. Pela definição de raiz de ordem n, sabemos que:
Calcula:
(n√∫a)n ¥ (n√∫b)n = a ¥ b
a) o valor exato do
perímetro do retângulo;
Por outro lado, uma vez que tanto n√∫a como n√∫b são números não negativos, temos que:
b) o valor exato da área do
retângulo. n√∫a ¥ n√∫b ≥ 0
Exemplos
( )
3. 3√∫3 3√∫5 – 3√∫4 = 3√∫1∫5 – 3√∫1∫2
Soluções
8.
a) √∫3∫0 Propriedade
b) 10 √∫4
3 Dados um número real não negativo a (a ≥ 0), um número n ∈N par e m ∈N, tem-se:
c) 53√∫4 (n√∫a )m = n√∫am∫
d) –1
Dados um número real a, um número n ∈N ímpar e m ∈N, tem-se:
9.
a) (2√∫3 + 2√∫2) cm (n√∫a )m = n√∫a∫m
b) √∫6 cm2
84
UNIDADE 1 Radicais
Demonstração
Consideremos o número real não negativo a, o número n ∈N par e m ∈N. 11 Indica o valor lógico das
seguintes proposições.
Uma vez que a é um número não negativo, am é também um número não negativo.
a) √∫52∫ + √∫(∫–∫5∫)2 = 0
Desta forma, a expressão n√∫am ∫ tem sentido. Pela definição de raiz de índice n, sabemos
m m n b) 3√∫53 + 3√∫(∫–∫5∫)3 = 0
que provar que (n√∫a ) = n√∫a∫m é equivalente a provar que ((n√∫a ) ) = am.
( )2 = 15
c) 3√∫5
Pela propriedade da potência de potência de um número real, ((n√∫a )m)n = (n√∫a )m ¥ n e d) (√∫5 – 2)2 = 1
( √∫a )m é não negativo.
n
( )
1. √∫a 3 = √∫a3∫ , se a ≥ 0 ( )
2. 4√∫2 3 = 4√∫23∫ = 4√∫8 ( )
3. 5√∫b 2 = 5√∫b2∫
Propriedade
Dados um número real a e um número n ∈N par, tem-se:
se a ≥ 0
n√∫an a
∫ = |a|, isto é, n√∫an∫ =
–a se a < 0
Dados um número real a e um número n ∈N ímpar, tem-se n√∫a∫n = a.
Repara que:
• √∫32∫ = √∫9 = 3
• √ (∫ –3 )2 = √∫9 = 3 = | –3 |, isto é, não é verdade que √∫(∫–∫3∫)2 = –3, pois a raiz de índice
par de um número é, por definição, um número positivo.
Neste caso, (–3)2 é um número positivo e, portanto, faz sentido falar na sua raiz qua-
drada; porém, a raiz quadrada de (–3)2 é o número positivo 3.
Erro típico
85
TEMA II Álgebra
ALG10_1.8
Propriedade
Dados dois números reais não negativos a e b, com b ≠ 0 e um número n ∈N par,
tem-se que:
√∫
n√∫a a
12 Simplifica o mais possível =n
as seguintes expressões. n√∫b b
√∫4∫5
a) √∫3 ¥ (2 – √∫5 )2 +
√∫3 Dados dois números reais a e b, com b ≠ 0 e um número n ∈N ímpar, tem-se:
53√∫1∫2 : 3√∫–∫3
√∫ ba
b) n√∫a
=n
√∫2
√∫
h 2 h –1 n√∫b
c) i i ¥
j 3 j
√∫3
Exemplos
1.
√∫9∫8 = √∫4∫9 = 7 2. 4√∫3∫0 : 4√∫6 = 4√∫5 3. 3√∫1∫6 : 3√∫–∫2 = 3√∫–∫8 = –2
√∫2
Recorda
Propriedade
Seja a um número não
nulo e n ∈N:
Dados um número real não negativo a (a ≥ 0), um número n ∈N par e m ∈N, tem-se:
a–n = n
1 (n√∫a )–m = n√∫a–∫ m∫ , a ≠ 0
a
ou seja: Dados um número real a, um número n ∈N ímpar e m ∈N, tem-se que:
1
3–2 = 2 (n√∫a )–m = n√∫a–∫ m∫ , a ≠ 0
3
h 3 h –1 1 4
i i = =
j4j 3 3
4
Esta propriedade pode ser verificada da seguinte forma:
Seja n ∈N par e a um número real não negativo (a ≥ 0).
(n√∫a )–m = ((n√∫a )m)–1 (potência de potência)
1
= (definição de potência de expoente –1)
(n√∫a)m
1
= (pela propriedade (n√∫a )m = n√∫am∫ )
n√∫a∫m
= √∫1
n
(pois n√∫1 = 1)
n√∫am
∫
h a h
√∫ a1 √∫
n√∫a
=n ipela propriedade =n
m
n√∫b b i
j j
= n√∫a–∫ m
∫ (definição de potência de expoente –m, com m ∈N)
Ou seja, ( )
n√∫a –m = n√∫a–∫ m
∫ .
Soluções
12. Exemplos
a) 9√∫3 – 3√∫1∫5
h 3 h –1
b) 53√∫–∫4
c) 1
( )
1. √∫2 –1 = √∫2–∫ 1∫ =
√∫ 1
2 j√∫
2. i i =
4 j √∫ 34
h
i
j
h –1
i
j
= √∫ 43 ( )
3. 3√∫7 –2 = 3√∫7–2
∫ =3 √∫ 491
86
UNIDADE 1 Radicais
Propriedade
Dados dois números naturais n e m e um número real não negativo a, tem-se:
√∫ ∫ ∫
n m√∫a = nm√∫a
Dados dois números naturais ímpares n e m e um número real a, tem-se:
√∫ ∫ ∫
n m√∫a = nm√∫a
Demonstração
Uma vez que a é um número não negativo, m√∫a é também um número não negativo.
Exemplos
√∫ ∫
1. 3 √∫2 = 6√∫2
√∫ ∫
2. √∫8 = 4√∫8
√∫ ∫ ∫ ∫
3. 5 3√∫–∫3 = 15√∫–∫3
87
TEMA II Álgebra
(n√∫a )m = n√∫am∫
Se a ≠ 0, (n√∫a )–m = n√∫a–∫ m
∫
Potenciação
n√∫an
∫ = a, se n ímpar
n√∫an
∫ = |a|, se n par
14 Considera A = √∫5,
Se b ≠ 0, √∫a = n
√∫
B = 2 – 4√∫5 e C = 4√∫5. n a
Divisão b
Calcula, apresentando o n√∫b
resultado o mais
simplificado possível.
Radiciação √∫ ∫ ∫
n m√∫a = nm√∫a
a) A + B
b) 3A – B
c) (A – B)2
d) A ¥ B Exercício resolvido
e) 3√∫A
f) √∫A + C Simplifica as seguintes expressões.
g) B + C4 3 3
a) 73√∫5 + √∫5 – 113√∫5 (
b) 23√∫7 3 )
4
h2 h5
c) i √∫2i d) √∫3 ¥ √∫3 ¥ 2√∫3
j3 j
(
e) 5 + √∫3 2 + √∫7)( ) (
f) √∫2 + √∫5 2 )
(
g) 3√∫2 – 1 2 ) ( )(
h) √∫3 – √∫1∫1 √∫3 + √∫1∫1 )
h 1 h –1 4√∫2
√∫ ∫
i) 6√∫4 : 3 √∫2 ¥ 6√∫1∫3 j) i 4
√∫
i +
j 2 j 2
– 2 √∫2 √∫ ∫
88
UNIDADE 1 Radicais
( )
b) 23√∫7 3 = 23 ¥ 3√∫7 3 ( )
=8¥7
= 56
h2 h5 h2h5
c) i √∫2i = i i ¥ (√∫2 )5
j3 j j3j
32
= ¥ (√∫2 )2 ¥ (√∫2 )2 ¥ √∫2
243
32
= ¥ 2 ¥ 2 ¥ √∫2
243
= 128√∫2
243
( )( )
e) 5 + √∫3 2 + √∫7 = 10 + 5√∫7 + 2√∫3 + √∫2∫1
( ) ( )
f) √∫2 + √∫5 2 = √∫2 2 + 2√∫2 ¥ √∫5 + √∫5 2 ( )
= 2 + 2√∫1∫0 + 5
= 7 + 2√∫1∫0
( ) ( )
g) 3√∫2 – 1 2 = 3√∫2 2 – 2 ¥ 3√∫2 + 12
= 9 ¥ 2 – 6√∫2 + 1
= 18 – 6√∫2 + 1
= 19 – 6√∫2
( )( ) ( ) (
h) √∫3 – √∫1∫1 √∫3 + √∫1∫1 = √∫3 2 – √∫1∫1 2 = 3 – 11 = –8 )
√∫ ∫
i) 6√∫4 : 3 √∫2 ¥ 6√∫1∫3 = 6√∫4 : 6√∫2 ¥ 6√∫1∫3
= 6
√∫ 42 ¥ √∫1∫3
6
= 6√∫2 ¥ 6√∫1∫3
= 6√∫2∫6
h 1 h –1 4√∫2
√∫ √∫
h 1 h –1
j) i 4 i + √∫ ∫1
– 2 √∫2 = 4 i i + 4√∫2 – 24√∫2
j 2 j 2 j2j 2
1 4
= 4√∫2 + √∫2 – 24√∫2
2
3 4
= √∫2 – 24√∫2
2
1
= – 4√∫2
2
4√∫2 APRENDE FAZENDO
=– Págs. 106, 107, 108, 110
2 e 112
Exercícios 1, 5, 6, 7, 8, 9,
12, 13, 14, 20, 21, 22 e 33
89
TEMA II Álgebra
ALG10_2.1
Propriedade
Dados dois números naturais n e k e um número real não negativo a, tem-se:
Demonstração
• Se k = 1: n√∫a = n ¥ 1√∫a1
Soluções Propriedade
15. Sejam a um número real não negativo e q um número racional não negativo (q ≠ 0 se
a) √∫9 = 4√∫92∫ = 6√∫9∫3 = 3. São m m’
iguais.
a = 0); se q = = , sendo m, n, m’ e n’ números inteiros, m, m’ ≥ 0 e n, n’ ≥ 2,
n n’
b) √∫26∫ = 3√∫29∫ = 4√∫21∫ 2∫ = 8. São tem-se que:
iguais.
16. n√∫am
∫ = n’√∫am’
∫
a) 4√∫1∫8
b) 6√∫1∫0∫0
c) 4√∫2 Esta propriedade é demonstrada no exercício resolvido seguinte.
90
UNIDADE 1 Radicais
Exercícios resolvidos
1. (*) Prova, sem recorrer à propriedade apresentada, que, sendo a um número real (*) grau de dificuldade elevado
m m’ (desempenho avançado que
positivo e n, m, n’, m’ números naturais tais que = , se tem n√∫am
∫ = n’√∫am’
∫ .
n n’ não será exigível à totalidade
Caderno de Apoio às Metas Curriculares,10.º ano dos alunos)
= n’√∫am’
∫ c) 4√∫2∫7∫5 ¥ √∫5 +
4√∫1∫1
3
6√∫7
d) 3√∫5 ¥ √∫5 ¥ 6√∫3∫5 +
4
2. Simplifica as seguintes expressões.
h 3√∫2 ¥ 5√∫3 h 5 3
6√∫7 e) i i – √∫3
a) 6√∫5∫6∫7 ¥ 3√∫3 – j 15√∫3∫6 j
2
6√∫3 √∫ ∫
f) 3 2√5
∫ ¥ √∫5 ¥ 3√∫5 – 3√∫2 – 1 ( )2
b) 6√∫6 ¥ √∫2 ¥ 3√∫2 –
2
3√∫4 ¥ √∫2 – (2 – √∫5 )(2 + √∫5 ) (
g) 26√∫9 + 33√∫3 ¥ )
c)
6√∫2 ¥ 3√∫√∫∫1∫6
∫ ∫2 – 12√∫47∫
√∫ ∫ ∫
d) (*) 3 2√∫3 ¥ √∫3 ¥ 3√∫3 – 3√∫2 – 1 2 ( )
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 10.º ano (*) grau de dificuldade elevado
(desempenho avançado que
não será exigível à totalidade
Sugestão de resolução dos alunos)
6√∫7
= 6√∫5∫6∫7 ¥ 3 ¥ 2√∫3∫2 – √∫7
6 567 3 9 3
a) 6√∫5∫6∫7 ¥ 3√∫3 –
2 2 189 3 3 3
63 3 1
= 6√∫5∫6∫7 ¥ 6√∫9 – √∫7
6
21 3
2 7 7 9 = 32
Soluções
∫ ¥ 6√∫32∫ – √∫7
6 1
= 6√∫34∫ ∫ ¥
∫ ∫7
2 567 = 34 ¥ 7
19.
6√∫7 75√∫2
= 6√∫36
∫∫ ¥
∫ ∫7
∫ – a)
2 3
6√∫7 b) 3√∫5
= 36√∫7 – 164√∫1∫1
2 c)
3
= 6 √∫7 – √∫7
6 6
d)
216√∫7
2 2 4
e) 3√∫3
= 5 √∫7
6
91
TEMA II Álgebra
Exercícios resolvidos
6√∫3
= 6√∫6 ¥ 6√∫23∫ ¥ 6√∫22∫ – √∫3
6 (continuação)
b) 6√∫6 ¥ √∫2 ¥ 3√∫2 –
2 2
6√∫3
= 6√∫6∫ ¥
∫ ∫2
∫ 3∫ ∫ ¥
∫ ∫2
∫ ∫2 –
2
∫ 2∫ – √∫3
6
= 6√∫2∫ ¥
∫ ∫3∫ ∫¥∫ ∫2
∫ 3∫ ∫ ¥
∫ ∫2
2
6√∫3
= √∫2∫ ∫ ¥
6 6 ∫ ∫3∫ –
2
6√∫3
= 3 √∫3
6
= 26√∫3 –
2 2
3√∫4 ¥ √∫2 – (2 – √∫5 )(2 + √∫5 ) = 6√∫42∫ ¥ 6√∫23∫ – (22 – (√∫5 )2)
c)
6√∫2 6√∫2
= √∫4∫ ∫ ¥
6 2∫ ∫2 ∫ 3∫ – (4 – 5)
6√∫2
=6 √∫ 24 ¥ 23
2
– (–1)
= 6√∫26∫ + 1
=2+1=3
√∫ ∫ ∫ ( )
d) 3 2√∫3 ¥ √∫3 ¥ 3√∫3 – 3√∫2 – 1 2 = 3√∫2 ¥ 3 √∫3 ¥ √∫3 ¥ 3√∫3 – √∫ ((3√∫2 )2 – 23√∫2 + 1)
= 3√∫2 ¥ 6√∫3 ¥ √∫3 ¥ 3√∫3 – (3√∫4 – 23√∫2 + 1)
= 6√∫22∫ ¥ 6√∫3 ¥ 6√∫33∫ ¥ 6√∫32∫ – 3√∫4 + 23√∫2 – 1
= 6√∫4∫ ∫¥∫ ∫36∫ – 3√∫4 + 23√∫2 – 1
= 36√∫22∫ – 3√∫4 + 23√∫2 – 1
= 33√∫2 – 3√∫4 + 23√∫2 – 1
= 53√∫2 – 3√∫4 – 1
92
UNIDADE 1 Radicais
Esquematizando / Resumindo
Para extrair fatores para fora de um radical, deves seguir os seguintes passos:
1.º passo: Decompõe o radicando num produto de fatores primos.
2.º passo: Caso se trate de uma raiz quadrada, agrupa os fatores comuns aos pares;
caso se trate de uma raiz cúbica, agrupa os fatores comuns aos ternos, …
3.º passo: Aplica a propriedade da multiplicação de radicais n√∫a∫ ∫¥∫ ∫b = n√∫a ¥ n√∫b.
4.º passo: Aplica a propriedade:
• n√∫an∫ = a se n é ímpar e a > 0
• n√∫an∫ = |a| se n é par
3780 2
a) √∫3∫7∫8∫0 = √∫2∫2∫ ¥
∫ ∫3
∫ ∫2∫ ∫¥∫ ∫3∫ ∫¥∫ ∫5∫ ∫¥∫ ∫7 1890 2
= √∫22 ¥ √∫32 ¥ √∫3∫ ¥
∫ ∫5
∫ ∫¥
∫ ∫7
∫ 945 3
315 3
= 2 ¥ 3 ¥ √∫1∫0∫5 105 3
35 5
= 6√∫1∫0∫5 7 7
1
b) 3√∫3∫7∫8∫0 = 3√∫22∫ ∫ ¥
∫ ∫3
∫ 3∫ ∫ ∫¥∫ ∫5∫ ∫¥∫ ∫7 3780 = 22 ¥ 33 ¥ 5 ¥ 7
a)
√∫2∫0 + √∫4∫5 – 3√∫8∫0 + √∫1∫2∫5
3 2 6
b) 4√∫3 –
√∫2∫7 – 3√∫2∫4∫3 + √∫∫3
3 2 Soluções
20.
c) 34√∫3 – 24√∫4∫8
a) 5√∫1∫0
d) 53√∫5∫4 – 3√∫2∫5∫0 + 3√∫1∫6 b) 53√∫2
c) 12√∫7
e) √5√∫
∫ + 24√∫8∫0 d) 23√∫1∫2∫6
(continua)
e) 24√∫6∫3
93
TEMA II Álgebra
Exercícios resolvidos
(continuação)
Sugestão de resolução
a)
√∫2∫0 + √∫4∫5 – 3√∫8∫0 + √∫1∫2∫5 20 2
) 45 3
)
10 2 15 3
3 2 6 5 5 5 5
= – 9√∫5
6
= – 3√∫5
2
54 2 250 2 16 2
d) 53√∫5∫4 – 3√∫2∫5∫0 + 3√∫1∫6 =
= 5 ¥ 33√∫2 – 53√∫2 + 23√∫2
27
9
3
3 )
125
25
5
5
)
8
4
2
2
)
3 3 5 5 2 2
= 153√∫2 – 53√∫2 + 23√∫2 1 1 1
√∫5∫4 = 33√∫2
3√∫2∫5∫0 = 53√∫2 √∫1∫6 = 23√∫2
3
= 123√∫2
3
80
√∫
APRENDE FAZENDO 2
Págs. 106, 107 e 109
Exercícios 2, 3, 11 e 16
e) √∫5 + 24√∫8∫0 = 4√∫5 + 24√∫8∫0
= 4√∫5 + 2 ¥ 24√∫5
40
20
10
2
2
2
)
5 5
= 4√∫5 + 44√∫5
CADERNO DE EXERCÍCIOS 1
E TESTES = 54√∫5 4√∫8∫0 = 24√∫5
Pág. 10
Exercício 1
94
UNIDADE 1 Radicais
Definição
a
Chama-se fração à representação do quociente entre dois números reais a e b, com
b
b ≠ 0.
O número a diz-se o numerador e o número b o denominador da fração.
Duas frações dizem-se equivalentes quando representam o mesmo número.
Quando fazemos cálculos que envolvem frações com denominadores irracionais po-
demos proceder à sua racionalização, ou seja, substituir essa fração por uma fração com
denominador racional que lhe seja equivalente.
Os cálculos que envolvem frações de denominador racional são mais simples. Além
disso, é mais fácil ter a perceção da quantidade que uma fração representa quando esta
tem um denominador racional.
Em seguida vamos estudar processos de racionalização de frações.
Exemplo
2 2√∫3
= = 2√∫3 = 2√∫3
√∫3 √∫3 ¥ √∫3 (√∫3 )2 3
(¥√∫3)
Exemplo
95
TEMA II Álgebra
Recorda Exemplos
3 3(√∫2 + 1)
(a – b)(a + b) = a2 – b2 1. = = 3(√∫2 + 1) = 3√∫2 + 3 = 3√∫2 + 3 = 3√∫2 + 3
√∫2 – 1 (√∫2 – 1)(√∫2 + 1) (√∫2 )2 – 12 2 – 1 1
(¥(√∫2 + 1))
21 Racionaliza o
√∫3 √∫3(√∫5 – √∫3)
= √∫1∫5 – (√∫3 ) = √∫1∫5 – 3
denominador de cada uma 2
2. =
das seguintes frações. 2
1
√∫5 + √∫3 (√∫5 + √∫3)(√∫5 – √∫3) (√∫5 )2 – (√∫3 )2
a)
√∫2 (¥(√∫5 – √∫3))
6 1 3√∫7 + 2√∫5 3√∫7 + 2√∫5
b)
3. = = = 3√∫7 + 2√∫5 = 3√∫7 + 2√∫5
√∫3 9¥7–4¥5
3√∫7 – 2√∫5 (3√∫7 – 2√∫5)(3√∫7 + 2√∫5) (3√∫7 ) 2 – (2√∫5 )
2 43
√∫2
c) (¥(3√∫7 + 2√∫5))
√∫3
1
d)
3√∫2 Exercícios resolvidos
2
e)
54√∫3 1. Racionaliza os denominadores das seguintes frações.
f)
2
a)
5
b)
1
c)
4
d)
√∫3 e) (*)
2 – 3a
, a ∈N
4 – √∫3 √∫2 24√∫3 2 + 3√∫7 √∫7 + 2√∫3 √∫a∫ +
∫ ∫ ∫2 + 2√∫a
√∫2
g) 1 2 1
√∫3 + √∫6 f) (*) , a, b, c, d ∈N g) (**) h) (**)
a√∫b + c√∫d 4√∫2 –1 3√∫3 + 3√∫2
√∫3 + √∫6
h)
√∫2 Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 10.º ano
1
i)
2√∫3 – 4√∫5 Sugestão de resolução
(*) grau de dificuldade elevado
a)
5 = 5√∫2 = 5√∫2
(**) grau de dificuldade muito
√∫2 (√∫2)2 2
elevado
(desempenho avançado que
4√∫33
∫ = √∫2∫7 = √∫2∫7 = √∫2∫7
não será exigível à totalidade 1 = 4 4 4
b)
dos alunos)
24√∫3 24√∫3 ¥ 4√∫33∫ 24√∫34∫ 2¥3 6
22 Resolve a equação:
√∫5x + 2x – 3 = 0 c)
4 = 4(2 – 3√∫7) = 8 – 12√∫7
Apresenta a solução com 2 + 3√∫7 (2 + 3√∫7 )(2 – 3√∫7 ) 22 – 32 ¥ (√∫7)2
o denominador
racionalizado. = 8 – 12√∫7 = 8 – 12√∫7 = –8 + 12√∫7
4–9¥7 –59 59
Soluções
d) √∫3 = √∫3(√∫7 – 2√∫3) = √∫2∫1 – 2 ¥ (√∫3)
2
22. 3√∫5 – 6
96
UNIDADE 1 Radicais
Curiosidade
Podes facilmente
f)
1 = a√∫b – c√∫d = a√∫b – c√∫d = a√∫b – c√∫d comprovar estas igualdades
a√∫b + c√∫d (a√∫b + c√∫d)(a√∫b – c√∫d ) a2(√∫b)2 – c2(√∫d)2 a2b – c2d efetuando o produto do
segundo membro da
= 2 √∫2 + 2 = 2 √∫2 + 2 = 2 √∫2 + 2
4 4 4
g)
2 = 2(4√∫2 + 1) igualdade:
4√∫2
(4√∫2 – 1)(4√∫2 + 1) ( √∫2) – 1 4√∫22∫ – 1 √∫2 – 1 • A3 – B3 =
–1 4 2 2
= (A – B)(A2 + AB + B2)
(¥4√∫2 + 1)
• A3 + B3 =
+ 2)(√∫2 + 1) = (2 √∫2 + 2)( √∫2∫ + 1)
4 4 2
= ( 24√∫2 = (A + B)(A2 – AB + B2)
(√∫2 – 1)(√∫2 + 1) (√∫2)2 – 12
(¥√∫2+ 1)
= 2 √∫2∫ + 2 √∫2 + 2 √∫4 + 2 = 24√∫8 + 24√∫2 + 24√∫4 + 2
4 3 4 4
2–1
2. Simplifica a expressão 5
√∫ 23 – 4√∫ 32 – 2√∫6 + √∫2∫9∫4.
Sugestão de resolução
294
√∫ √∫
2
– 2√∫6 + √∫2∫9∫4 = 5 √∫2 – 4 √∫3 – 2√∫6 + 7√∫6
2 3
5 –4 147 3
3 2 √∫3 √∫2 49 7
(¥√∫3) (¥√∫2)
7 7
1
5 h 4 h 14
= –
i – 2 + 7i √∫6 = √∫6 √∫2∫9∫4 = 7√∫6
3 j 2 j 3
(continua)
97
TEMA II Álgebra
√∫3∫5 10 3. Determina o lado de um quadrado inscrito numa circunferência cujo raio mede
a) – 2√∫1∫8∫0 +
√∫7 √∫5 5 cm. Apresenta o resultado na forma a√∫b, a, b ∈N.
l2 = 52 + 52 ⇔ l2 = 50 50 2 l
25 5
⇔ l = ±√∫5∫0 5 5
⇔ l = ± 5√∫2 1
5 cm
√∫5∫0 = 5√∫2
Como l > 0, então l = 5√∫2 cm.
b) do perímetro de cada
Designemos por x a medida da aresta do octaedro.
uma das faces do
octaedro; “Cortemos” o cubo por um plano paralelo às duas
c) da área de cada uma bases e que intersete quatro vértices do octaedro: x C
das faces do octaedro; A B
Observando esse “corte”, facilmente reconhecemos um
d) do volume do octaedro.
– =a:
– = BC
triângulo [ABC], retângulo em B, e tal que AB
2
APRENDE FAZENDO
Aplicando o Teorema de Pitágoras ao triângulo [ABC],
h a h2 h a h2 x
Págs. 109, 110, 111, 112 e temos x2 = i i + i i .
113 j2j j2j C
Exercícios 17, 18, 23, 25, x
h a h2 h a h2 a2 a2 a
26, 27, 28, 29, 32, 34, 35, Como x2 = i i + i i ⇔ x2 = + 2
36 e 37 j2j j2j 4 4
2a 2 A a B
⇔ x2 = 2
CADERNO DE EXERCÍCIOS 4
E TESTES
a2
Págs. 10 e 11 ⇔x =
2
2
Exercícios 2, 3 e 4
√∫ a2
⇔x=±
(a > 0) 2
⇔ x = ± √∫2a
Soluções a
⇔x=±
23. √∫2 2
98
UNIDADE 1 Radicais
√∫3a8
2
⇔h= (pois h > 0)
⇔ h = √∫3 a (a > 0)
√∫8
⇔ h = √∫3 a ⇔ h = √∫6 a
2√∫2 4
16 8
5. (*) Justifica a igualdade √∫7∫ –∫ ∫ 4∫ ∫√∫∫3 = 2 – √∫3. (*) grau de dificuldade elevado
(desempenho avançado que
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 10.º ano não será exigível à totalidade
dos alunos)
Sugestão de resolução
25 Justifica cada uma das
√∫7∫ ∫–∫ ∫4√∫ ∫∫3 = 2 – √∫3 é uma proposição verdadeira se a raiz quadrada de 7 – 4√∫3 seguintes igualdades.
for 2 – √∫3, isto é, se (2 – √∫3 )2 = 7 – 4√∫3 e se 2 – √∫3 > 0.
√∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫
a) 9 + 4√∫5 = 2 + √∫5
Calculemos (2 – √∫3 )2.
√∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫
b) 29 + 12√∫5 = 3 + 2√∫5
(2 – √∫3 )2 = 22 – 2 ¥ 2 ¥ √∫3 + (√∫3 )2
= 4 – 4√∫3 + 3
= 7 – 4√∫3
Por outro lado, 2 – √∫3 > 0, uma vez que 22 > (√∫3)2.
Assim, concluímos que √∫7∫ –∫ ∫ 4
∫ ∫√∫∫3 = 2 – √∫3 é uma proposição verdadeira.
(continua)
99
TEMA II Álgebra
Exercícios resolvidos
(continuação)
(**) grau de dificuldade muito 6. (**) Escreve a expressão √∫2∫9∫ +∫ ∫ 1∫ ∫2∫√∫∫5 na forma a + b√∫c, com a, b ∈Z e c ∈N.
elevado
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 10.º ano
(desempenho avançado que
não será exigível à totalidade
dos alunos)
Sugestão de resolução
a2 + b2c = 29 a2 + 5b2 = 29
ab = 6 ⇔ a= 6
b
c=5 ––––––––––
h 6 h2
i i + 5b2 = 29
jbj
⇔ ––––––––––
––––––––––
h 6 h2
Para determinar os possíveis valores de b, vamos resolver a equação i i + 5b2 = 29.
jbj
h 6 h2
i i + 5b 2 = 29 ⇔ 36 + 5(b 2 )2 – 29b2 = 0
jbj
⇔ 5(b2)2 – 29b2 + 36 = 0
⇔ b2 = 29 ± √∫8∫4∫1∫ ∫–∫ 4
∫ ∫¥
∫ ∫5
∫ ∫¥
∫ ∫3
∫ ∫6
10
⇔ b2 = 29 ± √∫1∫2∫1
10
29 ± 11
⇔ b2 =
10
9
⇔ b2 = 4 ∨ b2 =
5
⇔ b = 2 ∨ b = –2 ∨ b = √∫ 95 ∨ b = –√∫ 95
Uma vez que pretendemos que b seja inteiro vamos considerar apenas as so-
Testes interativos luções 2 e –2.
– Álgebra I.
– Álgebra II. • Se b = –2, então a = –3 e c = 5. No entanto, –3 – 2√∫5 não é um número po-
sitivo, pelo que não pode ser solução do problema.
Soluções • Se b = 2, então a = 3 e c = 5. Como 3 + 2√∫5 é um número positivo cujo qua-
100
TEMA II Álgebra UNIDADE 2 Potências de expoente racional
UNIDADE 2
Potências de expoente racional
(18–3 ¥ 2–3)–2 : 66
b)
Propriedades È 0 h 1 h 14 È
Í 100 : i i Í:
j6j Î
[(62)–5 : (365)–2]
Î
• a m ¥ an = a m + n
• am ¥ bm = (a ¥ b)m
• am ÷ an = am – n (a ≠ 0, m > n)
• am ÷ bm = (a ÷ b)m (b ≠ 0)
• (am)n = am ¥ n
Seja n ∈Z:
• a0 = 1, por definição
Repara que esta definição é a única possível, por forma a estender a propriedade am + n =
= am ¥ an a expoentes positivos ou nulos.
Ora, vejamos:
a1 + 0 = a1 ¥ a0 ⇔ a1 = a1 ¥ a0, o que só é verdade se a0 = 1.
1
• a–n = , com n ∈N, por definição
an
Esta definição é a única possível, por forma a estender a propriedade am + n = am ¥ an a
expoentes inteiros.
Repara:
an + (–n) = an ¥ a–n ⇔ a0 = an ¥ a–n
1 Soluções
⇔ 1 = an ¥ a–n, o que só é verdade se a–n = n .
a
27.
É de salientar que todas as propriedades previamente estudadas das potências de ex- a) 16
poente natural se mantêm para as potências de expoente inteiro. b) 36
101
TEMA II Álgebra
Em geral:
Soluções
h mh n m
¥n
m
28. Para que ija n ij = a n = am, a n tem de ser o número real cuja n-ésima potência é
a) 4
igual a am.
b) 4 m m
¥2 hmh2
c) 3 Por outro lado, a n = a 2n = a ij2nij , pelo que é um número positivo.
d) 9
e) 8 m
f) 128 Pela definição de raiz, este número é n√∫am
∫ , pelo que é natural definir a n = n√∫am
∫ .
102
UNIDADE 2 Potências de expoente racional
Propriedades
• aq ¥ ar = aq + r
• aq ¥ bq = (a ¥ b)q
• aq ÷ ar = aq – r
• aq ÷ bq = (a ÷ b)q Soluções
• (aq)r = aq ¥ r 29.
1
a)
5
1
No próximo exercício resolvido, iremos demonstrar casos particulares de algumas das b)
2
propriedades referidas acima. No entanto, a não ser que te peçam para demonstrares, c)
1
3
nos restantes exercícios pretende-se que utilizes diretamente as propriedades algébricas
1
d)
das potências. 16
103
TEMA II Álgebra
Exercícios resolvidos
Sugestão de resolução
30 Mostra, utilizando as
propriedades estudadas 4 3
das operações com a) a 5 ¥ a 5 = 5√∫a4 ¥ 5√∫a3 (definição de potência de expoente racional)
radicais e a definição de = 5√∫a4
∫∫ ∫¥∫ ∫a3∫ (propriedade n√∫a ¥ n√∫b = n√∫a∫ ∫¥∫ ∫b )
potência de expoente
racional, que: = 5√∫a7 (produto de potências de expoente inteiro com a
1 2 3
7 mesma base)
a) a4 ¥ a4 = a4
2 3 17 = a5 (definição de potência de expoente racional)
b) a 3 ¥ a 4 = a 12
4 1
1
h 3h 5 3
b) a 5 ¥ a 2 = 5√∫a4∫ ¥ √∫a (definição de potência de expoente racional)
c) ija 4 ij = a 20
61,3
= 10√∫a8
∫ ¥ 10√∫a5
∫ (propriedade: se m = m’ , então n√∫am = n’√∫am’
∫ )
d) = 31,3 n n’
21,3 = 10√∫a∫8∫ ¥
∫ ∫ a∫ ∫5 (propriedade n√∫a ¥ n√∫b = n√∫a∫ ∫¥∫ ∫b )
3
1
e)
a4 = a4 = 10√∫a13
∫ (produto de potências de expoente inteiro com a
1
a2 13
mesma base)
= a10 (definição de potência de expoente racional)
m k
c) a n ¥ a p = n√∫am
∫ ¥ p√∫ak∫ (definição de potência de expoente racional)
= np√∫a∫m∫p ¥ np√∫a∫nk∫ (propriedade: se m = m’ , então n√∫am = n’√∫am’
∫ )
n n’
= np√∫am
∫ p∫ ∫ ∫¥∫ ∫an∫ k∫ (propriedade n√∫a ¥ n√∫b = n√∫a∫ ∫¥∫ ∫b )
= np√∫a∫m∫p∫ +∫ ∫ n∫ ∫k (produto de potências de expoente inteiro com
mp + nk a mesma base)
=a np (definição de potência de expoente racional)
2
h 4h 3
2
(
d) ija 5 ij = 5√∫a4 3 ) (definição de potência de expoente racional)
104
UNIDADE 2 Potências de expoente racional
31 Simplifica as seguintes
expressões.
13
√∫
e)
21,3 = 210 2
43 ¥ 2
51,3 13 a)
1
510 46
= √∫2∫ ∫
10 13
(definição de potência de expoente racional) 2 2 2
10√∫5∫1∫3 1
10 3 ¥ 2 3 ÷ 4 3 –
2
b) – +5
h 1 h2
√∫ ipropriedade √∫a
√∫
13 h n h i5 12 i
= 10 213 =n a i j j
5 j b j
n √∫b –
1
60,75 ¥ 6 4 4(3√∫5 )3
√∫
h2 h 13 c) +
= 10 i i (quociente de potências de expoente inteiro com h 1h2 3√∫4
j5j i3 4 i
j j
13 o mesmo expoente)
h h
= i 2 i 10 (definição de potência de expoente racional)
j5j
= 0,41,3
2
= √∫a∫
a3 3 2
f)
1
(definição de potência de expoente racional)
6√∫a
a6
3 ¥ 2√∫a2
∫ ∫ ¥∫ ∫ 2
= (propriedade: se m = m’ , então n√∫am∫ = n’√∫am’
∫ )
6√∫a n n’
= √∫a∫
6 4
6√∫a
√∫ ipropriedade √∫a
√∫
4 h n h
=6 a =n a i
a j b j
n√∫b
= 6√∫a3 (quociente de potências de expoente inteiro com
a mesma base)
= √∫a (propriedade: se m = m’ , então n√∫am∫ = n’√∫am’
∫ ) APRENDE FAZENDO
1
n n’ Págs. 106, 108, 110, 111
= a2 (definição de potência de expoente racional) e 112
Exercícios 4, 15, 19, 24,
30 e 31
h 1h 4
3 1 i 6i
a2 ¥a3 ja j CADERNO DE EXERCÍCIOS
2. Simplifica a expressão + , a ∈R+. E TESTES
5 a–2
a6 Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 10.º ano Págs. 11 e 12
Exercícios 5, 6, 7, 8, 9, 10
e 11
Sugestão de resolução Págs. 35 a 37
Teste n.º 1
h 1h 4
3 1 i 6i 3 1 4 11
ja j
+ 4
a2 ¥a3 + =a
2 3 a6 6
+ –2 = a + a 6
+2
5 a–2 5 a 5 Testes interativos
a6 a6 a6 – Potências de expoente
racional I.
11 5 16
– – Potências de expoente
= a6 6 + a6 racional II.
16
= a + a6
8 Soluções
=a+ a3 31.
= a + 3√∫a8∫ a) 2
= a + a2 3√∫a2 b)
6√∫5
5
c) √∫2 + 103√∫2
105
TEMA II Álgebra
Aprende Fazendo
Itens de seleção
5 Sejam a e b números reais positivos e c um número real. Qual das seguintes afirmações é necessaria-
mente verdadeira?
(A) √∫a∫ –
∫ ∫ ∫b = √∫a – √∫b (B) √∫a∫ ∫+∫ b
∫ = √∫a + √∫b
(C) √∫c∫2 = c ( )
(D) √∫a 2 = a
6 3√∫√∫√3∫ é igual a:
1 1
(A) √∫3 (B) 3√∫3 (C) 312 (D) 3 6
7
√∫3 ∫+ ∫√∫∫2∫∫3∫∫ ∫∫+∫∫ ∫∫ ∫∫√∫∫∫6∫∫ ∫∫+∫∫ ∫∫√∫∫∫4 é igual a:
3
106
Itens de seleção
8 Considera o losango [ABCD] representado na figura ao lado e do qual se sabe que A–C = 7 + 2√√∫3 e
B–D = 7 – 2√∫3.
D
A C
9 A figura representa um quadrado [ABCD], de lado √∫5 e no qual foi inscrito outro quadrado [PQRS].
Sabe-se ainda que A–P = 1.
A P D
A R C
11 O quadrado da figura ao lado está dividido em nove quadrados geometricamente iguais, três dos quais
têm inscritas circunferências de raio r.
107
TEMA II Álgebra
Aprende Fazendo
Itens de seleção
12 Observa a figura, em que uma circunferência de diâmetro √∫2 está inscrita num triângulo retângulo de
hipotenusa h e B–C = √∫7.
A
B C
(A) √∫7(h – 7) –
p (
(B) √∫7 h – √∫7 – p)
2 2
2
– p (D) √∫7∫h∫ ∫ –
2 ∫ ∫ ∫4∫9 – p
(
(C) √∫7 √∫h∫ ∫ +
2 ∫ ∫ ∫7
)
2 2 2
14 Considera uma pirâmide regular cuja base é um quadrado de lado a e as faces laterais são triângulos
equiláteros. O volume dessa pirâmide é:
(A)
√∫2 a3 (B)
√∫2 a3 (C)
√∫3 a3 (D)
√∫2 a3
12 6 12 3
Considera, dado um número natural n ≥ 2 e para x > 0, y > 0, a expressão A = 2√∫x √∫y . Para que valor
3
15
n√∫x∫y2
∫
de n se tem A = 2 3√∫x, independentemente dos valores de x e de y?
(A) 3 (B) 4 (C) 5 (D) 6
108
Itens de construção
Itens de construção
Soluções: a) 2√∫3 b) –8√∫3 c) 124√∫3 d) 26 – 8√∫3 e) –2√∫3 – √∫2 f) 0 g) 6√∫2 h) 14√∫5 i) –3√∫3 j) 20√∫5 k) 43√∫3 l) 8 3√∫4 – 40
a) 1 b) 5
√∫3 √∫1∫0
c) 5√∫7 d) 4
2√∫3 √∫1∫3 – √∫1∫1
e) √∫6 f) √∫2
1 + 2√∫3 √∫1∫0 – 2√∫2
g) 3 h) 1
3√∫5 4√∫6
i) 2 j) 1
5√∫2 6√∫3
109
TEMA II Álgebra
Aprende Fazendo
Itens de construção
h 1h 4 h 1 h –2
c) ij216 3 ij d) ij343 3 ij
1 1
Soluções: a) 5 b) c) 1296 d)
32 49
D C
A B
Sabe-se que:
• A–B = 6√∫3
• A–E =10√∫3
Calcula o valor exato da área da figura sombreada.
Solução: 90 u.a.
23 Resolve a equação √∫7x – √∫5 = √∫3x. Apresenta a solução com o denominador racionalizado.
√∫3∫5 + √∫1∫5
Solução:
4
110
Itens de construção
( ) (
c) √∫5 3 ¥ 3√∫52 5 )
5
x 4 hi 58 hi 2
d) + x j , com x ∈R+
x–1 j
b) 4a + 1 , a ∈N
√∫2∫5∫a2∫ ∫ ∫–∫ 1 + 3a
c) √∫d , a, b, c, d ∈N
a√∫b + c√∫d
d)
√∫aa +– bb , a, b ∈N, a > b
√∫2∫5∫a2∫ ∫ ∫–∫ 1
∫ – 3a a√∫b∫d – cd √∫a2∫ ∫ –∫ ∫ ∫b2∫
Soluções: a) √∫a b) c) 2 d)
4a – 1 a b – c2d a+b
26 Considera um triângulo equilátero de lado l. Prova que a altura do triângulo equilátero é igual a √∫3l .
2
27 Um quadrado está inscrito numa circunferência de raio r unidades. Determina a medida do lado do
quadrado em função de r.
Solução: l = √∫2r
28 A área total da superfície de um cubo é 384 cm2. Considera a pirâmide quadrangular que tem a
mesma altura e o mesmo volume do cubo.
Determina o valor exato da medida da aresta da base dessa pirâmide. Apresenta o resultado na forma
a√∫b, com a, b ∈N.
Solução: 8√∫3 cm
111
TEMA II Álgebra
Aprende Fazendo
Itens de construção
29 Um tetraedro regular está inscrito num cubo, tal como sugere a figura.
Sabendo que a aresta do cubo mede a unidades, prova que a área de cada face do tetraedro é igual
a √∫3a unidades quadradas.
2
2
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 10.º ano
31 Considera um prisma quadrangular regular, em que a área da base mede b cm2 e a altura é igual ao
quádruplo da medida do comprimento da aresta da base.
a) Exprime a medida do volume do prisma na forma nbq, onde n é um número natural e q é um nú-
mero racional.
b) Determina o valor de b, sabendo que o volume do prisma é 32 cm3.
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 10.º ano
3
Soluções: a) Vprisma = 4 ¥ b2 b) b = 4 Animação
Resolução do exercício.
b) o volume da esfera.
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 10.º ano
3
√∫V p
Soluções: a) r = b) Vesfera = V
2 6
112
Itens de construção
b)
2
3√∫4 – 3√∫3
Sugestão: Utiliza a igualdade A3 – B3 = (A – B)(A2 + AB + B2), considerando A = 3√∫4 e B = 3√∫3.
35 Nas figuras abaixo estão representados, a tracejado, dois hexágonos regulares geometricamente iguais
e de lado l. Cada um dos hexágonos tem inscrita uma estrela com doze vértices.
Figura 1 Figura 2
A estrela representada na figura 1 tem seis vértices coincidentes com os pontos médios dos lados do
hexágono; cada um dos outros vértices coincide com o ponto médio de um segmento de reta cujos
extremos são o centro e um vértice do hexágono.
A estrela representada na figura 2 tem seis vértices coincidentes com os vértices do hexágono; cada
um dos outros vértices coincide com o ponto médio de um segmento de reta cujos extremos são o
centro do hexágono e o ponto médio de um lado do hexágono.
Determina uma expressão da área de cada uma das estrelas, em função de l.
Adaptado de Itens do GAVE, 10.º ano (2009)
3√∫3 2
Soluções: Afigura 1 = Afigura 2 = l
4
36 Num trapézio isósceles [ABCD] a base menor é igual aos lados não paralelos e mede √∫2 cm. Um dos
lados não paralelos forma com a base maior um ângulo de 60° de amplitude. Prova que o perímetro
do trapézio é igual a 5√∫2 cm e a área igual a 3√∫3 cm2.
2
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 10.º ano
37 Um cubo está inscrito numa superfície esférica de volume V. Exprima, em função de V, a medida da
aresta do cubo.
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 10.º ano
Solução: a = 3 √∫ 2V
p√∫3
113
TEMA II Álgebra
UNIDADE 3
Divisão inteira de polinómios
Resolução
3.1. Generalidades (revisões)
Todos os exercícios de “Divisão inteira
de polinómios”.
Tarefa resolvida
Pretende-se construir uma caixa aberta, a partir de uma folha com 40 cm de com-
primento e 15 cm de largura, cortando quatro quadrados iguais, nos quatro cantos
da folha, e dobrando os lados, conforme sugerido na figura.
15 cm
x
x
40 cm
Sugestão de resolução
Base da caixa 15 cm
ou seja, (600 – 80x – 30x + 4x2) ¥ x, isto é, (600 – 110x + 4x2) ¥ x, o que é igual
a 600x – 110x2 + 4x3.
A expressão 4x3 – 110x2 + 600x é um polinómio do 3.º grau, ordenado segundo
as potências decrescentes de x.
114
UNIDADE 3 Divisão inteira de polinómios
Definição
Um monómio é uma expressão que liga por símbolos de produto fatores numéricos
(operações envolvendo números e letras, ditas constantes, e que designam números)
e potências de expoente natural e de base representada por letras, ditas variáveis (ou
indeterminadas).
Exemplos
1
1. 3p, – x, √∫2xy, a3 b5, 7xn, … são monómios.
2
2. 0 é o monómio nulo.
Nota
3. 3p é um monómio constante.
Em geral, considera-se que
a ordem das variáveis num
Chamamos parte numérica ou coeficiente de um monómio à expressão que representa monómio deve
corresponder à sua ordem
o produto dos fatores numéricos. alfabética.
Chamamos parte literal de um monómio não constante ao produto (pela ordem estabe-
lecida) de cada uma das variáveis elevada à soma dos expoentes dos fatores em que essa
variável intervém no monómio.
Dois monómios dizem-se semelhantes quando têm a mesma parte literal.
O grau de um monómio não nulo corresponde à soma dos expoentes da respetiva parte
literal, quando esta existe.
Exemplos
Um monómio não nulo diz-se na forma canónica quando é representado pela parte
numérica seguida da parte literal.
Dois monómios são iguais quando admitem a mesma forma canónica ou são ambos nulos.
4x2 4 x2 2
2yx2y2 2 x2y3 5
2x2x3 2 x5 5
9 9 Não tem 1
2 ¥ 3x2 6 x2 2
115
TEMA II Álgebra
Soluções
2x – p 2x; –p 2; –p 1 Sim
32. As expressões (i) e (iii) são
polinómios. 3x7 3x7 3; 0 7 Não
33.
a) –6x3 + 5x + 7; grau 3
1 4 x4 – 1 x3 + x2 – 8x + 10 x4; – 1 x3; x2; –8x; 10 1; – 1 ; 1; –8; 10 4 Sim
b) x + 12; grau 4 4 4 4
2
c) –x + 3; grau 1
√∫2x5 – x3 √∫2x5; –x3 √∫2; –1; 0 5 Não
d) x2 – 6x + 9; grau 2
116
UNIDADE 3 Divisão inteira de polinómios
Forma reduzida de um
(revisão) polinómio é qualquer
polinómio que se possa
Consideremos os polinómios A(x) = –6x3 + 5x2 – 3 e B(x) = 3x2 + 2x – 4. obter do polinómio dado,
eliminando os termos
Determinemos a sua adição, subtração e multiplicação, e apresentemos o resultado na
nulos, adicionando
forma reduzida. algebricamente os termos
semelhantes e eliminando
Adição as somas nulas.
117
TEMA II Álgebra
37 Considera os polinómios:
Consequência
A(x) = x3 + 3x2 – 2 e O grau do polinómio produto A(x) ¥ B(x) é igual à soma dos graus de A(x) e B(x),
B(x) = 4x5 – x + 1 sendo A(x) e B(x) polinómios não nulos.
a) Determina, na forma
reduzida, o polinómio
A(x) ¥ B(x), indicando o
respetivo grau.
b) Qual é o grau do
Exercício resolvido
polinómio A(x) ¥ B(x),
se A(x) = xn + 3x2 – 2 e
B(x) = 4xm – x + 1, onde (*) Dados números inteiros não negativos n e m, considera os polinómios:
n > 2 e m > 1? Qual é a
A(x) = anxn + an –1xn – 1 + … + a1x1 + a0 e B(x) = bmxm + bm – 1xm – 1 + … + b1x1 + b0,
relação entre o grau de
A(x), o grau de B(x) e o com ai ∈R (i ∈N0, i ≤ n) e bj ∈R (j ∈N0, j ≤ m), an ≠ 0 e bm ≠ 0
grau de A(x) ¥ B(x)?
Ao efetuar o produto de polinómios A(x) ¥ B(x), quantas parcelas da forma ai xi ¥ bj x j
Caderno de Apoio às Metas
Curriculares, 10.º ano irão aparecer formalmente após uma primeira aplicação da propriedade distributiva?
(*) grau de dificuldade elevado Qual destes monómios tem maior grau? Justifica que o grau de A(x) ¥ B(x) é igual à
(desempenho avançado que soma dos graus de A(x) e de B(x).
não será exigível à totalidade
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 10.º ano
dos alunos)
APRENDE FAZENDO
Págs. 142 e 145
Exercícios 2, 3 e 15 Sugestão de resolução
CADERNO DE EXERCÍCIOS A(x) ¥ B(x) = (anxn + an –1xn – 1 + … + a1x1 + a0) ¥ (bmxm + bm – 1xm – 1 + … +
E TESTES + b1x1 + b0
Pág. 12
Exercício 12 = anxn ¥ (bmxm + bm – 1xm – 1 + … + b1x1 + b0) +
Soluções + an –1xn – 1 ¥ (bmxm + bm – 1xm – 1 + … + b1x1 + b0) + … +
36. a) 3x8 – 6x7 + 3x6; grau 8 + a1x1 ¥ (bmxm + bm – 1xm – 1 + … + b1x1 + b0) +
b) –x5 + 2x4 + x3 – 4x2 + 2x; grau 5
+ a0 ¥ (bmxm + bm – 1xm – 1 + … + b1x1 + b0)
c) 3x9 – 6x7; grau 9
d) x4 – 4x3 + 6x2 – 4x + 1; grau 4 Se voltarmos a aplicar a propriedade distributiva obteremos (n + 1) ¥ (m + 1)
e) –3x9 + 3x8 + 3x6; grau 9
parcelas do tipo ai xi ¥ bj x j , das quais a que terá maior grau será anx n ¥ bm x m.
37. a) A(x) ¥ B(x) = 4x8 + 12x7 –
– 8x5 – x4 – 2x3 + 3x2 + 2x – 2; Como anxn ¥ bmxm = anbmxn + m, concluímos que o grau de A(x) ¥ B(x) é n + m,
grau 8 isto é, é igual à soma dos graus de A(x ) e de B(x ).
b) grau n + m, isto é, o grau de
A(x) ¥ B(x) é igual à soma dos
graus de A(x) e de B(x).
118
UNIDADE 3 Divisão inteira de polinómios
Descobrir os polinómios Q(x) e R(x) tais que A(x) = B(x) ¥ Q(x) + R(x), onde o grau de D = d × q + r, com r < d
R(x) é inferior ao grau de B(x) ou R(x) = 0, é o objetivo da divisão inteira de polinómios.
Propriedade
Dados dois polinómios A(x) e B(x), com B(x) ≠ 0, existem dois polinómios únicos
Q(x) e R(x) tais que A(x) = B(x) ¥ Q(x) + R(x) e R(x) ou é o polinómio nulo ou tem grau
inferior ao grau de B(x).
Definição
Dados dois polinómios A(x) e B(x), com B(x) ≠ 0 e sejam Q(x) e R(x) tais que A(x) =
= B(x) ¥ Q(x) + R(x), de acordo com a proposição anteriormente apresentada. 38 Determina os números
Diz-se que A(x) é o polinómio dividendo, B(x) é o polinómio divisor, Q(x) é o poli- reais a, b e c, de modo
que:
nómio quociente e R(x) é o polinómio resto da divisão inteira de A(x) por B(x).
(x + 3)(ax + b) + c =
Se R(x) = 0 diz-se que a divisão é exata. = x2 + x – 2
Exemplo
119
TEMA II Álgebra
Nos casos em que algum dos polinómios não é um monómio e o grau do polinómio
ALG10_4.4
dividendo é superior ou igual ao do polinómio divisor, podemos utilizar um algoritmo
muito semelhante ao da divisão de números naturais, recordado ao lado, depois de es-
Recorda
crevermos os polinómios ordenando os termos segundo as potências decrescentes de x.
791 21
Exemplo
–631 37
161 Determinar a divisão inteira de A(x) = –6x3 + 5x2 – 3 por B(x) = 3x2 + 2x – 4.
–147
1.º passo: Ordenar os polinómios pelas potências decrescentes de x e, no caso de o poli-
14
nómio dividendo ser incompleto, escrever explicitamente os termos nulos 0xk.
791 = 21 ¥ 37 + 14
2.º passo: Dividir o monómio de maior grau de A(x) pelo monómio de maior grau de B(x):
–6x3 + 5x2 + 0x – 3 3x2 + 2x – 4 (–6x3) : (3x2) = –2x
–2x
3.º passo: Efetuar o produto de –2x por B(x) e subtrair este polinómio a A(x):
–6x3 + 5x2 + 0x – 3 3x2 + 2x – 4
+6x3 + 4x2 – 8x – 3 –2x
9x2 – 8x – 3
4.º passo: Repetir o 2.º passo, ou seja, dividir o monómio 9x2 por 3x2:
39 Utilizando o algoritmo da –6x3 + 5x2 + 0x – 3 3x2 + 2x – 4 (9x2) : (3x2) = 3
divisão inteira de
+6x3 + 4x2 – 8x – 3 –2x + 3
polinómios, determina o
quociente e o resto da 9x2 – 8x – 3
divisão de
5.º passo: Efetuar o produto de 3 por B(x) e subtrair este polinómio ao resto parcial, que é
A(x) = 2x3 – 3x2 + 4x – 8
por: o polinómio 9x2 – 8x – 3:
a) x3 – 1 –6x3 + 5x2 + 0x – 3 3x2 + 2x – 4
b) x2 + 3x + 1 +6x3 + 4x2 – 8x – 3 –2x + 3
c) –x + 4
9x2 – 8x – 3
–9x2 – 6x + 12
– 14x + 9
Como o resto obtido tem grau inferior ao grau de B(x), terminamos a divisão inteira do
polinómio A(x) por B(x).
Podemos, então, escrever –6x3 + 5x2 – 3 = (3x2 + 2x – 4) ¥ (–2x + 3) + (–14x + 9).
A(x) B(x) Q(x) R(x)
Nos casos em que o grau do polinómio dividendo A(x) é inferior ao do polinómio divisor
B(x), então o polinómio quociente é nulo e o polinómio resto é igual ao polinómio divi-
dendo, ou seja, Q(x) = 0 e R(x) = A(x).
Soluções
Consequência
39. Se o grau do polinómio dividendo A(x) é m e o grau do polinómio divisor B(x) é n,
a) Q(x) = 2; R(x) = –3x2 + 4x – 6
b) Q(x) = 2x – 9; R(x) = 29x + 1
então o grau do polinómio quociente Q(x) é m – n, nos casos em que m ≥ n, e inde-
c) Q(x) = –2x2 – 5x – 24; terminado, nos casos em que m < n.
R(x) = 88
120
UNIDADE 3 Divisão inteira de polinómios
b) A(x) =
1 – x5 – x2 – 5 x3 + x e B(x) = –x2 + 1
6 2 12 4 3
– 3 x3 – 1 x2 + 1 x + 1
4 2 4 6
APRENDE FAZENDO
3
+ x 3 1
– x Pág. 145
4 4 Exercício 16
– 1 x2 + 0x + 1
2 6 CADERNO DE EXERCÍCIOS
E TESTES
+ 1 x2 – 1
Pág. 13
2 6 Exercício 13
0
Soluções
O polinómio quociente é Q(x) = x3 + 3 x + 1 e o resto é o polinómio nulo
4 2 40.
R = 0. Trata-se de uma divisão exata. a) x2 + 5x + 2 =
Observa, assim, que pode escrever-se A(x) = B(x) ¥ Q(x). E, reciprocamente, = (x + 4) ¥ (x + 1) – 2
b) x4 – 3x2 + 3 = (–x2 + x) ¥
se A(x) = B(x) ¥ Q(x), então o resto da divisão de A(x) por B(x) é igual a zero.
¥ (–x2 – x + 2) + (–2x + 3)
c) x5 – 1 = (x – 1) ¥
¥ (x4 + x3 + x2 + x + 1)
1 3
Definição d) x + 2x2 – 20x + 10 =
2
h1 h
= i x + 3i ¥
j3 j
Dados dois polinómios A(x) e B(x), com B(x) ≠ 0, diz-se que A(x) é divisível por
h3 15 15 h 25
B(x) se e só se o resto da divisão de A(x) por B(x) é zero. ¥ i x2 – x+ i –
j2 2 2j 2
41. k = –29
121
TEMA II Álgebra
No entanto, existe um processo mais prático e rápido, conhecido por Regra de Ruffini,
que será uma ferramenta de grande utilidade ao longo de todo o Ensino Secundário.
Exemplo
Paolo Ruffini (1765-1822)
Matemático e médico Usando a regra de Ruffini, determinar o quociente e o resto da divisão inteira de:
italiano, contribuiu
notavelmente para o A(x) = x4 + x3 – 12x2 + 13x + 3 por B(x) = x – 2
progresso da teoria das
equações algébricas,
1.º passo: Ordenar os coeficientes do polinómio dividendo pelas potências decrescentes
apresentando soluções
práticas para o estudo dos de x e, no caso do polinómio dividendo ser incompleto, os coeficientes nulos
polinómios. devem ser escritos no respetivo lugar.
Estudou Matemática e
Medicina na Universidade 1 1 –12 13 3
de Modena, onde recebeu
o grau de doutor. Na
mesma universidade, aos
23 anos, tornou-se
professor de análise
matemática e mais tarde
assumiu também a cadeira 2.º passo: Colocar o número 2, segundo o esquema abaixo, proveniente do divisor x – 2.
de matemática elementar
e o cargo de reitor, sem 1 1 –12 13 3
nunca negligenciar a sua
atividade de médico.
Durante uma epidemia de
2
tifo dedicou-se
inteiramente ao tratamento
dos pacientes da sua
3.º passo: Repetir o primeiro coeficiente do dividendo na última linha.
cidade, acabando por ficar
também contaminado.
1 1 –12 13 3
2
1
4.º passo: Multiplicar este coeficiente por 2 e escrever o resultado na linha do meio, con-
forme indica o esquema, e adicionar os números que estão na mesma coluna.
1 1 –12 13 3
+
2 2
1 3
¥
122
UNIDADE 3 Divisão inteira de polinómios
1 1 –12 13 3
+ + + +
2 2 6 –12 2
1 3 –6 1 5
¥
6.º passo: O último número obtido, neste caso 5, é o resto da divisão; os valores anteriores
1, 3, – 6 e 1 são os coeficientes do polinómio quociente, isto é, Q(x) = 1x3 +
+ 3x2 – 6x + 1, que sabemos ser de grau 3, uma vez que o dividendo é de grau
4 e o divisor é de grau 1.
R
Soluções
42.
Repara que os coeficientes que surgem de forma sucessiva nos vários passos da regra de a) Q(x) = x2 – 2x – 11 e R = –12
Ruffini são os mesmos que aparecem no algoritmo da divisão. b) Q(x) = x2 – 7x + 14 e R = –32
c) Q(x) = x2 – 3x – 10 e R = 0
9 19 99
d) Q(x) = x2 – x– eR=
2 4 8
123
TEMA II Álgebra
–1 –a a–b –a + b – c
a b–a a – b + c –a + b – c + d
44 Utilizando a regra de
Ruffini, determina o Q(x) = ax2 + (b – a)x +(a – b + c)
quociente e o resto da R = –a + b – c + d
divisão de
A(x) = 3x4 + x2 + 1 por Como o grau de R é menor do que o grau de x + 1, os polinómios obtidos serão,
cada um dos seguintes de facto, o quociente e o resto da divisão inteira de A(x) por B(x) se:
polinómios.
2 A(x) = B(x) [ax2 + (b – a)x + (a – b + c)] + (–a + b – c + d)
a) B(x) = x +
3
b) B(x) = 3x + 2 Calculemos:
B(x) [ax2 + (b – a)x + (a – b + c)] + (–a + b – c + d)
= (x + 1) (ax2 + bx – ax + a – b + c) – a + b – c + d
= ax3 + bx2 – ax2 + ax – bx + cx + ax2 + bx – ax + a – b + c – a + b – c + d
= ax3 + bx2 + cx + d
= A(x) c.q.d.
2 –4 0 –3
Soluções
44. –2 –4 16 –32
7 14
a) Q(x) = 3x3 – 2x2 + x– e 2 –8 16 –35
3 9
55
R=
27
2 2 7 Q(x) = 2x2 – 8x + 16 e R = –35
b) Q(x) = x3 – x + x–
3 9
14 55
– eR=
27 27
124
UNIDADE 3 Divisão inteira de polinómios
b) (4x3 – 6) ÷ (2x – 1)
0 0 0 0
c) (8x2 – 5x + 1) ÷ (4x + 1)
2 –4 0 –3
Q(x) = 2x2 – 4x e R = –3
Nota que, neste caso, se poderia escrever A(x) = (2x2 – 4x)x – 3, donde
Q(x) = 2x2 – 4x e R = –3.
2 4 0 0
2 0 0 –3
Q1(x) = 2x2 e R = –3
3.º passo: Para determinar o quociente pretendido da divisão de A(x) por B(x),
basta dividir o quociente obtido no passo anterior por 3 (coefi- APRENDE FAZENDO
ciente do termo em x, de B(x)), pois, pela divisão inteira de poli- Págs. 143, 146 e 147
Exercícios 7, 17 e 22
nómios, sabemos que:
A(x) = (x – 2) ¥ 2x2 – 3, ou seja: CADERNO DE EXERCÍCIOS
E TESTES
Pág. 13
A(x) = B(x) ¥ 2x2 – 3, isto é: Exercícios 14 e 15
3
2
A(x) = B(x) ¥ 2x – 3 Soluções
3
45.
Daqui concluímos que Q(x) = 2 x2 e R = –3. a) Q(x) = –x3 – x2 + x e R = 6
3 1 11
b) Q(x) = 2x2 + x + e R=–
2 2
7 11
(continua) c) Q(x) = 2x – e R=
4 4
125
TEMA II Álgebra
2 –4 0 –3
– 1 –1
5 – 5
2 2 4
2 –5
5 – 17
2 4
47 Utilizando a regra de
Ruffini, determina o Q1(x) = 2x2 – 5x + 5 e R = – 17
quociente e o resto da
2 4
h h h h
A(x) = ix + 1 i ¥ i2x2 – 5x + 5 i – 17 , ou seja:
divisão de
A(x) = 3x3 – x2 – 7x + 6 por j 2 j j 2j 4
B(x) = x2 – 4. h h
A(x) = B(x) ¥ i2x2 – 5x + 5 i – 17 , isto é:
2 j 2j 4
h h
A(x) = B(x) ¥ ix2 – 5 x + 5 i – 17
j 2 4j 4
Logo, Q(x) = x2 – 5 x + 5 e R = – 17 .
2 4 4
Nota Vamos dividir A(x) por x – 1 e o respetivo quociente desta divisão por x + 1:
Na resolução do exercício 2 –4 0 –3
ao lado poderíamos ter
optado por dividir A(x) por
x + 1 e o respetivo
1 2 –2 –2
quociente desta divisão por 2 –2 –2 –5
x – 1.
A(x) = (x – 1)(2x2 – 2x – 2) – 5
2 –2 –2
–1 –2 4
2 –4 2
2x2 – 2x – 2 = (x + 1)(2x – 4) + 2
Logo, A(x) = (x – 1)[(x + 1)(2x – 4) + 2] – 5
= (x – 1)(x + 1)(2x – 4) + 2x – 2 – 5
= (x2 – 1)(2x – 4) + (2x – 7)
Soluções ou seja, Q(x) = 2x – 4 e R(x) = 2x – 7.
46. k = –10
47. Q(x) = 3x – 1 e R(x) = 5x + 2
126
UNIDADE 3 Divisão inteira de polinómios
Sugestão de resolução
a) P(x) = x3 – 5x2 + 2x – 7
1 –5 2 –7
1 1 –4 –2
1 –4 –2 –9
R = –9
P(1) = 13 – 5 ¥ 12 + 2 ¥ 1 – 7 = 1 – 5 + 2 – 7 = –9
P(1) = R
b) P(x) = x3 – 5x2 + 2x – 7
1 –5 2 –7 x + 2 = x – (–2)
–2 –2 14 –32
1 –7 16 –39
R = –39
P(–2) = (–2)3 – 5 ¥ (–2)2 + 2 ¥ (–2) – 7= –8 – 20 – 4 – 7 = –39
P(–2) = R
c) P(x) = x3 – 5x2 + 2x – 7
1 –5 2 –7 x=x–0
0 0 0 0
1 –5 2 –7
R = –7
P(0) = 03 – 5 ¥ 02 + 2 ¥ 0 – 7 = –7
P(0) = R
Como podes verificar, em qualquer das alíneas da tarefa anterior, o valor que P(x)
tomou quando substituímos x por um determinado número a é igual ao resto da
divisão inteira de P(x) por x – a. Esta propriedade verifica-se para qualquer poli-
nómio P(x) e qualquer número real a.
127
TEMA II Álgebra
ALG10_4.6
ALG10_4.7
ALG10_4.9 Teorema do Resto
Dado um polinómio P(x) e um número a ∈R, o resto da divisão inteira de P(x) por
x – a é igual a P(a).
Demonstração
48 Utilizando o Teorema do Efetuando a divisão inteira de P(x) por x – a, tem-se que:
Resto, calcula o resto da
divisão do polinómio P(x) = (x – a) ¥ Q(x) + R, com Q(x) polinómio quociente e resto R (constante), pois, por
A(x) = 3x3 – x2 + 2x + 1 definição de divisão inteira, o polinómio resto ou é o polinómio nulo ou tem grau inferior
por: ao grau do divisor; ora como neste caso o grau do divisor é 1, o grau do polinómio resto
a) x – 1 tem que ser 0. Substituindo x por a, vem que:
b) x + 2
P(a) = (a – a) ¥ Q(a) + R
c) x
=R c.q.d.
d) 3x + 1
Definição
128
UNIDADE 3 Divisão inteira de polinómios
Sugestão de resolução
a) B(x) = x3 + 3x2 + 2x
129
TEMA II Álgebra
(*) grau de dificuldade elevado 3. (*) Determina para que valores de a e de b o polinómio P(x) = 2x3 + ax2 + bx – 1
(desempenho avançado que é divisível por x – 1 e o resto da divisão por x + 1 é igual a –10.
não será exigível à totalidade
dos alunos) Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 10.º ano
Sugestão de resolução
P(1) = 0
⇔
P(–1) = –10 2 ¥ (–1)3 + a ¥ (–1)2 + b ¥ (–1) – 1 = –10
2+a+b–1=0 a + b = –1
⇔ ⇔
–2 + a – b – 1 = –10 a – b = –7
APRENDE FAZENDO
130
UNIDADE 3 Divisão inteira de polinómios
1 3 –1 –11 –12 –4
–1 –1 –2 3 8 4
1 2 –3 –8 –4 0
1 2 –3 –8 –4
–1 –1 –1 4 4
1 1 –4 –4 0
1 1 –4 –4
–1 –1 0 4
1 0 –4 0
131
TEMA II Álgebra
ALG10_4.10
Definição
Exercício resolvido
Sugestão de resolução
3 é uma raiz dupla do polinómio P(x) se existe um polinómio Q(x) tal que:
P(x) = (x – 3)2 ¥ Q(x) e Q(3) ≠ 0
Aplicando sucessivamente a regra de Ruffini, vem:
1 –8 21 –18
3 3 –15 18
1 –5 6 0
P(x) = (x – 3) ¥ (x2 – 5x + 6)
admite 3 como raiz
3 3 –6
1 –2 0
P(x) = (x – 3) ¥ (x – 3) ¥ (x – 2)
132
UNIDADE 3 Divisão inteira de polinómios
ALG10_4.12
Propriedade
Dado um polinómio P(x) de coeficientes inteiros, o respetivo termo de grau zero é
múltiplo inteiro de qualquer raiz inteira desse polinómio. 54 Encontra as raízes inteiras
dos seguintes polinómios.
a) P(x) = 3x3 + x2 – 4
Demonstração
b) P(x) = x4 – x3 – 8x2 +
Seja P(x) = anxn + … + a1x + a0, em que a0, a1, …, an ∈Z. Se a ∈Z é uma raiz de P(x), + 2x + 12
então P(a) = anan + … + a1a + a0 = 0. Daqui resulta que a0 = –anan – … – a1a, ou seja,
a0 = –a(anan – 1 + … + a1). Logo, a0 é um múltiplo inteiro de a.
∈Z
Exemplo
O polinómio P(x) = x3 + 3x2 – 4 admite duas raízes, –2 (dupla) e 1. Repara que o termo
de grau zero, – 4, é múltiplo das raízes inteiras do polinómio, –2 e 1, isto é, as raízes in-
teiras do polinómio são divisores inteiros do termo de grau zero.
Exercício resolvido
Sugestão de resolução
a) Pela propriedade anterior, uma vez que se trata de um polinómio com coe-
ficientes inteiros, qualquer raiz inteira do polinómio terá que ser divisor
de –1.
P(1) = –2, pelo que 1 não é raiz do polinómio.
P(–1) = 0, pelo que –1 é raiz do polinómio.
Como os únicos divisores de –1 são 1 e –1 podemos concluir que a única
raiz inteira de P(x) é –1. Repara que 1 – √∫5 e 1 + √∫5 são também raízes de
2 2
P(x); no entanto, não são inteiras.
b) Pela propriedade anterior, uma vez que se trata de um polinómio com coefi- APRENDE FAZENDO
cientes inteiros, qualquer raiz inteira do polinómio terá que ser divisor de –6. Pág. 144
Exercício 12
Tendo em conta que P(1) = 8, P(–1) = 0, P(2) = 0, P(–2) = 4, P(3) = 24,
P(–3) = 0, P(6) = 252 e P(–6) = –120, podemos concluir que as únicas raízes Soluções
inteiras de P(x) são 2, –3 e –1.
54.
a) 1
b) 3 e –2
133
TEMA II Álgebra
Notas
1. n1 + n2 + … + nk ≤ n
Repara que o grau do polinómio (x – x1)n1 ¥ (x – x2)n2 ¥ … ¥ (x – xk)nk Q(x) é igual a
n1 + n2 + … + nk + grau de Q(x) e o grau de P(x) é igual a n.
Solução
Assim, como P(x) = (x – x1)n1 ¥ (x – x2)n2 ¥ … ¥ (x – xk)nk Q(x), vem que:
55. B(x) = 2
n1 + n2 + … + nk + grau de Q(x) = n
m = 1; n = 3 e p = 2
134
UNIDADE 3 Divisão inteira de polinómios
2. Um polinómio de grau n tem no máximo n raízes. Além disso, a soma das multipli-
cidades das suas raízes não excedem n.
Em anos anteriores, decompuseste polinómios de 2.º grau em fatores do 1.º grau, utili-
zando os casos notáveis ou colocando os fatores comuns em evidência.
Recorda
Exemplos
(a + b)2 = a2 + 2ab + b2
(a – b)2 = a2 – 2ab + b2
1. 25x2 – 9 = (5x)2 – 32 = (5x – 3)(5x + 3)
(a – b)(a + b) = a2 – b2
2. 25x2 – 30x + 9 = (5x – 3)2 = (5x – 3)(5x – 3)
3. 9x2 + 12x + 4 = (3x + 2)2 = (3x + 2)(3x + 2)
4. 25x2 – 9x = x(25x – 9)
5. 25x2 – 10x = 5x(5x – 2)
Propriedade
Dado um polinómio P(x) de segundo grau, com a como coeficiente do termo de grau 2:
• se P(x) tem duas raízes distintas x1 e x2, então P(x) = a(x – x1) ¥ (x – x2);
• se P(x) tem uma raiz x1 com multiplicidade 2, então P(x) = a(x – x1)2.
Exemplos
135
TEMA II Álgebra
Nota Exemplos
⇔ x = 2 ± √∫1∫0∫0
4
Soluções
⇔ x = 2 ± 10
57. 4
a) (x – 4)(x + 4)
⇔ x = –2 ∨ x = 3
b) (x – 4)2 ou (x – 4)(x – 4)
c) (3 – 4x)(3 + 4x)
d) x(x – 16) Daqui se conclui que 2x2 – 2x – 12 = 2(x + 2)(x – 3), ou seja:
e) (x + 5)(x – 2)
f) 2(x + 5)(x – 2)
P(x) = (x + 1)(2x2 – 2x – 12)
h 1h = (x + 1)2(x + 2)(x – 3)
g) – ix – i (x + 3)
j 3j = 2(x + 1)(x + 2)(x – 3)
136
UNIDADE 3 Divisão inteira de polinómios
2. Transformar num produto de polinómios do 1.º ou 2.º graus P(x) = x3 – 1. 58 Decompõe em fatores os
Como P(1) = 0, sabemos que 1 é raiz de P(x). seguintes polinómios.
Efetuemos a divisão inteira de P(x) por x – 1, recorrendo à regra de Ruffini: a) x3 + 6x2 – 7x
1 0 0 –1 b) 4x3 – 11x2 – 3x
c) x3 + 5x2 – 4x – 20
d) 8x3 + 1, sabendo que é
1 1 1 1
1
divisível por x + .
1 1 1 0 2
2¥1
⇔ x = –1 ± √∫–∫3 , que é uma equação impossível em R
2
Uma vez que x + x + 1 não tem zeros, não pode ser decomposto em fatores.
2
Exemplo
Decompor P(x) = 2x4 – x3 – 6x2 + 7x – 2 em fatores. Uma vez que P(x) é um polinómio de
coeficientes inteiros, sabemos que se tiver raízes inteiras elas serão divisores de –2.
Os únicos divisores inteiros de –2 são 1, –1, 2 e –2. Como P(1) = 0, verificamos que 1 é
raiz de P(x).
Uma vez que 1 é raiz do polinómio, sabemos que P(x) é divisível por (x – 1).
Utilizando a regra de Ruffini:
2 –1 –6 7 –2
Animação
1 2 1 –5 2 Resolução do exercício 59.
2 1 –5 2 0
Temos que P(x) = (x – 1)(2x3 + x2 – 5x + 2). Pelo mesmo método utilizado anteriormente,
Soluções
podemos verificar que 1 é raiz do polinómio 2x3 + x2 – 5x + 2 e utilizando a regra de
58.
Ruffini:
a) x(x – 1)(x + 7)
2 1 –5 2 h 1h
b) 4x ix + i (x – 3)
j 4j
c) (x + 5)(x + 2)(x – 2)
1 2 3 –2 h 1h
d) ix + i (8x2 – 4x + 2)
2 3 –2 0 j 2j
h 7h
59. 2 ix – i (x – 2)(x – 1)
Temos que P(x) = (x – 1)(x – 1)(2x2 + 3x – 2). j 2j
137
TEMA II Álgebra
60 Decompõe em fatores os
Fatorizemos, agora, o polinómio 2x2 + 3x – 2, recorrendo aos seus zeros:
seguintes polinómios.
2x2 + 3x – 2 = 0 ⇔ x = –3 ± √∫3∫ ∫ ∫–∫ 4
2 ∫ ∫¥ ∫ ∫2
∫ ∫¥
∫ ∫ ∫(∫–∫2) ⇔ x = –3 ± √∫2∫5
a) 3x4 – 6x2
2¥2 4
b) x5 + x4 – 5x3 – x2 + 8x – 4,
sabendo que 1 é raiz de ⇔ x = –3 ± 5 ⇔ x = – 2 ∨ x = 1
multiplicidade 3. 4 2
c) –4x4 + 5x2 – 1, sabendo
que é divisível por x2 – 1. h h
Assim, 2x2 + 3x – 2 = 2(x + 2) ix – 1 i .
j 2j
h h
Logo, P(x) = (x – 1)(x – 1)(2x2 + 3x – 2) = (x – 1)(x – 1)2(x + 2) ix – 1 i
j 2j
h h h h
= 2(x – 1)(x – 1)(x + 2) ix – 1 i ou 2(x – 1)2(x + 2) ix – 1 i
j 2j j 2j
Erro típico
APRENDE FAZENDO
Págs. 146, 147, 148 e 150
Exercícios 19, 20, 23, 24,
27 e 35 3.8. Determinação dos zeros de um polinómio
CADERNO DE EXERCÍCIOS A determinação dos zeros ou raízes de um polinómio consiste na resolução de uma
E TESTES
equação P(x) = 0, onde, aqui, se encara P(x) = 0 como uma equação na incógnita real x
Págs. 14 e 15
Exercícios 19, 21 e 24 e não como uma igualdade entre polinómios.
Um polinómio de 1.º grau, P(x) = ax + b, a ≠ 0, admite um e um só zero (raiz):
Soluções
60. P(x) = 0 ⇔ ax + b = 0 ⇔ ax = –b ⇔ x = – b
a
a) 3x2(x – √∫2)(x + √∫2)
b) (x – 1)(x – 1)(x – 1)(x + 2)(x + 2) Um polinómio de 2.º grau, P(x) = ax2 + bx + c, a ≠ 0, pode não ter zeros, ter apenas um
c) – 4(x + 1)(x – 1) ix +
h 1 h hx – 1 hi ou ter dois zeros (raízes):
ii
j 2j j 2j
P(x) = 0 ⇔ ax2 + bx + c = 0 ⇔ x= –b ± √∫b∫ ∫ ∫–∫ 4
2 ∫ ∫a∫c
61.
a) 3 2a
b)
–3 + √∫4∫1 e –3 – √∫4∫1
4 4 • Se b2 – 4ac < 0, o polinómio P(x) não tem zeros.
c) Não tem zeros.
d) –3, 0 e 2
• Se b2 – 4ac = 0, o polinómio P(x) tem um zero de multiplicidade 2.
e) 1 • Se b2 – 4ac > 0, o polinómio P(x) tem dois zeros distintos.
138
UNIDADE 3 Divisão inteira de polinómios
⇔ y = 26 ± √∫(∫–∫2∫6∫)∫ ∫ ∫–∫ 4
2 ∫ ∫¥ ∫ ∫2
∫ ∫5
2
⇔ y = 26 ± √∫5∫7∫6
2
⇔ y = 26 ± 24 ⇔ y = 25 ∨ y = 1
2
Esquematizando / Resumindo
139
TEMA II Álgebra
1 –1 –17 –15
64 Sabendo que –3 é raiz do
polinómio –1 –1 2 15
A(x) = x3 + 5x2 + x – 15,
resolve a equação A(x) = 0.
1 –2 –15 0
x2 – 2x – 15 = 0 ⇔ x = 2 ± √∫(∫–∫2∫)∫ ∫ ∫–∫ 4
2 ∫ ∫¥ ∫ ∫1
∫ ∫¥
∫ ∫ (∫ ∫–∫1∫5)
2
⇔ x = 2 ± √∫6∫4
2
⇔x= 2±8
2
⇔ x = 5 ∨ x = –3
• x2 – 2x – 15 = (x – 5)(x + 3)
Logo:
x3 – x2 – 17x – 15 = (x + 1)(x2 – 2x – 15) = (x + 1)(x – 5)(x + 3)
Assim:
x3 – x2 – 17x – 15 = 0 ⇔ (x + 1)(x – 5)(x + 3) = 0
⇔x+1=0 ∨ x–5=0∨ x+3=0
⇔ x = –1 ∨ x = 5 ∨ x = –3
CADERNO DE EXERCÍCIOS
E TESTES
Pág. 14
Exercício 17
3.9. Resolução de algumas inequações polinomiais de
grau superior ao segundo
Soluções
63. A fatorização de um polinómio não é apenas útil na resolução de equações, mas também
a 5 1 a
b) C.S. = b– , , 2b
c 2 3 c na resolução de inequações. Mais à frente, aquando do estudo das funções polinomiais,
64. C.S. = {–3, –1 – √∫6, –1 + √∫6} aprofundaremos este assunto. Para já, observa a resolução da inequação que se segue.
140
UNIDADE 3 Divisão inteira de polinómios
Exercício resolvido
65 Resolve as seguintes
Resolve a inequação x3 – x2 – 4x + 4 < 0, sabendo que 1 é uma das raízes de x3 – x2 – 4x + 4. inequações.
a) x3 – 4x2 ≥ 0
b) x2 < x3
Sugestão de resolução
c) x3 – 5x2 – x ≥ –5
x –∞ –2 +1 +2 +∞
Testes interativos
Esquematizando / Resumindo – Divisão inteira de
polinómios I.
– Divisão inteira de
Na resolução de uma inequação polinomial de grau superior ao segundo, deves polinómios II.
seguir os seguintes passos:
1.º passo: Transforma a equação numa do tipo P(x) < 0, P(x) > 0, P(x) ≤ 0 ou Soluções
P(x) ≥ 0.
65.
2.º passo: Decompõe P(x) em fatores de 1.º grau e/ou 2.º grau. a) C.S. = {0} ∪ [4, +∞[
b) C.S. = ]1, +∞[
3.º passo: Estuda num quadro o sinal de cada fator.
c) C.S. = [–1, 1] ∪ [5, +∞[
4.º passo: De acordo com o estudo feito no passo anterior, apresenta a condição d) C.S. = Í
È 2 È
, 1 Í ∪ ]5, +∞[
que corresponde aos valores de x que são solução da inequação. Î 3 Î
66.
5.º passo: Apresenta o conjunto-solução. b) C.S. = {–5, –1, 1, 3}
c) C.S. = [–5, –1] ∪ [1, 3]
141
TEMA II Álgebra
Aprende Fazendo
Itens de seleção
D(x) = 2
3x2 + 5
Quais das expressões anteriores representam polinómios?
(A) Todas. (B) Apenas A(x).
2 Uma fábrica produz caixas com a forma de um paralelepípedo, com dimensões variáveis, em cm,
como se encontra na figura.
x+4
x
12 – x
Qual das expressões seguintes indica o volume das caixas, em cm3, em função de x?
(A) V(x) = –x3 + 8x2 + 48x
(C) 5 (D) 6
142
Itens de seleção
5 Qual é o valor real k de modo que 7 seja o resto da divisão do polinómio 2x3 + kx2 + 3x + 1 por x – 2?
(A) 4 (B) –4 (C) 7 (D) –7
(A) Q(x) = x2 +
3 x+ 1 e R= 7
2 4 4
(C) Q(x) = x2 +
3 x+ 1 e R= 7
2 4 16
143
TEMA II Álgebra
Aprende Fazendo
Itens de seleção
(C) –x – 4 (D) 4 – x
10 Considera o polinómio P(x) = x3 – kx2 + mx + 3. Os valores reais k e m, de modo que 1 seja raiz dupla
do polinómio P(x), são:
(A) k = 0 e m = 1 (B) k = –1 e m = 0
(C) k = –1 e m = –5 (D) k = 1 e m = –3
12 Seja P(x) um polinómio cujos coeficientes são todos números inteiros e cujo termo independente é 2.
Qual dos seguintes números não pode ser raiz inteira de P(x)?
(A) 1 (B) –1 (C) 2 (D) 4
(A) 4 (B)
21 (C) 7 (D) 0
4
Solução: Opção (C)
144
Itens de construção
Itens de construção
14 Escreve cada um dos polinómios seguintes, na variável x, por ordem decrescente das potências de x,
indicando o grau e os coeficientes do polinómio, e diz se é ou não completo.
a) √∫2 – 5x2 +
x + x3
2
b) 4x5 – 11x +
5 x3 + 3x2
4
x 1 5
Soluções: a) x3 – 5x2 + + √∫2; grau 3; coeficientes: 1, –5, e √∫2; completo b) 4x5 + x3 + 3x2 – 11x; grau 5; coeficientes:
2 2 4
5
4, 0, , 3, –11 e 0; incompleto
4
d) (x – x2 )(–2x + 4)
e) (x – 2)(x + 1)(x + 4)
f) (x2 – x – 2)(x3 + x + 1)
x2 1 7 2 3
Soluções: a) –x3 + +x– b) 3x3 – x –x+ c) 4x2 – 1 d) 2x3 – 6x2 + 4x e) x3 + 3x2 – 6x – 8 f) x5 – x4 – x3 – 3x – 2
2 4 6 4
b) A(x) = x3 – 1 e B(x) = x2 – 1
g) A(x) =
x3 – 15 + 13 x + 13 x2 e B(x) = 2 x – 3
3 4 12 8 3 4
Soluções: a) Q = 2 e R = –1 b) Q(x) = x e R(x) = x – 1 c) Q(x) = x2 e R = –6 d) Q(x) = x – 3 e R(x) = –2x e) Q(x) = x2 + 1 e
x2
R = 2 f) Q(x) = 2x3 – x2 + 4 e R = 0 g) Q(x) = + 3x + 5 e R = 0
2
145
TEMA II Álgebra
Aprende Fazendo
Itens de construção
17 Utilizando a regra de Ruffini, determina o quociente e o resto da divisão de A(x) por B(x).
a) A(x) = 5x2 + 3x – 1 e B(x) = x + 1
1
d) A(x) = –2x3 + 4x + 5 e B(x) = x +
2
e) A(x) = 4x – x + 5x – 4x + 5 e B(x) = x
4 3 2
7 13
Soluções: a) Q(x) = 5x – 2 e R = 1 b) Q(x) = 2x + 2√∫2 e R = 0 c) Q(x) = 2x2 – 10 e R = 4 d) Q(x) = –2x2 + x + eR=
2 4
e) Q(x) = 4x3 – x2 + 5x – 4 e R = 5 f) Q(x) = x4 + 4x3 – 8x2 + 18x e R = –5
Soluções: a) 0 b) 8 c) 3 d) 18 – 4√∫3
b) 3x2 + 5x – 22
c) 2x2 – x – 15
d) x3 – 9x
e) x3 + 10x2 + 25x
f) x3 – x2 – 5x – 3
i) x4 – x3 – 7x2 + x + 6
k) x4 – 2x3 + 2x – 1
h 11 h h 5h
Soluções: a) (x + 4)(x – 3) b) 3i x + i (x – 2) c) 2i x + i (x – 3) d) x(x + 3)(x – 3) e) x(x + 5)(x + 5) f) (x + 1)(x + 1)(x – 3)
j 3j j 2j
h 2h 2 h 1h h 1h
g) 3i x – i (x + 2x + 3) h) 2(x – 1)(x + 4)i x + i i) (x + 1)(x – 1)(x + 2)(x – 3) j) 2(x – 1)(x – 3)(x + 2)i x + i
j 3j j 2j j 2j
k) (x + 1)(x – 1)(x – 1)(x – 1) l) 3x(x – 2)(x – 2)(x – 1)(x + 1)
146
Itens de construção
b) P(x) tem grau 3, 5 é raiz dupla, 0 é raiz simples e o resto da divisão de P(x) por x – 4 é 8.
Soluções: b) 3 é uma raiz dupla de P(x); P(x) = (x – 3)(x – 3)(x + 3) ou P(x) = (x – 3)2 (x + 3) c) C.S. = {–3, 3} d) C.S. = [–3, +∞[
22 Utilizando a regra de Ruffini, determina o quociente e o resto da divisão de A(x) por B(x).
a) A(x) = 2x3 + 4x2 – 8x e B(x) = 2x + 6
b) A(x) = 6x4 –
x2 + 5 x + 1 e B(x) = 3x + 1
3 3
c) A(x) = √∫2x – x – √∫8 x2 + 3x – √∫2 e B(x) = 2x – 2√∫2
4 3
2 2 1 14 13 √∫2 3 x2 √∫2 1
Soluções: a) Q(x) = x2 – x – 1 e R = 6 b) Q(x) = 2x3 – x + x+ eR= c) Q(x) = x + – x+ eR=0
3 9 27 27 2 2 2 2
23 Considera que os números reais x1, x2 e x3, distintos entre si, são as únicas raízes de um polinómio
A(x) de sétimo grau. Sabe-se que x1 tem multiplicidade 2 e x2 tem multiplicidade 3.
a) Justifica que x3 não pode ter multiplicidade superior a 2.
Solução: b) A multiplicidade de x3 é 2.
147
TEMA II Álgebra
Aprende Fazendo
Itens de construção
25 Determina, utilizando o Teorema do Resto, o resto da divisão de A(x) = –x3 + 3x2 – 5x + 4 por:
a) B(x) = 4x – 8
b) B(x) = 3x – 2
c) B(x) = 4x + 2
46 59
Soluções: a) –2 b) c)
27 8
26 Determina para que valores reais a e c o polinómio P(x) = ax3 + 2x2 + cx + 2 é divisível por x + 1 e o
resto da divisão por x – 3 é 40.
1 11
Soluções: a = ec=
3 3
27 Sabe-se que P(x) = 6x3 – 21x2 + 3x + 30 é divisível por 2x – 5. Determina as raízes de P(x) e escreve-o
na forma P(x) = a(x – b)(x – c)(x – d).
h 5 h
Solução: P(x) = 6i x – i(x – 2)(x – (–1))
j 2 j
5 3 h 5 hh 3 h a5 3a
Soluções: b) e– são as outras raízes de P(x); P(x) = 6(x – 1)i x – ii x + i c) C.S. = b , 1, – b
3 2 j 3 jj 2 j c3 2c
È 3È È 5 È
d) C.S. = Í –∞, – Í ∪ Í 1, Í
Î 2Î Î 3 Î
c) x4 – 2x3 + 2x – 1 = 0
e) x4 + 5x3 + 4x2 = 0
a 3 a a 1 a
Soluções: a) C.S. = {–2, 1} b) C.S. = b–1, , 3b c) C.S. = {–1, 1} d) C.S. = b– , 2b e) C.S. = {–4, –1, 0}
c 2 c c 2 c
148
Itens de construção
c) x4 + 4x3 – x2 – 16x – 12 ≥ 0, sabendo que –3 e –2 são raízes do polinómio x4 + 4x3 – x2 – 16x – 12.
e) –x4 + 3x3 – 4x < 0, sabendo que –1 é raiz do polinómio –x4 + 3x3 – 4x.
Soluções: a) C.S. = ]–∞, 0[ ∪ ]0, 1[ b) C.S. = ]–∞, 1[ c) C.S. = ]–∞, –3] ∪ [–2, –1] ∪ [2, +∞[ d) C.S. = ]–∞, 0[ ∪ ]0, 2[ ∪ ]3, +∞[
e) C.S. = ]–∞, –1[ ∪ ]0, 2[ ∪ ]2, +∞[
x –∞ 0 1 2 +∞
Sinal de B(x) – 0 – 0 + 0 –
b) (–x2 + 2x)B(x) ≥ 0
c) (–x2 + 6x – 9)B(x) ≤ 0
32 Seja P(x) um polinómio e sx – t um polinómio de grau 1. Prova que o resto da divisão de P(x) por sx – t
h h
é Pi t i.
j s j
34 Prova que:
a) sendo a ≠ 0, xn – an é divisível por x – a;
149
TEMA II Álgebra
Aprende Fazendo
Itens de construção
35 Considera o polinómio:
P(x) = x2n + 1 – x2n – x + 1, onde n ∈N
Prova que:
a) (*) para todo a > 0 se tem P(a) + P(–a) = 2 – 2a2n;
b) (**) P(x) = (x – 1)(xn – 1)(xn + 1). Justifica que –1 e 1 são zeros de P e calcula a multiplicidade de 1.
36 Considera a equação:
x4 – 19x2 + 48 = 0
a) Tendo em conta que x4 = (x2)2, substitui na equação x2 por y e resolve a equação de 2.º grau assim
obtida.
b) Determina os valores de x que satisfazem a equação dada.
b) x4 – 26x2 + 25 = 0
c) 2x4 – 26x2 + 80 = 0
d) x4 – 3x2 – 4 = 0
Soluções: a) C.S. = {–3, –2, 2, 3} b) C.S. = {–5, –1, 1, 5} c) C.S. = {–2√∫2, –√∫5, √∫5, 2√∫2} d) C.S. = {–2, 2}
150
Desafios
Desafios
Revê novamente o problema apresentado no vídeo “Gente que gosta de curvas” (página 74), e que
tem a ver com a possibilidade de se encontrar funções definidas por um polinómio cujo gráfico
passe num determinado conjunto de pontos.
1 Observa que se construíres um polinómio a partir dos seus fatores podes criar um polinómio
que tenha o número de zeros que pretendes e nos pontos que escolheres. Por exemplo, se mul-
tiplicares (x – 1) por (x + 2) obténs o polinómio P(x) = (x – 1)(x + 2) que tem zeros em 1 e em –2.
a) Escreve um polinómio como um produto de fatores mais simples que tenha zeros em 0, 1 e 2.
2 Vamos ver uma forma de construir uma função definida por um polinómio cujo gráfico passe
pelos pontos (0, 2), (1, 1) e (2, 6). Comecemos por construir um polinómio que tenha zeros em
0 e em 1 e cujo valor em 2 seja 1. Basta construir um polinómio que tenha zeros em 0 e em 1,
tal como no exercício anterior, e depois dividir pelo valor desse polinómio em 2. Observa:
A(x) = x(x – 1)
2
b) Constrói agora um polinómio C(x) que tenha zeros em 1 e em 2 e cujo valor em 0 seja 1.
c) Agora é só multiplicarmos os polinómios anteriores pelo valor que queremos que o polinómio
final tenha nos vários pontos. Calcula o valor do polinómio P(x) = 2C(x) + 1B(x) + 6A(x) em 0,
1 e em 2 e confirma que este é o polinómio que se pretendia construir.
d) Escreve o polinómio P(x) na forma reduzida.
3 Para confirmar que percebeste a lógica do exercício anterior, usa essas ideias para escrever uma
função definida por um polinómio f(x) cujo gráfico passe pelos pontos (–1, 1), (0, 1), (1, –1) e
(2, 13). Não é necessário simplificar a expressão. Observa como este método pode ser usado
para um qualquer número de pontos.
151
Desafios
A
B
UNIDADE 1
Geometria analítica no plano
A geometria analítica surge da representação dos pontos da reta por números reais, dos
Resolução pontos do plano por pares ordenados de números reais e dos pontos do espaço por ternos
Todos os exercícios de “Geometria
analítica no plano”. ordenados de números reais.
Verás que estas representações permitem descrever linhas e superfícies, no plano e no
GA10_1.1
espaço, através de equações. Assim, irás trabalhar algebricamente muitas questões geo-
métricas e interpretar geometricamente algumas situações algébricas.
Contextualização histórica
1.1. Referenciais ortonormados
Recorda que um referencial cartesiano é definido por um par de retas numéricas, não
coincidentes, que se intersetam nas respetivas origens. Uma das retas é fixada como eixo
das abcissas e a outra como eixo das ordenadas (os eixos coordenados).
O referencial cartesiano designa-se por ortogonal quando os eixos são perpendiculares
e por monométrico quando a unidade de comprimento é a mesma para ambos os eixos.
Definição
René Descartes (1596-1650)
Foi um filósofo, físico e
Um referencial ortonormado é um referencial ortogonal e monométrico de um dado
matemático francês, autor
da célebre frase Penso plano, tal que a unidade de comprimento comum aos eixos coordenados coincide
Logo Existo. com uma unidade de comprimento pré-fixada.
Notabilizou-se sobretudo
pelo seu trabalho
revolucionário na filosofia
Ao ponto A está associado o par ordenado (3, 4). y
e na ciência, mas também
por sugerir a fusão da Escreve-se A(3, 4), e diz-se que o ponto A tem abcissa 3, 4 A
álgebra com a geometria, lida no eixo Ox, e ordenada 4, lida no eixo Oy. 3
facto que gerou a 2
154
UNIDADE 1 Geometria analítica no plano
Consideremos, num referencial ortonormado do plano, os pontos A(2, –1) e B(5, 4). Por vezes chamado “o
fundador da filosofia
Se pretendermos determinar a distância entre eles, podemos fazê-lo utilizando o Teorema moderna” e o “pai da
de Pitágoras para calcular A–B. Matemática Moderna”,
é considerado um dos
Considerando a representação de A e B no referencial, e de um novo ponto de coorde- pensadores mais
nadas (5, –1), obtemos o seguinte triângulo. importantes e influentes
y da História do Pensamento
B
4 Ocidental.
Nasceu numa província
O triângulo construído é retângulo, sendo |4 – (–1)| = |–1 – 4| = 5
francesa, hoje chamada
Valor absoluto da diferença
que a sua hipotenusa mede A–B e os seus cate- entre as ordenadas. Descartes, e estudou no
2
tos medem |5 – 2| e |4 – (–1)|. O 5 x
colégio mais prestigiado
–1 de França, com o objetivo
A
Assim: |5 – 2| = |2 – 5| = 3 de treinar as melhores
Valor absoluto da diferença entre as abcissas. mentes. Formou-se em
A–B2 = |5 – 2|2 + |4 – (–1)|2 Direito e escreveu várias
obras, sendo a mais
Portanto: célebre "O Discurso Sobre
o Método” – tratado
A–B2 = (5 – 2)2 + (4 – (–1))2 (pois |a|2 = a2, ∀a ∈R)
matemático e filosófico.
Logo: Mudou-se para a Suécia
em 1649, a convite da
A–B = √∫(∫5∫ –∫ ∫ ∫2∫)2∫ ∫ +
∫ ∫ ∫(∫4∫ –∫ ∫ ∫(∫–∫1∫)∫)2 rainha Cristina, para ser
seu instrutor. Com uma
(1) (2)
saúde frágil, acabou por
(1) Quadrado da diferença entre as abcissas.
(2) Quadrado da diferença entre as ordenadas.
não resistir aos invernos
rigorosos e à exigência da
Rainha de que as aulas
Ou seja, A–B = √∫3∫4.
fossem ministradas às 5 h
da manhã, acabando por
falecer de pneumonia a 10
De um modo geral, sejam os pontos A(a1, a2) e B(b1, b2). de fevereiro de 1650.
Portanto:
Recorda
A–B2 = (b1 – a1)2 + (b2 – a2)2 Dados dois pontos X e Y
sobre uma reta numérica e
Logo: sendo x e y as suas
A–B = √∫(∫b1∫ ∫ ∫–∫ ∫a1∫ ∫)2∫ ∫ +
∫ ∫ ∫(∫b∫2∫ –∫ ∫ ∫a∫2∫)2 abcissas, respetivamente,
então a distância do ponto
(1) (2) X ao ponto Y é dada por:
(1) Quadrado da diferença entre as abcissas. |x – y| = |y – x|
(2) Quadrado da diferença entre as ordenadas.
155
TEMA III Geometria analítica
GA10_1.2
A distância entre dois pontos A(a1, a2) e B(b1, b2), fixada uma unidade de compri-
mento e dado um plano munido de um referencial ortonormado, é igual a:
√∫(∫b∫1∫ –∫ ∫ ∫a∫1∫)2∫ ∫ ∫+∫ (∫ ∫b∫2∫ ∫–∫ a∫ ∫2∫)2
Representa-se por d(A, B).
Repara que a fórmula da distância também se aplica aos casos particulares em que os
dois pontos têm a mesma ordenada ou a mesma abcissa:
• Se dois pontos têm a mesma ordenada, a distância entre eles é o módulo da diferença
entre as abcissas:
√∫(∫b1∫ ∫ –∫ ∫ ∫a1∫ ∫)2 = |b1 – a1|
• Se dois pontos têm a mesma abcissa, a distância entre eles é o módulo da diferença
entre as ordenadas:
√∫(∫b∫2∫ –∫ ∫ ∫a2∫ ∫)2 = |b2 – a2|
APRENDE FAZENDO Repara que a distância do ponto A à origem é dada por √∫(∫–∫2∫)2∫ ∫ +
∫ ∫3
∫ 2∫ , sendo
Págs. 182, 183, 185 e 189 A(–2, 3).
Exercícios 1, 6, 14, 15, 16
e 31 Facilmente concluímos que dado um ponto P(a, b) se tem d(O, P) = √∫a2∫ ∫ + ∫ ∫b
∫ 2∫ .
156
UNIDADE 1 Geometria analítica no plano
2. Considera os pontos A(–1, –1), B(3, 2) e C(7, 5). Classifica quanto aos lados o
triângulo [ABC].
Sugestão de resolução
Como AB – = BC
– , concluímos que o triângulo [ABC] é isósceles e, como AB
– ≠ CA
– ,
o triângulo não é equilátero.
Definição
GA10_1.3
Teorema
Dada uma reta numérica e dados dois pontos A e B, de abcissas a e b, respetivamente,
a+b
a abcissa do ponto médio do segmento de reta de extremos A e B é igual a .
2
Demonstração
Sejam A e B dois pontos da reta numérica, de abcissas a e b, respetivamente, e M o
ponto médio de [AB].
Dois casos podem ocorrer:
•a<b
A M B
a b
|b – a|
2
|b – a|
|b – a| b – a 2a + b – a a + b
a+ = a+ = =
2 † 2 2 2
b>a
•b<a
B M A
b a
|b – a|
2
|b – a|
|b – a| b – a 2b – b + a a + b
b+ = b– = =
2 † 2 2 2
b<a
158
UNIDADE 1 Geometria analítica no plano
A C
1
D
O 1 4 x
AC – – – 3 Teorema de Tales
= AB , isto é, AB = .
–
AD AM – AM – 1,5 Duas retas paralelas
determinam em duas retas
– concorrentes segmentos de
Logo, AB = 2. Portanto, A–B = 2AM.
– reta correspondentes
AM –
proporcionais.
O
Sabemos que M pertence ao segmento de reta [AB]. Como, por um lado, AB– = AM– + AM
–
e, por outro, A–B = AM
– + M–B, conclui-se que AM
– = M–B e, portanto, M é o ponto médio A
A’
r
Determinemos as coordenadas de M:
t u
1+4 5 –
AB A’–B’ O–B OB– ’
é , isto é, . = e =
2 2 O–A O–A’ A–B A’–B’
Ordenada de M
Aplicando novamente o Teorema de Tales, vem:
5
Portanto, M–D = .
2
5 7
A ordenada de M é a soma da ordenada de D com M–D, ou seja, 1 + = .
2 2
h 5 7h
Logo, M i , i.
j 2 2j
5 1+4 7 1+6
Repara que = e = , com A( 1 , 1 ) e B( 4 , 6 ).
2 2 2 2
159
TEMA III Geometria analítica
160
UNIDADE 1 Geometria analítica no plano
de pontos
Recorda
Já vimos que dado um plano munido de um referencial existe uma correspondência • Uma condição é uma
entre os pares ordenados de números reais e os pontos do plano. expressão com variáveis
que se transforma numa
Consideremos agora a relação existente entre uma condição em x e y e o conjunto dos proposição quando se
pontos P(x, y) cujas coordenadas são solução da condição. substituem essas
variáveis por objetos.
Considera a equação y = –x. Os pontos cujas coordenadas são solução da equação são
• A solução de uma
h3 3h
aqueles cuja ordenada é simétrica da abcissa, por exemplo: (1, –1), i , – i , (5, –5), condição em x e y é um
j2 2j par ordenado de valores
(0, 0), (–1, 1), …
que transforma a
condição numa
Representando-os num referencial, já sabes que y proposição verdadeira.
estão alinhados sobre uma reta que passa pela origem
do referencial e bisseta o 2.º e o 4.º quadrantes, ou seja,
estão sobre a bissetriz dos quadrantes pares. 3
1
1 2 5
Por outro lado, qualquer que seja o ponto perten- –1 O x
–1
cente à bissetriz dos quadrantes pares, se considerar- –
3
2
mos as suas coordenadas, vamos constatar que a
ordenada é simétrica da abcissa, isto é, satisfaz a equa- –5
ção y = –x.
6 Verifica se o ponto P(2, 4)
A bissetriz dos quadrantes pares é definida pela equação y = –x. pertence ao conjunto dos
pontos definido por cada
uma das seguintes
equações cartesianas.
Definição a) y = x
b) y = 4
Dado um plano munido de um referencial ortonormado, designa-se por equação c) x = 0
cartesiana de um conjunto C uma equação cujas soluções são as coordenadas dos d) y = x2
pontos de C.
Dado um plano munido de um referencial ortonormado, designa-se por inequação
cartesiana de um conjunto C uma inequação cujas soluções são as coordenadas dos
pontos de C.
161
TEMA III Geometria analítica
O 2 x
x=2
No plano, a equação cartesiana x = c define uma reta vertical que passa no ponto (c, 0).
Qual é o conjunto de pontos do plano com abcissa inferior a 2, ou seja, que satisfazem
a condição x < 2?
Geometricamente, estes pontos estão situados à esquerda da reta vertical de equação
x = 2. Representando todos os pontos do plano com abcissa inferior a 2, obtemos um
semiplano aberto:
O 2 x
A condição x > 2 é satisfeita por todos os pontos que estão situados à direita da reta ver-
tical de equação x = 2. Representando-os, obtemos o seguinte semiplano aberto:
O 2 x
Soluções
7.
a) Sim
b) Não
c) Sim Se a condição for x ≤ 2 ou x ≥ 2, a reta definida por x = 2 está incluída no semiplano
d) Não (semiplano fechado) e, por convenção, marca-se a cheio.
162
UNIDADE 1 Geometria analítica no plano
Em geral:
GA10_1.12
8 Identifica e define,
Dados um plano munido de um referencial ortonormado e uma reta r do plano de
utilizando equações ou
equação cartesiana x = c (c ∈R), os dois semiplanos abertos determinados por r têm inequações cartesianas, os
por inequações cartesianas x > c e x < c e designam-se por semiplano à direita e se- seguintes conjuntos de
miplano à esquerda da reta r. pontos do plano:
a) abcissa igual a –4;
Dados um plano munido de um referencial ortonormado e uma reta r do plano de
b) abcissa maior que 0;
equação cartesiana x = c (c ∈R), os dois semiplanos fechados determinados por r
c) abcissa não superior a 5.
têm por inequações cartesianas x ≥ c e x ≤ c e designam-se por semiplano à direita
Recorda
e semiplano à esquerda da reta r.
Dada uma reta r definida
por y = ax + b, a, b ∈R:
• a é o declive da reta;
• b é a ordenada na
Representação geométrica
origem (ordenada do
ponto de interseção da
x>c x<c x≥c x≤c reta com o eixo Oy).
Uma reta de equação
r r r r
y y y y y = ax + b é uma reta não
vertical:
y y = ax + b
O c x O c x O c x O c x a>0
b b>0
O x
y a<0
y = ax + b b>0
b
O x
y
y=x+1 y y
y=b a=0
b b<0
3 x O x
a=0 O
1 b>0 b y=b
–2
O 2 x
–1 Soluções
8. a) Reta vertical de equação
x = – 4. b) Semiplano (aberto) à
direita da reta de equação x = 0,
x > 0. c) Semiplano (fechado) à
esquerda da reta de equação
Recorda que no plano a equação cartesiana y = ax + b define uma reta não vertical. x = 5, x ≤ 5.
163
TEMA III Geometria analítica
A condição y > x + 1 é satisfeita por todos os pontos que estão situados acima da reta
não vertical de equação y = x + 1. Se os representarmos obtemos o semiplano aberto:
y
O x
Em geral:
Soluções
9.
a) Reta de equação y = 2x:
Dados um plano munido de um referencial ortonormado e uma reta r do plano de
y y = 2x equação reduzida y = ax + b (a, b ∈R), os dois semiplanos abertos determinados por
2 r têm por inequações cartesianas y > ax + b e y < ax + b e designam-se por semiplano
O 1 x superior e semiplano inferior em relação à reta r.
Dados um plano munido de um referencial ortonormado e uma reta r do plano de
b) Semiplano (aberto) superior à
equação reduzida y = ax + b (a, b ∈R), os dois semiplanos fechados determinados
reta de equação y = –x:
por r têm por inequações cartesianas y ≥ ax + b e y ≤ ax + b e designam-se por semi-
y
y > –x
plano superior e semiplano inferior em relação à reta r.
–1 1
O x
c) Interseção do semiplano
definido pela condição x < 3
y y r y y r
com o semiplano definido r r
pela condição y ≥ –2: y > ax + b
y ≥ ax + b
y
O x O x O x O x
O 3 x y < ax + b y ≤ ax + b
–2
164
UNIDADE 1 Geometria analítica no plano
11 Representa
e) y f) y Cálculo auxiliar geometricamente cada um
3 dos conjuntos de pontos
2 x y = 2x + 1 do plano determinados
–1 1
0 1 (0, 1) pelas seguintes condições.
–3 O x O x
–1 1 2+1=3 (1, 3) a) ~(x < 3)
b) ~(x ≤ 1 ∧ y > 0)
c) ~(x > 2 ∨ y ≥ x)
d) ~(– 4 < x < 1)
g) y
Cálculos auxiliares x y = 2x – 6
3 2x – y ≤ 6
0 –6 (0, –6)
⇔ –y ≤ –2x + 6
1 2 ⇔ y ≥ 2x – 6 1 2 – 6 = –4 (1, –4)
O x
3–y≥0
⇔3≥y
⇔y≤3
–4
–6
(continua) Soluções
Consultar na página 288.
165
TEMA III Geometria analítica
–2 1 Nota
O x
Um produto é negativo quando os fatores têm sinais contrários.
y
b) y
O x O x
–1
c) y
3
i) x2 = y2 ⇔ x = y ∨ x = –y ⇔ y = x ∨ y = –x
O
–1 1 x
Nota
–2
Os quadrados de dois números são iguais quando os números são iguais
d) y
ou simétricos.
4
y = –x y=x
y
O 4 x 1
–1 O 1 x
–4
j) x2 – 9y2 = 0 ⇔ x2 – (3y)2 = 0
⇔ (x – 3y)(x + 3y) = 0
⇔ x – 3y = 0 ∨ x + 3y = 0
⇔ –3y = –x ∨ 3y = –x
1 1
⇔y= x ∨ y=– x
3 3
y Cálculo auxiliar
1 1
y=– x y= x
3 3
x 1
1 y= x
3
O 3 x
APRENDE FAZENDO –1 0 0 (0, 0)
Págs. 182 e 183 3 1 (3, 1)
Exercícios 2, 5 e 8
Soluções x 1
y=– x
3
12.
0 0 (0, 0)
a) x ≤ –2 ∨ x > 1
b) –1 < y < 1 3 –1 (3, –1)
c) –1 ≤ x ≤ 1 ∧ –2 ≤ y ≤ 3
d) –4 < y < 4 ∨ y ≤ x
166
UNIDADE 1 Geometria analítica no plano
A mediatriz de um
determinado segmento de
Definição
reta [AB], num dado plano,
é a reta perpendicular a
A mediatriz de um segmento de reta [AB] é o conjunto dos pontos do plano equi- esse segmento e que passa
distantes de A e de B. no ponto médio, M.
A P
Consideremos, num plano munido de um referencial cartesiano, os pontos de coorde-
M
nadas A(1, 1), B(3, 5) e C(3, 1). B
167
TEMA III Geometria analítica
Em geral, sendo A(a1, a2) e B(b1, b2), como encontrar uma equação da mediatriz de [AB]?
GA10_1.6
Sendo P(x, y) um ponto qualquer da mediatriz de [AB], tem-se que:
d(A, P) = d(B, P) ⇔ √∫(∫x∫ –∫ ∫ ∫a1∫ ∫)2∫ ∫ +
∫ ∫ ∫(∫y∫ ∫–∫ a∫ ∫2∫)2 = √∫(∫x∫ –∫ ∫ ∫b1∫ ∫)2∫ ∫ +
∫ ∫ ∫(∫y∫ ∫–∫ b
∫ 2∫ ∫)2
⇔ (√∫(∫x∫ –∫ ∫ ∫a1∫ ∫)2∫ ∫ ∫+∫ (∫ ∫y∫ –∫ ∫ ∫a2∫ ∫)2)2 = (√∫(∫x∫ ∫–∫ b
∫ 1∫ ∫)2∫ ∫ ∫+∫ (∫ ∫y∫ –∫ ∫ ∫b2∫ ∫)2)2
Equação cartesiana da
⇔ (x – a1 )2 + (y – a2 )2 = (x – b1 )2 + (y – b2 )2 mediatriz do segmento
U U U U de reta [AB]
Coordenadas de A Coordenadas de B
Sugestão de resolução
168
UNIDADE 1 Geometria analítica no plano
15 Considera os pontos do
h1 7h h1 7h plano P(2, 0) e Q(–5, 1).
b) O ponto i ,– i pertence à mediatriz de [AB] se as coordenadas i ,– i
j6 6j j6 6j a) Determina uma
satisfizerem uma das equações cartesianas que definem a mediatriz de [AB]. equação da mediatriz
h1 7h 1 15 do segmento de reta de
Averiguemos se as coordenadas i , – i satisfazem a equação y = x – : extremos P e Q.
j6 6j 2 12
7 1 1 15 7 1 15 b) O ponto de
– = ¥ – ⇔– = – coordenadas (1, 11)
6 2 6 12 6 12 12
pertence à mediatriz de
7 14
⇔– =– [PQ]?
6 12
c) Indica as coordenadas
7 7
⇔ – = – , proposição verdadeira de três pontos que
6 6 pertençam à mediatriz
h1 7h
Assim, o ponto C de coordenadas i , – i pertence à mediatriz de [AB]. de [PQ].
j6 6j
Outro processo
O ponto C pertence à mediatriz de [AB] se d(A, C) = d(B, C). Determinemos
d(A, C) e d(B, C):
√∫ 16 – 2 +∫ – 76 –∫ (– 4) =√ ∫ 16 – ∫126 + – ∫ 76 + 4
h h2 h h2 h h2 h h2
d(A, C) = i i i i i i i i
j j j j j j j j
=√ ∫ – +∫ – +∫ =√∫ – ∫
h
11 h2
7 24 h 11 h217 h h2 h h2
i i i + i i i i i
6
j j6 6 j 6 j 6 j j j j
=√∫
36 ∫ 36 √∫ 36 √∫ 18
121 289 410 205
+ = =
=√ ∫ +∫ – =√ ∫ +
h7 h2 19 h 49 361 h2
i i i i
j6 j 6 j 36 36 j
=√∫ =√∫
410 205
36 18
h1 7h
Como d(A, C) = d(B, C), concluímos que o ponto C de coordenadas i , – i
j6 6j
pertence à mediatriz de [AB].
2. Sabe-se que o ponto P(a, 2a), a ∈R é equidistante dos pontos A(–1, 2) e B(3, –2).
Determina o valor de a.
Sugestão de resolução
Como o ponto P(a, 2a), a ∈R é equidistante dos pontos A(–1, 2) e B(3, –2),
então as suas coordenadas satisfazem (a + 1)2 + (2a – 2)2 = (a – 3)2 + (2a + 2)2:
APRENDE FAZENDO
(a + 1)2 + (2a – 2)2 = (a – 3)2 + (2a + 2)2 Págs. 182, 185, 188 e 189
⇔ a2 + 2a + 1 + 4a2 – 8a + 4 = a2 – 6a + 9 + 4a2 + 8a + 4 Exercícios 3, 17, 27 e 32
⇔ –6a + 1 = 2a + 9
Soluções
⇔ –8a = 8
⇔ a = –1 15.
a) y = 7x + 11
Conclui-se que a = –1. b) Não
h 3 1h
c) (0, 11), (1, 18) e i– , i
j 2 2j
(por exemplo)
169
TEMA III Geometria analítica
r
A circunferência de centro C e raio r é o conjunto dos pontos do plano cuja distância
C
a C é r (na unidade considerada).
Qualquer uma das equações acima é uma equação cartesiana que define a circunfe-
rência de centro C e raio 5.
16 Considera os pontos do
plano A(2, 3), B(0, 5) e A equação (x – 3)2 + (y – 1)2 = 52 designa-se por equação cartesiana reduzida da circun-
C(–1, 4).
ferência.
a) Determina uma
equação da
circunferência:
Em geral, sendo C(c1, c2) um ponto do plano e r um número real positivo, como definir
i. de centro A e raio B–C;
a circunferência de centro C e raio r?
ii. de centro B e a passar
em A; Sabemos que, sendo P(x, y) um ponto qualquer da circunferência de centro C e raio r,
iii. de centro C e tem-se que d(C, P) = r.
tangente ao eixo das
abcissas. d(C, P) = r ⇔ √∫(∫x∫ ∫–∫ c∫ ∫1∫)2∫ ∫ +
∫ ∫ ∫(∫y∫ ∫–∫ c∫ 2∫ ∫)2 = r
b) Averigua se o ponto
(*)
P(1, 2) pertence a ⇔ (√∫(∫x∫ ∫–∫ c∫ 1∫ ∫)∫2∫ ∫+∫ (∫ ∫y∫ –∫ ∫ ∫c2∫ ∫)2)2 = r2
alguma das
circunferências
⇔ (x – c1 )2 + (y – c2 )2 = r 2 Equação cartesiana da circunferência
definidas nas alíneas
anteriores. U U U
Coordenadas do centro C(c1, c2) Raio
Soluções
16.
a)
Fixada uma unidade de comprimento, dados um plano munido de um referencial
i. (x – 2)2 + (y – 3)2 = 2 ortonormado, um ponto C(c1, c2) pertencente a esse plano e um número r > 0:
ii. x2 + (y – 5)2 = 8
iii. (x + 1)2 + (y – 4)2 = 16
(x – c1)2 + (y – c2)2 = r2 é uma equação cartesiana da circunferência de centro C e
b) Pertence só à circunferência raio r. Também se designa por equação reduzida da circunferência.
definida na alínea i.
170
UNIDADE 1 Geometria analítica no plano
171
TEMA III Geometria analítica
Sugestão de resolução
⇔ ⇔
(x – 1)2 + (y + 1)2 = 5 (2 – 1)2 + (y + 1)2 = 5 1 + (y + 1)2 = 5
––– –––
⇔ ⇔
(y + 1)2 = 5 – 1 (y + 1)2 = 4
––– –––
⇔ ∨
y+1=2 y + 1 = –2
––– ––– x=2 x=2
⇔ ∨ ⇔ ∨
y=2–1 y = –2 – 1 y=1 y = –3
⇔ ⇔
APRENDE FAZENDO
(x – 1)2 + (y + 1)2 = 5 (x – 1)2 + (0 + 1)2 = 5 (x – 1)2 + 1 = 5
Págs. 182, 183, 185, 186 ––– –––
e 189 ⇔ ⇔
(x – 1)2 = 5 – 1 (x – 1)2 = 4
Exercícios 4, 7, 18, 19, 21,
33 e 34 ––– –––
⇔ ∨
x–1=2 x – 1 = –2
CADERNO DE EXERCÍCIOS
E TESTES ––– ––– y=0 y=0
⇔ ∨ ⇔ ∨
Pág. 16 x=2+1 x = –2 + 1 x=3 x = –1
Exercício 3
Como a abcissa de D é superior à abcissa de B, então D(3, 0) e B(–1, 0).
Soluções
b) A[ABCD] = A[ABD] + A[BCD] =
B–D ¥ ordenada de A + B–D ¥ |ordenada de C|
17.
2 2
a) C(1, 2) e raio 3.
h 1 h |3 – (–1)| ¥ 1 |3 – (–1)| ¥ |–3|
b) C i– , √∫3i e raio √∫2. = +
j 3 j 2 2
c) C(0, 0) e raio 1. 4¥1 4¥3
= +
d) C(1, 2) e raio 3. 2 2
e) C(–2, 3) e raio √∫5. = 2 + 6 = 8 u.a.
h
f) C i0, –
1h
i e raio
√∫2 .
j 2j 2
172
UNIDADE 1 Geometria analítica no plano
Definição GA10_1.13
Assim, se pretendermos definir por uma condição o círculo de centro C(3, 1) e raio 5,
temos que ter em consideração que este é constituído por todos os pontos do plano cuja
distância a C é inferior ou igual a 5.
Se P(x, y) é um ponto qualquer do círculo, vem que d(C, P) ≤ 5.
∫ ∫)2∫ ∫ ∫+∫ (∫ ∫y∫ –∫ ∫ ∫1∫)2 ≤ 5
d(C, P) ≤ 5 ⇔ √∫(∫x∫ ∫–∫ 3
(*)
⇔ (√∫(∫x∫ –∫ ∫ ∫3∫)2∫ ∫ + ∫ ∫)2)2 ≤ 52
∫ ∫ ∫(∫y∫ ∫–∫ 1
⇔ (x – 3 )2 + (y – 1 )2 ≤ 5 2
U U U
Coordenadas do centro C(3, 1) Raio
Nota
Qualquer uma das inequações acima é uma inequação cartesiana que define o círculo
de centro C e raio 5. (*) Se a e b são números
não negativos, a2 ≤ b2
Em geral, sendo C(c1, c2) um ponto do plano, r um número real positivo e P(x, y) um ⇔ a ≤ b.
ponto qualquer do círculo de centro C e raio r, tem-se que d(C, P) ≤ r.
d(C, P) ≤ r ⇔ √∫(∫x∫ –∫ ∫ ∫c∫1∫)2∫ ∫ +
∫ ∫ ∫(∫y∫ ∫–∫ c∫ ∫2∫)2 ≤ r
(*)
⇔ (√∫(∫x∫ ∫–∫ c∫ ∫1∫)2∫ ∫ ∫+∫ (∫ ∫y∫ –∫ ∫ ∫c2∫ ∫)2)2 ≤ r2
Inequação cartesiana do círculo 18 a) Define por uma
⇔ (x – c1 )2 + (y – c2 )2 ≤ r 2
condição o círculo de
de centro C e raio r
U U U
centro C(1, –2) e raio 3.
Coordenadas do centro C(c1, c2) Raio b) Considera os pontos
A(0, 3), B(1, 1) e
h1 2h
D i , – i . Averigua
j2 3j
Fixada uma unidade de comprimento, dados um plano munido de um referencial se algum destes pontos
ortonormado, um ponto C(c1, c2) pertencente a esse plano e um número r > 0: pertence ao círculo
definido na alínea
(x – c1)2 + (y – c2)2 ≤ r2 é uma inequação do círculo de centro C e raio r. anterior.
y y y
r r
c2 c2 c2
C C C
Soluções
O c1 x O c1 x O c1 x
18.
a) (x – 1)2 + (y + 2)2 ≤ 9
(x – c1)2 + (y – c2)2 < r2 (x – c1)2 + (y – c2)2 ≥ r2 (x – c1)2 + (y – c2)2 > r2 b) Os pontos B e D pertencem.
173
TEMA III Geometria analítica
c) Pontos cuja distância ao ponto C(0, –4) é superior ou igual a 1 unidade e inferior
ou igual a 2 unidades.
(*) grau de dificuldade elevado d) (*) Pontos cuja medida da distância ao ponto A(–2, 1) é o dobro da medida da
(desempenho avançado que
distância ao ponto B(1, –2).
não será exigível à totalidade
dos alunos)
Sugestão de resolução
CADERNO DE EXERCÍCIOS
b) O conjunto de pontos cuja distância ao ponto C(–1, –3) não excede 5 uni-
E TESTES dades é o círculo de centro C(–1, –3) e raio 5.
Págs. 16 e 17 Uma inequação cartesiana que o define é:
Exercícios 2, 4 e 6
(x + 1)2 + (y + 3)2 ≤ 25
Soluções
Consultar na página 288.
174
UNIDADE 1 Geometria analítica no plano
b) y
d(P, A) = 2d(P, B) ⇔ √∫(∫x∫ +
∫ ∫ ∫2∫)2∫ ∫ ∫+∫ (∫ ∫y∫ –∫ ∫ ∫1∫)2 = 2√∫(∫x∫ ∫–∫ 1
∫ ∫)2∫ ∫ ∫+∫ (∫ ∫y∫ +
∫ ∫ ∫2∫)2 5
4
⇔ (√∫(∫x∫ +
∫ ∫ ∫2∫)2∫ ∫ + ∫ ∫)2)2 = (2√∫(∫x∫ ∫–∫ ∫1∫)2∫ ∫ ∫+∫ (∫ ∫y∫ +
∫ ∫ ∫(∫y∫ ∫–∫ 1 ∫ ∫ ∫2∫)2)2
O 2 x
⇔ (x + 2)2 + (y – 1)2 = 4((x – 1)2 + (y + 2)2)
⇔ x2 + 4x + 4 + y2 – 2y + 1 = 4(x2 – 2x + 1 + y2 + 4y + 4)
c) y 6
⇔ x2 + 4x + 4 + y2 – 2y + 1 = 4x2 – 8x + 4 + 4y2 + 16y + 16
O
⇔ –3x2 + 12x – 3y2 – 18y = 15 –6 –3 6 x
⇔ x2 – 4x + y2 + 6y = –5 –6
h4h2 h6h2 h4h2 h6h2
⇔ x2 – 4x + i i + y2 + 6y + i i = –5 + i i + i i
j2j j2j j2j j2j
21 Identifica e define
⇔ x2 – 4x + 22 + y2 + 6y + 32 = –5 + 4 + 9
analiticamente, utilizando
⇔ (x – 2)2 + (y + 3)2 = 8 (equação cartesiana reduzida) equações ou inequações
cartesianas, os seguintes
conjuntos de pontos do
O conjunto de pontos cuja medida da distância ao ponto A(–2, 1) é o dobro
plano.
da medida da distância ao ponto B(1, –2) é a circunferência de centro (2, –3) a) Pontos que distam
e raio √∫8. igualmente dos pontos
A(–3, 5) e B(1, 1).
b) Pontos cuja distância ao
ponto C(2, –3) não
excede 4 unidades.
c) (*) Pontos cuja medida
Esquematizando / Resumindo da distância ao ponto
D(–5, 4) é o dobro da
medida da distância ao
Ao longo destas últimas unidades fomos trabalhando as seguintes fórmulas, ponto E(1, 4).
que deves ter sempre presentes. (*) grau de dificuldade elevado
(desempenho avançado que
Sejam A(a1, a2) e B(b1, b2) dois pontos do plano:
não será exigível à totalidade
dos alunos)
Caderno de Apoio às Metas
Distância entre A e B. √∫(∫b∫1∫ ∫–∫ ∫a∫1∫)∫2∫ ∫+∫ ∫(∫b∫2∫ ∫–∫ ∫a∫2∫)2 Curriculares, 10.º ano
175
TEMA III Geometria analítica
d(P, A) + d(P, B) = 2a
176
UNIDADE 1 Geometria analítica no plano
A B
Seja [CD] o segmento de reta que contém os focos A e B da elipse e cujos extremos C
e D são pontos pertencentes à elipse.
C D
A B
Sabemos que 2a é a soma das distâncias de um ponto qualquer da elipse aos dois pontos
A e B.
Assim:
d(D, A) + d(D, B) = 2a e d(C, A) + d(C, B) = 2a
Então:
d(D, A) + d(D, B) = d(C, A) + d(C, B)
isto é:
d(A, B) + d(B, D) + d(D, B) = d(C, A) + d(C, A) + d(A, B)
que é equivalente a:
2d(D, B) = 2d(C, A)
ou seja:
d(D, B) = d(C, A)
Repara que:
d(C, D) = d(C, A) + d(A, D)
Como d(D, B) = d(C, A), vem que:
d(C, D) = d(D, B) + d(A, D)
e:
d(C, D) = d(A, D) + d(D, B)
Logo:
d(C, D) = 2a
177
TEMA III Geometria analítica
GA10_1.9
Eixo menor da elipse
F1–C = F2–C, pois os triângulos [F1OC] e [F2OC] são iguais (O–F1 = O–F2; F1ÔC = F2ÔC;
O–C = O–C logo, pelo critério LAL, concluímos a igualdade dos triângulos).
F1–C = F2–C = a, pois F1–C + F2–C = 2a (C pertence à elipse) e F1–C = F2–C.
y
C
a a
O
x
F1 c c F2
y
C
a b
F1F2 = 2c
F1 c O c F2 x CD = 2b
a b
Propriedade
Dada uma elipse de focos A e B e eixo maior 2a, a mediatriz de [AB] interseta a elipse
em dois pontos C e D, equidistantes do centro da elipse.
– = 2b e AB
Sejam CD – = 2c. Então, tem-se que b = √∫a2∫ ∫ –∫ ∫ c∫ 2∫ .
178
UNIDADE 1 Geometria analítica no plano
GA10_1.10
Fixada uma unidade de comprimento, dado um plano munido de um referencial
ortonormado e 0 < b < a:
x2 y2
2
+ 2 = 1 é uma equação cartesiana da elipse de semieixo maior a e semieixo
a b
menor b, que tem focos A(–c, 0) e B(c, 0), onde c = √∫a2∫ ∫ ∫–∫ b
∫ 2∫ .
Também se designa por equação reduzida da elipse.
179
TEMA III Geometria analítica
(0, c)
b
c
De um modo geral:
(–a, 0) O a (a, 0) x
Dados os números reais a e b, semieixo maior e semieixo menor da elipse, respetivamente:
(0, –c)
y
(0, b)
(0, –b) b
(0, –b)
x2 y2
A equação cartesiana da elipse é 2
+ 2 = 1, com c = √∫a2∫ ∫ –∫ ∫ ∫b∫2.
a b
Exercícios resolvidos
24 Identifica e define
analiticamente, utilizando
uma equação cartesiana, 1. Identifica as figuras geométricas planas definidas pelas seguintes equações.
o conjunto de pontos do
x2 y2
plano cuja soma das a) + =1
medidas das distâncias
16 9
aos pontos A(–2, 0) e b) 3x2 + 4y2 = 12
B(2, 0) é igual a 7.
Adaptado de Caderno de Apoio às c) 25x2 + 16y2 = 400
Metas Curriculares, 10.º ano
Sugestão de resolução
x2 y2
a) + = 1 (equação reduzida da elipse)
16 9
Como a2 = 16 e b2 = 9, então a = 4 e b = 3, ou seja, 2a = 8 e 2b = 6.
c = √∫a2∫ ∫ ∫–∫ b
∫ 2∫ = √∫1∫6∫ –∫ ∫ ∫9 = √∫7.
Solução
x2 y2
Assim, + = 1 define uma elipse de eixo maior 8, de eixo menor 6 e
24. Elipse de focos A(–2, 0) e 16 9
B(2, 0) e eixo maior 7; com focos de coordenadas A(–√∫7, 0) e B(√∫7, 0).
x2 y2
+ =1
49 33
4 4
180
UNIDADE 1 Geometria analítica no plano
25 Identifica as figuras
3x2 4y2 12 geométricas planas
b) 3x2 + 4y2 = 12 ⇔ + =
12 12 12 definidas pelas seguintes
equações.
x2 y2
⇔ + = 1 (equação reduzida da elipse) a) x2 + y2 = 1
4 3
x2
Como a2 = 4 e b2 = 3, então a = 2 e b = √∫3, ou seja, 2a = 4 e 2b = 2√∫3. b) + y2 = 1
9
c = √∫a∫2∫ ∫–∫ b
∫ ∫2 = √∫4∫ ∫–∫ 3
∫ = 1. c) 6x2 + 9y2 = 18
d) 25x2 + 4y2 = 100
Assim, 3x2 + 4y2 = 12 define uma elipse de eixo maior 4, de eixo menor 2√∫3
e) 4x2 + 4y2 = 24
e com focos de coordenadas A(–1, 0) e B(1, 0).
O conjunto de pontos do plano cuja soma das medidas das distâncias aos pon- Soluções
tos A(– 4, 0) e B(4, 0) é igual a 12 é a elipse de focos A(– 4, 0) e B(4, 0) e eixo 25.
maior 12. a) Circunferência de centro
x2 y2
A equação reduzida da elipse é do tipo 2 + 2 = 1 com: (0, 0) e raio 1.
a b b) Elipse de eixo maior 6, eixo
2a = 12, logo, a = 6. Assim, a2 = 36. menor 2 e focos de
coordenadas (2√∫2, 0) e
c = 4, logo, c2 = 16.
(–2√∫2, 0).
c) Elipse de eixo maior 2√∫3, eixo
Como b = √∫a2∫ ∫ –∫ ∫ c∫ 2∫ , então b = √∫3∫6∫ ∫–∫ 1
∫ ∫6 = √∫2∫0, ou seja , b2 = 20. menor 2√∫2 e focos de
coordenadas (1, 0) e (–1, 0).
d) Elipse de eixo maior 10, eixo
Assim, a equação reduzida da elipse é:
menor 4 e focos de
x2 y2 coordenadas (0, √∫2∫1) e
+ =1
36 20 (0, –√∫2∫1).
e) Circunferência de centro
(0, 0) e raio √∫6.
181
TEMA III Geometria analítica
Aprende Fazendo
Itens de seleção
1 Considera os pontos do plano de coordenadas A(4, 4), B(–1, 5) e C(–2, 0) e as seguintes afirmações:
(I) O triângulo [ABC] é isósceles.
(B) –3 ≤ y ≤ 3 ∧ y = –x 3
–3 O x
(C) –3 < y < 3 ∨ y = –x
3 No plano, a mediatriz do segmento de reta [AB], em que A(2, 5) e B(–2, 3), contém o ponto de coor-
denadas:
h1 3h
(A) (0, 8) (B) i , i
j2 2j
( )
(A) C –√∫2, p e r =
√∫2 ( )
(B) C √∫2, –p e r =
1
2 4
182
Itens de seleção
6 Considera os pontos do plano de coordenadas A(3, –2 – k) e B(1, –5). Os valores de k de tal modo
que a distância de A a B é √∫1∫3 são:
(A) –10 e – 4 (B) 0 e 6
8 Considera, num referencial cartesiano do plano, o ponto A do plano de coordenadas (2k2 + 9k, 5).
Os valores de k de tal modo que o ponto A pertença à bissetriz dos quadrantes ímpares são:
(A) –5 e 0 (B) –2 e 5
1 9
(C) –5 e (D) – e 5
2 2
183
TEMA III Geometria analítica
Aprende Fazendo
Itens de seleção
10 Uma equação da elipse cujos focos são os pontos F1(0, 6) e F2(0, –6) e cujo eixo menor é 16 é:
x2 y2
(A) + =1
64 36
x2 y2
(B) + =1
256 36
x2 y2
(C) + =1
100 64
x2 y2
(D) + =1
64 100
x2 y2
11 Em R2, a condição x2 + y2 = 16 ∧ + = 1 representa:
25 16
(A) os pontos de coordenadas (0, –5) e (0, 5).
184
Itens de construção
Itens de construção
16 Mostra que os pontos (1, –2), (6, –1), (9, 3) e (4, 2) são os vértices de um paralelogramo.
Soluções: a) y = 19 b) x = 2 c) y = 3 x – 1 d) y = – 1 x + 1
2 2 4 5 5
18 Mostra que os pontos (1, √∫3), (2, 2) e (0, 0) pertencem a uma circunferência de centro (2, 0).
D C
2
B
O
2 4 x
a) Determina as coordenadas dos pontos médios dos segmentos de reta que constituem os lados do
trapézio.
b) Escreve uma condição em R2 que defina:
(i) o segmento de reta [DC];
(ii) o conjunto de pontos equidistantes de C e D;
(iii) o conjunto de pontos que distam de C três unidades;
(iv) os lados do trapézio e o seu interior.
Soluções: a) M1(2, 0); M2(4, 1); M3(3, 2) e M4(1, 1) b) (i) y = 2 ∧ 2 ≤ x ≤ 4 (ii) x = 3 (iii) (x – 4)2 + (y – 2)2 = 9
(iv) y ≤ x ∧ 0 ≤ x ≤ 4 ∧ 0 ≤ y ≤ 2
185
TEMA III Geometria analítica
Aprende Fazendo
Itens de construção
3
a) Calcula a distância entre os pontos P e Q. Q
h 1 h h 1 h2 61 5 5
Soluções: a) √∫61
∫ b) i , 0 i c) i x – i + y2 = d) y = – x+ e) (–2 ≤ x ≤ –1 ∧ –3 ≤ y ≤ 3) ∨ (y ≤ x ∧ x ≤ 3 ∧ y ≥ 0)
j 2 j j 2j 4 6 12
22 Escreve uma equação cartesiana para cada uma das seguintes elipses.
a) y b) y c) y
7
–4 O 4 x –5 O 5 x –2 O 2 x
–1
–3
–7
x2
y x
2
x2
y 2 2
Soluções: a) + = 1 b) + y2 = 1 c) + =1
16 9 25 4 49
186
Itens de construção
Solução: A ordenada de C é 1.
25 Para cada uma das figuras, representa por uma condição o conjunto de pontos do plano representado
a sombreado.
a) y b) y c) y
5 1
–1 1
O 1 x
O 1 2 x
–5 O x –1
d) y e) y f) y
3
1
1
5 6 7x
–1 O 1 x –7 –6–5 O
O x
–1
–3
As duas circunferências têm centro
no eixo das ordenadas e
contêm o ponto O(0, 0).
Sabe-se também que uma tem Na figura encontram-se representadas
raio 1 e a outra tem raio 2. duas circunferências e uma elipse.
26 Desenha num referencial cartesiano o conjunto de pontos do plano definidos por cada uma das se-
guintes condições.
a) y < 7 ∧ x ≥ –2 ∧ y ≥ x b) (x ≤ –2 ∧ y ≤ 1) ∨ (y = –x ∧ x > –2)
x2 y2 4x2
e) + =1 ∧ x<0 f) (–3 < x < 3 ∧ y ≥ –x) ∨ + y2 = 4
9 16 9
187
TEMA III Geometria analítica
Aprende Fazendo
Itens de construção
e) Escreve uma equação da mediatriz do segmento de reta [AB]. Apresenta a equação na forma
y = mx + b, com m, b ∈R.
f) Averigua se o ponto de coordenadas (1, 5) pertence à mediatriz de [AB].
Soluções: a) C(–1, 5) e raio 2√∫3 b) (1, 2√∫2 + 5) e (1, 5 – 2√∫2) (por exemplo) c) O ponto A encontra-se no exterior e o ponto
B no interior da circunferência. d) A circunferência não interseta o eixo das abcissas e interseta o eixo das ordenadas nos
pontos de coordenadas (0, 5 + √∫1∫1 ) e (0, 5 – √∫1∫1 ) e) y = 3x + 2 f) O ponto pertence à mediatriz de [AB].
c) cujos focos têm coordenadas (–8, 0) e (8, 0) e a razão entre a semidistância focal e o semieixo maior
4
é ;
5
d) que passa pelos pontos (–1, 2) e (2, 0).
x2 y2 x2 y2 x2 y2 x2 y2
Soluções: a) + = 1 b) + = 1 c) + = 1 d) + =1
36 27 100 25 100 36 4 16
3
188
Itens de construção
c) Pontos cuja soma das medidas das distâncias aos pontos A(–3, 0) e B(3, 0) é igual a 9.
d) Pontos cuja medida da distância ao ponto A(1, 3) é metade da medida da distância ao ponto B(1, 6).
4 8 81 45
4 4
31 Considera, num referencial ortonormado, o ponto A de coordenadas (0, 2) e um ponto B tal que o
quadrado da sua abcissa é oito vezes a sua ordenada (y). Mostra que a distância entre os pontos A e
B é y + 2.
32 Considera, num referencial ortonormado, os pontos A e B pertencentes à bissetriz dos quadrantes ím-
pares e de abcissas 1 e 3, respetivamente. Determina as coordenadas de um ponto P, do qual se sabe
que a sua ordenada é igual ao dobro da sua abcissa e que pertence à mediatriz de [AB].
h h
Solução: P i 4 , 8 i
j 3 3 j
b) um ponto;
c) o conjunto vazio;
9
Soluções: a) (x = 0 ∧ y = –3) ∨ (x = –3 ∧ y = 0) b) x2 + y2 = 1 c) y = –x +
2
189
TEMA III Geometria analítica
UNIDADE 2
Cálculo vetorial no plano
Para caracterizar certas grandezas, como a força exercida num remate à baliza, a velocidade
Resolução de um meio de transporte, a força exercida quando empurramos um objeto, … é necessário
Todos os exercícios de “Cálculo
vetorial no plano”. uma direção, um sentido e um número. Estas grandezas designam-se por grandezas vetoriais.
2.1. Revisões
Segmento de reta orientado
Consideremos um segmento de reta [AB], que se pode representar por [AB] ou [BA].
B
Este segmento de reta admite uma direção, a direção da reta AB, e um comprimento,
que se representa por A–B.
Podemos associar a este segmento de reta dois sentidos:
• de A para B • de B para A
B B
A A
Nota
Assim, segmentos de reta orientados admitem:
190
UNIDADE 2 Cálculo vetorial no plano
Dois segmentos orientados, [A, B] e [C, D], com a mesma direção, têm o mesmo sentido
• •
se as semirretas AB e CD tiverem o mesmo sentido. Caso tal não aconteça, dizem-se de
sentidos opostos. C
D
E
No exemplo ao lado, os segmentos orientados [A, B] e [C, D] F
têm o mesmo sentido e [A, B] e [F, E] têm sentidos opostos. A
B
[C, D], [E, F], [G, H], [I, J], [K, L] são equipolentes. C J
I
É importante recordar a seguinte propriedade:
r A
B
Critério de equipolência de segmentos orientados s
C
Os segmentos orientados [A, B] e [C, D], de retas suporte distintas, são equipolentes D
Soluções
E
Dois vetores dizem-se colineares se têm a mesma di- A
D
I 26.
reção. H
a) Por exemplo:
C
i. [A, B], [B, A], [B, C], [B, D] e
Na figura ao lado os vetores A≥B, D≥C, E≥F, G≥H, J≥I e K≥L L
[A, D] ii. [A, B] e [D, C]
são colineares. b) 12 c) 8
G K
191
TEMA III Geometria analítica
F E B
–A≥B
≤v
–≤v A≥B
A
A D B
Utilizando as letras da
figura, indica:
a) três segmentos de reta Vetor nulo
orientados
equipolentes; O vetor determinado pelos segmentos orientados de extremos iguais ([A, A], [B, B], …)
b) dois segmentos de reta designa-se por vetor nulo. Representa-se por ≤0.
orientados que
representem vetores de O vetor nulo tem:
sentidos opostos; • direção indefinida;
c) dois vetores colineares, • sentido indefinido;
com comprimentos
• comprimento nulo.
diferentes;
d) dois vetores com o
mesmo comprimento,
mas não colineares;
Soma de um ponto com um vetor
e) dois vetores simétricos.
Dado um ponto P e um vetor ≤u, existe um único ponto Q tal que ≤u = P≥Q.
Q = P + ≤u
≤u P≥Q
28 Considerando a figura do
exercício anterior,
determina: P
a) A + F≥E
b) D + B≥E
Diz-se que o ponto Q é a soma do ponto P com o vetor ≤u e escreve-se Q = P + ≤u.
c) C + (–D≥F) O ponto Q é a extremidade do representante de ≤u com origem em P.
d) TA≥C (A)
e) TD≥F (B)
Translação
Soluções
Um vetor também se pode associar a uma translação.
27. Por exemplo:
a) [A, D], [D, B] e [F, E] A translação de vetor ≤u é a aplicação que a um ponto P associa o ponto P’ tal que:
b) [A, F] e [C, F]
c) B≥C e D≥F P’ = P + ≤u
d) A≥D e D≥E
e) A≥D e E≥F
A translação de vetor ≤u representa-se por T≤u.
28.
A imagem de P através da translação de vetor ≤u representa-se por T≤u (P).
a) D
b) F P’
c) E
d) C ≤u
e) E
P
192
UNIDADE 2 Cálculo vetorial no plano
≤u ≤v
≤v ≤u + ≤v
≤u
≤u ≤v
≤u
A A≥C
≤u
logramo.
≤u
193
TEMA III Geometria analítica
Exercício resolvido
C E
O
B F
A N P G
M H
Q
L I
194
UNIDADE 2 Cálculo vetorial no plano
GA10_3.1
Sugestão de resolução
b) i. A + Q≥F = A + A≥C = C
≥ ) = B + OP
ii. B + (–PO ≥ = N (repara que o simétrico de PO
≥ , –PO
≥ , é o vetor OP
≥ .)
Definição
Fixada uma unidade de comprimento e dado um vetor ≤v, chama-se norma do vetor
≤v à medida do comprimento de um segmento orientado representante de ≤v.
Exemplo
A B
Consideremos um quadrado [ABCD] cujo lado mede 2 unidades de com-
primento. Então:
||A≥B|| = 2 e ||B≥C|| = 2
≥ ||2 = ||AB
||AC ≥ ||2 + ||BC
≥ ||2 D C
= 22 + 22
=8
Como ||A≥C|| ≥ 0, ||A≥C|| = √∫8 = 2√∫2.
195
TEMA III Geometria analítica
GA10_3.4
Diferença entre vetores ≤v
mesma origem.
≤v
Por outro lado, vamos construir o vetor soma ≤u + (–≤v), usando a regra do triângulo.
–≤v
–≤v
≤u + (–≤v)
≤u
≤u
Repara que o vetor soma ≤u + (–≤v) tem a mesma direção, o mesmo sentido e o mesmo
comprimento de ≤w. Logo, ≤w = ≤u + (–≤v ).
Dados dois vetores ≤u e ≤v, existe um e somente um vetor ≤w tal que ≤w + ≤v = ≤u.
Diz-se que o vetor ≤w é o vetor diferença e tem-se que ≤w = ≤u + (–≤v).
Representa-se por ≤u – ≤v.
196
UNIDADE 2 Cálculo vetorial no plano
Exemplo
= 2||≤u||
≤u ≤u
2 ≤u
• a direção de ≤u;
• o sentido oposto ao de ≤u;
• norma igual a três vezes a norma de ≤u, isto é:
||–3≤u|| = 3 ¥ ||≤u||
= 3||≤u||
≤u ≤u ≤u
–3 ≤u
Em geral, tem-se:
Definição
Nota
Dados um vetor ≤v, diferente do vetor nulo, e um número real λ, diferente de zero, o É comum chamar-se
produto de ≤v por λ é o vetor λv≤ com: escalar ao número real λ.
• a direção de ≤v;
de ≤v se λ > 0
• sentido ;
oposto ao de ≤v se λ < 0
Soluções
• norma igual a |λ| ¥ ||≤v || (fixada uma mesma unidade de comprimento para o cál- 30.
culo das normas). a) E≥G
b) M≥I
Se λ = 0 ou ≤v = ≤0, então λ≤v = ≤0. c) A≥E
d) H≥E
197
TEMA III Geometria analítica
Exemplos
1 ≤
≤v
2
v 0 ≤v = ≤0 –≤v – 3 v≤
2
–3≤v
De acordo com a definição dada, sabemos que o produto de um vetor (não nulo) por um
número real (diferente de zero) é sempre um vetor com a mesma direção do vetor dado
e com sentido igual ou oposto ao do vetor dado, consoante o número real é positivo ou
negativo.
Recorda Será que se alterarmos a unidade de medida o vetor produto será distinto?
O quociente entre as Vejamos que não!
medidas de comprimento
de dois segmentos de reta
Em primeiro lugar sabemos que o quociente entre a norma do vetor produto e a norma
mantém-se quando se
altera a unidade de medida do vetor dado é |λ| (pela definição anterior).
considerada.
Exemplo: Além disso, as normas são medidas de comprimento de segmentos de reta e o quociente
Considera os segmentos de entre duas medidas de comprimento não se altera, se se alterar a unidade de medida comum,
reta [AB] e [CD] da figura. o que nos leva a concluir que o quociente entre a norma do vetor produto e a norma do
vetor dado é sempre |λ|, independentemente da unidade de medida considerada.
A B C D
198
UNIDADE 2 Cálculo vetorial no plano
colinearidade
Propriedade
Dado um vetor ≤v, não nulo, um vetor ≤u é colinear a ≤v se e somente se existir um nú-
mero real λ tal que ≤u = λ≤v e, nesse caso, λ é único.
||≤u||
Seja λ = – . Então, ≤u = λ ≤v.
||≤v||
h ||u ≤ || ≤ || h
||u ≤a ≤b ≤c
O λ encontrado i – ou i é o único escalar para o qual tem lugar a igualdade
j ||≤v|| ||≤v|| j Escreve os vetores ≤a, ≤b e ≤c
≤u = λ≤v, já que, quando é diferente de zero, tem módulo e sinal determinados. na forma λ≤d, com λ real.
Exemplo
≤v
≤w
Soluções
≤ || 2
||u 2 3
= , logo, como ≤u e ≤v têm o mesmo sentido, ≤u = ≤v e ≤v = ≤u.
||≤v|| 3 3 2 31. –
1
2
||≤u|| = 2 = 1 , logo, como ≤u e ≤w têm sentidos opostos, ≤u = – 1 ≤w e ≤w = –2≤u. 32. ≤a =
1 ≤ ≤
d; b = –2≤d; ≤c = –
5 ≤
d
≤ || 4 2
||w 2 3 3
199
TEMA III Geometria analítica
GA10_3.5
Propriedades da multiplicação de um vetor por um número real (escalar)
3≤v
(2 + 3)≤v = 5≤v
≤v
2≤v
≤
5 v
Os vetores (2 + 3)v≤ e 2v≤ + 3v≤ parecem ter a mesma direção, o mesmo sentido e o mesmo
comprimento, isto é, (2 + 3) ≤v = 2≤v + 3≤v, o que de facto é verdade e iremos demonstrar.
• O + (2 + 3) ≤v é o ponto de abcissa
2 + 3. 0 (2 + 3)≤v (2 + 3)
Efetuamos agora a adição dos vetores 2≤v e 3≤v, aplicando a regra do triângulo. A partir
do ponto O colocamos o vetor 2≤v e, em seguida, o vetor 3≤v:
2≤v + 3≤v
2≤v 3≤v
0 5
2 3
2+3
O ponto que se obtém para extremidade do vetor soma é exatamente o que tem abcissa
2 + 3. Logo, (2 + 3) ≤v = 2≤v + 3≤v, como queríamos demonstrar.
De um modo geral:
200
UNIDADE 2 Cálculo vetorial no plano
≤v
≤u
≤v
≤u + ≤v 2(≤u + ≤v )
≤u
2≤v
2≤v
2≤u + 2≤v
2≤u 2≤u
C D
≤v
2≤u
≤u
201
TEMA III Geometria analítica
2(≤u + ≤v )
33 Acerca dos vetores ≤a e ≤b,
sabe-se que ≤a = 2≤x – ≤y e D
C
≤b = –3≤x + 5≤y. Exprime os
≤v
seguintes vetores em 2≤u
≤u + ≤v
função de ≤x e ≤y. B
a) 2≤a + ≤b ≤u
b) –2≤a + 3≤b A
Como B≥C e D≥E têm a mesma direção, o mesmo sentido e ||D≥E|| = 2||B≥C||, pela defini-
ção de produto de um vetor por um escalar, D≥E = 2B≥C = 2≤v.
Sabemos que A≥D + D≥E = A≥E, logo 2≤u + 2≤v = 2( ≤u + ≤v ), como queríamos demonstrar.
E
2≤v
2(≤u + ≤v )
C D
≤v
≤u + ≤v 2≤u
B
≤u
Em geral:
202
UNIDADE 2 Cálculo vetorial no plano
3≤v
2(3≤v ) (2 ¥ 3)≤v = 6≤v
≤v
Vamos verificar que 2(3≤v ) = (2 ¥ 3)≤v, pois têm a mesma direção, o mesmo sentido e a
mesma norma.
Os vetores 2(3v≤ ) e (2 ¥ 3)v≤ têm a mesma direção, o mesmo sentido e a mesma norma,
logo 2(3v≤ ) = (2 ¥ 3)v≤ , como queríamos demonstrar.
De um modo geral:
203
TEMA III Geometria analítica
Determina:
1 ≥ 2 Distributividade em relação à adição de números reais (λ + μ)≤v = λ≤v + μ≤v
a) AP + A≥P
3 3
b) 2A≥B + 2E≥I Distributividade em relação à adição de vetores λ( ≤u + ≤v ) = λ≤u + λ≤v
h1 h
c) 2 i P≥T i
j4 j Associatividade mista λ(μ≤v ) = (λμ)≤v
Exercícios resolvidos
b) 3A≥H – 2O≥F
C E
c) H≥E – 2 I≥F
B F
d) 2(A≥H + F≥E) O
h1 h
B≥F
A G
e) 3 i i H I
j2 j
1 ≥ 2
f) AD + A≥D
3 3
Sugestão de resolução
d) 2 A≥H + F≥E
( ) = 2(A≥H + H≥B ) = 2A≥B = A≥C
APRENDE FAZENDO
Outro processo de resolução desta alínea consistia em aplicar a propriedade
Págs. 230, 231 e 233
Exercícios 2, 6 e 14 distributiva da multiplicação de um número real em relação à adição de ve-
tores:
CADERNO DE EXERCÍCIOS 2(A≥H + F≥E ) = 2A≥H + 2F≥E = A≥I + F≥D = A≥I + I≥C = A≥C
E TESTES
h1 h
Pág. 18 e) 3 i BF ≥ i = 3BO≥ = AG≥
Exercício 8 j2 j
Outro processo de resolução desta alínea consistia em aplicar a propriedade
Soluções associativa da multiplicação de um número real por um vetor:
h1 h 3
34. 3 i BF≥ i = BF≥ = AG ≥
a) A≥P j2 j 2
b) A≥K
c) P≥R
204
UNIDADE 2 Cálculo vetorial no plano
35 Simplifica as seguintes
expressões, indicando as
1 ≥ 2
f) AD + A≥D = A≥B + A≥C = A≥B + B≥D = A≥D propriedades utilizadas.
3 3 1 ≤
Outro processo de resolução desta alínea consistia em aplicar a propriedade ∫ v≤ – u
a) √∫27 + 2 (√∫3 v≤ ) +
2
distributiva da multiplicação de um número real por um vetor em relação à 11 ≤
+ u
2
adição de números reais: h h
b) 3 i2v ≤ – 8 u≤ i + 2(4u ≤ ) – v≤
1 ≥ 2 ≥ h1 2h ≥ j 3 j
AD + AD = i + i AD ≥
= AD
3 3 j3 3j
1 ≤
2. Simplifica a expressão –2(–3≤v + 5≤u ) + (6u ) – 6≤v, indicando as propriedades
2
utilizadas.
Sugestão de resolução
1
–2(–3≤v + 5≤u ) + (6≤u ) – 6≤v
2
1
= –2(–3≤v ) – 2(5≤u ) + (6≤u ) – 6≤v (propriedade distributiva da
2
multiplicação de um número real em
relação à adição de vetores)
h1 h
= (–2 ¥ (–3))≤v – (2 ¥ 5)≤u + i ¥ 6i ≤u – 6≤v (propriedade associativa mista 36 Resolve, em ordem a ≤x, a
j2 j
da multiplicação de um seguinte equação.
número real por um vetor) –2(–≤x + ≤a ) + 2(3≤a ) =
= 6≤v – 10≤u + 3≤u – 6≤v = 3( ≤a + 2≤b )
205
TEMA III Geometria analítica
Vamos aprender que um vetor também pode ser definido por coordenadas.
Considera também os pontos X(1, 0), Y(0, 1) e os vetores ≤e1 = O≥X e ≤e2 = O≥Y.
Sejam ≤v = A≥B e ≤u = P≥Q.
y
Q ≤v
B
1 Y
≤u
≤e2
X
≤e1 1 x
É possível decompor, por exemplo, o vetor v≤ na soma de dois vetores, um com a direção
de e≤ 1 e o outro com a direção de e≤ 2, conforme sugere a figura a seguir; esta decomposição
é única.
Nota (*)
• ≤v1 é colinear com ≤e1,
Ora vejamos:
logo, existe um e um só
número real a tal que Se ≤v = ≤v1 + ≤v2 e ≤v = ≤w1 + ≤w2, com ≤v1 e ≤w1 com a
≤v1 = a≤e1.
direção de ≤e1 e ≤v2 e ≤w2 com a direção de ≤e2, tería-
• ≤v2 é colinear com ≤e2,
mos ≤v1 + ≤v2 = ≤w1 + ≤w2, portanto ≤v1 – ≤w1 = ≤w2 – ≤v2.
logo, existe um e um só
número real b tal que Como ≤v1 – ≤w1 tem a direção de ≤e1 (exceto se for o y
≤v2 = b≤e2. vetor nulo), também ≤w2 – ≤v2 teria a direção de ≤e1 ≤v1 A
• ≤v = –2 ≤e1 + ( –1 )≤e2, sendo (exceto se for o vetor nulo). Mas ≤w2 – ≤v2 tem a dire- ≤v2 ≤v2
≤v
o par ordenado (–2, –1) ção de ≤e2, e ≤e1 e ≤e2 têm direções perpendiculares, Q
B
o único nestas
portanto não há nenhum vetor que tenha as dire-
condições. 1 Y
ções de ambos. Então, ≤w2 – ≤v2 e ≤v1 – ≤w1 são o vetor
• ≤u1 é colinear com ≤e1, ≤w1
≤e2
206
UNIDADE 2 Cálculo vetorial no plano
Exemplo
≤c
≤e
≤d
Como vimos, a cada vetor corresponde um e um só par ordenado de números reais. 37. ≤a = ≤i + ≤j; ≤b = –2≤i + ≤j;
Reciprocamente, a cada par ordenado de números reais corresponde um e um só vetor. ≤c = 2≤i + 0≤j; ≤d = 0 ≤i – ≤j
207
TEMA III Geometria analítica
GA10_4.2
Vetor posição de um ponto e respetivas coordenadas
espaço vetorial dos os vetores ≤e1 = O≥X, ≤e2 = O≥Y, ≤v = A≥B e ≤u = P≥Q. 1 Y
≤u
vetores do plano. ≤e2
Já vimos que há uma infinidade de representantes X
y O ≤e1 x
do mesmo vetor e que dado qualquer ponto há um 1
≤c
≤b
único representante com origem nesse ponto.
P
≤d ≤a
≤e2 Consideremos então um representante do vetor v≤ ; y
O ≤e1 x
≤f
em particular, o segmento orientado de origem O. E –2≤e1 A
≤g Temos que P = O + ≤v. –≤ e2
Q ≤v
o vetor ≤u. C
Seja C = O + ≤u. Q
≤u
Os triângulos [PQR] e [OCD] são iguais, logo, ≤u2 3≤e2
208
UNIDADE 2 Cálculo vetorial no plano
Sugestão de resolução
3 1
=a a=
≤u = ≤v ⇔ (3, b) = (6a, 2) ⇔ 3 = 6a ⇔
6 ⇔ 2
b=2
b=2 b=2
Adição
≤u + ≤v = (u1≤e1 + u2≤e2) + (v1≤e1 + v2≤e2)
= (u1e≤ 1 + v1e≤ 1) + (u2e≤ 2 + v2e≤ 2)
(propriedade associativa e comutativa da adição
de vetores)
= (u1 + v1)≤e1 + (u2 + v2)≤e2 (propriedade distributiva em relação à adição de nú-
meros reais)
Ou seja, ≤u + ≤v tem coordenadas ( u1 + v1 , u2 + v2 )
Soma das primeiras coordenadas dos vetores Soma das segundas coordenadas dos vetores
Exemplos
Soluções
h1 h h 3h
Sejam ≤a(–3, 5), ≤b(2, 0), ≤c(–1, –2), ≤d(3, –5), ≤e i , –1i e ≤f i–2, – i :
j2 j j 4j 39.
1. ≤a + ≤b = (–3, 5) + (2, 0) = (–3 + 2, 5 + 0) = (–1, 5) a) (–8, 1)
b) (0, 2)
2. ≤c + ≤d = (–1, –2) + (3, –5) = (–1 + 3, –2 –5) = (2, –7) c) (3√∫2, –5)
h1 h h 3h h1 3h h1 4 4 3h h 3 7h
3. ≤e + ≤f = i , –1i + i–2, – i = i –2, –1 – i = i – , – – i = i– , – i 40. k = –3 e p = 5
j2 j j 4j j2 4j j2 2 4 4j j 2 4j
209
TEMA III Geometria analítica
41 Considera, num
Subtração
referencial ortonormado ≤u – ≤v = (u1≤e1 + u2≤e2) – (v1≤e1 + v2≤e2)
do plano, os vetores
≤u (2, –3), ≤v (–1, 4) e = (u1≤e1 + u2≤e2) – 1 ¥ (v1≤e1 + v2≤e2)
h h = u1e≤ 1 + u2e≤ 2 – 1(v1e≤ 1) + (–1)(v2e≤ 2) (propriedade distributiva em relação à adi-
≤w i 1 , 0i .
j3 j ção de vetores)
Calcula as coordenadas de:
= u1≤e1 + u2≤e2 – v1≤e1 – v2≤e2
a) ≤u + ≤v
= (u1≤e1 – v1≤e1) + (u2≤e2 – v2≤e2) (propriedade associativa e comutativa da adição
b) ≤u + ≤v + ≤w
de vetores)
c) ≤u – ≤v
= (u1 – v1)≤e1 + (u2 – v2)≤e2 (propriedade distributiva em relação à adição de nú-
d) ≤v – ≤u
meros reais)
e) 2≤u + 4≤v
1 ≤ Ou seja, ≤u + ≤v tem coordenadas ( u1 – v1 , u2 – v2 )
f) –3≤w – u
2
h 1 ≤ h
g) 3 i–≤u + wi Diferença entre as primeiras coordenadas dos vetores Diferença entre as segundas coordenadas dos vetores
j 2 j
Exemplos
h1 h h 3h
Sejam ≤a(–3, 5), ≤b(2, 0), ≤c(–1, –2), ≤d(3, –5), ≤e i , –1i e ≤f i–2, – i :
j2 j j 4j
1. ≤a – ≤b = (–3, 5) – (2, 0) = (–3 – 2, 5 – 0) = (–5, 5)
Simétrico de um vetor
–≤u = –1 ¥ ≤u (caso particular do produto de um vetor por um escalar)
= –1 ¥ (u1≤e1 + u2≤e2)
= –1 ¥ u1≤e1 – 1 ¥ u2≤e2 (propriedade distributiva em relação à adição de vetores)
= – u1≤e1 – u2≤e2
Ou seja, o vetor simétrico do vetor ≤u, o vetor –≤u tem coordenadas (–u1, –u2).
Exemplos
1 h h
Sejam ≤a (–3, 5), ≤c (–1, –2) e ≤e i , –1i :
j2 j
1. – ≤a = –(–3, 5) = (3, –5)
1.º caso: ≤u e ≤v não são paralelos aos eixos coordenados (u1, u2, v1, v2 ≠ 0)
u u
u e v≤ são colineares ⇔ ∃ λ ∈R\{0}: λ = 1 ∧ λ = 2
v1 v2
u1 u2
⇔ ∃ λ ∈R\{0}: =
v1 v2
Ou seja, os quocientes das coordenadas correspondentes são iguais.
≤u e ≤v são paralelos ao eixo Oy se e somente se as segundas coordenadas de ambos os 42. Por exemplo:
a) (– 4, 6); (2, –3); (–20, 30) e
vetores são nulas (u2 = 0, v2 = 0, u1, v1 ≠ 0).
h 3h
i–1, i
u j 2j
(u1, 0) = 1 (v1, 0)
v1 b) (0, 1); (0, –1); (0, 2) e (0, 10)
211
TEMA III Geometria analítica
GA10_4.3
Propriedade
Sejam ≤u(u1, u2) e ≤v(v1, v2) dois vetores do plano, não nulos.
43 Averigua se os vetores ≤a e
≤ e v≤ são colineares se e somente se u1, u2, v1, v2 ≠ 0 e u1 = u2 ou as primeiras coor-
u
≤b são colineares.
v1 v2
denadas de ambos forem nulas ou as segundas coordenadas de ambos forem nulas.
a) ≤a (1, –3) e ≤b(2, –6)
h 1h
b) ≤a i–1, i e ≤b(4, –2) Exemplos
j 2j
c) ≤a (–1, 9) e ≤b(10, 18) 1. ≤u (0, 3) e ≤v (0, 5) são colineares, pois ≤u =
3 ≤ 5
v ou ≤v = ≤u.
d) ≤a (0, 7) e ≤b(2, 14) 5 3
h 1h ≤ h 9h 4 2 3
e) ≤a i0, i e b i0, – i 2. ≤w (4, 0) e ≤z (6, 0) são colineares, pois ≤w = z≤ = ≤z ou ≤z = ≤w.
j 2j j 2j 6 3 2
f) ≤a √∫3, 0 e ≤b 2√∫3, 0
–5 –2 1 10 4
( ) ( ) 3. ≤p (–5, –2) e ≤q (10, 4) são colineares, pois = =– ou = = –2.
10 4 2 –5 –2
1 3
–
h 1 3h –2 6 4
4. ≤m (–2, 6) e ≤n i– , i não são colineares, pois ≠ ou 2 ≠ .
j 2 4j 1 3 –2 6
–
2 4
44 Considera, fixado um Exercícios resolvidos
plano munido de um
referencial cartesiano, os ≤ (3, 0),
1. Considera, fixado um plano munido de um referencial cartesiano, os vetores a
vetores ≤u (2, 4), ≤v (3, 1 – k)
h h
≤b(–5, 2) e ≤c hi 1 , –1hi . Calcula as coordenadas de:
ew≤ ik, – 2 i . j2 j
j 3j h
≤ –b≤ ≤ + 3≤b 1 ≤ 1 ≤ h ≤
a) a b) 2a c) –2(≤c – ≤a ) d) 4≤c – b e i–≤a + bi + c
Determina o valor de k de 2 j 5 j
modo que:
a) ≤u e ≤v sejam colineares; Sugestão de resolução
b) ≤v e ≤w sejam colineares.
a) ≤a – ≤b = (3, 0) – (–5, 2) = (3 – (–5), 0 – 2) = (8, –2)
d) 4≤c –
1 ≤b = 4 i , –1i – (–5, 2) = (2, –4) + i , –1hi = hi 9 , –5hi
h 1 h 1 h 5
2 j2 j 2 j2 j j2 j
h h h h h1 h h h hh h h
≤ + b i + c≤ = 3 i–(3, 0) + (–5, 2)i + i , –1i = 3 i(–3, 0) + i–1, i i + i 1 , –1i
e) 3 i–a
1 ≤ 1 2
j 5 j j 5 j j2 j j j 5jj j2 j
h 2h h1 h h 6h h1 h h 23 1 h
APRENDE FAZENDO
= 3 i–4, i + i , –1i = i–12, i + i , –1i = i– , i
j 5j j2 j j 5j j2 j j 2 5j
Pág. 231
Exercício 7
≤ (–3, 4)
2. Considera, fixado um plano munido de um referencial cartesiano, os vetores u
Soluções
e v≤ (k + 2, –1), k ∈R. Determina o valor real k de modo que u
≤ e v≤ sejam colineares.
43.
a) Sim
b) Sim Sugestão de resolução
c) Não
d) Não ≤ e v≤ sejam colineares os quocientes das coordenadas correspondentes
Para que u
e) Sim
k + 2 –1 5
f) Sim têm de ser iguais, ou seja, = ⇔ 4k + 8 = 3 ⇔ 4k = –5 ⇔ k = – .
44.
–3 4 4
a) k = –5
b) k = 2 ∨ k = –1
212
UNIDADE 2 Cálculo vetorial no plano
As coordenadas de um vetor também podem ser obtidas a partir das coordenadas dos
extremos de um dos seus representantes. Vejamos como é que isso acontece.
Exemplo
Sabe-se que A≥B = A≥O + O≥B e, uma vez que, A≥O = –O≥A, A≥B = A≥O + O≥B
B A
= (–3, 4)
De um modo geral:
Definição
Propriedade
As coordenadas de B – A são a diferença entre as coordenadas de B e as coordenadas
de A.
Assim, A≥B = B – A = (b1 – a1, b2 – a2).
Um vetor pode ser definido pela diferença entre o ponto extremidade e o ponto origem
de qualquer um dos seus representantes.
Tens agora à tua disposição outra forma de obteres as coordenadas de um vetor: fazer
a diferença entre as coordenadas do ponto extremidade e as coordenadas do ponto ori-
gem de um qualquer representante do vetor.
Repara que para todo o vetor ≤v e para quaisquer pontos A e B do plano tem-se que:
B – A = ≤v ⇔ B = A + ≤v ⇔ AB
≥ = v≤ B
≤v = B – A
213
TEMA III Geometria analítica
Exemplo
Propriedade
Fixado um plano munido de um referencial ortonormado de origem O e dados um
ponto A(a1, a2) e um vetor v≤ (v1, v2), tem-se que:
A + v≤ = (a1 + v1, a2 + v2)
Exemplo
⇔ ||v≤ || = √∫1∫3
Soluções
Propriedade
45. Fixado um plano munido de um referencial ortonormado de origem O e dado um
a) A≥B = (3, –5); B≥A = (–3, 5) e
vetor v≤ (v1, v2), tem-se que:
B≥C = (–2, 8)
b) D(3, 0); E(–2, 13) ||v≤ || = √∫v∫12∫ ∫ +
∫ ∫ ∫v2∫ 2
c) F(0, 9)
214
UNIDADE 2 Cálculo vetorial no plano
Sugestão de resolução
Existem então dois vetores nas condições pretendidas (colinear com A≥B e de c) √∫1∫0∫1
d) 2√∫5 + √∫2∫6
norma igual a 15), ≤u1(9, –12) e ≤u2(–9, 12).
e) √∫2
47. (–4√∫5, 2√∫5) ou (4√∫5, –2√∫5)
215
TEMA III Geometria analítica
GA10_5.1
GA10_5.2
2.4. Retas no plano
Vetor diretor de uma reta
Recorda Um vetor não nulo tem a direção de uma reta r se as retas suporte dos seus represen-
Duas retas têm a mesma
tantes tiverem a direção da reta r.
direção se forem paralelas ≤ , v≤ e w
Consideremos os vetores u ≤ e a reta r:
ou coincidentes.
s ≤u
r s
As retas r e s são
coincidentes. ≤ e v≤ têm a direção da reta r, designando-se, assim, por vetores diretores da
• os vetores u
reta r;
≤ não tem a direção da reta r.
• o vetor w
Definição
Diz-se que um vetor v≤ , não nulo, tem a direção da reta r se as retas suporte dos re-
presentantes de v≤ têm a direção de r.
Definição
Designa-se por vetor diretor de uma dada reta r qualquer vetor não nulo com a
mesma direção de r.
Consequências
1. Qualquer segmento orientado de extremos pertencentes a uma reta r é um vetor di-
retor de r, já que a sua reta suporte é a própria reta r.
Exemplo
B
A A≥B é um vetor diretor da reta r.
2. Todos os vetores diretores de uma reta são colineares entre si, uma vez que têm a
mesma direção.
216
UNIDADE 2 Cálculo vetorial no plano
Seja r uma reta vertical. Todos os pontos pertencentes a r têm a mesma abcissa e a reta
é definida por uma equação cartesiana do tipo x = a, a ∈R.
48 Tendo em conta os dados
Consideremos dois quaisquer pontos A e B de r.
da figura, indica um vetor
y diretor de cada uma das
retas representadas.
yA A y
r
A≥B (0, yB – yA)
2
yB B
–3 O 1 3 4 x
–1
s
O a x –3
–5 t p
x=a
Seja s uma reta horizontal. Todos os pontos pertencentes a s têm a mesma ordenada e
a reta é definida por uma equação cartesiana do tipo y = b, b ∈R.
Consideremos dois pontos quaisquer A e B de s.
b A A≥B B y=b
O xA xB x
que os vetores diretores de retas horizontais são todos os vetores do tipo (v1, 0), v1 ≠ 0. 48. r≤ (1, 1); s≤ (–7, 3); t≤ (0, 1); p
≤ (1, 0)
217
TEMA III Geometria analítica
Tarefa resolvida
A
≤r
• Todo o ponto da forma P = _____ + k____, k ∈R pertence à reta que passa pelo
ponto A e tem a direção de r≤ .
• Sendo P um ponto da reta que passa pelo ponto A e tem a direção de r≤ :
o vetor A≥P é ____________ com r≤ , ou seja:
existe k ∈R tal que A≥P = ___ r≤ , isto é:
____ – _____ = ___ r≤
ou ainda: ____ = _____ + ___ r≤
Sugestão de resolução
B
– 1 ≤r ≤r
2 A
E ≤r
–3≤r
2.
• Todo o ponto da forma P = A + kr≤ , k ∈R pertence à reta que passa pelo
ponto A e tem a direção de r≤ .
• Sendo P um ponto da reta que passa pelo ponto A e tem a direção de r≤ :
o vetor A≥P é colinear com r≤ , ou seja:
existe k ∈R tal que A≥P = kr≤ , isto é:
P – A = kr≤
ou ainda: P = A + kr≤
218
UNIDADE 2 Cálculo vetorial no plano
Da resolução da tarefa anterior, conclui-se uma propriedade satisfeita por todos os pon-
GA10_5.5
tos de uma reta da qual se conhece um ponto e um vetor diretor, P = A + kr≤ , k ∈R, à qual
se dá o nome de equação vetorial da reta r.
Notas
1. Qualquer ponto conhecido da reta pode ser usado no lugar do ponto A.
2. Se forem conhecidos dois pontos distintos A e B da reta, podemos utilizar o vetor A≥B
ou qualquer vetor colinear com A≥B como vetor diretor da reta.
3. A cada valor atribuído a k corresponde um e um só ponto da reta e, reciprocamente,
a cada ponto da reta corresponde um único valor de k.
4. Em vez da letra k, pode usar-se outra letra minúscula do nosso alfabeto ou do alfabeto
grego. Por exemplo, t, p, λ, …
Erro típico
219
TEMA III Geometria analítica
50 Representa num
Consideremos novamente o ponto A(a1, a2) e o vetor r≤ (r1, r2), representados na figura
referencial cartesiano o abaixo:
conjunto de pontos A
≤r
definido pelas seguintes
condições.
a) (x, y) = (2, 2) + k(5, 2),
k ∈R Equação vetorial de uma semirreta
b) (x, y) = (2, 2) + k(–2, 1),
k ∈[0, +∞[ A condição P = A + kr≤ , k ∈[0, +∞[ ou, de forma equivalente, (x, y) = (a1, a2) + k(r1, r2),
c) (x, y) = (2, 2) + k( 0, – 4),
k ∈[0, +∞[ define uma semirreta.
k ∈[0, 1]
•
Alguns exemplos de pontos pertencentes à semirreta AB: , sendo B = A + r≤ .
k = 0 1 P = A ou (x, y) = (a1, a2) B
3 3 3
k = 1 P = A + r≤ ou (x, y) = (a1, a2) + (r1, r2)
2 2 2
(…)
Soluções
k = 0 1 P = A ou (x, y) = (a1, a2)
50. 1 1 1
a)
k = 1 P = A + r≤ ou (x, y) = (a1, a2) + (r1, r2)
2 2 2
y (…)
4 k = 1 1 P = A + r≤ ou (x, y) = (a1, a2) + (r1, r2)
3
2
O 1 2 7 x
–2
Pontos isolados
b)
y
A condição P = A + kr≤ , k ∈Z ou, de forma equivalente, (x, y) = (a1, a2) + k(r1, r2), k ∈Z
4 define pontos isolados.
3
2
Repara:
O 1 2 7 x k = –1 1 P = A – r≤ ou (x, y) = (a1, a2) – (r1, r2)
–2
k = 0 1 P = A ou (x, y) = (a1, a2)
c)
y k = 1 1 P = A + r≤ ou (x, y) = (a1, a2) + (r1, r2)
4
(…) • A + 3r≤
3 • A + 2r≤
2 e obtemos os pontos isolados: • A + r≤
•A
O • A – r≤
1 2 7 x
• A – 2r≤
–2
• A – 3r≤
220
UNIDADE 2 Cálculo vetorial no plano
⇔
4=2–k
———
⇔
k=2–4
———
⇔
k = –2
x = –1 + 4 ¥ (–2)
⇔ Soluções
k = –2
51.
x = –1 – 8
⇔ h 5h
k = –2 c) i–2, –
j
i
2j
A abcissa do ponto com ordenada 4 é –9. d) p = –10
(continua)
e) Vetor colinear com o vetor
(–2, 1).
221
TEMA III Geometria analítica
Exercícios resolvidos
(continuação)
Sugestão de resolução
⇔ ⇔ ⇔
2–k=4 –k = 4 – 2 –k = 2
k = –2
⇔
k = –2 ⇔ k = –2
Como (–9, 4) = (–1, 2) – 2(4, –1), então (–9, 4) pertence à reta AB.
e) Procuramos um ponto da reta AB que pertença ao eixo Oy, ou seja, procuramos
o ponto (0, y) tal que existe k ∈R que satisfaça (0, y) = (–1, 2) + k(4, –1).
(0, y) = (–1, 2) + k(4, –1) ⇔ (0, y) = (–1, 2) + (4k, –k)
⇔ (0, y) = (–1 + 4k, 2 – k)
1
–1 + 4k = 0
4k = 1 k=
⇔ ⇔ ⇔ 4
2–k=y ———
———
1 1 1
k=k= k=
4 4 4
⇔ ⇔ ⇔
1 8 1 7
2– =y – =y y=
4 4 4 4
h 7h
A reta AB interseta o eixo Oy no ponto i0, i.
j 4j
Sugestão de resolução
3
2
–2 O x
222
UNIDADE 2 Cálculo vetorial no plano
Exemplo
52 Considera, num plano
Seja r a reta que passa pelo ponto A(1, 2) e tem a direção do vetor r≤ (3, 4). munido de um referencial
ortonormado, os pontos
Uma equação vetorial da reta r é: A(2, – 4) e B(–1, 3).
a) Escreve as equações
(x, y) = ( 1 , 2 ) + k( 3 , 4 ), k ∈R paramétricas da reta AB.
b) Determina as
isto é: (x, y) = (1, 2) + (3k, 4k), k ∈R (produto de um vetor por um número real) coordenadas dos pontos
de interseção da reta
o que equivale a: (x, y) = (1 + 3k, 2 + 4k), k ∈R (soma de um ponto com um vetor) AB com os eixos
coordenados.
ou ainda: x = 1 + 3k ∧ y = 2 + 4k, k ∈R (igualdade de pontos)
À condição:
Abcissa Ordenada
do ponto do ponto 53 Considera, num plano
conhecido conhecido munido de um referencial
da reta da reta
ortonormado, a reta r
† † definida por:
x= 1 + 3k ∧ y= 2 + 4k
2x = 2 + 6λ
, λ ∈R
U U y = –1 + λ
1.a coordenada 2.a coordenada a) Indica as coordenadas
do vetor do vetor
de dois pontos da reta e
diretor da reta diretor da reta
de um vetor diretor.
b) Define, através de um
chamamos sistema de equações paramétricas da reta r.
sistema de equações
paramétricas, a reta
paralela à reta r que
Em geral:
contém a origem do
referencial.
Equações paramétricas da reta
Sejam r uma reta que passa no ponto A(a1, a2) e v≤ (v1, v2) um vetor diretor.
Os pontos de r são os pontos (x, y) tais que:
x = a1 + kv1 ∧ y = a2 + kv2, k ∈R
Notas Soluções
1. A condição 52.
x = 2 – 3k
x = a1 + kv1 ∧ y = a2 + kv2, k ∈R a)
y = –4 + 7k
, k ∈R
h2 h h 2h
b) i , 0 i e i0, i
também pode escrever-se da seguinte forma: j7 j j 3j
53.
x = a1 + kv1
2. À semelhança do que se referiu para a equação vetorial da reta, também nas equações b) , λ ∈R
y=λ
paramétricas pode usar-se outra letra minúscula que não k.
223
TEMA III Geometria analítica
Exemplo
Consideremos novamente a reta r que passa pelo ponto A(1, 2) e tem a direção do vetor
r≤ (3, 4).
Já tínhamos visto que uma equação vetorial de r é (x, y) = (1, 2) + k(3, 4), k ∈R e que:
(x, y) = ( 1, 2 ) + k( 3, 4 ), k ∈R
⇔ (x, y) = (1, 2) + (3k, 4k), k ∈R
⇔ (x, y) = (1 + 3k, 2 + 4k), k ∈R
⇔ x = 1 + 3 k ∧ y = 2 + 4 k, k ∈R Sistema de equações paramétricas da reta r
Abcissa Ordenada
do do
ponto A ponto A
† †
x– 1 y– 2
⇔ = Equação cartesiana da reta r
3 4
U U
1.a coordenada 2.a coordenada
do vetor do vetor
diretor diretor
da reta da reta
Repara que esta última equação, por só envolver as incógnitas x e y, admite como soluções
as coordenadas dos pontos da reta r, ou seja, é uma equação cartesiana da reta r.
Resolvendo esta última equação em ordem a y, vem que:
x–1 y–2
=
3 4
54 Partindo da equação
vetorial da reta r, reta que x–1
⇔y–2= 4 ¥
contém o ponto de 3
coordenadas (–1, 4) e tem
a direção do vetor ≤u(2, 5), x–1
⇔y= 4 ¥ +2
determina uma equação 3
cartesiana da reta r e hx 1h
apresenta também a sua ⇔y= 4 ¥ i – i +2
j3 3j
equação reduzida.
4 4
⇔y= x– +2
3 3
4 2
⇔y= x+ Equação reduzida da reta r
3 3
Solução U U
Declive Ordenada
x+1 y–4 5 13 na
54. = ;y= x+
2 5 2 2 origem
224
UNIDADE 2 Cálculo vetorial no plano
4 2
Recorda que a equação cartesiana na forma y = x + é designada por equação redu-
3 3 GA10_5.3
zida da reta r.
4 2
x y= x+
3 3 determinada por dois
2 pontos A(xA, yA) e B(xB, yB),
0
2
3 o declive da reta é igual a
yB – yA
4 2 .
1 + =2 xB – xA
+4 +4 3 3
3
2
3
+1
O 1 x
+3
Repara que para quaisquer dois pontos que sejam escolhidos sobre esta reta, se deter-
minarmos a variação dos valores de x e a variação dos valores de y, quando passamos de
variação de y 4
um ponto para o outro, o quociente é sempre . Este quociente, que não
variação de x 3
depende dos pontos escolhidos, é o declive da reta r.
Em geral:
Propriedade
Seja r uma reta não vertical de declive m.
v2
O vetor ≤v (v1, v2) é um vetor diretor de r se e só se m = .
v1
Solução
Nota
2 1
55. ma = ; mb = – ; mc = 0
Como r é não vertical, tem-se que v1 ≠ 0. 5 2
225
TEMA III Geometria analítica
Demonstração
GA10_5.3
Seja r uma reta não vertical de declive m.
56 Indica o declive e um (⇒) Seja o vetor ≤v (v1, v2) um vetor diretor de r. O vetor ≤v é a diferença de dois pontos
vetor diretor de cada uma da reta; assim, consideremos A(xA, yA) e B(xB, yB) da reta r tais que A≥B = ≤v :
das retas seguintes.
2 A≥B = ≤v ⇔ B – A = ≤v, isto é: (xB, yB) – (xA, yA) = (v1, v2)
a) y = x – √∫2
7 o que equivale a: (xB – xA, yB – yA) = (v1, v2)
b) y = –x ou ainda: v1 = xB – xA ∧ v2 = yB – yA
c) y = 9
yB – yA v2 v
d) 6x + 3y + 1 = 0 O declive da reta r é, então, dado por = . Portanto, m = 2 .
xB – xA v1 v1
v
(⇐) Seja v≤ (v≤ 1, v≤ 2) um vetor tal que 2 = m.
57 Escreve a equação v1
reduzida da reta de v y –y v
equação vetorial: Se o declive da reta r é igual a 2 , existem dois pontos da reta A e B tais que B A = 2 .
v1 xB – xA v1
a) (x, y) = (0, 9) + k(2, 3),
k ∈R Consideremos o vetor A≥B = B – A = (xB – xA, yB – yA) e o vetor v≤ (v1, v2). Uma vez que
b) (x, y) = (–1, 5) + k(–1, 3), as coordenadas dos vetores A≥B e v≤ são proporcionais, concluímos que os vetores A≥B e v≤
k ∈R são colineares. Como A e B são pontos da reta r, então AB ≥ é um vetor diretor de r, logo,
( )
c) (x, y) = –1, √∫3 + k(8, 0), v≤ (v1, v2) é um vetor diretor de r.
k ∈R
Propriedade
58 Escreve uma equação Seja r uma reta não vertical de declive m. O vetor v≤ (v1, v2) é um vetor diretor de r se
vetorial da reta cuja h v h
equação reduzida é: e só se i1, 2 i é um vetor diretor de r.
j v1 j
1
a) y = x–2
5
b) y = 5x h v2 h h h
Repara que (v1, v2) = v1 ¥ i1, ≤ (v1, v2) e i1, v2 i são colineares.
i , logo os vetores v
c) y = 5 j v1 j j v1 j
h v h
Assim, fica provado que v≤ (v1, v2) é um vetor diretor de r se e só se i1, 2 i é um vetor
APRENDE FAZENDO j v1 j
diretor de r.
Pág. 234
Exercício 19
Em geral:
Nota
Não tem sentido falar em Equação reduzida de uma reta
declive nem em equação Seja r uma reta não vertical que admite ≤v (v1, v2) como vetor diretor. Os pontos de r
reduzida de retas verticais. são os pontos (x, y) tais que y = mx + b, em que m é o declive da reta e b é a ordenada
na origem. Esta equação chama-se equação reduzida da reta r.
Soluções
2 ≤
56. a) m = ; u(7, 2)
7
b) m = –1; ≤u(–1, 1) Declive de uma reta horizontal
c) m = 0; ≤u(1, 0)
d) m = –2; ≤u(1, –2) Uma reta horizontal tem declive zero, pois, como já vimos, os vetores diretores de retas
3
57. a) y = x+9 0
2 horizontais são os vetores (v1, 0), com v1 ≠ 0. Logo, m = = 0.
b) y = –3x + 2 v1
c) y = √∫3
58. a) (x, y) = (0, –2) + k(5, 1), k ∈R Retas paralelas
b) (x, y) = (0, 0) + k(1, 5), k ∈R
c) (x, y) = (0, 5) + k(1, 0), k ∈R Duas retas não verticais do plano são paralelas se e só se têm o mesmo declive.
226
UNIDADE 2 Cálculo vetorial no plano
Exercícios resolvidos
2x = t
y = –1 + 2t , t ∈R
Sugestão de resolução
1
2x = t x= t
, t ∈R ⇔ 2 , t ∈R
y = –1 + 2t
y = –1 + 2t
Sistema de equações paramétricas da reta r.
h1 h
Assim, (0, –1) e i , 1i são dois pontos da reta r.
j2 j
227
TEMA III Geometria analítica
5
b) Como ≤v (1, 5) é um vetor diretor da reta, o declive é igual a = 5. Assim, a
1
equação será do tipo y = 5x + b. Uma vez que o ponto (–1, 2) pertence à
reta, as coordenadas têm de satisfazer a sua equação, isto é, 2 = 5 ¥ (–1) + b.
2 = 5 ¥ (–1) + b ⇔ 2 = –5 + b ⇔ 2 + 5 = b ⇔ 7 = b
Logo, y = 5x + 7 é a equação reduzida da reta.
c) Como a reta passa nos pontos A(–1, 2) e B(1, –2), então um vetor diretor da
reta é A≥B = B – A = (1, –2) – (–1, 2) = (1 + 1, –2 – 2) = (2, – 4).
–4
O declive é igual a = –2. Assim, uma equação da reta é do tipo y = –2x + b.
2
Como o ponto A(–1, 2) pertence à reta, vem que 2 = –2 ¥ (–1) + b, ou seja,
2 = 2 + b. Assim, 0 = b.
Logo, y = –2x é a equação reduzida da reta.
x = –2 – 2k x + 2 = –2k =k
59. ⇔ y = –k , k ∈R ⇔ –y = k , k ∈R ⇔ –2 , k ∈R
a) y = –2x + 8 –y = k
5 1
b) y = x+ x+2 x+2 x
2 2 ⇔ =–y⇔y=– ⇔y= +1
10 5 –2 –2 2
c) y = x–
3 3
d) y = 4x + 12
228
UNIDADE 2 Cálculo vetorial no plano
60 Escreve a equação
reduzida da reta que passa
Outro processo no ponto de coordenadas
(0, 1) e é paralela à reta
Através da equação vetorial (x, y) = (–2, 0) + k(–2, –1), k ∈R, sabemos que
definida por.
–1 1
(–2, –1) é um vetor diretor da reta, logo = é o declive da reta. a) (x, y) = (1, –9) + k (3, 1),
–2 2
k ∈R
1
A equação reduzida da reta será do tipo y = x + b. Como o ponto (–2, 0) x=2+k
2 b) , k ∈R
pertence à reta, vem que: y = –1 + 6k
1
0 = ¥ (–2) + b, ou seja, 0 = –1 + b. Assim, 1 = b. c)
x+1
=–
y
2 2 3
1
Logo, y = x + 1 é a equação reduzida da reta. d) y = p
2
e) 4x – y – 2 = 0 ⇔ –y = – 4x + 2 ⇔ y = 4x – 2
Como a reta é paralela à reta r, então tem o mesmo declive, ou seja, m = 4.
6x –2y + 4 = 0 interseta o eixo Ox no ponto (x, 0) tal que:
6x – 2 ¥ 0 + 4 = 0, ou seja, 6x + 4 = 0, o que equivale a 6x = – 4.
4 2
Logo, x = – , ou ainda, x = – .
6 3
h 2 h
A reta t interseta o eixo Ox no ponto i– , 0i , assim como a reta da qual
j 3 j
pretendemos determinar a equação reduzida. A equação reduzida será do
h 2 h
tipo y = 4x + b. Como o ponto i– , 0i pertence a reta, vem que:
j 3 j
h 2h 8 8
0 = 4 ¥ i– i + b, ou seja, 0 = – + b. Logo, = b.
j 3j 3 3
8
Assim, y = 4x + é a equação reduzida da reta.
3
APRENDE FAZENDO
Págs. 230, 231, 232, 235,
Esquematizando / Resumindo 236 e 237
Exercícios 4, 5, 8, 9, 10,
11, 12, 13, 21, 22, 26, 27,
Resumem-se, em seguida, as principais equações de retas no plano. 28, 32, 33 e 34
Consideremos a reta que passa no ponto A(a1, a2) e tem a direção do vetor v≤ (v1, v2). CADERNO DE EXERCÍCIOS
E TESTES
Então:
Pág. 19
Equação vetorial da reta Exercícios 11, 12 e 13
Págs. 45 a 47
(x, y) = (a1, a2) + k(v1, v2), k ∈R Teste n.º 3
Sistema de equações paramétricas da reta
x = a1 + kv1
229
TEMA III Geometria analítica
Aprende Fazendo
Itens de seleção
≥ = FD
(C) F + JH ≥ ≥ + CB
(D) ||AB ≥ || = ||GE≥ ||
I J L M
Solução: Opção (B)
3 Considera no plano um referencial ortonormado e os pontos A(–1, 2), B(3, 0) e C(1, –5).
Qual das seguintes afirmações é verdadeira?
(A) Os pontos A, B e C são vértices de um triângulo equilátero.
230
Itens de seleção
5 Considera, num referencial ortonormado do plano, a reta s, que interseta o eixo Ox no ponto de ab-
cissa 2 e o eixo Oy no ponto de ordenada 8. Qual é a equação reduzida da reta s?
1 1
(A) y = x+2 (B) y = –4x + 8 (C) y = 4x + 8 (D) y = – x+2
4 4
7 Num plano munido de um referencial ortonormado, o valor de p para o qual os vetores ≤u (–3, –2) e
≤v (2p + 3, –1) são colineares é:
3 9 9
(A) – (B) –3 (C) – (D) –
4 2 4
Solução: Opção (D)
8 Os valores reais de k para os quais o ponto P(k, k2) pertence à reta de equação y = –5x – 6 são:
(A) –2 e –3 (B) 2 e 3
(C) 5 e 6 (D) –5 e 6
x = 1 + 2k
231
TEMA III Geometria analítica
Aprende Fazendo
Itens de seleção
10 Considera num referencial cartesiano do plano um ponto A pertencente ao 2.º quadrante e O a origem
do referencial. Seja y = mx + b, m, b ∈R a equação reduzida da mediatriz do segmento de reta [AO].
Podemos afirmar que:
(A) m > 0 ∧ b > 0 (B) m < 0 ∧ b < 0
(A) y = –√∫2x –
8 (B) y = –4x – 4√∫2
√∫2
(C) y = 4x +
8 (D) y = –4x + 4√∫2 B
√∫2
Solução: Opção (B)
x2 y2
13 Considera num plano munido de um referencial ortonormado a elipse de equação + =1ea
16 4
família de retas definida por y = 2x + b, b ∈R. Para que valores de b a reta interseta a elipse em apenas
um ponto?
(A) –2√∫1∫7 e 2√∫1∫7 (B) –√∫2∫0 e √∫2∫0
(C) 4 e 2 (D) –4 e –2
232
Itens de construção
Itens de construção
I L P
E T
H M Q
F S
A G N R B
Determina:
≥ + AN
a) NH ≥ ≥ + ID
b) 3AG
≥ – IE≥
c) 2QH d) (B – N) + (C – K)
≥ + SN
≥ 1 ≥
e) AM f) RO – IF≥
3
1 ≥ ≥
g) L + AB h) D + PS
2
≥
i) H – CP ≥ + EN
j) E + TC ≥
≥ b) AM
Soluções: a) NQ ≥ c) SH ≥ e) ≤0 f) RT
≥ d) AB ≥ g) T h) I i) L j) M
b) –3≤a – ≤b
1 ≤ 1
c) a – ≤b
2 3
16 Num plano munido de um referencial cartesiano, considera os vetores ≤a (–1, 3) e ≤b(5, 2). Determina
as coordenadas do vetor:
a) ≤c = 2≤a + 2≤b
1 ≤
b) ≤d = b – ≤a
5
1 ≤
c) ≤e tal que a = 2≤e – ≤b
3
h h h h
Soluções: a) (8, 10) b) i 2, – 13 i c) i 7 , 3 i
j 5 j j 3 2j
233
TEMA III Geometria analítica
Aprende Fazendo
Itens de construção
( )
b) DE, em que D √∫2, 1 e E √∫8, – 4 ; ( )
h 1h
c) paralela ao eixo das abcissas e que contém o ponto i7, – i;
j 2j
d) paralela ao eixo das ordenadas e que contém o ponto 9, √∫3 . ( )
h h
Soluções: a) (x, y) = (–1, p) + k(–8, 3), k ∈R b) (x, y) = (√∫2, 1) + k(√∫2, –5), k ∈R c) (x, y) = i 7, – 1 i + k(1, 0), k ∈R
j 2 j
d) (x, y) = (9, √∫3) + k(0, 1), k ∈R
18 Num plano munido de um referencial cartesiano, considera os pontos P(2, 1) e Q(5, –7). Define ve-
torialmente:
a) a reta PQ; b) o segmento de reta [PQ];
• •
c) a semirreta PQ; d) a semirreta QP.
Soluções: a) (x, y) = (2, 1) + k(3, –8), k ∈R b) (x, y) = (2, 1) + k(3, –8), k ∈[0, 1] c) (x, y) = (2, 1) + k(3, –8), k ∈[0, +∞[
d) (x, y) = (5, –7) + k(–3, 8), k ∈[0, +∞[
(ii) y = x + 3 3
r
(iii) y = –x + 3 2
(iv) y = x – 2
–3 O x
(v) y = 2 –2
Soluções: r: y = 2; s: y = x – 2; t: y = x + 3; u: y = –x + 3; v: y = 2x – 2
234
Itens de construção
1
(x, y) = (2, 3) + k(–1, 2), k ∈R, y = √∫2 – 2λ , λ ∈R e y = 3 x + 4
a) Indica dois pontos de cada uma das retas.
d) Determina os pontos de interseção de cada uma das retas com o eixo das ordenadas.
Soluções: a) r:(2, 3) e (1, 5); s: (1, √∫2) e (2, √∫2 – 2); t: (0, 4) e (3, 5) (por exemplo) b) ≤r: (–1, 2) e (–2, 4); ≤s: (1, –2) e (10, – 20);
≤t: (3, 1) e (–3, –1) (por exemplo) c) r e s são retas paralelas. d) r: (0, 7); s: (0, √∫2 + 2); t (0, 4)
23 Num plano munido de um referencial cartesiano, os pontos A(0, 3) e B(5, 4) são vértices consecutivos
de um losango e o ponto C(2, 1) é o ponto de interseção das respetivas diagonais. Determina as coor-
denadas dos outros dois vértices.
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 10.º ano
24 Determina as coordenadas do vetor ≤u, colinear e com o mesmo sentido do vetor ≤v (2, –6) e de norma
igual a 8.
12√∫1∫0 hi
Solução: ≤u i 4√∫1∫0 , –
h
j 5 5 j
25 Determina as coordenadas do vetor ≤u, colinear e com o sentido contrário do vetor ≤v(1, 5) e de norma
igual a 12.
h
Solução: ≤u i – 6√∫2∫6 , – 30√∫2∫6 ij
h
j 13 13
235
TEMA III Geometria analítica
Aprende Fazendo
Itens de construção
g) Determina a equação reduzida da reta que passa pelo ponto de coordenadas (4, –5) e é paralela à
reta r.
h) Considera o ponto A de coordenadas (10, 5p), onde p ∈R. Determina p de modo que A pertença
à reta r.
h 7h
i) Determina, se existirem, os pontos de interseção da reta r com a circunferência de centro C i1, – i
j 4j
e raio 1.
h h h h h h h h
≤ (4, 3) e Pi 0, – 7 i b) i 0, – 7 i e i 7 , 0 i c) Não pertence. d) y = – 3 x + 11 e) Não são paralelas. f) i 3, 1
Soluções: a) u i
j 4j j 4j j 3 j 4 4 j 2j
3 23 hi 7 h h 32 79 hi
g) y = x – 8 h) p = i) 0, – i e i ,–
4 20 j 4 j j 25 100 j
Solução: y = – 5 x + 35
2 4
ponto C é 10.
b) as duas circunferências representadas têm centro no eixo das abcissas e y
contêm a origem das coordenadas, sendo que uma delas tem raio 1 e a B
outra raio 2, o ponto A é o centro de uma das circunferências e o ponto
B é um ponto da outra circunferência e tem abcissa 3.
O A x
236
Itens de construção
–3
D C
32 Considera o segmento de reta [AB] cujos extremos são os pontos de interseção da reta de equação
2x + 3y –12 = 0 com os eixos coordenados. Determina uma equação da circunferência de diâmetro
[AB].
Solução: (x – 3)2 + (y – 2)2 = 13 Animação
Resolução do exercício.
y2
33 Determina analiticamente a posição relativa da elipse de equação x2 + = 1 e da reta de equações
4
x = –k
y = 5 + k , k ∈R.
Solução: A reta é exterior à elipse.
h h h h h h h h h h
Solução: Sendo os pontos I i – 11 , – 10 i , A i 45 , 32 i , Bi 31 , 46 i , A’ i – 67 , – 52 i e B’ i – 53 , – 66 i , os triângulos
j 7 7 j j 7 7 j j 7 7 j j 7 7 j j 7 7 j
possíveis são [IAB], [IA’B’], [IA’B] e [IAB’].
237
TEMA III Geometria analítica
UNIDADE 3
Geometria analítica no espaço
Definição
238
UNIDADE 3 Geometria analítica no espaço
z z z
O y O y O y
x x x
Comprovemos, por exemplo, que o plano xOy é perpendicular aos planos xOz e yOz.
Recorda
O eixo Oz é perpendicular ao plano xOy, pois Oz é perpendicular a Ox e a Oy. (1)
1. Reta perpendicular a um
Oz ⊥ Ox
⇔ Oz ⊥ xOy plano
Oz ⊥ Oy Uma reta é
Como os planos xOz e yOz contêm o eixo Oz, e Oz é perpendicular ao plano xOy, então perpendicular a um
plano num ponto P
também os planos xOz e yOz são perpendiculares a xOy. (2)
quando é perpendicular
De forma análoga se justifica que os planos yOz e xOz são perpendiculares. em P a duas retas
distintas desse plano.
r r r
Repara que a projeção ortogonal de P sobre a reta r é a interseção da reta r com o plano
normal a r que passa por P.
239
TEMA III Geometria analítica
6 Pz
61 Na figura encontra-se
representado um cubo P
num referencial
ortonormado do espaço.
z
D G
Py
E F
O 4 y
C Px
O y 3
A B
x x
Utilizando as letras da
figura, indica a projeção Consideremos as projeções ortogonais do ponto P em cada um dos eixos coordenados:
ortogonal do ponto F
sobre: • Px é a projeção ortogonal de P sobre o eixo Ox;
a) a reta BC; • Py é a projeção ortogonal de P sobre o eixo Oy;
b) a reta BF;
• Pz é a projeção ortogonal de P sobre o eixo Oz.
c) o eixo Ox;
d) o eixo Oy;
Neste exemplo, Px corresponde ao número 3 no eixo Ox, Py corresponde ao número 4
e) o eixo Oz.
no eixo Oy e Pz corresponde ao número 6 no eixo Oz. Então, diz-se que o ponto P tem
abcissa 3, ordenada 4 e cota 6.
Observe-se que a abcissa é lida no eixo Ox, a ordenada no eixo Oy e a cota no eixo Oz.
O ponto P está associado ao terno ordenado (3, 4, 6); diz-se que (3, 4, 6) são as coor-
denadas de P e escreve-se P(3, 4, 6).
Definição
Exercícios resolvidos
240
UNIDADE 3 Geometria analítica no espaço
62 Determina as coordenadas
dos vértices do cubo
Sugestão de resolução
[ABCDEFGH], de aresta 6
unidades de comprimento,
Se pretendemos determinar as coordenadas de um ponto P, devemos marcar
nos referenciais
as projeções ortogonais de P sobre cada um dos eixos coordenados, Px, Py e Pz. ortonormados
Pode ser útil pensares em Px como a interseção do plano perpendicular a Ox considerados. Em todas as
que contém P com o próprio eixo Ox, em Py como a interseção do plano per- representações o cubo tem
as faces paralelas aos
pendicular a Oy que contém P com o próprio eixo Oy e em Pz como a inter-
planos coordenados.
seção do plano perpendicular a Oz que contém P com o próprio eixo Oz.
a) z
Seguindo este raciocínio, temos que: A(2, 0, 0); B(2, 2, 0); C(0, 2, 0); O(0, 0, 0); G F
H E
D(2, 0, 2); E(2, 2, 2); F(0, 2, 2); G(0, 0, 2)
D C
y
2. Determina as coordenadas dos vértices do cubo [ABCDEFGH], sabendo que: A B
x
• O é a origem do referencial e é o centro do cubo; z b) z
H G G F
• a face [ABCD] é paralela ao plano xOy; E
E F H
• a aresta do cubo mede 2 unidades de comprimento.
D y
D C
C
x A B A B y
x
c) z
Sugestão de resolução G F
H E
As coordenadas dos vértices do cubo são:
D y
A(1, –1, –1); B(1, 1, –1); C(–1, 1, –1); D(–1, –1, –1); E(1, –1, 1); F(1, 1, 1); C
Na alínea c) a origem do
referencial coincide com o
3. Determina as coordenadas dos vértices do paralelepípedo [ABCDEFGH], sabendo que: centro do cubo.
• a face [EFGH] está contida no plano xOy;
z APRENDE FAZENDO
• a face [BCGF] é paralela ao plano xOz; H I G Págs. 271 e 273
O
• o ponto I pertence ao eixo Ox e ao segmento E y Exercícios 14 e 20
F
[HG];
C CADERNO DE EXERCÍCIOS
• HI– = 5; D E TESTES
x A B Pág. 20
• I–G = 2;
Exercício 15
• FB– = BC
– = 3;
• O é equidistante de F e de G. Soluções
62.
a) A(6, 0, 0); B(6, 6, 0); C(0, 6, 0);
Sugestão de resolução D(0, 0, 0); E(6, 6, 6); F(0, 6, 6);
G(0, 0, 6); H(6, 0, 6)
As coordenadas dos vértices do paralelepípedo são: b) A(0, –6, 0); B(0, 0, 0);
h3 h h3 h h 3 h h 3 h h3 h h3 h C(–6, 0, 0); D(–6, –6, 0);
A i , –5, –3i ; B i , 2, –3i ; C i– , 2, –3i ; D i– , –5, –3i ; E i , –5, 0i ; F i , 2, 0i ; E(0, 0, 6); F(–6, 0, 6);
j2 j j2 j j 2 j j 2 j j2 j j2 j
G(–6, –6, 6); H(0, –6, 6)
h 3 h h 3 h
G i– , 2, 0i ; H i– , –5, 0i c) A(3, –3, –3); B(3, 3, –3);
j 2 j j 2 j
C(–3, 3, –3); D(–3, –3, –3);
E(3, 3, 3); F(–3, 3, 3);
G(–3, –3, 3); H(3, –3, 3)
241
TEMA III Geometria analítica
α:x=1
Nota
O conjunto dos pontos do
espaço cuja projeção
O 2
ortogonal sobre o eixo Ox
y
é um dado ponto P é o 1
plano perpendicular a Ox
que passa em P. Vejamos
porquê. x
Consideremos o conjunto x=1 ∧ y=2
P O y
x
x
242
UNIDADE 3 Geometria analítica no espaço
Diz-se, assim, que existe uma correspondência biunívoca entre o conjunto dos ternos
GA10_7.6
ordenados de números reais (que se designa por R3) e o conjunto dos pontos do espaço.
Recorda
Nota
O conjunto dos ternos
ordenados de números reais
Propriedade é o conjunto definido por:
Dado um referencial ortonormado e um ponto P(a, b, c): R3 = {(x, y, z):
x ∈R ∧ y ∈R ∧ z ∈R}
• a projeção ortogonal de P no plano xOy, nesse mesmo plano, munido de um refe-
rencial constituído pelos eixos Ox e Oy tem coordenadas (a, b).
63 Na figura encontra-se
• a projeção ortogonal de P no plano xOz, nesse mesmo plano, munido de um refe- representado um
rencial constituído pelos eixos Ox e Oz tem coordenadas (a, c). paralelepípedo num
referencial ortonormado
• a projeção ortogonal de P no plano yOz, nesse mesmo plano, munido de um refe- do espaço.
rencial constituído pelos eixos Oy e Oz tem coordenadas (b, c). z
D (0, 0, 2) C
A I B y
H G
(0, –4, 0) O
(0, 4, 0)
E (3, 0, 0) F
x
De acordo com os dados
Exemplo da figura:
a) indica as coordenadas
Considera num referencial ortonormado o ponto P(1, 2, 3). dos restantes vértices do
paralelepípedo;
P1, P2 e P3 são as projeções ortogonais de P respetivamente nos planos xOy, xOz e yOz.
b) identifica a projeção
ortogonal do ponto B
sobre os planos xOy,
xOz e yOz. Indica as
coordenadas das
projeções ortogonais
nos respetivos planos,
relativamente aos
z z z
referenciais Oxy, Oxz e
P3
P 3 3 Oyz, respetivamente.
P2 P
P
Soluções
2
O y O y O y 63.
1 2
1 a) A(3, –4, 2); B(3, 4, 2); C(0, 4, 2);
P1
D(0, –4, 2); E(3, –4, 0); F(3, 4, 0)
b) Pontos F, I e C. No plano xOy
x x
o ponto F tem coordenadas
x
(3, 4). No plano xOz o ponto I
tem coordenadas (3, 2). No
plano yOz o ponto C tem
P1(1, 2) no plano xOy P2(1, 3) no plano xOz P3(2, 3) no plano yOz
coordenadas (4, 2).
243
TEMA III Geometria analítica
⇒r⊥β
α // β Seja α o plano paralelo ao plano coordenado yOz que interseta z
β
o eixo das abcissas no ponto A(1, 0, 0).
2. Dada uma reta r e um
ponto P, existe um único O eixo Ox é perpendicular ao plano yOz, logo Ox também é
plano perpendicular a r perpendicular a α. (1)
O y
passando por P; é o
lugar geométrico dos Como α é o plano perpendicular ao eixo Ox que passa no A(1, 0, 0)
pontos do espaço que ponto A(1, 0, 0), então, por definição, é o lugar geométrico de
α
determinam com P uma todos os pontos do espaço que determinam com A uma reta x
reta perpendicular a r e
designa-se por plano
perpendicular a Ox. (2)
normal a r em P. Pela definição de projeção de um ponto sobre uma reta, são todos os pontos do espaço
r
cuja projeção sobre Ox é o ponto A.
P
Plano normal
a r em P.
Assim, concluímos que todos os pontos do plano α, e só esses, têm abcissa igual a 1, abcissa
do ponto A no eixo Ox.
64 Considera o paralelepípedo Repara que descobrimos uma característica comum a todos os pontos do plano α: todos
representado na figura. têm abcissa igual a 1.
z
D (0, 0, 2) C Reciprocamente, todos os pontos de abcissa igual a 1 estão contidos no plano α.
A I B y
H
(0, –4, 0) O
G Portanto, a equação cartesiana que define o plano α é x = 1.
(0, 4, 0)
E (3, 0, 0) F
x Em geral:
Define analiticamente:
a) o plano paralelo a yOz Condição: x = a, a ∈R Condição: y = b, b ∈R Condição: z = c, c ∈R
que passa no ponto F;
b) o plano paralelo a xOy
qua passa no ponto B; z z z
244
UNIDADE 3 Geometria analítica no espaço
coordenados Recorda
reta com o plano xOy será o ponto de coordenadas (1, 2, 0), pois as suas coordenadas a) Indica as coordenadas
dos restantes vértices do
satisfazem a condição x = 1 ∧ y = 2 e a condição z = 0 que define o plano xOy. A reta de-
prisma.
finida por x = 1 ∧ y = 2 e o eixo Oz são perpendiculares ao plano xOy e não têm nenhum
b) Define por uma
ponto em comum, logo são retas paralelas. condição:
i. o plano que contém a
Em geral: face [EFGH];
ii. o plano BCG;
iii. a reta AE;
Condição: Condição: Condição: iv. a reta AB.
x = a ∧ y = b, a, b ∈R x = b ∧ z = c, c, b ∈R x = a ∧ z = c, a, c ∈R c) Utilizando as letras da
figura, identifica as retas
definidas pelas
z z z
y=b ∧ z=c seguintes condições.
z=c z=c i. x = 3 ∧ y = 3
y=b
c
c
ii. x = 0 ∧ z = 4
b x=a ∧ z=c iii. y = 3 ∧ z = –6
b
O y O y O y iv. x = 0 ∧ y = 0
a a
245
TEMA III Geometria analítica
246
UNIDADE 3 Geometria analítica no espaço
Em geral:
GA10_8.3
Definição
Fixada uma unidade de comprimento, dado um referencial ortonormado do espaço 67 Fixado um referencial
ortonormado do espaço,
e dados os pontos A(a1, a2, a3) e B(b1, b2, b3), a medida da distância entre A e B é
calcula a distância entre
igual a: os pontos dados.
√∫(∫b1∫ ∫ ∫–∫ a∫ ∫1∫)∫2∫ ∫+∫ (∫ ∫b2∫ ∫ –∫ ∫ ∫a∫2∫)∫2∫ +
∫ ∫ ∫(∫b∫3∫ ∫–∫ a∫ ∫3∫)2 a) A(1, –2, 4) e B(–3, 1, 4)
b) C(2, –1, –3) e O(0, 0, 0)
Esta distância representa-se por d(A, B).
c) D(1, 2, 3) e E(1, 2, 5)
(
d) F 2, √∫2, 2 e )
G(1, √∫2 – 3, –1)
Em particular, a distância do ponto A(a1, a2, a3) à origem O(0, 0, 0) é igual a
e) H(a, b, a) e I(b, a, b)
√∫a∫12∫ ∫ ∫+∫ ∫a2∫ 2∫ ∫ ∫+∫ ∫a3∫ 2∫ .
Exercício resolvido
Soluções
Teorema 67.
Dado um referencial ortonormado do espaço de origem O e dois pontos A(a1, a2, a3) a) 5
b) √∫1∫4
e B(b1, b2, b3), as coordenadas do ponto médio do segmento de reta [AB] são:
c) 2
ha1 + b1 a2 + b2 a3 + b3 h
i , , i d) √∫1∫9
j 2 2 2 j
e) √∫3∫(∫a∫ ∫–∫ b
∫ ∫)2 = |a – b| √∫3
68. Triângulo escaleno.
247
TEMA III Geometria analítica
A M B Uma vez que os pontos têm a mesma abcissa e a mesma ordenada, facilmente repre-
sentamos graficamente e identificamos por uma equação cartesiana o plano mediador
do segmento de reta [AB]: z = 4
z
5
4
z=4
69 Fixado um referencial 3
ortonormado do espaço,
indica as coordenadas de
dois pontos A e B, de
modo que o plano
2
mediador de [AB] seja
y
definido por: 1
a) x = 2
b) y = –2
x
c) z = 5
E se quisermos definir por uma equação cartesiana o plano mediador de [AC], sendo
A(1, 2, 3) e C(0, –1, –2)?
Sabemos que, sendo P(x, y, z) um ponto qualquer, P pertence ao plano mediador de [AC]
se e só se d(A, P) = d(C, P).
Ora, d(A, P) = d(C, P)
Nota ∫ ∫)2∫ ∫ ∫+∫ (∫ ∫y∫ –∫ ∫ ∫2∫)2∫ ∫ ∫+∫ (∫ ∫z∫ –∫ ∫ ∫3∫)2 = √∫(∫x∫ –∫ ∫ ∫0∫)2∫ ∫ +
⇔ √∫(∫x∫ ∫–∫ 1 ∫ ∫ ∫(∫y∫ ∫+∫ 1
∫ ∫)∫2∫ ∫+∫ (∫ ∫z∫ ∫+∫ ∫2∫)2
(*) Se a e b são números (*)
⇔ (√∫(∫x∫ –∫ ∫ ∫1∫)2∫ ∫ +
∫ ∫ ∫(∫y∫ ∫–∫ 2
∫ ∫)2∫ ∫ + ∫ ∫)2)2 = (√∫(∫x∫ ∫–∫ 0
∫ ∫ ∫(∫z∫ ∫–∫ 3 ∫ ∫)2∫ ∫ + ∫ ∫)2∫ ∫ ∫+∫ (∫ ∫z∫ ∫+∫ ∫2∫)2)2
∫ ∫ ∫(∫y∫ ∫+∫ 1
não negativos, a2 = b2
⇔ a = b. ⇔ (x – 1)2 + (y – 2)2 + (z – 3)2 = (x – 0)2 + (y + 1)2 + (z + 2)2
⇔ x2 – 2x + 1 + y2 – 4y + 4 + z2 – 6z + 9 = x2 + y2 + 2y + 1 + z2 + 4z + 4
⇔ x2 – 2x + 1 + y2 – 4y + 4 + z2 – 6z + 9 – x2 – y2 – 2y – 1 – z2 – 4z – 4 = 0
248
UNIDADE 3 Geometria analítica no espaço
Em geral, sendo A(a1, a2, a3) e B(b1, b2, b3), como definir o plano mediador de [AB]?
GA10_8.4
Sabemos que, sendo P(x, y, z) um ponto qualquer, P pertence ao plano mediador de [AB]
se e só se d(A, P) = d(B, P).
Ora, d(A, P) = d(B, P)
⇔ √∫(∫x∫ ∫–∫ a∫ 1∫ ∫)2∫ ∫ +
∫ ∫ ∫(∫y∫ ∫–∫ a∫ ∫2∫)2∫ ∫ ∫+∫ (∫ ∫z∫ ∫–∫ a∫ ∫3∫)2 = √∫(∫x∫ –∫ ∫ ∫b1∫ ∫)2∫ ∫ +
∫ ∫ ∫(∫y∫ ∫–∫ b
∫ 2∫ ∫)2∫ ∫ ∫+∫ (∫ ∫z∫ ∫–∫ b
∫ ∫3∫)2
Nota
(*)
⇔ (√∫(∫x∫ ∫–∫ a∫ 1∫ ∫)2∫ ∫ ∫+∫ (∫ ∫y∫ –∫ ∫ ∫a2∫ ∫)2∫ ∫ +
∫ ∫ ∫(∫z∫ –∫ ∫ ∫a3∫ ∫)2)2 = (√∫(∫x∫ –∫ ∫ ∫b1∫ ∫)2∫ ∫ +
∫ ∫ ∫(∫y∫ ∫–∫ b ∫ 3∫ ∫)2)2
∫ ∫2∫)2∫ ∫ ∫+∫ (∫ ∫z∫ ∫–∫ b (*) Se a e b são números
não negativos, a2 = b2
⇔ (x – a1 )2 + (y – a2 )2 + (z – a3 )2 = (x – b1 )2 + (y – b2 )2 + (z – b3 )2 Equação cartesiana ⇔ a = b.
do plano mediador
do segmento de
reta [AB]
Coordenadas de A Coordenadas de B
Dado um referencial ortonormado do espaço e dois pontos A(a1, a2, a3) e B(b1, b2, b3): 70 Considera, fixado um
referencial ortonormado
(x – a1)2 + (y – a2)2 + (z – a3)2 = (x – b1)2 + (y – b2)2 + (z – b3)2 é uma equação carte- do espaço, os pontos de
siana do plano mediador do segmento de reta [AB]. coordenadas A(1, 2, –5),
B(–1, 3, –4) e C(0, k, 3),
k ∈R.
Nota que, se desenvolvermos os casos notáveis presentes nos dois membros as parcelas Determina k de modo que
x2, y2 e z2 irão anular-se e obtemos uma condição mais simples e equivalente a uma con- o ponto C seja
dição do tipo ax + by + cz + d = 0, com a, b, c, d ∈R, como se observa na primeira alínea equidistante de A e de B.
do seguinte exercício resolvido.
Exercícios resolvidos
Sugestão de resolução
249
TEMA III Geometria analítica
(*) grau de dificuldade elevado 2. (*) Fixado um referencial ortonormado do espaço, considera os pontos A(2, –3, 4),
(desempenho avançado que
B(2, 3, 4) e C(–2, –3, 4). Identifica analiticamente o conjunto dos pontos do espaço
não será exigível à totalidade
dos alunos) equidistantes de A, B e C.
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 10.º ano
Sugestão de resolução
APRENDE FAZENDO
⇔ ⇔ ⇔
Pág. 270 2x + 3y = 0 2x + 3 ¥ 0 = 0 2x = 0 x=0
Exercício 11
Logo, o conjunto de pontos equidistantes de A, B e C é definido por x = 0 ∧ y = 0
Soluções (ou seja, é o eixo Oz).
71.
Nota: Repara que se um ponto está à mesma distância de A e de B e à mesma
a) 3x – y + 4z – 12 = 0 distância de B e de C, então também está à mesma distância de A e de
b) 2√∫3x + 14y – 24 = 0 C, logo não foi necessário determinar o plano mediador de [BC].
c) Pertence apenas ao plano
definido em a).
250
UNIDADE 3 Geometria analítica no espaço
r
A superfície esférica de centro C e raio r é o conjunto dos pontos do espaço cuja C
251
TEMA III Geometria analítica
GA10_8.5
Fixada uma unidade de comprimento, dados um referencial ortonormado do espaço,
um ponto C(c1, c2, c3) e um número r > 0:
(x – c1)2 + (y – c2)2 + (z – c3)2 = r2 é uma equação cartesiana da superfície esférica
de centro C e raio r.
Em particular, também se designa por equação (cartesiana) reduzida da superfície
esférica.
Analogamente ao que estudámos no plano, pode ser necessário transformar uma equa-
ção cartesiana da superfície esférica na equação cartesiana reduzida, por exemplo para
determinar o centro e, nesse caso, a construção dos casos notáveis é igual à que fizemos
no plano.
Exercícios resolvidos
73 Define por uma equação
cartesiana cada uma das
1. Identifica o conjunto de pontos definido pelas seguintes equações.
superfícies esféricas do
exercício anterior. ( )
a) (x + 2)2 + y – √∫3 2 + (z – 2)2 = 36
b) (y + 3)2 + (x – 4)2 + z2 = 12
Sugestão de resolução
( )
a) (x + 2)2 + y – √∫3 2 + (z – 2)2 = 36 define a superfície esférica de centro
C(–2, √∫3, 2) e raio √∫3∫6 = 6.
1 9 1
⇔ x2 – 2x + 1 + y2 – y + + z2 – 4z + 4 = – + 1 + + 4
4 4 4
h 1 h2
⇔ (x – 1)2 + iy – i + (z – 2)2 = 3
Soluções j 2j
73. h 1h2
A equação (x – 1)2 + iy – i + (z – 2)2 = 3 define a superfície esférica de
a) (x – 1)2 + (y – 2)2 + (z – 3)2 = 6 j 2j
b) x2 + y2 + z2 = 14 h 1 h
h 1 h2 h 9 h2 centro C i1, , 2i e raio √∫3.
c) ix + i + iy – i + j 2 j
j 2j j 2j
h 13 h 2 27
+ iz – i =
j 2j 4
252
UNIDADE 3 Geometria analítica no espaço
a) ⇔ 75 Considera, fixado um
y=3 y=3 referencial cartesiano do
(x + 3)2 + 1 + (z + 1)2 = 5 (x + 3)2 + (z + 1)2 = 4
c) ⇔ c) C(0, 0, 0) e raio 1.
x=b x=b
d) C(1, 2, –3) e raio 3.
2 2
(y – 2) + (z + 1) = 5 – (b + 3)2
253
TEMA III Geometria analítica
GA10_8.6
Definição
r
C
Assim, se pretendermos definir por uma condição a esfera de centro C(3, 1, –1) e raio 2,
temos de ter em consideração que é constituída por todos os pontos do espaço cuja dis-
tância a C é inferior ou igual a 2.
Ora, d(C, P) ≤ 2
Nota ∫ ∫)2∫ ∫ ∫+∫ (∫ ∫y∫ –∫ ∫ ∫1∫)2∫ ∫ ∫+∫ (∫ ∫z∫ –∫ ∫ ∫(∫–∫1∫)∫)2∫ ≤ 2
⇔ √∫(∫x∫ ∫–∫ 3
(*) Se a e b são números (*)
⇔ (√∫(∫x∫ ∫–∫ 3
∫ ∫)2∫ ∫ +
∫ ∫ ∫(∫y∫ ∫–∫ 1 ∫ ∫ ∫(∫z∫ ∫–∫ (∫ ∫–∫1∫)∫)2)2 ≤ 22
∫ ∫)2∫ ∫ +
não negativos, a2 ≤ b2
⇔ a ≤ b. ⇔ (x – 3 )2 + (y – 1 )2 + (z – ( –1 ))2 ≤ 2 2
U U U U
Coordenadas do centro C(3, 1, –1) Raio
Qualquer uma das inequações acima é uma inequação cartesiana que define a esfera
de centro C e raio 2.
Em geral, sendo C(c1, c2, c3) um ponto do espaço, r um número real positivo e P(x, y, z)
um ponto qualquer da esfera de centro C e raio r, tem-se que d(C, P) ≤ r.
Ora, d(C, P) ≤ r
⇔ √∫(∫x∫ –∫ ∫ ∫c1∫ ∫)2∫ ∫ ∫+∫ (∫ ∫y∫ –∫ ∫ ∫c2∫ ∫)2∫ ∫ ∫+∫ (∫ ∫z∫ –∫ ∫ ∫c3∫ ∫)2 ≤ r
(*)
⇔ (√∫(∫x∫ ∫–∫ c∫ ∫1∫)2∫ ∫ ∫+∫ (∫ ∫y∫ –∫ ∫ ∫c2∫ ∫)2∫ ∫ +
∫ ∫ ∫(∫z∫ ∫–∫ c∫ 3∫ ∫)2)2 ≤ r2
254
UNIDADE 3 Geometria analítica no espaço
a) (x – 2)2 + (y + 3)2 + (z + 1)2 ≤ 9 define a esfera de centro C(2, –3, –1) e raio definida por
x2 + (y – 1)2 + (z – 3)2 ≤ 5
igual a 3. com o plano de
equação x = 2;
b) x2 + y2 + z2 – 4x + 2y – 8z + 12 ≤ 0 d) a parte da esfera de
centro em A(1, 2, 3) e
⇔ x2 – 4x + y2 + 2y + z2 – 8z ≤ –12 raio 10, situada no
h 4 h2 h 2 h2 h 8 h2 h 4 h2 h 2 h2 h 8 h2 3.º octante;
⇔ x2 – 4x + i i + y2 + 2y + i i + z2 – 8z + i i ≤ –12 + i i + i i + i i
e) os pontos de cota não
j2j j2j j2j j2j j2j j2j
positiva pertencentes à
⇔ x2 – 4x + 4 + y2 + 2y + 1+ z2 – 8z +16 ≤ –12 + 4 + 1 + 16
esfera de centro na
origem e raio 7.
⇔ (x – 2)2 + (y + 1)2 + (z – 4)2 ≤ 9
Sugestão de resolução
255
TEMA III Geometria analítica
Exercícios resolvidos
(continuação)
3. Considera, fixado um referencial cartesiano do espaço, os pontos A(–5, 1, 2) e
B(2, 0, –1). Determina:
a) as coordenadas do ponto C(x, y, z) tal que B é o ponto médio de [AC];
Sugestão de resolução
h–5 + x 1 + y 2 + zh
Então, i , , i = (2, 0, –1).
j 2 2 2 j
–5 + x 1+y 2+z
Como =2 ∧ =0 ∧ = –1
2 2 2
⇔ –5 + x = 4 ∧ 1 + y = 0 ∧ 2 + z = –2
⇔ x = 4 + 5 ∧ y = –1 ∧ z = –2 – 2
⇔ x = 9 ∧ y = –1 ∧ z = –4, as coordenadas do ponto C são (9, –1, –4).
–
[AB] e raio = AB .
2
h–5 + 2 1 + 0 2 – 1h h 3 1 1 h
M[AB] = i , , i = i– , , i
j 2 2 2 j j 2 2 2j
= √∫(∫–∫7∫)2∫ ∫ ∫+∫ 1
∫ 2∫ ∫ ∫+∫ 3
∫ 2∫
APRENDE FAZENDO
Págs. 268, 269, 270, 274
e 275 = √∫4∫9∫ +
∫ ∫1
∫ ∫+
∫ ∫ ∫9
Exercícios 2, 7, 13, 24, 25
e 28 = √∫5∫9
h 3 h2 h 1 h2 h 1 h 2 59
Testes interativos ix + i + iy – i + iz – i ≤
– Geometria analítica no j 2j j 2 j j 2j 4
espaço I.
– Geometria analítica no
espaço II.
256
UNIDADE 4 Cálculo vetorial no espaço
UNIDADE 4
Cálculo vetorial no espaço
Indica:
Vetor a) cinco segmentos de reta
orientados diferentes;
Analogamente ao que vimos no plano, também no espaço segmentos orientados equi-
b) dois segmentos de reta
polentes determinam o mesmo vetor. orientados
equipolentes;
c) dois segmentos de reta
Exemplo orientados que
B representem vetores de
Os segmentos orientados [A, B] e [C, D] são equipolentes. sentido contrário;
D
A
Estes segmentos orientados determinam o mesmo vetor que d) dois vetores com o
C mesmo comprimento,
poderá ser representado por A≥B ou C≥D e tem-se A≥B = C≥D.
mas não colineares;
e) dois vetores simétricos.
257
TEMA III Geometria analítica
78 Considera o prisma
quadrangular regular Norma de um vetor
[ABCDIJKL] representado Fixada uma unidade de comprimento e dado um vetor ≤v, chama-se norma do vetor
na figura, dividido em dois ≤v à medida do comprimento de um segmento orientado representante de ≤v e repre-
cubos geometricamente
senta-se por ||≤v ||.
iguais.
B C
A F
D
F G
Adição de um ponto com um vetor
E H Dados um ponto P e um vetor ≤u, existe um único ponto Q tal que ≤u = P≥Q.
J
K
Define-se P + ≤u como sendo esse ponto Q. Tem-se, portanto, P≥Q = ≤u ⇔ Q = P + ≤u.
I L
Determina:
a) I + A≥C
b) F + J≥L
Translação de um dado vetor
c) A + H≥G + A≥L
A translação de vetor ≤u é a aplicação que a um ponto P associa o ponto P + ≤u.
d) T I≥F (H)
e) A≥C + C≥G Representa-se por T≤u e a imagem de P representa-se por T≤u (P).
f) D≥H + B≥F
g) J≥L + H≥D
h) I≥H + C≥F
i) B≥C + E≥F Diferença entre dois pontos
j) A≥I + (–E≥K ) Define-se a diferença entre os pontos B e A como sendo o vetor A≥B.
k) C≥K + –D≥H( )
Assim, B – A = A≥B.
l) (E – J) + (D – A)
Adição de vetores
Dados quaisquer dois vetores ≤u e ≤v, há sempre um plano que contém representantes
dos dois vetores e, portanto, os dois processos que vimos para adicionar vetores no
plano mantém-se válidos para adicionar vetores no espaço.
• Regra do triângulo
≤u + ≤v
Soluções
≤v
78.
a) K
≤u
b) H
c) K
d) C • Regra do paralelogramo
e) A≥G
(para vetores não colineares)
f) D≥L
g) JH ≥ ≤u + ≤v
h) 0≤ ≤v
i) EG ≥
j) C≥E
k) C≥G ≤u
l) JH ≥
258
UNIDADE 4 Cálculo vetorial no espaço
Propriedade associativa F G
J
Existência de elemento neutro K
Determina:
Existência de elemento simétrico para cada vetor a) I + 2 JF≥
Dados dois vetores ≤u e ≤v, existe um e somente um vetor ≤w tal que ≤w + ≤v = ≤u; esse
vetor ≤w é ≤u + (–≤v ) e designa-se por vetor diferença.
O vetor diferença representa-se por ≤u – ≤v.
• sentido ;
oposto ao de ≤v se λ < 0
• norma igual a |λ| ¥ ||≤v || (fixada uma mesma unidade de comprimento para o cál-
culo das normas).
Define-se λ≤v como sendo esse vetor.
Se λ = 0 ou ≤v = ≤0, então define-se λ≤v como sendo ≤0.
259
TEMA III Geometria analítica
≤v
O
y
Definição
Fixado um referencial ortonormado no espaço de origem O, sejam X(1, 0, 0), Y(0, 1, 0),
Z(0, 0, 1), e≤ 1 = O≥X, e≤ 2 = O≥Y e e≤ 3 = O≥Z. Dado um qualquer vetor v≤ , existe um e um
só terno ordenado (a, b, c) de números reais tais que ≤v = ae≤ 1 + be≤ 2 + ce≤ 3.
O terno ordenado (e≤ 1, e≤ 2, e≤ 3) designa-se por uma base do espaço vetorial dos vetores
do espaço, pelo facto de satisfazer aquela propriedade.
O terno ordenado (a, b, c) designa-se por coordenadas do vetor v≤ na base (e≤ 1, e≤ 2, e≤ 3).
Representa-se o vetor ≤v de coordenadas (a, b, c) por ≤v (a, b, c) ou ≤v = (a, b, c).
260
UNIDADE 4 Cálculo vetorial no espaço
Como vimos, a cada vetor corresponde um e um só terno ordenado de números reais. 80 Considera o referencial
Reciprocamente, a cada terno ordenado de números reais corresponde um e um só vetor. ortonormado da figura e
seja ( ≤e1, ≤e2, ≤e3) a base do
espaço vetorial dos vetores
do espaço correspondente
Exemplo
z ao referencial.
G 5 F
Considera o paralelepípedo [ABCODEFG] representado na fi- z
E 2 D
gura ao lado. A face [ABCO] está contida no plano xOy e o D
E
z
–7≤e2
G F
F≥D = 4≤e1 – 7≤e2 + 0≤e3, logo F≥D (4, –7, 0).
E 4≤e1
D
≥ corresponde a um deslocamento de 4 unidades
O vetor FD
O ≤e3 C
≤e1 ≤e
2
y no sentido positivo do eixo Ox e 7 unidades no sentido
negativo do eixo Oy.
A B
x
z
G F C≥D = 4≤e1 – 7≤e2 + 5≤e3, logo C≥D (4, –7, 5).
D
E ≥ corresponde a um deslocamento de 4 unidades
O vetor CD
–7≤e2
O e≤ 3 C no sentido positivo do eixo Ox, 7 unidades no sentido
5≤e3 ≤ e 1 ≤e2 y
4≤e1 negativo do eixo Oy e 5 unidades no sentido positivo do
4≤e1 – 7≤e2
A B eixo Oz.
x
z
G F D≥C = –4≤e1 + 7≤e2 – 5≤e3, logo D≥C (– 4, 7, –5).
–4≤e1 –4≤e1 + 7≤e2
–5≤e3
D
7≤e2 E
O vetor DC≥ corresponde a um deslocamento de 4 unidades
O ≤e3 C no sentido negativo do eixo Ox, 7 unidades no sentido
≤e1 ≤e y
Soluções
2 positivo do eixo Oy e 5 unidades no sentido negativo do
eixo Oz. 80.
A B
x O≥B = 3≤e1 + 4≤e2 + 0≤e3;
O≥B(3, 4, 0)
z
O≥G = 3≤e1 + 4≤e2 + 2≤e3;
G F
E≥A = 0≤e1 – 7≤e2 – 5≤e3, logo E≥A (0, –7, –5). O≥G(3, 4, 2)
–7≤e2 E
E≥F = 3≤e1 + 0≤e2 + 0≤e3;
D
≥ corresponde a um deslocamento de 7 unidades
O vetor EA E≥F(3, 0, 0)
O e≤ 3 C
–5≤e3 ≤e1 ≤e y no sentido negativo do eixo Oy e 5 unidades no sentido E≥D = 0≤e1 + 4≤e2 + 0≤e3;
E≥D(0, 4, 0)
2
negativo do eixo Oz.
A B F≥D = –3≤e1 + 4≤e2 + 0≤e3;
x
F≥D(–3, 4, 0)
261
TEMA III Geometria analítica
z
≤v3
O ≤v2 y
≤v1
81 Considera, num
referencial ortonormado
do espaço, os vetores
4.4. Operações com vetores do espaço a partir das
≤u (2, –3, 5), ≤v (k, 3, 1) e suas coordenadas
≤w (–2, –6, p2 – 1).
Determina os valores dos
parâmetros reais k e p de
modo que ≤u = ≤v + ≤w. Igualdade de vetores
Sejam ≤u (u1, u2, u3) e ≤v (v1, v2, v3) dois vetores do espaço.
≤u = ≤v ⇔ (u1, u2, u3) = (v1, v2, v3) ⇔ u1 = v1 ∧ u2 = v2 ∧ u3 = v3
Soma de vetores
Sejam ≤u (u1, u2, u3) e ≤v (v1, v2, v3) dois vetores do espaço.
≤u + ≤v = (u1, u2, u3) + (v1, v2, v3) = (u1 + v1, u2 + v2, u3 + v3)
Diferença de vetores
Soluções
Sejam ≤u (u1, u2, u3) e ≤v (v1, v2, v3) dois vetores do espaço.
81. k = 4 e p = √∫5 ou k = 4 e ≤u – ≤v = (u1, u2, u3) – (v1, v2, v3) = (u1 – v1, u2 – v2, u3 – v3)
p = –√∫5
262
UNIDADE 4 Cálculo vetorial no espaço
GA10_10.2
Multiplicação de um vetor por um escalar
Sejam ≤u (u1, u2, u3) um vetor do espaço e λ um número real. Verifica-se que:
≤ = λ(u1, u2, u3) = (λu1, λu2, λu3)
λu 82 Considera, num
referencial ortonormado
do espaço, os vetores
≤u (2, –3, 4), ≤v (–1, 0, 3) e os
Simétrico de um vetor pontos A(1, 2, –3) e
Sejam ≤u (u1, u2, u3) um vetor do espaço. Verifica-se que –≤u = (–u1, –u2, –u3). B(0, 2, 0).
Calcula as coordenadas de:
a) ≤u + 2≤v
1 ≤
Critério de colinearidade de vetores através das respetivas coordenadas b) A≥B – v
3
Sejam ≤u (u1, u2, u3) e ≤v (v1, v2, v3) dois vetores do espaço, não nulos. c) –≤u + 4(2≤v)
1 ≤
≤u e ≤v são colineares se e somente se: d) A +
2
u
Propriedade
A≥B = B – A = (b1 – a1, b2 – a2, b3 – a3)
Soluções
Soma de um ponto com um vetor 82.
Fixado um referencial ortonormado do espaço de origem O e dados um ponto a) (0, –3, 10)
A(a1, a2, a3) e um vetor ≤v (v1, v2, v3), tem-se que A + ≤v = (a1 + v1, a2 + v2, a3 + v3). h
b) i–
2
, 0, 2i
h
j 3 j
c) (–10, 3, 20)
h 1 h
d) i2, , –1i
j 2 j
Norma de um vetor
e) (2, 0, –6); (–2, 0, 6);
Fixado um referencial ortonormado do espaço de origem O e dado um vetor
(10, 0, –30) (por exemplo)
≤v (v1, v2, v3), a norma do vetor ≤v é dada por ||≤v || = √∫v∫12∫ ∫ +
∫ ∫ ∫v2∫ 2∫ ∫ +
∫ ∫ ∫v3∫ 2∫ . h1 3 13 h
f) i , ,– i
j2 2 2j
263
TEMA III Geometria analítica
b) A≥B + 2(–5≤u )
5≤
c) 4A≥B – u
2
d) B – 3(A≥B + ≤u )
1≤
f) ≤x, sabendo que A≥B = ≤x + u.
2
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 10.º ano
Sugestão de resolução
a) A + 3 ≤u é o ponto de coordenadas:
APRENDE FAZENDO
5≤ 5
Págs. 268, 269, 272, 274 c) 4A≥B – u = 4(4, –1, –3) – (8, 0, –6)
e 276
2 2
Exercícios 3, 8, 17, 22 e 31 = (16, – 4, –12) + (–20, 0, 15)
CADERNO DE EXERCÍCIOS
= (– 4, – 4, 3)
E TESTES
Pág. 21
Exercício 18
d) B – 3(A≥B + ≤u ) = (1, 1, –2) – 3((4, –1, –3) + (8, 0, –6))
Soluções = (1, 1, –2) – 3(12, –1, –9)
83.
= (1, 1, –2) + (–36, 3, 27)
a) Sim
b) Sim = (–35, 4, 25)
c) Sim
d) Não
264
UNIDADE 4 Cálculo vetorial no espaço
GA10_10.3
APRENDE FAZENDO
Usando coordenadas: Págs. 274 e 276
Exercícios 23, 29, 30 e 32
Equação vetorial da reta CADERNO DE EXERCÍCIOS
Seja P(x, y, z) um ponto qualquer da reta que passa no ponto A(a1, a2, a3) e admite E TESTES
≤v (v1, v2, v3) como vetor diretor. Os pontos de r são os pontos (x, y, z) tais que: Págs. 50 a 52
Teste n.º 4
(x, y, z) = (a1, a2, a3) + k(v1, v2, v3), k ∈R Solução
Esta equação chama-se equação vetorial da reta. h 4√∫6 , 8√∫6 , 4√∫6hi
84. i–
j 3 3 3 j
265
TEMA III Geometria analítica
GA10_10.3
Sistema de equações paramétricas de uma reta
Exemplo
Seja r a reta que passa pelo ponto A(1, 0, 3) e tem a direção do vetor r≤ (2, –2, 4).
Uma equação vetorial da reta r é (x, y, z) = ( 1 , 0 , 3 ) + k( 2 , –2 , 4 ), k ∈R.
Tem-se:
(x, y, z) = (1, 0, 3) + k(2, –2, 4), k ∈R
⇔ (x, y, z) = (1, 0, 3) + (2k, –2k, 4k), k ∈R (produto de um vetor por um número real)
⇔ (x, y, z) = (1 + 2k, 0 – 2k, 3 + 4k), k ∈R (soma de um ponto com um vetor)
⇔ x = 1 + 2k ∧ y = 0 – 2k ∧ z = 3 + 4k (igualdade de pontos)
À condição:
x = 1 + 2 k ∧ y = 0 + (–2) k ∧ z = 3 + 4 k
U U U
1.a coordenada 2.a coordenada 3.a coordenada
do vetor do vetor do vetor
diretor da reta diretor da reta diretor da reta
Em geral:
Nota
A condição
x = a1 + kv1 ∧ y = a2 + kv2 ∧ z = a3 + kv3, k ∈R
y = a2 + kv2 , k ∈R
z = a3 + kv3
266
UNIDADE 4 Cálculo vetorial no espaço
c) Utilizando as equações obtidas na alínea a), determina as coordenadas do ponto b) Escreve as equações
paramétricas da reta r
P, interseção da reta r com o plano xOz.
que tem a direção de ≤v
Adaptado de Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 10.º ano e passa no ponto A.
c) Mostra que o ponto
B(–1, 1, –3) pertence à
Sugestão de resolução reta r.
d) Determina as
a) x = 2 + k ∧ y = –1 + k ∧ z = –2k, k ∈R coordenadas do ponto
P, interseção da reta r
b) 0 = 2 + k ∧ –3 = –1 + k ∧ 4 = –2k com o plano xOz.
⇔ k = –2 ∧ k = –2 ∧ k = –2
⇔ k = –2
Como existe um valor de k para o qual as coordenadas de B satisfazem a
condição da alínea anterior, concluímos que o ponto B pertence à reta.
y = –1 + k
z = –2k
y=0
APRENDE FAZENDO
Exercícios 16 e 17
k=1
⇔
z = –2k
y=0 Testes interativos
– Cálculo vetorial no espaço I.
– Cálculo vetorial no espaço II.
x=3
k=1 Soluções
⇔
z = –2 85.
y=0 a) (x, y, z) = (–1, 3, 1) + k(0, 1, 2),
k ∈R
Logo, P(3, 0, –2). b) x = –1 ∧ y = 3 + k ∧ z = 1 + 2k,
k ∈R
d) P(–1, 0, –5)
267
TEMA III Geometria analítica
Aprende Fazendo
Itens de seleção
b) O plano perpendicular ao eixo das ordenadas e que passa pelo ponto P é definido pela condição:
(A) x = –1 (B) y = 2 (C) z = 3 (D) x = –1 ∧ z = 3
2 Considera num referencial ortonormado do espaço os pontos de coordenadas A(–2, 3, 1) e B(2, –5, 0).
Uma equação da esfera de diâmetro [AB] é:
(A) (x – 4)2 + (y + 1)2 + (z – 1)2 ≤
9 (B) (x – 2)2 + (y + 5)2 + z2 ≤ 81
4
h 1 h 2 81 h 1 h 2 81
(C) x2 + (y + 1)2 + iz – i ≤ (D) x2 + (y + 1)2 + iz – i ≤
j 2j 4 j 2j 2
Solução: Opção (C)
1 ≥
(B) D + AB é o ponto médio do segmento de reta [AB]. G
2 y
O
≥ e BD
(C) os vetores AC ≥ são colineares.
E F
(D) o vetor A≥E + F≥G tem coordenadas (–1, 0, –1). x
5 Num referencial ortonormado do espaço, os valores de p para os quais o ponto de coordenadas (p2 – 1,
p2 – p, p) pertence ao eixo das cotas são:
(A) 0 e 1 (B) 1 (C) –1 e 1 (D) –1, 0 e 1
268
Itens de seleção
h 1h
6 Considera num referencial ortonormado do espaço os pontos de coordenadas A i3, 2, i e C(3, –4, 2k).
j 2j
Quais os valores reais de k, de modo que a distância de A a C seja 10?
15 17 15
(A) e – (B) – e 17
4 4 4 4
17 15
(C) 0 e (D) – e 0
4 4
8 Relativamente aos vetores ≤u (4, –3, 1) e ≤v (2, –6, 8) do espaço, considera as seguintes afirmações:
1 ≤
(I) ||≤u || = ||v ||
2
(II) ∃ k ∈R: ≤u = k≤v
(C) x = 4 ∧ z = 6 (D) x = 0 ∧ y = 0
269
TEMA III Geometria analítica
Aprende Fazendo
Itens de seleção
y = 1 + k, k ∈R
z = 2 – 4k
(D) A reta interseta o eixo das cotas no ponto de coordenadas (0, 0, 2).
11 Considera em R3 os pontos A(1, –5, 3) e B(–2, 4, 0). Quais os valores reais de k, de modo que o ponto
de coordenadas (1, k, k2) pertença ao plano mediador de [AB]?
(A)
3 + √∫1∫5 e 3 – √∫1∫5 (B) –4√∫2 e 4√∫2
2 2
4√∫1∫5 3 + √∫3 e 3 – √∫3
(C) 0 e (D)
2 2 2
13 Considera num referencial ortonormado do espaço os planos α e β definidos por y = 4 e y = –2, res-
petivamente. Qual das seguintes condições define uma esfera tangente a α e a β?
(A) x2 + y2 + z2 ≤ 3
270
Itens de construção
Itens de construção
14 Indica as coordenadas de todos os vértices dos sólidos representados nos seguintes referenciais orto-
normados do espaço.
a) O cubo representado tem as faces paralelas aos eixos coordenados, tem aresta de medida 3 e as
coordenadas do ponto E são (7, 5, 6).
z
D C
A B
G
E F
O y
b) O paralelepípedo retângulo representado tem as faces paralelas aos eixos coordenados e a face
[ADEH] encontra-se no plano xOz, sendo O o centro desta face.
z
E F(–1, 6, 2)
B
A
O y
H G
x D C
c) O paralelepípedo retângulo representado tem as faces paralelas aos eixos coordenados, a base
[ABCD] encontra-se no plano xOy, a soma das áreas das suas bases é 12 e a soma das áreas das
faces laterais é 50. Sabe-se ainda que o ponto B tem abcissa 3.
H G
E F
D C
y
A B
x
Soluções: a) A(7, 5, 9), B(7, 8, 9), C(4, 8, 9), D(4, 5, 9), E(7, 5, 6), F(7, 8, 6), G(4, 8, 6), H(4, 5, 6) b) A(1, 0, 2), B(1, 6, 2),
C(1, 6, –2), D(1, 0, –2), E(–1, 0, 2), F(–1, 6, 2), G(–1, 6, –2), H(–1, 0, –2) c) A(3, –2, 0), B(3, 0, 0), C(0, 0, 0), D(0, –2, 0),
E(3, –2, 5), F(3, 0, 5), G(0, 0, 5), H(0, –2, 5)
271
TEMA III Geometria analítica
Aprende Fazendo
Itens de construção
gular regular.
Sabe-se que: S T
• a base da pirâmide coincide com a face superior do cubo; M
R
U
• o vértice O coincide com a origem do referencial;
P
• a altura da pirâmide, [VM], é igual a metade do comprimento da O y
aresta do cubo; N Q
Soluções: a) M(3, 3, 6); N(6, 0, 0); O(0, 0, 0); P(0, 6, 0); Q(6, 6, 0); R(6, 0, 6); S(0, 0, 6); T(0, 6, 6); U(6, 6, 6); V(3, 3, 9)
b) (i) y = 6 (ii) x = 6 ∧ z = 6 (iii) z = 9 (iv) x = 3 (v) (x – 3)2 + (y – 3)2 + (z – 9)2 = 9
17 Considera, num referencial ortonormado do espaço, os vetores ≤u (2, 0, –4), ≤v (–1, 2, 3) e os pontos
A(–1, –2, 3) e B(0, 2, 5). Determina as coordenadas de:
1 ≤
a) 2≤u – 3≤v b) u + A≥B c) 2B≥A – ≤u + 4≤v
4
1 ≤
d) A – ≤v e) B + u f) ≤w, sabendo que A≥B = 5≤w – ≤u + 2≤v.
2
h 3 h h 8 h
Soluções: a) (7, –6, –17) b) i , 4, 1 i c) (–8, 0, 12) d) (0, –4, 0) e) (1, 2, 3) f) i 1, 0, – i
j 2 j j 5 j
272
Itens de construção
Soluções: a) (i) (x, y, z) = (2, 0, 0) + k(–2, 2, 2), k ∈R (ii) (x, y, z) = (2, 2, 0) + k(1, 0, 0), k ∈R (iii) (x, y, z) = (2, 0, 0) + k(0, 0, 1),
k ∈R (iv) (x, y, z) = (2, 0, 0) + k(0, 0, 1), k ∈[0, 1]
x=0 x=2–k
19 Num referencial ortonormado do espaço são dados o ponto A(1, –2, 3) e o vetor ≤u (–2, –1, 4). Seja r
a reta que passa em A e tem a direção do vetor ≤u.
a) Escreve uma equação vetorial e as equações paramétricas da reta r.
b) Averigua se o ponto de coordenadas (0, –1, 5) pertence à reta r.
h 3 h
c) Determina o valor de p de modo que o ponto de coordenadas i2p, – , pi pertença à reta.
j 2 j
x = 1 – 2k
Soluções: a) (x, y, z) = (1, –2, 3) + k(–2, –1, 4), k ∈R; y = –2 – k, k ∈R b) Não pertence à reta. c) p = 1
z = 3 + 4k
273
TEMA III Geometria analítica
Aprende Fazendo
Itens de construção
h1 h
22 Averigua se os pontos A(1, 2, 3), B(0, 2, –1) e C i , 0, 2i pertencem todos a uma mesma reta.
j2 j
Soluções: Não, os três pontos não são colineares.
Animação
Resolução do exercício.
h 1h h 3h
24 Num referencial ortonormado do espaço, considera os pontos de coordenadas e A i3, 2, i e B i2, –1, i .
j 2j j 2j
a) Define analiticamente o conjunto dos pontos do espaço cuja distância ao ponto A é inferior ou
igual a 3.
b) Define analiticamente o conjunto dos pontos do espaço que são equidistantes de A e de B.
c) Determina uma equação da superfície esférica de diâmetro [AB].
h 1 h2 h 5 h2 h 1 h2 11
Soluções: a) (x – 3)2 + (y – 2)2 + i z – i ≤ 9 b) x + 3y – z – 3 = 0 c) i x – i + iy – i + (z – 1)2 =
j 2 j j 2 j j 2 j 4
274
Itens de construção
d) Escreve uma equação vetorial da reta que passa em M, ponto médio da aresta [BF], e tem a direção
do vetor A≥B.
e) Escreve as equações paramétricas da reta que passa em F e é paralela ao eixo das abcissas.
f) Define analiticamente a superfície esférica que passa por todos os vértices do prisma.
h 6√∫8∫5 7√∫8∫5 hi
Soluções: a) D(0, –3, 0), E(3, 0, 7), G(–3, 0, 7), H(0, –3, 7) b) (–3, 3, –14); √∫2∫1∫4 c) i 0, ,
j 17 17 j
x=k
h 7 h h 7 h 2 85
d) (x, y, z) = i 0, 3, i + k(–3, 3, 0), k ∈R e) y = 3, k ∈R f) x2 + y2 + i z – i =
j 2 j j 2 j 4
z=7
27 Considera, fixado um referencial ortonormado do espaço, o ponto A(–2, 1, 0) e o vetor ≤u (1, 1, –3).
a) Escreve as equações paramétricas da reta r que tem a direção de ≤u e passa no ponto A.
b) Determina as coordenadas do ponto de interseção da reta r com o plano yOz.
c) Define por uma condição a esfera, da qual os pontos A e B = A + 2≤u são as extremidades de um
seu diâmetro.
x = –2 + k
28 Considera, num referencial ortonormado do espaço e origem O, a superfície esférica cujo centro é o
ponto de coordenadas (2, 2, 2) e que é tangente ao plano de equação y = 2 + √∫6.
a) Sejam A e B os únicos pontos desta superfície esférica que têm as três coordenadas iguais. Deter-
mina as coordenadas de A e de B, sabendo que A pertence ao 1.º octante.
b) Justifica que [AB] é um diâmetro da superfície esférica.
Soluções: a) A(2 + √∫2, 2 + √∫2, 2 + √∫2 ) e B(2 – √∫2, 2 – √∫2, 2 – √∫2 ) b) O ponto médio de [AB] é o
centro da superfície esférica, logo, a corda [AB] é um diâmetro da superfície esférica. Animação
Resolução do exercício.
275
TEMA III Geometria analítica
Aprende Fazendo
Itens de construção
Soluções: a) (2, 2, 4) e r = 2√∫6 b) A(4, 0, 0), B(4, 4, 0), C(0, 4, 0), O(0, 0, 0), D(4, 0, 8), E(4, 4, 8), F(0, 4, 8), G(0, 0, 8)
√∫6
c) a = –2 ∧ b = –
12
Soluções: a) D(8, –12, 1); H(20, –18, –3); G(23, –16, 3); F(25, –10, 0) b) 686 u.v. c) (x – 16)2 + (y + 9)2 + (z + 4)2 = 49
d) x – 4y + 9z – 65 = 0
31 Fixado um referencial ortonormado do espaço e para um dado valor real k os vetores ≤u (0, k2, k) e
≤v (k2 – 5k + 6, –3, k – 4) são colineares. Determina o valor de k.
Solução: 3
276
Desafios
Desafios
b) Escreve agora as equações das onze circunferências a que pertencem os arcos de circunferência.
Vamos chamar-lhes C1, C2, ..., C11, considerando os arcos por ordem decrescente de tamanho.
c) Verifica se o centro (6, 0) é solução de alguma das equações da alínea anterior.
1 A
B
a x
–1
Vamos supor também que a unidade é igual ao diâmetro das moedas. Assim, uma das moedas
tem o centro no ponto (0, 1) e a outra no ponto (0, –1). Queremos colocar a terceira moeda
num ponto (a, 0), de tal forma que o comprimento do segmento de reta [AB] seja igual ao do
segmento de reta [CD], ou seja, 3.
a) Escreve uma expressão que represente a distância entre (0, 1) e (a, 0).
b) Observa que A e B estão na reta que liga o ponto (0, 1) ao ponto (a, 0). Escreve uma expressão
que represente a distância entre A e B.
c) Iguala a expressão da alínea anterior a 3 e determina o valor de a.
277
SOLUÇÕES
278
23. a) p ∧ q 39. Por exemplo:
b) ~p ∧ ~q a) Se x = 6 a expressão proposicional transforma-se numa
c) p ∧ q ∧ ~r proposição verdadeira, e se x = 4 transforma-se numa
d) p ∧ (~q ∨ ~r) proposição falsa.
24. a) Proposição verdadeira (tautologia). b) Se (x, y) = (–1, 2) a expressão proposicional transfor-
b) ~p ∨ q ou p ⇒ q ma-se numa proposição verdadeira, e se (x, y) = (0, 1)
c) Proposição verdadeira (tautologia). transforma-se numa proposição falsa.
25. a) i. p ⇔ r 40. Por exemplo:
ii. q ⇔ ~r a) Se x = 2 a expressão proposicional transforma-se numa
b) i. “O Carlos vai à festa se e só se a Ana e a Berta vão proposição verdadeira, e se x = 5 transforma-se numa
à festa.” proposição falsa.
ii. “A Ana vai à festa ou o Carlos não vai se e só se a b) Se (x, y) = (0, 0) a expressão proposicional transforma-se
Berta vai à festa.” numa proposição verdadeira, e se (x, y) = (1, 0) trans-
26. a) Proposição falsa. forma-se numa proposição falsa.
b) Proposição verdadeira. c) Se x = 2 a expressão proposicional transforma-se numa
c) Proposição falsa. proposição verdadeira, e se x = 5 transforma-se numa
d) Proposição falsa. proposição falsa.
e) Proposição falsa. 41. a) x = x é uma condição universal.
f) Proposição verdadeira. x ≠ x é uma condição impossível.
g) Proposição verdadeira. x ∈Z– é uma condição possível, mas não universal.
x ∈Q é uma condição possível, mas não universal.
29. p ∨ q
x ∈∅ é uma condição impossível.
30. a) a ⇒ b ∨ c
x ∉∅ é uma condição universal.
b) (a ⇒ b) ∨ c
b) i. Condição impossível.
c) (a ⇔ b) ⇒ ~c
ii. Condição universal.
d) a ∨ (b ∧ ~c) ⇔ a
iii. Condição impossível.
e) (~a ⇒ b) ∧ c
iv. Condição possível, mas não universal.
v. Condição universal.
Unidade 2 – Condições e conjuntos (pág. 30) 42. a) Condição possível.
31. a) Constantes: 4 e p b) Condição impossível.
Variáveis: A e r c) Condição impossível.
b) Constantes: p d) Condição possível.
Variáveis: A, r e g e) Condição universal.
32. As expressões proposicionais são: a), b), d) e f) 43. a) Sim
33. a) Por exemplo, p(3) é uma proposição verdadeira e p(4) b) Sim
é uma proposição falsa. 44. a) Não
b) Por exemplo, p(–2) é uma proposição verdadeira e b) Sim
p(0) é uma proposição falsa. c) Não
c) Por exemplo, p(1, 2) é uma proposição verdadeira e d) Sim
p(1, –3) é uma proposição falsa.
45. a) Sim
d) Qualquer concretização de x por um número real
b) Não
transforma p(x) numa proposição verdadeira.
c) Sim
e) Qualquer concretização de x por um número real
transforma p(x) numa proposição falsa. d) Não
34. a), b), e) e f) são expressões proposicionais. c) e d) são 46. a) ⇒
expressões designatórias. b) ⇐
37. Por exemplo: c) ⇔
a) R d) ⇒
b) ]–∞, 5[ e) ⇔
c) {5, 7, 10} 47. a) –1∈R e (–1)2 = 1 ⇔ –1 = 1 é uma proposição falsa.
38. a) É universal em N, Z e R. b) –2∈R e (–2)4 = 16 ⇔ –2 = 2 é uma proposição falsa.
b) É impossível em N e é possível em Z e R. c) –4∈R e (–4)2 > 9 ⇔ –4 > 3 é uma proposição falsa.
c) É impossível em N, Z e R. d) –1∈R e |–1 – 1| = 2 ⇔ –1 – 1 = 2 é uma proposição
d) É universal em N e é possível em Z e R. falsa.
279
SOLUÇÕES
280
h) ]–p, 5] c) p q ∼p ∼p ∧ q p ∨ (∼p ∧ q)
i) ∅
V V F F V
76. a) {1, 2, 3, 4, 5}
b) {–1, 2} V F F F V
c) {1, 2, 3} F V V V V
d) {2}
F F V F F
e) {–1}
f) {–1, 1, 2, 3, 4, 5} 19. a) “p não é um número irracional ou não é superior a 2.”
b) “15 é um número par ou é um número primo.”
Aprende fazendo (pág. 62) c) “O Joaquim não é um bebé e sabe falar.”
1. a) Opção (B) d) “A Margarida não é um bebé ou sabe nadar.”
b) Opção (D) 20. a) p(x) é uma condição universal em N e possível em R;
2. Opção (C) q(x) é uma condição impossível em N e impossível em R;
3. Opção (B) r(x) é uma condição possível em N e possível em R;
4. Opção (D) s(x) é uma condição impossível em N e possível em R;
5. Opção (C) t(x) é uma condição universal em N e universal em R.
6. Opção (D) b) ~p(x): 5x + 1 < 0; ~q(x): |x| ≥ 0; ~r(x): x(x – 2) ≠ 0;
7. Opção (C) ~s(x): x(x + 2) ≠ 0; ~t(x): 2x2 < 0
8. Opção (A) c) (i) Condição impossível.
9. Opção (B) (ii) Condição possível.
10. Opção (D) (iii) Condição possível.
11. Opção (A) (iv) Condição universal.
12. Opção (B) 21. a) (i) “Existe pelo menos um gato malhado.”
13. Opção (B) (ii) “Todos os gatos gostam de leite.”
14. São designações: a), d) e h). São proposições: b), c), e), (iii) “Todos os gatos são malhados ou são pretos.”
f), g), i) e j)
(iv) “Existe pelo menos um gato preto que não gosta
15. b), e), f) e g) são proposições falsas. de leite.”
c), i) e j) são proposições verdadeiras.
b) (i) ∃ x: ~p(x) ∧ ~r(x)
16. a) “Eu gosto do verão e não gosto do inverno.”
(ii) ∃ x: q(x) ∨ r(x)
b) “Eu não gosto do inverno ou gosto da primavera.”
(iii) ∀ x, q(x) ⇒ p(x)
c) “Eu não gosto do verão e gosto do inverno.”
(iv) ∀ x, p(x) ⇔ ~r(x)
d) “Eu gosto do inverno ou da primavera.”
e) “Não é verdade que eu goste do verão ou da prima- 22. a) “Existe pelo menos um homem que não é ambicioso.”
vera.” b) “Todos os atores famosos têm formação em teatro.”
f) “Eu não gosto do verão nem da primavera.” 23. a) {1, 5, 25}
17. a) p e q são proposições verdadeiras. b) {–1}
b) p e q são proposições falsas. c) {5, 25}
c) p é uma proposição falsa e q é uma proposição ver- d) {–1, 0}
dadeira. e) ∅
18. a) p q ∼p ∼p ∧ q 24. a) {x ∈R: x = 3 ∨ x = –3} (por exemplo)
V V F F b) {x ∈N: x é ímpar}
c) {x2: x ∈N}
V F F F
25. a) (i) ~q ∧ r
F V V V
(ii) ~p ∨ q
F F V F (iii) q ⇒ ~r
b) b) (iv) “9 é um número primo ou 27 não é múltiplo de 9.”
p q p ∧ q ∼(p ∧ q)
(v) “Não é verdade que 9 seja um número primo e que
V V V F p = 3,14.”
V F F V (vi) “Se 27 não é múltiplo de 9, então p ≠ 3,14 ou 9 é
um número primo.”
F V F V
c) p e q são falsas; r é verdadeira; (i), (ii), (iii), (v), (vi) são
F F F V verdadeiras e (iv) é falsa.
281
SOLUÇÕES
282
41. As proposições p e r são verdadeiras; a proposição q é c) s v r ∼v ∼r s ⇒ ∼v s ⇔ ∼r v∨r
falsa.
42. a) q ∨ (p ∧ r) V V V F F F F V
b) (~p ∨ ~q) ∧ (r ∨ q) V V F F V F V V
43. a) ~q ⇒ p V F V V F V F V
b) ~c ⇒ (a ⇒ ~b)
V F F V V V V F
44. a) p q pºq
F V V F F V V V
V V F
F V F F V V F V
V F V
F F V V F V V V
F V V
F F F V V V F F
F F F
d) Só pode ser a Vanessa. É a única que pode levar calças
b) (p ∧ ~q) ∨ (q ∧ ~p) ou saia; a Sara só pode usar calças e a Rebeca só pode
c) Apenas (iv) é sempre verdadeira. usar saia.
45. a) p(x): “x é mamífero.”
q(x): “x é felino.”
q(x) ⇒ p(x) TEMA II
b) p(x): “x é múltiplo de 6.”
q(x): “x é múltiplo de 3.” Álgebra
p(x) ⇒ q(x)
c) p(x, y): “x ¥ y = 0” Unidade 1 – Radicais (pág. 76)
q(x, y): “x = 0 ∨ y = 0” 3. a) 6 cm
p(x, y) ⇔ q(x, y)
b) 2 cm
47. a) A proposição é falsa, pois, por exemplo, um retângulo c) 3 cm
é um quadrilátero que tem os ângulos iguais, e, no en-
4. a) –2
tanto, não tem os lados iguais.
b) –2 e 2
b) A proposição é falsa, pois, por exemplo, –2 e –3 são
c) 0
valores reais tais que –2 > –3 e, no entanto, não se tem
5. a) C.S. = {–10, 10}
que (–2)2 > (–3)2.
b) C.S. = {10}
c) C.S. = {–10, 10}
Desafios (pág. 73)
d) C.S. = {5√∫–∫1∫0}
1. a) ∀ x ∈R, x ∈B ⇒ x ∉A e) C.S. = { }
b) As duas proposições depois do quantificador são a f) C.S. = {0}
contrarrecíproca uma da outra, logo são equivalentes. g) C.S. = {–1, 1}
c) “Qualquer que seja o restaurante, não é verdade que
h) C.S. = {–√∫3, √∫3}
seja simultaneamente barato e bom” ou, então, “não
i) C.S. = { }
há restaurantes bons e baratos”.
a 5 5a
d) São equivalentes, de facto, ~(x ∈A ∧ x ∈B) j) C.S. = b– , b
c 3 3c
⇔ x ∉A ∨ x ∉B ⇔ (x ∈A ⇒ x ∉B).
6. √∫5∫0 cm
2. a) s ⇒ ~v, s ⇔ ~r, v ∨ r.
7. a) 5√∫3
b) s v r ∼v ∼r s ⇒ ∼v s ⇔ ∼r v∨r b) –53√∫2
c) 3 √∫–∫2
V V V F F F F V 7
V V F F V F V V 2
d) 2√∫2 + 13√∫3
V F V V F V F V 3
V F F V V V V F 8. a) √∫3∫0
b) 103√∫4
F V V F F V V V
c) 53√∫4
F V F F V V F V
d) –1
F F V V F V V V
9. a) (2√∫3 + 2√∫2 ) cm
F F F V V V F F b) √∫6 cm2
283
SOLUÇÕES
19. a) 7 √∫2
5 d) 9
3 e) 8
b) 3√∫5 f) 128
c) 16 √∫1∫1
4
1
29. a)
3 5
d) 21 6
√∫7 1
b)
4 2
e) 3√∫3 1
c)
f) 73√∫2 – 3√∫4 – 1 3
g) 136√∫2 1
d)
16
20. a) 5√∫1∫0
31. a) 2
b) 53√∫2
b) 6√∫5
c) 12√∫7 5
d) 23√∫1∫2∫6 c) √∫2 + 103√∫2
e) 2 √∫6∫3
4
284
16. a) 2√∫3 25. a) √∫a
b) –8√∫3
b) √∫2∫5∫a∫ ∫ ∫–∫ 1 – 3a
2
c) 12 √∫34 4a – 1
d) 26 – 8√∫3 c) a√∫2b∫d – 2cd
ab–cd
e) –2√∫3 – √∫2
d) a∫ ∫ –∫ ∫ ∫b∫
√∫ 2 2
f) 0 a+b
g) 6√∫2 27. l = √∫2r
h) 14√∫5 28. 8√∫3 cm
i) –3√∫3 30. a) a = 3√∫V 2
b) A = 6 ¥ V 3 3
j) 20√∫5
31. a) Vprisma = 4 ¥ b 2
k) 43√∫3 b) b = 4
l) 83√∫4 – 40
32. a) r = √∫V
3
d) √∫ 6 – √∫2 2
2 b) 43√∫2 + 23√∫1∫2 + 23√∫9
e) 46√∫2
35. Afigura 1 = Afigura 2 = 3√∫3 l2
f) 2 + 2√∫3 4
18. a) √∫3
√∫ p√∫3
2V
37. a = 3
3
b) √∫1∫0
2
Unidade 3 – Divisão inteira de polinómios (pág. 114)
c) 2∫1
5√∫
6
32. As expressões (i) e (iii) são polinómios.
d) 2√∫1∫3 + 2√∫1∫1
33. a) –6x3 + 5x + 7; grau 3
e) – √∫6 – 6√∫2 1 4
11 b) x + 12; grau 4
2
f) √∫5 + 2 c) –x + 3; grau 1
g) 3 √∫2∫5
3
d) x2 – 6x + 9; grau 2
5 34. Por exemplo:
h)
4
√∫ 2∫1∫6 a) –x4 – 2016x
6
i) 5√∫1∫6 b) √∫2x3 – px2 + √∫3 x – 3√∫5
2
j) √∫2∫4∫3
6
4 2
3 35. a) x – 2x +
4 3
x – 2x – 8; grau 4
3
19. a) 5 1 3
b) x – 10; grau 3
1 2
b) 9 3
32 c) 2x4 – x + 2x2 – 10; grau 4
2 2
c) 1296 1 3 x
d) – x + – 2x + 12; grau 3
1 2 3
d)
49 36. a) 3x – 6x + 3x6; grau 8
8 7
285
SOLUÇÕES
286
x2 1
15. a) –x3 + +x– 25. a) –2
2 4
46
7 2 3 b)
b) 3x –3
x –x+ 27
6 4
c) 4x2 – 1 59
c)
d) 2x3 – 6x2 + 4x 8
e) x3 + 3x2 – 6x – 8 1 11
26. a = ec=
f) x5 – x4 – x3 – 3x – 2 3 3
16. a) Q = 2 e R = –1 h 5h
27. P(x) = 6 ix – i (x – 2)(x – (–1))
b) Q(x) = x e R(x) = x – 1 j 2j
c) Q(x) = x2 e R = –6 28. b)
5
e–
3
são as outras raízes de P(x);
d) Q(x) = x – 3 e R(x) = –2x 3 2
h h h 3h
e) Q(x) = x2 + 1 e R = 2 P(x) = 6(x – 1) ix – 5 i ix + i
f) Q(x) = 2x3 – x2 + 4 e R = 0 j 3j j 2j
a5 3 a
x2 c) C.S. = b , 1, – b
g) Q(x) = + 3x + 5 e R = 0 c3 2c
2
17. a) Q(x) = 5x – 2 e R = 1 È 3È È 5È
d) C.S. = Í –∞, – Í ∪ Í 1, Í
b) Q(x) = 2x + 2√∫2 e R = 0 Î 2Î Î 3Î
c) Q(x) = 2x2 – 10 e R = 4 29. a) C.S. = {–2, 1}
7 13
d) Q(x) = –2x2 + x + eR= a 3 a
2 4 b) C.S. = b–1, , 3b
c 2 c
e) Q(x) = 4x3 – x2 + 5x – 4 e R = 5
c) C.S. = {–1, 1}
f) Q(x) = x4 + 4x3 – 8x2 + 18x e R = –5
a1 a
18. a) 0 d) C.S. = b– , 2b
c2 c
b) 8
e) C.S. = {–4, –1, 0}
c) 3
d) 18 – 4√∫3 30. a) C.S. = ]–∞, 0[ ∪ ]0, 1[
19. a) (x + 4)(x – 3) b) C.S. = ]–∞, 1[
c) C.S. = ]–∞, –3] ∪ [–2, –1] ∪ [2, +∞[
h 11 h
b) 3 ix + i (x – 2) d) C.S. = ]–∞, 0[ ∪ ]0, 2[ ∪ ]3, +∞[
j 3j
h 5h e) C.S. = ]–∞, –1[ ∪ ]0, 2[ ∪ ]2, +∞[
c) 2 ix + i (x – 3)
j 2j È1 È È3 È
31. a) C.S. = Í ,1 Í ∪ Í , 2 Í
d) x(x + 3)(x – 3) Î2 Î Î2 Î
e) x(x + 5)(x + 5)
b) C.S. = ]–∞, 0] ∪ [1, +∞[
f) (x + 1)(x + 1)(x – 3)
c) C.S. = {0, 3} ∪ [1, 2]
h 2h
g) 3 ix – i (x2 + 2x + 3) 36. a) y = 16 ∨ y = 3
j 3j
h 1h b) x = 4 ∨ x = –4 ∨ x = √∫3 ∨ x = –√∫3
h) 2(x – 1)(x + 4) ix + i
j 2j 37. a) C.S. = {–3, –2, 2, 3}
i) (x + 1)(x – 1)(x + 2)(x – 3) b) C.S. = {–5, –1, 1, 5}
h 1h c) C.S. = {–2√∫2, –√∫5, √∫5, 2√∫2}
j) 2(x – 1)(x – 3)(x + 2) ix + i
j 2j
d) C.S. = {–2, 2}
k) (x + 1)(x – 1)(x – 1)(x – 1)
l) 3x(x – 2)(x – 2)(x – 1)(x + 1)
20. a) P(x) = 3x2 + 9x + 6 Desafios (pág. 151)
b) P(x) = 2x3 – 20x2 + 50x
1. a) x(x – 1)(x – 2)
21. b) 3 é uma raiz dupla de P(x); P(x) = (x – 3)(x – 3)(x + 3)
b) Grau 3.
ou P(x) = (x – 3)2 (x + 3)
c) C.S. = {–3, 3} x(x – 2)
2. a) B(x) =
–1
d) C.S. = [–3, +∞[
22. a) Q(x) = x2 – x – 1 e R = 6 (x – 1)(x – 2)
b) C(x) =
2
2 2 1 14 13
b) Q(x) = 2x3 – x + x+ eR= d) P(x) = 3x2 – 4x + 2
3 9 27 27
x x(x – 1)(x – 2) (x + 1)(x – 1)(x – 2)
c) Q(x) = √∫2 x3 + – √∫2 x +
2
1
eR=0 3. f(x) = + –
2 2 2 2 –6 2
23. b) A multiplicidade de x3 é 2. (x + 1)x(x – 2) (x + 1)x(x – 1)
– + 13
24. P(x) = –16x4 – 64x3 – 48x2 + 64x + 64 –2 6
287
SOLUÇÕES
TEMA III c) y d) y
Geometria analítica O 2 x O 3 x
–4
Unidade 1 – Geometria analítica no plano (pág. 154)
e) y f)
1. a) 5 3 y
1
b) 3√∫5 O x 2
2 –2
O 1 x
c) 1
d) √∫1∫0
g) y h) y
e) √∫1∫7∫ ∫+∫ ∫2∫√∫∫1∫5
∫ 2
O
f) √∫2∫(∫a∫ ∫–∫ b
∫ ∫)2 = |a – b|√∫2 –4 x
–4 O x
4. a) (4, 9)
h 1 h
b) i– , 2√∫5i
j 2 j i) y j) y 1
c) (3a + 3, 2a – 2) 1 2
1
h 9h
5. i–1, i –1 O x –1O 1 x
j 2j –1
6. a) Não
b) Sim 12. a) x ≤ –2 ∨ x > 1
c) Não b) –1 < y < 1
d) Sim c) –1 ≤ x ≤ 1 ∧ –2 ≤ y ≤ 3
7. a) Sim
d) – 4 < y < 4 ∨ y ≤ x
b) Não
c) Sim 13. k = 3
d) Não 14. a) y = 2x + 3
8. a) Reta vertical de equação x = – 4. 5
b) Semiplano (aberto) à direita da reta de equação x = 0, b) x =
2
x > 0.
15. a) y = 7x + 11
c) Semiplano (fechado) à esquerda da reta de equação
x = 5, x ≤ 5. b) Não
h 3 1h
9. a) Reta de equação y = 2x: c) (0, 11), (1, 18) e i– , i (por exemplo)
j 2 2j
y y = 2x
16. a) i. (x – 2)2 + (y – 3)2 = 2
2
ii. x2 + (y – 5)2 = 8
O 1 x
iii. (x + 1)2 + (y – 4)2 = 16
b) Pertence só à circunferência definida na alínea i.
b) Semiplano (aberto) superior à reta de equação y = –x:
17. a) C(1, 2) e raio 3.
y
y > –x h 1 h
b) C i– , √∫3i e raio √∫2.
j 3 j
–1 1
O x c) C(0, 0) e raio 1.
d) C(1, 2) e raio 3.
c) Interseção do semiplano definido pela condição x < 3 e) C(–2, 3) e raio √∫5.
com o semiplano definido pela condição y ≥ –2:
h
f) C i0, –
1h
i e raio
√∫2 .
y
j 2j 2
18. a) (x – 1)2 + (y + 2)2 ≤ 9
O 3 x b) Os pontos B e D pertencem.
–2
19. a) y b) y
10. a) b) y 2 1
y
2 O
–2 x –1 O 1 x
O 1 x x –1
–3 –1 O 1
288
c) y Aprende fazendo (pág. 182)
1. Opção (A)
2. Opção (B)
3. Opção (D)
O 1 3 6 x
4. Opção (A)
5. Opção (D)
6. Opção (B)
7. Opção (B)
d) y 8. Opção (C)
9. Opção (C)
10. Opção (D)
11. Opção (D)
O 1 3 4 x 12. Opção (B)
13. Opção (C)
14. a) √1
∫ ∫3∫7
e) y
b) √∫1∫2∫8
5
c) 5
d) √∫6∫5
2
–1 15. a) √∫5
–6 O 1 2 4x
–1 b) √∫5∫3
19
17. a) y =
2
–6 b) x = 2
3 1
c) y = x–
20. a) 1 < x2 + y2 < 4 ∧ y ≤ –x 2 4
b) (x – 2)2 + (y – 4)2 ≥ 4 ∧ y ≤ 5 1 1
d) y = – x+
c) (x2 + y2 ≤ 36 ∧ x ≥ 0 ∧ y ≥ 0) ∨ (x2 + y2 ≤ 36 ∧ x ≤ –3) 5 5
21. a) Mediatriz de [AB]; y = x + 4 19. a) M1(2, 0); M2(4, 1); M3(3, 2) e M4(1, 1)
b) Círculo de centro C e raio 4; (x – 2)2 + (y + 3)2 ≤ 16 b) (i) y = 2 ∧ 2 ≤ x ≤ 4
(ii) x = 3
c) Circunferência de centro (3, 4) e raio 4;
(x – 3)2 + (y – 4)2 = 16 (iii) (x – 4)2 + (y – 2)2 = 9
22. a) Eixo maior: 10; eixo menor: 6; distância focal: 8; (iv) y ≤ x ∧ 0 ≤ x ≤ 4 ∧ 0 ≤ y ≤ 2
focos: A(4, 0) e B(–4, 0) 20. a) Circunferência de centro C(1, –1) e raio r = 2.
b) Eixo maior: 8; eixo menor: 2√∫3; distância focal: 2√∫1∫3; b) Circunferência de centro C(0, –3) e raio r = 2√∫2.
focos: A(√∫1∫3, 0) e B(–√∫1∫3, 0) 1
c) Círculo de centro C(–4, 3) e raio r = .
2
23. a) A(–√∫7, 0) e B(√∫7, 0)
d) Exterior da circunferência de centro C(5, 0) e raio
x2 y2 r = √∫2∫0.
b) + =1
16 9
e) Interior da circunferência de centro C(–3, –5) e raio 3.
24. Elipse de focos A(–2, 0) e B(2, 0) e eixo maior 7;
h 1h
x2 y2 f) Coroa circular de centro C i2, i , sendo 2 o raio da
+ =1 j 2j
49 33 circunferência externa e √∫2 o raio da circunferência in-
4 4
terna.
25. a) Circunferência de centro (0, 0) e raio 1. 21. a) √∫6∫1
b) Elipse de eixo maior 6, eixo menor 2 e focos de coor- h1 h
denadas (2√∫2, 0) e (–2√∫2, 0). b) i , 0i
j2 j
c) Elipse de eixo maior 2√∫3, eixo menor 2√∫2 e focos de h 1h2 61
coordenadas (1, 0) e (–1, 0). c) ix – i + y2 =
j 2j 4
d) Elipse de eixo maior 10, eixo menor 4 e focos de coor- 5 5
d) y = – x+
denadas (0, √∫2∫1) e (0, –√∫2∫1). 6 12
e) Circunferência de centro (0, 0) e raio √∫6. e) (–2 ≤ x ≤ –1 ∧ –3 ≤ y ≤ 3) ∨ (y ≤ x ∧ x ≤ 3 ∧ y ≥ 0)
289
SOLUÇÕES
x2 y2
22. a) + =1 e) y
16 9 4
x2
b) + y2 = 1
25
x2 y2
c) + =1
4 49 –3 O 3 x
23. a) Elipse de eixo maior 8, de eixo menor 6 e com focos
de coordenadas A(–√∫7, 0) e B(√∫7, 0).
b) Elipse de eixo maior 4√∫5, de eixo menor 2√∫1∫1 e com –4
focos de coordenadas A(–3, 0) e B(3, 0). f) y
24. A ordenada de C é 1.
25. a) x ≤ 0 ∧ y ≤ 5 ∧ y ≥ – x 2
b) (0 ≤ x ≤ 1 ∧ 0 ≤ y ≤ 1) ∨ (–1 ≤ x ≤ 0 ∧ –1 ≤ y ≤ 0)
c) (x – 2)2 + (y – 1)2 ≤ 4 ∧ x ≤ 1 ∧ y ≤ x
–3 O 3 x
d) (y > x ∧ x ≥ 0) ∨ (y < –x ∧ y ≥ 0) ∨ (y < x ∧ x ≤ 0) ∨
∨ (y > –x ∧ y ≤ 0)
–2
e) x2 + (y – 1)2 ≥ 1 ∧ x2 + (y – 2)2 ≤ 4
x2 y2
f) (x + 6)2 + y2 = 1 ∨ + = 1 ∨ (x – 6)2 + y2 = 1 27. a) C(–1, 5) e raio 2√∫3
25 9
26. a) y
b) (1, 2√∫2 + 5) e (1, 5 – 2√∫2) (por exemplo)
7 c) O ponto A encontra-se no exterior e o ponto B no in-
terior da circunferência.
d) A circunferência não interseta o eixo das abcissas e
interseta o eixo das ordenadas nos pontos de coorde-
nadas (0, 5 + √∫1∫1) e (0, 5 – √∫1∫1)
–2 O 7 x e) y = 3x + 2
f) O ponto pertence à mediatriz de [AB].
28. a) Circunferência de centro C(1, – 4) e raio r = 3.
h1 1h
b) y b) Circunferência de centro C i , – i e raio r = 2.
j2 2j
h 1h
c) Círculo de centro C i0, i e raio r = 3.
1 j 3j
d) Exterior da circunferência de centro C(–6, 0) e raio
r = 2√∫2.
–2 O x
e) Elipse de eixo maior 12, de eixo menor 10 e com focos
de coordenadas A(–√∫1∫1, 0) e B(√∫1∫1, 0).
f) Elipse de eixo maior 4√∫2, de eixo menor 4 e com focos
de coordenadas A(–2, 0) e B(2, 0).
c) y x2 y2
29. a) + =1
36 27
x2 y2
2 b) + =1
100 25
3
O 1 5 x
x2 y2
c) + =1
100 36
–2
x 2
y2
d) + =1
4 16
3
3 11
d) y
30. a) y = x–
4 8
2
b) (x + 3)2 + y2 < 25
1 x2 y2
c) + =1
81 45
4 4
–2 –1 O 1 2 x
d) (x – 1)2 + (y – 2)2 = 4
–1 h4 8h
32. P i , i
j3 3j
–2
290
33. a) k < 29 39. a) (–8, 1)
b) k = 29 b) (0, 2)
c) k > 29 c) (3√∫2, –5)
34. a) (x = 0 ∧ y = –3) ∨ (x = –3 ∧ y = 0) 40. k = –3 e p = 5
b) x2 + y2 = 1 41. a) (1, 1)
9 h4 h
c) y = –x + b) i , 1i
2 j3 j
c) (3, –7)
d) (–3, 7)
Unidade 2 – Cálculo vetorial no plano (pág. 190)
e) (0, 10)
26. a) Por exemplo: h 3h
f) i–2, i
i. [A, B], [B, A], [B, C], [B, D] e [A, D] j 2j
ii. [A, B] e [D, C] h 11 h
g) i– , 9i
b) 12 j 2 j
c) 8 42. Por exemplo:
h 3h
27. Por exemplo: a) (– 4, 6); (2, –3); (–20, 30) e i–1, i
j 2j
a) [A, D], [D, B] e [F, E]
b) (0, 1); (0, –1); (0, 2) e (0, 10)
b) [A, F] e [C, F]
43. a) Sim
c) B≥C e D≥F
b) Sim
d) A≥D e D≥E
c) Não
e) A≥D e E≥F
d) Não
28. a) D
e) Sim
b) F
f) Sim
c) E
44. a) k = –5
d) C
b) k = 2 ∨ k = –1
e) E
45. a) A≥B = (3, –5); B≥A = (–3, 5) e B≥C = (–2, 8)
29. a) A≥G
b) D(3, 0); E(–2, 13)
b) D≥F
c) F(0, 9)
c) J≥G
d) ≤0 46. a) 2√∫5
e) B≥D b) √∫2∫6
f) EO ≥ c) √∫1∫0∫1
g) H≥Q
d) 2√∫5 + √∫2∫6
30. a) E ≥G
b) M≥ I e) √∫2
c) A≥E 47. (–4√∫5, 2√∫5) ou (4√∫5, –2√∫5)
d) H≥E 48. ≤r(1, 1); ≤s(–7, 3); ≤t(0, 1); ≤p(1, 0)
1 49. a) (x, y) = (10, 1) + k(–2, 1), k ∈R
31. –
2 b) (x, y) = (√∫2, √∫3) + k(1, 0), k ∈R
1 ≤ ≤
d; b = –2≤d; ≤c = –
≤ 5 ≤ h 1h
32. a = d c) (x ,y) = i3, – i + k(0, 1), k ∈R
3 3 j 2j
33. a) ≤x + 3≤y d) (x, y) = (1, 8) + k(2, –13), k ∈R
b) –13≤x + 17≤y 50. a) y
34. a) A≥P
b) A≥K
4
c) P≥R 3
35. a) 5√∫3 ≤v + 5≤u 2
b) 5≤v
O
a + 3≤b 7 x
1 ≤ 1 2
36. ≤x = –
2 –2
37. ≤a = ≤i + ≤j; ≤b = –2≤i + ≤j; ≤c = 2≤i + 0≤j; ≤d = 0 ≤i – ≤j b) y
38. ≤a = 2≤e1 + 2≤e2; ≤a (2, 2)
≤b = 2≤e – 2≤e ; ≤b (2, –2) 4
1 2
≤c = 2≤e1 + 0≤e2; ≤c (2, 0) 3
≤d = –2≤e + 0≤e ; ≤d (–2, 0) 2
1 2
≤f = –3≤e – 3≤e ; ≤f (–3, –3)
1 2 O 1 2 7 x
≤g = 0≤e1 + 4≤e2; ≤g (0, 4)
–2
291
SOLUÇÕES
c) y 5. Opção (B)
6. Opção (D)
4 7. Opção (D)
3 8. Opção (A)
2
9. Opção (B)
O 1 2 7 x
10. Opção (A)
–2 11. Opção (B)
12. Opção (B)
51. a) (1, – 4); (–1, –3) e (3, –5) (por exemplo) 13. Opção (A)
b) O ponto C não pertence à reta.
14. a) N≥Q
h 5h
c) i–2, – i b) AM ≥
j 2j
c) S ≥H
d) p = –10
d) A≥B
e) Vetor colinear com o vetor (–2, 1).
e) ≤0
x = 2 – 3k
52. a) , k ∈R f) R≥T
y = –4 + 7k
g) T
h2 h 2h h h) I
b) i , 0i e i0,
i
j7 j 3j j
i) L
53. a) A(1, –1); B(4, 0); ≤r(3, 1) (por exemplo) j) M
x = 3λ
c) y = –
3
x+1 e) y = √∫2
2 7
d) y = 1 f) y = x
2
21. a) r:(2, 3) e (1, 5); s: (1, √∫2) e (2, √∫2 – 2); t: (0, 4) e (3, 5)
Aprende fazendo (pág. 230) (por exemplo)
1. Opção (C) b) ≤r: (–1, 2) e (–2, 4); ≤s: (1, –2) e (10, –20); ≤t: (3, 1) e
2. Opção (B) (–3, –1) (por exemplo)
3. Opção (C) c) r e s são retas paralelas.
4. Opção (D) d) r: (0, 7); s: (0, √∫2 + 2); t(0, 4)
292
22. a) (x – 1)2 + (y – 2)2 ≤ 5 ∧ 0 ≤ y ≤ 2 ∧ y ≤ 2x 63. a) A(3, –4, 2); B(3, 4, 2); C(0, 4, 2); D(0, –4, 2); E(3, –4, 0);
b) (1 + √∫5, 2) F(3, 4, 0)
c) y = 2x – 2√∫5 b) Pontos F, I e C. No plano xOy o ponto F tem coorde-
d) √∫5 u.a. nadas (3, 4). No plano xOz o ponto I tem coordenadas
23. (4, –1) e (–1, –2) (3, 2). No plano yOz o ponto C tem coordenadas (4, 2).
64. a) x = 3
24. ≤u i 4√∫1∫0 , – 12√∫1∫0 i
h h
j 5 5 j b) z = 2
c) y = – 4
25. ≤u i– 6√∫2∫6 , – 30√∫2∫6 i
h h
j 13 13 j d) z = 5
e) z = 0
26. a) u ≤ (4, 3) e P hi0, – 7 hi
j 4j 65. a) B(3, 3, –6); C(0, 3, –6); D(0, 0, –6); E(3, 0, 4); F(3, 3, 4);
h 7h h7 h G(0, 3, 4); H(0, 0, 4)
b) i0, – i e i , 0i b) i. z = 4
j 4j j3 j
c) Não pertence. ii. y = 3
3 11 iii. x = 3 ∧ y = 0
d) y = – x+ iv. x = 3 ∧ z = –6
4 4
e) Não são paralelas. c) i. BF
h 1h ii. GH
f) i3, i
j 2j iii. BC
3 iv. DH (eixo Oz)
g) y = x–8
4 66. a) 3
23 b) 10
h) p =
20 c) 3√∫2
h 7 h h 32 79 h
i) i0, – i e i ,– i d) √∫1∫0∫9
j 4 j j 25 100 j
e) √∫1∫1∫8
5 35
27. y = – x+ 67. a) 5
2 4
28. a) x2 + y2 ≥ 10 ∧ y ≤ –3x + 10 ∧ y ≤ 3x + 10 b) √∫1∫4
c) 2
b) (x – 1)2 + y2 ≥ 1 ∧ (x – 2)2 + y2 ≤ 4 ∧ y ≤ √∫3 x – √∫3 ∧ d) √∫1∫9
2 2
∧ y≥0 e) √∫3∫(∫a∫ –∫ ∫ ∫b∫)2 = |a – b| √∫3
h 3 3 h
c) iy ≥ x–3 ∧ y≥– x – 3 ∧ y ≤ 0i ∨ ((x + 1)2 + 68. Triângulo escaleno.
j 2 2 j
69. Por exemplo:
+ y2 ≤ 1 ∧ y ≥ 0) ∨ ((x – 1)2 + y2 ≤ 1 ∧ y ≥ 0)
a) A(1, 0, 0) e B(3, 0, 0)
32. (x – 3)2 + (y – 2)2 = 13
b) A(7, 0, 8) e B(7, –4, 8)
33. A reta é exterior à elipse.
c) A(1, 1, 0) e B(1, 1, 10)
h 11 10 h h 45 32 h h 31 46 h
34. Sendo os pontos I i– ,– i, Ai , i, Bi , i, 70. k = –5
j 7 7j j7 7j j7 7j 71. a) 3x – y + 4z – 12 = 0
h 67 52 h h 53 66 h
A’ i– ,– i e B’ i– ,– i , os triângulos possíveis b) 2√∫3x + 14y – 24 = 0
j 7 7j j 7 7j
c) Pertence apenas ao plano definido em a).
são [IAB], [IA’B’], [IA’B] e [IAB’].
72. a) √∫6
b) √∫1∫4
Unidade 3 – Geometria analítica no espaço (pág. 238)
c) 3√∫3
61. a) Ponto B. 2
b) Ponto F. 73. a) (x – 1)2 + (y – 2)2 + (z – 3)2 = 6
c) Ponto A. b) x2 + y2 + z2 = 14
d) Ponto C. h 1h2 h 9h2 h 13 h 2 27
c) ix + i + iy – i + iz – i =
e) Ponto D. j 2j j 2j j 2j 4
62. a) A(6, 0, 0); B(6, 6, 0); C(0, 6, 0); D(0, 0, 0); E(6, 6, 6); 74. a) C(1, 2, –1) e raio 4.
F(0, 6, 6); G(0, 0, 6); H(6, 0, 6) h 1 h
b) C i– , 0, √∫3i e raio 2√∫2.
b) A(0, –6, 0); B(0, 0, 0); C(–6, 0, 0); D(–6, –6, 0); E(0, 0, 6); j 3 j
F(–6, 0, 6); G(–6, –6, 6); H(0, –6, 6) c) C(0, 0, 0) e raio 1.
c) A(3, –3, –3); B(3, 3, –3); C(–3, 3, –3); D(–3, –3, –3); d) C(1, 2, –3) e raio 3.
E(3, 3, 3); F(–3, 3, 3); G(–3, –3, 3); H(3, –3, 3) e) C(–2, 0, 3) e raio √∫5.
293
SOLUÇÕES
294
18. a) (i) (x, y, z) = (2, 0, 0) + k(–2, 2, 2), k ∈R 26. a) D(0, –3, 0), E(3, 0, 7), G(–3, 0, 7), H(0, –3, 7)
(ii) (x, y, z) = (2, 2, 0) + k(1, 0, 0), k ∈R b) (–3, 3, –14); √∫2∫1∫4
(iii) (x, y, z) = (2,0,0) + k(0, 0, 1), k ∈R
c) i0, 6√∫8∫5 , 7√∫8∫5 i
h h
(iv) (x, y, z) = (2, 0, 0) + k(0, 0, 1), k ∈[0, 1] j 17 17 j
x=0 h 7h
z = 2 + 2k
e) y = 3, k ∈R
x=2–k z=7
(ii) y = 1 – 2k, k ∈R h 7 h 2 85
f) x2 + y2 + iz – i =
z = 5k j 2j 4
x = –2 + k
19. a) (x, y, z) = (1, –2, 3) + k(–2, –1, 4), k ∈R;
27. a) y = 1 + k, k ∈R
x = 1 – 2k
z = –3k
y = –2 – k, k ∈R
b) (0, 3, –6)
z = 3 + 4k
c) (x + 1)2 + (y – 2)2 + (z + 3)2 ≤ 11
b) Não pertence à reta.
28. a) A(2 + √∫2, 2 + √∫2, 2 + √∫2) e B(2 – √∫2, 2 – √∫2, 2 – √∫2)
c) p = 1 b) O ponto médio de [AB] é o centro da superfície esfé-
20. b) A(2, 0, 0); B(4, 2, 0); C(2, 4, 0); D(0, 2, 0); E(2, 0, 2√∫2); rica, logo, a corda [AB] é um diâmetro da superfície
F(4, 2, 2√∫2); G(2, 4, 2√∫2); H(0, 2, 2√∫2) esférica.
21. a) A(–4, 0, 0) 29. a) (2, 2, 4) e r = 2√∫6
b) O triângulo é isósceles. b) A(4, 0, 0), B(4, 4, 0), C(0, 4, 0), O(0, 0, 0), D(4, 0, 8),
c) (0, 0, 4√∫3) ou (0, 0, –4√∫3) E(4, 4, 8), F(0, 4, 8), G(0, 0, 8)
22. Não, os três pontos não são colineares. c) a = – 2 ∧ b = – √∫6
12
23. a) O(0, 0, 0), A(2, 0, 0), B(2, 2, 0), C(0, 2, 0), D(2, 0, 2),
30. a) D(8, –12, 1); H(20, –18, –3); G(23, –16, 3); F(25, –10, 0)
E(2, 2, 2), F(0, 2, 2), G(0, 0, 2), H(1, 1, 4); I(1, 1, –2)
b) 686 u.v.
b) Afirmação falsa.
c) (x – 16)2 + (y + 9)2 + (z + 4)2 = 49
c) (i) x = 2
d) x – 4y + 9z – 65 = 0
(ii) x = 1 ∧ y = 1
31. 3
(iii) z = –2
32. a) F(2, 2, 7), G(0, 2, 7), V≥H = (–1, –1, –3)
(iv) x = 0 ∧ z = 2
b) V≥B = (3, 3, –9); D(–2, –2, 1)
(v) (x – 1)2 + (y – 1)2 + (z – 1)2 ≤ 1
≥
d) (i) ID
Desafios (pág. 277)
(ii) A
1. a) (x – 6)2 + y2 = 62
(iii) A≥D (por exemplo)
b) C1: (x – 5)2 + y2 = 62
(iv) 2√∫3
C2: (x – 4)2 + y2 = 62
e) (i) y = 1
C3: (x – 3)2 + y2 = 62
(ii) x + y – 2z + 3 = 0
C4: (x – 2)2 + y2 = 62
f) (x – 1)2 + (y – 1)2 + (z + 2)2 = 18 C5: (x – 1)2 + y2 = 62
g) u≤ (– 4√∫3, 4√∫3, 4√∫3)
C6: x2 + y2 = 62
h 1h2
24. a) (x – 3)2 + (y – 2)2 + iz – i ≤ 9 C7: (x + 1)2 + y2 = 62
j 2j
b) x + 3y – z – 3 = 0 C8: (x + 2)2 + y2 = 62
h 5h2 h 1h2 11 C9: (x + 3)2 + y2 = 62
c) ix – i + iy – i + (z – 1)2 =
j 2 j j 2j 4 C10: (x + 4)2 + y2 = 62
25. a) (x – 6)2 + (z + 1)2 = 7 ∧ y = 3; circunferência de centro C11: (x + 5)2 + y2 = 62
(6, 3, –1) e raio √∫7 contida no plano de equação y = 3. c) Sim, é solução da C6.
b) y2 + (z – 1)2 ≤ 16 ∧ x = –1; círculo de centro (–1, 0, 1) d) Embora não pareça, é o da esquerda.
e raio 4 contido no plano de equação x = –1.
2. a) √∫a2∫ ∫ ∫+∫ 1
∫
c) z2 ≤ 5 ∧ x = 0 ∧ y = 0; segmento de reta de extremos
(0, 0, √∫5) e (0, 0, –√∫5). b) √∫a2∫ ∫ ∫+∫ 1
∫ –1
d) (x – 3)2 + (y + 2)2 = –3; conjunto vazio. c) a = √∫1∫5 ≈ 3,86
295