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EXPOENTE 10

MATEMÁTICA A MANUAL DO
PROFESSOR

Daniela Raposo
Luzia Gomes

MANUAL CERTIFICADO
FACULDADE DE CIÊNCIAS
DA UNIVERSIDADE DO PORTO

DE ACORDO COM
NOVO PROGRAMA E
METAS CURRICULARES

VOL. 1
PREFÁCIO

A alteração do Programa de Matemática A, com as Metas Curriculares como pano de fundo,


implicou a elaboração de novos manuais para o 10.o ano.

Assim, procurando ir ao encontro das Metas Curriculares definidas para este ano de esco-
laridade, surge um manual que pretende ajudar os alunos a construir de forma bem cimentada
as bases para um Ensino Secundário de sucesso. Acreditamos que todos são capazes!

A nossa experiência de sala de aula reforça a convicção de que o aluno deve ser o principal
agente neste complexo processo de aprendizagens. Desta forma, este manual caracteriza-se
por uma componente prática muito forte, com:

– exercícios resolvidos pensados de forma a consolidar a matéria teórica e servir de orien-


tação ao trabalho dos alunos;

– exercícios de margem de forma a tornar os alunos capazes de conhecer e utilizar uma


variedade de procedimentos de cálculo;

– uma bateria de exercícios, na rubrica Aprende Fazendo, que permitirá aos alunos a mobi-
lização de conhecimentos de factos, de conceitos e de relações, bem como a seleção e apli-
cação adequada de regras e procedimentos, anteriormente estudados e trabalhados;

– classificação dos exercícios do Aprende Fazendo por grau de dificuldade, de maneira


a dar ao aluno um feedback da evolução do seu desempenho e uma motivação que o faça
querer ir mais além;

– chamadas de atenção para erros frequentes, na rubrica Erro Típico.

O Manual foi desenvolvido em articulação com o Caderno de Exercícios e Testes, que inclui
exercícios adicionais para todos os conteúdos e permite a simulação de momentos de avaliação.

Antes de terminar não podemos deixar de agradecer à Professora Doutora Cláudia Mendes
Araújo, pela disponibilidade, a troco apenas do sentido de colaboração construtiva, à Faculdade
de Ciências da Universidade do Porto, nas pessoas das Professoras Doutoras Gabriela Chaves
e Lucinda Lima, pela forma dedicada e profissional com que trabalharam no processo de avalia-
ção e certificação do Manual, ao Professor Doutor Filipe Carvalho, muito mais do que revisor
científico, indispensável na própria elaboração deste manual, à Dra. Alexandra Queirós, incansável
parte desta equipa e aos nossos colegas que tiveram sempre uma palavra de apoio.

Por último, mas não menor agradecimento, às nossas famílias que nos apoiaram incondi-
cionalmente e sem as quais este livro não teria sido possível.

As Autoras
APRESENTAÇÃO

O Manual Expoente 10 é constituído por SEPARADOR


2 volumes. DE TEMA
No 1.o volume apresentam-se os te- com referência
às unidades que TEMA I
mas Introdução à lógica bivalente e à
teoria dos conjuntos, Álgebra e Geometria o compõem Introdução à lógica bivalente e
à teoria dos conjuntos
1. Proposições

analítica. No 2.o volume incluem-se os Desafios


2. Condições e conjuntos

temas Funções reais de variável real e Observa os dilemas do Raposo no vídeo “Mulheres
que sabem o que querem”.

1.º dilema
Vídeo
“Mulheres que sabem o
que querem.”

Segundo a Rebeca, restaurantes bons não são baratos!

Estatística. De acordo com a Vanessa, restaurantes baratos não são bons!


Para o Raposo, as duas amigas têm uma opinião bastante diferente sobre o restaurante.
Será que elas de facto estão a dizer coisas diferentes?
Ou será que não passa da mesma afirmação dita por outras palavras?

2.º dilema
Nesse mesmo dia, a Rebeca contou ao Raposo que ela, a Vanessa e a Sara vestem sempre
saia ou calças e têm três regras que não podem ser quebradas:

DESAFIOS
• Sempre que a Sara leva saia, a Vanessa leva calças.
• A Sara leva saia se e só se a Rebeca levar calças.
• A Vanessa e a Rebeca nunca vão as duas de calças.
Finalmente, a Vanessa diz ao Raposo que uma das três amigas usou saia na segunda-feira,

em articulação com vídeos exclusivos do


calças na terça-feira, e que está apaixonada por ele.
Consegues descobrir qual das três amigas está apaixonada pelo Raposo?
No final deste tema voltaremos a estes problemas. Rogério Martins

matemático Rogério Martins, disponíveis


em . Estes desafios são
retomados no final do tema

CONTEXTUALIZAÇÃO
HISTÓRICA
NOTAS enquadramento histórico
dos assuntos tratados

TEMA I Introdução à lógica bivalente e à teoria dos conjuntos UNIDADE 1 Proposições

LTC10_1.2 2. Verificação de que V é o elemento neutro da conjunção


LTC10_1.7 LTC10_1.13
LTC10_1.12
A proposição (p ∧ V) é verdadeira exatamente quando ambas as proposições p e V são Primeiras leis de De Morgan
verdadeiras. Como a proposição V é sempre verdadeira, a proposição p ∧ V é verdadeira Dadas duas proposições p e q, tem-se que: Contextualização histórica
Nota
exatamente quando a proposição p é verdadeira. Desta forma, a proposição (p ∧ V) é 1. (∼(p ∧ q)) ⇔ (∼p ∨ ∼q)
A associatividade da equivalente à proposição p.
conjunção e da disjunção
2. (∼(p ∨ q)) ⇔ (∼p ∧ ∼q)
permite escrever sem 3. Verificação de que V é o elemento absorvente da disjunção
ambiguidades proposições
Consideremos todos os valores lógicos que p pode assumir e para cada uma das possi-
na forma Demonstração de 1.
p ∧ q ∧ r e p ∨ q ∨ r. bilidades determina-se o valor lógico de (p ∨ V).

p p ∨V Começamos por considerar todas as possibilidades de sequências de valores lógicos


13 Prova, através de uma que p e q podem assumir e, para cada uma das possibilidades, determina-se o valor lógico
Augustus De Morgan
tabela de verdade, a V V de ∼(p ∧ q) e de ∼p ∨ ∼q: (1806-1871)
propriedade distributiva da
F V Matemático e lógico
conjunção em relação à
britânico, formulou as Leis
disjunção.
p q p∧q ∼(p ∧ q) ∼p ∼q ∼p ∨ ∼q de De Morgan e introduziu
(p ∧ (q ∨ r)) Observa-se que a coluna correspondente à proposição (p ∨ V) é constituída apenas pelo e tornou rigorosa a noção
⇔ ((p ∧ q) ∨ (p ∧ r))
valor lógico V. Logo, (p ∨ V) ⇔ V. V V V F F F F de “indução matemática”.
O seu maior contributo
Recorda V F F V F V V para a ciência consistiu na
Princípio do terceiro Tradução simbólica dos princípios do terceiro excluído e de não contradição reforma da lógica, abrindo
excluído
F V F V V F V o caminho para o
Dada uma proposição p, tem-se que: nascimento da lógica
Uma proposição ou é
(p ∨ ∼p) ⇔ V Princípio do terceiro excluído F F F V V V V simbólica.
verdadeira ou a sua
negação é verdadeira, isto (p ∧ ∼p) ⇔ F Princípio de não contradição
é, verifica-se sempre um
Observa-se que as colunas correspondentes às proposições ~(p ∧ q) e ∼p ∨ ∼q são iguais. 16 Considera as proposições
destes casos e nunca um p, q e r. Escreve o mais
terceiro. Logo, (~(p ∧ q)) ⇔ (∼p ∨ ∼q), como queríamos demonstrar.
Exercício resolvido simplificadamente possível
Princípio de não Constatamos que: proposições equivalentes à
contradição Considera as proposições p e q. Simplifica as seguintes proposições e indica, sempre negação das seguintes
Uma proposição não pode proposições.
que possível, o respetivo valor lógico.
ser simultaneamente Dizer que a negação da conjunção de duas proposições é verdadeira é equivalente a) p ∨ ∼q
verdadeira e falsa. a) ∼p ∨ (p ∨ q) b) ∼p ∧ q
a dizer que a disjunção das negações das duas proposições é verdadeira.
c) p ∨ (q ∧ ∼r)
b) ∼p ∧ (p ∨ q)
14 Considera as proposições
p e q. Simplifica as 17 Sejam p e q as
Exemplo
seguintes proposições e Sugestão de resolução proposições:
indica, sempre que
Dizer que a proposição “~(√∫2 = 1 ∧ √∫2 = 2)” é verdadeira é o mesmo que dizer que a p: “A Ana é escritora.”
possível, o respetivo valor a) ∼p ∨ (p ∨ q)
lógico. afirmação “(∼√∫2 = 1) ∨ (∼√∫2 = 2)”, ou, de forma equivalente, que a afirmação “√∫2 ≠ 1 ∨ q: “A Ana é famosa.”
⇔ (∼p ∨ p) ∨ q (propriedade associativa da disjunção)
a) p ∧ (~p ∧ q) √∫2 ≠ 2” é verdadeira. Traduz em linguagem
⇔V∨q (princípio do terceiro excluído: (∼p ∨ p) ⇔ V) corrente a negação das
b) p ∨ (~p ∨ q)
⇔V (V é o elemento absorvente da disjunção) seguintes proposições.
c) p ∧ (~p ∨ q) a) p ∧ q b) p ∨ q
b) ∼p ∧ (p ∨ q) Dizer que a negação da disjunção de duas proposições é verdadeira é equivalente a
c) ~p ∨ q d) ~p ∧ ∼q
15 Prova, utilizando tabelas ⇔ (∼p ∧ p) ∨ (∼p ∧ q) (propriedade distributiva da conjunção em relação dizer que a conjunção das negações das duas proposições é verdadeira.
de verdade, a seguinte lei à disjunção) Soluções
de De Morgan. ⇔ F ∨ (∼p ∧ q) (princípio da não contradição: (∼p ∧ p) ⇔ F) 16. a) ∼p ∧ q b) p ∨ ∼q
~(p ∨ q) ⇔ (∼p ∧ ~q) c) ∼p ∧ (∼q ∨ r)
⇔ ∼p ∧ q (F é o elemento neutro da disjunção) Exemplo
17. a) “A Ana não é escritora ou
Soluções Observe-se que não é conhecido o valor lógico desta proposição, que vai de- Dizer que a proposição “~(10 é múltiplo de 3 ∨ 10 é múltiplo de 7)” é verdadeira é o não é famosa.” b) “A Ana não é
14. a) Proposição falsa. pender dos valores lógicos das proposições p e q. mesmo que dizer que a afirmação “(10 não é múltiplo de 3) ∧ (10 não é múltiplo de 7)” escritora nem é famosa.” c) “A
b) Proposição verdadeira. Ana é escritora e não é famosa.”
é verdadeira.
c) p ∧ q d) “A Ana é escritora ou é famosa.”

20 21

RECORDA EXERCÍCIOS
dos conteúdos
trabalhados na página

TEMA IV Funções reais de variável real UNIDADE 3 Generalidades acerca de funções reais de variável real

Texas TI-nspire 2. Determinar valores aproximados dos zeros de uma função Texas TI-84 Plus
Pressiona a tecla ON e escolhe a opção adicionar Gráficos. Representa graficamente a função:
Considera a função f definida por:
f(x) = x3 + x2 – 4x – 4
De seguida, digita a expressão analítica de f na janela f1(x) =:
Determina os seus zeros, com recurso à calculadora.

Casio fx-CG 10/20


De acordo com as instruções anteriores, representa graficamente f.
Pressiona as teclas 2ND TRACE
Pressiona a tecla SHIFT e simultaneamente G-SOLV (F5): e escolhe a opção 2:zero:

Pressiona a tecla MENU e escolhe as opções Janela/Zoom e 1:Definições de janela, onde


poderás escolher os valores mínimo e máximo de cada uma das variáveis:
Com as setas posiciona o
cursor à esquerda do zero que
pretendes determinar e
pressiona ENTER:
CALCULADORA
apresentam-se explicações
TAREFAS RESOLVIDAS
Com as setas posiciona o cursor
de procedimentos com
Das opções apresentadas, escolhe a primeira: ROOT (F1)
à direita do zero que pretendes
determinar e pressiona ENTER:
de introdução aos
calculadoras gráficas dos
Pressiona OK e voltarás à janela onde tens a expressão analítica da função.
conteúdos
Pressiona ENTER e obterás a representação gráfica da função:

Carrega para a direita no cursor, uma vez e depois outra, de forma a encontrar os outros
Pressiona ENTER novamente:
seguintes modelos: Texas
zeros:

TI-84 Plus; Texas TI-nspire


e Casio fx-CG10/20
Repete o processo para
Os zeros de f são: –2, –1 e 2 determinar cada um dos outros
zeros.
38 39
TEMA I Introdução à lógica bivalente e à teoria dos conjuntos UNIDADE 2 Condições e conjuntos

LTC10_2.5 Condições impossíveis Exercício resolvido 46 Completa com ⇒, ⟺ e ⇐


as seguintes condições
Vimos que, em R, a condição x2 – 2 = 0 é possível. Completa com ⇒, ⇔ e ⇐ as seguintes condições (substituindo as reticências por (substituindo as reticências
um destes símbolos), de modo a que sejam universais em R. por um destes símbolos),
Consideremos, agora, a mesma condição x2 – 2 = 0, mas num universo diferente, em de modo que sejam
N. Neste universo, a condição é impossível, pois qualquer que seja o número natural a) x > 2 … x2 > 4

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
universais em R.
pelo qual se substitui a variável x transforma a condição numa proposição falsa. a) x = 3 … x2 = 9
36 Justifica que: b) (x – 1)(x – 2) = 0 … x = 1
b) x2 = 9 … x = 3
a) em N, x2 + 2x = 0 é Repara que:
c) x = 3 … x4 = 81 c) x2 = 9 … x = 3 ∨ x = –3
uma condição
• para x = 1, 12 – 2 = 0 é uma proposição falsa; d) x > 3 … x2 > 9

aplicações dos conteúdos


impossível; d) x > 3 … x3 > 27
b) em R, x2 + 2 < 0 é uma
• para x ≥ 2, x2 – 2 ≥ 2, pelo que x2 – 2 = 0 é também uma proposição falsa. e) x = 3 … x3 = 27
condição impossível; e) |x + 3| < 2 … x + 3 < 2
Assim, não existem números naturais que verifiquem esta condição.
Adaptado de Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 10.º ano
c) em [4, +∞[, Recorda
(x – 3)(x + 1) = 0 é uma Definição p(x) ⇐ q(x) é o mesmo que

que estão a ser estudados


condição impossível.
q(x) ⇒ p(x).
Uma expressão proposicional impossível ou condição impossível, num determinado Sugestão de resolução
universo, é uma expressão que se transforma numa proposição falsa para qualquer
a) “x > 2 ⇒ x2 > 4” é uma condição universal em R, pois toda a concretização 47 Mostra que as seguintes
concretização das suas variáveis nesse universo.
37 Indica um universo onde a da variável x que satisfaz a primeira condição “x > 2” verifica igualmente a condições não são
universais em R,
condição 2x < 10 seja: segunda x2 > 4.
indicando um número real
a) possível, mas não Exemplos
b) “(x – 1)(x – 2) = 0 ⇐ x = 1” é uma condição universal em R, pois toda a que substituído na variável
universal; x transforme a condição
As seguintes condições são impossíveis em R: concretização da variável x que satisfaz a condição “x = 1” verifica igual-

DEFINIÇÕES
b) universal; numa proposição falsa.
1. x2 = –3 mente a condição “(x – 1)(x – 2) = 0”.
c) impossível. a) x2 = 1 ⇔ x = 1

2. x + 1 < x c) “x = 3 ⇒ x4 = 81” é uma condição universal em R, pois toda a concretiza- b) x4 = 16 ⇔ x = 2


ção da variável x que satisfaz a primeira condição “x = 3” verifica igualmente c) x2 > 9 ⇔ x > 3
3. x2 + 2x + 3 = 0
a segunda “x4 = 81”. d) |x – 1| = 2 ⇔ x – 1 = 2

destacadas para uma mais


Resolvendo a equação, vem:
38 Considera as seguintes d) “x > 3 ⇔ x3 > 27” é uma condição universal em R, pois para toda a con-
condições: x2 + 2x + 3 = 0 ⇔ x = –2 ± √∫4∫ –∫ ∫ 4
∫ ∫¥
∫ ∫3

APRENDE FAZENDO
2 cretização da variável x as condições “x > 3” e “x3 > 27” assumem o mesmo
a) (x – 1)(x + 1) = x2 – 1 Pág. 72
⇔ x = –2 ± √∫–∫8
valor lógico. Exercício 45
b) x2 = 0

fácil identificação
3
c) x2 + 1 =0 e) “|x + 3| < 2 ⇒ x + 3 < 2” é uma condição universal em R, pois toda a con-
Obtemos uma condição impossível em R. CADERNO DE EXERCÍCIOS
d) –x < 0 cretização da variável x que satisfaz a condição “|x + 3| < 2” verifica igual- E TESTES
4. x ≠ x mente a condição x + 3 < 2. Pág. 6
Classifica cada uma das
condições em N, Z e R. Exercício 13
Esquematizando / Resumindo
Soluções

46. a) ⟹
A classificação de condições num dado universo pode ser sintetizada no seguinte
b) ⟸
Soluções esquema: Erro típico c) ⟺
Universais – todas as concretizações das variáveis
37. Por exemplo: d) ⟹
dão origem a uma proposição verdadeira.
a) R e) ⟺
Possíveis Um erro muito comum na resolução da alínea a) do exercício anterior é escrever
b) ]–∞, 5[ 47. a) –1∈R e (–1)2 = 1 ⇔ –1 = 1
c) {5, 7, 10}
Não universais – se pelo menos uma x > 2 ⇔ x2 > 4 é uma proposição falsa.
concretização das variáveis der origem a uma
38. Expressões proposição verdadeira e uma concretização
 b) –2∈R e (–2)4 = 16 ⇔ –2 = 2 é
a) É universal em N, Z e R. proposicionais der origem a uma proposição falsa. Erro! uma proposição falsa.
ou condições
b) É impossível em N e é c) –4∈R e (–4)2 > 9 ⇔ –4 > 3 é
Repara que “x > 2 ⇔ x2 > 4” não é uma condição universal em R. Se fizermos
possível em Z e R. uma proposição falsa.
c) É impossível em N, Z e R. Impossíveis – todas as concretizações das a concretização de x por –3, obtemos a proposição –3 > 2 ⇔ (–3)2 > 4, que é d) –1∈R e |–1 – 1| = 2
d) É universal em N e é possível
variáveis dão origem a uma proposição falsa. uma proposição falsa, uma vez que (F ⇔ V) ⇔ F. ⇔ –1 – 1 = 2 é uma proposição
em Z e R. falsa.

34 41

ESQUEMATIZANDO/ ERRO TÍPICO


RESUMINDO alerta para erros que
sínteses intercalares são frequentemente
cometidos e que
devem evitar

REMISSÕES PARA
O “APRENDE FAZENDO”
E PARA O CADERNO
DE EXERCÍCIOS E TESTES

SOLUÇÕES
exclusivas da Edição do Professor,
surgem no fim de cada página

NO FINAL
TEMA I Introdução à lógica bivalente e à teoria dos conjuntos Itens de construção

Aprende Fazendo

Itens de seleção Itens de construção


DO MANUAL
1 Sejam p e q as proposições: 14 Das expressões seguintes, indica as que são designações e as que são proposições.

• Soluções
p: “O Afonso usa óculos.” a) “52 × (p – 3)”
q: “O Afonso usa chapéu.” b) “ 1 + 1 = 1 ”
3 3 6
a) Em linguagem simbólica, a proposição “O Afonso usa óculos ou chapéu” pode escrever-se como:
c) “17 é um número primo.”
(A) p ∧ q (B) p ∨ q (C) ∼p ∨ q (D) ∼p ∧ ∼q
d) “O triângulo de vértices A, B e C.”
b) Em linguagem simbólica, a proposição “O Afonso não usa óculos nem chapéu” pode escrever-se
como: e) “Há triângulos no plano com dois ângulos retos.”

APRENDE FAZENDO
(A) p ∧ q (B) p ∨ q (C) ∼p ∨ q (D) ∼p ∧ ∼q f) “√∫3 > p + 1”

g) “–5 ∈N”
Soluções: a) Opção (B) b) Opção (D)
h) “{1, 2, 3}”

conjunto de exercícios
i) “{1, 2, 3, 6} é o conjunto dos divisores naturais de 6.”
2 Sabe-se que a ⟺ b é uma proposição falsa. Então, acerca dos valores lógicos das proposições a e b,
podemos concluir que: j) “Existe um número primo que é par.”

(A) a e b são ambas verdadeiras. Soluções: São designações: a), d) e h). São proposições: b), c), e), f), g), i) e j)

de aplicação e consolidação;
(B) a e b são ambas falsas.
15 Indica o valor lógico das proposições do exercício anterior.
(C) a e b têm valor lógico diferente.
Soluções: b), e), f) e g) são proposições falsas. c), i) e j) são proposições verdadeiras.
(D) nada se pode concluir.

organizados em itens de seleção


Solução: Opção (C)

Nas atividades
16 Considera as proposições:
p: “Eu gosto do verão”.
3 Das expressões seguintes, considerando x um número real, qual delas não é uma expressão proposi- q: “Eu não gosto do inverno”.
r: “Eu gosto da primavera”.

e itens de construção e em grau


cional?

assinaladas com
(A) “O dobro de x é 7.” (B) 2x + 7 Traduz em linguagem corrente as seguintes proposições.

(C) x > 2 ∧ x < 7 (D) “x é múltiplo de 2 e de 7.” a) p ∧ q b) q ∨ r c) ~p ∧ ~q

d) ~q ∨ r e) ~(p ∨ r) f) ~p ∧ ~r

de dificuldade devidamente
Solução: Opção (B)

4 Considera os conjuntos A, B e C:
Soluções: a) “Eu gosto do verão e não gosto do inverno.” b) “Eu não gosto do inverno ou gosto da primavera.” c) “Eu não
gosto do verão e gosto do inverno.” d) “Eu gosto do inverno ou da primavera.” e) “Não é verdade que eu goste do verão ou
da primavera.” f) “Eu não gosto do verão nem da primavera.” este símbolo não
identificado
A = {1, 2}, B = {2, 1} e C = {n ∈N: n2 ≤ 9}

escrevas no manual.
17 Determina o valor lógico das proposições p e q, sabendo que a proposição:
Qual das opções seguintes é verdadeira?
a) p ∧ q é verdadeira; b) p ∨ q é falsa; c) ~p ∧ q é verdadeira.
(A) A = B = C (B) A = B e C ⊂ A (C) B = C (D) A = B e A ⊂ C
Soluções: a) p e q são proposições verdadeiras. b) p e q são proposições falsas. c) p é uma proposição falsa e q é uma
Solução: Opção (D) proposição verdadeira.

62 65
ÍNDICE

Apresentação ....................................................................................................... 03

TEMA I

Introdução à lógica bivalente e à teoria dos


conjuntos
Introdução ............................................................................................................. 12
1. Proposições ...................................................................................................... 13
1.1. Termos e proposições ...................................................................................... 13
1.2. Operações e propriedades sobre proposições................................................ 14

2. Condições e conjuntos ................................................................................... 30


2.1. Expressões proposicionais ou condições. Expressões designatórias ............ 30
2.2. Classificação de uma condição num dado universo ...................................... 33
2.3. Cálculo proposicional com variáveis ............................................................. 35
2.4. Equivalência como dupla implicação. Condição necessária e
condição suficiente ....................................................................................... 42
2.5. Quantificadores ............................................................................................ 42
2.6. Segundas leis de De Morgan ......................................................................... 48
2.7. Conjuntos definidos por condições ................................................................ 50
2.8. Inclusão de conjuntos ................................................................................... 55
2.9. Interseção de dois conjuntos ........................................................................ 57
2.10. União (ou reunião) de dois conjuntos ............................................................ 57
2.11. Complementar de um conjunto. Complementar de um conjunto
em relação a outro ....................................................................................... 58

Aprende fazendo ....................................................................................................... 62


Desafios .................................................................................................................... 73

TEMA II

Álgebra
1. Radicais ............................................................................................................. 76
1.1. Monotonia da potenciação ............................................................................... 76
1.2. Raízes de índice n ∈N, n ≥ 2 ........................................................................... 79
ÍNDICE

1.3. Propriedades algébricas de expressões com radicais .................................... 83


1.4. Passagem de fatores para fora de um radical ................................................. 92
1.5. Racionalização de denominadores .................................................................. 95

2. Potências de expoente racional ................................................................... 101


2.1. Potências de expoente inteiro ....................................................................... 101
2.2. Potências de expoente racional ................................................................... 102
Aprende fazendo ...................................................................................................... 106

3. Divisão inteira de polinómios ........................................................................ 114


3.1. Generalidades (revisões) ............................................................................... 114
3.2. Adição, subtração e multiplicação de polinómios (revisão) ............................ 117
3.3. Divisão inteira de polinómios ........................................................................ 119
3.4. Regra de Ruffini ........................................................................................... 122
3.5. Divisibilidade por x – a. Teorema do Resto .................................................... 127
3.6. Multiplicidade da raiz de um polinómio .......................................................... 131
3.7. Decomposição de um polinómio em fatores ................................................. 134
3.8. Determinação dos zeros de um polinómio .................................................... 138
3.9. Resolução de algumas inequações polinomiais de grau superior ao segundo ... 140
Aprende fazendo ...................................................................................................... 142
Desafios .................................................................................................................. 151

TEMA III

Geometria analítica
1. Geometria analítica no plano ....................................................................... 154
1.1. Referenciais ortonormados ............................................................................ 154
1.2. Distância entre dois pontos no plano ............................................................. 155
1.3. Coordenadas do ponto médio de um segmento de reta ................................. 157
1.4. Equação / inequação cartesiana de um conjunto de pontos ........................... 161
1.5. Inequações cartesianas de semiplanos ......................................................... 162
1.6. Mediatriz de um segmento de reta ................................................................. 167
1.7. Circunferência e círculo ................................................................................. 170
1.8. Elipse ............................................................................................................. 176
Aprende fazendo ...................................................................................................... 182
ÍNDICE

2. Cálculo vetorial no plano............................................................................... 190


2.1. Revisões ....................................................................................................... 190
2.2. Operações com vetores .............................................................................. 195
2.3. Operações com coordenadas de vetores .................................................... 206
2.4. Retas no plano ............................................................................................. 216

Aprende fazendo ..................................................................................................... 230

3. Geometria analítica no espaço .................................................................... 238


3.1. Referencial ortonormado do espaço ............................................................ 238
3.2. Equações de planos paralelos aos planos coordenados .............................. 244
3.3. Equações de retas paralelas aos eixos coordenados .................................. 245
3.4. Distância entre dois pontos no espaço ........................................................ 246
3.5. Coordenadas do ponto médio de um segmento de reta ............................... 247
3.6. Plano mediador de um segmento de reta ..................................................... 248
3.7. Superfície esférica e esfera .......................................................................... 251

4. Cálculo vetorial no espaço ........................................................................... 257


4.1. Vetores do espaço ....................................................................................... 257
4.2. Operações com coordenadas de vetores .................................................... 260
4.3. Vetor posição de um ponto e respetivas coordenadas ................................ 262
4.4. Operações com vetores do espaço a partir das suas coordenadas ............ 262
4.5. Equações de retas no espaço ..................................................................... 265

Aprende fazendo ..................................................................................................... 268


Desafios .................................................................................................................. 277

Soluções .............................................................................................................. 278

TEMA IV – Funções reais de variável real


VOL. 2
TEMA V – Estatística
Desafios

Observa os dilemas do Raposo no vídeo “Mulheres


que sabem o que querem”. Vídeo
“Mulheres que sabem o
que querem.”
1.º dilema
Segundo a Rebeca, restaurantes bons não são baratos!
De acordo com a Vanessa, restaurantes baratos não são bons!
Para o Raposo, as duas amigas têm uma opinião bastante diferente sobre os restaurantes.
Será que elas de facto estão a dizer coisas diferentes?
Ou será que não passa da mesma afirmação dita por outras palavras?

2.º dilema
Nesse mesmo dia, a Rebeca contou ao Raposo que ela, a Vanessa e a Sara vestem sempre
saia ou calças e têm três regras que não podem ser quebradas:
• Sempre que a Sara leva saia, a Vanessa leva calças.
• A Sara leva saia se e só se a Rebeca levar calças.
• A Vanessa e a Rebeca nunca vão as duas de calças.
Finalmente, a Vanessa diz ao Raposo que uma das três amigas usou saia na segunda-feira,
calças na terça-feira, e que está apaixonada por ele.
Consegues descobrir qual das três amigas está apaixonada pelo Raposo?
No final deste tema voltaremos a estes problemas. Rogério Martins
TEMA I
Introdução à lógica bivalente e
à teoria dos conjuntos
1. Proposições

2. Condições e conjuntos
TEMA I Introdução à lógica bivalente e à teoria dos conjuntos

Introdução

Tarefa resolvida

Lê atentamente este conhecido problema de lógica e tenta resolvê-lo.

Um prisioneiro encontrava-se numa cela com duas saídas, cada uma delas com
um guarda. Cada saída dava para um corredor diferente, um dos quais conduzia à
liberdade e o outro a um fosso com crocodilos. Só os guardas sabiam qual era a saída
certa, mas enquanto um deles dizia sempre a verdade o outro mentia sempre. O pri-
sioneiro não sabia qual era a saída certa nem qual era o guarda que dizia a verdade.

Se fosse permitido ao prisioneiro fazer a um dos guardas, ao acaso, uma única


pergunta, que pergunta deveria ele fazer para saber qual a porta certa?

Sugestão de resolução

A pergunta poderia ser: Guarda, se eu perguntar ao seu colega qual é a porta


que me conduz à liberdade, qual é a que ele me indica?
Designando por A a porta certa (a que dá acesso à liberdade) e por B a porta
errada (a que conduz ao fosso de crocodilos):
• Se a pergunta for dirigida ao guarda que diz sempre a verdade, ele vai res-
ponder que o colega (que é mentiroso) indicará a porta B (porta errada);
• Se a pergunta for dirigida ao guarda mentiroso, ele vai mentir, ou seja, vai
responder que o colega (que diz a verdade) indicará a porta B (porta errada).
Repara que seja qual for o guarda a quem se faz a pergunta, irá sempre ser ob-
tida como resposta a porta errada, a que conduz ao fosso de crocodilos. Claro
que tendo conhecimento da porta errada, tem-se conhecimento da porta certa!
Claro que o mais provável é não te deparares com uma situação destas no dia
a dia mas, atendendo à complexidade do mundo em que vivemos, serás confron-
tado com vários problemas de natureza muito distinta e é fundamental seres
capaz de raciocinar bem.

O estudo deste tema, que vamos agora iniciar, pretende estruturar o pensamento
e desenvolver o raciocínio abstrato dos alunos. No final desta unidade deverás re-
conhecer a importância da linguagem formal (simples e rigorosa) na construção de
uma teoria matemática e na elaboração de análises objetivas e coerentes, enquanto
que a linguagem corrente está muitas vezes sujeita a duplos sentidos e contradições.

12
UNIDADE 1 Proposições

UNIDADE 1
Proposições

1.1. Termos e proposições


As expressões utilizadas pela linguagem matemática formal são, na sua essência, se- LTC10_1.1
melhantes às utilizadas pela linguagem corrente. No entanto, a sua interpretação e análise
podem ser diferentes. Tal como já foi dito, ao contrário da linguagem corrente, a lingua-
gem formal não pode estar sujeita a duplas interpretações ou contradições. Em particular,
vamos estudar dois tipos de expressões: termos ou designações e proposições. Resolução
Todos os exercícios de “Proposições”.

Definição 1 Das expressões seguintes,


indica as que são
Termo ou designação é uma expressão que designa um objeto. designações e as que são
proposições.
a) “32”
b) “32 = 6”
Exemplos
c) “2 é o único número
1. “p” primo par.”
d) “A reta r que passa pelo
2. “4 + √∫3 – 1”
ponto A e é
3. “O número real cujo dobro é 10.” perpendicular à reta s.”

4. “O mínimo múltiplo comum entre 3 e 16.” e) “√∫2 > π”

2 Indica o valor lógico das


Definição proposições do exercício
anterior.
Proposição é uma expressão à qual se pode atribuir um valor lógico “verdadeiro” ou
“falso”. APRENDE FAZENDO
Págs. 62 e 65
É comum as proposições serem representadas por p, q, … Exercícios 1, 2, 14 e 15

CADERNO DE EXERCÍCIOS
E TESTES
Exemplos Pág. 4
Exercícios 1 e 2
1. “p é um número irracional.”
Soluções
2. “4 + √∫3 – 1 = 3 + √∫3”
1. a) Designação.
3. “4 é o número real cujo dobro é 10.”
b) Proposição.
4. “O mínimo múltiplo comum entre 3 e 16 é 19.” c) Proposição.
d) Designação.
e) Proposição.
2. b) Proposição falsa.
Repara que proposições são afirmações às quais tem sentido atribuir um dos valores ló- c) Proposição verdadeira.
gicos, “verdadeiro” ou “falso”, e que se costumam representar por V ou F, respetivamente. e) Proposição falsa.

13
TEMA I Introdução à lógica bivalente e à teoria dos conjuntos

LTC10_1.2 Nos exemplos apresentados na página anterior, as duas primeiras proposições são ver-
LTC10_1.4 dadeiras e as duas últimas são falsas.
As relações lógicas entre proposições são o objeto de estudo da lógica proposicional.
Admitem-se neste estudo os princípios que seguidamente apresentamos.

Princípio do terceiro excluído


Uma proposição ou é verdadeira ou a sua negação é verdadeira, isto é, verifica-se
sempre um destes casos e nunca um terceiro.
Princípio de não contradição
Uma proposição não pode ser simultaneamente verdadeira e falsa.

Definição

Equivalência de proposições
Duas proposições, p e q, dizem-se equivalentes se tiverem o mesmo valor lógico. Sim-
bolicamente, escreve-se frequentemente p ⇔ q para afirmar que p e q são equivalentes.

Observa que o sinal ⇔ significa apenas que são iguais os valores lógicos das proposi-
ções em questão, ou são ambas verdadeiras ou são ambas falsas, não se referindo ao sig-
nificado das mesmas.

1.2. Operações e propriedades sobre proposições


À semelhança do que acontece habitualmente, quando pensamos e construímos raciocí-
3 Escreve a negação de cada nios a partir de afirmações simples, que, à partida, podem assumir qualquer um dos valores
uma das seguintes lógicos, verdadeiro ou falso, é possível construir novas (proposições compostas) a partir de
proposições. proposições mais simples, utilizando operações que designamos por operações lógicas.
a) “Paris é a capital de
Espanha.”
b) “Saramago escreveu o Negação
Memorial do
Convento.”
A negação surge com frequência na linguagem corrente através da utilização de palavras
c) “Todas as crianças
como “não”, “nunca”, “nem” e “não é verdade que”.
gostam de brincar com
legos.” Por exemplo, consideremos a proposição: “Cristiano Ronaldo é jogador de futebol”.
A sua negação é uma nova proposição: “Cristiano Ronaldo não é jogador de futebol”.
Soluções
Definição
3. Por exemplo:
a) “Paris não é a capital de
Espanha.” Dada uma proposição p, não p é uma nova proposição que é verdadeira se p é falsa
b) “Não é verdade que e é falsa se p é verdadeira.
Saramago tenha escrito o
Memorial do Convento.”
A proposição “não p”, que também se diz a negação de p, representa-se por “~p”
c) “Nem todas as crianças ou “¬p”.
gostam de brincar com legos.”

14
UNIDADE 1 Proposições

O valor lógico da negação de uma proposição pode ser obtido a partir do valor lógico
LTC10_1.5
da proposição dada, o que pode ser facilmente resumido na seguinte tabela, habitual-
mente designada por tabela de verdade da negação:
p ~p
Nota
V F Uma proposição verdadeira
(ou falsa) pode ser também
F V
representada por V (ou F)
sempre que esta notação
Assim, sendo V uma proposição verdadeira e F uma proposição falsa, temos que: não for ambígua.

(∼V) ⇔ F e (∼F) ⇔ V

Exemplos 4 Escreve a negação de cada


uma das seguintes
1. p: “A Matemática é uma ciência.” proposições. Indica o
~p: “Não é verdade que a Matemática seja uma ciência.” valor lógico da proposição
e da sua negação.
ou, de forma equivalente:
a) “12 é um número
~p: “A Matemática não é uma ciência.” natural.”
2. p: “Todos os matemáticos estudam lógica.” b) “1 + 2 ¥ 3 = 9”
~p: “Não é verdade que todos os matemáticos estudem lógica.” c) “√∫2 ∈Q”
ou, de forma equivalente: d) “3 não é um divisor

~p: “Nem todos os matemáticos estudam lógica.” comum de 6 e de 9.”


e) “Nem todos os números
3. p: “Nenhuma pessoa morena tem olhos azuis.”
múltiplos de 5 terminam
~p: “Não é verdade que nenhuma pessoa morena tenha olhos azuis.” em 5.”
ou, de forma equivalente:
~p: “Algumas pessoas morenas têm olhos azuis.”
4. p: “√∫9 + 2 ¥ 5 = 25”
~p: “~(√∫9 + 2 ¥ 5 = 25)” Soluções
ou, de forma equivalente: 4.
~p: “√∫9 + 2 ¥ 5 ≠ 25” a) “12 é um número natural.” –
proposição verdadeira
5. p: “p > 3,1”
“12 não é um número natural.”
~p: “~(p > 3,1)” – proposição falsa
b) “1 + 2 ¥ 3 = 9” – proposição
falsa
Lei da dupla negação “1 + 2 ¥ 3 ≠ 9” – proposição
verdadeira
Dada uma proposição p, tem-se que:
c) “√∫2 ∈Q” – proposição falsa
~(~p) ⇔ p “√∫2∉Q” – proposição
verdadeira
d) “3 não é um divisor comum
Repara que a dupla negação equivale à afirmação. de 6 e de 9.” – proposição falsa
“3 é um divisor comum de 6 e
Exemplo de 9.” – proposição verdadeira
e) “Nem todos os números
p: “11 é um número primo.” múltiplos de 5 terminam em 5.”
– proposição verdadeira
~p: “11 não é um número primo.”
“Todos os números múltiplos de
~(~p): “Não é verdade que 11 não é um número primo”. 5 terminam em 5.” – proposição
A afirmação acima equivale a afirmar que “11 é um número primo”. falsa

15
TEMA I Introdução à lógica bivalente e à teoria dos conjuntos

LTC10_1.6
Conjunção

A conjunção de duas proposições surge com frequência na linguagem corrente através da


utilização da palavra “e” ou de outras expressões, como poderás observar nos exemplos à frente.
Consideremos as proposições: “Cristiano Ronaldo é jogador de futebol”.
“Cristiano Ronaldo é natural da Madeira”.
A sua conjunção é uma nova proposição: “Cristiano Ronaldo é jogador de futebol e é
natural da Madeira”.

Definição

Dadas duas proposições p e q, a conjunção de p e q é uma nova proposição que é


verdadeira se e somente se p e q forem simultaneamente verdadeiras.
A nova proposição representa-se por “p ∧ q” e lê-se p e q.

5 Sejam p e q as O valor lógico da conjunção pode ser obtido a partir dos valores lógicos das proposições
proposições:
p e q dadas, como se encontra resumido na seguinte tabela de verdade:
p: “As rosas são
vermelhas.” p∧q ou:
q: “As margaridas são
p q V F p q p∧q
brancas.”
Traduz em linguagem V V F V V V
corrente as seguintes
proposições. F F F V F F
a) p ∧ q
b) (~p) ∧ q F V F

F F F

6 Considerando as Assim, sendo V uma proposição verdadeira e F uma proposição falsa, temos que:
proposições p e q do
exercício anterior, traduz (V ∧ V) ⇔ V (V ∧ F) ⇔ F (F ∧ V) ⇔ F (F ∧ F) ⇔ F
simbolicamente:
Exemplos
a) “As rosas são vermelhas
e as margaridas não são 1. p: “Os ovos moles são típicos de Aveiro.”
brancas.”
q: “Os moliceiros são típicos de Aveiro.”
b) “Nem as rosas são
p ∧ q: “Tanto os ovos moles como os moliceiros são típicos de Aveiro.”
vermelhas nem as
margaridas são Como as duas proposições são verdadeiras, a conjunção das duas é também uma pro-
brancas.” posição verdadeira.
2. p: “Chanel foi um importante matemático.”
q: “Picasso foi um importante matemático.”
Soluções
p ∧ q: “Quer Chanel, quer Picasso foram importantes matemáticos.”
5.
Como as duas proposições são falsas, a conjunção das duas é também uma proposição falsa.
a) “As rosas são vermelhas e as
margaridas são brancas.” 3. p: “2 é um número ímpar.” q: “2 é um número primo.”
b) “As rosas não são vermelhas p ∧ q: “2 é um número ímpar e 2 é um número primo.”
e as margaridas são brancas.” Como uma das proposições é falsa, a conjunção das duas é uma proposição falsa.
6.
a) p ∧ (~q) 4. p: “32 > 4” q: “|–3| < 3” p ∧ q: “32 > 4 ∧ |–3| < 3”
b) (~p) ∧ (~q) Como uma das proposições é falsa, a conjunção das duas é uma proposição falsa.

16
UNIDADE 1 Proposições

Disjunção LTC10_1.7

A disjunção de duas proposições surge com frequência na linguagem corrente através


da utilização da palavra “ou”.
Consideremos as proposições: “Cristiano Ronaldo é jogador de futebol de um clube”.
“Cristiano Ronaldo é jogador da seleção nacional”.
A sua disjunção é uma nova proposição: “Cristiano Ronaldo é jogador de futebol de
um clube ou é jogador da seleção nacional”.
Definição
7 Sejam p e q as
Dadas duas proposições p e q, a disjunção de p e q é uma nova proposição que é falsa proposições:
se e somente se p e q forem simultaneamente falsas. p: “7 é um número
racional.”
Esta proposição representa-se por “p ∨ q” e lê-se p ou q.
1
q: “ é um número inteiro.”
3
O valor lógico da disjunção p ∨ q pode ser obtido a partir dos valores lógicos das pro- Traduz em linguagem
corrente as seguintes
posições p e q dadas, como se encontra resumido na seguinte tabela de verdade:
proposições.
p∨q ou: a) p ∨ q
b) (~p) ∨ q
p q V F p q p∨q
c) (~p) ∨ (~q)
V V V V V V
F V F V F V

F V V

F F F

Assim, sendo V uma proposição verdadeira e F uma proposição falsa, temos que:
(V ∨ V) ⇔ V (V ∨ F) ⇔ V (F ∨ V) ⇔ V (F ∨ F) ⇔ F 8 Indica o valor lógico de
todas as proposições
Exemplos consideradas no exercício
anterior.
1. p: “2 é um número ímpar.” q: “2 é um número primo.”
p ∨ q: “2 é um número ímpar ou 2 é um número primo.”
APRENDE FAZENDO
Como uma das proposições é verdadeira, a disjunção das duas é uma proposição verdadeira.
Págs. 65 e 68
2. p: “–32 > 4” q: “|–3| < 3” p ∨ q: “–32 > 4 ∨ |–3| < 3” Exercícios 16 e 25
Como as duas proposições são falsas, a disjunção das duas é também uma proposição falsa.
Soluções
3. p: “7 ∈N” q: “7 > p” p ∨ q: “7 ∈N ∨ 7 > p”
Como ambas as proposições são verdadeiras, a disjunção das duas é uma proposição 7.
a) “7 é um número racional ou
verdadeira. 1
é um número inteiro.”
3
Repara que em linguagem corrente e num contexto não matemático, a palavra “ou” por
b) “7 não é um número racional
vezes tem uma interpretação diferente desta que acabamos de definir. Por exemplo, 1
ou é um número inteiro.”
quando dizemos “ou vou à praia ou vou ao cinema”, está implícito que as situações não 3
c) “7 não é um número racional
podem ocorrer em simultâneo (disjunção exclusiva). 1
ou não é um número inteiro.”
Num contexto matemático, a disjunção exclusiva é menos utilizada. Assim, quando fa- 3
8. p; p ∨ q e (~p) ∨ (~q) são
lamos em disjunção ou simplesmente utilizamos a palavra “ou” estamos a considerar a
proposições verdadeiras.
disjunção conforme definida acima, isto é, uma disjunção de duas proposições é verda- q e (~p) ∨ q são proposições
deira quando pelo menos uma delas é verdadeira. falsas.

17
TEMA I Introdução à lógica bivalente e à teoria dos conjuntos

9 Sejam p e q duas Prioridades das operações lógicas


proposições das quais se
sabe que p ∧ q é uma Tal como acontece nas operações numéricas, os parênteses indicam quais as operações
proposição verdadeira e F lógicas que devem ser efetuadas em primeiro lugar. Para simplificar a escrita, convencio-
é uma proposição falsa.
nou-se que em qualquer sequência de operações lógicas, a menos de utilização de pa-
Indica o valor lógico de
cada uma das seguintes rênteses, a negação tem prioridade relativamente à conjunção e à disjunção.
proposições.
Exercícios resolvidos
a) p
b) ~q
1. Sejam p e q duas proposições das quais se sabe que p ∨ q é uma proposição falsa.
c) p ∨ q
Indica o valor lógico de cada uma das seguintes proposições:
d) ~(p ∨ q)
e) p ∧ ~q a) ∼p b) p ∧ q c) ~p ∨ q

f) p ∧ F
g) p ∨ F Sugestão de resolução

Sabemos que para a proposição p ∨ q ser falsa, as proposições p e q têm de


ser ambas falsas. Assim:
a) ∼p é uma proposição verdadeira, visto ser a negação de uma proposição falsa.

b) p ∧ q é uma proposição falsa, visto ser a conjunção de duas proposições falsas.

10 Indica o valor lógico de c) ~p ∨ q é uma proposição verdadeira, visto ser a disjunção de uma proposição
cada uma das seguintes verdadeira (∼p) com uma proposição falsa (q).
proposições.
a) “15 é um número primo
e ímpar.” 2. Indica o valor lógico de cada uma das seguintes proposições.
b) “Tanto 2 como 5 são a) “222 é múltiplo de 3 e 3 é um número par.”
divisores de 100.”
c) “16 é múltiplo de 5 ou b) “222 é múltiplo de 3 ou 3 é um número par.”
de 6.”
c) “7 é menor ou igual a 7.”
d) “p > 3,14 ∨ –1 < –2”

Sugestão de resolução

APRENDE FAZENDO a) A proposição “3 é um número par“ é falsa, logo, a conjunção das duas, “222
Pág. 65 é múltiplo de 3 e 3 é um número par”, é uma proposição falsa.
Exercício 17
b) A proposição “222 é múltiplo de 3“ é verdadeira, logo, a disjunção das duas,
Soluções “222 é múltiplo de 3 ou 3 é um número par”, é uma proposição verdadeira.
9. c) A proposição “7 é igual a 7“ é verdadeira, logo, a disjunção das duas, “7 é
a) Proposição verdadeira.
menor ou igual a 7”, é uma proposição verdadeira.
b) Proposição falsa.
c) Proposição verdadeira.
d) Proposição falsa.
e) Proposição falsa.
f) Proposição falsa. Erro típico
g) Proposição verdadeira.
10.
a) Proposição falsa.
Um erro comum consiste em considerar que a afirmação “7 é menor ou igual a
b) Proposição verdadeira. 7” é uma afirmação falsa. Contudo, como acabámos de verificar na alínea c) do
c) Proposição falsa. exercício resolvido anterior, a afirmação “7 é menor ou igual a 7” é verdadeira.
d) Proposição verdadeira.

18
UNIDADE 1 Proposições

Propriedades da conjunção, disjunção, negação e suas relações LTC10_1.12


LTC10_1.14

Algumas das propriedades que já conheces sobre operações com números também se 11 Constrói uma tabela de
aplicam às operações sobre proposições. verdade para as seguintes
Sejam p, q e r proposições que assumem qualquer valor lógico, V uma proposição ver- proposições.
dadeira e F uma proposição falsa. a) ~p ∨ q b) ~(p ∨ q)
c) p ∧ ~q
Propriedades Conjunção Disjunção
Nota
Comutatividade (p ∧ q) ⇔ (q ∧ p) (p ∨ q) ⇔ (q ∨ p) Chama-se tautologia a
uma proposição composta,
Associatividade ((p ∧ q) ∧ r) ⇔ (p ∧ (q ∧ r)) ((p ∨ q) ∨ r) ⇔ (p ∨ (q ∨ r))
que é verdadeira quaisquer
Existência de (p ∧ V) ⇔ (V ∧ p) ⇔ p (p ∨ F) ⇔ (F ∨ p) ⇔ p que sejam os valores
elemento neutro V é o elemento neutro F é o elemento neutro lógicos das proposições
elementares que a formam.
Existência de (p ∧ F) ⇔ (F ∧ p) ⇔ F (p ∨ V) ⇔ (V ∨ p) ⇔ V
elemento absorvente F é o elemento absorvente V é o elemento absorvente 12 Constrói uma tabela de
verdade para provar que a
Idempotência (p ∧ p) ⇔ p (p ∨ p) ⇔ p
seguinte expressão é uma
Distributividade da tautologia.
conjunção em relação (p ∧ (q ∨ r)) ⇔ ((p ∧ q) ∨ (p ∧ r)) p ∨ (~p ∨ q)
à disjunção
APRENDE FAZENDO
Distributividade da
disjunção em relação (p ∨ (q ∧ r)) ⇔ ((p ∨ q) ∧ (p ∨ r)) Págs. 66 e 68
Exercícios 18 e 26
à conjunção
Soluções
A demonstração de cada uma destas propriedades pode ser feita recorrendo a tabelas 11. a) p q ~p ~p ∨ q
de verdade ou mostrando que as proposições assumem o valor lógico V (ou F) exatamente
V V F V
nas mesmas situações. A título de exemplo, vamos demonstrar: V F F F
1. Propriedade comutativa da conjunção F V V V
F F V V
Começamos por considerar todas as possibilidades de sequências de valores lógicos
que p e q podem assumir: b)
p q p ∨ q ~(p ∨ q)
p q p∧q q∧p
V V V F
V V
V F V F
V F F V V F
F V F F F V

F F c)
p q ~q p ∧ ~q
Para cada uma das possibilidades determina-se o valor lógico de p ∧ q e de q ∧ p:
V V F F
V F V V
p q p∧q q∧p
F V F F
V V V V F F V F
V F F F 12.
F V F F p q ~p ~p ∨ q p ∨ (~p ∨ q)

F F F F V V F V V
V F F F V
Observa-se que as colunas correspondentes às proposições p ∧ q e q ∧ p são iguais. F V V V V
Logo, (p ∧ q) ⇔ (q ∧ p). F F V V V

19
TEMA I Introdução à lógica bivalente e à teoria dos conjuntos

LTC10_1.2 2. Verificação de que V é o elemento neutro da conjunção


LTC10_1.7
LTC10_1.12
A proposição (p ∧ V) é verdadeira exatamente quando ambas as proposições p e V são
verdadeiras. Como a proposição V é sempre verdadeira, a proposição p ∧ V é verdadeira
Nota
exatamente quando a proposição p é verdadeira. Desta forma, a proposição (p ∧ V) é
A associatividade da equivalente à proposição p.
conjunção e da disjunção
permite escrever sem 3. Verificação de que V é o elemento absorvente da disjunção
ambiguidades proposições
Consideremos todos os valores lógicos que p pode assumir e para cada uma das possi-
na forma
p ∧ q ∧ r e p ∨ q ∨ r. bilidades determina-se o valor lógico de (p ∨ V).

p p ∨V
13 Prova, através de uma
tabela de verdade, a V V
propriedade distributiva da
conjunção em relação à F V
disjunção.
(p ∧ (q ∨ r)) Observa-se que a coluna correspondente à proposição (p ∨ V) é constituída apenas pelo
⇔ ((p ∧ q) ∨ (p ∧ r))
valor lógico V. Logo, (p ∨ V) ⇔ V.
Recorda

Princípio do terceiro Tradução simbólica dos princípios do terceiro excluído e de não contradição
excluído
Dada uma proposição p, tem-se que:
Uma proposição ou é
verdadeira ou a sua (p ∨ ∼p) ⇔ V Princípio do terceiro excluído
negação é verdadeira, isto (p ∧ ∼p) ⇔ F Princípio de não contradição
é, verifica-se sempre um
destes casos e nunca um
terceiro.
Exercício resolvido
Princípio de não
contradição Considera as proposições p e q. Simplifica as seguintes proposições e indica, sempre
Uma proposição não pode
que possível, o respetivo valor lógico.
ser simultaneamente
verdadeira e falsa. a) ∼p ∨ (p ∨ q)

b) ∼p ∧ (p ∨ q)
14 Considera as proposições
p e q. Simplifica as
seguintes proposições e Sugestão de resolução
indica, sempre que
possível, o respetivo valor a) ∼p ∨ (p ∨ q)
lógico. ⇔ (∼p ∨ p) ∨ q (propriedade associativa da disjunção)
a) p ∧ (~p ∧ q)
⇔V∨q (princípio do terceiro excluído: (∼p ∨ p) ⇔ V)
b) p ∨ (~p ∨ q)
⇔V (V é o elemento absorvente da disjunção)
c) p ∧ (~p ∨ q)
b) ∼p ∧ (p ∨ q)
15 Prova, utilizando tabelas ⇔ (∼p ∧ p) ∨ (∼p ∧ q) (propriedade distributiva da conjunção em relação
de verdade, a seguinte lei à disjunção)
de De Morgan. ⇔ F ∨ (∼p ∧ q) (princípio da não contradição: (∼p ∧ p) ⇔ F)
~(p ∨ q) ⇔ (∼p ∧ ~q)
⇔ ∼p ∧ q (F é o elemento neutro da disjunção)
Soluções Observe-se que não é conhecido o valor lógico desta proposição, que vai de-
14. a) Proposição falsa. pender dos valores lógicos das proposições p e q.
b) Proposição verdadeira.
c) p ∧ q

20
UNIDADE 1 Proposições

LTC10_1.13
Primeiras leis de De Morgan
Dadas duas proposições p e q, tem-se que: Contextualização histórica

1. (∼(p ∧ q)) ⇔ (∼p ∨ ∼q)


2. (∼(p ∨ q)) ⇔ (∼p ∧ ∼q)

Demonstração de 1.

Começamos por considerar todas as possibilidades de sequências de valores lógicos


que p e q podem assumir e, para cada uma das possibilidades, determina-se o valor lógico
Augustus De Morgan
de ∼(p ∧ q) e de ∼p ∨ ∼q: (1806-1871)
Matemático e lógico
britânico, formulou as Leis
p q p∧q ∼(p ∧ q) ∼p ∼q ∼p ∨ ∼q de De Morgan e introduziu
e tornou rigorosa a noção
V V V F F F F de “indução matemática”.
O seu maior contributo
V F F V F V V para a ciência consistiu na
reforma da lógica, abrindo
F V F V V F V o caminho para o
nascimento da lógica
F F F V V V V simbólica.

Observa-se que as colunas correspondentes às proposições ~(p ∧ q) e ∼p ∨ ∼q são iguais. 16 Considera as proposições
Logo, (~(p ∧ q)) ⇔ (∼p ∨ ∼q), como queríamos demonstrar. p, q e r. Escreve o mais
simplificadamente possível
Constatamos que: proposições equivalentes à
negação das seguintes
proposições.
Dizer que a negação da conjunção de duas proposições é verdadeira é equivalente a) p ∨ ∼q

a dizer que a disjunção das negações das duas proposições é verdadeira. b) ∼p ∧ q


c) p ∨ (q ∧ ∼r)

17 Sejam p e q as
Exemplo
proposições:
Dizer que a proposição “~(√∫2 = 1 ∧ √∫2 = 2)” é verdadeira é o mesmo que dizer que a p: “A Ana é escritora.”
afirmação “(∼√∫2 = 1) ∨ (∼√∫2 = 2)”, ou, de forma equivalente, que a afirmação “√∫2 ≠ 1 ∨ q: “A Ana é famosa.”

√∫2 ≠ 2” é verdadeira. Traduz em linguagem


corrente a negação das
seguintes proposições.
a) p ∧ q b) p ∨ q
Dizer que a negação da disjunção de duas proposições é verdadeira é equivalente a
c) ~p ∨ q d) ~p ∧ ∼q
dizer que a conjunção das negações das duas proposições é verdadeira.
Soluções
16. a) ∼p ∧ q b) p ∨ ∼q
Exemplo c) ∼p ∧ (∼q ∨ r)
17. a) “A Ana não é escritora ou
Dizer que a proposição “~(10 é múltiplo de 3 ∨ 10 é múltiplo de 7)” é verdadeira é o não é famosa.” b) “A Ana não é
mesmo que dizer que a afirmação “(10 não é múltiplo de 3) ∧ (10 não é múltiplo de 7)” escritora nem é famosa.” c) “A
Ana é escritora e não é famosa.”
é verdadeira.
d) “A Ana é escritora ou é famosa.”

21
TEMA I Introdução à lógica bivalente e à teoria dos conjuntos

LTC10_1.8 Exercício resolvido

Utiliza as primeiras leis de De Morgan para encontrar proposições cujo valor lógico
18 Sejam p, q e r as
seja o oposto do das seguintes:
proposições:
p: “O João gosta de a) “O Pedro é músico ou é matemático.”
Matemática.”
q: “O João faz muitos b) “1 é simultaneamente positivo e negativo.”
exercícios.”
c) “7 é maior ou igual a 7.”
r: “O João não tem bons
resultados.”
a) Utilizando operações Sugestão de resolução
lógicas entre p, q e r,
escreve as seguintes Sabemos que:
proposições em
linguagem simbólica. (∼(p ∧ q)) ⇔ (∼p ∨ ∼q) e (∼(p ∨ q)) ⇔ (∼p ∧ ∼q)
i. “Se o João faz muitos Assim, aplicando as primeiras leis de De Morgan, obtemos as seguintes pro-
exercícios, então
posições cujo valor lógico é o oposto das do enunciado:
gosta de Matemática.”
ii. “Se o João tem bons a) “O Pedro não é músico nem é matemático.”
resultados, então faz
muitos exercícios.” b) “1 não é positivo ou 1 não é negativo.”

iii. “Se o João gosta de c) “7 não é maior do que 7 e 7 é diferente de 7.”


Matemática e faz
muitos exercícios,
então tem bons
resultados.”
b) Traduz em linguagem
Implicação
corrente as seguintes
proposições.
A implicação entre proposições surge com frequência na linguagem corrente, através
i. (~p ∨ r) ⇒ ∼q
da utilização das expressões “… implica…” ou “se…, então… ” ou ainda ”… é condição
ii. p ⇒ (q ∧ ∼r)
suficiente para…”.
APRENDE FAZENDO Consideremos as proposições: “Cristiano Ronaldo é jogador de futebol”.
Págs. 66, 68 e 71
“Cristiano Ronaldo está bem preparado fisicamente”.
Exercícios 19, 27, 28, 29
e 44 A implicação entre estas proposições é uma nova proposição: “Se Cristiano Ronaldo é
jogador de futebol, então está bem preparado fisicamente”.
CADERNO DE EXERCÍCIOS
E TESTES
Pág. 5
Definição
Exercício 4
A implicação entre duas proposições, uma primeira, p, e uma segunda, q, é uma nova
Soluções
proposição que é verdadeira nos casos em que:
18.
a) i. q ⇒ p • a primeira é verdadeira e a segunda também;
ii. ∼r ⇒ q • a primeira é falsa e a segunda é verdadeira;
iii. (p ∧ q) ⇒ ∼r • a primeira é falsa e a segunda é falsa.
b) i. “Se o João não gosta de
Matemática ou não tem bons e é falsa no caso em que:
resultados, então o João não faz
muitos exercícios.” • a primeira é verdadeira e a segunda é falsa.
ii. “Se o João gosta de
Este proposição composta representa-se por “p ⇒ q” e lê-se p implica q.
Matemática, então faz muitos
exercícios e tem bons Diz-se que p é o antecedente e q é o consequente da implicação.
resultados.”

22
UNIDADE 1 Proposições

O valor lógico da implicação pode ser obtido a partir dos valores lógicos das proposi- 19 Sejam p e q duas
ções p e q dadas, como se encontra resumido na seguinte tabela de verdade: proposições tais que
p ⇒ q é falsa. Indica o
p⇒q ou:
valor lógico de cada uma
das seguintes proposições.
p q V F p q p⇒q a) p

V V F b) ∼q
V V V
c) p ∨ q
F V V V F F d) ~p ∨ q
e) p ∧ ~q
F V V
f) q ⇒ p
F F V g) ~q ⇒ ~p

Assim, sendo V uma proposição verdadeira e F uma proposição falsa, temos que:
(V ⇒ V) ⇔ V (F ⇒ V) ⇔ V (F ⇒ F) ⇔ V (V ⇒ F) ⇔ F

Expressões como “para se ser feliz é necessário ter dinheiro” ou “se encontrar emprego
então vou ser feliz” podem ser traduzidas em linguagem formal, através de uma impli-
cação.
No entanto, o sentido que damos a estas expressões no dia a dia é muitas vezes diferente
daquele que a implicação tem na definição aqui dada. Repara que quando alguém diz
“se amanhã estiver sol então vou à praia” leva-nos a pensar que se não estiver sol então
não irá à praia. Com esta interpretação, a proposição não pode ser traduzida por uma
implicação, tal como a definimos.

Apesar de ser possível traduzir proposições da linguagem corrente para a linguagem Nota
formal e vice-versa, esta tradução deverá ser feita com muito cuidado. Para evitar cometer A proposição p ⇒ q tam-
erros, é importante perceber devidamente cada um dos conceitos. bém pode ser escrita como
q ⇐ p, mantendo o mesmo
significado.
Quando a partir de duas proposições p e q construímos uma proposição composta O símbolo ⇐ lê-se “… é
p ⇒ q não estamos a afirmar que esta é verdadeira ou falsa, nem sequer a dizer que as implicado por…”, “… se…”,
proposições p e q estão relacionadas. “… desde que… ”, “… con-
tando que…” ou ainda “…
é condição necessária
A proposição p ⇒ q é apenas uma proposição que, em função dos valores lógicos de para…”.
p e de q, toma um valor lógico de acordo com a definição apresentada.
APRENDE FAZENDO
Pág. 64
Exercício 10
Exemplo
Soluções
É verdade que a proposição “a Terra não é um planeta” implica a proposição “ 1 + 1 = 3”, 19.
pois ambas as proposições são falsas e, como vimos, (F ⇒ F) ⇔ V. a) Proposição verdadeira.
b) Proposição verdadeira.
No entanto, em linguagem corrente, esta afirmação é desprovida de sentido, já que c) Proposição verdadeira.
“1 + 1 = 3” não é uma consequência de a Terra não ser um planeta. d) Proposição falsa.
e) Proposição verdadeira.
Em geral, quando se usa esta relação em linguagem corrente pretende-se estabelecer uma f) Proposição verdadeira.
relação de causalidade entre as proposições envolvidas. g) Proposição falsa.

23
TEMA I Introdução à lógica bivalente e à teoria dos conjuntos

LTC10_1.8 Propriedades da implicação e suas relações com outras operações


LTC10_1.10
LTC10_1.15
LTC10_1.16
lógicas

20 Utiliza tabelas de verdade


para mostrar que
Transitividade
quaisquer que sejam os Dadas três proposições p, q e r:
valores lógicos de p, q e r, Se p ⇒ q e q ⇒ r, então p ⇒ r.
a expressão
((p ⇒ q) ∧ (q ⇒ r))
Simbolicamente:
⇒ (p ⇒ r) [((p ⇒ q) ∧ (q ⇒ r)) ⇒ (p ⇒ r)] ⇔ V
é sempre verdadeira
(transitividade da Relação da implicação com a disjunção e negação
implicação).
Sendo p e q duas proposições, tem-se que:
(p ⇒ q) ⇔ (∼p ∨ q)

21 Encontra uma proposição


equivalente a p ∨ q, Para demonstrar esta última propriedade, comecemos por considerar todas as possibi-
utilizando apenas os lidades de sequências de valores lógicos que p e q podem assumir e, para cada uma das
operadores ~ e ⟹. possibilidades, determina-se o valor lógico de p ⇒ q e de ~p ∨ q:

p q p⇒q ~p ~p ∨ q
22 Utilizando a linguagem V V V F V
corrente, nega a seguinte
proposição: “Se 10 é um V F F F F
número par, então é
divisível por 2”. F V V V V

F F V V V

23 Considera as proposições
p, q e r. Escreve o mais Repara que as colunas que dizem respeito a p ⇒ q e ~p ∨ q são iguais, ficando assim
simplificadamente possível provado o que se pretendia.
proposições equivalentes à
negação das seguintes
proposições. Negação da implicação
a) p ⇒ ∼q Dadas duas proposições p e q, tem-se que:
b) ∼p ⇒ q (~(p ⇒ q)) ⇔ (p ∧ ∼q)
c) (p ∧ q) ⇒ r
d) p ⇒ (q ∧ r)
A proposição ~(p ⇒ q) é verdadeira exatamente quando p ⇒ q é uma proposição falsa.
Por sua vez, p ⇒ q é falsa quando p é uma proposição verdadeira e q é uma proposição
falsa, ou seja, quando tanto p como ~q são proposições verdadeiras. É precisamente nesta
Soluções
situação que a proposição p ∧ ~q é verdadeira. Provamos desta forma que ~(p ⇒ q) é equi-
21. (p ∨ q) ⇔ (∼p ⇒ q)
valente a p ∧ ~q.
22. “10 é um número par e não
é divisível por 2.”
23.
Implicação contrarrecíproca
a) p ∧ q
b) ∼p ∧ ∼q Sendo p e q duas proposições, tem-se que:
c) p ∧ q ∧ ~r (p ⇒ q) ⇔ ((∼q) ⇒ (~p))
d) p ∧ (~q ∨ ~r)

24
UNIDADE 1 Proposições

A demonstração desta propriedade pode ser feita recorrendo a tabelas de verdade. 24 Considera as proposições
Começamos por considerar todas as possibilidades de sequências de valores lógicos que p e q. Simplifica as
p e q podem assumir e, para cada uma das possibilidades, determina-se o valor lógico de seguintes proposições e
p ⇒ q e de ~q ⇒ ~p: indica, sempre que
possível, o respetivo valor
lógico.
p q p⇒q ∼q ∼p ∼q ⇒ ∼p
a) p ⇒ (p ∨ q)
V V V F F V b) p ⇒ (p ∧ q)
c) (p ∧ q) ⇒ (p ∨ q)
V F F V F F

F V V F V V

F F V V V V

Repara que as colunas que dizem respeito a p ⇒ q e ~q ⇒ ~p são iguais, ficando assim
provado o que se pretendia.

Um outro processo de verificar que ((p ⇒ q) ⇔ ((∼q) ⇒ (~p))) consiste em recorrer a


propriedades já verificadas previamente:
p⇒q
⇔ ~p ∨ q (relação da implicação com a disjunção e negação)
⇔ q ∨ ~p (propriedade comutativa da disjunção)
⇔ ~(~q) ∨ ~p (lei da dupla negação)
⇔ (∼q ⇒ ~p) (relação da implicação com a disjunção e negação)

Exercício resolvido

Considera as proposições a e b. Simplifica as seguintes proposições e indica, sempre


que possível, o respetivo valor lógico.
a) (∼a ⇒ ∼b) ∨ (∼a ∨ b)
APRENDE FAZENDO
b) (a ⇒ ~b) ⇒ b Págs. 69, 70 e 71
Exercícios 32, 41, 42 e 43

Sugestão de resolução CADERNO DE EXERCÍCIOS


E TESTES
a) (∼a ⇒ ∼b) ∨ (∼a ∨ b) Pág. 5
Exercício 5
⇔ (a ∨ ∼b) ∨ (∼a ∨ b) (lei da dupla negação e relação da implicação com
a disjunção e negação) Soluções
⇔ (a ∨ ∼a) ∨ (∼b ∨ b) (propriedades comutativa e associativa da disjunção) 24.
⇔ V ∨V (princípio do terceiro excluído: (p ∨ ∼p) ⇔ V) a) Proposição verdadeira
(tautologia).
⇔V (V é o elemento absorvente da disjunção) b) ~p ∨ q ou p ⇒ q
c) Proposição verdadeira
(continua) (tautologia).

25
TEMA I Introdução à lógica bivalente e à teoria dos conjuntos

LTC10_1.3 Exercício resolvido

(continuação)
b) (a ⇒ ~b) ⇒ b
25 Sejam p, q e r as
proposições: ⇔ (~a ∨ ~b) ⇒ b (relação da implicação com a disjunção e negação)
p: “A Ana vai à festa.” ⇔ ∼(~a ∨ ~b) ∨ b (relação da implicação com a disjunção e negação)
q: “A Berta vai à festa.”
r: “O Carlos vai à festa.” ⇔ (a ∧ b) ∨ b (lei da dupla negação e lei de De Morgan)
a) Utilizando operações ⇔ (a ∧ b) ∨ (V ∧ b) (V é o elemento neutro da conjunção)
lógicas entre p, q e r,
⇔ (b ∧ a) ∨ (b ∧ V) (propriedade comutativa da conjunção)
escreve as seguintes
proposições em ⇔ b ∧ (a ∨ V) (propriedade distributiva da conjunção em relação
linguagem simbólica. à disjunção)
i. “A Ana vai à festa se e
⇔b∧V (V é o elemento absorvente da disjunção)
só se o Carlos vai à
festa.” ⇔b (V é o elemento neutro da conjunção)
ii. “A Berta vai à festa se
Observe-se que não é conhecido o valor lógico desta proposição.
e só se o Carlos não
vai à festa.”
b) Traduz em linguagem
corrente as seguintes
proposições.
Equivalência
i. r ⇔ (p ∧ q)
ii. (p ∨ ~r) ⇔ q A equivalência surge com frequência na linguagem corrente através da utilização das
expressões “… é equivalente…” ou “… se e só se…”, “… é condição necessária e sufi-
ciente… ”.
Já falámos da equivalência entre proposições, ou seja, da afirmação de que duas pro-
posições têm o mesmo valor lógico. Podemos também utilizar a equivalência para cons-
truir uma proposição composta a partir de duas proposições. O símbolo utilizado em
Convenção ambas as situações é o mesmo, pelo que elas se distinguem de acordo com o contexto
A expressão “se e só se” pode onde aparecem. Apesar destes dois conceitos serem diferentes, eles estão relacionados.
ser abreviada para “sse”. De facto, como poderás verificar na definição de equivalência enquanto operador lógico,
a nova proposição é verdadeira exatamente nas situações em que as proposições que são
utilizadas para a criar são equivalentes, de acordo com a definição de equivalência defi-
nida anteriormente.
Consideremos as proposições: “Cristiano Ronaldo recebeu a Bola de Ouro em 2013”.
“Cristiano Ronaldo foi o melhor jogador de futebol do
mundo para a FIFA, em 2013”.
A equivalência entre estas proposições é uma nova proposição: “Cristiano Ronaldo re-
Soluções
cebeu a Bola de Ouro em 2013 é equivalente a Cristiano Ronaldo foi o melhor jogador
25. de futebol do mundo para a FIFA, em 2013”.
a)
i. p ⇔ r Definição
ii. q ⇔ ∼r
b)
A equivalência entre duas proposições, p e q, é uma nova proposição que é verda-
i. “O Carlos vai à festa se e só se
a Ana e a Berta vão à festa.”
deira quando as duas proposições têm o mesmo valor lógico e é falsa se têm valores
ii. “A Ana vai à festa ou o Carlos lógicos diferentes. Esta proposição representa-se por “p ⇔ q” e lê-se p é equivalente a
não vai se e só se a Berta vai à q ou p se e só se q.
festa.”

26
UNIDADE 1 Proposições

O valor lógico da equivalência pode ser obtido a partir dos valores lógicos das propo-
LTC10_1.11
sições p e q dadas, como se encontra resumido na seguinte tabela de verdade:
p⇔q ou:
26 Sejam p e q duas
p q V F p q p⇔q proposições tais que p é
verdadeira e p ⇔ q é falsa.
V V F V V V Indica o valor lógico de
cada uma das seguintes
F F V V F F proposições.
a) q
F V F b) p ∨ q
c) p ∧ q
F F V
d) p ⇒ q
e) ~(p ∧ ~q)
Assim, sendo V uma proposição verdadeira e F uma proposição falsa, temos que:
f) ~p ⇒ q
(V ⇔ V) ⇔ V (F ⇔ F) ⇔ V (V ⇔ F) ⇔ F (F ⇔ V) ⇔ F g) p ⇔ (~q)

Exemplos

1. p: “p = 3”
q: “1 é número primo”.
p ⇔ q: “p = 3 se e só se 1 é número primo”.
A afirmação acima é uma proposição verdadeira, pois tanto p como q são proposições
falsas.
2. p: “2 – 2 = 0”
q: “p é um número racional”.
p ⇔ q∶ “2 – 2 = 0 se e só se p é um número racional”.
A afirmação acima é uma proposição falsa, pois p é uma proposição verdadeira e q é
uma proposição falsa.
3. p: “3 é ímpar”.
q: “Faro é uma cidade”.
p ⇔ q: “3 é ímpar se e só se Faro é uma cidade”.
A afirmação acima é uma proposição verdadeira, uma vez que p e q são ambas pro-
posições verdadeiras.

Claro que a afirmação “3 é ímpar se e só se Faro é uma cidade” não faz sentido em lin-
guagem corrente. Mas a equivalência num contexto matemático afirma apenas uma re-
lação entre os valores lógicos das proposições e, de facto, (V ⇔ V) ⇔ V. APRENDE FAZENDO
Págs. 64 e 69
Exercícios 9, 30 e 31
Propriedades da equivalência e suas relações com outras operações
Soluções
lógicas
26.
a) Proposição falsa.
b) Proposição verdadeira.
Princípio da dupla implicação c) Proposição falsa.
Sejam p e q duas proposições que assumem qualquer valor lógico. Tem-se que: d) Proposição falsa.
e) Proposição falsa.
(p ⇔ q) ⇔ ((p ⇒ q) ∧ (q ⇒ p)) f) Proposição verdadeira.
g) Proposição verdadeira.

27
TEMA I Introdução à lógica bivalente e à teoria dos conjuntos

27 Considera as proposições
Demonstração
p e q. Prova, utilizando as A demonstração desta propriedade pode ser feita recorrendo a tabelas de verdade.
propriedades das
Começamos por considerar todas as possibilidades de sequências de valores lógicos que
operações lógicas, que:
p e q podem assumir e, para cada uma das possibilidades, determina-se o valor lógico de
(p ⇔ q)
⇔ ((p ∧ q) ∨ (∼p ∧ ∼q)) p ⇔ q e de (p ⇒ q) ∧ (q ⇒ p):

p q p⇔q p⇒q q⇒p (p ⇒ q) ∧ (q ⇒ p)

V V V V V V

V F F F V F

F V F V F F

F F V V V V

Repara que as colunas que dizem respeito a p ⇔ q e (p ⇒ q) ∧ (q ⇒ p) são iguais, ficando


28 Recorrendo a tabelas de
verdade, prova que
assim provado o que se pretendia.
quaisquer que sejam as
Exercícios resolvidos
proposições p e q se tem:
∼(p ⇔ q)
1. Considera as proposições p e q. Prova, utilizando as propriedades das operações
⇔ ((p ∧ ∼q) ∨ (q ∧ ∼p))
(negação da equivalência). lógicas, que:
(∼(p ⇔ q)) ⇔ ((p ∧ ∼q) ∨ (q ∧ ∼p)) (negação da equivalência)

Sugestão de resolução

Demonstremos esta propriedade recorrendo a propriedades das operações ló-


gicas já verificadas previamente:
∼(p ⇔ q)
⇔ ∼((p ⇒ q) ∧ (q ⇒ p)) (princípio da dupla implicação)
⇔ ∼(p ⇒ q) ∨ ∼ (q ⇒ p) (lei de De Morgan)
⇔ (p ∧ ∼q) ∨ (q ∧ ∼p) (negação da implicação)

29 Considera as proposições 2. Sejam p e q duas proposições sobre as quais se sabe que p e p ⇔ q são verdadeiras.
p e q. Simplifica a Indica o valor lógico de cada uma das seguintes proposições.
proposição: a) ~p ∧ q b) (~p ∧ q) ⇒ p
(p ⇔ q) ⇒ p

Sugestão de resolução

Sabemos que para a proposição p ⇔ q ser verdadeira os valores lógicos das


proposições p e q têm de ser iguais. Como é referido que a proposição p é
verdadeira, então a proposição q tem de ser igualmente verdadeira. Assim:
a) ~p ∧ q é uma proposição falsa, uma vez que uma das proposições que cons-
APRENDE FAZENDO tituem a conjunção é falsa.
Pág. 70
Exercício 40 b) (~p ∧ q) ⇒ p é uma proposição verdadeira, visto ser a implicação entre duas
proposições cuja proposição antecedente (~p ∧ q) é uma proposição falsa
Solução (pela alínea anterior).
29. p ∨ q

28
UNIDADE 1 Proposições

Prioridades das operações lógicas LTC10_1.9

Em qualquer sequência de operações lógicas, dá-se sempre a prioridade às operações


entre parênteses; depois, respeitam-se as seguintes prioridades: negação; conjunção e
disjunção; implicação e equivalência.

Esquematizando / Resumindo

Numa expressão com várias operações lógicas, à semelhança do que fazes nas
operações numéricas, deves efetuar, por esta ordem:
• a negação;
• a conjunção e a disjunção;
• a implicação e a equivalência.

Exercício resolvido 30 De acordo com as


convenções adotadas
Considera as proposições p e q. Simplifica a seguinte proposição: relativamente à prioridade
das operações lógicas,
p ⇒ p ∧ (q ∧ ∼p) reescreve as seguintes
proposições eliminando os
parênteses desnecessários.
Sugestão de resolução
a) a ⇒ (b ∨ c)
p ⇒ p ∧ (q ∧ ∼p) b) (a ⇒ b) ∨ c
⇔ p ⇒ (p ∧ ∼p) ∧ q (propriedades comutativa e associativa da conjunção) c) (a ⇔ b) ⇒ (∼c)

⇔p⇒F∧q (princípio de não contradição: (p ∧ ∼p) ⇔ F) d) (a ∨ (b ∧ ∼c)) ⇔ a

⇔p⇒F (F é o elemento absorvente da conjunção) e) ((∼a) ⇒ b) ∧ c

⇔ ∼p ∨ F (relação da implicação com a disjunção e a negação)


⇔ ∼p (F é o elemento neutro da disjunção)

APRENDE FAZENDO
Pág. 63
Exercício 5
Erro típico

CADERNO DE EXERCÍCIOS
Observa um erro comum na resolução do exercício anterior: E TESTES
Págs. 4, 5 e 6
p ⇒ p ∧ (q ∧ ∼p) Exercícios 3, 6, 7, 8, 9,
10, 11 e 12
⇔ (∼p ∨ p) ∧ (q ∧ ∼p)

Erro!
Testes interativos
– Proposições I.
⇔ V ∧ q ∧ ∼p – Proposições II.
⇔ q ∧ ∼p
Soluções
O erro consistiu no desrespeito pelas prioridades das operações lógicas. Repara 30.
que foi efetuada uma implicação antes da conjunção. Esta seria uma resolução a) a ⇒ b ∨ c
b) (a ⇒ b) ∨ c
correta se o enunciado fosse (p ⇒ p) ∧ (q ∧ ∼p) e não p ⇒ p ∧ (q ∧ ∼p), que se
c) (a ⇔ b) ⇒ ∼c
convencionou ser o mesmo que p ⇒ (p ∧ q ∧ ∼p). d) a ∨ (b ∧ ∼c) ⇔ a
e) (∼a ⇒ b) ∧ c

29
TEMA I Introdução à lógica bivalente e à teoria dos conjuntos

UNIDADE 2
Condições e conjuntos

Na unidade anterior trabalhámos com termos e proposições. Como sabes, os termos


Resolução são expressões que designam objetos (p, 2 + 3 ¥ 5,…) e as proposições são expressões
Todos os exercícios de “Condições e
conjuntos”. que traduzem afirmações acerca das quais tem sentido afirmar se são verdadeiras ou falsas
(p = 3, 2 + 3 ¥ 5 = 17, …).
Porém, quer em linguagem corrente, quer em contexto matemático, utilizamos também
outros tipos de expressões.

2.1. Expressões proposicionais ou condições.


Expressões designatórias
Nota Afirmações do tipo “um número é negativo” ou “x – 2(x – 3) = 5” não são verdadeiras
nem falsas, pois não sabemos a que nos estamos a referir. Nas afirmações anteriores, as
O domínio de uma variável
é o conjunto de objetos a palavras “um número” e a letra x não são designações, mas sim variáveis.
que essa variável se refere;
caso não seja referido, Definição
deverá estar implícito no
contexto em que se insere.
Chama-se variável a um símbolo que pode tomar o valor de qualquer elemento de
um conjunto, não vazio, denominado o domínio ou universo dessa variável. Geral-
mente uma variável representa-se por uma letra, letra à qual se pode acrescentar ou-
31 Indica as constantes e as
variáveis presentes nas tros símbolos como, por exemplo, índice, plicas e asteriscos.
seguintes fórmulas que
Chama-se constante às designações ou termos, isto é, às expressões que têm um
representam áreas de
superfícies. único valor (o designado).
a) Área de uma superfície
esférica: 4 3
Por exemplo, na fórmula V = pr , que permite calcular o volume (V) de uma esfera
A= 4pr2 3
(r – raio) em função do raio (r), as letras V e r são variáveis que têm por domínio o conjunto dos nú-
4
b) Área lateral de um meros reais positivos e os símbolos , p e 3 são constantes. No entanto, as mesmas letras
cone: 3
A = prg podem representar constantes, num contexto em que o volume e o raio sejam já deter-
(r – raio da base; minados ou pré-fixados.
g – geratriz)
Retomando as afirmações “um número é negativo” ou “x – 2(x – 3) = 5”, repara que a
primeira, quando substituímos “um número” por um objeto no universo dos números
Soluções
reais, se transforma numa proposição verdadeira ou numa proposição falsa (“–2 é nega-
31.
tivo” ou “5 é negativo”). O mesmo acontece na segunda quando substituímos x por um
a) Constantes: 4 e p
Variáveis: A e r
objeto no universo dos números reais: se substituirmos x por 1 obtemos uma proposição
b) Constantes: p verdadeira (1 – 2 ¥ (1 – 3) = 5), e se substituirmos x por qualquer número real diferente
Variáveis: A, r e g de 1 obtemos uma proposição falsa.

30
UNIDADE 2 Condições e conjuntos

Definição LTC10_2.1

Expressão proposicional ou condição é uma expressão com variáveis que se transforma


numa proposição quando se substituem essas variáveis por objetos do domínio consi-
derado. À substituição de uma variável por um objeto também se chama concretização
da variável.

Esquematizando / Resumindo

Expressão proposicional x=a Proposição


ou condição
p(a)
p(x) substituindo x
por um objeto a
32 Das expressões seguintes,
seleciona as que são
expressões proposicionais,
Exemplos do domínio R.
a) –2x + 1 > 9
1. x2 – 3x + 2 = 0 b) 3x + y = z
Esta expressão transforma-se numa proposição verdadeira ou falsa quando substituímos c) “O simétrico de x.”
x por um número real. d) “O simétrico de x é y.”
Por exemplo, se substituirmos x por 1, temos: e) p + √∫2
12 – 3 ¥ 1 + 2 = 0, que é uma proposição verdadeira. f) x ∈]–∞, 2]
Se substituirmos x por 0, temos:
02 – 3 ¥ 0 + 2 = 0, que é uma proposição falsa.
2. x + y + xy > 0
Esta expressão também se transforma numa proposição quando substituímos x e y por
números reais. Note-se que uma expressão proposicional pode ter uma ou mais variá-
veis e cada variável pode aparecer mais do que uma vez.
3. “b é múltiplo de a.”

Repara que os cinco operadores lógicos estudados atrás (negação, conjunção, dis-
junção, implicação e equivalência) permitiram formar novas proposições a partir de
proposições mais simples, e da mesma maneira permitem criar novas expressões
proposicionais partindo de expressões proposicionais mais simples.
4. x ≥ 5 ∧ x < 8

5. “Se um polígono é um quadrado, então o polígono é um retângulo.”

6. x ¥ y = 0 ⇔ x = 0 ∨ y = 0
APRENDE FAZENDO
Pág. 62
Regras a ter em consideração quando se substitui variáveis por constantes Exercício 3

• Caso uma variável apareça mais do que uma vez, esta deve ser substituída pelo mesmo
Solução
objeto todas as vezes que aparecer.
32. As expressões
• Variáveis distintas podem ser substituídas pelo mesmo objeto ou por objetos diferentes. proposicionais são: a), b), d) e f)

31
TEMA I Introdução à lógica bivalente e à teoria dos conjuntos

33 Considera as variáveis x e Exercício resolvido


y que têm domínio R.
Encontra, se possível, para Sejam x e y variáveis reais. Para cada uma das expressões proposicionais seguintes,
cada uma das expressões indica, se possível, uma concretização das variáveis que a transforma numa propo-
proposicionais seguintes,
exemplos de
sição verdadeira e outra que a transforma numa proposição falsa.
concretizações das a) p(x): 2x2 = –8x – 6 b) p(x, y): x – y < 2x c) p(x): x2 < x
variáveis que as
d) p(x): x2 > –1 e) p(x): x = x + 1
transformem em
proposições verdadeiras e
em proposições falsas. Sugestão de resolução
a) p(x): x2 + 1 é um
número par. a) Por exemplo, para x = –1 obtemos 2 ¥ (–1)2 = –8 ¥ (–1) – 6, pelo que p(–1)
b) p(x): x2 – x – 6 = 0 é uma proposição verdadeira, e para x = 0 obtemos 2 ¥ 02 = –8 ¥ 0 – 6, logo
c) p(x, y): x + y > x p(0) é uma proposição falsa.
d) p(x): x2 + 1 é um b) Por exemplo, para x = 1 e y = 1 obtemos 1 – 1 < 2 ¥ 1, isto é, 0 < 2, pelo
número positivo.
que p(1, 1) é uma proposição verdadeira, e para x = 1 e y = –2 obtemos
e) p(x): x – 2 = x + 3
1 – (–2) < 2 ¥ 1, isto é, 3 < 2, pelo que p(1, –2) é uma proposição falsa.
1 h 1 h2 1 1 1 h1h
c) Por exemplo, para x = obtemos i i < , isto é, < , logo p i i é uma
34 Das expressões seguintes, 3 j3j 3 9 3 j3j
indica as que são proposição verdadeira, e para x = 2 obtemos 22 < 2, isto é, 4 < 2, pelo que
proposicionais e as que
p(2) é uma proposição falsa.
são designatórias.
a) 3x = 10 d) Por exemplo, para x = 1 obtemos 12 > –1, pelo que p(1) é uma proposição

b) “O triplo de x é superior verdadeira.


a 10.” Como o quadrado de todos os números reais é superior a –1, não é possível
c) “O triplo de x.” encontrar uma concretização da variável x por um número real que dê ori-
d) x + p gem a uma proposição falsa.
1
e) x < –5 ∨ x ≥ e) Por exemplo, para x = 0 obtemos 0 + 1 = 1, pelo que p(0) é uma proposição
4
f) x ∉{1, 3, 5,15} falsa.
Como nenhum número real é igual a si próprio acrescido de uma unidade,
Soluções não é possível encontrar uma concretização da variável x que origine uma
proposição verdadeira.
33.
a) Por exemplo, p(3) é uma
proposição verdadeira e p(4) é
uma proposição falsa.
b) Por exemplo, p(–2) é uma
Outro tipo de expressões muito utilizadas que envolvem variáveis são as expressões
proposição verdadeira e p(0) é designatórias.
uma proposição falsa.
c) Por exemplo, p(1, 2) é uma Definição
proposição verdadeira e
p(1, –3) é uma proposição falsa.
d) Qualquer concretização de x
Expressão designatória é uma expressão com variáveis que se transforma num termo
por um número real transforma quando se substituem essas variáveis por objetos.
p(x) numa proposição
verdadeira.
e) Qualquer concretização de x Exemplos
por um número real transforma
p(x) numa proposição falsa. 1. x2 – 3x + 2. Por exemplo, se substituirmos x por 1, temos 12 – 3 ¥ 1 + 2 , que é um termo.
34. a), b), e) e f) são expressões
2. x + y + xy. Para x = 1 e y = 2 temos 1 + 2 + 1 ¥ 2.
proposicionais. c) e d) são
expressões designatórias. 3. m.m.c. (a, b). Para a = 12 e b = 8 temos m.m.c. (12,8).

32
UNIDADE 2 Condições e conjuntos

2.2. Classificação de uma condição num dado universo LTC10_2.3


LTC10_2.5

Consideremos, em R, a condição x2 – 2 = 0.
Como sabes, a variável x presente na condição acima pode ser concretizada por qual-
quer número real.
Recorda
Se substituirmos x por √∫2 (concretização da variável) obtemos (√∫2)2 – 2 = 0, que é uma
proposição verdadeira. N = {1, 2, 3, …} é o
conjunto dos números
Diz-se, neste caso, que √∫2 verifica a condição ou que √∫2 é solução da condição. naturais.
Z = {…, –2, –1, 0, 1, 2, …}
Se substituirmos x por 2 obtemos 22 – 2 = 0, que é uma proposição falsa. Logo, 2 não
é o conjunto dos números
verifica a condição e, como tal, não é solução da condição. inteiros.
Z–0 = {0, –1, –2, …} é o
conjunto dos números
inteiros não positivos.
Z– = {–1, –2, –3, …} é o
Condições possíveis conjunto dos números
inteiros negativos.
Em R, a condição x2 – 2 = 0 é possível, por admitir números reais (√∫2 e –√∫2) como soluções. Z+0 = {0, 1, 2, …} é o
conjunto dos números
inteiros não negativos.
Definição Z+ = N = {1, 2, 3, …} é o
conjunto dos números
Uma expressão proposicional ou condição diz-se possível, num determinado uni- inteiros positivos.
verso, se existe pelo menos uma concretização das variáveis que a transforma numa Q = Z ∪ {números
fracionários} é o conjunto
proposição verdadeira.
dos números racionais.
R = Q ∪ {números
irracionais} é o conjunto
Consideremos, em R, a condição x2 ≥ 0. dos números reais.

Esta condição transforma-se numa proposição verdadeira, qualquer que seja o número
1
real pelo qual se substitui a variável x. 1 N 2 Z 2 Q R
1 π
–1 0 3 √∫2
Expressões proposicionais deste tipo dizem-se universais. e

Definição

Uma expressão proposicional universal ou condição universal, num determinado


universo, é uma expressão que se transforma numa proposição verdadeira para qual-
quer concretização das suas variáveis nesse universo.
35 Justifica que:
a) em N, 10x > 1 é uma
condição universal;
Exemplos b) em Z, x2 ≠ 13 é uma
condição universal;
As seguintes condições são universais em R:
c) em R–, x2 = 13 é uma
1. (a – b)(a + b) = a2 – b2 condição possível, mas
não universal.
2. x2 > –1

3. x + 1 > x

4. x = x

33
TEMA I Introdução à lógica bivalente e à teoria dos conjuntos

LTC10_2.5 Condições impossíveis

Vimos que, em R, a condição x2 – 2 = 0 é possível.


Consideremos, agora, a mesma condição x2 – 2 = 0, mas num universo diferente, em
N. Neste universo, a condição é impossível, pois qualquer que seja o número natural
pelo qual se substitui a variável x transforma a condição numa proposição falsa.
36 Justifica que:
a) em N, x2 + 2x = 0 é Repara que:
uma condição
• para x = 1, 12 – 2 = 0 é uma proposição falsa;
impossível;
b) em R, x2 + 2 < 0 é uma
• para x ≥ 2, x2 – 2 ≥ 2, pelo que x2 – 2 = 0 é também uma proposição falsa.
condição impossível;
Assim, não existem números naturais que verifiquem esta condição.
c) em [4, +∞[,
(x – 3)(x + 1) = 0 é uma Definição
condição impossível.

Uma expressão proposicional impossível ou condição impossível, num determinado


universo, é uma expressão que se transforma numa proposição falsa para qualquer
concretização das suas variáveis nesse universo.
37 Indica um universo onde a
condição 2x < 10 seja:
a) possível, mas não Exemplos
universal;
As seguintes condições são impossíveis em R:
b) universal;
c) impossível. 1. x2 = –3

2. x + 1 < x

3. x2 + 2x + 3 = 0
Resolvendo a equação, vem:
38 Considera as seguintes
condições: x2 + 2x + 3 = 0 ⇔ x = –2 ± √∫4∫ ∫–∫ 4
∫ ∫¥
∫ ∫3

2
a) (x – 1)(x + 1) = x2 – 1
b) x2 = 0 ⇔ x = –2 ± √∫–∫8
3
c) x2 + 1 =0
Obtemos uma condição impossível em R.
d) –x < 0
4. x ≠ x
Classifica cada uma das
condições em N, Z e R.
Esquematizando / Resumindo

A classificação de condições num dado universo pode ser sintetizada no seguinte


Soluções esquema:
Universais – todas as concretizações das variáveis
37. Por exemplo:
dão origem a uma proposição verdadeira.
a) R
Possíveis
b) ]–∞, 5[
Não universais – se pelo menos uma
c) {5, 7, 10}
concretização das variáveis der origem a uma
38. Expressões proposição verdadeira e uma concretização
a) É universal em N, Z e R. proposicionais der origem a uma proposição falsa.
ou condições
b) É impossível em N e é
possível em Z e R.
c) É impossível em N, Z e R. Impossíveis – todas as concretizações das
variáveis dão origem a uma proposição falsa.
d) É universal em N e é possível
em Z e R.

34
UNIDADE 2 Condições e conjuntos

2.3. Cálculo proposicional com variáveis


As operações lógicas (conjunção, disjunção, negação, equivalência e implicação) já es-
tudadas sobre proposições também se aplicam a expressões proposicionais.

Conjunção de condições Recorda

(V ∧ V) ⇔ V
Considera, em N, as condições:
(V ∧ F) ⇔ F
p(n): “n é divisível por 2.” e q(n): “n é divisível por 5.” (F ∧ V) ⇔ F
(F ∧ F) ⇔ F
Se ligarmos as duas condições p(n) e q(n) através do operador lógico “∧” obtemos uma
nova condição:
p(n) ∧ q(n): “n é divisível por 2 e n é divisível por 5.” 39 Considera as variáveis x e
y que têm domínio R.
Façamos algumas concretizações da variável n nas condições p(n), q(n) e p(n) ∧ q(n) e, Encontra, se possível, para
de seguida, estudemos os respetivos valores lógicos das proposições assim obtidas: cada uma das expressões
proposicionais seguintes,
exemplos de
concretizações das
n p(n) q(n) p(n) ∧ q(n) variáveis que as
transformem em
1 F F F proposições verdadeiras e
em proposições falsas.
2 V F F
a) “x é múltiplo de 2 ∧ x é
5 F V F múltiplo de 3.”
a) 2x + y = 0 ∧ –x + 2y = 5
10 V V V

… … … … Nota
De um modo geral, dados
dois números reais a e b,
escreve-se, de uma forma
Tendo em conta o que foi visto para a conjunção de proposições, conclui-se que:
mais simplificada:
x>a∧x<b⇔a<x<b
A conjunção de condições é verificada para todo o objeto n que verifique simulta- x≥a∧x≤b⇔a≤x≤b
x≥a∧x<b⇔a≤x<b
neamente as duas condições dadas, e apenas por esses objetos.
x>a∧x≤b⇔a<x≤b

Soluções
Exemplos
39. Por exemplo:
a) Se x = 6 a expressão
1. Em R, a conjunção das condições “x2
= 9” e “x < 0” é a condição “x2 = 9 ∧ x < 0”.
proposicional transforma-se
O único objeto que verifica a nova condição é –3. numa proposição verdadeira, e
se x = 4 transforma-se numa
2. Em R, a conjunção das condições “x > 2” e “x ≤ 5” é a condição “x > 2 ∧ x ≤ 5”.
proposição falsa.
Esta condição também pode ser escrita como “2 < x ≤ 5”. b) Se (x, y) = (–1, 2) a expressão
proposicional transforma-se
3. No universo dos polígonos, a conjunção das condições “X é um retângulo” e “X é um
numa proposição verdadeira, e
quadrado” é a condição “X é um retângulo e X é um quadrado”. se (x, y) = (0, 1) transforma-se
Os únicos objetos que verificam a nova condição são os quadrados. numa proposição falsa.

35
TEMA I Introdução à lógica bivalente e à teoria dos conjuntos

Como, para uma conjunção de condições se verificar para um determinado objeto, é


LTC10_2.5
necessário que esse objeto verifique simultaneamente ambas as condições que a com-
põem, podemos facilmente obter a propriedade que se segue.
40 Considera as variáveis x e
y que têm domínio R.
Encontra, se possível, para Propriedade
cada uma das expressões
A conjunção de qualquer condição com uma condição impossível é uma condição
proposicionais seguintes,
exemplos de impossível.
concretizações das
variáveis que as Exemplo
transformem em
proposições verdadeiras e “x ≠ x ∧ x < 0” é uma condição impossível em R, pois qualquer que seja o número real
em proposições falsas.
substituído na variável x transforma a condição “x ≠ x ∧ x < 0” numa proposição falsa.
a) “x é múltiplo de 2 ∨ x é
múltiplo de 3.” Qualquer que seja a concretização da variável x na condição “x ≠ x ∧ x < 0”, obteremos
b) 2x + y = 0 ∨ –x + 2y = 5 sempre a conjunção de uma proposição falsa com uma outra proposição, que será sempre
c) ~(x > 2) uma proposição falsa.

Recorda
Disjunção de condições
(V ∨ V) ⇔ V
(V ∨ F) ⇔ V Considera, em N, as condições:
(F ∨ V) ⇔ V
p(n): “n é divisível por 2.” e q(n): “n é divisível por 5.”
(F ∨ F) ⇔ F
Se ligarmos, agora, as duas condições p(n) e q(n) através do operador lógico “∨” obtemos
Notas
uma nova condição:

De um modo geral, dados


p(n) ∨ q(n): “n é divisível por 2 ou n é divisível por 5.”
dois números reais x e a, Façamos algumas concretizações da variável n nas condições p(n), q(n) e p(n) ∨ q(n) e,
escreve-se, de uma forma de seguida, estudemos os respetivos valores lógicos das proposições obtidas:
mais simplificada:
1. x > a ∨ x = a ⇔ x ≥ a n p(n) q(n) p(n) ∨ q(n)
x<a∨x=a⇔x≤a
2. ~(x > a) ⇔ x ≤ a 1 F F F
~(x < a) ⇔ x ≥ a
~(x ≥ a) ⇔ x < a 2 V F V
~(x ≤ a) ⇔ x > a
5 F V V
Soluções
10 V V V
40. Por exemplo:
a) Se x = 2 a expressão … … … …
proposicional transforma-se
numa proposição verdadeira, e Tendo em conta o que foi visto para a disjunção de proposições, conclui-se que:
se x = 5 transforma-se numa
proposição falsa.
b) Se (x, y) = (0, 0) a expressão
A disjunção de condições é verificada por todo o objeto n que verifique pelo menos
proposicional transforma-se uma das condições dadas, e apenas por esses objetos.
numa proposição verdadeira, e
se (x, y) = (1, 0) transforma-se
numa proposição falsa. Exemplos
c) Se x = 2 a expressão
proposicional transforma-se 1. Em R, a disjunção das condições “x = 3” e “x = –3” é a condição “x = 3 ∨ x = –3”.
numa proposição verdadeira, e
2. Em R, a disjunção das condições “x > 2” e “x = 2” é a condição “x > 2 ∨ x = 2”.
se x = 5, transforma-se numa
proposição falsa. Esta condição também se pode escrever na forma “x ≥ 2”.

36
UNIDADE 2 Condições e conjuntos

Como, para uma disjunção de condições se verificar para um determinado objeto, basta LTC10_2.3
que esse objeto verifique uma das condições que a compõem, podemos facilmente obter LTC10_2.5

as propriedades que se seguem.

41 Considera as condições,
no domínio dos números
Propriedade reais, x = x, x ≠ x, x ∈Z–,
A disjunção de qualquer condição com uma condição possível é uma condição possível. x ∈Q, x ∈∅ e x ∉∅.
a) Indica as que são
universais, as que são
Exemplo possíveis mas não
universais e as que são
“x2 – 2 = 0 ∨ x > 1” é uma condição possível em R, pois existe pelo menos um número impossíveis.
real que substituído na variável x transforma a condição “x2 – 2 = 0 ∨ x > 1” numa b) Para cada uma das
proposição verdadeira: condições seguintes, no
domínio dos números
• para x = √∫2, (√∫2)2 – 2 = 0 ∨ √∫2 > 1 é uma proposição verdadeira; reais, indica se é
universal, possível mas
• para x = –√∫2, (–√∫2)2 – 2 = 0 ∨ –√∫2 > 1 é uma proposição verdadeira.
não universal ou
Repara que todas as soluções da condição “x2 – 2 = 0” são soluções da condição impossível.
“x2 – 2 = 0 ∨ x > 1”. i. x = x ∧ x ∈∅
ii. x ∉∅ ∨ x ∈Q
iii. x ≠ x ∧ x ∈Z

Propriedade iv. x ∈Q ∨ x ∈∅

A disjunção de qualquer condição com uma condição universal é uma condição v. x ≠ x ∨ x ∉∅

universal.
Recorda

(V ∨ V) ⇔ V
Exemplo
(V ∨ F) ⇔ V
“x2≥ 0 ∨ x < 0” é uma condição universal em R, pois qualquer que seja o número real
substituído na variável x transforma a condição “x2 ≥ 0 ∨ x < 0” numa proposição verdadeira.
APRENDE FAZENDO
Qualquer que seja a concretização da variável x na condição “x2 ≥ 0 ∨ x < 0”, obteremos Pág. 64
sempre a disjunção de uma proposição verdadeira com uma outra proposição, que será Exercício 12

sempre uma proposição verdadeira.


Soluções
41.
Exercício resolvido
a) x = x é uma condição
universal. x ≠ x é uma condição
Considera, em R, as condições: impossível. x ∈Z– é uma
condição possível, mas não
“x2 = –1”, “x2 > –1” e “x2 > 2”
universal. x ∈Q é uma condição
a) Indica para cada condição se é universal, possível ou impossível em R. possível, mas não universal.
x ∈∅ é uma condição
b) Para cada uma das condições seguintes, indica se é universal, possível ou impos- impossível. x ∉∅ é uma
sível em R. condição universal.
b)
i. x2 = –1 ∧ x2 > 2 ii. x2 = –1 ∨ x2 > 2 i. Condição impossível.
ii. Condição universal.
iii. x2 = –1 ∧ x2 > –1 iv. x2 ≥ –1 iii. Condição impossível.
iv. Condição possível, mas não
Adaptado de Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 10.º ano
universal.
(continua)
v. Condição universal.

37
TEMA I Introdução à lógica bivalente e à teoria dos conjuntos

Exercício resolvido
(continuação)

42 Para cada uma das


Sugestão de resolução
condições seguintes,
indica se é universal,
a) • “x2 = –1” é uma condição impossível em R, pois transforma-se numa pro-
possível ou impossível em
R. posição falsa para qualquer concretização da variável x por um número real.
a) x2 = 0 ∨ –x < 0
• “x2 > –1” é uma condição universal em R, pois transforma-se numa pro-
b) x2 + 1 = 0 ∧ x2 = 0
posição verdadeira para qualquer concretização da variável x por um nú-
c) x2 + 1 = 0 ∧
mero real.
(x – 1)(x + 1) = x2 – 1
d) x2 + 1 = 0 ∨ –x < 0 • “x2 > 2” é uma condição possível, mas não universal em R, pois existe
e) x2 + 1 = 0 ∨ pelo menos um valor real que concretizado na variável x transforma a
(x – 1)(x + 1) = x2 – 1 condição numa proposição verdadeira (por exemplo 3) e pelo menos um
valor real que concretizado na variável x transforma a condição numa pro-
posição falsa (por exemplo 1).

b) i. “x2 = –1 ∧ x2 > 2” é uma condição impossível por se tratar da conjunção


de uma condição com uma condição impossível.
ii. “x2 = –1 ∨ x2 > 2” é uma condição possível por se tratar da disjunção de
uma condição com uma condição possível. No entanto, não é universal,
pois existe pelo menos um valor real que concretizado na variável x trans-
forma a condição numa proposição falsa (por exemplo 1).
iii. “x2 = –1 ∧ x2 > –1” é uma condição impossível por se tratar da conjunção
de uma condição com uma condição impossível.
iv. “x2 ≥ –1” também pode ser escrita como uma disjunção:

“x2 = –1 ∨ x2 > –1”


É uma condição universal por se tratar da disjunção de uma condição
com uma condição universal.

Negação

Considera em N, a condição p(n):


“n é divisível por 2.”
Se colocarmos o sinal ~ antes da condição p(n), obtemos uma nova condição:
~p(n): “n não é divisível por 2.”
que é satisfeita pelos objetos que não satisfazem a primeira condição e apenas por estes.
Soluções
42. Exemplos
a) Condição possível.
b) Condição impossível. 1. Nos números naturais superiores a 1, a negação da condição, “n é primo” é a condição
c) Condição impossível. “~(n é primo)”, que é equivalente a “n é composto”.
d) Condição possível.
e) Condição universal. 2. Em R, a negação da condição “x > 2” é a condição “~(x > 2)”, que é equivalente a “x ≤ 2”.

38
UNIDADE 2 Condições e conjuntos

Como a negação de uma condição se verifica para um determinado objeto quando e


LTC10_2.6
só quando este não verifica a própria condição, podemos facilmente obter as propriedades
que se seguem.

Propriedade
A negação de uma condição universal é uma condição impossível.

Seja p(x) uma condição universal. A concretização da variável x por um qualquer objeto
do seu domínio transforma a condição numa proposição verdadeira, pelo que não existe
nenhum objeto do domínio considerado que satisfaça a condição ~p(x). Podemos então
concluir que ~p(x) é uma condição impossível.

Propriedade
A negação de uma condição impossível é uma condição universal.

Seja p(x) uma condição impossível. A concretização da variável x por um qualquer ob- Recorda
jeto do seu domínio transforma a condição numa proposição falsa. Desta forma, qualquer
(V ⇔ V) ⇔ V
objeto do domínio considerado satisfaz a condição ~p(x). Podemos então concluir que
(F ⇔ F) ⇔ V
~p(x) é uma condição universal. (V ⇔ F) ⇔ F
(F ⇔ V) ⇔ F

Equivalência de condições 43 Averigua se as seguintes


condições são universais
Considera, em N, as condições: em N.
a) x2 = 4 ⇔ x = 2
p(n): “n é divisível por 3.” e q(n): “n é divisível por 2.”
b) 2x ≤ 6 ⇔ x ∈{1, 2, 3}
Façamos algumas concretizações da variável n nas condições p(n), q(n) e p(n) ⟺ q(n)
44 Averigua se as seguintes
e, de seguida, estudemos os respetivos valores lógicos das proposições obtidas:
condições são universais
em R.
n p(n) q(n) p(n) ⇔ q(n)
a) x2 = 4 ⇔ x = 2
1 F F V b) x2 = 4 ⇔ x = 2 ∨ x = –2
c) 2x ≤ 6 ⇔ x ∈{1, 2, 3}
3 V F F
d) 2x ≤ 6 ⇔ x ∈]–∞, 3]

8 F V F
APRENDE FAZENDO
12 V V V Pág. 66
Exercício 20
20 F V F
Soluções
… … … …
43.
a) Sim
Tendo em conta o que foi visto para a equivalência de proposições, conclui-se que: b) Sim
44.
a) Não
A equivalência de condições é verificada por todo o objeto n que transforma as con- b) Sim
dições dadas em proposições com o mesmo valor lógico e apenas por esses objetos. c) Não
d) Sim

39
TEMA I Introdução à lógica bivalente e à teoria dos conjuntos

Exemplos

1. Em R, considera as condições “2x + 1 = 5” e “20x = 40”.


Para x = 2 obtém-se as proposições 2 ¥ 2 + 1 = 5 e 20 ¥ 2 = 40, que são ambas verdadeiras.
Para qualquer concretização da variável x por um valor diferente de 2, nas duas
condições, obtém-se duas proposições falsas. Por este motivo, dizemos que a nova
condição “2x + 1 = 5 ⇔ 20x = 40” é satisfeita por todo o número real, isto é, é uma
condição universal em R.
2. Em R, considera as condições “x2 = 9” e “x = 3”.
Para x = 3 obtém-se as proposições 32 = 9 e 3 = 3, que são ambas verdadeiras, e para
x = –3 obtém-se as proposições (–3)2 = 9 e –3 = 3, sendo a primeira verdadeira e a se-
gunda falsa. Por este motivo, dizemos que a nova condição “x2 = 9 ⇔ x = 3” não é satis-
feita por todo o número real, isto é, não é uma condição universal em R.

Recorda Implicação de condições


(V ⇒ V) ⇔ V
Considera, em N, as condições:
(F ⇒ V) ⇔ V
p(n): “n é divisível por 3.” e q(n): “n é divisível por 2.”
(F ⇒ F) ⇔ V
(V ⇒ F) ⇔ F Façamos algumas concretizações da variável n nas condições p(n), q(n) e p(n) ⇒ q(n)
e, de seguida, estudemos os respetivos valores lógicos das proposições obtidas:

n p(n) q(n) p(n) ⇒ q(n)

1 F F V

3 V F F

8 F V V
45 Averigua se as seguintes 12 V V V
condições são universais
em R. 20 F V V
a) x < 2 ⟹ x < 4
… … … …
b) x < 4 ⟹ x < 2
c) x = 1 ⟹ x2 = 1
Tendo em conta o que foi visto para a implicação de proposições, conclui-se que:
d) x2 = 1 ⟹ x = 1

A implicação de condições só não é verificada por todo o objeto n que transforma


a primeira condição numa proposição verdadeira e a segunda numa proposição falsa.

Exemplo

Em R, considera as condições “x = 2” e “x2 = 4”.


Para x = 2 obtém-se as proposições 2 = 2 e 22 = 4, que são ambas verdadeiras, e para x = –2
Soluções obtém-se as proposições –2 = 2 e (–2)2 = 4, sendo a primeira falsa e a segunda verdadeira.
45. Para qualquer concretização da variável x por um valor diferente de 2 e de –2, nas duas
a) Sim
condições, obtém-se duas proposições falsas. Por este motivo, dizemos que a nova condição
b) Não
c) Sim
“x = 2 ⇒ x2 = 4” é satisfeita por todo o número real, isto é, é uma condição universal em R.
d) Não Por outro lado, a condição p(x): x2 = 4 ⇒ x = 2 é possível mas não é universal em R.

40
UNIDADE 2 Condições e conjuntos

Exercício resolvido 46 Completa com ⇒, ⟺ e ⇐


as seguintes condições
Completa com ⇒, ⇔ e ⇐ as seguintes condições (substituindo as reticências por (substituindo as reticências
um destes símbolos), de modo a que sejam universais em R. por um destes símbolos),
de modo que sejam
a) x > 2 … x2 > 4 universais em R.
a) x = 3 … x2 = 9
b) (x – 1)(x – 2) = 0 … x = 1
b) x2 = 9 … x = 3
c) x = 3 … x4 = 81 c) x2 = 9 … x = 3 ∨ x = –3

d) x > 3 … x3 > 27 d) x > 3 … x2 > 9


e) x = 3 … x3 = 27
e) |x + 3| < 2 … x + 3 < 2
Adaptado de Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 10.º ano
Recorda

p(x) ⇐ q(x) é o mesmo que


q(x) ⇒ p(x).
Sugestão de resolução

a) “x > 2 ⇒ x2 > 4” é uma condição universal em R, pois toda a concretização 47 Mostra que as seguintes
da variável x que satisfaz a primeira condição “x > 2” verifica igualmente a condições não são
universais em R,
segunda x2 > 4.
indicando um número real
b) “(x – 1)(x – 2) = 0 ⇐ x = 1” é uma condição universal em R, pois toda a que substituído na variável
x transforme a condição
concretização da variável x que satisfaz a condição “x = 1” verifica igual-
numa proposição falsa.
mente a condição “(x – 1)(x – 2) = 0”.
a) x2 = 1 ⇔ x = 1
c) “x = 3 ⇒ x4
= 81” é uma condição universal em R, pois toda a concretiza- b) x4 = 16 ⇔ x = 2
ção da variável x que satisfaz a primeira condição “x = 3” verifica igualmente c) x2 > 9 ⇔ x > 3
a segunda “x4 = 81”. d) |x – 1| = 2 ⇔ x – 1 = 2

d) “x > 3 ⇔ x3 > 27” é uma condição universal em R, pois para toda a con-
APRENDE FAZENDO
cretização da variável x as condições “x > 3” e “x3 > 27” assumem o mesmo
Pág. 72
valor lógico. Exercício 45
e) “|x + 3| < 2 ⇒ x + 3 < 2” é uma condição universal em R, pois toda a con-
CADERNO DE EXERCÍCIOS
cretização da variável x que satisfaz a condição “|x + 3| < 2” verifica igual- E TESTES
mente a condição x + 3 < 2. Pág. 6
Exercício 13

Soluções

46. a) ⟹
b) ⟸
Erro típico c) ⟺
d) ⟹
e) ⟺
Um erro muito comum na resolução da alínea a) do exercício anterior é escrever
47. a) –1∈R e (–1)2 = 1 ⇔ –1 = 1
x > 2 ⇔ x2 > 4 é uma proposição falsa.
 b) –2∈R e (–2)4 = 16 ⇔ –2 = 2 é
Erro! uma proposição falsa.
c) –4∈R e (–4)2 > 9 ⇔ –4 > 3 é
Repara que “x > 2 ⇔ > 4” não é uma condição universal em R. Se fizermos
x2
uma proposição falsa.
a concretização de x por –3, obtemos a proposição –3 > 2 ⇔ (–3)2 > 4, que é d) –1∈R e |–1 – 1| = 2
uma proposição falsa, uma vez que (F ⇔ V) ⇔ F. ⇔ –1 – 1 = 2 é uma proposição
falsa.

41
TEMA I Introdução à lógica bivalente e à teoria dos conjuntos

LTC10_2.2 2.4. Equivalência como dupla implicação.


Condição necessária e condição suficiente
48 Dá a forma de implicação
aos enunciados seguintes. Consideremos duas condições, p(x) e q(x), tais que p(x) ⇒ q(x) é uma condição universal.
a) Ser peixe é condição Diz-se que:
suficiente para ter • p(x) é condição suficiente para que se verifique q(x);
guelras.
e:
b) Ser retângulo é
condição necessária
• q(x) é condição necessária para que se verifique p(x).
para ser quadrado.
Exemplos
c) É condição necessária
para que dois lados de 1. No universo dos seres vivos, a condição universal “Se x é cobra, então x é réptil” pode
um triângulo sejam
ser traduzida em:
iguais que os ângulos
opostos sejam iguais. • “ser cobra” é condição suficiente para “ser réptil”;
e:
• “ser réptil” é condição necessária para “ser cobra”.
2. Em R, a condição universal “x = y ⇒ x2 = y2” pode ser traduzida em:
• “x = y” é condição suficiente para “x2 = y2”;
e:
• “x2 = y2” é condição necessária para “x = y”.
Se duas condições p(x) e q(x) são tais que p(x) ⇒ q(x) e q(x) ⇒ p(x) são condições uni-
49 Exprime sob a forma de
versais, então p(x) ⇔ q(x) também é uma condição universal.
um enunciado de [(p(x) ⇒ q(x)) ∧ (q(x) ⇒ p(x))] ⇔ ((p(x) ⇔ q(x)) é uma condição universal
condição necessária, ou Diz-se que p(x) é uma condição necessária e suficiente para que se verifique q(x).
suficiente, ou necessária e
suficiente as seguintes 3. Em R, a condição universal “x ¥ y = 0 ⇔ x = 0 ∨ y = 0” pode ser traduzida em:
proposições. • “x ¥ y = 0” é condição necessária e suficiente para “x = 0 ∨ y = 0”.
a) x > 3 ⇒ x2 >9
b) x(x – 1) = 0 ⇐ x = 1
c) x2 = y2 ⇔ x = y ∨ x = –y 2.5. Quantificadores
Expressões como “todos os meus colegas são mais altos do que eu”, “existem cães ama-
relos”, “nenhum peixe sabe voar” ou “não existem números reais negativos” são proposi-
ções, pois a qualquer uma delas se pode atribuir um valor lógico. No entanto, o facto de
Soluções conterem quantificações (“todos”, “nenhum” ou “existem”) requer alguns cuidados adicio-
48. nais. Em seguida, apresentamos os conceitos de quantificador universal e de quantificador
a) “x é peixe ⇒ x tem guelras” existencial que serão utilizados em problemas que envolvam este tipo de proposições.
b) “x é quadrado ⇒ x é
retângulo”
c) “(Dois lados de um triângulo
Quantificador universal
são iguais) ⇒ (os ângulos
opostos são iguais)” Definição
49.
a) “x > 3” é condição suficiente O quantificador universal é um instrumento lógico que, aplicado a uma variável x
para “x2 > 9”.
num universo U, transforma uma condição p(x) em U numa proposição ∀ x ∈U, p(x),
b) “x(x – 1)” é condição
necessária para “x = 1”.
a qual é verdadeira se a condição for universal e é falsa se a condição não for uni-
c) “x2 = y2” é condição versal.
necessária e suficiente para O quantificador universal representa-se pelo símbolo ∀.
“x = y ∨ x = –y”.

42
UNIDADE 2 Condições e conjuntos

Em linguagem corrente, o quantificador universal surge com frequência através da uti- LTC10_2.7
lização de expressões como “qualquer que seja…”, “para todo… ” “todos…”, “cada…” LTC10_2.9

ou “sempre…”.
50 Traduz em linguagem
corrente as seguintes
Notações
proposições e indica o seu
As notações usadas para o quantificador universal são: valor lógico.
• ∀ x ∈U, p(x) • (∀ x ∈U), p(x) • ∀x ∈U p(x) a) ∀ x ∈N, x + 1 ≥ 2
b) ∀ x ∈R, x + 1 ≥ 2

Exemplos c) ∀ x ∈R, |x| ≥ 0

1. Consideremos a afirmação: “O quadrado de qualquer número real é maior ou igual a


zero”.
Se pretendermos traduzir esta proposição para linguagem formal, uma vez que ela con-
tém uma quantificação, é importante identificar três aspetos: quantificador, conjunto
universo e condição.
Neste exemplo, temos o quantificador universal, o universo dos números reais e a 51 Escreve as seguintes
proposições na forma de
condição p(x): x2 ≥ 0.
uma implicação
Esta proposição pode então ser traduzida simbolicamente por ∀ x ∈R, x2 ≥ 0. quantificada.
2. Consideremos agora, no conjunto dos números reais, a proposição ∀x ∈R, x ∈N ⇒ x ≥ 1. a) ∀ x ∈N, 2x ≥ x + 1

Esta proposição é verdadeira, uma vez que a condição x ∈N ⇒ x ≥ 1 se verifica para b) ∀ x ∈R, |x| ≥ x

todos os números reais.


Repara que, se x ∉N, então o antecedente é falso, pelo que, independentemente do
valor lógico do consequente, a implicação é verdadeira.
Por outro lado, se x ∈N, então o antecedente é verdadeiro, pelo que, a implicação só
será verdadeira se o consequente for verdadeiro.
Desta forma, a proposição ∀x ∈R, x ∈N ⇒ x ≥ 1 é equivalente à proposição ∀ x ∈N,
x ≥ 1.
4. ∀ x ∈N, x ≥ –1 (pode ler-se: “qualquer que seja o número natural x, tem-se x ≥ –1”) é
uma proposição verdadeira, pois a condição x ≥ –1 é universal em N.
APRENDE FAZENDO
5. No conjunto dos números reais, ∀ x ∈R+, 2x > x (pode ler-se: “qualquer que seja o
Pág. 70
número real positivo x, 2x > x”) é uma proposição verdadeira, pois x ∈R+ ⇒ 2x > x é Exercício 36
uma condição universal. Repara que a proposição ∀ x ∈R+, 2x > x pode ser reescrita
usando o quantificador universal e a implicação ∀ x ∈R, x > 0 ⇒ 2x > x. Soluções
50.
6. ∀ x ∈R, x2 > 0 (pode ler-se: “qualquer que seja o número x real, tem-se x2 > 0”) é uma
a) “Qualquer que seja o número
proposição falsa, pois x2 > 0 não é uma condição universal em R. natural x, tem-se x + 1 ≥ 2.” –
proposição verdadeira
Para constatar que esta condição não é universal em R, basta encontrar um número b) “Para todo o número real x,
tem-se x + 1 ≥ 2.” – proposição
real que substituído na variável x transforme a condição numa proposição falsa. A um
falsa
número real nessas condições damos o nome de contraexemplo. c) “O valor absoluto de um
número x é superior ou igual a
Definição zero, qualquer que seja o
número real x.” – proposição
verdadeira
Designa-se por contraexemplo para a proposição ∀ x ∈U, p(x), um elemento a ∈U 51.
tal que ~p(a). a) ∀ x, x ∈N ⇒ 2x ≥ x + 1
b) ∀ x, x ∈R ⇒ |x| ≥ x

43
TEMA I Introdução à lógica bivalente e à teoria dos conjuntos

Exemplo
LTC10_2.19

Considera a proposição: “Todos os números primos são ímpares”.


52 Prova que a seguinte Um contraexemplo para esta proposição é o número 2, pois 2 é um número primo e não
proposição é falsa: é ímpar.
“qualquer número natural
que seja múltiplo de 2 é No caso particular da proposição ∀ x ∈U, p(x) ⇒ q(x), um contraexemplo corresponde
múltiplo de 10”.
a um elemento de U que não verifique a implicação. A condição p(x) ⇒ q(x) não se ve-
rifica para as concretizações que verifiquem p(x) mas não verifiquem q(x). Desta forma,
53 Prova, em R, que se x > 8
então x2 + x > 9x. para provarmos que a proposição ∀x ∈U, p(x) ⇒ q(x) basta encontrar uma concretização
da variável que verifique p(x) e não verifique q(x).
54 Mostra que as seguintes
proposições são falsas, Exercícios resolvidos
apresentando um
contraexemplo. 1. Prova, em R, que se x > 5 então x2 + x > 6x.
a) “O quadrado de
qualquer número
natural é um número Sugestão de resolução
par”.
A condição desta proposição é uma implicação. Desta forma, qualquer con-
b) ∀ x ∈R, x > 0 ∨ x < 0
cretização que não verifique o antecedente verifica automaticamente a con-
c) “Todos os divisores de
12 são divisores de 6”. dição. Assim, para provarmos que a proposição é verdadeira basta provar que
se o antecedente é verificado, então o consequente também é verificado. Co-
55 Traduz em linguagem mecemos então por supor que x > 5 (hipótese) e provemos que x2 + x > 6x
corrente as seguintes (tese).
proposições e indica o seu
valor lógico. Como 5 > 0, então x > 0.
a) ∃ x ∈N: x2 – 9 = 0 Utilizando uma propriedade da multiplicação, vem que x ¥ x > 5 ¥ x.
b) ∃ x ∈R: x2 –9=0 Por uma propriedade da adição, vem que x ¥ x + x > 5 × x + x.
Logo, x2 + x > 6x.
APRENDE FAZENDO
Pág. 72 Provamos assim que se x > 5, então x2 + x > 6 x.
Exercício 47

CADERNO DE EXERCÍCIOS 2. Prova que é falsa a seguinte proposição: “qualquer número natural que seja múl-
E TESTES
Pág. 9 tiplo de 5 é múltiplo de 10”.
Exercício 21 Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 10.º ano

Soluções
Sugestão de resolução
54. a) 3 é um número natural e
o seu quadrado, 9, não é um Para provar que a proposição é falsa, basta encontrar um número natural que
número par. seja múltiplo de 5 e que não seja múltiplo de 10.
b) 0 ∈R e não é verdade que
5 é um número natural que é múltiplo de 5 e não é múltiplo de 10. Assim,
0 > 0 ∨ 0 < 0.
c) 4 é divisor de 12 e não é provamos que a proposição é falsa. c.q.d
divisor de 6.
55. a) “Existe pelo menos um
número natural x tal que 3. Mostra que as seguintes afirmações são falsas, apresentando um contraexemplo.
x2 – 9 = 0.” – proposição
verdadeira a) Todos os quadriláteros do plano têm diagonais perpendiculares.
b) “Existe pelo menos um
número real x tal que x2 – 9 = 0.” b) ∀ x ∈R, x2 > 0
– proposição verdadeira

44
UNIDADE 2 Condições e conjuntos

LTC10_2.4
LTC10_2.20

Sugestão de resolução

a) Um retângulo não quadrado é um quadrilátero e as suas diagonais não são


perpendiculares.
b) 0 ∈R e 0 não é maior do que 0.

Sabemos, das propriedades das proposições, que a proposição p ⇒ q e a proposição


~q ⇒ ~p são equivalentes. Desta forma, os elementos de um universo que verificam a con-
dição p(x) ⇒ q(x) são precisamente os elementos que verificam a condição ~q(x) ⇒ ~p(x).
Desta forma, provar que para todo x pertencente a U, p(x) ⇒ q(x) é o mesmo que provar
que para todo x pertencente a U, ~q(x) ⇒ ~p(x). À proposição ∀ x ∈U, ~q(x) ⇒ ~p(x) cha-
mamos contrarrecíproco e a este método de prova chamamos demonstração por con-
trarrecíproco.

Exercício resolvido 56 Demonstra por


contrarrecíproco que “para
todo o número real x, se
Demonstra por contrarrecíproco que “se o quadrado de um dado número natural n
x2 ≥ x, então x ≤ 0 ou x ≥ 1”.
é ímpar, então n é ímpar”.

Sugestão de resolução

Iremos demonstrar esta proposição pelo contrarrecíproco. Para provar que


“∀ n ∈N, n2 é ímpar ⇒ n é ímpar”, vamos provar a implicação contrarrecíproca
“∀ n ∈N, n é par ⇒ n2 é par”.
Suponhamos que n é par. Então, existe k ∈N tal que n = 2k, pelo que
n2 = (2k)2 = 4k2 = 2(2k2). Assim, n2 = 2k’, sendo k’ = 2k2 ∈N. Logo, n2 é par.
Provamos assim que ∀ n ∈N, n é par ⇒ n2 é par e, por conseguinte, que ∀ n ∈N,
n2 é ímpar ⇒ n é ímpar. c.q.d.

Quantificador existencial

Consideremos a afirmação: “Existe um número real que é superior ao seu quadrado”.


A afirmação anterior pode ser traduzida simbolicamente por ∃ x ∈R: x > x2.

Definição APRENDE FAZENDO


Págs. 63, 69 e 72
O quantificador existencial é um instrumento lógico que aplicado a uma variável x Exercícios 6, 8, 33 e 48

num universo U, transforma uma condição p(x) em U numa proposição ∃ x ∈U: p(x),
CADERNO DE EXERCÍCIOS
a qual é verdadeira se a condição for possível (universal ou não universal) e é falsa se E TESTES
a condição não for possível. O quantificador existencial representa-se pelo símbolo ∃. Pág. 9
Exercícios 22 e 23

45
TEMA I Introdução à lógica bivalente e à teoria dos conjuntos

Em linguagem corrente, o quantificador existencial surge com frequência através da uti-


LTC10_2.8
lização de expressões como “existe pelo menos um…”, “há pelo menos um…”.

Notações
As notações usadas para o quantificador existencial são:
• ∃ x ∈U: p(x) • (∃ x ∈U): p(x) • ∃x ∈U p(x)

Exemplos

1. Consideremos a afirmação: “Algum número real é superior ao seu quadrado”.


Se pretendermos traduzir esta proposição para linguagem formal, uma vez que ela con-
57 Escreve as seguintes
tém uma quantificação, é importante identificar três aspetos: quantificador, conjunto
proposições na forma de
uma conjunção universo e condição. Neste exemplo, temos o quantificador existencial, o universo dos
quantificada. números reais e a condição p(x): x > x2.
a) ∃ x ∈N: 2x = x + 1 Esta proposição pode então ser traduzida simbolicamente por ∃ x ∈R: x > x2.
b) ∃ x ∈R: x5 = 12
2. Consideremos agora, no conjunto dos números reais, a proposição ∃ x ∈R: x ∈N ∧ x > x2.
Esta proposição é falsa, uma vez que a condição x ∈N ∧ x > x2 não se verifica para
nenhum dos números reais. Repara que se x ∉N então uma das proposições que dão
origem à conjunção é falsa e, portanto, a conjunção é falsa. Por outro lado, se x ∈N
então a conjunção será verdadeira se a condição x > x2 o for, o que nunca se verifica
para números naturais. Desta forma, a proposição ∃ x ∈R: x ∈N ∧ x > x2 é equivalente
58 Traduz em linguagem
à proposição ∃ x ∈N: x > x2.
simbólica as seguintes
proposições.
a) “Existe pelo menos um
Exemplos
número inteiro inferior
1. ∃ x ∈R: x3 = –1 (pode ler-se: “existe pelo menos um número real x tal que x ao cubo é
a 10.”
b) “Todo o número natural
igual a –1”) é uma proposição verdadeira, pois x3 = –1 é uma condição possível em R.
é positivo.” 2. ∃ x ∈Z+0: x2 – x = 0 (pode ler-se: “existe pelo menos um número inteiro x não negativo tal
c) “Existe pelo menos um que x2 – x = 0”) é uma proposição verdadeira, pois x2 – x = 0 é uma condição possível
número real tal que o
dobro é igual à sua
em Z+0.
metade.” 3. ∃ x ∈]1, 8[: x + 10 = 18 (pode ler-se: “existe pelo menos um x real compreendido entre
1 e 8 (exclusive) tal que x + 10 = 18") é uma proposição falsa, pois x + 10 = 18 é uma
condição impossível em ]1, 8[.
APRENDE FAZENDO
Pág. 67 Esquematizando / Resumindo
Exercício 21

CADERNO DE EXERCÍCIOS A relação entre os quantificadores de uma condição e a classificação dessa mesma
E TESTES
Pág. 7
condição pode ser resumida neste diagrama:
Exercícios 14 e 15
é uma proposição verdadeira. p(x) é uma condição universal.

Soluções ∀ x ∈U, p(x)


Existe um p(x) não é uma
57. é uma proposição falsa.
contraexemplo condição universal.
a) ∃ x: x ∈N ∧ 2x = x + 1
b) ∃ x: x ∈R ∧ x5 = 12
é uma proposição verdadeira. p(x) é uma condição possível.
58.
a) ∃ x ∈Z: x < 10 ∃ x ∈U: p(x)
b) ∀ x ∈N, x > 0 é uma proposição falsa. p(x) é uma condição impossível.
x
c) ∃ x ∈R: 2x =
2

46
UNIDADE 2 Condições e conjuntos

Exercício resolvido LTC10_2.6

Considera o conjunto C = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7} e seja p(x) a condição “x é um número


irracional” e q(x) a condição “x é divisor de 10”.
a) Indica o valor lógico de cada uma das seguintes proposições.
59 Escreve a proposição
• ∀ x ∈C, p(x) “∀ x ∈{1, 2, 3}, 3x é
• ∃ x ∈C: p(x) ímpar” na forma de
• ∀ x ∈C, q(x) conjunções sucessivas e
indica o seu valor lógico.
• ∃ x ∈C: q(x)
b) Quanto a cada uma das condições p(x) e q(x), indica se é possível, impossível ou
universal em C.

Sugestão de resolução

a) • ∀ x ∈C, p(x) é uma proposição falsa, pois não é verdade que todo o ele-
mento de C seja um número irracional, ou seja, p(x) não é uma condição
universal em C.
60 Escreve a proposição
• ∃ x ∈C: p(x) é uma proposição falsa, pois não é verdade que haja pelo “∃ x ∈{1, 2, 3}: 3x é
menos um elemento de C que seja um número irracional, ou seja, p(x) é ímpar” na forma de
uma condição impossível em C. disjunções sucessivas e
indica o seu valor lógico.
• ∀ x ∈C, q(x) é uma proposição falsa, pois não é verdade que todo o elemento
de C seja um divisor de 10, ou seja, q(x) não é uma condição universal em C.
• ∃ x ∈C: q(x) é uma proposição verdadeira, pois existe pelo menos um ele-
mento de C que é divisor de 10 (o número 1, por exemplo), isto é, q(x) é
uma condição possível em C.
b) Pela alínea anterior, concluímos que p(x) é uma condição impossível em C
e q(x) é uma condição possível em C.

Observação sobre relações entre os quantificadores e as operações


de conjunção e disjunção

Num universo finito o quantificador universal equivale a conjunções sucessivas de pro-


posições. Vejamos um exemplo:
Consideremos o universo A = {2, 4, 6}. A proposição “∀ x ∈A, x é par” equivale a afirmar
que todo o elemento de A é par, isto é, “2 é par ∧ 4 é par ∧ 6 é par”, que são conjunções
sucessivas.
Já o quantificador existencial, num universo finito, equivale a disjunções sucessivas de
Soluções
proposições.
59. “3 é ímpar ∧ 6 é ímpar ∧ 9 é
Consideremos o mesmo universo A = {2, 4, 6}. A proposição “∃ x ∈A: x é divisor de 16” ímpar.” – proposição falsa
equivale a afirmar que existe pelo menos um elemento de A que é divisor de 16, isto é, 60. “3 é ímpar ∨ 6 é ímpar ∨ 9 é
“2 é divisor de 16 ∨ 4 é divisor de 16 ∨ 6 é divisor de 16”, que são disjunções sucessivas. ímpar.” – proposição verdadeira

47
TEMA I Introdução à lógica bivalente e à teoria dos conjuntos

LTC10_2.6 2.6. Segundas leis de De Morgan


61 Utilizando as segundas leis Estudemos agora o que acontece quando os quantificadores são precedidos do símbolo
de De Morgan, escreve
proposições equivalentes à
de negação. Consideremos, em linguagem corrente, as seguintes proposições:
negação das seguintes “Todos os alunos desta turma gostam de Matemática.”
proposições e indica o seu “Existe pelo menos um aluno desta turma que é disléxico.”
valor lógico.
a) “∀ x ∈{1, 2, 3}, 3x é A negação destas proposições em linguagem corrente pode ser traduzida por:
ímpar.”
x “Existe pelo menos um aluno desta turma que não gosta de Matemática.”
b) ∃ x ∈R: x + 3 =
2
“Qualquer que seja o aluno desta turma, ele não é disléxico.”
c) ∀ x ∈N, x + 1 > 0

62 Utilizando as segundas Consideremos as proposições acima num contexto matemático, sendo A o universo dos
leis de De Morgan, alunos da turma:
escreve afirmações “∀ x ∈A, x gosta de Matemática.” “∃ x ∈A: x é disléxico.”
equivalentes à negação
das seguintes proposições. A negação destas proposições em linguagem simbólica é:
a) “Todos os americanos
gostam de comida de “∃ x ∈A: x não gosta de Matemática.” ”∀ x ∈A, x não é disléxico.”
plástico.”
Em linguagem simbólica podemos escrever:
b) “Existe pelo menos um
italiano que não gosta “~(∀ x ∈A, x gosta de Matemática) ⇔ ∃ x ∈A: x não gosta de Matemática.”
de massa.” “~(∃ x ∈A: x é disléxico) ⇔ ∀ x ∈A, x não é disléxico.”
c) “Há números naturais
cujo triplo é um Estas duas propriedades são designadas por segundas leis de De Morgan.
número primo.”
d) “Existe um número real
que é inferior à sua raiz”. Segundas leis de De Morgan
APRENDE FAZENDO Seja p(x) uma proposição num dado universo U. Tem-se que:
Págs. 63, 64, 67, 69 e 72 • ∼(∀ x ∈U, p(x)) ⇔ ∃ x ∈U: ∼p(x) • ~(∃ x ∈U: p(x)) ⇔ ∀ x ∈U, ~p(x)
Exercícios 7, 11, 22, 34,
35 e 46

CADERNO DE EXERCÍCIOS
E TESTES Exercício resolvido
Págs. 7 e 8
Exercícios 16 e 20 Utilizando as segundas leis de De Morgan escreve afirmações equivalentes à nega-
ção das seguintes proposições.
Animação
a) “Todos os homens são mortais.”
Resolução do exercício 63.
b) “Existe pelo menos uma rapariga que não é vaidosa.”
Soluções
61. a) “∃ x ∈{1, 2, 3}: 3x não é
Sugestão de resolução
ímpar.” – proposição verdadeira
x
b) “∀ x ∈R, x + 3 ≠ .” a) Dado que a negação transforma o quantificador universal em quantificador
2
– proposição falsa
existencial, seguido da negação da expressão proposicional em causa, tem-se
c) “∃ x ∈N: x + 1 ≤ 0.”
– proposição falsa que a negação da afirmação é equivalente a: “Existe pelo menos um homem
62. a) “Existe pelo menos um que é imortal”.
americano que não gosta de
b) Uma vez que que a negação transforma o quantificador existencial em quan-
comida de plástico.” b) “Todos
os italianos gostam de massa”. tificador universal, seguido da negação da expressão proposicional em
c) “O triplo de qualquer número causa, tem-se que a negação da afirmação é equivalente a: “Todas as rapa-
natural não é um número primo.” rigas são vaidosas”.
d) “Todos os números reais são
superiores ou iguais à sua raiz.”

48
UNIDADE 2 Condições e conjuntos

63 Considera o conjunto
Erro típico
U = {6, 7, 8, 10} e seja a(x)
a condição “x é um
Um erro comum na resolução da alínea a) do exercício anterior é considerar que: número composto” e b(x)
a condição “x admite resto
A negação de “Todos os homens são mortais” é “Todos os homens são imortais”. 3 na divisão por 6”.
a) Indica o valor lógico de
 cada uma das seguintes
Erro! proposições.
∀ x ∈U, a(x)
O erro consistiu em não se ter trocado o quantificador. Repara que a resposta correta ∀ x ∈U, b(x)
é: “Existe pelo menos um homem que é imortal”. ∃ x ∈U: a(x)
∃ x ∈U: b(x)
b) Escreve proposições
equivalentes à negação
das proposições da alínea
Exercício resolvido anterior, começando com
um quantificador e
traduzindo-as também
Escreve proposições equivalentes à negação das seguintes proposições, utilizando em proposições
as segundas leis de De Morgan. equivalentes na
linguagem corrente.
a) ∃ x ∈Q: x2 = 3 c) Considera cada uma
das condições a(x), b(x),
b) ∀ x ∈N, x ≥ 1 ~a(x) e ~b(x). Indica se
é possível, impossível
ou universal em U.
Sugestão de resolução
64 Considera a proposição
a) ~(∃ x ∈Q: x2 = 3) b) ~(∀ x ∈N, x ≥ 1) “∀ x ∈{π, √∫2, 3}, x é natural”.
a) Escreve-a na forma de
⇔ ∀ x ∈Q, ~(x2 = 3) ⇔ ∃ x ∈N: ~(x ≥ 1)
conjunções sucessivas.
⇔ ∀ x ∈Q, x2 ≠ 3 ⇔ ∃ x ∈N: x < 1 b) Aplicando as primeiras
leis de De Morgan,
nega a proposição
obtida na alínea
anterior e escreve a
proposição assim obtida
Observação na forma quantificada.

Num universo finito, as segundas leis de De Morgan podem ser interpretadas como ge- Soluções

neralizações das primeiras leis de De Morgan. 63. a) Prop. falsa; prop. falsa;
prop. verdadeira; prop. falsa.
Repara que uma proposição definida por um quantificador universal (existencial) pode b) ∃ x ∈U: ~a(x) – “Existe pelo
ser escrita como uma conjunção (disjunção) sucessiva de proposições e, assim, a sua ne- menos um elemento de U que
não é um número composto”.
gação será uma disjunção (conjunção) sucessiva de proposições. ∃ x ∈U: ~b(x) – “Existe pelo
menos um elemento de U que
Finalmente, a disjunção (conjunção) sucessiva de proposições facilmente se poderá es- não admite resto 3 na divisão
crever utilizando um quantificador existencial (universal). por 6”. ∀ x ∈U: ~a(x) – “Todo o
elemento de U é um número
não composto”. ∀ x ∈U, ~b(x)
Exemplo – “Todo o elemento de U
admite resto diferente de 3 na
divisão por 6”. c) a(x) é possível
Considera a proposição “∃ x ∈{1, 2, 3}: x é primo” e a respetiva negação.
em U; b(x) é impossível em U;
~(∃ x ∈{1, 2, 3}: x é primo) ~a(x) é possível em U; ~b(x) é
!

universal em U.
⇔ ~(1 é primo ∨ 2 é primo ∨ 3 é primo) Primeiras Segundas 64. a) “p é natural ∧ √∫2 é natural
!

leis de leis de ∧ 3 é natural” b) “p não é


⇔ 1 não é primo ∧ 2 não é primo ∧ 3 não é primo natural ∨ √∫2 não é natural ∨ 3
De Morgan De Morgan
⇔ ∀ x ∈{1, 2, 3}, x não é primo não é natural” “∃ x ∈{p, √∫2, 3}: x
não é natural.”
49
TEMA I Introdução à lógica bivalente e à teoria dos conjuntos

LTC10_2.11 2.7. Conjuntos definidos por condições


Contextualização histórica Como sabes, em Matemática a palavra conjunto é usada para designar uma coleção de
objetos vista em si própria como um objeto matemático. Os objetos que constituem a co-
leção chamam-se elementos do conjunto e diz-se que pertencem ao conjunto. Diz-se
também que o conjunto contém os seus elementos.

Exemplos

São exemplos de conjuntos as coleções de:


1. disciplinas de 10.º ano do curso de ciências e tecnologias.

Georg Cantor (1845-1918) 2. alunos da turma 10.º A de uma determinada escola.


Georg Cantor era oriundo
3. todos os números inteiros.
de uma família de
músicos, mas preferiu os
Os conjuntos representam-se, geralmente, por letras maiúsculas, A, B, C, ..., X, Y, Z e os
estudos matemáticos.
Estudou nas universidades seus elementos por letras minúsculas, a, b, c, …, x, y, z.
de Zurique e de Berlim e
foi professor catedrático Definição
na universidade de Halle.
O seu trabalho com Sejam A um conjunto e x um objeto.
conjuntos infinitos conduziu
ao desenvolvimento da Se x é um dos objetos de A, dizemos que x pertence a A e escrevemos x ∈A.
teoria de conjuntos como
uma teoria fundamental
Se x não é um dos objetos de A, dizemos que x não pertence a A e escrevemos x ∉A.
da Matemática.
Apesar de nos seus últimos Exemplos
anos sofrer de uma doença
mental, foi o principal 1. Seja A o conjunto das disciplinas de 10.º ano do curso de ciências e tecnologias. Então,
organizador do primeiro
“Matemática ∈A” e “História ∉A”.
Congresso Internacional
de Matemática, que se 2. Sendo Z o conjunto dos números inteiros, “0 ∈Z” e “–
1 ∉Z”.
realizou em Zurique no 2
ano de 1897. Um conjunto fica bem definido pelos elementos que lhe pertencem. Podemos então
definir a igualdade de conjuntos.
65 Seja A = {0, 2, { }, {1}}.
Indica, justificando, o Definição
valor lógico das
afirmações seguintes. Dois conjuntos A e B dizem-se iguais, e escreve-se A = B, se e somente se:
a) 0 ∈A
∀ x, x ∈A ⇔ x ∈B
b) 1 ∈A
c) 2 ∉A
Desta definição resulta que:
d) { } ∉A
e) {1} ∉A • dois conjuntos são iguais quando e apenas quando têm os mesmos elementos;
• se existir um elemento num dos conjuntos que não é elemento do outro A e B são di-
Soluções
ferentes.
65. a) Verdadeira, pois 0 é um
elemento de A. b) Falsa, pois 1 Definição
não é um elemento de A.
c) Falsa, pois 2 é um elemento
Ao único conjunto que não tem qualquer elemento chamamos conjunto vazio.
de A. d) Falsa, pois { } é um
elemento de A. e) Falsa, pois {1} Representa-se por { } ou por ∅.
é um elemento de A.

50
UNIDADE 2 Condições e conjuntos

Conjuntos definidos em extensão LTC10_2.10


LTC10_2.12

Seja A o conjunto dos divisores inteiros não negativos de 12. Se enumerarmos explici-
tamente os elementos que o constituem, ou seja, se escrevermos A = {1, 2, 3, 4, 6, 12},
diz-se que estamos a definir o conjunto A em extensão.

Definição

Sejam a1, …, ak (k ∈N) objetos.


{a1, …, ak} representa o conjunto A cujos elementos são exatamente a1, …, ak.
Designa-se por definição em extensão do conjunto A de elementos a1, …, ak a igual-
dade A = {a1, …, ak}. 66 Define em extensão os
seguintes conjuntos.
a) Conjunto dos números
Notas primos inferiores a 50.
1. No conjunto {a1, …, ak} não importa a ordem pela qual os seus elementos estão in- b) Conjunto dos divisores

dicados, nem o número de vezes que um dado elemento aparece, isto é, por exem- inteiros não negativos
de 18.
plo, {a, b, c} = {c, a, b} = {a, a, c, b}.
2. Em rigor, um conjunto com um número infinito de elementos não pode ser definido
em extensão. Nestas situações é comum o uso de uma notação que permita perceber
os elementos não expressos.

Exemplos

1. O conjunto dos quadrados perfeitos inferiores a 100 pode ser definido em extensão da
seguinte forma:
{1, 4, 9, 16, 25, 36, 49, 64, 81}
2. O conjunto dos números inteiros relativos pode ser definido em extensão do seguinte
modo:
Z = {…, –3, –2, –1, 0, 1, 2, 3, …}

Conjuntos definidos em compreensão Recorda

Seja a ∈R:
Considera, no universo U dos números naturais inferiores a 8, a condição “x é ímpar”.
[a, +∞[ = {x ∈R: x ≥ a}
Verificam esta condição os números 1, 3, 5 e 7. ]a, +∞[ = {x ∈R: x > a}
O conjunto A de todos os números naturais inferiores a 8 que verificam a condição pode ]–∞, a] = {x ∈R: x ≤ a}
]–∞, a[ = {x ∈R: x < a}
ser definido em extensão por A = {1, 3, 5, 7}.
Uma outra forma de o definir é por meio da referida condição, que é verificada por
todos os elementos do conjunto e só por esses, e representa-se simbolicamente por
A = {x ∈U: x é ímpar}.

Definição
Soluções
Seja p(x) uma condição. 66.
{x: p(x)} representa um conjunto A tal que ∀ x, x ∈A ⇔ p(x). Designa-se por definição a) {2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, 23,
em compreensão do conjunto A pela condição p(x) a igualdade A = {x: p(x)}. 29, 31, 37, 41, 43, 47}
b) {1, 2, 3, 6, 9, 18}

51
TEMA I Introdução à lógica bivalente e à teoria dos conjuntos

A = {x: p(x)} lê-se “A é o conjunto dos elementos x tais que p(x) ”. Está implícito nesta
LTC10_2.13
notação que a variável x varia num universo que se admite que contém todos os objetos
que satisfazem a condição p(x).

Definição

Seja p(x) uma condição e U um conjunto. O conjunto {x: x ∈U ∧ p(x)} diz-se o con-
junto definido por p(x) em U ou conjunto-solução de p(x) em U e representa-se por
{x ∈U: p(x)}.

67 Define em extensão os
Exemplos
seguintes conjuntos.
1. O conjunto {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9} pode ser definido em compreensão por:
a) {2n – 1: n ∈N}
b) {5n: n ∈N}
{x ∈N: x < 10}
c) {n2: n ∈N ∧ 5 ≤ n ≤ 10}
2. O conjunto dos números primos inferiores a 20 pode ser definido em compreensão por:
{x ∈N: x é primo ∧ x < 20}
68 Define em extensão os
3. No universo dos números naturais, o conjunto dos naturais n que são quadrados dos
conjuntos definidos em N
por cada uma das números pares inferiores a 5 pode ser definido em compreensão pela condição:
seguintes condições. “n = x2, para algum x ∈N tal que x é par ∧ x < 5”
a) 2x2 +x–1=0
Pode-se representar este conjunto da seguinte forma, que é mais sugestiva:
b) x2 + x + 1 = 0
c) 2x – 4 < 6 {x2 ∈N: x é par ∧ x < 5}
d) |1 – 2x| < 4

Assim, num determinado universo, toda a condição admite um conjunto que lhe corres-
ponde – o conjunto dos valores do universo que a transformam numa proposição verdadeira
69 Averigua se as seguintes
– designado por conjunto de verdade, conjunto-solução ou conjunto dos valores que veri-
condições são
equivalentes em R. ficam a condição.
Í 1Í 3
a) Í x – Í = e
Í 2Í 2


x2 – x – 2 = 0
b) x2 – 10 = 0 e x – √∫1∫0 = 0
Condição Conjunto

APRENDE FAZENDO
Págs. 67 e 70
Exercícios 23, 24, 37 e 38
Propriedades
Soluções Duas condições equivalentes definem o mesmo conjunto.
67. Duas condições não equivalentes definem conjuntos distintos.
a) {1, 3, 5, 7, 9, …}
b) {5, 10, 15, 20, 25, …}


c) {25, 36, 49, 64, 81, 100}
68.
a) { } b) { } c) {1, 2, 3, 4} d) {1, 2} Condições Conjuntos
69. equivalentes iguais
a) Sim b) Não

52
UNIDADE 2 Condições e conjuntos

Exemplos 70 De entre os conjuntos que


se seguem, indica aqueles
1. Em R, as condições “x2 – 1 = 0” e “(x – 1)(x + 1) = 0” são equivalentes, pois todas as soluções
que são iguais.
da primeira são solução da segunda e vice-versa, isto é, têm o mesmo conjunto-solução.
a) {x ∈R: x2 + 3 = 4x},
{x ∈R: x2 – 1 = 0} = {x ∈R: (x – 1)(x + 1) = 0} {1, 3} e {n ∈N: n é
ímpar ∧ n < 5}
2. Em R, as condições “x2 = 4” e “|x| = 2” são equivalentes, pois todas as soluções da
b) {1, 2, 3, 4}, {2, 1, 3, 4},
primeira são solução da segunda e vice-versa, isto é, têm o mesmo conjunto-solução. {4, 2, 3, 1, 2, 3} e
{x ∈R: x2 = 4} = {x ∈R: |x| = 2} {1, 2, 2, 3}

3. Em R, as condições “x = 2” e “|x| = 2” não são equivalentes, pois existe uma solução


da segunda que não é solução da primeira, ou seja, não têm o mesmo conjunto-solução.
{x ∈R: x = 2} ≠ {x ∈R: |x| = 2}

Exercício resolvido

De entre os conjuntos que se seguem, indica aqueles que são iguais.

a) {x ∈R: x2 + 6 = 5x}, {2, 3} e {n ∈N: 3 < n2 < 10}

b) {1, 2, 3}, {2, 1, 3}, {2, 3, 1, 2, 3} e {1, 2, 2}

Sugestão de resolução

a) O conjunto definido por {x ∈R: x2 + 6 = 5x} é o conjunto dos números reais


que são solução da equação x2 + 6 = 5x.
x2 + 6 = 5x ⇔ x2 – 5x + 6 = 0

⇔ x = 5 ± √∫2∫5∫ ∫–∫ 4
∫ ∫¥
∫ ∫1
∫ ∫¥
∫ ∫6

2
⇔x=3 ∨ x=2

Ou seja, {x ∈R: x2 + 6 = 5x} = {2, 3}.


O conjunto definido por {n ∈N: 3 < n2 < 10} é o conjunto dos números naturais
cujo quadrado é superior a 3 e inferior a 10.
Os números 2 e 3 são os únicos naturais que obedecem a esta propriedade,
logo {n ∈N: 3 < n2 < 10} = {2, 3}.
Assim, {x ∈R: x2 + 6 = 5x} = {2, 3} = {n ∈N: 3 < n2 < 10}.

b) {1, 2, 3} = {2, 1, 3} = {2, 3, 1, 2, 3}, uma vez que não importa a ordem pela
qual os elementos estão indicados, nem o número de vezes que um dado
elemento aparece. Soluções

Como 3 ∉{1, 2, 2}, concluímos que este é um conjunto distinto de todos os 70.
a) {x ∈R: x2 + 3 = 4x} = {1, 3} =
outros.
= {n ∈N: n é ímpar ∧ n < 5}
b) {1, 2, 3, 4} = {2, 1, 3, 4} =
= {4, 2, 3, 1, 2, 3}

53
TEMA I Introdução à lógica bivalente e à teoria dos conjuntos

Em particular:
1. O conjunto vazio pode ser definido em compreensão por uma condição impossível.
Por exemplo, ∅ = {x ∈R: x2 < 0} = {x: x ≠ x}.

Condição
impossível fi Conjunto
vazio

2. O universo pode ser definido em compreensão por uma condição universal.


Por exemplo, no universo R, R = {x ∈R: x2 ≥ 0}.
Qualquer que seja o universo, à condição “x = x” corresponde o universo.

Seja U = {–5, –√∫5, –1, 0, 1,


71
√∫5, 5, 25}. Define em
Condição
Universo
extensão os seguintes universal
conjuntos.
a) A = {x ∈U: x ∈Z–}
b) B = {x ∈U: |x| < 3} Exercícios resolvidos
c) C = {x ∈U: x2 ∈U}
d) D = {x2: x ∈U} 1. Seja U = {–3, –√∫3, –1, 0, 1, √∫3, 3, 9}. Define em extensão os seguintes conjuntos.

a) A = {x ∈U: x ∈Z–}

b) B = {x ∈U: |x| < 3}


72 Define em compreensão
cada um dos seguintes
c) C = {x ∈U: x2 ∈U}
conjuntos.
a) {3, 6, 9, 12, 15, …}
d) D = {x2: x ∈U}
b) {–5, 5}
c) {1, 2, 5, 10}
d) { }
Sugestão de resolução
e) R

a) A = {x ∈U: x ∈Z–} é o conjunto dos elementos de U que são inteiros nega-


tivos, isto é, podemos defini-lo em extensão por A = {–3, –1}.
Soluções
b) B = {x ∈U: |x| < 3} é o conjunto dos elementos de U cujo valor absoluto é
71.
inferior a 3.
a) {–5, –1}
b) {–√∫5, –1, 0, 1, √∫5}
Assim, pode ser representado em extensão por B = {–√∫3, –1, 0, 1, √∫3}.
c) {0, 1, 5, 25}
d) {25, 5, 1, 0, 625} c) C = {x ∈U: x2 ∈U} é o conjunto dos elementos de U cujo quadrado também
72. Por exemplo: é elemento de U. Podemos defini-lo em extensão por C = {–3, –√∫3, –1, 0, 1,
a) {3n: n ∈N} ou {n ∈N: n é
√∫3, 3}.
múltiplo de 3}
b) {x ∈R: |x| = 5} =
d) D = {x2: x ∈U} é o conjunto constituído pelos quadrados dos elementos de
= {x ∈R: x = 5 ∨ x = –5}
c) {n ∈N: n é divisor de 10} U, isto é, D = {9, 3, 1, 0, 81}.
d) {x ∈R: |x| < 0}
e) {x ∈R: |x| ≥ 0}

54
UNIDADE 2 Condições e conjuntos

LTC10_2.15
2. Define em compreensão cada um dos conjuntos que se seguem.

a) {2, 4, 6, 8, 10, …}

b) {–1, 1}

Sugestão de resolução

a) Os elementos do conjunto {2, 4, 6, 8, 10,…} são os números pares naturais,


logo pode ser definido por {n ∈N: n é par} ou {2n: n ∈N}.

b) {–1, 1} = {x ∈R: |x| = 1} (por exemplo).

2.8. Inclusão de conjuntos


Consideremos a proposição:
“∀ x, x é um número natural ⇒ x é um número inteiro.”
As condições “x é um número natural” e “x é um número inteiro relativo” correspondem
respetivamente aos conjuntos N e Z.
Assim, podemos reescrever a proposição acima da seguinte forma:
“∀ x, x ∈N ⇒ x ∈Z”
Por outras palavras, todo o elemento de N é também elemento de Z. Dizemos, então,
que o conjunto N está contido no conjunto Z.
U
Definição B
A

Sejam A e B conjuntos.
Diz-se que A está contido em B ou que A é um subconjunto de B ou A é uma parte
de B, e escreve-se A ⊂ B, se:
∀ x, x ∈A ⇒ x ∈B

Da definição resulta que:


• A está contido em B se e só se todo o elemento de A é também elemento de B;
• se existir um elemento de A que não seja um elemento de B, então A não está contido
em B e A não é um subconjunto de B; escreve-se A ⊄ B.

Implicação
entre condições fi Inclusão
de conjuntos

55
TEMA I Introdução à lógica bivalente e à teoria dos conjuntos

LTC10_2.17 Exemplos
LTC10_2.18
1. Seja M2 o conjunto dos múltiplos de 2 e M10 o conjunto dos múltiplos de 10. Tem-se

73 Considera que A é um
M10 ⊂ M2, pois todo o múltiplo de 10 é também um múltiplo de 2.
subconjunto de B e que B 2. No universo dos quadriláteros, seja Q o conjunto dos quadrados e R o conjunto dos
é um subconjunto de C.
Considera ainda que
retângulos.
1 ∈A, 2 ∈B, 3 ∈C e que Tem-se Q ⊂ R, uma vez que todo o quadrado é também um retângulo.
4 ∉A, 5 ∉B e 6 ∉C.
Quais das afirmações
Considera, agora, os conjuntos N e Z+, conjunto dos números naturais e dos números
seguintes são
necessariamente inteiros positivos.
verdadeiras?
Repara que se verifica ao mesmo tempo que N ⊂ Z+ e Z+ ⊂ N, pois todo o elemento
a) 1 ∈B
de N é elemento de Z+ e todo o elemento de Z+ é elemento de N, o que significa que N
b) 2 ∈A
e Z+ são constituídos pelos mesmos elementos, isto é, N = Z+.
c) 3 ∉A
d) 4 ∈B
e) 5 ∉A
Princípio da dupla inclusão
f) 5 ∈C
Sejam A e B conjuntos.
g) 6 ∉B
A = B se e só se A ⊂ B e B ⊂ A.

Nota Já vimos anteriormente que a proposição A = B é equivalente à proposição:


∀ x, x ∈A ⇔ x ∈B
O método utilizado na
prova do princípio da Pelo princípio da dupla implicação, esta proposição é equivalente à proposição:
dupla inclusão, no qual
∀ x, ((x ∈A ⇒ x ∈B) ∧ (x ∈B ⇒ x ∈A))
utilizamos a proposição
“∀x, (p(x) ⇒ q(x)) ∧ Esta proposição é verdadeira se e só se a condição:
∧ ∀x, (q(x) ⇒ p(x))” para
(x ∈A ⇒ x ∈B) ∧ (x ∈B ⇒ x ∈A)
provar a proposição “∀ x,
p(x) ⇔ q(x)” designa-se por for universal no universo considerado.
demonstração por dupla
Uma vez que se trata da conjunção de duas condições, a condição:
implicação.
(x ∈A ⇒ x ∈B) ∧ (x ∈B ⇒ x ∈A)
é universal nas situações em que ambas as condições:
(x ∈A ⇒ x ∈B) e (x ∈B ⇒ x ∈A)
são universais.
Isto acontece se e só se as proposições:
APRENDE FAZENDO ∀ x, (x ∈A ⇒ x ∈B) e ∀ x, (x ∈B ⇒ x ∈A)
Págs. 62, 64 e 72 são verdadeiras, isto é, se e só se a proposição:
Exercícios 4, 13 e 49
∀ x, (x ∈A ⇒ x ∈B) ∧ ∀ x, (x ∈B ⇒ x ∈A)
CADERNO DE EXERCÍCIOS é verdadeira.
E TESTES
Pág. 9 Pela definição de inclusão de conjuntos, temos que a proposição:
Exercício 24 ∀ x, (x ∈A ⇒ x ∈B) ∧ ∀ x, (x ∈B ⇒ x ∈A)
é equivalente à proposição:
Soluções
A⊂B∧B⊂A
73. As afirmações
necessariamente verdadeiras são: Mostramos assim que os conjuntos A e B são iguais se e só se A está contido em B e B
a), e) e g) está contido em A.

56
UNIDADE 2 Condições e conjuntos

2.9. Interseção de dois conjuntos LTC10_2.14

Consideremos, em N, as condições a(n): “n é divisor de 10” e b(n): “n é divisor de 12”


Recorda
a que correspondem os conjuntos A e B:
Sejam a, b ∈R:
A = {1, 2, 5, 10} e B = {1, 2, 3, 4, 6, 12}
[a, b] = {x ∈R: a ≤ x ≤ b}
Então, a condição a(n) ∧ b(n) corresponde ao conjunto dos números que são divisores ]a, b[ = {x ∈R: a < x < b}
de 10 e são divisores de 12, isto é, que pertencem simultaneamente aos conjuntos A e B. [a, b[ = {x ∈R: a ≤ x < b}
A ∩ B = {x: x ∈A ∧ x ∈B} = {1, 2} ]a, b] = {x ∈R: a < x ≤ b}

U
Definição A B

Dados dois conjuntos A e B, chama-se interseção de A com B, e representa-se por A«B


A ∩ B, ao conjunto de todos os objetos que satisfazem a condição de pertencer si-
multaneamente a A e a B.
Simbolicamente, A ∩ B = {x: x ∈A ∧ x ∈B}.

Conjunção
de condições fi Interseção
de conjuntos

Exemplos Recorda

1. Sejam A = {2n – 1: n ∈N} e B = {5, 6, 7, 8, 9, 10}. Temos que A ∩ B = {5, 7, 9}. Dois conjuntos A e B
dizem-se disjuntos se a sua
2. Consideremos os intervalos de números reais ]–3, 2] e ]–1, 4[. interseção é o conjunto
vazio. Simbolicamente,
A ∩ B = { }.

–3 –1 0 2 4 x

Então, em R, ]–3, 2] ∩ ]–1, 4[ = ]–1, 2].

2.10. União (ou reunião) de dois conjuntos


Consideremos, novamente, as condições, em N, a(n): “n é divisor de 10” e b(n): “n é
divisor de 12” a que correspondem os conjuntos A e B:
A = {1, 2, 5, 10} e B = {1, 2, 3, 4, 6, 12}
Então, a condição a(n) ∨ b(n) corresponde ao conjunto dos números que são divisores de
10 ou são divisores de 12, isto é, que pertencem a pelo menos um dos conjuntos A e B.
A ∪ B = {n ∈N: n ∈A ∨ n ∈B} = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 10, 12}

57
TEMA I Introdução à lógica bivalente e à teoria dos conjuntos

LTC10_2.14 Definição
LTC10_2.16
U
A B Dados dois conjuntos A e B, chama-se reunião de A com B, e representa-se por A ∪ B,
ao conjunto de todos os objetos que satisfazem a condição de pertencer a pelo menos
A∪B um dos conjuntos A e B.
Simbolicamente, A ∪ B = {x: x ∈A ∨ x ∈B}.

74 Considera as seguintes
condições definidas em N:
Disjunção
de condições fi Reunião
de conjuntos

a(n): n é um número primo. Exemplos


b(n): n é múltiplo de 3.
c(n): n é divisor de 18. 1. Sejam A = {2n – 1: n ∈N} e B = {5, 6, 7, 8, 9, 10}. Tem-se que:
d(n): n é inferior a 10. A ∪ B = {n ∈N: n é ímpar ∨ 5 ≤ n ≤ 10}
Define em extensão cada
2. Consideremos os intervalos de números reais ]–3, 2] e ]–1, 4[.
um dos seguintes
conjuntos.
P = {n: a(n) ∧ d(n)}
Q = {n: b(n) ∧ c(n)} x
–3 –1 0 2 4
R = {n: c(n) ∨ d(n)}
S = {n: ~c(n) ∧ d(n)} Então, em R, ]–3, 2] ∪ ]–1, 4[ = ]–3, 4[.
Caderno de Apoio às Metas
Curriculares, 10.º ano

2.11. Complementar de um conjunto. Complementar de


um conjunto em relação a outro
Consideremos a condição, em N, c(n): “n é par” a que corresponde o conjunto C:
C = {2, 4, 6, 8, 10, …}
Então a condição ~c(n) corresponde ao conjunto dos números naturais que não são
pares, isto é, que não pertencem ao conjunto C. Este último conjunto é designado por

complementar de C e é representado por C.

C = {n ∈N: n ∉C} = {1, 3, 5, 7, 9, …}
U
Definição
A A

Num dado universo U, chama-se complementar de um conjunto A, e representa-se



por CA ou A, ao conjunto de todos os elementos de U que não pertencem a A.

Simbolicamente, A = {x ∈U: x ∉A}.

Soluções


74. P = {2, 3, 5, 7}
Q = {3, 6, 9, 18} Negação Complementar
R = {1, 2, 3, 6, 9, 18, 4, 5, 7, 8} de condição do conjunto
S = {4, 5, 7, 8}

58
UNIDADE 2 Condições e conjuntos

Exemplos
LTC10_2.16

1. Consideremos, no universo dos números naturais, o conjunto A = {1, 2, 3, 4, 5}. O seu


complementar é o conjunto dos números naturais superiores a 5.
2. Consideremos ]–3, 2] um intervalo de números reais.

x
–3 –1 0 2

Então, em R, ∫]–3∫, 2] = ]–∞, –3] ∪ ]2, +∞[.

O conceito de conjunto complementar pode ser generalizado, como veremos a seguir.


Consideremos, mais uma vez, as condições, em N, a(n): “n é divisor de 10” e b(n): “n é
divisor de 12” a que correspondem os conjuntos A = {1, 2, 5, 10} e B = {1, 2, 3, 4, 6, 12}.
Então a condição a(n) ∧ ~b(n) corresponde ao conjunto dos números que são divisores
de 10 e não são divisores de 12, isto é, que pertencem a A e não pertencem a B.
Representa-se este conjunto por A\B.
A\B = {n ∈N: n ∈A ∧ n ∉B} = {5, 10}

U
Definição A B

Dados dois conjuntos A e B, chama-se diferença entre A e B, e representa-se por A\B

A\B, ao conjunto {x ∈A: x ∉B}.


Se B ⊂ A, designa-se por complementar de B em A.

Notas
Num dado universo U:

1. A\B = A ∩ B

2. A = U\A
3. Em geral, A\B ≠ B\A.

Exemplos

1. Em R, dados os conjuntos A = {–10, –p, –1, 0, 2} e B = [–2, +∞[, temos que:

–10 –p –2 –1 0 2 x

A\B = {–10, –p}


B\A = [–2, –1[ ∪ ]–1, 0[ ∪ ]0, 2[ ∪ ]2, +∞[
2. Sejam A = {2n – 1: n ∈N} e B = {5, 6, 7, 8, 9, 10}. Temos que:
A\B = {n ∈N: n é ímpar ∧ (n < 5 ∨ n > 10)}
B\A = {6, 8, 10}

59
TEMA I Introdução à lógica bivalente e à teoria dos conjuntos

75 Considera os seguintes Exercícios resolvidos


conjuntos de números
reais: 1. Considera os seguintes conjuntos de números reais:
A = {x ∈R: x ≤ 5} 3a a
B = {x ∈R: x ≤ –p}
E = {x ∈R: x < 4} F = {x ∈R: x ≤ –√∫2} b G = bx ∈R: x ≥ –
c 2c
a 7a Define, sob a forma de intervalo ou de união de intervalos disjuntos, os seguintes
C = bx ∈R: x > – b
c 2c
Define, sob a forma de conjuntos, considerados como subconjuntos de R.
intervalo ou de união de a) E ∪ F b) F ∪ G c) E ∩ F
intervalos disjuntos, os

seguintes conjuntos. d) E ∩ G e) E ∩ (F ∩ G) f) E
a) A ∪ B –
g) G h) E\F i) E\(F ∩ G)
b) B ∪ C
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 10.º ano
c) A ∩ B
d) A ∩ C
Sugestão de resolução
e) A ∩ (B ∩ C)

f) A E = {x ∈R: x < 4} = ]–∞, 4[ F = {x ∈R: x ≤ –√∫2 } = ]–∞, –√∫2]

g) C a 3a È 3 È
G = bx ∈R: x ≥ – b = Í– , +∞ Í
h) A\B c 2c Î 2 Î
i) A\(B ∪ C)
a) E ∪ F = ]–∞, 4[ ∪ –∞, –√∫2] ]
= ]–∞, 4[
–√∫2 0 2 4 x
È 3 È
]
b) F ∪ G = –∞, –√∫2 ∪ Í – ] , +∞ Í
Î
Î 2
= ]–∞, +∞[ 3 –√∫2 0 4 x

2

c) E ∩ F = ]–∞, 4[ ∩ –∞, –√∫2] ]


= ]–∞, –√∫2]
x
–√∫2 0 2 4
È 3 È
d) E ∩ G = ]–∞, 4[ ∩ Í – , +∞ Í
Î 2 Î
È 3 È x
= Í– , 4Í –
3 0 4
Î 2 Î 2

h È 3 Èh
e) E ∩ (F ∩ G)= ]–∞, 4[ ∩ i –∞, –√∫2 ∩ Í –
j
] ] , +∞ Í i
Î 2 Îj
È 3 È
= ]–∞, 4[ ∩ Í– , –√∫2Í
Î 2 Î
Soluções
È 3 È 3 –√∫2 0 4 x

75. = Í– , –√∫2Í 2
Î 2 Î
a) ]–∞, 5]
b) ]–∞, +∞[
c) ]–∞, –p] 3 –√∫2 0 4 x

2
È 7 È –
d) Í – , 5Í
Î 2 Î f) E = ]–∞,– 4[ = [4, +∞[ E

È 7 È
e) Í – , –p Í
4 x
– È 3 –
Î 2 Î 0 2
È È 3È
f) ]5, +∞[ g) G = Í– , +∞ Í = Í –∞, – Í G
Î 2 Î Î 2Î
È 7È x
g) Í –∞, – Í 3 0 4
Î 2Î –
2
h) ]–p, 5]
i) ∅

60
UNIDADE 2 Condições e conjuntos

76 Considera os seguintes
conjuntos:
]
h) E\F = ]–∞, 4[\ –∞, –√∫2 ] A = {x ∈N: 1 – x > 0 ∨
= ]–√∫2, 4[ 3x – 6 < 12}
–√∫2 0 2 4 x B = {x ∈R: x2 – x – 2 = 0}
h È 3 Èh C = {x ∈R: |x – 2| > 1}
i) E\(F ∩ G) = ]–∞, 4[\ i –∞, –√∫2 ∩ Í–
j
] ] , +∞ Í i
Î 2 Îj Define em extensão ou na
forma de intervalo os
È 3 È
= ]–∞, 4[\Í– , –√∫2Í seguintes conjuntos.
Î 2 Î
a) A
È 3È 3 –√∫2 0 4 x b) B
= Í –∞, – Í ∪ ]–√∫2, 4[ –
2
Î 2Î c) A\C
d) A ∩ B

3 –√∫2 0 4 x e) B ∩ C

2
f) A ∪ B

2. Considera os seguintes conjuntos:

A = {n ∈N: 2n – 5 < 10 ∧ n é ímpar}, B = {x ∈R: x2 – 8 = 2x} e


C = {x ∈R: x ≤ –2 ∨ x ≥ 2}
Define em extensão ou na forma de intervalo os conjuntos A, B, A\C e B ∩ C.
Adaptado de Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 10.º ano

Sugestão de resolução

A = {n ∈N: 2n – 5 < 10 ∧ n é ímpar} = {n ∈N: n < 7,5 ∧ n é ímpar}


= {1, 3, 5, 7}
Cálculo auxiliar
2n – 5 < 10 ⇔ 2n < 15 APRENDE FAZENDO
15 Pág. 70
⇔n< ⇔ n < 7,5 Exercício 39
2

B = {x ∈R: x2 – 8 = 2x} = {4, –2} CADERNO DE EXERCÍCIOS


E TESTES
Cálculo auxiliar Pág. 8
x2 – 8 = 2x ⇔ x2 – 2x – 8 = 0 Exercícios 17, 18 e 19

⇔ x = 2 ± √∫4∫ ∫–∫ 4
∫ ∫¥
∫ ∫ (∫ ∫–∫8∫)
2

⇔ x = 2 ± √∫3∫6 ⇔ x = 4 ∧ x = –2
Testes interativos
2 – Condições e conjuntos I.
– Condições e conjuntos II.

C = {x ∈R: x ≤ –2 ∨ x ≥ 2} = ]–∞, –2] ∪ [2, +∞[


A\C = {1, 3, 5, 7}\(]–∞, –2] ∪ [2, +∞[) Soluções
= {1} 76.
–2 –1 0 1 2 3 4 5 6 7 x
a) {1, 2, 3, 4, 5}
B ∩ C = {4, –2} ∩ (]–∞, –2] ∪ [2, +∞[) b) {–1, 2}
c) {1, 2, 3}
= {4, –2}
–2 –1 0 1 2 3 4 5 6 7 x d) {2}
e) {–1}
f) {–1, 1, 2, 3, 4, 5}

61
TEMA I Introdução à lógica bivalente e à teoria dos conjuntos

Aprende Fazendo

Itens de seleção

1 Sejam p e q as proposições:
p: “O Afonso usa óculos.”
q: “O Afonso usa chapéu.”
a) Em linguagem simbólica, a proposição “O Afonso usa óculos ou chapéu” pode escrever-se como:

(A) p ∧ q (B) p ∨ q (C) ∼p ∨ q (D) ∼p ∧ ∼q

b) Em linguagem simbólica, a proposição “O Afonso não usa óculos nem chapéu” pode escrever-se
como:
(A) p ∧ q (B) p ∨ q (C) ∼p ∨ q (D) ∼p ∧ ∼q

Soluções: a) Opção (B) b) Opção (D)

2 Sabe-se que a ⟺ b é uma proposição falsa. Então, acerca dos valores lógicos das proposições a e b,
podemos concluir que:
(A) a e b são ambas verdadeiras.

(B) a e b são ambas falsas.

(C) a e b têm valor lógico diferente.

(D) nada se pode concluir.

Solução: Opção (C)

3 Das expressões seguintes, considerando x um número real, qual delas não é uma expressão proposi-
cional?
(A) “O dobro de x é 7.” (B) 2x + 7

(C) x > 2 ∧ x < 7 (D) “x é múltiplo de 2 e de 7.”

Solução: Opção (B)

4 Considera os conjuntos A, B e C:
A = {1, 2}, B = {2, 1} e C = {n ∈N: n2 ≤ 9}
Qual das opções seguintes é verdadeira?
(A) A = B = C (B) A = B e C ⊂ A (C) B = C (D) A = B e A ⊂ C

Solução: Opção (D)

62
Itens de seleção

5 Qual das seguintes proposições é uma tautologia?


(A) (p ∧ q) ⇔ (~p ∧ ~q)

(B) ~(p ∧ q) ⇒ (p ∨ q)

(C) p ⇒ (p ∨ q)

(D) (p ∨ ~p) ⇒ (p ∧ ~p)

Solução: Opção (C)

6 Considera a proposição ∀ x, p(x) ⇒ q(x). Qual das seguintes proposições é equivalente à anterior?
(A) ∀ x, p(x) ∧ ~q(x)

(B) ∀ x, ~p(x) ⇒ ~q(x)

(C) ~(∀ x, p(x) ⇒ q(x))

(D) ∀ x, ~q(x) ⇒ ~p(x)

Solução: Opção (D)

7 Considera a seguinte proposição:


“Todas as crianças acreditam no Pai Natal.”
Indica qual das seguintes proposições é equivalente à negação da proposição anterior.
(A) “Nenhuma criança acredita no Pai Natal.”

(B) “Todas as crianças não acreditam no Pai Natal.”

(C) “Existe pelo menos uma criança que não acredita no Pai Natal.”

(D) “Existe pelo menos uma criança que acredita no Pai Natal.”

Solução: Opção (C)

8 Considera a seguinte condição:


“Se um triângulo é retângulo, então não é equilátero”.
Indica qual das seguintes proposições é equivalente à contrarrecíproca da proposição anterior.
(A) “Se um triângulo é equilátero, então não é retângulo.”

(B) “Se um triângulo não é equilátero, então é retângulo.”

(C) “Se um triângulo não é equilátero, então não é retângulo.”

(D) “Se um triângulo é retângulo, então é equilátero.”

Solução: Opção (A)

63
TEMA I Introdução à lógica bivalente e à teoria dos conjuntos

Aprende Fazendo

Itens de seleção

9 Sabe-se que a ⟺ b é uma proposição falsa. Então, qual das proposições seguintes é necessariamente
verdadeira?
(A) a ∧ b (B) a ∨ b (C) ~a ∧ ~b (D) a ⇒ b

Solução: Opção (B)

10 Sabe-se que p ⇒ (q ⇒ r) é uma proposição falsa. Então, acerca dos valores lógicos das proposições
p, q e r, podemos concluir que:
(A) p e q são falsas e r é verdadeira. (B) p e r são verdadeiras e q é falsa.

(C) q e r são falsas e p é verdadeira. (D) p e q são verdadeiras e r é falsa.

Solução: Opção (D)

11 Considera a proposição ~(∀ x, p(x) ⟹ q(x)). Qual das seguintes proposições é equivalente à anterior?
(A) ∃ x: p(x) ∧ ~q(x) (B) ∃ x: ~p(x) ⟹ ~q(x)

(C) ∀x, p(x) ⟹ q(x) (D) ∀ x, p(x) ∧ ~q(x)

Solução: Opção (A)

12 Dado um conjunto U, considera as seguintes afirmações:


(i) A disjunção de qualquer condição com uma condição universal em U é uma condição universal
em U.
(ii) A conjunção de qualquer condição com uma condição impossível em U é uma condição impos-
sível em U.
Podemos afirmar que:
(A) ambas as proposições são falsas. (B) ambas as proposições são verdadeiras.

(C) (i) é falsa e (ii) é verdadeira. (D) (i) é verdadeira e (ii) é falsa.

Solução: Opção (B)

13 Considera os conjuntos A, B e C, dos quais se sabe que A ⊂ B e B ⊂ C. Sabe-se ainda que a ∈A, b ∈B,
c ∈C e que d ∉A, e ∉B e f ∉C.
Qual das seguintes afirmações é necessariamente verdadeira?
(A) b ∈A (B) a ∈C (C) d ∈B (D) c ∉A

Solução: Opção (B)

64
Itens de construção

Itens de construção

14 Das expressões seguintes, indica as que são designações e as que são proposições.
a) “52 × (p – 3)”

b) “ 1 + 1 = 1 ”
3 3 6
c) “17 é um número primo.”

d) “O triângulo de vértices A, B e C.”

e) “Há triângulos no plano com dois ângulos retos.”

f) “√∫3 > p + 1”

g) “–5 ∈N”

h) “{1, 2, 3}”

i) “{1, 2, 3, 6} é o conjunto dos divisores naturais de 6.”

j) “Existe um número primo que é par.”

Soluções: São designações: a), d) e h). São proposições: b), c), e), f), g), i) e j)

15 Indica o valor lógico das proposições do exercício anterior.

Soluções: b), e), f) e g) são proposições falsas. c), i) e j) são proposições verdadeiras.

16 Considera as proposições:
p: “Eu gosto do verão”.
q: “Eu não gosto do inverno”.
r: “Eu gosto da primavera”.
Traduz em linguagem corrente as seguintes proposições.
a) p ∧ q b) q ∨ r c) ~p ∧ ~q

d) ~q ∨ r e) ~(p ∨ r) f) ~p ∧ ~r

Soluções: a) “Eu gosto do verão e não gosto do inverno.” b) “Eu não gosto do inverno ou gosto da primavera.” c) “Eu não
gosto do verão e gosto do inverno.” d) “Eu gosto do inverno ou da primavera.” e) “Não é verdade que eu goste do verão ou
da primavera.” f) “Eu não gosto do verão nem da primavera.”

17 Determina o valor lógico das proposições p e q, sabendo que a proposição:


a) p ∧ q é verdadeira; b) p ∨ q é falsa; c) ~p ∧ q é verdadeira.

Soluções: a) p e q são proposições verdadeiras. b) p e q são proposições falsas. c) p é uma proposição falsa e q é uma
proposição verdadeira.

65
TEMA I Introdução à lógica bivalente e à teoria dos conjuntos

Aprende Fazendo

Itens de construção

18 Constrói uma tabela de verdade para cada uma das seguintes proposições.
a) ~p ∧ q b) ~(p ∧ q) c) p ∨ (~p ∧ q)

Solução:
a) b) c)
p q ∼p ∼p ∧ q p q p ∧ q ∼(p ∧ q) p q ∼p ∼p ∧ q p ∨ (∼p ∧ q)
V V F F V V V F V V F F V
V F F F V F F V V F F F V
F V V V F V F V F V V V V
F F V F F F F V F F V F F

19 Utilizando as primeiras leis de De Morgan, escreve afirmações equivalentes à negação das seguintes
proposições.
a) “p é um número irracional e é superior a 2.”

b) “15 não é um número par nem é um número primo.”

c) “O Joaquim é um bebé ou não sabe falar.”

d) “A Margarida é um bebé e não sabe nadar.”

Soluções: a) “p não é um número irracional ou não é superior a 2.” b) “15 é um número par ou é um número primo.”
c) “O Joaquim não é um bebé e sabe falar.” d) “A Margarida não é um bebé ou sabe nadar.”

20 Considera as expressões proposicionais seguintes, relativas a números reais.


p(x): 5x + 1 ≥ 0
q(x): |x| < 0
r(x): x(x – 2 )= 0
s(x): x(x + 2) = 0
t(x): 2x2 ≥ 0
a) Indica, para cada condição, se é universal, possível ou impossível em N e em R.

b) Escreve condições equivalentes à negação das condições dadas, sem utilizar o símbolo ~.

c) Indica se cada uma das seguintes condições é universal, possível ou impossível, em R.

(i) p(x) ∧ q(x)


(ii) q(x) ∨ r(x)
(iii) r(x) ∨ s(x)
(iv) s(x) ∨ t(x)

Soluções: a) p(x) é uma condição universal em N e possível em R; q(x) é uma condição impossível em N e impossível em
R; r(x) é uma condição possível em N e possível em R; s(x) é uma condição impossível em N e possível em R; t(x) é uma
condição universal em N e universal em R. b) ~p(x): 5x + 1 < 0; ~q(x): |x| ≥ 0; ~r(x): x(x – 2) ≠ 0; ~s(x): x(x + 2) ≠ 0; ~t(x): 2x2 < 0
c) (i) Condição impossível. (ii) Condição possível. (iii) Condição possível. (iv) Condição universal.

66
Itens de construção

21 Supõe que a variável x toma valores no conjunto de todos os gatos e considera:


p(x): “x é malhado.” q(x): “x gosta de leite.” r(x): “x é preto.”
a) Traduz as seguintes quantificações em linguagem corrente.

(i) ∃ x: p(x) (ii) ∀ x, q(x) (iii) ∀ x, p(x) ∨ r(x) (iv) ∃ x: r(x) ∧ ~q(x)

b) Traduz as seguintes quantificações em linguagem simbólica.

(i) “Existe pelo menos um gato que não é malhado nem preto.”

(ii) “Existe pelo menos um gato que gosta de leite ou é preto.”

(iii) “Todos os gatos que gostam de leite são malhados.”

(iv) “Todos os gatos são malhados se e só se não são pretos.”

Soluções: a) (i) “Existe pelo menos um gato malhado.” (ii) “Todos os gatos gostam de leite.” (iii) “Todos os gatos são malhados
ou são pretos.” (iv) “Existe pelo menos um gato preto que não gosta de leite.” b) (i) ∃ x: ~p(x) ∧ ~r(x) (ii) ∃ x: q(x) ∨ r(x)
(iii) ∀ x, q(x) ⇒ p(x) (iv) ∀ x, p(x) ⇔ ~r(x)

22 Utilizando as segundas leis de De Morgan, escreve afirmações equivalentes à negação das seguintes
proposições.
a) “Todos os homens são ambiciosos.”
Animação
b) “Existe um ator famoso que não tem formação em teatro.” Resolução do exercício.

Soluções: a) “Existe pelo menos um homem que não é ambicioso.” b) “Todos os atores famosos têm formação em teatro.”

a 1 a
23 Seja U = b1, –1, ,0, 5, 25b. Define em extensão cada um dos seguintes conjuntos.
c 5 c
a) {x ∈U: x ∈N}

b) {x ∈U: x ∈Z–}

c) {x ∈U: x2 > 10}

d) {x ∈U: 2x ≤ 0}

e) {x ∈U: x é um número irracional}

Soluções: a) {1, 5, 25} b) {–1} c) {5, 25} d) {–1, 0} e) ∅

24 Define em compreensão cada um dos conjuntos que se seguem (admitindo-se que os elementos não
expressos são os sugeridos pela sequência).
a) {3, –3}

b) {1, 3, 5, 7, 9, 11, 13, 15, …}

c) {1, 4, 9, 16, 25, 36, …}

Soluções: a) {x ∈R: x = 3 ∨ x = –3} (por exemplo) b) {x ∈N: x é ímpar} c) {x2: x ∈N}

67
TEMA I Introdução à lógica bivalente e à teoria dos conjuntos

Aprende Fazendo

Itens de construção

25 Considera as proposições p, q e r:
p: “9 é um número primo.”
q: “p = 3,14”
r: “27 é múltiplo de 9.”
a) Escreve em linguagem simbólica as seguintes proposições.

(i) “p ≠ 3,14 e 27 é múltiplo de 9.”


(ii) “9 não é primo ou p = 3,14.”
(iii) “Se p = 3,14, então 27 não é múltiplo de 9.”

b) Traduz em linguagem corrente as seguintes proposições.

(iv) p ∨ ~r (v) ~(p ∧ q) (vi) ~r ⟹ (~q ∨ p)

c) Indica o valor lógico das proposições presentes neste exercício.

Soluções: a) (i) ~q ∧ r (ii) ~p ∨ q (iii) q ⟹ ~r b) (iv) “9 é um número primo ou 27 não é múltiplo de 9.” (v) “Não é verdade
que 9 seja um número primo e que p = 3,14.” (vi) “Se 27 não é múltiplo de 9, então p ≠ 3,14 ou 9 é um número primo.”
c) p e q são falsas; r é verdadeira; (i), (ii), (iii), (v), (vi) são verdadeiras e (iv) é falsa.

26 Constrói uma tabela de verdade para cada uma das seguintes proposições e indica se alguma delas é
uma tautologia.
a) ~(p ⟹ ~q) b) p ⟺ (p ∨ q) c) (p ⟹ q) ⟺ (~p ∨ q)

Soluções: Consultar na página 282.

27 Prova que quaisquer que sejam as proposições p e q se tem p ∨ (p ∧ q) ⇔ p:


a) utilizando uma tabela de verdade;

b) utilizando as propriedades das operações lógicas.

28 Considera as proposições p e q. Simplifica as seguintes expressões que definem proposições e indica,


sempre que possível, o respetivo valor lógico.
a) q ∨ (p ∨ ~q) b) q ∧ (p ∧ ~q) c) q ∧ (~q ∨ p)

d) ~p ∧ (p ∨ q) ∧ ~q e) p ∨ (~p ∧ q) ∨ ~q

Soluções: a) Proposição verdadeira. b) Proposição falsa. c) q ∧ p d) Proposição falsa. e) Proposição verdadeira.

29 Considera as proposições p, q e r. Escreve o mais simplificadamente possível, e sem utilizar os operadores


⇒ e ⇔, proposições equivalentes à negação das seguintes proposições.
a) p ∧ ∼q b) ~p ∨ ~q c) p ∧ (~q ∨ r) d) ~p ⇒ q

e) p ⇒ (q ∨ r) f) (q ∨ r) ⇒ p g) (p ⇒ q) ∨ r h) p ⇔ ~q

Soluções: a) ∼p ∨ q b) p ∧ q c) ∼p ∨ (q ∧ ~r) d) ~p ∧ ~q e) p ∧ ~q ∧ ~r f) (q ∨ r) ∧ ~p g) p ∧ ~q ∧ ~r h) (p ∧ q) ∨ (~q ∧ ~p)

68
Itens de construção

30 Considera as proposições p e q tais que q é falsa e p ⇒ q é verdadeira. Indica o valor lógico de cada
uma das seguintes proposições.
a) p b) p ∨ q c) ~(p ∨ q) d) ~p ∧ ~q

e) ~p ∨ q f) ~q ⇒ p g) p ⇔ q h) ~p ⇔ q

Soluções: a) Proposição falsa. b) Proposição falsa. c) Proposição verdadeira. d) Proposição verdadeira. e) Proposição verdadeira.
f) Proposição falsa. g) Proposição verdadeira. h) Proposição falsa.

31 Considerando as proposições p e q, escreve em função da negação e da conjunção proposições equi-


valentes às seguintes.
a) p ∨ q b) p ⇒ q c) p ⇔ q

Soluções: a) ~(~p ∧ ∼q) b) ~(p ∧ ∼q) c) ~(p ∧ ∼q) ∧ ~(q ∧ ∼p)

32 Determina o valor lógico das proposições p, q e r sabendo que a proposição:


a) ~(p ∧ q) ∨ r é falsa; b) r ∧ ~(p ⇒ q) é verdadeira.

Soluções: a) p e q são proposições verdadeiras; r é falsa. b) p e r são proposições verdadeiras; q é falsa.

33 Para cada uma das expressões proposicionais seguintes, escreve expressões equivalentes à respetiva
negação e a implicação contrarrecíproca.
a) “Se um aluno está distraído, então a professora repreende-o.”

b) “x = 3 ⇒ x2 = 9”

c) “Se n é um múltiplo de 10, então n é um múltiplo de 5.”

Soluções: a) Negação: “Um aluno está distraído e a professora não o repreende.” Contrarrecíproca: “Se a professora não
repreende um aluno, então o aluno não está distraído.” b) Negação: “x = 3 ∧ x2 ≠ 9”; Contrarrecíproca: “x2 ≠ 9 ⇒ x ≠ 3” c)
Negação: “n é um múltiplo de 10 e não é um múltiplo de 5.” Contrarrecíproca: “Se n não é um múltiplo de 5, então não é
um múltiplo de 10.”

34 Utilizando as segundas leis de De Morgan, escreve afirmações equivalentes à negação das seguintes
proposições.
a) “Existe um número real x que é maior que o seu quadrado.”

b) “x2 – 2x ≥ 0 verifica-se para todo o número real x.”

c) “Existe um número natural x que é solução da equação x3 = 25.”

Soluções: a) “Todos os números reais são inferiores ou iguais ao seu quadrado.” b) “Existe pelo menos um número real x
que não verifica x2 – 2x ≥ 0.” c) “Qualquer número natural x não é solução da equação x3 = 25.”

35 Traduz em linguagem simbólica as quantificações e as respetivas negações presentes no exercício an-


terior.

Soluções: a) ∃ x ∈R: x > x2; ∀ x ∈R, x ≤ x2 b) ∀ x ∈R, x2 – 2x ≥ 0; ∃ x ∈R: x2 – 2x < 0 c) ∃ x ∈N: x3 = 25; ∀ x ∈N, x3 ≠ 25

69
TEMA I Introdução à lógica bivalente e à teoria dos conjuntos

Aprende Fazendo

Itens de construção

36 Mostra que as seguintes proposições são falsas, apresentando um contraexemplo:


a) “A soma de dois números primos é um número primo.”

b) “Todos os números primos formados por dois algarismos têm os algarismos distintos.”

c) “∀ x ∈N, x2 – 2x ≥ 0”

Soluções: a) A proposição é falsa, pois, por exemplo, 3 e 5 são números primos e a sua soma, 8, não é um número primo.
b) A proposição é falsa, pois, por exemplo, 11 é um número primo formado por dois algarismos e estes não são distintos.
c) A proposição é falsa, pois, por exemplo, 1 é um número natural e não se verifica que 12 – 2 ¥ 1 ≥ 0.

37 Considera as seguintes condições definidas em N.


p(n): “n é um número primo.” q(n): “n é divisor de 12.” r(n): “n é inferior a 9.”
Define em extensão cada um dos seguintes conjuntos.
a) P = {n: p(n) ∧ r(n)} b) Q = {n: q(n) ∨ r(n)} c) R = {n: q(n) ∧ ~p(n)}

Soluções: a) {2, 3, 5, 7} b) {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 12} c) {1, 4, 6, 12}

38 Define em extensão cada um dos seguintes conjuntos.


a) {x ∈N: x – 4 < 0 ∨ x2 – 36 = 0} b) {x ∈N: x – 4 < 0 ∧ x2 – 36 = 0}

c) {x ∈R: x – 4 > 0 ∧ x2 – 36 = 0} d) {x ∈R: x – 4 < 0 ∧ x2 – 36 = 0}

Soluções: a) {1, 2, 3, 6} b) ∅ c) {6} d) {–6}

39 Considera os seguintes conjuntos de números reais.


A = {0, 1, 2, 3}; B = {x ∈R: x > 2} e C = {x ∈R: 1 < x ≤ 6}
Determina:
a) A ∪ B b) B ∪ C c) A ∩ C d) B ∩ C
– – –
e) (A ∩ C) ∩ B f) A g) B h) C

i) A\B j) B\A k) C\(A ∩ B)

Soluções: a) [2, +∞[ ∪ {0, 1} b) ]1, +∞[ c) {2, 3} d) ]2, 6] e) {3} f) R\{0, 1, 2, 3} g) ]–∞, 2] h) ]–∞, 1] ∪ ]6, +∞[ i) {0, 1, 2}
j) ]2, +∞[\{3} k) ]1, 6]\{3}

40 Constrói uma tabela de verdade para a seguinte proposição.


(p ⇔ ~r) ∨ (q ∧ r)

Solução: Consultar na página 282.

41 Sabe-se que (p ⇒ ~q) ∧ (~r ⇒ q) ∧ p é uma proposição verdadeira. Qual é o valor lógico de p, de q
e de r?
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 10.º ano

Solução: As proposições p e r são verdadeiras; a proposição q é falsa.

70
Itens de construção

42 Escreve o mais simplificadamente possível, e sem utilizar o operador ⇒, proposições equivalentes às


seguintes.
a) (p ⇒ ~q ∧ ∼r) ⇒ q b) (p ⇒ ~q) ∧ (∼r ⇒ q)

Soluções: a) q ∨ (p ∧ r) b) (~p ∨ ~q) ∧ (r ∨ q)


Animação
Resolução do exercício.

43 a) Considera as proposições:

p: “O FCP ganha o campeonato deste ano.”


q: “O SLB ganha o jogo de hoje.”
Utilizando operações lógicas entre p e q, escreve a seguinte proposição em linguagem simbólica:
“O FCP ganha o campeonato deste ano, exceto se o SLB ganhar o jogo de hoje.”
b) Considera as proposições:

a: “A Carolina vai ao cinema.”


b: “A Carolina come pipocas.”
c: “O filme é de terror.”
Utilizando operações lógicas entre a, b e c, escreve a seguinte proposição em linguagem simbólica:
“A Carolina não come pipocas quando vai ao cinema, a menos que o filme seja de terror.”

Soluções: a) ~q ⇒ p b) ~c ⇒ (a ⇒ ~b)

44 Considera uma operação lógica º, dita “ou exclusivo” ou “disjunção exclusiva” tal que, dadas pro-
posições p e q, p º q é verdadeira quando, e apenas quando, p e q têm valores lógicos distintos.
Resolve as seguintes questões.
a) Constrói uma tabela de verdade para p º q.

b) Dadas proposições p e q, constrói uma proposição equivalente a p º q, partindo de p e q e utili-


zando apenas as operações ∧, ∨ e ∼.
c) Indica, justificando, se, dadas proposições p e q, alguma das seguintes proposições é sempre ver-
dadeira, quaisquer que sejam os valores lógicos de p e q.
(i) ~(p º q) ⇔ p ∧ q (ii) ~(p º q) ⇔ p ∨ q

(iii) ~(p º q) ⇔ (p ⇒ q) (iv) ~(p º q) ⇔ (p ⇔ q)

Adaptado de Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 10.º ano

Soluções: a) p q pºq b) (p ∧ ∼q) ∨ (q ∧ ∼p) c) Apenas (iv) é sempre verdadeira.

V V F Animação
Resolução do exercício.
V F V
F V V
F F F

71
TEMA I Introdução à lógica bivalente e à teoria dos conjuntos

Aprende Fazendo

Itens de construção

45 Escreva cada uma das expressões proposicionais seguintes em linguagem simbólica, a partir de ex-
pressões mais simples e das operações lógicas.
a) “Ser mamífero é condição necessária para ser felino.”

b) “Ser múltiplo de 6 é uma condição suficiente para que um número seja múltiplo de 3.”

c) “É condição necessária e suficiente para que o produto de dois números reais seja nulo que pelo
menos um deles seja zero.”

Soluções: a) p(x): “x é mamífero.” b) p(x): “x é múltiplo de 6.” c) p(x, y): “x × y = 0”


q(x): “x é felino.” q(x): “x é múltiplo de 3.” q(x, y): “x = 0 ∨ y = 0”
q(x) ⇒ p(x) p(x) ⇒ q(x) p(x, y) ⟺ q(x, y)

46 Dado um conjunto U e uma condição p(x), mostra que:


a) se p(x) é uma condição universal em U, então ~p(x) é uma condição impossível em U;

b) se p(x) é uma condição impossível em U, então ~p(x) é uma condição universal em U.

Adaptado de Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 10.º ano

47 Mostra que as seguintes proposições são falsas.


a) Qualquer quadrilátero que tenha os ângulos iguais também tem os lados iguais.

b) Para todos os valores reais x e y tais que x > y, tem-se que x2 > y2.

Soluções: a) A proposição é falsa, pois, por exemplo, um retângulo é um quadrilátero que tem os ângulos iguais, e, no entanto,
não tem os lados iguais. b) A proposição é falsa, pois, por exemplo, –2 e –3 são valores reais tais que –2 > –3 e, no entanto,
não se tem que (–2)2 > (–3)2.

48 Demonstra, por contrarrecíproco, que se um número natural n não é divisível por 3, então não é di-
visível por 12.

49 Demonstra, por dupla implicação, que para todo o número natural n, n2 é par se e só se n é par.

72
Desafios

Desafios

Revê novamente os problemas apresentados no vídeo “Mulheres que sabem o que querem” e que
também se encontram resumidos no início do capítulo (página 10).
1 Considera os seguintes conjuntos:
R = {Restaurantes} A = {Restaurantes bons} B = {Restaurantes baratos}
Observa como a proposição “restaurantes bons não são baratos!” pode ser apresentada sim-
bolicamente por ∀ x ∈R, x ∈A ⇒ x ∉B.
a) Representa, de forma análoga, a proposição “restaurantes baratos não são bons!”.

b) Usa a propriedade da implicação contrarrecíproca para mostrar que as duas proposições an-
teriores são equivalentes.
c) Escreve em linguagem corrente a proposição ∀ x ∈R, ~(x ∈A ∧ x ∈B)

d) Que relação existe entre a proposição da alínea anterior e a apresentada na alínea a)?

2 Considera as seguintes proposições:


s: “A Sara leva saia.” v: “A Vanessa leva saia.” r: “A Rebeca leva saia.”
a) Usando operações lógicas entre s, v e r, escreve as seguintes proposições em linguagem simbólica.
• “Sempre que a Sara leva saia, a Vanessa leva calças.”
• “A Sara leva saia se e só se a Rebeca levar calças.”
• “A Vanessa e a Rebeca nunca vão as duas de calças.”
b) Completa a tabela de verdade seguinte.

s v r ∼v ∼r s ⇒ ∼v s ⇔ ∼r v∨r

V V V

V V F

V F V

V F F

F V V

F V F

F F V

F F F

c) Identifica as linhas da tabela anterior onde as três proposições da alínea a) são todas verdadeiras.

d) Vamos supor que todas as afirmações da alínea a) são verdadeiras e que há uma mulher que
levou calças num dos dias, saia noutro e que está apaixonada. Qual delas está apaixonada?

Soluções: Consultar na página 283.

73
Desafio

Recorda que um polinómio é uma expressão do tipo


anxn + an – 1xn – 1 + … + a1x + a0. Vídeo
“Gente que gosta de
Por exemplo, 7x3 + 3x2 + 5x + 2 é um polinómio. curvas.”

Imagina que escolhemos um conjunto finito de pontos ao acaso num referencial ortonormado
do plano. Podem ser milhares deles, desde que não haja pontos alinhados na vertical. Há sempre
uma função definida por um polinómio cujo gráfico passa por todos estes pontos!
Considera, por exemplo, os pontos (0, 2), (1, 1) e (2, 6). Consegues encontrar um polinómio tal
que o gráfico da função por ele definida passe por estes três pontos? y

Ou seja, um polinómio cujo valor em 0 seja 2, o valor em 1 seja 1 e 6

o valor em 2 seja 6?
Neste tema vamos ver que os polinómios podem ser decompostos
2
num produto de fatores mais simples. 1

Os polinómios são extremamente úteis para várias aplicações, por O 1 2 x

exemplo em aplicações informáticas. As curvas de Bézier, usadas nas mais conhecidas aplica-
ções de design, são essencialmente gráficos de funções definidas por polinómios. Na verdade,
a maior parte dos gráficos que encontras neste livro foram desenhados com curvas de Bézier.
Ou seja, os polinómios fornecem a tecnologia que permite desenhar os seus próprios gráficos.
Curioso!
No final deste tema voltaremos a estes problemas. Rogério Martins
TEMA II
Álgebra
1. Radicais

2. Potências de expoente racional

3. Divisão inteira de polinómios


TEMA II Álgebra

UNIDADE 1
Radicais

A expressões do tipo √∫5, 4√∫3, 3√∫b∫2, … chamamos radicais. Vamos, este ano, aprofundar
Resolução o estudo, que iniciaste no Ensino Básico, dos radicais e das suas operações.
Todos os exercícios de “Radicais”.
Considera o radical n√∫a. Cada uma das partes do radical tem uma designação:
n " índice a " radicando √∫ " símbolo de radical

1.1. Monotonia da potenciação


Tarefa resolvida

a) Preenche a seguinte tabela.

a b a3 b3 < ou > a5 b5 < ou > a7 b7 < ou >

1 2 a3 … b3 a5 … b5 a7 … b7

–1 3 a3 … b3 a5 … b5 a7 … b7

–2 –1 a3 … b3 a5 … b5 a7 … b7

–1
– 1
– a3 … b3 a5 … b5 a7 … b7
2 3

b) O que sugere a tabela?

c) Preenche a seguinte tabela.

a b a2 b2 <; >; ≤; ≥ a4 b4 <; >; ≤; ≥ a6 b6 <; >; ≤; ≥

1 2 0 … a2 … b2 0 … a4 … b4 0 … a6 … b6

1
– 2
– 0 … a2 … b2 0 … a4 … b4 0 … a6 … b6
5 3
–2 –1 a2 … b2 … 0 a4 … b4 … 0 a6 … b6 … 0

–1
– –1
– a2 … b2 … 0 a4 … b4 … 0 a6 … b6 … 0
2 3

d) O que sugere a tabela?

76
UNIDADE 1 Radicais

ALG10_1.1
ALG10_1.2

Sugestão de resolução

a)

a b a3 b3 < ou > a5 b5 < ou > a7 b7 < ou >

1 2 1 8 a3 < b3 1 32 a5 < b5 1 128 a7 < b7

–1 3 –1 27 a3 < b3 –1 243 a5 < b5 –1 2187 a7 < b7

–2 –1 –8 –1 a3 < b3 –32 –1 a5 < b5 –128 –1 a7 < b7

–1
– 1
– –1 1
– –– a3 < b3 – 1 1 a5 < b5 – 1 1 a7 < b7
2 3 8 27 32 243 128 2187

b) Apesar de não se poder tirar nenhuma conclusão verificando apenas alguns


casos, o preenchimento da tabela sugere que:
Sendo a e b dois números reais e n ∈N um número ímpar, se a < b, então an < bn.
No entanto, verificando apenas alguns casos não se pode tirar nenhuma conclusão.
c)

a b a2 b2 <; >; ≤; ≥ a4 b4 <; >; ≤; ≥ a6 b6 <; >; ≤; ≥

1 2 1 4 0 ≤ a2 < b2 1 16 0 ≤ a4 < b4 1 64 0 ≤ a6 < b6


1 4 1 16 1 64
1 2
– – 25 9 0 ≤ a2 < b2 625 81 0 ≤ a4 < b4 15 625 729 0 ≤ a6 < b6
5 3
–2 –1 4 1 a2 > b2 ≥ 0 16 1 a4 > b4 ≥ 0 64 1 a6 > b6 ≥ 0
1 1 1 1 1 1
–1
– –1
– 4 9 a2 > b2 ≥ 0 16 81 a4 > b4 ≥ 0 64 729 a6 > b6 ≥ 0
2 3

d) O preenchimento desta última tabela sugere que:


Sendo a e b dois números reais e n ∈N um número par:
• se 0 ≤ a < b, então 0 ≤ an < bn;
• se a < b ≤ 0, então an > bn ≥ 0.

Apesar de não o termos demonstrado, prova-se que:

Propriedades
• Dados dois números reais a e b e um número n ∈N ímpar, se a < b, então an < bn.
• Dados dois números reais a e b e um número n ∈N par:
– se 0 ≤ a < b, então 0 ≤ an < bn;
– se a < b ≤ 0, então an > bn ≥ 0.

O exercício resolvido que se segue não serve como prova destas propriedades. No en-
tanto, uma vez que é constituído por casos particulares destas, pode servir para com-
preender melhor as relações nelas enunciadas.

77
TEMA II Álgebra

Exercício resolvido

Sejam a e b dois números reais tais que 0 ≤ a < b. Prova, sem recorrer às proprieda-
des acima apresentadas, que:
a) a2 < b2

b) a3 < b3
(*) grau de dificuldade elevado
(desempenho avançado que c) (*) se para um dado n ∈N se tem an < bn, então an + 1 < bn + 1.
não será exigível à totalidade
dos alunos) Caderno de Apoio às Metas Curriculares,10.º ano

Recorda
Sugestão de resolução
Sejam a, b, c e d números
reais positivos, com a < b e a) (i) Suponhamos que 0 < a < b. Utilizando a propriedade enunciada na mar-
c < d, então ac < bd.
gem, no caso em que c = a e d = b, vem que a ¥ a < b ¥ b e, portanto,
a2 < b2.
(ii) Suponhamos que a = 0 e a < b; então 0 < b.
Portanto, 0 < b2, pois o quadrado de um número real positivo é sempre
um número real positivo.
1 Sendo a e b dois números
Logo, a2 < b2, pois a2 = 0.
reais tais que a < b < 0,
prova, sem recorrer às Por (i) e (ii) provamos que se 0 ≤ a < b, então a2 < b2.
propriedades apresentadas
na página anterior, que: b) (i) Suponhamos que 0 < a < b. Pela alínea anterior vem que a2 < b2 e, como

a) a2 > b2
o quadrado de um número real positivo é sempre um número real posi-
b) a4 > b4
tivo, então 0 < a2 < b2.
c) (*) se para um dado Como 0 < a < b e 0 < a2 < b2, então, pela propriedade enunciada na
n ∈N par se tem an > bn, margem, a ¥ a2 < b ¥ b2 ⇔ a3 < b3.
então an + 2 > bn + 2.
(ii) Suponhamos que a = 0 e a < b; então 0 < b.
Sugestão: considera os
números positivos –a e –b. Portanto, 0 < b3, pois o cubo de um número real positivo é sempre um
número real positivo.
Logo, a3 < b3, pois a3 = 0.
Por (i) e (ii) provamos que se 0 ≤ a < b, então a3 < b3.

c) (i) Suponhamos que 0 < a < b e an < bn. Temos que 0 < an < bn, pois o pro-
2 (*) Sabe-se que dados um duto de n fatores positivos também é positivo.
número natural n e dois
Então, pela propriedade enunciada na margem, an ¥ a < bn ¥ b.
números reais x e y tais
que 0 ≤ x < y se tem Logo, an + 1 < bn + 1.
xn < yn. Mostra, sem (ii) Suponhamos que a = 0 e a < b. Então:
recorrer às propriedades
apresentadas na página
an = 0n = 0 e an + 1 = 0n + 1 = 0
anterior, que se a < b < 0, a<b⇔0<b
então an < bn, se n for Logo, 0 < bn + 1, pois bn + 1 é o produto de n + 1 fatores positivos. Portanto,
ímpar e an > bn, se n for uma vez que an + 1 = 0, tem-se que an + 1 < bn + 1.
par.
Por (i) e (ii) provamos que se 0 ≤ a < b, então an + 1 < bn + 1.
Sugestão: considera os
números positivos –a e –b.
Caderno de Apoio às Metas
Curriculares, 10.º ano

78
UNIDADE 1 Radicais

1.2. Raízes de índice n ∈N, n ≥ 2 ALG10_1.3 a 1.5

Definição Nota
A prova da unicidade da
Sendo a um número real e n ∈N ímpar, existe um único número real b tal que bn = a; raiz será apresentada mais
a esse número chama-se raiz índice n de a e representa-se por n√∫a. à frente.

Seja a um número real positivo e n ∈N par, existe um único número real positivo b
tal que bn = a; a esse número chama-se raiz índice n de a e representa-se por n√∫a.

Exemplos

1. 3√∫8 = 2 , pois 2 é o único número real que elevado a 3 é igual a 8.


Recorda
2. 3√∫–∫1∫2∫5 = –5 , pois –5 é o único número real que elevado a 3 é igual a –125.
• √∫a lê-se “raiz quadrada
3. 5√∫1 = 1 , pois 1 é o único número real que elevado a 5 é igual a 1. de a” e representa o
número não negativo
4. 5√∫–∫3∫2 = –2 , pois –2 é o único número real que elevado a 5 é igual a –32. cujo quadrado é igual a a
(a ≥ 0).
5. √∫2∫5 = 5 , pois 5 é o único número real positivo que elevado a 2 é igual a 25.
• 3√∫a lê-se “raiz cúbica de
6. 4√∫8∫1 = 3 , pois 3 é o único número real positivo que elevado a 4 é igual a 81. a” e representa o único
número cujo cubo é
7. 6√∫6∫4 = 2 , pois 2 é o único número real positivo que elevado a 6 é igual a 64. igual a a.

Nota
Repara que não existe nenhum número real a cujo quadrado seja igual a –25, daí que
não faça sentido escrever √∫–∫2∫5.

Propriedade
Seja n um número natural. 3 a) Qual é o comprimento
do lado de um
Então, 0 é o único número real que elevado a n é igual a 0.
quadrado de área
Diz-se por isso que n√∫0 = 0. 36 cm2?
b) Qual é o comprimento
da aresta de um cubo
De facto, seja n um número natural e x um número real que elevado a n é igual a 0, isto é: de volume 8 cm3?
c) Qual é o comprimento
xn = 0
do raio de um círculo
Então: de área 9p cm2?
x¥x¥…¥x=0

n fatores
Portanto:
x=0∨x=0∨…∨x=0 (lei do anulamento do produto)
Concluímos que o único valor possível para x é 0.
Soluções
Exemplos
3.
1. √∫0 = 0 , pois 0 é o único número real que elevado a 2 é igual a 0. a) 6 cm
b) 2 cm
2. 3√∫0 = 0 , pois 0 é o único número real que elevado a 3 é igual a 0. c) 3 cm

79
TEMA II Álgebra

ALG10_1.3 Exercícios resolvidos


ALG10_1.4

1. Seja n um número natural ímpar e a e b números reais tais que bn = a. Mostra que,
para além de b, não existe outra solução da equação xn = a.
4 a) Qual é o número real
que elevado a 5 é igual
a –32? Sugestão de resolução
b) Quais os números reais
que elevados a 4 são Pretendemos provar que b é a única solução desta equação.
iguais a 16?
Suponhamos que existe um outro número real c, distinto de b, que também é
c) Qual é o número real
que elevado a 10 é
solução da equação xn = a, ou seja, cn = a.
igual a 0? Dois casos podem ocorrer:
(i) b < c
Então, bn < cn, isto é, a < cn, o que contradiz cn = a.
Recorda
Logo, não se pode ter b < c.

Dados dois números reais a


(ii) c < b
e b e um número n ∈N
ímpar, tem-se: Então, cn < bn, isto é, cn < a, o que contradiz cn = a.
a < b ⇒ an < bn Logo, não se pode ter c < b.
De (i) e (ii), concluímos que c não pode ser menor nem maior do que b.
Então, c = b.
Provamos assim que, para além de b, não existe outra solução da equação xn = a.

2. Seja n um número natural par e a e b números reais positivos tais que bn = a.

a) Prova que (–b)n = a.

(*) Demonstração facultativa b) Mostra que, para além de –b e de b, não existem outras soluções da equação
xn = a.(*)

Sugestão de resolução

a) (–b)n = (–1 ¥ b)n


= (–1)n ¥ bn (propriedade da multiplicação de potências com o mesmo
expoente)
=1 ¥ b n (como n é par, (–1)n = 1)
= bn

b) Como bn = a e (–b)n = a, então b e –b são soluções da equação xn = a.


Pretendemos provar que são as únicas soluções desta equação. Vamos supor
que existe um outro número real c, distinto de b e de –b, que também é
Soluções solução da equação xn = a, ou seja, cn = a. Naturalmente, o número real c
4. terá o mesmo sinal que uma das duas soluções já conhecidas, pois uma das
a) –2 soluções é positiva e a outra é negativa.
b) –2 e 2
c) 0

80
UNIDADE 1 Radicais

ALG10_1.3

Chamemos s à solução b ou –b, que tem o mesmo sinal que c. Tem-se sn = a.


Quatro casos podem ocorrer:
(i) 0 < c < s Recorda
Então, cn < sn, isto é, cn < a, o que contradiz cn = a. Dados dois números reais a
Logo, não se pode ter 0 < c < s. e b e um número n ∈N par,
0 ≤ a < b ⇒ 0 ≤ an < bn e
(ii) 0 < s < c a < b ≤ 0 ⇒ an > bn ≥ 0.

Então, sn < cn, isto é, a < cn, o que contradiz cn = a.


Logo, não se pode ter 0 < s < c.

(iii) c < s < 0


Então, cn > sn, isto é, cn > a, o que contradiz cn = a.
Logo, não se pode ter c < s < 0.

(iv) s < c < 0


Então, sn > cn, isto é, a > cn, o que contradiz cn = a.
Logo, não se pode ter s < c < 0.

De (i), (ii), (iii) e (iv) concluímos que c não pode ser menor nem maior do que s.
Então, c = s, isto é, c é uma das soluções b ou –b.
Provamos, assim, que não existem, para além de b e –b, outras soluções da
equação xn = a.

Consequências da definição de raiz índice n de a (n ∈N, n ≥ 2)

Resolução de equações do tipo xn = a

Caso 1: n é ímpar e a ∈R
xn = a ⇔ x = n√∫a C.S. = {n√∫a}
A equação xn = a tem uma e uma só solução, n√∫a.
Repara que a equação xn = a traduz a pergunta: “Quais são os números reais que ele-
vados a n são iguais a a?” Sabemos que há apenas um número nessas condições e é a
raiz índice n de a, n√∫a.
Caso 2: n é par e a ∈R+0
Caso particular: xn = 0 ⇔ x = 0 C.S. = {0}
Se a > 0: xn = a ⇔ x = ±n√∫a C.S. = {n√∫a, –n√∫a}
A equação xn = a tem duas soluções, n√∫a e –n√∫a.
Quando n é par e a ∈R+ a pergunta “Quais são os números reais que elevados a n são
iguais a a?” admite duas respostas possíveis, n√∫a e –n√∫a.

81
TEMA II Álgebra

Esquematizando / Resumindo

O número de soluções reais da equaçao xn = a é dado pelo seguinte esquema:

a<0 zero soluções


n par a=0 uma solução: x = 0
a>0 duas soluções simétricas:
x = n√∫a e x = –n√∫a

n ímpar uma solução, com o mesmo sinal de a: x = n√∫a

5 Resolve, em R, as Exercício resolvido


seguintes equações,
indicando os respetivos Resolve, em R, as seguintes equações e indica os respetivos conjuntos-solução.
conjuntos-solução.
27
a) x2 = 100 a) x2 = 25 b) x3 = c) x2 = –1
8
b) x3 = 1000
d) x3 = –1 e) x4 = 18 f) x5 = 18
c) x4 = 10 000
d) x5 = –10
e) x6 = –10 Sugestão de resolução
f) x7 =0
a) x2 = 25 ⇔ x = ±√∫2∫5
g) x8 = 1
⇔ x = ±5
h) x2 – 3 = 0
C.S. = {–5, 5}
i) x4 + 3 = 0
j) 9x2 – 24 = 1
b) x3 =
27 ⇔ x = 3 27
8 8√∫
⇔x= 3
6 Considera um cubo cuja
2
a3a
área total da superfície é C.S. = b b
300 cm2. c2c
Determina o comprimento
da aresta do cubo. c) x2 = –1 é uma equação impossível, pois não existe nenhum número real
cujo quadrado seja negativo.
C.S. = { }
Soluções
5. d) x3 = –1 ⇔ x = 3√∫–∫1
a) C.S. = {–10, 10} ⇔ x = –1
b) C.S. = {10} C.S. = {–1}
c) C.S. = {–10, 10}
d) C.S. = {5√∫–∫1∫0}
e) C.S. = { } e) x4 = 18 ⇔ x = ±4√∫1∫8
f) C.S. = {0} C.S. = {–4√∫1∫8, 4√∫1∫8}
g) C.S. = {–1, 1}
h) C.S. = {–√∫3, √∫3}
i) C.S. = { } f) x5 = 18 ⇔ x = 5√∫1∫8

j) C.S. = b–
a 5 5a
, b C.S. = {5√∫1∫8}
c 3 3c
6. √∫50 cm

82
UNIDADE 1 Radicais

1.3. Propriedades algébricas de expressões com radicais 7 Simplifica o mais possível


as seguintes expressões.
Neste capítulo vais recordar e aprender várias propriedades das expressões com radicais a) 2√∫3 + 4√∫3 – √∫3

que te permitirão operar com raízes. b) 3√∫2 – 63√∫2


7√∫–∫2
c) 7√∫–∫2 +
2
√∫∫3
d) 3√∫2 + 4√∫3 – √∫2 +
3
Adição de raízes com o mesmo índice e o mesmo radicando

Nota
Propriedade
Repara que esta
Dados dois números reais a e c, um número real não negativo b (b ≥ 0) e um número propriedade não é mais do
n ∈N par, tem-se: que a propriedade
distributiva da
an√∫b ± cn√∫b = (a ± c) n√∫b multiplicação relativamente
à adição, aplicada a
Dados três números reais a, b e c e um número n ∈N ímpar, tem-se: expressões com radicais.

an√∫b ± cn√∫b = (a ± c) n√∫b

Exemplos

1. √∫2 + 5√∫2 = 6√∫2

2.
3 √∫3 – 1 √∫3 = 3 √∫3 – 2 √∫3 = 1 √∫3
4 2 4 4 4
(¥2)

3. 73√∫5 – 113√∫5 = –43√∫5

5√∫–∫4
= 3 √∫–∫4 + √∫–∫4 = 4 √∫–∫4
5 5 5
4. 5√∫–∫4 +
(¥3) 3 3 3 3

5. √∫2 + √∫3 + 3√∫2 – 9√∫3 +


√∫2 = 9 √∫2 – 8√∫3
2 2

Erro típico

Observa um erro comum na adição de radicais:

√∫2 + √∫3 = √∫5



Erro!

Repara que a simplificação de expressões do tipo √∫2 + √∫3 não é possível, uma vez Soluções
que os radicais não têm o mesmo radicando. 7.
Repara que √∫3 + √∫3 = 2√∫3 e que 2√∫3 ≠ √∫6. a) 5√∫3
b) –53√∫2
Recorrendo à calculadora, facilmente comprovas que √∫2 + √∫3 ≠ √∫5, pois: 37√∫–∫2
c)
2
√∫2 + √∫3 ≈ 5,83 (2 c.d.) e √∫5 ≈ 2,24 (2 c.d.)
d) 2√∫2 +
13√∫3
3

83
TEMA II Álgebra

ALG10_1.6 Produto e quociente de raízes com o mesmo índice. Potências de raízes


ALG10_1.7

Propriedade
8 Simplifica o mais possível Dados dois números reais não negativos a e b (a, b ≥ 0) e um número n ∈N par, tem-se:
as seguintes expressões.
n√∫a ¥ n√∫b = n√∫a∫ ∫¥∫ b

a) √∫2 ¥ √∫3 ¥ √∫5
b) 53√∫2 ¥ 23√∫2 Dados dois números reais a e b e um número n ∈N ímpar, tem-se:
3√∫–∫2
c) 63√∫–∫2 ¥ + 23√∫4 n√∫a ¥ n√∫b = n√∫a∫ ∫¥∫ b

2
( )(
d) 2 + √∫5 2 – √∫5 )
Vamos fazer a demonstração da propriedade para n ∈N par.

Demonstração
Consideremos os números reais não negativos a e b e o número n ∈N par.
9 De um determinado
retângulo sabe-se que o Pela propriedade do produto de potências com a mesma base, temos que:
comprimento de um dos
lados é √∫3 cm e o
(n√∫a ¥ n√∫b)n = (n√∫a)n ¥ (n√∫b)n
comprimento da sua
diagonal é √∫5 cm. Pela definição de raiz de ordem n, sabemos que:
Calcula:
(n√∫a)n ¥ (n√∫b)n = a ¥ b
a) o valor exato do
perímetro do retângulo;
Por outro lado, uma vez que tanto n√∫a como n√∫b são números não negativos, temos que:
b) o valor exato da área do
retângulo. n√∫a ¥ n√∫b ≥ 0

Podemos então concluir que n√∫a ¥ n√∫b = n√∫a∫ ¥


∫ ∫b
∫ .

Exemplos

10 Seja a um número real, 1. 4√∫5 ¥ 4√∫7 = 4√∫3∫5


n ∈N par e m ∈N.
Prova que, se para um √∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫
2. 3 + √∫7 ¥ √∫3∫ –∫ ∫ √∫ ∫∫7 = √∫(∫3∫ +∫ ∫ √∫ ∫∫7∫)∫ ¥∫ ∫ (∫ 3∫ ∫ –∫ ∫ √∫ ∫∫7)
dado m ∈N par se tem
(n√∫a )m = n√∫am∫ , então = √∫32∫ ∫ –∫ ∫ (∫ ∫√7
∫∫ ∫)2
(n√∫a )m + 1 = n√∫am∫ ∫ +∫ ∫ 1. = √∫9∫ ∫–∫ 7

= √∫2

( )
3. 3√∫3 3√∫5 – 3√∫4 = 3√∫1∫5 – 3√∫1∫2

Soluções
8.
a) √∫3∫0 Propriedade
b) 10 √∫4
3 Dados um número real não negativo a (a ≥ 0), um número n ∈N par e m ∈N, tem-se:
c) 53√∫4 (n√∫a )m = n√∫am∫
d) –1
Dados um número real a, um número n ∈N ímpar e m ∈N, tem-se:
9.
a) (2√∫3 + 2√∫2) cm (n√∫a )m = n√∫a∫m
b) √∫6 cm2

84
UNIDADE 1 Radicais

Vamos fazer a demonstração desta propriedade para n ∈N par.


ALG10_1.8

Demonstração
Consideremos o número real não negativo a, o número n ∈N par e m ∈N. 11 Indica o valor lógico das
seguintes proposições.
Uma vez que a é um número não negativo, am é também um número não negativo.
a) √∫52∫ + √∫(∫–∫5∫)2 = 0
Desta forma, a expressão n√∫am ∫ tem sentido. Pela definição de raiz de índice n, sabemos
m m n b) 3√∫53 + 3√∫(∫–∫5∫)3 = 0
que provar que (n√∫a ) = n√∫a∫m é equivalente a provar que ((n√∫a ) ) = am.
( )2 = 15
c) 3√∫5
Pela propriedade da potência de potência de um número real, ((n√∫a )m)n = (n√∫a )m ¥ n e d) (√∫5 – 2)2 = 1
( √∫a )m é não negativo.
n

Se utilizarmos a propriedade comutativa da multiplicação e novamente a propriedade


m¥n n m
da potência de potência de um número real, temos que (n√∫a ) = ((n√∫a ) ) .
n m
Utilizando agora a definição de raiz de índice n podemos escrever ((n√∫a ) ) = am.
m
Para mostrar que (n√∫a ) é não negativo basta notar que n√∫a é não negativo, por definição,
e que a potência m de qualquer número negativo também é não negativa.
m n m
Mostramos assim que ((n√∫a ) ) = am e que (n√∫a ) é não negativo e, consequentemente,
m
que (n√∫a ) = n√∫am
∫ .
Exemplos

( )
1. √∫a 3 = √∫a3∫ , se a ≥ 0 ( )
2. 4√∫2 3 = 4√∫23∫ = 4√∫8 ( )
3. 5√∫b 2 = 5√∫b2∫

Propriedade
Dados um número real a e um número n ∈N par, tem-se:
se a ≥ 0


n√∫an a
∫ = |a|, isto é, n√∫an∫ =
–a se a < 0
Dados um número real a e um número n ∈N ímpar, tem-se n√∫a∫n = a.

Repara que:
• √∫32∫ = √∫9 = 3
• √ (∫ –3 )2 = √∫9 = 3 = | –3 |, isto é, não é verdade que √∫(∫–∫3∫)2 = –3, pois a raiz de índice
par de um número é, por definição, um número positivo.
Neste caso, (–3)2 é um número positivo e, portanto, faz sentido falar na sua raiz qua-
drada; porém, a raiz quadrada de (–3)2 é o número positivo 3.

Erro típico

Observa um erro comum na simplificação de radicais de índice par:


Animação
√∫x2∫ = x, com x ∈R Resolução do exercício 11 a).

Erro!
Soluções
Repara que o quadrado de um número pode ser positivo sem que o número o
seja, isto é, podemos ter x2 > 0 e x < 0. Por definição, a raiz quadrada de um nú- 11.
a) Proposição falsa.
mero positivo é sempre um número positivo.
b) Proposição verdadeira.
Como |x|2 = x2 e |x| ≥ 0, a simplificação correta seria √∫x2∫ = |x|. c) Proposição falsa.
d) Proposição falsa.

85
TEMA II Álgebra

ALG10_1.8
Propriedade
Dados dois números reais não negativos a e b, com b ≠ 0 e um número n ∈N par,
tem-se que:
√∫
n√∫a a
12 Simplifica o mais possível =n
as seguintes expressões. n√∫b b
√∫4∫5
a) √∫3 ¥ (2 – √∫5 )2 +
√∫3 Dados dois números reais a e b, com b ≠ 0 e um número n ∈N ímpar, tem-se:
53√∫1∫2 : 3√∫–∫3

√∫ ba
b) n√∫a
=n
√∫2
√∫
h 2 h –1 n√∫b
c) i i ¥
j 3 j
√∫3

A demonstração desta propriedade é semelhante à do produto de raízes.

Exemplos

1.
√∫9∫8 = √∫4∫9 = 7 2. 4√∫3∫0 : 4√∫6 = 4√∫5 3. 3√∫1∫6 : 3√∫–∫2 = 3√∫–∫8 = –2
√∫2

Recorda
Propriedade
Seja a um número não
nulo e n ∈N:
Dados um número real não negativo a (a ≥ 0), um número n ∈N par e m ∈N, tem-se:

a–n = n
1 (n√∫a )–m = n√∫a–∫ m∫ , a ≠ 0
a
ou seja: Dados um número real a, um número n ∈N ímpar e m ∈N, tem-se que:
1
3–2 = 2 (n√∫a )–m = n√∫a–∫ m∫ , a ≠ 0
3
h 3 h –1 1 4
i i = =
j4j 3 3
4
Esta propriedade pode ser verificada da seguinte forma:
Seja n ∈N par e a um número real não negativo (a ≥ 0).
(n√∫a )–m = ((n√∫a )m)–1 (potência de potência)
1
= (definição de potência de expoente –1)
(n√∫a)m
1
= (pela propriedade (n√∫a )m = n√∫am∫ )
n√∫a∫m

= √∫1
n
(pois n√∫1 = 1)
n√∫am

h a h
√∫ a1 √∫
n√∫a
=n ipela propriedade =n
m
n√∫b b i
j j
= n√∫a–∫ m
∫ (definição de potência de expoente –m, com m ∈N)
Ou seja, ( )
n√∫a –m = n√∫a–∫ m
∫ .
Soluções
12. Exemplos
a) 9√∫3 – 3√∫1∫5
h 3 h –1
b) 53√∫–∫4
c) 1
( )
1. √∫2 –1 = √∫2–∫ 1∫ =
√∫ 1
2 j√∫
2. i i =
4 j √∫ 34
h
i
j
h –1
i
j
= √∫ 43 ( )
3. 3√∫7 –2 = 3√∫7–2
∫ =3 √∫ 491
86
UNIDADE 1 Radicais

Composição de raízes ALG10_1.9

Propriedade
Dados dois números naturais n e m e um número real não negativo a, tem-se:
√∫ ∫ ∫
n m√∫a = nm√∫a
Dados dois números naturais ímpares n e m e um número real a, tem-se:
√∫ ∫ ∫
n m√∫a = nm√∫a

Vamos fazer a demonstração no caso em que o número real a é não negativo.

Demonstração
Uma vez que a é um número não negativo, m√∫a é também um número não negativo.

Desta forma, a expressão n√∫m∫√∫∫a tem sentido para todo o natural n.

Pela definição de raiz de índice n, sabemos que provar que:


√∫ ∫ ∫
n m√∫a = n ¥ m√∫a

é equivalente a provar que:


(n√∫m∫√∫a∫ )n ¥ m = a
Pela propriedade da potência de potência de um número real, temos que:
(n√∫m∫√∫a∫ )n ¥ m = ((n√∫m∫√∫a∫ )n)m
Utilizando agora a definição de raiz de índice n, temos que:
((n√∫m∫√∫a∫ )n)m = (m√∫a )m = a
Mostramos assim que:
(n√∫m∫√∫a∫ )n ¥ m = a
e, consequentemente, que:
√∫ ∫ ∫
n m√∫a = n ¥ m√∫a

Exemplos

√∫ ∫
1. 3 √∫2 = 6√∫2

√∫ ∫
2. √∫8 = 4√∫8

√∫ ∫ ∫ ∫
3. 5 3√∫–∫3 = 15√∫–∫3

87
TEMA II Álgebra

13 Sejam a e b dois números Esquematizando / Resumindo


reais positivos. Prova que
é falsa a seguinte
proposição: Nas operações com radicais deves ter em conta as seguintes propriedades (con-
√∫a∫ ∫+∫ ∫b = √∫a + √∫b
sidera os valores de a, b, n e m para os quais as expressões seguintes têm signifi-
cado):

Operações Regras operatórias


Distributividade da multiplicação
an√∫b ± cn√∫b = (a ± c)n√∫b
relativamente à adição

Multiplicação n√∫a ¥ n√∫b = n√∫a∫ ∫¥∫ ∫b

(n√∫a )m = n√∫am∫
Se a ≠ 0, (n√∫a )–m = n√∫a–∫ m

Potenciação
n√∫an
∫ = a, se n ímpar
n√∫an
∫ = |a|, se n par
14 Considera A = √∫5,
Se b ≠ 0, √∫a = n
√∫
B = 2 – 4√∫5 e C = 4√∫5. n a
Divisão b
Calcula, apresentando o n√∫b
resultado o mais
simplificado possível.
Radiciação √∫ ∫ ∫
n m√∫a = nm√∫a
a) A + B
b) 3A – B
c) (A – B)2
d) A ¥ B Exercício resolvido
e) 3√∫A
f) √∫A + C Simplifica as seguintes expressões.
g) B + C4 3 3
a) 73√∫5 + √∫5 – 113√∫5 (
b) 23√∫7 3 )
4
h2 h5
c) i √∫2i d) √∫3 ¥ √∫3 ¥ 2√∫3
j3 j

(
e) 5 + √∫3 2 + √∫7)( ) (
f) √∫2 + √∫5 2 )

(
g) 3√∫2 – 1 2 ) ( )(
h) √∫3 – √∫1∫1 √∫3 + √∫1∫1 )
h 1 h –1 4√∫2
√∫ ∫
i) 6√∫4 : 3 √∫2 ¥ 6√∫1∫3 j) i 4
√∫
i +
j 2 j 2
– 2 √∫2 √∫ ∫

Soluções Sugestão de resolução


14. 3 3 28 3 3 44 3
a) 2 – 3√∫5 a) 73√∫5 + √∫5 – 113√∫5 = √∫5 + 3√∫5 – √∫5
(¥4) 4 (¥4) 4 4 4
b) 7√∫5 – 2
31 3 44 3
c) 129 – 20√∫5 = √∫5 – √∫5
4 4
d) 2√∫5 – 20
13 3
e) 6√∫5
=– √∫5
4
f) 24√∫5
g) 7 – 4√∫5

88
UNIDADE 1 Radicais

( )
b) 23√∫7 3 = 23 ¥ 3√∫7 3 ( )
=8¥7
= 56

h2 h5 h2h5
c) i √∫2i = i i ¥ (√∫2 )5
j3 j j3j
32
= ¥ (√∫2 )2 ¥ (√∫2 )2 ¥ √∫2
243
32
= ¥ 2 ¥ 2 ¥ √∫2
243
= 128√∫2
243

d) √∫3 ¥ √∫3 ¥ 2√∫3 = 3 ¥ 2√∫3 = 6√∫3

( )( )
e) 5 + √∫3 2 + √∫7 = 10 + 5√∫7 + 2√∫3 + √∫2∫1

( ) ( )
f) √∫2 + √∫5 2 = √∫2 2 + 2√∫2 ¥ √∫5 + √∫5 2 ( )
= 2 + 2√∫1∫0 + 5
= 7 + 2√∫1∫0

( ) ( )
g) 3√∫2 – 1 2 = 3√∫2 2 – 2 ¥ 3√∫2 + 12
= 9 ¥ 2 – 6√∫2 + 1
= 18 – 6√∫2 + 1
= 19 – 6√∫2

( )( ) ( ) (
h) √∫3 – √∫1∫1 √∫3 + √∫1∫1 = √∫3 2 – √∫1∫1 2 = 3 – 11 = –8 )

√∫ ∫
i) 6√∫4 : 3 √∫2 ¥ 6√∫1∫3 = 6√∫4 : 6√∫2 ¥ 6√∫1∫3

= 6
√∫ 42 ¥ √∫1∫3
6

= 6√∫2 ¥ 6√∫1∫3
= 6√∫2∫6

h 1 h –1 4√∫2
√∫ √∫
h 1 h –1
j) i 4 i + √∫ ∫1
– 2 √∫2 = 4 i i + 4√∫2 – 24√∫2
j 2 j 2 j2j 2
1 4
= 4√∫2 + √∫2 – 24√∫2
2
3 4
= √∫2 – 24√∫2
2
1
= – 4√∫2
2
4√∫2 APRENDE FAZENDO
=– Págs. 106, 107, 108, 110
2 e 112
Exercícios 1, 5, 6, 7, 8, 9,
12, 13, 14, 20, 21, 22 e 33

89
TEMA II Álgebra

ALG10_2.1
Propriedade
Dados dois números naturais n e k e um número real não negativo a, tem-se:

15 Calcula o valor dos


n√∫a = n ¥ k√∫ak
seguintes radicais.
a) √∫9; 4√∫92∫ ; 6√∫93∫ Dados dois números naturais ímpares n e k e um número real a, tem-se:
Qual é a relação entre
os valores dos radicais?
n√∫a = n ¥ k√∫ak
b) √∫26∫ ; 3√∫29∫ ; 4√∫21∫ 2∫
Qual é a relação entre
os valores dos radicais? Vamos demonstrar a propriedade acima apenas para números naturais n e k e um nú-
mero real não negativo a.

Demonstração
• Se k = 1: n√∫a = n ¥ 1√∫a1

• Se k ≥ 2: n√∫a = n√∫k√∫ ∫∫a∫∫k, pois k√∫a∫k = a se a ≥ 0

16 Simplifica cada uma das = n ¥ k√∫a∫k


seguintes expressões.
a) √∫3 ¥ 4√∫2
b) 3√∫5 ¥ 6√∫4
Exemplos
c) √∫2 + 4√∫4 + 6√∫8 + 8√∫1∫6
1. 3√∫2 = 3 ¥ 2√∫22∫ = 6√∫4

2. √∫5 = 2 ¥ 4√∫5∫4 = 8√∫6∫2∫5

Repara ainda que:


17 Mostra que 8√∫a6∫ = 4√∫a3∫ ,
para qualquer número real
• 6√∫a4∫ = 3√∫√∫∫(∫∫a2∫∫ ∫∫)2 = 3√∫a2∫ , ou seja, 6√∫a4∫ = 3√∫a2∫ . Nota que
4 2
positivo a. = .
6 3

• 9√∫a6∫ = 3√∫3∫√∫(∫∫a2∫∫ ∫∫)3 = 3√∫a2∫ , ou seja, 9√∫a6∫ = 3√∫a2∫ . Nota que


6 2
= .
9 3

• 12√∫a8∫ = 3√∫4√∫∫(∫∫a2∫∫ ∫∫)4 = 3√∫a2∫ , ou seja, 12√∫a8∫ = 3√∫a2∫ . Nota que


8 2
= .
12 3

• 15√∫a1∫ 0∫ = 3√∫5∫√∫(∫∫a2∫∫ ∫∫)5 = 3√∫a2∫ , ou seja, 15√∫a1∫ 0∫ = 3√∫a2∫ . Nota que


10 2
= .
15 3

Soluções Propriedade
15. Sejam a um número real não negativo e q um número racional não negativo (q ≠ 0 se
a) √∫9 = 4√∫92∫ = 6√∫9∫3 = 3. São m m’
iguais.
a = 0); se q = = , sendo m, n, m’ e n’ números inteiros, m, m’ ≥ 0 e n, n’ ≥ 2,
n n’
b) √∫26∫ = 3√∫29∫ = 4√∫21∫ 2∫ = 8. São tem-se que:
iguais.
16. n√∫am
∫ = n’√∫am’

a) 4√∫1∫8
b) 6√∫1∫0∫0
c) 4√∫2 Esta propriedade é demonstrada no exercício resolvido seguinte.

90
UNIDADE 1 Radicais

Exercícios resolvidos

1. (*) Prova, sem recorrer à propriedade apresentada, que, sendo a um número real (*) grau de dificuldade elevado
m m’ (desempenho avançado que
positivo e n, m, n’, m’ números naturais tais que = , se tem n√∫am
∫ = n’√∫am’
∫ .
n n’ não será exigível à totalidade
Caderno de Apoio às Metas Curriculares,10.º ano dos alunos)

18 Prova que, sendo a um


Sugestão de resolução número real positivo e n,
m m’ m e p números naturais, se
Sejam a um número real positivo e n, m, n’, m’ números naturais tais que = . tem np√∫am
∫ p∫ = n√∫am
∫ .
m m’ n n’
Como = , então m ¥ n’ = m’ ¥ n. (1)
n n’
Assim:
n√∫am
∫ = m’ ¥ n√∫(∫am
∫ ∫)m’
∫ 19 Simplifica as seguintes
= m’ ¥ n√∫am
∫ ∫ ¥∫ ∫ m’
∫ expressões.
5√∫2
= m ¥ n’√∫am
∫ ∫ ¥∫ ∫ m’
∫ a) 5√∫4∫8∫6 + – 10√∫4
#
3
(1) 9√∫4∫0∫9∫6∫0∫0∫0
= m ¥ n’√∫(∫am
∫ ’∫ ∫)m
∫ b) – 3√∫5
3√∫4

= n’√∫am’
∫ c) 4√∫2∫7∫5 ¥ √∫5 +
4√∫1∫1

3
6√∫7
d) 3√∫5 ¥ √∫5 ¥ 6√∫3∫5 +
4
2. Simplifica as seguintes expressões.
h 3√∫2 ¥ 5√∫3 h 5 3
6√∫7 e) i i – √∫3
a) 6√∫5∫6∫7 ¥ 3√∫3 – j 15√∫3∫6 j
2
6√∫3 √∫ ∫
f) 3 2√5
∫ ¥ √∫5 ¥ 3√∫5 – 3√∫2 – 1 ( )2
b) 6√∫6 ¥ √∫2 ¥ 3√∫2 –
2
3√∫4 ¥ √∫2 – (2 – √∫5 )(2 + √∫5 ) (
g) 26√∫9 + 33√∫3 ¥ )
c)
6√∫2 ¥ 3√∫√∫∫1∫6
∫ ∫2 – 12√∫47∫
√∫ ∫ ∫
d) (*) 3 2√∫3 ¥ √∫3 ¥ 3√∫3 – 3√∫2 – 1 2 ( )
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 10.º ano (*) grau de dificuldade elevado
(desempenho avançado que
não será exigível à totalidade
Sugestão de resolução dos alunos)
6√∫7
= 6√∫5∫6∫7 ¥ 3 ¥ 2√∫3∫2 – √∫7
6 567 3 9 3
a) 6√∫5∫6∫7 ¥ 3√∫3 –
2 2 189 3 3 3
63 3 1
= 6√∫5∫6∫7 ¥ 6√∫9 – √∫7
6
21 3
2 7 7 9 = 32
Soluções
∫ ¥ 6√∫32∫ – √∫7
6 1
= 6√∫34∫ ∫ ¥
∫ ∫7
2 567 = 34 ¥ 7
19.
6√∫7 75√∫2
= 6√∫36
∫∫ ¥
∫ ∫7
∫ – a)
2 3
6√∫7 b) 3√∫5
= 36√∫7 – 164√∫1∫1
2 c)
3
= 6 √∫7 – √∫7
6 6
d)
216√∫7
2 2 4
e) 3√∫3
= 5 √∫7
6

2 (continua) f) 73√∫2 – 3√∫4 – 1


g) 136√∫2

91
TEMA II Álgebra

Exercícios resolvidos

6√∫3
= 6√∫6 ¥ 6√∫23∫ ¥ 6√∫22∫ – √∫3
6 (continuação)
b) 6√∫6 ¥ √∫2 ¥ 3√∫2 –
2 2
6√∫3
= 6√∫6∫ ¥
∫ ∫2
∫ 3∫ ∫ ¥
∫ ∫2
∫ ∫2 –
2
∫ 2∫ – √∫3
6
= 6√∫2∫ ¥
∫ ∫3∫ ∫¥∫ ∫2
∫ 3∫ ∫ ¥
∫ ∫2
2
6√∫3
= √∫2∫ ∫ ¥
6 6 ∫ ∫3∫ –
2
6√∫3
= 3 √∫3
6
= 26√∫3 –
2 2
3√∫4 ¥ √∫2 – (2 – √∫5 )(2 + √∫5 ) = 6√∫42∫ ¥ 6√∫23∫ – (22 – (√∫5 )2)
c)
6√∫2 6√∫2

= √∫4∫ ∫ ¥
6 2∫ ∫2 ∫ 3∫ – (4 – 5)
6√∫2

=6 √∫ 24 ¥ 23
2
– (–1)

= 6√∫26∫ + 1
=2+1=3

√∫ ∫ ∫ ( )
d) 3 2√∫3 ¥ √∫3 ¥ 3√∫3 – 3√∫2 – 1 2 = 3√∫2 ¥ 3 √∫3 ¥ √∫3 ¥ 3√∫3 – √∫ ((3√∫2 )2 – 23√∫2 + 1)
= 3√∫2 ¥ 6√∫3 ¥ √∫3 ¥ 3√∫3 – (3√∫4 – 23√∫2 + 1)
= 6√∫22∫ ¥ 6√∫3 ¥ 6√∫33∫ ¥ 6√∫32∫ – 3√∫4 + 23√∫2 – 1
= 6√∫4∫ ∫¥∫ ∫36∫ – 3√∫4 + 23√∫2 – 1
= 36√∫22∫ – 3√∫4 + 23√∫2 – 1
= 33√∫2 – 3√∫4 + 23√∫2 – 1
= 53√∫2 – 3√∫4 – 1

1.4. Passagem de fatores para fora de um radical


Considera o radical √∫5∫4∫0. Como sabes, a decomposição em fatores primos de 540 é
540 = 22 ¥ 33 ¥ 5.
540 2
Ou seja, √∫5∫4∫0 = √∫22∫ ∫ ¥
∫ ∫3
∫ 3∫ ∫ ∫¥∫ ∫5 = √∫22∫ ∫ ∫¥∫ ∫32∫ ∫ ¥
∫ ∫3
∫ ∫¥
∫ ∫5
∫ 270 2
135 3
= √∫22∫ ¥ √∫32∫ ¥ √∫3∫ ∫¥∫ ∫5 45 3
15 3
= 2 ¥ 3 ¥ √∫1∫5 5 5
1
= 6√∫1∫5 540 = 22 ¥ 33 ¥ 5

Considera, agora, 3√∫5∫4∫0. Então, temos que:


APRENDE FAZENDO 3√∫5∫4∫0 = 3√∫22∫ ∫ ¥
∫ ∫3
∫ 3∫ ∫ ∫¥∫ ∫5 = 3√∫33∫ ¥ 3√∫22∫ ∫ ¥
∫ ∫5

Pág. 107
Exercício 10 = 33√∫2∫0

92
UNIDADE 1 Radicais

Esquematizando / Resumindo

Para extrair fatores para fora de um radical, deves seguir os seguintes passos:
1.º passo: Decompõe o radicando num produto de fatores primos.
2.º passo: Caso se trate de uma raiz quadrada, agrupa os fatores comuns aos pares;
caso se trate de uma raiz cúbica, agrupa os fatores comuns aos ternos, …
3.º passo: Aplica a propriedade da multiplicação de radicais n√∫a∫ ∫¥∫ ∫b = n√∫a ¥ n√∫b.
4.º passo: Aplica a propriedade:
• n√∫an∫ = a se n é ímpar e a > 0
• n√∫an∫ = |a| se n é par

Exercícios resolvidos 20 Simplifica os seguintes


radicais.
1. Simplifica os seguintes radicais. a) √∫2∫5∫0
b) 3√∫2∫5∫0
a) √∫3∫7∫8∫0 b) 3√∫3∫7∫8∫0 c) √∫5∫0∫0
c) √∫1∫0∫0∫8
d) 3√∫1∫0∫0∫8
Sugestão de resolução e) 4√∫1∫0∫0∫8

3780 2
a) √∫3∫7∫8∫0 = √∫2∫2∫ ¥
∫ ∫3
∫ ∫2∫ ∫¥∫ ∫3∫ ∫¥∫ ∫5∫ ∫¥∫ ∫7 1890 2
= √∫22 ¥ √∫32 ¥ √∫3∫ ¥
∫ ∫5
∫ ∫¥
∫ ∫7
∫ 945 3
315 3
= 2 ¥ 3 ¥ √∫1∫0∫5 105 3
35 5
= 6√∫1∫0∫5 7 7
1
b) 3√∫3∫7∫8∫0 = 3√∫22∫ ∫ ¥
∫ ∫3
∫ 3∫ ∫ ∫¥∫ ∫5∫ ∫¥∫ ∫7 3780 = 22 ¥ 33 ¥ 5 ¥ 7

= 3√∫33∫ ¥ 3√∫4∫ ∫¥∫ ∫5∫ ∫¥∫ ∫7


= 33√∫1∫4∫0 500 2
250 2
c) √∫5∫0∫0 = √∫2∫2 ¥ √∫5∫2 ¥ √∫5 125 5
25 5
= 2 ¥ 5 ¥ √∫5 5 5
1
= 10√∫5
500 = 22 ¥ 53

2. Simplifica cada uma das seguintes expressões.

a)
√∫2∫0 + √∫4∫5 – 3√∫8∫0 + √∫1∫2∫5
3 2 6

b) 4√∫3 –
√∫2∫7 – 3√∫2∫4∫3 + √∫∫3
3 2 Soluções
20.
c) 34√∫3 – 24√∫4∫8
a) 5√∫1∫0
d) 53√∫5∫4 – 3√∫2∫5∫0 + 3√∫1∫6 b) 53√∫2
c) 12√∫7
e) √5√∫
∫ + 24√∫8∫0 d) 23√∫1∫2∫6
(continua)
e) 24√∫6∫3

93
TEMA II Álgebra

Exercícios resolvidos

(continuação)
Sugestão de resolução

a)
√∫2∫0 + √∫4∫5 – 3√∫8∫0 + √∫1∫2∫5 20 2
) 45 3
)
10 2 15 3
3 2 6 5 5 5 5

= 2√∫5 + 3√∫5 – 3 ¥ 4√∫5 + 5√∫5


1 1

3 2 6 √∫2∫0 = 2√∫5 √∫4∫5 = 3√∫5

= 2√∫5 + 3√∫5 – 12√∫5 + 5√∫5


3 2 6 80 2 125 5
40 2
) 25 5
)
= 2√∫5 + 3√∫5 – 6√∫5 + 5√∫5 20 2 5 5
3 (¥6) (¥6) 6 10 2
) 1
(¥2)
5 5
√∫1∫2∫5 = 5√∫5
= 4√∫5 + 18√∫5 – 36√∫5 + 5√∫5
1
6 6 6 6 √∫8∫0 = 4√∫5

= – 9√∫5
6

= – 3√∫5
2

√∫2∫7 – 3√∫2∫4∫3 + √∫3


∫ 27 3 243 3
b) 4√∫3 –
9 3
) 81 3
)
3 2
3 3 27 3
)
= 4√∫3 – 3√∫3 – 3 ¥ 9√∫3 + √∫3
∫ 1 9 3
3 2 3 3
√∫2∫7 = 3√∫3
1
= 4√∫3 – √∫3 – 27√∫3 + √∫ ∫
3
√∫2∫4∫3 = 9√∫3
2
= –24√∫3 + √∫∫3
2
48 1
=– √∫3 + √∫3
2 2
= – 47√∫3
2 48 2

c) 34√∫3 – 24√∫4∫8 = 34√∫3 – 2 ¥ 24√∫3


24
12
6
2
2
2
)
3 3
= 34√∫3 – 44√∫3 1
= –4√∫3 4 √∫4∫8 = 24√∫3

54 2 250 2 16 2
d) 53√∫5∫4 – 3√∫2∫5∫0 + 3√∫1∫6 =
= 5 ¥ 33√∫2 – 53√∫2 + 23√∫2
27
9
3
3 )
125
25
5
5
)
8
4
2
2
)
3 3 5 5 2 2
= 153√∫2 – 53√∫2 + 23√∫2 1 1 1

√∫5∫4 = 33√∫2
3√∫2∫5∫0 = 53√∫2 √∫1∫6 = 23√∫2
3
= 123√∫2
3

80
√∫
APRENDE FAZENDO 2
Págs. 106, 107 e 109
Exercícios 2, 3, 11 e 16
e) √∫5 + 24√∫8∫0 = 4√∫5 + 24√∫8∫0
= 4√∫5 + 2 ¥ 24√∫5
40
20
10
2
2
2
)
5 5
= 4√∫5 + 44√∫5
CADERNO DE EXERCÍCIOS 1
E TESTES = 54√∫5 4√∫8∫0 = 24√∫5
Pág. 10
Exercício 1

94
UNIDADE 1 Radicais

1.5. Racionalização de denominadores ALG10_1.10


ALG10_1.11

Vamos agora estender o conceito de fração que já conheces.

Definição

a
Chama-se fração à representação do quociente entre dois números reais a e b, com
b
b ≠ 0.
O número a diz-se o numerador e o número b o denominador da fração.
Duas frações dizem-se equivalentes quando representam o mesmo número.

Quando fazemos cálculos que envolvem frações com denominadores irracionais po-
demos proceder à sua racionalização, ou seja, substituir essa fração por uma fração com
denominador racional que lhe seja equivalente.
Os cálculos que envolvem frações de denominador racional são mais simples. Além
disso, é mais fácil ter a perceção da quantidade que uma fração representa quando esta
tem um denominador racional.
Em seguida vamos estudar processos de racionalização de frações.

Caso 1: denominador do tipo √∫a, a ∈N


Se o denominador é do tipo √∫a, basta multiplicar o numerador e o denominador da fração
pelo radical √∫a, com o objetivo de se obter uma fração equivalente com (√∫a )2 no deno-
minador.

Exemplo
2 2√∫3
= = 2√∫3 = 2√∫3
√∫3 √∫3 ¥ √∫3 (√∫3 )2 3
(¥√∫3)

Caso 2: denominador do tipo n√∫ap∫ , a ∈N, n > 1, n > p


Caso o denominador seja do tipo n√∫ap∫ , basta multiplicar o numerador e o denominador
da fração pelo radical n√∫an∫ ∫ –∫ ∫ p, de forma a obter-se uma fração equivalente com n√∫an∫ em
denominador.

Exemplo

= 5 ¥ √∫2∫ = 5 √∫4 = 5 √∫4


5 3 2 3 3

3√∫2 3√∫2 ¥ 3√∫22


∫ 3√∫23
∫ 2
(¥3√∫22)
Nota

Caso 3: denominador do tipo a√∫b ± c√∫d, a, c ∈Z, b, d ∈N Dada uma expressão do


tipo a√∫b + c√∫d, com a,
Quando o denominador é do tipo a√∫b ± c√∫d, multiplica-se o numerador e o denomina- c ∈Z e b, d ∈N, chama-se
dor da fração pelo conjugado da expressão anterior a√∫b ± c√∫d, de forma a obter o caso conjugado dessa expressão
a a√∫b – c√∫d.
notável, diferença de quadrados.

95
TEMA II Álgebra

Recorda Exemplos
3 3(√∫2 + 1)
(a – b)(a + b) = a2 – b2 1. = = 3(√∫2 + 1) = 3√∫2 + 3 = 3√∫2 + 3 = 3√∫2 + 3
√∫2 – 1 (√∫2 – 1)(√∫2 + 1) (√∫2 )2 – 12 2 – 1 1

(¥(√∫2 + 1))
21 Racionaliza o
√∫3 √∫3(√∫5 – √∫3)
= √∫1∫5 – (√∫3 ) = √∫1∫5 – 3
denominador de cada uma 2
2. =
das seguintes frações. 2
1
√∫5 + √∫3 (√∫5 + √∫3)(√∫5 – √∫3) (√∫5 )2 – (√∫3 )2
a)
√∫2 (¥(√∫5 – √∫3))
6 1 3√∫7 + 2√∫5 3√∫7 + 2√∫5
b)
3. = = = 3√∫7 + 2√∫5 = 3√∫7 + 2√∫5
√∫3 9¥7–4¥5
3√∫7 – 2√∫5 (3√∫7 – 2√∫5)(3√∫7 + 2√∫5) (3√∫7 ) 2 – (2√∫5 )
2 43
√∫2
c) (¥(3√∫7 + 2√∫5))
√∫3
1
d)
3√∫2 Exercícios resolvidos
2
e)
54√∫3 1. Racionaliza os denominadores das seguintes frações.

f)
2
a)
5
b)
1
c)
4
d)
√∫3 e) (*)
2 – 3a
, a ∈N
4 – √∫3 √∫2 24√∫3 2 + 3√∫7 √∫7 + 2√∫3 √∫a∫ +
∫ ∫ ∫2 + 2√∫a
√∫2
g) 1 2 1
√∫3 + √∫6 f) (*) , a, b, c, d ∈N g) (**) h) (**)
a√∫b + c√∫d 4√∫2 –1 3√∫3 + 3√∫2
√∫3 + √∫6
h)
√∫2 Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 10.º ano
1
i)
2√∫3 – 4√∫5 Sugestão de resolução
(*) grau de dificuldade elevado
a)
5 = 5√∫2 = 5√∫2
(**) grau de dificuldade muito
√∫2 (√∫2)2 2
elevado
(desempenho avançado que
4√∫33
∫ = √∫2∫7 = √∫2∫7 = √∫2∫7
não será exigível à totalidade 1 = 4 4 4
b)
dos alunos)
24√∫3 24√∫3 ¥ 4√∫33∫ 24√∫34∫ 2¥3 6
22 Resolve a equação:
√∫5x + 2x – 3 = 0 c)
4 = 4(2 – 3√∫7) = 8 – 12√∫7
Apresenta a solução com 2 + 3√∫7 (2 + 3√∫7 )(2 – 3√∫7 ) 22 – 32 ¥ (√∫7)2
o denominador
racionalizado. = 8 – 12√∫7 = 8 – 12√∫7 = –8 + 12√∫7
4–9¥7 –59 59

Soluções
d) √∫3 = √∫3(√∫7 – 2√∫3) = √∫2∫1 – 2 ¥ (√∫3)
2

√∫7 + 2√∫3 (√∫7 + 2√∫3 )(√∫7 – 2√∫3 ) (√∫7)2 – 22 ¥ (√∫3)2


21.
√∫2
= √∫2∫1 – 2 ¥ 3 = √∫2∫1 – 6 = 6 – √∫2∫1
a) b) 2√∫3
2
7–4¥3 –5 5
c)
√∫6 d)
3
√∫4
3 2
(2 – 3a)(√∫a∫ +
∫ ∫ ∫2 – 2√∫a)
e)
24√∫2∫7 f)
8 + 2√∫3 e)
2 – 3a = = 2√∫a∫ ∫+∫ 2
∫ – 4√∫a – 3a√∫a∫ +
∫ ∫ ∫2 + 6a√∫a
15 13
√∫a∫ ∫+∫ 2
∫ + 2√∫a (√∫a∫ ∫+∫ 2∫ )2 – 22(√∫a )2 a + 2 – 4a
g) –
√∫6 – 2√∫3 h)
√∫6 + 2√∫3
3 2 = (2 – 3a)√∫a∫ +
∫ ∫ ∫2 + (6a – 4)√∫a
√∫3 – 2√∫5 –3a + 2
i)
34

22. 3√∫5 – 6

96
UNIDADE 1 Radicais

Curiosidade
Podes facilmente
f)
1 = a√∫b – c√∫d = a√∫b – c√∫d = a√∫b – c√∫d comprovar estas igualdades
a√∫b + c√∫d (a√∫b + c√∫d)(a√∫b – c√∫d ) a2(√∫b)2 – c2(√∫d)2 a2b – c2d efetuando o produto do
segundo membro da
= 2 √∫2 + 2 = 2 √∫2 + 2 = 2 √∫2 + 2
4 4 4
g)
2 = 2(4√∫2 + 1) igualdade:
4√∫2
(4√∫2 – 1)(4√∫2 + 1) ( √∫2) – 1 4√∫22∫ – 1 √∫2 – 1 • A3 – B3 =
–1 4 2 2
= (A – B)(A2 + AB + B2)
(¥4√∫2 + 1)
• A3 + B3 =
+ 2)(√∫2 + 1) = (2 √∫2 + 2)( √∫2∫ + 1)
4 4 2
= ( 24√∫2 = (A + B)(A2 – AB + B2)
(√∫2 – 1)(√∫2 + 1) (√∫2)2 – 12
(¥√∫2+ 1)
= 2 √∫2∫ + 2 √∫2 + 2 √∫4 + 2 = 24√∫8 + 24√∫2 + 24√∫4 + 2
4 3 4 4

2–1

Repara que nesta alínea utilizamos duas vezes a estratégia de multiplicar


pelo conjugado, dado que o índice da raiz é 4. Em situações deste tipo,
quando o índice da raiz é 2k, podemos racionalizar a fração, utilizando k
vezes esta estratégia.
h) Para conseguires resolver esta alínea é útil conhecer a fórmula:
A3 + B3 = (A + B)(A2 – AB + B2)
Se considerarmos A = 3√∫3 e B = 3√∫2 e a fórmula acima, vem que:
(3√∫3) + 3√∫2)((3√∫3)2 – 3√∫3 ¥ 3√∫2 + (3√∫2)2) = (3√∫3)3 + (3√∫2)3 = 3 + 2 = 5
      
A B A2 AB B2 A3 B3

Esta igualdade sugere que se conseguirá racionalizar o denominador mul-


tiplicando o numerador e o denominador por 3√∫3∫2 = 3√∫3 ¥ 3√∫2 + (3√∫2)2,
obtendo-se:
1
=
(3√∫3)2 – 3√∫3 ¥ 3√∫2 + (3√∫2)2
3√∫3 + 3√∫2 (3√∫3 + 3√∫2)((3√∫3)2 – 3√∫3 ¥ 3√∫2 + (3√∫2)2)
= √∫9 – √∫6 + √∫4 = √∫9 – √∫6 + √∫4 = √∫9 – √∫6 + √∫4
3 3 3 3 3 3 3 3 3

(3√∫3)3 + (3√∫2)3 3+2 5

2. Simplifica a expressão 5
√∫ 23 – 4√∫ 32 – 2√∫6 + √∫2∫9∫4.
Sugestão de resolução
294
√∫ √∫
2
– 2√∫6 + √∫2∫9∫4 = 5 √∫2 – 4 √∫3 – 2√∫6 + 7√∫6
2 3
5 –4 147 3
3 2 √∫3 √∫2 49 7
(¥√∫3) (¥√∫2)
7 7
1
5 h 4 h 14
= –
i – 2 + 7i √∫6 = √∫6 √∫2∫9∫4 = 7√∫6
3 j 2 j 3

(continua)

97
TEMA II Álgebra

23 Simplifica o mais possível Exercícios resolvidos


as seguintes expressões. (continuação)

√∫3∫5 10 3. Determina o lado de um quadrado inscrito numa circunferência cujo raio mede
a) – 2√∫1∫8∫0 +
√∫7 √∫5 5 cm. Apresenta o resultado na forma a√∫b, a, b ∈N.

b) 4√∫1∫8∫7∫5 + √∫√∫1∫2 ¥ 4√∫ 14


Sugestão de resolução

l2 = 52 + 52 ⇔ l2 = 50 50 2 l
25 5
⇔ l = ±√∫5∫0 5 5
⇔ l = ± 5√∫2 1
5 cm
√∫5∫0 = 5√∫2
Como l > 0, então l = 5√∫2 cm.

24 Considera o cubo e o 4. Considera o cubo e o octaedro regular da figura. Tal


octaedro regular da figura como sugerido pela figura, cada um dos vértices do
ao lado, em que cada um octaedro é o centro de uma das faces do cubo.
dos vértices do octaedro é
Sabendo que a aresta do cubo mede a unidades, prova
o centro de uma das faces
do cubo. que a área da superfície do octaedro é igual a √∫3a unida-
Supondo que a aresta do des quadradas.
cubo mede 8 cm,
determina o valor exato:
a) da aresta do octaedro; Sugestão de resolução

b) do perímetro de cada
Designemos por x a medida da aresta do octaedro.
uma das faces do
octaedro; “Cortemos” o cubo por um plano paralelo às duas
c) da área de cada uma bases e que intersete quatro vértices do octaedro: x C
das faces do octaedro; A B
Observando esse “corte”, facilmente reconhecemos um
d) do volume do octaedro.
– =a:
– = BC
triângulo [ABC], retângulo em B, e tal que AB
2
APRENDE FAZENDO
Aplicando o Teorema de Pitágoras ao triângulo [ABC],
h a h2 h a h2 x
Págs. 109, 110, 111, 112 e temos x2 = i i + i i .
113 j2j j2j C
Exercícios 17, 18, 23, 25, x
h a h2 h a h2 a2 a2 a
26, 27, 28, 29, 32, 34, 35, Como x2 = i i + i i ⇔ x2 = + 2
36 e 37 j2j j2j 4 4
2a 2 A a B
⇔ x2 = 2
CADERNO DE EXERCÍCIOS 4
E TESTES
a2
Págs. 10 e 11 ⇔x =
2
2
Exercícios 2, 3 e 4

√∫ a2
⇔x=±
(a > 0) 2

⇔ x = ± √∫2a
Soluções a
⇔x=±
23. √∫2 2

e x > 0, então x = √∫2a .


a) –9√∫5
b) 64√∫3 2
24.
a) 4√∫2 cm Depois de determinarmos a medida da aresta do octaedro, precisamos de
b) 12√∫2 cm
determinar a área de uma face, isto é, de um triângulo equilátero de lado √∫2a .
c) 8√∫3 cm2 2
256
d) cm3
3

98
UNIDADE 1 Radicais

Comecemos por determinar a sua altura:


√∫2a
h √∫2a h 2
= h2 + i √∫2a i ⇔
h h2 2a2 2a2 2
i i = h2 +
j 2 j j 4 j 4 16
h
a2 a2
⇔ h2 = –
2 8
4a2 a2 √∫2a
⇔ h2 = – 4
8 8
√∫2a
3a2 2
⇔ h2 =
8

√∫3a8
2
⇔h= (pois h > 0)

⇔ h = √∫3 a (a > 0)
√∫8
⇔ h = √∫3 a ⇔ h = √∫6 a
2√∫2 4

Assim, a área de uma face lateral do octaedro regular é:


12 2
√∫2a √∫6a √∫1∫2a2 6 2
¥
= 8 = √∫1∫2a
2 4 2 3 3
1
2 2 16
√∫1∫2 = 2√∫3
= 2√∫3a = √∫3a
2 2

16 8

Logo, a área da superfície do octaedro é igual a 8 ¥ √∫3a = √∫3a2.


2

5. (*) Justifica a igualdade √∫7∫ –∫ ∫ 4∫ ∫√∫∫3 = 2 – √∫3. (*) grau de dificuldade elevado
(desempenho avançado que
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 10.º ano não será exigível à totalidade
dos alunos)

Sugestão de resolução
25 Justifica cada uma das
√∫7∫ ∫–∫ ∫4√∫ ∫∫3 = 2 – √∫3 é uma proposição verdadeira se a raiz quadrada de 7 – 4√∫3 seguintes igualdades.
for 2 – √∫3, isto é, se (2 – √∫3 )2 = 7 – 4√∫3 e se 2 – √∫3 > 0.
√∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫
a) 9 + 4√∫5 = 2 + √∫5
Calculemos (2 – √∫3 )2.
√∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫
b) 29 + 12√∫5 = 3 + 2√∫5
(2 – √∫3 )2 = 22 – 2 ¥ 2 ¥ √∫3 + (√∫3 )2
= 4 – 4√∫3 + 3
= 7 – 4√∫3
Por outro lado, 2 – √∫3 > 0, uma vez que 22 > (√∫3)2.
Assim, concluímos que √∫7∫ –∫ ∫ 4
∫ ∫√∫∫3 = 2 – √∫3 é uma proposição verdadeira.
(continua)

99
TEMA II Álgebra

Exercícios resolvidos
(continuação)

(**) grau de dificuldade muito 6. (**) Escreve a expressão √∫2∫9∫ +∫ ∫ 1∫ ∫2∫√∫∫5 na forma a + b√∫c, com a, b ∈Z e c ∈N.
elevado
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 10.º ano
(desempenho avançado que
não será exigível à totalidade
dos alunos)
Sugestão de resolução

Procuramos um número positivo na forma a + b√∫c tal que (a + b√∫c )2 = 29 + 12√∫5.


26 (**) Escreve cada uma das
expressões seguintes na (a + b√∫c )2 = 29 + 12√∫5 ⇔ a2 + 2ab√∫c + b2(√∫c )2 = 29 + 12√∫5
forma a + b√∫c, com
⇔ a2 + 2ab√∫c + b2c = 29 + 12√∫5
a, b ∈Z e c ∈N.
⇔ a2 + b2c + 2ab√∫c = 29 + 12√∫5
√∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫
a) 11 – 6√∫2 Se encontrarmos a, b e c tais que a2 + b2c = 29, 2ab = 12 e c = 5 obtemos
√∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫
b) 9 + 4√∫2 uma solução pretendida.
Logo, temos:




a2 + b2c = 29 a2 + 5b2 = 29
ab = 6 ⇔ a= 6
b
c=5 ––––––––––
h 6 h2


i i + 5b2 = 29
jbj
⇔ ––––––––––
––––––––––
h 6 h2
Para determinar os possíveis valores de b, vamos resolver a equação i i + 5b2 = 29.
jbj
h 6 h2
i i + 5b 2 = 29 ⇔ 36 + 5(b 2 )2 – 29b2 = 0
jbj
⇔ 5(b2)2 – 29b2 + 36 = 0

Usemos a fórmula resolvente para a variável b2:

⇔ b2 = 29 ± √∫8∫4∫1∫ ∫–∫ 4
∫ ∫¥
∫ ∫5
∫ ∫¥
∫ ∫3
∫ ∫6
10

⇔ b2 = 29 ± √∫1∫2∫1
10
29 ± 11
⇔ b2 =
10
9
⇔ b2 = 4 ∨ b2 =
5

⇔ b = 2 ∨ b = –2 ∨ b = √∫ 95 ∨ b = –√∫ 95
Uma vez que pretendemos que b seja inteiro vamos considerar apenas as so-
Testes interativos luções 2 e –2.
– Álgebra I.
– Álgebra II. • Se b = –2, então a = –3 e c = 5. No entanto, –3 – 2√∫5 não é um número po-
sitivo, pelo que não pode ser solução do problema.
Soluções • Se b = 2, então a = 3 e c = 5. Como 3 + 2√∫5 é um número positivo cujo qua-

26. drado é 9 + 12 √∫5, temos que √∫29


∫ ∫ +∫ ∫ 1∫ ∫2∫ √∫ ∫5∫ = 3 + 2√∫5.
a) 3 – √∫2
b) 1 + 2√∫2

100
TEMA II Álgebra UNIDADE 2 Potências de expoente racional

UNIDADE 2
Potências de expoente racional

2.1. Potências de expoente inteiro Resolução


Todos os exercícios de “Potências de
Estudaste, em anos anteriores, numa primeira fase, o significado de an, com a > 0 e n ∈N, expoente racional”.

e mais tarde com n ∈Z.


Recordemos, então, o que aprendeste em anos anteriores.
Seja n ∈N: 27 Calcula o valor das
seguintes expressões
• a1 = a numéricas, utilizando
• an = a ¥ a ¥ … ¥ a sempre que possível as
 regras de operações com
n fatores potências.
h 1 h –3
A potência assim definida goza das seguintes propriedades: a) 104 : (23 ¥ 53) ¥ i i : 54
j 10 j

(18–3 ¥ 2–3)–2 : 66
b)
Propriedades È 0 h 1 h 14 È
Í 100 : i i Í:
j6j Î
[(62)–5 : (365)–2]
Î
• a m ¥ an = a m + n
• am ¥ bm = (a ¥ b)m
• am ÷ an = am – n (a ≠ 0, m > n)
• am ÷ bm = (a ÷ b)m (b ≠ 0)
• (am)n = am ¥ n

Seja n ∈Z:
• a0 = 1, por definição
Repara que esta definição é a única possível, por forma a estender a propriedade am + n =
= am ¥ an a expoentes positivos ou nulos.
Ora, vejamos:
a1 + 0 = a1 ¥ a0 ⇔ a1 = a1 ¥ a0, o que só é verdade se a0 = 1.
1
• a–n = , com n ∈N, por definição
an
Esta definição é a única possível, por forma a estender a propriedade am + n = am ¥ an a
expoentes inteiros.
Repara:
an + (–n) = an ¥ a–n ⇔ a0 = an ¥ a–n
1 Soluções
⇔ 1 = an ¥ a–n, o que só é verdade se a–n = n .
a
27.
É de salientar que todas as propriedades previamente estudadas das potências de ex- a) 16
poente natural se mantêm para as potências de expoente inteiro. b) 36

101
TEMA II Álgebra

ALG10_2.2 2.2. Potências de expoente racional


Depois do estudo feito sobre radicais, na unidade anterior, estamos em condições de
m
28 Calcula o valor das atribuir um significado adequado à potência a n .
seguintes expressões
numéricas, utilizando Definição
sempre que possível as
regras de operações com m
Sejam a um número real positivo e um número racional não negativo (sendo m e n
potências. n m
1
números inteiros, m ≥ 0 e n ≥ 2), define-se a n = n√∫am
∫ .
a) 16 2
1
b) 64 3
1
Notas
c) 81 4
2
1. Esta definição estende-se ao caso em que a = 0, desde que m seja um número inteiro
d) 27 3 positivo.
3
e) 16 4
2. Repara que a potência aq não depende da fração escolhida para representar q, uma
m m’
7 vez que se q = = , então n√∫a∫m = n’√∫a∫m’, como já foi visto.
f) 16 4 n n’
Exemplos
1
1. 3 2 = √∫3
1
2. 5 3 = 3√∫5
2
3. 7 3 = 3√∫72∫

Esta é a única definição que permite estender a propriedade (ab)c = ab ¥ c às potências


com expoente racional positivo.
Repara que para que esta propriedade continue válida:
h 1h 2 1
¥2
1
• ij3 2 ij = 3 2 = 31 = 3, isto é, 3 2 tem de ser um número positivo que ao quadrado é
1 1
¥2 h 1h 2
i
igual a 3. Por outro lado, 3 2 = 3 4 = ij3 4 j , pelo que é um número positivo.
1
Por definição de raiz, este número é √∫3. Assim, 3 2 = √∫3.
h 1h 3 1
¥3
1
• ij5 3 ij = 5 3 = 51 = 5, isto é, 5 3 tem de ser o número que ao cubo é igual a 5. Por
1
definição de raiz, este número é 3√∫5. Assim, 5 3 = 3√∫5.
h 2h 3 2
¥3
2
• ij7 3 ij = 7 3 = 72, ou seja, 7 3 tem de ser o número que ao cubo é igual a 72. Por
2
definição de raiz, este número é 3√∫72∫ . Assim, 7 3 = 3√∫72∫ .

Em geral:

Soluções
h mh n m
¥n
m
28. Para que ija n ij = a n = am, a n tem de ser o número real cuja n-ésima potência é
a) 4
igual a am.
b) 4 m m
¥2 hmh2
c) 3 Por outro lado, a n = a 2n = a ij2nij , pelo que é um número positivo.
d) 9
e) 8 m
f) 128 Pela definição de raiz, este número é n√∫am
∫ , pelo que é natural definir a n = n√∫am
∫ .

102
UNIDADE 2 Potências de expoente racional

Definição ALG10_2.3 a 2.5

Sendo a um número real positivo e q um número racional positivo, define-se:


1
a–q = q
a
29 Determina o valor de:
1

a) 25 2
Exemplos 1

b) 8 3
1
– 1
1. 3 2 = 1 –
1
c) 81 4
32 2

1 d) 64 3
– 1
2. 5 3 = 1
53
2
– 1
3. 7 3 = 2
73

Esta é a única definição que permite estender a propriedade ab ¥ ac = ab + c a expoentes


racionais.
1 1 1 1
– – +
Queremos que 3 2 ¥ 32 = 3 2 2 = 30 = 1, e a única maneira de isso ser verdade é de-
1
– 1
finir 3 2 = 1 .
32
Neste momento, dado um número real a > 0 definimos a potência aq, para q inteiro ou
fracionário. Fica assim definido aq, para todo o número racional.
Utilizando as propriedades estudadas das operações com radicais e a definição de po-
tência de expoente racional, poderíamos provar que as propriedades algébricas previa-
mente estudadas para potências de expoente inteiro se mantêm para as potências de
expoente racional.

Propriedades algébricas das potências de expoente racional

Assim, se q, r ∈Q e para os valores reais de a e b positivos, tem-se que:

Propriedades
• aq ¥ ar = aq + r
• aq ¥ bq = (a ¥ b)q
• aq ÷ ar = aq – r
• aq ÷ bq = (a ÷ b)q Soluções
• (aq)r = aq ¥ r 29.
1
a)
5
1
No próximo exercício resolvido, iremos demonstrar casos particulares de algumas das b)
2
propriedades referidas acima. No entanto, a não ser que te peçam para demonstrares, c)
1
3
nos restantes exercícios pretende-se que utilizes diretamente as propriedades algébricas
1
d)
das potências. 16

103
TEMA II Álgebra

Exercícios resolvidos

1. Sejam a e b números reais positivos. Mostra, utilizando as propriedades estudadas


das operações com radicais e a definição de potência de expoente racional, que:
4 3 7 4 1 13
a) a 5 ¥ a 5 = a 5 b) a 5 ¥ a 2 = a10
2
m k mp + nk h 4h 3
8

(*) grau de dificuldade elevado c) (*) a n ¥ a p = a np k, m, n, p ∈N d) ija 5 ij = a15


(desempenho avançado que 2
1
não será exigível à totalidade 21,3 a3
e) 1,3 = 0,41,3 f) = a2
dos alunos) 5 1
a6
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 10.º ano

Sugestão de resolução
30 Mostra, utilizando as
propriedades estudadas 4 3
das operações com a) a 5 ¥ a 5 = 5√∫a4 ¥ 5√∫a3 (definição de potência de expoente racional)
radicais e a definição de = 5√∫a4
∫∫ ∫¥∫ ∫a3∫ (propriedade n√∫a ¥ n√∫b = n√∫a∫ ∫¥∫ ∫b )
potência de expoente
racional, que: = 5√∫a7 (produto de potências de expoente inteiro com a
1 2 3
7 mesma base)
a) a4 ¥ a4 = a4
2 3 17 = a5 (definição de potência de expoente racional)
b) a 3 ¥ a 4 = a 12
4 1
1
h 3h 5 3
b) a 5 ¥ a 2 = 5√∫a4∫ ¥ √∫a (definição de potência de expoente racional)
c) ija 4 ij = a 20

61,3
= 10√∫a8
∫ ¥ 10√∫a5
∫ (propriedade: se m = m’ , então n√∫am = n’√∫am’
∫ )
d) = 31,3 n n’
21,3 = 10√∫a∫8∫ ¥
∫ ∫ a∫ ∫5 (propriedade n√∫a ¥ n√∫b = n√∫a∫ ∫¥∫ ∫b )
3
1
e)
a4 = a4 = 10√∫a13
∫ (produto de potências de expoente inteiro com a
1
a2 13
mesma base)
= a10 (definição de potência de expoente racional)
m k
c) a n ¥ a p = n√∫am
∫ ¥ p√∫ak∫ (definição de potência de expoente racional)
= np√∫a∫m∫p ¥ np√∫a∫nk∫ (propriedade: se m = m’ , então n√∫am = n’√∫am’
∫ )
n n’
= np√∫am
∫ p∫ ∫ ∫¥∫ ∫an∫ k∫ (propriedade n√∫a ¥ n√∫b = n√∫a∫ ∫¥∫ ∫b )
= np√∫a∫m∫p∫ +∫ ∫ n∫ ∫k (produto de potências de expoente inteiro com
mp + nk a mesma base)
=a np (definição de potência de expoente racional)
2
h 4h 3
2
(
d) ija 5 ij = 5√∫a4 3 ) (definição de potência de expoente racional)

=3√∫(5∫√∫∫a4∫ )2 (definição de potência de expoente racional)

= 3√∫5√∫∫(∫∫a∫∫4∫∫)2 (propriedade (n√∫a )m = n√∫a∫m)


= 3√∫5√∫∫a8∫∫ (potência de potência de expoentes inteiros)

= 15√∫a∫8 (propriedade n√∫m∫√∫a = nm√∫a )


8
= a15 (definição de potência de expoente racional)

104
UNIDADE 2 Potências de expoente racional

31 Simplifica as seguintes
expressões.
13

√∫
e)
21,3 = 210 2
43 ¥ 2
51,3 13 a)
1
510 46
= √∫2∫ ∫
10 13
(definição de potência de expoente racional) 2 2 2
10√∫5∫1∫3 1
10 3 ¥ 2 3 ÷ 4 3 –
2
b) – +5
h 1 h2

√∫ ipropriedade √∫a
√∫
13 h n h i5 12 i
= 10 213 =n a i j j
5 j b j
n √∫b –
1
60,75 ¥ 6 4 4(3√∫5 )3
√∫
h2 h 13 c) +
= 10 i i (quociente de potências de expoente inteiro com h 1h2 3√∫4
j5j i3 4 i
j j
13 o mesmo expoente)
h h
= i 2 i 10 (definição de potência de expoente racional)
j5j
= 0,41,3
2

= √∫a∫
a3 3 2
f)
1
(definição de potência de expoente racional)
6√∫a
a6
3 ¥ 2√∫a2
∫ ∫ ¥∫ ∫ 2
= (propriedade: se m = m’ , então n√∫am∫ = n’√∫am’
∫ )
6√∫a n n’

= √∫a∫
6 4

6√∫a

√∫ ipropriedade √∫a
√∫
4 h n h
=6 a =n a i
a j b j
n√∫b
= 6√∫a3 (quociente de potências de expoente inteiro com
a mesma base)
= √∫a (propriedade: se m = m’ , então n√∫am∫ = n’√∫am’
∫ ) APRENDE FAZENDO
1
n n’ Págs. 106, 108, 110, 111
= a2 (definição de potência de expoente racional) e 112
Exercícios 4, 15, 19, 24,
30 e 31
h 1h 4
3 1 i 6i
a2 ¥a3 ja j CADERNO DE EXERCÍCIOS
2. Simplifica a expressão + , a ∈R+. E TESTES
5 a–2
a6 Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 10.º ano Págs. 11 e 12
Exercícios 5, 6, 7, 8, 9, 10
e 11
Sugestão de resolução Págs. 35 a 37
Teste n.º 1
h 1h 4
3 1 i 6i 3 1 4 11
ja j
+ 4
a2 ¥a3 + =a
2 3 a6 6
+ –2 = a + a 6
+2
5 a–2 5 a 5 Testes interativos
a6 a6 a6 – Potências de expoente
racional I.
11 5 16
– – Potências de expoente
= a6 6 + a6 racional II.
16
= a + a6
8 Soluções
=a+ a3 31.
= a + 3√∫a8∫ a) 2
= a + a2 3√∫a2 b)
6√∫5
5
c) √∫2 + 103√∫2

105
TEMA II Álgebra

Aprende Fazendo

Itens de seleção

1 Qual das seguintes afirmações é verdadeira?


(A) 7√∫–∫1∫0 = –7√∫1∫0 (B) 7√∫1∫0 representa metade de 14√∫1∫0.

∫ representa o produto de 7√∫10


(C) 14√∫10 ∫ por 2√∫10
∫ . (D) 14√∫2∫0 = 10√∫1∫0 + 4√∫1∫0

Solução: Opção (B)

2 O número irracional 8√∫5 é:


(A) metade de 8√∫4∫0. (B) a soma de 2√∫1∫2 com 2√∫8.

(C) o dobro de 2√∫1∫0. (D) o produto de 2√∫1∫0 por 2√∫2.

Solução: Opção (D)

3 Atendendo às condições da figura, qual é a área do maior quadrado repre-


sentado?
√∫6
(A) √∫8 (B) 8

(C) 8 + 4√∫3 (D) 4 + 2√∫12


√∫2

Solução: Opção (C) √∫2 √∫6


3 5
4 Seja a um número real positivo. Então, a4 ¥ a6 é igual a:
15 8
(A) a24 (B) a10 (C) 12√∫a1∫ 9∫ (D) 8√∫a5∫

Solução: Opção (C)

5 Sejam a e b números reais positivos e c um número real. Qual das seguintes afirmações é necessaria-
mente verdadeira?
(A) √∫a∫ –
∫ ∫ ∫b = √∫a – √∫b (B) √∫a∫ ∫+∫ b
∫ = √∫a + √∫b

(C) √∫c∫2 = c ( )
(D) √∫a 2 = a

Solução: Opção (D)

6 3√∫√∫√3∫ é igual a:
1 1
(A) √∫3 (B) 3√∫3 (C) 312 (D) 3 6

Solução: Opção (C)

7
√∫3 ∫+ ∫√∫∫2∫∫3∫∫ ∫∫+∫∫ ∫∫ ∫∫√∫∫∫6∫∫ ∫∫+∫∫ ∫∫√∫∫∫4 é igual a:
3

(A) 3√∫8 (B) 2√∫2 (C) 6√∫8 (D) 8√∫2

Solução: Opção (B)

106
Itens de seleção

8 Considera o losango [ABCD] representado na figura ao lado e do qual se sabe que A–C = 7 + 2√√∫3 e
B–D = 7 – 2√∫3.
D

A C

Qual é o valor exato da área do losango?


(A) 37 (B) 37 (C) 43 (D) 43
2 2
Solução: Opção (A)

9 A figura representa um quadrado [ABCD], de lado √∫5 e no qual foi inscrito outro quadrado [PQRS].
Sabe-se ainda que A–P = 1.
A P D

A R C

A área da parte sombreada é dada por:


(A) 7 – 2√∫5 (B) 11 – √∫5 (C) 6 – 4√∫5 (D) 6 – 2√∫5

Solução: Opção (A)

10 O produto √∫2 ¥ 3√∫5 pode ser escrito como:


(A) 3√∫1∫0 (B) 5√∫1∫0 (C) 6√∫2∫0∫0 (D) 6√∫1∫0∫0

Solução: Opção (C)

11 O quadrado da figura ao lado está dividido em nove quadrados geometricamente iguais, três dos quais
têm inscritas circunferências de raio r.

Seja d a diagonal do quadrado. Então:


(A) d = 3√∫2∫r (B) d = 6√∫2∫r (C) d = √∫7∫2∫r (D) d = √∫1∫2∫r2

Solução: Opção (B)

107
TEMA II Álgebra

Aprende Fazendo

Itens de seleção

12 Observa a figura, em que uma circunferência de diâmetro √∫2 está inscrita num triângulo retângulo de
hipotenusa h e B–C = √∫7.
A

B C

Qual das seguintes expressões representa a área da zona sombreada?

(A) √∫7(h – 7) –
p (
(B) √∫7 h – √∫7 – p)
2 2
2

– p (D) √∫7∫h∫ ∫ –
2 ∫ ∫ ∫4∫9 – p
(
(C) √∫7 √∫h∫ ∫ +
2 ∫ ∫ ∫7
)
2 2 2

Solução: Opção (D)

13 Considera um cubo A, de aresta a, e um cubo B, de aresta b. Sabe-se que o volume de B é o dobro do


volume de A. Assim, o valor de b é:
a

(A) 2 (B) √∫2 (C) 3√∫2


√∫ 2
(D) 3 1

Solução: Opção (C)

14 Considera uma pirâmide regular cuja base é um quadrado de lado a e as faces laterais são triângulos
equiláteros. O volume dessa pirâmide é:

(A)
√∫2 a3 (B)
√∫2 a3 (C)
√∫3 a3 (D)
√∫2 a3
12 6 12 3

Solução: Opção (B)

Considera, dado um número natural n ≥ 2 e para x > 0, y > 0, a expressão A = 2√∫x √∫y . Para que valor
3
15
n√∫x∫y2

de n se tem A = 2 3√∫x, independentemente dos valores de x e de y?
(A) 3 (B) 4 (C) 5 (D) 6

Adaptado de Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 10.º ano

Solução: Opção (D)

108
Itens de construção

Itens de construção

16 Simplifica o mais possível as seguintes expressões.


a) √∫2∫4 ¥ √∫2 b)
√∫2∫4 – 5√∫2 ¥ √∫6
2 √∫2
c) √∫√∫4∫8 + 104√∫3 (
d) √∫2∫4 – √∫2 2 )
e) √∫4∫8 + √∫2 – √∫8 – 3√∫1∫2 (
f) 1 – 2 – √∫3 2 + √∫3 )( )
g) √∫2 + √∫3∫2 + √∫8 – 3√∫9∫8 + 4√∫5∫0 h) 7√∫2∫0 – √∫4∫5 + 3√∫5

i) √∫1∫2 – 6√∫3 + √∫2∫7 –


1 √∫4∫8 j) –17√∫5 + √∫2∫4∫5 + 5√∫1∫8∫0
2

k) 3√∫3∫7∫5 – 3√∫2∫4 + 3√∫1∫9∫2 – 3√∫8∫1 l) 43√∫2∫0∫4∫8 – 53√∫5∫1∫2 – 63√∫2∫5∫6

Soluções: a) 2√∫3 b) –8√∫3 c) 124√∫3 d) 26 – 8√∫3 e) –2√∫3 – √∫2 f) 0 g) 6√∫2 h) 14√∫5 i) –3√∫3 j) 20√∫5 k) 43√∫3 l) 8 3√∫4 – 40

17 Considera A = 1 + √∫3, B = √∫2 e C = 6√∫2. Efetua os cálculos necessários, apresentando o resultado o


mais simplificado possível e com os denominadores racionalizados.
a) A ¥ B b) A2 – B2 c) A
B
d) B e) 3√∫B + 3C f) A2 – B4 + C6
A
√∫6 + √∫2 √∫6 – √∫2
Soluções: a) √∫2 + √∫6 b) 2 + 2√∫3 c) d) e) 4 6√∫2) f) 2 + 2√∫3
2 2

18 Racionaliza os denominadores das seguintes frações.

a) 1 b) 5
√∫3 √∫1∫0

c) 5√∫7 d) 4
2√∫3 √∫1∫3 – √∫1∫1

e) √∫6 f) √∫2
1 + 2√∫3 √∫1∫0 – 2√∫2

g) 3 h) 1
3√∫5 4√∫6

i) 2 j) 1
5√∫2 6√∫3

√∫3 √∫1∫0 5√∫2∫1 √∫6 – 6√∫2 33√∫2∫5 4√∫2∫1∫6 5 6


√∫2∫4∫3
Soluções: a) b) c) d) 2√∫1∫3 + 2√∫1∫1 e) – f) √∫5 + 2 g) h) i) √∫1∫6 j)
3 2 6 11 5 6 3

109
TEMA II Álgebra

Aprende Fazendo

Itens de construção

19 Sem utilizar a calculadora, calcula o valor de:


7
1
625 8
a) b) 8 3 ¥ 8–2
5
625 8

h 1h 4 h 1 h –2
c) ij216 3 ij d) ij343 3 ij

1 1
Soluções: a) 5 b) c) 1296 d)
32 49

20 Na figura está representado um quadrado [ABCD] e um triângulo retângulo [CDE].


E

D C

A B

Sabe-se que:
• A–B = 6√∫3
• A–E =10√∫3
Calcula o valor exato da área da figura sombreada.
Solução: 90 u.a.

21 Considera um cubo de aresta a. Prova que:


a) a diagonal facial do cubo é igual a √∫2a unidades de comprimento;

b) a diagonal espacial do cubo é igual a √∫3a unidades de comprimento.

22 Verifica que 2 + √∫3 e 2 – √∫3 são soluções da equação x2 – 4x + 1 = 0.

23 Resolve a equação √∫7x – √∫5 = √∫3x. Apresenta a solução com o denominador racionalizado.
√∫3∫5 + √∫1∫5
Solução:
4

110
Itens de construção

24 Simplifica as seguintes expressões.


1 1
a) 2 6 + 412
1
h 5√∫8 ¥ 3 2 h 5
b) i i
j √∫6 j

( ) (
c) √∫5 3 ¥ 3√∫52 5 )
5
x 4 hi 58 hi 2
d) + x j , com x ∈R+
x–1 j

Soluções: a) 2 6√∫2 b) √∫2 c) 54 6√∫55∫ d) (x2 + x) 4√∫x

25 Racionaliza os denominadores das seguintes frações.


a) √∫a + a , a ∈N\{1}
√∫a + 1

b) 4a + 1 , a ∈N
√∫2∫5∫a2∫ ∫ ∫–∫ 1 + 3a

c) √∫d , a, b, c, d ∈N
a√∫b + c√∫d

d)
√∫aa +– bb , a, b ∈N, a > b
√∫2∫5∫a2∫ ∫ ∫–∫ 1
∫ – 3a a√∫b∫d – cd √∫a2∫ ∫ –∫ ∫ ∫b2∫
Soluções: a) √∫a b) c) 2 d)
4a – 1 a b – c2d a+b

26 Considera um triângulo equilátero de lado l. Prova que a altura do triângulo equilátero é igual a √∫3l .
2

27 Um quadrado está inscrito numa circunferência de raio r unidades. Determina a medida do lado do
quadrado em função de r.

Solução: l = √∫2r

28 A área total da superfície de um cubo é 384 cm2. Considera a pirâmide quadrangular que tem a
mesma altura e o mesmo volume do cubo.
Determina o valor exato da medida da aresta da base dessa pirâmide. Apresenta o resultado na forma
a√∫b, com a, b ∈N.

Solução: 8√∫3 cm

111
TEMA II Álgebra

Aprende Fazendo

Itens de construção

29 Um tetraedro regular está inscrito num cubo, tal como sugere a figura.

Sabendo que a aresta do cubo mede a unidades, prova que a área de cada face do tetraedro é igual
a √∫3a unidades quadradas.
2

2
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 10.º ano

30 Fixada uma unidade de comprimento, considera um cubo de aresta a e de volume V.


a) Exprime a em função de V.

b) Exprime a medida da área da superfície do cubo na forma nV q, onde n é um número natural e q é


um número racional.
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 10.º ano
2
Soluções: a) a = 3√∫V b) A = 6 ¥ V 3

31 Considera um prisma quadrangular regular, em que a área da base mede b cm2 e a altura é igual ao
quádruplo da medida do comprimento da aresta da base.
a) Exprime a medida do volume do prisma na forma nbq, onde n é um número natural e q é um nú-
mero racional.
b) Determina o valor de b, sabendo que o volume do prisma é 32 cm3.
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 10.º ano
3
Soluções: a) Vprisma = 4 ¥ b2 b) b = 4 Animação
Resolução do exercício.

32 Uma esfera está inscrita num cubo de volume V. Exprime, em função de V:


a) o raio da esfera;

b) o volume da esfera.
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 10.º ano
3
√∫V p
Soluções: a) r = b) Vesfera = V
2 6

33 Seja x > 0. Simplifica a expressão √∫1∫ +


∫ ∫ √∫ ∫∫4x∫∫ 2∫∫ ∫∫ ∫∫+∫∫ 4∫∫ ∫∫x3∫∫ ∫∫ +∫∫ ∫∫ ∫∫x4∫ .
Solução: x + 1

112
Itens de construção

34 Racionaliza os denominadores das seguintes frações.


a)
1
4√∫3 –1
Sugestão: Uma vez que o índice da raiz no denominador é uma potência de 2, utiliza sucessivas vezes o caso notável (a – b)(a + b) =
= a2 – b2.

b)
2
3√∫4 – 3√∫3
Sugestão: Utiliza a igualdade A3 – B3 = (A – B)(A2 + AB + B2), considerando A = 3√∫4 e B = 3√∫3.

√∫2∫7 + 4√∫9 + 4√∫3 + 1


4
Soluções: a) b) 43√∫2 + 23√∫1∫2 + 23√∫9
2

35 Nas figuras abaixo estão representados, a tracejado, dois hexágonos regulares geometricamente iguais
e de lado l. Cada um dos hexágonos tem inscrita uma estrela com doze vértices.

Figura 1 Figura 2

A estrela representada na figura 1 tem seis vértices coincidentes com os pontos médios dos lados do
hexágono; cada um dos outros vértices coincide com o ponto médio de um segmento de reta cujos
extremos são o centro e um vértice do hexágono.
A estrela representada na figura 2 tem seis vértices coincidentes com os vértices do hexágono; cada
um dos outros vértices coincide com o ponto médio de um segmento de reta cujos extremos são o
centro do hexágono e o ponto médio de um lado do hexágono.
Determina uma expressão da área de cada uma das estrelas, em função de l.
Adaptado de Itens do GAVE, 10.º ano (2009)
3√∫3 2
Soluções: Afigura 1 = Afigura 2 = l
4

36 Num trapézio isósceles [ABCD] a base menor é igual aos lados não paralelos e mede √∫2 cm. Um dos
lados não paralelos forma com a base maior um ângulo de 60° de amplitude. Prova que o perímetro
do trapézio é igual a 5√∫2 cm e a área igual a 3√∫3 cm2.
2
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 10.º ano

37 Um cubo está inscrito numa superfície esférica de volume V. Exprima, em função de V, a medida da
aresta do cubo.
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 10.º ano

Solução: a = 3 √∫ 2V
p√∫3

113
TEMA II Álgebra

UNIDADE 3
Divisão inteira de polinómios

Resolução
3.1. Generalidades (revisões)
Todos os exercícios de “Divisão inteira
de polinómios”.
Tarefa resolvida

Pretende-se construir uma caixa aberta, a partir de uma folha com 40 cm de com-
primento e 15 cm de largura, cortando quatro quadrados iguais, nos quatro cantos
da folha, e dobrando os lados, conforme sugerido na figura.

15 cm

x
x
40 cm

Determina uma expressão, na variável x, que represente o volume da caixa.

Sugestão de resolução

O volume da caixa é dado por Abase ¥ altura.


Sabemos que a altura da caixa é x. A base da caixa será o retângulo da figura, de
comprimento 40 – 2x e de largura 15 – 2x:
40 cm
x x
x

Base da caixa 15 cm

Assim, uma expressão, na variável x, que represente o volume da caixa é:


(40 – 2x) ¥ (15 – 2x) ¥ x

ou seja, (600 – 80x – 30x + 4x2) ¥ x, isto é, (600 – 110x + 4x2) ¥ x, o que é igual
a 600x – 110x2 + 4x3.
A expressão 4x3 – 110x2 + 600x é um polinómio do 3.º grau, ordenado segundo
as potências decrescentes de x.

114
UNIDADE 3 Divisão inteira de polinómios

Em anos anteriores, já trabalhaste com monómios e polinómios. Comecemos por rever


estes conceitos.

Definição

Um monómio é uma expressão que liga por símbolos de produto fatores numéricos
(operações envolvendo números e letras, ditas constantes, e que designam números)
e potências de expoente natural e de base representada por letras, ditas variáveis (ou
indeterminadas).

Exemplos

1
1. 3p, – x, √∫2xy, a3 b5, 7xn, … são monómios.
2

2. 0 é o monómio nulo.

Nota
3. 3p é um monómio constante.
Em geral, considera-se que
a ordem das variáveis num
Chamamos parte numérica ou coeficiente de um monómio à expressão que representa monómio deve
corresponder à sua ordem
o produto dos fatores numéricos. alfabética.
Chamamos parte literal de um monómio não constante ao produto (pela ordem estabe-
lecida) de cada uma das variáveis elevada à soma dos expoentes dos fatores em que essa
variável intervém no monómio.
Dois monómios dizem-se semelhantes quando têm a mesma parte literal.
O grau de um monómio não nulo corresponde à soma dos expoentes da respetiva parte
literal, quando esta existe.

Exemplos

Um monómio não nulo diz-se na forma canónica quando é representado pela parte
numérica seguida da parte literal.
Dois monómios são iguais quando admitem a mesma forma canónica ou são ambos nulos.

Monómios Coeficiente Parte literal Grau

4x2 4 x2 2

2yx2y2 2 x2y3 5

2x2x3 2 x5 5

9 9 Não tem 1

2 ¥ 3x2 6 x2 2

115
TEMA II Álgebra

Um polinómio é um monómio ou uma expressão que liga monómios através de sinais


ALG10_4.1
de adição ou subtração. Os monómios podem ser designados por termos do polinómio.
Nota De entre os diversos tipos de polinómios vamos trabalhar com polinómios com apenas
Um polinómio de grau n uma variável.
diz-se completo se todos
os coeficientes a0, a1, …,
Definição
an – 1 forem diferentes de
zero. Nos outros casos, o
polinómio diz-se Chama-se polinómio de grau n com apenas uma indeterminada ou variável x a toda
incompleto. a expressão do tipo:
anxn + an – 1xn – 1 + an – 2xn – 2 + … + a1x1 + a0
32 Das expressões seguintes, com n∈N0; an, an – 1, an – 2, …, a1, a0 ∈R e an ≠ 0.
indica as que são
polinómios. Os monómios anxn, an – 1xn – 1, an – 2xn – 2, … , a1x1, a0 são os termos do polinómio.
x 2 an, an – 1, an – 2, … , a1, a0 são os coeficientes dos termos.
(i) (ii)
2 x
(iii) x2 + √∫3 (iv) 32 + √∫x Os polinómios com uma só variável x costumam representar-se por A(x), B(x), C(x),
…, P(x), …
33 Ordena cada um dos
seguintes polinómios na
variável x, segundo as Dois polinómios são iguais se e só se são iguais os coeficientes dos termos semelhantes.
potências decrescentes de
x e indica o seu grau.
Exemplo
a) 5x – 6x3 + 7
1 4 Os polinómios A(x) = ax2 – 5 e B(x) = 3x2 + bx + c são iguais se e só se a = 3, b = 0 e c = –5.
b) x – 3x10 + 12 + 3x10
2
c) 3 – x
Chamamos variáveis do polinómio ou indeterminadas do polinómio às variáveis dos
d) (3 – x)2
respetivos termos e por coeficientes do polinómio aos coeficientes dos respetivos termos.
Nota O grau do polinómio (depois de reduzidos os seus termos semelhantes) é o maior dos
Se todos os termos do polinó- graus dos seus termos não nulos.
mio são nulos, 0xn + 0xn – 1 +
+ 0xn – 2 + … + 0x1 + 0, o
Se o polinómio se reduz a uma constante não nula, diz-se que o grau do polinómio é zero.
polinómio reduz-se à cons- Os polinómios de grau 1, 2, 3, 4, … dizem-se respetivamente lineares, quadráticos, cú-
tante 0 e diz-se o polinómio
bicos, quárticos, …
zero ou polinómio identi-
camente nulo. O seu grau é
indeterminado. Exemplos

APRENDE FAZENDO Polinómios Termos Coeficientes Grau Completo


Págs. 142 e 145
Exercícios 1 e 14
5 5 5 0 Sim

Soluções
2x – p 2x; –p 2; –p 1 Sim
32. As expressões (i) e (iii) são
polinómios. 3x7 3x7 3; 0 7 Não
33.
a) –6x3 + 5x + 7; grau 3
1 4 x4 – 1 x3 + x2 – 8x + 10 x4; – 1 x3; x2; –8x; 10 1; – 1 ; 1; –8; 10 4 Sim
b) x + 12; grau 4 4 4 4
2
c) –x + 3; grau 1
√∫2x5 – x3 √∫2x5; –x3 √∫2; –1; 0 5 Não
d) x2 – 6x + 9; grau 2

116
UNIDADE 3 Divisão inteira de polinómios

3.2. Adição, subtração e multiplicação de polinómios Recorda

Forma reduzida de um
(revisão) polinómio é qualquer
polinómio que se possa
Consideremos os polinómios A(x) = –6x3 + 5x2 – 3 e B(x) = 3x2 + 2x – 4. obter do polinómio dado,
eliminando os termos
Determinemos a sua adição, subtração e multiplicação, e apresentemos o resultado na
nulos, adicionando
forma reduzida. algebricamente os termos
semelhantes e eliminando
Adição as somas nulas.

A(x) + B(x) = (–6x3 + 5x2 – 3) + (3x2 + 2x – 4) = –6x3 + 5x2 – 3 + 3x2 + 2x – 4


= –6x3 + 5x2 + 3x2 + 2x – 3 – 4 34 Escreve um polinómio:
= –6x3 + 8x2 + 2x – 7 a) do 4.º grau, incompleto
e cujos coeficientes
Para adicionares polinómios, basta adicionares os termos semelhantes presentes nos sejam números inteiros
dois polinómios. negativos.
Repara que, no exemplo acima, o grau de A(x) + B(x) é 3 e os graus de A(x) e de B(x) são b) do 3.º grau, completo e
3 e 2, respetivamente. cujos coeficientes sejam
números irracionais.
Mas, se os polinómios A(x) e B(x) tivessem o mesmo grau n e os termos de grau n fossem
simétricos, então o grau de A(x) + B(x) seria inferior a n.
35 Considera os polinómios:
1
Consequência A(x) = x2 – 2x + 2
3
O grau do polinómio soma A(x) + B(x) é sempre inferior ou igual ao maior grau dos B(x) = x4 – 2x3 + x2 – 10
termos de A(x) e de B(x). 5
C(x) = –x2+ x3 – x4
2
Determina e indica o grau
dos seguintes polinómios.
Subtração a) A(x) + B(x)
b) B(x) + C(x)
A(x) – B(x) = (–6x3 + 5x2 – 3) – (3x2 + 2x – 4) = (–6x3 + 5x2 – 3) + (–3x2 – 2x + 4)
c) B(x) – C(x)
= –6x3 + 5x2 – 3 – 3x2 – 2x + 4
d) A(x) – (B(x) + C(x))
= –6x3 + 5x2 – 3x2 – 2x – 3 + 4
= –6x3 + 2x2 – 2x + 1
Recorda
Multiplicação • (axn) ¥ (bxm) = abxn + m
• axn + bxn = (a + b)xn
A(x) ¥ B(x) = (–6x3 + 5x2 – 3) ¥ (3x2 + 2x – 4) • –(axn) = (–a)xn

= –6x3 ¥ (3x2 + 2x – 4) + 5x2 ¥ (3x2 + 2x – 4) – 3 ¥ (3x2 + 2x – 4)


Soluções
= –18x5 – 12x4 + 24x3 + 15x4 + 10x3 – 20x2 – 9x2 – 6x + 12
= –18x5 – 12x4 + 15x4 + 24x3 + 10x3 – 20x2 – 9x2 – 6x + 12 34. Por exemplo:
a) –x4 – 2016x
= –18x5 + 3x4 + 34x3 – 29x2 – 6x + 12 √∫3 x – 3√∫5
b) √∫2x3 – px2 +
Para multiplicares dois polinómios, multiplicas cada termo de um deles por cada termo 2
35.
do outro (propriedade distributiva da multiplicação relativamente à adição) e depois adi- a) x4 – 2x3 +
4 2
x – 2x – 8; grau 4
3
cionas os termos semelhantes. 1 3
b) x – 10; grau 3
2
Repara que, no exemplo acima, o termo de maior grau é –18x5 e que resultou do pro- 9 3
c) 2x4 – x + 2x2 – 10; grau 4
duto dos termos de maior grau de cada um dos polinómios: 2
1 3 x2
d) – x + – 2x + 12; grau 3
–6x3 ¥ 3x2 = –6 ¥ 3x3 + 2 = –18x5 2 3

117
TEMA II Álgebra

Em geral, dados dois polinómios


ALG10_4.2
anxn + an – 1 xn – 1 + … + a1x + a0 e bmxm + am – 1xm – 1 + … + b1x + b0,
36 Considera os polinómios: com an ≠ 0 e bn ≠ 0
A(x) = 3x6
B(x) = x2 –2x + 1 o termo de maior grau do polinómio produto corresponde ao produto dos termos de maior
C(x) = –x3 + 2x grau de cada um dos polinómios:
Determina e indica o grau
dos seguintes polinómios. anxn ¥ bmxm = an ¥ bm xn + m
a) A(x) ¥ B(x)
Concluímos assim que o grau do polinómio produto de dois polinómios é igual à soma
b) B(x) ¥ C(x)
dos graus dos polinómios fatores.
c) A(x) ¥ (–C(x))
d) B(x) ¥ B(x)
e) A(x) ¥ (B(x) + C(x))

37 Considera os polinómios:
Consequência
A(x) = x3 + 3x2 – 2 e O grau do polinómio produto A(x) ¥ B(x) é igual à soma dos graus de A(x) e B(x),
B(x) = 4x5 – x + 1 sendo A(x) e B(x) polinómios não nulos.
a) Determina, na forma
reduzida, o polinómio
A(x) ¥ B(x), indicando o
respetivo grau.
b) Qual é o grau do
Exercício resolvido
polinómio A(x) ¥ B(x),
se A(x) = xn + 3x2 – 2 e
B(x) = 4xm – x + 1, onde (*) Dados números inteiros não negativos n e m, considera os polinómios:
n > 2 e m > 1? Qual é a
A(x) = anxn + an –1xn – 1 + … + a1x1 + a0 e B(x) = bmxm + bm – 1xm – 1 + … + b1x1 + b0,
relação entre o grau de
A(x), o grau de B(x) e o com ai ∈R (i ∈N0, i ≤ n) e bj ∈R (j ∈N0, j ≤ m), an ≠ 0 e bm ≠ 0
grau de A(x) ¥ B(x)?
Ao efetuar o produto de polinómios A(x) ¥ B(x), quantas parcelas da forma ai xi ¥ bj x j
Caderno de Apoio às Metas
Curriculares, 10.º ano irão aparecer formalmente após uma primeira aplicação da propriedade distributiva?
(*) grau de dificuldade elevado Qual destes monómios tem maior grau? Justifica que o grau de A(x) ¥ B(x) é igual à
(desempenho avançado que soma dos graus de A(x) e de B(x).
não será exigível à totalidade
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 10.º ano
dos alunos)

APRENDE FAZENDO
Págs. 142 e 145
Exercícios 2, 3 e 15 Sugestão de resolução

CADERNO DE EXERCÍCIOS A(x) ¥ B(x) = (anxn + an –1xn – 1 + … + a1x1 + a0) ¥ (bmxm + bm – 1xm – 1 + … +
E TESTES + b1x1 + b0
Pág. 12
Exercício 12 = anxn ¥ (bmxm + bm – 1xm – 1 + … + b1x1 + b0) +
Soluções + an –1xn – 1 ¥ (bmxm + bm – 1xm – 1 + … + b1x1 + b0) + … +
36. a) 3x8 – 6x7 + 3x6; grau 8 + a1x1 ¥ (bmxm + bm – 1xm – 1 + … + b1x1 + b0) +
b) –x5 + 2x4 + x3 – 4x2 + 2x; grau 5
+ a0 ¥ (bmxm + bm – 1xm – 1 + … + b1x1 + b0)
c) 3x9 – 6x7; grau 9
d) x4 – 4x3 + 6x2 – 4x + 1; grau 4 Se voltarmos a aplicar a propriedade distributiva obteremos (n + 1) ¥ (m + 1)
e) –3x9 + 3x8 + 3x6; grau 9
parcelas do tipo ai xi ¥ bj x j , das quais a que terá maior grau será anx n ¥ bm x m.
37. a) A(x) ¥ B(x) = 4x8 + 12x7 –
– 8x5 – x4 – 2x3 + 3x2 + 2x – 2; Como anxn ¥ bmxm = anbmxn + m, concluímos que o grau de A(x) ¥ B(x) é n + m,
grau 8 isto é, é igual à soma dos graus de A(x ) e de B(x ).
b) grau n + m, isto é, o grau de
A(x) ¥ B(x) é igual à soma dos
graus de A(x) e de B(x).

118
UNIDADE 3 Divisão inteira de polinómios

3.3. Divisão inteira de polinómios ALG10_4.3

Consideremos, ainda, os polinómios:


A(x) = –6x3 + 5x2 – 3 e B(x) = 3x2 + 2x – 4

Facilmente comprovas que: Recorda


A(x) = B(x) ¥ (–2x + 3) + (–14x + 9)
Divisão inteira em N0
isto é:
D d
A(x) = B(x) ¥ Q(x) + R(x), com Q(x) = –2x + 3 e R(x) = –14x + 9
r q

Descobrir os polinómios Q(x) e R(x) tais que A(x) = B(x) ¥ Q(x) + R(x), onde o grau de D = d × q + r, com r < d
R(x) é inferior ao grau de B(x) ou R(x) = 0, é o objetivo da divisão inteira de polinómios.

Propriedade
Dados dois polinómios A(x) e B(x), com B(x) ≠ 0, existem dois polinómios únicos
Q(x) e R(x) tais que A(x) = B(x) ¥ Q(x) + R(x) e R(x) ou é o polinómio nulo ou tem grau
inferior ao grau de B(x).

Definição

Dados dois polinómios A(x) e B(x), com B(x) ≠ 0 e sejam Q(x) e R(x) tais que A(x) =
= B(x) ¥ Q(x) + R(x), de acordo com a proposição anteriormente apresentada. 38 Determina os números
Diz-se que A(x) é o polinómio dividendo, B(x) é o polinómio divisor, Q(x) é o poli- reais a, b e c, de modo
que:
nómio quociente e R(x) é o polinómio resto da divisão inteira de A(x) por B(x).
(x + 3)(ax + b) + c =
Se R(x) = 0 diz-se que a divisão é exata. = x2 + x – 2

Como obter o quociente e o resto da divisão inteira de polinómios?


Nos casos específicos em que tanto A(x) como B(x) são monómios e o grau de A(x) é
superior ou igual ao grau de B(x), a divisão inteira de A(x) por B(x) é exata e o polinómio
quociente Q(x) é também um monómio.
Da divisão inteira de A(x) por B(x) resulta um monómio Q(x) cuja parte numérica é igual
à divisão do coeficiente de A(x) pelo coeficiente de B(x), e a parte literal se obtém repre-
sentando a variável elevada à diferença entre o expoente da parte literal de A(x) e o ex-
poente da parte literal de B(x).
Uma vez que a divisão inteira de dois monómios nestas condições é exata, podemos definir
a operação “divisão de monómios” da qual resulta o monómio quociente da divisão inteira.

Exemplo

Determinar a divisão entre o monómio A(x) = –6x4 e o monómio B(x) = 3x3.


Solução
Podemos facilmente perceber que –6x4 = (3x3)(–2x), isto é, A(x) = B(x) ¥ (–2x). Pode escre-
ver-se A(x):B(x) = –2x. 38. a = 1; b = –2; c = 4

119
TEMA II Álgebra

Nos casos em que algum dos polinómios não é um monómio e o grau do polinómio
ALG10_4.4
dividendo é superior ou igual ao do polinómio divisor, podemos utilizar um algoritmo
muito semelhante ao da divisão de números naturais, recordado ao lado, depois de es-
Recorda
crevermos os polinómios ordenando os termos segundo as potências decrescentes de x.
791 21
Exemplo
–631 37
161 Determinar a divisão inteira de A(x) = –6x3 + 5x2 – 3 por B(x) = 3x2 + 2x – 4.
–147
1.º passo: Ordenar os polinómios pelas potências decrescentes de x e, no caso de o poli-
14
nómio dividendo ser incompleto, escrever explicitamente os termos nulos 0xk.
791 = 21 ¥ 37 + 14
2.º passo: Dividir o monómio de maior grau de A(x) pelo monómio de maior grau de B(x):
–6x3 + 5x2 + 0x – 3 3x2 + 2x – 4 (–6x3) : (3x2) = –2x

–2x
3.º passo: Efetuar o produto de –2x por B(x) e subtrair este polinómio a A(x):
–6x3 + 5x2 + 0x – 3 3x2 + 2x – 4
+6x3 + 4x2 – 8x – 3 –2x
9x2 – 8x – 3
4.º passo: Repetir o 2.º passo, ou seja, dividir o monómio 9x2 por 3x2:
39 Utilizando o algoritmo da –6x3 + 5x2 + 0x – 3 3x2 + 2x – 4 (9x2) : (3x2) = 3
divisão inteira de
+6x3 + 4x2 – 8x – 3 –2x + 3
polinómios, determina o
quociente e o resto da 9x2 – 8x – 3
divisão de
5.º passo: Efetuar o produto de 3 por B(x) e subtrair este polinómio ao resto parcial, que é
A(x) = 2x3 – 3x2 + 4x – 8
por: o polinómio 9x2 – 8x – 3:
a) x3 – 1 –6x3 + 5x2 + 0x – 3 3x2 + 2x – 4
b) x2 + 3x + 1 +6x3 + 4x2 – 8x – 3 –2x + 3
c) –x + 4
9x2 – 8x – 3
–9x2 – 6x + 12
– 14x + 9
Como o resto obtido tem grau inferior ao grau de B(x), terminamos a divisão inteira do
polinómio A(x) por B(x).
Podemos, então, escrever –6x3 + 5x2 – 3 = (3x2 + 2x – 4) ¥ (–2x + 3) + (–14x + 9).
   
A(x) B(x) Q(x) R(x)

Nos casos em que o grau do polinómio dividendo A(x) é inferior ao do polinómio divisor
B(x), então o polinómio quociente é nulo e o polinómio resto é igual ao polinómio divi-
dendo, ou seja, Q(x) = 0 e R(x) = A(x).

Soluções
Consequência
39. Se o grau do polinómio dividendo A(x) é m e o grau do polinómio divisor B(x) é n,
a) Q(x) = 2; R(x) = –3x2 + 4x – 6
b) Q(x) = 2x – 9; R(x) = 29x + 1
então o grau do polinómio quociente Q(x) é m – n, nos casos em que m ≥ n, e inde-
c) Q(x) = –2x2 – 5x – 24; terminado, nos casos em que m < n.
R(x) = 88

120
UNIDADE 3 Divisão inteira de polinómios

Exercício resolvido ALG10_4.8

Determina as formas reduzidas dos polinómios quociente e resto da divisão inteira


de A(x) por B(x), sendo:
a) A(x) = 2x7 + 6x2 – 5x5 + 2x – x4 e B(x) = x + 2x4 – 5x2

b) A(x) =
1 – x5 – x2 – 5 x3 + x e B(x) = –x2 + 1
6 2 12 4 3

40 Efetua a divisão inteira do


Sugestão de resolução polinómio D(x) pelo
polinómio d(x), sendo:
a) A(x) = 2x7 + 6x2 – 5x5 + 2x – x4 = 2x7 – 5x5 – x4 + 6x2 + 2x e
a) D(x) = 2 + 5x + x2 e
B(x) = x + 2x4 – 5x2 = 2x4 – 5x2 + x d(x) = x + 4
2x7 + 0x6 – 5x5 – x4 + 0x3 + 6x2 + 2x + 0 2x4 – 5x2 + x b) D(x) = 3 – 3x2 + x4 e
–2x7 + 5x5 – x4 d(x) = x – x2
x3 – 1
c) D(x) = x5 – 1 e
–2x4 + 0x3 + 6x2 + 2x + 0 d(x) = x – 1
1 3
+2x4 –5x2 +x d) D(x) = x + 2x2 –
2
x2 + 3x + 0 – 20x + 10 e
1
O polinómio quociente é Q(x) = x3 – 1 e o polinómio resto é R(x) = x2 + 3x. d(x)= x + 3
3
b) A(x) =
1 – x5 – x2 – 5 x3 + x = – x5 – 5 x3 – x2 + x + 1 e B(x) = –x2 + 1
6 2 12 4 12 2 4 6 3

–x5 + 0x4 – 5 x3 – 1 x2 + 1 x + 1 –x2 + 1 41 Determina o valor real k,


12 2 4 6 3 de modo que o polinómio
1
– x3 x5 + kx + 12 seja divisível
+x5
3 x3 + 3 x + 1
4 2 pelo polinómio –x2 – 2x + 1.

– 3 x3 – 1 x2 + 1 x + 1
4 2 4 6
APRENDE FAZENDO
3
+ x 3 1
– x Pág. 145
4 4 Exercício 16

– 1 x2 + 0x + 1
2 6 CADERNO DE EXERCÍCIOS
E TESTES
+ 1 x2 – 1
Pág. 13
2 6 Exercício 13
0
Soluções
O polinómio quociente é Q(x) = x3 + 3 x + 1 e o resto é o polinómio nulo
4 2 40.
R = 0. Trata-se de uma divisão exata. a) x2 + 5x + 2 =
Observa, assim, que pode escrever-se A(x) = B(x) ¥ Q(x). E, reciprocamente, = (x + 4) ¥ (x + 1) – 2
b) x4 – 3x2 + 3 = (–x2 + x) ¥
se A(x) = B(x) ¥ Q(x), então o resto da divisão de A(x) por B(x) é igual a zero.
¥ (–x2 – x + 2) + (–2x + 3)
c) x5 – 1 = (x – 1) ¥
¥ (x4 + x3 + x2 + x + 1)
1 3
Definição d) x + 2x2 – 20x + 10 =
2
h1 h
= i x + 3i ¥
j3 j
Dados dois polinómios A(x) e B(x), com B(x) ≠ 0, diz-se que A(x) é divisível por
h3 15 15 h 25
B(x) se e só se o resto da divisão de A(x) por B(x) é zero. ¥ i x2 – x+ i –
j2 2 2j 2
41. k = –29

121
TEMA II Álgebra

ALG10_4.5 3.4. Regra de Ruffini


Contextualização histórica O caso particular das divisões inteiras de um polinómio por um binómio do tipo x – a,
com a ∈R, são muito frequentes na resolução de equações, de inequações, simplificação
de expressões racionais, cálculo de limites, e podem ser feitas utilizando o algoritmo da
divisão estudado atrás.

No entanto, existe um processo mais prático e rápido, conhecido por Regra de Ruffini,
que será uma ferramenta de grande utilidade ao longo de todo o Ensino Secundário.

Exemplo
Paolo Ruffini (1765-1822)
Matemático e médico Usando a regra de Ruffini, determinar o quociente e o resto da divisão inteira de:
italiano, contribuiu
notavelmente para o A(x) = x4 + x3 – 12x2 + 13x + 3 por B(x) = x – 2
progresso da teoria das
equações algébricas,
1.º passo: Ordenar os coeficientes do polinómio dividendo pelas potências decrescentes
apresentando soluções
práticas para o estudo dos de x e, no caso do polinómio dividendo ser incompleto, os coeficientes nulos
polinómios. devem ser escritos no respetivo lugar.
Estudou Matemática e
Medicina na Universidade 1 1 –12 13 3
de Modena, onde recebeu
o grau de doutor. Na
mesma universidade, aos
23 anos, tornou-se
professor de análise
matemática e mais tarde
assumiu também a cadeira 2.º passo: Colocar o número 2, segundo o esquema abaixo, proveniente do divisor x – 2.
de matemática elementar
e o cargo de reitor, sem 1 1 –12 13 3
nunca negligenciar a sua
atividade de médico.
Durante uma epidemia de
2
tifo dedicou-se
inteiramente ao tratamento
dos pacientes da sua
3.º passo: Repetir o primeiro coeficiente do dividendo na última linha.
cidade, acabando por ficar
também contaminado.
1 1 –12 13 3

2
1

4.º passo: Multiplicar este coeficiente por 2 e escrever o resultado na linha do meio, con-
forme indica o esquema, e adicionar os números que estão na mesma coluna.

1 1 –12 13 3
+
2 2
1 3
¥

122
UNIDADE 3 Divisão inteira de polinómios

5.º passo: Repetir o passo anterior até terminar a tabela.

1 1 –12 13 3
+ + + +
2 2 6 –12 2
1 3 –6 1 5
¥

6.º passo: O último número obtido, neste caso 5, é o resto da divisão; os valores anteriores
1, 3, – 6 e 1 são os coeficientes do polinómio quociente, isto é, Q(x) = 1x3 +
+ 3x2 – 6x + 1, que sabemos ser de grau 3, uma vez que o dividendo é de grau
4 e o divisor é de grau 1.

1 1 –12 13 3 42 Utilizando a regra de


Ruffini, determina o
quociente e o resto da
2 2 6 –12 2
divisão de
1 3 –6 1 5 = Resto A(x) = 10 – 7x – 4x2 + x3
por cada um dos seguintes
polinómios.
Q(x) = 1x3 + 3x2 – 6x + 1 e R = 5 a) B(x) = x – 2
b) B(x) = x + 3
c) B(x) = x – 1
1
Comparemos, agora, a regra de Ruffini com o algoritmo da divisão, determinando o quo- d) B(x) = x +
2
ciente e o resto da divisão inteira dos mesmos polinómios A(x) e B(x):

x4 + 1x3 – 12x2 + 13x + 3 x–2


–x4 + 2x3 1 x3 + 3 x2 – 6 x + 1

3x3 – 12x2 + 13x + 3 Q(x)
–3x3 + 6x2
–6x2 + 13x + 3
+6x2 – 12x + 3
1x + 3
–1x + 2
5
@

R
Soluções
42.
Repara que os coeficientes que surgem de forma sucessiva nos vários passos da regra de a) Q(x) = x2 – 2x – 11 e R = –12
Ruffini são os mesmos que aparecem no algoritmo da divisão. b) Q(x) = x2 – 7x + 14 e R = –32
c) Q(x) = x2 – 3x – 10 e R = 0
9 19 99
d) Q(x) = x2 – x– eR=
2 4 8

123
TEMA II Álgebra

43 Considera os polinómios Exercícios resolvidos


A(x) = ax3 + bx2 + cx + d e
B(x) = x – 1, onde a, b, c, 1. Considera os polinómios A(x) = ax3 + bx2 + cx + d e B(x) = x + 1, onde a, b, c,
d ∈R, a ≠ 0. Verifica que
d ∈R, a ≠ 0. Verifica que os polinómios obtidos, aplicando a regra de Ruffini a estes
os polinómios obtidos,
aplicando a regra de polinómios, são de facto o quociente e o resto da divisão inteira de A(x) por B(x).
Ruffini a estes polinómios, Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 10.º ano
são de facto o quociente e
o resto da divisão inteira
de A(x) por B(x). Sugestão de resolução
Caderno de Apoio às Metas
Curriculares, 10.º ano
a b c d

–1 –a a–b –a + b – c
a b–a a – b + c –a + b – c + d
44 Utilizando a regra de
Ruffini, determina o Q(x) = ax2 + (b – a)x +(a – b + c)
quociente e o resto da R = –a + b – c + d
divisão de
A(x) = 3x4 + x2 + 1 por Como o grau de R é menor do que o grau de x + 1, os polinómios obtidos serão,
cada um dos seguintes de facto, o quociente e o resto da divisão inteira de A(x) por B(x) se:
polinómios.
2 A(x) = B(x) [ax2 + (b – a)x + (a – b + c)] + (–a + b – c + d)
a) B(x) = x +
3
b) B(x) = 3x + 2 Calculemos:
B(x) [ax2 + (b – a)x + (a – b + c)] + (–a + b – c + d)
= (x + 1) (ax2 + bx – ax + a – b + c) – a + b – c + d
= ax3 + bx2 – ax2 + ax – bx + cx + ax2 + bx – ax + a – b + c – a + b – c + d
= ax3 + bx2 + cx + d
= A(x) c.q.d.

2. Utilizando a regra de Ruffini, determina o quociente e o resto da divisão de


A(x) = 2x3 – 4x2 – 3 por cada um dos seguintes polinómios.
a) B(x) = x + 2 b) B(x) = x c) B(x) = 3x + 6
(**) grau de dificuldade muito d) B(x) = 2x + 1 e) (**) B(x) = x2 – 1
elevado
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 10.º ano
(desempenho avançado que
não será exigível à totalidade
dos alunos) Sugestão de resolução

a) A(x) = 2x3 – 4x2 + 0x – 3 B(x) = x + 2 = x – (–2)

2 –4 0 –3
Soluções
44. –2 –4 16 –32
7 14
a) Q(x) = 3x3 – 2x2 + x– e 2 –8 16 –35
3 9
55
R=
27
2 2 7 Q(x) = 2x2 – 8x + 16 e R = –35
b) Q(x) = x3 – x + x–
3 9
14 55
– eR=
27 27

124
UNIDADE 3 Divisão inteira de polinómios

(continuação) 45 Utilizando a regra de


Ruffini, determina o
b) A(x) = 2x3 – 4x2 + 0x –3 B(x) = x = x – 0 quociente e o resto das
seguintes divisões.
2 –4 0 –3
a) (x2 – x4 – x3 + 6) ÷ x

b) (4x3 – 6) ÷ (2x – 1)
0 0 0 0
c) (8x2 – 5x + 1) ÷ (4x + 1)
2 –4 0 –3

Q(x) = 2x2 – 4x e R = –3
Nota que, neste caso, se poderia escrever A(x) = (2x2 – 4x)x – 3, donde
Q(x) = 2x2 – 4x e R = –3.

c) A(x) = 2x3 – 4x2 + 0x – 3 B(x) = 3x – 6


Repara que até agora só trabalhamos com divisores do tipo x – a. E se o di-
visor for do tipo bx – a?
O processo vai ser muito semelhante ao que já conheces. Ora vejamos o
caso particular em que o divisor é 3x – 6.
1.º passo: Começamos por colocar em evidência o coeficiente de x.
B(x) = 3x – 6 = 3(x – 2)

2.º passo: Determinamos o quociente e o resto da divisão de A(x) por x – 2,


mesmo sabendo que o quociente não será o que pretendemos de-
terminar.
2 –4 0 –3

2 4 0 0
2 0 0 –3

Q1(x) = 2x2 e R = –3

3.º passo: Para determinar o quociente pretendido da divisão de A(x) por B(x),
basta dividir o quociente obtido no passo anterior por 3 (coefi- APRENDE FAZENDO
ciente do termo em x, de B(x)), pois, pela divisão inteira de poli- Págs. 143, 146 e 147
Exercícios 7, 17 e 22
nómios, sabemos que:
A(x) = (x – 2) ¥ 2x2 – 3, ou seja: CADERNO DE EXERCÍCIOS
E TESTES
Pág. 13
A(x) = B(x) ¥ 2x2 – 3, isto é: Exercícios 14 e 15
3
2
A(x) = B(x) ¥ 2x – 3 Soluções
3
45.
Daqui concluímos que Q(x) = 2 x2 e R = –3. a) Q(x) = –x3 – x2 + x e R = 6
3 1 11
b) Q(x) = 2x2 + x + e R=–
2 2
7 11
(continua) c) Q(x) = 2x – e R=
4 4

125
TEMA II Álgebra

46 Determina o valor real k, Exercícios resolvidos


de modo que o polinómio (continuação)
x5 + kx + 12 seja divisível
pelo polinómio x + 2. Sugestão de resolução

d) A(x) = 2x3 – 4x2 + 0x – 3 B(x) = 2x + 1


h h h h hh
= 2 ix + 1 i = 2 i x – i – 1 i i
j 2j j j 2jj

2 –4 0 –3

– 1 –1
5 – 5
2 2 4
2 –5
5 – 17
2 4
47 Utilizando a regra de
Ruffini, determina o Q1(x) = 2x2 – 5x + 5 e R = – 17
quociente e o resto da
2 4
h h h h
A(x) = ix + 1 i ¥ i2x2 – 5x + 5 i – 17 , ou seja:
divisão de
A(x) = 3x3 – x2 – 7x + 6 por j 2 j j 2j 4
B(x) = x2 – 4. h h
A(x) = B(x) ¥ i2x2 – 5x + 5 i – 17 , isto é:
2 j 2j 4
h h
A(x) = B(x) ¥ ix2 – 5 x + 5 i – 17
j 2 4j 4

Logo, Q(x) = x2 – 5 x + 5 e R = – 17 .
2 4 4

e) A(x) = 2x3 – 4x2 + 0x – 3 B(x) = x2 – 1


Repara que o polinómio divisor B(x) não é do tipo x – a nem bx – a.
Note-se que B(x) = x2 – 1 = (x – 1)(x + 1).

Nota Vamos dividir A(x) por x – 1 e o respetivo quociente desta divisão por x + 1:

Na resolução do exercício 2 –4 0 –3
ao lado poderíamos ter
optado por dividir A(x) por
x + 1 e o respetivo
1 2 –2 –2
quociente desta divisão por 2 –2 –2 –5
x – 1.
A(x) = (x – 1)(2x2 – 2x – 2) – 5
2 –2 –2

–1 –2 4
2 –4 2

2x2 – 2x – 2 = (x + 1)(2x – 4) + 2
Logo, A(x) = (x – 1)[(x + 1)(2x – 4) + 2] – 5
= (x – 1)(x + 1)(2x – 4) + 2x – 2 – 5
= (x2 – 1)(2x – 4) + (2x – 7)
Soluções ou seja, Q(x) = 2x – 4 e R(x) = 2x – 7.
46. k = –10
47. Q(x) = 3x – 1 e R(x) = 5x + 2

126
UNIDADE 3 Divisão inteira de polinómios

3.5. Divisibilidade por x – a. Teorema do Resto


Tarefa resolvida Nota
Dado um polinómio P(x) e
Considera o polinómio P(x) = x3 – 5x2 + 2x – 7. Determina o resto da divisão de P(x) por: um número real a, P(a) é o
número real que se obtém
a) x – 1 e calcula o valor de P(1); substituindo x por a na
b) x + 2 e calcula o valor de P(–2); expressão de P(x) e
efetuando as operações de
c) x e calcula o valor de P(0). soma e produto entre
números reais.

Sugestão de resolução

a) P(x) = x3 – 5x2 + 2x – 7
1 –5 2 –7

1 1 –4 –2
1 –4 –2 –9
R = –9
P(1) = 13 – 5 ¥ 12 + 2 ¥ 1 – 7 = 1 – 5 + 2 – 7 = –9
P(1) = R

b) P(x) = x3 – 5x2 + 2x – 7

1 –5 2 –7 x + 2 = x – (–2)

–2 –2 14 –32
1 –7 16 –39
R = –39
P(–2) = (–2)3 – 5 ¥ (–2)2 + 2 ¥ (–2) – 7= –8 – 20 – 4 – 7 = –39
P(–2) = R

c) P(x) = x3 – 5x2 + 2x – 7
1 –5 2 –7 x=x–0

0 0 0 0
1 –5 2 –7
R = –7
P(0) = 03 – 5 ¥ 02 + 2 ¥ 0 – 7 = –7
P(0) = R
Como podes verificar, em qualquer das alíneas da tarefa anterior, o valor que P(x)
tomou quando substituímos x por um determinado número a é igual ao resto da
divisão inteira de P(x) por x – a. Esta propriedade verifica-se para qualquer poli-
nómio P(x) e qualquer número real a.

127
TEMA II Álgebra

ALG10_4.6
ALG10_4.7
ALG10_4.9 Teorema do Resto
Dado um polinómio P(x) e um número a ∈R, o resto da divisão inteira de P(x) por
x – a é igual a P(a).

Demonstração
48 Utilizando o Teorema do Efetuando a divisão inteira de P(x) por x – a, tem-se que:
Resto, calcula o resto da
divisão do polinómio P(x) = (x – a) ¥ Q(x) + R, com Q(x) polinómio quociente e resto R (constante), pois, por
A(x) = 3x3 – x2 + 2x + 1 definição de divisão inteira, o polinómio resto ou é o polinómio nulo ou tem grau inferior
por: ao grau do divisor; ora como neste caso o grau do divisor é 1, o grau do polinómio resto
a) x – 1 tem que ser 0. Substituindo x por a, vem que:
b) x + 2
P(a) = (a – a) ¥ Q(a) + R
c) x
=R c.q.d.
d) 3x + 1

Definição

Um número real a diz-se raiz ou zero de um polinómio P(x) se P(a) = 0.


49 Considera o polinómio:
P(x) = x4 – 3x3 – x2 + 3x Exemplos
a) Quais dos seguintes
valores reais são raízes 1. 5 é raiz de P(x) = x – 5, pois P(5) = 5 – 5 = 0.
de P(x)?
2. –1 e 1 são raízes de P(x) = x2 – 1, pois P(–1) = (–1)2 – 1 = 0 e P(1) = 12 – 1 = 0.
1
–1, 0, 1, , √∫2 e 3
2 3. 2 é raiz de P(x) = 2x4 – 10x – 12, pois P(2) = 2 ¥ 24 – 10 ¥ 2 – 12 = 0.
b) Averigua se P(x) é
divisível por algum
destes polinómios.
Corolário do Teorema do Resto
A(x) = x + 1
Dado um polinómio P(x) e um número a ∈R, a é uma raiz de P(x) se e só se P(x) for
B(x) = x
divisível por x – a.
C(x) = x – 1
1
D(x) = x –
2
Demonstração
E(x) = x – √∫2
F(x) = x – 3 Seja P(x) um polinómio e a ∈R. Por definição de raiz de um polinómio, a é uma raiz de
P(x) se e só se P(a) = 0. Pelo Teorema do Resto, sabemos que o resto da divisão de P(x) por
x – a é igual a P(a). Logo, P(x) é divisível por x – a se e só se P(a) = 0.
Repara que se P(x), polinómio de grau n, for divisível por x – a (ou de forma equivalente,
Soluções a é uma raiz de P(x)), existe um polinómio Q(x) de grau n – 1 tal que P(x) = (x – a) ¥ Q(x),
pois:
48.
a) 5 Se P(x) é divisível por x – a, então P(x) = (x – a) ¥ Q(x), onde Q(x) é o quociente da divisão
b) –31
de P(x) por x – a e:
c) 1
d)
1 grau de P(x) = grau de (x – a) + grau de Q(x)
9
n= 1 + grau de Q(x)
49.
a) –1, 0, 1 e 3 ou seja:
b) P(x) é divisível por A(x), B(x),
C(x) e F(x). n – 1 = grau de Q(x)

128
UNIDADE 3 Divisão inteira de polinómios

Exercícios resolvidos 50 Considera o polinómio:


P(x) = x4 – kx2 + x + 3
1. Calcula, sem efetuares a divisão, o resto da divisão de P(x) =
1 x4 – 3 x3 – 5x2 + 12x Determina o valor real k,
2 2 de modo que:
por:
a) o resto da divisão de P(x)
a) x + 1 b) 2x – 8
por x – 1 seja 2;
b) P(x) seja divisível por
Sugestão de resolução x + 2.

a) Pelo Teorema do Resto, sabemos que o resto da divisão de P(x) por x + 1 é


P(–1):
R = P(–1) = 1 ¥ (–1)4 – 3 ¥ (–1)3 – 5 ¥ (–1)2 + 12 ¥ (–1)
2 2
= 1 + 3 – 5 – 12
2 2
= 2 – 5 – 12 = –15
b) Repara que 2x – 8 = 2(x – 4). Sabemos que o resto da divisão de P(x) por
2x – 8 é o mesmo que o resto da divisão de P(x) por x – 4. Então:
R = P(4) = 1 ¥ 44 – 3 ¥ 43 – 5 ¥ 42 + 12 ¥ 4
2 2
= 256 3
– ¥ 64 – 5 ¥ 16 + 48
2 2
= 128 – 96 – 80 + 48 = 0

2. Sem efetuares as divisões:

a) indica quais dos números –2, –1, 0, 1, 2 são zeros do polinómio


B(x) = x3 + 3x2 + 2x;
b) averigua se A(x) = x4 + 4x3 + 7x2 + 7x + 2 é divisível por x + 2;

c) determina o valor de k para o qual o polinómio C(x) = 8x3 + 4k2x2 + 3kx – 2 é


divisível por x – 1 .
2

Sugestão de resolução

a) B(x) = x3 + 3x2 + 2x

B(–2) = (–2)3 + 3 ¥ (–2)2 + 2 ¥ (–2) = –8 + 12 – 4 = 0


–2 é zero do polinómio B(x).
B(–1) = (–1)3 + 3 ¥ (–1)2 + 2 ¥ (–1) = –1 + 3 – 2 = 0
–1 é zero do polinómio B(x).
B(0) = 03 + 5 ¥ 02 + 2 ¥ 0 = 0
0 é zero do polinómio B(x).
B(1) = 13 + 3 ¥ 12 + 2 ¥ 1 = 1 + 3 + 2 = 6 ≠ 0
1 não é zero do polinómio de B(x).
Soluções
B(2) = 23 + 3 ¥ 22 + 2 ¥ 2 = 8 + 12 + 4 = 24 ≠ 0
50.
2 não é zero do polinómio B(x). a) k = 3
17
(continua) b) k =
4

129
TEMA II Álgebra

51 Determina para que valores Exercícios resolvidos


de a e de b o polinómio (continuação)
A(x) = x3 – 2x2 + ax + b é
divisível por x + 1 e o Sugestão de resolução
resto da divisão por x – 2 é
igual a 6. b) A(x) é divisível por x + 2 se e só se A(–2) = 0.
A(–2) = (–2)4 + 4 ¥ (–2)3 + 7 ¥ (–2)2 + 7 ¥ (–2) + 2
= 16 – 32 + 28 – 14 + 2 = 0
Logo, A(x) é divisível por x + 2.

c) C(x) é divisível por x –


1 se e só se C h 1 h = 0.
i i
2 j2j
h h
Ci1i = 0 2k2 + 3k – 2 = 0
j2j
⇔ k = –3 ± √∫9∫ ∫–∫ 4
∫ ∫¥
∫ ∫2
∫ ∫¥
∫ ∫ (∫ ∫–∫2∫)
h1h3 h1h2 h1h 4
⇔8¥ i i + 4k2 ¥ i i + 3k ¥ i i –2=0
j2j j2j j2j
⇔ k = –3 ± 5
4
⇔ 8 ¥ 1 + 4k2 ¥ 1 + 3 k – 2 = 0
8 4 2 ⇔ k = –2 ∨ k = 1
2
⇔ 1 + k2 + 3 k – 2 = 0
2 Logo, C(x) é divisível por x – 1
3 2
⇔ k2 + k – 1 = 0
2 se e só se k = –2 ou k = . 1
2

(*) grau de dificuldade elevado 3. (*) Determina para que valores de a e de b o polinómio P(x) = 2x3 + ax2 + bx – 1
(desempenho avançado que é divisível por x – 1 e o resto da divisão por x + 1 é igual a –10.
não será exigível à totalidade
dos alunos) Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 10.º ano

Sugestão de resolução

P(x) é divisível por x – 1 se e só se P(1) = 0 e o resto da divisão de P(x) por x + 1


é igual a –10 se P(–1) = –10.
Então: 2 ¥ 13 + a ¥ 12 + b ¥ 1 – 1 = 0


    

P(1) = 0

P(–1) = –10 2 ¥ (–1)3 + a ¥ (–1)2 + b ¥ (–1) – 1 = –10


2+a+b–1=0 a + b = –1
⇔ ⇔
–2 + a – b – 1 = –10 a – b = –7
APRENDE FAZENDO
  

Págs. 143, 144, 146, 148 ———— (b – 7) + b = –1


e 149 ⇔ ⇔
Exercícios 5, 6, 11, 13, 18, a=b–7 —————
25, 26, 32, 33 e 34
2b = 6 b=3
⇔ ⇔
CADERNO DE EXERCÍCIOS ——— ——
E TESTES
Págs. 13 e 15
b=3 b=3
⇔ ⇔
Exercícios 16, 22, 23, 25 a=3–7 a = –4
e 26
P(x) é divisível por x – 1 e o resto da divisão por x + 1 é –10 se e só se a = –4
Solução e b = 3.
51. a = 1; b = 4

130
UNIDADE 3 Divisão inteira de polinómios

3.6. Multiplicidade da raiz de um polinómio 52 Considera o polinómio


P(x) = x3 + 3x2 – 9x + 5.
Consideremos o polinómio P(x) = x5 + 3x4 – x3 – 11x2 – 12x – 4. a) Mostra que 1 é raiz de
P(x).
Como –1 é raiz de P(x), pois P(–1) = (–1)5 + 3 ¥ (–1)4 – (–1)3 – 11 ¥ (–1)2 – 12 ¥ (–1) – 4 = 0, b) Indica a multiplicidade
se efetuarmos a divisão inteira de P(x) por x + 1, obtemos: da raiz 1.

1 3 –1 –11 –12 –4

–1 –1 –2 3 8 4
1 2 –3 –8 –4 0

Assim, P(x) = (x + 1)(x4 + 2x3 – 3x2 – 8x – 4) (i)


Repara que –1 também é raiz do polinómio quociente, pois (–1)4 + 2 ¥ (–1)3 – 3 ¥ (–1)2 –
– 8 ¥ (–1) – 4 = 0. Efetuando a divisão inteira deste polinómio por x + 1, obtemos:

1 2 –3 –8 –4

–1 –1 –1 4 4
1 1 –4 –4 0

Então, x4 + 2x3 – 3x2 – 8x – 4 = (x + 1)(x3 + x2 – 4x2 – 4) (ii)


Como –1 volta a ser raiz do último polinómio quociente obtido, pois (–1)3 + (–1)2 –
– 4 ¥ (–1)2 – 4 = 0, voltamos a dividir este último polinómio por x + 1:

1 1 –4 –4

–1 –1 0 4
1 0 –4 0

Obtemos x3 + x2 – 4x2 – 4 = (x + 1)(x2 – 4) (iii)


Repara que x2 – 4 já não admite –1 como raiz, pois (–1)2 – 4 ≠ 0.
De (i), (ii) e (iii) vem que:
P(x) = (x + 1)(x4 + 2x3 – 3x2 – 8x – 4)
= (x + 1)(x + 1)(x3 + x2 – 4x2 – 4)
= (x + 1)(x + 1)(x + 1)(x2 – 4)
= (x + 1)3 (x2 – 4)
Solução
Daqui se conclui que P(x) é divisível por (x + 1)3 mas não por (x + 1)4.
52.
Diz-se, então, que –1 é raiz de multiplicidade 3 do polinómio P(x). b) Multiplicidade 2

131
TEMA II Álgebra

ALG10_4.10
Definição

Seja P(x) um polinómio e a uma raiz de P(x).


53 Considera o polinómio:
A(x) = 2x6 – 2x5 – 10x4 + A multiplicidade de a é o maior número natural n para o qual P(x) é divisível por
+ 2x3 + 16x2 + 8x (x – a)n, ou seja, para o qual se tem:
Mostra que:
P(x) = (x – a)n Q(x)
a) 0 é uma raiz simples de
A(x);
b) 2 é uma raiz dupla de
A(x); Notas
c) –1 é uma raiz tripla de 1. Se a é uma raiz de multiplicidade n do polinómio P(x) e P(x) = (x – a)n Q(x), então
A(x).
Q(a) ≠ 0.
Repara que se a é uma raiz de multiplicidade n do polinómio P(x), então n é o maior
número natural para o qual se tem P(x) = (x – a)n Q(x).
Se Q(a) = 0, Q(x) seria divisível por x – a, e, consequentemente, P(x) seria divisível
por (x – a)n + 1, o que não acontece.
2. Uma raiz a diz-se simples, dupla, tripla, quádrupla, etc, … quando n é igual a 1, a
2, a 3, a 4, etc, respetivamente

Exercício resolvido

Mostra que 3 é uma raiz dupla do seguinte polinómio:


P(x) = x3 – 8x2 + 21x – 18

Sugestão de resolução

3 é uma raiz dupla do polinómio P(x) se existe um polinómio Q(x) tal que:
P(x) = (x – 3)2 ¥ Q(x) e Q(3) ≠ 0
Aplicando sucessivamente a regra de Ruffini, vem:

1 –8 21 –18

3 3 –15 18
1 –5 6 0
P(x) = (x – 3) ¥ (x2 – 5x + 6)

admite 3 como raiz
3 3 –6
1 –2 0
P(x) = (x – 3) ¥ (x – 3) ¥ (x – 2)

P(x) = (x – 3)2 (x – 2) e como x – 2 não admite 3 como raiz, concluímos que 3


APRENDE FAZENDO
é uma raiz dupla de P(x).
Págs. 143 e 144
Exercícios 4 e 10

132
UNIDADE 3 Divisão inteira de polinómios

ALG10_4.12
Propriedade
Dado um polinómio P(x) de coeficientes inteiros, o respetivo termo de grau zero é
múltiplo inteiro de qualquer raiz inteira desse polinómio. 54 Encontra as raízes inteiras
dos seguintes polinómios.
a) P(x) = 3x3 + x2 – 4
Demonstração
b) P(x) = x4 – x3 – 8x2 +
Seja P(x) = anxn + … + a1x + a0, em que a0, a1, …, an ∈Z. Se a ∈Z é uma raiz de P(x), + 2x + 12
então P(a) = anan + … + a1a + a0 = 0. Daqui resulta que a0 = –anan – … – a1a, ou seja,
a0 = –a(anan – 1 + … + a1). Logo, a0 é um múltiplo inteiro de a.

∈Z

Exemplo

O polinómio P(x) = x3 + 3x2 – 4 admite duas raízes, –2 (dupla) e 1. Repara que o termo
de grau zero, – 4, é múltiplo das raízes inteiras do polinómio, –2 e 1, isto é, as raízes in-
teiras do polinómio são divisores inteiros do termo de grau zero.

Apesar de as raízes de um polinómio serem números reais, não necessariamente inteiras,


a propriedade acima apresentada é útil na procura de raízes inteiras de um polinómio
com coeficientes inteiros, pois sabemos que os únicos “candidatos” a raízes inteiras do
polinómio são os divisores inteiros do termo de grau zero do polinómio em causa.

Exercício resolvido

Encontre, caso seja possível, as raízes inteiras do seguinte polinómio:


a) P(x) = x3 – 2x – 1 b) x3 + 2x2 – 5x – 6

Sugestão de resolução

a) Pela propriedade anterior, uma vez que se trata de um polinómio com coe-
ficientes inteiros, qualquer raiz inteira do polinómio terá que ser divisor
de –1.
P(1) = –2, pelo que 1 não é raiz do polinómio.
P(–1) = 0, pelo que –1 é raiz do polinómio.
Como os únicos divisores de –1 são 1 e –1 podemos concluir que a única
raiz inteira de P(x) é –1. Repara que 1 – √∫5 e 1 + √∫5 são também raízes de
2 2
P(x); no entanto, não são inteiras.

b) Pela propriedade anterior, uma vez que se trata de um polinómio com coefi- APRENDE FAZENDO
cientes inteiros, qualquer raiz inteira do polinómio terá que ser divisor de –6. Pág. 144
Exercício 12
Tendo em conta que P(1) = 8, P(–1) = 0, P(2) = 0, P(–2) = 4, P(3) = 24,
P(–3) = 0, P(6) = 252 e P(–6) = –120, podemos concluir que as únicas raízes Soluções
inteiras de P(x) são 2, –3 e –1.
54.
a) 1
b) 3 e –2

133
TEMA II Álgebra

ALG10_4.11 3.7. Decomposição de um polinómio em fatores


A transformação de um polinómio num produto de fatores (decomposição em fatores)
é uma ferramenta de grande utilidade, como verás mais à frente, nomeadamente na re-
solução de equações e inequações polinomiais de grau superior ao segundo.
Fatorizar
Existem alguns processos que nos podem ajudar na decomposição de um polinómio
!
Soma Produto em fatores. Não existem no entanto processos gerais, ou seja, processos que permitem
decompor todo o tipo de polinómios em fatores. Aliás, existem inúmeros polinómios cuja
decomposição em fatores é ainda desconhecida.

Consideremos novamente o polinómio P(x) = x3 – 8x2 + 21x – 18, do exercício resolvido


da página 132.
Recorda
P(x) admite 3 e 2 como raízes distintas de multiplicidade 2 e 1, respetivamente.
Fatorizar um polinómio é a
operação que consiste em E, como vimos, P(x) = (x – 3)2 ¥ (x – 2) é uma decomposição de P(x) em fatores.
escrever um dado
polinómio como um
produto de polinómios, Em geral:
sendo pelo menos um dos
Seja P(x) um polinómio com raízes distintas x1, x2, …, xk de multiplicidades n1, n2, …, nk,
fatores de grau inferior ao
do polinómio inicial e não respetivamente. Como x1 é uma raiz de multiplicidade n1, vem que:
constante. O objetivo é,
P(x) = (x – x1)n1 ¥ Q1(x), com Q1(x1) ≠ 0
geralmente, obter fatores
de menor grau possível. Uma vez que x2 não é raiz de A(x) = (x – x1)n1 e é raiz do polinómio P(x), então terá de
ser raiz de Q1(x). Pode verificar-se que x2 é zero de Q1(x) com multiplicidade n2.
P(x) = (x – x1)n1 ¥ (x – x2)n2 ¥ Q2(x), com Q2(x1) ≠ 0, Q2(x2) ≠ 0

55 Considera o polinómio e assim sucessivamente, obtemos:


A(x) da questão anterior:
P(x) = (x – x1)n1 ¥ (x – x2)n2 ¥ … ¥ (x – xk)nk Q(x), com Q(x1) ≠ 0, Q(x2) ≠ 0, …, Q(xk) ≠ 0
A(x) = 2x6 – 2x5 – 10x4 +
+ 2x3 + 16x2 + 8x,
do qual se sabe que
admite as raízes –1, 0 e 2.
Determina o polinómio Propriedade
B(x), sem zeros, tal que Dado um polinómio P(x) de grau n ∈N, cujas raízes distintas x1, x2, …, xk têm mul-
A(x) = xm (x + 1)n (x – 2)p ¥ tiplicidade n1, n2, …, nk, respetivamente, existe um polinómio Q(x), sem raízes, tal
¥ B(x), indicando os
que:
valores de m, n e p.
P(x) = (x – x1)n1 ¥ (x – x2)n2 ¥ … ¥ (x – xk)nk Q(x)

Notas
1. n1 + n2 + … + nk ≤ n
Repara que o grau do polinómio (x – x1)n1 ¥ (x – x2)n2 ¥ … ¥ (x – xk)nk Q(x) é igual a
n1 + n2 + … + nk + grau de Q(x) e o grau de P(x) é igual a n.
Solução
Assim, como P(x) = (x – x1)n1 ¥ (x – x2)n2 ¥ … ¥ (x – xk)nk Q(x), vem que:
55. B(x) = 2
n1 + n2 + … + nk + grau de Q(x) = n
m = 1; n = 3 e p = 2

134
UNIDADE 3 Divisão inteira de polinómios

Dois casos podem ocorrer: 56 Determina o polinómio de


(i) Se grau de Q(x) > 0, então n1 + n2 + … + nk < n. segundo grau que admite
(ii) Se grau de Q(x) = 0, então n1 + n2 + … + nk = n. 5 como zero duplo e que
tem resto igual a 8 quando
Logo, n1 + n2 + … + nk ≤ n. dividido pelo polinómio
x – 3.
Podemos também verificar que se n1 + n2 + … + nk = n, então o grau de Q(x) é igual
a 0, ou seja, estas duas afirmações são equivalentes.

2. Um polinómio de grau n tem no máximo n raízes. Além disso, a soma das multipli-
cidades das suas raízes não excedem n.

Na prática, como decompor um polinómio em fatores?

Polinómios de 2.o grau

Em anos anteriores, decompuseste polinómios de 2.º grau em fatores do 1.º grau, utili-
zando os casos notáveis ou colocando os fatores comuns em evidência.
Recorda
Exemplos
(a + b)2 = a2 + 2ab + b2
(a – b)2 = a2 – 2ab + b2
1. 25x2 – 9 = (5x)2 – 32 = (5x – 3)(5x + 3)
(a – b)(a + b) = a2 – b2
2. 25x2 – 30x + 9 = (5x – 3)2 = (5x – 3)(5x – 3)
3. 9x2 + 12x + 4 = (3x + 2)2 = (3x + 2)(3x + 2)
4. 25x2 – 9x = x(25x – 9)
5. 25x2 – 10x = 5x(5x – 2)

E nos outros casos, como fazemos a decomposição de polinómios de 2.º grau?

Em geral, dado um polinómio de 2.º grau, podemos determinar os zeros do polinómio,


se existirem, e aplicar o corolário do Teorema do Resto para o fatorizar, tal como apre-
sentamos na seguinte propriedade:

Propriedade
Dado um polinómio P(x) de segundo grau, com a como coeficiente do termo de grau 2:
• se P(x) tem duas raízes distintas x1 e x2, então P(x) = a(x – x1) ¥ (x – x2);
• se P(x) tem uma raiz x1 com multiplicidade 2, então P(x) = a(x – x1)2.

Exemplos

1. 2x2 – 4x – 6 = 2(x + 1)(x – 3) 2. –2x2 – 12x – 18 = –2(x + 3)(x + 3) = –2(x + 3)2


Cálculo auxiliar Cálculo auxiliar
2x – 4x – 6 = 0 ⇔ x = 4 ± √∫(∫–∫4∫)∫ ∫ –∫ ∫ ∫4∫ ∫¥∫ ∫2∫ ∫¥∫ ∫(∫–6
∫ ) –2x2 – 12x – 18 = 0 ⇔ x = 12 ± √∫(∫–∫1∫2∫)∫ ∫ ∫–∫ ∫4∫ ¥
∫ ∫ ∫(∫–∫2∫)∫ ∫¥∫ (∫ ∫–∫1∫8)
2 2
2
2¥2 2 ¥ (–2)

⇔ x = 4 ± √∫6∫4 ⇔ x = 12 ± √∫1∫4∫4∫ ∫–∫ ∫1∫4∫4


4 –4

⇔x= 4±8 ⇔ x = 12 ± 0 Solução


4 –4
⇔x=–1 ∨ x=3 ⇔ x = –3 ∨ x = –3 56. 2x2 – 20x + 50

135
TEMA II Álgebra

57 Decompõe em fatores os Polinómios de 3.o grau


seguintes polinómios.
a) x2 – 16 Tal como no caso das equações do 2.º grau, existe também uma fórmula que nos permite
b) x2 – 8x + 16 encontrar as soluções de uma equação do 3.º grau. A sua utilização é, no entanto, bastante
c) 9 – 16x2 mais complicada e não será aqui abordada.
d) x2 – 16x O método que se apresenta em seguida para se fatorizar um polinómio de 3.º grau re-
e) x2 + 3x – 10 quer o conhecimento de uma das suas raizes reais. Sabemos que todos os polinómios
f) 2x2 + 6x – 20
com grau ímpar, e em particular com grau 3, têm pelo menos uma raiz real. Contudo,
8
g) –x2 – x+1 nem sempre é fácil encontrar essa raiz.
3
Para decompormos um polinómio P(x) de 3.º grau em fatores, basta:
• conhecer uma raiz a do polinómio;
• efetuar a divisão inteira do polinómio por x – a;
• decompor o polinómio em P(x) = (x – a)Q(x), sendo Q(x) um polinómio de grau 2;
• se possível, determinar as raízes de Q(x) e decompô-lo.

Nota Exemplos

Nos exercícios em que te


1. Decompor P(x) = 2x3 – 14x – 12 em fatores, sabendo que –1 é raiz do polinómio.
pedem para fatorizar um
polinómio do 3.º grau e Como –1 é raiz do polinómio, vamos dividir o polinómio P(x) por x + 1 e obter
não te dão qualquer P(x) = (x + 1)Q(x).
informação sobre as raízes
do polinómio, deves Utilizando a regra de Ruffini:
verificar se se trata de um
2 0 –14 –12
polinómio de coeficientes
inteiros e, nesse caso,
procurar as possíveis raízes –1 –2 2 12
inteiras do polinómio.
Lembra-te que, caso 2 –2 –12 0=R
existam, essas raízes são
divisores do termo de grau Obtemos, assim, P(x) = (x + 1)(2x2 – 2x – 12).
zero.
Como 2x2 – 2x – 12 é um polinómio de grau 2, vamos determinar os seus zeros de
forma a decompô-lo também.

2x2 – 2x – 12 = 0 ⇔ x = 2 ± √∫(∫–∫2∫)∫ ∫ ∫–∫ 4


2 ∫ ∫¥ ∫ ∫2
∫ ∫¥
∫ ∫ (∫ ∫–∫1∫2)
2¥2

⇔ x = 2 ± √∫1∫0∫0
4
Soluções
⇔ x = 2 ± 10
57. 4
a) (x – 4)(x + 4)
⇔ x = –2 ∨ x = 3
b) (x – 4)2 ou (x – 4)(x – 4)
c) (3 – 4x)(3 + 4x)
d) x(x – 16) Daqui se conclui que 2x2 – 2x – 12 = 2(x + 2)(x – 3), ou seja:
e) (x + 5)(x – 2)
f) 2(x + 5)(x – 2)
P(x) = (x + 1)(2x2 – 2x – 12)
h 1h = (x + 1)2(x + 2)(x – 3)
g) – ix – i (x + 3)
j 3j = 2(x + 1)(x + 2)(x – 3)

136
UNIDADE 3 Divisão inteira de polinómios

2. Transformar num produto de polinómios do 1.º ou 2.º graus P(x) = x3 – 1. 58 Decompõe em fatores os
Como P(1) = 0, sabemos que 1 é raiz de P(x). seguintes polinómios.
Efetuemos a divisão inteira de P(x) por x – 1, recorrendo à regra de Ruffini: a) x3 + 6x2 – 7x
1 0 0 –1 b) 4x3 – 11x2 – 3x
c) x3 + 5x2 – 4x – 20
d) 8x3 + 1, sabendo que é
1 1 1 1
1
divisível por x + .
1 1 1 0 2

Temos, então, que P(x) = (x – 1)(x2 + x + 1).


Como x2 + x + 1 é um polinómio de grau 2, determinemos, se existirem, os seus zeros:
x2 + x + 1 = 0 ⇔ x = –1 ± √∫1∫ ∫ –∫ ∫ ∫4∫ ∫¥∫ ∫1∫ ∫¥∫ ∫1
2

2¥1
⇔ x = –1 ± √∫–∫3 , que é uma equação impossível em R
2
Uma vez que x + x + 1 não tem zeros, não pode ser decomposto em fatores.
2

Logo, a decomposição em fatores de P(x) é P(x) = (x – 1)(x2 + x + 1).

Polinómios de grau superior ao terceiro


59 Sabe-se que
Podemos decompor um polinómio P(x) de grau superior ao terceiro em fatores, se: P(x) = 2x3 – 13x2 + 25x – 14
é divisível por 2x – 7.
• conhecermos um número suficiente de raízes do polinómio que permita sucessiva- Determina as raízes de P(x)
mente decompor o polinómio em fatores de grau 1 e de grau 2; e escreve-o na forma
• determinarmos as soluções, caso existam, do(s) polinómio(s) de grau 2 e correspon- P(x) = a(x – b)(x – c)(x – d)
dente fatorização. Caderno de Apoio às Metas
Curriculares, 10.º ano

Exemplo

Decompor P(x) = 2x4 – x3 – 6x2 + 7x – 2 em fatores. Uma vez que P(x) é um polinómio de
coeficientes inteiros, sabemos que se tiver raízes inteiras elas serão divisores de –2.
Os únicos divisores inteiros de –2 são 1, –1, 2 e –2. Como P(1) = 0, verificamos que 1 é
raiz de P(x).
Uma vez que 1 é raiz do polinómio, sabemos que P(x) é divisível por (x – 1).
Utilizando a regra de Ruffini:
2 –1 –6 7 –2

Animação
1 2 1 –5 2 Resolução do exercício 59.
2 1 –5 2 0

Temos que P(x) = (x – 1)(2x3 + x2 – 5x + 2). Pelo mesmo método utilizado anteriormente,
Soluções
podemos verificar que 1 é raiz do polinómio 2x3 + x2 – 5x + 2 e utilizando a regra de
58.
Ruffini:
a) x(x – 1)(x + 7)
2 1 –5 2 h 1h
b) 4x ix + i (x – 3)
j 4j
c) (x + 5)(x + 2)(x – 2)
1 2 3 –2 h 1h
d) ix + i (8x2 – 4x + 2)
2 3 –2 0 j 2j
h 7h
59. 2 ix – i (x – 2)(x – 1)
Temos que P(x) = (x – 1)(x – 1)(2x2 + 3x – 2). j 2j

137
TEMA II Álgebra

60 Decompõe em fatores os
Fatorizemos, agora, o polinómio 2x2 + 3x – 2, recorrendo aos seus zeros:
seguintes polinómios.
2x2 + 3x – 2 = 0 ⇔ x = –3 ± √∫3∫ ∫ ∫–∫ 4
2 ∫ ∫¥ ∫ ∫2
∫ ∫¥
∫ ∫ ∫(∫–∫2) ⇔ x = –3 ± √∫2∫5
a) 3x4 – 6x2
2¥2 4
b) x5 + x4 – 5x3 – x2 + 8x – 4,
sabendo que 1 é raiz de ⇔ x = –3 ± 5 ⇔ x = – 2 ∨ x = 1
multiplicidade 3. 4 2
c) –4x4 + 5x2 – 1, sabendo
que é divisível por x2 – 1. h h
Assim, 2x2 + 3x – 2 = 2(x + 2) ix – 1 i .
j 2j
h h
Logo, P(x) = (x – 1)(x – 1)(2x2 + 3x – 2) = (x – 1)(x – 1)2(x + 2) ix – 1 i
j 2j
h h h h
= 2(x – 1)(x – 1)(x + 2) ix – 1 i ou 2(x – 1)2(x + 2) ix – 1 i
j 2j j 2j

Erro típico

Um erro muito frequente na resolução do exercício anterior consiste em escrever


h h
61 Determina os zeros de 2x2 + 3x – 2 = (x + 2) ix – 1 i , que não é uma igualdade válida. Repara que
cada um dos seguintes
j 2j
h h
polinómios. 2x2 + 3x – 2 = 2 (x + 2) ix – 1 i .
a) x2 – 6x + 9 j 2j
b) 2x2 + 3x – 4 Recorda a propriedade que está na base da fatorização de polinómios de 2.º grau:
c) 2x2 + 3x + 4
Dado um polinómio P(x) de grau 2, com duas raízes distintas x1 e x2, então
d) 2x3 + 2x2 – 12x
P(x) = a(x – x1) ¥ (x – x2), em que a é o coeficiente do termo de grau 2.
e) x3 – 1

APRENDE FAZENDO
Págs. 146, 147, 148 e 150
Exercícios 19, 20, 23, 24,
27 e 35 3.8. Determinação dos zeros de um polinómio
CADERNO DE EXERCÍCIOS A determinação dos zeros ou raízes de um polinómio consiste na resolução de uma
E TESTES
equação P(x) = 0, onde, aqui, se encara P(x) = 0 como uma equação na incógnita real x
Págs. 14 e 15
Exercícios 19, 21 e 24 e não como uma igualdade entre polinómios.
Um polinómio de 1.º grau, P(x) = ax + b, a ≠ 0, admite um e um só zero (raiz):
Soluções
60. P(x) = 0 ⇔ ax + b = 0 ⇔ ax = –b ⇔ x = – b
a
a) 3x2(x – √∫2)(x + √∫2)
b) (x – 1)(x – 1)(x – 1)(x + 2)(x + 2) Um polinómio de 2.º grau, P(x) = ax2 + bx + c, a ≠ 0, pode não ter zeros, ter apenas um
c) – 4(x + 1)(x – 1) ix +
h 1 h hx – 1 hi ou ter dois zeros (raízes):
ii
j 2j j 2j
P(x) = 0 ⇔ ax2 + bx + c = 0 ⇔ x= –b ± √∫b∫ ∫ ∫–∫ 4
2 ∫ ∫a∫c
61.
a) 3 2a
b)
–3 + √∫4∫1 e –3 – √∫4∫1
4 4 • Se b2 – 4ac < 0, o polinómio P(x) não tem zeros.
c) Não tem zeros.
d) –3, 0 e 2
• Se b2 – 4ac = 0, o polinómio P(x) tem um zero de multiplicidade 2.
e) 1 • Se b2 – 4ac > 0, o polinómio P(x) tem dois zeros distintos.

138
UNIDADE 3 Divisão inteira de polinómios

Resolução de equações polinomiais de grau superior ao segundo

A determinação das raízes de um polinómio de grau superior ao segundo conduz à re-


solução de uma equação também ela de grau superior ao segundo.
Vejamos o seguinte exemplo, de uma equação de grau 4 de uma forma particular.
Considera o polinómio P(x) = x4 – 26x2 + 25. Determinemos as suas raízes, isto é, vamos
resolver a equação x4 – 26x2 + 25 = 0.
Considerando y = x2, vem:
y2 – 26y + 25 = 0, que é uma equação de 2.º grau

⇔ y = 26 ± √∫(∫–∫2∫6∫)∫ ∫ ∫–∫ 4
2 ∫ ∫¥ ∫ ∫2
∫ ∫5
2

⇔ y = 26 ± √∫5∫7∫6
2

⇔ y = 26 ± 24 ⇔ y = 25 ∨ y = 1
2

Substituindo y por x2, temos: 62 (*) Resolve a seguinte


equação.
x2 = 25 ∨ x2 = 1 ⇔ x = 5 ∨ x = –5 ∨ x = 1 ∨ x = –1
x4 – 4x2 + 3 = 0

Logo, as raízes de P(x) são –5, –1, 1 e 5.


(*) grau de dificuldade elevado
A equação anterior designa-se por equação biquadrada, já que é uma equação da forma (desempenho avançado que
ax4 + bx2 + c = 0, com a ≠ 0, que pode ser transformada numa equação de 2.º grau na in- não será exigível à totalidade
dos alunos)
cógnita y = x2.

Mas, como resolver equações polinomiais de grau superior ao segundo, distintas da


anterior?
Apresentamos-te, de seguida, a forma como poderás utilizar a fatorização de polinómios
na resolução de equações polinomiais de grau superior a 2, embora devas ter consciência
de que este processo poderá depender de encontrar alguma raiz do polinómio, o que nem
sempre é possível.

Esquematizando / Resumindo

Em geral, na resolução de uma equação de grau superior a dois, deves seguir os


seguintes passos:
1.º passo: Escreve a equação na forma P(x) = 0.
2.º passo: Decompõe P(x) em fatores de grau 1 e/ou grau 2.
3.º passo: Aplica a lei do anulamento do produto.
4.º passo: Resolve as equações de grau 1 e/ou grau 2 obtidas.
5.º passo: Apresenta o conjunto-solução. Soluções

62. C.S. = {–√∫3, – 1, 1, √∫3}

139
TEMA II Álgebra

63 Considera o polinómio: Exercício resolvido


P(x) = 6x3 + x2 – 31x + 10
a) Verifica que P(x) é
Resolve a equação x3 – x2 – 17x – 15 = 0, sabendo que –1 é uma das soluções.
divisível por x – 2.
b) Resolve a equação
P(x) = 0. Sugestão de resolução

Começamos por decompor o polinómio x3 – x2 – 17x – 15 em fatores.


Como –1 é uma das suas raízes, vem que:

1 –1 –17 –15
64 Sabendo que –3 é raiz do
polinómio –1 –1 2 15
A(x) = x3 + 5x2 + x – 15,
resolve a equação A(x) = 0.
1 –2 –15 0

• x3 – x2 – 17x – 15 = (x + 1)(x2 – 2x – 15)


Determinemos os zeros de x2 – 2x – 15:

x2 – 2x – 15 = 0 ⇔ x = 2 ± √∫(∫–∫2∫)∫ ∫ ∫–∫ 4
2 ∫ ∫¥ ∫ ∫1
∫ ∫¥
∫ ∫ (∫ ∫–∫1∫5)
2

⇔ x = 2 ± √∫6∫4
2

⇔x= 2±8
2

⇔ x = 5 ∨ x = –3

• x2 – 2x – 15 = (x – 5)(x + 3)
Logo:
x3 – x2 – 17x – 15 = (x + 1)(x2 – 2x – 15) = (x + 1)(x – 5)(x + 3)
Assim:
x3 – x2 – 17x – 15 = 0 ⇔ (x + 1)(x – 5)(x + 3) = 0
⇔x+1=0 ∨ x–5=0∨ x+3=0
⇔ x = –1 ∨ x = 5 ∨ x = –3

APRENDE FAZENDO C.S. = {–1, 5, –3}


Págs. 148 e 150
Exercícios 29, 36 e 37

CADERNO DE EXERCÍCIOS
E TESTES
Pág. 14
Exercício 17
3.9. Resolução de algumas inequações polinomiais de
grau superior ao segundo
Soluções
63. A fatorização de um polinómio não é apenas útil na resolução de equações, mas também
a 5 1 a
b) C.S. = b– , , 2b
c 2 3 c na resolução de inequações. Mais à frente, aquando do estudo das funções polinomiais,
64. C.S. = {–3, –1 – √∫6, –1 + √∫6} aprofundaremos este assunto. Para já, observa a resolução da inequação que se segue.

140
UNIDADE 3 Divisão inteira de polinómios

Exercício resolvido
65 Resolve as seguintes
Resolve a inequação x3 – x2 – 4x + 4 < 0, sabendo que 1 é uma das raízes de x3 – x2 – 4x + 4. inequações.
a) x3 – 4x2 ≥ 0
b) x2 < x3
Sugestão de resolução
c) x3 – 5x2 – x ≥ –5

Comecemos por fatorizar o polinómio x3 – x2 – 4x + 4: d) –3x3 + 20x2 – 27x +


+ 10 < 0
Cálculo auxiliar 1 –1 –4 4
x3 – x2 – 4x + 4 = (x – 1)(x2 – 4)
= (x – 1)(x + 2)(x – 2)
66 Considera o polinómio:
1 1 0 –4
B(x) = x4 + 2x3 – 16x2 –
1 0 –4 0 – 2x + 15
Então, tem-se que:
a) Verifica que –1 e 3 são
x3 – x2 – 4x + 4 < 0 ⇔ (x – 1)(x + 2)(x – 2) < 0 zeros de B(x).
b) Resolve a equação
Para estudar o sinal do produto, analisemos o sinal de cada um dos fatores. Por
B(x) = 0.
sua vez, para estudar o sinal de cada fator, determinemos os zeros de cada um.
c) Resolve a inequação
•x–1=0⇔x=1 • x + 2 = 0 ⇔ x = –2 •x–2=0⇔x=2 B(x) ≤ 0.

Em seguida construímos uma tabela de sinais e colocamos na primeira linha


os zeros de cada um dos fatores por ordem crescente.

x –∞ –2 +1 +2 +∞

x–1 – – – 0 + + + APRENDE FAZENDO


Págs. 143, 144, 147, 148
x+2 – 0 + + + + + e 149
Exercícios 8, 9, 21, 28, 30
x–2 – – – – – 0 + e 31

(x – 1)( x + 2)( x – 2) – 0 + 0 – 0 + CADERNO DE EXERCÍCIOS


E TESTES
Pela última linha da tabela, que corresponde ao sinal do produto, conclui-se: Pág. 14
Exercícios 18 e 20
x3 – x2 – 4x + 4 < 0 ⇔ x < – 2 ∨ 1 < x < 2 C.S. = ]–∞, –2[ ∪ ]1, 2[ Págs. 40 a 42
Teste n.º 2

Testes interativos
Esquematizando / Resumindo – Divisão inteira de
polinómios I.
– Divisão inteira de
Na resolução de uma inequação polinomial de grau superior ao segundo, deves polinómios II.
seguir os seguintes passos:
1.º passo: Transforma a equação numa do tipo P(x) < 0, P(x) > 0, P(x) ≤ 0 ou Soluções
P(x) ≥ 0.
65.
2.º passo: Decompõe P(x) em fatores de 1.º grau e/ou 2.º grau. a) C.S. = {0} ∪ [4, +∞[
b) C.S. = ]1, +∞[
3.º passo: Estuda num quadro o sinal de cada fator.
c) C.S. = [–1, 1] ∪ [5, +∞[
4.º passo: De acordo com o estudo feito no passo anterior, apresenta a condição d) C.S. = Í
È 2 È
, 1 Í ∪ ]5, +∞[
que corresponde aos valores de x que são solução da inequação. Î 3 Î
66.
5.º passo: Apresenta o conjunto-solução. b) C.S. = {–5, –1, 1, 3}
c) C.S. = [–5, –1] ∪ [1, 3]

141
TEMA II Álgebra

Aprende Fazendo

Itens de seleção

1 Considera as seguintes expressões:


A(x) = 1 x3 – 5x
2
B(x) = 3x–2 – 5x
2
C(x) = 3x – 5x
2

D(x) = 2
3x2 + 5
Quais das expressões anteriores representam polinómios?
(A) Todas. (B) Apenas A(x).

(C) A(x) e B(x) (D) A(x) e C(x)

Solução: Opção (D)

2 Uma fábrica produz caixas com a forma de um paralelepípedo, com dimensões variáveis, em cm,
como se encontra na figura.

x+4
x

12 – x

Qual das expressões seguintes indica o volume das caixas, em cm3, em função de x?
(A) V(x) = –x3 + 8x2 + 48x

(B) V(x) = –x2 + 8x + 48

(C) V(x) = –4x2 + 49x

(D) V(x) = x3 + 16x2 + 48x

Solução: Opção (A)

3 O grau do polinómio produto de um polinómio de grau 1 por um polinómio de grau 4 é:


(A) 3 (B) 4

(C) 5 (D) 6

Solução: Opção (C)

142
Itens de seleção

4 Considera os polinómios A(x) = 3x3 – 9x2 – 27x – 15 e B(x) = x2 – x e as seguintes afirmações:


(I) –1 é raiz de multiplicidade 3 de A(x).
(II) O quociente da divisão inteira de A(x) por B(x) é o polinómio Q(x) = 3x – 6.
Acerca das proposições anteriores, pode concluir-se que:
(A) são ambas verdadeiras.

(B) são ambas falsas.

(C) apenas (I) é verdadeira.

(D) apenas (II) é verdadeira.

Solução: Opção (D)

5 Qual é o valor real k de modo que 7 seja o resto da divisão do polinómio 2x3 + kx2 + 3x + 1 por x – 2?
(A) 4 (B) –4 (C) 7 (D) –7

Solução: Opção (B)

6 O valor real m para o qual o polinómio x5 – 3x + x2 + 2(m – 1) é divisível por x + 1 é:

(A) – 5 (B) 3 (C) 7 (D) – 1


2 2 2 2
Solução: Opção (D)

7 O quociente, Q(x), e o resto, R, da divisão inteira de 2x3 – 4x + 1 por 2x – 3, são:

(A) Q(x) = x2 +
3 x+ 1 e R= 7
2 4 4

(B) Q(x) = 2x2 + 3x +


1 e R= 7
2 4

(C) Q(x) = x2 +
3 x+ 1 e R= 7
2 4 16

(D) Q(x) = 2x2 + 3x +


1 e R= 7
2 16
Solução: Opção (A)

8 O conjunto-solução da inequação (x – 1)2 (x – 3)4 (x – 5)6 < 0 é:


(A) R– (B) R (C) R\{1, 3, 5} (D) ∅

Solução: Opção (D)

143
TEMA II Álgebra

Aprende Fazendo

Itens de seleção

9 Considera a inequação (–x2 – 2x + 3)A(x) ≥ 0, da qual se sabe que o seu conjunto-solução é


]–∞, –3] ∪ [1, 4]. Qual dos seguintes polinómios poderá ser A(x)?
(A) x + 4 (B) x – 4

(C) –x – 4 (D) 4 – x

Solução: Opção (B)

10 Considera o polinómio P(x) = x3 – kx2 + mx + 3. Os valores reais k e m, de modo que 1 seja raiz dupla
do polinómio P(x), são:
(A) k = 0 e m = 1 (B) k = –1 e m = 0

(C) k = –1 e m = –5 (D) k = 1 e m = –3

Solução: Opção (C)

11 Considerando n ∈N, o resto da divisão de xn + 1 por x + 1 é:


(A) 2 se n é ímpar e 0 se n é par.

(B) 0 se n é ímpar e 2 se n é par.

(C) 1 se n é ímpar e 2 se n é par.

(D) 2 se n é ímpar e 1 se n é par.

Solução: Opção (B)

12 Seja P(x) um polinómio cujos coeficientes são todos números inteiros e cujo termo independente é 2.
Qual dos seguintes números não pode ser raiz inteira de P(x)?
(A) 1 (B) –1 (C) 2 (D) 4

Solução: Opção (D)

13 De um polinómio P(x) sabe-se que:


• é divisível por x – 4;
• dividindo-o por x – 1 obtém-se um quociente Q(x) e resto –21.
Qual é o resto da divisão de Q(x) por x – 4?

(A) 4 (B)
21 (C) 7 (D) 0
4
Solução: Opção (C)

144
Itens de construção

Itens de construção

14 Escreve cada um dos polinómios seguintes, na variável x, por ordem decrescente das potências de x,
indicando o grau e os coeficientes do polinómio, e diz se é ou não completo.

a) √∫2 – 5x2 +
x + x3
2

b) 4x5 – 11x +
5 x3 + 3x2
4
x 1 5
Soluções: a) x3 – 5x2 + + √∫2; grau 3; coeficientes: 1, –5, e √∫2; completo b) 4x5 + x3 + 3x2 – 11x; grau 5; coeficientes:
2 2 4
5
4, 0, , 3, –11 e 0; incompleto
4

15 Efetua as operações indicadas e escreve o resultado na forma de um polinómio ordenado e reduzido.


h
a) ix3 –
x2 + 1 h + h–2x3 + 5x2 + x – 1 h
i i i
j 3 4j j 6 2j
h
b) ix3 –
x2 + 1 h – h–2x3 + 5x2 + x – 1 h
i i i
j 3 4j j 6 2j
c) (2x – 1)(2x + 1)

d) (x – x2 )(–2x + 4)

e) (x – 2)(x + 1)(x + 4)

f) (x2 – x – 2)(x3 + x + 1)

x2 1 7 2 3
Soluções: a) –x3 + +x– b) 3x3 – x –x+ c) 4x2 – 1 d) 2x3 – 6x2 + 4x e) x3 + 3x2 – 6x – 8 f) x5 – x4 – x3 – 3x – 2
2 4 6 4

16 Utilizando o algoritmo da divisão inteira de polinómios, determina o quociente e o resto da divisão


de A(x) por B(x).
a) A(x) = 2x2 + 2x + 3 e B(x) = x2 + x + 2

b) A(x) = x3 – 1 e B(x) = x2 – 1

c) A(x) = x3 – 3x2 – 6 e B(x) = x – 3

d) A(x) = x3 – 3x2 – 6 e B(x) = x2 + 2

e) A(x) = x4 + x3 + 2x2 + x + 3 e B(x) = x2 + x + 1

f) A(x) = 2x6 – x5 + 4x4 + x2 + 8x – 4 e B(x) = x3 + 2x – 1

g) A(x) =
x3 – 15 + 13 x + 13 x2 e B(x) = 2 x – 3
3 4 12 8 3 4
Soluções: a) Q = 2 e R = –1 b) Q(x) = x e R(x) = x – 1 c) Q(x) = x2 e R = –6 d) Q(x) = x – 3 e R(x) = –2x e) Q(x) = x2 + 1 e
x2
R = 2 f) Q(x) = 2x3 – x2 + 4 e R = 0 g) Q(x) = + 3x + 5 e R = 0
2

145
TEMA II Álgebra

Aprende Fazendo

Itens de construção

17 Utilizando a regra de Ruffini, determina o quociente e o resto da divisão de A(x) por B(x).
a) A(x) = 5x2 + 3x – 1 e B(x) = x + 1

b) A(x) = 2x2 – 4 e B(x) = x – √∫2

c) A(x) = 2x3 – 4x2 – 10x + 24 e B(x) = x – 2

1
d) A(x) = –2x3 + 4x + 5 e B(x) = x +
2
e) A(x) = 4x – x + 5x – 4x + 5 e B(x) = x
4 3 2

f) A(x) = x5 + 6x4 + 2x2 + 36x – 5 e B(x) = x + 2

7 13
Soluções: a) Q(x) = 5x – 2 e R = 1 b) Q(x) = 2x + 2√∫2 e R = 0 c) Q(x) = 2x2 – 10 e R = 4 d) Q(x) = –2x2 + x + eR=
2 4
e) Q(x) = 4x3 – x2 + 5x – 4 e R = 5 f) Q(x) = x4 + 4x3 – 8x2 + 18x e R = –5

18 Determina, utilizando o Teorema do Resto, o resto da divisão de A(x) = 2x4 – x2 – 4x + 3 por:


a) B(x) = x – 1 b) B(x) = x + 1

c) B(x) = x d) B(x) = x – √∫3

Soluções: a) 0 b) 8 c) 3 d) 18 – 4√∫3

19 Decompõe em fatores os seguintes polinómios.


a) x2 + x – 12

b) 3x2 + 5x – 22

c) 2x2 – x – 15

d) x3 – 9x

e) x3 + 10x2 + 25x

f) x3 – x2 – 5x – 3

g) 3x3 + 4x2 + 5x – 6, sabendo que


2 é uma raiz.
3
h) 2x3 + 7x2 – 5x – 4, sabendo que 1 é uma raiz.

i) x4 – x3 – 7x2 + x + 6

j) 2x4 – 3x3 – 12x2 + 7x + 6, sabendo que 1 e 3 são raízes.

k) x4 – 2x3 + 2x – 1

l) 3x5 – 12x4 + 9x3 + 12x2 – 12x, sabendo que 2 é raíz dupla.

h 11 h h 5h
Soluções: a) (x + 4)(x – 3) b) 3i x + i (x – 2) c) 2i x + i (x – 3) d) x(x + 3)(x – 3) e) x(x + 5)(x + 5) f) (x + 1)(x + 1)(x – 3)
j 3j j 2j
h 2h 2 h 1h h 1h
g) 3i x – i (x + 2x + 3) h) 2(x – 1)(x + 4)i x + i i) (x + 1)(x – 1)(x + 2)(x – 3) j) 2(x – 1)(x – 3)(x + 2)i x + i
j 3j j 2j j 2j
k) (x + 1)(x – 1)(x – 1)(x – 1) l) 3x(x – 2)(x – 2)(x – 1)(x + 1)

146
Itens de construção

20 Determina o polinómio P(x), sabendo que:


a) P(x) tem grau 2, P(–2) = P(–1) = 0 e o resto da divisão de P(x) por x – 1 é 18;

b) P(x) tem grau 3, 5 é raiz dupla, 0 é raiz simples e o resto da divisão de P(x) por x – 4 é 8.

Soluções: a) P(x) = 3x2 + 9x + 6 b) P(x) = 2x3 – 20x2 + 50x

21 Considera o polinómio P(x) = x3 – 3x2 – 9x + 27.


a) Verifica que –3 é uma das raízes de P(x).

b) Determina as outras raízes de P(x) e fatoriza o polinómio.

c) Resolve a equação P(x) = 0.

d) Resolve a inequação P(x) ≥ 0.

Soluções: b) 3 é uma raiz dupla de P(x); P(x) = (x – 3)(x – 3)(x + 3) ou P(x) = (x – 3)2 (x + 3) c) C.S. = {–3, 3} d) C.S. = [–3, +∞[

22 Utilizando a regra de Ruffini, determina o quociente e o resto da divisão de A(x) por B(x).
a) A(x) = 2x3 + 4x2 – 8x e B(x) = 2x + 6

b) A(x) = 6x4 –
x2 + 5 x + 1 e B(x) = 3x + 1
3 3
c) A(x) = √∫2x – x – √∫8 x2 + 3x – √∫2 e B(x) = 2x – 2√∫2
4 3

2 2 1 14 13 √∫2 3 x2 √∫2 1
Soluções: a) Q(x) = x2 – x – 1 e R = 6 b) Q(x) = 2x3 – x + x+ eR= c) Q(x) = x + – x+ eR=0
3 9 27 27 2 2 2 2

23 Considera que os números reais x1, x2 e x3, distintos entre si, são as únicas raízes de um polinómio
A(x) de sétimo grau. Sabe-se que x1 tem multiplicidade 2 e x2 tem multiplicidade 3.
a) Justifica que x3 não pode ter multiplicidade superior a 2.

b) Indica, justificando, qual a multiplicidade de x3.

Solução: b) A multiplicidade de x3 é 2.

24 Seja P(x) um polinómio de quarto grau. Sabe-se que:


• admite as raízes simples 1 e –1;
• admite raiz dupla –2;
• o resto da divisão de P(x) por x + 1 é 27.
2
Determina P(x) e escreve-o na forma de polinómio reduzido e ordenado.

Solução: P(x) = –16x4 – 64x3 – 48x2 + 64x + 64

147
TEMA II Álgebra

Aprende Fazendo

Itens de construção

25 Determina, utilizando o Teorema do Resto, o resto da divisão de A(x) = –x3 + 3x2 – 5x + 4 por:
a) B(x) = 4x – 8

b) B(x) = 3x – 2

c) B(x) = 4x + 2

46 59
Soluções: a) –2 b) c)
27 8

26 Determina para que valores reais a e c o polinómio P(x) = ax3 + 2x2 + cx + 2 é divisível por x + 1 e o
resto da divisão por x – 3 é 40.

1 11
Soluções: a = ec=
3 3

27 Sabe-se que P(x) = 6x3 – 21x2 + 3x + 30 é divisível por 2x – 5. Determina as raízes de P(x) e escreve-o
na forma P(x) = a(x – b)(x – c)(x – d).

h 5 h
Solução: P(x) = 6i x – i(x – 2)(x – (–1))
j 2 j

28 Considera o polinómio P(x) = 6x3 – 7x2 – 14x + 15.


a) Verifica que 1 é uma das raízes de P(x).

b) Determina as outras raízes de P(x) e fatoriza o polinómio.

c) Resolve a equação P(x) = 0.

d) Resolve a inequação P(x) < 0.

5 3 h 5 hh 3 h a5 3a
Soluções: b) e– são as outras raízes de P(x); P(x) = 6(x – 1)i x – ii x + i c) C.S. = b , 1, – b
3 2 j 3 jj 2 j c3 2c
È 3È È 5 È
d) C.S. = Í –∞, – Í ∪ Í 1, Í
Î 2Î Î 3 Î

29 Resolve as seguintes equações.


a) 2x3 – 6x = –4, sabendo que 1 é raiz do polinómio 2x3 – 6x + 4.

b) 2x3 – 7x2 + 9 = 0, sabendo que 3 é raiz do polinómio 2x3 – 7x2 + 9.

c) x4 – 2x3 + 2x – 1 = 0

d) 4x4 – 12x3 + x2 + 12x + 4 = 0

e) x4 + 5x3 + 4x2 = 0

a 3 a a 1 a
Soluções: a) C.S. = {–2, 1} b) C.S. = b–1, , 3b c) C.S. = {–1, 1} d) C.S. = b– , 2b e) C.S. = {–4, –1, 0}
c 2 c c 2 c

148
Itens de construção

30 Resolve as seguintes inequações.


a) x3 < x2

b) 3x3 + 2x – 5 < 0, sabendo que 1 é raiz do polinómio 3x3 + 2x – 5.

c) x4 + 4x3 – x2 – 16x – 12 ≥ 0, sabendo que –3 e –2 são raízes do polinómio x4 + 4x3 – x2 – 16x – 12.

d) x4 – 5x3 + 6x2 > 0

e) –x4 + 3x3 – 4x < 0, sabendo que –1 é raiz do polinómio –x4 + 3x3 – 4x.

Soluções: a) C.S. = ]–∞, 0[ ∪ ]0, 1[ b) C.S. = ]–∞, 1[ c) C.S. = ]–∞, –3] ∪ [–2, –1] ∪ [2, +∞[ d) C.S. = ]–∞, 0[ ∪ ]0, 2[ ∪ ]3, +∞[
e) C.S. = ]–∞, –1[ ∪ ]0, 2[ ∪ ]2, +∞[

31 De um polinómio B(x) sabe-se que:

x –∞ 0 1 2 +∞

Sinal de B(x) – 0 – 0 + 0 –

Resolve cada uma das seguintes condições.


a) (2x – 3)(1 – 2x)B(x) < 0

b) (–x2 + 2x)B(x) ≥ 0

c) (–x2 + 6x – 9)B(x) ≤ 0

Soluções: a) C.S. = ÈÍ ,1 ÈÍ ∪ ÈÍ , 2 ÈÍ b) C.S. = ]–∞, 0] ∪ [1, +∞[ c) C.S. = {0, 3} ∪ [1, 2]


1 3
Î 2 Î Î 2 Î

32 Seja P(x) um polinómio e sx – t um polinómio de grau 1. Prova que o resto da divisão de P(x) por sx – t
h h
é Pi t i.
j s j

33 Seja P(x) um polinómio e sx – t um polinómio de grau 1. Prova que:


h t h
a) se P(x) é divisível por sx – t, então P i i = 0;
j s j
h t h
b) se P i i = 0, então P(x) é divisível por sx – t.
j s j

34 Prova que:
a) sendo a ≠ 0, xn – an é divisível por x – a;

b) sendo a ≠ 0, xn – an é divisível por x + a se e só se n é par;

c) sendo a ≠ 0, xn + an é divisível por x + a se e só se n é ímpar.

149
TEMA II Álgebra

Aprende Fazendo

Itens de construção

35 Considera o polinómio:
P(x) = x2n + 1 – x2n – x + 1, onde n ∈N
Prova que:
a) (*) para todo a > 0 se tem P(a) + P(–a) = 2 – 2a2n;

b) (**) P(x) = (x – 1)(xn – 1)(xn + 1). Justifica que –1 e 1 são zeros de P e calcula a multiplicidade de 1.

(*) grau de dificuldade elevado


(**) grau de dificuldade muito elevado
Adaptado de Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 10.º ano

36 Considera a equação:
x4 – 19x2 + 48 = 0
a) Tendo em conta que x4 = (x2)2, substitui na equação x2 por y e resolve a equação de 2.º grau assim
obtida.
b) Determina os valores de x que satisfazem a equação dada.

Soluções: a) y = 16 ∨ y = 3 b) x = 4 ∨ x = –4 ∨ x = √∫3 ∨ x = –√∫3


Animação
Resolução do exercício.

37 Resolve as equações biquadradas.


a) x4 – 13x2 + 36 = 0

b) x4 – 26x2 + 25 = 0

c) 2x4 – 26x2 + 80 = 0

d) x4 – 3x2 – 4 = 0

Soluções: a) C.S. = {–3, –2, 2, 3} b) C.S. = {–5, –1, 1, 5} c) C.S. = {–2√∫2, –√∫5, √∫5, 2√∫2} d) C.S. = {–2, 2}

150
Desafios

Desafios

Revê novamente o problema apresentado no vídeo “Gente que gosta de curvas” (página 74), e que
tem a ver com a possibilidade de se encontrar funções definidas por um polinómio cujo gráfico
passe num determinado conjunto de pontos.

1 Observa que se construíres um polinómio a partir dos seus fatores podes criar um polinómio
que tenha o número de zeros que pretendes e nos pontos que escolheres. Por exemplo, se mul-
tiplicares (x – 1) por (x + 2) obténs o polinómio P(x) = (x – 1)(x + 2) que tem zeros em 1 e em –2.
a) Escreve um polinómio como um produto de fatores mais simples que tenha zeros em 0, 1 e 2.

b) Qual é o grau do polinómio que obtiveste na alínea anterior?

2 Vamos ver uma forma de construir uma função definida por um polinómio cujo gráfico passe
pelos pontos (0, 2), (1, 1) e (2, 6). Comecemos por construir um polinómio que tenha zeros em
0 e em 1 e cujo valor em 2 seja 1. Basta construir um polinómio que tenha zeros em 0 e em 1,
tal como no exercício anterior, e depois dividir pelo valor desse polinómio em 2. Observa:

A(x) = x(x – 1)
2

O polinómio tem zeros em 0 e em 1 e quando x é 2 o valor é 1.


a) Por analogia, constrói um polinómio B(x) que tenha zeros em 0 e em 2 e cujo valor em 1 é 1.

b) Constrói agora um polinómio C(x) que tenha zeros em 1 e em 2 e cujo valor em 0 seja 1.

c) Agora é só multiplicarmos os polinómios anteriores pelo valor que queremos que o polinómio
final tenha nos vários pontos. Calcula o valor do polinómio P(x) = 2C(x) + 1B(x) + 6A(x) em 0,
1 e em 2 e confirma que este é o polinómio que se pretendia construir.
d) Escreve o polinómio P(x) na forma reduzida.

3 Para confirmar que percebeste a lógica do exercício anterior, usa essas ideias para escrever uma
função definida por um polinómio f(x) cujo gráfico passe pelos pontos (–1, 1), (0, 1), (1, –1) e
(2, 13). Não é necessário simplificar a expressão. Observa como este método pode ser usado
para um qualquer número de pontos.

Soluções: Consultar na página 287.

151
Desafios

Observa as ilusões de ótica apresentadas no vídeo “Redondamente errado”.


A figura ao lado é formada por uma circunferência e por vários arcos de
circunferências, todas elas com 6 unidades de raio. O centro de cada cir-
cunferência está deslocado uma unidade para a esquerda em relação ao
anterior. No meio foram colocados dois pontos. Assim, à primeira vista, Vídeo
“Redondamente errado.”
qual deles te parece ser o centro da circunferência maior?
No final do tema vamos fazer as contas e ver que provavelmente estás errado!
Pega agora em três moedas e coloca-as em fila. Depois, desloca a moeda
do meio em linha reta, sem mexer nas outras duas, como demonstrado
na figura abaixo, até uma posição onde te pareça que a distância entre os
pontos A e B é igual à distância entre os pontos C e D.
D

A
B

De seguida, mede com uma régua as duas distâncias. O que concluis?


No final deste tema voltaremos a estes problemas. Rogério Martins
TEMA III
Geometria analítica
1. Geometria analítica no plano

2. Cálculo vetorial no plano

3. Geometria analítica no espaço

4. Cálculo vetorial no espaço


TEMA III Geometria analítica

UNIDADE 1
Geometria analítica no plano

A geometria analítica surge da representação dos pontos da reta por números reais, dos
Resolução pontos do plano por pares ordenados de números reais e dos pontos do espaço por ternos
Todos os exercícios de “Geometria
analítica no plano”. ordenados de números reais.
Verás que estas representações permitem descrever linhas e superfícies, no plano e no
GA10_1.1
espaço, através de equações. Assim, irás trabalhar algebricamente muitas questões geo-
métricas e interpretar geometricamente algumas situações algébricas.

Contextualização histórica
1.1. Referenciais ortonormados
Recorda que um referencial cartesiano é definido por um par de retas numéricas, não
coincidentes, que se intersetam nas respetivas origens. Uma das retas é fixada como eixo
das abcissas e a outra como eixo das ordenadas (os eixos coordenados).
O referencial cartesiano designa-se por ortogonal quando os eixos são perpendiculares
e por monométrico quando a unidade de comprimento é a mesma para ambos os eixos.

Definição
René Descartes (1596-1650)
Foi um filósofo, físico e
Um referencial ortonormado é um referencial ortogonal e monométrico de um dado
matemático francês, autor
da célebre frase Penso plano, tal que a unidade de comprimento comum aos eixos coordenados coincide
Logo Existo. com uma unidade de comprimento pré-fixada.
Notabilizou-se sobretudo
pelo seu trabalho
revolucionário na filosofia
Ao ponto A está associado o par ordenado (3, 4). y
e na ciência, mas também
por sugerir a fusão da Escreve-se A(3, 4), e diz-se que o ponto A tem abcissa 3, 4 A
álgebra com a geometria, lida no eixo Ox, e ordenada 4, lida no eixo Oy. 3
facto que gerou a 2

geometria analítica e o Assim, a todo o ponto P do plano está associado 1

sistema de coordenadas um par ordenado de números (x, y), formado pelos O 1 2 3 x


que hoje tem o seu nome. números correspondentes à projeção ortogonal desse
(continua)
ponto em cada um dos eixos. A A(x, y) chamamos coordenadas, sendo x a abcissa e y a
ordenada. Reciprocamente, a cada par de números (x, y) está associado um ponto do
plano. Diz-se que existe uma correspondência biunívoca entre o conjunto dos pares or-
denados de números reais (que se designa por R2) e o conjunto dos pontos do plano.
Nota
O conjunto dos pares
Observação: Os pares ordenados (3, 4) e (4, 3) são diferentes, pois o primeiro elemento
ordenados de números reais do par (3, 4) é 3 e o primeiro elemento do par (4, 3) é 4. No entanto, como já vimos, no
é o conjunto definido por: primeiro tema, os conjuntos {3, 4} e {4,3} são iguais.
R2 = {(x, y): x ∈R ∧ y ∈R}
Dados (x, y) e (x’, y’), em R2, (x, y) = (x’, y’) se e só se x = x’ e y = y’.

154
UNIDADE 1 Geometria analítica no plano

1.2. Distância entre dois pontos no plano Contextualização histórica


(continuação)

Consideremos, num referencial ortonormado do plano, os pontos A(2, –1) e B(5, 4). Por vezes chamado “o
fundador da filosofia
Se pretendermos determinar a distância entre eles, podemos fazê-lo utilizando o Teorema moderna” e o “pai da
de Pitágoras para calcular A–B. Matemática Moderna”,
é considerado um dos
Considerando a representação de A e B no referencial, e de um novo ponto de coorde- pensadores mais
nadas (5, –1), obtemos o seguinte triângulo. importantes e influentes
y da História do Pensamento
B
4 Ocidental.


Nasceu numa província
O triângulo construído é retângulo, sendo |4 – (–1)| = |–1 – 4| = 5
francesa, hoje chamada
Valor absoluto da diferença
que a sua hipotenusa mede A–B e os seus cate- entre as ordenadas. Descartes, e estudou no
2
tos medem |5 – 2| e |4 – (–1)|. O 5 x
colégio mais prestigiado
–1  de França, com o objetivo
A
Assim: |5 – 2| = |2 – 5| = 3 de treinar as melhores
Valor absoluto da diferença entre as abcissas. mentes. Formou-se em
A–B2 = |5 – 2|2 + |4 – (–1)|2 Direito e escreveu várias
obras, sendo a mais
Portanto: célebre "O Discurso Sobre
o Método” – tratado
A–B2 = (5 – 2)2 + (4 – (–1))2 (pois |a|2 = a2, ∀a ∈R)
matemático e filosófico.
Logo: Mudou-se para a Suécia
em 1649, a convite da
A–B = √∫(∫5∫ –∫ ∫ ∫2∫)2∫ ∫ +
∫ ∫ ∫(∫4∫ –∫ ∫ ∫(∫–∫1∫)∫)2 rainha Cristina, para ser
  seu instrutor. Com uma
(1) (2)
saúde frágil, acabou por
(1) Quadrado da diferença entre as abcissas.
(2) Quadrado da diferença entre as ordenadas.
não resistir aos invernos
rigorosos e à exigência da
Rainha de que as aulas
Ou seja, A–B = √∫3∫4.
fossem ministradas às 5 h
da manhã, acabando por
falecer de pneumonia a 10
De um modo geral, sejam os pontos A(a1, a2) e B(b1, b2). de fevereiro de 1650.

y Os eixos ortogonais dividem o


plano em quatro regiões: os
Introduzimos um novo ponto de coordena- b2
B quadrantes.


das (b1, a2). O triângulo construído é retângulo, y + +


d2 = |b2 – a2|
a sua hipotenusa mede A–B e os seus catetos a1 b1 2.º QUADRANTE
– +
y1 P1(x1, y1)
O x P2(x2, y2) y2 1.º QUADRANTE
medem |b1 – a1| e |b2 – a2|. A a2 x3 x4

x2 x1 x
Assim: d1 = |b1 – a1| y3
y4
P3(x3, y3)
A–B2 = |b1 – a1|2 + |b2 – a2|2 – –
P4(x4, y4)
+ –
3.º QUADRANTE 4.º QUADRANTE

Portanto:
Recorda
A–B2 = (b1 – a1)2 + (b2 – a2)2 Dados dois pontos X e Y
sobre uma reta numérica e
Logo: sendo x e y as suas
A–B = √∫(∫b1∫ ∫ ∫–∫ ∫a1∫ ∫)2∫ ∫ +
∫ ∫ ∫(∫b∫2∫ –∫ ∫ ∫a∫2∫)2 abcissas, respetivamente,
  então a distância do ponto
(1) (2) X ao ponto Y é dada por:
(1) Quadrado da diferença entre as abcissas. |x – y| = |y – x|
(2) Quadrado da diferença entre as ordenadas.

155
TEMA III Geometria analítica

GA10_1.2
A distância entre dois pontos A(a1, a2) e B(b1, b2), fixada uma unidade de compri-
mento e dado um plano munido de um referencial ortonormado, é igual a:
√∫(∫b∫1∫ –∫ ∫ ∫a∫1∫)2∫ ∫ ∫+∫ (∫ ∫b∫2∫ ∫–∫ a∫ ∫2∫)2
Representa-se por d(A, B).

Repara que a fórmula da distância também se aplica aos casos particulares em que os
dois pontos têm a mesma ordenada ou a mesma abcissa:
• Se dois pontos têm a mesma ordenada, a distância entre eles é o módulo da diferença
entre as abcissas:
√∫(∫b1∫ ∫ –∫ ∫ ∫a1∫ ∫)2 = |b1 – a1|
• Se dois pontos têm a mesma abcissa, a distância entre eles é o módulo da diferença
entre as ordenadas:
√∫(∫b∫2∫ –∫ ∫ ∫a2∫ ∫)2 = |b2 – a2|

1 Calcula a distância entre Exercícios resolvidos


os pontos dados.
a) A(1, –2) e B(–3, 1) 1. Calcula a distância de:
h3 h
b) C i , –3i e O(0, 0) a) O(0, 0) a A(–2, 3)
j2 j
c) D(2016, 5) e E(2016, 4)
b) A(√∫3, √∫2) a B(√∫5, √∫2 + 2)
( ) (
d) F 0,√∫2 e G 1, √∫2 – 3 )
e) H(√∫5, 3) e I(–√∫3, 0)
Sugestão de resolução
f) J(a, b) e K(b, a)

a) d(O, A) = √∫(∫–∫2∫ ∫–∫ 0


∫ ∫)2∫ ∫ +
∫ ∫ ∫(∫3∫ –∫ ∫ ∫0∫)2

2 Mostra que os pontos = √∫(∫–∫2∫)2∫ ∫ ∫+∫ 3


∫ 2∫
A(5, 3), B(3, 0), C(–1, –2) e
= √∫4∫ ∫+∫ 9

D(1, 1) são vértices de um
paralelogramo. = √∫1∫3

APRENDE FAZENDO Repara que a distância do ponto A à origem é dada por √∫(∫–∫2∫)2∫ ∫ +
∫ ∫3
∫ 2∫ , sendo
Págs. 182, 183, 185 e 189 A(–2, 3).
Exercícios 1, 6, 14, 15, 16
e 31 Facilmente concluímos que dado um ponto P(a, b) se tem d(O, P) = √∫a2∫ ∫ + ∫ ∫b
∫ 2∫ .

Soluções b) d(A, B) = √∫(∫√∫∫5∫ –∫ ∫ √∫ ∫∫3∫)2∫ +∫ ∫ (∫ ∫√∫∫2∫ +∫ ∫ 2∫ ∫ –∫ ∫ √∫ ∫∫2 ∫)2


1.
a) 5 = √∫(∫√∫∫5 ∫)∫2∫ –∫ ∫ 2
∫ ∫ ¥∫ ∫ √∫ ∫∫5∫ ¥∫ ∫ √∫ ∫∫3∫ +∫ ∫ (∫ √∫ ∫∫3 ∫)∫2∫ +∫ ∫ 2∫ 2
b)
3√∫5
2 = √∫5∫ –∫ ∫ 2
∫ √∫ ∫∫1∫∫5∫ +∫ ∫ 3∫ ∫ +∫ ∫ 4
c) 1
d) √∫1∫0 = √∫1∫2∫ –∫ ∫ 2
∫ ∫√∫∫1∫∫5
e) √∫17
∫ ∫ ∫+∫ ∫2√∫ 1∫∫ ∫∫5
f) √∫2∫(∫a∫ ∫–∫ ∫b∫)2 = |a – b|√∫2

156
UNIDADE 1 Geometria analítica no plano

2. Considera os pontos A(–1, –1), B(3, 2) e C(7, 5). Classifica quanto aos lados o
triângulo [ABC].

Sugestão de resolução

Comecemos por determinar o comprimento de cada um dos lados do triângulo


[ABC].
A–B = d(A, B) = √∫(∫3∫ ∫–∫ (∫ ∫–∫1∫)∫)2∫ ∫ ∫+∫ (∫ ∫2∫ ∫–∫ (∫ ∫–∫1∫)∫)2
= √∫(∫3∫ ∫+∫ 1
∫ ∫)2∫ ∫ +
∫ ∫ ∫(∫2∫ +
∫ ∫ ∫1∫)2
= √∫42∫ ∫ ∫+∫ 3
∫ 2∫
= √∫1∫6∫ ∫+∫ 9
∫ = √∫2∫5 = 5
B–C = d(B, C) = √∫(∫7∫ –∫ ∫ ∫3∫)2∫ ∫ ∫+∫ (∫ ∫5∫ ∫–∫ 2
∫ ∫)2
= √∫42∫ ∫ ∫+∫ 3
∫ 2∫ 3 Considera na reta numérica
os pontos A, B e M, de
= √∫1∫6∫ ∫+∫ 9
∫ = √∫2∫5 = 5 abcissas respetivamente a,
a+b
C–A = d(C, A) = √∫(∫–∫1∫ –∫ ∫ ∫7∫)2∫ ∫ ∫+∫ (∫ ∫–∫1∫ ∫–∫ 5
∫ ∫)2 be .
2
= √∫(∫–∫8∫)2∫ ∫ ∫+∫ (∫ ∫–∫6∫)2 Prova que AM – = M– B.
= √∫6∫4∫ ∫+∫ 3
∫ ∫6 = √∫1∫0∫0 = 10 Caderno de Apoio às Metas
Curriculares, 10.º ano

Como AB – = BC
– , concluímos que o triângulo [ABC] é isósceles e, como AB
– ≠ CA
– ,
o triângulo não é equilátero.

1.3. Coordenadas do ponto médio de um segmento


de reta
Como sabes, um segmento de reta é constituído por infinitos pontos alinhados, mas existe
um e um só ponto que divide o segmento em duas partes iguais.

Definição

O ponto médio de um segmento de reta [AB] é o ponto M desse segmento que se


– = M– B.
encontra à mesma distância de A e de B, isto é, tal que AM

Consideremos, na reta numérica, os pontos A e B de abcissas, respetivamente, 4 e 10.


|10 – 4| 6
d(A, M) = = = 3 = d(B, M)
2 2

A M B
0 4 10

d(A, B) = |10 – 4| = |4 – 10| = 6

A distância entre A e B é |10 – 4| = 6. Sendo M o ponto médio de [AB], a distância entre


6
A e M é = 3, bem como a distância entre M e B.
2
6
Assim, a abcissa de M é 4 + = 7.
2
157
TEMA III Geometria analítica

GA10_1.3
Teorema
Dada uma reta numérica e dados dois pontos A e B, de abcissas a e b, respetivamente,
a+b
a abcissa do ponto médio do segmento de reta de extremos A e B é igual a .
2

Demonstração
Sejam A e B dois pontos da reta numérica, de abcissas a e b, respetivamente, e M o
ponto médio de [AB].
Dois casos podem ocorrer:
•a<b

A M B

a b

|b – a|
2


|b – a|

Assim, a abcissa de M é igual à soma da abcissa de A com a distância entre A e M, ou


seja:

|b – a| b – a 2a + b – a a + b
a+ = a+ = =
2 † 2 2 2
b>a

•b<a

B M A

b a

|b – a|
2


|b – a|

Assim, a abcissa de M é igual à soma da abcissa de B com a distância entre B e M, ou


seja:

|b – a| b – a 2b – b + a a + b
b+ = b– = =
2 † 2 2 2
b<a

Depois de estudarmos, na reta numérica, a relação existente entre a abcissa do ponto


médio de um segmento de reta e as abcissas dos seus extremos, vamos descobrir a relação
existente entre as coordenadas do ponto médio de um segmento de reta no plano e as
coordenadas dos seus extremos.

158
UNIDADE 1 Geometria analítica no plano

Consideremos, num plano munido de um referencial cartesiano, os pontos de coorde-


nadas A(1, 1), B(4, 6) e C(4, 1). Seja D o ponto médio do segmento de reta [AC] e M o ponto
de interseção de [AB] com a reta paralela ao eixo das ordenadas e que passa por D.
y
B
6

A C
1
D
O 1 4 x

Pelo Teorema de Tales, vem que: Recorda

AC – – – 3 Teorema de Tales
= AB , isto é, AB = .

AD AM – AM – 1,5 Duas retas paralelas
determinam em duas retas
– concorrentes segmentos de
Logo, AB = 2. Portanto, A–B = 2AM.
– reta correspondentes
AM –
proporcionais.

O
Sabemos que M pertence ao segmento de reta [AB]. Como, por um lado, AB– = AM– + AM

e, por outro, A–B = AM
– + M–B, conclui-se que AM
– = M–B e, portanto, M é o ponto médio A
A’
r

do segmento de reta [AB]. B’


s
B

Determinemos as coordenadas de M:
t u

Abcissa de M OB– O–B’ B–B’


= =
O–A O–A’ A–A’
A abcissa de M é igual à abcissa de D.
A partir do Teorema de
Uma vez que A e C têm a mesma ordenada, transpondo para a reta AC o resultado do Tales, deduzem-se as
teorema anterior, concluímos que a abcissa de D, ponto médio do segmento de reta [AC], seguintes proporções:

1+4 5 –
AB A’–B’ O–B OB– ’
é , isto é, . = e =
2 2 O–A O–A’ A–B A’–B’

Ordenada de M
Aplicando novamente o Teorema de Tales, vem:

B–C = A–C , isto é, 5 = 3 .


M–D A–D M–D 1,5

5
Portanto, M–D = .
2
5 7
A ordenada de M é a soma da ordenada de D com M–D, ou seja, 1 + = .
2 2
h 5 7h
Logo, M i , i.
j 2 2j

5 1+4 7 1+6
Repara que = e = , com A( 1 , 1 ) e B( 4 , 6 ).
2 2 2 2

159
TEMA III Geometria analítica

Em geral, num plano munido de um referencial cartesiano, sejam os pontos de coorde-


GA10_1.4
nadas A(a1, b1), B(a2, b2) e C(a2, b1).
Suponhamos que b2 > b1.
Consideremos, como fizemos no exemplo anterior, o ponto D (ponto médio do seg-
mento de reta [AC]) e o ponto M (ponto de interseção de [AB] com a reta paralela ao eixo
das ordenadas e que passa por D).

y Pelo teorema de Tales, vem que:


b2
B A–C = A–B , isto é, 2A–D = A–B .
A–D AM– A–D AM–

Logo, 2 = AB . Portanto, A–B = 2AM.
M
4 Determina as coordenadas –
do ponto médio do AM –
segmento de reta de A D C
extremos A e B, sendo:
b1
Como A–B = AM– + M–B, então AM– = M–B e, dado que M
a) A(2, 7) e B(6, 11) O a1 a2 x pertence ao segmento de reta [AB], conclui-se que M é o
( ) (
b) A 1, √∫5 e B –2, 3√∫5 ) ponto médio do segmento de reta [AB].
c) A(a + 2, 3a – 1) e Determinemos as coordenadas de M:
B(5a + 4, a – 3)
Abcissa de M
A abcissa de M é igual à abcissa de D. Uma vez que A e C têm a mesma ordenada, então,
generalizando para esta reta o teorema anterior, concluímos que a abcissa do ponto D,
a + a2
ponto médio do segmento de reta [AC], é 1 .
2
Ordenada de M
5 Determina as coordenadas
do centro de uma Aplicando novamente o Teorema de Tales, vem:
circunferência, da qual se

BC – – –
sabe que os pontos = AC , isto é, BC = 2AD .
A(–3, 4) e B(1, 5) são os M–D A–D MD – A–D
extremos de um diâmetro.
|b2 – b1| |b – b1| |b – b1|
Logo, = 2. Portanto, 2 = M–D. Daqui resulta que M–D = 2 .
MD – 2 2
A ordenada de M é a soma da ordenada de D com M–D, ou seja:
b – b1 b – b1
b1 + 2 = b1 + 2 (pois b2 > b1)
2 2
2b1 + b2 – b1
=
2
b + b2
= 1
2
h a1 + a2 b1 + b2 h
Logo, M i , i.
j 2 2 j
Daqui surge o seguinte resultado:
Soluções
4. Teorema
a) (4, 9) Dados um plano munido de um referencial ortonormado e dois pontos A(a1, a2) e
h 1 h B(b1, b2) pertencentes a esse plano, as coordenadas do ponto médio do segmento
b) i– , 2√∫5i
j 2 j
ha + b1 a2 + b2 h
c) (3a + 3, 2a – 2) de reta [AB] são i 1 , i .
h 9h
j 2 2 j
5. i–1, i
j 2j

160
UNIDADE 1 Geometria analítica no plano

1.4. Equação / inequação cartesiana de um conjunto GA10_1.5

de pontos
Recorda
Já vimos que dado um plano munido de um referencial existe uma correspondência • Uma condição é uma
entre os pares ordenados de números reais e os pontos do plano. expressão com variáveis
que se transforma numa
Consideremos agora a relação existente entre uma condição em x e y e o conjunto dos proposição quando se
pontos P(x, y) cujas coordenadas são solução da condição. substituem essas
variáveis por objetos.
Considera a equação y = –x. Os pontos cujas coordenadas são solução da equação são
• A solução de uma
h3 3h
aqueles cuja ordenada é simétrica da abcissa, por exemplo: (1, –1), i , – i , (5, –5), condição em x e y é um
j2 2j par ordenado de valores
(0, 0), (–1, 1), …
que transforma a
condição numa
Representando-os num referencial, já sabes que y proposição verdadeira.
estão alinhados sobre uma reta que passa pela origem
do referencial e bisseta o 2.º e o 4.º quadrantes, ou seja,
estão sobre a bissetriz dos quadrantes pares. 3
1
1 2 5
Por outro lado, qualquer que seja o ponto perten- –1 O x
–1
cente à bissetriz dos quadrantes pares, se considerar- –
3
2
mos as suas coordenadas, vamos constatar que a
ordenada é simétrica da abcissa, isto é, satisfaz a equa- –5
ção y = –x.
6 Verifica se o ponto P(2, 4)
A bissetriz dos quadrantes pares é definida pela equação y = –x. pertence ao conjunto dos
pontos definido por cada
uma das seguintes
equações cartesianas.
Definição a) y = x
b) y = 4
Dado um plano munido de um referencial ortonormado, designa-se por equação c) x = 0
cartesiana de um conjunto C uma equação cujas soluções são as coordenadas dos d) y = x2
pontos de C.
Dado um plano munido de um referencial ortonormado, designa-se por inequação
cartesiana de um conjunto C uma inequação cujas soluções são as coordenadas dos
pontos de C.

Repara que a equação cartesiana ou inequação cartesiana de um conjunto de pontos


nos fornece uma “regra” que permite verificar se um determinado ponto pertence ou não
a esse mesmo conjunto de pontos.
Retomando o exemplo da bissetriz dos quadrantes pares, para averiguarmos se os pontos Soluções
(2, 3) e (–2, 2) pertencem à reta definida por y = –x, fazemos:
6.
• para (2, 3): 3 = – 2 é uma proposição falsa, logo (2, 3) não pertence à reta; a) Não
b) Sim
• para (–2, 2): 2 = –(–2) ⇔ 2 = 2 é uma proposição verdadeira, logo (–2, 2) pertence à c) Não
reta. d) Sim

161
TEMA III Geometria analítica

7 Verifica se o ponto 1.5. Inequações cartesianas de semiplanos


P(–3, –1) pertence ao
conjunto dos pontos
definido por cada uma das Retas verticais e semiplanos
seguintes inequações
cartesianas. Qual é o conjunto de pontos do plano com abcissa igual a 2, ou seja, que satisfazem
a) y ≤ 0 a condição x = 2?
b) x > –3
(2, –1), (2, 0), (2, –√∫5 ), (2, 3), … são alguns dos pares ordenados que satisfazem esta
c) x ≥ –3
condição.
d) x > y
Por definição de abcissa de um ponto ser 2, tem-se que estes pontos estão alinhados
sobre uma reta vertical, e, se representarmos todos os pontos do plano com abcissa igual
a 2 obtemos uma reta vertical:

O 2 x

x=2

No plano, a equação cartesiana x = c define uma reta vertical que passa no ponto (c, 0).

Qual é o conjunto de pontos do plano com abcissa inferior a 2, ou seja, que satisfazem
a condição x < 2?
Geometricamente, estes pontos estão situados à esquerda da reta vertical de equação
x = 2. Representando todos os pontos do plano com abcissa inferior a 2, obtemos um
semiplano aberto:

O 2 x

A condição x > 2 é satisfeita por todos os pontos que estão situados à direita da reta ver-
tical de equação x = 2. Representando-os, obtemos o seguinte semiplano aberto:

O 2 x
Soluções
7.
a) Sim
b) Não
c) Sim Se a condição for x ≤ 2 ou x ≥ 2, a reta definida por x = 2 está incluída no semiplano
d) Não (semiplano fechado) e, por convenção, marca-se a cheio.

162
UNIDADE 1 Geometria analítica no plano

Em geral:
GA10_1.12

8 Identifica e define,
Dados um plano munido de um referencial ortonormado e uma reta r do plano de
utilizando equações ou
equação cartesiana x = c (c ∈R), os dois semiplanos abertos determinados por r têm inequações cartesianas, os
por inequações cartesianas x > c e x < c e designam-se por semiplano à direita e se- seguintes conjuntos de
miplano à esquerda da reta r. pontos do plano:
a) abcissa igual a –4;
Dados um plano munido de um referencial ortonormado e uma reta r do plano de
b) abcissa maior que 0;
equação cartesiana x = c (c ∈R), os dois semiplanos fechados determinados por r
c) abcissa não superior a 5.
têm por inequações cartesianas x ≥ c e x ≤ c e designam-se por semiplano à direita
Recorda
e semiplano à esquerda da reta r.
Dada uma reta r definida
por y = ax + b, a, b ∈R:
• a é o declive da reta;
• b é a ordenada na
Representação geométrica
origem (ordenada do
ponto de interseção da
x>c x<c x≥c x≤c reta com o eixo Oy).
Uma reta de equação
r r r r
y y y y y = ax + b é uma reta não
vertical:
y y = ax + b

O c x O c x O c x O c x a>0
b b>0

O x

y a<0
y = ax + b b>0
b

O x

Retas não verticais e semiplanos y


y = ax + b
Qual é o conjunto de pontos do plano cuja ordenada excede a abcissa numa unidade, O x
ou seja, cujas coordenadas satisfazem a condição y = x + 1? b a>0
b<0
(2, 3), (0, 1), (–2, –1), … são alguns dos pares ordenados que satisfazem esta condição. y = ax + b y a<0
b<0
Se representarmos todos os pontos do plano que satisfazem a condição y = x + 1, obte-
O x
mos uma reta não vertical: b

y
y=x+1 y y
y=b a=0
b b<0

3 x O x
a=0 O
1 b>0 b y=b
–2
O 2 x
–1 Soluções
8. a) Reta vertical de equação
x = – 4. b) Semiplano (aberto) à
direita da reta de equação x = 0,
x > 0. c) Semiplano (fechado) à
esquerda da reta de equação
Recorda que no plano a equação cartesiana y = ax + b define uma reta não vertical. x = 5, x ≤ 5.

163
TEMA III Geometria analítica

E qual é o conjunto de pontos do plano que satisfazem a condição y < x + 1?


GA10_1.11
h 1h
(2, 2), i0, i , (–2, –2), (1, –4), … são alguns dos pares ordenados que satisfazem esta
j 2j
9 Identifica e representa no condição.
plano os conjuntos de
pontos: Geometricamente, os pontos correspondentes estão situados abaixo da reta não vertical
a) cuja ordenada é igual de equação y = x + 1. Se representarmos todos os pontos do plano que satisfazem a con-
ao dobro da abcissa; dição y < x + 1 obtemos um semiplano aberto:
b) cuja ordenada é
y
superior ao simétrico da
abcissa;
c) cuja abcissa é inferior a
3 e a ordenada é O x

superior ou igual a –2.

A condição y > x + 1 é satisfeita por todos os pontos que estão situados acima da reta
não vertical de equação y = x + 1. Se os representarmos obtemos o semiplano aberto:
y

O x

Se a condição for y ≤ x + 1 ou y ≥ x + 1, a reta definida por y = x + 1 está incluída no


semiplano (semiplano fechado) e, por convenção, marca-se esta reta a cheio.

Em geral:
Soluções
9.
a) Reta de equação y = 2x:
Dados um plano munido de um referencial ortonormado e uma reta r do plano de
y y = 2x equação reduzida y = ax + b (a, b ∈R), os dois semiplanos abertos determinados por
2 r têm por inequações cartesianas y > ax + b e y < ax + b e designam-se por semiplano
O 1 x superior e semiplano inferior em relação à reta r.
Dados um plano munido de um referencial ortonormado e uma reta r do plano de
b) Semiplano (aberto) superior à
equação reduzida y = ax + b (a, b ∈R), os dois semiplanos fechados determinados
reta de equação y = –x:
por r têm por inequações cartesianas y ≥ ax + b e y ≤ ax + b e designam-se por semi-
y
y > –x
plano superior e semiplano inferior em relação à reta r.
–1 1
O x

c) Interseção do semiplano
definido pela condição x < 3
y y r y y r
com o semiplano definido r r
pela condição y ≥ –2: y > ax + b
y ≥ ax + b
y
O x O x O x O x

O 3 x y < ax + b y ≤ ax + b
–2

164
UNIDADE 1 Geometria analítica no plano

Exercício resolvido 10 Representa


geometricamente cada um
Representa geometricamente cada um dos conjuntos de pontos do plano determi- dos conjuntos de pontos
nados pelas seguintes condições. do plano determinados
pelas seguintes condições.
a) y > x b) y ≤ –x a) y > 2x
b) y ≤ –2
c) y ≤ –1 d) 2 – x > 0
c) 2x – y < 4
e) y ≤ 2 ∧ x > –3 f) y > 2x + 1 ∨ y < –1
d) 3 – x ≥ 0
g) 2x – y ≤ 6 ∧ x ≥ 2 ∧ 3 – y ≥ 0 h) 2xy < 0 e) y ≤ –2 ∧ x > 1
f) y < 2x ∨ y < 3
i) x2 = y2 j) x2 – 9y2 = 0
g) 2x – y < 4 ∧ x > –4 ∧
∧ 2–y>0
Sugestão de resolução h) (*) xy < 0
i) (*) x2 – y2 = 0
a) y b) y
(*) grau de dificuldade elevado
j) (**) x2 – 4y2 > 0
1 1 (**) grau de dificuldade muito
O1 x O x
–1 elevado
(desempenho avançado que
não será exigível à totalidade
dos alunos)
c) y d) y Cálculo auxiliar Caderno de Apoio às Metas
Curriculares, 10.º ano
2–x>0
⇔2>x
O ⇔x<2
–1 x O 2 x

11 Representa
e) y f) y Cálculo auxiliar geometricamente cada um
3 dos conjuntos de pontos
2 x y = 2x + 1 do plano determinados
–1 1
0 1 (0, 1) pelas seguintes condições.
–3 O x O x
–1 1 2+1=3 (1, 3) a) ~(x < 3)
b) ~(x ≤ 1 ∧ y > 0)
c) ~(x > 2 ∨ y ≥ x)
d) ~(– 4 < x < 1)

g) y

Cálculos auxiliares x y = 2x – 6
3 2x – y ≤ 6
0 –6 (0, –6)
⇔ –y ≤ –2x + 6
1 2 ⇔ y ≥ 2x – 6 1 2 – 6 = –4 (1, –4)
O x
3–y≥0
⇔3≥y
⇔y≤3
–4

–6

(continua) Soluções
Consultar na página 288.

165
TEMA III Geometria analítica

12 Escreve uma condição no Exercício resolvido


plano que corresponda a (continuação)
cada um dos seguintes
conjuntos de pontos. Sugestão de resolução
a) y
h) 2xy < 0 ⇔ xy < 0 ⇔ (x > 0 ∧ y > 0) ∨ (x < 0 ∧ y > 0)

–2 1 Nota
O x
Um produto é negativo quando os fatores têm sinais contrários.

y
b) y

O x O x
–1

c) y
3

i) x2 = y2 ⇔ x = y ∨ x = –y ⇔ y = x ∨ y = –x
O
–1 1 x
Nota
–2
Os quadrados de dois números são iguais quando os números são iguais
d) y
ou simétricos.
4
y = –x y=x
y

O 4 x 1

–1 O 1 x
–4

j) x2 – 9y2 = 0 ⇔ x2 – (3y)2 = 0
⇔ (x – 3y)(x + 3y) = 0
⇔ x – 3y = 0 ∨ x + 3y = 0
⇔ –3y = –x ∨ 3y = –x
1 1
⇔y= x ∨ y=– x
3 3

y Cálculo auxiliar
1 1
y=– x y= x
3 3
x 1
1 y= x
3
O 3 x
APRENDE FAZENDO –1 0 0 (0, 0)
Págs. 182 e 183 3 1 (3, 1)
Exercícios 2, 5 e 8

Soluções x 1
y=– x
3
12.
0 0 (0, 0)
a) x ≤ –2 ∨ x > 1
b) –1 < y < 1 3 –1 (3, –1)
c) –1 ≤ x ≤ 1 ∧ –2 ≤ y ≤ 3
d) –4 < y < 4 ∨ y ≤ x

166
UNIDADE 1 Geometria analítica no plano

1.6. Mediatriz de um segmento de reta Recorda

A mediatriz de um
determinado segmento de
Definição
reta [AB], num dado plano,
é a reta perpendicular a
A mediatriz de um segmento de reta [AB] é o conjunto dos pontos do plano equi- esse segmento e que passa
distantes de A e de B. no ponto médio, M.

A P
Consideremos, num plano munido de um referencial cartesiano, os pontos de coorde-
M
nadas A(1, 1), B(3, 5) e C(3, 1). B

Facilmente representamos graficamente e identificamos por uma equação cartesiana as


mediatrizes dos segmentos de reta [AC] e [BC].
Seja P um ponto qualquer
pertencente à mediatriz de
y x=2 [AB].
• A–M = M–B, pois M é o
B ponto médio de [AB].
5
• AM̂P = BM̂P
Mediatriz de [BC]
• M–P = M–P
y=3
Pelo critério LAL de
A
1 C igualdade de triângulos,
concluímos que:
O x
1 3
˚[AMP] ≡ ˚[BMP]
Mediatriz de [AC]
Logo, P–A = P–B.
Observa que,
E se quisermos definir por uma equação cartesiana a mediatriz de [AB]? reciprocamente, se
P–A = P–B, então P pertence
Sendo P(x, y) um ponto qualquer da mediatriz de [AB], tem-se que d(A, P) = d(B, P): à mediatriz de [AB].

d(A, P) = d(B, P) ⇔ √∫(∫x∫ –∫ ∫ ∫1∫)2∫ ∫ +


∫ ∫ ∫(∫y∫ ∫–∫ 1
∫ ∫)2 = √∫(∫x∫ ∫–∫ 3
∫ ∫)2∫ ∫ +
∫ ∫ ∫(∫y∫ ∫–∫ 5
∫ ∫)2
(*) Nota
⇔ (√∫(∫x∫ ∫–∫ 1
∫ ∫)2∫ ∫ ∫+∫ (∫ ∫y∫ –∫ ∫ ∫1∫)2)2 = (√∫(∫x∫ –∫ ∫ ∫3∫)2∫ ∫ + ∫ ∫)2)2
∫ ∫ ∫(∫y∫ ∫–∫ 5
(*) Se a e b são números
⇔ (x – 1)2 + (y – 1)2 = (x – 3)2 + (y – 5)2 não negativos, a2 = b2
⇔ a = b.
⇔ x2 – 2x + 1 + y2 – 2y + 1 = x2 – 6x + 9 + y2 – 10y + 25
⇔ x2 – 2x + 1 + y2 – 2y + 1 – x2 + 6x – 9 – y2 + 10y – 25 = 0
⇔ 4x + 8y – 32 = 0 13 Considera, num plano
munido de um referencial
⇔ 8y = – 4x + 32 cartesiano, os pontos de
1 coordenadas A(1, –3),
⇔y=– x+4
2 B(– 4, 2) e C(2, k), k ∈R.
Determina k de modo que
Qualquer uma das equações acima é uma equação cartesiana que define a mediatriz o ponto C seja
equidistante de A e de B.
de [AB].
1
Porém, é útil obter a equação y = – x + 4 (equação reduzida da reta) que define a
2
mediatriz de [AB].
Solução
Chamamos equação reduzida da reta a uma equação do tipo y = ax + b, com a, b ∈R.
13. k = 3

167
TEMA III Geometria analítica

Em geral, sendo A(a1, a2) e B(b1, b2), como encontrar uma equação da mediatriz de [AB]?
GA10_1.6
Sendo P(x, y) um ponto qualquer da mediatriz de [AB], tem-se que:
d(A, P) = d(B, P) ⇔ √∫(∫x∫ –∫ ∫ ∫a1∫ ∫)2∫ ∫ +
∫ ∫ ∫(∫y∫ ∫–∫ a∫ ∫2∫)2 = √∫(∫x∫ –∫ ∫ ∫b1∫ ∫)2∫ ∫ +
∫ ∫ ∫(∫y∫ ∫–∫ b
∫ 2∫ ∫)2
⇔ (√∫(∫x∫ –∫ ∫ ∫a1∫ ∫)2∫ ∫ ∫+∫ (∫ ∫y∫ –∫ ∫ ∫a2∫ ∫)2)2 = (√∫(∫x∫ ∫–∫ b
∫ 1∫ ∫)2∫ ∫ ∫+∫ (∫ ∫y∫ –∫ ∫ ∫b2∫ ∫)2)2
Equação cartesiana da
⇔ (x – a1 )2 + (y – a2 )2 = (x – b1 )2 + (y – b2 )2 mediatriz do segmento
U U U U de reta [AB]
Coordenadas de A Coordenadas de B

Dados um plano munido de um referencial ortonormado e dois pontos A(a1, a2) e


B(b1, b2) desse plano:
(x – a1)2 + (y – a2)2 = (x – b1)2 + (y – b2)2 é uma equação cartesiana da mediatriz do
segmento de reta [AB].
Esta condição pode sempre ser simplificada e é equivalente a uma condição do tipo
y = mx + b (equação reduzida da reta) ou do tipo x = c, com c ∈R.

14 Determina uma equação Exercícios resolvidos


da mediatriz de [AB],
sendo: 1. Considera os pontos do plano A(2, – 4) e B(–1, 2).
a) A(–3, 2) e B(1, 0)
a) Determina uma equação da mediatriz de [AB]. Apresenta a resposta sob a forma
b) A(1, 7) e B(4, 7)
de uma equação reduzida.
h1 7h
b) Averigua se o ponto de coordenadas C i ,– i pertence à mediatriz de [AB].
j6 6j

Sugestão de resolução

a) Uma equação cartesiana da mediatriz de [AB] é:


(x – 2)2 + (y – (–4))2 = (x – (–1))2 + (y – 2)2
Vamos simplificá-la até obtermos a equação reduzida da reta:
(x – 2)2 + (y – (–4))2 = (x – (–1))2 + (y – 2)2
⇔ (x – 2)2 + (y + 4)2 = (x + 1)2 + (y – 2)2
⇔ x2 – 4x + 4 + y2 + 8y + 16 = x2 + 2x + 1 + y2 – 4y + 4
⇔ – 4x + 8y + 16 = 2x + 1 – 4y
⇔ 8y + 4y = 2x + 4x + 1 – 16
⇔ 12y = 6x – 15
6 15
⇔y= x–
12 12
Soluções
1 5
14. ⇔y= x–
2 4
a) y = 2x + 3
5
b) x =
2

168
UNIDADE 1 Geometria analítica no plano

15 Considera os pontos do
h1 7h h1 7h plano P(2, 0) e Q(–5, 1).
b) O ponto i ,– i pertence à mediatriz de [AB] se as coordenadas i ,– i
j6 6j j6 6j a) Determina uma
satisfizerem uma das equações cartesianas que definem a mediatriz de [AB]. equação da mediatriz
h1 7h 1 15 do segmento de reta de
Averiguemos se as coordenadas i , – i satisfazem a equação y = x – : extremos P e Q.
j6 6j 2 12
7 1 1 15 7 1 15 b) O ponto de
– = ¥ – ⇔– = – coordenadas (1, 11)
6 2 6 12 6 12 12
pertence à mediatriz de
7 14
⇔– =– [PQ]?
6 12
c) Indica as coordenadas
7 7
⇔ – = – , proposição verdadeira de três pontos que
6 6 pertençam à mediatriz
h1 7h
Assim, o ponto C de coordenadas i , – i pertence à mediatriz de [AB]. de [PQ].
j6 6j
Outro processo
O ponto C pertence à mediatriz de [AB] se d(A, C) = d(B, C). Determinemos
d(A, C) e d(B, C):

√∫ 16 – 2 +∫ – 76 –∫ (– 4) =√ ∫ 16 – ∫126 + – ∫ 76 + 4
h h2 h h2 h h2 h h2
d(A, C) = i i i i i i i i
j j j j j j j j

=√ ∫ – +∫ – +∫ =√∫ – ∫
h
11 h2
7 24 h 11 h217 h h2 h h2
i i i + i i i i i
6
j j6 6 j 6 j 6 j j j j

=√∫
36 ∫ 36 √∫ 36 √∫ 18
121 289 410 205
+ = =

d(B, C) =√∫ – (–1)∫ + – ∫ – 2 =√ ∫ + 1 + ∫ – 76 –∫ 126


h1 7 h2 1 h h2 h h2 h h2
i i i i i i i i
j6 6 j 6 j j j j j j

=√ ∫ +∫ – =√ ∫ +
h7 h2 19 h 49 361 h2
i i i i
j6 j 6 j 36 36 j

=√∫ =√∫
410 205
36 18
h1 7h
Como d(A, C) = d(B, C), concluímos que o ponto C de coordenadas i , – i
j6 6j
pertence à mediatriz de [AB].

2. Sabe-se que o ponto P(a, 2a), a ∈R é equidistante dos pontos A(–1, 2) e B(3, –2).
Determina o valor de a.

Sugestão de resolução

Como o ponto P(a, 2a), a ∈R é equidistante dos pontos A(–1, 2) e B(3, –2),
então as suas coordenadas satisfazem (a + 1)2 + (2a – 2)2 = (a – 3)2 + (2a + 2)2:
APRENDE FAZENDO
(a + 1)2 + (2a – 2)2 = (a – 3)2 + (2a + 2)2 Págs. 182, 185, 188 e 189
⇔ a2 + 2a + 1 + 4a2 – 8a + 4 = a2 – 6a + 9 + 4a2 + 8a + 4 Exercícios 3, 17, 27 e 32

⇔ –6a + 1 = 2a + 9
Soluções
⇔ –8a = 8
⇔ a = –1 15.
a) y = 7x + 11
Conclui-se que a = –1. b) Não
h 3 1h
c) (0, 11), (1, 18) e i– , i
j 2 2j
(por exemplo)

169
TEMA III Geometria analítica

GA10_1.7 1.7. Circunferência e círculo


Definição

r
A circunferência de centro C e raio r é o conjunto dos pontos do plano cuja distância
C
a C é r (na unidade considerada).

Consideremos, num plano munido de um referencial cartesiano, o ponto de coordena-


das C(3, 1).

E se quisermos definir por uma equação cartesiana a circunferência de centro C e raio 5?

Sabemos que, sendo P(x, y) um ponto qualquer da circunferência de centro C e raio 5,


tem-se que d(C, P) = 5.
Nota (*)
∫ ∫)∫2∫ ∫+∫ (∫ ∫y∫ –∫ ∫ ∫1∫)2 = 5 ⇔ (√∫(∫x∫ –∫ ∫ ∫3∫)2∫ ∫ +
d(C, P) = 5 ⇔ √∫(∫x∫ ∫–∫ 3 ∫ ∫)2)2 = 52
∫ ∫ ∫(∫y∫ ∫–∫ 1
(*) Se a e b são números
não negativos, a2 = b2 ⇔ (x – 3 )2 + (y – 1 )2 = 5 2
⇔ a = b. U U U
Coordenadas do centro C(3, 1) Raio

Qualquer uma das equações acima é uma equação cartesiana que define a circunfe-
rência de centro C e raio 5.
16 Considera os pontos do
plano A(2, 3), B(0, 5) e A equação (x – 3)2 + (y – 1)2 = 52 designa-se por equação cartesiana reduzida da circun-
C(–1, 4).
ferência.
a) Determina uma
equação da
circunferência:
Em geral, sendo C(c1, c2) um ponto do plano e r um número real positivo, como definir
i. de centro A e raio B–C;
a circunferência de centro C e raio r?
ii. de centro B e a passar
em A; Sabemos que, sendo P(x, y) um ponto qualquer da circunferência de centro C e raio r,
iii. de centro C e tem-se que d(C, P) = r.
tangente ao eixo das
abcissas. d(C, P) = r ⇔ √∫(∫x∫ ∫–∫ c∫ ∫1∫)2∫ ∫ +
∫ ∫ ∫(∫y∫ ∫–∫ c∫ 2∫ ∫)2 = r
b) Averigua se o ponto
(*)
P(1, 2) pertence a ⇔ (√∫(∫x∫ ∫–∫ c∫ 1∫ ∫)∫2∫ ∫+∫ (∫ ∫y∫ –∫ ∫ ∫c2∫ ∫)2)2 = r2
alguma das
circunferências
⇔ (x – c1 )2 + (y – c2 )2 = r 2 Equação cartesiana da circunferência
definidas nas alíneas
anteriores. U U U
Coordenadas do centro C(c1, c2) Raio

Soluções
16.
a)
Fixada uma unidade de comprimento, dados um plano munido de um referencial
i. (x – 2)2 + (y – 3)2 = 2 ortonormado, um ponto C(c1, c2) pertencente a esse plano e um número r > 0:
ii. x2 + (y – 5)2 = 8
iii. (x + 1)2 + (y – 4)2 = 16
(x – c1)2 + (y – c2)2 = r2 é uma equação cartesiana da circunferência de centro C e
b) Pertence só à circunferência raio r. Também se designa por equação reduzida da circunferência.
definida na alínea i.

170
UNIDADE 1 Geometria analítica no plano

Consideremos novamente a circunferência de centro C(3, 1) e raio 5. Vimos que uma


equação cartesiana que a define é:
(x – 3)2 + (y – 1)2 = 52
Esta equação é equivalente a qualquer uma das equações abaixo:
x2 – 6x + 9 + y2 – 2y + 1 = 25 ⇔ x2 – 6x + y2 – 2y = 25 – 9 – 1
⇔ x2 – 6x + y2 – 2y = 15
Repara que nesta última equação da circunferência não são “visíveis” as coordenadas do
centro e o raio da circunferência, enquanto na equação cartesiana reduzida da circunfe-
rência são.

E se for dada a equação cartesiana na forma x2 – 6x + y2 – 2y = 15, como passá-la para


a equação reduzida (x – 3)2 + (y – 1)2 = 52?
x2 – 6x + y2 – 2y = 15
⇔ x2 – 6x + 32 + y2 – 2y + 12 = 15 + 32 + 12 Primeiro é preciso descobrir, como explicado ao lado,
Recorda
o termo de grau zero de cada caso notável e adicioná-lo
  aos dois membros da equação.
(x + a)2 = x2 + 2ax + a2
⇔ (x – 3)2 + (y – 1)2 = 15 + 9 + 1 “Construir” o caso notável. (x – a)2 = x2 – 2ax + a2
⇔ (x – 3)2 + (y – 1)2 = 25 Repara que existe uma
⇔ (x – 3)2 + (y – 1)2 = 52 Escrever o 2.º membro como uma potência de expoente 2. relação entre o coeficiente
do termo de grau 1(2a) e o
Exercícios resolvidos termo de grau 0 (a2).
Se pretenderes determinar
1. Identifica as figuras geométricas planas definidas pelas seguintes equações. o termo de grau 0 que
“completa” um destes
( )
a) (x + 2)2 + y – √∫3 2 = 49 b) (y + 5)2 + (x – 1)2 = 7 casos notáveis, procede da
c) x2 – 8x + y2 + 6y + 23 = 0 d) 3x2 + 6x + 3y2 – 12y + 3 = 0 seguinte forma:
1.º passo: Considera o
coeficiente do
Sugestão de resolução termo de grau 1.
2.º passo: Divide-o por 2.
( )
a) A equação (x + 2)2 + y – √∫3 2 = 49 define a circunferência de centro –2, √∫3 ( )
3.º passo: Eleva o resultado
e raio 7.
anterior ao
b) A equação (y + 5)2 + (x – 1)2 = 7, que é equivalente a (x – 1)2 + (y + 5)2 = 7, quadrado.
define a circunferência de centro (1, –5) e raio √∫7. 2a
11
÷2
c) x2 – 8x + y2 + 6y + 23 = 0
h8h2 h6h2 h8h2 h6h2 a
⇔ x2 – 8x + i i + y2 + 6y + i i = –23 + i i + i i
j2j j2j j2j j2j ( )2
⇔ – 8x +
x2 42
+ + 6y + y2 32
= –23 + + 42 32 a2
⇔ (x – 4)2 + (y + 3)2 = –23 + 16 + 9
⇔ (x – 4)2 + (y + 3)2 = 2. A equação (x – 4)2 + (y + 3)2 = 2 define a circunfe-
rência de centro (4, –3) e raio √∫2.
d) 3x2 + 6x + 3y2 – 12y + 3 = 0
⇔ x2 + 2x + y2 – 4y = –1
h2h2 h4h2 h2h2 h4h2
⇔ x2 + 2x + i i + y2 – 4y + i i = –1 + i i + i i
j2j j2j j2j j2j
⇔ x + 2x + 1 + y – 4y + 2 = –1 + 1 + 2
2 2 2 2 2 2

⇔ (x + 1)2 + (y – 2)2 = 4. A equação (x + 1)2 + (y – 2)2 = 4 define a circunfe-


rência de centro (–1, 2) e raio 2.
(continua)

171
TEMA III Geometria analítica

17 Indica o centro e o raio Exercícios resolvidos


das circunferências (continuação)
definidas por cada uma 2. Na figura estão representados, num referencial ortonor- y
das seguintes condições.
mado do plano, o quadrilátero [ABCD] e a circunfe-
a) (x – 1)2 + (y – 2)2 = 9
rência de equação (x – 1)2 + (y + 1)2 = 5. A
h 1h2
j 3j
(
b) ix + i + y – √∫3 2 = 2 ) Sabe-se que: B D
O x
c) x2 + y2 =1 • os vértices do quadrilátero [ABCD] pertencem à cir-
d) x2 + y2 – 2x – 4y – 4 = 0 cunferência;
e) 2x2 + 2y2 + 8x – 12y + • a reta AC tem equação x = 2; C

+ 16 = 0 • os pontos B e D pertencem ao eixo Ox.


1
f) x2 + y2 + y – =0
4 a) Determina as coordenadas dos vértices do quadrilátero [ABCD].

b) Determina a área do quadrilátero [ABCD].

Sugestão de resolução

a) Os pontos A e C são a interseção da circunferência com a reta AC:


x=2 ––– –––





⇔ ⇔
(x – 1)2 + (y + 1)2 = 5 (2 – 1)2 + (y + 1)2 = 5 1 + (y + 1)2 = 5
––– –––



⇔ ⇔
(y + 1)2 = 5 – 1 (y + 1)2 = 4
––– –––



⇔ ∨
y+1=2 y + 1 = –2
––– ––– x=2 x=2







⇔ ∨ ⇔ ∨
y=2–1 y = –2 – 1 y=1 y = –3

Como a ordenada de A é superior à ordenada de C, então A(2, 1) e C(2, – 3).


Os pontos B e D são a interseção da circunferência com o eixo Ox:
y=0 ––– –––






⇔ ⇔
APRENDE FAZENDO
(x – 1)2 + (y + 1)2 = 5 (x – 1)2 + (0 + 1)2 = 5 (x – 1)2 + 1 = 5
Págs. 182, 183, 185, 186 ––– –––




e 189 ⇔ ⇔
(x – 1)2 = 5 – 1 (x – 1)2 = 4
Exercícios 4, 7, 18, 19, 21,
33 e 34 ––– –––




⇔ ∨
x–1=2 x – 1 = –2
CADERNO DE EXERCÍCIOS
E TESTES ––– ––– y=0 y=0








⇔ ∨ ⇔ ∨
Pág. 16 x=2+1 x = –2 + 1 x=3 x = –1
Exercício 3
Como a abcissa de D é superior à abcissa de B, então D(3, 0) e B(–1, 0).
Soluções
b) A[ABCD] = A[ABD] + A[BCD] =
B–D ¥ ordenada de A + B–D ¥ |ordenada de C|
17.
2 2
a) C(1, 2) e raio 3.
h 1 h |3 – (–1)| ¥ 1 |3 – (–1)| ¥ |–3|
b) C i– , √∫3i e raio √∫2. = +
j 3 j 2 2
c) C(0, 0) e raio 1. 4¥1 4¥3
= +
d) C(1, 2) e raio 3. 2 2
e) C(–2, 3) e raio √∫5. = 2 + 6 = 8 u.a.
h
f) C i0, –
1h
i e raio
√∫2 .
j 2j 2

172
UNIDADE 1 Geometria analítica no plano

Definição GA10_1.13

O círculo de centro C e raio r é o conjunto dos pontos do plano cuja distância a C


é inferior ou igual a r (na unidade considerada).
r
C

Assim, se pretendermos definir por uma condição o círculo de centro C(3, 1) e raio 5,
temos que ter em consideração que este é constituído por todos os pontos do plano cuja
distância a C é inferior ou igual a 5.
Se P(x, y) é um ponto qualquer do círculo, vem que d(C, P) ≤ 5.
∫ ∫)2∫ ∫ ∫+∫ (∫ ∫y∫ –∫ ∫ ∫1∫)2 ≤ 5
d(C, P) ≤ 5 ⇔ √∫(∫x∫ ∫–∫ 3
(*)
⇔ (√∫(∫x∫ –∫ ∫ ∫3∫)2∫ ∫ + ∫ ∫)2)2 ≤ 52
∫ ∫ ∫(∫y∫ ∫–∫ 1

⇔ (x – 3 )2 + (y – 1 )2 ≤ 5 2
U U U
Coordenadas do centro C(3, 1) Raio
Nota
Qualquer uma das inequações acima é uma inequação cartesiana que define o círculo
de centro C e raio 5. (*) Se a e b são números
não negativos, a2 ≤ b2
Em geral, sendo C(c1, c2) um ponto do plano, r um número real positivo e P(x, y) um ⇔ a ≤ b.
ponto qualquer do círculo de centro C e raio r, tem-se que d(C, P) ≤ r.
d(C, P) ≤ r ⇔ √∫(∫x∫ –∫ ∫ ∫c∫1∫)2∫ ∫ +
∫ ∫ ∫(∫y∫ ∫–∫ c∫ ∫2∫)2 ≤ r
(*)
⇔ (√∫(∫x∫ ∫–∫ c∫ ∫1∫)2∫ ∫ ∫+∫ (∫ ∫y∫ –∫ ∫ ∫c2∫ ∫)2)2 ≤ r2
Inequação cartesiana do círculo 18 a) Define por uma
⇔ (x – c1 )2 + (y – c2 )2 ≤ r 2
condição o círculo de
de centro C e raio r
U U U
centro C(1, –2) e raio 3.
Coordenadas do centro C(c1, c2) Raio b) Considera os pontos
A(0, 3), B(1, 1) e
h1 2h
D i , – i . Averigua
j2 3j
Fixada uma unidade de comprimento, dados um plano munido de um referencial se algum destes pontos
ortonormado, um ponto C(c1, c2) pertencente a esse plano e um número r > 0: pertence ao círculo
definido na alínea
(x – c1)2 + (y – c2)2 ≤ r2 é uma inequação do círculo de centro C e raio r. anterior.

Outras inequações cartesianas

y y y

r r
c2 c2 c2
C C C

Soluções
O c1 x O c1 x O c1 x
18.
a) (x – 1)2 + (y + 2)2 ≤ 9
(x – c1)2 + (y – c2)2 < r2 (x – c1)2 + (y – c2)2 ≥ r2 (x – c1)2 + (y – c2)2 > r2 b) Os pontos B e D pertencem.

173
TEMA III Geometria analítica

19 Representa Exercícios resolvidos


geometricamente cada um
dos conjuntos de pontos 1. Identifica as figuras geométricas planas definidas pelas seguintes equações.
do plano determinados
pelas seguintes condições. a) 4 ≤ (x – 2)2 + (y + 3)2 ≤ 9
a) (x + 1)2 + (y – 2)2 ≤ 4 ∨ b) (x + 1 )2 + (y – 1)2 > 1 ∧ (x + 1)2 + (y + 1)2 < 9
∨ y≥2
b) x2 + y2 > 1 ∧ x < 0 ∧
∧ y<0
c) (x – 3)2 + y2 < 9 ∧
Sugestão de resolução
∧ 1<x<5
a) 4 ≤ (x – 2)2 + (y + 3)2 ≤ 9 define a coroa circular de centro C(2, –3), sendo 3
d) 4 ≤ x2 + y2 ≤ 16
o raio da circunferência externa e 2 o raio da circunferência interna.
e) (x + 1)2 + (y + 1)2 ≤ 25 ∧
∧ (x – 1)2 + (y – 1)2 ≥ 1
b) (x + 1)2 + (y – 1)2 > 1 define o exterior da circunferência de centro C(–1, 1)
e raio 1.
(x + 1)2 + (y + 1)2 < 9 define o interior da circunferência de centro C(–1, –1)
e raio 3.
(x + 1)2 + (y – 1)2 > 1 ∧ (x + 1)2 + (y + 1)2 < 9 define a interseção do exterior
da circunferência de centro C(–1, 1) e raio 1 com o interior da circunferência
de centro C(–1, –1) e raio 3.

2. Identifica e define analiticamente, utilizando equações ou inequações cartesianas,


os seguintes conjuntos de pontos do plano.
a) Pontos cuja distância ao ponto C(–2, 4) é igual a 3 unidades.

b) Pontos cuja distância ao ponto C(–1, –3) não excede 5 unidades.

c) Pontos cuja distância ao ponto C(0, –4) é superior ou igual a 1 unidade e inferior
ou igual a 2 unidades.
(*) grau de dificuldade elevado d) (*) Pontos cuja medida da distância ao ponto A(–2, 1) é o dobro da medida da
(desempenho avançado que
distância ao ponto B(1, –2).
não será exigível à totalidade
dos alunos)

Sugestão de resolução

a) O conjunto de pontos cuja distância ao ponto C(–2, 4) é igual a 3 unidades


é a circunferência de centro C(–2, 4) e raio 3.
Uma equação cartesiana que a define é:
APRENDE FAZENDO
Págs. 183 e 186
(x + 2)2 + (y – 4)2 = 9
Exercícios 9 e 20

CADERNO DE EXERCÍCIOS
b) O conjunto de pontos cuja distância ao ponto C(–1, –3) não excede 5 uni-
E TESTES dades é o círculo de centro C(–1, –3) e raio 5.
Págs. 16 e 17 Uma inequação cartesiana que o define é:
Exercícios 2, 4 e 6
(x + 1)2 + (y + 3)2 ≤ 25
Soluções
Consultar na página 288.

174
UNIDADE 1 Geometria analítica no plano

20 Escreve uma condição no


plano que corresponda a
c) O conjunto de pontos cuja distância ao ponto C(0, –4) é superior ou igual a 1 cada um dos seguintes
unidade e inferior ou igual a 2 unidades é a coroa circular de centro C(0, –4), conjuntos de pontos.
sendo 2 o raio da circunferência externa e 1 o raio da circunferência interna. a) y
É definido por 1 ≤ x2 + (y + 4)2 ≤ 4.
O 1 2x
d) Procuramos o conjunto de pontos P tais que d(P, A) = 2d(P, B).

b) y
d(P, A) = 2d(P, B) ⇔ √∫(∫x∫ +
∫ ∫ ∫2∫)2∫ ∫ ∫+∫ (∫ ∫y∫ –∫ ∫ ∫1∫)2 = 2√∫(∫x∫ ∫–∫ 1
∫ ∫)2∫ ∫ ∫+∫ (∫ ∫y∫ +
∫ ∫ ∫2∫)2 5
4
⇔ (√∫(∫x∫ +
∫ ∫ ∫2∫)2∫ ∫ + ∫ ∫)2)2 = (2√∫(∫x∫ ∫–∫ ∫1∫)2∫ ∫ ∫+∫ (∫ ∫y∫ +
∫ ∫ ∫(∫y∫ ∫–∫ 1 ∫ ∫ ∫2∫)2)2
O 2 x
⇔ (x + 2)2 + (y – 1)2 = 4((x – 1)2 + (y + 2)2)
⇔ x2 + 4x + 4 + y2 – 2y + 1 = 4(x2 – 2x + 1 + y2 + 4y + 4)
c) y 6
⇔ x2 + 4x + 4 + y2 – 2y + 1 = 4x2 – 8x + 4 + 4y2 + 16y + 16
O
⇔ –3x2 + 12x – 3y2 – 18y = 15 –6 –3 6 x

⇔ x2 – 4x + y2 + 6y = –5 –6
h4h2 h6h2 h4h2 h6h2
⇔ x2 – 4x + i i + y2 + 6y + i i = –5 + i i + i i
j2j j2j j2j j2j
21 Identifica e define
⇔ x2 – 4x + 22 + y2 + 6y + 32 = –5 + 4 + 9
analiticamente, utilizando
⇔ (x – 2)2 + (y + 3)2 = 8 (equação cartesiana reduzida) equações ou inequações
cartesianas, os seguintes
conjuntos de pontos do
O conjunto de pontos cuja medida da distância ao ponto A(–2, 1) é o dobro
plano.
da medida da distância ao ponto B(1, –2) é a circunferência de centro (2, –3) a) Pontos que distam
e raio √∫8. igualmente dos pontos
A(–3, 5) e B(1, 1).
b) Pontos cuja distância ao
ponto C(2, –3) não
excede 4 unidades.
c) (*) Pontos cuja medida
Esquematizando / Resumindo da distância ao ponto
D(–5, 4) é o dobro da
medida da distância ao
Ao longo destas últimas unidades fomos trabalhando as seguintes fórmulas, ponto E(1, 4).
que deves ter sempre presentes. (*) grau de dificuldade elevado
(desempenho avançado que
Sejam A(a1, a2) e B(b1, b2) dois pontos do plano:
não será exigível à totalidade
dos alunos)
Caderno de Apoio às Metas
Distância entre A e B. √∫(∫b∫1∫ ∫–∫ ∫a∫1∫)∫2∫ ∫+∫ ∫(∫b∫2∫ ∫–∫ ∫a∫2∫)2 Curriculares, 10.º ano

Ponto médio do segmento h a1 + b1 a2 + b2 h Soluções


i , i
de reta [AB]. j 2 2 j
20. a) 1 < x2 + y2 < 4 ∧ y ≤ –x
b) (x – 2)2 + (y – 4)2 ≥ 4 ∧ y ≤ 5
Mediatriz do segmento de
(x – a1)2 + (y – a2)2 = (x – b1)2 + (y – b2)2 c) (x2 + y2 ≤ 36 ∧ x ≥ 0 ∧
reta [AB].
y ≥ 0) ∨ (x2 + y2 ≤ 36 ∧ x ≤ –3)
21. a) Mediatriz de [AB]; y = x + 4
Circunferência de centro A
(x – a1)2 + (y – a2)2 = r2 b) Círculo de centro C e raio 4;
e raio r. (x – 2)2 + (y + 3)2 ≤ 16
c) Circunferência de centro (3, 4)
e raio 4; (x – 3)2 + (y – 4)2 = 16

175
TEMA III Geometria analítica

GA10_1.8 1.8. Elipse


Contextualização histórica Tarefa resolvida

Numa folha de cartolina espeta dois pioneses a 8 cm de distância.


Em cada um dos pioneses prende a extremidade de um fio com 10 cm de compri-
mento.
Com o fio esticado, faz deslizar a ponta da caneta ao longo de todo o fio até dares
uma volta completa.
Descreve uma propriedade comum a todos os pontos que constituem o lugar geo-
Johannes Kepler (1571- métrico que acabaste de desenhar.
-1630)
A elipse, a parábola e a
hipérbole são curvas
(cónicas) que possuem Sugestão de resolução
propriedades que as
tornam importantes em
várias aplicações.
O interesse pelo seu
estudo vem de tempos
8 cm
muitos remotos 8 cm 8 ccm
m
(século IV a. C.).
Em 1609, o astrónomo e
físico alemão Johannes
Kepler concluiu, após Seja P um ponto qualquer da figura. A soma das distâncias de P aos dois pontos
muitos estudos e marcados pelos pioneses é constante e igual a 10 cm.
observações astronómicas,
que “cada planeta move-se
em torno do Sol com uma
trajetória que é uma
elipse, da qual o Sol A figura construída na tarefa anterior chama-se elipse.
ocupa um dos focos”
(1.ª Lei de Kepler).
Hoje em dia as Definição
propriedades da elipse
continuam a ser utilizadas, Fixada uma unidade de comprimento e um plano, dados dois pontos A e B perten-
por exemplo, em alguns centes a esse plano e um número a tal que 2a > AB – , o conjunto de pontos P do plano
aparelhos de iluminação
utilizados por dentistas e
tais que d(P, A) + d(P, B) = 2a designa-se por elipse.
na construção de algumas P
salas com propriedades
acústicas especiais.
A B

d(P, A) + d(P, B) = 2a

Repara que na tarefa:


• os focos correspondem aos • Os pontos A e B designam-se por focos da elipse.
pioneses; • O ponto médio do segmento de reta [AB] designa-se por centro da elipse.
• o número 2a, eixo maior,
corresponde ao comprimento • O número 2a (soma das distâncias de um ponto qualquer da elipse aos dois focos)
do fio. chama-se eixo maior; o número a chama-se semieixo maior da elipse.

176
UNIDADE 1 Geometria analítica no plano

Interpretação geométrica do eixo maior

Consideremos uma elipse de focos A e B e de eixo maior 2a em determinado plano:

A B

Seja [CD] o segmento de reta que contém os focos A e B da elipse e cujos extremos C
e D são pontos pertencentes à elipse.

C D
A B

Sabemos que 2a é a soma das distâncias de um ponto qualquer da elipse aos dois pontos
A e B.

Assim:
d(D, A) + d(D, B) = 2a e d(C, A) + d(C, B) = 2a
Então:
d(D, A) + d(D, B) = d(C, A) + d(C, B)
isto é:
d(A, B) + d(B, D) + d(D, B) = d(C, A) + d(C, A) + d(A, B)
que é equivalente a:
2d(D, B) = 2d(C, A)
ou seja:
d(D, B) = d(C, A)
Repara que:
d(C, D) = d(C, A) + d(A, D)
Como d(D, B) = d(C, A), vem que:
d(C, D) = d(D, B) + d(A, D)
e:
d(C, D) = d(A, D) + d(D, B)
Logo:
d(C, D) = 2a

Concluímos, assim, que o comprimento do segmento de reta que contém os focos e


cujos extremos são pontos da elipse é o eixo maior da elipse e é igual a 2a.

177
TEMA III Geometria analítica

GA10_1.9
Eixo menor da elipse

Consideremos, num plano munido de um referencial ortonormado (*), a elipse de focos


Nota
F1(–c, 0) e F2(c, 0), com c > 0 e de eixo maior 2a, 0 < c < a. A elipse interseta o eixo Oy
(*) Para tornar todo o e seja C o ponto de interseção da elipse com o semieixo positivo das ordenadas.
trabalho mais simples, é
conveniente escolher o y
C
referencial de forma a
que os focos se situem
no eixo Ox e tenham
F1 O F2 x
coordenadas (–c, 0) e
(c, 0), onde 2c é a
distância entre os focos.

F1–C = F2–C, pois os triângulos [F1OC] e [F2OC] são iguais (O–F1 = O–F2; F1ÔC = F2ÔC;
O–C = O–C logo, pelo critério LAL, concluímos a igualdade dos triângulos).
F1–C = F2–C = a, pois F1–C + F2–C = 2a (C pertence à elipse) e F1–C = F2–C.

y
C

a a
O
  x
F1 c c F2

Aplicando o Teorema de Pitágoras: a2 = O–C2 + c2, ou seja, a2 – c2 = O–C2.


Portanto, O–C = √∫a2∫ ∫ ∫–∫ c∫ 2∫ .
Designando O–C por b, tem-se b = √∫a2∫ ∫ ∫–∫ c∫ ∫2.
Seja D o ponto de interseção da elipse com o semieixo negativo das ordenadas.
De forma análoga se prova que F1–D = a e que O–D = b = √∫a∫2∫ ∫–∫ c∫ ∫2.

y
C

a b
F1F2 = 2c
F1 c O c F2 x CD = 2b
a b

o que demonstra a seguinte propriedade:

Propriedade
Dada uma elipse de focos A e B e eixo maior 2a, a mediatriz de [AB] interseta a elipse
em dois pontos C e D, equidistantes do centro da elipse.
– = 2b e AB
Sejam CD – = 2c. Então, tem-se que b = √∫a2∫ ∫ –∫ ∫ c∫ 2∫ .

• O número 2b é o eixo menor da elipse.


• O número b é o semieixo menor da elipse.
• O número 2c representa a distância entre os dois focos e designa-se por distância focal.
• O número c é a semidistância focal.

178
UNIDADE 1 Geometria analítica no plano

GA10_1.10
Fixada uma unidade de comprimento, dado um plano munido de um referencial
ortonormado e 0 < b < a:
x2 y2
2
+ 2 = 1 é uma equação cartesiana da elipse de semieixo maior a e semieixo
a b
menor b, que tem focos A(–c, 0) e B(c, 0), onde c = √∫a2∫ ∫ ∫–∫ b
∫ 2∫ .
Também se designa por equação reduzida da elipse.

(**) Demonstração (**) grau de dificuldade muito


elevado
Seja P um ponto qualquer da elipse que tem focos A(–c, 0) e B(c, 0): (desempenho avançado que
d(P, A) + d(P, B) = 2a não será exigível à totalidade
dos alunos)
⇔ √∫(∫x∫ ∫+∫ ∫c∫)2∫ ∫ ∫+∫ (∫ ∫y∫ –∫ ∫ ∫0∫)2 + √∫(∫x∫ ∫–∫ c∫ ∫)2∫ ∫ +
∫ ∫ ∫(∫y∫ –∫ ∫ ∫0∫)2∫ = 2a

⇔ √∫(∫x∫ ∫+∫ ∫c∫)2∫ ∫ ∫+∫ y∫ 2∫ = 2a – √∫(∫x∫ ∫–∫ c∫ ∫)2∫ ∫ +


∫ ∫ ∫y2∫
22 Indica o eixo maior, o
Elevando ambos os membros ao quadrado, obtemos: eixo menor, a distância
focal e as coordenadas
(√∫(∫x∫ ∫+∫ c∫ ∫)2∫ ∫ ∫+∫ y∫ 2)2 = (2a – √∫(∫x∫ ∫–∫ c∫ ∫)2∫ ∫ +∫ ∫ y∫ 2)2 (os dois membros da igualdade são não negativos) dos focos de cada uma
das seguintes elipses de
⇔ (x + c)2 + y2 = 4a2 – 4a√∫(∫x∫ –∫ ∫ ∫c∫)2∫ ∫ +
∫ ∫ y∫ 2 + (x – c)2 + y2 equação:
x2 y2
a) + =1
⇔ x2 + 2cx + c2 = 4a2 – 4a√∫(∫x∫ –∫ ∫ c∫ ∫)2∫ ∫ ∫+∫ y∫ 2 + x2 – 2cx + c2 25 9
x2 y2
⇔ 4a√∫(∫x∫ ∫–∫ ∫c∫)2∫ ∫ +
∫ ∫ y∫ 2 = 4a2 – 4cx b)
16
+
3
=1

⇔ a√∫(∫x∫ ∫–∫ ∫c∫)2∫ ∫ ∫+∫ y∫ 2 = a2 – cx

Elevando novamente ao quadrado:


23 De uma elipse sabe-se
2
(a√∫(∫x∫ –∫ ∫ ∫c∫)2∫ ∫ ∫ ∫
+ )
y∫ 2 = (a2 – cx)2 (os dois membros da igualdade são não negativos) que (– 4, 0) e (4, 0) são os
extremos do seu eixo
⇔ a2[(x – c)2 + y2] = a4 – 2a2cx + c2x2 maior e que a distância
focal é 2√∫7.
⇔ a2(x2 – 2cx + c2 + y2) = a4 – 2a2cx + c2x2 a) Indica as coordenadas
dos focos.
⇔ a2x2 – 2a2cx + a2c2 + a2y2 = a4 – 2a2cx + c2x2 b) Escreve uma equação
reduzida da elipse.
⇔ a2x2 + a2c2 + a2y2 = a4 + c2x2

⇔ a2x2 – c2x2 + a2y2 = a4 – a2c2


Soluções
⇔ (a2 – c2) x2 + a2y2 = a2(a2 – c2)
22.
a2y2
⇔ x2 + = a2 a) Eixo maior: 10; eixo menor: 6;
a – c2
2
distância focal: 8; focos:
A(4, 0) e B(– 4, 0)
x2 y2
⇔ 2
+ 2 =1 b) Eixo maior: 8; eixo menor:
a a – c2 2√∫3; distância focal: 2√∫1∫3;
focos: A(√∫1∫3, 0) e B(–√∫1∫3, 0)
Designando a2 – c2 por b2, vem que: 23.
a) A(–√∫7, 0) e B(√∫7, 0)
x2 y2 x2 y2
2
+ 2 =1 c.q.d. b) + =1
a b 16 9

179
TEMA III Geometria analítica

Nota Consideremos o triângulo da figura:


Se na demonstração da y

página anterior tivéssemos a


considerado os focos no
O c x
eixo Oy, isto é, A(0, –c) e
B(0, c) e procedido de
forma semelhante,
teríamos concluído que
x2 y2
+ = 1 é uma equação
a2 b2 Uma vez que a2 – c2 = b2, concluímos que b é o semieixo menor da elipse.
cartesiana da elipse de
y
semieixo maior b e
semieixo menor a, onde b a
c = √∫b2∫ ∫ ∫–∫ ∫a2∫ .
O c x
y
a<b (0, b)

(0, c)
b
c
De um modo geral:
(–a, 0) O a (a, 0) x
Dados os números reais a e b, semieixo maior e semieixo menor da elipse, respetivamente:
(0, –c)
y
(0, b)
(0, –b) b

(–a, 0) (–c, 0) a O c (c, 0) (a, 0) x

(0, –b)

x2 y2
A equação cartesiana da elipse é 2
+ 2 = 1, com c = √∫a2∫ ∫ –∫ ∫ ∫b∫2.
a b

Exercícios resolvidos
24 Identifica e define
analiticamente, utilizando
uma equação cartesiana, 1. Identifica as figuras geométricas planas definidas pelas seguintes equações.
o conjunto de pontos do
x2 y2
plano cuja soma das a) + =1
medidas das distâncias
16 9
aos pontos A(–2, 0) e b) 3x2 + 4y2 = 12
B(2, 0) é igual a 7.
Adaptado de Caderno de Apoio às c) 25x2 + 16y2 = 400
Metas Curriculares, 10.º ano

Sugestão de resolução

x2 y2
a) + = 1 (equação reduzida da elipse)
16 9
Como a2 = 16 e b2 = 9, então a = 4 e b = 3, ou seja, 2a = 8 e 2b = 6.
c = √∫a2∫ ∫ ∫–∫ b
∫ 2∫ = √∫1∫6∫ –∫ ∫ ∫9 = √∫7.
Solução
x2 y2
Assim, + = 1 define uma elipse de eixo maior 8, de eixo menor 6 e
24. Elipse de focos A(–2, 0) e 16 9
B(2, 0) e eixo maior 7; com focos de coordenadas A(–√∫7, 0) e B(√∫7, 0).
x2 y2
+ =1
49 33
4 4

180
UNIDADE 1 Geometria analítica no plano

25 Identifica as figuras
3x2 4y2 12 geométricas planas
b) 3x2 + 4y2 = 12 ⇔ + =
12 12 12 definidas pelas seguintes
equações.
x2 y2
⇔ + = 1 (equação reduzida da elipse) a) x2 + y2 = 1
4 3
x2
Como a2 = 4 e b2 = 3, então a = 2 e b = √∫3, ou seja, 2a = 4 e 2b = 2√∫3. b) + y2 = 1
9
c = √∫a∫2∫ ∫–∫ b
∫ ∫2 = √∫4∫ ∫–∫ 3
∫ = 1. c) 6x2 + 9y2 = 18
d) 25x2 + 4y2 = 100
Assim, 3x2 + 4y2 = 12 define uma elipse de eixo maior 4, de eixo menor 2√∫3
e) 4x2 + 4y2 = 24
e com focos de coordenadas A(–1, 0) e B(1, 0).

25x2 16y2 400


c) 25x2 + 16y2 = 400 ⇔ + =
400 400 400
x2 y2
⇔ + = 1 é a equação reduzida da elipse de eixo
16 25
maior 2b.
Como a2 = 16 e b2 = 25, então a = 4 e b = 5, ou seja, 2a = 8 e 2b = 10.
c = √∫b∫2∫ ∫–∫ a∫ ∫2 = √∫2∫5∫ –∫ ∫ ∫1∫6 = 3.
APRENDE FAZENDO
Assim, 25x2 + 16y2 = 400 define uma elipse de eixo maior 10, de eixo menor Págs. 184, 186, 187, 188
8 e com focos de coordenadas A(0, –3) e B(0, 3). e 189
Exercícios 10, 11, 12, 13,
Observa que a < b e, portanto, os focos estão no eixo Oy. Ao contrário do 22, 23, 24, 25, 26, 28, 29
e 30
que sucedeu nas 2 alíneas anteriores, em que a > b e, portanto, os focos en-
contravam-se no eixo Ox.
CADERNO DE EXERCÍCIOS
E TESTES
Págs. 16, 17 e 18
Exercícios 1, 5 e 7
2. Identifica e define analiticamente, utilizando uma equação cartesiana, o conjunto
de pontos do plano cuja soma das medidas das distâncias aos pontos A(– 4, 0) e
B(4, 0) é igual a 12. Testes interativos
– Geometria analítica no
plano I.
– Geometria analítica no
plano II.
Sugestão de resolução

O conjunto de pontos do plano cuja soma das medidas das distâncias aos pon- Soluções
tos A(– 4, 0) e B(4, 0) é igual a 12 é a elipse de focos A(– 4, 0) e B(4, 0) e eixo 25.
maior 12. a) Circunferência de centro
x2 y2
A equação reduzida da elipse é do tipo 2 + 2 = 1 com: (0, 0) e raio 1.
a b b) Elipse de eixo maior 6, eixo
2a = 12, logo, a = 6. Assim, a2 = 36. menor 2 e focos de
coordenadas (2√∫2, 0) e
c = 4, logo, c2 = 16.
(–2√∫2, 0).
c) Elipse de eixo maior 2√∫3, eixo
Como b = √∫a2∫ ∫ –∫ ∫ c∫ 2∫ , então b = √∫3∫6∫ ∫–∫ 1
∫ ∫6 = √∫2∫0, ou seja , b2 = 20. menor 2√∫2 e focos de
coordenadas (1, 0) e (–1, 0).
d) Elipse de eixo maior 10, eixo
Assim, a equação reduzida da elipse é:
menor 4 e focos de
x2 y2 coordenadas (0, √∫2∫1) e
+ =1
36 20 (0, –√∫2∫1).
e) Circunferência de centro
(0, 0) e raio √∫6.

181
TEMA III Geometria analítica

Aprende Fazendo

Itens de seleção

1 Considera os pontos do plano de coordenadas A(4, 4), B(–1, 5) e C(–2, 0) e as seguintes afirmações:
(I) O triângulo [ABC] é isósceles.

(II) O triângulo [ABC] é retângulo.

Quanto às afirmações anteriores, podemos concluir que:


(A) são ambas verdadeiras.

(B) são ambas falsas.

(C) apenas (I) é verdadeira.

(D) apenas (II) é verdadeira.

Solução: Opção (A)

2 O conjunto de pontos representado na figura ao lado pode ser y

definido pela condição:


3
(A) –3 ≤ y ≤ 3 ∧ y = x

(B) –3 ≤ y ≤ 3 ∧ y = –x 3
–3 O x
(C) –3 < y < 3 ∨ y = –x

(D) –3 < y < 3 ∨ y = x –3

Solução: Opção (B)

3 No plano, a mediatriz do segmento de reta [AB], em que A(2, 5) e B(–2, 3), contém o ponto de coor-
denadas:
h1 3h
(A) (0, 8) (B) i , i
j2 2j

(C) (5, 2) (D) (0, 4)

Solução: Opção (D)

4 Considera a circunferência definida pela condição:


(x + √∫2)2 + (y – p)2 = 1
2
As coordenadas do ponto C, o centro da circunferência e o raio r são, respetivamente:

( )
(A) C –√∫2, p e r =
√∫2 ( )
(B) C √∫2, –p e r =
1
2 4

(C) C √∫2, –p e r = √∫2


( ) ( )
(D) C –√∫2, p e r =
1
2 4
Solução: Opção (A)

182
Itens de seleção

5 Considera o ponto A(p, 3), p ∈R. Podemos afirmar que:


(A) se p < 0, então o ponto A pertence ao terceiro quadrante.

(B) se p = 0, então o ponto A pertence ao eixo das abcissas.

(C) se p = –3, então o ponto A pertence à bissetriz dos quadrantes ímpares.

(D) para qualquer valor de p o ponto A pertence à reta horizontal de equação y = 3.

Solução: Opção (D)

6 Considera os pontos do plano de coordenadas A(3, –2 – k) e B(1, –5). Os valores de k de tal modo
que a distância de A a B é √∫1∫3 são:
(A) –10 e – 4 (B) 0 e 6

(C) –10 e √∫3 (D) 0 e 1

Solução: Opção (B)

7 Num plano munido de um referencial cartesiano, a interseção da circunferência de equação


(x + 3)2 + (y – 2)2 = 9 com a reta definida por x = –1 é:
(A) um ponto. (B) dois pontos.

(C) o conjunto vazio. (D) um segmento de reta.

Solução: Opção (B)

8 Considera, num referencial cartesiano do plano, o ponto A do plano de coordenadas (2k2 + 9k, 5).
Os valores de k de tal modo que o ponto A pertença à bissetriz dos quadrantes ímpares são:
(A) –5 e 0 (B) –2 e 5
1 9
(C) –5 e (D) – e 5
2 2

Solução: Opção (C)

9 Num referencial cartesiano do plano, considera a representação y

gráfica da figura. Qual das seguintes expressões define a região 3 y=x


sombreada?
(A) x2 + y2 ≤ 3 ∧ y ≥ –x ∧ y ≥ x (B) x2 + y2 ≤ 9 ∧ –x ≤ y ≤ x
–3 O 3 x
(C) x2 + y2 ≤ 9 ∧ y ≥ –x ∧ y ≥ x (D) x2 + y2 ≤ 3 ∧ –x ≤ y ≤ x

Solução: Opção (C)


–3

183
TEMA III Geometria analítica

Aprende Fazendo

Itens de seleção

10 Uma equação da elipse cujos focos são os pontos F1(0, 6) e F2(0, –6) e cujo eixo menor é 16 é:
x2 y2
(A) + =1
64 36

x2 y2
(B) + =1
256 36

x2 y2
(C) + =1
100 64

x2 y2
(D) + =1
64 100

Solução: Opção (D)

x2 y2
11 Em R2, a condição x2 + y2 = 16 ∧ + = 1 representa:
25 16
(A) os pontos de coordenadas (0, –5) e (0, 5).

(B) os pontos de coordenadas (–5, 0) e (5, 0).

(C) os pontos de coordenadas (– 4, 0) e (4, 0).

(D) os pontos de coordenadas (0, – 4) e (0, 4).

Solução: Opção (D)

12 Num plano munido de um referencial cartesiano, a condição x2 + y2 + 6y + 9 = 0 representa:


(A) o conjunto vazio. (B) um ponto.

(C) uma circunferência. (D) uma elipse.

Solução: Opção (B)

13 – = 6. O conjunto dos pontos P do plano que verificam


Considera no plano dois pontos A e B tais que AB
a condição P–A + P–B = 14 é:
(A) a circunferência de diâmetro 6 e centro em A.

(B) a circunferência de raio √∫1∫4 e centro em B.

(C) uma elipse de focos A e B e eixo maior 14.

(D) a mediatriz de [AB].

Solução: Opção (C)

184
Itens de construção

Itens de construção

14 Determina a distância entre os pontos A e B, sendo:


a) A(2, 4) e B(6,15) b) A(–2, 3) e B(6, –5)

c) A(1, – 4) e B(–2, 0) d) A(–2, –2) e B(–6, 5)

Soluções: a) √∫1∫3∫7 b) √∫1∫2∫8 c) 5 d) √∫6∫5

15 Determina a medida de comprimento de [AB], sendo:


a) A(–2, –1) e B(–3, 1) b) A(2, 2) e B(0, –5)

Soluções: a) √∫5 b) √∫5∫3

16 Mostra que os pontos (1, –2), (6, –1), (9, 3) e (4, 2) são os vértices de um paralelogramo.

17 Define através de equações cartesianas a mediatriz do segmento de reta [AB], com:


a) A(2, 4) e B(2, 15) b) A(–2, 3) e B(6, 3)

c) A(1, –2) e B(–2, 0) d) A(–2, –2) e B(–1, 3)

Soluções: a) y = 19 b) x = 2 c) y = 3 x – 1 d) y = – 1 x + 1
2 2 4 5 5

18 Mostra que os pontos (1, √∫3), (2, 2) e (0, 0) pertencem a uma circunferência de centro (2, 0).

19 Considera o trapézio [OBCD] representado no referencial cartesiano da figura.


y

D C
2

B
O
2 4 x

a) Determina as coordenadas dos pontos médios dos segmentos de reta que constituem os lados do
trapézio.
b) Escreve uma condição em R2 que defina:
(i) o segmento de reta [DC];
(ii) o conjunto de pontos equidistantes de C e D;
(iii) o conjunto de pontos que distam de C três unidades;
(iv) os lados do trapézio e o seu interior.

Soluções: a) M1(2, 0); M2(4, 1); M3(3, 2) e M4(1, 1) b) (i) y = 2 ∧ 2 ≤ x ≤ 4 (ii) x = 3 (iii) (x – 4)2 + (y – 2)2 = 9
(iv) y ≤ x ∧ 0 ≤ x ≤ 4 ∧ 0 ≤ y ≤ 2

185
TEMA III Geometria analítica

Aprende Fazendo

Itens de construção

20 Identifica as figuras geométricas planas definidas pelas seguintes condições.


a) (x – 1)2 + (y + 1)2 = 4 b) x2 + (y + 3)2 = 8
1
c) (x + 4)2 + (y – 3)2 ≤ d) (x – 5)2 + y2 > 20
4
h 1h2
e) (x + 3)2 + (y + 5)2 < 9 f) 2 ≤ (x – 2)2 + iy – i ≤4
j 2j
Soluções: a) Circunferência de centro C(1, –1) e raio r = 2. b) Circunferência de centro C(0, –3) e raio r = 2√∫2. c) Círculo
1
de centro C(– 4, 3) e raio r = . d) Exterior da circunferência de centro C(5, 0) e raio r = √∫2∫0. e) Interior da circunferência de
2
h 1 h
centro C(–3, –5) e raio 3. f) Coroa circular de centro C i 2, i, sendo 2 o raio da circunferência externa e √∫2 o raio da circun-
j 2 j
ferência interna.

21 Observa a figura representada. y

3
a) Calcula a distância entre os pontos P e Q. Q

b) Determina as coordenadas do ponto médio de [PQ].

c) Escreve uma equação da circunferência de diâmetro [PQ].

d) Escreve uma equação da mediatriz de [PQ], apresentando-a –2 –1 O 3 x

na forma y = mx + b, com m, b ∈R.


e) Representa por uma condição o conjunto de pontos do plano
–3
representado a sombreado. P

h 1 h h 1 h2 61 5 5
Soluções: a) √∫61
∫ b) i , 0 i c) i x – i + y2 = d) y = – x+ e) (–2 ≤ x ≤ –1 ∧ –3 ≤ y ≤ 3) ∨ (y ≤ x ∧ x ≤ 3 ∧ y ≥ 0)
j 2 j j 2j 4 6 12

22 Escreve uma equação cartesiana para cada uma das seguintes elipses.
a) y b) y c) y
7

–4 O 4 x –5 O 5 x –2 O 2 x
–1
–3

–7

x2
y x
2
x2
y 2 2
Soluções: a) + = 1 b) + y2 = 1 c) + =1
16 9 25 4 49

23 Identifica as figuras geométricas planas definidas pelas seguintes condições.


x2 y2 x2 y2
a) + =1 b) + =1
16 9 20 11
Soluções: a) Elipse de eixo maior 8, de eixo menor 6 e com focos de coordenadas A(–√∫7, 0) e B(√∫7, 0). b) Elipse de eixo
maior 4√∫5, de eixo menor 2√∫1∫1 e com focos de coordenadas A(–3, 0) e B(3, 0).

186
Itens de construção

24 Num referencial ortonormado do plano, os pontos A, B e C são os vértices de um triângulo equilátero.


Sabendo que A(–5, 1), B(–3, 1 + 2√∫3) e que a abcissa de C é –1, determina a ordenada de C.
Caderno de Apoio às Metas Curriculares,10.º ano

Solução: A ordenada de C é 1.

25 Para cada uma das figuras, representa por uma condição o conjunto de pontos do plano representado
a sombreado.
a) y b) y c) y

5 1

–1 1
O 1 x
O 1 2 x
–5 O x –1

d) y e) y f) y

3
1
1

5 6 7x
–1 O 1 x –7 –6–5 O
O x
–1
–3
As duas circunferências têm centro
no eixo das ordenadas e
contêm o ponto O(0, 0).
Sabe-se também que uma tem Na figura encontram-se representadas
raio 1 e a outra tem raio 2. duas circunferências e uma elipse.

Soluções: a) x ≤ 0 ∧ y ≤ 5 ∧ y ≥ – x b) (0 ≤ x ≤ 1 ∧ 0 ≤ y ≤ 1) ∨ (–1 ≤ x ≤ 0 ∧ –1 ≤ y ≤ 0) c) (x – 2)2 + (y – 1)2 ≤ 4 ∧


∧ x ≤ 1 ∧ y ≤ x d) (y > x ∧ x ≥ 0) ∨ (y < –x ∧ y ≥ 0) ∨ (y < x ∧ x ≤ 0) ∨ (y > –x ∧ y ≤ 0) e) x2 + (y – 1)2 ≥ 1 ∧ x2 +
x2 y2
+ (y – 2)2 ≤ 4 f) (x + 6)2 + y2 = 1 ∨ + = 1 ∨ (x – 6)2 + y2 = 1
25 9

26 Desenha num referencial cartesiano o conjunto de pontos do plano definidos por cada uma das se-
guintes condições.
a) y < 7 ∧ x ≥ –2 ∧ y ≥ x b) (x ≤ –2 ∧ y ≤ 1) ∨ (y = –x ∧ x > –2)

c) (x – 3)2 + (y + 2)2 ≤ 4 ∧ (x – 3)2 + y2 ≤ 4 d) x2 + y2 > 1 ∧ x2 + y2 < 4 ∧ y ≤ 0

x2 y2 4x2
e) + =1 ∧ x<0 f) (–3 < x < 3 ∧ y ≥ –x) ∨ + y2 = 4
9 16 9

Soluções: Consultar na página 290.

187
TEMA III Geometria analítica

Aprende Fazendo

Itens de construção

27 Considera a circunferência de equação x2 + y2 + 2x – 10y + 14 = 0 e os pontos A(2, 3) e B(–1, 4).


a) Determina as coordenadas do centro e o raio da circunferência.

b) Indica dois pontos pertencentes à circunferência.

c) Determina analiticamente a posição, relativamente à circunferência, dos pontos A e B.

d) Quais são os pontos de interseção da circunferência com os eixos coordenados?

e) Escreve uma equação da mediatriz do segmento de reta [AB]. Apresenta a equação na forma
y = mx + b, com m, b ∈R.
f) Averigua se o ponto de coordenadas (1, 5) pertence à mediatriz de [AB].

Soluções: a) C(–1, 5) e raio 2√∫3 b) (1, 2√∫2 + 5) e (1, 5 – 2√∫2) (por exemplo) c) O ponto A encontra-se no exterior e o ponto
B no interior da circunferência. d) A circunferência não interseta o eixo das abcissas e interseta o eixo das ordenadas nos
pontos de coordenadas (0, 5 + √∫1∫1 ) e (0, 5 – √∫1∫1 ) e) y = 3x + 2 f) O ponto pertence à mediatriz de [AB].

28 Identifica as figuras geométricas planas definidas pelas seguintes condições.


a) x2 – 2x + y2 + 8y = –8 b) 2x2 – 2x + 2y2 + 2y = 7
2 80
c) x2 + y2 – y≤ d) x2 + 12x + y2 + 28 > 0
3 9
e) 25x2 + 36y2 = 900 f) 4x2 + 8y2 = 32
h h
Soluções: a) Circunferência de centro C(1, – 4) e raio r = 3. b) Circunferência de centro C i 1 , – 1 i e raio r = 2.
j 2 2 j
h 1 hi
c) Círculo de centro C i 0, e raio r = 3. d) Exterior da circunferência de centro C(–6, 0) e raio r = 2√∫2. e) Elipse de eixo
j 3 j
maior 12, de eixo menor 10 e com focos de coordenadas A(–√∫1∫1, 0) e B(√∫1∫1, 0). f) Elipse de eixo maior 4√∫2, de eixo menor
4 e com focos de coordenadas A(–2, 0) e B(2, 0).

29 Determina uma equação reduzida de uma elipse:


a) cuja distância focal é 6 e a soma das distâncias de qualquer um dos seus pontos aos focos é 12;

b) de eixo menor 10 e que passa pelo ponto de coordenadas (8, 3);

c) cujos focos têm coordenadas (–8, 0) e (8, 0) e a razão entre a semidistância focal e o semieixo maior
4
é ;
5
d) que passa pelos pontos (–1, 2) e (2, 0).

x2 y2 x2 y2 x2 y2 x2 y2
Soluções: a) + = 1 b) + = 1 c) + = 1 d) + =1
36 27 100 25 100 36 4 16
3

188
Itens de construção

Define analiticamente através de equações ou inequações cartesianas os seguintes conjuntos de pontos


30
do plano.
a) Pontos que distam igualmente dos pontos A(2, –3) e B(–1, 1).

b) Pontos cuja distância ao ponto C(–3, 0) é inferior a 5 unidades.

c) Pontos cuja soma das medidas das distâncias aos pontos A(–3, 0) e B(3, 0) é igual a 9.

d) Pontos cuja medida da distância ao ponto A(1, 3) é metade da medida da distância ao ponto B(1, 6).

Soluções: a) y = 3 x – 11 b) (x + 3)2 + y2 < 25 c) x + y = 1 d) (x – 1)2 + (y – 2)2 = 4


2 2

4 8 81 45
4 4

31 Considera, num referencial ortonormado, o ponto A de coordenadas (0, 2) e um ponto B tal que o
quadrado da sua abcissa é oito vezes a sua ordenada (y). Mostra que a distância entre os pontos A e
B é y + 2.

32 Considera, num referencial ortonormado, os pontos A e B pertencentes à bissetriz dos quadrantes ím-
pares e de abcissas 1 e 3, respetivamente. Determina as coordenadas de um ponto P, do qual se sabe
que a sua ordenada é igual ao dobro da sua abcissa e que pertence à mediatriz de [AB].
h h
Solução: P i 4 , 8 i
j 3 3 j

33 Considera a seguinte equação cartesiana:


x2 + y2 + 10x – 4y + k = 0, k ∈R
Determina os valores de k de modo que a equação represente:
a) uma circunferência;

b) um ponto;

c) o conjunto vazio;

Soluções: a) k < 29 b) k = 29 c) k > 29

34 Identifica e define analiticamente, utilizando equações cartesianas, os seguintes conjuntos de pontos


do plano.
a) Pontos que distam igualmente da origem do referencial e do ponto A(–3, –3) e que pertencem à
circunferência centrada em A e tangente aos eixos coordenados.
b) Pontos médios dos segmentos de reta cujos extremos são o ponto O(0, 0) e cada um dos pontos da
circunferência centrada em O e de raio 2.
c) Pontos médios dos segmentos de reta cujos extremos são o ponto B(1, 3) e cada um dos pontos da
reta x + y = 5.
Adaptado de Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 10.º ano

9
Soluções: a) (x = 0 ∧ y = –3) ∨ (x = –3 ∧ y = 0) b) x2 + y2 = 1 c) y = –x +
2

189
TEMA III Geometria analítica

UNIDADE 2
Cálculo vetorial no plano

Para caracterizar certas grandezas, como a força exercida num remate à baliza, a velocidade
Resolução de um meio de transporte, a força exercida quando empurramos um objeto, … é necessário
Todos os exercícios de “Cálculo
vetorial no plano”. uma direção, um sentido e um número. Estas grandezas designam-se por grandezas vetoriais.

2.1. Revisões
Segmento de reta orientado

Consideremos um segmento de reta [AB], que se pode representar por [AB] ou [BA].
B

Este segmento de reta admite uma direção, a direção da reta AB, e um comprimento,
que se representa por A–B.
Podemos associar a este segmento de reta dois sentidos:
• de A para B • de B para A
B B

A A

Segmento orientado [A, B] Segmento orientado [B, A]


Origem: A Extremidade: B Origem: B Extremidade: A

Obtivemos assim dois segmentos orientados distintos, [A, B] ≠ [B, A].


Estes segmentos orientados [A, B] e [B, A] têm a mesma direção, o mesmo comprimento
e sentidos opostos.

Nota
Assim, segmentos de reta orientados admitem:

Um sentido vem sempre • uma direção, a direção da sua reta suporte;


associado a uma direção, • um comprimento, que é a distância entre a sua origem e a sua extremidade;
pelo que, se dois • um sentido.
segmentos orientados não
tiverem a mesma direção, Dois segmentos orientados têm a mesma direção se as respetivas retas suporte forem
não se podem comparar os paralelas ou coincidentes.
seus sentidos.

Os segmentos orientados representados acima têm a mesma direção.

190
UNIDADE 2 Cálculo vetorial no plano

Dois segmentos orientados, [A, B] e [C, D], com a mesma direção, têm o mesmo sentido
• •
se as semirretas AB e CD tiverem o mesmo sentido. Caso tal não aconteça, dizem-se de
sentidos opostos. C
D
E
No exemplo ao lado, os segmentos orientados [A, B] e [C, D] F
têm o mesmo sentido e [A, B] e [F, E] têm sentidos opostos. A
B

Segmentos de reta orientados equipolentes

Dois segmentos orientados dizem-se equipolen- L

tes se têm a mesma direção, o mesmo sentido e o F K


mesmo comprimento. E H r

No exemplo ao lado, os segmentos orientados D G

[C, D], [E, F], [G, H], [I, J], [K, L] são equipolentes. C J

I
É importante recordar a seguinte propriedade:
r A
B
Critério de equipolência de segmentos orientados s
C
Os segmentos orientados [A, B] e [C, D], de retas suporte distintas, são equipolentes D

se e somente se [ABDC] é um paralelogramo.


26 Considera o quadrado
[ABCD] representado na
figura.
Vetor C D

Na figura os segmentos orientados [A, B], [C, D] e [E, F] são B

equipolentes. Diz-se que representam o mesmo vetor.


Chama-se vetor A≥B ao conjunto dos segmentos orientados D F
A B
A
com a mesma direção, o mesmo sentido e o mesmo compri- a) Utilizando as letras da
mento de [A, B]. figura, indica:
C E
Cada um desses segmentos orientados designa-se por repre- i. cinco segmentos de
≤v reta orientados
sentante do vetor.
diferentes;
ii. dois segmentos de
Assim, esse vetor pode ser designado por A≥B ou C≥D ou E≥F ou por uma letra minúscula
reta orientados
com uma seta por cima ( ≤v, por exemplo), isto é, A≥B = C≥D = E≥F = ≤v. equipolentes.

Um vetor é definido por: b) Quantos segmentos de


reta orientados se
• um comprimento; podem definir?
• uma direção;
c) Quantos vetores se
• um sentido. podem representar com
um comprimento
diferente de 0?
Vetores colineares B F J

Soluções
E
Dois vetores dizem-se colineares se têm a mesma di- A
D
I 26.
reção. H
a) Por exemplo:
C
i. [A, B], [B, A], [B, C], [B, D] e
Na figura ao lado os vetores A≥B, D≥C, E≥F, G≥H, J≥I e K≥L L
[A, D] ii. [A, B] e [D, C]
são colineares. b) 12 c) 8

G K
191
TEMA III Geometria analítica

27 Na figura encontra-se um Vetores simétricos


triângulo [ABC],
decomposto em quatro Dois vetores dizem-se simétricos se têm a mesma direção, o mesmo comprimento e
triângulos equiláteros sentidos opostos.
geometricamente iguais.
C Representamos por –v≤ o vetor simétrico de v≤ ou por –AB
≥ o vetor simétrico de AB
≥ e tem-se
≥ ≥
que –AB = BA.

F E B
–A≥B
≤v
–≤v A≥B
A
A D B

Utilizando as letras da
figura, indica:
a) três segmentos de reta Vetor nulo
orientados
equipolentes; O vetor determinado pelos segmentos orientados de extremos iguais ([A, A], [B, B], …)
b) dois segmentos de reta designa-se por vetor nulo. Representa-se por ≤0.
orientados que
representem vetores de O vetor nulo tem:
sentidos opostos; • direção indefinida;
c) dois vetores colineares, • sentido indefinido;
com comprimentos
• comprimento nulo.
diferentes;
d) dois vetores com o
mesmo comprimento,
mas não colineares;
Soma de um ponto com um vetor
e) dois vetores simétricos.

Dado um ponto P e um vetor ≤u, existe um único ponto Q tal que ≤u = P≥Q.

Q = P + ≤u
≤u P≥Q
28 Considerando a figura do
exercício anterior,
determina: P
a) A + F≥E
b) D + B≥E
Diz-se que o ponto Q é a soma do ponto P com o vetor ≤u e escreve-se Q = P + ≤u.
c) C + (–D≥F) O ponto Q é a extremidade do representante de ≤u com origem em P.
d) TA≥C (A)
e) TD≥F (B)

Translação
Soluções
Um vetor também se pode associar a uma translação.
27. Por exemplo:
a) [A, D], [D, B] e [F, E] A translação de vetor ≤u é a aplicação que a um ponto P associa o ponto P’ tal que:
b) [A, F] e [C, F]
c) B≥C e D≥F P’ = P + ≤u
d) A≥D e D≥E
e) A≥D e E≥F
A translação de vetor ≤u representa-se por T≤u.
28.
A imagem de P através da translação de vetor ≤u representa-se por T≤u (P).
a) D
b) F P’
c) E
d) C ≤u
e) E
P

192
UNIDADE 2 Cálculo vetorial no plano

Adição de vetores Nota


Se os dois vetores forem
Vejamos dois processos para adicionar vetores: a regra do triângulo e a regra do para- colineares, a regra é a
lelogramo. Esta última só se aplica a vetores não colineares. mesma, apesar de não
formar um triângulo.
Sejam ≤u e ≤v dois vetores do plano:
Com o mesmo sentido:

≤u ≤v

≤v ≤u + ≤v
≤u 
≤u ≤v

Regra do triângulo Com sentidos opostos:

1.º passo: desenhamos o vetor u≤ e, de seguida, desenhamos um ≤u ≤v

representante do vetor v≤ com origem na extremidade ≤v


≤v
do vetor ≤u. 
≤u + ≤v ≤u
≤u

2.º passo: o vetor soma ≤u + ≤v tem origem na origem do vetor ≤u


≤u + ≤v
e extremidade na extremidade do vetor ≤v.
≤v

≤u

Em particular, tem-se que A≥B + B≥C = A≥C.


B
B≥C
A≥B
C A≥B + B≥C = A≥C

A A≥C

Regra do paralelogramo (só para vetores não colineares)


1.º passo: desenhamos representantes dos vetores ≤u e ≤v com a
≤v
mesma origem.

≤u

2.º passo: desenhamos segmentos de reta paralelos aos repre-


≤v
sentantes dos vetores, de forma a construir um pa-
ralelogramo.
≤u

3.º passo: o vetor soma ≤u + ≤v tem origem na origem dos dois


≤u + ≤v
vetores e extremidade no vértice oposto do parale- ≤v

logramo.
≤u

193
TEMA III Geometria analítica

29 Observa a figura, Propriedades da adição de vetores


constituída por
paralelogramos iguais. Propriedade comutativa: ≤u + ≤v = ≤v + ≤u, para quaisquer vetores ≤u e ≤v.
N O P Q
≤v
I J L M ≤u
E F G H ≤u + ≤v
≤v + ≤u
A B C D ≤u
≤v
Determina:
a) A≥C + C≥G
Propriedade associativa: ( ≤u + ≤v ) + ≤w = ≤u + ( ≤v + ≤w), para quaisquer vetores ≤u, ≤v e ≤w.
b) D≥H + P≥N
c) J≥L + H≥D ≤v ≤v
≤u ≤u
d) B≥C + P≥O ≤u + ≤v
≤w ≤v + ≤w ≤w
e) B≥C + E≥F
f) E≥N + –Q≥P ( ) (≤u + ≤v) + ≤w ≤u + (≤v + ≤w)
g) H≥M + –O ≥J ( )
Existência de elemento neutro: ≤u + ≤0 = ≤0 + ≤u = ≤u, para qualquer vetor ≤u.
≤ + (–u
Existência de elemento simétrico para cada vetor: u ≤ ) = (–u
≤ )+u ≤ para qualquer
≤ = 0,
vetor ≤u.

Exercício resolvido

Considera a figura seguinte constituída por losangos geometricamente iguais.


D

C E

O
B F

A N P G

M H
Q

L I

APRENDE FAZENDO a) Utilizando as letras da figura, indica:


Pág. 230
Exercício 1 i. dois vetores colineares, com comprimentos diferentes;

ii. dois vetores com o mesmo comprimento, mas não colineares;


Soluções
iii. dois vetores simétricos.
29.
a) A≥G
b) D≥F b) Determina:
c) J≥G
≤ i. A + Q≥F ii. B + (–P≥O) iii. A≥C + D≥G iv. J≥H + L≥Q
d) 0
e) B≥D v. C≥P + Q≥B vi. E≥N + (–P≥H) vii. TAD
≥ (A) viii. TEG
≥ (B)
f) E≥O
g) H≥Q

194
UNIDADE 2 Cálculo vetorial no plano

GA10_3.1

Sugestão de resolução

a) i. Por exemplo, J≥I e F≥Q.

ii. Por exemplo, A≥J e J≥G.

iii. Por exemplo, A≥B e N≥M.

b) i. A + Q≥F = A + A≥C = C

≥ ) = B + OP
ii. B + (–PO ≥ = N (repara que o simétrico de PO
≥ , –PO
≥ , é o vetor OP
≥ .)

iii. A≥C + D≥G = A≥C + C≥H = A≥H

iv. J≥H + L≥Q = J≥H + H≥G = J≥G

v. C≥P + Q≥B = ≤0 (observa que os vetores C≥P e Q≥B são simétricos.)

vi. E≥N + (–P≥H) = E≥N + H≥P = E≥N + N≥B = E≥B

vii. TAD ≥ , logo


≥ (A) representa a imagem de A através da translação de vetor AD
TA≥D (A) = D.
viii. TE≥G (B) representa a imagem de B através da translação de vetor E≥G e
E≥G = B≥Q, logo TE≥G (B) = Q.

2.2. Operações com vetores


Norma de um vetor

Definição

Fixada uma unidade de comprimento e dado um vetor ≤v, chama-se norma do vetor
≤v à medida do comprimento de um segmento orientado representante de ≤v.

Representa-se por ||≤v ||.

Exemplo
A B
Consideremos um quadrado [ABCD] cujo lado mede 2 unidades de com-
primento. Então:
||A≥B|| = 2 e ||B≥C|| = 2
≥ ||2 = ||AB
||AC ≥ ||2 + ||BC
≥ ||2 D C

= 22 + 22
=8
Como ||A≥C|| ≥ 0, ||A≥C|| = √∫8 = 2√∫2.

195
TEMA III Geometria analítica

GA10_3.4
Diferença entre vetores ≤v

Considera os dois segmentos orientados da figura que representam


os vetores ≤u e ≤v.
≤u

Comecemos por desenhar dois representantes de ≤u e ≤v com a ≤u

mesma origem.
≤v

Utilizando a regra do triângulo, conseguimos construir um vetor ≤w ≤u

tal que ≤v + ≤w = ≤u. ≤w = ≤u – ≤v


≤v

≤ fica na extremidade de v≤ e a extremidade de w


A origem de w ≤ fica na extremidade de u
≤ .

Por outro lado, vamos construir o vetor soma ≤u + (–≤v), usando a regra do triângulo.

–≤v
–≤v
≤u + (–≤v)

≤u
≤u

Repara que o vetor soma ≤u + (–≤v) tem a mesma direção, o mesmo sentido e o mesmo
comprimento de ≤w. Logo, ≤w = ≤u + (–≤v ).

Dados dois vetores ≤u e ≤v, existe um e somente um vetor ≤w tal que ≤w + ≤v = ≤u.
Diz-se que o vetor ≤w é o vetor diferença e tem-se que ≤w = ≤u + (–≤v).
Representa-se por ≤u – ≤v.

• Consideremos a igualdade ≤w + ≤v = ≤u e provemos que ≤w = ≤u + (–≤v ).


Se adicionarmos –≤v a ambos os membros da igualdade, ≤w + ≤v = ≤u, temos que:
(≤w + ≤v ) + ( –≤v ) = ≤u + ( –≤v )
⇒w ≤ + ( ≤v + (–≤v )) = ≤u + (–≤v ) (associatividade da adição de vetores)
≤ = ≤u + (–≤v )
⇒ ≤w + 0 (propriedade algébrica do simétrico)
⇒ ≤w = ≤u + (–≤v ) (propriedade algébrica do elemento neutro)
• Reciprocamente, se considerarmos a igualdade ≤w = ≤u + (–≤v ) e se adicionarmos ≤v a
ambos os membros, temos que:
≤w + ≤v = ≤u + (–v≤ ) + ≤v

e, portanto, ≤w + ≤v = ≤u + ≤0. Logo, ≤w + ≤v = ≤u, ou seja, existe um e somente um vetor ≤w


tal que ≤w + ≤v = ≤u.
Esse vetor é ≤u + (–≤v ), chama-se vetor diferença e escreve-se ≤u – ≤v = ≤u + (–≤v ).
Assim, a diferença entre dois vetores equivale, tal como para números reais, à adição
ao primeiro do simétrico do segundo.

196
UNIDADE 2 Cálculo vetorial no plano

Multiplicação de um vetor por um número real (escalar) GA10_3.2

Exemplo

Consideremos o vetor ≤u.


30 Observa a figura.
≤u N O P Q
I J L M
E F G H
2≤u é um vetor com: A B C D

• a direção de ≤u; Indica um vetor igual a:


a) 2A≥B
• o sentido de ≤u; b) –3L≥M
• norma igual a duas vezes a norma de ≤u, isto é: c)
1 A≥I
2
||2≤u|| = 2 ¥ ||≤u|| d) –E≥H

= 2||≤u||

≤u ≤u

2 ≤u

–3≤u é um vetor com:

• a direção de ≤u;
• o sentido oposto ao de ≤u;
• norma igual a três vezes a norma de ≤u, isto é:
||–3≤u|| = 3 ¥ ||≤u||
= 3||≤u||

≤u ≤u ≤u

–3 ≤u

Em geral, tem-se:

Definição
Nota
Dados um vetor ≤v, diferente do vetor nulo, e um número real λ, diferente de zero, o É comum chamar-se
produto de ≤v por λ é o vetor λv≤ com: escalar ao número real λ.

• a direção de ≤v;


de ≤v se λ > 0
• sentido ;
oposto ao de ≤v se λ < 0
Soluções
• norma igual a |λ| ¥ ||≤v || (fixada uma mesma unidade de comprimento para o cál- 30.
culo das normas). a) E≥G
b) M≥I
Se λ = 0 ou ≤v = ≤0, então λ≤v = ≤0. c) A≥E
d) H≥E

197
TEMA III Geometria analítica

Exemplos

1 ≤
≤v
2
v 0 ≤v = ≤0 –≤v – 3 v≤
2

–3≤v

De acordo com a definição dada, sabemos que o produto de um vetor (não nulo) por um
número real (diferente de zero) é sempre um vetor com a mesma direção do vetor dado
e com sentido igual ou oposto ao do vetor dado, consoante o número real é positivo ou
negativo.

Recorda Será que se alterarmos a unidade de medida o vetor produto será distinto?
O quociente entre as Vejamos que não!
medidas de comprimento
de dois segmentos de reta
Em primeiro lugar sabemos que o quociente entre a norma do vetor produto e a norma
mantém-se quando se
altera a unidade de medida do vetor dado é |λ| (pela definição anterior).
considerada.
Exemplo: Além disso, as normas são medidas de comprimento de segmentos de reta e o quociente
Considera os segmentos de entre duas medidas de comprimento não se altera, se se alterar a unidade de medida comum,
reta [AB] e [CD] da figura. o que nos leva a concluir que o quociente entre a norma do vetor produto e a norma do
vetor dado é sempre |λ|, independentemente da unidade de medida considerada.
A B C D

Logo, o vetor produto é sempre o mesmo independentemente da unidade considerada.


Se considerarmos para
unidade de medida de
comprimento: Caso particular
• 2 quadrículas:
C–D 0,5
Multiplicação de um vetor pelo número real –1
= = 0,5
A–B 1
O produto (–1) ≤v é por definição o vetor com:
• 1 quadrícula:
C–D 1 • a direção de ≤v;
= = 0,5
AB– 2
• o sentido contrário ao de ≤v;
• a mesma norma de ≤v, pois:
||(–1) ≤v || = |–1| ¥ ||≤v ||
= ||≤v ||

Isto corresponde precisamente à definição de vetor simétrico.


Logo:
(–1) ≤v = –≤v
isto é:
(–1) ≤v é o vetor simétrico de ≤v.

198
UNIDADE 2 Cálculo vetorial no plano

Multiplicação de um vetor por um número real e relação com a GA10_3.3

colinearidade

Propriedade
Dado um vetor ≤v, não nulo, um vetor ≤u é colinear a ≤v se e somente se existir um nú-
mero real λ tal que ≤u = λ≤v e, nesse caso, λ é único.

Esta propriedade consiste em:


(1) se existir um número real λ tal que ≤u = λ≤v, então o vetor ≤u é colinear a ≤v, o que já 31 Considera os vetores ≤a e
≤b, com a mesma direção e
sabíamos pela definição de produto de um vetor por um escalar.
sentidos opostos, tais que
(2) se um vetor ≤u é colinear a ≤v, então existe um (único) número real λ tal que ≤u = λ≤v. ||≤a|| = 3 e ||≤b|| = 6. Indica
Sejam ≤u e ≤v vetores colineares, isto é, com a mesma direção, e λ um número real. o valor real de λ tal que
≤a = λ≤b.
Se efetuarmos o quociente entre as normas dos dois vetores obtemos um número
||≤u||
real não negativo:
||≤v||
Dois casos podem ocorrer:
||≤u||
• Se ≤v e ≤u tiverem o mesmo sentido, consideremos o vetor ≤v .
||≤v||
||≤u||
≤v tem a mesma direção, o mesmo sentido e a mesma norma do vetor ≤u
||≤v|| 32 Considera os vetores ≤a, ≤b,
≤ || i i ||u
h i i ||u ≤ || h ≤ ||
||u ≤c e ≤d representados na
i ii ≤v i i = ||≤v || = ||≤u ||i . Logo, ≤v = ≤u.
j ii || ≤ v || ii || ≤ v || j || ≤v|| figura.
||≤u||
Seja λ = . Então, ≤u = λ ≤v.
||≤v||
||≤u||
• Se ≤v e ≤u não tiverem o mesmo sentido, consideremos o vetor – ≤v.
||≤v||
||≤u||
– ≤v tem a mesma direção, o mesmo sentido e a mesma norma do vetor ≤u
||≤v||
h i i ||u ≤ || i i i ||u ≤ || i ||u≤ || h ≤ ||
||u
i i i– ≤v i i = i– i||≤v || = ||≤v || = ||≤u ||i . Logo, – ≤v = ≤u.
j i i ||≤v|| ii i || ≤ v || i || ≤ v || j || ≤v|| ≤d

||≤u||
Seja λ = – . Então, ≤u = λ ≤v.
||≤v||
h ||u ≤ || ≤ || h
||u ≤a ≤b ≤c
O λ encontrado i – ou i é o único escalar para o qual tem lugar a igualdade
j ||≤v|| ||≤v|| j Escreve os vetores ≤a, ≤b e ≤c
≤u = λ≤v, já que, quando é diferente de zero, tem módulo e sinal determinados. na forma λ≤d, com λ real.

Exemplo

Considera os vetores ≤v e ≤w, colineares a ≤u.


≤u

≤v

≤w
Soluções
≤ || 2
||u 2 3
= , logo, como ≤u e ≤v têm o mesmo sentido, ≤u = ≤v e ≤v = ≤u.
||≤v|| 3 3 2 31. –
1
2
||≤u|| = 2 = 1 , logo, como ≤u e ≤w têm sentidos opostos, ≤u = – 1 ≤w e ≤w = –2≤u. 32. ≤a =
1 ≤ ≤
d; b = –2≤d; ≤c = –
5 ≤
d
≤ || 4 2
||w 2 3 3

199
TEMA III Geometria analítica

GA10_3.5
Propriedades da multiplicação de um vetor por um número real (escalar)

Propriedade distributiva em relação à adição de números reais


Consideremos o vetor ≤v representado ao lado. ≤v

Representemos agora o vetor (2 + 3) ≤v e o vetor soma 2≤v + 3≤v:

3≤v 
(2 + 3)≤v = 5≤v
 
 
≤v
2≤v
  ≤
 5 v



Os vetores (2 + 3)v≤ e 2v≤ + 3v≤ parecem ter a mesma direção, o mesmo sentido e o mesmo
comprimento, isto é, (2 + 3) ≤v = 2≤v + 3≤v, o que de facto é verdade e iremos demonstrar.

Demonstração da igualdade (2 + 3) ≤v = 2≤v + 3≤v.


Escolhemos a reta numérica de modo a que a origem de um representante do vetor v≤
seja a origem da reta, o sentido de ≤v seja o sentido positivo da reta e a norma de ≤v seja a
unidade de comprimento da reta.
0 ≤v 1
Sendo O a origem da reta, verifica-se que:
• O + ≤v é o ponto de abcissa 1;
0 2≤v 2
• O + 2≤v é o ponto de abcissa 2;
• O + 3≤v é o ponto de abcissa 3; 0 3≤v 3

• O + (2 + 3) ≤v é o ponto de abcissa
2 + 3. 0 (2 + 3)≤v (2 + 3)

Efetuamos agora a adição dos vetores 2≤v e 3≤v, aplicando a regra do triângulo. A partir
do ponto O colocamos o vetor 2≤v e, em seguida, o vetor 3≤v:
2≤v + 3≤v

2≤v 3≤v
0 5

2 3

2+3

O ponto que se obtém para extremidade do vetor soma é exatamente o que tem abcissa
2 + 3. Logo, (2 + 3) ≤v = 2≤v + 3≤v, como queríamos demonstrar.

De um modo geral:

Propriedade distributiva em relação à adição de números reais


Dados um vetor ≤v e os números reais λ e μ, tem-se que:
(λ + μ) ≤v = λ≤v + μ≤v

200
UNIDADE 2 Cálculo vetorial no plano

Propriedade distributiva em relação à adição de vetores


Consideremos os vetores ≤u e ≤v:

≤v

≤u

Representemos os vetores 2( ≤u + ≤v ) e 2≤u + 2≤v:

≤v
≤u + ≤v 2(≤u + ≤v )

≤u

2≤v
2≤v

2≤u + 2≤v

2≤u 2≤u

Os vetores 2( ≤u + ≤v ) e 2≤u + 2≤v parecem ter a mesma direção, o mesmo sentido e o


mesmo comprimento, isto é, 2( ≤u + ≤v ) = 2≤u + 2≤v, o que de facto é verdade e iremos de-
monstrar.

Consideremos dois vetores ≤u e ≤v não colineares e o número real positivo 2.

Vamos demonstrar a propriedade 2( ≤u + ≤v ) = 2≤u + 2≤v.

Fixemos um ponto A no plano.

Sejam os pontos B, C e D tais que A + ≤u = B, B + ≤v = C e A + 2≤u = D.

C D

≤v
2≤u

≤u

Pela regra do triângulo, A≥B + B≥C = A≥C, ou seja, ≤u + ≤v = A≥C.

201
TEMA III Geometria analítica

Seja E = A + 2( ≤u + ≤v ). Tem-se então A≥E = 2(≤u + ≤v ).


GA10_3.6
E

2(≤u + ≤v )
33 Acerca dos vetores ≤a e ≤b,
sabe-se que ≤a = 2≤x – ≤y e D
C
≤b = –3≤x + 5≤y. Exprime os
≤v
seguintes vetores em 2≤u
≤u + ≤v
função de ≤x e ≤y. B
a) 2≤a + ≤b ≤u
b) –2≤a + 3≤b A

Consideremos as razões entre medidas de segmentos de reta correspondentes:

A–D = ||2≤u || = 2||≤u || = 2


A–B ||≤u || ||≤u ||

A–E = ||2(≤u + ≤v )|| = 2||≤u + ≤v || = 2


A–C ||≤u + ≤v || ||≤u + ≤v ||

As retas BC e DE determinaram em duas retas concorrentes segmentos de reta corres-


pondentes proporcionais, logo BC e DE são retas paralelas (recíproco do Teorema de Tales).
Assim, pelo Teorema de Tales, vem que:

DE– = 2 ⇔ D–E = 2B–C


B–C
• •
As semirretas BC e DE tem o mesmo sentido, uma vez que são paralelas e estão contidas
no mesmo semiplano definido por BD.

Como B≥C e D≥E têm a mesma direção, o mesmo sentido e ||D≥E|| = 2||B≥C||, pela defini-
ção de produto de um vetor por um escalar, D≥E = 2B≥C = 2≤v.
Sabemos que A≥D + D≥E = A≥E, logo 2≤u + 2≤v = 2( ≤u + ≤v ), como queríamos demonstrar.
E

2≤v
2(≤u + ≤v )

C D
≤v

≤u + ≤v 2≤u
B
≤u

Em geral:

Soluções Propriedade distributiva em relação à adição de vetores


33.
Dados os vetores ≤u e ≤v e um número real λ, tem-se que:
a) x≤ + 3y≤ λ( ≤u + ≤v ) = λ≤u + λ≤v
b) –13x≤ + 17 y≤

202
UNIDADE 2 Cálculo vetorial no plano

Propriedade associativa mista


GA10_3.6
Consideremos o vetor ≤v:
≤v

Representemos agora o vetor 2(3≤v ) e o vetor (2 ¥ 3)≤v:

3≤v
2(3≤v ) (2 ¥ 3)≤v = 6≤v
≤v

Vamos verificar que 2(3≤v ) = (2 ¥ 3)≤v, pois têm a mesma direção, o mesmo sentido e a
mesma norma.

Pela definição do produto de um vetor por um escalar, o vetor 3≤v tem:


• a direção de ≤v;
• o sentido de ≤v;
• a norma igual a 3||≤v ||.

Pela definição do produto de um vetor por um escalar, o vetor 2(3≤v ) tem:


• a direção de 3≤v, logo, a direção de ≤v;
• o sentido de 3≤v, logo, o sentido de ≤v;
• a norma igual a:
|2| ¥ ||3≤v || = |2| ¥ |3| ¥ ||≤v || = 6 ¥ ||≤v ||

Pela definição do produto de um vetor por um escalar, o vetor (2 ¥ 3)≤v tem:


• a direção de ≤v;
• o sentido de ≤v;
• a norma igual a:
|2 ¥ 3| ¥ ||≤v || = 6 ¥ ||≤v ||

Os vetores 2(3v≤ ) e (2 ¥ 3)v≤ têm a mesma direção, o mesmo sentido e a mesma norma,
logo 2(3v≤ ) = (2 ¥ 3)v≤ , como queríamos demonstrar.

De um modo geral:

Propriedade associativa mista


Dados um vetor ≤v e os números reais λ e μ, tem-se que:
λ(μ≤v ) = (λμ)≤v

203
TEMA III Geometria analítica

34 Considera a seguinte Esquematizando / Resumindo


figura, constituída por
retângulos
geometricamente iguais. Deves ter sempre presentes as seguintes propriedades da multiplicação de um
A B C D E vetor por um número real.
F G H I J
K L M N O Sendo ≤u e ≤v dois vetores e λ e μ números reais:
P Q R S T

Determina:
1 ≥ 2 Distributividade em relação à adição de números reais (λ + μ)≤v = λ≤v + μ≤v
a) AP + A≥P
3 3
b) 2A≥B + 2E≥I Distributividade em relação à adição de vetores λ( ≤u + ≤v ) = λ≤u + λ≤v
h1 h
c) 2 i P≥T i
j4 j Associatividade mista λ(μ≤v ) = (λμ)≤v

Exercícios resolvidos

1. Considera a figura constituída por triângulos equiláteros.


Determina:
a) A≥B + 2C≥E D

b) 3A≥H – 2O≥F
C E

c) H≥E – 2 I≥F
B F
d) 2(A≥H + F≥E) O

h1 h
B≥F
A G
e) 3 i i H I
j2 j
1 ≥ 2
f) AD + A≥D
3 3

Sugestão de resolução

a) A≥B + 2C≥E = A≥B + B≥F = A≥F

b) 3A≥H – 2O≥F = A≥G + 2F≥O = A≥G + G≥H = A≥H

c) H≥E – 2 I≥F = H≥E + 2F≥I = H≥E + E≥H = ≤0

d) 2 A≥H + F≥E
( ) = 2(A≥H + H≥B ) = 2A≥B = A≥C
APRENDE FAZENDO
Outro processo de resolução desta alínea consistia em aplicar a propriedade
Págs. 230, 231 e 233
Exercícios 2, 6 e 14 distributiva da multiplicação de um número real em relação à adição de ve-
tores:
CADERNO DE EXERCÍCIOS 2(A≥H + F≥E ) = 2A≥H + 2F≥E = A≥I + F≥D = A≥I + I≥C = A≥C
E TESTES
h1 h
Pág. 18 e) 3 i BF ≥ i = 3BO≥ = AG≥
Exercício 8 j2 j
Outro processo de resolução desta alínea consistia em aplicar a propriedade
Soluções associativa da multiplicação de um número real por um vetor:
h1 h 3
34. 3 i BF≥ i = BF≥ = AG ≥
a) A≥P j2 j 2
b) A≥K
c) P≥R

204
UNIDADE 2 Cálculo vetorial no plano

35 Simplifica as seguintes
expressões, indicando as
1 ≥ 2
f) AD + A≥D = A≥B + A≥C = A≥B + B≥D = A≥D propriedades utilizadas.
3 3 1 ≤
Outro processo de resolução desta alínea consistia em aplicar a propriedade ∫ v≤ – u
a) √∫27 + 2 (√∫3 v≤ ) +
2
distributiva da multiplicação de um número real por um vetor em relação à 11 ≤
+ u
2
adição de números reais: h h
b) 3 i2v ≤ – 8 u≤ i + 2(4u ≤ ) – v≤
1 ≥ 2 ≥ h1 2h ≥ j 3 j
AD + AD = i + i AD ≥
= AD
3 3 j3 3j

1 ≤
2. Simplifica a expressão –2(–3≤v + 5≤u ) + (6u ) – 6≤v, indicando as propriedades
2
utilizadas.

Sugestão de resolução

1
–2(–3≤v + 5≤u ) + (6≤u ) – 6≤v
2
1
= –2(–3≤v ) – 2(5≤u ) + (6≤u ) – 6≤v (propriedade distributiva da
2
multiplicação de um número real em
relação à adição de vetores)
h1 h
= (–2 ¥ (–3))≤v – (2 ¥ 5)≤u + i ¥ 6i ≤u – 6≤v (propriedade associativa mista 36 Resolve, em ordem a ≤x, a
j2 j
da multiplicação de um seguinte equação.
número real por um vetor) –2(–≤x + ≤a ) + 2(3≤a ) =
= 6≤v – 10≤u + 3≤u – 6≤v = 3( ≤a + 2≤b )

= –6≤v + 6≤v – 10≤u + 3≤u (propriedade comutativa e associativa da adição


de vetores)
= ≤0 – 10≤u + 3≤u ((–6)≤v é o simétrico de 6≤v)
= ≤0 + (–10 + 3)≤u (propriedade distributiva da multiplicação de um número
real por um vetor em relação à adição de números reais)
= –7 ≤u (existência de elemento neutro da adição de vetores)

3. Resolve, em ordem a ≤x, a seguinte equação.

2≤x + 3(≤x + ≤a ) – 2(≤x – ≤b) = ≤b APRENDE FAZENDO


Pág. 237
Exercícios 29, 30 e 31
Sugestão de resolução
CADERNO DE EXERCÍCIOS
2≤x + 3(≤x + ≤a ) – 2(≤x – ≤b) = ≤b ⇔ 2≤x + 3≤x + 3≤a – 2≤x + 2≤b = ≤b E TESTES
Pág. 19
⇔ 3≤x + 3≤a + 2≤b = ≤b Exercício 14
⇔ 3≤x = ≤b – 2≤b – 3≤a
Soluções
⇔ 3≤x = –≤b – 3≤a
35.
1 ≤
⇔ ≤x = – b – ≤a a) 5√∫3 ≤v + 5≤u
3
b) 5≤v
1 ≤
36. ≤x = – a + 3≤b
2

205
TEMA III Geometria analítica

2.3. Operações com coordenadas de vetores


Coordenadas de um vetor

Já sabemos que, dado um referencial cartesiano no plano, conseguimos identificar um


ponto por meio de um par ordenado de números, a que chamamos coordenadas.

Vamos aprender que um vetor também pode ser definido por coordenadas.

Considera um plano munido de um referencial ortonormado de origem O e dois seg-


mentos orientados [A, B] e [P, Q], onde A(3, 3), B(1, 2), P(–2, –1) e Q(0, 2).

Considera também os pontos X(1, 0), Y(0, 1) e os vetores ≤e1 = O≥X e ≤e2 = O≥Y.
Sejam ≤v = A≥B e ≤u = P≥Q.
y

Q ≤v
B

1 Y
≤u
≤e2
X
≤e1 1 x

É possível decompor, por exemplo, o vetor v≤ na soma de dois vetores, um com a direção
de e≤ 1 e o outro com a direção de e≤ 2, conforme sugere a figura a seguir; esta decomposição
é única.
Nota (*)
• ≤v1 é colinear com ≤e1,
Ora vejamos:
logo, existe um e um só
número real a tal que Se ≤v = ≤v1 + ≤v2 e ≤v = ≤w1 + ≤w2, com ≤v1 e ≤w1 com a
≤v1 = a≤e1.
direção de ≤e1 e ≤v2 e ≤w2 com a direção de ≤e2, tería-
• ≤v2 é colinear com ≤e2,
mos ≤v1 + ≤v2 = ≤w1 + ≤w2, portanto ≤v1 – ≤w1 = ≤w2 – ≤v2.
logo, existe um e um só
número real b tal que Como ≤v1 – ≤w1 tem a direção de ≤e1 (exceto se for o y
≤v2 = b≤e2. vetor nulo), também ≤w2 – ≤v2 teria a direção de ≤e1 ≤v1 A
• ≤v = –2 ≤e1 + ( –1 )≤e2, sendo (exceto se for o vetor nulo). Mas ≤w2 – ≤v2 tem a dire- ≤v2 ≤v2
≤v
o par ordenado (–2, –1) ção de ≤e2, e ≤e1 e ≤e2 têm direções perpendiculares, Q
B
o único nestas
portanto não há nenhum vetor que tenha as dire-
condições. 1 Y
ções de ambos. Então, ≤w2 – ≤v2 e ≤v1 – ≤w1 são o vetor
• ≤u1 é colinear com ≤e1, ≤w1
≤e2

logo, existe um e um só nulo, ou seja, ≤v1 = ≤w1 e ≤v2 = ≤w2. X


≤e1 ≤v1 x
≤w ≤w2 1
número real a tal que
Portanto, a decomposição de v≤ na soma de dois
≤u1 = a≤e1.
vetores, um com a direção de ≤e1 e outro com a di-
• ≤u2 é colinear com ≤e2,
logo, existe um e um só reção de ≤e2, é única.
número real b tal que
Temos então que ≤v = ≤v1 + ≤v2, com ≤v1 = –2≤e1 e
≤u2 = b≤e2.
≤v2 = –1≤e2, ou seja, ≤v = –2 ≤e1 + ( –1 ) ≤e1 (*).
• ≤u = 2 e≤ 1 + 3 e≤ 2, sendo o
par ordenado (2, 3) o
Ao par ordenado (–2, –1) chamamos coordenadas do vetor ≤v (são os números que mul-
único nestas condições.
tiplicamos pelos vetores ≤e1 e ≤e2).

206
UNIDADE 2 Cálculo vetorial no plano

Consideremos, agora, o vetor ≤u e, analogamente y


GA10_4.1
ao que se fez com o vetor ≤v, comecemos por
decompô-lo na soma de dois vetores, um com a di-
Q
reção de ≤e1 e o outro com a direção de ≤e2, decom-
≤u2 37 Considera os vetores
posição esta que já vimos ser única. 1
≤u
Y representados na figura
Neste caso, ≤u = ≤u1 + ≤u2, com ≤u1 = 2≤e1 e ≤u2 = 3≤e2, ≤e2
X
seguinte.
isto é, ≤u = 2 ≤e1 + 3 ≤e2. ≤e1 1 x
≤d
≤c

O vetor ≤u tem coordenadas (2, 3). P ≤u1


≤a
≤j
b
De um modo geral:
≤i

Definição Escreve os vetores ≤a, ≤b, ≤c e


≤d, em função de ≤i e ≤j.

Sendo fixada uma unidade de comprimento, um plano munido de um referencial


ortonormado de origem O e um vetor ≤v, e sendo X(1, 0), Y(0, 1), ≤e1 = O≥X e ≤e2 = O≥Y,
existe um e um só par ordenado (a, b) de números reais tais que ≤v = a≤e1 + b≤e2.
Nestas condições, o par ordenado (≤e1, ≤e2) designa-se por base do espaço vetorial
dos vetores do plano.
O par ordenado (a, b) designa-se por coordenadas do vetor ≤v na base (≤e1, ≤e2).
Representa-se o vetor ≤v de coordenadas (a, b) por ≤v (a, b) e, por vezes, ≤v = (a, b).

Exemplo

Considera os vetores representados na figura abaixo e as respetivas coordenadas.


y ≤a = 1≤e1 + 0≤e2 ≤a(1, 0)
≤b = 2≤e + 1≤e ≤b(2, 1)
1 2
≤a ≤g
≤c = 0≤e1 – 2≤e2 ≤c(0, –2)
≤f ≤d = –3≤e + 1≤e ≤d(–3, 1)
1 2
≤b
≤e = –2≤e1 – 2≤e2 ≤e(–2, –2)

≤e2 ≤f = 1≤e – 3≤e ≤f(1, –3)


1 2

≤e1 x ≤g = –3≤e1 + 0≤e2 ≤g(–3, 0)

≤c
≤e

≤d

Repara que o deslocamento associado ao vetor:


• ≤a (1, 0) corresponde a uma unidade para a direita e zero na vertical;
• ≤b (2, 1) corresponde a duas unidades para a direita e uma para cima;
• ≤c (0, –2) corresponde a zero unidades na horizontal e duas para baixo;
CADERNO DE EXERCÍCIOS
•… E TESTES
Pág. 18
Na prática, podes pensar nas coordenadas de um vetor como o trajeto que se faz desde Exercício 9
a origem até à extremidade de um qualquer dos seus representantes, primeiro tendo em
atenção o deslocamento horizontal e depois o deslocamento vertical. Soluções

Como vimos, a cada vetor corresponde um e um só par ordenado de números reais. 37. ≤a = ≤i + ≤j; ≤b = –2≤i + ≤j;
Reciprocamente, a cada par ordenado de números reais corresponde um e um só vetor. ≤c = 2≤i + 0≤j; ≤d = 0 ≤i – ≤j

207
TEMA III Geometria analítica

GA10_4.2
Vetor posição de um ponto e respetivas coordenadas

Consideremos novamente um plano munido de y

um referencial ortonormado de origem O, dois seg- A


38 Considera o referencial
mentos orientados [A, B] e [P, Q], onde A(3, 3), Q ≤v
ortonormado da figura e
seja ( ≤e1, ≤e2) uma base do
B(1, 2), P(–2, –1) e Q(0, 2), os pontos X(1, 0), Y(0, 1), B

espaço vetorial dos os vetores ≤e1 = O≥X, ≤e2 = O≥Y, ≤v = A≥B e ≤u = P≥Q. 1 Y
≤u
vetores do plano. ≤e2
Já vimos que há uma infinidade de representantes X
y O ≤e1 x
do mesmo vetor e que dado qualquer ponto há um 1
≤c
≤b
único representante com origem nesse ponto.
P
≤d ≤a
≤e2 Consideremos então um representante do vetor v≤ ; y
O ≤e1 x
≤f
em particular, o segmento orientado de origem O. E –2≤e1 A
≤g Temos que P = O + ≤v. –≤ e2
Q ≤v

Repara que os triângulos [PSO] e [BEA] são iguais, B


Escreve os vetores ≤a, ≤b, ≤c,
≤d, ≤f e ≤g em função de ≤e e logo: 1 Y
1
≤e2
≤e2 e escreve as suas O≥P = ≤v = –2≤e1 – 1≤e2 S –2≤e1 O X
coordenadas. O≥P (–2, –1) –≤ e2 ≤e1 1 x
≤v

Se o deslocamento da origem para o ponto A corresponde a “andar” 2 unidades para a


esquerda e 1 unidade para baixo, então as coordenadas de P são (–2, –1).

O≥P diz-se o vetor posição de P e tem as mesmas coordenadas de P.


Vamos repetir o raciocínio anterior mas agora para y

o vetor ≤u. C

Seja C = O + ≤u. Q
≤u
Os triângulos [PQR] e [OCD] são iguais, logo, ≤u2 3≤e2

qualquer representante do vetor ≤u tem as mesmas ≤u 3≤e2


Y
e≤ 2
coordenadas: X
O ≤e1 x
2≤e1 D
O≥C = ≤u = 2≤e1 + 3≤e2
O≥C(2, 3) P 2≤e1 R

Se o deslocamento da origem para o ponto C corresponde a “andar” 2 unidades para a


direita e 3 unidades para cima, então as coordenadas de C são (2, 3).

O≥C é o vetor posição de C e tem as mesmas coordenadas de C.


Definição

Fixado um plano munido de um referencial ortonormado de origem O e dado um


Soluções ponto A, chama-se vetor posição do ponto A ao vetor O≥A.
38. ≤a = 2≤e1 + 2≤e2; a
≤ (2, 2)
≤b = 2≤e – 2≤e ; ≤b (2, –2)
1 2
≤c = 2≤e1 + 0≤e2; ≤c (2, 0) Propriedade
≤d = –2≤e + 0≤e ; ≤d (–2, 0) As coordenadas do vetor posição de um dado ponto na base associada a um refe-
1 2
≤f = –3≤e – 3≤e ; ≤f (–3, –3)
1 2 rencial ortonormado coincidem com as coordenadas do ponto nesse referencial.
≤g = 0e≤ 1 + 4≤e2; ≤g (0, 4)

208
UNIDADE 2 Cálculo vetorial no plano

Operações com vetores a partir das suas coordenadas 39 Calcula as coordenadas


do vetor soma ≤a + ≤b,
Vamos aprender a efetuar operações com vetores, a partir do conhecimento das suas sendo:
coordenadas. a) ≤a (1, –3) e ≤b(–9, 4)
h 1h ≤ h 3h
Consideremos um plano munido de um referencial ortonormado, dois vetores ≤u(u1, u2) b) ≤a i–1, i e b i1, i
j 2j j 2j
e ≤v(v1, v2), um número real λ, os pontos X(1, 0), Y(0, 1) e os vetores ≤e1 = O≥X, ≤e2 = O≥Y.
c) ≤a √∫2, 0 e ≤b √∫8, –5
( ) ( )
Conhecidas as coordenadas dos vetores ≤u( u1 , u2 ) e ≤v( v1 , v2 ), podemos escrevê-los da
forma ≤u = u1 ≤e1 + u2 ≤e2 e ≤v = v1 ≤e1 + v2 ≤e2.
Igualdade de vetores
Como existe uma única maneira de escrever um vetor em função de ≤e1 e ≤e2, surge o se-
guinte resultado:

Sejam ≤u(u1, u2) e ≤v(v1, v2) dois vetores do plano.


≤u = ≤v ⇔ (u1, u2) = (v1, v2) ⇔ u1 = v1 ∧ u2 = v2
40 Considera os vetores do
Exercício resolvido plano ≤u(–3, 8), ≤v(2k + 1, 3)
e ≤w(2, p). Determina os
valores dos parâmetros
≤ (3, b) e v≤ (6a, 2). Determina os valores dos parâmetros a e b de modo que u
Sejam u ≤ = v≤ .
reais k e p de modo que
≤v + ≤w = ≤u.

Sugestão de resolução
3 1




=a a=
≤u = ≤v ⇔ (3, b) = (6a, 2) ⇔ 3 = 6a ⇔


6 ⇔ 2
b=2
b=2 b=2

Adição
≤u + ≤v = (u1≤e1 + u2≤e2) + (v1≤e1 + v2≤e2)
= (u1e≤ 1 + v1e≤ 1) + (u2e≤ 2 + v2e≤ 2)
(propriedade associativa e comutativa da adição
de vetores)
= (u1 + v1)≤e1 + (u2 + v2)≤e2 (propriedade distributiva em relação à adição de nú-
meros reais)
Ou seja, ≤u + ≤v tem coordenadas ( u1 + v1 , u2 + v2 )
 
Soma das primeiras coordenadas dos vetores Soma das segundas coordenadas dos vetores

Sejam ≤u (u1, u2) e ≤v (v1, v2) dois vetores do plano.


≤u + ≤v = (u1, u2) + (v1, v2) = (u1 + v1, u2 + v2)

Exemplos
Soluções
h1 h h 3h
Sejam ≤a(–3, 5), ≤b(2, 0), ≤c(–1, –2), ≤d(3, –5), ≤e i , –1i e ≤f i–2, – i :
j2 j j 4j 39.
1. ≤a + ≤b = (–3, 5) + (2, 0) = (–3 + 2, 5 + 0) = (–1, 5) a) (–8, 1)
b) (0, 2)
2. ≤c + ≤d = (–1, –2) + (3, –5) = (–1 + 3, –2 –5) = (2, –7) c) (3√∫2, –5)
h1 h h 3h h1 3h h1 4 4 3h h 3 7h
3. ≤e + ≤f = i , –1i + i–2, – i = i –2, –1 – i = i – , – – i = i– , – i 40. k = –3 e p = 5
j2 j j 4j j2 4j j2 2 4 4j j 2 4j
209
TEMA III Geometria analítica

41 Considera, num
Subtração
referencial ortonormado ≤u – ≤v = (u1≤e1 + u2≤e2) – (v1≤e1 + v2≤e2)
do plano, os vetores
≤u (2, –3), ≤v (–1, 4) e = (u1≤e1 + u2≤e2) – 1 ¥ (v1≤e1 + v2≤e2)
h h = u1e≤ 1 + u2e≤ 2 – 1(v1e≤ 1) + (–1)(v2e≤ 2) (propriedade distributiva em relação à adi-
≤w i 1 , 0i .
j3 j ção de vetores)
Calcula as coordenadas de:
= u1≤e1 + u2≤e2 – v1≤e1 – v2≤e2
a) ≤u + ≤v
= (u1≤e1 – v1≤e1) + (u2≤e2 – v2≤e2) (propriedade associativa e comutativa da adição
b) ≤u + ≤v + ≤w
de vetores)
c) ≤u – ≤v
= (u1 – v1)≤e1 + (u2 – v2)≤e2 (propriedade distributiva em relação à adição de nú-
d) ≤v – ≤u
meros reais)
e) 2≤u + 4≤v
1 ≤ Ou seja, ≤u + ≤v tem coordenadas ( u1 – v1 , u2 – v2 )
f) –3≤w – u
2  
h 1 ≤ h
g) 3 i–≤u + wi Diferença entre as primeiras coordenadas dos vetores Diferença entre as segundas coordenadas dos vetores
j 2 j

Sejam ≤u (u1, u2) e ≤v (v1, v2) dois vetores do plano.


≤u – ≤v = (u1, u2) – (v1, v2) = (u1 – v1, u2 – v2)

Exemplos
h1 h h 3h
Sejam ≤a(–3, 5), ≤b(2, 0), ≤c(–1, –2), ≤d(3, –5), ≤e i , –1i e ≤f i–2, – i :
j2 j j 4j
1. ≤a – ≤b = (–3, 5) – (2, 0) = (–3 – 2, 5 – 0) = (–5, 5)

2. ≤c – ≤d = (–1, –2) – (3, –5) = (–1 – 3, –2 – (–5)) = (–1 – 3, –2 + 5) = (–4, 3)


h1 h h 3h h1 h 3hh h1 4 4 3h h5 1h
3. ≤e – f≤ = i , –1i – i –2, – i = i – (–2), – 1 – i – i i = i + ,– + i = i ,– i
j2 j j 4j j2 j 4jj j2 2 4 4j j2 4j

Multiplicação de um vetor por um escalar


λ≤u = λ(u1≤e1 + u2≤e2)
= λu1≤e1 + λu2≤e2 (propriedade distributiva em relação à adição de vetores)
Ou seja, λ≤u tem coordenadas (λu1, λu2)

Sejam ≤u(u1, u2) um vetor do plano e λ um número real.


Soluções
λ≤u = λ(u1, u2) = (λu1, λu2)
41.
a) (1, 1)
h4 h
b) i , 1i
j3 j Exemplos
c) (3, –7) 1 h h
d) (–3, 7)
Sejam ≤a(–3, 5), ≤c(–1, –2) e ≤e i , –1i :
j2 j
e) (0, 10)
1. 2≤a = 2(–3, 5) = (2 ¥ (–3), 2 ¥ 5) = (–6, 10)
h 3h
f) i–2, i
j 2j 2. –1 ¥ ≤c = –1(–1, –2) = (–1 ¥ (–1), –1 ¥ (–2)) = (1, 2)
h 11 h
g) i–
j
, 9i
2 j 3.
1 ≤e = 1 hi 1 , –1hi = hi 1 ¥ 1 , 1 ¥ (–1)hi = hi 1 , – 1 hi
2 2 j2 j j2 2 2 j j4 2j
210
UNIDADE 2 Cálculo vetorial no plano

Simétrico de um vetor
–≤u = –1 ¥ ≤u (caso particular do produto de um vetor por um escalar)
= –1 ¥ (u1≤e1 + u2≤e2)
= –1 ¥ u1≤e1 – 1 ¥ u2≤e2 (propriedade distributiva em relação à adição de vetores)
= – u1≤e1 – u2≤e2
Ou seja, o vetor simétrico do vetor ≤u, o vetor –≤u tem coordenadas (–u1, –u2).

Seja ≤u (u1, u2) um vetor do plano.


–≤u = (–u1, –u2)

Exemplos
1 h h
Sejam ≤a (–3, 5), ≤c (–1, –2) e ≤e i , –1i :
j2 j
1. – ≤a = –(–3, 5) = (3, –5)

2. – ≤c = –(–1, –2) = (1, 2)


h1 h h 1 h
3. – ≤e = – i , –1i = i– , 1i
j2 j j 2 j

Vetores colineares 42 Indica as coordenadas de


quatro vetores colineares
Sejam ≤u e ≤v dois vetores, não nulos, colineares.
com o vetor ≤u:
≤u e ≤v são colineares ⇔ ∃ λ ∈R\{0}: ≤u = λ≤v a) ≤u (–2, 3)

⇔ ∃ λ ∈R\{0}: (u1, u2) = λ(v1, v2) b) ≤u (0, 2016)

⇔ ∃ λ ∈R\{0}: (u1, u2) = (λv1, λv2)


⇔ ∃ λ ∈R\{0}: u1 = λv1 ∧ u2 = λv2

1.º caso: ≤u e ≤v não são paralelos aos eixos coordenados (u1, u2, v1, v2 ≠ 0)
u u
u e v≤ são colineares ⇔ ∃ λ ∈R\{0}: λ = 1 ∧ λ = 2
v1 v2
u1 u2
⇔ ∃ λ ∈R\{0}: =
v1 v2
Ou seja, os quocientes das coordenadas correspondentes são iguais.

2.º caso: ≤u e ≤v são paralelos ao eixo Ox


≤u e ≤v são paralelos ao eixo Ox se e somente se as primeiras coordenadas de ambos os
vetores são nulas (u1 = 0, v1 = 0, u2, v2 ≠ 0).
u2
(0, u2) = (0, v2)
v2

3.º caso: ≤u e ≤v são paralelos ao eixo Oy Soluções

≤u e ≤v são paralelos ao eixo Oy se e somente se as segundas coordenadas de ambos os 42. Por exemplo:
a) (– 4, 6); (2, –3); (–20, 30) e
vetores são nulas (u2 = 0, v2 = 0, u1, v1 ≠ 0).
h 3h
i–1, i
u j 2j
(u1, 0) = 1 (v1, 0)
v1 b) (0, 1); (0, –1); (0, 2) e (0, 10)

211
TEMA III Geometria analítica

GA10_4.3
Propriedade
Sejam ≤u(u1, u2) e ≤v(v1, v2) dois vetores do plano, não nulos.

43 Averigua se os vetores ≤a e
≤ e v≤ são colineares se e somente se u1, u2, v1, v2 ≠ 0 e u1 = u2 ou as primeiras coor-
u
≤b são colineares.
v1 v2
denadas de ambos forem nulas ou as segundas coordenadas de ambos forem nulas.
a) ≤a (1, –3) e ≤b(2, –6)
h 1h
b) ≤a i–1, i e ≤b(4, –2) Exemplos
j 2j
c) ≤a (–1, 9) e ≤b(10, 18) 1. ≤u (0, 3) e ≤v (0, 5) são colineares, pois ≤u =
3 ≤ 5
v ou ≤v = ≤u.
d) ≤a (0, 7) e ≤b(2, 14) 5 3
h 1h ≤ h 9h 4 2 3
e) ≤a i0, i e b i0, – i 2. ≤w (4, 0) e ≤z (6, 0) são colineares, pois ≤w = z≤ = ≤z ou ≤z = ≤w.
j 2j j 2j 6 3 2
f) ≤a √∫3, 0 e ≤b 2√∫3, 0
–5 –2 1 10 4
( ) ( ) 3. ≤p (–5, –2) e ≤q (10, 4) são colineares, pois = =– ou = = –2.
10 4 2 –5 –2
1 3

h 1 3h –2 6 4
4. ≤m (–2, 6) e ≤n i– , i não são colineares, pois ≠ ou 2 ≠ .
j 2 4j 1 3 –2 6

2 4
44 Considera, fixado um Exercícios resolvidos
plano munido de um
referencial cartesiano, os ≤ (3, 0),
1. Considera, fixado um plano munido de um referencial cartesiano, os vetores a
vetores ≤u (2, 4), ≤v (3, 1 – k)
h h
≤b(–5, 2) e ≤c hi 1 , –1hi . Calcula as coordenadas de:
ew≤ ik, – 2 i . j2 j
j 3j h
≤ –b≤ ≤ + 3≤b 1 ≤ 1 ≤ h ≤
a) a b) 2a c) –2(≤c – ≤a ) d) 4≤c – b e i–≤a + bi + c
Determina o valor de k de 2 j 5 j
modo que:
a) ≤u e ≤v sejam colineares; Sugestão de resolução
b) ≤v e ≤w sejam colineares.
a) ≤a – ≤b = (3, 0) – (–5, 2) = (3 – (–5), 0 – 2) = (8, –2)

b) 2≤a + 3≤b = 2(3, 0) + 3(–5, 2) = (6, 0) + (–15, 6) = (–9, 6)


hh1 h h h 5 h
c) –2(≤c – ≤a ) = –2 i i , –1i – (3, 0)i = – 2 i– , –1i = (5, 2)
jj2 j j j 2 j

d) 4≤c –
1 ≤b = 4 i , –1i – (–5, 2) = (2, –4) + i , –1hi = hi 9 , –5hi
h 1 h 1 h 5
2 j2 j 2 j2 j j2 j
h h h h h1 h h h hh h h
≤ + b i + c≤ = 3 i–(3, 0) + (–5, 2)i + i , –1i = 3 i(–3, 0) + i–1, i i + i 1 , –1i
e) 3 i–a
1 ≤ 1 2
j 5 j j 5 j j2 j j j 5jj j2 j
h 2h h1 h h 6h h1 h h 23 1 h
APRENDE FAZENDO
= 3 i–4, i + i , –1i = i–12, i + i , –1i = i– , i
j 5j j2 j j 5j j2 j j 2 5j
Pág. 231
Exercício 7

≤ (–3, 4)
2. Considera, fixado um plano munido de um referencial cartesiano, os vetores u
Soluções
e v≤ (k + 2, –1), k ∈R. Determina o valor real k de modo que u
≤ e v≤ sejam colineares.
43.
a) Sim
b) Sim Sugestão de resolução
c) Não
d) Não ≤ e v≤ sejam colineares os quocientes das coordenadas correspondentes
Para que u
e) Sim
k + 2 –1 5
f) Sim têm de ser iguais, ou seja, = ⇔ 4k + 8 = 3 ⇔ 4k = –5 ⇔ k = – .
44.
–3 4 4
a) k = –5
b) k = 2 ∨ k = –1

212
UNIDADE 2 Cálculo vetorial no plano

Vetor diferença de dois pontos GA10_4.4

As coordenadas de um vetor também podem ser obtidas a partir das coordenadas dos
extremos de um dos seus representantes. Vejamos como é que isso acontece.

Exemplo

Consideremos um plano munido de um referencial orto- y

normado de origem O e os pontos A(4, 2) e B(1, 5). B

Sabe-se que A≥B = A≥O + O≥B e, uma vez que, A≥O = –O≥A, A≥B = A≥O + O≥B

então A≥B = –O≥A + O≥B, ou seja: O≥B


A
A≥B = O≥B – O≥A
  A≥O

Vetor posição do ponto B Vetor posição do ponto A O x

Como as coordenadas do vetor OB ≥ são as coordenadas do ponto B e as coordenadas


do vetor O≥A são as coordenadas do ponto A :
A≥B = (1, 6) – (4, 2)
 

B A
= (–3, 4)
De um modo geral:
Definição

Fixado um plano munido de um referencial ortonormado de origem O e dados dois


pontos A(a1, a2) e B(b1, b2), chama-se diferença entre os pontos B e A (e escreve-se
B – A) ao vetor A≥B.

Propriedade
As coordenadas de B – A são a diferença entre as coordenadas de B e as coordenadas
de A.
Assim, A≥B = B – A = (b1 – a1, b2 – a2).

Um vetor pode ser definido pela diferença entre o ponto extremidade e o ponto origem
de qualquer um dos seus representantes.
Tens agora à tua disposição outra forma de obteres as coordenadas de um vetor: fazer
a diferença entre as coordenadas do ponto extremidade e as coordenadas do ponto ori-
gem de um qualquer representante do vetor.
Repara que para todo o vetor ≤v e para quaisquer pontos A e B do plano tem-se que:

B – A = ≤v ⇔ B = A + ≤v ⇔ AB
≥ = v≤ B
≤v = B – A

Isto é, saber que o vetor v≤ tem como representante um segmento A + ≤v = B


≤v
orientado de extremidade B e origem A é o mesmo que saber que
B é a extremidade do representante de ≤v com origem em A. A

213
TEMA III Geometria analítica

GA10_4.5 Soma de um ponto com um vetor


GA10_4.6

Exemplo

45 Considera, num plano Consideremos um plano munido de um referencial orto- y


munido de um referencial normado de origem O, o ponto A(4, 2) e o vetor v≤ (–2, 3). C
cartesiano, os pontos
A(–1, 2), B(2, –3) e C(0, 5). Seja C = A + v≤ . ≤v
+3
a) Indica as coordenadas Sabemos que O≥A + A≥C = O≥C, e como as coordenadas de
dos vetores A≥B, B≥A e A
OA≥ são as coordenadas de A e as coordenadas de OC ≥ são –2
B≥C.
as coordenadas de C, tem-se que (4, 2) + (–2, 3) = C.
b) Indica as coordenadas O x
do ponto D = B + A≥C e Logo, C = (4 + (–2), 2 + 3) = (2, 5).
E = B – 2C≥B.
c) Determina as Repara que C é a translação do vetor ≤v aplicado ao ponto A, e, como as coordenadas de
coordenadas do ponto F A são (4, 2) e o deslocamento de v≤ (–2, 3) consiste em “andar” 2 unidades para a esquerda
sabendo que AF≥ = (1, 7). e 3 para cima, as coordenadas de C serão então o resultado de “andarmos” com o ponto
A 2 unidades para a esquerda e 3 para cima, isto é, C(4 – 2, 2 + 3) = (2, 5).
De um modo geral:

Propriedade
Fixado um plano munido de um referencial ortonormado de origem O e dados um
ponto A(a1, a2) e um vetor v≤ (v1, v2), tem-se que:
A + v≤ = (a1 + v1, a2 + v2)

Norma de um vetor a partir das coordenadas

Exemplo

Consideremos um plano munido de um referencial ortonormado de origem O e o vetor


v≤ (–2, –3) representado na figura abaixo.
Aplicando o Teorema de Pitágoras: y

||v≤ ||2 = |–2|2 + |–3|2


|–2|
⇔ ||v≤ ||2 = (–2)2 + (–3)2
⇔ ||v≤ || = √∫(∫–∫2∫)2∫ ∫ +
∫ ∫ ∫(∫–∫3∫)2 |–3|
≤v
U U
1.a coordenada de v≤ 2.a coordenada de v≤

⇔ ||v≤ || = √∫4∫ ∫+∫ 9


∫ O x

⇔ ||v≤ || = √∫1∫3

Soluções
Propriedade
45. Fixado um plano munido de um referencial ortonormado de origem O e dado um
a) A≥B = (3, –5); B≥A = (–3, 5) e
vetor v≤ (v1, v2), tem-se que:
B≥C = (–2, 8)
b) D(3, 0); E(–2, 13) ||v≤ || = √∫v∫12∫ ∫ +
∫ ∫ ∫v2∫ 2
c) F(0, 9)

214
UNIDADE 2 Cálculo vetorial no plano

Exercícios resolvidos 46 Considera, num referencial


ortonormado do plano, os
1. Considera, num plano munido de um referencial ortonormado, os pontos A(–2, 4), vetores ≤u (–2, 4), ≤v (1, –5) e
≥ , onde A(1, 3)e B(2, –7).
AB
B(1, –5) e C(0, 4).
Calcula:
a) Indica as coordenadas do ponto D = C + A≥B.
a) ||≤u ||

b) Calcula ||A≥B||, ||A≥C|| e ||B≥C||. b) ||≤v ||


≥ ||
c) ||AB
c) Classifica o triângulo [ABC] quanto aos lados.
d) ||≤u | + ||≤v ||
e) ||≤u + ≤v ||
Sugestão de resolução

a) Comecemos por determinar as coordenadas de A≥B:


A≥B = B – A = (1, –5) – (–2, 4) = (3, –9)
Assim, D = C + A≥B = (0, 4) + (3, –9) = (3, –5). 47 Determina as coordenadas
de um vetor ≤u, colinear
b) A≥B = (3, –9), logo, ||A≥B|| = √∫32∫ ∫ ∫+∫ (∫ ∫–∫9∫)2 = √∫9∫0 = 3√∫1∫0 com o vetor ≤v(–2, 1) e de
A≥C = C – A = (0, 4) – (–2, 4) = (2, 0), logo, ||A≥C|| = √∫22∫ ∫ ∫+∫ 0
∫ 2∫ = 2 norma igual a 10.
B≥C = C – B = (0, 4) – (1, –5) = (–1, 9), logo, ||B≥C|| = √∫(∫–∫1∫)∫ ∫ +
2 ∫ ∫ ∫92∫ = √∫8∫2
c) Como foi verificado na alínea anterior, não há dois lados do triângulo com
comprimento igual, logo o triângulo [ABC] é escaleno.

2. Considera, num plano munido de um referencial ortonormado, os pontos A(–1, 1)


e B(2, –3). Determina as coordenadas de um vetor ≤u, colinear com o vetor A≥B e
de norma igual a 15.

Sugestão de resolução

Comecemos por determinar as coordenadas de A≥B:


A≥B = B – A = (2, –3) – (–1, 1) = (3, – 4)
Para o vetor ≤u ser colinear com o vetor A≥B basta que exista um número real,
não nulo, k tal que ≤u = kA≥B, ou seja, ≤u = k(3, – 4) isto é, ≤u = (3k, – 4k). APRENDE FAZENDO
Págs. 230, 233 e 235
Portanto, tem-se que: Exercícios 3, 15, 16, 23,
24 e 25
||≤u || = 15 ⇔ √∫(∫3∫k∫)2∫ ∫ ∫+∫ ∫(∫–∫4∫k∫)2 = 15 ⇔ √∫9∫k2∫ ∫ +
∫ ∫ ∫1∫6∫k2∫ = 15
⇔ 9k2 + 16k2 = 152 ⇔ 25k2 = 225 CADERNO DE EXERCÍCIOS
E TESTES
⇔ k2 = 9 ⇔ k = 3 ∨ k = –3 Pág. 18
Exercício 10
Assim:
Soluções
• se k = 3, então ≤u = (3 ¥ 3, –4 ¥ 3) = (9, –12)
46.
• se k = –3, então ≤u = (3 ¥ (–3), –4 ¥ (–3)) = (–9, 12) a) 2√∫5
b) √∫2∫6

Existem então dois vetores nas condições pretendidas (colinear com A≥B e de c) √∫1∫0∫1
d) 2√∫5 + √∫2∫6
norma igual a 15), ≤u1(9, –12) e ≤u2(–9, 12).
e) √∫2
47. (–4√∫5, 2√∫5) ou (4√∫5, –2√∫5)

215
TEMA III Geometria analítica

GA10_5.1
GA10_5.2
2.4. Retas no plano
Vetor diretor de uma reta

Recorda Um vetor não nulo tem a direção de uma reta r se as retas suporte dos seus represen-
Duas retas têm a mesma
tantes tiverem a direção da reta r.
direção se forem paralelas ≤ , v≤ e w
Consideremos os vetores u ≤ e a reta r:
ou coincidentes.

s ≤u

As retas r e s são paralelas.


≤v
≤w

r s

As retas r e s são
coincidentes. ≤ e v≤ têm a direção da reta r, designando-se, assim, por vetores diretores da
• os vetores u
reta r;
≤ não tem a direção da reta r.
• o vetor w

Definição

Diz-se que um vetor v≤ , não nulo, tem a direção da reta r se as retas suporte dos re-
presentantes de v≤ têm a direção de r.

Definição

Designa-se por vetor diretor de uma dada reta r qualquer vetor não nulo com a
mesma direção de r.

Consequências
1. Qualquer segmento orientado de extremos pertencentes a uma reta r é um vetor di-
retor de r, já que a sua reta suporte é a própria reta r.
Exemplo

B
A A≥B é um vetor diretor da reta r.

2. Todos os vetores diretores de uma reta são colineares entre si, uma vez que têm a
mesma direção.

216
UNIDADE 2 Cálculo vetorial no plano

Vetor diretor de uma reta vertical GA10_5.4

Seja r uma reta vertical. Todos os pontos pertencentes a r têm a mesma abcissa e a reta
é definida por uma equação cartesiana do tipo x = a, a ∈R.
48 Tendo em conta os dados
Consideremos dois quaisquer pontos A e B de r.
da figura, indica um vetor
y diretor de cada uma das
retas representadas.
yA A y
r
A≥B (0, yB – yA)
2

yB B
–3 O 1 3 4 x
–1
s
O a x –3

–5 t p
x=a

O vetor A≥B tem coordenadas (0, yB – yA) e é um vetor diretor de r.


Como um vetor é colinear com A≥B se e somente se tiver abcissa nula, concluímos que
os vetores diretores de retas verticais são todos os vetores do tipo (0, v2), v2 ≠ 0.

Vetor diretor de uma reta horizontal

Seja s uma reta horizontal. Todos os pontos pertencentes a s têm a mesma ordenada e
a reta é definida por uma equação cartesiana do tipo y = b, b ∈R.
Consideremos dois pontos quaisquer A e B de s.

A≥B (xB – xA, 0)

b A A≥B B y=b

O xA xB x

O vetor A≥B tem coordenadas (xB – yA, 0) e é um vetor diretor de s.


Como um vetor é colinear com AB ≥ se e somente se tiver ordenada nula, concluímos Solução

que os vetores diretores de retas horizontais são todos os vetores do tipo (v1, 0), v1 ≠ 0. 48. r≤ (1, 1); s≤ (–7, 3); t≤ (0, 1); p
≤ (1, 0)

217
TEMA III Geometria analítica

Equação vetorial de uma reta

Tarefa resolvida

Considera o ponto A e o vetor r≤ representados na figura.

A
≤r

1. Marca, no teu caderno, o ponto A, o vetor r≤ e os pontos:


11 ≤ 1 ≤
B = A + r≤ C = A + 4r≤ D=A+ r E=A– r F = A – 3r≤
4 2
O que têm em comum estes pontos?
2. Completa as afirmações seguintes.

• Todo o ponto da forma P = _____ + k____, k ∈R pertence à reta que passa pelo
ponto A e tem a direção de r≤ .
• Sendo P um ponto da reta que passa pelo ponto A e tem a direção de r≤ :
o vetor A≥P é ____________ com r≤ , ou seja:
existe k ∈R tal que A≥P = ___ r≤ , isto é:
____ – _____ = ___ r≤
ou ainda: ____ = _____ + ___ r≤

Sugestão de resolução

1. Os pontos B, C, D, E e F têm em comum


4≤r C
o facto de pertencerem à reta que passa
11 ≤r
D pelo ponto A e terem a direção de r≤ .
4

B
– 1 ≤r ≤r
2 A
E ≤r

–3≤r

2.
• Todo o ponto da forma P = A + kr≤ , k ∈R pertence à reta que passa pelo
ponto A e tem a direção de r≤ .
• Sendo P um ponto da reta que passa pelo ponto A e tem a direção de r≤ :
o vetor A≥P é colinear com r≤ , ou seja:
existe k ∈R tal que A≥P = kr≤ , isto é:
P – A = kr≤
ou ainda: P = A + kr≤

218
UNIDADE 2 Cálculo vetorial no plano

Da resolução da tarefa anterior, conclui-se uma propriedade satisfeita por todos os pon-
GA10_5.5
tos de uma reta da qual se conhece um ponto e um vetor diretor, P = A + kr≤ , k ∈R, à qual
se dá o nome de equação vetorial da reta r.

49 Escreve uma equação


Equação vetorial da reta vetorial da reta:
Sejam r uma reta que passa no ponto A e v≤ um vetor diretor dessa reta. a) que passa no ponto
(10, 1) e tem a direção
Os pontos de r são os pontos: do vetor (–2, 1);

P = A + kv≤ , k ∈R b) paralela ao eixo das


abcissas e que contém
Esta equação chama-se equação vetorial da reta r. o ponto (√∫2, √∫3);
c) paralela ao eixo das
ordenadas e que contém
Especificando as coordenadas, tem-se: h 1h
o ponto i3, – i ;
j 2j
d) que contém os pontos
A(1, 8) e B(3, –5).
Equação vetorial da reta
Sejam A(a1, a2) um ponto, v≤ (v1, v2) um vetor não nulo e r a reta que passa por A e
tem a direção de v≤ .
Os pontos de r são os pontos (x, y) tais que:
(x, y) = (a1, a2) + k(v1, v2), k ∈R
Esta equação chama-se equação vetorial da reta r.

Notas
1. Qualquer ponto conhecido da reta pode ser usado no lugar do ponto A.
2. Se forem conhecidos dois pontos distintos A e B da reta, podemos utilizar o vetor A≥B
ou qualquer vetor colinear com A≥B como vetor diretor da reta.
3. A cada valor atribuído a k corresponde um e um só ponto da reta e, reciprocamente,
a cada ponto da reta corresponde um único valor de k.
4. Em vez da letra k, pode usar-se outra letra minúscula do nosso alfabeto ou do alfabeto
grego. Por exemplo, t, p, λ, …

Erro típico

É frequente na resolução de exercícios que envolvam a equação vetorial da reta o


aluno escrever apenas: Soluções
P = A + kv≤ ou (x, y) = (a1, a2) + k(v1, v2), não indicando que k toma todos os valores 49.
de R. a) (x, y) = (10, 1) + k(–2, 1), k ∈R
b) (x, y) = (√∫2, √∫3) + k(1, 0), k ∈R
Contudo, repara que sem essa indicação é impossível saber que pontos estão de- h 1h
c) (x ,y) = i3, – i + k(0, 1), k ∈R
finidos. j 2j
d) (x, y) = (1, 8) + k(2, –13), k ∈R

219
TEMA III Geometria analítica

50 Representa num
Consideremos novamente o ponto A(a1, a2) e o vetor r≤ (r1, r2), representados na figura
referencial cartesiano o abaixo:
conjunto de pontos A
≤r
definido pelas seguintes
condições.
a) (x, y) = (2, 2) + k(5, 2),
k ∈R Equação vetorial de uma semirreta
b) (x, y) = (2, 2) + k(–2, 1),
k ∈[0, +∞[ A condição P = A + kr≤ , k ∈[0, +∞[ ou, de forma equivalente, (x, y) = (a1, a2) + k(r1, r2),
c) (x, y) = (2, 2) + k( 0, – 4),
k ∈[0, +∞[ define uma semirreta.
k ∈[0, 1]

Alguns exemplos de pontos pertencentes à semirreta AB: , sendo B = A + r≤ .
k = 0 1 P = A ou (x, y) = (a1, a2) B

k = 1 1 P = A + r≤ ou (x, y) = (a1, a2) + (r1, r2)


A

3 3 3
k = 1 P = A + r≤ ou (x, y) = (a1, a2) + (r1, r2)
2 2 2
(…)

Equação vetorial de um segmento de reta


Animação
Resolução do exercício 50.
A condição P = A + kr≤ , k ∈[0, 1] ou, de forma equivalente, (x, y) = (a1, a2) + k(r1, r2),
APRENDE FAZENDO k ∈[0, 1] define um segmento de reta.
B
Pág. 234
Exercícios 17 e 18
Alguns exemplos de pontos pertencentes ao segmento de reta [AB]: ≤r , sendo
B = A + r≤ . A

Soluções
k = 0 1 P = A ou (x, y) = (a1, a2)
50. 1 1 1
a)
k = 1 P = A + r≤ ou (x, y) = (a1, a2) + (r1, r2)
2 2 2
y (…)
4 k = 1 1 P = A + r≤ ou (x, y) = (a1, a2) + (r1, r2)
3
2

O 1 2 7 x
–2
Pontos isolados
b)
y
A condição P = A + kr≤ , k ∈Z ou, de forma equivalente, (x, y) = (a1, a2) + k(r1, r2), k ∈Z
4 define pontos isolados.
3
2
Repara:
O 1 2 7 x k = –1 1 P = A – r≤ ou (x, y) = (a1, a2) – (r1, r2)
–2
k = 0 1 P = A ou (x, y) = (a1, a2)
c)
y k = 1 1 P = A + r≤ ou (x, y) = (a1, a2) + (r1, r2)

4
(…) • A + 3r≤
3 • A + 2r≤
2 e obtemos os pontos isolados: • A + r≤
•A
O • A – r≤
1 2 7 x
• A – 2r≤
–2
• A – 3r≤

220
UNIDADE 2 Cálculo vetorial no plano

Exercícios resolvidos 51 Num plano munido de um


referencial cartesiano,
1. Considera, num plano munido de um referencial cartesiano, os pontos A(–1, 2) e considera a reta r de
B(3, 1). equação vetorial:
(x, y) = (1, – 4) + k(–2, 1),
a) Determina uma equação vetorial da reta AB.
k ∈R
b) Determina dois pontos da reta AB, distintos de A e de B. a) Indica três pontos da

c) Determina a abcissa do ponto da reta AB que tem ordenada 4. reta.


b) Averigua se o ponto
d) Justifica que o ponto (–9, 4) pertence à reta.
C(2, 5) pertence a r.
e) Determina o ponto de interseção da reta AB com o eixo Oy. c) Determina o ponto da
reta que tem abcissa –2.
d) Determina o número
Sugestão de resolução
real p de modo que o
a) A≥B = B – A = (3, 1) – (–1, 2) = (4, –1) é um vetor diretor da reta AB. ponto de coordenadas
(p – 1, 2) pertença à
Assim: reta.
(x, y) = (–1, 2) + k(4, –1), k ∈R é uma equação vetorial da reta. e) Prova que o vetor
h 1h
i1, – i é um vetor
j 2j
b) Atribuindo um valor a k, numa equação vetorial da reta, obtemos um ponto
diretor da reta.
da reta.
A equação vetorial da alínea anterior é P = A + kA≥B, k ∈R.
• se k = 0 1 P = A
• se k = 1 1 P = A + A≥B = B
Como pretendemos pontos distintos de A e de B, vamos atribuir a k valores
diferentes de 0 e de 1.
• k = 2 1 (x, y) = (–1, 2) + 2(4, –1) = (–1, 2) + (8, –2) = (7, 0)
• k = 3 1 (x, y) = (–1, 2) + 3(4, –1) = (–1, 2) + (12, –3) = (11, –1)

c) Procuramos o ponto (x, 4) da reta AB:


(x, 4) = (–1, 2) + k(4, –1) ⇔ (x, 4) = (–1, 2) + (4k, –k)
⇔ (x, 4) = (–1 + 4k, 2 – k)
x = –1 + 4k



4=2–k
———



k=2–4
———



k = –2
x = –1 + 4 ¥ (–2)


⇔ Soluções
k = –2
51.
x = –1 – 8


a) (1, – 4); (–1, –3) e (3, –5)



k = –2 (por exemplo)
b) O ponto C não pertence à reta.
x = –9


⇔ h 5h
k = –2 c) i–2, –
j
i
2j
A abcissa do ponto com ordenada 4 é –9. d) p = –10
(continua)
e) Vetor colinear com o vetor
(–2, 1).

221
TEMA III Geometria analítica

Exercícios resolvidos
(continuação)

Sugestão de resolução

d) (–9, 4) pertence à reta AB se existir um valor real k tal que:


(–9, 4) = (–1, 2) + k(4, –1)
(–9, 4) = (–1, 2) + k(4, –1) ⇔ (–9, 4) = (–1, 2) + (4k, –k)
⇔ (–9, 4) = (–1 + 4k, 2 – k)
–1 + 4k = –9 4k = –9 + 1 4k = –8

 




⇔ ⇔ ⇔
2–k=4 –k = 4 – 2 –k = 2
k = –2

k = –2 ⇔ k = –2
Como (–9, 4) = (–1, 2) – 2(4, –1), então (–9, 4) pertence à reta AB.
e) Procuramos um ponto da reta AB que pertença ao eixo Oy, ou seja, procuramos
o ponto (0, y) tal que existe k ∈R que satisfaça (0, y) = (–1, 2) + k(4, –1).
(0, y) = (–1, 2) + k(4, –1) ⇔ (0, y) = (–1, 2) + (4k, –k)
⇔ (0, y) = (–1 + 4k, 2 – k)

 
1
–1 + 4k = 0
 4k = 1 k=


⇔ ⇔ ⇔ 4
2–k=y ———
———



1 1 1
k=k= k=
4 4 4
⇔ ⇔ ⇔
1 8 1 7
2– =y – =y y=
4 4 4 4
h 7h
A reta AB interseta o eixo Oy no ponto i0, i.
j 4j

2. Representa num referencial a reta t definida por:

(x, y) = (–2, 3) + λ(2, –1), λ ∈R

Sugestão de resolução

Através da equação vetorial fornecida no enunciado, sabemos que (–2, 3) é


um ponto da reta e (2, –1) é um vetor diretor de t.
Se adicionarmos ao ponto (–2, 3) o vetor (2, –1), obtemos outro ponto da reta:
(–2, 3) + (2, –1) = (0, 2)
Como estes dois pontos definem a reta, já estamos em condições de a representar:
t y

3
2

–2 O x

222
UNIDADE 2 Cálculo vetorial no plano

Sistema de equações paramétricas de uma reta GA10_5.6

Exemplo
52 Considera, num plano
Seja r a reta que passa pelo ponto A(1, 2) e tem a direção do vetor r≤ (3, 4). munido de um referencial
ortonormado, os pontos
Uma equação vetorial da reta r é: A(2, – 4) e B(–1, 3).
a) Escreve as equações
(x, y) = ( 1 , 2 ) + k( 3 , 4 ), k ∈R paramétricas da reta AB.
b) Determina as
isto é: (x, y) = (1, 2) + (3k, 4k), k ∈R (produto de um vetor por um número real) coordenadas dos pontos
de interseção da reta
o que equivale a: (x, y) = (1 + 3k, 2 + 4k), k ∈R (soma de um ponto com um vetor) AB com os eixos
coordenados.
ou ainda: x = 1 + 3k ∧ y = 2 + 4k, k ∈R (igualdade de pontos)

À condição:
Abcissa Ordenada
do ponto do ponto 53 Considera, num plano
conhecido conhecido munido de um referencial
da reta da reta
ortonormado, a reta r
† † definida por:
x= 1 + 3k ∧ y= 2 + 4k


2x = 2 + 6λ
, λ ∈R
U U y = –1 + λ
1.a coordenada 2.a coordenada a) Indica as coordenadas
do vetor do vetor
de dois pontos da reta e
diretor da reta diretor da reta
de um vetor diretor.
b) Define, através de um
chamamos sistema de equações paramétricas da reta r.
sistema de equações
paramétricas, a reta
paralela à reta r que
Em geral:
contém a origem do
referencial.
Equações paramétricas da reta
Sejam r uma reta que passa no ponto A(a1, a2) e v≤ (v1, v2) um vetor diretor.
Os pontos de r são os pontos (x, y) tais que:
x = a1 + kv1 ∧ y = a2 + kv2, k ∈R

Notas Soluções

1. A condição 52.
x = 2 – 3k


x = a1 + kv1 ∧ y = a2 + kv2, k ∈R a)
y = –4 + 7k
, k ∈R

h2 h h 2h
b) i , 0 i e i0, i
também pode escrever-se da seguinte forma: j7 j j 3j
53.
x = a1 + kv1


, k ∈R a) A(1, –1); B(4, 0); ≤r (3, 1)


y = a2 + kv2 (por exemplo)
x = 3λ


2. À semelhança do que se referiu para a equação vetorial da reta, também nas equações b) , λ ∈R
y=λ
paramétricas pode usar-se outra letra minúscula que não k.

223
TEMA III Geometria analítica

Equação reduzida de uma reta

Exemplo

Consideremos novamente a reta r que passa pelo ponto A(1, 2) e tem a direção do vetor
r≤ (3, 4).
Já tínhamos visto que uma equação vetorial de r é (x, y) = (1, 2) + k(3, 4), k ∈R e que:
(x, y) = ( 1, 2 ) + k( 3, 4 ), k ∈R
⇔ (x, y) = (1, 2) + (3k, 4k), k ∈R
⇔ (x, y) = (1 + 3k, 2 + 4k), k ∈R
⇔ x = 1 + 3 k ∧ y = 2 + 4 k, k ∈R Sistema de equações paramétricas da reta r

Resolvendo as duas equações em ordem ao parâmetro k, vem que:


x–1 y–2
=k ∧ =k
3 4

Abcissa Ordenada
do do
ponto A ponto A

† †

x– 1 y– 2
⇔ = Equação cartesiana da reta r
3 4
U U
1.a coordenada 2.a coordenada
do vetor do vetor
diretor diretor
da reta da reta

Repara que esta última equação, por só envolver as incógnitas x e y, admite como soluções
as coordenadas dos pontos da reta r, ou seja, é uma equação cartesiana da reta r.
Resolvendo esta última equação em ordem a y, vem que:
x–1 y–2
=
3 4
54 Partindo da equação
vetorial da reta r, reta que x–1
⇔y–2= 4 ¥
contém o ponto de 3
coordenadas (–1, 4) e tem
a direção do vetor ≤u(2, 5), x–1
⇔y= 4 ¥ +2
determina uma equação 3
cartesiana da reta r e hx 1h
apresenta também a sua ⇔y= 4 ¥ i – i +2
j3 3j
equação reduzida.
4 4
⇔y= x– +2
3 3
4 2
⇔y= x+ Equação reduzida da reta r
3 3
Solução U U
Declive Ordenada
x+1 y–4 5 13 na
54. = ;y= x+
2 5 2 2 origem

224
UNIDADE 2 Cálculo vetorial no plano

4 2
Recorda que a equação cartesiana na forma y = x + é designada por equação redu-
3 3 GA10_5.3
zida da reta r.

4 55 Indica o declive das retas


• é o declive da reta r (é o quociente entre a ordenada e a abcissa do vetor diretor)
3 a, b e c representadas na
e dá-nos uma informação sobre a inclinação da reta r em relação ao eixo Ox. figura.
y
b
a
2 4
• é a ordenada na origem, isto é, é a ordenada do ponto da reta que tem abcissa igual
3 2
h 4 2 2h
a zero ise x = 0, então y = ¥ 0 + = i . x
j 3 3 3j O 1 2 7
–2 c

Observa a representação gráfica da reta r:

y Cálculo auxiliar Recorda


r
Dada uma reta não vertical


4 2
x y= x+
3 3 determinada por dois
2 pontos A(xA, yA) e B(xB, yB),
0
2
3 o declive da reta é igual a


yB – yA
4 2 .
1 + =2 xB – xA
+4 +4 3 3
3

2
3 
+1

O 1 x


+3

Repara que para quaisquer dois pontos que sejam escolhidos sobre esta reta, se deter-
minarmos a variação dos valores de x e a variação dos valores de y, quando passamos de
variação de y 4
um ponto para o outro, o quociente é sempre . Este quociente, que não
variação de x 3
depende dos pontos escolhidos, é o declive da reta r.

Em geral:

Propriedade
Seja r uma reta não vertical de declive m.
v2
O vetor ≤v (v1, v2) é um vetor diretor de r se e só se m = .
v1

Solução
Nota
2 1
55. ma = ; mb = – ; mc = 0
Como r é não vertical, tem-se que v1 ≠ 0. 5 2

225
TEMA III Geometria analítica

Demonstração
GA10_5.3
Seja r uma reta não vertical de declive m.

56 Indica o declive e um (⇒) Seja o vetor ≤v (v1, v2) um vetor diretor de r. O vetor ≤v é a diferença de dois pontos
vetor diretor de cada uma da reta; assim, consideremos A(xA, yA) e B(xB, yB) da reta r tais que A≥B = ≤v :
das retas seguintes.
2 A≥B = ≤v ⇔ B – A = ≤v, isto é: (xB, yB) – (xA, yA) = (v1, v2)
a) y = x – √∫2
7 o que equivale a: (xB – xA, yB – yA) = (v1, v2)
b) y = –x ou ainda: v1 = xB – xA ∧ v2 = yB – yA
c) y = 9
yB – yA v2 v
d) 6x + 3y + 1 = 0 O declive da reta r é, então, dado por = . Portanto, m = 2 .
xB – xA v1 v1
v
(⇐) Seja v≤ (v≤ 1, v≤ 2) um vetor tal que 2 = m.
57 Escreve a equação v1
reduzida da reta de v y –y v
equação vetorial: Se o declive da reta r é igual a 2 , existem dois pontos da reta A e B tais que B A = 2 .
v1 xB – xA v1
a) (x, y) = (0, 9) + k(2, 3),
k ∈R Consideremos o vetor A≥B = B – A = (xB – xA, yB – yA) e o vetor v≤ (v1, v2). Uma vez que
b) (x, y) = (–1, 5) + k(–1, 3), as coordenadas dos vetores A≥B e v≤ são proporcionais, concluímos que os vetores A≥B e v≤
k ∈R são colineares. Como A e B são pontos da reta r, então AB ≥ é um vetor diretor de r, logo,
( )
c) (x, y) = –1, √∫3 + k(8, 0), v≤ (v1, v2) é um vetor diretor de r.
k ∈R

Propriedade
58 Escreve uma equação Seja r uma reta não vertical de declive m. O vetor v≤ (v1, v2) é um vetor diretor de r se
vetorial da reta cuja h v h
equação reduzida é: e só se i1, 2 i é um vetor diretor de r.
j v1 j
1
a) y = x–2
5
b) y = 5x h v2 h h h
Repara que (v1, v2) = v1 ¥ i1, ≤ (v1, v2) e i1, v2 i são colineares.
i , logo os vetores v
c) y = 5 j v1 j j v1 j
h v h
Assim, fica provado que v≤ (v1, v2) é um vetor diretor de r se e só se i1, 2 i é um vetor
APRENDE FAZENDO j v1 j
diretor de r.
Pág. 234
Exercício 19
Em geral:

Nota
Não tem sentido falar em Equação reduzida de uma reta
declive nem em equação Seja r uma reta não vertical que admite ≤v (v1, v2) como vetor diretor. Os pontos de r
reduzida de retas verticais. são os pontos (x, y) tais que y = mx + b, em que m é o declive da reta e b é a ordenada
na origem. Esta equação chama-se equação reduzida da reta r.
Soluções

2 ≤
56. a) m = ; u(7, 2)
7
b) m = –1; ≤u(–1, 1) Declive de uma reta horizontal
c) m = 0; ≤u(1, 0)
d) m = –2; ≤u(1, –2) Uma reta horizontal tem declive zero, pois, como já vimos, os vetores diretores de retas
3
57. a) y = x+9 0
2 horizontais são os vetores (v1, 0), com v1 ≠ 0. Logo, m = = 0.
b) y = –3x + 2 v1
c) y = √∫3
58. a) (x, y) = (0, –2) + k(5, 1), k ∈R Retas paralelas
b) (x, y) = (0, 0) + k(1, 5), k ∈R
c) (x, y) = (0, 5) + k(1, 0), k ∈R Duas retas não verticais do plano são paralelas se e só se têm o mesmo declive.

226
UNIDADE 2 Cálculo vetorial no plano

Exercícios resolvidos

1. Considera, num plano munido de um referencial cartesiano, a reta r definida por:

2x = t


y = –1 + 2t , t ∈R

a) Determina dois pontos da reta r.


b) Indica um vetor diretor da reta r.
c) Determina a equação reduzida da reta s, paralela a r e que interseta o eixo Oy
no ponto (0, 2).

Sugestão de resolução


1
2x = t x= t


, t ∈R ⇔ 2 , t ∈R
y = –1 + 2t
y = –1 + 2t

Sistema de equações paramétricas da reta r.

a) Atribuindo um valor real a t, obtemos as coordenadas de um ponto da reta r:

t = 0 1 x = 0 ∧ y = –1, ou seja, (0, –1) é um ponto da reta r.


1 h1 h
t=11x= ∧ y = 1, ou seja, i , 1i é um ponto da reta r.
2 j2 j

h1 h
Assim, (0, –1) e i , 1i são dois pontos da reta r.
j2 j

b) Por observação do sistema de equações paramétricas da reta r, sabemos que


h1 h 1
i , 2i é um vetor diretor da reta r (coeficientes dos termos t e 2t).
j2 j 2
Outro processo para determinar um vetor diretor da reta r seria efetuar a dife-
rença entre dois pontos quaisquer da reta r:
h1 h h 1 h
(0, –1) – i , 1i = i– , –2i , pela alínea anterior, por exemplo.
j2 j j 2 j

c) Pretendemos definir a reta s através de uma equação do tipo y = mx + b.

Uma vez que as retas s e r são paralelas têm o mesmo declive.


h1 h 2
Um vetor diretor de r é i , 2i . Então, o declive da reta r é igual a = 4.
j2 j 1
2
Assim, m = 4 (o declive da reta s é igual a 4).
Como a reta s interseta o eixo Oy no ponto (0, 2), vem que 2 é a ordenada
do ponto de abcissa 0, b = 2.
Logo, y = 4x + 2 é a equação reduzida da reta s.
(continua)

227
TEMA III Geometria analítica

59 Escreve a equação Exercícios resolvidos


reduzida da reta que: (continuação)

a) tem declive –2 e passa 2. Escreve a equação reduzida da reta:


no ponto de
coordenadas (0, 8); a) com declive 3 e que passa no ponto (0, 1);

b) passa no ponto A(1, 3) ≤ (1, 5);


b) que passa em A(–1, 2) e tem a direção do vetor v
e tem a direção do
vetor ≤u (2, 5); c) que passa nos pontos A(–1, 2) e B(1, –2);
c) passa nos pontos A(2, 5)
d) de equação (x, y) = (–2, 0) + k(–2, –1), k ∈R;
h1 h
e B i , 0i ;
j2 j e) paralela à reta r definida por 4x – y – 2 = 0 e que interseta o eixo Ox no mesmo
d) interseta o eixo Ox no
ponto que a reta t de equação 6x – 2y + 4 = 0.
ponto (–3, 0) e tem o
mesmo declive que a
reta definida por
Sugestão de resolução
–4x + y – 5 = 0.

a) Procuramos uma equação do tipo y = mx + b, sendo m o declive da reta e


b a ordenada na origem, isto é, a ordenada do ponto em que a reta interseta
o eixo Oy.
y = 3x + 1, pois o ponto (0, 1) é um ponto do eixo Oy, logo é a interseção
da reta com o eixo das ordenadas.

5
b) Como ≤v (1, 5) é um vetor diretor da reta, o declive é igual a = 5. Assim, a
1
equação será do tipo y = 5x + b. Uma vez que o ponto (–1, 2) pertence à
reta, as coordenadas têm de satisfazer a sua equação, isto é, 2 = 5 ¥ (–1) + b.
2 = 5 ¥ (–1) + b ⇔ 2 = –5 + b ⇔ 2 + 5 = b ⇔ 7 = b
Logo, y = 5x + 7 é a equação reduzida da reta.

c) Como a reta passa nos pontos A(–1, 2) e B(1, –2), então um vetor diretor da
reta é A≥B = B – A = (1, –2) – (–1, 2) = (1 + 1, –2 – 2) = (2, – 4).
–4
O declive é igual a = –2. Assim, uma equação da reta é do tipo y = –2x + b.
2
Como o ponto A(–1, 2) pertence à reta, vem que 2 = –2 ¥ (–1) + b, ou seja,
2 = 2 + b. Assim, 0 = b.
Logo, y = –2x é a equação reduzida da reta.

APRENDE FAZENDO d) (x, y) = (–2, 0) + k(–2, –1), k ∈R


Pág. 234
Exercício 20 ⇔ (x, y) = (–2, 0) + (–2k, –k), k ∈R
⇔ (x, y) = (–2 –2k, –k), k ∈R
Soluções
x+2


x = –2 – 2k x + 2 = –2k =k




59. ⇔ y = –k , k ∈R ⇔ –y = k , k ∈R ⇔ –2 , k ∈R
a) y = –2x + 8 –y = k
5 1
b) y = x+ x+2 x+2 x
2 2 ⇔ =–y⇔y=– ⇔y= +1
10 5 –2 –2 2
c) y = x–
3 3
d) y = 4x + 12

228
UNIDADE 2 Cálculo vetorial no plano

60 Escreve a equação
reduzida da reta que passa
Outro processo no ponto de coordenadas
(0, 1) e é paralela à reta
Através da equação vetorial (x, y) = (–2, 0) + k(–2, –1), k ∈R, sabemos que
definida por.
–1 1
(–2, –1) é um vetor diretor da reta, logo = é o declive da reta. a) (x, y) = (1, –9) + k (3, 1),
–2 2
k ∈R
1
A equação reduzida da reta será do tipo y = x + b. Como o ponto (–2, 0) x=2+k


2 b) , k ∈R
pertence à reta, vem que: y = –1 + 6k
1
0 = ¥ (–2) + b, ou seja, 0 = –1 + b. Assim, 1 = b. c)
x+1
=–
y
2 2 3
1
Logo, y = x + 1 é a equação reduzida da reta. d) y = p
2
e) 4x – y – 2 = 0 ⇔ –y = – 4x + 2 ⇔ y = 4x – 2
Como a reta é paralela à reta r, então tem o mesmo declive, ou seja, m = 4.
6x –2y + 4 = 0 interseta o eixo Ox no ponto (x, 0) tal que:
6x – 2 ¥ 0 + 4 = 0, ou seja, 6x + 4 = 0, o que equivale a 6x = – 4.
4 2
Logo, x = – , ou ainda, x = – .
6 3
h 2 h
A reta t interseta o eixo Ox no ponto i– , 0i , assim como a reta da qual
j 3 j
pretendemos determinar a equação reduzida. A equação reduzida será do
h 2 h
tipo y = 4x + b. Como o ponto i– , 0i pertence a reta, vem que:
j 3 j
h 2h 8 8
0 = 4 ¥ i– i + b, ou seja, 0 = – + b. Logo, = b.
j 3j 3 3
8
Assim, y = 4x + é a equação reduzida da reta.
3

APRENDE FAZENDO
Págs. 230, 231, 232, 235,
Esquematizando / Resumindo 236 e 237
Exercícios 4, 5, 8, 9, 10,
11, 12, 13, 21, 22, 26, 27,
Resumem-se, em seguida, as principais equações de retas no plano. 28, 32, 33 e 34

Consideremos a reta que passa no ponto A(a1, a2) e tem a direção do vetor v≤ (v1, v2). CADERNO DE EXERCÍCIOS
E TESTES
Então:
Pág. 19
Equação vetorial da reta Exercícios 11, 12 e 13
Págs. 45 a 47
(x, y) = (a1, a2) + k(v1, v2), k ∈R Teste n.º 3
Sistema de equações paramétricas da reta
x = a1 + kv1


y = a2 + kv2 , k ∈R Testes interativos


– Cálculo vetorial no plano I.
– Cálculo vetorial no plano II.
Equações cartesianas
x – a1 y – a2
= se v1, v2 ≠ 0 Soluções
v1 v2
v 60.
y – a2 = 2 (x – a1) se v1 ≠ 0 1
v1 a) y = x+1
3
v2
y = mx + b " Equação reduzida da reta, onde m = , se v1 ≠ 0, e b é a ordenada b) y = 6x + 1
v1 3
c) y = – x+1
do ponto de interseção da reta com o eixo Oy. 2
d) y = 1

229
TEMA III Geometria analítica

Aprende Fazendo

Itens de seleção

1 Sabendo que [ABCD] é um quadrado, qual das seguintes igualdades é verdadeira? D C

(A) A≥C = B≥D (B) A≥B + A≥D = B≥D

(C) C≥A – D≥A = B≥A (D) A≥C + B≥D = ≤0

Solução: Opção (C) A B

2 Observa a figura, em que o retângulo [ADIM] está dividido em 6 quadrados A B C D

geometricamente iguais. Pode afirmar-se que:


(A) G≥C = L≥G = ≤0
F G
(B) ||I≥J + 2J≥F|| = ||L≥D|| E H

≥ = FD
(C) F + JH ≥ ≥ + CB
(D) ||AB ≥ || = ||GE≥ ||
I J L M
Solução: Opção (B)

3 Considera no plano um referencial ortonormado e os pontos A(–1, 2), B(3, 0) e C(1, –5).
Qual das seguintes afirmações é verdadeira?
(A) Os pontos A, B e C são vértices de um triângulo equilátero.

(B) Os pontos A, B e C são vértices de um triângulo isósceles.

(C) ||A≥B + C≥B|| = 3√∫5

(D) ||A≥B + C≥B|| = 2√∫5 + √∫2∫9

Solução: Opção (C)

4 Num referencial ortonormado do plano considera a reta r de equação:


(x, y) = (1, 0) + k(–1, 2), k ∈R
Qual das seguintes afirmações é verdadeira?
1
(A) O declive da reta r é – .
2
(B) O ponto de coordenadas (–9, 3) pertence à reta r.

(C) A reta r interseta o eixo das ordenadas no ponto (1, 0).

(D) A reta r é paralela à reta de equação y = –2x.

Solução: Opção (D)

230
Itens de seleção

5 Considera, num referencial ortonormado do plano, a reta s, que interseta o eixo Ox no ponto de ab-
cissa 2 e o eixo Oy no ponto de ordenada 8. Qual é a equação reduzida da reta s?
1 1
(A) y = x+2 (B) y = –4x + 8 (C) y = 4x + 8 (D) y = – x+2
4 4

Solução: Opção (B)

6 Na figura encontram-se representados 5 quadrados geometricamente iguais.


Considera as seguintes afirmações:
A B C D
(I) Os vetores AE≥ e MG
≥ são simétricos.

(II) ∃ k ∈R: ML≥ = kAD


≥ .
E H
Em relação às afirmações anteriores, podemos concluir que: F G

(A) são ambas verdadeiras.


I J
(B) são ambas falsas.

(C) apenas (I) é verdadeira.

(D) apenas (II) é verdadeira. L M

Solução: Opção (D)

7 Num plano munido de um referencial ortonormado, o valor de p para o qual os vetores ≤u (–3, –2) e
≤v (2p + 3, –1) são colineares é:

3 9 9
(A) – (B) –3 (C) – (D) –
4 2 4
Solução: Opção (D)

8 Os valores reais de k para os quais o ponto P(k, k2) pertence à reta de equação y = –5x – 6 são:
(A) –2 e –3 (B) 2 e 3

(C) 5 e 6 (D) –5 e 6

Solução: Opção (A)

x = 1 + 2k


9 O valor de a para o qual a reta de equação ax – y – 2 = 0 é paralela à reta definida por y = 5 – 3k ,


k ∈R é:
1 3 2
(A) – (B) – (C) –5 (D) –
5 2 3
Solução: Opção (B)

231
TEMA III Geometria analítica

Aprende Fazendo

Itens de seleção

10 Considera num referencial cartesiano do plano um ponto A pertencente ao 2.º quadrante e O a origem
do referencial. Seja y = mx + b, m, b ∈R a equação reduzida da mediatriz do segmento de reta [AO].
Podemos afirmar que:
(A) m > 0 ∧ b > 0 (B) m < 0 ∧ b < 0

(C) m < 0 ∧ b > 0 (D) m > 0 ∧ b < 0

Solução: Opção (A)

11 Na figura encontra-se representado num referencial ortonormado do plano uma circunferência de


1
centro C tangente ao eixo Oy e às retas de equação y = e x = 3. Uma condição que define o conjunto
2
de pontos a sombreado é:
h 3h 2 9 3
(A) (x – 2)2 + iy – i ≤ ∧ y≥ x y
j 2j 4 4
h 3h 2 9 4
(B) ix – i + (y – 2)2 ≤ ∧ y≥ x
j 2j 4 3
C
h 3h 2 9 4
(C) (x – 2)2 + iy – i ≤ ∧ y≤ x
j 2j 4 3 O x
h 3h 2 9 3
(D) ix + i + (y + 2)2 ≤ ∧ y≥ x
j 2j 4 4

Solução: Opção (B)

12 Considera o referencial ortonormado do plano em que a unidade de y

medida é o cm.Tendo em conta os dados da figura, qual é a equação


reduzida da reta AB de modo que a área do triângulo [OAB] seja 4 cm2? –√∫2
A O x

(A) y = –√∫2x –
8 (B) y = –4x – 4√∫2
√∫2
(C) y = 4x +
8 (D) y = –4x + 4√∫2 B
√∫2
Solução: Opção (B)
x2 y2
13 Considera num plano munido de um referencial ortonormado a elipse de equação + =1ea
16 4
família de retas definida por y = 2x + b, b ∈R. Para que valores de b a reta interseta a elipse em apenas
um ponto?
(A) –2√∫1∫7 e 2√∫1∫7 (B) –√∫2∫0 e √∫2∫0

(C) 4 e 2 (D) –4 e –2

Solução: Opção (A)

232
Itens de construção

Itens de construção

14 Observa a figura, em que todos os paralelogramos são geometricamente iguais.


D J K O C

I L P
E T

H M Q
F S

A G N R B

Determina:
≥ + AN
a) NH ≥ ≥ + ID
b) 3AG

≥ – IE≥
c) 2QH d) (B – N) + (C – K)

≥ + SN
≥ 1 ≥
e) AM f) RO – IF≥
3
1 ≥ ≥
g) L + AB h) D + PS
2

i) H – CP ≥ + EN
j) E + TC ≥

≥ b) AM
Soluções: a) NQ ≥ c) SH ≥ e) ≤0 f) RT
≥ d) AB ≥ g) T h) I i) L j) M

15 ≤ sabe-se que a≤ = –2x≤ + y≤ e b


Acerca dos vetores a≤ e b ≤ = 4x≤ – 3y≤ . Exprime os seguintes vetores em função
de ≤x e ≤y.
a) 2(≤a + ≤b)

b) –3≤a – ≤b

1 ≤ 1
c) a – ≤b
2 3

Soluções: a) 4≤x – 4≤y b) 2≤x c) – 7 ≤x + 3 ≤y


3 2

16 Num plano munido de um referencial cartesiano, considera os vetores ≤a (–1, 3) e ≤b(5, 2). Determina
as coordenadas do vetor:
a) ≤c = 2≤a + 2≤b

1 ≤
b) ≤d = b – ≤a
5
1 ≤
c) ≤e tal que a = 2≤e – ≤b
3
h h h h
Soluções: a) (8, 10) b) i 2, – 13 i c) i 7 , 3 i
j 5 j j 3 2j

233
TEMA III Geometria analítica

Aprende Fazendo

Itens de construção

17 Escreve uma equação vetorial da reta:


a) que passa no ponto A(–1, p) e tem a direção do vetor ≤u(–8, 3);

( )
b) DE, em que D √∫2, 1 e E √∫8, – 4 ; ( )
h 1h
c) paralela ao eixo das abcissas e que contém o ponto i7, – i;
j 2j
d) paralela ao eixo das ordenadas e que contém o ponto 9, √∫3 . ( )
h h
Soluções: a) (x, y) = (–1, p) + k(–8, 3), k ∈R b) (x, y) = (√∫2, 1) + k(√∫2, –5), k ∈R c) (x, y) = i 7, – 1 i + k(1, 0), k ∈R
j 2 j
d) (x, y) = (9, √∫3) + k(0, 1), k ∈R

18 Num plano munido de um referencial cartesiano, considera os pontos P(2, 1) e Q(5, –7). Define ve-
torialmente:
a) a reta PQ; b) o segmento de reta [PQ];
• •
c) a semirreta PQ; d) a semirreta QP.

Soluções: a) (x, y) = (2, 1) + k(3, –8), k ∈R b) (x, y) = (2, 1) + k(3, –8), k ∈[0, 1] c) (x, y) = (2, 1) + k(3, –8), k ∈[0, +∞[
d) (x, y) = (5, –7) + k(–3, 8), k ∈[0, +∞[

19 Considera as retas representadas no referencial ao lado. y


t
Associa a cada uma delas a equação que a define: s
u
v
(i) y = 2x – 2

(ii) y = x + 3 3

r
(iii) y = –x + 3 2

(iv) y = x – 2
–3 O x

(v) y = 2 –2

Soluções: r: y = 2; s: y = x – 2; t: y = x + 3; u: y = –x + 3; v: y = 2x – 2

20 Escreve a equação reduzida da reta:


a) com declive –3 e que interseta o eixo Oy no ponto de ordenada 2;

b) que passa no ponto A(–1, 2) e tem a direção do vetor ≤u (5, 1);


h1 h h3 h
c) que contém os pontos D i , 1i e E i , –6i ;
j2 j j2 j
x–1 y+4
d) de equação = ;
2 3
e) paralela ao eixo das abcissas e que contém o ponto 7, √∫2 ; ( )
1
f) paralela à reta de equação –7x + 2y + = 0 e que passa em O(0, 0).
3
Soluções: a) y = –3x + 2 b) y = 1 x + 11 c) y = –7x + 9 d) y = 3 x – 11 e) y = √∫2 f) y = 7 x
5 5 2 2 2 2

234
Itens de construção

21 Considera as retas r, s e t definidas, respetivamente, por:


x=1+λ


1
(x, y) = (2, 3) + k(–1, 2), k ∈R, y = √∫2 – 2λ , λ ∈R e y = 3 x + 4
a) Indica dois pontos de cada uma das retas.

b) Indica dois vetores diretores de cada uma das retas.

c) De entre as retas dadas, averigua se existem retas paralelas.

d) Determina os pontos de interseção de cada uma das retas com o eixo das ordenadas.

Soluções: a) r:(2, 3) e (1, 5); s: (1, √∫2) e (2, √∫2 – 2); t: (0, 4) e (3, 5) (por exemplo) b) ≤r: (–1, 2) e (–2, 4); ≤s: (1, –2) e (10, – 20);
≤t: (3, 1) e (–3, –1) (por exemplo) c) r e s são retas paralelas. d) r: (0, 7); s: (0, √∫2 + 2); t (0, 4)

22 Atendendo às condições da figura: y

a) representa por uma condição o conjunto de pontos do plano a


sombreado;
b) determina as coordenadas do ponto D; 2 C D

c) escreve a equação reduzida da reta paralela a OC e que passa no


ponto D;
O 1 x
d) determina a área do triângulo [OCD].

Soluções: a) (x – 1)2 + (y – 2)2 ≤ 5 ∧ 0 ≤ y ≤ 2 ∧ y ≤ 2x b) (1 + √∫5, 2) c) y = 2x – 2√∫5 d) √∫5 u.a.

23 Num plano munido de um referencial cartesiano, os pontos A(0, 3) e B(5, 4) são vértices consecutivos
de um losango e o ponto C(2, 1) é o ponto de interseção das respetivas diagonais. Determina as coor-
denadas dos outros dois vértices.
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 10.º ano

Solução: (4, –1) e (–1, –2)

24 Determina as coordenadas do vetor ≤u, colinear e com o mesmo sentido do vetor ≤v (2, –6) e de norma
igual a 8.
12√∫1∫0 hi
Solução: ≤u i 4√∫1∫0 , –
h
j 5 5 j

25 Determina as coordenadas do vetor ≤u, colinear e com o sentido contrário do vetor ≤v(1, 5) e de norma
igual a 12.
h
Solução: ≤u i – 6√∫2∫6 , – 30√∫2∫6 ij
h
j 13 13

235
TEMA III Geometria analítica

Aprende Fazendo

Itens de construção

26 Considera as retas r e s de equações:


3 7
r: y = x – e s: (x, y) = (1, 2) + k(–4, 3), k ∈R
4 4
a) Indica um vetor diretor e um ponto da reta r.

b) Determina os pontos de interseção da reta r com os eixos coordenados.

c) Averigua se o ponto de coordenadas (1, 5) pertence à reta s.

d) Determina uma equação reduzida da reta s.

e) Averigua se as retas r e s são paralelas.

f) Determina o ponto de interseção das duas retas.

g) Determina a equação reduzida da reta que passa pelo ponto de coordenadas (4, –5) e é paralela à
reta r.
h) Considera o ponto A de coordenadas (10, 5p), onde p ∈R. Determina p de modo que A pertença
à reta r.
h 7h
i) Determina, se existirem, os pontos de interseção da reta r com a circunferência de centro C i1, – i
j 4j
e raio 1.
h h h h h h h h
≤ (4, 3) e Pi 0, – 7 i b) i 0, – 7 i e i 7 , 0 i c) Não pertence. d) y = – 3 x + 11 e) Não são paralelas. f) i 3, 1
Soluções: a) u i
j 4j j 4j j 3 j 4 4 j 2j
3 23 hi 7 h h 32 79 hi
g) y = x – 8 h) p = i) 0, – i e i ,–
4 20 j 4 j j 25 100 j

27 Considera as retas r e s definidas, respetivamente, por:


x = 1 – 2λ


y = √∫3 + 5λ , λ ∈R e (x, y) = (2, 3) + k(–1, 2), k ∈R


Determina a equação reduzida da reta paralela à reta r e que interseta o eixo Ox no mesmo ponto
que a reta s.

Solução: y = – 5 x + 35
2 4

28 Atendendo aos dados da figura, representa por uma condição o conjunto y

de pontos do plano a sombreado, sabendo que: 10 C


B A
a) a circunferência de centro O é tangente às retas AC e BC nos pontos A e
B, respetivamente, o ponto A tem coordenadas (3, 1) e a ordenada do O x

ponto C é 10.
b) as duas circunferências representadas têm centro no eixo das abcissas e y
contêm a origem das coordenadas, sendo que uma delas tem raio 1 e a B
outra raio 2, o ponto A é o centro de uma das circunferências e o ponto
B é um ponto da outra circunferência e tem abcissa 3.
O A x

236
Itens de construção

28 c) os dois semicírculos representados têm centro no eixo da abcissas e pas- y

sam por O(0, 0).


–2 O 2 x

–3

Soluções: a) x2 + y2 ≥ 10 ∧ y ≤ –3x + 10 ∧ y ≤ 3x + 10 b) (x – 1)2 + y2 ≥ 1 ∧ (x – 2)2 + y2 ≤ 4 ∧ y ≤ √∫3 x – √∫3 ∧ y ≥ 0


2 2
h 3 3 h
c) i y ≥ x–3 ∧ y≥– x – 3 ∧ y ≤ 0 i ∨ ((x + 1)2 + y2 ≤ 1 ∧ y ≥ 0) ∨ ((x – 1)2 + y2 ≤ 1 ∧ y ≥ 0)
j 2 2 j

29 Considera o trapézio [ABCD] da figura e sejam M e N os pontos médios dos A B

lados [AD] e [BC]. Prova que 2M≥N = A≥B + D≥C.


M N

D C

30 Considera um triângulo [ABC] e M o ponto médio do lado [BC]. Prova que:


a) A≥B + A≥C = 2A≥M

b) P≥B + P≥C = 2P≥M, qualquer que seja o ponto P do plano.

31 Seja G o ponto de interseção das medianas de um qualquer triângulo [ABC].


a) Prova que G≥B + G≥C = 2G≥M, em que M é o ponto médio do lado [BC].
1 ≥
b) Sabendo que G≥M = GA, prova que G≥B + G≥C + G≥A = ≤0.
2

32 Considera o segmento de reta [AB] cujos extremos são os pontos de interseção da reta de equação
2x + 3y –12 = 0 com os eixos coordenados. Determina uma equação da circunferência de diâmetro
[AB].
Solução: (x – 3)2 + (y – 2)2 = 13 Animação
Resolução do exercício.

y2
33 Determina analiticamente a posição relativa da elipse de equação x2 + = 1 e da reta de equações
4
x = –k


y = 5 + k , k ∈R.
Solução: A reta é exterior à elipse.

34 Num referencial ortonormado do plano as retas r: 4y = 3x – 1 e s: 4x – 3y + 2 = 0 contêm dois lados


iguais de um triângulo que medem 10 unidades. Determina as possíveis coordenadas dos vértices
desse triângulo.
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 10.º ano

h h h h h h h h h h
Solução: Sendo os pontos I i – 11 , – 10 i , A i 45 , 32 i , Bi 31 , 46 i , A’ i – 67 , – 52 i e B’ i – 53 , – 66 i , os triângulos
j 7 7 j j 7 7 j j 7 7 j j 7 7 j j 7 7 j
possíveis são [IAB], [IA’B’], [IA’B] e [IAB’].

237
TEMA III Geometria analítica

UNIDADE 3
Geometria analítica no espaço

GA10_7.1 3.1. Referencial ortonormado do espaço


No plano, um referencial bidimensional Oxy permite a localização de qualquer ponto
do plano. De forma semelhante, no espaço, um referencial tridimensional também irá
Resolução
Todos os exercícios de “Geometria permitir a localização de qualquer ponto do espaço.
analítica no espaço”.

Definição

Um referencial (cartesiano) ortonormado do espaço (ou simplesmente referencial


cartesiano) é um terno ordenado de retas numéricas que se intersetam nas respetivas
origens, perpendiculares duas a duas e com unidades de comprimento coincidentes
com uma mesma unidade de comprimento pré-fixada.
A origem comum das três retas designa-se por origem do referencial e em geral re-
presenta-se por O.
A primeira reta designa-se por eixo das abcissas, a segunda por eixo das ordenadas
e a terceira por eixo das cotas, e representam-se por Ox, Oy e Oz, respetivamente.
Cada uma da retas designa-se por eixo coordenado.

Referencial cartesiano Oxyz

Os eixos ortogonais dividem o z


espaço em oito regiões: os
octantes.

z Eixo das cotas


Eixo Oz

3.º octante 2.º octante


7.º octante
O 1.º octante y
4.º octante Eixo das ordenadas
6.º octante Eixo Oy
x
O y
8.º octante 5.º octante
Origem do referencial
Eixo das abcissas
Eixo Ox

238
UNIDADE 3 Geometria analítica no espaço

Num referencial cartesiano Oxyz, temos, então: GA10_7.2


GA10_7.4
– três eixos coordenados perpendiculares dois a dois:
• eixo das abcissas, Ox;
• eixo das ordenadas, Oy;
• eixo das cotas, Oz.

– três planos coordenados perpendiculares dois a dois:


• plano xOy definido pelos eixos Ox e Oy;
• plano xOz definido pelos eixos Ox e Oz;
• plano yOz definido pelos eixos Oy e Oz.

z z z

O y O y O y

x x x

Plano xOy Plano xOz Plano yOz

Comprovemos, por exemplo, que o plano xOy é perpendicular aos planos xOz e yOz.
Recorda
O eixo Oz é perpendicular ao plano xOy, pois Oz é perpendicular a Ox e a Oy. (1)
1. Reta perpendicular a um
Oz ⊥ Ox


⇔ Oz ⊥ xOy plano
Oz ⊥ Oy Uma reta é
Como os planos xOz e yOz contêm o eixo Oz, e Oz é perpendicular ao plano xOy, então perpendicular a um
plano num ponto P
também os planos xOz e yOz são perpendiculares a xOy. (2)
quando é perpendicular
De forma análoga se justifica que os planos yOz e xOz são perpendiculares. em P a duas retas
distintas desse plano.

Definição 2. Planos perpendiculares


Dois planos são
Dado um ponto P e uma reta r: perpendiculares se e só
se um deles contém uma
• se P pertencer a r a projeção ortogonal de P sobre a reta r é o próprio ponto P; reta perpendicular ao
outro.
• se P não pertencer a r a projeção ortogonal de P sobre a reta r é o pé da perpen-
dicular traçada de P para r.

Seja Pr a projeção ortogonal


de P sobre a reta r.

P = Pr Pr P Pr P Plano normal a r que passa por P.

r r r

Repara que a projeção ortogonal de P sobre a reta r é a interseção da reta r com o plano
normal a r que passa por P.

239
TEMA III Geometria analítica

Considera o ponto P representado na figura.


GA10_7.3
z

6 Pz
61 Na figura encontra-se
representado um cubo P
num referencial
ortonormado do espaço.
z
D G
Py
E F
O 4 y

C Px
O y 3

A B
x x

Utilizando as letras da
figura, indica a projeção Consideremos as projeções ortogonais do ponto P em cada um dos eixos coordenados:
ortogonal do ponto F
sobre: • Px é a projeção ortogonal de P sobre o eixo Ox;
a) a reta BC; • Py é a projeção ortogonal de P sobre o eixo Oy;
b) a reta BF;
• Pz é a projeção ortogonal de P sobre o eixo Oz.
c) o eixo Ox;
d) o eixo Oy;
Neste exemplo, Px corresponde ao número 3 no eixo Ox, Py corresponde ao número 4
e) o eixo Oz.
no eixo Oy e Pz corresponde ao número 6 no eixo Oz. Então, diz-se que o ponto P tem
abcissa 3, ordenada 4 e cota 6.
Observe-se que a abcissa é lida no eixo Ox, a ordenada no eixo Oy e a cota no eixo Oz.
O ponto P está associado ao terno ordenado (3, 4, 6); diz-se que (3, 4, 6) são as coor-
denadas de P e escreve-se P(3, 4, 6).

Definição

Dado um referencial ortonormado e um ponto P de projeções ortogonais Px no eixo


das abcissas, Py no eixo das ordenadas e Pz no eixo das cotas, chama-se abcissa de
P, ordenada de P e cota de P respetivamente à abcissa de Px, de Py e de Pz nas res-
petivas retas numéricas.
O terno ordenado destes três valores designa-se por coordenadas de P.

Exercícios resolvidos

1. Determina as coordenadas dos vértices do cubo [ABCODEFG], sabendo que:


• O é a origem do referencial; z
Soluções G F
• a face [ABCO] está contida no plano xOy; E
D
61.
• a aresta do cubo mede 2 unidades de comprimento.
a) Ponto B. O C
b) Ponto F. y
c) Ponto A. A B
x
d) Ponto C.
e) Ponto D.

240
UNIDADE 3 Geometria analítica no espaço

62 Determina as coordenadas
dos vértices do cubo
Sugestão de resolução
[ABCDEFGH], de aresta 6
unidades de comprimento,
Se pretendemos determinar as coordenadas de um ponto P, devemos marcar
nos referenciais
as projeções ortogonais de P sobre cada um dos eixos coordenados, Px, Py e Pz. ortonormados
Pode ser útil pensares em Px como a interseção do plano perpendicular a Ox considerados. Em todas as
que contém P com o próprio eixo Ox, em Py como a interseção do plano per- representações o cubo tem
as faces paralelas aos
pendicular a Oy que contém P com o próprio eixo Oy e em Pz como a inter-
planos coordenados.
seção do plano perpendicular a Oz que contém P com o próprio eixo Oz.
a) z
Seguindo este raciocínio, temos que: A(2, 0, 0); B(2, 2, 0); C(0, 2, 0); O(0, 0, 0); G F
H E
D(2, 0, 2); E(2, 2, 2); F(0, 2, 2); G(0, 0, 2)
D C
y
2. Determina as coordenadas dos vértices do cubo [ABCDEFGH], sabendo que: A B
x
• O é a origem do referencial e é o centro do cubo; z b) z
H G G F
• a face [ABCD] é paralela ao plano xOy; E
E F H
• a aresta do cubo mede 2 unidades de comprimento.
D y
D C
C

x A B A B y
x

c) z
Sugestão de resolução G F
H E
As coordenadas dos vértices do cubo são:
D y
A(1, –1, –1); B(1, 1, –1); C(–1, 1, –1); D(–1, –1, –1); E(1, –1, 1); F(1, 1, 1); C

G(–1, 1, 1); H(–1, –1, 1) x A B

Na alínea c) a origem do
referencial coincide com o
3. Determina as coordenadas dos vértices do paralelepípedo [ABCDEFGH], sabendo que: centro do cubo.
• a face [EFGH] está contida no plano xOy;
z APRENDE FAZENDO
• a face [BCGF] é paralela ao plano xOz; H I G Págs. 271 e 273
O
• o ponto I pertence ao eixo Ox e ao segmento E y Exercícios 14 e 20
F
[HG];
C CADERNO DE EXERCÍCIOS
• HI– = 5; D E TESTES
x A B Pág. 20
• I–G = 2;
Exercício 15
• FB– = BC
– = 3;
• O é equidistante de F e de G. Soluções
62.
a) A(6, 0, 0); B(6, 6, 0); C(0, 6, 0);
Sugestão de resolução D(0, 0, 0); E(6, 6, 6); F(0, 6, 6);
G(0, 0, 6); H(6, 0, 6)
As coordenadas dos vértices do paralelepípedo são: b) A(0, –6, 0); B(0, 0, 0);
h3 h h3 h h 3 h h 3 h h3 h h3 h C(–6, 0, 0); D(–6, –6, 0);
A i , –5, –3i ; B i , 2, –3i ; C i– , 2, –3i ; D i– , –5, –3i ; E i , –5, 0i ; F i , 2, 0i ; E(0, 0, 6); F(–6, 0, 6);
j2 j j2 j j 2 j j 2 j j2 j j2 j
G(–6, –6, 6); H(0, –6, 6)
h 3 h h 3 h
G i– , 2, 0i ; H i– , –5, 0i c) A(3, –3, –3); B(3, 3, –3);
j 2 j j 2 j
C(–3, 3, –3); D(–3, –3, –3);
E(3, 3, 3); F(–3, 3, 3);
G(–3, –3, 3); H(3, –3, 3)

241
TEMA III Geometria analítica

A todo o ponto P do espaço está associado um e um só terno ordenado de números


GA10_7.5
(a, b, c), a que chamamos coordenadas, sendo a a abcissa, b a ordenada e c a cota.
Recorda Reciprocamente, vejamos que a cada terno de números (a, b, c) está associado um e
Dada uma reta r e um
um só ponto do espaço.
ponto P, existe um único Consideremos um referencial ortonormado do espaço e o terno ordenado de números
plano perpendicular a r
passando por P; é o lugar
reais (1, 2, 3). Seja α o plano perpendicular ao eixo Ox, constituído por todos os pontos
geométrico dos pontos do cuja projeção ortogonal sobre o eixo Ox é o ponto em que x = 1, e seja β o plano per-
espaço que determinam pendicular ao eixo Oy, constituído por todos os pontos cuja projeção ortogonal sobre o
com P uma reta eixo Oy é o ponto em que y = 2.
perpendicular a r; esse
plano designa-se por plano Uma vez que os eixos Ox e Oy são perpendiculares, os planos α e β também o são.
normal a r em P.
r Assim, intersetam-se segundo uma reta constituída por todos os pontos do espaço que
têm abcissa igual a 1 e ordenada igual a 2. Logo, essa reta será definida pela condição
P
Plano normal x = 1 ∧ y = 2.
a r em P.
z β:y=2

α:x=1

Nota
O conjunto dos pontos do
espaço cuja projeção
O 2
ortogonal sobre o eixo Ox
y
é um dado ponto P é o 1
plano perpendicular a Ox
que passa em P. Vejamos
porquê. x
Consideremos o conjunto x=1 ∧ y=2

dos pontos do espaço cuja


projeção ortogonal sobre o
Consideremos o plano γ, plano perpendicular ao eixo Oz, constituído por todos os pontos
eixo Ox é um determinado
ponto P. Fazem parte deste cuja projeção ortogonal sobre o eixo Oz é o ponto em que z = 3. Como a reta definida
conjunto o próprio ponto P por x = 1 ∧ y = 2 é paralela ao eixo Oz, concluímos que é perpendicular ao plano γ e
e todos os pontos consequentemente interseta-o num único ponto. Esse ponto é o único ponto do espaço
exteriores ao eixo Ox que
de coordenadas (1, 2, 3).
juntamente com P
determinam uma reta x=1 ∧ y=2
perpendicular ao eixo Ox. z
De acordo com que
recordámos, o lugar
geométrico de todos os 3
pontos que determinam γ:z=3
P(1, 2, 3)
com P uma reta
perpendicular ao eixo Ox é
o plano normal a Ox em P.
z
2
O y

P O y

x
x

242
UNIDADE 3 Geometria analítica no espaço

Diz-se, assim, que existe uma correspondência biunívoca entre o conjunto dos ternos
GA10_7.6
ordenados de números reais (que se designa por R3) e o conjunto dos pontos do espaço.
Recorda

Observação Se uma reta r é paralela a


uma dada reta
Dados (x, y, z) e (x’, y’, z’), em R3: perpendicular a um plano
α, então r é também
(x, y, z) = (x’, y’, z’) se e só se x = x’ e y = y’ e z’ = z perpendicular ao plano α.

Nota
O conjunto dos ternos
ordenados de números reais
Propriedade é o conjunto definido por:
Dado um referencial ortonormado e um ponto P(a, b, c): R3 = {(x, y, z):
x ∈R ∧ y ∈R ∧ z ∈R}
• a projeção ortogonal de P no plano xOy, nesse mesmo plano, munido de um refe-
rencial constituído pelos eixos Ox e Oy tem coordenadas (a, b).
63 Na figura encontra-se
• a projeção ortogonal de P no plano xOz, nesse mesmo plano, munido de um refe- representado um
rencial constituído pelos eixos Ox e Oz tem coordenadas (a, c). paralelepípedo num
referencial ortonormado
• a projeção ortogonal de P no plano yOz, nesse mesmo plano, munido de um refe- do espaço.
rencial constituído pelos eixos Oy e Oz tem coordenadas (b, c). z
D (0, 0, 2) C

A I B y
H G
(0, –4, 0) O
(0, 4, 0)
E (3, 0, 0) F
x
De acordo com os dados
Exemplo da figura:
a) indica as coordenadas
Considera num referencial ortonormado o ponto P(1, 2, 3). dos restantes vértices do
paralelepípedo;
P1, P2 e P3 são as projeções ortogonais de P respetivamente nos planos xOy, xOz e yOz.
b) identifica a projeção
ortogonal do ponto B
sobre os planos xOy,
xOz e yOz. Indica as
coordenadas das
projeções ortogonais
nos respetivos planos,
relativamente aos
z z z
referenciais Oxy, Oxz e
P3
P 3 3 Oyz, respetivamente.
P2 P
P
Soluções
2
O y O y O y 63.
1 2
1 a) A(3, –4, 2); B(3, 4, 2); C(0, 4, 2);
P1
D(0, –4, 2); E(3, –4, 0); F(3, 4, 0)
b) Pontos F, I e C. No plano xOy
x x
o ponto F tem coordenadas
x
(3, 4). No plano xOz o ponto I
tem coordenadas (3, 2). No
plano yOz o ponto C tem
P1(1, 2) no plano xOy P2(1, 3) no plano xOz P3(2, 3) no plano yOz
coordenadas (4, 2).

243
TEMA III Geometria analítica

GA10_8.1 3.2. Equações de planos paralelos aos planos


Recorda
coordenados
1. Se uma reta é
Da mesma maneira que no plano vimos existir uma correspondência entre uma equa-
perpendicular a um de
dois planos paralelos, ção cartesiana e um lugar geométrico, também no espaço iremos estudar equações e ine-
então é perpendicular ao quações cartesianas que definem alguns conjuntos de pontos do espaço.
outro.
r
Exemplo
α r⊥α


⇒r⊥β
α // β Seja α o plano paralelo ao plano coordenado yOz que interseta z
β
o eixo das abcissas no ponto A(1, 0, 0).
2. Dada uma reta r e um
ponto P, existe um único O eixo Ox é perpendicular ao plano yOz, logo Ox também é
plano perpendicular a r perpendicular a α. (1)
O y
passando por P; é o
lugar geométrico dos Como α é o plano perpendicular ao eixo Ox que passa no A(1, 0, 0)

pontos do espaço que ponto A(1, 0, 0), então, por definição, é o lugar geométrico de
α
determinam com P uma todos os pontos do espaço que determinam com A uma reta x
reta perpendicular a r e
designa-se por plano
perpendicular a Ox. (2)
normal a r em P. Pela definição de projeção de um ponto sobre uma reta, são todos os pontos do espaço
r
cuja projeção sobre Ox é o ponto A.
P
Plano normal
a r em P.
Assim, concluímos que todos os pontos do plano α, e só esses, têm abcissa igual a 1, abcissa
do ponto A no eixo Ox.
64 Considera o paralelepípedo Repara que descobrimos uma característica comum a todos os pontos do plano α: todos
representado na figura. têm abcissa igual a 1.
z
D (0, 0, 2) C Reciprocamente, todos os pontos de abcissa igual a 1 estão contidos no plano α.
A I B y
H
(0, –4, 0) O
G Portanto, a equação cartesiana que define o plano α é x = 1.
(0, 4, 0)
E (3, 0, 0) F
x Em geral:
Define analiticamente:
a) o plano paralelo a yOz Condição: x = a, a ∈R Condição: y = b, b ∈R Condição: z = c, c ∈R
que passa no ponto F;
b) o plano paralelo a xOy
qua passa no ponto B; z z z

c) o plano paralelo a xOz


z=c
que passa no ponto H; c
d) o plano paralelo ao b
plano ABC que passa O y O y O y
pelo ponto de a y=b
coordenadas (3, 4, 5);
x x=a x x
e) o plano que contém a
face [EFGH].
APRENDE FAZENDO • Plano paralelo a yOz. • Plano paralelo a xOz. • Plano paralelo a xOy.
Pág. 268 • Passa pelo ponto A(a, 0, 0). • Passa pelo ponto B(0, b, 0). • Passa pelo ponto C(0, 0, c).
Exercício 4
• Perpendicular ao eixo Ox. • Perpendicular ao eixo Oy. • Perpendicular ao eixo Oz.
Soluções
Caso particular: Caso particular: Caso particular:
64. a) x = 3 b) z = 2 c) y = –4
x = 0 define o plano yOz. y = 0 define o plano xOz. z = 0 define o plano xOy.
d) z = 5 e) z = 0

244
UNIDADE 3 Geometria analítica no espaço

3.3. Equações de retas paralelas aos eixos GA10_8.2

coordenados Recorda

A interseção de dois planos


Exemplo
não paralelos é uma reta.
Consideremos a condição x = 1 ∧ y = 2, que corresponde à z
interseção dos planos definidos por x = 1 e y = 2. 65 Na figura encontra-se
representado, num
x = 1 define um plano paralelo ao plano yOz e y = 2 define y=2
referencial ortonormado
2
um plano paralelo ao plano xOz. Como os planos coorde- do espaço, um prisma
x=1 O y quadrangular de altura 10
nados xOz e yOz são perpendiculares entre si, então, x = 1 e 1
unidades de comprimento
y = 2 também o são. Assim, a sua interseção é uma reta. e cujo vértice A tem
x x=1 ∧ y=2 coordenadas (3, 0, –6).
Uma vez que Ox é perpendicular ao plano definido por x = 1,
z G
é perpendicular a todas as retas do plano; em particular, Ox H
E F
é perpendicular à reta definida por x = 1 ∧ y = 2. De forma semelhante, Oy é perpendi-
cular ao plano definido por y = 2, logo é perpendicular a todas as retas do plano, e, em
O y
particular, Oy é perpendicular à reta definida por x = 1 ∧ y = 2.
Uma vez que a reta definida por x = 1 ∧ y = 2 é perpendicular aos eixos Ox e Oy, então D C
x
é perpendicular ao plano coordenado por eles definido xOy e a interseção da referida A B

reta com o plano xOy será o ponto de coordenadas (1, 2, 0), pois as suas coordenadas a) Indica as coordenadas
dos restantes vértices do
satisfazem a condição x = 1 ∧ y = 2 e a condição z = 0 que define o plano xOy. A reta de-
prisma.
finida por x = 1 ∧ y = 2 e o eixo Oz são perpendiculares ao plano xOy e não têm nenhum
b) Define por uma
ponto em comum, logo são retas paralelas. condição:
i. o plano que contém a
Em geral: face [EFGH];
ii. o plano BCG;
iii. a reta AE;
Condição: Condição: Condição: iv. a reta AB.
x = a ∧ y = b, a, b ∈R x = b ∧ z = c, c, b ∈R x = a ∧ z = c, a, c ∈R c) Utilizando as letras da
figura, identifica as retas
definidas pelas
z z z
y=b ∧ z=c seguintes condições.
z=c z=c i. x = 3 ∧ y = 3
y=b
c
c
ii. x = 0 ∧ z = 4
b x=a ∧ z=c iii. y = 3 ∧ z = –6
b
O y O y O y iv. x = 0 ∧ y = 0
a a

x x=a y=b APRENDE FAZENDO


x=a
x x
x=a ∧ y=b Pág. 268
Exercícios 1 e 5

• Reta paralela a Oz e • Reta paralela a Ox e • Reta paralela a Oy e Soluções


perpendicular ao plano perpendicular ao plano perpendicular ao plano 65.
xOy. yOz. xOz. a) B(3, 3, –6); C(0, 3, –6);
• Interseta o plano xOy no • Interseta o plano yOz no • Interseta o plano xOz no D(0, 0, –6); E(3, 0, 4); F(3, 3, 4);
ponto (a, b, 0). ponto (0, b, c). ponto (a, 0, b). G(0, 3, 4); H(0, 0, 4)
b) i. z = 4 ii. y = 3
Caso particular: Caso particular: Caso particular: iii. x = 3 ∧ y = 0
iv. x = 3 ∧ z = –6
x=0 ∧ y=0 y=0 ∧ z=0 x=0 ∧ z=0
c) i. BF ii. GH iii. BC
define o eixo Oz. define o eixo Ox. define o eixo Oy.
iv. DH (eixo Oz)

245
TEMA III Geometria analítica

66 Considera a figura 3.4. Distância entre dois pontos no espaço


representada no exercício
anterior.
Exemplo z
z G
H
E F Consideremos um referencial ortonormado g3
G
do espaço e um paralelepípedo retângulo,
a3
O y como indicado na figura, tal que o eixo Ox
C
é paralelo a BC, o eixo Oy é paralelo a AB
A a2 B g2
O
D C e o eixo Oz é paralelo a CG. g1 y
x
A B a1 G’
Sejam A(a1, a2, a3) as coordenadas de A e
A’
Calcula: (g1, g2, g3) as coordenadas de G. x
a) A–B
b) A–E Qual será a distância entre os pontos A e G?
c) A–C
Repara que a distância pretendida corresponde à medida de A–G.
d) A–F
e) A–G
Comecemos por determinar as dimensões a, b e c do paralelepípedo, sendo a, b e c res-
petivamente o comprimento, a largura e a altura do sólido.
• a = |g2 – a2|, pois os pontos A e B pertencem a uma reta paralela ao eixo Oy e só variam
nas ordenadas.
• b = |g1 – a1|, dado que os pontos B e C pertencem a uma reta paralela ao eixo Ox e só
variam nas abcissas.
• c = |g3 – a3|, uma vez que os pontos C e G pertencem a uma reta paralela ao eixo Oz
e só variam nas cotas.

Aplicando o Teorema de Pitágoras ao triângulo [ABC], vem que:


A–C 2 = a2 + b2
A–C 2 = |g2 – a2|2 + |g1 – a1|2
A–C 2 =(g2 – a2)2 + (g1 – a1)2 (pois |a|2 = a2)
A–C = √∫(∫g∫2∫ ∫–∫ a∫ ∫2∫)2∫ ∫ +
∫ ∫ ∫(∫g∫1∫ –∫ ∫ ∫a∫1∫)2

Como GC é perpendicular ao plano ABC, então GC é perpendicular a todas as retas do


plano. Em particular, GC é perpendicular a AC; aplicando o Teorema de Pitágoras ao triân-
gulo [ACG] obtemos:
A–G2 = A–C2 + C–G2
A–G2 = (g2 – a2)2 + (g1 – a1)2 + c2
A–G2 = (g2 – a2)2 + (g1 – a1)2 + |g3 – a3|2
Soluções
A–G2 = (g2 – a2)2 + (g1 – a1)2 + (g3 – a3)2
66.
a) 3 A–G = √∫(∫g1∫ ∫ ∫–∫ a∫ ∫1∫)∫2∫ +
∫ ∫ ∫(∫g∫2∫ –∫ ∫ ∫a∫2∫)2∫ ∫ ∫+∫ (∫ ∫g3∫ ∫ ∫–∫ a∫ ∫3∫)2
b) 10   
c) 3√√∫2 Diferença Diferença Diferença
d) √∫1∫0∫9 entre as entre as entre as
abcissas ordenadas cotas
e) √∫1∫1∫8

246
UNIDADE 3 Geometria analítica no espaço

Em geral:
GA10_8.3

Definição

Fixada uma unidade de comprimento, dado um referencial ortonormado do espaço 67 Fixado um referencial
ortonormado do espaço,
e dados os pontos A(a1, a2, a3) e B(b1, b2, b3), a medida da distância entre A e B é
calcula a distância entre
igual a: os pontos dados.
√∫(∫b1∫ ∫ ∫–∫ a∫ ∫1∫)∫2∫ ∫+∫ (∫ ∫b2∫ ∫ –∫ ∫ ∫a∫2∫)∫2∫ +
∫ ∫ ∫(∫b∫3∫ ∫–∫ a∫ ∫3∫)2 a) A(1, –2, 4) e B(–3, 1, 4)
b) C(2, –1, –3) e O(0, 0, 0)
Esta distância representa-se por d(A, B).
c) D(1, 2, 3) e E(1, 2, 5)
(
d) F 2, √∫2, 2 e )
G(1, √∫2 – 3, –1)
Em particular, a distância do ponto A(a1, a2, a3) à origem O(0, 0, 0) é igual a
e) H(a, b, a) e I(b, a, b)
√∫a∫12∫ ∫ ∫+∫ ∫a2∫ 2∫ ∫ ∫+∫ ∫a3∫ 2∫ .

Exercício resolvido

Determina a medida de comprimento do segmento de reta [AB], sabendo que:


a) A(–1, 2, 0) e B(1, –3, –1)
68 Fixado um referencial
ortonormado do espaço,
b) A(1, –1, 4) e B(2, –1, –2) classifica quanto aos lados
o triângulo de vértices
A(–1, 2, 3), B(0, √∫3, 1) e
Sugestão de resolução C(–3, 0, 4).

a) A–B = d(A, B) = √∫(∫–∫1∫ ∫–∫ 1


∫ ∫)2∫ ∫ +
∫ ∫ ∫(∫2∫ –∫ ∫ ∫(∫–∫3∫)∫)2∫ ∫ +
∫ ∫ ∫(∫0∫ ∫–∫ (∫ ∫–∫1∫)∫)2
= √∫(∫–∫2∫)2∫ ∫ +
∫ ∫ ∫52∫ ∫ +
∫ ∫ ∫12∫ = √∫4∫ ∫+∫ 2
∫ ∫5∫ ∫+∫ 1
∫ = √∫3∫0

b) A–B = d(A, B) = √∫(∫1∫ ∫–∫ 2


∫ ∫)∫2∫ ∫+∫ (∫ ∫–∫1∫ ∫–∫ (∫ ∫–∫1∫)∫)∫2∫ +
∫ ∫ ∫(∫4∫ –∫ ∫ ∫(∫–∫2∫)∫)2∫
= √∫(∫–∫1∫)2∫ ∫ +
∫ ∫ ∫02∫ ∫ +
∫ ∫ ∫62∫ = √∫1∫ ∫+∫ 3
∫ ∫6 = √∫3∫7

3.5. Coordenadas do ponto médio de um segmento de


reta
APRENDE FAZENDO
Tal como no plano, existe uma fórmula para determinar as coordenadas do ponto médio Págs. 269 e 273
de um segmento de reta, a partir do conhecimento das coordenadas dos extremos. Exercícios 6 e 21

Soluções
Teorema 67.
Dado um referencial ortonormado do espaço de origem O e dois pontos A(a1, a2, a3) a) 5
b) √∫1∫4
e B(b1, b2, b3), as coordenadas do ponto médio do segmento de reta [AB] são:
c) 2
ha1 + b1 a2 + b2 a3 + b3 h
i , , i d) √∫1∫9
j 2 2 2 j
e) √∫3∫(∫a∫ ∫–∫ b
∫ ∫)2 = |a – b| √∫3
68. Triângulo escaleno.

247
TEMA III Geometria analítica

3.6. Plano mediador de um segmento de reta


Recorda
Propriedade
O plano mediador de um
segmento de reta [AB] é o O plano mediador de um segmento de reta [AB] é o conjunto dos pontos do espaço
plano normal à reta suporte equidistantes de A e de B.
do segmento de reta no
respetivo ponto médio.

Consideremos um referencial cartesiano do espaço de origem O e os pontos de coor-


denadas A(1, 2, 3) e B(1, 2, 5).

A M B Uma vez que os pontos têm a mesma abcissa e a mesma ordenada, facilmente repre-
sentamos graficamente e identificamos por uma equação cartesiana o plano mediador
do segmento de reta [AB]: z = 4

z
5

4
z=4
69 Fixado um referencial 3
ortonormado do espaço,
indica as coordenadas de
dois pontos A e B, de
modo que o plano
2
mediador de [AB] seja
y
definido por: 1

a) x = 2
b) y = –2
x
c) z = 5

E se quisermos definir por uma equação cartesiana o plano mediador de [AC], sendo
A(1, 2, 3) e C(0, –1, –2)?

Sabemos que, sendo P(x, y, z) um ponto qualquer, P pertence ao plano mediador de [AC]
se e só se d(A, P) = d(C, P).
Ora, d(A, P) = d(C, P)

Nota ∫ ∫)2∫ ∫ ∫+∫ (∫ ∫y∫ –∫ ∫ ∫2∫)2∫ ∫ ∫+∫ (∫ ∫z∫ –∫ ∫ ∫3∫)2 = √∫(∫x∫ –∫ ∫ ∫0∫)2∫ ∫ +
⇔ √∫(∫x∫ ∫–∫ 1 ∫ ∫ ∫(∫y∫ ∫+∫ 1
∫ ∫)∫2∫ ∫+∫ (∫ ∫z∫ ∫+∫ ∫2∫)2
(*) Se a e b são números (*)
⇔ (√∫(∫x∫ –∫ ∫ ∫1∫)2∫ ∫ +
∫ ∫ ∫(∫y∫ ∫–∫ 2
∫ ∫)2∫ ∫ + ∫ ∫)2)2 = (√∫(∫x∫ ∫–∫ 0
∫ ∫ ∫(∫z∫ ∫–∫ 3 ∫ ∫)2∫ ∫ + ∫ ∫)2∫ ∫ ∫+∫ (∫ ∫z∫ ∫+∫ ∫2∫)2)2
∫ ∫ ∫(∫y∫ ∫+∫ 1
não negativos, a2 = b2
⇔ a = b. ⇔ (x – 1)2 + (y – 2)2 + (z – 3)2 = (x – 0)2 + (y + 1)2 + (z + 2)2
⇔ x2 – 2x + 1 + y2 – 4y + 4 + z2 – 6z + 9 = x2 + y2 + 2y + 1 + z2 + 4z + 4
⇔ x2 – 2x + 1 + y2 – 4y + 4 + z2 – 6z + 9 – x2 – y2 – 2y – 1 – z2 – 4z – 4 = 0

Soluções ⇔ –2x – 6y – 10z + 9 = 0

69. Por exemplo:


a) A(1, 0, 0) e B(3, 0, 0) Qualquer uma das equações acima é uma equação cartesiana que define o plano me-
b) A(7, 0, 8) e B(7, –4, 8) diador de [AC]. No entanto, se nada for dito em contrário, apresentamos a equação do
c) A(1, 1, 0) e B(1, 1, 10) plano mediador de um segmento de reta na forma ax + by + cz + d = 0, a, b, c, d ∈R.

248
UNIDADE 3 Geometria analítica no espaço

Em geral, sendo A(a1, a2, a3) e B(b1, b2, b3), como definir o plano mediador de [AB]?
GA10_8.4

Sabemos que, sendo P(x, y, z) um ponto qualquer, P pertence ao plano mediador de [AB]
se e só se d(A, P) = d(B, P).
Ora, d(A, P) = d(B, P)
⇔ √∫(∫x∫ ∫–∫ a∫ 1∫ ∫)2∫ ∫ +
∫ ∫ ∫(∫y∫ ∫–∫ a∫ ∫2∫)2∫ ∫ ∫+∫ (∫ ∫z∫ ∫–∫ a∫ ∫3∫)2 = √∫(∫x∫ –∫ ∫ ∫b1∫ ∫)2∫ ∫ +
∫ ∫ ∫(∫y∫ ∫–∫ b
∫ 2∫ ∫)2∫ ∫ ∫+∫ (∫ ∫z∫ ∫–∫ b
∫ ∫3∫)2
Nota
(*)
⇔ (√∫(∫x∫ ∫–∫ a∫ 1∫ ∫)2∫ ∫ ∫+∫ (∫ ∫y∫ –∫ ∫ ∫a2∫ ∫)2∫ ∫ +
∫ ∫ ∫(∫z∫ –∫ ∫ ∫a3∫ ∫)2)2 = (√∫(∫x∫ –∫ ∫ ∫b1∫ ∫)2∫ ∫ +
∫ ∫ ∫(∫y∫ ∫–∫ b ∫ 3∫ ∫)2)2
∫ ∫2∫)2∫ ∫ ∫+∫ (∫ ∫z∫ ∫–∫ b (*) Se a e b são números
não negativos, a2 = b2
⇔ (x – a1 )2 + (y – a2 )2 + (z – a3 )2 = (x – b1 )2 + (y – b2 )2 + (z – b3 )2 Equação cartesiana ⇔ a = b.
do plano mediador
do segmento de
reta [AB]
Coordenadas de A Coordenadas de B

Dado um referencial ortonormado do espaço e dois pontos A(a1, a2, a3) e B(b1, b2, b3): 70 Considera, fixado um
referencial ortonormado
(x – a1)2 + (y – a2)2 + (z – a3)2 = (x – b1)2 + (y – b2)2 + (z – b3)2 é uma equação carte- do espaço, os pontos de
siana do plano mediador do segmento de reta [AB]. coordenadas A(1, 2, –5),
B(–1, 3, –4) e C(0, k, 3),
k ∈R.
Nota que, se desenvolvermos os casos notáveis presentes nos dois membros as parcelas Determina k de modo que
x2, y2 e z2 irão anular-se e obtemos uma condição mais simples e equivalente a uma con- o ponto C seja
dição do tipo ax + by + cz + d = 0, com a, b, c, d ∈R, como se observa na primeira alínea equidistante de A e de B.
do seguinte exercício resolvido.

Exercícios resolvidos

1. Considera os pontos A(2, – 4, 1) e B(–1, 2, 0) do espaço.

a) Define analiticamente o plano mediador de [AB]. Apresenta a resposta sob a


forma ax + by + cz + d = 0 com a, b, c, d ∈R.
b) Averigua se o ponto de coordenadas C(2, 1, 8) pertence ao plano mediador de
[AB].

Sugestão de resolução

a) Uma equação cartesiana do plano mediador de [AB] é:

(x – 2)2 + (y – (–4))2 + (z – 1)2 = (x – (–1))2 + (y – 2)2 + (z – 0)2


⇔ x2 – 4x + 4 + (y + 4)2 + z2 – 2z + 1 = (x + 1)2 + y2 – 4y + 4 + z2
⇔ x2 – 4x + 4 + y2 + 8y + 16 + z2 – 2z + 1 = x2 + 2x + 1 + y2 – 4y + 4 + z2
⇔ –4x – 2x + 8y + 4 y – 2z + 16 = 0
⇔ –6x + 12 y – 2z + 16 = 0
⇔ –3x + 6 y – z + 8 = 0
(continua) Solução
70. k = –5

249
TEMA III Geometria analítica

71 Determina uma equação Exercícios resolvidos


do plano mediador de (continuação)
[AB], sendo:
a) A(0, 1, 0) e B(3, 0, 4) Sugestão de resolução
(
b) A(0, –2, 3) e B √∫3, 5, 3 ) b) O ponto C(2, 1, 8) pertence ao plano mediador de [AB] se as suas coorde-
Apresenta a equação
nadas satisfizerem a equação –3x + 6y – z + 8 = 0.
sob a forma ax + by +
+ cz + d = 0, com a, b, Como –3 ¥ 2 + 6 ¥ 1 – 8 + 8 = 0, o ponto C pertence ao plano mediador.
c, d ∈R. Nota: Um outro processo de resolução consiste em determinar d(C, A) e
c) Averigua se o ponto de d(C, B). Se forem iguais, o ponto C pertence ao plano mediador de
coordenadas (0, 4, 4)
[AB]; caso contrário, não pertence.
pertence a algum dos
planos definidos nas
alíneas anteriores.

(*) grau de dificuldade elevado 2. (*) Fixado um referencial ortonormado do espaço, considera os pontos A(2, –3, 4),
(desempenho avançado que
B(2, 3, 4) e C(–2, –3, 4). Identifica analiticamente o conjunto dos pontos do espaço
não será exigível à totalidade
dos alunos) equidistantes de A, B e C.
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 10.º ano

Sugestão de resolução

• Plano mediador de [AB]


(x – 2)2 + (y + 3)2 + (z – 4)2 = (x – 2)2 + (y – 3)2 + (z – 4)2
⇔ y2 + 6y + 9 = y2 – 6y + 9
⇔ 12y = 0
⇔y=0
• Plano mediador de [BC]
(x – 2)2 + (y – 3)2 + (z – 4)2 = (x + 2)2 + (y + 3)2 + (z –4)2
⇔ x2 – 4x + 4 + y2 – 6y + 9 = x2 + 4x + 4 + y2 + 6y + 9
⇔ –4x – 4x – 6y – 6y = 0
⇔ –8x – 12y = 0
⇔ –2x – 3y = 0
⇔ 2x + 3y = 0
Procuramos determinar o conjunto de pontos que dista igualmente de A, B e
C. Por distarem igualmente de A e de B, as coordenadas satisfazem a equação
y = 0 e, por também distarem igualmente de B e de C, satisfazem a equação
2x + 3y = 0.
Assim, as coordenadas dos pontos que distam igualmente de A, B e C obede-
cem à condição:
y=0 y=0 y=0 y=0








APRENDE FAZENDO
⇔ ⇔ ⇔
Pág. 270 2x + 3y = 0 2x + 3 ¥ 0 = 0 2x = 0 x=0
Exercício 11
Logo, o conjunto de pontos equidistantes de A, B e C é definido por x = 0 ∧ y = 0
Soluções (ou seja, é o eixo Oz).
71.
Nota: Repara que se um ponto está à mesma distância de A e de B e à mesma
a) 3x – y + 4z – 12 = 0 distância de B e de C, então também está à mesma distância de A e de
b) 2√∫3x + 14y – 24 = 0 C, logo não foi necessário determinar o plano mediador de [BC].
c) Pertence apenas ao plano
definido em a).

250
UNIDADE 3 Geometria analítica no espaço

3.7. Superfície esférica e esfera


Definição

r
A superfície esférica de centro C e raio r é o conjunto dos pontos do espaço cuja C

distância a C é r (na unidade considerada).

Consideremos um referencial ortonormado do espaço e o ponto de coordenadas


C(3, 1, –1).

E se quisermos definir por uma equação cartesiana a superfície esférica de centro C e


raio 2?
Sabemos que, sendo P(x, y, z) um ponto qualquer, P pertence à superfície esférica de
centro C e raio 2 se e só se d(C, P) = 2.
Nota
Ora, d(C, P) = 2
(*) Se a e b são números
⇔ √∫(∫x∫ ∫–∫ ∫ ∫)2∫ ∫
3 ∫ ∫ ∫(∫y∫ ∫–∫
+ ∫ ∫)2∫ ∫
1 ∫+∫ (∫ ∫z∫ ∫–∫ (∫ ∫–∫1∫)∫)2∫ =2 não negativos, a2 = b2
⇔ a = b.
(*)
⇔ (√∫(∫x∫ ∫–∫ 3 ∫ ∫ ∫(∫z∫ –∫ ∫ ∫(∫–∫1∫)∫)2)2 = 22
∫ ∫)∫2∫ ∫+∫ (∫ ∫y∫ –∫ ∫ ∫1∫)2∫ ∫ +
⇔ (x – 3 )2 + (y – 1 )2 + (z – ( –1 ))2 = 2 2
U U U U
72 Fixado um referencial
Coordenadas do centro C(3, 1, –1) Raio ortonormado do espaço,
determina o raio da
superfície esférica:
Qualquer uma das equações acima é uma equação cartesiana que define a superfície
a) de centro em C(1, 2, 3)
esférica de centro C e raio 2. e que passa em
A equação (x – 3)2 + (y – 1)2 + (z – (–1))2 = 22 designa-se por equação (cartesiana) re- A(–1, 1, 4);
b) de centro na origem do
duzida da superfície esférica.
referencial e que passa
em C(3, 2, 1);
c) de diâmetro [AB], onde
Em geral, sendo C(c1, c2, c3) um ponto do espaço e r um número real positivo, como A(–3, 5, 7) e B(2, 4, 6).
definir a superfície esférica de centro C e raio r?

Sabemos que, sendo P(x, y, z) um ponto qualquer, P pertence à superfície esférica de


centro C e raio r se e só se d(C, P) = r.
Ora, d(C, P) = r
⇔ √∫(∫x∫ ∫–∫ c∫ 1∫ ∫)2∫ ∫ +
∫ ∫ ∫(∫y∫ ∫–∫ c∫ ∫2∫)2∫ ∫ ∫+∫ (∫ ∫z∫ ∫–∫ c∫ ∫3∫)2 = r
(*)
⇔ (√∫(∫x∫ ∫–∫ c∫ 1∫ ∫)∫2∫ ∫+∫ (∫ ∫y∫ –∫ ∫ ∫c2∫ ∫)∫2∫ +
∫ ∫ ∫(∫z∫ –∫ ∫ ∫c3∫ ∫)2)2 = r2
Soluções
⇔ (x – c1 )2 + (y – c2 )2 + (z – c3 )2 = r 2 Equação (cartesiana) reduzida da superfície esférica 72.
a) √∫6
b) √∫1∫4
Coordenadas do centro C(c1, c2, c3) Raio r
c)
3√∫3
2

251
TEMA III Geometria analítica

GA10_8.5
Fixada uma unidade de comprimento, dados um referencial ortonormado do espaço,
um ponto C(c1, c2, c3) e um número r > 0:
(x – c1)2 + (y – c2)2 + (z – c3)2 = r2 é uma equação cartesiana da superfície esférica
de centro C e raio r.
Em particular, também se designa por equação (cartesiana) reduzida da superfície
esférica.

Analogamente ao que estudámos no plano, pode ser necessário transformar uma equa-
ção cartesiana da superfície esférica na equação cartesiana reduzida, por exemplo para
determinar o centro e, nesse caso, a construção dos casos notáveis é igual à que fizemos
no plano.

Exercícios resolvidos
73 Define por uma equação
cartesiana cada uma das
1. Identifica o conjunto de pontos definido pelas seguintes equações.
superfícies esféricas do
exercício anterior. ( )
a) (x + 2)2 + y – √∫3 2 + (z – 2)2 = 36

b) (y + 3)2 + (x – 4)2 + z2 = 12

c) 4x2 + 4y2 + 4z2 – 8x – 4y – 16z = –9

Sugestão de resolução

( )
a) (x + 2)2 + y – √∫3 2 + (z – 2)2 = 36 define a superfície esférica de centro
C(–2, √∫3, 2) e raio √∫3∫6 = 6.

b) (y + 3)2 + (x – 4)2 + z2 = 12, que é equivalente a (x – 4)2 + (y + 3)2 + z2 = 12,


define a superfície esférica de centro C(4, –3, 0) e raio √∫1∫2 = 2√∫3.

c) 4x2 + 4y2 + 4z2 – 8x – 4y – 16z = –9


9
⇔ x2 + y2 + z2 – 2x – y – 4z = –
4
9
⇔ x2 – 2x + y2 – y + z2 – 4z = –
4
h 2 h2 h 1 h2 h 4 h2 9 h 2 h2 h 1 h2 h 4 h2
⇔ x2 – 2x + i i + y2 – 1y + i i + z2 – 4z + i i =– +i i +i i +i i
j2j j2j j2j 4 j2j j2j j2j

1 9 1
⇔ x2 – 2x + 1 + y2 – y + + z2 – 4z + 4 = – + 1 + + 4
4 4 4
h 1 h2
⇔ (x – 1)2 + iy – i + (z – 2)2 = 3
Soluções j 2j
73. h 1h2
A equação (x – 1)2 + iy – i + (z – 2)2 = 3 define a superfície esférica de
a) (x – 1)2 + (y – 2)2 + (z – 3)2 = 6 j 2j
b) x2 + y2 + z2 = 14 h 1 h
h 1 h2 h 9 h2 centro C i1, , 2i e raio √∫3.
c) ix + i + iy – i + j 2 j
j 2j j 2j
h 13 h 2 27
+ iz – i =
j 2j 4

252
UNIDADE 3 Geometria analítica no espaço

(*) grau de dificuldade elevado


2. Considera, fixado um referencial cartesiano do espaço, a superfície esférica S de 74 Indica o centro e o raio
equação (x + 3)2 + (y – 2)2 + (z + 1)2 = 5. das superfícies esféricas
definidas por cada uma
a) Determina uma expressão analítica para a interseção da superfície esférica S
das seguintes condições.
com o plano y = 3.
a) (x – 1)2 + (y – 2)2 +
b) Determina analiticamente para que valores reais de a o plano de equação z = a + (z + 1)2 = 16
tem interseção não vazia com a superfície esférica S. h 1h2
b) ix + i + y2 +
j 3j
c) (*) Determina para que valores reais de b a interseção de S com o plano x = b + (z – √∫3 )2 = 8
é uma circunferência de raio √∫5. c) x2 + y2 + z2 = 1
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 10.º ano
d) x2 + y2 + z2 – 2x – 4y +
+ 6z + 5 = 0
Sugestão de resolução e) 2x2 + 2y2 + 2z2 + 8x –
– 12z + 16 = 0
(x + 3)2
+ (y – 2)2
+ (z + =0 1)2
(x + + (3 – + (z + 3)2 2)2 1)2 =5




a) ⇔ 75 Considera, fixado um
y=3 y=3 referencial cartesiano do
(x + 3)2 + 1 + (z + 1)2 = 5 (x + 3)2 + (z + 1)2 = 4




espaço, a superfície esférica


⇔ ⇔ de diâmetro [PQ], onde
y=3 y=3
P(1, 5, –2) e Q(1, –2, – 4).
Nota que a interseção da superfície esférica S com o plano y = 3 é a circunfe-
a) Indica o centro e o raio
rência de centro ( –3 , 3 , –1 ) e raio 2 contida no plano y = 3, como se observa da superfície esférica.
na figura: b) Determina expressões
(x – (– 3) )2 + (z – (– 1) )2 = 22 ∧ y= 3 analíticas que definam
a interseção da
z superfície esférica com
cada um dos seguintes
conjuntos de pontos.
i. O plano de equação
x = 1.
y
ii. O plano de equação
x z = 0.

y=3 APRENDE FAZENDO


Págs. 270 e 272
Nota: A interseção de um plano com uma superfície esférica ou é o conjunto Exercícios 12 e 15
vazio, ou é um ponto ou é uma circunferência.
CADERNO DE EXERCÍCIOS
b) O centro da superfície esférica S é (–3, 2, –1) e o raio é igual a √∫5. Portanto, E TESTES
o ponto da superfície esférica com maior cota é o ponto de coordenadas Pág. 21
Exercício 20
(–3, 2, –1 + √∫5 ) e o ponto com menor cota pertence à superfície esférica e
tem coordenadas (–3, 2, –1 – √∫5 ). Então, se a ∈[–1 – √∫5 , –1 + √∫5 ], o plano Soluções
de equação z = a tem interseção não vazia com a superfície esférica S. 74.a) C(1, 2, –1) e raio 4.
h 1 h
b) C i– , 0, √∫3i e raio 2√∫2.
(x + 3)2 + (y – 2)2 + (z + 1)2 = 5 (b + 3)2 + (y – 2)2 + (z + 1)2 = 5 j 3 j




c) ⇔ c) C(0, 0, 0) e raio 1.
x=b x=b
d) C(1, 2, –3) e raio 3.
2 2
(y – 2) + (z + 1) = 5 – (b + 3)2


⇔ e) C(–2, 0, 3) e raio √∫5.


x=b
, –3i e raio √∫5∫3 .
h 3 h
75. a) C i1,
Para que este sistema de equações defina uma circunferência de raio √∫5 te- j 2 j 2
h 3 h2 53
remos de ter 5 – (b + 3)2 = 5. b) i. iy – i + (z + 3) = 2

j 2j 4
5 – (b + 3)2 = 5 ⇔ (b + 3)2 = 0 ⇔ b + 3 = 0 ⇔ b = –3 ∧ x=1
h 3 h 2 17
ii. (x – 1)2 + iy – i = ∧ z=0
j 2j 4

253
TEMA III Geometria analítica

GA10_8.6
Definição

A esfera de centro C e raio r é o conjunto dos pontos do espaço cuja distância a C


é inferior ou igual a r (na unidade considerada).

r
C

Assim, se pretendermos definir por uma condição a esfera de centro C(3, 1, –1) e raio 2,
temos de ter em consideração que é constituída por todos os pontos do espaço cuja dis-
tância a C é inferior ou igual a 2.

Se P(x, y, z) é um ponto qualquer, vem que d(C, P) ≤ 2.

Ora, d(C, P) ≤ 2
Nota ∫ ∫)2∫ ∫ ∫+∫ (∫ ∫y∫ –∫ ∫ ∫1∫)2∫ ∫ ∫+∫ (∫ ∫z∫ –∫ ∫ ∫(∫–∫1∫)∫)2∫ ≤ 2
⇔ √∫(∫x∫ ∫–∫ 3
(*) Se a e b são números (*)
⇔ (√∫(∫x∫ ∫–∫ 3
∫ ∫)2∫ ∫ +
∫ ∫ ∫(∫y∫ ∫–∫ 1 ∫ ∫ ∫(∫z∫ ∫–∫ (∫ ∫–∫1∫)∫)2)2 ≤ 22
∫ ∫)2∫ ∫ +
não negativos, a2 ≤ b2
⇔ a ≤ b. ⇔ (x – 3 )2 + (y – 1 )2 + (z – ( –1 ))2 ≤ 2 2
U U U U
Coordenadas do centro C(3, 1, –1) Raio

Qualquer uma das inequações acima é uma inequação cartesiana que define a esfera
de centro C e raio 2.

Em geral, sendo C(c1, c2, c3) um ponto do espaço, r um número real positivo e P(x, y, z)
um ponto qualquer da esfera de centro C e raio r, tem-se que d(C, P) ≤ r.

Ora, d(C, P) ≤ r
⇔ √∫(∫x∫ –∫ ∫ ∫c1∫ ∫)2∫ ∫ ∫+∫ (∫ ∫y∫ –∫ ∫ ∫c2∫ ∫)2∫ ∫ ∫+∫ (∫ ∫z∫ –∫ ∫ ∫c3∫ ∫)2 ≤ r
(*)
⇔ (√∫(∫x∫ ∫–∫ c∫ ∫1∫)2∫ ∫ ∫+∫ (∫ ∫y∫ –∫ ∫ ∫c2∫ ∫)2∫ ∫ +
∫ ∫ ∫(∫z∫ ∫–∫ c∫ 3∫ ∫)2)2 ≤ r2

⇔ (x – c1 )2 + (y – c2 )2 + (z – c3 )2 ≤ r 2 Inequação cartesiana da esfera de centro C e raio r

Coordenadas do centro C(c1, c2, c3) Raio r

Fixada uma unidade de comprimento, dados um referencial ortonormado do espaço,


um ponto C(c1, c2, c3) e um número r > 0:
(x – c1)2 + (y – c2)2 + (z – c3)2 ≤ r2 diz-se a inequação (cartesiana) reduzida da esfera
de centro C e raio r.

254
UNIDADE 3 Geometria analítica no espaço

Exercícios resolvidos 76 Fixado um referencial


cartesiano do espaço,
1. Identifica o conjunto de pontos do espaço definido pelas seguintes equações. define por uma condição:
a) a esfera de centro no
a) (x – 2)2 + (y + 3)2 + (z + 1)2 ≤ 9
ponto (π, 0, –√∫5 ) e
1
b) x2 + y2 + z2 – 4x + 2y – 8z + 12 ≤ 0 raio
3
;
b) a interseção da esfera
de centro na origem e
raio 1 com o plano xOz;
Sugestão de resolução
c) a interseção da esfera

a) (x – 2)2 + (y + 3)2 + (z + 1)2 ≤ 9 define a esfera de centro C(2, –3, –1) e raio definida por
x2 + (y – 1)2 + (z – 3)2 ≤ 5
igual a 3. com o plano de
equação x = 2;
b) x2 + y2 + z2 – 4x + 2y – 8z + 12 ≤ 0 d) a parte da esfera de
centro em A(1, 2, 3) e
⇔ x2 – 4x + y2 + 2y + z2 – 8z ≤ –12 raio 10, situada no
h 4 h2 h 2 h2 h 8 h2 h 4 h2 h 2 h2 h 8 h2 3.º octante;
⇔ x2 – 4x + i i + y2 + 2y + i i + z2 – 8z + i i ≤ –12 + i i + i i + i i
e) os pontos de cota não
j2j j2j j2j j2j j2j j2j
positiva pertencentes à
⇔ x2 – 4x + 4 + y2 + 2y + 1+ z2 – 8z +16 ≤ –12 + 4 + 1 + 16
esfera de centro na
origem e raio 7.
⇔ (x – 2)2 + (y + 1)2 + (z – 4)2 ≤ 9

A inequação (x – 2)2 + (y + 1)2 + (z – 4)2 ≤ 9 define a esfera de centro C(2, –1, 4)


e raio igual a 3.

2. Identifica e define analiticamente, utilizando equações ou inequações cartesianas,


os seguintes conjuntos de pontos do espaço.
a) Pontos cuja distância ao ponto C(–2, 4, 1) é igual a 3 unidades.

b) Pontos cuja distância ao ponto C(–1, 0, –3) não excede 5 unidades.

Sugestão de resolução

a) O conjunto de pontos do espaço cuja distância ao ponto C(–2, 4, 1) é igual


a 3 unidades é a superfície esférica de centro C(–2, 4, 1) e raio 3.

Uma equação cartesiana que a define é:


(x + 2)2 + (y – 4)2 + (z – 1)2 = 32
Soluções
b) O conjunto de pontos do espaço cuja distância ao ponto C(–1, 0, –3) não
76.
excede 5 unidades é a esfera de centro C(–1, 0, –3) e raio 5. 1
a) (x – π)2 + y2 + (z + √∫5 )2 ≤
9
b) x + z ≤ 1 ∧ y = 0
2 2
Uma inequação cartesiana que a define é:
c) (y – 1)2 + (z – 3)2 ≤ 1 ∧ x = 2
(x + 1)2 + y2 + (z + 3)2 ≤ 5 d) (x – 1)2 + (y – 2)2 + (z – 3)2 ≤
≤ 100 ∧ x < 0 ∧ y < 0 ∧ z > 0
(continua)
e) x2 + y2 + z2 ≤ 49 ∧ z ≤ 0

255
TEMA III Geometria analítica

Exercícios resolvidos
(continuação)
3. Considera, fixado um referencial cartesiano do espaço, os pontos A(–5, 1, 2) e
B(2, 0, –1). Determina:
a) as coordenadas do ponto C(x, y, z) tal que B é o ponto médio de [AC];

b) a inequação reduzida da esfera de diâmetro [AB].

Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 10.º ano

Sugestão de resolução

a) Seja B(x, y, z) o ponto médio de [AC].

h–5 + x 1 + y 2 + zh
Então, i , , i = (2, 0, –1).
j 2 2 2 j
–5 + x 1+y 2+z
Como =2 ∧ =0 ∧ = –1
2 2 2
⇔ –5 + x = 4 ∧ 1 + y = 0 ∧ 2 + z = –2
⇔ x = 4 + 5 ∧ y = –1 ∧ z = –2 – 2
⇔ x = 9 ∧ y = –1 ∧ z = –4, as coordenadas do ponto C são (9, –1, –4).

b) A esfera de diâmetro [AB] tem centro no ponto médio do segmento de reta


[AB] e raio = AB .
2

• Ponto médio de [AB]

h–5 + 2 1 + 0 2 – 1h h 3 1 1 h
M[AB] = i , , i = i– , , i
j 2 2 2 j j 2 2 2j

• A–B = √∫(∫–∫5∫ ∫–∫ 2


∫ ∫)2∫ ∫ +
∫ ∫ ∫(∫1∫ –∫ ∫ ∫0∫)2∫ ∫ ∫+∫ (∫ ∫2∫ ∫+∫ 1
∫ ∫)2

= √∫(∫–∫7∫)2∫ ∫ ∫+∫ 1
∫ 2∫ ∫ ∫+∫ 3
∫ 2∫
APRENDE FAZENDO
Págs. 268, 269, 270, 274
e 275 = √∫4∫9∫ +
∫ ∫1
∫ ∫+
∫ ∫ ∫9
Exercícios 2, 7, 13, 24, 25
e 28 = √∫5∫9

O raio de [AB] é r = √∫5∫9 .


CADERNO DE EXERCÍCIOS
E TESTES
2
Pág. 21
Exercício 19
Uma equação cartesiana da esfera é:

h 3 h2 h 1 h2 h 1 h 2 59
Testes interativos ix + i + iy – i + iz – i ≤
– Geometria analítica no j 2j j 2 j j 2j 4
espaço I.
– Geometria analítica no
espaço II.

256
UNIDADE 4 Cálculo vetorial no espaço

UNIDADE 4
Cálculo vetorial no espaço

4.1. Vetores do espaço Resolução


Todos os exercícios de “Cálculo
vetorial no espaço”.
Segmentos orientados equipolentes
GA10_9.1
No plano, definimos segmentos orientados equipolentes como segmentos orientados GA10_9.2
GA10_9.3
com a mesma direção, o mesmo sentido e o mesmo comprimento.
No espaço, o conceito de equipolência começa por obrigar a que exista um plano que
contenha os dois segmentos orientados e que, nesse caso, tenham a mesma direção, o
77 Considera o cubo
mesmo sentido e o mesmo comprimento.
[ABCODEFG]
representado na figura.
Definição G
D
E F
Dois segmentos orientados do espaço dizem-se equipolentes quando são compla-
nares e equipolentes num plano que os contenha. C
O
A B

Indica:
Vetor a) cinco segmentos de reta
orientados diferentes;
Analogamente ao que vimos no plano, também no espaço segmentos orientados equi-
b) dois segmentos de reta
polentes determinam o mesmo vetor. orientados
equipolentes;
c) dois segmentos de reta
Exemplo orientados que
B representem vetores de
Os segmentos orientados [A, B] e [C, D] são equipolentes. sentido contrário;
D
A
Estes segmentos orientados determinam o mesmo vetor que d) dois vetores com o
C mesmo comprimento,
poderá ser representado por A≥B ou C≥D e tem-se A≥B = C≥D.
mas não colineares;
e) dois vetores simétricos.

Da mesma forma que segmentos de reta equipolentes determinam o mesmo vetor e


segmentos de reta não equipolentes determinam vetores distintos, um segmento
orientado do espaço determina um vetor do espaço.
Soluções
77. Por exemplo:
Depois de definirmos um vetor no espaço, estendem-se do plano ao espaço as defini- a) [A, B], [B, C], [C, G], [G, E] e
ções de norma de um vetor (fixada uma unidade de comprimento), de adição de um [D, F]
b) [A, O] e [B, C]
ponto com um vetor, de translação de um dado vetor e as operações de subtração de
c) [A, O] e [C, B]
dois pontos, de adição e subtração de vetores, de multiplicação de um vetor por um es- d) A≥F e F≥C
calar e as respetivas propriedades geométricas e algébricas. e) A≥E e G≥C

257
TEMA III Geometria analítica

78 Considera o prisma
quadrangular regular Norma de um vetor
[ABCDIJKL] representado Fixada uma unidade de comprimento e dado um vetor ≤v, chama-se norma do vetor
na figura, dividido em dois ≤v à medida do comprimento de um segmento orientado representante de ≤v e repre-
cubos geometricamente
senta-se por ||≤v ||.
iguais.
B C

A F
D

F G
Adição de um ponto com um vetor
E H Dados um ponto P e um vetor ≤u, existe um único ponto Q tal que ≤u = P≥Q.
J
K
Define-se P + ≤u como sendo esse ponto Q. Tem-se, portanto, P≥Q = ≤u ⇔ Q = P + ≤u.
I L

Determina:
a) I + A≥C
b) F + J≥L
Translação de um dado vetor
c) A + H≥G + A≥L
A translação de vetor ≤u é a aplicação que a um ponto P associa o ponto P + ≤u.
d) T I≥F (H)
e) A≥C + C≥G Representa-se por T≤u e a imagem de P representa-se por T≤u (P).
f) D≥H + B≥F
g) J≥L + H≥D
h) I≥H + C≥F
i) B≥C + E≥F Diferença entre dois pontos
j) A≥I + (–E≥K ) Define-se a diferença entre os pontos B e A como sendo o vetor A≥B.
k) C≥K + –D≥H( )
Assim, B – A = A≥B.
l) (E – J) + (D – A)

Adição de vetores
Dados quaisquer dois vetores ≤u e ≤v, há sempre um plano que contém representantes
dos dois vetores e, portanto, os dois processos que vimos para adicionar vetores no
plano mantém-se válidos para adicionar vetores no espaço.
• Regra do triângulo

≤u + ≤v
Soluções
≤v
78.
a) K
≤u
b) H
c) K
d) C • Regra do paralelogramo
e) A≥G
(para vetores não colineares)
f) D≥L
g) JH ≥ ≤u + ≤v
h) 0≤ ≤v

i) EG ≥
j) C≥E
k) C≥G ≤u
l) JH ≥

258
UNIDADE 4 Cálculo vetorial no espaço

Propriedades da adição de vetores 79 Considera a figura do


exercício anterior.
Propriedade comutativa C
B

≤u + ≤v = ≤v + ≤u, para quaisquer vetores ≤u e ≤v. A F


D

Propriedade associativa F G

( ≤u + ≤v )+ ≤w = ≤u + (≤v + ≤w), para quaisquer vetores ≤u, ≤v e ≤w. E H

J
Existência de elemento neutro K

≤u + ≤0 = ≤0 + ≤u = ≤u, para qualquer vetor ≤u.


I L

Determina:
Existência de elemento simétrico para cada vetor a) I + 2 JF≥

≤u + (–≤u )= (–≤u )+ ≤u = ≤0, para qualquer vetor ≤u. b) F +


1 ≥
CK
2
1 ≥ 1 ≥
c) IK + JL
2 2
Diferença entre dois vetores ≥
d) 2 IE≥ – LD

Dados dois vetores ≤u e ≤v, existe um e somente um vetor ≤w tal que ≤w + ≤v = ≤u; esse
vetor ≤w é ≤u + (–≤v ) e designa-se por vetor diferença.
O vetor diferença representa-se por ≤u – ≤v.

Multiplicação de um vetor por um escalar


Dados um vetor ≤v, diferente do vetor nulo, e um número real λ, diferente de zero,
existe um único vetor com:
• a direção de ≤v;
de ≤v se λ > 0


• sentido ;
oposto ao de ≤v se λ < 0
• norma igual a |λ| ¥ ||≤v || (fixada uma mesma unidade de comprimento para o cál-
culo das normas).
Define-se λ≤v como sendo esse vetor.
Se λ = 0 ou ≤v = ≤0, então define-se λ≤v como sendo ≤0.

Propriedades da multiplicação de um vetor por um escalar


APRENDE FAZENDO
Distributividade em relação à adição de números reais Pág. 272
Exercício 16
(λ + μ) ≤v = λ≤v + μ≤v, para qualquer vetor ≤v e quaisquer números reais λ e μ.
Distributividade em relação à adição de vetores Soluções
79.
λ( ≤u + ≤v ) = λ≤u + λ≤v, para quaisquer vetores ≤u e ≤v e um número real λ.
a) A
Associatividade mista b) J
c) IL≥
λ(μ≤v) = (λμ)≤v, para qualquer vetor ≤v e quaisquer números reais λ e μ. ≤
d) 0

259
TEMA III Geometria analítica

GA10_10.1 4.2. Operações com coordenadas de vetores


Coordenadas de um vetor no espaço

Consideremos um referencial ortonormado de origem O no espaço, os pontos X(1, 0, 0),


Y(0, 1, 0) e Z(0, 0, 1), os vetores ≤e1 = O≥X, ≤e2 = O≥Y e ≤e3 = O≥Z (direção e sentido dos eixos
Ox, Oy e Oz, respetivamente) e um vetor ≤v.
Consideremos um ponto A qualquer do espaço e seja B = A + ≤v.
De seguida, projetamos ortogonalmente o ponto B sobre o plano paralelo ao plano xOy
que passa em A. Seja C esse ponto.
Pela regra do triângulo, v≤ = AB
≥ = AC
≥ + CB ≥ , sendo o vetor CB
≥ colinear com o eixo Oz, o
que é equivalente a ser colinear com e≤ 3 (pode-se verificar que esta é a única maneira de
decompôr ≤v como soma de um vetor com a direção de ≤e3 com um vetor com a direção de
alguma reta do plano xOy). Analogamente ao que vimos no plano, prova-se que existe um
e um só número real v3 tal que CB ≥ = v3e≤ 3.
z

≤v

O
y

Uma vez que A e C pertencem a um plano paralelo a xOy, existe um e um só número


real v1 e um e um só número real v2 tal que A≥C = v1≤e1 + v2≤e2, como já vimos no plano,
ou seja, ≤v = A≥B = A≥C + C≥B = v1≤e1 + v2≤e2 + v3≤e3, sendo v1, v2 e v3 os únicos números reais
nestas condições.
Ao terno ordenado (v1, v2, v3) chamamos coordenadas do vetor ≤v (são os números por
que multiplicamos os vetores ≤e1, ≤e2 e ≤e3).
Aos vetores v1≤e1, v2≤e2 e v3≤e3, chamamos componentes do vetor ≤v.

Definição

Fixado um referencial ortonormado no espaço de origem O, sejam X(1, 0, 0), Y(0, 1, 0),
Z(0, 0, 1), e≤ 1 = O≥X, e≤ 2 = O≥Y e e≤ 3 = O≥Z. Dado um qualquer vetor v≤ , existe um e um
só terno ordenado (a, b, c) de números reais tais que ≤v = ae≤ 1 + be≤ 2 + ce≤ 3.
O terno ordenado (e≤ 1, e≤ 2, e≤ 3) designa-se por uma base do espaço vetorial dos vetores
do espaço, pelo facto de satisfazer aquela propriedade.
O terno ordenado (a, b, c) designa-se por coordenadas do vetor v≤ na base (e≤ 1, e≤ 2, e≤ 3).
Representa-se o vetor ≤v de coordenadas (a, b, c) por ≤v (a, b, c) ou ≤v = (a, b, c).

260
UNIDADE 4 Cálculo vetorial no espaço

Como vimos, a cada vetor corresponde um e um só terno ordenado de números reais. 80 Considera o referencial
Reciprocamente, a cada terno ordenado de números reais corresponde um e um só vetor. ortonormado da figura e
seja ( ≤e1, ≤e2, ≤e3) a base do
espaço vetorial dos vetores
do espaço correspondente
Exemplo
z ao referencial.
G 5 F
Considera o paralelepípedo [ABCODEFG] representado na fi- z
E 2 D
gura ao lado. A face [ABCO] está contida no plano xOy e o D
E

ponto G pertence ao eixo Oz. O e≤ 3 C


≤e1 ≤e 7 y ≤e1 ≤e3
F G C
2
Determinemos as componentes e as coordenadas de alguns 4 O ≤e2 4 y
A B
vetores: x 3
A B
x

Escreve os vetores O≥B,


z O≥G, E≥F, E≥D e F≥D em
G F O≥E = 4≤e1 + 7≤e2 + 5≤e3, logo O≥E (4, 7, 5). função de ≤e1, ≤e2 e ≤e3 e
5≤e3 escreve as suas
D
E
Repara que o vetor O≥E corresponde a um deslocamento coordenadas.
O ≤e3 7 ≤e2 C
de 4 unidades no sentido positivo do eixo Ox, 7 unidades
≤e1 ≤e y
4≤e1
2 4≤e1 + 7≤e2 no sentido positivo do eixo Oy e 5 unidades no sentido
A B positivo do eixo Oz.
x

z
–7≤e2
G F
F≥D = 4≤e1 – 7≤e2 + 0≤e3, logo F≥D (4, –7, 0).
E 4≤e1
D
≥ corresponde a um deslocamento de 4 unidades
O vetor FD
O ≤e3 C
≤e1 ≤e
2
y no sentido positivo do eixo Ox e 7 unidades no sentido
negativo do eixo Oy.
A B
x

z
G F C≥D = 4≤e1 – 7≤e2 + 5≤e3, logo C≥D (4, –7, 5).

D
E ≥ corresponde a um deslocamento de 4 unidades
O vetor CD
–7≤e2
O e≤ 3 C no sentido positivo do eixo Ox, 7 unidades no sentido
5≤e3 ≤ e 1 ≤e2 y
4≤e1 negativo do eixo Oy e 5 unidades no sentido positivo do
4≤e1 – 7≤e2
A B eixo Oz.
x

z
G F D≥C = –4≤e1 + 7≤e2 – 5≤e3, logo D≥C (– 4, 7, –5).
–4≤e1 –4≤e1 + 7≤e2
–5≤e3
D
7≤e2 E
O vetor DC≥ corresponde a um deslocamento de 4 unidades
O ≤e3 C no sentido negativo do eixo Ox, 7 unidades no sentido
≤e1 ≤e y
Soluções
2 positivo do eixo Oy e 5 unidades no sentido negativo do
eixo Oz. 80.
A B
x O≥B = 3≤e1 + 4≤e2 + 0≤e3;
O≥B(3, 4, 0)
z
O≥G = 3≤e1 + 4≤e2 + 2≤e3;
G F
E≥A = 0≤e1 – 7≤e2 – 5≤e3, logo E≥A (0, –7, –5). O≥G(3, 4, 2)
–7≤e2 E
E≥F = 3≤e1 + 0≤e2 + 0≤e3;
D
≥ corresponde a um deslocamento de 7 unidades
O vetor EA E≥F(3, 0, 0)
O e≤ 3 C
–5≤e3 ≤e1 ≤e y no sentido negativo do eixo Oy e 5 unidades no sentido E≥D = 0≤e1 + 4≤e2 + 0≤e3;
E≥D(0, 4, 0)
2
negativo do eixo Oz.
A B F≥D = –3≤e1 + 4≤e2 + 0≤e3;
x
F≥D(–3, 4, 0)

261
TEMA III Geometria analítica

GA10_10.2 4.3. Vetor posição de um ponto e respetivas


coordenadas
Considere-se um referencial ortonormado do espaço e a base correspondente.
Seja V um ponto do espaço de coordenadas (v1, v2, v3) e consideremos o vetor O≥V.

z
≤v3

v(v1, v2, v3)

≤v(v1, v2, v3)

O ≤v2 y

≤v1

A este vetor chama-se vetor posição do ponto V e as coordenadas de V no referencial


são iguais às coordenadas do vetor O≥V na base correspondente.
Assim, a um ponto qualquer do espaço corresponde um vetor com as mesmas coorde-
nadas desse vetor e vice-versa. O vetor chama-se vetor posição do ponto.

81 Considera, num
referencial ortonormado
do espaço, os vetores
4.4. Operações com vetores do espaço a partir das
≤u (2, –3, 5), ≤v (k, 3, 1) e suas coordenadas
≤w (–2, –6, p2 – 1).
Determina os valores dos
parâmetros reais k e p de
modo que ≤u = ≤v + ≤w. Igualdade de vetores
Sejam ≤u (u1, u2, u3) e ≤v (v1, v2, v3) dois vetores do espaço.
≤u = ≤v ⇔ (u1, u2, u3) = (v1, v2, v3) ⇔ u1 = v1 ∧ u2 = v2 ∧ u3 = v3

Soma de vetores
Sejam ≤u (u1, u2, u3) e ≤v (v1, v2, v3) dois vetores do espaço.
≤u + ≤v = (u1, u2, u3) + (v1, v2, v3) = (u1 + v1, u2 + v2, u3 + v3)

Diferença de vetores
Soluções
Sejam ≤u (u1, u2, u3) e ≤v (v1, v2, v3) dois vetores do espaço.

81. k = 4 e p = √∫5 ou k = 4 e ≤u – ≤v = (u1, u2, u3) – (v1, v2, v3) = (u1 – v1, u2 – v2, u3 – v3)
p = –√∫5

262
UNIDADE 4 Cálculo vetorial no espaço

GA10_10.2
Multiplicação de um vetor por um escalar
Sejam ≤u (u1, u2, u3) um vetor do espaço e λ um número real. Verifica-se que:
≤ = λ(u1, u2, u3) = (λu1, λu2, λu3)
λu 82 Considera, num
referencial ortonormado
do espaço, os vetores
≤u (2, –3, 4), ≤v (–1, 0, 3) e os
Simétrico de um vetor pontos A(1, 2, –3) e
Sejam ≤u (u1, u2, u3) um vetor do espaço. Verifica-se que –≤u = (–u1, –u2, –u3). B(0, 2, 0).
Calcula as coordenadas de:
a) ≤u + 2≤v
1 ≤
Critério de colinearidade de vetores através das respetivas coordenadas b) A≥B – v
3
Sejam ≤u (u1, u2, u3) e ≤v (v1, v2, v3) dois vetores do espaço, não nulos. c) –≤u + 4(2≤v)
1 ≤
≤u e ≤v são colineares se e somente se: d) A +
2
u

Condições de e) três vetores colineares


u1 u2 u3 v1 v2 v3 com B≥A.
colinearidade
u1 = u2 = u3 f) ≤w, sabendo que
≠0 ≠0 ≠0 ≠0 ≠0 ≠0 v1 v2 v3 –3A≥B = 2≤w + ≤u.
u2 = u3
=0 ≠0 ≠0 =0 ≠0 ≠0 v2 v3
u1 = u3
≠0 =0 ≠0 ≠0 =0 ≠0
v1 v3
u1 = u2
≠0 ≠0 =0 ≠0 ≠0 =0 v1 v2
=0 =0 ≠0 =0 =0 ≠0
São sempre
=0 ≠0 =0 =0 ≠0 =0
colineares.
≠0 =0 =0 ≠0 =0 =0

Diferença de dois pontos


Fixado um referencial ortonormado do espaço de origem O e dados dois pontos
A(a1, a2, a3) e B(b1, b2, b3), define-se a diferença entre os pontos B e A como sendo
o vetor A≥B.

Propriedade
A≥B = B – A = (b1 – a1, b2 – a2, b3 – a3)

Soluções
Soma de um ponto com um vetor 82.
Fixado um referencial ortonormado do espaço de origem O e dados um ponto a) (0, –3, 10)
A(a1, a2, a3) e um vetor ≤v (v1, v2, v3), tem-se que A + ≤v = (a1 + v1, a2 + v2, a3 + v3). h
b) i–
2
, 0, 2i
h
j 3 j
c) (–10, 3, 20)
h 1 h
d) i2, , –1i
j 2 j
Norma de um vetor
e) (2, 0, –6); (–2, 0, 6);
Fixado um referencial ortonormado do espaço de origem O e dado um vetor
(10, 0, –30) (por exemplo)
≤v (v1, v2, v3), a norma do vetor ≤v é dada por ||≤v || = √∫v∫12∫ ∫ +
∫ ∫ ∫v2∫ 2∫ ∫ +
∫ ∫ ∫v3∫ 2∫ . h1 3 13 h
f) i , ,– i
j2 2 2j

263
TEMA III Geometria analítica

83 Averigua se os vetores a≤ e b ≤ Exercício resolvido


são colineares.
a) ≤a (1, –3, 7) e ≤b (2, –6, 14) Considera, fixado um referencial ortonormado do espaço, os pontos A(–3, 2, 1) e
h h ≤ B(1, 1, –2) e o vetor ≤u (8, 0, –6).
≤ i0, –1, 1 i e b
b) a (0, 4, –2)
j 2j
≤ Determina as coordenadas de:
c) ≤a (0, 0, 7) e b (0, 0, –1)
d) ≤a (1, 4, 0) e ≤b (2, 8, 1) a) A + 3≤u

b) A≥B + 2(–5≤u )

5≤
c) 4A≥B – u
2

d) B – 3(A≥B + ≤u )

e) um vetor ≤v colinear com ≤u e de norma 2.

1≤
f) ≤x, sabendo que A≥B = ≤x + u.
2
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 10.º ano

Sugestão de resolução

a) A + 3 ≤u é o ponto de coordenadas:

(–3, 2, 1) + 3(8, 0, –6)


= (–3, 2, 1) + (24, 0, –18)
= (21, 2, –17)

b) A≥B + 2(–5≤u ) = (B – A) – 10≤u

= ((1, 1, –2) – (–3, 2, 1)) – 10(8, 0, –6)


= (4, –1, –3) + (–80, 0, 60)
= (–76, –1, 57)

APRENDE FAZENDO
5≤ 5
Págs. 268, 269, 272, 274 c) 4A≥B – u = 4(4, –1, –3) – (8, 0, –6)
e 276
2 2
Exercícios 3, 8, 17, 22 e 31 = (16, – 4, –12) + (–20, 0, 15)

CADERNO DE EXERCÍCIOS
= (– 4, – 4, 3)
E TESTES
Pág. 21
Exercício 18
d) B – 3(A≥B + ≤u ) = (1, 1, –2) – 3((4, –1, –3) + (8, 0, –6))
Soluções = (1, 1, –2) – 3(12, –1, –9)
83.
= (1, 1, –2) + (–36, 3, 27)
a) Sim
b) Sim = (–35, 4, 25)
c) Sim
d) Não

264
UNIDADE 4 Cálculo vetorial no espaço

GA10_10.3

e) ≤v = k ≤u, k ∈R\{0} e ||≤v || = 2


||≤v || = 2 ⇔ ||k≤u || = 2 84 Determina as coordenadas
do vetor ≤u, colinear e com
⇔ |k| ¥ ||≤u || = 2
sentido contrário ao do
⇔ |k| ¥ √∫8∫2∫ ∫+∫ (∫ ∫–∫6∫)2 = 2 vetor ≤v (1, –2, –1) e de
norma igual a 8.
⇔ |k| ¥ √∫6∫4∫ +
∫ ∫ ∫3∫6 = 2
⇔ |k| ¥ 10 = 2
1
⇔ |k| =
5
1
⇔k=±
5
1 ≤ 1 h8 6h 1 1
Logo, v = u = (8, 0, –6) = i , 0, – i ou ≤v = – ≤u = – (8, 0, –6) =

5 5 j5 5j 5 5
h 8 6h
= i– , 0, i .
j 5 5j
1≤
f) A≥B = ≤x + u
2
1
⇔ (4, –1, –3) = ≤x + (8, 0, –6) ⇔ (4, –1, –3) = ≤x + (4, 0, –3)
2
⇔ (4, –1, –3) – (4, 0, –3) = ≤x
⇔ (0, –1, 0) = ≤x

4.5. Equações de retas no espaço


Assim como no plano, também no espaço uma reta fica definida por um ponto e por
uma direção. Então, conhecidos um ponto e um vetor diretor da reta, uma propriedade
satisfeita por qualquer ponto P dessa reta é a existência de k ∈R tal que P = A + kr≤ .

Equação vetorial da reta


Seja r uma reta que passa no ponto A e admite ≤v como vetor diretor. Os pontos de r
P
são os pontos:
P = A + k≤v, k ∈R ≤r
A
Esta equação chama-se equação vetorial da reta.

APRENDE FAZENDO
Usando coordenadas: Págs. 274 e 276
Exercícios 23, 29, 30 e 32
Equação vetorial da reta CADERNO DE EXERCÍCIOS
Seja P(x, y, z) um ponto qualquer da reta que passa no ponto A(a1, a2, a3) e admite E TESTES

≤v (v1, v2, v3) como vetor diretor. Os pontos de r são os pontos (x, y, z) tais que: Págs. 50 a 52
Teste n.º 4
(x, y, z) = (a1, a2, a3) + k(v1, v2, v3), k ∈R Solução
Esta equação chama-se equação vetorial da reta. h 4√∫6 , 8√∫6 , 4√∫6hi
84. i–
j 3 3 3 j

265
TEMA III Geometria analítica

GA10_10.3
Sistema de equações paramétricas de uma reta
Exemplo

Seja r a reta que passa pelo ponto A(1, 0, 3) e tem a direção do vetor r≤ (2, –2, 4).
Uma equação vetorial da reta r é (x, y, z) = ( 1 , 0 , 3 ) + k( 2 , –2 , 4 ), k ∈R.
Tem-se:
(x, y, z) = (1, 0, 3) + k(2, –2, 4), k ∈R
⇔ (x, y, z) = (1, 0, 3) + (2k, –2k, 4k), k ∈R (produto de um vetor por um número real)
⇔ (x, y, z) = (1 + 2k, 0 – 2k, 3 + 4k), k ∈R (soma de um ponto com um vetor)
⇔ x = 1 + 2k ∧ y = 0 – 2k ∧ z = 3 + 4k (igualdade de pontos)

À condição:

Abcissa Ordenada Cota do


do ponto do ponto ponto
conhecido conhecido conhecido
da reta da reta da reta
† † †

x = 1 + 2 k ∧ y = 0 + (–2) k ∧ z = 3 + 4 k
U U U
1.a coordenada 2.a coordenada 3.a coordenada
do vetor do vetor do vetor
diretor da reta diretor da reta diretor da reta

chamamos sistema de equações paramétricas da reta r.

Em geral:

Equações paramétricas da reta


Seja r uma reta que passa no ponto A(a1, a2, a3) e admite ≤v (v1, v2, v3) como vetor di-
retor.
Os pontos de r são os pontos (x, y, z) tais que:
x = a1 + kv1 ∧ y = a2 + kv2 ∧ z = a3 + kv3, k ∈R
Este sistema chama-se sistema das equações paramétricas da reta r.

Nota
A condição
x = a1 + kv1 ∧ y = a2 + kv2 ∧ z = a3 + kv3, k ∈R

também pode escrever-se da seguinte forma:


x = a1 + kv1


y = a2 + kv2 , k ∈R
z = a3 + kv3

266
UNIDADE 4 Cálculo vetorial no espaço

Exercício resolvido 85 Considera, fixado um


referencial ortonormado
Considera, fixado um referencial ortonormado do espaço, o ponto A(2, –1, 0) e o do espaço, o ponto
vetor ≤v (1, 1, –2). A(–1, 3, 1) e o vetor
≤v (0, 1, 2).
a) Escreve as equações paramétricas da reta r que tem a direção de ≤v e passa no a) Escreve uma equação
ponto A. vetorial da reta r que
tem a direção de ≤v e
b) Mostra que o ponto B(0, –3, 4) pertence à reta r. passa no ponto A.

c) Utilizando as equações obtidas na alínea a), determina as coordenadas do ponto b) Escreve as equações
paramétricas da reta r
P, interseção da reta r com o plano xOz.
que tem a direção de ≤v
Adaptado de Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 10.º ano e passa no ponto A.
c) Mostra que o ponto
B(–1, 1, –3) pertence à
Sugestão de resolução reta r.
d) Determina as
a) x = 2 + k ∧ y = –1 + k ∧ z = –2k, k ∈R coordenadas do ponto
P, interseção da reta r
b) 0 = 2 + k ∧ –3 = –1 + k ∧ 4 = –2k com o plano xOz.
⇔ k = –2 ∧ k = –2 ∧ k = –2
⇔ k = –2
Como existe um valor de k para o qual as coordenadas de B satisfazem a
condição da alínea anterior, concluímos que o ponto B pertence à reta.

c) O plano xOz pode ser definido pela equação y = 0. Assim, procuramos o


ponto cujas coordenadas satisfazem a condição de r e do plano xOz:
x=2+k


y = –1 + k
z = –2k
y=0
APRENDE FAZENDO

x=2+k Págs. 269, 270, 273 e 275




Exercícios 9, 10, 18, 19,


0 = –1 + k 26 e 27

z = –2k
CADERNO DE EXERCÍCIOS
y=0 E TESTES
Págs. 20 e 21
x=2+k


Exercícios 16 e 17
k=1

z = –2k
y=0 Testes interativos
– Cálculo vetorial no espaço I.
– Cálculo vetorial no espaço II.
x=3


k=1 Soluções

z = –2 85.
y=0 a) (x, y, z) = (–1, 3, 1) + k(0, 1, 2),
k ∈R
Logo, P(3, 0, –2). b) x = –1 ∧ y = 3 + k ∧ z = 1 + 2k,
k ∈R
d) P(–1, 0, –5)

267
TEMA III Geometria analítica

Aprende Fazendo

Itens de seleção

1 Num referencial ortonormado do espaço, considera o ponto P(–1, 2, 3).


a) O plano paralelo ao plano xOy e que passa pelo ponto P é definido pela condição:
(A) x = –1 (B) y = 2 (C) z = 3 (D) x = –1 ∧ z = 3

b) O plano perpendicular ao eixo das ordenadas e que passa pelo ponto P é definido pela condição:
(A) x = –1 (B) y = 2 (C) z = 3 (D) x = –1 ∧ z = 3

Soluções: a) Opção (C) b) Opção (B)

2 Considera num referencial ortonormado do espaço os pontos de coordenadas A(–2, 3, 1) e B(2, –5, 0).
Uma equação da esfera de diâmetro [AB] é:
(A) (x – 4)2 + (y + 1)2 + (z – 1)2 ≤
9 (B) (x – 2)2 + (y + 5)2 + z2 ≤ 81
4
h 1 h 2 81 h 1 h 2 81
(C) x2 + (y + 1)2 + iz – i ≤ (D) x2 + (y + 1)2 + iz – i ≤
j 2j 4 j 2j 2
Solução: Opção (C)

3 Considera o cubo de aresta 1 representado na figura. z

Podemos afirmar que: D C

(A) a norma do vetor E≥C é √∫2. A B

1 ≥
(B) D + AB é o ponto médio do segmento de reta [AB]. G
2 y
O
≥ e BD
(C) os vetores AC ≥ são colineares.
E F
(D) o vetor A≥E + F≥G tem coordenadas (–1, 0, –1). x

Solução: Opção (D)

4 Qual das seguintes afirmações é falsa?


(A) O plano de equação z = –1 é paralelo ao eixo Ox.

(B) O plano de equação z = –1 não contém a origem do referencial.

(C) O plano de equação z = –1 é paralelo ao plano yOz.

(D) O plano de equação z = –1 contém o ponto (2, 3, –1).

Solução: Opção (C)

5 Num referencial ortonormado do espaço, os valores de p para os quais o ponto de coordenadas (p2 – 1,
p2 – p, p) pertence ao eixo das cotas são:
(A) 0 e 1 (B) 1 (C) –1 e 1 (D) –1, 0 e 1

Solução: Opção (B)

268
Itens de seleção

h 1h
6 Considera num referencial ortonormado do espaço os pontos de coordenadas A i3, 2, i e C(3, –4, 2k).
j 2j
Quais os valores reais de k, de modo que a distância de A a C seja 10?
15 17 15
(A) e – (B) – e 17
4 4 4 4
17 15
(C) 0 e (D) – e 0
4 4

Solução: Opção (B)

7 Considera a esfera de equação x2 + y2 + z2 – 2x + 4y – 6z + 6 ≤ 0. Podemos afirmar que:


(A) o ponto de coordenadas (1, 1, 0) pertence à esfera.

(B) a esfera tem centro (–2, 4, –6) e raio √∫6.

(C) o ponto de coordenadas (–1, 1, 0) pertence à esfera.

(D) a esfera tem centro (1, –2, 3) e raio √∫8.

Solução: Opção (D)

8 Relativamente aos vetores ≤u (4, –3, 1) e ≤v (2, –6, 8) do espaço, considera as seguintes afirmações:
1 ≤
(I) ||≤u || = ||v ||
2
(II) ∃ k ∈R: ≤u = k≤v

Podemos afirmar que:


(A) são ambas verdadeiras.

(B) são ambas falsas.

(C) apenas (I) é verdadeira.

(D) apenas (II) é verdadeira.

Solução: Opção (C)

9 Considera, num referencial ortonormado Oxyz, a reta s definida por:


(x, y, z) = (4, 5, 6) + k(0, 0, 1), k ∈R
Qual das condições seguintes define também a reta s?
(A) x = 4 ∧ y = 5 (B) y = 5 ∧ z = 6

(C) x = 4 ∧ z = 6 (D) x = 0 ∧ y = 0

Solução: Opção (A)

269
TEMA III Geometria analítica

Aprende Fazendo

Itens de seleção

10 Num referencial ortonormado do espaço, considera a reta r definida por:


x = –5 + 3k


y = 1 + k, k ∈R
z = 2 – 4k

Qual das afirmações seguintes é verdadeira?


(A) ≤u(3, 1, 4) é um vetor diretor da reta.

(B) O ponto de coordenadas (1, 3, 10) pertence à reta.

(C) A reta interseta o plano xOz no ponto de coordenadas (–8, 0, 6).

(D) A reta interseta o eixo das cotas no ponto de coordenadas (0, 0, 2).

Solução: Opção (C)

11 Considera em R3 os pontos A(1, –5, 3) e B(–2, 4, 0). Quais os valores reais de k, de modo que o ponto
de coordenadas (1, k, k2) pertença ao plano mediador de [AB]?

(A)
3 + √∫1∫5 e 3 – √∫1∫5 (B) –4√∫2 e 4√∫2
2 2
4√∫1∫5 3 + √∫3 e 3 – √∫3
(C) 0 e (D)
2 2 2

Solução: Opção (A)

12 O perímetro da interseção da superfície esférica x2 + y2 + z2 = 25 com o plano de equação z = 3 é:


(A) 4p (B) 8p (C) 10p (D) 16p

Solução: Opção (B)

13 Considera num referencial ortonormado do espaço os planos α e β definidos por y = 4 e y = –2, res-
petivamente. Qual das seguintes condições define uma esfera tangente a α e a β?
(A) x2 + y2 + z2 ≤ 3

(B) x2 + (y – 1)2 + (z + 1)2 ≤ 9

(C) (x + 2)2 + y2 + (z – 4)2 ≤ 3

(D) x2 + (y + 1)2 + (z – 1)2 ≤ 9

Solução: Opção (B)

270
Itens de construção

Itens de construção

14 Indica as coordenadas de todos os vértices dos sólidos representados nos seguintes referenciais orto-
normados do espaço.
a) O cubo representado tem as faces paralelas aos eixos coordenados, tem aresta de medida 3 e as
coordenadas do ponto E são (7, 5, 6).
z

D C
A B

G
E F

O y

b) O paralelepípedo retângulo representado tem as faces paralelas aos eixos coordenados e a face
[ADEH] encontra-se no plano xOz, sendo O o centro desta face.

z
E F(–1, 6, 2)
B
A

O y
H G

x D C

c) O paralelepípedo retângulo representado tem as faces paralelas aos eixos coordenados, a base
[ABCD] encontra-se no plano xOy, a soma das áreas das suas bases é 12 e a soma das áreas das
faces laterais é 50. Sabe-se ainda que o ponto B tem abcissa 3.

H G

E F

D C
y

A B
x

Soluções: a) A(7, 5, 9), B(7, 8, 9), C(4, 8, 9), D(4, 5, 9), E(7, 5, 6), F(7, 8, 6), G(4, 8, 6), H(4, 5, 6) b) A(1, 0, 2), B(1, 6, 2),
C(1, 6, –2), D(1, 0, –2), E(–1, 0, 2), F(–1, 6, 2), G(–1, 6, –2), H(–1, 0, –2) c) A(3, –2, 0), B(3, 0, 0), C(0, 0, 0), D(0, –2, 0),
E(3, –2, 5), F(3, 0, 5), G(0, 0, 5), H(0, –2, 5)

271
TEMA III Geometria analítica

Aprende Fazendo

Itens de construção

15 Na figura está representado, num referencial ortonormado do es- z

paço, um sólido formado por um cubo e uma pirâmide quadran- V

gular regular.
Sabe-se que: S T
• a base da pirâmide coincide com a face superior do cubo; M
R
U
• o vértice O coincide com a origem do referencial;
P
• a altura da pirâmide, [VM], é igual a metade do comprimento da O y

aresta do cubo; N Q

• o volume do sólido é de 252 u.v. x

a) Determina as coordenadas do ponto M e de todos os vértices do sólido.

b) Define por uma condição:

(i) o plano que contém a face [PQTU];

(ii) a reta RU;

(iii) o plano paralelo a xOy que passa pelo ponto V;

(iv) o plano mediador de [UT];

(v) a superfície esférica de centro em V e que passa em M.

Soluções: a) M(3, 3, 6); N(6, 0, 0); O(0, 0, 0); P(0, 6, 0); Q(6, 6, 0); R(6, 0, 6); S(0, 0, 6); T(0, 6, 6); U(6, 6, 6); V(3, 3, 9)
b) (i) y = 6 (ii) x = 6 ∧ z = 6 (iii) z = 9 (iv) x = 3 (v) (x – 3)2 + (y – 3)2 + (z – 9)2 = 9

16 Na figura está representado um cubo [ABCDEFGH]. Os pontos I, J e K são, respetivamente, os pontos


médios das arestas [BF], [CG] e [CD]. Usando as letras da figura, determina:
D K C
≥ 1 ≥ ≥ 1 ≥ ≥
a) E + HG b) B + DH c) I – JF d) A + EF + FG B
2 2 A
J
e) E≥B + C≥H f) 2G≥J + D≥E g) A≥G – A≥C h) H≥K + K≥I – G≥ J
I G
H
Soluções: a) F b) I c) C d) K e) ≤0 f) G≥F g) A≥E h) H≥F
E F

17 Considera, num referencial ortonormado do espaço, os vetores ≤u (2, 0, –4), ≤v (–1, 2, 3) e os pontos
A(–1, –2, 3) e B(0, 2, 5). Determina as coordenadas de:
1 ≤
a) 2≤u – 3≤v b) u + A≥B c) 2B≥A – ≤u + 4≤v
4
1 ≤
d) A – ≤v e) B + u f) ≤w, sabendo que A≥B = 5≤w – ≤u + 2≤v.
2
h 3 h h 8 h
Soluções: a) (7, –6, –17) b) i , 4, 1 i c) (–8, 0, 12) d) (0, –4, 0) e) (1, 2, 3) f) i 1, 0, – i
j 2 j j 5 j

272
Itens de construção

18 Na figura encontra-se representado, num referencial ortonormado do espaço, um cubo de aresta 2.


a) Escreve uma equação vetorial: z

(i) da reta que contém a diagonal espacial [AG]; D G

(ii) da reta que passa no ponto B e é paralela ao eixo das abcissas; E F

(iii) da reta que contém a aresta [AE];


C
(iv) da aresta [AE]. O y

b) Escreve equações paramétricas da reta: A B


x
(i) que passa no ponto G e tem a direção do vetor B≥E;
(ii) que passa no ponto médio de [AB] e tem a direção do vetor ≤u (–1, –2, 5).

Soluções: a) (i) (x, y, z) = (2, 0, 0) + k(–2, 2, 2), k ∈R (ii) (x, y, z) = (2, 2, 0) + k(1, 0, 0), k ∈R (iii) (x, y, z) = (2, 0, 0) + k(0, 0, 1),
k ∈R (iv) (x, y, z) = (2, 0, 0) + k(0, 0, 1), k ∈[0, 1]
x=0 x=2–k




b) (i) y = 2 – 2k, k ∈R (ii) y = 1 – 2k, k ∈R


z = 2 + 2k z = 5k

19 Num referencial ortonormado do espaço são dados o ponto A(1, –2, 3) e o vetor ≤u (–2, –1, 4). Seja r
a reta que passa em A e tem a direção do vetor ≤u.
a) Escreve uma equação vetorial e as equações paramétricas da reta r.
b) Averigua se o ponto de coordenadas (0, –1, 5) pertence à reta r.
h 3 h
c) Determina o valor de p de modo que o ponto de coordenadas i2p, – , pi pertença à reta.
j 2 j
x = 1 – 2k


Soluções: a) (x, y, z) = (1, –2, 3) + k(–2, –1, 4), k ∈R; y = –2 – k, k ∈R b) Não pertence à reta. c) p = 1
z = 3 + 4k

20 Na figura encontra-se representado num referencial o.n. Oxyz um z H


cubo. Sabe-se que a aresta [AE] está contida no plano xOz, a aresta G
E
[DH] está contida no plano yOz e O–A = O–D = 2. F

a) Mostra que a medida da aresta do cubo é 2√∫2.

b) Determina as coordenadas de todos os vértices do cubo. D


O y
Soluções: b) A(2, 0, 0); B(4, 2, 0); C(2, 4, 0); D(0, 2, 0); E(2, 0, 2√∫2 ); A C

F(4, 2, 2√∫2); G(2, 4, 2√∫2 ); H(0, 2, 2√∫2 )


x B

21 A figura representa um cone cujo centro da base é a origem do refe- z

rencial. Sabe-se que o cone tem volume 32p, os pontos A e B perten-


cem ao eixo das ordenadas e o ponto C tem coordenadas (0, 0, 6). C

a) Determina as coordenadas do ponto A.


b) Classifica quanto aos lados o triângulo [ABC].
c) Determina as coordenadas de um ponto P, pertencente ao eixo Oz, A O B y

tal que [ABP] seja um triângulo equilátero.


Soluções: a) A(–4, 0, 0) b) O triângulo é isósceles. c) (0, 0, 4√∫3 ) ou (0, 0, –4√∫3 ) x

273
TEMA III Geometria analítica

Aprende Fazendo

Itens de construção

h1 h
22 Averigua se os pontos A(1, 2, 3), B(0, 2, –1) e C i , 0, 2i pertencem todos a uma mesma reta.
j2 j
Soluções: Não, os três pontos não são colineares.
Animação
Resolução do exercício.

23 O poliedro da figura é formado por um cubo e duas pirâmides qua- z

drangulares regulares. Sabe-se que:


H
• o vértice O é a origem do referencial ortonormado;
• o vértice E tem coordenadas (2, 2, 2); G F
• a altura de cada uma das pirâmides tem comprimento igual à D
E
aresta do cubo.
a) Indica as coordenadas de todos os vértices do poliedro. O C
B y
b) Indica, justificando, o valor lógico da seguinte afirmação: A
“O ponto I pertence ao 4.º octante”.
x
c) Define por uma condição: I

(i) o plano que contém a face [ABDE];


(ii) a reta HI;
(iii) o plano paralelo a xOy que passa pelo ponto I;
(iv) uma reta perpendicular ao eixo Oz, que passe pelo ponto F;
(v) a esfera tangente a todas as faces do cubo.
d) Completa de forma a obteres proposições verdadeiras.
(i) I≥A + C≥F = … (ii) … + D≥E + D≥G = C (iii) ||O≥G + …|| = 4 (iv) ||A≥B + B≥F|| = …
e) Escreve uma equação do plano mediador do segmento de reta:
(i) [DE]; (ii) [EH]. Apresenta a equação sob a forma ax + by + cz + d = 0, com a, b, c, d ∈R.

f) Escreve uma equação da superfície esférica de centro em I e que passa no ponto E.


g) Determina as coordenadas do vetor ≤u, colinear e com o mesmo sentido do vetor A≥F e de norma
igual a 12.
Soluções: a) O(0, 0, 0), A(2, 0, 0), B(2, 2, 0), C(0, 2, 0), D(2, 0, 2), E(2, 2, 2), F(0, 2, 2), G(0, 0, 2), H(1, 1, 4); I(1, 1, –2)
b) Afirmação falsa. c) (i) x = 2 (ii) x = 1 ∧ y = 1 (iii) z = –2 (iv) x = 0 ∧ z = 2 (v) (x – 1)2 + (y – 1)2 + (z – 1)2 ≤ 1 d) (i) I≥D
(ii) A (iii) A≥D (por exemplo) (iv) 2√∫3 e) (i) y = 1 (ii) x + y – 2z + 3 = 0 f) (x – 1)2 + (y – 1)2 + (z + 2)2 = 18 g) ≤u(–4√∫3, 4√∫3, 4√∫3)

h 1h h 3h
24 Num referencial ortonormado do espaço, considera os pontos de coordenadas e A i3, 2, i e B i2, –1, i .
j 2j j 2j
a) Define analiticamente o conjunto dos pontos do espaço cuja distância ao ponto A é inferior ou
igual a 3.
b) Define analiticamente o conjunto dos pontos do espaço que são equidistantes de A e de B.
c) Determina uma equação da superfície esférica de diâmetro [AB].
h 1 h2 h 5 h2 h 1 h2 11
Soluções: a) (x – 3)2 + (y – 2)2 + i z – i ≤ 9 b) x + 3y – z – 3 = 0 c) i x – i + iy – i + (z – 1)2 =
j 2 j j 2 j j 2 j 4

274
Itens de construção

25 Identifica e define por uma condição:


a) a interseção da superfície esférica de equação (x – 6)2 + (y – 2)2 + (z + 1)2 = 8 com o plano y = 3;
b) a interseção da esfera de equação (x + 1)2 + y2 + (z – 1)2 ≤ 16 com o plano x = –1;
c) a interseção da esfera de equação x2 + y2 + z2 ≤ 5 com o eixo Oz;
d) a interseção da superfície esférica de equação x2 + y2 + z2 – 6x + 4y + 12 = 0 com o plano z = 2.
Soluções: a) (x – 6)2 + (z + 1)2 = 7 ∧ y = 3; circunferência de centro (6, 3, –1) e raio √∫7 contida no plano de equação y = 3.
b) y2 + (z – 1)2 ≤ 16 ∧ x = –1; círculo de centro (–1, 0, 1) e raio 4 contido no plano de equação x = –1. c) z2 ≤ 5 ∧ x = 0 ∧ y = 0;
segmento de reta de extremos (0, 0, √∫5 ) e (0, 0, –√∫5 ). d) (x – 3)2 + (y + 2)2 = –3; conjunto vazio.

26 Considera, fixado um referencial cartesiano ortonormado do espaço, um H G

prisma quadrangular regular [ABCDEFGH]. Sabe-se que os vértices A(3, 0, 0), F


E
B(0, 3, 0) e C(–3, 0, 0) pertencem a uma das bases e o vértice F(0, 3, 7) pertence
à outra base, como ilustra a figura.
a) Determina as coordenadas dos restantes vértices do prisma.
b) Determina as coordenadas do vetor E≥C + G≥B e calcula a sua norma. D C

c) Determina as coordenadas do vetor ≤u, colinear e com sentido contrário ao


do vetor F≥D e de norma igual a 5. A B

d) Escreve uma equação vetorial da reta que passa em M, ponto médio da aresta [BF], e tem a direção
do vetor A≥B.
e) Escreve as equações paramétricas da reta que passa em F e é paralela ao eixo das abcissas.
f) Define analiticamente a superfície esférica que passa por todos os vértices do prisma.
h 6√∫8∫5 7√∫8∫5 hi
Soluções: a) D(0, –3, 0), E(3, 0, 7), G(–3, 0, 7), H(0, –3, 7) b) (–3, 3, –14); √∫2∫1∫4 c) i 0, ,
j 17 17 j
x=k


h 7 h h 7 h 2 85
d) (x, y, z) = i 0, 3, i + k(–3, 3, 0), k ∈R e) y = 3, k ∈R f) x2 + y2 + i z – i =
j 2 j j 2 j 4
z=7

27 Considera, fixado um referencial ortonormado do espaço, o ponto A(–2, 1, 0) e o vetor ≤u (1, 1, –3).
a) Escreve as equações paramétricas da reta r que tem a direção de ≤u e passa no ponto A.
b) Determina as coordenadas do ponto de interseção da reta r com o plano yOz.
c) Define por uma condição a esfera, da qual os pontos A e B = A + 2≤u são as extremidades de um
seu diâmetro.
x = –2 + k


Soluções: a) y = 1 + k, k ∈R b) (0, 3, –6) c) (x + 1)2 + (y – 2)2 + (z + 3)2 ≤ 11


z = –3k

28 Considera, num referencial ortonormado do espaço e origem O, a superfície esférica cujo centro é o
ponto de coordenadas (2, 2, 2) e que é tangente ao plano de equação y = 2 + √∫6.
a) Sejam A e B os únicos pontos desta superfície esférica que têm as três coordenadas iguais. Deter-
mina as coordenadas de A e de B, sabendo que A pertence ao 1.º octante.
b) Justifica que [AB] é um diâmetro da superfície esférica.
Soluções: a) A(2 + √∫2, 2 + √∫2, 2 + √∫2 ) e B(2 – √∫2, 2 – √∫2, 2 – √∫2 ) b) O ponto médio de [AB] é o
centro da superfície esférica, logo, a corda [AB] é um diâmetro da superfície esférica. Animação
Resolução do exercício.

275
TEMA III Geometria analítica

Aprende Fazendo

Itens de construção

29 Na figura está representado, num referencial ortonormado do espaço de z

origem O, um prisma quadrangular regular [ABCODEFG]. G F

Sabe-se que x2 + y2 + z2 – 4x – 4y – 8z = 0 é uma equação da superfície D


E
esférica circunscrita ao prisma [ABCODEFG].
a) Determina o centro e o raio da superfície esférica.

b) Determina as coordenadas dos vértices do prisma. C


O y
c) Determina para que valores reais a e b o vetor ≤v (–a2b + 4ab, –6ab,
A B
6a2b) é colinear com A≥F, de sentido oposto e norma 6. x

Soluções: a) (2, 2, 4) e r = 2√∫6 b) A(4, 0, 0), B(4, 4, 0), C(0, 4, 0), O(0, 0, 0), D(4, 0, 8), E(4, 4, 8), F(0, 4, 8), G(0, 0, 8)
√∫6
c) a = –2 ∧ b = –
12

30 Na figura está representado, num referencial ortonormado C


z
B
do espaço de origem O, um prisma quadrangular regular
[ABCDEFGH]. Sabe-se que os pontos A, B, C e D tem coor-
G D y
denadas (10, –6, –2), (13, –4, 4), (11, –10, 7) e (22, –12, –6), A
F
respetivamente.
a) Determina as coordenadas dos restantes vértices do prisma. H
E
b) Determina o volume do prisma. x

c) Determina a equação cartesiana reduzida da superfície esférica de diâmetro [AE].


d) Determina uma equação do plano DBF. Apresenta a tua resposta na forma ax + by + cz + d = 0,
a, b, c, d ∈R.
Sugestão: observa que o plano DBF é o plano mediador de um segmento cujos extremos são dois vértices do prisma.

Soluções: a) D(8, –12, 1); H(20, –18, –3); G(23, –16, 3); F(25, –10, 0) b) 686 u.v. c) (x – 16)2 + (y + 9)2 + (z + 4)2 = 49
d) x – 4y + 9z – 65 = 0

31 Fixado um referencial ortonormado do espaço e para um dado valor real k os vetores ≤u (0, k2, k) e
≤v (k2 – 5k + 6, –3, k – 4) são colineares. Determina o valor de k.
Solução: 3

32 Fixado um referencial ortonormado do espaço, foi representada uma pirâ- V

mide quadrangular regular de vértice V(1, 1, 10) e base [ABCD]. Um plano


paralelo à base interseta a pirâmide definindo o quadrado [EFGH].
Sabe-se ainda que V≥E (1, –1, –3), V≥G (–1, 1, –3) e E≥F (0, 2, 0). H G
E
a) Determina as coordenadas dos vértices F e G e do vetor V≥H. F

b) Sabendo que a área da base da pirâmide é igual a 36 unidades quadra-


das, determina as coordenadas de V≥B e do ponto D.
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 10.º ano D C
Soluções: a) F(2, 2, 7), G(0, 2, 7), V≥H = (–1, –1, –3) b) V≥B = (3, 3, –9); D(–2, –2, 1)
A B

276
Desafios

Desafios

Revê novamente o problema apresentado no vídeo “Redondamente errado” (página 152).

1 A figura ao lado é formada por uma circunferência e por vários arcos de


circunferências, todas elas com 6 unidades de raio. O centro de cada cir-
cunferência está deslocado uma unidade para a esquerda em relação ao
anterior. Considera um referencial ortonormado, de forma a que o eixo das
abcissas fique na horizontal e o centro da circunferência exterior seja o
ponto (6,0).
a) Escreve a equação cartesiana da circunferência exterior. Vamos chamar-lhe C0.

b) Escreve agora as equações das onze circunferências a que pertencem os arcos de circunferência.
Vamos chamar-lhes C1, C2, ..., C11, considerando os arcos por ordem decrescente de tamanho.
c) Verifica se o centro (6, 0) é solução de alguma das equações da alínea anterior.

d) Qual dos pontos da figura acima é o centro da circunferência C0?

2 Considera agora um referencial ortonormado, como indicado na figura.


y
D

1 A
B

a x

–1

Vamos supor também que a unidade é igual ao diâmetro das moedas. Assim, uma das moedas
tem o centro no ponto (0, 1) e a outra no ponto (0, –1). Queremos colocar a terceira moeda
num ponto (a, 0), de tal forma que o comprimento do segmento de reta [AB] seja igual ao do
segmento de reta [CD], ou seja, 3.
a) Escreve uma expressão que represente a distância entre (0, 1) e (a, 0).

b) Observa que A e B estão na reta que liga o ponto (0, 1) ao ponto (a, 0). Escreve uma expressão
que represente a distância entre A e B.
c) Iguala a expressão da alínea anterior a 3 e determina o valor de a.

Observação: O problema poderia ter sido resolvido com o referencial


colocado numa outra posição e usando uma outra unidade. Contudo, B

esta posição e a escolha do diâmetro para unidade tornaram as contas


muito mais simples. Na figura ao lado podes ver em que posição deveria
estar a moeda para que as distâncias fossem iguais. Embora não pareça,
A–B = C–D. Trata-se de uma ilusão de ótica. A

Soluções: Consultar na página 295. D C

277
SOLUÇÕES

TEMA I d) Proposição verdadeira.


11. a) p q ~p ~p ∨ q
Introdução à lógica bivalente e à teoria
V V F V
dos conjuntos
V F F F
Unidade 1 – Proposições (pág. 13) F V V V
1. a) Designação. F F V V
b) Proposição. b) p q p ∨ q ~(p ∨ q)
c) Proposição.
d) Designação. V V V F
e) Proposição. V F V F
2. b) Proposição falsa.
F V V F
c) Proposição verdadeira.
e) Proposição falsa. F F F V
3. Por exemplo: c) p q ~q p ∧ ~q
a) “Paris não é a capital de Espanha.”
b) “Não é verdade que Saramago tenha escrito o Memo- V V F F
rial do Convento.” V F V V
c) “Nem todas as crianças gostam de brincar com legos.” F V F F
4. a) “12 é um número natural.” – proposição verdadeira
F F V F
“12 não é um número natural.” – proposição falsa
b) “1 + 2 ¥ 3 = 9” – proposição falsa 12. p q ~p ~p ∨ q p ∨ (~p ∨ q)
“1 + 2 ¥ 3 ≠ 9” – proposição verdadeira
c) “√∫2 ∈Q” – proposição falsa V V F V V
“√∫2∉Q” – proposição verdadeira V F F F V
d) “3 não é um divisor comum de 6 e de 9.” – proposição F V V V V
falsa
F F V V V
“3 é um divisor comum de 6 e de 9.” – proposição
verdadeira 14. a) Proposição falsa.
e) “Nem todos os números múltiplos de 5 terminam em b) Proposição verdadeira.
5.” – proposição verdadeira c) p ∧ q
“Todos os números múltiplos de 5 terminam em 5.” – 16. a) ~p ∧ q
proposição falsa b) p ∨ ~q
5. a) “As rosas são vermelhas e as margaridas são brancas.” c) ~p ∧ (~q ∨ r)
b) “As rosas não são vermelhas e as margaridas são bran- 17. a) “A Ana não é escritora ou não é famosa.”
cas.” b) “A Ana não é escritora nem é famosa.”
6. a) p ∧ (~q) c) “A Ana é escritora e não é famosa.”
b) (~p) ∧ (~q) d) “A Ana é escritora ou é famosa.”
1
7. a) “7 é um número racional ou é um número inteiro.” 18. a) i. q ⇒ p
3
b) “7 não é um número racional ou
1
é um número in- ii. ~r ⇒ q
3 iii. (p ∧ q) ⇒ ~r
teiro.”
1 b) i. “Se o João não gosta de Matemática ou não tem
c) “7 não é um número racional ou não é um número
3 bons resultados, então o João não faz muitos exercí-
inteiro.”
8. p; p ∨ q e (~p) ∨ (~q) são proposições verdadeiras. cios.”
q e (~p) ∨ q são proposições falsas. ii. “Se o João gosta de Matemática, então faz muitos
9. a) Proposição verdadeira. exercícios e tem bons resultados.”
b) Proposição falsa. 19. a) Proposição verdadeira.
c) Proposição verdadeira. b) Proposição verdadeira.
d) Proposição falsa. c) Proposição verdadeira.
e) Proposição falsa. d) Proposição falsa.
f) Proposição falsa. e) Proposição verdadeira.
g) Proposição verdadeira. f) Proposição verdadeira.
10. a) Proposição falsa. g) Proposição falsa.
b) Proposição verdadeira. 21. p ∨ q ⇔ (~p ⇒ q)
c) Proposição falsa. 22. “10 é um número par e não é divisível por 2.”

278
23. a) p ∧ q 39. Por exemplo:
b) ~p ∧ ~q a) Se x = 6 a expressão proposicional transforma-se numa
c) p ∧ q ∧ ~r proposição verdadeira, e se x = 4 transforma-se numa
d) p ∧ (~q ∨ ~r) proposição falsa.
24. a) Proposição verdadeira (tautologia). b) Se (x, y) = (–1, 2) a expressão proposicional transfor-
b) ~p ∨ q ou p ⇒ q ma-se numa proposição verdadeira, e se (x, y) = (0, 1)
c) Proposição verdadeira (tautologia). transforma-se numa proposição falsa.
25. a) i. p ⇔ r 40. Por exemplo:
ii. q ⇔ ~r a) Se x = 2 a expressão proposicional transforma-se numa
b) i. “O Carlos vai à festa se e só se a Ana e a Berta vão proposição verdadeira, e se x = 5 transforma-se numa
à festa.” proposição falsa.
ii. “A Ana vai à festa ou o Carlos não vai se e só se a b) Se (x, y) = (0, 0) a expressão proposicional transforma-se
Berta vai à festa.” numa proposição verdadeira, e se (x, y) = (1, 0) trans-
26. a) Proposição falsa. forma-se numa proposição falsa.
b) Proposição verdadeira. c) Se x = 2 a expressão proposicional transforma-se numa
c) Proposição falsa. proposição verdadeira, e se x = 5 transforma-se numa
d) Proposição falsa. proposição falsa.
e) Proposição falsa. 41. a) x = x é uma condição universal.
f) Proposição verdadeira. x ≠ x é uma condição impossível.
g) Proposição verdadeira. x ∈Z– é uma condição possível, mas não universal.
x ∈Q é uma condição possível, mas não universal.
29. p ∨ q
x ∈∅ é uma condição impossível.
30. a) a ⇒ b ∨ c
x ∉∅ é uma condição universal.
b) (a ⇒ b) ∨ c
b) i. Condição impossível.
c) (a ⇔ b) ⇒ ~c
ii. Condição universal.
d) a ∨ (b ∧ ~c) ⇔ a
iii. Condição impossível.
e) (~a ⇒ b) ∧ c
iv. Condição possível, mas não universal.
v. Condição universal.
Unidade 2 – Condições e conjuntos (pág. 30) 42. a) Condição possível.
31. a) Constantes: 4 e p b) Condição impossível.
Variáveis: A e r c) Condição impossível.
b) Constantes: p d) Condição possível.
Variáveis: A, r e g e) Condição universal.
32. As expressões proposicionais são: a), b), d) e f) 43. a) Sim
33. a) Por exemplo, p(3) é uma proposição verdadeira e p(4) b) Sim
é uma proposição falsa. 44. a) Não
b) Por exemplo, p(–2) é uma proposição verdadeira e b) Sim
p(0) é uma proposição falsa. c) Não
c) Por exemplo, p(1, 2) é uma proposição verdadeira e d) Sim
p(1, –3) é uma proposição falsa.
45. a) Sim
d) Qualquer concretização de x por um número real
b) Não
transforma p(x) numa proposição verdadeira.
c) Sim
e) Qualquer concretização de x por um número real
transforma p(x) numa proposição falsa. d) Não
34. a), b), e) e f) são expressões proposicionais. c) e d) são 46. a) ⇒
expressões designatórias. b) ⇐
37. Por exemplo: c) ⇔
a) R d) ⇒
b) ]–∞, 5[ e) ⇔
c) {5, 7, 10} 47. a) –1∈R e (–1)2 = 1 ⇔ –1 = 1 é uma proposição falsa.
38. a) É universal em N, Z e R. b) –2∈R e (–2)4 = 16 ⇔ –2 = 2 é uma proposição falsa.
b) É impossível em N e é possível em Z e R. c) –4∈R e (–4)2 > 9 ⇔ –4 > 3 é uma proposição falsa.
c) É impossível em N, Z e R. d) –1∈R e |–1 – 1| = 2 ⇔ –1 – 1 = 2 é uma proposição
d) É universal em N e é possível em Z e R. falsa.

279
SOLUÇÕES

48. a) “x é peixe ⇒ x tem guelras” c) a(x) é possível em U.


b) “x é quadrado ⇒ x é retângulo” b(x) é impossível em U.
c) “(Dois lados de um triângulo são iguais) ⇒ (os ângulos ~a(x) é possível em U:
opostos são iguais)” ~b(x) é universal em U.
49. a) “x > 3” é condição suficiente para “x2 > 9”. 64. a) “p é natural ∧ √∫2 é natural ∧ 3 é natural”
b) “x(x – 1)” é condição necessária para “x = 1”. b) “p não é natural ∨ √∫2 não é natural ∨ 3 não é natural”
c) “x2 = y2” é condição necessária e suficiente para “∃ x ∈{p, √∫2, 3}: x não é natural.”
“x = y ∨ x = –y”. 65. a) Verdadeira, pois 0 é um elemento de A.
50. a) “Qualquer que seja o número natural x, tem-se b) Falsa, pois 1 não é um elemento de A.
x + 1 ≥ 2.” – proposição verdadeira c) Falsa, pois 2 é um elemento de A.
b) “Para todo o número real x, tem-se x + 1 ≥ 2.” – pro- d) Falsa, pois { } é um elemento de A.
posição falsa e) Falsa, pois {1} é um elemento de A.
c) “O valor absoluto de um número x é superior ou igual 66. a) {2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, 23, 29, 31, 37, 41, 43, 47}
a zero, qualquer que seja o número real x.” – propo-
b) {1, 2, 3, 6, 9, 18}
sição verdadeira
67. a) {1, 3, 5, 7, 9, …}
51. a) ∀ x, x ∈N ⇒ 2x ≥ x + 1
b) {5, 10, 15, 20, 25, …}
b) ∀ x, x ∈R ⇒ |x| ≥ x
c) {25, 36, 49, 64, 81, 100}
54. a) 3 é um número natural e o seu quadrado, 9, não é um
68. a) { }
número par.
b) { }
b) 0 ∈R e não é verdade que 0 > 0 ∨ 0 < 0.
c) {1, 2, 3, 4}
c) 4 é divisor de 12 e não é divisor de 6.
d) {1, 2}
55. a) “Existe pelo menos um número natural x tal que
x2 – 9 = 0.” – proposição verdadeira 69. a) Sim
b) “Existe pelo menos um número real x tal que b) Não
x2 – 9 = 0.” – proposição verdadeira 70. a) {x ∈R: x2 + 3 = 4x} = {1, 3}
57. a) ∃ x: x ∈N ∧ 2x = x + 1 = {n ∈N: n é ímpar ∧ n < 5}
b) ∃ x: x ∈R ∧ x5 = 12 b) {1, 2, 3, 4} = {2, 1, 3, 4}
58. a) ∃ x ∈Z: x < 10 = {4, 2, 3, 1, 2, 3}
b) ∀ x ∈N, x > 0 71. a) {–5, –1}
x b) {–√∫5, –1, 0, 1, √∫5}
c) ∃ x ∈R: 2x =
2 c) {0, 1, 5, 25}
59. “3 é ímpar ∧ 6 é ímpar ∧ 9 é ímpar.” – proposição falsa d) {25, 5, 1, 0, 625}
60. “3 é ímpar ∨ 6 é ímpar ∨ 9 é ímpar.” – proposição verda- 72. Por exemplo:
deira a) {3n: n ∈N} ou {n ∈N: n é múltiplo de 3}
61. a) “∃ x ∈{1, 2, 3}: 3x não é ímpar.” – proposição verda- b) {x ∈R: |x| = 5} = {x ∈R: x = 5 ∨ x = –5}
deira
x c) {n ∈N: n é divisor de 10}
b) “∀ x ∈R, x + 3 ≠ .” – proposição falsa
2 d) {x ∈R: |x| < 0}
c) “∃ x ∈N: x + 1 ≤ 0.” – proposição falsa e) {x ∈R: |x| ≥ 0}
62. a) “Existe pelo menos um americano que não gosta de 73. As afirmações necessariamente verdadeiras são: a), e) e
comida de plástico.” g)
b) “Todos os italianos gostam de massa.” 74. P = {2, 3, 5, 7}
c) “O triplo de qualquer número natural não é um nú- Q = {3, 6, 9, 18}
mero primo.” R = {1, 2, 3, 6, 9, 18, 4, 5, 7, 8}
d) “Todos os números reais são superiores ou iguais à sua S = {4, 5, 7, 8}
raiz.” 75. a) ]–∞, 5]
63. a) Proposição falsa; proposição falsa; proposição verda- b) ]–∞, +∞[
deira; proposição falsa. c) ]–∞, –p]
b) ∃ x ∈U: ~a(x) – “Existe pelo menos um elemento de U
È 7 È
que não é um número composto”. d) Í – , 5Í
Î 2 Î
∃ x ∈U: ~b(x) – “Existe pelo menos um elemento de
È 7 È
U que não admite resto 3 na divisão por 6”. e) Í – , –p Í
Î 2 Î
∀ x ∈U: ~a(x) – “Todo o elemento de U é um número
f) ]5, +∞[
não composto”.
È 7È
∀ x ∈U, ~b(x) – “Todo o elemento de U admite resto g) Í –∞, – 2 ÍÎ
diferente de 3 na divisão por 6”. Î

280
h) ]–p, 5] c) p q ∼p ∼p ∧ q p ∨ (∼p ∧ q)
i) ∅
V V F F V
76. a) {1, 2, 3, 4, 5}
b) {–1, 2} V F F F V
c) {1, 2, 3} F V V V V
d) {2}
F F V F F
e) {–1}
f) {–1, 1, 2, 3, 4, 5} 19. a) “p não é um número irracional ou não é superior a 2.”
b) “15 é um número par ou é um número primo.”
Aprende fazendo (pág. 62) c) “O Joaquim não é um bebé e sabe falar.”
1. a) Opção (B) d) “A Margarida não é um bebé ou sabe nadar.”
b) Opção (D) 20. a) p(x) é uma condição universal em N e possível em R;
2. Opção (C) q(x) é uma condição impossível em N e impossível em R;
3. Opção (B) r(x) é uma condição possível em N e possível em R;
4. Opção (D) s(x) é uma condição impossível em N e possível em R;
5. Opção (C) t(x) é uma condição universal em N e universal em R.
6. Opção (D) b) ~p(x): 5x + 1 < 0; ~q(x): |x| ≥ 0; ~r(x): x(x – 2) ≠ 0;
7. Opção (C) ~s(x): x(x + 2) ≠ 0; ~t(x): 2x2 < 0
8. Opção (A) c) (i) Condição impossível.
9. Opção (B) (ii) Condição possível.
10. Opção (D) (iii) Condição possível.
11. Opção (A) (iv) Condição universal.
12. Opção (B) 21. a) (i) “Existe pelo menos um gato malhado.”
13. Opção (B) (ii) “Todos os gatos gostam de leite.”
14. São designações: a), d) e h). São proposições: b), c), e), (iii) “Todos os gatos são malhados ou são pretos.”
f), g), i) e j)
(iv) “Existe pelo menos um gato preto que não gosta
15. b), e), f) e g) são proposições falsas. de leite.”
c), i) e j) são proposições verdadeiras.
b) (i) ∃ x: ~p(x) ∧ ~r(x)
16. a) “Eu gosto do verão e não gosto do inverno.”
(ii) ∃ x: q(x) ∨ r(x)
b) “Eu não gosto do inverno ou gosto da primavera.”
(iii) ∀ x, q(x) ⇒ p(x)
c) “Eu não gosto do verão e gosto do inverno.”
(iv) ∀ x, p(x) ⇔ ~r(x)
d) “Eu gosto do inverno ou da primavera.”
e) “Não é verdade que eu goste do verão ou da prima- 22. a) “Existe pelo menos um homem que não é ambicioso.”
vera.” b) “Todos os atores famosos têm formação em teatro.”
f) “Eu não gosto do verão nem da primavera.” 23. a) {1, 5, 25}
17. a) p e q são proposições verdadeiras. b) {–1}
b) p e q são proposições falsas. c) {5, 25}
c) p é uma proposição falsa e q é uma proposição ver- d) {–1, 0}
dadeira. e) ∅
18. a) p q ∼p ∼p ∧ q 24. a) {x ∈R: x = 3 ∨ x = –3} (por exemplo)
V V F F b) {x ∈N: x é ímpar}
c) {x2: x ∈N}
V F F F
25. a) (i) ~q ∧ r
F V V V
(ii) ~p ∨ q
F F V F (iii) q ⇒ ~r
b) b) (iv) “9 é um número primo ou 27 não é múltiplo de 9.”
p q p ∧ q ∼(p ∧ q)
(v) “Não é verdade que 9 seja um número primo e que
V V V F p = 3,14.”
V F F V (vi) “Se 27 não é múltiplo de 9, então p ≠ 3,14 ou 9 é
um número primo.”
F V F V
c) p e q são falsas; r é verdadeira; (i), (ii), (iii), (v), (vi) são
F F F V verdadeiras e (iv) é falsa.

281
SOLUÇÕES

26. a) Não é uma tautologia. b) Negação: “x = 3 ∧ x2 ≠ 9”


p q ∼q p ⇒ ∼q ∼(p ⇒ ∼q) Contrarrecíproca: “x2 ≠ 9 ⇒ x ≠ 3”
c) Negação: “n é um múltiplo de 10 e não é um múltiplo
V V F F V de 5.”
V F V V F Contrarrecíproca: “Se n não é um múltiplo de 5, então
não é um múltiplo de 10.”
F V F V F
34. a) “Todos os números reais são inferiores ou iguais ao seu
F F V V F quadrado.”
b) Não é uma tautologia. b) “Existe pelo menos um número real x que não verifica
x2 – 2x ≥ 0.”
p q p∨q p ⇔ (p ∨ q) c) “Qualquer número natural x não é solução da equa-
V V V F ção x3 = 25.”
V F V V 35. a) ∃ x ∈R: x > x2; ∀ x ∈R, x ≤ x2
b) ∀ x ∈R, x2 – 2x ≥ 0; ∃ x ∈R: x2 – 2x < 0
F V V F
c) ∃ x ∈N: x3 = 25; ∀ x ∈N, x3 ≠ 25
F F F V 36. a) A proposição é falsa, pois, por exemplo, 3 e 5 são nú-
meros primos e a sua soma, 8, não é um número
c) É uma tautologia.
primo.
p q p⇒q ∼p ∼p ∨ q (p ⇒ q) ⇔ (∼p ∨ q) b) A proposição é falsa, pois, por exemplo, 11 é um nú-
V V V F V V mero primo formado por dois algarismos e estes não
são distintos.
V F F F F V
c) A proposição é falsa, pois, por exemplo, 1 é um nú-
F V V V V V mero natural e não se verifica que 12 – 2 ¥ 1 ≥ 0.
F F V V V V 37. a) {2, 3, 5, 7}
b) {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 12}
28. a) Proposição verdadeira. c) {1, 4, 6, 12}
b) Proposição falsa. 38. a) {1, 2, 3, 6}
c) q ∧ p b) ∅
d) Proposição falsa. c) {6}
e) Proposição verdadeira. d) {–6}
29. a) ~p ∨ q 39. a) [2, +∞[ ∪ {0, 1}
b) p ∧ q b) ]1, +∞[
c) ~p ∨ (q ∧ ~r) c) {2, 3}
d) ~p ∧ ~q
d) ]2, 6]
e) p ∧ ~q ∧ ~r
e) {3}
f) (q ∨ r) ∧ ~p
f) R\{0, 1, 2, 3}
g) p ∧ ~q ∧ ~r
g) ]–∞, 2]
h) (p ∧ q) ∨ (~q ∧ ~p)
h) ]–∞, 1] ∪ ]6, +∞[
30. a) Proposição falsa.
i) {0, 1, 2}
b) Proposição falsa.
j) ]2, +∞[\{3}
c) Proposição verdadeira.
k) ]1, 6]\{3}
d) Proposição verdadeira.
40.
e) Proposição verdadeira.
f) Proposição falsa. p q r ∼r p ⇔ ∼r q∧r (p ⇔ ∼r) ∨ (q ∧ r)
g) Proposição verdadeira. V V V F F V V
h) Proposição falsa.
V V F V V F V
31. a) ~(~p ∧ ~q)
b) ~(p ∧ ~q) V F V F F F F
c) ~(p ∧ ~q) ∧ ~(q ∧ ~p) V F F V V F V
32. a) p e q são proposições verdadeiras; r é falsa.
F V V F V V V
b) p e r são proposições verdadeiras; q é falsa.
33. a) Negação: “Um aluno está distraído e a professora não F V F V F F F
o repreende.” F F V F V F V
Contrarrecíproca: “Se a professora não repreende um
aluno, então o aluno não está distraído.” F F F V F F F

282
41. As proposições p e r são verdadeiras; a proposição q é c) s v r ∼v ∼r s ⇒ ∼v s ⇔ ∼r v∨r
falsa.
42. a) q ∨ (p ∧ r) V V V F F F F V
b) (~p ∨ ~q) ∧ (r ∨ q) V V F F V F V V
43. a) ~q ⇒ p V F V V F V F V
b) ~c ⇒ (a ⇒ ~b)
V F F V V V V F
44. a) p q pºq
F V V F F V V V
V V F
F V F F V V F V
V F V
F F V V F V V V
F V V
F F F V V V F F
F F F
d) Só pode ser a Vanessa. É a única que pode levar calças
b) (p ∧ ~q) ∨ (q ∧ ~p) ou saia; a Sara só pode usar calças e a Rebeca só pode
c) Apenas (iv) é sempre verdadeira. usar saia.
45. a) p(x): “x é mamífero.”
q(x): “x é felino.”
q(x) ⇒ p(x) TEMA II
b) p(x): “x é múltiplo de 6.”
q(x): “x é múltiplo de 3.” Álgebra
p(x) ⇒ q(x)
c) p(x, y): “x ¥ y = 0” Unidade 1 – Radicais (pág. 76)
q(x, y): “x = 0 ∨ y = 0” 3. a) 6 cm
p(x, y) ⇔ q(x, y)
b) 2 cm
47. a) A proposição é falsa, pois, por exemplo, um retângulo c) 3 cm
é um quadrilátero que tem os ângulos iguais, e, no en-
4. a) –2
tanto, não tem os lados iguais.
b) –2 e 2
b) A proposição é falsa, pois, por exemplo, –2 e –3 são
c) 0
valores reais tais que –2 > –3 e, no entanto, não se tem
5. a) C.S. = {–10, 10}
que (–2)2 > (–3)2.
b) C.S. = {10}
c) C.S. = {–10, 10}
Desafios (pág. 73)
d) C.S. = {5√∫–∫1∫0}
1. a) ∀ x ∈R, x ∈B ⇒ x ∉A e) C.S. = { }
b) As duas proposições depois do quantificador são a f) C.S. = {0}
contrarrecíproca uma da outra, logo são equivalentes. g) C.S. = {–1, 1}
c) “Qualquer que seja o restaurante, não é verdade que
h) C.S. = {–√∫3, √∫3}
seja simultaneamente barato e bom” ou, então, “não
i) C.S. = { }
há restaurantes bons e baratos”.
a 5 5a
d) São equivalentes, de facto, ~(x ∈A ∧ x ∈B) j) C.S. = b– , b
c 3 3c
⇔ x ∉A ∨ x ∉B ⇔ (x ∈A ⇒ x ∉B).
6. √∫5∫0 cm
2. a) s ⇒ ~v, s ⇔ ~r, v ∨ r.
7. a) 5√∫3
b) s v r ∼v ∼r s ⇒ ∼v s ⇔ ∼r v∨r b) –53√∫2

c) 3 √∫–∫2
V V V F F F F V 7

V V F F V F V V 2
d) 2√∫2 + 13√∫3
V F V V F V F V 3
V F F V V V V F 8. a) √∫3∫0
b) 103√∫4
F V V F F V V V
c) 53√∫4
F V F F V V F V
d) –1
F F V V F V V V
9. a) (2√∫3 + 2√∫2 ) cm
F F F V V V F F b) √∫6 cm2

283
SOLUÇÕES

11. a) Proposição falsa. 22. 3√∫5 – 6


b) Proposição verdadeira. 23. a) –9√∫5
c) Proposição falsa.
d) Proposição falsa. b) 64√∫3

12. a) 9√∫3 – 3√∫1∫5 24. a) 4√∫2 cm


b) 5 √∫– ∫4
3 b) 12√∫2 cm
c) 1 c) 8√∫3 cm2
14. a) 2 – 3√∫5
256
b) 7√∫5 – 2 d) cm3
3
c) 129 – 20√∫5
26. a) 3 – √∫2
d) 2√∫5 – 20
b) 1 + 2√∫2
e) 6√∫5
f) 24√∫5
g) 7 – 4√∫5 Unidade 2 – Potências de expoente racional (pág. 101)
15. a) √∫9 = 4√∫92∫ = 6√∫93∫ = 3. São iguais.
27. a) 16
b) √∫26∫ = 3√∫29∫ = 4√∫21∫ 2∫ = 8. São iguais.
b) 36
16. a) 4√∫1∫8 28. a) 4
b) 6√∫1∫0∫0 b) 4
c) 4√∫2 c) 3

19. a) 7 √∫2
5 d) 9
3 e) 8
b) 3√∫5 f) 128
c) 16 √∫1∫1
4
1
29. a)
3 5
d) 21 6
√∫7 1
b)
4 2
e) 3√∫3 1
c)
f) 73√∫2 – 3√∫4 – 1 3
g) 136√∫2 1
d)
16
20. a) 5√∫1∫0
31. a) 2
b) 53√∫2
b) 6√∫5
c) 12√∫7 5
d) 23√∫1∫2∫6 c) √∫2 + 103√∫2
e) 2 √∫6∫3
4

21. a) √∫2 Aprende fazendo (pág. 106)


2
1. Opção (B)
b) 2√∫3
2. Opção (D)
c) √∫6 3. Opção (C)
3
4. Opção (C)
d) √∫4
3
5. Opção (D)
2
6. Opção (C)
e) √∫2∫7
4
2
15 7. Opção (B)
8. Opção (A)
f) + 2√∫3
8
13 9. Opção (A)
√∫
g) – 6 – 2√∫3
10. Opção (C)
3 11. Opção (B)
h) √∫ 6 + 2√∫ 3 12. Opção (D)
2 13. Opção (C)
i) √∫3 – 2√∫5 14. Opção (B)
34
15. Opção (D)

284
16. a) 2√∫3 25. a) √∫a
b) –8√∫3
b) √∫2∫5∫a∫ ∫ ∫–∫ 1 – 3a
2

c) 12 √∫34 4a – 1
d) 26 – 8√∫3 c) a√∫2b∫d – 2cd
ab–cd
e) –2√∫3 – √∫2
d) a∫ ∫ –∫ ∫ ∫b∫
√∫ 2 2

f) 0 a+b
g) 6√∫2 27. l = √∫2r
h) 14√∫5 28. 8√∫3 cm
i) –3√∫3 30. a) a = 3√∫V 2
b) A = 6 ¥ V 3 3
j) 20√∫5
31. a) Vprisma = 4 ¥ b 2
k) 43√∫3 b) b = 4
l) 83√∫4 – 40
32. a) r = √∫V
3

17. a) √∫2 + √∫6 2


p
b) Vesfera = V
b) 2 + 2√∫3 6
33. x + 1
c) √∫6 + √∫2
34. a) √∫27 + √∫9 + √∫3 + 1
2 4 4 4

d) √∫ 6 – √∫2 2
2 b) 43√∫2 + 23√∫1∫2 + 23√∫9
e) 46√∫2
35. Afigura 1 = Afigura 2 = 3√∫3 l2
f) 2 + 2√∫3 4

18. a) √∫3
√∫ p√∫3
2V
37. a = 3
3
b) √∫1∫0
2
Unidade 3 – Divisão inteira de polinómios (pág. 114)
c) 2∫1
5√∫
6
32. As expressões (i) e (iii) são polinómios.
d) 2√∫1∫3 + 2√∫1∫1
33. a) –6x3 + 5x + 7; grau 3
e) – √∫6 – 6√∫2 1 4
11 b) x + 12; grau 4
2
f) √∫5 + 2 c) –x + 3; grau 1
g) 3 √∫2∫5
3
d) x2 – 6x + 9; grau 2
5 34. Por exemplo:
h)
4
√∫ 2∫1∫6 a) –x4 – 2016x
6
i) 5√∫1∫6 b) √∫2x3 – px2 + √∫3 x – 3√∫5
2
j) √∫2∫4∫3
6
4 2
3 35. a) x – 2x +
4 3
x – 2x – 8; grau 4
3
19. a) 5 1 3
b) x – 10; grau 3
1 2
b) 9 3
32 c) 2x4 – x + 2x2 – 10; grau 4
2 2
c) 1296 1 3 x
d) – x + – 2x + 12; grau 3
1 2 3
d)
49 36. a) 3x – 6x + 3x6; grau 8
8 7

20. 90 u.a. b) –x5 + 2x4 + x3 – 4x2 + 2x; grau 5


23. √∫3∫5 + √∫1∫5
c) 3x9 – 6x7; grau 9
4 d) x4 – 4x3 + 6x2 – 4x + 1; grau 4
24. a) 26√∫2 e) –3x9 + 3x8 + 3x6; grau 9
37. a) A(x) ¥ B(x) = 4x8 + 12x7 – 8x5 – x4 – 2x3 + 3x2 + 2x – 2;
b) √∫2
6
grau 8
c) 54 √∫55∫ b) grau n + m, isto é, o grau de A(x) ¥ B(x) é igual à soma
d) (x2 + x) 4√∫x dos graus de A(x) e de B(x).

285
SOLUÇÕES

38. a = 1; b = –2; c = 4 58. a) x(x – 1)(x + 7)


39. a) Q(x) = 2; R(x) = –3x2 + 4x – 6 h 1h
b) 4x ix + i (x – 3)
b) Q(x) = 2x – 9; R(x) = 29x + 1 j 4j
c) Q(x) = –2x2 – 5x – 24; R(x) = 88 c) (x + 5)(x + 2)(x – 2)
40. a) x2 + 5x + 2 = (x + 4) ¥ (x + 1) – 2 h 1h 2
d) ix + i (8x – 4x + 2)
b) x4 – 3x2 + 3 = (–x2 + x) ¥ (–x2 – x + 2) + (–2x + 3) j 2j
c) x5 – 1 = (x – 1) ¥ (x4 + x3 + x2 + x + 1) h 7h
59. 2 ix – i (x – 2)(x – 1)
1 3 j 2j
d) x + 2x2 – 20x + 10 =
2 60. a) 3x2(x – √∫2)(x + √∫2)
h1 h h3 15 15 h 25 b) (x – 1)(x – 1)(x – 1)(x + 2)(x + 2)
= i x + 3i ¥ i x2 – x+ i –
j3 j j2 2 2j 2
h h h 1h
41. k = –29 c) –4(x + 1)(x – 1) ix + 1 i ix – i
j 2j j 2j
42. a) Q(x) = x2 – 2x – 11 e R = –12 61. a) 3
b) Q(x) = x2 – 7x + 14 e R = –32
c) Q(x) = x2 – 3x – 10 e R = 0 b) –3 + √∫4∫1 e –3 – √∫4∫1
4 4
9 19 99 c) Não tem zeros.
d) Q(x) = x2 – x– eR=
2 4 8
d) –3, 0 e 2
7 14 55
44. a) Q(x) = 3x3 – 2x2 + x– eR= e) 1
3 9 27
62. C.S. = {–√∫3, – 1, 1, √∫3}
2 2 7 14 55
b) Q(x) = x3 – x + x– eR= a 5 1 a
3 9 27 27 63. b) C.S. = b– , , 2b
45. a) Q(x) = –x3 – x2 + x e R = 6 c 2 3 c

1 11 64. C.S. = {–3, –1 – √∫6, –1 + √∫6}


b) Q(x) = 2x2 + x + eR=–
2 2 65. a) C.S. = {0} ∪ [4, +∞[
7 11 b) C.S. = ]1, +∞[
c) Q(x) = 2x – eR=
4 4 c) C.S. = [–1, 1] ∪ [5, +∞[
46. k = –10
È2 È
47. Q(x) = 3x – 1 e R(x) = 5x + 2 d) C.S. = Í , 1Í ∪ ]5, +∞[
Î3 Î
48. a) 5 66. b) C.S. = {–5, –1, 1, 3}
b) –31 c) C.S. = [–5, –1] ∪ [1, 3]
c) 1
1
d) Aprende fazendo (pág. 142)
9
49. a) –1, 0, 1 e 3 1. Opção (D)
b) P(x) é divisível por A(x), B(x), C(x) e F(x). 2. Opção (A)
50. a) k = 3 3. Opção (C)
17 4. Opção (D)
b) k =
4 5. Opção (B)
51. a = 1; b = 4 6. Opção (D)
52. b) Multiplicidade 2 7. Opção (A)
54. a) 1 8. Opção (D)
b) 3 e –2 9. Opção (B)
55. B(x) = 2; m = 1; n = 3 e p = 2
10. Opção (C)
56. 2x2 – 20x + 50
11. Opção (B)
57. a) (x – 4)(x + 4)
12. Opção (D)
b) (x – 4)2 ou (x – 4)(x – 4)
13. Opção (C)
c) (3 – 4x)(3 + 4x)
d) x(x – 16) x 1
14. a) x3 – 5x2 + + √∫2; grau 3; coeficientes: 1, –5, e √∫2;
2 2
e) (x + 5)(x – 2)
completo
f) 2(x + 5)(x – 2)
5 3 5
h 1h b) 4x5 + x + 3x2 – 11x; grau 5; coeficientes: 4, 0, ,
g) – ix – i (x + 3) 4 4
j 3j
3, –11 e 0; incompleto

286
x2 1
15. a) –x3 + +x– 25. a) –2
2 4
46
7 2 3 b)
b) 3x –3
x –x+ 27
6 4
c) 4x2 – 1 59
c)
d) 2x3 – 6x2 + 4x 8
e) x3 + 3x2 – 6x – 8 1 11
26. a = ec=
f) x5 – x4 – x3 – 3x – 2 3 3
16. a) Q = 2 e R = –1 h 5h
27. P(x) = 6 ix – i (x – 2)(x – (–1))
b) Q(x) = x e R(x) = x – 1 j 2j
c) Q(x) = x2 e R = –6 28. b)
5
e–
3
são as outras raízes de P(x);
d) Q(x) = x – 3 e R(x) = –2x 3 2
h h h 3h
e) Q(x) = x2 + 1 e R = 2 P(x) = 6(x – 1) ix – 5 i ix + i
f) Q(x) = 2x3 – x2 + 4 e R = 0 j 3j j 2j
a5 3 a
x2 c) C.S. = b , 1, – b
g) Q(x) = + 3x + 5 e R = 0 c3 2c
2
17. a) Q(x) = 5x – 2 e R = 1 È 3È È 5È
d) C.S. = Í –∞, – Í ∪ Í 1, Í
b) Q(x) = 2x + 2√∫2 e R = 0 Î 2Î Î 3Î
c) Q(x) = 2x2 – 10 e R = 4 29. a) C.S. = {–2, 1}
7 13
d) Q(x) = –2x2 + x + eR= a 3 a
2 4 b) C.S. = b–1, , 3b
c 2 c
e) Q(x) = 4x3 – x2 + 5x – 4 e R = 5
c) C.S. = {–1, 1}
f) Q(x) = x4 + 4x3 – 8x2 + 18x e R = –5
a1 a
18. a) 0 d) C.S. = b– , 2b
c2 c
b) 8
e) C.S. = {–4, –1, 0}
c) 3
d) 18 – 4√∫3 30. a) C.S. = ]–∞, 0[ ∪ ]0, 1[
19. a) (x + 4)(x – 3) b) C.S. = ]–∞, 1[
c) C.S. = ]–∞, –3] ∪ [–2, –1] ∪ [2, +∞[
h 11 h
b) 3 ix + i (x – 2) d) C.S. = ]–∞, 0[ ∪ ]0, 2[ ∪ ]3, +∞[
j 3j
h 5h e) C.S. = ]–∞, –1[ ∪ ]0, 2[ ∪ ]2, +∞[
c) 2 ix + i (x – 3)
j 2j È1 È È3 È
31. a) C.S. = Í ,1 Í ∪ Í , 2 Í
d) x(x + 3)(x – 3) Î2 Î Î2 Î
e) x(x + 5)(x + 5)
b) C.S. = ]–∞, 0] ∪ [1, +∞[
f) (x + 1)(x + 1)(x – 3)
c) C.S. = {0, 3} ∪ [1, 2]
h 2h
g) 3 ix – i (x2 + 2x + 3) 36. a) y = 16 ∨ y = 3
j 3j
h 1h b) x = 4 ∨ x = –4 ∨ x = √∫3 ∨ x = –√∫3
h) 2(x – 1)(x + 4) ix + i
j 2j 37. a) C.S. = {–3, –2, 2, 3}
i) (x + 1)(x – 1)(x + 2)(x – 3) b) C.S. = {–5, –1, 1, 5}
h 1h c) C.S. = {–2√∫2, –√∫5, √∫5, 2√∫2}
j) 2(x – 1)(x – 3)(x + 2) ix + i
j 2j
d) C.S. = {–2, 2}
k) (x + 1)(x – 1)(x – 1)(x – 1)
l) 3x(x – 2)(x – 2)(x – 1)(x + 1)
20. a) P(x) = 3x2 + 9x + 6 Desafios (pág. 151)
b) P(x) = 2x3 – 20x2 + 50x
1. a) x(x – 1)(x – 2)
21. b) 3 é uma raiz dupla de P(x); P(x) = (x – 3)(x – 3)(x + 3)
b) Grau 3.
ou P(x) = (x – 3)2 (x + 3)
c) C.S. = {–3, 3} x(x – 2)
2. a) B(x) =
–1
d) C.S. = [–3, +∞[
22. a) Q(x) = x2 – x – 1 e R = 6 (x – 1)(x – 2)
b) C(x) =
2
2 2 1 14 13
b) Q(x) = 2x3 – x + x+ eR= d) P(x) = 3x2 – 4x + 2
3 9 27 27
x x(x – 1)(x – 2) (x + 1)(x – 1)(x – 2)
c) Q(x) = √∫2 x3 + – √∫2 x +
2
1
eR=0 3. f(x) = + –
2 2 2 2 –6 2
23. b) A multiplicidade de x3 é 2. (x + 1)x(x – 2) (x + 1)x(x – 1)
– + 13
24. P(x) = –16x4 – 64x3 – 48x2 + 64x + 64 –2 6

287
SOLUÇÕES

TEMA III c) y d) y

Geometria analítica O 2 x O 3 x
–4
Unidade 1 – Geometria analítica no plano (pág. 154)
e) y f)
1. a) 5 3 y
1
b) 3√∫5 O x 2
2 –2
O 1 x
c) 1
d) √∫1∫0
g) y h) y
e) √∫1∫7∫ ∫+∫ ∫2∫√∫∫1∫5
∫ 2
O
f) √∫2∫(∫a∫ ∫–∫ b
∫ ∫)2 = |a – b|√∫2 –4 x
–4 O x
4. a) (4, 9)
h 1 h
b) i– , 2√∫5i
j 2 j i) y j) y 1
c) (3a + 3, 2a – 2) 1 2
1
h 9h
5. i–1, i –1 O x –1O 1 x
j 2j –1
6. a) Não
b) Sim 12. a) x ≤ –2 ∨ x > 1
c) Não b) –1 < y < 1
d) Sim c) –1 ≤ x ≤ 1 ∧ –2 ≤ y ≤ 3
7. a) Sim
d) – 4 < y < 4 ∨ y ≤ x
b) Não
c) Sim 13. k = 3
d) Não 14. a) y = 2x + 3
8. a) Reta vertical de equação x = – 4. 5
b) Semiplano (aberto) à direita da reta de equação x = 0, b) x =
2
x > 0.
15. a) y = 7x + 11
c) Semiplano (fechado) à esquerda da reta de equação
x = 5, x ≤ 5. b) Não
h 3 1h
9. a) Reta de equação y = 2x: c) (0, 11), (1, 18) e i– , i (por exemplo)
j 2 2j
y y = 2x
16. a) i. (x – 2)2 + (y – 3)2 = 2
2
ii. x2 + (y – 5)2 = 8
O 1 x
iii. (x + 1)2 + (y – 4)2 = 16
b) Pertence só à circunferência definida na alínea i.
b) Semiplano (aberto) superior à reta de equação y = –x:
17. a) C(1, 2) e raio 3.
y
y > –x h 1 h
b) C i– , √∫3i e raio √∫2.
j 3 j
–1 1
O x c) C(0, 0) e raio 1.
d) C(1, 2) e raio 3.
c) Interseção do semiplano definido pela condição x < 3 e) C(–2, 3) e raio √∫5.
com o semiplano definido pela condição y ≥ –2:
h
f) C i0, –
1h
i e raio
√∫2 .
y
j 2j 2
18. a) (x – 1)2 + (y + 2)2 ≤ 9
O 3 x b) Os pontos B e D pertencem.
–2
19. a) y b) y
10. a) b) y 2 1
y
2 O
–2 x –1 O 1 x
O 1 x x –1
–3 –1 O 1

288
c) y Aprende fazendo (pág. 182)
1. Opção (A)
2. Opção (B)
3. Opção (D)
O 1 3 6 x
4. Opção (A)
5. Opção (D)
6. Opção (B)
7. Opção (B)
d) y 8. Opção (C)
9. Opção (C)
10. Opção (D)
11. Opção (D)
O 1 3 4 x 12. Opção (B)
13. Opção (C)
14. a) √1
∫ ∫3∫7

e) y
b) √∫1∫2∫8
5
c) 5
d) √∫6∫5
2
–1 15. a) √∫5
–6 O 1 2 4x
–1 b) √∫5∫3
19
17. a) y =
2
–6 b) x = 2
3 1
c) y = x–
20. a) 1 < x2 + y2 < 4 ∧ y ≤ –x 2 4
b) (x – 2)2 + (y – 4)2 ≥ 4 ∧ y ≤ 5 1 1
d) y = – x+
c) (x2 + y2 ≤ 36 ∧ x ≥ 0 ∧ y ≥ 0) ∨ (x2 + y2 ≤ 36 ∧ x ≤ –3) 5 5
21. a) Mediatriz de [AB]; y = x + 4 19. a) M1(2, 0); M2(4, 1); M3(3, 2) e M4(1, 1)
b) Círculo de centro C e raio 4; (x – 2)2 + (y + 3)2 ≤ 16 b) (i) y = 2 ∧ 2 ≤ x ≤ 4
(ii) x = 3
c) Circunferência de centro (3, 4) e raio 4;
(x – 3)2 + (y – 4)2 = 16 (iii) (x – 4)2 + (y – 2)2 = 9
22. a) Eixo maior: 10; eixo menor: 6; distância focal: 8; (iv) y ≤ x ∧ 0 ≤ x ≤ 4 ∧ 0 ≤ y ≤ 2
focos: A(4, 0) e B(–4, 0) 20. a) Circunferência de centro C(1, –1) e raio r = 2.
b) Eixo maior: 8; eixo menor: 2√∫3; distância focal: 2√∫1∫3; b) Circunferência de centro C(0, –3) e raio r = 2√∫2.
focos: A(√∫1∫3, 0) e B(–√∫1∫3, 0) 1
c) Círculo de centro C(–4, 3) e raio r = .
2
23. a) A(–√∫7, 0) e B(√∫7, 0)
d) Exterior da circunferência de centro C(5, 0) e raio
x2 y2 r = √∫2∫0.
b) + =1
16 9
e) Interior da circunferência de centro C(–3, –5) e raio 3.
24. Elipse de focos A(–2, 0) e B(2, 0) e eixo maior 7;
h 1h
x2 y2 f) Coroa circular de centro C i2, i , sendo 2 o raio da
+ =1 j 2j
49 33 circunferência externa e √∫2 o raio da circunferência in-
4 4
terna.
25. a) Circunferência de centro (0, 0) e raio 1. 21. a) √∫6∫1
b) Elipse de eixo maior 6, eixo menor 2 e focos de coor- h1 h
denadas (2√∫2, 0) e (–2√∫2, 0). b) i , 0i
j2 j
c) Elipse de eixo maior 2√∫3, eixo menor 2√∫2 e focos de h 1h2 61
coordenadas (1, 0) e (–1, 0). c) ix – i + y2 =
j 2j 4
d) Elipse de eixo maior 10, eixo menor 4 e focos de coor- 5 5
d) y = – x+
denadas (0, √∫2∫1) e (0, –√∫2∫1). 6 12
e) Circunferência de centro (0, 0) e raio √∫6. e) (–2 ≤ x ≤ –1 ∧ –3 ≤ y ≤ 3) ∨ (y ≤ x ∧ x ≤ 3 ∧ y ≥ 0)

289
SOLUÇÕES

x2 y2
22. a) + =1 e) y
16 9 4
x2
b) + y2 = 1
25
x2 y2
c) + =1
4 49 –3 O 3 x
23. a) Elipse de eixo maior 8, de eixo menor 6 e com focos
de coordenadas A(–√∫7, 0) e B(√∫7, 0).
b) Elipse de eixo maior 4√∫5, de eixo menor 2√∫1∫1 e com –4
focos de coordenadas A(–3, 0) e B(3, 0). f) y
24. A ordenada de C é 1.
25. a) x ≤ 0 ∧ y ≤ 5 ∧ y ≥ – x 2

b) (0 ≤ x ≤ 1 ∧ 0 ≤ y ≤ 1) ∨ (–1 ≤ x ≤ 0 ∧ –1 ≤ y ≤ 0)
c) (x – 2)2 + (y – 1)2 ≤ 4 ∧ x ≤ 1 ∧ y ≤ x
–3 O 3 x
d) (y > x ∧ x ≥ 0) ∨ (y < –x ∧ y ≥ 0) ∨ (y < x ∧ x ≤ 0) ∨
∨ (y > –x ∧ y ≤ 0)
–2
e) x2 + (y – 1)2 ≥ 1 ∧ x2 + (y – 2)2 ≤ 4
x2 y2
f) (x + 6)2 + y2 = 1 ∨ + = 1 ∨ (x – 6)2 + y2 = 1 27. a) C(–1, 5) e raio 2√∫3
25 9
26. a) y
b) (1, 2√∫2 + 5) e (1, 5 – 2√∫2) (por exemplo)
7 c) O ponto A encontra-se no exterior e o ponto B no in-
terior da circunferência.
d) A circunferência não interseta o eixo das abcissas e
interseta o eixo das ordenadas nos pontos de coorde-
nadas (0, 5 + √∫1∫1) e (0, 5 – √∫1∫1)
–2 O 7 x e) y = 3x + 2
f) O ponto pertence à mediatriz de [AB].
28. a) Circunferência de centro C(1, – 4) e raio r = 3.
h1 1h
b) y b) Circunferência de centro C i , – i e raio r = 2.
j2 2j
h 1h
c) Círculo de centro C i0, i e raio r = 3.
1 j 3j
d) Exterior da circunferência de centro C(–6, 0) e raio
r = 2√∫2.
–2 O x
e) Elipse de eixo maior 12, de eixo menor 10 e com focos
de coordenadas A(–√∫1∫1, 0) e B(√∫1∫1, 0).
f) Elipse de eixo maior 4√∫2, de eixo menor 4 e com focos
de coordenadas A(–2, 0) e B(2, 0).
c) y x2 y2
29. a) + =1
36 27
x2 y2
2 b) + =1
100 25
3
O 1 5 x
x2 y2
c) + =1
100 36
–2
x 2
y2
d) + =1
4 16
3
3 11
d) y
30. a) y = x–
4 8
2
b) (x + 3)2 + y2 < 25
1 x2 y2
c) + =1
81 45
4 4
–2 –1 O 1 2 x
d) (x – 1)2 + (y – 2)2 = 4
–1 h4 8h
32. P i , i
j3 3j
–2

290
33. a) k < 29 39. a) (–8, 1)
b) k = 29 b) (0, 2)
c) k > 29 c) (3√∫2, –5)
34. a) (x = 0 ∧ y = –3) ∨ (x = –3 ∧ y = 0) 40. k = –3 e p = 5
b) x2 + y2 = 1 41. a) (1, 1)
9 h4 h
c) y = –x + b) i , 1i
2 j3 j
c) (3, –7)
d) (–3, 7)
Unidade 2 – Cálculo vetorial no plano (pág. 190)
e) (0, 10)
26. a) Por exemplo: h 3h
f) i–2, i
i. [A, B], [B, A], [B, C], [B, D] e [A, D] j 2j
ii. [A, B] e [D, C] h 11 h
g) i– , 9i
b) 12 j 2 j
c) 8 42. Por exemplo:
h 3h
27. Por exemplo: a) (– 4, 6); (2, –3); (–20, 30) e i–1, i
j 2j
a) [A, D], [D, B] e [F, E]
b) (0, 1); (0, –1); (0, 2) e (0, 10)
b) [A, F] e [C, F]
43. a) Sim
c) B≥C e D≥F
b) Sim
d) A≥D e D≥E
c) Não
e) A≥D e E≥F
d) Não
28. a) D
e) Sim
b) F
f) Sim
c) E
44. a) k = –5
d) C
b) k = 2 ∨ k = –1
e) E
45. a) A≥B = (3, –5); B≥A = (–3, 5) e B≥C = (–2, 8)
29. a) A≥G
b) D(3, 0); E(–2, 13)
b) D≥F
c) F(0, 9)
c) J≥G
d) ≤0 46. a) 2√∫5
e) B≥D b) √∫2∫6
f) EO ≥ c) √∫1∫0∫1
g) H≥Q
d) 2√∫5 + √∫2∫6
30. a) E ≥G
b) M≥ I e) √∫2
c) A≥E 47. (–4√∫5, 2√∫5) ou (4√∫5, –2√∫5)
d) H≥E 48. ≤r(1, 1); ≤s(–7, 3); ≤t(0, 1); ≤p(1, 0)
1 49. a) (x, y) = (10, 1) + k(–2, 1), k ∈R
31. –
2 b) (x, y) = (√∫2, √∫3) + k(1, 0), k ∈R
1 ≤ ≤
d; b = –2≤d; ≤c = –
≤ 5 ≤ h 1h
32. a = d c) (x ,y) = i3, – i + k(0, 1), k ∈R
3 3 j 2j
33. a) ≤x + 3≤y d) (x, y) = (1, 8) + k(2, –13), k ∈R
b) –13≤x + 17≤y 50. a) y
34. a) A≥P
b) A≥K
4
c) P≥R 3
35. a) 5√∫3 ≤v + 5≤u 2
b) 5≤v
O
a + 3≤b 7 x
1 ≤ 1 2
36. ≤x = –
2 –2
37. ≤a = ≤i + ≤j; ≤b = –2≤i + ≤j; ≤c = 2≤i + 0≤j; ≤d = 0 ≤i – ≤j b) y
38. ≤a = 2≤e1 + 2≤e2; ≤a (2, 2)
≤b = 2≤e – 2≤e ; ≤b (2, –2) 4
1 2
≤c = 2≤e1 + 0≤e2; ≤c (2, 0) 3
≤d = –2≤e + 0≤e ; ≤d (–2, 0) 2
1 2
≤f = –3≤e – 3≤e ; ≤f (–3, –3)
1 2 O 1 2 7 x
≤g = 0≤e1 + 4≤e2; ≤g (0, 4)
–2

291
SOLUÇÕES

c) y 5. Opção (B)
6. Opção (D)
4 7. Opção (D)
3 8. Opção (A)
2
9. Opção (B)
O 1 2 7 x
10. Opção (A)
–2 11. Opção (B)
12. Opção (B)
51. a) (1, – 4); (–1, –3) e (3, –5) (por exemplo) 13. Opção (A)
b) O ponto C não pertence à reta.
14. a) N≥Q
h 5h
c) i–2, – i b) AM ≥
j 2j
c) S ≥H
d) p = –10
d) A≥B
e) Vetor colinear com o vetor (–2, 1).
e) ≤0
x = 2 – 3k


52. a) , k ∈R f) R≥T
y = –4 + 7k
g) T
h2 h 2h h h) I
b) i , 0i e i0,
i
j7 j 3j j
i) L
53. a) A(1, –1); B(4, 0); ≤r(3, 1) (por exemplo) j) M
x = 3λ


b) , λ ∈R 15. a) 4≤x – 4≤y


y=λ b) 2≤x
x+1 y–4 5 13 7 ≤
x+
3 ≤
y
54. = ;y= x+ c) –
2 5 2 2 3 2
2 1 16. a) (8, 10)
55. ma = ; mb = – ; mc = 0
5 2 h 13 h
2 ≤ b) i2, – i
56. a) m = ; u(7, 2) j 5j
7 h7 3h
b) m = –1; ≤u(–1, 1) c) i , i
j3 2j
c) m = 0; ≤u(1, 0) 17. a) (x, y) = (–1, p) + k(–8, 3), k ∈R
d) m = –2; ≤u(1, –2)
b) (x, y) = (√∫2, 1) + k(√∫2, –5), k ∈R
3
57. a) y = x+9 h 1h
2 c) (x, y) = i7, – i + k(1, 0), k ∈R
j 2j
b) y = –3x + 2
d) (x, y) = (9, √∫3) + k(0, 1), k ∈R
c) y = √∫3
18. a) (x, y) = (2, 1) + k(3, –8), k ∈R
58. a) (x, y) = (0, –2) + k(5, 1), k ∈R
b) (x, y) = (0, 0) + k(1, 5), k ∈R b) (x, y) = (2, 1) + k(3, –8), k ∈[0, 1]
c) (x, y) = (0, 5) + k(1, 0), k ∈R c) (x, y) = (2, 1) + k(3, –8), k ∈[0, +∞[
59. a) y = –2x + 8 d) (x, y) = (5, –7) + k(–3, 8), k ∈[0, +∞[
5 1 19. r: y = 2; s: y = x – 2; t: y = x + 3; u: y = –x + 3; v: y = 2x – 2
b) y = x+ 20. a) y = –3x + 2
2 2
10 5 1 11
c) y = x– b) y = x+
3 3 5 5
d) y = 4x + 12 c) y = –7x +
9
1 2
60. a) y = x+1
3 3 11
d) y = x–
b) y = 6x + 1 2 2

c) y = –
3
x+1 e) y = √∫2
2 7
d) y = 1 f) y = x
2
21. a) r:(2, 3) e (1, 5); s: (1, √∫2) e (2, √∫2 – 2); t: (0, 4) e (3, 5)
Aprende fazendo (pág. 230) (por exemplo)
1. Opção (C) b) ≤r: (–1, 2) e (–2, 4); ≤s: (1, –2) e (10, –20); ≤t: (3, 1) e
2. Opção (B) (–3, –1) (por exemplo)
3. Opção (C) c) r e s são retas paralelas.
4. Opção (D) d) r: (0, 7); s: (0, √∫2 + 2); t(0, 4)

292
22. a) (x – 1)2 + (y – 2)2 ≤ 5 ∧ 0 ≤ y ≤ 2 ∧ y ≤ 2x 63. a) A(3, –4, 2); B(3, 4, 2); C(0, 4, 2); D(0, –4, 2); E(3, –4, 0);
b) (1 + √∫5, 2) F(3, 4, 0)
c) y = 2x – 2√∫5 b) Pontos F, I e C. No plano xOy o ponto F tem coorde-
d) √∫5 u.a. nadas (3, 4). No plano xOz o ponto I tem coordenadas
23. (4, –1) e (–1, –2) (3, 2). No plano yOz o ponto C tem coordenadas (4, 2).
64. a) x = 3
24. ≤u i 4√∫1∫0 , – 12√∫1∫0 i
h h
j 5 5 j b) z = 2
c) y = – 4
25. ≤u i– 6√∫2∫6 , – 30√∫2∫6 i
h h
j 13 13 j d) z = 5
e) z = 0
26. a) u ≤ (4, 3) e P hi0, – 7 hi
j 4j 65. a) B(3, 3, –6); C(0, 3, –6); D(0, 0, –6); E(3, 0, 4); F(3, 3, 4);
h 7h h7 h G(0, 3, 4); H(0, 0, 4)
b) i0, – i e i , 0i b) i. z = 4
j 4j j3 j
c) Não pertence. ii. y = 3
3 11 iii. x = 3 ∧ y = 0
d) y = – x+ iv. x = 3 ∧ z = –6
4 4
e) Não são paralelas. c) i. BF
h 1h ii. GH
f) i3, i
j 2j iii. BC
3 iv. DH (eixo Oz)
g) y = x–8
4 66. a) 3
23 b) 10
h) p =
20 c) 3√∫2
h 7 h h 32 79 h
i) i0, – i e i ,– i d) √∫1∫0∫9
j 4 j j 25 100 j
e) √∫1∫1∫8
5 35
27. y = – x+ 67. a) 5
2 4
28. a) x2 + y2 ≥ 10 ∧ y ≤ –3x + 10 ∧ y ≤ 3x + 10 b) √∫1∫4
c) 2
b) (x – 1)2 + y2 ≥ 1 ∧ (x – 2)2 + y2 ≤ 4 ∧ y ≤ √∫3 x – √∫3 ∧ d) √∫1∫9
2 2
∧ y≥0 e) √∫3∫(∫a∫ –∫ ∫ ∫b∫)2 = |a – b| √∫3
h 3 3 h
c) iy ≥ x–3 ∧ y≥– x – 3 ∧ y ≤ 0i ∨ ((x + 1)2 + 68. Triângulo escaleno.
j 2 2 j
69. Por exemplo:
+ y2 ≤ 1 ∧ y ≥ 0) ∨ ((x – 1)2 + y2 ≤ 1 ∧ y ≥ 0)
a) A(1, 0, 0) e B(3, 0, 0)
32. (x – 3)2 + (y – 2)2 = 13
b) A(7, 0, 8) e B(7, –4, 8)
33. A reta é exterior à elipse.
c) A(1, 1, 0) e B(1, 1, 10)
h 11 10 h h 45 32 h h 31 46 h
34. Sendo os pontos I i– ,– i, Ai , i, Bi , i, 70. k = –5
j 7 7j j7 7j j7 7j 71. a) 3x – y + 4z – 12 = 0
h 67 52 h h 53 66 h
A’ i– ,– i e B’ i– ,– i , os triângulos possíveis b) 2√∫3x + 14y – 24 = 0
j 7 7j j 7 7j
c) Pertence apenas ao plano definido em a).
são [IAB], [IA’B’], [IA’B] e [IAB’].
72. a) √∫6
b) √∫1∫4
Unidade 3 – Geometria analítica no espaço (pág. 238)
c) 3√∫3
61. a) Ponto B. 2
b) Ponto F. 73. a) (x – 1)2 + (y – 2)2 + (z – 3)2 = 6
c) Ponto A. b) x2 + y2 + z2 = 14
d) Ponto C. h 1h2 h 9h2 h 13 h 2 27
c) ix + i + iy – i + iz – i =
e) Ponto D. j 2j j 2j j 2j 4
62. a) A(6, 0, 0); B(6, 6, 0); C(0, 6, 0); D(0, 0, 0); E(6, 6, 6); 74. a) C(1, 2, –1) e raio 4.
F(0, 6, 6); G(0, 0, 6); H(6, 0, 6) h 1 h
b) C i– , 0, √∫3i e raio 2√∫2.
b) A(0, –6, 0); B(0, 0, 0); C(–6, 0, 0); D(–6, –6, 0); E(0, 0, 6); j 3 j
F(–6, 0, 6); G(–6, –6, 6); H(0, –6, 6) c) C(0, 0, 0) e raio 1.
c) A(3, –3, –3); B(3, 3, –3); C(–3, 3, –3); D(–3, –3, –3); d) C(1, 2, –3) e raio 3.
E(3, 3, 3); F(–3, 3, 3); G(–3, –3, 3); H(3, –3, 3) e) C(–2, 0, 3) e raio √∫5.

293
SOLUÇÕES

, –3i e raio √∫5∫3 .


h 3 h
75. a) C i1, 83. a) Sim
j 2 j 2
b) Sim
h 3h2 53
b) i. iy – i + (z + 3) = 2
∧ x=1 c) Sim
j 2j 4
d) Não
h 3 h 2 17
ii. (x – 1)2 + iy – i = ∧ z=0 h h
j 2j 4 84. i– 4√∫6 , 8√∫6 , 4√∫6 i
j 3 3 3 j
1
76. a) (x – p)2 + y2 + (z + √∫5)2 ≤ 85. a) (x, y, z) = (–1, 3, 1) + k(0, 1, 2), k ∈R
9
b) x + z ≤ 1 ∧ y = 0
2 2
b) x = –1 ∧ y = 3 + k ∧ z = 1 + 2k, k ∈R
c) (y – 1) + (z – 3) ≤ 1 ∧ x = 2
2 2
d) P(–1, 0, –5)
d) (x – 1)2 + (y – 2)2 + (z – 3)2 ≤ 100 ∧ x < 0 ∧ y < 0 ∧
∧ z>0
e) x2 + y2 + z2 ≤ 49 ∧ z ≤ 0
Aprende fazendo (pág. 268)
1. a) Opção (C)
b) Opção (B)
Unidade 4 – Cálculo vetorial no espaço (pág. 257)
2. Opção (C)
77. Por exemplo: 3. Opção (D)
a) [A, B], [B, C], [C, G], [G, E] e [D, F] 4. Opção (C)
b) [A, O] e [B, C] 5. Opção (B)
c) [A, O] e [C, B] 6. Opção (B)
d) A≥F e F≥C 7. Opção (D)
e) A≥E e G≥C 8. Opção (C)
78. a) K 9. Opção (A)
b) H 10. Opção (C)
c) K 11. Opção (A)
d) C 12. Opção (B)
e) A≥G 13. Opção (B)
f) D≥L 14. a) A(7, 5, 9), B(7, 8, 9), C(4, 8, 9), D(4, 5, 9), E(7, 5, 6),
g) J ≥H F(7, 8, 6), G(4, 8, 6), H(4, 5, 6)
h) ≤0 b) A(1, 0, 2), B(1, 6, 2), C(1, 6, –2), D(1, 0, –2), E(–1, 0, 2),
i) E≥G F(–1, 6, 2), G(–1, 6, –2), H(–1, 0, –2)
j) C≥E c) A(3, –2, 0), B(3, 0, 0), C(0, 0, 0), D(0, –2, 0), E(3, –2, 5),
k) C≥G F(3, 0, 5), G(0, 0, 5), H(0, –2, 5)
l) JH ≥
15. a) M(3, 3, 6); N(6, 0, 0); O(0, 0, 0); P(0, 6, 0); Q(6, 6, 0);
79. a) A
R(6, 0, 6); S(0, 0, 6); T(0, 6, 6); U(6, 6, 6); V(3, 3, 9)
b) J
b) (i) y = 6
c) I ≥L
(ii) x = 6 ∧ z = 6
d) ≤0
(iii) z = 9
80. O≥B = 3≤e1 + 4≤e2 + 0≤e3;
(iv) x = 3
O≥B(3, 4, 0)
(v) (x – 3)2 + (y – 3)2 + (z – 9)2 = 9
O≥G = 3≤e1 + 4≤e2 + 2≤e3;
16. a) F
O≥G(3, 4, 2)
E≥F = 3≤e1 + 0≤e2 + 0≤e3; b) I
E≥F(3, 0, 0) c) C
E≥D = 0≤e1 + 4≤e2 + 0≤e3; d) K
E≥D(0, 4, 0) e) ≤0
F≥D = –3≤e1 + 4≤e2 + 0≤e3; f) G≥F
F≥D(–3, 4, 0) g) A≥E
81. k = 4 e p = √∫5 ou k = 4 e p = –√∫5 h) H≥F
82. a) (0, –3, 10) 17. a) (7, –6, –17)
h 2 h h3 h
b) i– , 0, 2i b) i , 4, 1i
j 3 j j2 j
c) (–10, 3, 20) c) (–8, 0, 12)
h 1 h d) (0, –4, 0)
d) i2, , –1i
j 2 j e) (1, 2, 3)
e) (2, 0, –6); (–2, 0, 6); (10, 0, –30) (por exemplo) h 8h
f) i1, 0, – i
h1 3 13 h j 5j
f) i , ,– i
j2 2 2j

294
18. a) (i) (x, y, z) = (2, 0, 0) + k(–2, 2, 2), k ∈R 26. a) D(0, –3, 0), E(3, 0, 7), G(–3, 0, 7), H(0, –3, 7)
(ii) (x, y, z) = (2, 2, 0) + k(1, 0, 0), k ∈R b) (–3, 3, –14); √∫2∫1∫4
(iii) (x, y, z) = (2,0,0) + k(0, 0, 1), k ∈R
c) i0, 6√∫8∫5 , 7√∫8∫5 i
h h
(iv) (x, y, z) = (2, 0, 0) + k(0, 0, 1), k ∈[0, 1] j 17 17 j
x=0 h 7h
 

d) (x, y, z) = i0, 3, i + k(–3, 3, 0), k ∈R


j 2j
b) (i) y = 2 – 2k, k ∈R
x=k


z = 2 + 2k
e) y = 3, k ∈R
x=2–k z=7
(ii) y = 1 – 2k, k ∈R h 7 h 2 85
f) x2 + y2 + iz – i =
z = 5k j 2j 4
x = –2 + k


19. a) (x, y, z) = (1, –2, 3) + k(–2, –1, 4), k ∈R;
27. a) y = 1 + k, k ∈R
x = 1 – 2k


z = –3k
y = –2 – k, k ∈R
b) (0, 3, –6)
z = 3 + 4k
c) (x + 1)2 + (y – 2)2 + (z + 3)2 ≤ 11
b) Não pertence à reta.
28. a) A(2 + √∫2, 2 + √∫2, 2 + √∫2) e B(2 – √∫2, 2 – √∫2, 2 – √∫2)
c) p = 1 b) O ponto médio de [AB] é o centro da superfície esfé-
20. b) A(2, 0, 0); B(4, 2, 0); C(2, 4, 0); D(0, 2, 0); E(2, 0, 2√∫2); rica, logo, a corda [AB] é um diâmetro da superfície
F(4, 2, 2√∫2); G(2, 4, 2√∫2); H(0, 2, 2√∫2) esférica.
21. a) A(–4, 0, 0) 29. a) (2, 2, 4) e r = 2√∫6
b) O triângulo é isósceles. b) A(4, 0, 0), B(4, 4, 0), C(0, 4, 0), O(0, 0, 0), D(4, 0, 8),
c) (0, 0, 4√∫3) ou (0, 0, –4√∫3) E(4, 4, 8), F(0, 4, 8), G(0, 0, 8)
22. Não, os três pontos não são colineares. c) a = – 2 ∧ b = – √∫6
12
23. a) O(0, 0, 0), A(2, 0, 0), B(2, 2, 0), C(0, 2, 0), D(2, 0, 2),
30. a) D(8, –12, 1); H(20, –18, –3); G(23, –16, 3); F(25, –10, 0)
E(2, 2, 2), F(0, 2, 2), G(0, 0, 2), H(1, 1, 4); I(1, 1, –2)
b) 686 u.v.
b) Afirmação falsa.
c) (x – 16)2 + (y + 9)2 + (z + 4)2 = 49
c) (i) x = 2
d) x – 4y + 9z – 65 = 0
(ii) x = 1 ∧ y = 1
31. 3
(iii) z = –2
32. a) F(2, 2, 7), G(0, 2, 7), V≥H = (–1, –1, –3)
(iv) x = 0 ∧ z = 2
b) V≥B = (3, 3, –9); D(–2, –2, 1)
(v) (x – 1)2 + (y – 1)2 + (z – 1)2 ≤ 1

d) (i) ID
Desafios (pág. 277)
(ii) A
1. a) (x – 6)2 + y2 = 62
(iii) A≥D (por exemplo)
b) C1: (x – 5)2 + y2 = 62
(iv) 2√∫3
C2: (x – 4)2 + y2 = 62
e) (i) y = 1
C3: (x – 3)2 + y2 = 62
(ii) x + y – 2z + 3 = 0
C4: (x – 2)2 + y2 = 62
f) (x – 1)2 + (y – 1)2 + (z + 2)2 = 18 C5: (x – 1)2 + y2 = 62
g) u≤ (– 4√∫3, 4√∫3, 4√∫3)
C6: x2 + y2 = 62
h 1h2
24. a) (x – 3)2 + (y – 2)2 + iz – i ≤ 9 C7: (x + 1)2 + y2 = 62
j 2j
b) x + 3y – z – 3 = 0 C8: (x + 2)2 + y2 = 62
h 5h2 h 1h2 11 C9: (x + 3)2 + y2 = 62
c) ix – i + iy – i + (z – 1)2 =
j 2 j j 2j 4 C10: (x + 4)2 + y2 = 62
25. a) (x – 6)2 + (z + 1)2 = 7 ∧ y = 3; circunferência de centro C11: (x + 5)2 + y2 = 62
(6, 3, –1) e raio √∫7 contida no plano de equação y = 3. c) Sim, é solução da C6.
b) y2 + (z – 1)2 ≤ 16 ∧ x = –1; círculo de centro (–1, 0, 1) d) Embora não pareça, é o da esquerda.
e raio 4 contido no plano de equação x = –1.
2. a) √∫a2∫ ∫ ∫+∫ 1

c) z2 ≤ 5 ∧ x = 0 ∧ y = 0; segmento de reta de extremos
(0, 0, √∫5) e (0, 0, –√∫5). b) √∫a2∫ ∫ ∫+∫ 1
∫ –1
d) (x – 3)2 + (y + 2)2 = –3; conjunto vazio. c) a = √∫1∫5 ≈ 3,86

295

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