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Aula 5 - Caracterização de Fontes de Poluição

Fontes de Poluição
• Pontual: contribuição de forma direta e identificável,
como unidades habitacionais, indústrias, comércios,
etc., podendo ser caracterizadas e controladas.

• Difusa: contribuição de forma indireta, normalmente


ocorrem com águas pluviais que transportam
substâncias poluentes presentes nas superfícies, difícil
caracterização e controle.
Técnicas de controle da poluição das águas
Para evitar as consequências da poluição das águas é necessário o uso de
medidas de controle, sendo as principais, apresentadas a seguir:

• Coleta e tratamento de esgotos domésticos e industriais.


• Disposição adequado dos resíduos sólidos.
• Aplicação controlada de fertilizantes e pesticidas.
• Controle de focos de erosão.
• Remoção de sedimentos e macrófitas (lagos e represas).
• Recuperação e revitalização de cursos d’água.
• Controle da retirada de água dos cursos d’água.
• Controle dos usos e ocupação do solo.
Sistemas Industriais

• Origem dos efluentes industriais


– Esgotos domésticos;
– Efluentes do processo produtivo;
– Águas de refrigeração e de lavagem de equipamentos;
– Efluentes de equipamentos de controle de poluição
atmosférica;
– Águas pluviais contaminadas;
– Efluentes de lavagem de pisos.
Sistemas Industriais
• Coleta de dados
– Período de funcionamento (horários e regimes cíclico ou contínuo);
– Número de funcionários (carga orgânica dos esgotos domésticos; contabilizar
produção e administração; existência de refeitório);
– Fluxograma do processamento industrial (matérias primas e produtos auxiliares
distintos gerando um efluente específico; verificar a necessidade de segregação) ;
– Planta da fábrica (pontos de amostragem e localização de medidas de controle
interno);
– Matérias-prima utilizadas (parâmetros a serem analisados, princípio ativo,
quantidade, armazenamento, segurança);
Sistemas Industriais

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• Coleta de dados
– Produção (produtos fabricados, quantidade, frequência, embalagem, armazenamento e %
de agua no produto);

– Uso da água (processo indust., lavagem de piso, equipamentos, esgotos domésticos);


– Efluentes gerados (período e frequência do descarte, segregação ou não, medição de vazão
e acesso ao ponto de amostragem);
– Sistema de tratamento de efluentes se existir (pontos de amostragem e parâmetros a serem
analisados);
– Condição de funcionamento dos equipamentos (perdas de matérias prima ou produtos e
aumento no efluente gerado);
– Condições de gerenciamento (preocupação com controle de poluição, empresas com SGA).
Sistemas Industriais

• Caracterização dos Efluentes


É bastante variada, mesmo se tratando de um mesmo setor
industrial, pois depende das matérias-primas, tecnologias de
processo, idade da indústria, etc.
Sistemas Industriais
Características Típicas de Efluentes Industriais
Setor Concentração
DBO
(mg/L)
Açúcar e Álcool
Lavagem da cana 220
Condensado dos evaporadores 800
Condensado barométricos 90

Restilo 15.000
Lavagem das dornas 5.000
Fonte: Notas Técnicas elaboradas pela Cetesb, exceto onde indicado.
Sistemas Industriais
Características Típicas de Efluentes Industriais
Setor Concentração
DBO
(mg/L)
Abatedouro Bovino(1) 2.000
Abate suíno (1) 1.250
Curtumes
Curtimento vegetal 2.430
Curtimento ao cromo 2.576
Fonte: Notas Técnicas elaboradas pela Cetesb, exceto ondeindicado.
(1) Fonte: Guias de P+L publicadas pela Cetesb em parceria com a Fiesp.
Sistemas Industriais
Características Típicas de Efluentes Industriais
Setor Concentração
DBO
(mg/L)
Laticínios

Posto de recepção e refrigeração de leite 1033

Leite pasteurizado e manteiga 487 ; 1319

Leite condensado 875

Leite em pó 761

Fonte: Notas Técnicas elaboradas pela Cetesb, exceto ondeindicado.


(1) Fonte: Guias de P+L publicadas pela Cetesb em parceria com a Fiesp.
Sistemas Industriais
Características Típicas de Efluentes Industriais
Setor Concentração
DBO
(mg/L)
Papel e Celulose
Beneficiamento da madeira (1) 0,1 - 5,0

Cozimento (1) 0,8 - 1,2

Lavagem e depuração (1) 5,0 - 8,0

Branqueamento (1) 3,0 - 5,0


Fonte: Notas Técnicas elaboradas pela Cetesb, exceto ondeindicado.
(1) Fonte: Guias de P+L publicadas pela Cetesb em parceria com a Fiesp.
Sistemas Industriais
Características Típicas de Efluentes Industriais
Setor Concentração
DBO
(mg/L)
Secagem da celulose (1) 0,5 - 2,0
Evaporação de licor negro (1) 0,2 - 1,0
Caldeira de recuperação (1) 0,5 - 1,0
Caustificação (1) 2,0 - 4,0

Forno de cal (1) 0,5 - 1,0


Fonte: Notas Técnicas elaboradas pela Cetesb, exceto ondeindicado.
(1) Fonte: Guias de P+L publicadas pela Cetesb em parceria com a Fiesp.
Sistemas Industriais
Características Típicas de Efluentes Industriais
Setor Concentração
DBO
(mg/L)
Cervejas e Refrigerantes
Efluente de indústria de refrigerante 940 a 1.335

Efluente Cervejarias 1.611 a 1.784


Indústria Cítrica 2.279
Fonte: Notas Técnicas elaboradas pela Cetesb, exceto ondeindicado.
(1) Fonte: Guias de P+L publicadas pela Cetesb em parceria com a Fiesp.
Sistemas Industriais
• Equivalente Populacional
– É o indicador do potencial poluidor de um efluente industrial referido
ao número de habitantes de um município.

EP (hab.) = Carga da substância da indústria (kg/d)


Contribuição per capita da substância (kg/hab.d)

– Utiliza-se concentração de DBO5,20 para relacionar o potencial


poluidor de um efluente industrial com o esgoto doméstico.
– Utiliza-se teor de sólidos filtráveis para relacionar a produção de lodo
de um efluente industrial com o esgoto doméstico.
Sistemas Industriais
• Equivalente Populacional
– Pode ser utilizado para taxação dos efluentes
industriais quando do seu lançamento em rede
pública.
– Não representa o impacto do efluente industrial em
termos de tratamento, uma vez que pode não
possuir a mesma tratabilidade do esgotos
doméstico.
Sistemas Industriais
Equivalentes Populacionais por Atividade Industrial
Atividade Industrial Unidade Equivalente
Populacional (hab.)
(*)

Lacticínio sem queijaria 1000 L leite 25 - 70


Lacticínio com queijaria 1000 L leite 45 - 230
Curtume 1 ton. de pele 100 - 3500
Fábrica de papel 1 ton. de papel 200 - 900
(*) Equivalente Populacional de águas residuárias das indústrias, referidos a uma DBO5 de 60
g./habxdia. Para transformar os valores acima em outros baseados na equivalência de 54 g
DBO5/habxdia, acrescentar 10%.
Fonte: Imhoff, K., Imhoff, K.R. Manual de Tratamento de Águas Residuárias. 1ªed. 1986.
Sistemas Industriais
• Fator de Emissão

- Representa o potencial poluidor de determinada


indústria e se refere a quantidade efluente ou
carga orgânica emitida em função da matéria-
prima utilizada ou produção industrial.
Sistemas Industriais
Fatores de Emissão de Despejo Industrial em m3 e Kg DBO

Vazão Carga Orgânica


Setor Base Específica Específica
(m3/base) (kg DBO/base)
Açúcar e Álcool
Lavagem da cana 1 t de cana 5.000 1.100
Condensado dos evaporadores 1 t de cana 580 465
Condensado barométrico 1 t de cana 11.185 1.000
Restilo 1 t de cana 360 5.400
Lavagem das dornas 1 t de cana 20,00 100

Fonte: Notas Técnicas elaboradas pela Cetesb, exceto onde indicado.


(1) Guias de P+L publicadas pela Cetesb em parceria com a Fiesp.
Sistemas Industriais
Fatores de Emissão de Despejo Industrial em m3 e Kg DBO
Vazão Carga Orgânica
Setor Base Específica Específica
(m3/base) (kg DBO/base)
Abatedouro Aves 1.000 aves 11,90 9,9
Recepção - processo seco 1.000 aves 2
Recepção - processo úmido 1.000 aves 14
Sangria 1.000 aves 8
Sangria com recuperação
1.000 aves 7,7 a 8,1
do sangue
Depenagem 1.000 aves 5,30
Evisceração 1.000 aves 11,70
Fonte: Notas Técnicas elaboradas pela Cetesb, exceto onde indicado.
(1) Guias de P+L publicadas pela Cetesb em parceria com a Fiesp.
Sistemas Industriais
Fatores de Emissão de Despejo Industrial em m3 e Kg DBO
Vazão Carga
Específica Orgânica Específica
Setor Base (m3/base) (kg DBO/base)
Abatedouro Bovino 1.000 kg peso "in
4,323 6,3
vivo"
Abate bovino (1) cabeça 1-5
Abate suíno (1) cabeça 0,5 - 2,0
Curtumes
t de pele
22,00 55
Curtimento vegetal processada
t de pele
34,00 88
Curtimento ao cromo processada
Curtume – convencional (1) t de pele 31,93 48 a 86
Fonte: Notas Técnicas elaboradas pela Cetesb, exceto onde indicado.
(1) Guias de P+L publicadas pela Cetesb em parceria com a Fiesp.
Sistemas Industriais
Fatores de Emissão de Despejo Industrial em m3 e Kg DBO
Vazão Carga
Específica Orgânica
Setor Base (m3/base) Específica
(kg DBO/base)
Laticínios
Posto de recepção e
t de leite processado 1,06 1,1
refrigeração de leite
Leite pasteurizado e
t de leite processado 0,83 1,09
manteiga
Leite condensado t de leite processado 3,20 2,8
Leite em pó t de leite processado 5,40 4,1
Leite pasteurizado e iogurte t de leite processado 4,10 14,24
Fonte: Notas Técnicas elaboradas pela Cetesb, exceto onde indicado.
(1) Guias de P+L publicadas pela Cetesb em parceria com a Fiesp.
Sistemas Industriais
Fatores de Emissão de Despejo Industrial em m3 e Kg DBO
Vazão Carga
Específica Orgânica
Setor Base (m3/base) Específica
(kg DBO/base)
Papel e Celulose t celulose seca ao ar 50,00 18
Cervejas e Refrigerantes
Efluente de indústria de
m3 refrigerante 4,00 4,8
refrigerante
Efluente Cervejarias m3 cerveja 5,50 a 8,30 9,43 a 11,8
Indústria Cítrica t de laranja 0,90 2
Frigoríficos (1) t peso vivo 4,80 - 6,70 5,2 - 6,7
Fonte: Notas Técnicas elaboradas pela Cetesb, exceto onde indicado.
(1) Guias de P+L publicadas pela Cetesb em parceria com a Fiesp.
Sistemas Industriais
• Vazão Efluentes
Q (m3/d) = Produção (base/d) x Vazão Específica (m3/base)

• Carga Orgânica Potencial


COP (kg/d) =Produção (base/d) x Carga Org. Espec. (kg DBO/base)

• Concentração DBO
C (kg/m3) = Carga Orgânica Potencial (kg/d)
Vazão Efluente (m3/d)

C (mg/L) = C (kg/m3) x 1.000


Sistemas Esgotos Urbanos
• Esgotos urbanos são gerados principalmente em residências, edifícios
comerciais ou qualquer edificação que contenha instalações de
banheiros, cozinhas, lavanderias ou que utilize águas para fins
domésticos.

• Coleta de Dados
– Dados gerais do município (físicos, uso e ocupação, socio-econômicas das
comunidade)
– Abastecimento de água (pontos de captação, pop abastecida, vazão, tratamento,
ligações ativas)
– Esgotos sanitários (pontos de lançamento, extensão, numero de elevatórias, etc.)
Sistemas Esgotos Urbanos
• Tipos de Sistemas
– Individuais: atendem residências unifamiliares ou
pequeno número de contribuintes, recomendado para
áreas com baixa densidade populacional e com nível de
lençol freático adequado uma vez que normalmente a
disposição final do efluente tratado envolve infiltração.

– Coletivos: incluem afastamento das contribuições e


encaminhamento para sistemas de tratamento
normalmente distante da área atendida, recomendado
para áreas com elevada densidade populacional.
Sistemas Esgotos Urbanos
Características dos esgotos domésticos
• Dependem do uso da água, condições sócio- econômicas, hábitos da
população e condições climáticas.
• São formados por aproximadamente 99,9% de água e 0,1% de impurezas.
• Geração per capita: 1,80 L de excreta/d, sendo:
o 350 g sólidos secos,
o 90 g matéria orgânica,
o 20 g nitrogênio,
o + outros nutrientes.
• Estima-se que de 60 a 80% da água
consumida se transforme em esgotos.
Sistemas Esgotos Urbanos
Características Típicas dos Esgotos Domésticos
Parâmetro (mg/L) Esgoto Forte Esgoto Médio Esgoto Fraco

DQO 800 400 200


DBO 400 200 100
Oxigênio Dissolvido 0 0 0
Nitrogênio Total 85 40 20
Nitrogênio Orgânico 35 20 10
Amônia Livre 50 20 10
Nitrito, NO2 0,10 0,05 0
Nitratos, NO3 0,40 0,20 0,10
Fósforo Total 20 10 5
Fósforo Orgânico 7 4 2
Fósforo Inorgânico 13 6 3
Fonte: Jordão, E.P., Pêssoa, C.A. Tratamento de Esgotos Domésticos. 4ª Ed. 2005
Sistemas Esgotos Urbanos
Organismos patogênicos encontrados nos esgotos domésticos
Organismo Tipo Doença Causada
Vírus de Hepatite A Vírus Hepatite infecciosa
Poliovírus Vírus Poliomielite, febre, meningite
Echovírus Vírus Diarréia, febre, meningite,
doenças respiratórias
Coxsackies Vírus Febre, meningite, doenças
respiratórias
Adenovírus Vírus Doenças respiratórias, infecção
de olhos
Rotavírus Vírus Diarreia e vômitos, gastroenterite
Calicivírus Vírus Diarreia e vômitos
Salmonella Typhi Bactéria Febre tifoide
Fonte: Adaptado do Feachen, at all. Sanitation and Disease: Health Aspects of Excreta and Wastewater Management. 1983,
Crook, J. Wastewater Reclamation and Reuse.1998, Madigan et all. Brock Biology of Microorganisms. 2000.
Sistemas Esgotos Urbanos
Organismos patogênicos encontrados nos esgotos domésticos
Organismo Tipo Doença Causada
Vibrio cholerae Bactéria Cólera, diarréia aguda,
desidratação
Salmonelas Bactéria Intoxicação alimentar, diarreias,
febre tifoide
Leptospira Bactéria Leptospirose
Shigela Spp Bactéria Disenteria bacilar
Crypstoporidium Protozoário Diarréia
parvum
Entamoeba Protozoário Disenteria amebiana
Histolytyca
Fonte: Adaptado do Feachen, at all. Sanitation and Disease: Health Aspects of Excreta and Wastewater Management. 1983,
Crook, J. Wastewater Reclamation and Reuse.1998, Madigan et all. Brock Biology of Microorganisms. 2000.
Sistemas Esgotos Urbanos
Organismos patogênicos encontrados nos esgotos domésticos

Organismo Tipo Doença Causada


Giardia lambia Protozoário Diarréia leve e severa, náusea,
indigestão
Ascaris Lumbricoides Helminto Ascaridíase (lombriga)
Taenia saginata Helminto Taeníase
e solium
Schistosoma Helminto Esquistossomose
Mansoni

Fonte: Adaptado do Feachen, at all. Sanitation and Disease: Health Aspects of Excreta and Wastewater Management. 1983,
Crook, J. Wastewater Reclamation and Reuse.1998, Madigan et all. Brock Biology of Microorganisms. 2000.
Sistemas Esgotos Urbanos
Organismos patogênicos encontrados nos esgotos domésticos - Indicadores
Contribuição Concentração
Tipo Organismo
(org/habxd) (org/100 mL)
Coliformes Totais 109 - 1013 106 - 1010
Coliformes 109 - 1012 106 - 109
Termotolerantes
E. coli 109 - 1012 106 – 109
Clostridium perfringens 106 – 108 103 – 105
Bactérias Enterococos 107 – 108 104 – 105
Estreptococos fecais 107 - 1010 104 – 107
Pseudomonas 106 – 109 103 – 106
aeruginosa
Shigella 103 – 106 100 – 103
Salmonella 105 – 107 102 – 104
Fonte: Arceivala (1981), EPA (1993), Rose (2003), Chernicharo (2001), Metcalf & Eddy (2003), Bastos et al (2003), apud Von Sperling, 2005.
Sistemas Esgotos Urbanos
Organismos patogênicos encontrados nos esgotos domésticos - Indicadores

Contribuição Concentração
Tipo Organismo
(org/habxd) (org/100 mL)
Cryptosporidium 104 – 106 101 - 103
parvum (oocistos)
Protozoários Entamoeba histolytica 104 – 108 101 – 105
(cistos)
Giardia lamblia (cistos) 104 – 107 101 – 104
Helmintos (ovos) 103- 106 100 – 103
Helmintos
Ascaris lumbricoides 101 – 106 102 – 103
Vírus entéricos 105 – 107 102 – 104
Vírus
Colifagos 106 – 107 103 – 104

Fonte: Arceivala (1981), EPA (1993), Rose (2003), Chernicharo (2001), Metcalf & Eddy (2003), Bastos et al (2003), apud Von
Sperling, 2005.
Sistemas Esgotos Urbanos
• Cálculo da Vazão

Q (L/d) = Pop. (hab.) x Contribuição de esgoto (L/hab.xd)

Q (L/d)=Pop. (hab.) x Cons. per capita de água (L/hab.xd) x c

c – coeficiente de retorno Água/Esgoto – 0,60 a 0,80

Q (m3/d) = Q (L/d)
1.000
Sistemas Esgotos Urbanos
Contribuição Diária de Despejos por Tipo de Prédio e de Ocupantes

Contribuição de
Prédio Unidade
esgoto (L/d)
1. Ocupantes permanentes
Residência
Padrão alto Pessoa 160
Padrão médio Pessoa 130
Padrão baixo Pessoa 100
Hotel (exceto lavanderia e cozinha) Pessoa 100
Alojamento provisório Pessoa 80
Fonte: NBR 7229/93 - Projeto, construção e operação de sistemas de tanques sépticos
Sistemas Esgotos Urbanos
Contribuição Diária de Despejos por Tipo de Prédio e de Ocupantes
Contribuição de
Prédio Unidade
esgoto (L/d)
2. Ocupantes temporários
Fábrica em geral Pessoa 70
Escritório Pessoa 50
Edifício público ou comercial Pessoa 50
Escolas (externatos) e locais de longa permanência Pessoa 50
Bares Pessoa 6
Restaurantes e similares Pessoa 25
Cinemas, teatros e locais de curta permanência Lugar 2
Sanitários públicos (Apenas de acesso aberto ao público Bacia 480
(estação rodoviária, ferroviária, logradouro público, estádio de esportes, sanitária
locais para eventos etc.).
Fonte: NBR 7229/93 - Projeto, construção e operação de sistemas de tanques sépticos
Sistemas Esgotos Urbanos
• Cálculo de Cargas Poluidoras
Carga (kg/d) = Pop. (hab.) x Carga per capita (g/hab.xd)
1.000 (g/kg)

Carga (kg/d) = Concentração (g/m3) x Vazão (m3xd)


1.000 (g/kg)

• Concentração
C (kg/m3) = Carga Orgânica Potencial (kg/d)
Vazão Efluente (m3/d)
C (mg/L) = C (kg/m3) x 1.000
Sistemas Esgotos Urbanos
Contribuição Diária de Carga Orgânica por Tipo de Prédio e de Ocupantes
Contribuição de carga
Prédio Unidade
orgânica (g DBO/d)
1. Ocupantes permanentes
Residência
Padrão alto Pessoa 50
Padrão médio Pessoa 45
Padrão baixo Pessoa 40
Hotel (exceto lavanderia e Pessoa 30
cozinha)
Alojamento provisório Pessoa 30
Fonte: NBR 13.969/97 - Tanques sépticos - Unidades de tratamento complementar e disposição final dos efluentes líquidos - Projeto, construção e operação.
Sistemas Esgotos Urbanos
Contribuição Diária de Carga Orgânica por Tipo de Prédio e de Ocupantes
Contribuição de carga
Prédio Unidade
orgânica (g DBO/d)
2. Ocupantes temporários
Fábrica em geral Pessoa 25
Escritório Pessoa 25
Edifício público ou comercial Pessoa 25
Escolas (externatos) e locais Pessoa 20
de longa permanência
Bares Pessoa 6
Restaurantes e similares Pessoa 25
Cinemas, teatros e locais de Lugar 1
curta permanência
Sanitários públicos (1) Bacia sanitária 120
(1) Apenas de acesso aberto ao público (estação rodoviária, ferroviária, logradouro público, estádio de esportes, etc.).
Fonte: NBR 13.969/97 - Tanques sépticos - Unidades de tratamento complementar e disposição final dos efluentes líquidos - Projeto, construção
e operação.
Origem Agropecuária
• Está relacionada aos excrementos de animais e ao
uso de defensivos agrícolas e fertilizantes.
• Os excrementos de animais é significativa em
casos de produção confinada ou estábulos e o seu
potencial poluidor normalmente é calculada em
termos de equivalente populacional.
Origem Agropecuária
Equivalentes Populacionais para Excrementos de Animais

Origem dos Despejos Equivalente Populacional (hab.)


Homem 1,00
Vaca 16,40
Cavalo 11,30
Galinha 0,014
Ovelha 2,45
Porco 3,00
Fonte: Derísio, J.C. Introdução ao Controle de Poluição Ambiental, 3ª Ed., Signus Editora. 2007.
Origem Agropecuária

• Caracterização das fontes de poluição devido ao uso


de defensivos agrícolas:
– Localização das lavouras em relação aos corpos d’água;
– Características do defensivo agrícola utilizado (tipo,
quantidade, toxicidade para peixes, forma e período de
aplicação, equipamentos utilizados);
– Existência de medidas de conservação do solo e da flora
ribeirinha;
Origem Agropecuária
• Caracterização das fontes de poluição devido ao uso de defensivos
agrícolas:
– Processo de descarte de restos de formulações e águas
de lavagem de equipamento;
– Condições ambientais como tipo de solo e fatores climáticos como
temperatura, chuva e vento;
– Tipo de cultura, existência de irrigação.
• Para a caracterização da poluição provocada pelo uso de fertilizantes
deve-se verificar a facilidade de carreamento dessas substâncias,
devido a sua aplicação sem proteção adequada, quando da ocorrência
de enxurradas em épocas de chuva.
Exercício
1. Determine a vazão (m3/d), carga orgânica potencial (Kg DBO/d), a
concentração de DBO (mg/L de O2) e o equivalente populacional do
efluente (bruto) gerado no abate diário de 5.000 porcos.
Dados:
Fatores de emissão:
• Vazão específica: 0,40 m3 (efluente)/porco
• Carga orgânica específica: 0,60 kg DBO/porco
• Contribuição per capita de carga orgânica: 0,054 kg DBO/hab.xdia
• Vazão Efluentes
Q (m3/d) = Produção (base/d) x Fator de Emissão (m3/base)
Q = 5.000 porcos/d x 0,40 m3/porco = 2.000 m3/d

• Carga Orgânica Potencial


COP (kg/d) = Produção (base/d) x Fator de Emissão (kg DBO/base)
COP = 5.000 porcos/d x 0,60 kg DBO/porco = 3.000 kg/d

• Concentração DBO
C (kg/m3) = Carga Orgânica (kg/d) = 3.000 = 1,50 kg DBO/m3
Vazão Efluente (m3/d) 2.000

C (mg/L) = C (kg/m3) x 1000 = 1,50 x 1000 = 1.500 mg/L


• Equivalente Populacional
EP (hab.) = Carga Orgânica Potencial (kg DBO/d)
Contribuição per capita (kg DBO/hab.d)

EP (hab.) = 3.000 kg DBO/d = 55.556 hab.


0,054 kg DBO/hab.d
Exercício
2. Determine a vazão (m3/d), carga orgânica potencial (Kg DBO/d) e a
concentração de DBO (mg/L de O2) dos esgotos sanitários gerados em um
município de 30.000 habitantes.
Dados:
• Consumo per capita de água: 200 L/hab. x dia
• Coeficiente de retorno: 0,80
• Contribuição per capita de carga orgânica: 0,054 kg DBO/hab. x dia
• Vazão Efluentes
Q (L/d) = Pop (hab) x Cons. per capita água (L/habxd) x coef. retorno
Q = 30.000 x 200 x 0,80 = 4.800.000 L/d
Q = 4.800 m3/d

• Carga Orgânica Potencial


CO (kg/d) = Pop (hab) x Contr. per capita CO (kg/habxd)
CO = 30.000 x 0,054 = 1.620 kg DBO/d

• Concentração DBO
DBO(kg/m3)=Carga Orgânica (kg/d)= 1.620 = 0,3375kg DBO/m3
Vazão Efluente (m3/d) 4.800

DBO (mg/L) = DBO (kg/m3) x 1000 = 337,50 mg/L


REFERÊNCIAS

FUGITA, S. R. Apresentações da disciplina de FUNDAMENTOS DO


CONTROLE DE POLUIÇÃO DAS ÁGUAS. São Paulo – SP. Curso De Pós-
graduação “Conformidade Ambiental Com Requisitos Técnicos e
Legais”. Cesteb. Acesso em: 22/08/2019.

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