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Aula 6 - Legislação Ambiental de CPA

Prof. Eloá Cristina Figueirinha Pelegrino


Legislação Ambiental de CPA
• No Brasil a legislação relativa aos assuntos de meio ambiente é
dividida em três níveis hierárquicos: o Governo Federal estabelece as
normas gerais para todo o território nacional, o Estado estabelece
normas peculiares e o Município estabelece as normas que visam
atender aos interesses locais.

• Atualmente existem diversas leis para a proteção ambiental e gestão


dos recursos ambientais para assegurar sua preservação e manejo
sustentado.
CLASSIFICAÇÃO DOS CORPOS DE
ÁGUAS DOCES, SALINAS E SALOBRAS
DO TERRITÓRIO NACIONAL

Capítulo II

RESOLUÇÃO CONAMA Nº 357 de


17/03/2005
“ÁGUAS DOCES” (Artigo 4° CONAMA 357/05)

I - Classe Especial - águas destinadas:


a)ao abastecimento para o consumo humano, com desinfecção;
b)à preservação do equilíbrio natural das comunidades
aquáticas; e
c)à preservação dos ambientes aquáticos em unidades de
conservação de proteção integral.
“ÁGUAS DOCES” (Artigo 4° CONAMA 357/05)
II - Classe 1 - águas que podem ser destinadas:
a)ao abastecimento para consumo humano, após tratamento simplificado;
b) à proteção das comunidades aquáticas;
c)à recreação de contato primário, tais como natação, esqui aquático e mergulho,
conforme resolução CONAMA N° 274/2000;
d)à irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se
desenvolvam rentes ao solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção de película;
e)à proteção das comunidades aquáticas em Terras Indígenas.
“ÁGUAS DOCES” (Artigo 4° CONAMA 357/05)
III - Classe 2 - águas que podem ser destinadas:

a)ao abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional;

b) à proteção das comunidades aquáticas;

c)à recreação de contato primário, tais como natação, esqui aquático e mergulho,
conforme resolução CONAMA N° 274/2000;

d)à irrigação de hortaliças, plantas frutíferas e de parques, jardins, campos de


esporte e lazer com os quais o público possa vir a ter contato direto; e

e) à aqüicultura e à atividade de pesca.


“ÁGUAS DOCES” (Artigo 4° CONAMA 357/05)
IV - Classe 3 - águas que podem ser destinadas:
a)ao abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional ou
avançado;
b)à irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras;
c) à pesca amadora;
d) à recreação de contato secundário; e
e) à dessedentação de animais.

V - Classe 4 - águas que podem ser destinadas:


a) à navegação; e
b) à harmonia paisagística.
“ÁGUAS SALINAS” (Artigo 5° CONAMA 357/05)
I - Classe Especial - águas destinadas:
a)à preservação dos ambientes aquáticos em unidades de
conservação de proteção integral; e
b)à preservação do equilíbrio natural das comunidades
aquáticas.

II - Classe 1 - águas que podem ser destinadas:


a)à recreação de contato primário, conforme Resolução
CONAMA 274/2000;
b) à proteção das comunidades aquáticas; e
c) à aqüicultura e à atividade de pesca.
“ÁGUAS SALINAS” (Artigo 5° CONAMA 357/05)

III - Classe 2 - águas que podem ser destinadas:


a) à pesca amadora; e
b) à recreação de contato secundário.

IV - Classe 3 - águas que podem ser destinadas:


a) à navegação; e
b) à harmonia paisagística.
“ÁGUAS SALOBRAS” (Artigo 6° CONAMA 357/05)
I - Classe Especial - águas destinadas:
a)à preservação dos ambientes aquáticos em unidades de conservação de
proteção integral; e
b)à preservação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas.
“ÁGUAS SALOBRAS” (Artigo 6° CONAMA 357/05)

II - Classe 1 - águas que podem ser destinadas:


a)à recreação de contato primário, conforme Resolução CONAMA 274/2000;
b) à proteção das comunidades aquáticas;
c) à aqüicultura e à atividade de pesca;
d)ao abastecimento para consumo humano após tratamento convencional
ou avançado; e
e)à irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se
desenvolvam rentes ao solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção de película,
e à irrigação de parque, jardins, campos de esportes e lazer, com os quais o
público possa vir a ter contato direto.
“ÁGUAS SALOBRAS” (Artigo 6° CONAMA 357/05)

III - Classe 2 - águas que podem ser destinadas:


a) à pesca amadora; e
b) à recreação de contato secundário.

IV - Classe 3 - águas que podem ser destinadas:


a) à navegação; e
b) à harmonia paisagística.
SÚMULA DAS CONDIÇÕES E PADRÕES DE QUALIDADE
(Legislação Federal)
ÁGUAS DOCES
CLASSE DO RIO 1 2 3 4
Resolução CONAMA n°
Artigo 14 Artigo 15 Artigo 16 Artigo 17
357/05
Condições
Toxicidade crônica aos Não Não
- -
organismos aquáticos verificação verificação
Toxicidade aguda aos Não
- - -
organismos aquáticos verificação
Virtualmente Virtualmente Virtualmente Virtualmente
Materiais flutuantes
ausentes ausentes ausentes ausentes
Virtualmente Virtualmente Virtualmente
Óleos e graxas -
ausentes ausentes ausentes
Substâncias que Virtualmente Não objetáveis
Virtualmente Virtualmente
(odor e
comuniquem gosto ou odor ausentes ausentes ausentes
aspecto)
Virtualmente Virtualmente Virtualmente
Resíduos sólidos objetáveis -
ausentes ausentes ausentes
- virtualmente ausentes: que não é perceptível pela visão, olfato ou paladar;
SÚMULA DAS CONDIÇÕES E PADRÕES DE QUALIDADE
(Legislação Federal)
ÁGUAS DOCES
CLASSE DO RIO 1 2 3 4
Resolução CONAMA n°
Artigo 14 Artigo 15 Artigo 16 Artigo 17
357/05
Condições
2500/100 mL
Conama Conama
(recreação de
274/00 274/00
contato
(recreação) (recreação)
secundário)
1000/100 mL
200/100 mL 1000/100 mL (dessedenta-
(demais usos) (demais usos) ção de
Coliformes termotolerantes animais) -
4000/100 mL
E.coli – valor a E.coli – valor a (demais usos)
critério do órgão critério do órgão E.coli – valor
ambiental) ambiental) a critério do
órgão
ambiental)
SÚMULA DAS CONDIÇÕES E PADRÕES DE QUALIDADE
(Legislação Federal)
ÁGUAS DOCES

CLASSE DO RIO 1 2 3 4
Resolução CONAMA n°
Artigo 14 Artigo 15 Artigo 16 Artigo 17
357/05
Condições
DBO5,20 (mg/LO2)  3,0  5,0  10,0 -
OD (mg/L O2)  6,0  5,0  4,0  2,0
Turbidez (UNT)  40,0  100,0  100,0 -
Cor verdadeira (mg Pt/L) Natural  75,0  75,0 -
pH 6,0 a 9,0 6,0 a 9,0 6,0 a 9,0 6,0 a 9,0
Padrões / Parâmetros
Sólidos dissolvidos totais
500,0 500,0 500,0 -
(mg/L)
SÚMULA DAS CONDIÇÕES E PADRÕES DE QUALIDADE
(Legislação Federal)
ÁGUAS DOCES
CLASSE DO RIO 1 2 3 4
Resolução CONAMA n°
Artigo 14 Artigo 15 Artigo 16 Artigo 17
357/05
Padrões / Parâmetros Inorgânicos
0,01 0,01
Arsênio total (mg/LAs) 0,033 -
0,14 g/L (1) 0,14 g/L (1)
Cádmio total (mg/L Cd) 0,001 0,001 0,01 -
Cloreto total (mg/L Cl) 250,0 250,0 250,0 -
Fósforo total (ambiente
0,020 0,030 0,05 -
lêntico) (mg/L P)
Fósforo total (ambiente
intermediário, com tempo de
residência entre 2 e 40 dias, e 0,025 0,050 0,075 -
tributários diretos de ambiente
lêntico) (mg/L P)
SÚMULA DAS CONDIÇÕES E PADRÕES DE QUALIDADE
(Legislação Federal)
ÁGUAS DOCES

CLASSE DO RIO 1 2 3 4
Resolução CONAMA n°
Artigo 14 Artigo 15 Artigo 16 Artigo 17
357/05
Padrões / Parâmetros Inorgânicos
Fósforo total (ambiente lótico
e tributários de ambientes 0,1 0,1 0,15 -
intermediários) (mg/L P)
Mercúrio total (mg/L Hg) 0,0002 0,0002 0,002 -
Níquel total (mg/L Ni) 0,025 0,025 0,025 -
Nitrato (mg/L N) 10,0 10,0 10,0 -
Nitrito (mg/L N) 1,0 1,0 1,0 -
SÚMULA DAS CONDIÇÕES E PADRÕES DE QUALIDADE
(Legislação Federal)
ÁGUAS DOCES

CLASSE DO RIO 1 2 3 4
Resolução CONAMA n°
Artigo 14 Artigo 15 Artigo 16 Artigo 17
357/05
Padrões / Parâmetros Inorgânicos
3,7 p/ 3,7 13,3
pH  7,5 p/ pH  7,5 p/ pH  7,5
2,0 p/ 2,0 p/ 5,6 p/
Nitrogênio amoniacal total
7,5 <pH 8,0 7,5 <pH 8,0 7,5 <pH 8,0 -
(mg/L N)
1,0 p/ 1,0 p/ 2,2 p/
8,0< pH  8,5 8,0< pH  8,5 8,0< pH  8,5
0,5 p/ pH  8,5 0,5 p/ pH  8,5 1,0 p/ pH  8,5
Sulfato total (mg/L SO4) 250,0 250,0 250,0 -
Zinco total (mg/L Zn) 0,18 0,18 5,0 -
SÚMULA DAS CONDIÇÕES E PADRÕES DE QUALIDADE
(Legislação Federal)
ÁGUAS DOCES

CLASSE DO RIO 1 2 3 4
Resolução CONAMA n°
Artigo 14 Artigo 15 Artigo 16 Artigo 17
357/05
Padrões / Parâmetros Orgânicos
Benzeno (mg/L) 0,005 0,005 0,005 -
Estireno (mg/L) 0,02 0,02 - -
Etilbenzeno (g/L) 90,0 90,0 - -
Fenóis totais (substâncias
que reagem com 4- aminoantipirina)
(mg/L C6H5OH) 0,003 0,003 0,01 -

Tetracloreto de carbono 0,002 0,002


0,003 -
(mg/L) 1,6 (g/L) (1) 1,6 (g/L) (1)
SÚMULA DAS CONDIÇÕES E PADRÕES DE QUALIDADE
(Legislação Federal)
ÁGUAS DOCES

CLASSE DO RIO 1 2 3 4
Resolução CONAMA n°
Artigo 14 Artigo 15 Artigo 16 Artigo 17
357/05
Padrões / Parâmetros Orgânicos
0,01 0,01
Tetracloreteno (mg/L) 0,01 -
3,3 (g/L) (1) 3,3 (g/L) (1)
Tolueno (g/L) 2,0 2,0 - -
Tricloroeteno (mg/L) 0,03 0,03 0,03 -
Xileno (g/L) 300,0 300,0 - -
(1) Padrões para corpos d’água onde haja pesca ou cultivo de organismos para fins de consumo
intensivo.
OBSERVAÇÃO: Para as águas doces de Classe 4 (Artigo 17) às substâncias facilmente
sedimentadas que contribuam para o assoreamento de canais de navegação deverão estar
virtualmente ausentes.
SÚMULA DAS CONDIÇÕES E PADRÕES DE QUALIDADE
(Legislação Federal)
ÁGUAS SALINAS

CLASSE DO RIO 1 2 3
Resolução CONAMA n° 357/05 Artigo 18 Artigo 19 Artigo 20
Condições
Toxicidade crônica aos
Não verificação - -
organismos aquáticos
Toxicidade aguda aos organismos
- Não verificação -
aquáticos
Virtualmente Virtualmente Virtualmente
Materiais flutuantes
ausentes ausentes ausentes
Virtualmente Virtualmente Toleram-se
Óleos e graxas
ausentes ausentes iridescências
Substâncias que produzem odor e Virtualmente Virtualmente Virtualmente
turbidez ausentes ausentes ausentes
Virtualmente Virtualmente Virtualmente
Resíduos sólidos objetáveis
ausentes ausentes ausentes
SÚMULA DAS CONDIÇÕES E PADRÕES DE QUALIDADE
(Legislação Federal)
ÁGUAS SALINAS
CLASSE DO RIO 1 2 3
Resolução CONAMA n°
Artigo 18 Artigo 19 Artigo 20
357/05
Condições
Conama 274/00
(recreação)
43/100 mL (cultivo de
moluscos bivalves) 2500/100 mL** 4000/100 mL
88/100mL (percentil 90% não deverá
Coliformes termotolerantes ser ultrapassado)*
1000/100 mL (demais
E.coli – valor a critério E.coli – valor a critério
usos)
do órgão ambiental) do órgão ambiental)
E.coli – valor a critério
do órgão ambiental)
Carbono orgânico total
 3,0  5,0  10,0
(mg/L C)
* Para o cultivo de moluscos bivalves destinados a alimentação humana, a media geométrica da densidade de coliformes termotolerantes, de
um mínimo de 15 amostras coletadas no mesmo local, não devera exceder 43 por 100 mililitros, e o percentil 90% não deverá ultrapassar 88
coliformes termolerantes por 100 mililitros. Esses índices deverão ser mantidos em monitoramento anual com um mínimo de 5 amostras. Para
os demais usos não devera ser excedido um limite de 1.000 coliformes termolerantes por 100 mililitros em 80% ou mais de pelo menos 6
amostras coletadas durante o período de um ano, com periodicidade bimestral.
****A E. Coli poderá ser determinada em substituição ao parâmetro coliformes termotolerantes de acordo com limites estabelecidos pelo
órgão ambiental competente; ➔
SÚMULA DAS CONDIÇÕES E PADRÕES DE QUALIDADE
(Legislação Federal)
ÁGUAS SALINAS
CLASSE DO RIO 1 2 3
Resolução CONAMA n°
Artigo 18 Artigo 19 Artigo 20
357/05
Condições
Conama 274/00
(recreação)
43/100 mL (cultivo de
moluscos bivalves) 2500/100 mL** 4000/100 mL ***
88/100mL (percentil 90% não deverá
Coliformes termotolerantes ser ultrapassado)*
1000/100 mL (demais
E.coli – valor a critério E.coli – valor a critério
usos)
do órgão ambiental) **** do órgão ambiental) ****
E.coli – valor a critério
do órgão ambiental) ****
Carbono orgânico total
 3,0  5,0  10,0
(mg/L C)
** coliformes termotolerantes: não devera ser excedido um limite de 2500 por 100 mililitros em 80% ou mais de pelo menos 6 amostras
coletadas durante o período de um ano, com frequência bimestral.
***coliformes termotolerantes: não deverá ser excedido um limite de 4.000 coliformes termotolerantes por 100 mililitros em 80% ou mais
de pelo menos 6 amostras coletadas durante o período de um ano, com frequência bimestral.
****A E. Coli poderá ser determinada em substituição ao parâmetro coliformes termotolerantes de acordo com limites estabelecidos pelo
SÚMULA DAS CONDIÇÕES E PADRÕES DE QUALIDADE
(Legislação Federal)
ÁGUAS SALINAS
CLASSE DO RIO 1 2 3
Resolução CONAMA n° 357/05 Artigo 18 Artigo 19 Artigo 20
Condições
Oxigênio dissolvido (mg/L O2)  6,0  5,0  4,0
pH 6,5 a 8,5 * 6,5 a 8,5 * 6,5 a 8,5 *
Padrões / Parâmetros Inorgânicos
0,01 0,069
Arsênio total (mg/LAs) -
0,14 (g/L)(1) 0,14 (g/L)(1)
Boro total (mg/L B) 5,0 5,0 -
Cádmio total (mg/L Cd) 0,005 0,04 -
Fósforo total (mg/L P) 0,062 0,093 -
Mercúrio total (mg/L Hg) 0,0002 1,8 g/L -
Nitrato (mg/L N) 0,40 0,70 -
Nitrito (mg/L N) 0,07 0,20 -
Nitrogênio amoniacal total (mg/L N) 0,40 0,70 -
SÚMULA DAS CONDIÇÕES E PADRÕES DE QUALIDADE
(Legislação Federal)
ÁGUAS SALINAS
CLASSE DO RIO 1 2 3
Resolução CONAMA n° 357/05 Artigo 18 Artigo 19 Artigo 20
Padrões / Parâmetros Orgânicos
700 700
Benzeno (g/L) -
51 (1) 51 (1)
Etilbenzeno (g/L) 25,0 25,0 -
Fenóis totais (substâncias que reagem
com 4-aminoantipirina) 60,0 60,0 -
(g/L C6H5OH)
PCBs-Bifenilas Policlororadas 0,03 0,03
-
(g/L) 0,000064(1) 0,000064(1)
Tolueno (g/L) 215,0 215,0 -
Tricloroeteno (g/L) 30,0 30,0 -
Tetracloroeteno (g/L) 3,3 (1) 3,3 (1) -
* Não devendo haver uma mudança do pH natural maior do que 0,2 unidade.
(1) Padrões para corpos d’água onde haja pesca ou cultivo de organismos para fins de consumo intensivo.
SÚMULA DAS CONDIÇÕES E PADRÕES DE QUALIDADE
(Legislação Federal)
ÁGUAS SALOBRAS
CLASSE DO RIO 1 2 3
Resolução CONAMA n° 357/05 Artigo 21 Artigo 22 Artigo 23
Condições
Toxicidade crônica aos
Não verificação - -
organismos aquáticos
Toxicidade aguda aos organismos
- Não verificação -
aquáticos
Virtualmente Virtualmente Virtualmente
Materiais flutuantes
ausentes ausentes ausentes
Virtualmente Virtualmente Toleram-se
Óleos e graxas
ausentes ausentes iridescências
Substâncias que produzem cor, Virtualmente Virtualmente Virtualmente
odor e turbidez ausentes ausentes ausentes
Virtualmente Virtualmente
Resíduos sólidos objetáveis -
ausentes ausentes
SÚMULA DAS CONDIÇÕES E PADRÕES DE QUALIDADE
(Legislação Federal)
ÁGUAS SALOBRAS
CLASSE DO RIO 1 2 3
Resolução CONAMA n°
Artigo 21 Artigo 22 Artigo 23
357/05
Condições
Conama 274/00
(recreação)
- 43/100 mL (cultivo de
moluscos bivalves) 88/100mL
2500/100 mL 4000/100 mL
(percentil 90% não deverá ser
ultrapassado)
Coliformes termotolerantes - Irrigação de hortaliças *
1000/100 mL (demais
E.coli – valor a critério E.coli – valor a critério
usos)
do órgão ambiental) do órgão ambiental)
E.coli – valor a critério
do órgão ambiental)
Carbono orgânico total
 3,0  5,0  10,0
(mg/L C)
* Para a irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se desenvolvam rentes ao solo e que sejam ingeridas cruas sem
remoção de película, bem como para a irrigação de parques, jardins, campos de esporte e lazer, com os quais o publico possa vir a ter
contato direto, não devera ser excedido o valor de 200 coliformes termotolerantes por 100mL.
Para os demais usos não devera ser excedido um limite de 1.000 coliformes termotolerantes por 100 mililitros em 80% ou mais de pelo
menos 6 amostras coletadas durante o período de um ano, com frequência bimestral. A E. coli poderá ser determinada em substituição ao
parâmetro coliformes termotolerantes de acordo com limites estabelecidos pelo órgão ambiental competente.
SÚMULA DAS CONDIÇÕES E PADRÕES DE QUALIDADE
(Legislação Federal)
ÁGUAS SALOBRAS

CLASSE DO RIO 1 2 3
Resolução CONAMA n° 357/05 Artigo 21 Artigo 22 Artigo 23
Condições
Oxigênio dissolvido (mg/L O2)  5,0  4,0  3,0
pH 6,5 a 8,5 6,5 a 8,5 5,0 a 9,0
Substâncias facilmente
sedimentáveis que contribuam Virtualmente
para o assoreamento dos canais - - ausentes
de navegação
SÚMULA DAS CONDIÇÕES E PADRÕES DE QUALIDADE
(Legislação Federal)
ÁGUAS SALOBRAS

CLASSE DO RIO 1 2 3
Resolução CONAMA n° 357/05 Artigo 21 Artigo 22 Artigo 23
Padrões / Parâmetros Inorgânicos
0,01 0,069
Arsênio total (mg/LAs) -
0,14 g/L(1) 0,14 g/L(1)
Boro total (mg/L B) 0,5 0,5 -
Cádmio total (mg/L Cd) 0,005 0,04 -
Fósforo total (mg/L P) 0,124 0,186 -
Mercúrio total (mg/L Hg) 0,0002 1,8 g/L -
Nitrato (mg/L N) 0,40 0,70 -
Nitrito (mg/L N) 0,07 0,20 -
Nitrogênio amoniacal total (mg/L N) 0,40 0,70 -
Selênio total (mg/L Se) 0,01 0,29 -
SÚMULA DAS CONDIÇÕES E PADRÕES DE QUALIDADE
(Legislação Federal)
ÁGUAS SALOBRAS
CLASSE DO RIO 1 2 3
Resolução CONAMA n° 357/05 Artigo 21 Artigo 22 Artigo 23
Padrões / Parâmetros Orgânicos
700 700
Benzeno (g/L) -
51 (1) 51 (1)
Etilbenzeno (g/L) 25,0 25,0 -
Fenóis totais (substâncias que
reagem com 4-aminoantipirina) 0,003 0,003 -
(mg/L C6H5OH)
0,03 0,03
PCBs-Bifenilas Policlororadas (g/L) -
0,000064(1) 0,000064(1)
Tolueno (g/L) 215,0 215,0 -
Tricloroeteno (g/L) 30,0 (1) 30,0 (1) -
Tetracloroeteno (g/L) 3,3 (1) 3,3 (1) -
(1) Padrões para corpos d’água onde haja pesca ou cultivo de organismos para fins de consumo intensivo.
Condições e os Padrões de Emissão
(lançamento) de acordo com local de
disposição dos efluentes.
No Brasil, os efluentes líquidos industriais e domésticos devem atender as
Condições e os Padrões de Emissão (end of pipe) e simultaneamente não
desenquadrar os corpos hídricos receptores, ou seja, atendimento as Condições
e os Padrões de Qualidade, em situações críticas de vazão, sendo adotado
normalmente como situação crítica a Q7,10 (vazão mínima anual, média de 7
dias consecutivos, com probabilidade de retorno de 10 anos).
Condições e os Padrões de Emissão
(lançamento) de acordo com local de
disposição dos efluentes.
Os parâmetros e limites a serem obedecidos, para as condições e padrões de
emissão (lançamento) de efluentes líquidos, constam da Resolução Federal CONAMA
(Conselho Nacional de Meio Ambiente) nº 430 de 13/05/2011 que complementou e
alterou a Resolução CONAMA nº 357 de 17/03/2005.
Resoluções do estado do Mato Grosso
• Resolução nº 91, de 05 de novembro de 2008, do Conselho Nacional de Recursos Hídricos -
CNRH, dispondo sobre os procedimentos gerais para o enquadramento dos corpos de água
superficiais e subterrâneos;
• Decreto nº 336, de 06 de junho de 2007, que regulamenta o regime de outorga de águas no
Estado de Mato Grosso;
• Resolução CEHIDRO nº 29, de 24 de setembro de 2009, que estabelece critérios técnicos
referentes à outorga para diluição de efluentes em corpos hídricos superficiais de domínio no
Estado de Mato Grosso;
• Resolução CEHIDRO nº 39, de 11 de novembro de 2010, que altera a Resolução nº 29 de 24 de
setembro de 2009;
• Resolução CEHIDRO nº 67 de 11 de setembro de 2014, que revoga o art. 7º da Resolução nº
29, de 24 de setembro de 2009;
• Resoluções CEHIDRO nºs 68, 69, 70, 71 e 72, de 11 de setembro de 2014, sobre o
enquadramento transitório dos corpos hídricos urbanos da cidade de Cuiabá;
Resoluções do estado do Mato Grosso
Resolução CEHIDRO Nº 109 DE 13/11/2018: Dispõe sobre os procedimentos
gerais para o enquadramento dos corpos de água superficiais e subterrâneos e
adota outras providências.
• Art. 2º O enquadramento das águas nas classes de qualidade, por bacia hidrográfica,
será proposta pela SEMA, selecionada pelo comitê e aprovado pelo CEHIDRO, na forma
da legislação em vigor.
• Parágrafo único. Quando da inexistência do CBH, a proposta de enquadramento será
selecionada e aprovada pelo CEHIDRO.
• Art. 3º O enquadramento dos corpos de água se dá por meio do estabelecimento de
classes de qualidade conforme disposto nas Resoluções CONAMA nº 357/2005,
396/2008 e 430/2011, tendo como referências básicas:
• I - a bacia hidrográfica como unidade de gestão; e
• II - os usos preponderantes mais restritivos.
Resoluções do estado do Mato Grosso
• Resolução CEHIDRO Nº 109 DE 13/11/2018
• Art. 17. Na outorga de direito de uso de recursos hídricos, na cobrança pelo uso da água, no
licenciamento ambiental, bem como na aplicação dos demais instrumentos da gestão de
recursos hídricos e de meio ambiente que tenham o enquadramento como referência para sua
aplicação, deverão ser considerados, nos corpos de água superficiais ainda não enquadrados,
os padrões de qualidade da classe correspondente aos usos preponderantes mais restritivos
existentes no respectivo corpo de água, desde que não acarrete uma piora na qualidade da
água existente no manancial.
• § 1º Caberá a SEMA definir a classe correspondente a ser adotada, de forma transitória, para
aplicação dos instrumentos previstos no caput deste artigo, em função dos usos preponderantes
mais restritivos existentes no respectivo corpo de água e aprovado pelo CEHIDRO.
• § 2º Até que a autoridade outorgante tenha informações necessárias à definição prevista no
parágrafo anterior e estabeleça a classe correspondente, poderá ser adotada, para a águas
doces superficiais, a classe 2.
• Art. 18. Não serão objeto de enquadramento nas classes os corpos de água projetados para
transporte e tratamento de águas residuárias.
• Parágrafo único. Os projetos de que trata este artigo deverão ser submetidos à aprovação da
SEMA, que definirá também a qualidade do efluente.
• Art. 19. Nas águas de classe 1, não serão tolerados lançamentos de efluentes, mesmo tratados.
Condições e os Padrões de Emissão
(lançamento) de acordo com local de
disposição dos efluentes.
Para efluentes de sistemas de tratamento de esgotos
sanitários lançados diretamente em corpos d’água
as condições e padrões de emissão (lançamento) que
devem ser atendidas constam do Artigo 21 da
Resolução CONAMA nº 430/2011.
Condições e os Padrões de Emissão
(lançamento) de acordo com local de disposição
dos efluentes.
Conforme o parágrafo 1º do Artigo 21 as Condições e Padrões de
Lançamento (emissão) relacionados no Artigo 16 da Resolução CONAMA
nº 430/11 poderão também ser aplicáveis aos sistemas de tratamento de
esgotos sanitários, a critério do órgão ambiental competente, em função de
suas características locais, não sendo exigível o Padrão de Nitrogênio
Amoniacal Total.

Quando o lançamento de esgotos sanitários ocorrer através de


emissários submarinos além da legislação estadual deverá ser atendido
também o Artigo 22 da Resolução CONAMA nº 430/2011.
Emissários Submarinos
• O que são?
Emissários submarinos são sistemas de disposição oceânica, destinados a lançar os esgotos sanitários no meio marinho,
afastando-os da costa e visando aproveitar a grande capacidade de depuração do oceano, em função de seu enorme
volume de água (Figura 1).

• Quantos são?
Atualmente existem oito (8) emissários submarinos de esgotos domésticos em funcionamento no litoral paulista. Cinco
(5) na Baixada Santista sendo três em Praia Grande, um em Santos e um no Guarujá. São três (3) no litoral norte,
sendo dois em São Sebastião e um em Ilhabela (Tabela 1). No Canal de São Sebastião está localizado também o
emissário submarino do Terminal Aquaviário da Transpetro. (Figuras 2 e 3).

• Como funcionam?
Após a coleta, o esgoto é encaminhado para estações de Pré-condicionamento (EPC) onde passam por um gradeamento,
peneiramento para remoção dos sólidos e por último pela cloração. Posteriormente é encaminhado através de
tubulações para ser lançado no mar pelos difusores.

• Onde e como podem ser construídos:

➢ De preferência em áreas abertas, onde a circulação oceânica é favorecida.

➢ O mais distante da costa e o mais profundo possível

➢ Os emissários devem passar pelo licenciamento ambiental

https://cetesb.sp.gov.br/praias/emissarios-submarinos/
Emissários Submarinos

https://cetesb.sp.gov.br/praias/emissarios-submarinos/
SÚMULA DAS CONDIÇÕES E PADRÕES DE EMISSÃO
DE EFLUENTES LÍQUIDOS
Condições / Padrões (4)
Unidade Artigo 16
Condições
pH -  5,0 e  9,0
Temperatura °C < 40 (1)
Materiais sedimentáveis
(teste de 1 hora em “cone Imhoff”) (6)
mL/L  1,0
Óleos e graxas
1. Óleos minerais mg/L  20,0
2. Óleos vegetais e gorduras
animais mg/L  50,0
Materiais flutuantes
- Ausência
DBO (demanda bioquímica de DBO 5 dias, 20°C: máximo de 120 mg/L, sendo que este
oxigênio) mg/L O2 limite somente poderá ser ultrapassado no caso de efluente
de sistema de tratamento com eficiência de remoção
mínima de 60% de DBO, ou mediante estudo de
autodepuração do corpo hídrico que comprove atendimento
às metas do enquadramento do corpo receptor.
(1) A variação de temperatura no corpo receptor não deverá exceder a 3°C no limite da zona de mistura.
(6) Em teste de uma hora em cone Inmhoff. Para lançamento em lagos e lagoas, cuja velocidade de circulação seja
SÚMULA DAS CONDIÇÕES E PADRÕES DE EMISSÃO
DE EFLUENTES LÍQUIDOS
Condições / Padrões (4)
Unidade Artigo 16
Solventes combustíveis,
inflamáveis etc. - -
Despejos causadores de
obstrução na rede
- -
Substâncias
potencialmente tóxicas - -
Padrões/Parâmetros Inorgânicos
Arsênio total mg/L As 0,5
Bário total mg/L Ba 5,0
Boro total mg/L B
5,0 (9)
Cádmio total mg/L Cd 0,2
Chumbo total mg/L Pb 0,5
(9) Não se aplica para lançamento em águas salinas.
(4) Da Resolução CONAMA n° 430 de 13/05/2011 (válido para todos os efluentes, exceto os oriundos de sistemas
de tratamento de esgotos sanitários e os esgotos sanitários lançados através de emissários submarinos) que
alterou o Artigo 34 da Resolução CONAMA nº 357 de 17/03/05.
SÚMULA DAS CONDIÇÕES E PADRÕES DE EMISSÃO
DE EFLUENTES LÍQUIDOS
Condições / (4)
Unidade Artigo 16
Padrões
Cianeto total mg/L CN 1,0
Cianeto livre (destilável
por acidos fracos) mg/L CN 0,2
Cobre mg/L Cu 1,0 (dissolvido)
Crômio hexavalente
mg/L Cr+6 0,1
Crômio trivalente mg/L Cr+3 1,0
Crômio total mg/L Cr -
Estanho total mg/L Sn 4,0
Ferro solúvel mg/L Fe 15,0(dissolvido)
Fluoreto total mg/L F 10,0
Manganês solúvel
mg/L Mn 1,0 (dissolvido)
Mercúrio total mg/L Hg 0,01
Níquel total mg/L Ni 2,0
Nitrogênio amoniacal total
mg/L N 20,0
(4) Da Resolução CONAMA n° 430 de 13/05/2011 (válido para todos os efluentes, exceto os oriundos de sistemas
de tratamento de esgotos sanitários e os esgotos sanitários lançados através de emissários submarinos) que
alterou o Artigo 34 da Resolução CONAMA nº 357 de 17/03/05.
SÚMULA DAS CONDIÇÕES E PADRÕES DE EMISSÃO
DE EFLUENTES LÍQUIDOS

Condições / Padrões
Unidade Artigo 16 (4)

Prata total mg/L Ag 0,1


Selênio total mg/L Se 0,30
Sulfato mg/L SO4 -
Sulfeto mg/L S 1,0
Zinco total mg/L Zn 5,0

Padrões/Parâmetros Orgânicos
Benzeno mg/L 1,2
Clorofórmio mg/L 1,0
Dicloroeteno (somatória de 1,1 + 1,2 cis
+ 1,2 trans) (10)
mg/L 1,0
Estireno mg/L 0,07
Etilbenzeno mg/L 0,84
Fenóis totais (substâncias que reagem
com 4 – aminoantipirina) mg/L
C6H5OH 0,5

(4) Da Resolução CONAMA n° 430 de 13/05/2011 (válido para todos os efluentes, exceto os oriundos de sistemas de tratamento de
esgotos sanitários e os esgotos sanitários lançados através de emissários submarinos) que alterou o Artigo 34 da Resolução
CONAMA nº 357 de 17/03/05.
SÚMULA DAS CONDIÇÕES E PADRÕES DE EMISSÃO
DE EFLUENTES LÍQUIDOS

Condições / Padrões
Unidade Artigo 16 (4)

Padrões/Parâmetros Orgânicos
Tetracloreto de carbono
mg/L 1,0

Tolueno mg/L 1,2


Tricloroeteno mg/L 1,0
Xileno mg/L 1,6

(4) Da Resolução CONAMA n° 430 de 13/05/2011 (válido para todos os efluentes, exceto os oriundos de sistemas
de tratamento de esgotos sanitários e os esgotos sanitários lançados através de emissários submarinos) que
alterou o Artigo 34 da Resolução CONAMA nº 357 de 17/03/05.
SÚMULA DAS CONDIÇÕES E PADRÕES DE EMISSÃO DA LEGISLAÇÃO
FEDERAL PARA EFLUENTES ORIUNDOS DE SISTEMAS DE TRATAMENTO
DE ESGOTOS SANITÁRIOS E ESGOTOS SANITÁRIOS LANÇADOS POR
MEIO DE EMISSÁRIOS SUBMARINOS
Condições / Padrões Unidade Artigo 21 (1) Artigo 22 (2)

Condições
pH - ≥5e≤9 ≥5e≤9
Temperatura ºC < 40 (3) < 40 (3)

Materiais sedimentáveis mL/L ≤ 1 (4) -


(5)
DBO mg/L -
Substâncias solúveis em hexano
mg/L ≤ 100 -
(óleos e graxas)
Matérias flutuantes - Ausência -
Sólidos grosseiros e materiais Virtualmente
- -
flutuantes ausente
Sólidos em suspensão totais (6)
- -
(1) Da Resolução CONAMA nº 430 de 13/05/2011 aplicável para efluentes oriundos de sistemas de tratamento de esgotos sanitários.
(2) Da Resolução CONAMA nº 430 de 13/05/2011 aplicável para lançamento de esgotos sanitários por meio de emissários
submarinos.
SÚMULA DAS CONDIÇÕES E PADRÕES DE EMISSÃO DA
LEGISLAÇÃO FEDERAL PARA EFLUENTES ORIUNDOS DE SISTEMAS DE
TRATAMENTO DE ESGOTOS SANITÁRIOS E ESGOTOS SANITÁRIOS
LANÇADOS POR MEIO DE EMISSÁRIOS SUBMARINOS

(3) A variação de temperatura do corpo receptor não deverá exceder a 3ºC no limite da zona de
mistura.
(4) Em teste de uma hora em cone Inmhoff. Para o lançamento em lagos e lagoas, cuja
velocidade de circulação seja praticamente nula, os materiais sedimentáveis deverão estar
virtualmente ausentes.
(5) Demanda Bioquímica de Oxigênio – DBO 5 dias, 20ºC: máximo de 120 mg/L sendo que este limite
somente poderá ser ultrapassado no caso de efluente de sistema de tratamento com eficiência de
remoção mínima de 60% de DBO, ou mediante estudo de autodepuração do corpo hídrico que
comprove o atendimento às metas de enquadramento do corpo receptor.
(6) Eficiência mínima de remoção de 20%, após desarenação.
(7) Conforme o parágrafo 1º do Artigo 21 as Condições e Padrões de Lançamento (emissão)
relacionados no Artigo 16 da Resolução CONAMA nº 430/11 poderão também ser aplicáveis aos
sistemas de tratamento de esgotos sanitários, a critério do órgão ambiental competente, em
função de suas características locais, não sendo exigível o Padrão de Nitrogênio Amoniacal Total.
TESTE DE ECOTOXICIDADE - Resolução
CONAMA n° 430 de 13/05/2011

Art. 23. Os efluentes de sistemas de tratamento de esgotos sanitários poderão ser objeto
de teste de ecotoxicidade no caso de interferência de efluentes com características
potencialmente tóxicas ao corpo receptor, a critério do órgão ambiental competente.

§ 1º - Os testes de ecotoxicidade em efluentes de sistemas de tratamento de esgotos sanitários


têm como objetivo subsidiar ações de gestão da bacia contribuinte aos referidos sistemas,
indicando a necessidade de controle nas fontes geradoras de efluentes com características
potencialmente tóxicas ao corpo receptor.
§ 2º - As ações de gestão serão compartilhadas entre as empresas de saneamento, as fontes
geradoras e o órgão ambiental competente, a partir da avaliação criteriosa dos resultados
obtidos no monitoramento.
ENSAIOS
• Os ensaios de toxicidade são experimentos de laboratório utilizados para
avaliar os efeitos tóxicos potencias de:
✓ contaminantes
✓ amostras de sedimento de água de um corpo receptor ou
✓ de efluentes industriais sobre os organismos vivos
• Efeitos:
✓ Toxicidade aguda
✓ Toxicidade crônica
TESTES ECOTOXICOLÓGICOS
EFEITO AGUDO EFEITO CRÔNICO

Resposta severa e rápida Respostas a um estímulo que


- Parâmetro avaliado: letalidade continua por longo período
- Expresso: - Parâmetros avaliados: crescimento
CL50 (Concentração letal mediana e reprodução
(CL50) ou CE50 (Concentração - Expresso:
efetiva mediana) e DL50 CENO (Concentração de efeito não
observado), CEO
Controle Ecotoxicológico - Resolução
CONAMA nº 430/11
Artigo 18:
Diretrizes de ecotoxicidade que devem ser obedecidas no caso de ausência de critério estabelecido pelo
órgão ambiental
•Lançamento de efluentes em corpos receptores de água doce de Classes 1 e 2 e de águas salinas e salobras
de Classe 1:
CECR ≤ CENO quando for realizado teste de ecotoxicidade há pelo menos dois níveis tróficos para medir o
efeito tóxico crônico
CECR ≤ CL50/10 ou CECR ≤ 30/FT , onde Fator de Toxicidade (FT), quando for realizado teste de
ecotoxicidade há pelo menos dois níveis tróficos para medir o efeito tóxico agudo

• Lançamento de efluentes em corpos receptores de água doce de Classe 3 e de águas salinas e salobras de
Classe 2:
CECR ≤ CL50/3 ou CECR ≤ 100/FT quando for realizado teste de ecotoxicidade há pelo menos dois
níveis tróficos para medir o efeito tóxico agudo
CECR - Concentração do efluente no corpo receptor
CL50 - Concentração letal mediana
CENO - Concentração de efeito não observado
Controle Ecotoxicológico - Resolução
CONAMA nº 430/11
Onde:
CECR - Concentração do efluente no corpo receptor (%)
𝑣𝑎𝑧𝑎𝑜 𝑑𝑜 𝑒𝑓𝑙𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒
𝐶𝐸𝐶𝑅 = . 100
𝑣𝑎𝑧𝑎ã𝑜 𝑑𝑜 𝑒𝑓𝑙𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒 + 𝑣𝑎𝑧𝑎𝑜 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎

Observação: para áreas marinhas, estuarinas e lagos a CECR é


estabelecida com base em estudo de dispersão física do efluente no
corpo hídrico receptor, sendo CECR limitada pela zona de mistura
definida pelo órgão ambiental competente.
Concentração letal mediana (CL50) ou Concentração efetiva mediana
(CE50): concentração do efluente que causa e feito agudo (letalidade ou
imobilidade) a 50% dos organismos, em determinado período de
exposição, nas condições de ensaio.
Controle Ecotoxicológico - Resolução
CONAMA nº 430/11
FT Fator de toxicidade: número adimensional que expressa a
menor diluição do efluente que não causa efeito deletério
agudo aos organismos, num determinado período de
exposição nas condições de ensaio.

CENO Concentração de efeito não observado: maior


concentração do efluente que não causa efeito deletério
estatisticamente significativo na sobrevivência e
reprodução dos organismos, em um determinado tempo de
exposição, nas condições de ensaio.
Art. 19. O órgão ambiental competente deverá determinar quais empreendimentos e
atividades deverão realizar os ensaios de ecotoxicidade, considerando as características
dos efluentes gerados e do corpo receptor.
% de efeito
100% Quando a diluição do efluente
em água de boa qualidade
causa letalidade ou
75% imobilidade a 50% dos

efluente no corpo receptor (%)


organismos aquáticos ,
recebe o nome de CE50 ou
E CL50
CECR - Concentração do

F 100 50%
L
U
80 25%
E
N 0%
T 60
E
(%)
30
CE50 = 60%
1

0 20 40 70 99
AGUA DE BOA QUALIDADE (%)
% de efeito
100%
Quando a diluição do efluente
em água de boa qualidade
causa letalidade ou
75% imobilidade a 50% dos
organismos aquáticos ,
recebe o nome de CE50 ou
E CL50
F 100 50%
L
U
10 25%
E
N
0%
T 1
E
(%) CE50 = 1%
0,1

0,01
0 90 99 99,9 99,99
AGUA DE BOA QUALIDADE (%)
Cobrança pelo Uso da Água – Diluição de efluentes

• A Cobrança pelo Uso de Recursos Hídricos de domínio da União é um dos instrumentos de gestão da
Política Nacional de Recursos Hídricos, instituída pela Lei nº 9.433/97, e tem como objetivos dar ao
usuário uma indicação do real valor da água, incentivar o uso racional da água e obter recursos
financeiros para recuperação das bacias hidrográficas do País.
• Esta cobrança não é um imposto. Essa Cobrança é uma remuneração pelo uso de um bem público, cujo
preço é fixado a partir de um pacto entre os usuários da água, a sociedade civil e o poder público no
âmbito dos Comitês de Bacia Hidrográfica – CBHs, a quem a legislação brasileira estabelece a
competência de pactuar e propor ao respectivo Conselho de Recursos Hídricos os mecanismos e valores
de Cobrança a serem adotados na sua área de atuação.
• A Cobrança em águas de domínio da União somente se inicia após a aprovação pelo Conselho Nacional
de Recursos Hídricos - CNRH dos mecanismos e valores propostos pelo CBH.
Cobrança pelo Uso da Água

- Compete à ANA operacionalizar a cobrança pelo uso dos recursos hídricos de domínio da União, ou
seja, daqueles rios ou demais cursos d'água que atravessam mais de um Estado da federação.

- Os valores de cobrança são calculados com base nos mecanismos e valores propostos pelo CBH e
aprovadas pelo CNRH. A ANA somente implementa a cobrança em águas de domínio da União. Em
águas de domínio Estadual, a cobrança é implementada pelos Órgãos Gestores Estaduais.
Cobrança pelo Uso da Água
MT1 - CBH dos Ribeirões Sapé e Várzea Grande

MT2 - CBH Sepotuba

MT3- CBH da Margem Esquerda do Rio Cuiabá

MT4 - CBH da Margem Esquerda do Baixo Teles


Pires

MT5 - CBH do Rio São Lourenço

MT6 - CBH dos Afluentes do Alto Araguaia

MT7 - CBH Jauru

MT8 - CBH Cabaçal

MT9 - CBH da Margem Direita do Alto Teles Pires

MT 10 - CBH dos Afluentes do Médio Teles Pires

https://www.ana.gov.br/aguas-no-brasil/sistema-de-gerenciamento-de-recursos-hidricos/comites-de-bacia-
Licenciamento Ambiental de Fontes de Poluição

• É importante ferramenta para a manutenção e restituição da qualidade


da águas dos corpos d’água, sendo exigido atendimento aos padrões
de emissão assim como não desenquadramento do corpo receptor;
• Em corpos d’água que já estão com sua qualidade comprometida,
recomenda-se que o efluente atenda os padrões de qualidade para os
parâmetros desconformes.
• Estabelecimento da carga máxima para o lançamento de determinado
poluente de maneira a não provocar o desenquadramento do corpo
d’água, uma vez o potencia poluidor de um efluente está
também relacionado à vazão de lançamento.
REFERÊNCIAS

FUGITA, S. R. Apresentações da disciplina de FUNDAMENTOS DO


CONTROLE DE POLUIÇÃO DAS ÁGUAS. São Paulo – SP. Curso De Pós-
graduação “Conformidade Ambiental Com Requisitos Técnicos e
Legais”. Cesteb. Acesso em: 22/08/2019.

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