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Introdução e características dos efluentes

agroindustriais

Eng° Henrique Vieira de Mendonça


PhD. Engenheiro Agrícola e Ambiental
Biólogo
Usos da Água e Geração de Esgotos

• Abastecimento Doméstico
Água potável Impurezas Esgotos
+ devido ao uso = domésticos

Abastecimento Industrial
Água consumo Impurezas Efluentes
industrial + devido ao uso = Industriais
Principais constituintes dos Esgotos Domésticos

• Água (99,9%)
• Sólidos (0,1%)
– Sólidos Suspensos
– Sólidos Dissolvidos
– Matéria Orgânica
– Nutrientes (N, P)
– Organismos Patogênicos (vírus, bactérias,
protozoários, helmintos)

LODO
Principais constituintes das águas residuárias Agroindustrial

• Água (98 a 92%)


• Sólidos (2 a 8 %)
– Sólidos Suspensos
– Sólidos Dissolvidos
– Matéria Orgânica
– Nutrientes (N, P)
– Organismos Patogênicos (vírus, bactérias,
protozoários, helmintos)

LODO
PARÂMETROS DE QUALIDADE DE ÁGUA

• Parâmetros Físicos

• Parâmetros Químicos

• Parâmetros Microbiológicos
PARÂMETROS DE QUALIDADE DE ÁGUA
Físicos
SÓLIDOS

Sólidos Suspensos
Voláteis
(SSV)
Sólidos Suspensos Totais
(SST)
Sólidos Suspensos Fixos
(SSF)
Sólidos Totais
(ST)
Sólidos Dissolvidos
Voláteis
(SDV)
Sólidos Dissolvidos
Totais
(SDT)
Sólidos Dissolvidos Fixos
(SDF)
PARÂMETROS DE QUALIDADE DE ÁGUA
Físicos
SÓLIDOS DECANTÁVEIS

A análise de SD permite determinar o volume ocupado pelos sólidos após


sedimentação em cone Inhoff, por um determinado intervalo de tempo.
PARÂMETROS DE QUALIDADE DE ÁGUA
Químicos
pH (Potencial Hidrogeniônico)

Representa a concentração de íons hidrogênio, H+, dando uma indicação


das condições de acidez, neutralidade e basicidade da água.

• pH baixo: corrosividade e agressividade nas águas de abastecimento


• pH elevado: possibilidade de incrustações nas águas de abastecimento
• valores de pH afastados da neutralidade afetam a vida aquática e os
microorganismos responsáveis pelo tratamento biológico dos esgotos
PARÂMETROS DE QUALIDADE DE ÁGUA
Químicos
OG (ÓLEOS E GRAXAS)

Os óleos e graxas são substâncias orgânicas de origem mineral, vegetal ou


animal. Estas substâncias geralmente são hidrocarbonetos, gorduras,
ésteres, entre outros. São raramente encontrados em águas naturais,
normalmente oriundos de despejos e resíduos agroindustriais.
PARÂMETROS DE QUALIDADE DE ÁGUA
Químicos
OD (OXIGÊNIO DISSOLVIDO)

Quantidade de oxigênio presente em uma amostra de água, expressa em


mg/L.

Principal parâmetro de caracterização dos efeitos da poluição das águas


por despejos orgânicos, sendo vital para os seres aquáticos aeróbios.

Caso o OD de um curso d’água seja totalmente consumido, tem-se as


condições de anaerobiose, com geração de maus odores.

É um parâmetro de controle operacional de ETEs.


PARÂMETROS DE QUALIDADE DE ÁGUA
Químicos
DBO (DEMANDA BIOQUÍMICA DE OXIGÊNIO)

Medida indireta utilizada para quantificar a presença de matéria orgânica


biodegradável em uma amostra. Expressa a quantidade de oxigênio
utilizada por microrganismos aeróbios para oxidar biologicamente a
matéria orgânica. É um Importante parâmetro de controle das
atividades poluidoras, sendo utilizado na avaliação de eficiência de
ETEs e na definição de padrões de lançamento.

A DBO é determinada em laboratório, observando-se o consumo de OD


nas amostras durante 5 dias, à temperatura de 20 °C.
PARÂMETROS DE QUALIDADE DE ÁGUA
Químicos
DBO (DEMANDA BIOQUÍMICA DE OXIGÊNIO)
PARÂMETROS DE QUALIDADE DE ÁGUA
Químicos
DBO (DEMANDA BIOQUÍMICA DE OXIGÊNIO)
PARÂMETROS DE QUALIDADE DE ÁGUA
Químicos
DQO (DEMANDA QUÍMICA DE OXIGÊNIO)

Consumo de O2 ocorrido durante a oxidação química da matéria orgânica,


obtida através de um forte oxidante (dicromato de potássio) em meio
ácido.
PARÂMETROS DE QUALIDADE DE ÁGUA
Químicos
RELAÇÃO DQO / DBO

Pode variar de 1,7 a 2,4 para esgotos sanitários, sendo o valor usual 2,0.
Para afluentes agroindustriais é admissível uma relação até 3,0.

Para efluentes industriais esta relação pode variar amplamente.


Dependendo da magnitude da relação, pode-se tirar conclusões sobre a
biodegradabilidade dos despejos e da adoção de processos biológicos
ou físico-químicos.

NITROGÊNIO

O nitrogênio pode estar presente na água sob várias formas: orgânico,


amônia, nitrito, nitrato e molecular. Em excesso, pode ocasionar
eutrofização de corpos d’água.

São causas do aumento do nitrogênio na água: esgotos domésticos e


industriais, fertilizantes, excrementos de animais.
PARÂMETROS DE QUALIDADE DE ÁGUA
Químicos
NITROGÊNIO

• Nitrogênio orgânico
• Amônia (NH4+)
• Nitrito (NO2-)
• Nitrato (NO3-)
• Nitrogênio molecular (N2)
PARÂMETROS DE QUALIDADE DE ÁGUA
Químicos
FÓSFORO

O fósforo aparece em águas naturais devido principalmente às descargas


de esgotos sanitários. Alguns efluentes industriais, como os de
indústrias de fertilizantes, pesticidas, conservas alimentícias,
abatedouros, frigoríficos e laticínios, apresentam fósforo em
quantidades excessivas, bem como as águas drenadas em áreas
agrícolas.

Processos aeróbios DBO:N:P 100:5:1


Processos anaeróbios DQO:N:P 350:7:1.

Alguns efluentes industriais que não possuem nutrientes (N e P) em suas


composições necessitam de dosagem destes elementos para possibilitar
o tratamento biológico.
CONCEITO DE CARGA

Carga = Concentração x Vazão

Carga (kg/d) = DBO (mg/L) x Vazão (m³/d)


1000 (g/kg)

Q = 10 m³/d
DBO = 5.000 mg/L
Carga = 50 kgDBO/d

Q = 100 m³/d
DBO = 300 mg/L
Carga = 30 kgDBO/d
PADRÃO DE LANÇAMENTO DE EFLUENTES
DZ 205
PADRÃO DE LANÇAMENTO DE EFLUENTES
DZ 205
PADRÃO DE LANÇAMENTO DE EFLUENTES
DZ 205
PADRÃO DE LANÇAMENTO DE EFLUENTES
NT 202
PADRÃO DE LANÇAMENTO DE EFLUENTES
NT 202
PADRÃO DE LANÇAMENTO DE EFLUENTES
NT 202
PADRÃO DE LANÇAMENTO DE EFLUENTES

No Estado de São Paulo o controle é realizado utilizando-se a DBO como


parâmetro. É exigida a redução de DBO em 80% ou concentração
máxima de 60mg/L.

No Estado de Minas Gerais o controle é realizado de duas formas. Por


concentração de DBO e DQO, sendo os limites de 60 e 180 mg/L,
respectivamente ou 85% e 75% para DBO e DQO, respectivamente.

No Estado do Rio de Janeiro a exigência de controle se dá de forma


escalonada. A eficiência de remoção de DBO é determinada em função
da carga orgânica bruta, conforme a tabela abaixo:
Remoção
de
matéria
orgânica

Remoção Por que


tratar os Remoção
de sólidos
esgotos? de
em
nutrientes
suspensão

Remoção de
organismos
patogênicos
CARACTERÍSTICA DAS ÁGUAS RESIDUÁRIAS

Concentração de DBO e vazão dos efluentes


Consumo de água na agroindústria

Gênero Tipo Unidade de produção Consumo de água (m3 unid-1)


ALIMENTÍCIA Conservas (frutas/legumes) t processada 4 -50
Process. da ervilha t processada 13-18*
Process. do tomate t processada 4-8*
Process. da cenoura t processada 11*
Process. da batata t processada 7,5-16*
Process. de citrus t processada 9*
Process. carne frango t produzida 15-60*
Process. carne bovina t processada 10-16*
Process. de pescado t processada 5-35*
Doces t produzida 5 - 25
Açúcar de cana t produzida 0,5 - 10,0
Laticínio sem queijaria 1000 L leite 1 -10
Laticínio com queijaria 1000 L leite 2 -10
Margarina t produzida 20
Matadouros 1 boi/2,5 porcos 0.5 – 3
Produção de levedura t produzida 150
Consumo de água na indústria e agroidústria

Alcool Destilação de álcool t processada 60

BEBIDAS Cervejaria m3 produz. 5 – 20


Refrigerantes m3 produz. 2–5
Vinho m3 produz. 5
TÊXTIL Algodão t produzida 120 –750
Lã t produzida 500 –600
Lavanderia de lã t processada 20 – 70
Consumo de água na agroindústria
COURO E Curtume t processada 20 – 40
CURTUME

POLPA E PAPEL Fabric. de polpa t processada 15 – 200


sulfatada

Fabricação de papel t processada 30 – 270

Polpa e papel integr. t processada 200 – 250

CRIATÓRIOS DE Suínos t viva.dia 0,2*

ANIMAIS Vacas leiteiras t viva.dia 0,02-0,08*


CONFINADOS Bovinos t viva dia 0,15*

Eqüinos t viva.dia 0,15*


Ovinos t viva.dia 0,38*

Fonte: von Sperling (1995), Campos (1991), adaptado de Loehr (1984); * Vazão de água residuária.
CONCENTRAÇÃO DE DBO NOS EFLUENTE AGROINDUSTRIAIS
CONCENTRAÇÃO DE DBO NOS EFLUENTE AGROINDUSTRIAIS
EQUIVALENTE POPULACIONAL

Equivalente populacional: população humana necessária para produzir


mesma carga poluidora.

carga de DBO da indústria (kg.d −1 ).


E.P.( equivalente populacional ) =
0,054 (kg.hab −1 .d −1 )

• Conceito de carga orgânica


– CO (kg/d) = Q x Concentração (mg/L)
EQUIVALENTE POPULACIONAL

Exemplo 1:

Calcular o equivalente populacional para


um abatedouro de bovinos, que possui
uma vazão diária de 600 m³/dia de
efluentes, com uma DBO de 5.000,00 mg/L.

E.P. = 55.556 pessoas.

carga de DBO da indústria (kg.d −1 ).


E.P.( equivalente populacional ) =
0,054 (kg.hab −1 .d −1 )
NÍVEIS DE TRATAMENTO
Níveis do Tratamento dos Esgotos

Tratamento Tratamento Tratamento


preliminar primário secundário

Tratamento
terciário ou
pós-
tratamento
Tratamento Preliminar

Finalidades da remoção de sólidos grosseiros: Grades

• proteger as unidades subsequentes;


• proteger as bombas e tubulações;
• proteger os corpos receptores.

Finalidades da remoção de areia: Desarenador

• evitar abrasão nas bombas e tubulações;


• evitar obstrução em tubulações;
• facilitar o transporte do líquido.
Tratamento Preliminar
Objetivo: remoção de sólidos grosseiros e areia.
Projeto baseado na vazão de efluentes e características dos
sólidos presentes no efluente.

medidor
grade caixa de areia
de vazão

adaptado de VON SPERLING, 1996


Sistema grade/desarenador/medidor de vazão
Remoção de areia
Remoção de areia
Sistema grade/desarenador/medidor de vazão
Tratamento Primário

Objetivo: remoção de sólidos em suspensão sedimentáveis,


materiais flutuantes (óleos e graxas) e parte da matéria orgânica
em suspensão

lodo primário
Decantadores retangulares
Lateral em corte
Decantador Circular
DECANTADORES

Vídeo
Peneira estática parabólica
As peneiras podem substituir decantadores primários
PENERIA ESTÁTICA

Vídeo
Tamisadores para bovinos
Tamisadores para bovinos
Tamisadores para bovinos
Tamisadores e peneiras rotativas

https://wamgroup.com.br/pt-BR/WAMBR/Family/398/Roscas-Separadoras
Tamisadores e peneiras rotativas

https://wamgroup.com.br/pt-BR/WAMBR/Family/398/Roscas-Separadoras
Tamisadores e peneiras rotativas

https://wamgroup.com.br/pt-BR/WAMBR/Family/398/Roscas-Separadoras
Tamisadores e peneiras rotativas
Tamisadores e peneiras rotativas
Tamisadores e peneiras rotativas

Vídeo
Sistemas mecanizados
Peneiras rotativas: Suínos
Tamisadores e peneiras rotativas
Tratamento sólido/pastoso
Tamisadores e peneiras rotativas suinocultura

Vídeo
Flotadores

•Removem DBO particulada – sólidos e fração coloidal.


•Reduzir DQO particulada.
•Reduzir sólidos, óleos e graxas (frações coloidais).
Flotadores
Flotadores

• Podem ser utilizados conjuntamente com sistema fisico – químico.


Sistemas de flotação: remoção de gorduras
Flotadores

• Clarifica o efluente, mas não remove a fração carbonária solúvel.


FLOTADORES

Vídeo
Vídeos de funcionamento de flotadores e tratamento químico

1) Tratamento químico coagulação/floculação:


https://www.youtube.com/watch?v=X4jp7BnhvUk&ab_channel=Sur
facta-ChemspaceInd%C3%BAstriaQu%C3%ADmicachemspace
2) Flotação química assistida por ar dissolvido:
https://www.youtube.com/watch?v=tuKia3C7Z6A&ab_channel=aget
ecengenharia
3) Sistema de flotação:
https://www.youtube.com/watch?v=4lMsE7XV-
RU&ab_channel=EdsonCordeirodoValle-DEQUI-UFRGS
4) Funcionamento de um flotador:
https://www.youtube.com/watch?v=kLj-
MvOuHzw&ab_channel=CENTRIFLOTTECNOLOGIAEMTR
ATAMENTODEELFUENTES
Tratamento Biológico primário ou secundário
Tratamento Biológico primário ou secundário
1) A escolha do processo de tratamento secundário está ligada ao
fator de biodegradabilidade do efluente.
2) Necessidade de um estudo prévio sobre as características do
efluente.
3) Relação DBO/DQO: fornece uma idéia do grau de
biodegradabilidade de um despejo.
4) Despejos agroindustriais potenciamente biodegradáveis -
DQO/DBO ≤ 3,0
5) Observar a concentração de nutrientes nos efluentes – talvez seja
melhor misturar o efluente sanitário ao industrial nesta etapa.
Relação muito baixa  presença de produtos orgânicos
resistentes à degradação ou produtos tóxicos aos
microrganismos.
Sistemas Anaeróbios X Sistemas Aeróbios
Biogás
(70 a 90%)

CO2 Reator Efluente


Matéria (40 a 50%) Anaeróbio (10 a 30%)
Orgânica Lodo (5 a 15%)
(100% DQO) Reator
Efluente (5 a 10%)
Aeróbio

Lodo (50 a 60%)


Aproveitamento Energético do Biogás?
Baixa Produção de Lodo! Reciclagem dos Biossólidos?
Atendimento à Legislação Ambiental?
Tecnologias Simplificadas: Sistemas Anaeróbios
Características dos Vantagens Aplicabilidade
Sistemas Anaeróbios

Maior Simplicidade Operacional: Grandes Centros


Não há fornecimento de • Pouca dependência de operadores qualificados Urbanos e
oxigênio (s/ aeração) • Fluxograma simplificado, havendo poucas agroindústrias
unidades integrando a estação de tratamento

Menor Custo de Operação e Manutenção: Pequenas


• Pouca dependência de equipamentos Comunidades e granjas
Baixa produção de lodo • Menor consumo energético
• Menos inconvenientes com manuseio,
acondicionamento e transporte de lodo

Lodo mais concentrado e Menor Custo de Implantação: Sistemas


melhores características • Baixo requisito de área Descentralizados
de desidratação • Pouca ou nenhuma demanda por equipamentos
p/ aeração ou desidratação
Tratamento Secundário Aeróbio
Objetivo: remoção de matéria orgânica dissolvida e da matéria
orgânica em suspensão não removida no tratamento primário

contato entre os
participação de microrganismos e o
microrganismos material orgânico
contido no esgoto

matéria mais
orgânica + bactérias H2O + CO2 +
bactérias
Reatores
Reatores anaeróbio
•Principais vantagens:
•Não há gasto energético com aeração.
•Produção de metano – pode ser utilizado
como fonte energética.
•Não ocupa grandes áreas.
•Produção reduzida de lodo.
•Principais desvantagens:
•Mau odor recorrente se mal operado.
•Corrosão interna relevante – quando
usado aço inox ou mesmo concreto.
•Dificuldade para remoção de escuma.
Reatores
Reatores anaeróbio (UASB)

• Para laticínios possui baixa eficiência devido o


teor de gorduras, ocorrendo a hidrólise,
principalmente em meses frios, cujas
temperaturas ficam menores que 15° C.
Reatores anaeróbio (UASB-AF)

• Alta eficiência com aquecimento à faixa mesófila.


Reatores anaeróbio (UASB-AF)

• Alta eficiência com aquecimento à faixa mesófila.


Reatores anaeróbio (UASB-AF)

• Alta eficiência com aquecimento à faixa mesófila.


Reatores anaeróbio (UASB-AF)
Reatores

Reatores anaeróbio (Upflow Anaerobic


Sludge Blanket – UASB)

Vídeo
Reatores
Filtro anaeróbio

•Possuem eficiência comprovada na remoção de C.O. de efluentes de laticínios, o


tempo de detenção deverá ser elevado e é recomendado a adição de um sistema de
flotação a montante do filtro.
Sistemas de aeração forçada

•Principais vantagens:
• Alta eficiência de remoção de C.O.
• Sem odores quando bem aerados.
• Ocupam áreas relativamente menores –
que lagoas, por exemplo.
•Principais desvantagens:
•Gasto de energia:
Obs. Insuflação pode ocorrer economia
de até 35 % de energia .
• Grande produção de lodo.
• Necessidade de decantadores para
complementar o processo.
Lodos ativados
Indústria de laticínios com lodos ativados
Sistema de insuflação de ar: Inicio
Funcionamento
Funcionamento
Funcionamento
Lodo
Funcionamento
Funcionamento
Funcionamento
Saída do decantador clarificada
Reatores aeróbios: Lodos ativados
Reatores aeróbios: Lodos ativados
Reatores aeróbios: Lodos ativados
Reatores aeróbios: Lodos ativados
Reatores aeróbios: Lodos ativados
Reatores biológicos
Lagoas
Lagoas
Lagoas
Lagoas
Facultativa aerada
Facultativa aerada
Lodo: Uso Agrícola
Eutrofização
Eutrofização
Eutrofização
Eutrofização
Eutrofização
Tratamento terciário ecológico

Wetlands construídos
Os mecanismos envolvidos no tratamento são: filtração, degradação
microbiana da matéria orgânica, absorção de nutrientes e adsorção
no solo, entre outros.
Tratamento terciário ecológico

Seleção das vegetações - macrófitas


Tratamento terciário ecológico

Seleção das vegetações - macrófitas


Tratamento terciário ecológico

Seleção das vegetações - macrófitas


Tratamento terciário ecológico

O estudo com a Thypha sp. - Taboa


O estudo com a Thypha sp. - Taboa
• Produz 7.000 kg de rizomas por hectare.

• Plantas de Typha dominguensis absorvem metais pesados, inclusive


o cobre, podendo contribuir para o saneamento ambiental. É
indicada, também, como depuradora natural de ambientes aquáticos
(REITZ, 1984).

• BRASIL et al. (2005) obteve valores de evapotranspiração para a


cultura da taboa em sistemas alagados artificiais que variaram de 4,9
a 14,0 mm d-1 e de evapotranspiração de referência de 2,2 a 3,36 mm
d-1.

•Comprovada remoção de nutrientes, em especial compostos


nitrogenados.

•Resistente a pragas e mudança brusca de ambiente.

• Encontrada facilmente no território nacional


Tratamento terciário ecológico

O estudo com a Thypha sp. - Taboa


A transferência de oxigênio
Tratamento terciário ecológico

Wetlands
Tratamento terciário ecológico
Remoção de DBO e Nutrientes

77 a 92 % de DBO

35 a 96 % de N
Tratamento Terciário: Remoção de N e P
Resultado satisfatório
Crescimento e aclimatação

Plantio
Crescimento e aclimatação

Brotamento – 7 a 10 dias
Crescimento e aclimatação

Brotamento – 30 e 60 dias
Crescimento e aclimatação

Brotamento – 90 e 120 dias - poda


Tratamento terciário ecológico
Tratamento terciário ecológico
Tratamento terciário ecológico

Sistema ecológico em série


Sistemas Alagados Construídos - Wetlands
Wetlands

Goiás
Sistemas Alagados Construídos - Wetlands

Lima Duarte
Sistemas Alagados Construídos - Wetlands

Itália
Sistemas Alagados Construídos - Wetlands
Sistemas Alagados Construídos - Wetlands

Austrália
Sistemas Alagados Construídos - Wetlands

Nova Zelândia
Sistemas Alagados Construídos - Wetlands

Uganda - África
Sistemas Alagados Construídos - Wetlands

Austrália
Sistemas Alagados Construídos - Wetlands

Republica Tcheca
Sistemas Alagados Construídos - Wetlands

Republica Tcheca e Nova Zelândia


Sistemas Alagados Construídos - Wetlands

Austrália
Sistemas Alagados Construídos - Wetlands

Austrália
Sistemas Alagados Construídos - Wetlands

Rep. Tcheca
Sistemas Alagados Construídos - Wetlands

Austrália
Sistemas Alagados Construídos - Wetlands
Sistemas Alagados Construídos - Wetlands

Eslovênia
Sistemas Alagados Construídos - Wetlands

Tailândia
Curso sobre Pós-tratamento de Efluentes Anaeróbios

Wetlands

EUA
Critério para dimensionamento
➢SAC escoamento subsuperficial.
➢ Uso de macrófitas enraizadas emergentes.
➢ Altura do substrato (Brita n° 0) = 0,5 m
➢ A “vala” deve ser impermeabilizada com lona de PVC ou
PEAD preferencialmente.
➢ Dimensionar pelo critério da taxa de aplicação:

S o× Q
A s=
Ls

em que,
As – área superficial do tanque (m2);
So – concentração afluente de DBO (mg.L-1);
Ls – taxa de aplicação superficial (kg.ha-1.d-1)
Critério para dimensionamento

Metcalf & Eddy (1991) recomendam a aplicação de, no


máximo, 70 kg.ha-1.d-1 de DBO em sistemas alagados
construídos de fluxo superficial ou subsuperficial. Outros
autores, citados pelos mesmos autores, apresentam valores
máximos de 133 kg.ha-1.d-1 de DBO. Acredita-se que o uso de
maiores taxas de aplicação, até 300 kg.ha-1.d-1, possa ser
utilizado em condições climáticas tropicais.

Já comprovado eficiência até 560 kg.ha-1.d-1 .


Resultados

Variável PROSAB (2001)1 BRASIL (2005)2 FIA e MATOS (2001)3


DBO 90,0%;
DQO 79 a 85% 87-90% 87,0%;
SST 48 a 71%; 90-91%
Turbidez 80-86%
NTK 47 a 70% 33-57%*
Nitrato 70,0%
Amônio 75,0%;
Fósforo 90% 35-48% 86,0%
Potássio 89,0 %.
CF 4 unidades log
Dimensionamento de um sistema

➢Um laticínio remove todo o soro de seu efluente possui uma


DBO de 900 mg/L . Este laticínio possui a recepção de 10.000
L/leite . dia e gera 3,00 vezes mais efluentes que sua recepção de
leite. O laticínio funciona por 16 horas por dia.
A) Calcule o equivalente populacional para o laticínio.
B) Dimensione um sistema de tratamento ecológico para este
laticínio.
Obs.:Recomendação de sistema: Uma caixa de gorduras, seguida
de um sistema alagado construído.
S o× Q
VCG = Qmáx x TDHCG ; TDH 2,0 horas A s=
Ls

C) Recalcule o equivalente populacional depois da implantação


do sistema.
Caixa de gordura
Alagado Construído

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