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Autodepuração e impactos ambientais oriundo de

lançamento de efluentes agroindustriais em curso de


água: Modelagem físico matemática.

PhD. Henrique Vieira de Mendonça


Engenheiro Agrícola e Ambiental
Biólogo
Resolução CONAMA 430/2011.
Padrões do corpo d’água e de lançamento
Curva de Autodepuração
Efeito do Lançamento de Matéria Orgânica nos
Cursos d´água
Lançamento (esgoto sem tratamento)
Lançamento (esgoto tratado – 70% remoção) Rio

10
9
Oxigênio Dissolvido (mg/L)

8
7
6
OD mínimo (rio Classe 2)
5
4
3
2
1
0
0 2 4 6 8 10 12
Tempo (dias)
MODELAGEM DA POLUIÇÃO EM CURSOS DE ÁGUA
Os modelos de qualidade das águas de rios vêm sendo utilizados
desde o desenvolvimento do modelo clássico de OD e DBO, de
Streeter e Phelps, em 1925 (VON SPERLING, 2007). O modelo
Streeter-Phelps foi o pioneiro para os modelos atuais, abordando
unicamente dois aspectos importantes: o consumo de oxigênio
pela oxidação da matéria orgânica e a produção de oxigênio pela
reaeração atmosférica.
MODELAGEM DA POLUIÇÃO EM CURSOS DE ÁGUA

Typical representatives of the benthic fauna the length of the self-purifying stream section (according to Peter 1994).
MODELAGEM DA DEPLEÇÃO DE OD
DESOXIGÊNAÇÃO

A hipótese básica do modelo Streeter - Phelps é que a taxa de


decomposição da matéria orgânica no meio aquático (ou taxa de
desoxigenação dL/dt) é proporcional à concentração da matéria
orgânica presente em um dado instante de tempo, que é dada por:

L é a DBO remanescente ao fim do tempo t, em mg/l e, K1 é o


coeficiente de decaimento, ou constante de desoxigenação, dada
por dia-1 e t é o tempo, em dias. Integrando a EDO de L0 a L
temos:

L0 é a DBO inicial de mistura (efluente + corpo receptor),


no ponto de lançamento (zona de mistura), em mg/l.
DESOXIGÊNAÇÃO
DESOXIGÊNAÇÃO
DESOXIGÊNAÇÃO
REAERAÇÃO

O consumo de OD no meio líquido ocorre simultaneamente à


reação de reoxigenação desse meio, na qual, por meio de reações
exógenas, o oxigênio passa da atmosfera para a água. Esse
processo é modelado pela seguinte equação:

D é o déficit de oxigênio, ou seja, a diferença entre a concentração


de saturação do oxigênio no meio líquido e a concentração de
oxigênio dissolvido na água em um dado instante, e K2 é a
constante de reoxigenação do corpo d’água.
REAERAÇÃO
Obtenção do K2:
AUTODEPURAÇÃO DE CURSOS DE ÁGUA

A temperatura influencia na oxigenação do corpo d’água de duas


formas: reduz a concentração de saturação da água e acelera o
processo de absorção de oxigênio. Observa-se, de modo geral, que a
água previamente desoxigenada absorve menos oxigênio da
atmosfera à medida que a temperatura se eleva, se todas as outras
condições permanecerem constantes (SANTOS, 2001; NUNES,
2008).

Os teores de oxigênio dissolvido a serem mantidos nos corpos


d’água são estipulados através de legislação. Os valores variam em
função da classe em que o corpo d’água está classificado (VON
SPERLING, 1996). A Tabela 4 mostra os teores mínimos de OD nos
corpos d’água, em função da classe a que pertencem, segundo a
Resolução CONAMA 357.
AUTODEPURAÇÃO DE CURSOS DE ÁGUA

[OD] Menores que 4 mg/L prejudicam a reprodução de


peixes e macroinvertebrados.

[OD] Menores que 2 mg/L é a mínima para existência


de vida aeróbia superior.
AUTODEPURAÇÃO DE CURSOS DE ÁGUA

https://cetesb.sp.gov.br/mortandade-peixes/causas/
AUTODEPURAÇÃO DE CURSOS DE ÁGUA
Como o déficit de saturação de oxigênio dissolvido corresponde a
resultante da soma dos efeitos de desoxigenação e reaeração,
obtém-se a seguinte equação diferencial:

Integrando a equação acima de ambos os lados, temos:

Dt é o déficit de saturação de oxigênio no tempo t, em mg/L; D0 é o


déficit inicial de oxigênio dissolvido no curso de água, em mg/L; L0
é a DBO no ponto de lançamento.
AUTODEPURAÇÃO DE CURSOS DE ÁGUA
A concentração de oxigênio no tempo C(t) é dada pela diferença
entre a concentração de saturação nas condições do experimento
(Cs) e o déficit de oxigênio dissolvido num tempo D(t).
AUTODEPURAÇÃO DE CURSOS DE ÁGUA
A curva do perfil de OD em função do tempo é apresentada na
figura 5. De acordo com Sperling (2007), nesse perfil são
identificados os seguintes pontos: a concentração de OD no rio a
montante (Cr), a concentração de OD na mistura (C0), a
concentração crítica de OD (Cc).
AUTODEPURAÇÃO DE CURSOS DE ÁGUA

É importante ressaltar que as equações descritas são válidas


apenas em condições aeróbias, ou seja, enquanto a
disponibilidade de oxigênio igualar ou exceder ou seu
consumo (Sperling, 2007).

O modelo Streeter - Phelps considera, no balanço do oxigênio,


apenas dois processos: o consumo de oxigênio, pela oxidação
da matéria orgânica durante a respiração, e a produção de
oxigênio, pela reaeração atmosférica.

Além disso, o modelo adota as seguintes simplificações:


• Sistema unidimensional;
• Regime permanente com vazão e seção constante;
• Lançamento do efluente pontual e constante.
RESUMO DOS DADOS NECESSÁRIOS PARA USAR O MODELO
EXERCÍCIO RESOLVIDO

Calcular e plotar os perfis de OD para um segmento Retilíneo do


Rio Turvo Sujo, que passa pelo município de Viçosa –MG,
conforme os dados a seguir:

CARACTERÍSTICAS DO EFLUENTE:
Tipo: Destilaria de álcool (Vinhaça):
- Vazão= Qe = 0,002 m3/s (173 m³/dia);
- Demanda bioquímica do esgoto = DBO5e = 10.000
mg/L;
- Oxigênio dissolvido do esgoto = ODe = 0,0 mg/L.
EXERCÍCIO RESOLVIDO

CARACTERÍSTICAS DO RIO TURVO SUJO:


- A jusante do ponto de lançamento o curso d’água não
apresenta outros lançamentos significativos;
- Vazão = Qr = 0,168 m3/s;
- Rio considerado limpo;
-Oxigênio dissolvido do rio = ODr = 6,8 mg/L;
- Altitude = 1.000 m;
- Temperatura da água = 25ºC;
- Profundidade média = 1,0 m;
- Velocidade média = 0,35 m/s.
AUTODEPURAÇÃO – RESOLUÇÃO DO EXERCÍCIO

PASSO 1: DEMANDA BIOQUÍMICA DE OXIGÊNIO DO RIO


(DBOr) Para um rio limpo, tem-se: DBOr = 2,0 mg/L
PASSO 2: Para água residuária concentrada o valor de K1
corresponde a 0,45 d-1, ou seja; K1 = 0,45 d-1 (20ºC, base e) (Veja
Tabela abaixo).

PASSO 3: COEFICIENTE DE DESOXIGENAÇÃO CORRIGIDO


(K1T ):
AUTODEPURAÇÃO – RESOLUÇÃO DO EXERCÍCIO

PASSO 4: COEFICIENTE DE REAERAÇÃO (K2 ):


- Profundidade do curso d’água: H = 1,0 m;
- Velocidade do curso d’água: v = 0,35 m/s.
- Logo a fórmula a ser utilizada é a de O’Connor e Dobbins (1958):
AUTODEPURAÇÃO – RESOLUÇÃO DO EXERCÍCIO

PASSO 5: COEFICIENTE DE REAERAÇÃO CORRIGIDO (K2T ):

Observação: Com base nos valores apresentados na literatura, um


valor bastante utilizado do coeficiente de temperatura ϴ é 1,024
(SANTOS, 2001).

PASSO 6: CONCENTRAÇÃO DE SATURAÇÃO DE


OXIGÊNIO (Cs):
- Temperatura da água: T = 25ºC;
- Altitude = 1.000 m;
- Cs = 7,5 mg/L (Tabela 5).
AUTODEPURAÇÃO – RESOLUÇÃO DO EXERCÍCIO
AUTODEPURAÇÃO – RESOLUÇÃO DO EXERCÍCIO

PASSO 7: OXIGÊNIO DISSOLVIDO MÍNIMO PERMISSÍVEL


(ODmin):
- Classe do corpo d’água = classe 1;
- Segundo esta classe, temos que:
- ODmin = 6,0 mg/L. (Veja Tabela a seguir – COANAMA 357)
AUTODEPURAÇÃO – RESOLUÇÃO DO EXERCÍCIO

PASSO 8: CONCENTRAÇÃO DE OXIGÊNIO DA MISTURA


(Co ):

PASSO 9: DÉFICIT DE OXIGÊNIO (Do ):

PASSO 10: CONSTANTE DE TRANSFORMAÇÃO DA DBO5


A DBO ÚLTIMA (KT )
DBO última
DBO última
AUTODEPURAÇÃO – RESOLUÇÃO DO EXERCÍCIO

PASSO 11: CONCENTRAÇÃO DE DBO5, LOGO APÓS A


MISTURA (DBO5,0):

PASSO 12: DEMANDA ÚLTIMA DE OXIGÊNIO, LOGO


APÓS A MISTURA (Lo):

PASSO 13: TEMPO CRÍTICO ( tc ):


AUTODEPURAÇÃO – RESOLUÇÃO DO EXERCÍCIO

PASSO 14: DISTÂNCIA CRÍTICA ( dc ):

PASSO 15: DÉFICIT CRÍTICO (DC ):

PASSO 16: CONCENTRAÇÃO CRÍTICA DE OXIGÊNIO


DISSOLVIDO (Cc):
CC = CS -DC = 7,5 -18,79 = -11,29 0,0 mg/L
CC = 0,0 mg/L (Menor valor na prática)
AUTODEPURAÇÃO – RESOLUÇÃO DO EXERCÍCIO
PASSO 17: PERFIL DE OXIGÊNIO DISSOLVIDO AO LONGO
DO TEMPO E DA DISTÂNCIA
A equação que possibilita plotar num diagrama o perfil de oxigênio
dissolvido ao longo do tempo (em dias) e da distância (em
quilômetros) é dada por:

Observação: A velocidade média do rio deverá ser transformada de m/s


para km/dia da seguinte forma:
velocidade em km/dia = velocidade em m/s ×86,40 = 0,35 ×86,40 =
30,24 km/dia
Agora, basta preparar uma tabela contendo os intervalos pré-definidos
de DISTÂNCIA (km) e TEMPO (dias) e, posteriormente, plotar os
gráficos da concentração de oxigênio (Ct) em relação ao tempo (t) e a
distância (d).
AUTODEPURAÇÃO – RESOLUÇÃO DO EXERCÍCIO
AUTODEPURAÇÃO – RESOLUÇÃO DO EXERCÍCIO
Contaminação por Organismos Patogênicos
Contaminação por Organismos Patogênicos
Contaminação por Organismos Patogênicos
Contaminação por Organismos Patogênicos
Contaminação por Organismos Patogênicos
Exercício
Contaminação por Organismos Patogênicos
Exercício
Contaminação por Organismos Patogênicos
Contaminação por Organismos Patogênicos
APLICAÇÃO DA VINHAÇA NO SOLO
Resíduo Sólido Classe II-A, Não Perigoso e Não Inerte (ABNT
10.004): pelo fato de não ter tratamento convencional que possibilite
o seu lançamento em corpos de água.
Aplicação da vinhaça no solo

BENEFÍCIOS:
1) Não vai poluir os cursos de água – manutenção da vida aquática.
2) Reuso da água residuária como fertilizante rico em potássio.
3) Economia com fertilizantes convencionais.
4) Pode ser utilizado em lavouras de cana-de-açúcar que ficam
próximas as unidades de beneficiamento.
5) Aumento da CTC do solo.
Aplicação da vinhaça no solo

RESTRIÇÕES:

1) Grandes doses de vinhaça podem ter um impacto severo no solo e nas


águas superficiais e subterrâneas, não sendo recomendadas dosagens
acima da variação de 500 a 2.000 m³ ha-1.
2) Não pode ser aplicada no domínio da Área de Preservação Permanente–APP,
ou de Reserva legal.
3) Afastada no mínimo 15 m da área de domínio de ferrovias e rodovias.
4) Deve ser afastada ,no mínimo, 1km (um quilometro) dos núcleos populares
compreendidos na área do perímetro urbano.
5) A profundidade do nível d´agua do aquífero livre, no momento da aplicação
de vinhaça, deverá ser, no mínimo, de 1,50m (um metro e cinquenta
centímetros).
6) Áreas com declividade maior que 15%, deverão ser adotadas práticas
conservacionistas, para evitar a erosão: escarificação do solo, para melhorar a
capacidade de infiltração do solo.

Agencia Nacional das águas (ANA).


EMBASAMENTO LEGAL

Agencia Nacional das águas (ANA).


CONDUÇÃO
COMDUÇÃO
Critérios e Procedimentos para Aplicação no Solo Agrícola
NT CETESB P4.231-Dosagem de K2O

m³ de vinhaça/ha = [(0,05 x CTC - ks) x 3744 + 185] / kvi


0,05 = 5% da CTC
CTC = Capacidade de Troca Catiônica, expressa em cmolc/dm³ a pH 7,0, dada
pela análise de fertilidade do solo.
ks = Concentração de potássio no solo, expresso em cmolc/dm³, à
profundidade de 0,80 metros, dada pela análise de fertilidade do solo.
3744 = Constante para transformar os resultados da análise de fertilidade para
kg de potássio em um volume de um hectare por 0,80 metros de profundidade.
185 = kg de K2O extraído pela cultura por ha, por corte.
kvi = Concentração de potássio na vinhaça, expressa em kg de K2O/ m³.

52
EXEMPLO
Dados do solo: CTC a pH 7 = 4,6 cmolc/dm³
K residual no solo: 0,19 Cmolc/d³
Dados vinhaça:
K2O = 0,55 Kg/m³

m³ de vinhaça/ha = [(0,05 x CTC - ks) x 3744 + 185] / kvi

m³ de vinhaça/ha = [(0,05 x 4,6 – 0,19) x 3744 + 185] / 0,55

m³ de vinhaça/ha = 608,7 m³/ha


CARRETEL DE IRRIGAÇÃO
CARRETEL DE IRRIGAÇÃO
CANHÃO HIDRÁULICO
CAMINHÃO TIPO BAUER
CAMINHÃO TIPO BAUER – Aplicação localizada
CAMINHÃO TIPO BAUER – Aplicação localizada
CAMINHÃO TIPO BAUER – Aplicação localizada
CAMINHÃO TIPO BAUER – Aplicação localizada
IMPLEMENTO PARA TRATORES
IMPLEMENTO PARA TRATORES
IMPLEMENTO PARA TRATORES
Disposição das águas residuárias de forma
controlada no solo: Fertirrigação
Notas de aulas prof. Matos - UFV
NÍVEIS DE TRATAMENTO POSTERIORES À
APLICAÇÃO NO SOLO
Níveis de tratamento requerido posteriores à aplicação no solo

Tratamento
preliminar

Tratamento Tratamento
preliminar primário

Tratamento Tratamento
preliminar Tratamento
primário
secundário
Notas de aulas prof. Matos - UFV
Notas de aulas prof. Matos - UFV
Comportamento: Morte de coliformes totais e termotolerantes no solo
ao se proceder a fertirrigação:
1) Há eficiente e rápida remoção de coliformes termotolerantes (E. coli)
aplicados ao solo, estimando-se que contagens desprezíveis sejam obtidas
após 13,0 d da sua aplicação em solo nu e 6,6 d em solo com cobertura.

2) O coeficiente de decaimento de coliformes totais é maior em solo nu,


enquanto que o de E. coli é maior no solo com cobertura vegetal.

3) A fertirrigação mostrou ser uma técnica eficiente para tratamento/disposição


final de efluentes com relevantes concentrações de coliformes, no que se
refere à inativação destes organismos.
Pereira et al. (2014)
Escolha do tipo de solo:
A aplicação de águas residuárias deve ser feita, preferencialmente, em solos
argilosos ou de textura média, de baixa a média permeabilidade. Solos
arenosos não são recomendados em função da facilidade de percolação dos
poluentes e dos riscos de contaminação das águas subterrâneas (Matos, 2017).
Escolha da cultura:
A seleção deve ser baseada no nutriente limitante.
Quanto mais a cultura absorva o nutriente limitante, mais será a dose aplicada.
Extração de nutrientes por culturas agrícolas (Quadro 1)
Extração de nutrientes por culturas agrícolas... Continuação
Extração de nutrientes por culturas agrícolas

Sanchez (1975)
Fitotoxicidade
Fitotoxicidade
Salinidade
Salinidade

Notas de aulas prof. Matos - UFV


Metais Pesados

Notas de aulas prof. Matos - UFV


DIRETRIZES PARA USO DE ÁGUA NA IRRIGAÇÃO
Taxa de aplicação

Notas de aula prof. Matos


Método DEA/UFV – Matos (2017)
Notas de aula prof. Matos
Taxas de mineralização da matéria orgânica no solo
(Quadro 2)

Notas de aula prof. Matos


Exercício
Calcular a taxa de aplicação para disposição final de água residuária da
bovinocultura pelo método DEA/UFV, considerando a cultura de capim elefante:
1) Tratamento preliminar foi composto por gradeamento e desarenador.
2) Como tratamento primário foi utilizado um decantador primário.
3) Considere os parâmetros a seguir para determinar a lâmina de fertirrigação:
Exercício
Calcular a taxa de aplicação para fertirrigar capim elefante com água residuária da
bovinocultura pelo método DEA/UFV. Considere os dados a seguir:
1) Tratamento preliminar foi composto por gradeamento, desarenador e
tamisador.
2) Produtividade requerida para o capim elefante = 25,0 t ha-1.
3) Características do solo local: solo argiloso, possua 3,5 dag kg-1 de matéria
orgânica, massa específica de 1,2 g cm3.
4) Taxa de mineralização do material orgânico (Tm1) = 1 kg kg-1 ano-1.
5) Profundidade de aplicação: 0,3 m.
Consultando os Quadros 1 e 2, os valores dos parâmetros Nabs e Tm2 sejam
respectivamente, 302 kg ha-1 e 0,50 kg kg ano-1, e que a proporção na recuperação
do nitrogênio mineral pela cultura seja de 0,70 kg kg-1 ano-1, tem-se para o
primeiro ano:
Calcular a taxa de aplicação para disposição final de água residuária da
bovinocultura pelo método DEA/UFV, considerando a cultura de capim elefante:
1) Tratamento preliminar foi composto por gradeamento e desarenador.
2) Como tratamento primário foi utilizado um decantador primário.
3) Considere os parâmetros a seguir para determinar a lâmina de fertirrigação:
Com base nos resultados analíticos a maior concentração observada na
água residuária foi de compostos nitrogenados, logo:
Para o primeiro ano de aplicação temos:

Com o valor da DAAR, pode-se estimar a quantidade de sódio e potássio aplicados


por hectare por ano numa determinada área, como a seguir:
Segundo MATOS (2007) a concentração máxima permitida de sódio e potássio
no solo é de 150 kg ha-1 ano-1 e 504 kg ha-1 ano-1, respectivamente. A taxa de
aplicação de água residuária calculada pode ser utilizada na fertirrigação do
capim elefante, porém é necessário adubação suplementar com potássio (202,17
kg ha-1 ano-1) para atender a exigência nutricional da cultura.
Supondo que toda a água residuária da bovinocultura seja utilizada para a
fertirrigação, a área a ser fertirrigada pode ser determinada pela Equação:
A partir do primeiro ano, a taxa de aplicação deve ser corrigida em função da taxa
de mineralização anual do nitrogênio orgânico (Tm2Acum), conforme apresentado
no Quadro 3.
Aplicação
No caso da aplicação com base em compostos nitrogenados, esta deve ser feita
preferencialmente com injeção do material por implementos.
1) 50% do N no efluente é de origem Amoniacal, a outra parte é N mineralizado.
2) Aplicação superficial = volatilização do N amoniacal.
3) Diminui o acumulo de Fósforo na superfície do solo, comum em sistemas de
plantio direto.
4) Diminui o problema de cheiro ao espalhar efluente líquido.
Fertirrigação (infiltração lenta ou irrigação)

Superficial Chorumeira

Aspersão Gotejamento
IMPACTOS NEGATIVOS

- risco de selamento superficial.


Aplicação
Aplicação
Aplicação
Aplicação
Aplicação
Chácara Marujo - PR
Esterqueira (P1)
Fluxograma da UPT (ROTAS)
Sequência de tratamento:
• Rota 1: P1→ P2 → P3 → SAC 1
• Rota 2: P1→ P2 → P3 → SAC 2

P3.1
1,0m³ P3.2
03/2014 0,09m³
NR

P2
10m³
05/2015
P1
7,8m³ SAC 1 SAC 2
05/2016 05/2014

0,5m³
102
SAC com Taboa (SAC 1)
SAC com Vetiver (SAC 2)
Cultivo da Bertalha

Figura 5.A e B : Colheita e amostragem do experimento, 30 DAT.


107
Cultivo da Bertalha

Comprimento da haste principal e diâmetro do colo e número de folhas

108
Resultados da Bertalha
comprimento, diâmetro e número de folhas

Tratamento Comprimento Diâmetro (mm) Número de folhas


(cm)

T1-50% de N 23,68 NS 14,97 NS 17,61 ab

T2-100% de N 21,51 14,34 18,48 a

T3-150% de N 25,38 16,05 19,03 a

T4-200% de N 23,86 15,22 14,10 b

109
Água residuária de Suinocultura para irrigação em Milho

115
Água residuária de Suinocultura para irrigação em Milho

116
Água residuária de Suinocultura para irrigação em Milho

117
Biofertlizante nitrogenado da bovinocultura
Capítulo 1: Materiais e Métodos
Capítulo 1: Materiais e Métodos

ARB: Caracterização quantitativa e qualitativa


1. Vazão de 15 e 20 m³ dia-1 ≈ 120 e 130 L animal-1 dia-1
(+ Recirculação – 40 m³ dia-1 )
1. Caracterização:

APHA (2012)

OBS.! Potássio!!!
Biofertlizante nitrogenado da bovinocultura
Biofertlizante nitrogenado da bovinocultura
Graphical abstract
Capítulo 2 – Lay out
Capítulo 2 – Doses Aplicadas
Capítulo 2 – Resultados
Crescimento x Tempo x Dose: Interação tripla

Crescimento x Tempo

Boxplots para o ganho de altura em relação à dose de N, em cada fonte de adubação, após (A) 50
dias; (B) 80 dias; (C) 120 dias; (D) 140 dias; (E) 180 dias; (F) 220 dias.
Capítulo 2 – Resultados
Altura Final (m)

Não houveram diferenças significativas ( p>0,05) entre uso de Biofertilizante ou Ureia


Testes: Análise de Variância (ANOVA) e Teste de Tukey.

Cultivar 1 (RB 867515) e Cultivar 2 (SP 803280)


Capitulo 2 – Fotos: Aplicação

Aplicação 1 – 60 dias após o plantio


Capitulo 2 – Fotos: Aplicação

Aplicação 2 – 90 dias após o plantio


Fotos – Crescimento vegetativo

90 dias após o plantio


Capítulo 2 – Início da estabilização da cultura

300 dias após o plantio


Capítulo 2 – Resultados
° Brix (%)

Não houveram diferenças significativas ( p>0,05) entre uso de Biofertilizante ou Ureia


Testes: Análise de Variância (ANOVA) e Teste de Tukey.

Cultivar 1 (RB 867515) e Cultivar 2 (SP 803280)


Capítulo 2 – Resultados
Produtividade de colmos (toneladas/hectare)

Não houveram diferenças significativas ( p>0,05) entre uso de Biofertilizante ou Ureia


Testes: Análise de Variância (ANOVA) e Teste de Tukey.
Capítulo 2 – Resultados
Proteína Bruta (%)

Houveram diferenças significativas ( p<0,05) entre uso de Biofertilizante ou Ureia, exceto para L4
cultivar 2 - (SP 803280) .

Testes: Análise de Variância (ANOVA) e Teste de Tukey


Biofertlizante nitrogenado da bovinocultura
Biofertlizante nitrogenado da bovinocultura
Biofertlizante nitrogenado da bovinocultura: Cultura do milho

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