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Estudar o fenômeno de autodepuração baseada na

concentração de oxigênio dissolvido do curso de


água, provocado pelos esgotos de uma cidade com
população prevista, no projeto, para 150.000
habitantes. Por força da legislação vigente, o mínimo
oxigênio dissolvido permissível para o curso de água
receptor é de 5 mg/L. Os esgotos podem ser
considerados como essencialmente de origem
doméstica.
1
Esgotos
Curso d’água

OD
(mg/l)
Cs
Co Do

Dc

Co

Cc
to tc Tempo (d) ou
distância (km)

Pontos característicos da curva de depleção de OD


2
a) Dados e características dos esgotos

Vazão média dos esgotos: Qesg = 21 6000 m3/d =


250 L/s

DBO padrão = DBO = 300mg/L (DBO5 )

DBO de 1º estágio = DBO x 1,46 = 438 mg/L = DBOu

OD = zero 3
b) Dados e características do curso de água receptor

Vazão mínima média mensal: Qrio = 1.800 L/s (dado obtido de determinado
posto fluviométrico);

Velocidade média em épocas de estiagem: V = 0,20 m/s

Profundidade média em época de estiagem: H = 0,95 m

Características das águas a montante do lançamento:

DBO padrão = DBO = 3,0 mg/L DBO do 1º estágio = 4,4

ODsat = OD = 8,6 mg/L (temperatura = 22º C, altitude de 200m)

Temperatura de estudo = 22 º C 4
Coeficiente de desoxigenação K 1 :
K 1( 20) = 0,15 d −1 (avaliado pelo método dos momentos)

Para a temperatura de 22 º C:
K 1(T ) = K 1( 20) x (1,045) T −20
K 1( 22) = 0,15 x (1,045) 2

K 1( 22) = 0,16 d −1

5
Coeficiente de reaeração K 2 :
V 0, 67
K 2( 20) = 2,3 x
H 1,85

(0,20) 0,67
K 2( 20) = 2,3 x
(0,95)1,85
K 2( 20) = 0,86 d −1

Para a temperatura de 22 º C

K 2(T ) = K 2( 20) x (1,024) T −20


K 2( 22) = 0,86 x (1,024) 2

K 2( 22) = 0,90 d −1

Obs: O curso de água não recebe nenhum afluente com vazão


apreciável até 60 Km a jusante do lançamento. 6
a) Curva de depressão de oxigênio dissolvido, OD a jusante do
lançamento:
OD = OD SAT - D
K1 Lo
D= .(10 − K 1t − 10 − K 2t ) + Do x 10 − K 2t
K 2 − K1

Portanto, há necessidade de se calcular, inicialmente, Lo e Do:


Cálculo de Lo:

Lo = Qesg xDBO 1º est. Esg. + Qrio. DBO 1º est.rio


Qesg + Qrio

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Lo = 250 x 438 + 1800 x 4,4
250 + 1800

Lo = 57 mg/L

Cálculo de Do:

Do = ODSAT - Qrio x ODrio + QesgxODesg


Qrio + Qesg

Do = 8,6 - 1800 x 8,6 + 250 x O


1800 + 250

Do = 1,0 mg/L 8
Para tempos de percurso após lançamento dos esgotos de O: 0,5; 0,8; 1,0;
1,3 e 2,0 dias têm-se na tabela abaixo as concentrações de oxigênio
dissolvido e outros dados de interesse.

TEMPO DE PERCURSO DISTÂNCIA DO LANÇAMENTO DÉFICIT DE O 2 OD


(dias) (m) (mg/L) (mg/L)

0 _ 1,0 7,6
0,5 8700 6,2 2,4
0,8 13800 7,0 1,6
1,0 17300 7,0 1,6
1,3 22500 6,8 1,8
2,0 34600 6,1 2,5
3,0 51900 4,1 4,5
9
NÍVEL DE OD DE SATURAÇÃO
9,0 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -- - - -- - - - - - -
Do
8,0
DÉFICIT DE OD PERMISSÍVEL: 8,6 – 5,0 = 3,6 mg/l
7,0

6,0
NÍVEL MÍNIMO ACEITÁVEL PARA OD
5,0 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -- - - - - - - - - -- - - - -- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
-

4,0

3,0

2,0

1,0

0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 t (dia)


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Pela curva, verifica- se que o curso de água começaria a apresentar
concentrações de OD inferiores a 5,0 mg/ (mínimo aceitável no caso), logo
a jusante do lançamento do esgoto bruto, atingindo um mínimo de OD
dissolvido entre os tempos de percurso de 0,8 a 1,0 dias, pouco inferior a
1,6 mg/L, não entrando, entretanto, em anaerobiose. Nessas condições,
haverá necessidade de tratamento dos esgotos para redução de DBO.
a) Estimativa do grau de tratamento
- Cálculo do tempo crítico, local onde se verifica o máximo déficit crítico:

1 K2 Do( K 2 − K1 )
Tc = . log 1-
K 2 − K1 K1 LoK 1

1 0,90 10(0,90 − 0,16


Tc = log 1-
0,90 − 0,16 0,16 57 x0,16

tc= 1,35 x 0,714 = 0,96 d 11


- Cálculo da carga máxima de DBO admissível:

K1
Dc = xLox10 − Ktc1
K2
K
Lo = 1 xDcx10. K1tc neste caso:
K2

Lo carga inicial de DBO do primeiro estágio, após a mistura de


despejo (esgoto) tratado no curso de água para que se observe o déficit
crítico admissível, ou seja, Dc = 8,6 –5,0 = 3,6 mg/L.

0,90
Lo = x3,6 x10 0,16 x 0,96
0,16

Lo = 5,62 x 3,6 x 1,42

Lo = 29 mg/L
12
13
14
15
16
17
DBO1º est. = DBO x 1,46 = 3,7 mg/L

Odsat = OD = 8,2 mg/L

- Coeficiente de desoxigenação K1:


-
K1(20) = 0,19 d-1 (Avaliado pelo método dos momentos)
-
- temperatura de estudo: T = 20 ºC

- coeficiente de reaeração K2:


V 0, 67 (0,23) 0,67
K2(20) = 2,3 x 1,85 = 2,3x
H (0,65)1,85
−1
K2(20 )= 1,91 d
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a) Curva de depressão de oxigênio no curso de água A.
OD = Odsat – D

Onde:
𝐾1 𝐿𝑜
D= . 10−𝐾1 𝑡 − 10−𝐾2 𝑡 + 𝐷𝑜. 10−𝐾2 𝑡
𝐾2 −𝐾1

Portanto, há necessidade de se calcular inicialmente Lo e Do.


- Cálculo de Lo:

𝑄𝑑𝑒𝑠𝑝𝑥𝐷𝐵𝑂 1º𝑒𝑠𝑡 +𝑄𝐴.𝐷𝐵𝑂1º𝑒𝑠𝑡 .𝑑𝑒 𝐴


Lo =
𝑄𝑑𝑒𝑠𝑝 + 𝑄𝐴

14𝑥3210 + 510𝑥3,7
Lo = Lo DBO inicial de 1º estágio do
14+ 510
curso de água, após a mistura do
Lo = 89 mg/L despejo
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- Cálculo de Do:

𝑄𝑎 .𝑂𝐷𝐴+ 𝑄𝑑𝑒𝑠𝑝 .𝑂𝐷𝑑𝑒𝑠𝑝


Do = Odsat -
𝑄𝐴+ 𝑄𝑑𝑒𝑠𝑝

510.8,2+ 14𝑥𝑂
Do = 8,2 -  Do = 0,2 mg/L
510+ 14

Para tempos de percurso, após o lançamento dos despejos, de 0,2 a 0,6 dias,
têm- se na tabela as concentrações de oxigênio dissolvido OD.

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TEMPO DE PERCUS DISTÂNCIA DO LANÇAMENTO DÉFICIT DE O 2 OD
(DIAS) (m) (mg/L) (mg/L)

0 - 0,2 8,0
0,2 4000 5,0 3,2
0,3 6000 6,1 2,1
0,4 8000 6,6 1,6
0,5 10000 6,8 1,4
0,6 12000 6,9 1,3

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- Curva de depressão de oxigênio

Do LOCAL DE CONFLUÊNCIA O
CURSO DE ÁGUA “A”
8,0 -- - - - - - - - - - - - - - - - - E O CURSO DE ÁGUA
1
7,0 PRINCIPAL

6,0
OD
5,0
(mg/L) NÍVEL MÍNIMO
4,0----- ACEITÁVEL PARA OD
------------------------
3,0

2,0

1,0

0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 t (dias)


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