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RESIDUÁRIAS
Aula 5 - Princípios de aeração
Princípios de aeração
A aeração é uma operação unitária de fundamental
importância em um grande número de processos
aeróbios de tratamento de esgoto. Desde que o
líquido esteja deficiente de um gás (oxigênio), há uma
tendência natural do gás passar da fase gasosa, onde
se encontra em quantidade satisfatória para fase
líquida, onde esta deficiente. O oxigênio é um gás que
se dissolve mal no meio líquido. Por esta razão, há em
vários sistemas a necessidade de se acelerar o
processo natural, de forma a que o fornecimento de
oxigênio possa se dar em uma taxa mais elevada
equivalente a taxa do seu consumo pelas bactérias.
Princípios de aeração
Entre os processos de tratamento de esgotos a
utilizarem a aeração artificial encontram-se as
lagoas, os lodos ativados e suas variantes, os
biofiltros aerados e alguns outros processos mais
específicos. Dentre os processos de tratamento do
lodo, a digestão aeróbia utiliza também aeração
artificial.
Princípios de aeração
Há duas formas principais de se produzir aeração
artificial:
•Introduzir ar ou
oxigênio no líquido
(aeração por ar
difuso)
Princípios de aeração
• Causar um grande
turbilhonamento, expondo o
líquido na forma de gotículas,
ao ar, e ocasionando a
entrada do ar atmosférico no
meio líquido (aeração
superficial ou mecânica)
Princípios de aeração
Quando um líquido é exposto a um gás, ocorre um
contínuo intercâmbio de moléculas da fase
líquida para a fase gasosa e vice e versa. O
equilíbrio dinâmico esta associado à concentração
de saturação do gás na fase líquida.
Fundamentos de transferência de
gases
A concentração de saturação é diretamente
proporcional à concentração na fase gasosa. O
coeficiente KD é denominado coeficiente de
distribuição, e depende da natureza do gás e do
líquido e da temperatura.
Cs = KD . Cg
Difusão turbulenta
• Características do esgoto
reator
Taxa de transferência de oxigênio no
campo em condições padrão
Devido a interação simultânea dos diversos fatores
de influência, torna-se evidente que a taxa de
transferência de oxigênio, para um mesmo
equipamento, deverá variar de local para local.
Fórmula para taxa de transferência de oxigênio é
dado por:
Taxa de transferência de oxigênio no
campo em condições padrão
TTO padrão = Taxa de transferência de Oxigênio Padrão (kgO2/h)
TTO campo = Taxa de transferência de Oxigênio no campo, nas condições de
operação (KgO2/h)
Cs = concentração de saturação de oxigênio na água limpa nas condições
(temperatura e altitude O de operação no campo (g/m3)
CL = concentração média de oxigênio mantida no reator 9g/m3)
Cs(20°C) = concentração de saturação de oxigênio da água limpa, nas condições
padrão (g/m3)
fH = fator de correção de Cs para altitude (= 1 – altitude/9450)
β = fator de correção devido a presença de sais, matéria particulada e outros agentes.
Valores variam de 0,70 a 0,98, sendo que o valor de 0,95 é frequentemente
adotado.
α = fator de correção devido a transferência de oxigênio pelas características dos
esgotos, e pela geometria do reator e grau de mistura. Os valores variam de 0,6 a
1,2 para aeração mecânica e de 0,4 a 0,8 para aeração por ar difuso.
Ѳ = coeficiente de temperatura. Usualmente adotado como 1,024
T = temperatura do líquido.
Exercício 3
Em uma estação de tratamento de esgoto, é necessário o fornecimento
de 100kgO/h (TTO campo), nas condições de operação, através de
um sistema de aeração mecânica. Determinar a Taxa de
Transferência de Oxigênio Padrão, sabendo-se que:
Temperatura do líquido T=23°C
Altitude = 800m
CL = 1,5mg/l
Cs = 8,7mg/l
Cs (20°C)= 9,2mg/l
β = 0,95
α =0,90
Ѳ = 1,024
fH = 0,92
161 kgO2/h
Exercício 3
Os resultados finais obtidos são:
TTOcampo
TTOpadrão
DP = P/V 86W/m3
Exercício 5
Para uma ETE a 1000m de altitude e a temperatura
média de inverno de 15° e temperatura média de
verão 25º, estimar a quantidade total de oxigênio
necessária ao sistema Nec.O2 total, a potência do
sistema de aeração.
(ETE – Reator de Lodos Ativados)
Passo 1 - transformações
Transformar a vazão média l/s para m3/d
Qo = 40,4 l/s
Transformar a DBO5,20 média da entrada do reator
Pneces = Nec.O2
N
onde: N = N0 x λ
N = capacidade de aeração em campo
N0 = capacidade de transferência de O2, pelos aeradores
nas condições de teste; (para aeradores de baixa
rotação pode-se adotar No = 1,5 KgO2/Cv.h)
λ = fator de correção de N0 para as condições de campo
Passo 4 – Potencia necessária para os
aeradores mecânicos
λ = α x _(β x CSW - CL) x 1,02 (T-20)
9,17
α = fator de correção devido a transferência de oxigênio pelas
características dos esgotos, e pela geometria do reator e grau de mistura.
Adotado = 0,85
β = fator de correção devido a presença de sais, matéria particulada e
outros agentes. Adotado =0,95
CSW = Concentração de saturação de OD. (para água limpa, na altitude de
1000m e temperatura que ocorre no campo de Tinv = 15°C e Tverão =
25°C) tem se: CSWinv = 9,0 mg/l e CSWverão = 7,3mg/l
CL = concentração de OD no reator = 2,0 mg/l
9,17 = Concentração de saturação de oxigênio dissolvido nas condições teste
λ = fator de correção de N0 para as condições de campo
Passo 4 – Potencia necessária para os
aeradores mecânicos
Efetuar os cálculos para λ inverno e λ verão
λ = α x _(β x CSW - CL) x 1,02 (T-20)
9,17
Para dimensionamento utilizar os valores mais críticos λ
menor.
DP = __Potência___
Volume
122,6 W/m3
Aeradores