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Disciplina: Principais Anemias e Leucemias.

Identificação da tarefa: Tarefa 4.2. Envio de arquivo.


Pontuação: 15 pontos.

Tarefa 4.2

Caríssimo aluno,

Espero que tenha aproveitado ao máximo todo o conhecimento disponibilizado


nesta disciplina. Buscando estudar um pouco mais sobre as Anemias e
Leucemias, responda as questões a seguir sem copiar do Caderno de Estudos
ou de outros materiais (escreva com suas palavras, evite plágio).

1) Descreva duas anemias, citando suas características, diagnóstico


e prováveis tratamentos.
Anemia Ferropriva

A anemia ferropriva é denominada como sendo uma das carências


nutricionais mais prevalentes no mundo, pois ocorre em virtude da perda
sanguínea crônica, ingestão e/ou absorção insuficiente, perdas urinárias e
aumento do volume sanguíneo. Na anemia por deficiência de ferro à redução
dos níveis plasmáticos de ferro.

A hemoglobina, principal componente das hemácias, é uma proteína que


necessita de ferro para ser formada, sendo responsável também pelo
transporte oxigênio para o corpo. Os grupos mais acometidos com frequência
são mulheres em idade fértil, lactantes e crianças menores de 5 anos.

O diagnóstico é realizado através da história clínica verificando se o


paciente teve perda sanguínea, avaliando o consumo de alimentos, exame
físico e investigação laboratorial através dos exames de hemograma, dosagem
de ferro sérico, dosagem de ferritina e transferrina.

O tratamento consiste em orientar o paciente a realizar ingestão dos


alimentos que contenha um alto teor de ferro, caso não seja suficiente somente
com alimentação adequada é realizado a administração dos compostos com
ferro por via oral ou parenteral e, provavelmente, transfusão de hemácias.
Anemia Falciforme

É uma doença de caráter genético, descrita pela primeira vez em 1910


por Herrick, frequente, mas não exclusiva, em indivíduos de origem africana, é
originada por uma mutação no cromossomo 11 que resulta na substituição de
um ácido glutâmico pela valina na posição 6 da extremidade N-terminal na
cadeia da globina, dando origem à hemoglobina S. Os eritrócitos cujo conteúdo
predominante é a hemoglobina S assumem, em condições de hipóxia, forma
semelhante à de uma foice daí o nome falciforme, decorrente da polimerização
da hemoglobina S.

Os glóbulos vermelhos em forma de foice não circulam adequadamente


na microcirculação, resultando tanto em obstrução do fluxo sanguíneo capilar
como em sua própria destruição precoce. 

O diagnóstico laboratorial da anemia falciforme é realizado através de


eletroforese de hemoglobina, focalização isoelétrica ou cromatografia líquida de
alta performance (HPLC). As cadeias b globínicas são detectáveis em fase
precoce da vida fetal, a partir da 10ª a 12ª semana de gravidez, o que
possibilitaria o diagnóstico pré-natal da anemia falciforme. Também pode ser
detectado logo no nascimento através do teste do pezinho.

O tratamento para prevenção pode ser realizado através de vacina,


acompanhamento médico e uso do ácido fólico durante o período gestacional.
O tratamento para os portadores da doença consiste em transfusões
sanguíneas, administração de analgésico nas crises e o transplante de medula
óssea que é a única opção de cura embora seja um procedimento invasivo com
alta taxa de morbidade e mortalidade.

2) Explique com suas palavras o que é a Hemoglobina S e o


Cromossomo Ph.

Hemoglobina S
A hemoglobina S é formada através da mutação pontual no gene que
codifica a cadeia β da globina, resultando numa alteração na estrutura da
molécula devido à substituição de uma base nitrogenada no DNA, alterando
o códon GAC para GTC, no cromossomo 11, o que acarreta a troca de
ácido glutâmico (Glu) para valina (Val) na posição 6 da cadeia beta.

A hemoglobina S é uma hemoglobina anormal que causa a falcização


eritrocitária, ela é produzida por cadeias beta anormais da molécula de
hemoglobina. A hemoglobina S quando é exposta a baixas concentrações de
oxigênio ganham formato de foice.

O cromossomo Ph

É uma anomalia adquirida de células-tronco hematopoéticas, o


cromossomo Ph é encontrado em células da linhagem mieloide (granulocítica,
eritroide e megacariocítica) e linfoide (células B e T).

Esta anomalia ocorre na célula estaminal pluripotente, e insere-se, em


eritrócitos, mielócitos, monócitos e megacariócitos, e, menos frequentemente,
em linfócitos B e linfócitos T (raramente). O ponto de quebra do cromossoma 9
origina uma translocação do oncogene ABL1 para uma região específica do
cromossoma 22, o gene BCR.

3) Escreva resumidamente o diagnóstico laboratorial das LMA e LLA.

O diagnóstico de Leucemia Mieloide aguda inicia-se a partir de uma


suspeita clínica e se baseia na avaliação do sangue periférico e da medula
óssea. Embora a morfologia continue sendo fundamental para o diagnóstico,
técnicas adicionais, incluindo imunofenotipagem, avaliação citogenética e
estudos de genética molecular, tornaram-se essenciais e, em alguns casos
específicos, são ferramentas complementares obrigatórias.

No diagnóstico de Leucemia linfoide aguda a classificação morfológica e a


imunofenotipagem é importante para o prognóstico e escolha da terapia mais
adequada, assim como a idade, condições clínicas e, principalmente, a
citogenética. O diagnóstico baseia-se no hemograma mais o mielograma e a
imunofenotipagem. Este último mostra se a linhagem linfocítica é do tipo B ou T

O envolvimento do sistema nervoso deve ser avaliado através do estudo do


líquido cefalorraquidiano (líquor).
4) A quimioterapia é indicada para o tratamento de todas as
leucemias descritas aqui? Comente.

A quimioterapia é administrada em todas as leucemias com o objetivo de


fazer com que ocorra o aumento da resposta e da duração da remissão e
estadiamento da doença, ou seja fazendo com o que o paciente seja curado ou
prologando a sobrevida do mesmo, porém na LLC o ganho na sobrevida ainda
não é alcançado e a doença é considerada incurável.

5) Descreva um caso de leucemia que tenha acontecido na sua família,


com um amigo ou conhecido e que você queira deixar seu depoimento.
Caso não conheça ninguém, mas tem conhecimento do assunto e dos
problemas gerados por esta doença, deixe seu comentário levando em
consideração o que aprendeu nesta Disciplina.

Realizei entrevista com uma jovem de 20 anos, sobrinha de uma amiga,


cujo nome Larissa Farias.

A Larissa foi diagnosticada com LLA aos 9 anos e foi submetida ao


tratamento com quimioterapia durante um período de 2 anos e não foi
necessário realizar o transplante de medula óssea, durante esse tempo
precisou fazer algumas internações no Hospital Santa Cecilia na capital de São
Paulo. Ela relatou que foi um processo doloroso para ela e para sua família,
mas que hoje em dia ela conseguia falar sobre o assunto com mais
tranquilidade e com superação.

O tratamento foi realizado através do convênio médico e a mesma


relatou que a equipe de médicos e enfermeiras foi maravilhosa durante todo o
seu tratamento, aos 12 anos ela descobriu que estava curada e que ali se
encerrava um ciclo de muita superação.

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