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ENCONTRO: “ A MINHA CURA É A SUA CURA”

ou

“GENTE CURANDO GENTE”

A realização de ações em psicoeducação é fundamental no processo de


conscientização da saúde integral e autocuidado do indivíduo, em especial na Atenção
Primária à Saúde onde dentre o seu conjunto de ações, abrange-se a promoção e a proteção
da saúde com o objetivo de desenvolver uma atenção integral que impacte positivamente na
situação de saúde das coletividades.

Pensando a Atenção Primária à Saúde como porta de entrada do indivíduo na rede, e


que o cuidado em saúde perpassa por todos os profissionais que terão contato com o
usuário/munícipe desde a sua entrada no serviço, e pensando os setores da recepção e o
administrativo como áreas fundamentais nesse processo, mas que por vezes são vistos de
forma isolada, optamos por iniciar o encontro com esses profissionais.

Trabalhar no âmbito da saúde não é um fator “imunizante” para o adoecimento, pelo


contrário, muitas vezes os profissionais da saúde são os que mais adoecem por lidarem
diretamente com a condição de sofrimento do ser humano.

Se esse profissional não tem minimamente os seus recursos internos fortalecidos para
acolher o usuário que, na maioria das vezes já chega mais fragilizado e vulnerável pela sua
condição de “doença”, a experiência dele na Unidade já pode ter início de forma deficiente ou
negativa interferindo no vínculo paciente-profissional-Unidade, e consequentemente no seu
processo de saúde-doença e nos impactos positivos almejados.

Como definido na Cartilha de PNH (Política Nacional de Humanização), acolher é dar


acolhida, admitir, aceitar, dar ouvidos, dar crédito a, agasalhar, receber, atender, admitir
(FERREIRA, 1975). O acolhimento como ato ou efeito de acolher expressa, em suas várias
definições, uma ação de aproximação, um “estar com” e um “estar perto de”, ou seja, uma
atitude de inclusão. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2010).

O enfoque principal deste encontro é o de acolher quem acolhe, possibilitando o


autoconhecimento e o autocuidado para que possam encontrar em si mesmos os recursos
disponíveis de ouvir, aceitar, agasalhar, e estar consigo mesmo de forma gentil e cuidadosa
para que essa disponibilidade seja acessada e ofertada também ao outro.

Assim visamos um melhor convívio entre os profissionais, criando um ambiente


harmônico e com maior resiliência da equipe para enfrentamento das dificuldades e
complexidades que envolvem o dia a dia e rotina do serviço, e o compromisso coletivo de
envolver-se no “estar com” os munícipes/usuários através do acolhimento efetivo e
interessado.

Esperamos que seja o primeiro encontro de uma proposta de acolher quem acolhe
para que a troca seja sempre mútua e contínua.

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