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Faculdade de Tecnologia e Ciências

Ágatha Viana da Silva Oliveira


Gabriela Malvar Santos
Leonardo Cruz Silva
Ludimila Alves Pereira da Cunha
Rosabete Santana de Souza

Principais obstáculos para implementação de políticas públicas em


população carente no tratamento da DM 2.

Salvador - BA
2023
Objetivo Geral
O estudo tem como objetivo principal identificar os principais obstáculos da atuação e
implementação das políticas públicas de âmbito municipal no tratamento de portadores da
diabetes mellitus tipo 2 em situação de baixa renda.

Objetivos Específicos
Pesquisar como o público-alvo pode adquirir uma melhor qualidade de vida, tendo em
vista as dificuldades financeiras e sociais na aquisição do tratamento.
Investigar a eficácia das políticas públicas já existentes no que se refere ao público
alvo.
JUSTIFICATIVA

Tendo em vista que, a aquisição da diabetes mellitus tipo 2 se dá a partir de um estilo


de vida não saudável, incluindo hábitos como, sedentarismo e dieta rica em gorduras e
açúcares, o que pode levar a diversas complicações mais severas, o presente estudo surge do
interesse em aprofundar os conhecimentos sobre a temática e da preocupação em identificar a
eficácia da implementação das políticas públicas aos portadores de DM2 em situação de baixa
renda, bem como, entender as problemáticas e barreiras quanto a vivência do tratamento sem
o aporte financeiro necessário por parte dos diabéticos. Dessa forma, torna-se imprescindível
nesse artigo, responder os questionamentos em relação a assistência primária, a promoção de
orientações a aquisição de insumos e ao suprimento da demanda por parte das políticas
públicas através do olhar da população carente.
INTRODUÇÃO

De acordo com Malta (2019) “O diabetes mellitus (DM) caracteriza-se por um grupo
heterogêneo de distúrbios metabólicos, resultante da hiperglicemia causada por defeitos da
ação da insulina, na ingestão de insulina ou em ambas”. Sendo a mesma diagnosticada em
tipo 1 e 2. Segundo Peres (2016), a DM 1 provém da destruição das células beta pancreáticas,
que decorre na deficiência da insulina existente em 5 a 10% dos casos. Já a DM 2 resulta da
produção insuficiente da insulina pelo pâncreas, representando 90 a 95% dos casos.
(SILVA,2018; FREITAS,2019). A taxa glicêmica que caracteriza o diabético se dá a partir de:
126 mg/dl para glicemia em jejum (HGT), 200 mg/dl para glicemia de duas horas após o
Teste Oral de Tolerância a Glicose (TOTG) com 75g de glicose e 6,5% na hemoglobina
glicada (HbA1C). (FREITAS, 2019).

A aceitação do tratamento é fundamental para garantir o controle glicêmico e


metabólico, evitando as complicações associadas ao DM, como por exemplo, a nefropatia e
retinopatia. Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), para obter um bom controle,
a glicemia em jejum não deve ultrapassar os 100 mg/dl e a pós-prandial deve ser inferior ou
igual a 140 mg/dl. O DM2 precisa ser orientado quanto a necessidade de uma mudança no
estilo de vida, com o seguimento de uma alimentação saudável e aderir a prática de atividade
física (VILAS BOAS, et al., 2012). Caso isso não seja suficiente, os medicamentos
hipoglicemiantes orais e/ou sensibilizadores da ação de insulina são prescritos pelo médico e,
se o paciente apresentar descompensação com o tratamento medicamentoso, podem ser feitas
modificações nas doses e associação com a insulina (SBD, 2019).

O tratamento da DM é à base de insulinas humana, além de outros medicamentos que


ajudam a controlar o índice de glicose no sangue. (BRASIL, 2022). Segundo (Torquato,
2018). Atualmente vemos um crescimento no âmbito das politicas publicas focadas para
portadores da diabetes mellitus e usuários do SUS, porém ainda existem diversas dificuldades
relacionadas a isto, o que torna muito comum a falta de medicamentos e tratamentos que
implica no direito à saúde, que é algo garantido na constituição. Conforme Brasil (2022) O
tratamento da Diabetes Mellitus 1 e 2 é totalmente gratuito no SUS através do programa
farmácia popular, este é responsável pela distribuição de medicamentos, e atende mais de 20
milhões de brasileiros. Segundo (Henriques 2016) O Brasil é o quarto país com mais casos da
doença, e no ano de 2013 o diabetes representou 11% do gasto total com saúde no mundo,
548 bilhões de dólares.

O DM aponta um grande problema de Saúde Pública, quando ocorre um aumento


descontroladamente, devido a fatores biológicos e sociais, ocorre uma escassez de orientação
da população em relação ao uso tratamento farmacológico. Baldoni (2017). Pacientes em
situação de baixa renda são os que sofre com falta implementação das políticas públicas,
quanto mais leigo é o indivíduo menor a possibilidade ao tratamento, pois esses pacientes
podem ocorre com obstáculo para conseguir atendimento e hábitos básicos de cuidado a
saúde, falta de orientação para a população, Oliveira et al., (2020).

Atualmente possuem programas e projetos focados na diabetes, entretanto, o


responsável pela assistência dos portadores desta doença endócrina é o CEDEBA (Centro de
Referência Estadual para Assistência ao Diabetes e Endocrinologia) que é uma unidade de
referência estadual do SUS (Sistema Único de Saúde), onde é oferecido atendimento
multidisciplinar aos pacientes, promovendo sua reeducação acerca dos tratamentos
elaborados, além do fornecimento de medicamentos conforme os protocolos clínicos e
diretrizes terapêuticas do Ministério da saúde.

Metodologia

Trata-se de um estudo de campo que possuirá uma abordagem quantitativa e descritiva


voltada para os moradores de baixa renda diagnosticada com DM2 dos bairros de Caji, Vida
Nova, Areia Branca e Portão. Os incluídos neste estudo serão todos os portadores de DM2 em
situação de baixa renda que apresentarão algum tipo de dificuldade na aquisição e/ou
manutenção do tratamento. Os excluídos serão os indivíduos que não aceitaram participar da
pesquisa e os cadastrados no sistema que não compareceram no dia em que foi realizada.

O instrumento de coleta será realizado através de uma entrevista com um questionário,


contendo X perguntas objetivas que ocorrerá individualmente entre o pesquisador e o
indivíduo. A pesquisa de campo acontecerá presencialmente em um projeto social que fica
localizado no Templo Pena Branca em Vida Nova. O tempo de coleta será de um dia,
realizada pelo coordenador do projeto social, que também faz parte da pesquisa, em outubro
de 2023. Na primeira parte da elaboração da coleta, produziremos um estudo piloto, que terá
X perguntas objetivas, através de cidadãos com características parecidas com o real público
do estudo, onde, de acordo com os dados obtidos iremos calibrar o nosso instrumento de
coleta em setembro de 2023.

Para coleta dos dados serão avaliadas um questionário simples e de maneira objetiva,
serão aplicará questionário com 10 afirmações disponibilizando 5 alternativas de resposta
fechada, de forma que todos conseguirá responder individual e anônima. Os resultados serão
analisados pelo o método da escala Likert, e descrever as informações em gráficos e tabela
aplicado no software Execel.

O projeto será encaminhado ao Comitê de Ética e pesquisa em seres humanos da


UNIFTC. O participante da pesquisa responderá o questionário, desde que concordem em
assinar o termo de consentimento livre e esclarecedor (TCLE), onde vai garantir o sigilo das
informações do participante. No TCLE está assegurado o compromisso ético em utilizar
informação para pesquisa, segundo a resolução 466/12 do conselho Nacional de saúde, onde
vai ser respeitado o sigilo das informações.

Cronograma

Etapa Período
Envio ao CEP 24/05/2023
Projeto Piloto Final de setembro 2023
Coleta de dados Outubro 2023
Análise dos dados Outubro 2023
Finalização do artigo científico Início de Novembro 2023
Defesa do TCC Início de Dezembro 2023

REFERÊNCIAS

BALDONI NR. Perfil nutricional de pacientes com diabetes mellitus tipo 2 em


seguimento nas unidades de saúde da família. Dissertação (Mestrado em Ciências).
Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2017.

BARROS, L. Políticas públicas de saúde voltadas para diabetes precisam focar na


prevenção. UFOPA, jul. 2017. Disponível em:
http://www2.ufopa.edu.br/ufopa/divulgacao_cientifica/politicas-publicas-de-saude-voltadas-
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BRASIL. Ministério da Saúde.

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