Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Resumo Do Livro - Breve História Dos Batistas de J. Reis Pereira
Resumo Do Livro - Breve História Dos Batistas de J. Reis Pereira
Resumo do livro
De J. Reis Pereira
2022
PAULO PAIXÃO EVANGELISTA DA SILVA
Resumo do livro
De J. Reis Pereira
2022
I - A ORIGEM DOS BATISTAS
As três Principais teorias que visam explicar estas e outras questões. A Primeira é
chamada de JJJ (Jerusalém-Jordão-João) a segunda baseia-se na herança
Anabatista e a terceira defende a origem vinda dos separatistas Ingleses do Século
XVI.
A primeira teoria diz que os batistas seguem uma linha ininterrupta dos dias de hoje
até quando João batizada no Jordão, foi aceita por muitos escritores como Thomas
Crosby, G. H. Orchard, J. M. Cramp, John T. Christian e o mais conhecido no Brasil
J. M. Carrol, com seu livro “O Rastro de Sangue”.
A terceira Afirma que os batistas vieram dos separatistas ingleses, com eclesiologia
congregacional e batismo somente de regenerados, sendo aceita por Augustus
Hopkins Strong, Henry C. Vedder, Robert G. Torbet e Kenneth Scott Latourette,
sendo defendida por não violentar os princípios da exatidão histórica e por não
alegar fatores originários contraditórios.
Destas três teorias pode se aproveitar algumas coisas, devemos saber que o termo
“batista” é um rotulo que caracteriza o povo batista, rótulos como este não são
importantes para o nosso Mestre Jesus, importa que sigamos e sejamos obedientes
a ele com fidelidade oque nos ajuda a examinar melhor estes fatos históricos.
A IGREJA NEOTESTAMENTÁRIA
Muitas Igrejas afirmam ter sua origem na igreja neotestámentária, contudo devemos
analisar os parâmetros que se podem considerar para que se comprove tal
alegação, a nossa tese é de que os seguidores de cristo que a partir dos séculos
XVII e XVIII receberam o nome de batistas mantém as mesmas doutrinas e práticas
da Igreja do primeiro século. A questão denominacional não nos perturba pois
muitos cristãos fieis a Jesus ao longo dos anos tem estreito parentesco com os
batistas embora não tivessem este nome.
Tanto a Igreja Primitiva quanto os batistas crêem que não há outro caminho senão
Jesus Cristo para o homem desejoso de salvação (Mateus 1.21; 18.11; Lucas 2.11;
19.10; João 4.42; 14.6; Atos 5.39; 15.23; I Timóteo 2.5; II Timóteo 1.10; Tito 1.4 e II
Pedro 1.1). O que tira de Maria o papel de co-redentora, uma vez que por mais que
tenha sido uma mulher admirável não tem poder para exercer tais funções. Jesus
Cristo, aquele que morreu na cruz, o Cordeiro de Deus imaculado, é o único
redentor da humanidade. Só nele pode haver esperança, por isto mesmo não é
exigido pelos batistas senão o arrependimento sincero dos pecados cometidos e
que, por ser sincero, vem sempre acompanhado de frutos dignos de arrependimento
os quais são efeitos da salvação e não a causa da mesma.
Partindo para a doutrina da igreja no primeiro século o termo não abrangia um modo
geral como hoje e sim congregações locais como a Igreja de Jerusalém, da Igreja de
Antioquia, da Igreja de Filipos, da Igreja de Filadélfia, da Igreja de Laodicéia, etc. Há
relatos de igrejas que se reuniam nas casas (Colossenses 4.15 e Filemom 2),
tinham como objetivo o louvor a Deus, cumprimento das ordenanças dadas por
Jesus, edificação mútua, comunhão e pregação do evangelho (Mateus 18.17; Atos
8.1; 13.1; 14.23; 20.17; Romanos 16.1,5; I Coríntios 1.2; 16.19,30; Apocalipse 2 a 3).
Não havia na igreja cristã primitiva a figura do “Papa” um suposto mediador entre
Deus e os homens ou uma organização humana estratégica política, e sim uma
igreja composta por todos os crentes sem qualquer chefe que não Jesus Cristo. A
Igreja primitiva tinha assim como as Igrejas batistas apenas dois cargos
eclesiásticos os diáconos e os bispos que também tinham a função de pastores e
presbíteros. Os bispos detentores de vocações especiais devem ser sustentados
pelas igrejas, estas que tem seus assuntos decididos na comunidade democrática.
Os diáconos seus auxiliares, detentores de qualidades espirituais específicas para o
cumprimento de suas missões, isto esta presente nos seguintes textos: Atos 11.30;
14.23; 15.2,4, 6, 22,23; 16.4; 20.17,28; 21.13; Efésios 4.11; Filipenses 1.1; I Timóteo
3.1,2; 5.17,19; Tito 1.5,6; Hebreus 13.20; Tiago 5.14; I Pedro 2.25; 5.1-5; II João 1;
III João 1.
O termo batismo que vem do grego baptismos significa imersão ou mergulho, com
base nisto a igreja primitiva e batista batizam por imerssão gesto este que simboliza
conforme Romanos 6:4, ou seja, ao ser imerso está morrendo para o mundo e ao
emergir nasce para uma vida nova em Cristo.
II
Seus autores dizem que a Igreja tem autoridade para fazer modificações, colocam
este fator como atributo evolutivo e descartam a necessidade de identidade com a
igreja primitiva . A igreja romana é escorada na tradição humana (Papas, concílios e
Pais da Igreja), tradição esta que recebe autoridade ao ponto de a considerarem
análoga a bíblia e às vezes superior a mesma. Lamentavelmente não é visto
coerência da doutrina católica no que se refere aos textos: João 20.30,31
(suficiência da escritura) e Gál. 1.8,9 (evangelho insubstituível), infelizmente vemos
uma doutrina contrária ao evangelho de Cristo, um verdadeiro politeísmo, que
defende a idolatria a Maria como uma espécie de “Deusa mãe”.
Pretendemos dar respostas a perguntas sobre como a igreja católica se tornou tão
diferente da igreja primitiva, pode se datar e demonstrar tais desvios? Entretanto
por se tratarem de séculos de infidelidade, nos limitamos aos primeiros principais
erros que foram se formando e aos poucos sendo aceitos.
O TESTEMUNHO DA PATRÍSTICA
Estas obras têm grande valor histórico, contudo para nós batistas não representam
autoridade de doutrina uma vez que nos é plenamente suficiente o novo testamento.
São escritos interessantes, porém não devem ser consultados em caso de dúvidas
umas vez que não foram inspirados no mesmo sentido que foram os autores bíblicos
e ainda não trazem revelação divina alguma uma vez que elas foram concretizadas
no livro de apocalipse. A própria igreja católica que canonizou alguns destes, não
aceita tudo que por eles foi escrito. Enganavam-se às vezes a cerca de suas
doutrinas, porém nunca tiveram o interesse de substituir a palavra de Deus e nem
acrescentar nada a ela. Por seguir a estes com mais notoriedade do que o novo
testamento em sua dogmática que certo cristianismo se desviou da norma apostólica
uma vez que seguiam pronunciamentos e escritos de homens falíveis.
O NOVO TESTAMENTO
O cânone do novo testamento em seus 27 livros foi fechado em fins do século IV,
contudo seus livros já eram considerados como a palavra de Deus o que facilitou a
aceitação de uma decisão tomada num sínodo local em Cartago, é muito importante
desmentir a afirmação católica de que o bispo de Roma foi o papa a suprema
autoridade de sua igreja desde o princípio uma vez que o mesmo nem foi ouvido a
respeito de uma decisão tão importante referente ao cânone. As igrejas cristãs
batistas crêem que este ato foi inspirado, e uma vez que o cânone foi fechado não
há outra autoridade escrita senão as escrituras. O novo testamento é e tem sido a
bússola para os cristãos, há muitos que mudaram totalmente seu rumo religioso ao
lê-lo, contudo há também os que o fazem e persistem no erro desviando se
completamente das normas neotestamentárias. Podemos citar algumas anomalias
humanas que corromperam igrejas cristãs a partir do segundo século, são elas:
Episcopado católico, sacramentalismo, sacerdotismo e a salvação pelas obras.
III
Os desvios citados nem sempre eram aceitos por toda cristandade, era uma questão
de lideranças e escritos às vezes isolados, alguns destes viriam a ser chamados
dogmas, ainda não havia unidade dos cleros. O termo católico no príncipio
significava algo como geral ou universal, no chamado credo dos apóstolos,
encontramos o mesmo, contudo não se refiria a igreja romana. Os erros cometidos
foram contagiando aos poucos as igrejas que logo foram organizadas em um
sistema de doutrinas, o episcopado foi a primeira aser largamente aceita, pode-se
observar que nos primeiros concílios não são citadas questões referentes a desvios
como, transubstanciação, culto a Maria purgatório, etc. Há também os Monaquistas
um grupo que decidiu desligar-se do “mundo corrupto” indo habitar em grutas,
florestas e desertos, contudo estes não tinham conhecimento suficiente pois esta
não era a vontade de Cristo em Mateus 5:13 e 14. Os cristãos são responsáveis pois
contrastar positivamente o mundo, em sua ausêcia, falta também a esperança. Os
monaquistas também viriam a desviarem-se das doutrinas bíblicas, chegando a
posteriormente gerar-se questões conflitantes entre os ascetas e o próprio estado.
Foram séculos de luta dos quais se destacam três nomes, são eles:
AÉREO
JOVINIANO
Foi um cristão romano que rompeu com as práticas monásticas, tendo como
principal perseguidos o famoso Jerônimo que o acusava de ter abandonado a
doutrina por fraquezas carnais, foi defendido em matéria de integridade pessoal por
Agostinho. Davam-se os primeiros passos para a “Mariolatria” , é importante resaltar
que as obras de joviniano e vigilância são conhecidas por nós através de material
histórico da autoria de Jerônimo, este achava um absurdo a idéia de que todas as
mulheres são iguais perante Deus (viúvas, virgens e casadas), a Idea de que os
verdadeiros cristãos batizados em espírito não poderiam ser vencidos pelo inimigo,
de que morrer de fome em jejuns doentios não concedia graça superior a de comer
rendendo graças a Deus e de que não haviam distinções entre os salvos no céu
( Idéia que contrariava a questão de que alguns santos poderiam interceder nos
céus). Joviniano assim como Aéreo estava pregando apenas verdades bíblicas,
contudo e seus discípulos foram igualmente perseguidos, fugindo para alem do
alcance dos perseguidores.
VIGILÂNCIO
Era servo de Sulpício um dos líderes do ascetismo, por demonstrar aptidões foi
liberto e recebeu intrução, foi consagrado presbítero e enviado a Itália, passou um
tempo com Jerônimo em Belém, as impressões não foram boas, ao retornar
começou a questionar tipo de “religião cristã” que havia tido o desprazer de
conhecer no Oriente. O próprio Sulpício não o julgou mal, porém o chamado “cão de
caça dos hereges” Jerônimo descobriu o teor das pregações do mesmo e com
intrepidez formou o tratado de “Adversus Vigilantium”, infelismente as obras de
vigilâncio desapareceram da história, oque conhecemos do mesmo está contido
nessas denúncias de Jerônimo, eis algguns pontos: A falta de valor as homenagens
aos mártires, condenação da pratica pagã de acender velas, celibato, ascetismo e
as esmolas aos monges, segundo estas fontes vigilâncio defendia tão somente a
conduta bíblica Cristã.
OS CRISTÃOS BRITÂNICOS
Os cristãos das ilhas britânicas não tiveram acesso a estas terríveis más
influências, oque os manteve firmes as práticas neotestamentárias, acredita-se
que algum missionário anônimo tenha levado o cristianismo a este local,
contudo não existem indícios históricos. Constantino conhecia bem a
Inglaterra onde for consagrado imperador, um notável inglês chamado Patrício
destaca-se, o mesmo teria sido raptado por piratas e levado a Hibérnia (atual
Irlanda) ao ser libertado, para lá voltou com um desejo, pregar o evangelho de
Cristo, ele deixou duas obras: uma autobiografia e uma carta aos cristãos
governados por Coroticus. A Igreja Católica distorceu sua história inserindo
fantasias e até mesmo o canonizou. O papa Gregório I chega a enviar
Agostinho e seus companheiros para pregar o cristianismo, contudo em 596
oque acontece é a perseguição dos verdadeiros cristãos ali presentes,
movimentos como Wycliffe e a grande aceitação da reforma XVI são indícios
de que a perseguição não teve êxito em estingui-los.
No norte da África em 413 surgem os Donatistas, estes não concordam com uma
consagração episcopal e apelam em juízo ao imperador este não os concede favor e
então definem a separação entre Igreja e estado, contudo por questões frustrantes.
EXCURSO I
Cláudio de Turim
Berengário de Tours
Pedro Valdo
Um rico comerciante que não tinha sido nenhum grande estudioso, contudo ouviu a
leitura dos evangelhos, e convertendo-se ao evangelho de Cristo deu aos pobres
metade de seus bens e se dedicou a pregação, multidões se aglomeravam para
ouvi-lo, tinham um discurso simples, porém fiel a escritura, quando a perseguição
católica se levantou, ele e seus discipulos estrategicamente fugiam de lugar em
lugar, acredita-se que ele tenha morrido tranquilamente na Suiça, seus dissípulos os
"Valdenses" formam um gruo ainda existente.
Joaõ WYCLIFFE
Este tinha como ideial defender o povo Inglês da extorção papal, oque o levou a
estudar profundamente a igreja católica não encntrando na mesma autoridade
bíblica, Fez a tradução da bíblia e dedicou-se a divulgá-la, atacou a autoridade papal
e rejeitava diversas crendices católicas, após sua morte a igreja perseguiu seus
dissípulos, contudo indícios do século VIII mostram que não puderam destruí-los
por completo.
João Huss
Este ao ler os livros de WYcliffe tornou-se seu dissípulo, estava convencido que os
desvios do cristianismo de sua época eram motivados pela falta de estudo bíblico,
pregou a bíblia com intrepidez a seus alunos, em um de seus livros ele resalta o
modelo bíbico para Igreja de Jesus Cristo, munido de um documento do imperador
garantindo que voltaria seguro, ele compareceu ao concílio de Constança, onde foi
martirizado em julho de 1415, o termo que usaram para quebrar seu salvo-conduto
foi que a palavra dada a um herege não deve ser cumprida.
Muitos Outros
Há ainda relatos de muitos outros que não puderam ser listados nesse livro, do
quais destacamos Arnaldo de Brescia, João de Wessell, Jerônimo de Praga, Marsílio
de Pádua, estes e outros homens ajudaram a manter acesa a fé, em tempos de
escuridão religiosa, e atravez do martirio selaaram sua fidelidade ao Senhor,
alistando-se aos 7 mil joelhos que não se dobraram a baal, assim como elias muitos
pensam que a igreja católica dominava competamente a idade média européia,
contudo estes e milhares de outros permaneceram fiéis a seu Senhor e as
escrituras.
Até mesmo autores católicos admitem que nestes tempos a igreja católica estava
em caminhos torduosos, contudo criticam Lutero por ter provocado uma cisão,
porém analisando os fatos vemos claramente que seus líderes estavam com os
ideais corrompidos, imposibilitando uma mudança de cima para baixo (concílio e
papa), assim surge a reforma que estava realmente interessada no "bem-estar" do
mundo cristão, um impulso irresistivel ao povo.
Muitos se referem a estas épocas como "idade das trevas" de fato foi um tempo de
escuridão espiritual imposta pela igreja católica romana, contudo sempre houveram
pontos de luz, estes não puderam fazer muito pois eram ferozmente combatidos e
martirizados em tortura, prisões e fogueiras. Estes deixaram marcas de fidelidade a
verdade evangelica mantendo acesa a luz das escrituras.
martinho Lutero
Este que era um católico fiel as escrituras sempre sentiu dificuldades nas
incongruencias da própria Igreja, contudo a gota dagua foi o chamado tráfico de
indugências, ele se manifestou contra esta prática na alemanha, contudo ele não
tinha intenção de ir contra a autoridade papal e sim de abrir-lhe os olhos, contudo a
resposta é a mesma dos tempos medievais: retratação ou escomunhão, este não se
retrata e então é excomungado e rompe com a Igreja de Roma.
A este católico fiel as escrituras não foram dadas duas alternativas, como se
retrataria sem ter convencimento de erro? Nós cristãos atuais devemos muito a
Lutero que corajosamente deu os primeiros passos para uma volta as escrituras.
contudo este ainda tinha em si marcas do catolicismo, ou seja ainda não se tratava
de uma Igreja evangélica totalmente bíblica, ele até tentou ma não teve êxito
completo, sua igreja veio a se chamar Luterana. Ele tratou com maior intolerância
aqueles que buscavam uma religião pura os chamados anabatistas.
ULRICO ZUINGLIO