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Organizações Criminosas
Organizações Criminosas
INDÍCE DO MATERIAL
01. OBJETO DA LEI ........................................................................................................................................................2
02. CONCEITO DE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA.............................................................................................................2
03. EXTENSÃO DA APLICAÇÃO DA LEI...........................................................................................................................5
04. CRIME DE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA ...................................................................................................................5
04.1 CLASSIFICAÇÃO DO CRIME ...............................................................................................................................5
4.2 AUMENTO DE PENA ............................................................................................................................................6
4.3 AGRAVENTE DE PENA – COMANDO DA ORGANIZAÇÃO ....................................................................................6
4.4 LIDERANÇA ARMADA ..........................................................................................................................................7
4.5 CONDENADO QUE CONTINUA INTEGRANDO ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA .......................................................7
4.6 PARTICIPAÇÃO DE FUNCIONÁRIO PÚBLICO .......................................................................................................7
4.7 PARTICIPAÇÃO DE POLICIAL ...............................................................................................................................8
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OPERAÇÃO RECLUSÃO
LEI DE ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS
LEI Nº 12.850/13
LEI DE ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS
INTRODUÇÃO
Fala, meu futuro e futura policial! Alto padrão? Insanidade nos estudos? Vamos falar sobre Organizações Criminosas – PCC,
Comando Vermelho, PT, Câmara dos Deputados, Senado Federal, etc. Entretanto, seremos objetivos, cirúrgicos e
meticulosos; iremos dar atenção e bater os principais pontos que poderão ser objeto de prova, bem como, analisaremos as
atualizações previstas no pacote Anticrime.
Então sustenta firme, cabeça erguida, peito estufado, cara de águia e bora arrombar nesse conteúdo!
ESTRUTURALMENTE ORDENADA
ASSOCIAÇÃO: 04 ou MAIS PESSOAS FORMAL
DIVISÃO DE TAREFAS
INFORMAL
ORGANIZAÇÃO DIRETA
CRIMINOSA INDIRETAMENTE
DE QUALQUER NATUREZA
ECONÔMICA
TRANSNACIONAIS
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OPERAÇÃO RECLUSÃO
LEInº
Lei DE12.850/13
ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS
– ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS
I - NÚMERO MÍNIMO DE INTEGRANTES: para que uma organização criminosa seja formada é necessário, no mínimo, 04
PESSOAS.
Portanto, a união 03 pessoas ou menos não constitui organização criminosa. Poderá formar o crime denominado de
“Associação Criminosa”, o qual veremos a diferença logo.
Observação: NÃO há a necessidade de que os integrantes de organização criminosa sejam TODOS MAIORES (+18 ANOS). Basta
que apenas um integrante seja maior.
Sendo assim, pode muito bem haver uma organização criminosa formada por 03 menores e 01 maior (04 pessoas).
A união eventual/esporádica de indivíduos acarreta concurso eventual de pessoas, o que não é suficiente para formar a
organização criminosa.
II - ESTRUTURA ORDENADA e DIVISÃO DE TAREFAS: é importante que a organização tenha uma estrutura ordenada, onde
cada integrante seja responsável por funções diversas, bem como, a presença de hierarquia e subordinação. Níveis de poder
existirão dentro da organização.
Ademais, essas duas características denotam uma ORGANIZAÇÃO na prática das infrações penais. Por isso o nome –
organização criminosa.
Observação: a estrutura ordenada e a divisão de tarefas pode ser FORMAL ou INFORMAL – não importa.
III – FINALIDADE ESPECÍFICA: obter VANTAGEM DE QUALQUER NATUREZA. A grande finalidade (objetivo) de uma organização
criminosa é, direta ou indiretamente, obter vantagem.
ATENÇÃO: cuidado com questões de provas que tentam especificar uma natureza da vantagem obtida, como, por exemplo,
afirmando que a vantagem deve ser cunho ECONÔMICO.
ERRADO, a vantagem pode ser de qualquer natureza, não precisa ser necessariamente econômica.
Como assim? Imagine um grupo de criminosas (10 pessoas) que praticam crimes em determinada comunidade com a finalidade
de impor medo, poder e ganharem poder político. Lembra algo? Pois é, as milícias nas favelas fazem isso.
Qual a vantagem nesse exemplo? Poder e Influência Política – uma vantagem que não tem cunho econômico.
Por fim, a vantagem de qualquer natureza pode ser ILÍCITA (INDEVIDA) ou LÍCITA (LEGAL) – não faz diferença. Mas cuidado,
se a questão afirmar categoricamente que a vantagem deve ser indevida, a questão estará ERRADA.
IV – MEIO PARA OBTER A VANTAGEM: uma organização criminosa obtém sua vantagem pretendida através da prática de
INFRAÇÕES PENAIS.
* CARÁTER TRASNACIONAL.
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LEI DO DIREITO AUTORAL – Nº 9.610 de 19 de FEVEREIRO de 1998
PROÍBE-SE A COMERCIALIZAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESSE MATERIAL OU DIVULGAÇÃO COM FINS COMERCIAIS OU NÃO, EM QUALQUER MEIO DE
COMUNICAÇÃO, INCLUSIVE NA INTERNET, SEM AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO INSANUS CONCURSOS.
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– ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS
ABIN, Oficial de Inteligência, 2018 - A associação de pessoas para a prática de determinada infração penal caracteriza
organização criminosa se houver estrutura organizada, hierarquia e divisão de tarefas entre os agentes, independentemente
do número de associados ou do crime praticado pelo grupo.
Comentário: vimos que um dos requisitos para formar uma organização criminosa é o número mínimo de integrantes (04
PESSOAS), portanto, DEPENDE sim do número de pessoas associadas à organização.
CESPE, PC-MA, Escrivão, 2018 - Determinada conduta configurará organização criminosa somente se
B) a associação for ordenada para a prática da infração, ainda que inexista a divisão de tarefas entre os agentes.
Gabarito: D
Comentário: A) ERRADA – a vantagem obtida pela organização criminosa pode ser de QUALQUER NATUREZA, não
exclusivamente patrimonial, como diz a alternativa.
B) ERRADA – uma elementar para configurar uma organização criminosa é a divisão de tarefas.
C) ERRADA – as infrações cometidas pelos integrantes da organização criminosa devem ter pena máxima superior à 04 anos
ou caráter transnacional. A alternativa afirma que deve ser punida com pena de reclusão, o que a torna errada, pois, existem
crimes que com pena máxima inferior à 04 anos, que também são punidas com pena de reclusão.
D) CORRETA – para que haja configuração de organização criminosa, são necessários uma estrutura ordenada e a divisão de
tarefas, características que marcam uma hierarquia e escalonamento de poder dentro de uma organização.
CESPE, TCU, Auditor de Controle Externo, 2015 - Nos termos dessa lei, organização criminosa é a associação de, no mínimo,
quatro pessoas com estrutura ordenada e divisão de tarefas, com estabilidade e permanência. A ausência da estabilidade ou
da permanência caracteriza o concurso eventual de agentes, dotado de natureza passageira.
Comentário: certinho, para que seja configurada uma organização criminosa, além da união de 04 pessoas ou mais, é
necessário que tal união seja estável e permanente.
Caso essa união seja eventual/esporádica, ocorrerá apenas um concurso eventual de pessoas.
CESPE, Câmara dos Deputados, Analista Legislativo, 2014 - A nova definição de organização criminosa abarca apenas os crimes
com pena máxima superior a quatro anos.
Comentário: as organizações criminosas buscam obter vantagem de qualquer natureza por meio da prática de infrações que,
tenha a pena máxima superior a 04 anos ou que tenham caráter TRANSNACIONAL.
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PROÍBE-SE A COMERCIALIZAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESSE MATERIAL OU DIVULGAÇÃO COM FINS COMERCIAIS OU NÃO, EM QUALQUER MEIO DE
COMUNICAÇÃO, INCLUSIVE NA INTERNET, SEM AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO INSANUS CONCURSOS.
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I - às infrações penais previstas em tratado ou convenção internacional quando, iniciada a execução no País, o resultado tenha
ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente;
II - às organizações terroristas, entendidas como aquelas voltadas para a prática dos atos de terrorismo legalmente definidos.”
* Execução iniciada no Brasil e o resultado produzido ou deveria ter sido produzido no ESTRANGEIRO.
* Execução iniciada no ESTRANGEIRO e o resultado produzido ou deveria ter sido produzido no Brasil.
> Organizações TERRORITAS – aquelas que praticam atos terroristas definidos na lei de terrorismo (Lei 13.260/16).
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa, sem prejuízo das penas correspondentes às demais infrações penais praticadas.
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem impede ou, de qualquer forma, embaraça a investigação de infração penal que envolva organização
criminosa.”
> Financiar – indivíduo que presta auxílio e suporte de financiamento à organização criminosa.
> Embaraçar investigação: é figura equiparada ao crime de organização criminosa. Responde pela mesma pena o indivíduo
que impede ou embaraça (atrapalha) investigação que envolva organização criminosa.
> FORMAL: para configurar o crime de Organização Criminosa basta que os seus integrantes a constituam. NÃO é necessário
que a prática das atividades ilícitas ocorram, ou seja, se consumem.
> COMISSIVO: os verbos que compõem o crime são verbos de ação – promover, constituir, financeiras e integrar.
> INCONDICIONADO: a ação penal para o crime de organização criminosa é PÚBLICA INCONDICIONADA.
> ABSTRATO: é crime de perigo abstrato, visando proteger a paz pública como um todo. O sujeito passivo primário do crime é
o bem social.
> DOLOSO: só é punível o crime de organização criminosa em sua modalidade dolosa – quando existe a intenção de praticar
ou assumiu o risco de fazer.
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PROÍBE-SE A COMERCIALIZAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESSE MATERIAL OU DIVULGAÇÃO COM FINS COMERCIAIS OU NÃO, EM QUALQUER MEIO DE
COMUNICAÇÃO, INCLUSIVE NA INTERNET, SEM AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO INSANUS CONCURSOS.
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(...)
II - se há concurso de funcionário público, valendo-se a organização criminosa dessa condição para a prática de infração penal;
As hipóteses de aumento de pena são situações onde o juiz deverá aumentar a pena em abstrato.
A pena para o crime de organização criminosa é de 03 a 08 ANOS. Portanto, nas situações seguintes, o juiz deverá aumentar a
pena aplicada para o acusado.
> ATÉ A METADE - a pena é aumentada até a METADADE quando houver emprego de ARMA DE FOGO.
> 1/6 a 2/3 - a pena é aumentada de 1/6 (um sexto) até 2/3 (dois terços), nos seguintes casos:
Exemplo: organizações criminosas que utilizam crianças ou adolescentes como mulas (transportadores) ou vendedores de
drogas ilícitas. Esse fato ocorre muito, pois a criança e o adolescente não sofrem penalidades como um maior sofreria,
portanto, são altamente vulneráveis e recrutados por organizações para a prática de tais atos.
Participação de FUNCIONÁRIO PÚBLICO, cuja função pública é utilizada para a prática das infrações penais.
Exemplo: funcionário público, fiscal de fronteira da Receita Federal que, participando de organização criminosa relacionada ao
tráfico de armas e de drogas, durante os seus dias de serviços, permite que veículos vindos do exterior adentrem no Brasil
transportando as cargas ilícitas.
Exemplo: organização criminosa voltada a prática do contrabando de animais silvestres da fauna brasileira, onde o produto
ilícito é enviado para países do exterior.
Exemplo: uma organização criminosa que pratica crimes cibernéticos, como, hackear contas bancárias de usuários, se junta
(conexão) com outra organização criminosa que pratica assalto a bancos, para, unidas, executarem um roubo de alto valor.
TRANSNACIONALIDADE da organização.
Aqui deve ter um ponto observado, o caráter transnacional da organização não precisa ser efetivo, basta que haja indícios da
transnacionalidade para que seja aplicado o aumento de pena.
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COMUNICAÇÃO, INCLUSIVE NA INTERNET, SEM AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO INSANUS CONCURSOS.
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Agravante: é diferente de aumento de pena. O juiz poderá aplicar a pena para quem pratica o crime de organização criminosa
entre 03 a 08 anos – essa é a chamada pena em abstrato. Quando houver a presença de algum agravante, o juiz ao aplicar a
pena em abstrato, deverá basear sua aplicação em seus patamares máximos (06, 07 ou 08 anos, por exemplo).
“§ 3º A pena é agravada para quem exerce o comando, individual ou coletivo, da organização criminosa, ainda que não pratique
pessoalmente atos de execução.”
Dessa forma, aquele que exerce o comando da organização, terá sua pena agravada. Observe que, esse comando
pode ser tanto individual quando coletivo.
“§ 8º As lideranças de organizações criminosas armadas ou que tenham armas à disposição deverão iniciar o cumprimento da
pena em estabelecimentos penais de segurança máxima.”
ATENÇÃO!! Essa é uma das atualizações do pacote anticrime, portanto, possui uma alta chance de ser cobrado em seu
concurso, principalmente se for área penitenciária.
O condenado que, por integrar organização criminosa ou por participar de crime praticado por organização,
CONTINUA A MANTER O VÍNCULO ASSOSSIATIVO com a organização, ficará impedido de:
* progredir de regime;
§ 6º A condenação com trânsito em julgado acarretará ao funcionário público a perda do cargo, função, emprego ou mandato
eletivo e a interdição para o exercício de função ou cargo público pelo prazo de 8 (oito) anos subsequentes ao cumprimento da
pena.”
Vimos que a participação de funcionário público em organização criminosa acarreta um aumento de pena de 1/6 a
2/3.
Quando houver indícios que há participação de funcionário público, o Juiz poderá ordenar o seu AFASTAMENTO
CAUTELAR DO CARGO.
* AFASTAMENTO CAUTELAR: o servidor ficará afastado de seu cargo, entretanto, continua recebendo. NÃO PERDE A
REMUNERAÇÃO.
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* O Afastamento Cautelar do cargo, emprego ou função pública se dá quando for necessário à investigação ou ao processo
penal (instrução processual).
E se ficar comprovado que o funcionário público integra organização criminosa? Sendo o funcionário condenado com
trânsito em julgado, além do aumento de pena, terá as seguintes consequências:
Esse período de oito anos apenas passa a ser contado após o cumprimento da pena por integrar organização
criminosa.
individual coletivo
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>> ESQUEMATIZAÇÃO II
CARGO ou EMPREGO
PERDA FUNÇÃO
CONDENAÇÃO C/ MANDATO ELETIVO
TRÂNSITO EM JULGADO
INTERDIÇÃO PARA O EXERCÍCIO DE
FUNÇÃO OU CARGO PÚBLICO
PRAZO: 08 ANOS -> SUBSEQUENTES AO
PARTICIPAÇÃO POLICIAL CUMPRIMENTO DA PENA
INSTAURARÁ INQUÉRITO
CORREGEDORIA
COMUNICARÁ O MP
DESIGNARÁ MEMBRO PARA ACOMPANHAR O FEITO
CESPE, TJ-BA, Juiz Substituto, 2019 (adaptada) - A prática de pelo menos um ato executório das infrações penais para as quais
os agentes se tenham organizado constitui condição para a consumação do delito de org. criminosa.
Comentário: para responder essa questão é necessário lembrar da “classificação do crime de organização criminosa”. O crime
em tese é FORMAL, ou seja, não depende do resultado das infrações penais praticadas pela organização para que o crime de
organização criminosa seja configurado, consumado e punido. Nesse sentido, basta que haja os requisitos estruturais para
configurar o crime – um crime autônomo e independente.
CESPE, TJ-BA, Juiz Substituto, 2019 (adaptada) - Ao agente que exercer o comando, individual ou coletivo, de organização
criminosa, ainda que não pratique pessoalmente atos de execução, será aplicada causa de aumento de pena de um sexto a
dois terços.
Comentário: questões do tipo são muito cobradas em provas. É necessário ter massificado a diferença das situações de
“aumento de pena” e “agravante” no que tange o crime de organizações criminosas.
Aquele que exerce o comando da organização tem a sua pena AGRAVADA. A questão fala em aumento de pena, o que a torna
errada.
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CESPE, AGU, Advogado Geral da União, 2015 - Um servidor público, concursado e estável, praticou crime de corrupção passiva
e foi condenado definitivamente ao cumprimento de pena privativa de liberdade de seis anos de reclusão, em regime
semiaberto, bem como ao pagamento de multa.
Na situação considerada, se houvesse suspeita de participação do agente em organização criminosa, o juiz poderia determinar
seu afastamento cautelar das funções, sem prejuízo da remuneração; e se houvesse posterior condenação pelo crime de
organização criminosa, haveria concurso material entre esse crime e o crime de corrupção passiva.
Comentário: Questão interessante, pois cobrou mais de um assunto e mais de uma disciplina. Resolvi colocar essa questão,
pois também pode ocorrer em sua prova as chamadas questões multidisciplinares. Pois bem, o item está total correto. De fato,
por ser servidor público e havendo indícios de sua participação em organização criminosa, poderá ser decretado o seu
afastamento cautelar. Quem decreta? O Juiz. Tal afastamento não implica na perda da remuneração.
Não obstante, por ter praticado o crime de corrupção passiva, este responderá em concurso material de crimes, ou seja, será
acumulada a pena do crime de corrupção com a pena do crime de organização criminosa.
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INDÍCE DO MATERIAL
01. INVESTIGAÇÃO e MEIOS DE OBTENÇÃO DE PROVA ...............................................................................................3
01.1 ROL DE MEIOS DE OBETENÇÃO DE PROVA ......................................................................................................4
02. COLABORAÇÃO PREMIADA (X9 MORRE CEDO) ......................................................................................................5
02.1 NATUREZA E CONCEITO ....................................................................................................................................5
02.2 INÍCIO DA NEGOCIAÇÃO (RECEBIMENTO DA PROPOSTA) ................................................................................5
02.3 PROPOSTA DE COLABORAÇÃO e TERMO DE CONFIDENCIALIDADE .................................................................5
02.4 SUJEITOS DA COLABORAÇÃO - QUEM PODE REALIZAR O ACORDO DE COLABORAÇÃO .................................6
02.5 QUANDO A COLABORAÇÃO PODE SER REALIZADA? ........................................................................................7
02.6 PRESENÇA OBRIGATÓRIA de ADVOGADO ou DEFENSOR.................................................................................7
02.7 CLÁUSULA DE SEGURANÇA ao COLABORADOR ...............................................................................................8
02.8 RENÚNICA AO DIREITO DE SILÊNCIO e FIEL COMPROMISSO DE DIZER A VERDADE ........................................8
02.9 RESCISÃO DO ACORDO DE COLABORAÇÃO ......................................................................................................8
02.10 TERMO DE ACORDO DE COLABORAÇÃO ........................................................................................................8
02.11 GRAVAÇÃO DE TODOS OS ATOS DO ACORDO DE COLABORAÇÃO ................................................................9
02.12 DISTRIBUIÇÃO DO PEDIDO DE HOMOLOGAÇÃO ............................................................................................9
02.13 ANÁLISE DO JUIZ e HOMOLOGAÇÃO ..............................................................................................................9
02.14 BENEFÍCIOS DO COLABORADOR ...................................................................................................................10
02.15 RESULTADOS/EFICÁCIA DA COLABORAÇÃO .................................................................................................11
02.16 RELEVÂNCIA DA COLABORAÇÃO e o PERDÃO JUDICIAL ..............................................................................11
02.17 SUSPENSÃO DO PRAZO PARA O OFERECIEMENTO DA DENÚNCA ou do PROCESSO. ..................................11
02.18 NÃO OFERECIMENTO DA DENÚNICA ...........................................................................................................12
02.19 OBRIGAÇÃO DE COMPARECER QUANDO SOLICITADO.................................................................................12
02.20 DIREITOS DO COLABORADOR .......................................................................................................................13
02.21 RETRATAÇÃO DA PROPOSTA ........................................................................................................................13
02.22 ACESSO RESTRITO AOS AUTOS DE COLABORAÇÃO ......................................................................................13
02.23 FUNDAMENTAÇÃO EXCLUSIVA NA COLABORAÇÃO .....................................................................................14
02.24 SIGILO DO ACORDO DE COLABORAÇÃO e VEDAÇÃO DE PUBLICIDADE .......................................................14
03. AÇÃO CONTROLADA .............................................................................................................................................15
04. INFILTRAÇÃO DE AGENTES ...................................................................................................................................16
04.1 NATUREZA ......................................................................................................................................................16
04.2 QUEM PODE SOLICITAR A INFILTRAÇÃO – PEDIDO DE INFILTRAÇÃO ............................................................16
04.3 PRAZO PARA O JUIZ DECIDIR ..........................................................................................................................17
04.4 PRAZO DE DURAÇÃO DA INFILTRAÇÃO ..........................................................................................................17
04.5 RELATÓRIO DA INFILTRAÇÃO..........................................................................................................................17
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INTRODUÇÃO
Fala, meu futuro e futura policial! Alto padrão? Insanidade nos estudos? Vamos falar sobre Organizações Criminosas – PCC,
Comando Vermelho, PT, Câmara dos Deputados, Senado Federal, etc. Entretanto, seremos objetivos, cirúrgicos e
meticulosos; iremos dar atenção e bater os principais pontos que poderão ser objeto de prova, bem como, analisaremos as
atualizações previstas no pacote Anticrime.
Então sustenta firme, cabeça erguida, peito estufado, cara de águia e bora arrombar nesse conteúdo!
I - colaboração premiada;
IV - acesso a registros de ligações telefônicas e telemáticas, a dados cadastrais constantes de bancos de dados públicos ou
privados e a informações eleitorais ou comerciais;
VI - afastamento dos sigilos financeiro, bancário e fiscal, nos termos da legislação específica;
VIII - cooperação entre instituições e órgãos federais, distritais, estaduais e municipais na busca de provas e informações de
interesse da investigação ou da instrução criminal.”
Em primeiro ponto vamos cirurgicamente interpretar cada ponto, para que você tenha uma noção do que iremos
estudar nos próximos tópicos. O art. 3º da lei de Organizações Criminosas traz quais meios de provas poderão ser utilizados
durante a persecução penal.
> Meios de Provas: são as ferramentas utilizadas para que possa ser identificada a organização criminosa, bem como,
esclarecida a sua estrutura de funcionamento e participantes.
> Persecução Penal: é a sequência de atos procedimentais e processuais que envolvem duas fases – INQUÉRITO POLICIAL
(investigação policial) e o PROCESSO PENAL.
Nesse sentido, nota-se que tais meios de provas poderão ser utilizados tanto durante o Inquérito Policial quanto
durante o Processo Penal, ou seja, durante toda a persecução penal.
Observação: o rol de meios de provas elencado na lei de organizações criminosas é exemplificativo. Sendo assim, uma
investigação não se limita aos meios de provas previstos na lei de organizações, pois, poderá abranger outros meios de provas
previstos no ordenamento jurídico brasileiro.
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II – AÇÃO CONTROLADA: é um mecanismo utilizado em operações policiais. Por vezes, é melhor deixar de atuar e aguardar o
melhor momento, onde possa obter um resultado maior, como, por exemplo, uma maior apreensão de produtos ilícitos e
prisão de criminosos. Basicamente retarda uma ação policial para que uma ação futura seja mais eficaz. Tal instituto também
será estudado detalhadamente em tópico futuro.
III – ACESSO A REGISTRO DE LIGAÇÕES TELEFÔNICAS e DADOS CADASTRAIS: veremos em tópico futuro quais são os
procedimentos para que sejam solicitados tais dados e registros, quem pode solicitar e quem deve fornecer tais informações.
IV – AFASTAMENTO DE SIGILO FINANCEIRO, BANCÁRIO e FISCAL: o afastamento do sigilo bancário, fiscal e financeiro será
regulado por legislação própria. Nesse momento, grave que há essa possibilidade de obtenção de meio de prova no que tange
a investigação de Organizações Criminosas.
V – INFILTRAÇÃO POLICIAL: é o meio de prova utilizado como última hipótese. É uma ação policial de altíssimo risco. A
infiltração de policiais será estudada detalhadamente em tópico futuro.
VI – COOPERAÇÃO ENTRE INSTITUIÇÕES FEDERAIS, ESTUDAIS e MUNICIPAIS: é de suma importância que haja cooperação e
troca de informações, sejam investigativas ou de inteligência, entre instituições que tratam do assunto. A cooperação entre
órgãos federais, estaduais e municipais é uma ferramenta preventiva de altíssima qualidade.
VII – CAPTAÇÃO AMBIENTAL DE SINAIS ELETROMAGNÉTICOS, ÓPTICOS ou ACÚSTICOS: ocorre quando um terceiro (agente
da investigação) colhe, por algum meio (fotografia, filmagem, gravação de sons), o que se passa entre duas ou mais pessoas
em um ambiente, com o conhecimento de qualquer uma delas. NÃO necessita de autorização judicial.
VIII – INTERCEPTAÇÃO DE COMUNICAÇÕES TELEFÔNICAS e TELEMÁTICAS: esse é um meio de prova muito famoso. A
interceptação telefônica é tratada em lei específica (Lei nº 9.296/96), portanto, não será objeto de estudos nesse material. O
que é necessário saber é que há a possibilidade da aplicação da interceptação telefônica, como meio de obtenção de prova,
aos crimes de organização criminosa.
Nessa hipótese de dispensa de licitação, o órgão de controle interno deverá ser COMUNICADO acerca da realização
do contrato.
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ROL EXEMPLIFICATIVO
MEIOS DE OBTENÇÃO DE
PROVAS
COLABORAÇÃO PREMIADA
AÇÃO CONTROLADA
INFILTRAÇÃO POLICIAL
CONCEITO: A Colaboração Premiada, também denominada de delação premiada, é um acordo firmado com o réu ou
investigado, visando a elucidação de fatos sobre organizações criminosas em troca de benefícios processuais. É basicamente o
“X9” – é o cara que vai fofocar todo o esquema da organização criminosa, entregando operações e integrantes em troca de
vantagens.
ATENÇÃO!! Configura violação de sigilo a divulgação das trativas iniciais e documentos que as formalizem.
* A proposta é destinada ao Ministério Público ou Autoridade Policial (durante a fase de investigação). São denominados de
CELEBRANTES.
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OPERAÇÃO RECLUSÃO
LEI DE ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS
“Art. 3º-B, § 1º A proposta de acordo de colaboração premiada poderá ser sumariamente indeferida, com a devida justificativa,
cientificando-se o interessado.”
* Entretanto, caso haja aceitação da proposta, as partes envolvidas na negociação deverão firmar TERMO DE
CONFIDENCIALIDADE para o prosseguimento dos atos negociais.
Esse termo de confidencialidade vincula os órgãos envolvidos e impede que posteriormente a proposta seja
indeferida SEM JUSTA CAUSA.
“Art. 3º-B, § 2º Caso não haja indeferimento sumário, as partes deverão firmar Termo de Confidencialidade para
prosseguimento das tratativas, o que vinculará os órgãos envolvidos na negociação e impedirá o indeferimento posterior sem
justa causa.”
* O recebimento da proposta para análise ou o termo de confidencialidade NÃO suspendem a investigação. (REGRA)
“Art. 3º-B, § 3º O recebimento de proposta de colaboração para análise ou o Termo de Confidencialidade não implica, por si só,
a suspensão da investigação, ressalvado acordo em contrário quanto à propositura de medidas processuais penais cautelares
e assecuratórias, bem como medidas processuais cíveis admitidas pela legislação processual civil em vigor.”
II – Termo de Confidencialidade
* Quem elabora tais termos? O CELEBRANTE (Ministério Público ou Autoridade Policial – Delegado de Polícia).
* Quem deve assinar tais termos? O celebrante, o colaborador, o advogado ou defensor público (com poderes específicos).
“Art. 3º-B § 5º Os termos de recebimento de proposta de colaboração e de confidencialidade serão elaborados pelo celebrante
e assinados por ele, pelo colaborador e pelo advogado ou defensor público com poderes específicos.”
> CELEBRANTE
* MP (Ministério Público)
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LEI DE ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS
a) Delegado (celebrante) realiza acordo com o Colaborador (investigado), juntamente com o seu Defensor.
b) Ministério Público (celebrante) realiza acordo com o Colaborador (investigado), juntamente com o seu Defensor.
c) Ministério Público (celebrante) realiza acordo com o Colaborador (acusado), juntamente com o seu Defensor.
ATENÇÃO!! Em hipótese alguma deve haver interferência da autoridade judiciária no acordo de colaboração.
“Art. 4º, § 6º O juiz não participará das negociações realizadas entre as partes para a formalização do acordo de colaboração,
que ocorrerá entre o delegado de polícia, o investigado e o defensor, com a manifestação do Ministério Público, ou, conforme
o caso, entre o Ministério Público e o investigado ou acusado e seu defensor.”
“Art. 3º-C, § 1º. Nenhuma tratativa sobre colaboração premiada deve ser realizada sem a presença de advogado constituído
ou defensor público.”
* O celebrante (MP ou Delegado) deverá solicitar a presença de outro advogado ou a participação de Defensor Público, nas
seguintes situações:
b) colaborador hipossuficiente.
“Art. 3º-C, § 2º. Em caso de eventual conflito de interesses, ou de colaborador hipossuficiente, o celebrante deverá solicitar a
presença de outro advogado ou a participação de defensor público.”
“Art. 4º. § 15. Em todos os atos de negociação, confirmação e execução da colaboração, o colaborador deverá estar assistido
por defensor.”
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LEI DE ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS
A questão que fica é a seguinte: o CELEBRANTE poderá utilizar as informações e provas ditas pelo colaborador? A
resposta é NÃO. O Colaborador fica protegido, pois, toda e qualquer informação ou prova delatada não poderá ser usada pelo
CELEBRANTE – é vedado.
“Art. 3º-B, § 6º Na hipótese de não ser celebrado o acordo por iniciativa do celebrante, esse não poderá se valer de nenhuma
das informações ou provas apresentadas pelo colaborador, de boa-fé, para qualquer outra finalidade.”
* Não obstante, além de estar obrigado a falar, tudo o que proferir deve ser VERDADE, haja vista, firmar o compromisso de
dizer fielmente a verdade dos fatos.
Observação: tanto a renúncia quanto o compromisso de dizer a verdade deverá ocorrer na presença do advogado.
“Art. 4º, § 14. Nos depoimentos que prestar, o colaborador renunciará, na presença de seu defensor, ao direito ao silêncio e
estará sujeito ao compromisso legal de dizer a verdade.”
“Art. 4º, § 17. O acordo homologado poderá ser rescindido em caso de omissão dolosa sobre os fatos objeto da colaboração.”
“Art. 4º, § 18. O acordo de colaboração premiada pressupõe que o colaborador cesse o envolvimento em conduta ilícita
relacionada ao objeto da colaboração, sob pena de rescisão."
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LEI DE ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS
“Art. 4º, § 13. O registro das tratativas e dos atos de colaboração deverá ser feito pelos meios ou recursos de gravação
magnética, estenotipia, digital ou técnica similar, inclusive audiovisual, destinados a obter maior fidelidade das informações,
garantindo-se a disponibilização de cópia do material ao colaborador.”
* A gravação de todos os atos do acordo busca obter maior fidelidade das informações.
ATENÇÃO! Esse pedido de homologação será distribuído de forma sigilosa. Ou seja, o processo de transição até a entrega do
pedido ao juiz competente deverá ser estritamente sigiloso.
* O pedido de homologação conterá informações básicas, que NÃO podem identificar o colaborado e objeto da investigação.
“Art. 7º. O pedido de homologação do acordo será sigilosamente distribuído, contendo apenas informações que não possam
identificar o colaborador e o seu objeto.”
* Além disso, o JUIZ deverá ouvir sigilosamente o COLABORADOR -> sempre acompanhado do seu defensor.
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* Caso o acordo não atenda aos requisitos legal, poderá o JUIZ recusar o acordo. Nessa situação, o juiz devolverá os autos ao
celebrante para que esse faça as adequações necessárias.
ATENÇÃO! Como o juiz não participa das negociações, caso encontre alguma ilegalidade, este não poderá fazer qualquer
adequação. Quem deverá realizar as modificações necessárias é o CELEBRANTE.
“Art. 4º, § 8º. O juiz poderá recusar a homologação da proposta que não atender aos requisitos legais, devolvendo-a às partes
para as adequações necessárias.”
* Preenchidos todos os requisitos legais, o JUIZ HOMOLOGARÁ o acordo. Após homologo, o colaborador, a qualquer tempo
poderá ser ouvido pelo CELEBRANTE (Ministério Público ou Delegado de Polícia – responsável pelas investigações)
“Art. 4º, § 9º. Depois de homologado o acordo, o colaborador poderá, sempre acompanhado pelo seu defensor, ser ouvido pelo
membro do Ministério Público ou pelo delegado de polícia responsável pelas investigações.”
ATENÇÃO!!! O JUIZ POSSUI UM PRAZO DE ATÉ 48 HORAS PARA DECIDIR SOBRE A HOMOLOGAÇÃO.
“Art. 7º, § 1º As informações pormenorizadas da colaboração serão dirigidas diretamente ao juiz a que recair a distribuição,
que decidirá no prazo de 48 (quarenta e oito) horas.”
-> Se a colaboração for durante a PERSECUÇÃO PENAL (INQUÉRITO POLICIAL ou PROCESSO PENAL)
I – PERDÃO JUDICIAL
II – PROGRESSÃO DE REGIME, ainda que não preenchidos os requisitos OBJETIVOS (subjetivos) para tal direito.
- a PERSONALIDADE DO COLABORAR;
- a NATUREZA; - as CIRCUNSTÂNCIAS;
Do FATO CRIMINOSO
- a GRAVIDADE; - a PERSECUÇÃO SOCIAL
“Art. 4º. O juiz poderá, a requerimento das partes, conceder o perdão judicial, reduzir em até 2/3 (dois terços) a pena privativa
de liberdade ou substituí-la por restritiva de direitos daquele que tenha colaborado efetiva e voluntariamente com a
investigação e com o processo criminal, desde que dessa colaboração advenha um ou mais dos seguintes resultados: (...)”
* A colaboração, para que sejam concedidos os benefícios, deverá ser VOLUNTÁRIA e EFETIVA.
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ANTENÇÃO: VOLUNTARIEDADE é diferente de espontaneidade. A colaboração necessita ser VOLUNTÁRIA (não forçada), mas
não precisa ser espontânea.
-> EFETIVA: é necessário que da colaboração alguns resultados sejam alcançados. Tais resultados veremos a seguir, no próximo
tópico.
“Art. 4º, § 1º. Em qualquer caso, a concessão do benefício levará em conta a personalidade do colaborador, a natureza, as
circunstâncias, a gravidade e a repercussão social do fato criminoso e a eficácia da colaboração.”
I – IDENTIFICAÇÃO dos demais coautores e partícipes da organização criminosa, bem como, as infrações por eles
praticadas.
IV – RECUPERAÇÃO total ou parcial do produto ou do proveito das infrações penais praticadas pela organização
criminosa.
ATENÇÃO! Não é necessário que sejam alcançados todos ou mais de um resultado, mas, pelo menos um resultado deve ser
efetivo.
-> Delegado: requer (requerimento) ao Juiz. Nessa situação, obrigatoriamente, deve haver a manifestação do Ministério
Público. O delegado só pode atuar durante a fase do INQUÉRTIO POLICIAL.
-> Ministério Público: representa ao Juiz. O MP pode atuar tanto na fase do inquérito, quanto na fase do PROCESSO PENAL, ou
seja, a qualquer tempo.
“Art. 4º, § 2º Considerando a relevância da colaboração prestada, o Ministério Público, a qualquer tempo, e o delegado de
polícia, nos autos do inquérito policial, com a manifestação do Ministério Público, poderão requerer ou representar ao juiz pela
concessão de perdão judicial ao colaborador, ainda que esse benefício não tenha sido previsto na proposta inicial (...).”
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-> o processo.
ATENÇÃO! O prazo prescricional dos crimes praticados pelo colaborador também será suspenso.
“Art. 4º, § 3º. O prazo para oferecimento de denúncia ou o processo, relativos ao colaborador, poderá ser suspenso por até 6
(seis) meses, prorrogáveis por igual período, até que sejam cumpridas as medidas de colaboração, suspendendo-se o respectivo
prazo prescricional.”
-> o crime a ser denunciado não deve ser de conhecimento prévio do MP ou da Polícia.
Relembrando: ao firmar o acordo de colaboração premiada, o colaborador deverá narrar todos os atos ilícitos praticados ou
que tenha concorrido para prática.
Entretanto, no caso de os fatos narrados pelo colaborador, o MP ou a Polícia já tinha conhecimento prévio, aí poderá ser
oferecida a denúncia.
O que é considerado conhecimento prévio? quando o Ministério Público ou a autoridade policial competente tenha instaurado
inquérito ou procedimento investigatório para apuração dos fatos apresentados pelo colaborador.
-> o COLABORADOR deve ser o PRIMEIRO a prestar colaboração efetiva em relação a organização criminosa.
“Art. 4º, § 4º. Nas mesmas hipóteses do caput deste artigo, o Ministério Público poderá deixar de oferecer denúncia se a
proposta de acordo de colaboração referir-se a infração de cuja existência não tenha prévio conhecimento e o colaborador:
§ 4º-A. Considera-se existente o conhecimento prévio da infração quando o Ministério Público ou a autoridade policial
competente tenha instaurado inquérito ou procedimento investigatório para apuração dos fatos apresentados pelo
colaborador.”
“Art. 4º, § 12. Ainda que beneficiado por perdão judicial ou não denunciado, o colaborador poderá ser ouvido em juízo a
requerimento das partes ou por iniciativa da autoridade judicial.”
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V - não ter sua identidade revelada pelos meios de comunicação, nem ser fotografado ou filmado, sem sua prévia
autorização por escrito;
VI - cumprir pena ou prisão cautelar em estabelecimento penal diverso dos demais corréus ou condenados.
* Caso haja retratação as provas autoincriminatórias que foram produzidas pelo colaborador NÃO poderão ser utilizadas em
seu desfavor.
“Art. 4º, § 10. As partes podem retratar-se da proposta, caso em que as provas autoincriminatórias produzidas pelo colaborador
não poderão ser utilizadas exclusivamente em seu desfavor.”
ATENÇÃO! Em relação aos sujeitos citados acima, o acesso aos autos será restrito a eles. Ou seja, somente eles poderão ter
liberdade de acesso aos autos de colaboração.
-> DEFESA: também é assegurado ao defensor AMPLO ACESSO aos autos de colaboração, desde que atenda os seguintes
requisitos:
ATENÇÃO! As diligências ainda em andamento que constem nos autos de colaboração não poderão ser acessadas pelo
advogado.
“Art. 7º, § 2º. O acesso aos autos será restrito ao juiz, ao Ministério Público e ao delegado de polícia, como forma de garantir
o êxito das investigações, assegurando-se ao defensor, no interesse do representado, amplo acesso aos elementos de prova
que digam respeito ao exercício do direito de defesa, devidamente precedido de autorização judicial, ressalvados os referentes
às diligências em andamento.”
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* É necessário que o juiz avalie todos os meios de provas existentes para apreciação, não somente a colaboração premiada.
* Nesse sentindo, o JUIZ não poderá decretar as seguintes medidas, apenas fundamentado na colaboração premiada:
II – recebimento de denúncias ou queixa: o juiz fica impossibilitado de aceitar denúncia ou queixa apenas com base na
colaboração premiada.
III – sentença condenatória: o juiz não pode condenar apenas com base na colaboração premiada.
“Art. 4º, § 16. Nenhuma das seguintes medidas será decretada ou proferida com fundamento apenas nas declarações do
colaborador:
ATENÇÃO! Antes do recebimento da denúncia ou da queixa, em hipótese alguma poderá haver publicidade dos atos acima
citados. É vedado ao juiz decidir sobre sua publicidade.
“Art. 7º, § 3º O acordo de colaboração premiada e os depoimentos do colaborador serão mantidos em sigilo até o recebimento
da denúncia ou da queixa-crime, sendo vedado ao magistrado decidir por sua publicidade em qualquer hipótese.”
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LEI DE ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS
* FUNCIOMANETO: a polícia ou órgão administrativo (ibama, receita federal, etc) EVITAM de atuar em dado momento para
que possa ser efetuada uma maior apreensão futura (momento mais eficaz). É o RETARDAMENTO da ação presente para a
realização de uma ação futura melhor.
* REQUISITOS:
JUIZ
* ACESSO AOS AUTOS -> RESTRITO MP ATÉ O ENCERRAMENTO DA DILIGÊNCIA
DELEGADO COMO FORMA DE GARANTIR
O ÊXITO DAS INVESTIGAÇÕES
§ 1º O retardamento da intervenção policial ou administrativa será previamente comunicado ao juiz competente que, se for o
caso, estabelecerá os seus limites e comunicará ao Ministério Público.
§ 2º A comunicação será sigilosamente distribuída de forma a não conter informações que possam indicar a operação a ser
efetuada.
§ 3º Até o encerramento da diligência, o acesso aos autos será restrito ao juiz, ao Ministério Público e ao delegado de polícia,
como forma de garantir o êxito das investigações.
Art. 9º Se a ação controlada envolver transposição de fronteiras, o retardamento da intervenção policial ou administrativa
somente poderá ocorrer com a cooperação das autoridades dos países que figurem como provável itinerário ou destino do
investigado, de modo a reduzir os riscos de fuga e extravio do produto, objeto, instrumento ou proveito do crime.”
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* ÚLTIMA RATIO (ÚLTIMA ESCOLHA) – somente será autorizada a infiltração de agentes caso NÃO HAJA OUTRO MEIO para
produzir prova.
“art. 10. § 2º Será admitida a infiltração se houver indícios de infração penal relacionada a organização criminosa e se a prova
não puder ser produzida por outros meios disponíveis. (texto adaptado)”
d) local da infiltração.
“art. 11. O requerimento do Ministério Público ou a representação do delegado de polícia para a infiltração de agentes conterão
a demonstração da necessidade da medida, o alcance das tarefas dos agentes e, quando possível, os nomes ou apelidos das
pessoas investigadas e o local da infiltração.”
* A distribuição, ou seja, envio do pedido (REPRESENTAÇÃO ou REQUERIMENTO) ao JUIZ, deverá ser SIGILOSA.
-> NÃO PODE INDICIAR A OPERAÇÃO A SER EFETIVADA;
-> NÃO PODE INDICAR O AGENTE A SER INFILTRADO.
“Art. 12. O pedido de infiltração será sigilosamente distribuído, de forma a não conter informações que possam indicar a
operação a ser efetivada ou identificar o agente que será infiltrado.”
* Para que seja realizada a INFILTRAÇÃO DE AGENTES, deverá haver prévia Autorização Judicial, da qual será SILIGOSA,
FUNDAMENTADA e MOTIVADA.
“Art. 10. A infiltração de agentes de polícia em tarefas de investigação, representada pelo delegado de polícia ou requerida
pelo Ministério Público, após manifestação técnica do delegado de polícia quando solicitada no curso de inquérito policial, será
precedida de circunstanciada, motivada e sigilosa autorização judicial, que estabelecerá seus limites.
§ 1º Na hipótese de representação do delegado de polícia, o juiz competente, antes de decidir, ouvirá o Ministério Público.”
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“Art. 12. § 1º As informações quanto à necessidade da operação de infiltração serão dirigidas diretamente ao juiz competente,
que decidirá no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, após manifestação do Ministério Público na hipótese de representação do
delegado de polícia, devendo-se adotar as medidas necessárias para o êxito das investigações e a segurança do agente
infiltrado.”
* TÉRMINO DO PRAZO: um relatório circunstanciado deverá ser apresentado JUIZ COMPETENTE. O juiz cientificará
imediatamente o MP.
“art. 10, § 3º A infiltração será autorizada pelo prazo de até 6 (seis) meses, sem prejuízo de eventuais renovações, desde que
comprovada sua necessidade.
§ 4º Findo o prazo previsto no § 3º, o relatório circunstanciado será apresentado ao juiz competente, que imediatamente
cientificará o Ministério Público.”
“art. 10, § 5º No curso do inquérito policial, o delegado de polícia poderá determinar aos seus agentes, e o Ministério Público
poderá requisitar, a qualquer tempo, relatório da atividade de infiltração.”
* A DEFESA somente terá acesso após o Ministério Público (MP) efetuar a denúncia. Dessa forma, os autos da infiltração,
devem, obrigatoriamente, acompanhar a denúncia do MP.
“Art. 12, § 2º Os autos contendo as informações da operação de infiltração acompanharão a denúncia do Ministério Público,
quando serão disponibilizados à defesa, assegurando-se a preservação da identidade do agente.”
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OPERAÇÃO RECLUSÃO
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* Caso o agente não seja proporcional visando a investigação, responderá pelos EXCESSOS praticados.
* E se o agente infiltrado for colocado em situações que tenha que praticar infrações penais? Nessa situação, visando a
segurança e sendo INEVITÁVEL, ou seja, NÃO HAVIA OUTRA CONDUTA A SER FEITA (inexigibilidade de conduta diversa), ficará
o agente ISENTO DE PENA – não responderá pela infração praticada.
“Art. 13. O agente que não guardar, em sua atuação, a devida proporcionalidade com a finalidade da investigação, responderá
pelos excessos praticados.
Parágrafo único. Não é punível, no âmbito da infiltração, a prática de crime pelo agente infiltrado no curso da investigação,
quando inexigível conduta diversa.”
II - ter sua identidade alterada, aplicando-se, no que couber, o disposto no art. 9º da Lei nº 9.807, de 13 de julho de 1999, bem
como usufruir das medidas de proteção a testemunhas;
III - ter seu nome, sua qualificação, sua imagem, sua voz e demais informações pessoais preservadas durante a investigação e
o processo criminal, salvo se houver decisão judicial em contrário;
IV - não ter sua identidade revelada, nem ser fotografado ou filmado pelos meios de comunicação, sem sua prévia autorização
por escrito.”
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LEInº
Lei DE12.850/13
ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS
– ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS
19
LEI DO DIREITO AUTORAL – Nº 9.610 de 19 de FEVEREIRO de 1998
PROÍBE-SE A COMERCIALIZAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESSE MATERIAL OU DIVULGAÇÃO COM FINS COMERCIAIS OU NÃO, EM QUALQUER MEIO DE
COMUNICAÇÃO, INCLUSIVE NA INTERNET, SEM AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO INSANUS CONCURSOS.
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