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OB + PED 2019

+simulados 2017/2018
Caderno
de Questões
Você encontrará nos próximos capítulos, questões comentadas e atualizadas dos concur-
sos de Residência Médica em 2019!

Leia cada questão com muita atenção e aproveite ao máximo os comentários. Se


necessário, retorne ao texto de sua apostila.

Sugerimos que você utilize esta área de treinamento fazendo sua autoavaliação a cada
10 (dez) questões. Dessa forma, você poderá traçar um perfil de rendimento ao final de
cada treinamento e obter um diagnóstico preciso de seu desempenho.

Estude! E deixe para responder as questões após domínio dos temas. Fazê-las imediatamente
pode causar falsa impressão.

O aprendizado da Medicina exige entusiasmo, persistência e dedicação. Não há fórmula


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Boa sorte! Você será Residente em 2020!

Atenciosamente,
Equipe SJT-MED
Sumário
1 Questões para treinamento – Obstetrícia.......................................................................................5
2 Gabarito comentado....................................................................................................................................33
1
QUESTÕES PARA TREINAMENTO
Obstetrícia

UFG – 2019 a) vacinação com apenas uma dose de tripla


1. J.S. de 33 anos, G4 P2 A1. Um aborto espon- contra difteria, tétano e coqueluche a partir da
tâneo e um óbito neonatal sem causa escla- 20ª semana
recida. Encontra-se com 34 semanas de idade b) vacinação com três doses da vacina dupla
gestacional. Apresenta altura uterina = 42 cm. contra difteria e tétano, sendo a tripla contra
Quais as prováveis ocorrências relacionadas difteria, tétano e coqueluche apenas indicada
a esta altura uterina? antes da gestação
a) polidrâmnio e macrossomia c) vacinação com duas doses da vacina dupla
b) malformação fetal e centralização fetal contra difteria e tétano e uma dose de tripla
c) amniorexe e malformação fetal contra difteria, tétano e coqueluche a partir da
d) insuficiência placentária e macrossomia 20a semana
d) vacinação com uma dose da vacina dupla con-
UFPI – 2019 tra difteria e tétano e uma dose de tripla contra
2. Em relação à infecção pelo citomegalovírus, é difteria, tétano e coqueluche a partir da 20a
INCORRETO afirmar que: semana
a) em relação ao rastreamento sorológico, a acu-
rácia para predição de sequelas fetais após UFRN – 2019
infecção primária materna é baixa 4. M.D.A, 17 anos, comparece com teste de gra-
b) alguns casos de infecção fetal são resultantes videz reagente para iniciar pré-natal com en-
de reinfecção materna por cepas diferentes de fermeira na unidade básica de saúde (UBS).
vírus Informa nunca ter engravidado antes, que
c) nos casos de infecção materna primária, a vive com o atual parceiro há 1 ano e que re-
probabilidade de transmissão fetal diminui alizou o teste após 2 meses de atraso mens-
com a idade gestacional trual. Assintomática na consulta. Ao exame,
d) o citomegalovírus também pode ser transmiti- está em bom estado geral, corada, hidratada,
do durante o parto eupneica, acianótica, PA: 110 × 60 mmHg e
e) pertence à família Herpesviridae afebril. A enfermeira calcula a idade gesta-
cional, pela data da última menstruação, em
UFRN – 2019 9 semanas, orienta sobre os cuidados que
3. Na assistência pré-natal, a recomendação atu- deve ter no pré-natal e informa que estão dis-
al para a prevenção da coqueluche em gestan- poníveis para gestantes, na UBS, os testes
tes não vacinadas e/ou com histórico vacinal rápidos para sífilis e HIV, aconselhando sua
desconhecido é: realização para evitar a transmissão das in-
6 R1 Extensivo | Questões para treinamento

fecções para o feto. M.D.A. concorda em rea- d) ela passa a ter direito à redução de 30% da
lizar os testes e, após 10 minutos, é chamada jornada de trabalho, mantendo a mesma re-
pela enfermeira que informa que o teste para muneração, além do fornecimento do EPI
sífilis foi negativo, mas o teste para HIV foi (equipamento de proteção individual)
reagente, indicando que ela pode estar infec- e) deve-se solicitar a transferência de função,
tada pelo vírus. A enfermeira explica sobre pois é assegurada a toda e qualquer em-
o resultado e informa que terá que lhe enca- pregada gestante a transferência de função
minhar para o obstetra, no pré-natal de alto quando a atividade normalmente prestada for
risco, e para o serviço especializado com o prejudicial à gestação
infectologista, médicos que irão acompanhar
a gravidez e prescrever o tratamento para a UFSC – 2019
infecção. Finaliza a consulta solicitando 7. Gestante de 18 semanas, sem antecedentes
os demais exames de rotina do pré-natal e médicos significativos e sorologias de rotina
orientando sobre onde será a consulta com no pré-natal negativas, apresenta tosse seca
o obstetra. Nesse caso, o médico deve iniciar há dois meses, acompanhada de suores no-
TARV: turnos e mal-estar. O teste cutâneo de tuber-
a) após confirmação da infecção por Western- culina (TCT) é negativo e uma das amostras
-Blot, se sintomática e se LT- CD4+ maior que do exame de escarro induzido mostrou o tes-
350 céls/mm3 te de amplificação do ácido nucleico de Myco-
b) imediatamente após confirmação da infec-
bacterium tuberculosis positivo. De acordo
ção por Western-Blot, se sintomática e se LT-
com o Ministério da Saúde (Manual de Reco-
CD4+ menor que 350 céls/mm3
mendações para Controle da Tuberculose no
c) imediatamente apenas considerando o teste
Brasil), é correto afirmar:
rápido reagente em qualquer gestante
a) a isoniazida não deve ser usada nesse caso,
d) após confirmação da infecção por Western-
pois o risco de hepatite e neutoxicidade na
-Blot, preferencialmente após o primeiro tri-
gestação ultrapassa o eventual benefício
mestre em qualquer gestante
b) inicia-se o tratamento apenas com a rifampici-
na (categoria B), reservando o esquema com
UFSC – 2019
5. Assinale a alternativa que contém vacinas se- múltiplas drogas para o período após o parto
guras e indicadas rotineiramente durante a c) indicam-se na fase inicial a rifampicina, isonia-
gestação: zida, pirazinamida e o etambutol (RHZE) por
a) difteria e HPV dois meses, seguidos de rifampicina e isonia-
b) sarampo e gripe zida por mais quatro meses (RH)
c) hepatite B e varicela d) nesse caso, devemos orientar a gestante que
d) febre amarela e tétano após parto deve evitar a amamentação, devido
e) influenza e coqueluche ao risco de transmissão aérea e das medica-
ções utilizadas
UFSC – 2019 e) como o quadro é latente (tosse seca e TCT
6. Uma gestante refere que trabalha como opera- negativo), indica-se apenas a Isoniazida e a
dora de bomba de combustível. Considerando rifampicina, que devem ser mantidas por, pelo
a legislação trabalhista brasileira, assinale a menos, seis meses
afirmação CORRETA:
a) deve-se fornecer atestado médico afastando- UNCISAL – 2019
-a do trabalho durante o primeiro trimestre da 8. A imunização antitetânica é recomendada
gravidez e recomendar o uso de EPI (equipa- para as gestantes para a prevenção do téta-
mento de proteção individual) durante o res- no neonatal. Para gestantes sem história de
tante da gravidez vacinação, iniciar o esquema o mais preco-
b) é garantia da empregada a manutenção do cemente possível em qualquer fase da gesta-
pagamento do adicional de insalubridade e ção, com intervalos de 30-60 dias. Pelo geral,
periculosidade, nos valores anteriores à ges- estas vacinas estão proscritas na gravidez,
tação, caso ela seja afastada de sua função EXCETO:
c) orientar o uso de EPI (equipamento de pro- a) hepatite A e B; vacina contra influenza (inclusive
teção individual) e atestar a gestação, pois a H1N1)
empregada passa a ter um aumento no per- b) rubéola; sarampo
centual de insalubridade c) caxumba

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1 Obstetrícia 7

d) pólio oral (Sabin) c) prescrever Cranberry ou acidificar a urina


e) varicela; febre amarela d) repetir a urocultura após tratamento de provável
leucorreia
FAMERP – 2019 e) tratar com cefalosporina
9. Paciente vem à consulta na Unidade Básica de
Saúde relatando coito desprotegido há 18 dias SUS-SP – 2019
e encontra-se muito ansiosa com a possibili- 12. Sobre a gestação gemelar, pode-se afirmar
dade de uma provável gravidez. Qual conduta que a:
deverá ser realizada nessa paciente para des- a) monozigótica pode apresentar duas placentas
cartar a ocorrência ou não de gestação: e dois sacos amnióticos
b) monozigótica diamniótica resulta da fecunda-
a) ultrassom transvaginal
ção simultânea de dois óvulos
b) aguardar até o próximo ciclo menstrual
c) monozigótica tem como característica funda-
c) dosagem sanguínea de pregnandiol mental ter placenta única
d) dosagem sanguínea de beta-HCG d) dizigótica corresponde à divisão da massa
embrionária inicial em até 72 horas da fecun-
Santa Casa-SP – 2019 dação
10. Uma gestante realizou sorologia pré-natal de e) dizigótica pode ser diagnosticada somente
toxoplasmose com doze semanas, obtendo após a ultrassonografia morfológica de 12 se-
resultado positivo para IgG e IgM. As demais manas
sorologias foram negativas. O médico iniciou
espiramicina 3 g/dia e solicitou teste de avidez UNESC – 2019
IgG, realizado à 14ª semana, cujo resultado foi 13. Paciente de 29 anos, GIII PII A0, 32 semanas de
igual a 65% (alta avidez). Considerando esse gestação. Ausência de quaisquer intercorrên-
cias nesta gestação. Comparece em consulta
caso hipotético, assinale a alternativa que
de pré-natal trazendo resultado de exames
apresenta a melhor conduta médica:
solicitados na consulta de rotina há 30 dias e
a) iniciar imediatamente esquema com sulfadia- nega qualquer sintoma anormal. Entre os exa-
zina, pirimetamina e ácido folínico, suspen- mes observa-se resultado de urocultura po-
dendo‐se a espiramicina sitivo para Klebisiela pneumoniae (> 100.000
b) realizar amniocentese com vinte semanas UFC), o antibiograma evidencia: ciprofloxaci-
para PCR do toxoplasma no líquido amniótico no – sensível, cefalexina – resistente, nitro-
c) iniciar esquema com sulfadiazina, pirimetami- furantoína – sensível, ceftriaxona – sensível,
na e ácido folínico, alternando‐se com espira- ampicilina – resistente. Em relação ao caso
micina d) considerar infecção antiga e suspen- clínico acima é CORRETO afirmar:
der a medicação a) está indicado tratamento ambulatorial com uso
e) manter espiramicina até a 36.a semana de de ciprofoxacino via oral. Não há necessida-
de de realizar nova urocultura 7 dias após o
gravidez
término do tratamento para controle de cura
pois a sensibilidade da bactéria observada no
SUS-SP – 2019
antibiograma garante que a paciente será ade-
11. Gestante de 30 semanas, assintomática, traz o quadamente tratada
seguinte exame de urina: b) está indicado tratamento ambulatorial com uso
EXAME (valor de referência) de nitrofurantoína via oral. É necessário reali-
Cor: amarela pH: 5,0 (5,0-8,0) zar nova urocultura 7 dias após o termino do
Densidade: 1,022 (de 1,010-1,030) tratamento para controle de cura
Proteínas: inferior A 0,10 g/L (Negativa) c) a paciente deve ser internada para tratamento
Glicose: inferior a 0,3 g/L (negativa) com ceftriaxone intravenoso por tratar-se de
Células Epiteliais: raras infecção urinária com microrganismo atípico. A
Leucócitos: 32.000 (inferior a 30.000/mL) paciente deve receber profilaxia farmacológica
Eritrócitos: 1.000 (inferior a 12.000/mL) até o parto, realizar urocultura 7 dias após o
tratamento e repetir a cada 30 dias
Cilindros: ausentes
d) a paciente deve ser internada para tratamento
Urocultura: positiva para Escherichia coli aci-
com ceftriaxone intravenoso por tratar-se de
ma de 100.000 UFC/mL infecção urinária com microrganismo atípico.
O médico deve: Não há necessidade de profilaxia farmacológi-
a) coletar nova urocultura com rigorosa assepsia ca até o parto por tratar- se de primeiro episó-
vaginal dio de infecção nesta gestação. Devemos soli-
b) recomendar aumento da ingestão de líquidos citar urocultura 7 dias após o tratamento para
e repetir a urocultura controle de cura

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8 R1 Extensivo | Questões para treinamento

e) por tratar-se de paciente assintomática não há c) gestação ectópica; laparoscopia


necessidade de realizar tratamento medica- d) gestação anembrionada; curetagem uterina
mentoso
UNIFESP – 2019
UNICAMP – 2019 17. Quanto ao calendário vacinal na gestante é
14. Mulher, 30a, G1P0C0A0, inicia pré-natal com correto afirmar que:
idade gestacional de 10 semanas. Foi orienta- a) gestantes com anti-HBsAg positivo devem ser
da a coletar exames de rotina pré-natal, iniciar revacinadas para Hepatite B para conferir pro-
suplementação de ferro e a atualização do ca- teção ao recém-nascido
lendário vacinal. Na avaliação da carteira de b) a vacinação contra o sarampo é indicada para
vacinação foi observado que a última vacina moradoras ou viajantes para áreas endêmicas
foi a antitetânica há 12 anos. Trabalha em uma c) a vacina contra a coqueluche recomendada na
universidade na qual houve um surto recente gestação é a tríplice bacteriana adulta celular
de caxumba. A orientação com relação às imu- d) a vacinação contra a influenza não pode ser
nizações neste caso é: administrada no primeiro trimestre
a) uma dose de dTPa; vacina para influenza; va- e) a vacina contra a febre amarela é recomen-
cina para caxumba (SCR), vacina meningocó- dada para moradoras ou viajantes para áreas
cica ACWY endêmicas
b) vacina para influenza; três doses de dT; vacina
para hepatite A; se anti-HbsAg negativo, vaci- UNITAU – 2019
na para hepatite B 18. Sobre a gestação gemelar, assinale a alternati-
c) uma dose de dTPa; vacina para caxumba va INCORRETA:
(SCR), vacina para varicela e febre amarela, a) toda gestação dizigótica é dicoriônica
se o risco de infecção supera os riscos poten- b) existem gestações monozigóticas que são di-
ciais da vacinação coriônicas
d) esquema completo para tétano com três do- c) a chamada síndrome transfusor-transfundido
ses, sendo a última de dTPa; vacina para in- ocorre em dicoriônicos
fluenza; se anti-HbsAg negativo, vacina para d) gestações gemelares têm maior risco de tra-
hepatite B balho de parto prematuro
e) gestações dicoriônicas sem complicações po-
UNICAMP – 2019 dem nascer no termo
15. Mulher, 21a, G1P0C0A0, com idade gestacio-
nal de 10 semanas, retorna para resultados de USP-SP – 2019
exames. Antecedentes pessoais: anemia des- 19. Mulher, 26 anos de idade, inicia o pré-natal na
de a infância. Hb = 10,5 g/dL; Ht = 31,7%; VCM 34ª semana, referindo palpitações, principal-
= 61 fL; HCM = 20 pg; RBC = 5,16 milhões; Ele- mente quando faz exercícios tais como andar
troforese de hemoglobina: HbA = 92%; HbF = um pouco mais rápido ou subir um curto lance
2%; HbA2 = 6%; Ferritina = 20 mcg/dL e ferro de escadas, com piora progressiva nas duas
sérico = 95 mcg/dL. A conduta é: últimas semanas. Paciente refere que acorda à
a) sulfato ferroso em dose terapêutica noite com falta de ar neste período, principal-
b) vitamina B12 mente quando dorme em posição supina. Nega
c) exsanguineotransfusão doenças prévias. Refere sedentarismo antes de
d) aconselhamento genético engravidar. Ao exame clínico apresenta bom
estado geral, corada, hidratada, pressão ar-
UNICAMP – 2019 terial 120 × 80 mmHg, frequência cardíaca 90
16. Mulher, 23a, relata atraso menstrual de 10 dias bpm, rítmica, sopro sistólico +/6+ em foco aór-
e traz Beta-HCG cujo valor foi de 750 mUI/mL e tico acessório. Edema de membros inferiores
ultrassonografia transvaginal: linha endometrial ++/4+. Qual é a principal hipótese diagnóstica?
medindo 20 mm, identificado no ovário esquer- a) insuficiência cardíaca congestiva
do, cisto de conteúdo anecoico, permeado por b) anemia fisiológica da gravidez
debris, medindo 3,5 cm, apresentando vascula- c) alterações normais da gestação
rização periférica ao Doppler colorido; presença d) estenose aórtica reumática
de conteúdo líquido laminar no fundo de saco
posterior. O diagnóstico e a conduta são: USP-SP – 2019
a) aborto retido; curetagem uterina 20. Gestante com 11 semanas e 4 dias realizou a
b) gestação inicial; ultrassonografia em 15 dias ultrassonografia apresentada a seguir:

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1 Obstetrícia 9

UFG – 2019
21. Na ilustração, o feto encontra-se em:

Qual dos esquemas melhor demonstra a co-


rionicidade desta gestação?

a)

a) situação pélvica e apresentação longitudinal


b) situação longitudinal e apresentação pélvica
c) situação longitudinal e apresentação cefálica
d) situação cefálica e apresentação longitudinal

Santa Casa-SP – 2019


22. Visando detectar possível dificuldade durante
o acompanhamento do trabalho de parto de
b) uma primigesta a termo, um médico residente
do plantão optou por avaliar os estreitos da
bacia com toque vaginal. Assim, em seu toque,
mensurou o estreito superior. Com base nes-
se caso hipotético, assinale a alternativa que
apresenta a medida por meio da qual a mensu-
ração foi realizada:
a) direta da conjugada obstétrica
b) da conjugada anatômica, com inferência pos-
terior da conjugada obstétrica
c) c) da conjugada exitus, considerando sua am-
pliação pela mobilidade do cóccix
d) do diâmetro sacro‐médio‐púbico
e) da conjugada diagonal, com posterior aplica-
ção da relação de smellie

UNITAU – 2019
23. Durante o exame obstétrico, em gestante de
terceiro trimestre na consulta de pré-natal, a
palpação do abdome foi feita através da mano-
d) bra de Leopold-Zweifel. No primeiro tempo da
manobra, foi observado polo fetal volumoso,
de superfície amolecida e móvel. O segundo
tempo da manobra revelou presença de pe-
quenas partes orientadas para o lado direito
materno, com maior eixo fetal coincidindo
com maior eixo uterino, e, no terceiro tempo,
foi apreendido um polo mais endurecido do
que o inicial, liso e consistente. Considerando
esses achados, quais relações útero-fetais es-
tão CORRETAS?

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10 R1 Extensivo | Questões para treinamento

a) apresentação pélvica, situação transversa, po- Na apresentação fetal cefálica defletida de pri-
sição inferior meiro grau, o número que mostra o ponto de
b) situação oblíqua, apresentação pélvica e posi- referência fetal é:
ção direita a) 1
c) posição direita, situação longitudinal e apre- b) 4
sentação cefálica c) 3
d) situação transversa, posição superior e apre- d) 2
sentação córmica e) 5
e) situação longitudinal, posição esquerda e
apresentação cefálica UFRN – 2019
27. Uma apresentação cefálica de fronte ou defle-
UNITAU – 2019 tida de segundo grau demonstra:
24. Os diagramas abaixo representam variedades a) extensão parcial da cabeça e ponto de referên-
de posição do polo cefálico fletido durante a cia fetal: naso ou raiz do nariz
evolução do trabalho de parto. b) flexão parcial da cabeça e ponto de referência
fetal: bregma ou grande fontanela
A B C c) extensão total da cabeça e ponto de referência
fetal: mento
d) flexão total da cabeça e ponto de referência:
occipício ou pequena fontanela

UFRN – 2019
Qual das alternativas abaixo define CORRETA-
28. Primigesta de 19 anos de idade com 30 semanas
MENTE a nomenclatura obstétrica de cada um
de gravidez fez consulta de pré-natal queixando-
deles e a ordem da rotação interna fisiológica
-se de letargia e discreta dispneia. O exame físi-
desde a insinuação até o desprendimento do
co geral revelou: PA: 90 × 60 mmHg, presença de
polo cefálico?
edema pré-tibial e nevos hiperpigmentados em
a) OS, OEA, OET e A, B, C
região abdominal supra umbilical. O exame obs-
b) OS, ODA, ODT e B, C, A
tétrico constatou altura uterina de 30 cm e aus-
c) OP, OEA, OET e C, A, B
culta fetal com 128 bpm. Os exames laboratoriais
d) OP, ODA, ODT e C, B, A
mostrados revelavam dosagem de plaquetas
e) OS, OEA, ODT e B, A, C
125.000/mm3, EAS com proteinúria negativa e
glicosúria 2+. Levando-se em consideração os
SUS-SP – 2019
resultados apresentados pela paciente no exa-
25. A nomenclatura obstétrica permite descrever
me físico geral e obstétrico, a queixa de dispneia
com exatidão as relações entre o feto e a mãe.
deve ser considerada:
Nos fetos em situação longitudinal, as 3 letras
empregadas (exemplo: ODA, ODP, OEA, OEP) a) incompatível com a normalidade, explicado
se referem, respectivamente, a: pela presença de edema de membros inferio-
a) posição, apresentação e variedade de posição res que não deve ser encontrado em gravidez
b) apresentação, variedade de posição e posição normal
c) variedade de posição, posição e apresentação b) compatível com as modificações fisiológicas
d) apresentação, posição e variedade de posição do organismo materno devido ao nível da altu-
e) posição, variedade de posição e apresentação ra uterina
c) compatível com as modificações do organis-
SUS-SP – 2019 mo materno devido ao nível baixo da pressão
26. Considere a imagem a seguir: arterial
d) incompatível com a normalidade, explicado
2 pelos níveis de pressão arterial inferiores aos
1 encontrados na gravidez normal
3

UFRN – 2019
29. Quanto aos resultados dos exames laborato-
4
riais mostrados pela paciente, constata-se:
a) a glicosúria está alterada e os outros estão
5 normais
b) todos são alterados

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1 Obstetrícia 11

c) todos são normais UFT – 2019


d) as plaquetas estão baixas e os outros estão 33. O partograma, é um gráfico onde são anota-
normais das a progressão do trabalho de parto e as
condições da mãe e do feto, tem sido usado
UFPI – 2019 por mais de 20 anos, mas não tão largamente
30. Parâmetros abaixo que NÃO é avaliado no ín- quanto seria de se esperar pelos bons resul-
dice de Bishop: tados obtidos. Para se conseguir uma larga e
a) dilatação rápida adoção, a Organização Mundial de Saú-
b) esvaecimento de formou uma comissão consultiva que pro-
c) altura da apresentação duziu uma forma padronizada e aceita. Sobre
d) consistência a utilização do PARTOGRAMA na assistência
e) idade gestacional ao PARTO, assinale a alternativa INCORRETA:
a) utilizado para registrar, observar e conduzir
UFPI – 2019 um trabalho de parto normal e o parto
31. São consideradas indicações de indução do b) uso para registrar e acompanhar a dilatação
trabalho de parto, EXCETO: cervical corretamente
a) gestação múltipla c) anotar a dilatação cervical e a hora, da manei-
b) pós-datismo ra certa ter a evolução do trabalho de parto
c) corioamnionite d) opartograma corretamente usado melhora o
d) síndromes hipertensivas acompanhamento preciso do trabalho de parto
e) rotura prematura das membranas. e) o uso do partograma utilizado na condução do
trabalho de parto, as cesarianas e morte fetal
UFSC – 2019 intraparto aumentaram
32. Avaliando o partograma CLAP ilustrado, con-
sidere uma primigesta a termo, com altura de SUS-SP – 2019
fundo uterino de 34 cm, bolsa rota, atividade 34. O parto vaginal pode ser realizado rotineira-
uterina adequada e batimentos cardíacos fe- mente nos casos de:
tais normais. Qual o diagnóstico na hora 13? a) mãe com HIV e carga viral acima de 1.000 có-
a) parto taquitócico pias/mL
b) período pélvico prolongado b) gêmeos monozigóticos
c) parada secundária da descida c) cesárea corporal anterior
d) parada secundária da dilatação d) herpes genital ativo
e) terceiro período prolongado e) circular de cordão.

UNICAMP – 2019
35. Mulher, 25a, primigesta, idade gestacional de 39 semanas, apresentou evolução do trabalho de parto
e parto de acordo com o partograma:

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12 R1 Extensivo | Questões para treinamento

As complicações associadas a essa evolução são:


a) lesão de trajeto, hipotonia uterina e hemorragia ventricular no recém-nascido
b) rotura uterina, sofrimento fetal agudo e distócia de ombro
c) tocotraumatismo, sofrimento fetal agudo e distócia funcional
d) atonia uterina, hemorragia ventricular no recém-nascido e distócia de ombro

UNITAU – 2019
36. Observe o traçado da cardiotocografia registrado durante o trabalho de parto de primigesta, condu-
zido com ocitocina.

Assinale a alternativa CORRETA: resultado materno e perinatal. Mesmo tratan-


a) as alterações registradas da frequência car- do-se de processo fisiológico, recomenda-se
díaca fetal (FCF) indicam hipóxia evidente, vigilância da evolução do trabalho de parto
pois se trata de desacelerações tardias em todos seus períodos, para que quando
b) a parturiente encontrava-se em período expul- necessário seja possível evitar-se desfechos
sivo, pelo número de contrações registradas, desfavoráveis para mãe e feto. Entre as princi-
e as desacelerações refletem fenômeno de pais recomendações para o trabalho de parto,
compressão do polo cefálico, comum nesta assistência ADEQUADA ou HUMANIZADA, as-
fase do parto sinale a alternativa INCORRETA:
c) a correção da discinesia uterina é imprescindí- a) mulheres em trabalho de parto devem ser tra-
vel para a reversão das desacelerações regis- tadas com respeito, ter acesso às informações
tradas e ocasionadas pelo aumento da pres- baseadas em evidêncidasa serem incluídas
são intra-amniótica na tomada de decisões, perguntando-lhes so-
d) a indicação de parto imediato por cesariana é bre seus desejos e expectativas
a única maneira de preservar o prognóstico do b) mulheres em trabalho de parto devem evitar a
concepto ingestão de líquidos devido ao risco iminente
e) a vitalidade fetal deveria ser comprovada atra- de parto cirúrgico
vés do perfil biofísico fetal e da Dopplerfluxo- c) métodos não farmacológicos devem ser ofere-
metria cidos à mulher antes da utilização de métodos
farmacológicos
UFT – 2019 d) a solicitação materna por analgesia de par-
37. Desde que a assistência ao parto no mundo to compreende indicação suficiente para sua
inteiro passou a ser realizada preferencial- realização, independente da fase do parto e
mente em ambiente hospitalar, os recursos do grau de dilatação. Isto inclui parturientes
disponíveis provocaram maior número de in- em fase latente com dor intensa, após esgota-
tervenções, mas sempre buscando o melhor dos os métodos não farmacológicos

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1 Obstetrícia 13

e)  se não estiverem sob efeito de opioides ou não SUS-SP – 2019


apresentarem fatores de risco iminente para 41. Na circulação fetal, para que o sangue oxige-
anestesia geral podem ingerir uma dieta leve nado da placenta atinja os órgãos do conceito,
há 3 intercomunicações vasculares: o ducto
UNITAU – 2019 venoso, o forame oval e o ducto arterial. Sobre
38. Sobre a avaliação da vitalidade fetal, assinale essas comunicações é correto afirmar que:
a alternativa CORRETA: a) o ducto venoso permite a passagem do san-
a) o doppler da artéria umbilical avalia o fluxo de gue oriundo da artéria pulmonar para o tronco
sangue que está retornando da placenta para braquiocefálico
o feto b) o canal arterial comunica a artéria aorta com a
b) o DIP umbilical, em geral, se associa a sofri- veia cava superior para oxigenação do sangue
mento fetal importante oriundo da placenta
c) a cardiotocografia anteparto avalia, de forma c) o canal arterial permite a passagem do san-
indireta, o nível de oxigenação do SNC do feto gue arterial oriundo da artéria pulmonar dire-
d) a presença de incisura na artéria uterina indica tamente para o ventrículo esquerdo
sofrimento fetal d) o forame oval comunica o ventrículo direito
e) toda gestante, ainda que de baixo risco, deve com o esquerdo, permitindo a mistura entre
fazer cardiotocografia ao longo de todo o tra- sangue oxigenado e não oxigenado
balho de parto. e) o ducto venoso permite a passagem de cerca
de metade do sangue da veia umbilical para a
USP-SP – 2019 veia cava inferior
39. Qual é a referência anatômica utilizada para
realizar o procedimento anestésico represen- USP-SP – 2019
tado na figura a seguir? 42. Para predição de acidemia fetal utilizamos a
dopplerfluxometria do ducto venoso. Identifi-
que o ducto venoso no esquema de circulação
fetal demonstrado a seguir:

D
a) sínfise púbica
b) linha íleo pectínea
c) espinha isquiática
d) forame obturatório
USP-SP – 2019
USP-SP – 2019
43. Em uma paciente sem doenças, submetida a
40. Gestante com 29 semanas é diagnosticada
parto vaginal de termo, 10 minutos após o nas-
com pré-eclâmpsia grave, restrição de cres-
cimento, não ocorreu a dequitação. Qual é a
cimento fetal, insuficiência placentária grave
conduta indicada para o caso?
e centralização fetal, com perfil biofísico fetal
a) aguardar pelo menos mais 20 minutos para
10. Qual dos parâmetros do perfil biofísico fe-
manobras
tal tem maior dependência da oxigenação do
b) extração manual da placenta com antibiotico-
sistema nervoso central?
profilaxia
a) movimento respiratório
c) administração de derivados do ERGOT intra-
b) tônus corpóreo fetal
muscular
c) movimento corpóreo
d) laparotomia por suspeita de acretismo placen-
d) índice de líquido amniótico
tário

SJT Residência Médica


14 R1 Extensivo | Questões para treinamento

UNIFESP – 2019
44. Primigesta, 41 semanas, foi submetida a preparo de colo e indução do parto. Analise o partograma
apresentado na figura. Nesse caso, as características importantes do partograma, para o prognósti-
co de sucesso do parto por via vaginal, são:

a) variedade de posição OEP e batimentos cardíacos fetais normais


b) dilatação do colo uterino de 7 cm e 4 contrações uterinas em 10 minutos
c) descida da apresentação em +1 e bolsa das águas rota
d) bolsa das águas íntegra e ter completado a rotação interna para OP
e) dilatação do colo uterino de 7 cm e bolsa das águas íntegra.

UNIFESP – 2019
45. Primigesta, 28 anos de idade, encontra-se na fase ativa do trabalho de parto, apresenta cardiotoco-
grafia conforme a figura. A dilatação cervical é de 5 cm, bolsa rota, líquido claro. Nesse caso, o tipo
de desacelerações da frequência cardíaca fetal e o próximo passo para o melhor cuidado, respecti-
vamente, são:

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1 Obstetrícia 15

a) precoces; amnioinfusão a) inserção de Balão de Bakri


b) tardias; cesárea b) realização de histerectomia
c) variáveis; cesárea c) administração de misoprostol por via retal
d) variáveis; mudança de decúbito d) embolização de artérias uterinas
e) tardias, expansão volêmica
UFSC – 2019
UNICAMP – 2019 47. Considerando as atuais recomendações da Or-
46. Mulher 25a, G1P0C0A0, foi admitida em traba- ganização Mundial da Saúde para assistência
lho de parto e evoluiu para parto fórceps de ao parto (2018), assinale a alternativa CORRETA:
a) a pelvimetria clínica deve ser realizada habi-
Simpson para abreviação de período expulsi-
tualmente antes de definir a via de parto
vo. Após 20 minutos da dequitação apresen-
b) considerar período expulsivo prolongado em
tou sangramento vaginal intenso com insta-
primíparas quando for maior que duas horas
bilidade hemodinâmica. Exame obstétrico:
c) o antibiótico profilático deve ser em dose úni-
útero amolecido, 5cm acima da cicatriz umbili- ca, para os partos vaginais não complicados
cal. Revisão de canal de parto e curagem sem d) a ligadura do cordão umbilical deve ser reali-
alterações. Após receber 20 UI de ocitocina zada apenas após completar o primeiro minu-
intravenosa, uma ampola de ergotamina intra- to após o nascimento
muscular e uma ampola de ácido tranexâmi- e) não se deve mais utilizar rotineiramente a ad-
co intravenoso persiste com sangramento. A ministração de vitamina K intramuscular para
conduta a seguir é: os recém-nascidos

SUS-SP – 2019
48. Considere o partograma a seguir:

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16 R1 Extensivo | Questões para treinamento

A imagem é compatível com: UFSC – 2019


a) parto fisiológico 50. Secundigesta, com parto normal anterior a ter-
b) parada secundária da descida mo, apresenta-se em trabalho de parto. Gesta-
c) distocia funcional ção atual gemelar dicoriônica, com o primeiro
d) distocia de bisacromial cefálico (PEF 3.340 g) e o segundo transverso
e) parada secundária da dilatação (PEF 3.100 g). Assinale a alternativa que indica
a conduta correta:
Santa Casa-SP – 2019 a) realizar a versão externa do segundo feto, com
49. Uma primigesta de 39 semanas foi internada orientação ultrassonográfica, antes da saída
em trabalho de parto após ruptura das mem- do primeiro feto por parto vaginal
branas ovulares e evoluiu normalmente até a b) aguardar a evolução do parto vaginal. Se após
dilatação total. Nesse momento, o vértice da a saída do primeiro feto o segundo não corrigir
apresentação estava em +2 DeLee e o ponto espontaneamente a apresentação, realizar a
de reparo fetal, que é o lambda, estava voltado versão interna com extração pélvica
para a iminência ileopectínea esquerda. A si- c) realizar a cesariana inicialmente. Se após a re-
tuação se manteve da mesma forma por mais tirada do primeiro feto o segundo não corrigir
de cinquenta minutos, quando se iniciou uma espontaneamente a apresentação, realizar a
bradicardia fetal persistente. Nesse caso hipo- versão interna com extração pélvica
tético, a melhor conduta seria: d) realizar a cesariana inicialmente. Se após a re-
a) locar fórcipe de Simpson com rotação anti‐ho- tirada do primeiro feto o segundo não corrigir
rária de 45 graus espontaneamente a apresentação, realizar a
b) realizar dupla pega para permitir a rotação
versão externa, com extração cefálica
anti‐horária de 135 graus
e) aguardar a evolução do parto vaginal. Se após
c) realizar cesariana imediata
a saída do primeiro feto o segundo não corrigir
d) locar fórcipe de Kielland com rotação horária
espontaneamente a apresentação, realizar a
de 45 graus
cesariana
e) orientar puxos dirigidos para estimular o nasci-
mento
UFPA – 2019
51. Considere o registro partograma abaixo:

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1 Obstetrícia 17

A impressão diagnóstica e conduta mais ade- UFPR – 2019


quada são 54. ASF, 40 anos, tercigesta, secundípara, teve o
a) período pélvico prolongado, estimular deam- diagnóstico de diabetes mellitus tipo 2 há 5
bulação anos. Os dois primeiros partos foram normais,
b) parto taquitócico, realizar revisão do canal de há 10 e 8 anos, com fetos AIG e no termo. Vem
parto sendo controlada metabolicamente com dieta,
c) parada secundária da dilatação, administrar atividade física e insulinoterapia na dose total
ocitócitos de 60 UI ao dia, entre insulinas regular e NPH,
d) parada secundária da descida, indicar parto com perfis glicêmicos mostrando metas não
cesariano atingidas com glicemias médias diárias acima
e) parto eutócico, orientar sobre os eventos fisio- de 140 mg%. Atualmente está com 34 semanas
lógicos do trabalho de parto de gestação, e ecografia realizada hoje revela
feto GIG, percentil 95%, líquido amniótico (LA)
UFG – 2019 aumentado, ILA = 250 mm. Nesse caso, a me-
52. Analise o partograma a seguir: lhor conduta é:
a) internar a paciente para melhorar seus níveis
glicêmicos, aumentando as doses de insuli-
nas, permitindo avançar mais na idade gesta-
cional e realizando propedêutica de vitalidade
fetal, peso e volume de LA
b) realizar interrupção da gestação, em virtude do
alto risco de óbito fetal, posto que a polidram-
nia e a macrossomia são quadros irreversíveis
c) compensar o diabetes corrigindo o esquema
das insulinas, para permitir levar a gestação
até 40 semanas
d) prescrever corticoide por 2 dias e resolver a
gestação por cesariana
Conforme esse partograma: e) prescrever corticoide por 2 dias e resolver a
a) a fase ativa do trabalho de parto foi prolongada gestação por indução do parto.
b) às cinco horas, a linha de ação havia sido ul-
trapassada UFSC – 2019
c) a fase de latência do trabalho de parto foi pro- 55. Uma primigesta de 35 semanas, com quadro de
longada diabetes gestacional, faz uso de insulina NPH
d) às sete horas, a linha de alerta não havia sido e regular desde a 26a semana. Mantinha bom
ultrapassada controle glicêmico, mas há alguns dias vem
apresentando hipoglicemia frequente, apesar
UFPA – 2019 de estar utilizando insulina corretamente e não
53. Primigesta, 18 anos de idade, 33 semanas de ter alterações na dieta. A hipótese diagnóstica
idade gestacional, chega à urgência logo após que pode justificar a hipoglicemia é:
crise convulsiva. Exame físico: em anasarca, a) hiperinsulinemia fetal
paciente confusa, com abertura ocular espontâ- b) insuficiência placentária
nea, obedecendo a comandos verbais, as duas c) bacteriúria assintomática
pupilas reagem ao estímulo de luz, pressão ar- d) resolução espontânea do quadro
terial = 180 × 120 mmHg, altura uterina = 32 cm, e) aumento da resistência periférica à insulina
batimentos cardíacos fetais = 148 bpm. Acompa-
nhante afirma que a paciente nunca havia tido UFSC – 2019
hipertensão arterial antes da gestação. O valor 56. Primigesta de 10 semanas, assintomática, sem
na escala de glasgow, o medicamento usado antecedentes pessoais ou familiares dignos de
para reduzir pressão arterial e aquele para pre- nota e com peso normal, comparece ao pré-
venir novas convulsões são, respectivamente: -natal com um exame recente de glicemia de
a) glasgow = 15, furosemida e sulfato de magnésio jejum de 95 mg/dL. De acordo com o consenso
b) glasgow = 14, metildopa e diazepam Rastreamento e diagnóstico de diabetes melli-
c) glasgow = 13, captopril e fenitoína tus gestacional no Brasil, de 2017 (Organização
d) glasgow = 14, hidralazina e sulfato de magnésio Pan-Americana da Saúde e Ministério da Saú-
e) glasgow = 15, fenitoína e furosemida de), assinale a alternativa correta:

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18 R1 Extensivo | Questões para treinamento

a) deve-se realizar a curva glicêmica imediata- a) não há modificação do fluxo renal ou da taxa
mente de filtração glomerular
b) trata-se de diabete mellitus prévio à gestação b) a plaquetopenia, quando presente, ocorre de-
c) devemos solicitar a hemoglobina glicosilada vido aumento da destruição destas células
para definir o diagnóstico pelo baço
d) o diagnóstico de diabete mellitus gestacional c) a lesão hepática é secundária ao vasoespas-
já está estabelecido mo intenso neste órgão que leva a hemorragia
e) deve-se realizar a curva glicêmica entre 24-28 e necrose periportais. O aumento dos níveis de
semanas bilirrubinas é a principal expressão desta lesão
d) em pacientes com edema, os diuréticos são as
UFSC – 2019 medicações hipotensoras de primeira escolha
57. Mulher iniciando seu pré-natal, refere que na e) a ausência de modificações fisiológicas nor-
sua gestação anterior teve um parto induzido mais das arteríolas espiraladas, causada por
com 31 semanas, devido a um quadro de pré- invasão inadequada do trofoblasto, leva à di-
-eclâmpsia grave. Nega outros antecedentes minuição do fluxo uteroplacentário com conse-
médicos significativos. Exames laboratoriais quente baixa oxigenação fetal
normais. Mora em região urbana e refere ali-
UNESC – 2019
mentação adequada. Quais medidas devem
60. aciente de 40 anos, primigesta, foi diagnos-
ser realizadas na tentativa de prevenir um
ticado com diabetes mellitus gestacional
novo quadro de pré-eclâmpsia?
com 27 semanas de gravidez. Chega ao
a) prescrição de Ácido acetilsalicílico, na dose de
final da gestação em uso de insulina NPH
100-150 mg, iniciando antes de 16 semanas
40 unidades/dia e insulina regular 18 unida-
b) prescrição de Heparina não fracionada ou de
des/dia para controle das glicemias. Sobre
baixo peso molecular em dose profilática, ini-
o tratamento do diabetes nesta paciente,
ciando no segundo trimestre
imediatamente após a realização do parto,
c) suplementação de Cálcio (1 g/dia) e vitamina
é correto afirmar:
C (500 mg/dia), iniciando com 12 semanas
a) a insulina deve ser suspensa por completo e
d) prescrição de ácido fólico (5 mg/dia), restrição substituída por hipoglicemiante oral
moderada da ingesta de sódio e orientação b) a insulina deve ser mantida, reduzindo-se a
para ganho adequado de peso dose pela metade
e) controle rigoroso da pressão arterial e ganho de c) apenas a insulina NPH deve ser mantida e de-
peso, pois não há evidências claras que alguma vemos associar hipoglicemiante oral
medicação pode prevenir a pré-eclâmpsia d) a insulina deve ser mantida por completo
e) a insulina deve ser suspensa por completo, não
Santa Casa-SP – 2019 há necessidade de usar hipoglicemiante oral
58. Uma gestante de 26 semanas foi diagnostica-
da com diabetes gestacional após apresentar UNICAMP – 2019
glicemia de jejum de 84 mg/dL no primeiro tri- 61. Mulher, 35a, G4P3C0A0, na 29ª semana de ida-
mestre. Esse diagnóstico baseou‐se em um de gestacional, procura atendimento em uma
teste oral de tolerância à glicose. Com base maternidade sem qualquer retaguarda para ca-
nessa situação hipotética, assinale a alternati- sos graves de gestações de alto risco, queixan-
va que apresenta o resultado do teste: do-se de cefaleia occipital há 6 horas. Antece-
a) 85‐147‐101 (mg/dL) dentes pessoais: hipertensão arterial sistêmica
b) 89‐176‐152 (mg/dL) crônica. Exame físico: PA = 160 × 100 mmHg,
c) 90‐165‐126 (mg/dL) FC = 90 bpm, AU = 27 cm, DU= ausente, BCF
d) 91‐179‐152 (mg/dL) = 136 bpm; neurológico: reflexos osteotendino-
e) 92‐181‐151 (mg/dL) sos profundos exaltados com aumento de área
reflexógena. A conduta é administrar:
UNESC – 2019 a) duas ampolas de sulfato de magnésio a 50%
59. Paciente de 27 anos, primigesta, 35 semanas intravenoso e transferir a gestante imediata-
de gestação, pré-natal até então sem anormali- mente para o hospital de referência
dade. Apresentou na última semana valores de b) um comprimido de 25 mg de hidralazina via
pressão arterial acima de 140 × 90 mmHg, mo- oral, uma ampola de sulfato de magnésio a
tivo pelo qual realizou uma proteinúria de 24h 50% e uma ampola de diazepam de 10 mg in-
com achado de 455 mg/24hs. Sobre a patologia travenosos e solicitar transferência após esta-
que acomete esta paciente, é correto afirmar: bilização

SJT Residência Médica


1 Obstetrícia 19

c) quatro ampolas de sulfato de magnésio a 10% xando-se de cefaleia, dor de estômago e vi-
intravenosa, duas ampolas de sulfato de mag- sualização de pontos brilhantes há 2 horas.
nésio 50% intramuscular profunda e transfe- Exame físico: PA = 180 × 120 mmHg, edema de
rência para hospital de referência membros inferiores, altura uterina de 31 cm,
d) um comprimido de 25 mg de hidralazina e 10 FCF = 140 bpm, apresentação cefálica, ausên-
mg de diazepam via oral, observação no pron- cia de contrações, toque colo grosso, amo-
to-atendimento e transferência se não houver lecido, medianizado, pérvio para 2 cm, bolsa
melhora após observação íntegra. Cardiotocografia normal. Nesse caso,
a conduta é:
UNICAMP – 2019 a) nifedipina, sulfato de magnésio para neuropro-
62. Mulher, 28a, G1P0C0A0, grávida de 14 sema- teção fetal e indução do parto
nas. Antecedentes pessoais: diabetes mellitus b) nifedipina, corticoterapia para maturação pul-
tipo I há 15 anos, sobrepeso e hipertensão monar fetal e cesárea
arterial sistêmica crônica controlada, em uso c) hidralazina, profilaxia para streptococo B e in-
de insulina, metformina e captopril. Fundo dução do parto
de olho: retinopatia diabética. Proteinúria = 2 d) hidralazina, sulfato de magnésio para preven-
g/24horas. A conduta é: ção de eclâmpsia e cesárea
a) internar para perfil glicêmico com dieta; manter e) hidralazina, corticoterapia, gluconato de cálcio
captopril; suspender metformina; ajustar insuli- e cesárea
na de acordo com perfil glicêmico
b) suspender metformina e captopril; iniciar me- USP-SP – 2019
tildopa, ácido acetilsalicílico e carbonato de 65. Qual dos mecanismos abaixo melhor se corre-
cálcio; ajustar dose de insulina segundo perfil laciona com a fisiopatologia da pré-eclâmpsia
glicêmico; recomendar dieta grave?
c) internar para perfil glicêmico com dieta; sus- a) transformação inadequada do cito para o sin-
pender metformina; prescrever metildopa, áci- ciciotrofoblasto
do acetilsalicílico e heparina de baixo peso b) invasão inadequada da muscular média das
d) suspender captopril; manter metformina ape- arteríolas espiraladas
nas se houver necessidade de dose total de c) alterações na morfologia do crescimento dos
insulina acima de 100 UI/dia; recomendar die- sistemas tambores
ta e atividade física aeróbica d) dificuldade de transformação de vilos secun-
dários em terciários
UNIFESP – 2019
63. Gestante, 31 anos de idade, 2G 1P (natimorto
USP-SP – 2019
de termo) com diagnóstico de diabetes melli-
66. Gestante, com seis semanas, procura pronto
tus gestacional estabelecido com 34 sema-
nas, foi orientada a realizar atividade física atendimento com queixa de dispneia aos mí-
diária e dieta para diabetes. A gestante, pouco nimos esforços de início súbito após retorno
aderente ao tratamento, não seguiu as orien- de viagem aérea há dois dias. Paciente nega
tações e retornou com 36 semanas, quando febre e tosse no período. Ao exame clínico
foi constatado, à ultrassonografia, que o feto apresenta edema assimétrico em membro in-
apresentava peso no percentil 99, polidrâmnio ferior direito. Realizado o eletrocardiograma
e diminuição da movimentação fetal. Nessa si- a seguir. Considerando a principal hipótese
tuação, a conduta é: diagnóstica, qual é a terapêutica indicada?
a) orientação dietética com nutricionista e avalia- a) heparina não fracionada 5.000 UI a cada 12
ção semanal horas, subcutâneo
b) internação para corticoterapia e insulinização b) antagonista de vitamina K 5 mg/dia, por via oral
c) internação e resolução da gestação c) antifator X ativado 10 mg/dia, por via oral
d) avaliação da vitalidade fetal, insulinização e d) heparina de baixo peso molecular 2 mg/kg/dia,
retorno em 1 semana subcutâneo.
e) internação para corticoterapia e resolução da
gestação UFT – 2019
67. O DMG decorre do aumento do nível de açúcar
UNIFESP – 2019 no sangue (hiperglicemia) causado por fatores
64. Tercigesta, secundípara (1 cesárea), 28 anos e ocorre quando o pâncreas não produz insu-
de idade, 34 semanas, com diagnóstico de lina suficiente ou quando a insulina produzida,
pré-eclâmpsia. Procurou pronto socorro quei- por algum motivo, não atua como deveria. Os

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20 R1 Extensivo | Questões para treinamento

fatores de risco para o seu aparecimento são c) o quadro de plaquetas < 50.000/dL, indica
obesidade, idade, engordar muito durante a transfusão de qualquer hemoderivado, poden-
gravidez, histórico familiar, já ter tido diabetes do não ter necessidade de interrupção da ges-
gestacional, entre outros. Sobre o a condução tação
diagnóstica pré-natal do diabetes mellitus ges- d) a pressão sistólica persistente maior ou igual
tacional, assinale a alternativa INCORRETA: 140 mmHg e pressão diastólica persisten-
a) a utilização de fatores clínicos de risco como te maior ou igual 90 mmHg já indica pré-
forma de rastrear gestantes que devem ser eclâmpsia grave
submetidas a testes diagnósticos para DMG e) creatinina sérica maior ou igual 1,5 mg/dL ou
não é ideal, pois apresenta alta sensibilidade oligúria (< 500 mL/mL/24h) são indicações
b) teste com melhor sensibilidade/especificidade: maternas de interrupção da gestação em fetos
considera-se que o teste com melhor sensibi- com menos de 34 semanas.
lidade e especificidade com o diagnóstico de
DMG é o TOTG com 75 g (análise de glicemia UFRN – 2019
JEJUM, 1h e 2h) 71. A pré-eclâmpsia (PE) é definida pelo sur-
c) deve-se proporcionar a todas as gestantes a gimento de hipertensão, pressão arterial ≥
possibilidade de diagnóstico de DMG 140/90 mmHg em duas avaliações com inter-
d) viabilidade financeira e disponibilidade técnica valo de, pelo menos, 4h, a partir de 20 sema-
do teste proposto: o método diagnóstico a ser nas associada com proteinúria. Entretanto,
utilizado deve ser o melhor possível dentro da atualmente, na ausência de proteinúria, o diag-
capacidade da região nóstico de PE pode ser baseado na associa-
e) a glicemia de jejum na primeira consulta de ção da hipertensão com exames laboratoriais
pré-natal, também é utilizada como meio diag- e complementares alterados. Nesse contexto,
nóstico para a diabetes gestacional considere os valores de testes de laboratório
e os resultados de exames complementares
FAMERP – 2019 apresentados a seguir:
68. Primigesta, 25 anos, portadora de hipertensão
I. Creatinina = 1,4 mg/dL.
arterial crônica controlada, encontra-se na 24ª
II. AST = 92 U/L.
semana de gestação. A ocorrência de toxemia
III. Plaquetas = 320.000/ mm3
super ajuntada à hipertensão será diagnosti-
cada se ocorrer: IV. Crescimento intrauterino restrito (CIUR) na
a) edema ultrassonografia.
b) elevação sérica das transaminases São considerados como critérios para se diag-
c) proteinúria nosticar PE na ausência de proteinúria, os re-
d) hemólise sultados presentes nos itens:
a) I, II e IV
UNICISAL – 2019 b) I, II, III
69. A situação que se associa à pré-eclâmpsia de c) I, III e IV
repetição e descolamento prematuro de pla- d) II, III e IV
centa é:
a) trombofilias UFPR –2 019
b) diabetes gestacional 72. Gestante de alto risco, 35 anos, com parceiro
c) primopaternidade sucessivas fixo há 10 anos, na 28a semana de gestação,
d) obesidade materna realizando pré-natal especializado. Compa-
receu às 10 consultas regularmente desde o
e) extremos de idade
1o trimestre. Confirmado diagnóstico de lú-
pus eritematoso sistêmico há 18 anos, pelos
UFT – 2019
critérios ACR-1997, apresentou insuficiência
70. Conceitualmente, o diagnóstico de pré-
renal aguda e hipertensão arterial (AP = glo-
-eclâmpsia é quando ocorre hipertensão arte-
merulonefrite proliferativa focal, há 17 anos).
rial após 20 semanas de gestação, associada
Secundigesta, com um parto transpélvico
a quadro de proteinúria, ou podendo estar so-
induzido, há 6 anos, na 26ª semana por óbi-
breposta a outro estado hipertensivo:
to fetal (G2 – P1 natimorto = 570 g), com pré-
a) os níveis de proteinúria devem ser considera- -eclâmpsia complicada por síndrome HELLP.
dos como critério de gravidade Anticoncepção, a seguir, com acetato de me-
b) pode ocorrer doença neurológica irreversível, droxiprogesterona 150 mg por via IM a cada
resultando em crises convulsivas motoras ge- 90 dias por 5 anos. Apresentou remissão da
neralizadas atividade lúpica há 1 ano e foi liberada pela

SJT Residência Médica


1 Obstetrícia 21

reumatologia, devido ao desejo do casal de pertensiva e suspeita de pré-eclâmpsia supera-


engravidar. Na consulta pré-concepcional, juntada). Administrou-se hidralazina 5 mg dilu-
os exames de anticorpo anticoagulante lúpi- ída EV lentamente no centro obstétrico. Foram
co, anticardiolipina IgG e IgM, anti-La/SS-B e solicitados exames laboratoriais para HELLP,
anti-Ro/SS-A estavam negativos; pesquisa de atividade lúpica e dopplerfluxometria obstétri-
proteinúria de 24 h = 500 mg. Medicações em ca. Aumentou-se a dose de metildopa para 2,0
uso: hidroxicloroquina 400 mg/dia, AAS 100 g/dia e da prednisona para 60 mg/dia. Resulta-
mg/dia, azatioprina 150 mg/dia, ácido fólico 5 dos de exames: Hb = 13, VG = 40,1%, leucócitos
mg/dia, prednisona 20 mg/dia, sulfato ferro- = 7.000/mm³, plaquetas = 230.000/mm³, LDH =
so 40 mg/dia (ferro elementar), carbonato de 800, BT = 0,66, AST = 23, creatinina = 0,7, C3 =
cálcio 1000 mg/dia, metildopa 750 mg/dia e 102, C4 = 30, proteinúria de 24 h = 4,5 g. Dop-
enoxaparina 40 mg/dia foram mantidos duran- plerfluxometria: IG 26 semanas + 1 dia, PFE =
te o pré-natal. Exames de rotina do pré-natal 850 g, ILA normal, relação I.R. da artéria UMB/
ampliado e de imagem, todos normais. Há 15 I.R. da ACM = 0,76. Permaneceu internada por
dias apresentou “picos” hipertensivos, procu- duas semanas, devido a piora progressiva da
rou nosso pronto-atendimento, assintomática, função renal e da hipertensão arterial. Atingiu
bem orientada e, ao exame físico, PA = 170 ×
proteinúria de 15 g/24h. Necessitou de pulso-
120 mmHg, FC = 88 bpm, saturação O2 = 97%
terapia com metilprednisolona e adição de an-
ar ambiente, IMC = 30. Exame obstétrico: AU =
lodipino 20 mg/dia. Suspenso o AAS. Iniciada
22 cm, Din. uterina = ausente, BCF = 152 bpm.
betametasona 12 mg IM/dia/2 dias, devido a do-
Toque vaginal = colo grosso, longo, posterior
pplerfluxometria: gestação de 28 semanas +3
e impérvio. Como o prognóstico da gestação
dias, centralização e ducto venoso com onda
é prejudicado quando a paciente é portadora
de LES, durante a consulta pré-concepcional, “A” ausente, PFE de 1.000 g (10o percentil), ILA
essas pacientes devem programar as suas normal. Reservadas vagas nas UTIs de adulto
gestações considerando que: e neonatal. Realizado sulfato de magnésio es-
quema de zuspan EV diluído no pré-operatório
da cesárea e hidrocortisona EV 300 mg durante
I. tempo de remissão da doença acima de 12
a cesárea e no puerpério 100 mg EV 8/8h duran-
meses e o tempo da confirmação diagnóstica te 24 horas. Recém-nascido feminino, APGAR
acima de 3 anos até o início da gravidez são = 8/8, peso = 980 g (A.I.G.) e índice de Parkin =
obrigatórios, para permitir a concepção, de- 28 semanas. Quanto aos medicamentos utiliza-
vido à estabilidade da doença e uso de baixa dos, identifique como verdadeiras (V) ou falsas
dose de corticosteroides. (F) as seguintes afirmativas:
II. último episódio de reativação da doença ( ) A azatioprina (categoria D do FDA) e a hi-
acima de 6 meses e tempo da confirmação do droxicloroquina (categoria C do FDA) deveriam
diagnóstico acima de 2 anos até o início da ser suspensas durante essa gestação, porque
gestação permitem a concepção com segu- seus riscos superam os seus benefícios.
rança, porque a paciente está mais equilibrada ( ) A “pulsoterapia” com metilprednisolona
imunologicamente. (categoria C do FDA no 2°/3° trimestres) em
III. creatinina sérica inferior a 1,6 mg/dL, pro- altas doses foi bem indicada nessa gestação,
teinúria inferior a 1 g/24 h e hipertensão ar- para acelerar a maturidade pulmonar fetal,
terial bem controlada, durante a consulta mas não para melhorar a nefrite lúpica.
pré-concepcional e na primeira consulta pré- (  ) Não foi necessário suspender a prednisona
(categoria D do FDA no 1° trimestre – categoria
-natal, são preditores de melhores resultados
C no 2°/3° trimestres) nessa gestação, por apre-
perinatais.
sentar mínima passagem placentária (a droga é
metabolizada pela aromatase placentária).
Assinale a alternativa CORRETA: ( ) A betametasona foi bem indicada nessa
a) somente o item I é verdadeiro gestação devido à prematuridade, para acele-
b) somente o item III é verdadeiro rar a maturidade pulmonar fetal, porque cruza
c) somente os itens I e II são verdadeiros a barreira placentária, mas não para preven-
d) somente os itens II e III são verdadeiros ção do bloqueio atrioventricular total e do lú-
e) os itens I, II e III são verdadeiros pus neonatal.
( ) O sulfato de magnésio, prévio à cesárea,
UFPR – 2019 foi bem indicado para a neuroproteção fetal. A
73. Dando sequência ao caso clínico da questão hidrocortisona também foi bem indicada para
41, foi realizada a internação da paciente: Diag- a prevenção da insuficiência adrenal materna
nósticos de gestação de 26 semanas + nefrite e evitar reativação do LES pelo estresse do
lúpica + hipertensão arterial crônica (crise hi- parto.

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22 R1 Extensivo | Questões para treinamento

Assinale a alternativa que apresenta a sequên- nuto, febre e hipersensibilidade uterina. Nesse
cia correta, de cima para baixo. caso, qual é a principal hipótese diagnóstica?
a) V – V – F – F – F a) descolamento prematuro de placenta e cho-
b) F – V – F –V – V que hemorrágico
c) V – F – V – V – F b) pielonefrite e choque séptico
d) F – F – V – V – V c) rotura uterina e choque hemorrágico
e) V – F – F – F – V d) corioamnionite e choque séptico

UFPR – 2019 UFG – 2019


74. Com base no mesmo caso clínico da questão 77. J.E. de 25 anos, G2P1A0, idade gestacional de
42, quanto à interrupção da gestação, consi- 31 semanas, apresenta duas contrações em
dere as seguintes afirmativas: dez minutos, regulares, colo uterino com 3 cm
I. A via de parto, na gestante com LES bem de dilatação, fino e bolsa amniótica íntegra.
controlado, segue a indicação obstétrica. Re- Nesse caso, qual é a mais provável causa des-
comenda-se interrupção da gestação com, no sa intercorrência?
máximo, 40 semanas, em razão dos riscos de a) inserção fúndica da placenta
insuficiência placentária após esse período. b) apresentação anômala
II. Toda gestante com LES, ao atingir a 34a c) intervalo interpartal maior que dois anos
semana de gestação, deverá ser submetida a d) infecção geniturinária
uma interrupção eletiva dessa gestação, inde-
pendentemente da atividade ou da gravidade UFSC – 2019
da doença, para não comprometer o binômio 78. Gestante de 31 semanas chega em fase avan-
materno-fetal. çada do trabalho de parto. Qual a medicação
III. A interrupção eletiva da gestação só é re- indicada com o objetivo de reduzir o risco de
alizada nos casos em que se observa o com- paralisia cerebral do recém-nato?
prometimento do bem-estar materno ou fetal a) nifedipina
que justifique o seu término. Quando ocorrer b) ampicilina
sofrimento fetal agudo ou o comprometimento c) betametasona
grave da saúde materna, deve ser feita inde- d) benzodiazepínico
pendentemente da maturidade pulmonar fetal. e) sulfato de magnésio
Assinale a alternativa CORRETA:
a) somente a afirmativa 2 é verdadeira UFT – 2019
b) somente a afirmativa 3 é verdadeira 79. O parto pré-termo é definido pela Organização
c) somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras Mundial de Saúde (OMS) como aquele que ocor-
d) somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras re entre as 20ª e a 37ª semanas incompletas
e) as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras. de gestação. As complicações da prematurida-
de são a maior causa da mortalidade neonatal
UFG – 2019 e atualmente a principal causa de mortalidade
75. M.S. de 34 anos, primigesta, idade gestacio- entre crianças menores de cinco anos. Portanto,
nal de 35 semanas, comparece à maternidade os esforços globais para reduzir a mortalidade
reclamando de eclâmpsia, alterações visuais infantil exigem uma ação urgente para enfrentar
e epigastralgia. Apresenta edema de face e o nascimento prematuro. Sobre o parto pré-ter-
mãos e PA = 160 × 110 mmHg. Durante o exa- mo, assinale a alternativa CORRETA:
me físico, sofre crises convulsivas tonicoclô- a) a ocitocina é o medicamento utilizado para a
nicas. Nesse caso, qual é o diagnóstico? realização da tocólise
a) pré-eclâmpsia leve b) gestantes com comprimento do colo maior
b) pré-eclâmpsia grave que 4 cm entre 20 e 24 semanas tem alto risco
c) eclâmpsia para o parto prematuro
d) hipertensão arterial crônica c) quando realizado entre 22 e 34 semanas, o
teste da fibronectina fetal positivo exclui o risco
UFG – 2019 de parto prematuro
76. Paciente com idade gestacional de 33 sema- d) a corticoterapia visa a maturação pulmonar e
nas. Familiares informam que apresenta perda não a tocólise
de líquido pela vagina desde a semana ante- e) são indicações à terapia tocolítica: a presença
rior. Ao exame, apresenta PA = 80 × 40 mmHg, de infecção intrauterina e a rotura de membra-
frequência cardíaca de 130 batimentos por mi- nas amnióticas.

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1 Obstetrícia 23

UFT – 2019 a) à síndrome de Meckel‐Gruber


80. São características de gestação prolongada b) ao dolicomegaureter bilateral
ou pós-datismo, EXCETO: c) à displasia renal macropolicística
a) pode ocorrer diminuição do líquido amniótico d) ao sinal da dupla bolha abdominal
com possível compressão funicular e) à insuficiência placentária
b) os RNs têm maior risco de desidratação, hipo-
glicemia, hipovolemia e problemas pulmonares Santa Casa-SP – 2019
c) não é uma característica frequente em fetos 85. Uma secundigesta com cesariana anterior in-
anencéfalos ou com insuficiência adeno-hipo- terna às 36 semanas foi encaminhada para in-
fisária dução de parto devido a oligoâmnio. Foi reali-
d) o parto pode ser complicado por líquido meco- zada a dilatação do colo com sonda de Foley,
nial e síndrome de aspiração seguida da administração de ocitocina, quan-
e) antecedente de gravidez prolongada aumenta do da expulsão da sonda, momento em que o
o risco em 50% de repetição do evento. 
 colo era pérvio para 3 cm e ocorreu a ruptura
das membranas espontaneamente. A dilata-
UNCISAL – 2019 ção evoluiu então para total em quatro horas.
81. No puerpério imediato de uma gestação que Nesse momento, já com a apresentação em +2
transcorria com polidramnia, a principal com- de DeLee, a paciente foi colocada em posição
plicação a ser observada é a hemorragia por: ginecológica e solicitou-se que realizasse pu-
a) inversão uterina aguda xos. Após dez minutos nessa condição, não era
b) laceração de trajeto, principalmente colo uterino possível notar a presença de contrações ute-
c) atonia uterina rinas, a apresentação encontrava-se em +1 de
d) restos placentários DeLee e havia sangramento vaginal, dor abdo-
e) sinéquias minal e bradicardia fetal (60 bpm). Nesse caso
hipotético, o diagnóstico mais provável é de:
FAMERP – 2019 a) ruptura da vasa prévia
82. Paciente tercigesta (2 partos vaginais) é aten- b) ruptura de seio marginal
dida na emergência obstétrica referindo ges- c) descolamento prematuro de placenta
tação de 35 semanas e perda de líquido via d) ruptura uterina
vaginal há 4 horas. Durante o exame obstétri-
e) prolapso de cordão
co, foi confirmada a amniorrexe com feto em
apresentação cefálica, ativo e reativo e colo
Santa Casa-SP – 2019
uterino não permeável. De acordo com estes
86. Uma primigesta com 33 semanas de gestação
dados, a conduta mais apropriada é:
procurou o pronto-socorro, referindo perda de
a) corticoterapia por 48 horas e depois indução
líquido por via vaginal. Ao exame, apresentava
do parto PA de 100 × 60 mmHg, pulso de 102 bpm, tem-
b) profilaxia para estreptococo do grupo B e indu- peratura de 38,6 °C, dinâmica uterina ausente,
ção do parto movimentação fetal presente, colo amolecido
c) aguardar por 72 horas a evolução espontânea e pérvio, 2 cm, e especular com saída de líqui-
d) repouso absoluto e hiperidratação 
 do esverdeado pelo orifício cervical. Ao toque
vaginal, notou-se colo amolecido, anterioriza-
FAMERP – 2019 do e pérvio para 2 cm, e apresentação cefálica.
83. Parturiente na 28ª semana de gestação evolui Cardiotocografia mostrou frequência cardíaca
para trabalho de parto prematuro e, durante a basal de 160 bpm, variabilidade de 15 bpm,
condução do parto, foi administrado à mesma, acelerações transitórias presentes e ausência
sulfato de magnésio. Esta conduta teve como de desacelerações. Com base nessa situação
objetivo a redução de: hipotética, assinale a alternativa que apresen-
a) atonia uterina ta a melhor conduta para o paciente:
b) paralisia cerebral a) corticoidoterapia, administração de antibióti-
c) hipertensão cos e cesariana após 48 horas
d) convulsões 
 b) corticoidoterapia, administração de antibióti-
cos e indução do parto
Santa Casa-SP – 2019 c) cesariana imediata
84. Uma gestante de 32 semanas apresenta men- d) administração de antibióticos e cesariana
suração de líquido amniótico no valor de 28,2 após 48 horas
cm. Nessa situação hipotética, a condição e) administração de antibióticos e indução do
pode estar associada: parto

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24 R1 Extensivo | Questões para treinamento

UFPI – 2019 UFPA – 2019


87. As causas de polidrâmnio são diversas e po- 90. Gestante com trabalho de parto prematuro e
dem envolver fatores maternos, fetais e/ou idade gestacional de 35 semanas. O antibióti-
placentários. Das opções abaixo, NÃO é um co preconizado como primeira escolha duran-
fator fetal como causa de polidrâmnio: te o trabalho de parto, para prevenir infecção
a) anomalias do sistema nervoso central neonatal por Estreptococo do grupo B, é a:
b) arritmias cardíacas a) amoxacilina
c) infecções congênitas b) cefalotina
d) aloimunização c) penicilina g
e) tórax com desvio do mediastino 
 d) ampicilina
e) não tem indicação de usar antibióticos nesta
UNIFESP – 2019 situação
88. Gestante com 30 semanas e diagnóstico de
restrição de crescimento fetal estabelecido UNITAU – 2019
desde a 26ª semana. No acompanhamento 91. Em 28/11/2018, gestante vai ao pronto-socorro
pelo exame de Doppler de artéria umbilical a de ginecologia e obstetrícia do Hospital Uni-
resistência é aumentada, e, na avaliação do versitário de Taubaté com queixa de perda de
ducto venoso verifica-se o resultado demons- líquido claro, em grande quantidade, por via
trado na imagem: vaginal, há 30 minutos. Paciente quartigesta,
com dois partos normais de termo, sem inter-
corrências, e um aborto de primeiro trimes-
tre, com curetagem. Referindo data da última
menstruação (DUM) 02/03/2018. Nega outras
queixas obstétricas; acompanhamento de
pré-natal dessa gestação em ambulatório de
gestação de baixo risco, com exames labora-
toriais normais e ultrassonografia de primeiro
trimestre concordante com a DUM. Ao exame
físico: corada, hidratada, orientada, anictérica,
pressão arterial 120 × 80 mmHg, altura uterina
de 35 cm, batimentos cardiofetais de 144 bpm
Nesse caso, o próximo passo para o melhor e dinâmica uterina ausente. Exame especular
cuidado é: mostrava saída ativa de líquido claro, em pe-
a) preparo de colo e indução do parto quena quantidade, do orifício externo do colo.
b) corticoterapia por 48h e indução do parto Toque vaginal: colo medianizado, com 50% de
c) corticoterapia por 48h e cesárea esvaecimento e pérvio para 1,5 cm. Assinale
d) sulfato de magnésio e doppler diário a alternativa CORRETA quanto aos diagnósti-
e) sulfato de magnésio e cesárea cos e à data em que seriam completadas 40
semanas de gestação:
UNIFESP – 2019 a) amniorrexe prematura; gestação de termo; dia
89. Secundigesta, primípara, 20 anos de idade, 39 09/12/2018
semanas, procura o pronto atendimento com b) amniorrexe oportuna; gestação de termo; dia
queixa de perda de líquido pela vagina. Ao 09/12/2018
exame físico é confirmada a rotura prematura c) amniorrexe prematura; gestação pré-termo;
de membranas. Questionada sobre o “teste do dia 05/12/2018
cotonete” no pré-natal, informa que não reali- d) amniorrexe precoce; gestação pré-termo; dia
zou. A condição que indicaria a profilaxia da 09/01/2019
transmissão vertical do Estreptococo do gru- e) amniorrexe oportuna; gestação prolongada;
po B (EGB), nesse caso, é: dia 09/12/2018
a) gestação anterior com rotura prematura de
membranas UFRN – 2019
b) urocultura positiva para EGB durante o pré-natal 92. Secundigesta com parto vaginal há 4 anos
c) rotura de membranas ocorrida há 8 horas comparece para avaliação na maternidade
d) cultura positiva para EGB na gestação anterior com queixa de perda líquida de aproximada-
e) qualquer infecção do trato urinário durante o mente 1 hora, sem outros sintomas. O médico
pré-natal calcula a idade gestacional em 35 semanas

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1 Obstetrícia 25

e 6 dias com base na data da última mens- 1 dedo, apresentação cefálica, bolsa íntegra.
truação e em resultado de ultrassonografia. Nesse caso, a melhor conduta é:
Verifica, no cartão do pré-natal, que a gestan- a) ampliar período de observação para melhor
te realizou 5 consultas até a presente data e caracterizar como verdadeiro trabalho de par-
que todos os exames realizados foram nor- to prematuro
mais, incluindo cultura para Estreptococo do b) inibição do trabalho de parto prematuro utili-
grupo B (GBS) realizada com 35 semanas, zando atosiban ou nifedipina
que foi negativa. Ao exame físico, a paciente c) inibição do trabalho de parto prematuro utili-
apresenta bom estado geral, está afebril, com zando nifedipina ou terbutalina
PA 90 × 60 mmHg, normocorada, sem contra- d) corticoterapia para amadurecimento do pul-
ções, feto em apresentação cefálica e com mão fetal e inibição do trabalho de parto pre-
136 batimentos por minuto. No especular o maturo com nifedipina, terbutalina ouatosiban
médico confirma a amniorrexe prematura ao e) corticoterapia para amadurecimento do pul-
visualizar líquido claro e realizar teste com mão fetal e sulfato de magnésio para neuro-
papel de Nitrazina, constatando ainda que proteção fetal
o colo do útero está fechado. Nesse caso, o
médico resolve internar a gestante e: UFPA – 2019
a) prescrever profilaxia para GBS e aguardar 95. Tercigesta, com 32 semanas de gestação,
evolução espontânea para o trabalho de parto apresentando perda líquida via vaginal, febre e
b) avaliar a vitalidade fetal e induzir trabalho de dor em baixo ventre persistente tipo ardência.
parto com misoprostol por via vaginal Exame físico: normocorada, frequência respi-
c) prescrever profilaxia para GBS e induzir traba- ratória = 32 inspirações por minuto, pressão
arterial = 80 × 50 mmHg, pulso filiforme = 112
lho de parto com misoprostol por via vaginal
ppm, temperatura axilar = 38,2 °C; dinâmica
d) avaliar a presença de infecção e induzir traba-
uterina ausente, colo grosso, posterior, im-
lho de parto apenas se a infecção for confir-
pérvio, perda de líquido amarelado via canal
mada cervical com grumos finos; Giordano negati-
vo bilateralmente; batimentos cardíacos fetais
UNIFESP – 2019 ausentes. As seguintes impressões diagnósti-
93. Considerando a predição ou prevenção do cas são compatíveis com este quadro clínico:
parto pré-termo, é correto afirmar: a) amniorrexe prematura, corioamnionite, sepse
a) em gestantes com dor em baixo ventre o uso materna e óbito fetal
da progesterona natural micronizada por via b) candidíase vaginal, infecção urinária, sepse
vaginal reduz o risco de nascimento prematuro materna e sofrimento fetal
b) a ultrassonografia do colo por via endovaginal c) amniorrexe prematura, trabalho de parto pre-
entre 20 e 24 semanas é contraindicada em maturo, sepse materna e sofrimento fetal
gestantes com sangramento vaginal d) fístula vesicouterina materna, infecção uriná-
c) o repouso no leito em gestantes com compri- ria, sepse materna e óbito fetal
e) amniorrexe prematura, trabalho de parto pre-
mento do colo uterino curto entre 20 e 24 se-
maturo, sepse materna e óbito fetal.
manas aumenta o risco de eventos tromboem-
bólicos e não reduz a prematuridade UNITAU – 2019
d) o uso da progesterona natural micronizada via 96. Sobre amniorrexe prematura, assinale a alter-
oral reduz o risco de parto prematuro em ges- nativa CORRETA:
tantes com antecedente de prematuridade a) por definição, é aquela que ocorre em gesta-
e) a maioria das gestantes com comprimento do ções abaixo de 37 semanas
colo ≤ 25 mm tem parto espontâneo com me- b) quanto menor a idade gestacional da sua
nos de 37 semanas ocorrência maior o período de latência para o
início do trabalho de parto
UNIFESP – 2019 c) pode-se afirmar que mulher com 32 semanas
94. Gestante de 29 semanas, secundigesta, primí- de idade gestacional, cuja bolsa rompe ape-
para (parto normal de termo), procura pronto nas 2 horas depois do início do trabalho de
atendimento com queixa de dores no baixo parto, apresentou amniorrexe prematura
ventre há 2 dias. Exame físico: afebril, FC = 88 d) a conduta em amniorrexe prematura em ges-
bpm, PA = 100 × 60 mmHg, altura uterina 26 cm, tante de 31 semanas sem corioamnionite é a
FCF = 144 bpm, detecta-se 1 contração uterina indução do parto
em 10 minutos, com duração de 20 segundos, e) sua ocorrência acima de 37 semanas é cha-
toque com colo amolecido, longo, pérvio para mada de amniorrexe oportuna. 


SJT Residência Médica


26 R1 Extensivo | Questões para treinamento

UFT – 2019
97. Com incidência aproximada de 12% das ges-
tações, a RUPREMA (Ruptura prematura de
membranas amnióticas) é entidade relativa-
mente comum na assistência obstétrica. Em
relação à RUPREMA (Ruptura prematura de
membranas amnióticas), trata-se de complica-
ção materna mais frequente:
a) prematuridadefetal
b) pré-eclâmpsia
c) diabetes gestacional
d) corioamnionite Qual é a conduta para esta paciente?
e) hipoplasia pulmonar fetal a) novo beta-HCG em 15 dias para confirmar
abortamento completo
FAMERP – 2019
b) curva de beta-HCG por suspeita de gestação
98. Paciente com gestação de 12 semanas ainda
ectópica
não iniciou consultas de pré-natal, refere san-
gramento via vaginal indolor, progressivo há c) aspiração uterina por abortamento incompleto
1 semana. Ao exame obstétrico, é observado d) novo beta-HCG em uma semana por ser ges-
ausência de batimento cardíaco fetal, sangra- tação incipiente
mento uterino em moderada quantidade, colo
pérvio a 1 polpa digital e volume uterino maior UNITAU – 2019
que o esperado para a idade gestacional. De 100. Paciente com beta-HCG positivo (3.300 UI),
acordo com esses dados, o diagnóstico foi de dosado há 2 dias, em amenorreia de 7 sema-
mola hidatiforme. O acompanhamento desta nas, sem cólicas ou sangramento vaginal, vem
paciente após o esvaziamento molar é realiza- para a primeira consulta pré-natal de rotina e
do por meio de:
apresenta para seu obstetra do posto de saú-
a) não há necessidade de seguimento em mola
de municipal uma ultrassonografia transvagi-
completa
b) dosagem de gonadotrofina coriônica humana nal realizada no dia anterior. O laudo mostra
c) ultrassom e tomografia seriadas útero de tamanho normal, endométrio de 8
d) ressonância magnética seriada mm, sem sinais de gestação. Imagem do ová-
rio direito sugestiva de corpo lúteo. Ausência
USP-SP – 2019 de líquido livre na pelve. Após exame clínico
99. Mulher, 19 anos de idade, queixa-se de sangra- e físico, encaminha a paciente para o pronto
mento genital intenso há um dia, acompanha- atendimento para avaliação e conduta. Com
do por cólica leve em hipogástrio. Apresenta base no exposto, assinale a alternativa que
atraso menstrual de 10 dias e realizou beta-
apresenta, respectivamente, a principal hipó-
-HCG há 4 dias com valor de 1.250 UI/L. Ao
tese diagnóstica e a conduta mais adequada:
exame clínico apresenta pouca dor na palpa-
ção do abdome, sangramento coletado em pe- a) abortamento completo – introdução do DIU
quena quantidade ao exame especular e colo puerperal
grosso posterior e impérvio ao toque, com b) abortamento incompleto – dilatação e cureta-
útero levemente aumentado e anexos pouco gem
dolorosos. O ultrassom transvaginal revela c) moléstia trofoblástica gestacional – dilatação e
pequena quantidade de líquido livre na cavi- curetagem
dade abdominal, com útero em posição ante- d) gravidez ectópica íntegra – ultrassonografia
versofletida, eco endometrial hiperecogenico para tentar identificar o saco gestacional
de 13,5 mm e imagem para-ovariana de 15 × 13
e) gestação inicial em curso – exame físico e re-
mm demonstrada a seguir:
torno ao pré-natal

FAMERP – 2019
101. Paciente de 18 anos dá entrada na Emergên-
cia Obstétrica referindo atraso menstrual de
7 dias e dor tipo cólica no baixo ventre. Re-
fere não fazer uso de método contraceptivo.
Ao exame físico, apresenta sangramento via
vaginal discreto, colo fechado, fundo de útero
não delimitado pelo toque, devido quadro do-

SJT Residência Médica


1 Obstetrícia 27

loroso e presença dos sinais de Jacquemier e


Kluge. De acordo com estes dados, o diagnós-
tico é:
a) ameaça de abortamento
b) abortamento completo
c) mola hidatiforme
d) gravidez ectópica

UFRN – 2019
102. Secundigesta com abortamento espontâneo
anterior comparece à maternidade com queixa
Considerando a história clínica e a imagem
de sangramento vivo após queda da própria
ecográfica, assinale a alternativa CORRETA:
altura. O médico calcula a idade gestacional
a) o tratamento é o esvaziamento intrauterino, sen-
em 21 semanas e 1 dia com base na data da
do a curetagem o método primário de eleição
última menstruação e no resultado da ultras-
b) provavelmente, se trata de mola hidatiforme
sonografia (USG) de primeiro trimestre regis-
completa, sendo que os valores de beta-hCG,
trada no cartão pré-natal. Ao exame físico,
geralmente, estão acima de 100.000 mUI/mL
apresenta bom estado geral, normocorada,
c) o diagnóstico de mola hidatiforme incompleta
afebril, PA 110 × 80 mmHg. Na avaliação obs-
não pode ser descartado, sendo que a con-
tétrica, AU = 20 cm, batimentos cardiofetais
firmação diagnóstica se faz pelo achado ana-
não detectados com sonar, colo fechado ao
tomopatológico de degeneração hidrópica e
toque vaginal e presença de sangramento
edema viloso difuso.
ativo e intenso. Solicitada ultrassonografia na
d) em caso de mola hidatiforme completa, o risco
urgência que revelou feto único, apresentação
de progressão para formas malignas é menor
cefálica, peso fetal estimado em 420 g, sem
que 5%
batimentos cardiofetais detectáveis, placenta
e) o esvaziamento molar é prioridade frente às
grau 0, líquido amniótico normal e idade ges-
complicações clínicas associadas à mola,
tacional estimada em 20 semanas. Após a ava-
como a tireotoxicose ou a hipertensão arterial
liação da USG, o diagnóstico e a melhor con-
duta a ser adotada, são respectivamente: UFPR – 2019
a) abortamento incompleto e aspiração manual 104. Paciente com 26 anos de idade, casada, gesta
intrauterina (AMIU) 2, cesárea 1, aborto 1, procura pronto-atendi-
b) abortamento retido e dilatação do colo com mento de ginecologia com queixa de atraso
vela seguida de curetagem menstrual (não sabe precisar a data da última
c) abortamento retido e misoprostol por via vagi- menstruação), dor no baixo ventre há 2 sema-
nal seguido de curetagem nas, acompanhada de sangramento genital
d) abortamento incompleto e misoprostol por via há 3 semanas. Tem ciclos menstruais irregu-
vaginal seguido de AMIU lares, utiliza como contracepção preservati-
vo e às vezes progestogênio isolado. Exame
UFPR – 2019 especular: saída de pequena quantidade de
103. Gestante primigesta, 21 anos, dá entrada no sangue escuro pelo orifício cervical. Toque
Pronto-Atendimento da Maternidade do Hospi- vaginal: útero em AVF (anteversoflexão), pou-
tal de Clínicas da UFPR referindo dor abdomi- co aumentado de tamanho, dor na palpação
nal, vômitos intensos e sangramento vaginal do anexo esquerdo. PA: 110 × 70 mmHg. Pul-
em moderada quantidade. Nega comorbida- so: 104 bpm. Mucosas um pouco descoradas.
des, tabagismo ou uso de entorpecentes. Re- Hemograma coletado no dia: hemoglobina
fere seguimento pré-natal em UBS, no entanto 9,6 g/dL, hematócrito 28%, leucócitos 7200/
não trouxe o cartão de pré-natal. Idade gesta- mm3. Transaminase glutâmica oxalacética: 25
cional pelo tempo de amenorreia de 12 sema- U/L. Transaminase glutâmica pirúvica: 30 U/L.
nas. O exame físico demonstrou altura uterina Creatinina: 0,9 mg/dL. Beta-hCG: 1800 mU/mL.
na cicatriz umbilical, batimentos cardíacos Ecografia pélvica endovaginal: útero em AVF,
inaudíveis e eliminação de vesículas douradas volume de 115 cm3, endométrio 8 mm, massa
pelo orifício cervical interno ao exame especu- em anexo esquerdo amorfa medindo 30 × 34
lar. Na ecografia não foi visualizado embrião mm. Anexo direito sem alterações, fundo de
e foi observada a seguinte imagem ocupando saco livre. A respeito do assunto, considere
toda a cavidade uterina: as seguintes ações:

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28 R1 Extensivo | Questões para treinamento

I. Indicar videolaparoscopia. UFPA – 2019


II. Prescrever metotrexate 50 mg/m2 de su- 106. Gestante com 32 semanas de gestação deu
perfície corporal, via intramuscular. Repetir entrada na maternidade com quadro de san-
beta-hCG quantitativo no quarto e sétimo dia. gramento transvaginal moderado de cor escu-
Caso a redução do nível do beta-hCG seja me- ra, cólicas e sudorese. O exame físico revelou
nor que 15% no sétimo dia, repetir nova dose hipertonia uterina constante, BCF = 140 bpm.
de metotrexate. PA = 110 × 60 mmHg, pulso = 100 bpm, colo di-
III. Conduta expectante, repetir o beta hCG 1 latado 2 cm e bolsa das águas formada. Diante
semana após. do quadro clínico descrito, o diagnóstico mais
IV. Prescrever metotrexate 1 mg/kg nos dias 1, provável é:
3, 5, 7, alternando com ácido folínico na dose a) vasa prévia
de 0,1 mg/kg nos dias 2, 4, 6 e 8, dosando beta- b) trabalho de parto prematuro
-hCG quantitativo no dia da nova aplicação do c) placenta prévia
metotrexate. 
 d) ruptura uterina
Está/Estão correta(s) as ações: e) descolamento prematuro de placenta
a) II apenas
b) II e IV apenas UNCISAL – 2019
c) I e III apenas 107. Em qual das seguintes condições seria mais
d) I, III e IV apenas provável a coagulopatia de consumo?
e)I, II, III e IV a) descolamento prematuro da placenta
b) placenta prévia
UFPA – 2019 c) diabete gestacional
105. A Figura a seguir representa exame de doppler d) gestação multifetal
velocimetria da artéria umbilical realizado em e) doença trofoblástica gestacional
gestação de 35 semanas com pré-eclâmpsia
grave: UFPI – 2019
108. Sobre o descolamento prematuro de placenta,
marque a opção INCORRETA:
a) a alfaproteína materna pode estar elevada
b) toda gestante com suspeita de descolamento
prematuro de placenta deve ser imediatamen-
te hospitalizada
c) o diagnóstico é eminentemente clínico
d) em 50% dos casos o sangramento é oculto
e) é uma causa de sangramento da segunda me-
tade da gestação. 


UFG – 2019
109. P.M. de 35 anos, idade gestacional de 38 sema-
nas, hipertensa crônica, comparece ao pronto-
-socorro obstétrico apresentando dor abdomi-
Com base na figura acima, é correto afirmar nal intensa, hipertonia uterina e sangramento
que o(a): vaginal. Nesse caso, qual é o diagnóstico?
a) ausência de fluxo durante a diástole indica a) trabalho de parto
quadro grave de insuficiência placentária b) descolamento prematuro da placenta
b) exame demonstra boa velocidade de pico c) abortamento
diastólico, sem comprometimento da circula- d) rotura uterina
ção placentária
c) aumento da resistência no território placentá- SUS-SP – 2019
rio é a causa mais provável da diástole zero, 110. Primigesta, 22 semanas, refere desconforto
no presente caso abdominal e saída de secreção gelatinosa há
d) diástole zero na artéria umbilical associa-se a uma hora. Nega dor, perda de líquido ou san-
elevados índices de morbidade e mortalidade gramento. Ao exame observa-se colo pérvio
perinatais para 6 cm, cefálico, em OP. O diagnóstico é de:
e) diástole zero na artéria umbilical associa-se a a) insuficiência istmocervical
uma boa vitalidade e baixo risco para o feto 
 b) amniorexe prematura

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1 Obstetrícia 29

c) abortamento incompleto SUS-SP – 2019


d) trabalho de parto taquitócico 114. Gestante de 20 semanas refere que a perna
e) abortamento evitável. 
 esquerda está aumentada de tamanho e dolo-
rida há cerca de 2 dias. Ao exame obstétrico,
UNIFESP – 2019 não são observadas alterações. A perna es-
111. Quartigesta, nulípara, 35 anos de idade, 12 se- querda apresenta edema ++/4+, leve rubor e
manas de gestação, refere antecedente de per- dor acentuada na panturrilha à dorsiflexão do
das gestacionais com 20, 18 e 16 semanas, que pé. A perna direita tem edema +/4+, sem dor. A
foram, rápidas, indolores e sem sangramento terapêutica a ser instituída para essa paciente
importante. A ultrassonografia constatou feto depende do resultado de:
único, vivo, sem anomalias e biometria com- a) pesquisa de proteína C e S
patível com a idade gestacional menstrual. O b) tomografia com contraste pulmonar
próximo passo no cuidado dessa gestante é: c) ultrassonografia com doppler de membros in-
a) cerclagem via vaginal entre 12 e 16 semanas feriores
b) progesterona vaginal e medidas seriadas do d) ecocardiografia com mapeamento de fluxo
colo uterino e) pesquisa de Fator V de Leiden
c) pessário vaginal e cerclagem entre 16 e 20 se-
manas SUS-SP – 2019
d) abstinência sexual e progesterona vaginal 115. Tercigesta, 35 anos de idade, faz ultrassono-
e) repouso no leito e progesterona vaginal. grafia morfológica do primeiro trimestre que
mostra translucência nucal aumentada, au-
UNICAMP – 2019 sência de osso nasal e alteração do ducto ve-
112. Mulher, 23a, G1P0C0A0, 16ª semana de gesta- noso. É correto afirmar que:
ção, procura a Unidade Básica de Saúde re- a) o exame é patognomônico de síndrome de
ferindo quadro de vermelhidão e coceira na Down
pele há 2 dias, acompanhado de um episódio b) há entre 95-99% de chance de aneuploidia fetal
de febre de 38°C, além de dor articular. Exame c) está indicado biópsia de vilo corial para cariótipo
físico: T = 37,8 °C, FR = 18 irpm, FC = 80 bpm; d) está indicado coletar cariótipo fetal por punção
Olhos: hiperemia conjuntival; Pele: exantema de sangue do cordão
difuso discreto; Prova do laço: negativa. A e) deve-se realizar amniocentese para pesquisa
conduta é: de trissomias na 20ª semana
a) solicitar hemograma, AST/ALT, ureia e creatini-
na, com monitoramento domiciliar da tempera- SUS-SP – 2019
tura e retorno diário à Unidade 116. Gestante de 28 anos de idade, na 10a sema-
b) solicitar reação em cadeia da polimerase para na, procura o pronto-socorro com queixa de
Zika vírus e dengue; retorno diário para hemo- sangramento vaginal moderado há 3 dias, as-
grama e hidratação domiciliar. sociado a dor pélvica, febre, adinamia e ano-
c) solicitar sorologia para Zika e para dengue; rexia. Realizou ultrassonografia há 2 semanas,
retorno diário para hemograma e hidratação compatível com o tempo gestacional, sem al-
domiciliar terações. O exame mostra mau estado geral,
d) solicitar sorologia para Febre Amarela e temperatura de 38,5 °C, dor a palpação de ab-
Chikungunya, prescrever sintomáticos e hidra- dome inferior, sem descompressão brusca.
tação domiciliar Observa-se sangramento pelo colo uterino,
com saída de material necrótico, com odor de-
UNESC – 2019 sagradável. O colo uterino está pérvio para 1
113. Paciente de 16 semanas de gestação compa- cm, o útero aumentado 1 vez e doloroso à mo-
rece ao pronto-socorro da maternidade com bilização. O diagnóstico é de:
queixa de dor e sangramento. Ainda na sala a) gravidez ectópica infectada
de admissão evolui com expulsão espontânea b) doença trofoblástica gestacional
de feto morto e parte da placenta. A conduta c) abortamento infectado
adequada para esta paciente é: d) doença inflamatória pélvica aguda
a) realizar curetagem uterina e) neoplasia de sítio placentário.
b) realizar AMIU (aspiração manual intrauterina)
c) observação clínica apenas Santa Casa-SP – 2019
d) administrar misoprostol apenas 117. A membrana placentária separa as circula-
e) administrar ocitocina apenas ções materna e fetal e é composta por diver-

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30 R1 Extensivo | Questões para treinamento

sas camadas. A camada que está localizada e) o direito à escolha pela cesariana é restrito a mu-
entre o citotrofoblasto e o endotélio do lado lheres com ao menos uma cesariana anterior
fetal denomina-se:
a) mesênquima extraembrionário FAMERP – 2019
b) sinciciotrofoblasto 120. Paciente com 28 anos de idade encontra-se
c) endomísio na 6ª gestação, hipertensa, diabética, tabagis-
d) alantoide ta, 3 partos cesáreos anteriores com fetos de
e) decídua basal termo e 2 abortos espontâneos onde não foi
necessária a realização de curetagem uterina.
Santa Casa-SP – 2019 O principal fator de risco para a ocorrência de
118. Uma gestante secundigesta com parto nor- acretismo placentário nesse caso é:
mal anterior realizou pré-natal, detectando, na a) abortamentos
rotina de exames iniciais, uma tipagem san- b) cesáreas prévias
guínea B negativo, Du negativo. Seu obstetra c) tabagismo e diabetes
verificou a tipagem sanguínea do pai, que é A d) hipertensão arterial 

positivo. Assim, solicitou Coombs indireto no
sangue materno, que se demonstrou positivo UNCISAL – 2019
para anti-D, motivo que lhe fez manter solicita- 121. Diante de um diagnóstico de placenta increta,
ção mensal desse exame. Na 28.a semana de qual a melhor conduta terapêutica?
gravidez, o resultado do Coombs era de 1:32. a) massagem uterina
Foi, então, avaliado, por meio de USG Doppler, b) metilergonovina via endovenosa
o pico sistólico da artéria cerebral média e o c) extração manual da placenta e metotrexate
resultado foi de 1,1 múltiplo de mediana. Nes- d) curetagem uterina após extração manual da
se caso hipotético, a próxima etapa será: placenta
a) resolver a gestação e) histerectomia
b) solicitar Coombs indireto em quinze dias
c) realizar avaliação semanal do pico sistólico da UFT – 2019
artéria cerebral média 122. A hemorragia puerperal ocorre entre 4-8% dos
d) realizar cordocentese para verificar a necessi- partos vaginais, sendo causa de alta morbi-
dade de transfusão intrauterina mortalidade materna.
e) administrar imunoglobulina anti‐D

Santa Casa-SP – 2019


119. Uma primigesta de 25 anos de idade informou
ao seu médico, no acompanhamento pré-
-natal, que desejava realizar cesárea. Ela não
apresentava nenhuma comorbidade nem con-
dição obstétrica adversa. Apesar de o obstetra
explicar exaustivamente os benefícios do par-
to normal e os riscos da cesárea, a gestante
se mantinha irredutível. Com base nesse caso
hipotético, assinale a alternativa correta:
a) não há motivos para realização de cesárea Diante de um quadro de atonia uterina seguida
nessa gestante, pois não se encontra respaldo de hemorragia puerperal várias medidas não-
técnico para tal conduta -farmacológicas podem ser adotadas, assim
b) a cesárea a pedido é indicação prevista no como a da imagem anexa. Tal imagem descre-
Conselho Federal de Medicina (CFM), mas, ve a manobra de:
sem justificativa médica, deverá ser feita ape- a) Taxe
nas com 39 semanas ou mais b) Hamilton
c) a cesárea a pedido é um direito da gestante c) Johnson
e deverá ser feita com 38 semanas, mediante d) Simpson
termo de consentimento livre e esclarecido e) Bakri
d) é preciso informar que a cesárea somente po-
derá ser realizada após o início do trabalho de UFT – 2019
parto, pois assim prevê a norma do CFM, vi- 123. A Medicina Fetal é uma realidade desde a dé-
sando a incrementar a maturidade fetal cada de 80, sendo o feto um paciente cada vez

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1 Obstetrícia 31

mais acessível através de modernas ferramen- UFRN – 2019


tas diagnósticas e terapêuticas. A Dopplerve- 126. Gestante de 30 anos, gesta III, para I, aborto I,
locimetria da artéria cerebral média fetal é um com idade gestacional de 27 semanas, acom-
exame realizado com o auxílio da ultrassono- panhada no pré-natal por isoimunização Rh,
grafia e tem como sua indicação formal: apresenta, ao exame obstétrico, altura uterina
de 33 cm e resultado de ultrassonografia mos-
a) avaliação em gestações acima de 40 semanas
trando ascite e derrame pericárdico fetais. Ou-
(rotina de pós-datismo)
tra alteração encontrada como parte do qua-
b) avaliação em caso de bolsa rota (rotina de RU- dro descrito é:
PREMA) a) edema subcutâneo
c) avaliação da anemia fetal quando o coombs c) oligoâmnio severo
indireto está superior a 1/32 (rotina na isoimu- b) hidrocefalia fetal
nização) d) hidronefrose fetal
d) avaliação em aborto de repetição
e) avaliação em doença trofoblástica gestacional UFPR – 2019
(rotina de mola) 127. Com relação à restrição de crescimento intrau-
terino (RCIU), assinale a alternativa correta:
UFT – 2019 a) a restrição de crescimento intrauterino tem
124. Paciente de 37 anos, gestante de 08 semanas como principal causa a infecção por citomega-
pela data da última menstruação, dá entrada lovírus, visto que esse patógeno está associa-
na emergência obstétrica com queixa de san- do à aplasia medular fetal
gramento vaginal em moderada quantidade. b) a produção deficiente de insulina materna tem
Exame ecográfico apresentou gestação tópica sido demonstrada como fator intrínseco à gê-
com saco gestacional de 25 mm sem vesícu- nese da RCIU
la vitelínica. Segundo o caso clínico, deve se c) a restrição do crescimento intrauterino pode
considerar: ser tratada pela utilização de anti-hipertensi-
a) trata-se de uma gestação viável, devendo ser vos de ação central ou pela utilização de beta-
bloqueadores
prescrita progestágenos tópico
d) no caso de diástole zero da artéria umbilical, o
b) trata-se de uma gestação inviável, devendo in-
próximo vaso a ser avaliado é a artéria cere-
ternar a paciente para procedimento de cure- bral média
tagem uterina e) a dopplervelocimetria permite a diferenciação
c) trata-se de gestação viável, devendo internar a do feto pequeno por insuficiência placentária
paciente, mantendo repouso absoluto do feto pequeno constitucional.
d) trata-se de uma gestação inicial devendo
aguardar o aparecimento do embrião UFPR – 2019
e) trata-se de uma gestação inicial devendo 128. Com relação ao rastreamento de aneuploidias
aguardar o aparecimento da vesícula vitelínica no primeiro trimestre da gestação, assinale a
alternativa correta:
UFRN – 2019 a) a medida da translucência nucal quando aci-
125. No segundo dia pós-operatório de cesárea ma do 95º percentil infere um alto risco para
indicada por iteratividade, uma paciente de- aneuploidias, independentemente da utiliza-
senvolve febre de 38.2 °C e dores mamárias. ção de técnica padronizada
Os exames pulmonar e cardíaco estavam b) o risco de aneuploidias aumenta com a idade
normais. O abdome apresentava-se flácido e materna e com a idade gestacional
o útero contraído, levemente doloroso à ma- c) adicionalmente à medida da translucência nu-
nipulação. Apresentava loquiação normal e cal, outros marcadores ecográficos, como o
mamas túrgidas, sem hiperemia. O tratamento osso nasal, o ducto venoso e o fluxo tricúspi-
adequado para o caso é a prescrição de: de, podem ser utilizados no rastreamento de
a) antibióticos, bolsa de gelo e amamentação à aneuploidias.
livre demanda d) o DNA fetal livre no sangue materno tem-se
b) antibióticos, bolsa de água quente e massa- demonstrado um método de rastreamento de
gem nas mamas grande valor, principalmente pela alta taxa de
c) bolsa de água quente, antipiréticos e suspen- detecção e baixo custo
der amamentação e) o rastreamento bioquímico das aneuploidias
d) bolsa de gelo, massagem nas mamas e supor- pode ser feito pela dosagem sérica da fração
te à amamentação beta livre da gonadotrofina coriônica humana
e do hormônio antimulleriano. 


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32 R1 Extensivo | Questões para treinamento

UFPA – 2019 A estrutura assinalada na figura é de:


129. Observe a figura a seguir: a) polo cefálico embrionário
b) vesícula vitelínica
c) saco gestacional
d) conduto onfalomesentérico
e) coração fetal inicial

UFG – 2019
130. Durante a gestação, no exame da mama con-
siderado normal são esperadas as seguintes
modificações:
a) crostas em aréola e edema de pele
b) aumento da vascularização da pele e hiperpig-
mentação da aréola
c) edema de pele e glândulas sebáceas aumen-
tadas ao redor da aréola
d) descarga mamilar cristalina unilateral e hiper-
pigmentação da aréola

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2
GABARITO COMENTADO
Obstetrícia

1. A altura uterina pode nos fornecer informações a Em casos de vacinação incompleta com apenas uma
respeito da idade gestacional aproximada. De 20-32 dose prévia de dupla dT (toxoide tetânico e difteria),
semanas, a medida do fundo uterino se correlaciona recomenda-se uma dose de dT após o primeiro trimes-
diretamente com a idade gestacional. A curva abaixo tre e a dTpa após 20 semanas. Nos casos de vacina-
pode ser utilizada para tal correlação. Em uma gesta- ção não realizada ou desconhecida, recomendam-se
ção de 34 semanas, 42 cm de altura uterina está acima duas doses dT (primeira dose no início da gestação e
do esperado (acima do p90), sendo necessário pensar segunda após 4 semanas) e a terceira dose deve ser
em causas de sobredistensão, como macrossomia e realizada com a vacina combinada dTpa. Sendo assim,
polidrâmnio. Sendo assim, a alternativa “A” está correta. a alternativa “C” está correta. Resposta c.
Resposta a.
4. O teste rápido de HIV é um exame com alta sen-
2. Por alternativa: sibilidade, usado principalmente para triagem das pa-
Alternativa “A” está correta. No Brasil, o rastreio soroló- cientes. Para o diagnóstico de HIV, é necessária con-
gico de Citomegalovírus não é recomendado, pois não firmação com exame de segunda geração, que possui
há imunidade permanente contra essa infecção, não é maior especificidade. O tratamento na gestação deve
ser prescrito no momento do diagnóstico para reduzir
possível diferenciar a infecção primária da secundária
o risco de transmissão vertical, independente de sin-
e não existe terapia indicada na gestação.
tomas ou valor do CD4. Sendo assim, a alternativa “D”
Alternativa “B” está correta, pois infecções secundárias
está correta. Resposta d.
podem ocorrer após reativação de infecção latente ou
exposição a cepas diferentes do CMV. Os anticorpos
5. As recomendações nacionais para imunização ma-
maternos contra CMV não previnem reativação ou terna incluem a vacina influenza inativada, vacina tri-
reinfecção por uma nova cepa, não impedindo o risco pla combinada difteria-tétano-coqueluche acelular do
de infecção congênita. adulto (dTpa) e hepatite B. As vacinas contraindicadas
Alternativa “C” está incorreta, pois o risco de transmis- são: febre amarela, tríplice viral, varicela, dengue e
são vertical é maior no terceiro trimestre. As taxas de HPV. Tratam-se de vacinas atenuadas (exceto HPV),
transmissão são de 30% no primeiro trimestre, 34-38% ou seja, compostas a partir de bactérias ou vírus enfra-
no segundo trimestre e 40-72% no terceiro trimestre. quecidos, representando risco teórico de contamina-
Alternativa “D” está correta, pois a transmissão pode ção fetal. Portanto, a alternativa “E” possui as vacinas
ser transplacentária ou através da exposição a secre- seguras e indicadas na gravidez. Resposta e.
ções do trato genital inferior no momento do parto.
Alternativa “E” está correta, pois o Citomegalovírus são 6. Os direitos no trabalho estão garantidos pelas leis
vírus DNA de cadeia dupla, da família Herperviridae. trabalhistas (CLT). A gestante tem o direito de mudar
Resposta c. de função no seu trabalho, caso o desempenho de sua
função possa provocar problemas para sua saúde ou
3. A vacina tripla dTpa é recomenda para toda ges- do feto. Para isso, a gestante deve apresentar um ates-
tante, independente de vacinação prévia, devendo ser tado médico comprovando que necessita de mudança
administrada a partir de 20 semanas. Ela é suficien- de função. Sendo assim, a alternativa E está correta,
te para proteção contra tétano neonatal e difteria em tendo em vista os riscos do trabalho (operadora de
gestantes com história prévia de vacinação completa. bomba de combustível). Resposta e.
34 R1 Extensivo | Gabarito comentado

7. A gravidez não agrava nem tampouco melhora a evo- 11. A bacteriúria assintomática é definida como cres-
lução da tuberculose. A tuberculose adequadamente cimento na cultura de urina de uma contagem de co-
tratada tem evolução idêntica em mulheres grávidas e lônias de pelo menos 100.000 UFC/mL, em amostra
não grávidas. de jato médio de urina de pacientes assintomáticas. O
O esquema tuberculostático deve ser o mesmo e a micro-organismo mais frequente é a Escherichia coli,
duração do tratamento também, sendo indicado rifam- identificado em até 80% dos casos. Em gestantes, deve
picina, isoniazida, pirazinamida e etambutol por 2 me- ser pesquisada e tratada, pois aproximadamente 25%
ses, seguidos de rifampicina e isoniazida por mais 4 dos casos evoluem para infecções sintomáticas ou pie-
meses. Não foram comprovados efeitos teratogênicos lonefrite, além de possuir associação com abortamen-
nos conceptos de mães tratadas por tuberculose com to, parto pré-termo e baixo peso ao nascer. O achado
esquema preconizado. de bacteriúria assintomática em urocultura não requer
O parto da mulher com tuberculose tratada ou em tra- confirmação com outro exame, sendo que seu diag-
tamento deve ser conduzido da mesma forma que em nóstico impõe indicação de tratamento com antibiótico
uma paciente comum, seguindo as indicações obsté- e realização de urocultura controle após tratamento.
tricas. Resposta c. Sendo assim, em gestantes, é indicado o tratamento
de bacteriúria assintomática, sendo que a cefalospori-
8. As recomendações nacionais para imunização ma- na é uma das opções terapêuticas. Resposta e.
terna incluem a vacina influenza inativada, vacina tri-
pla combinada difteria-tétano-coqueluche acelular do 12. Gestação monozigótica refere-se à origem dos gê-
adulto (dTpa) e hepatite B. A vacina influenza é reco- meos de um mesmo ovo, resultante da fertilização de
mendada para toda gestante e pode ser administrada um óvulo por um único espermatozoide. A corionici-
em qualquer idade gestacional. A dTpa é recomenda- dade da gestação monozigótica pode ser de qualquer
da para toda gestante, independente de vacinação pré- tipo e depende do momento que ocorreu a divisão do
via, devendo ser administrada a partir de 20 semanas. zigoto. Se a divisão do ovo ocorrer até 72 horas de-
O esquema vacinal para hepatite B é composto por 3 pois da fertilização, será uma gestação dicoriônica e
doses, podendo ser iniciado no primeiro trimestre de diamniótica. Se a divisão ocorrer entre o quarto e o
gestação, não sendo necessário reforço vacinal nos oitavo dia, onde o cório já está formado, mas antes da
casos de vacinação prévia completa. Sendo assim, a formação do âmnio, será monocoriônica e diamniótica.
alternativa A contém as vacinais indicadas e permiti- E se a divisão ocorrer entre os dias 8 e 12 após a fertili-
das na gestação. zação, monocoriônica e monoamniótica. Sendo assim,
As vacinas contraindicadas são: febre amarela, trípli- a alternativa “A” está correta.
ce viral, varicela, dengue e HPV. Tratam-se de vacinas A alternativa “B” está incorreta, pois a gestação mono-
atenuadas (exceto HPV), ou seja, compostas a partir zigótica sempre resulta da fecundação de apenas um
de bactérias ou vírus enfraquecidos, representando óvulo e um espermatozoide.
risco teórico de contaminação fetal. A alternativa “C” está incorreta, pois a característica
A vacina de febre amarela, apesar de ser contraindica- fundamental da gestação monozigótica é a origem de
da, deverá ser considerada quando o risco de adquirir um mesmo ovo, independente da placenta.
a doença for maior que o risco potencial de vacinação. A alternativa “D” está incorreta, pois dizigótica corres-
Resposta a. ponde à origem dos gêmeos de ovos diferentes.
A alternativa “E” está incorreta, pois o diagnóstico de
9. A detecção do hormônio gonadotrófico humano gestação dizigótica pode ser realizado pelo achado de
(HCG) no plasma e na urina maternos constitui a base sexos discordantes, por exemplo. Porém em alguns ca-
do diagnóstico laboratorial na gravidez. O beta-HCG sos, não é possível determinar a zigotia antes do parto,
pode ser detectado no sangue periférico da mulher sobretudo em gestações dicoriônicas (que podem ser
grávida entre 8-11 dias após a concepção. Os níveis monozigóticas ou dizigóticas), sendo necessário tes-
plasmáticos aumentam rapidamente até atingir um tes genéticos. Resposta e.
pico entre 60 e 90 dias de gestação. Resposta d.
13. A bacteriúria assintomática é definida como cresci-
10. A avidez de IgG avalia a afinidade entre o anticor- mento na cultura de urina de uma contagem de colô-
po da classe IgG e o antígeno. Esse teste auxilia na nias de pelo menos 100.000 UFC/mL, em amostra de
diferenciação de uma infecção recente de outra antiga, jato médio de urina de pacientes assintomáticas. Em
uma vez que a afinidade do anticorpo pelo antígeno gestantes, deve ser pesquisada e tratada, pois apro-
tende a aumentar com o intervalo de tempo. Dessa for- ximadamente 25% dos casos evoluem para infecções
ma, a presença de alta avidez permite definir que a sintomáticas ou pielonefrite, além de possuir associa-
infecção ocorreu há mais de 12-16 semanas, e a baixa ção com abortamento, parto pré-termo e baixo peso
avidez que a infecção ocorreu nos 3 meses anteriores. ao nascer.
No caso acima, uma gestante de 12 semanas, com IgG O achado de bacteriúria assintomática em urocultura
e IgM positivos para toxoplasmose e alta avidez, é pos- não requer confirmação com outro exame, sendo que
sível concluir que a infecção ocorreu antes da gestação seu diagnóstico impõe indicação de tratamento com
com indicação de suspender a medicação. Resposta d. antibiótico via oral, sem necessidade de internação

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2 Obstetrícia 35

hospitalar – se ausências de complicações –. Deve ser 16. Na gestação normal, o saco gestacional intrauteri-
realizado controle de cura, com urocultura 7 dias após no deve ser visualizado com níveis de beta-HCG acima
o tratamento. Sendo assim, alternativa “B” está correta. de 1500 mUI/mL. O saco gestacional pode ser visua-
As indicações de profilaxia de infecção do trato urinário lizado com 4 semanas pelo ultrassom transvaginal, a
na gravidez são: um episódio de pielonefrite ou cistites vesícula vitelínica a partir de 5 semanas e o embrião
recorrentes (duas ou mais durante a gestação). Não com 6-7 semanas.
há indicação de profilaxia na bacteriúria assintomática. No caso descrito, a paciente com atraso menstrual de
Resposta b. apenas 10 dias e beta-HCG baixo, além ultrassono-
grafia demonstrando espessamento endometrial com
14. As recomendações nacionais para imunização ma- corpo lúteo em ovário esquerdo, é realizado o diagnós-
terna incluem a vacina influenza inativada, vacina tri- tico de gestação incipiente. A conduta é repetição da
pla combinada difteria-tétano-coqueluche acelular do ultrassonografia em 15 dias para confirmar diagnóstico
adulto (dTpa) e hepatite B. e evolução. Resposta b.
A vacina influenza é recomendada para toda gestante
e pode ser administrada em qualquer idade gestacio- 17. Por alternativa:
nal. Geralmente é realizada em campanhas antes ou Alternativa “A” está incorreta, pois gestantes com es-
durante o inverno. quema vacinal completo para hepatite B (3 doses) com
A dTpa é recomendada para toda gestante, indepen- anti-HbsAg positivo são consideradas protegidas e não
dente de vacinação prévia, devendo ser administrada necessitam de reforço vacinal.
a partir de 20 semanas. Nos casos de vacinação não Alternativa “B” está incorreta, pois a vacina tríplice vi-
realizada ou desconhecida, recomendam-se duas do- ral é contraindicada na gravidez, sendo composta por
ses dT (primeira dose no início da gestação e segunda vírus atenuados e representando risco teórico de con-
após 4 semanas) e a terceira dose deve ser realizada taminação fetal.
com a vacina combinada dTpa. Alternativa “C” está incorreta, pois a vacina recomen-
O esquema vacinal para hepatite B é composto por 3 do- dada é a tríplice bacteriana acelular (dTpa), devendo
ses, podendo ser iniciado no primeiro trimestre de gesta- ser administrada a partir de 20 semanas de gestação,
ção, não sendo necessário reforço vacinal nos casos de independente de vacinação prévia.
vacinação prévia completa ou anti-HbsAg positivo. Alternativa “D” está incorreta, pois a vacina Influenza é
As vacinas contraindicadas são: febre amarela, trípli- recomendada para toda gestante e pode ser adminis-
ce viral, varicela, dengue e HPV. Tratam-se de vacinas trada em qualquer idade gestacional
atenuadas (exceto HPV), ou seja, compostas a partir Alternativa “E” está correta, pois a vacina de febre ama-
de bactérias ou vírus enfraquecidos, representando rela, apesar de ser contraindicada, deverá ser conside-
risco teórico de contaminação fetal. Apesar do surto rada quando o risco de adquirir a doença for maior que
recente de caxumba no local de trabalho da paciente, o risco potencial de vacinação, por exemplo em mora-
não há indicação de vacinação. Resposta d. doras ou viajantes de áreas endêmicas. Resposta e.

15. A paciente acima apresenta alteração na eletrofo- 18. Por alternativa:


rese de hemoglogina, com diagnóstico de talassemina Alternativa “A” está correta, pois gestação dizigótica
minor, devendo ser encaminhada para aconselhamen- corresponde a origem dos gêmeos de ovos diferentes,
to genético. sendo a placentação obrigatoriamente dicoriônica.
A hereditariedade das talassemias apresenta um pa- Alternativa “B” está correta, pois gestação monozigóti-
drão autossômico recessivo, sendo a sua frequência ca refere-se à origem dos gêmeos de um mesmo ovo.
na população mundial bastante elevada. Os portadores A corionicidade da gestação monozigótica pode ser de
de talassemia (ou heterozigotos) são frequentemente qualquer tipo e depende do momento que ocorreu a
assintomáticos, podendo (ou não) apresentar hemo- divisão do zigoto. Se a divisão do ovo ocorrer até 72
gramas sugestivos de anemia microcítica e hipocrô- horas depois da fertilização, será uma gestação dicori-
mica leve. Este quadro faz com que este transtorno ônica e diamniótica.
genético seja facilmente confundido com situações de Alternativa “C” está incorreta, pois a síndrome de
anemia ferropriva, podendo ser alvo de terapêuticas transfusão feto-fetal acomete apenas gêmeos mono-
desnecessárias. Ocasionalmente, e particularmente zigóticos e monocoriônicos, cujas circulações se co-
durante a gravidez, a presença de anemia moderada municam na região da placenta. A STFF decorre da
pode alertar o clínico para a presença de um possível presença de anastomoses transplacentárias, principal-
portador. Quando ambos os pais são portadores, em mente arteriovenosas, com desequilíbrio da transfusão
cada gravidez existe 25% de risco de homozigotia para sanguínea em favor de um deles.
a criança. Alternativa “D” está correta, pois o parto prematuro
As principais indicações de aconselhamento genético ocorre em 30% das gestações gemelares.
são: idade materna avançada, filho anterior com ano- Alternativa “E” está correta, pois gestações dicoriôni-
malias congênitas, perdas gestacionais de repetição, cas sem complicações podem ser conduzidas até o
anomalias cromossômicas em um dos pais, doenças termo.
genéticas e consanguinidade. Resposta d. Resposta c.

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36 R1 Extensivo | Gabarito comentado

19. Na gestação, ocorre redução global do volume re- €€ conjugata anatômica: linha que une a borda supe-
sidual pulmonar, devido elevação do diafragma e dimi- rior da sínfise púbica e o promontório;
nuição da complacência da parede torácica. O meca- €€ conjugata obstétrica: distância entre o promontório
nismo de dispneia fisiológico referido pelas gestantes e a face interna da sínfise púbica, representando o
decorre dos efeitos da progesterona no centro respira- espaço real do trajeto da cabeça fetal;
tório do SNC e da percepção da paciente à hiperven-
tilação, que culmina com aumento do volume corrente €€conjugata diagonal: linha que une o promontório
e redução da paO2 e resulta em alcalose respiratória até a borda inferior do osso púbico. Na avaliação
compensada. do toque vaginal, esta é a medida empregada para
A síndrome hipercinética define o sistema cardiovascu- estimativa do diâmetro da conjugata obstétrica.
lar da gestante, com alterações expressivas no débito Resposta e.
cardíaco e na redistribuição de fluxos regionais. A fre-
quência cardíaca materna aumenta em 10-15 bpm e a 23. A manobra de Leopold-Zweifel é uma forma de pal-
presença de sopros sistólicos é frequente. pação abdominal com objetivo de avaliar os pontos da
O útero em crescimento comprime as veias pélvicas estática fetal. No primeiro tempo, delimita-se o fundo
e a veia cava inferior, o que dificulta o retorno venoso uterino e o polo em tal localização. Na maior parte das
dos membros inferiores, o que é responsável pelo sur- vezes, percebe-se aí o polo pélvico, que se caracteriza
gimento de edema e varicosidades. Resposta c. por ser mais volumoso e menos rígido. No segundo
tempo, procura-se sentir o dorso fetal e a região das
20. A melhor fase para diagnóstico ultrassonográfico pequenas partes, para determinar a posição. No ter-
da corionia é entre 6 e 9 semanas, quando o achado ceiro tempo, o polo fetal que se apresenta no estrei-
de saco gestacional duplo identifica a placentação di- to superior e sua mobilidade são diagnosticados. No
coriônica. Entre 11 e 14 semanas, o diagnóstico tam- quarto tempo, o examinador procurar sentir o grau de
bém pode ser realizado. Nesta fase, o achado de duas insinuação da apresentação na pelve.
placentas ou sexos discordantes são sinais de dicorio- No caso descrito, foi observado que o maior eixo fetal
nia. O sinal do Twin-Peak (sinal do lambda ou sinal do coincide com maior eixo uterino, revelando a situação
Y) define uma gestação dicoriônica, com espessura do longitudinal. O segundo tempo demonstrou as pe-
septo maior que 1,5 mm. Na variedade monocoriônica, quenas partes fetais orientadas para a direita, sendo
a inserção do septo na placenta corresponde ao sinal assim o dorso está à esquerda (posição esquerda).
do T e sua espessura é menor que 1,5 mm. Na figura No terceiro tempo, foi apreendido polo endurecido e
acima, temos uma gestação dicoriônica, representada consistente no estreito superior da bacia, concluindo
pela alternativa “C”. Resposta c. a apresentação cefálica. Portanto, alternativa “E” está
correta. Resposta e.
21. Situação fetal é a relação entre os eixos longitudi-
nais do feto e do útero, sendo possível três situações: 24. Os tempos principais e acessórios do mecanismo
longitudinal, transversa ou oblíqua. A situação longitu- de parto são: insinuação (flexão), descida (rotação
dinal é encontrada em mais de 99% das gestações a interna), desprendimento (deflexão), restituição (des-
termo, pois o feto procurar acomodar seu maior eixo prendimento dos ombros).
ao maior eixo uterino. A situação oblíqua é instável, de A rotação interna da apresentação levará a sutura sa-
transição, sendo que em algum momento torna-se lon- gital a se orientar no sentido anteroposterior, sendo
gitudinal ou transversa. que na maioria das vezes o desprendimento ocorre na
A apresentação fetal define a região do concepto que variedade occipitopúbica (OP). Isso ocorre, pois, a de-
se relaciona com o estreito superior da bacia, onde se flexão da cabeça na variedade OP facilita o despren-
insinua e possui papel fundamental nos mecanismos dimento fetal. Para isso, o feto irá realizar movimento
de parto. Na situação longitudinal, podem ocorrer duas de rotação sempre pelo caminho mais curto. Se estiver
apresentações: cefálica e pélvica. Na situação trans- em OEA irá rodar 45 graus em sentido anti-horário. Se
versa, a apresentação será obrigatoriamente córmica. estiver em ODP, irá roda rodar 135 graus em sentido
Sendo assim, na figura, o feto possui situação longitu- horário. Se estiver em ODT, irá rodar 90 graus em sen-
dinal e apresentação pélvica (alternativa “B” correta). tido horário. Sendo assim, alternativa “D” está correta.
Resposta b. Resposta d.

22. O estreito superior é delimitado anteriormente pelo 25. As variedades de posição nomeiam-se pelo em-
pube, lateralmente pela linha terminal (ou inominada) prego de três alternativas. A primeira refere-se ao feto
e, posteriormente, pela saliência do promontório e pela e ao ponto de referência apresentado. As demais, ao
asa do sacro. Esse estreito possui três diâmetros im- ponto de referência materno. A letra “O” (de occipital)
portantes: anteroposterior (menor distância entre o pro- representa a apresentação cefálica fletida, que possui
montório e a sínfise púbica), oblíquo (das eminências lambda como ponto de referência. As letras “D” (direita)
iliopectíneas até articulação sacroilíaca) e transverso e “E” (esquerda) caracterizam a posição (relação entre
(da linha inominada de um lado até o outro lado da pel- o dorso fetal e o abdome materno). As últimas letras “A”
ve). O diâmetro anteroposterior pode ser dividido em: e P são traduzidas pela variedade de posição anterior-

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2 Obstetrícia 37

mente ou posteriormente. Sendo assim, a alternativa 31. O parto é induzido quando iniciado artificialmente
“D” está correta. Resposta d. por meios farmacológicos ou mecânicos que produ-
zem metrossístoles eficientes para desencadear o tra-
26. Na apresentação cefálica fletida, o ponto de re- balho de parto. A indução do trabalho de parto é consi-
ferência é o lambda (fontanela posterior). Nas apre- derada terapêutica quando for necessária interrupção
sentações cefálicas defletidas, podem ser: bregma da gravidez.
(fontanela anterior), glabela (raiz do nariz) ou mento, As principais indicações são: pós datismo, amniorrexe
dependendo do grau da deflexão. Na apresentação prematura com sinais de infecção ovular, comorbidades
defeltida de primeiro grau, o ponto de referência é a maternas como hipertensão e diabetes, entre outros.
fontanela anterior ou bregma, sendo representado pelo As principais contraindicações são: gestação múltipla,
número 2 da figura. Resposta d. desproporção cefalopélvica absoluta, placenta prévia,
obstrução do canal de parto, macrossomia fetal, sofri-
27. Na apresentação cefálica fletida, o ponto de referên- mento fetal, malformações uterinas, etc. Sendo assim,
cia é o lambda (fontanela posterior). As apresentações a alternativa “A” não representa indicação de indução
cefálicas defletidas, podem ser: primeiro grau (exten- do trabalho de parto. Resposta a.
são parcial, com ponto de referência na fontanela ante-
rior ou bregma), segundo grau (extensão parcial, com 32. O partograma é a representação gráfica da evolu-
ponto de referência na glabela ou raiz do nariz) e ter- ção do trabalho de parto. As distócias são identificadas
ceiro grau (extensão total do polo cefálico, com ponto pela observação das curvas de dilatação cervical e de
de referência no mento). Sendo assim, alternativa “A” descida da apresentação fetal.
está correta. Resposta a. O parto taquitócico é diagnosticado quando a dilatação
cervical, a descida e expulsão do feto ocorrem em um
período de 4 horas ou menos. O padrão de contratilida-
28. Na gestação, ocorre redução global do volume resi-
de uterina geralmente é de taquissistolia e hipersistolia.
dual pulmonar, devido elevação do diafragma e diminui-
Portanto, alternativa “A” está incorreta.
ção da complacência da parede torácica. O mecanismo O período pélvico prolongado manifesta-se no parto-
de dispneia fisiológico referido pelas gestantes decorre grama com a descida progressiva, porém lenta, após
dos efeitos da progesterona no centro respiratório do dilatação total, o que não corresponde ao caso da pa-
SNC e da percepção da paciente à hiperventilação, que ciente acima. Portanto, alternativa “B” está incorreta.
culmina com aumento do volume corrente e redução da A parada secundária da descida é diagnosticada por
paO2 e resulta em alcalose respiratória compensada. dois toques sucessivos, com intervalo de 1 hora ou
A síndrome hipercinética define o sistema cardiovascu- mais, desde que a dilatação do colo uterino esteja
lar da gestante, com alterações expressivas no débito completa. No caso acima, observa-se que na hora 13,
cardíaco e na redistribuição de fluxos regionais. A pres- a apresentação manteve-se na altura -2 após dois to-
são arterial sofre ação das mudanças hormonais da ques sucessivos. Portanto, alternativa “C” está correta.
gestação, como a vasodilatação e certa refratariedade A parada secundária da dilatação é diagnosticada pela
permanência da dilatação cervical por dois toques su-
aos vasoconsctrictores circulantes.
cessivos, com intervalo de 2 horas ou mais. Portanto,
O útero em crescimento comprime as veias pélvicas
alternativa “D” está incorreta.
e a veia cava inferior, o que dificulta o retorno venoso
O terceiro período prolongado relaciona-se ao secun-
dos membros inferiores, o que é responsável pelo sur- damento ou dequitação placentária, que não é repre-
gimento de edema e varicosidades. sentada no partograma. Portanto, alternativa “E” está
Resposta b. incorreta.
Resposta c.
29. Na gestação, a contagem de plaquetas encontra-
-se relativamente inalterada, sendo que pode ocorrer 33. Por alternativa:
trombocitopenia gestacional leve, que na maioria das Alternativa “A” está correta, pois o partograma é uma re-
vezes, é apenas variação da normalidade (após ex- presentação gráfica da evolução do trabalho de parto,
clusão de outras causas). A glicosúria é fisiológica na utilizado para registrar, observar e conduzir este.
gestação, devido aumento da taxa de filtração glome- Alternativas “B” e “C” estão corretas, pois o partograma
rular e redução da capacidade de reabsorção tubular é utilizado para registrar e acompanhar a dilatação cer-
de glicose. Sendo assim, os exames laboratoriais do vical. A curva de dilatação assume um aspecto sigmoi-
caso acima estão normais. Resposta c. de e se divide em duas fases: fase latente e fase ativa
do trabalho de parto. Friedeman propôs as curvas de
30. O índice de Bishop é o sistema utilizado para alerta e ação para avaliação da dilatação no partogra-
avaliar a maturação do colo uterino. O quadro abaixo ma e intervenções necessárias.
mostra os parâmetros avaliados e os pontos atribuí- Alternativa “D” está correta, pois o partograma melhora
dos. A idade gestacional não é avaliada por esse ín- o acompanhamento do trabalho de parto, sendo se tor-
dice. Resposta e. nou obrigatório nas maternidades desde 1994 (OMS).

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38 R1 Extensivo | Gabarito comentado

Alternativa “E” está incorreta, pois o partograma per- Sempre devem ser oferecidas estratégias não farmaco-
mite o seguimento do trabalho de parto com auscul- lógicas de alívio da dor, como imersão em água, mas-
ta intermitente do BCF, reduzindo as taxas de morte sagem, técnicas de relaxamento, acupuntura (se dispo-
intraparto. Além disso, quando corretamente utilizado, nível e profissional habilitado), músicas e aromaterapia.
reduz o número de intervenções desnecessárias. Se a paciente não apresentar melhora com as estra-
Resposta e. tégias não farmacológicas, é direito a requisição de
analgesia, independente da fase do trabalho de parto.
34. O parto vaginal é contraindicado nos seguintes A analgesia regional é a principal escolha, sendo que
casos: desproporção cefalopélvica absoluta, cicatriz deve ser orientado os riscos e benefícios no pré-natal.
uterina corporal prévia, placenta prévia total, situação Ela pode ser peridural ou combinada (raqui + peridu-
transversa, herpes genital ativo, condilomatose vulvar ral); pode causar redução da mobilidade; necessita de
extensa com obstrução ao canal de parto e HIV positi- nível mais elevado de monitorização fetal; não está as-
vo com alta carga viral. Nesses casos, há indicação de sociada a aumento do primeiro e segundo períodos do
resolução via alta. A circular de cordão, com vitalidade trabalho de parto; e não está associada ao aumento de
fetal preservada, não contraindica a realização de par- chance de cesariana. Resposta b.
to vaginal. Resposta e.
38. Por alternativa:
35. O partograma acima representa um parto taquitóci- Alternativa “A” está incorreta, pois o doppler da artéria
co. Este é diagnosticado quando a dilatação cervical, a umbilical consiste em uma forma indireta de avaliar a
descida e expulsão do feto ocorrem em um período de função placentária.
4 horas ou menos. O padrão de contratilidade uterina Alternativa “B” está incorreta, pois o DIP umbilical tra-
geralmente é de taquissistolia e hipersistolia. Caso a duz ação vagal em resposta à compressão funicular,
placenta esteja no limite de sua função, pode ocorrer sendo que as repercussões fetais dependem da inten-
sofrimento fetal agudo. As distócia de ombro podem sidade e duração da contração. Pode ser favorável ou
ocorrer, devido rápida evolução do trabalho de parto. desfavorável.
Lacerações do trajeto também são mais frequentes, Alternativa “C” está correta. O centro de reatividade da
pois não há tempo para acomodação dos tecidos pél- frequência cardíaca fetal, localizado no hipotálamo e
vicos, ocorrendo descida e expulsão de modo abrupto. bulbo, é o mais sensível à hipóxia e, por consequên-
A hipotonia uterina com sangramento aumentado no cia, o primeiro a evidenciar alterações. Sendo assim, a
quarto período pode ser uma complicação, devido a ta- cardiotocografia avalia o nível de oxigenação do SNC.
quissistolia e hipersistolia durante o trabalho de parto. Alternativa “D” está incorreta, pois o doppler da arté-
Sendo assim, alternativa “B” está correta. Resposta b. ria uterina não possui valor na avaliação de sofrimento
fetal, sendo reservado para avaliação de risco de pré-
36. O fluxo sanguíneo que chega no espaço interviloso -eclâmpsia e restrição do crescimento intrauterino. O
é diretamente proporcional à diferença entre a pressão achado de incisura na artéria uterina após o segundo
arterial média materna e a pressão intramiometrial. trimestre evidencia risco elevado. A sensibilidade para
Assim, as alterações do fluxo uteroplacentário podem predição de pré-eclâmpsia é de cerca de 60% e para
ser decorrentes da hiperatividade uterina, hipovolemia RCIU de 65%.
materna ou hipotensão materna. A taquissistolia, au- Alternativa “E” está incorreta, pois a CTG intraparto
mento da frequência das contrações uterinas, reduz o não é indicada em gestações de baixo risco, sendo
tempo que o sangue dispõe para circular. Sendo as- que não apresenta vantagens sobre a ausculta intermi-
sim, no caso acima é necessária correção da taquis- tente do BCF e pode levar a intervenções obstétricas
sistolia para reversão das desacelerações registradas. desnecessárias.
Resposta c. Resposta c.

37. Mulheres em trabalho de parto devem ser tratadas 39. A figura acima demonstra a realização do bloqueio
com respeito, com acesso às informações baseadas de pudendo, utilizado para analgesia durante o traba-
em evidências e inclusão na tomada de decisões. Os lho de parto avançado e realização de procedimentos
profissionais devem estabelecer uma relação de con- como episiotomia.
fiança com as mesmas, perguntando sobre os desejos Na abordagem transvaginal, a espinha isquiática é o
e expectativas. ponto de referência. Para realizar o bloqueio, a espinha
Durante o pré-natal, as pacientes devem ser informadas isquiática é palpada com o dedo indicador e a agulha
sobre diversos assuntos: riscos e benefícios de diversas é guiada em direção à espinha isquiática. O ligamento
práticas e intervenções, necessidade de escolha de um sacroespinhoso situa-se 1 cm medial e posterior à es-
acompanhante, estratégias de controle da dor, diferen- pinha. A agulha atravessa o ligamento cerca de 1 cm,
tes estágios do trabalho de parto, entre outros. até que se sinta perda de resistência, atingindo a sua
As mulheres em trabalho de parto podem ingerir líqui- extremidade o local do nervo pudendo. Resposta c.
dos, como soluções isotônicas. Se não estiverem sob
efeito de opioides ou risco iminente de anestesia geral, 40. O perfil biofísico fetal avalia parâmetros fisiológi-
podem ingerir dieta livre. cos fetais agudos e crônicos através da associação da

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2 Obstetrícia 39

cardiotocografia com 4 marcadores ultrassonográficos: que 60 bpm, recuperação lenta e perda de oscilação).
tônus fetal, movimentação fetal, movimento respiratório A mudança de decúbito pode melhorar o padrão. Res-
e volume de líquido amniótico (parâmetro crônico). Du- posta d.
rante a instalação da hipoxemia, observa-se uma per-
da progressiva das atividades reflexas fetais de forma 46. As principais causas de hemorragia no quarto pe-
inversa à ordem de desenvolvimento do concepto, uma ríodo são: atonia uterina, laceração do trajeto de parto
vez que os centros mais precocemente formados na e retenção de restos placentários. No caso acima, a
organogênese seriam também os mais resistentes à paciente teve diagnóstico de atonia uterina, após ex-
hipóxia. O centro da reatividade da frequência cardíaca cluídos outros fatores através da revisão do canal de
fetal, seguido do movimento respiratório, são os mais parto e curagem de restos. Sendo assim, deve ser rea-
sensíveis à hipóxia. Sendo assim, alternativa A está lizada estabilização hemodinâmica e expansão volêmi-
correta. Resposta a. ca. Para correção da atonia uterina, o protocolo indica
realização de 20 UI de ocitocina EV, seguida de ergo-
41. Por alternativa: tamina IM e ácido tranexâmico EV. Se paciente manter
Alternativa “A” está incorreta, pois o ducto venoso re- sangramento, opta-se pelo uso de misoprostol via retal.
presenta uma comunicação entre a veia umbilical e a Procedimentos cirúrgicos são indicados nos casos de
cava inferior. refratariedade ao tratamento clínico. Resposta c.
Alternativa “B” está incorreta, pois o canal arterial é a
comunicação entre a artéria pulmonar e a aorta. 47. Por alternativa:
Alternativa “C” está incorreta, pois o canal arterial per- Alternativa “A” está incorreta. A pelvimetria externa é re-
mite a passagem de sangue da artéria pulmonar para alizada por meio de instrumentos que visam medir as
a aorta. dimensões externas da bacia. Possui importância his-
Alternativa “D” está incorreta, pois o forame oval comu- tórica e praticamente foi abolida da prática obstétrica
nica o átrio direito com esquerdo. atual. Já a pelvimetria interna faz parte do exame co-
Alternativa “E” está correta, pois o ducto venoso repre- tidiano do obstetra, a partir da avaliação dos estreitos
senta uma comunicação entre a veia umbilical e a cava (superior, médio e inferior) pelo toque vaginal. Porém,
inferior. Resposta e. esse exame não define via de parto.
Alternativa “B” está incorreta. Estudos mostram que
42. O ducto venoso representa uma comunicação en- progressões mais lentas nem sempre se associam
tre a veia umbilical e a cava inferior. Ele reflete a função a aumento da morbidade neonatal e materna, sendo
cardíaca fetal, sendo utilizado para avaliar fetos prema- permitido seguir o período expulsivo prolongado, des-
turos que já apresentam alterações do doppler arterial. de que não haja sinais de infecção, exaustão materna
Sabe-se que há uma boa correlação entre o grau de ou comprometimento da vitalidade fetal. O tempo de
acidemia fetal e os índices de pulsatilidade do ducto período expulsivo depende da paridade, da realização
venoso. Resposta c. de analgesia, entre outros fatores.
Alternativa “C” está incorreta, pois não existe indicação
43. Atualmente, a Organização Mundial de Saúde reco- de realizar antibiótico profilático em partos vaginais.
menda um manejo ativo do terceiro período do parto, Alternativa “D” está correta. Atualmente, a Organiza-
com a prescrição de ocitocina profilática (10 UI) de for- ção Mundial de Saúde recomenda um manejo ativo do
ma rotineira, clampeamento tardio e tração controla- terceiro período do parto, com a prescrição de ocitoci-
do do cordão. Deve-se evitar trações intempestivas da na profilática (10UI) de forma rotineira, clampeamento
placenta, sob risco de rotura do cordão, inversão uteri- tardio e tração controlado do cordão. Deve-se evitar
na ou retenção de restos placentários. É preconizado trações intempestivas da placenta, sob risco de rotura
aguardar aproximadamente 30 minutos para dequita- do cordão, inversão uterina ou retenção de restos pla-
ção espontânea. Após esse período, pode ser indica- centários.
do extração manual, preferencialmente sob anestesia Alternativa “E” está incorreta, pois segundo a OMS é
com antibioticoprofilaxia. Sendo assim, alternativa “A” recomendado a realização rotineira de vitamina K em
está correta. Resposta a. recém-nascidos.
Resposta d.
44. A paciente descrita apresenta fatores que favorecem
o parto vaginal, como: contrações eficazes, dilatação > 48. No partograma acima, a paciente evoluiu com fase
1 cm/hora, descida da apresentação em variedade fa- ativa eutócica, com dilatação maior que 1cm/hora, as-
vorável (OP – occipitopúbica). Segundo o partograma, a sociado a contrações efetivas, sem ultrapassar as li-
paciente mantém bolsa íntegra. Resposta b. nhas de alerta ou ação. Não foi diagnosticada parada
secundária da dilatação (dois toques sucessivos com
45. A cardiotocografia acima demonstra desacele- mesma dilatação, no intervalo de 2 horas) ou distocia
rações variáveis, que não se relacionam obrigatoria- funcional (fase ativa prolongada, com dilatação menor
mente com as contrações e são causadas pela ação que 1 cm/hora, devido contratilidade uterina ineficaz).
vagal em resposta à compressão do cordão umbilical. Ao atingir a dilatação total, a paciente apresentou três
Podem ser favoráveis ou desfavoráveis (queda maior toques sucessivos com apresentação na mesma al-

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40 R1 Extensivo | Gabarito comentado

tura, configurando o quadro de parada secundária Alternativa “C” está incorreta. A fase latente do traba-
da descida. Sendo assim, alternativa “B” está correta. lho de parto se inicia com aparecimento de contrações
Resposta b. dolorosas e regulares, com dilatação inferior a 3-4 cm
e com velocidade de dilatação lenta (< 1,2 cm/hora).
49. No caso acima, a gestante com dilatação total, Pode ter duração de até 20 horas em primigestas e até
variedade de apresentação OEA (occípito-esquerdo- 14 horas em multíparas.
-anterior) e altura em +2 De Lee, apresenta bradicardia Alternativa “D” está incorreta, pois às sete horas, a li-
fetal persistente, sendo necessário ultimar o parto. A nha de alerta (primeira linha) foi ultrapassada, sem ul-
forma mais rápida seria aplicação do fórcipe de Simp- trapassar a linha de ação (segunda linha).
son com rotação anti-horária de 45 graus para OP. Resposta a.
O fórcipe de Simpson pode ser aplicado em qualquer
variedade de posição, exceto na transversal. Em varie- 53. A gestante acima possui diagnóstico de eclampsia.
dade transversa indica-se o fórcipe de Kielland. A pe- A hidralazina, um vasodilatador periférico, é ampla-
gada ideal é biparietomalomentoniana. As condições mente utilizada para o tratamento agudo da hiperten-
de aplicabilidade são: cabeça insinuada, dilatação to- são grave. A ação máxima da droga ocorre em vinte
tal, membranas rotas, diagnóstico preciso da varieda- minutos. O monitoramento da pressão arterial deve ser
de de posição, canal de parto sem obstáculos, reto e rigoroso, uma vez que há riscos de hipotensão, que
bexiga vazios e operador habilitado. Resposta a. deve ser prontamente corrigida.
O sulfato de magnésio e a droga de escolha para o
50. Para definição da via de parto na gestação gemelar, tratamento da iminência de eclâmpsia e eclâmpsia. Re-
é necessário avaliação da viabilidade e apresentação visões sistemáticas indicam que o sulfato de magnésio
dos fetos. Deve-se atentar para presença de diferença é mais seguro e eficaz do que fenitoína, diazepam ou
significativa entre os pesos estimados dos conceptos. cocktail lítico (clorpromazina, prometazina e petidina)
No caso de um segundo gemelar 25% maior do que o para prevenção de convulsões recorrentes em eclâmp-
primeiro, é recomendado parto cesariana. sia, além de ter baixo custo, facilidade de administra-
No caso de apresentação cefálica/não cefálica, é re- ção e não causar sedação. Ademais, recentemente a
comendado o parto via vaginal. O parto do segundo exposição fetal à terapia com sulfato de magnésio se
gemelar requer frequentemente manobras obstétricas, mostrou como importante arma na redução dos ca-
que podem aumentar a incidência de complicações sos de paralisia cerebral e disfunção motora grave em
como sofrimento fetal agudo, descolamento de placen- recém-nascidos prematuros (< 32 semanas de gesta-
ta ou prolapso de cordão. O delivramento do segundo ção). Sendo assim, a utilização do sulfato de magnésio
gemelar não cefálico pode se dar através de parto pél- é altamente recomendada para os casos de: iminência
vico espontâneo assistido (se correção espontânea da de eclâmpsia, eclâmpsia, síndrome HELLP (15% des-
apresentação) ou extração pélvica total com ou sem sas pacientes evoluem com eclâmpsia) e pré-eclâmp-
versão podálica interna. Sendo assim, alternativa “B’ sia com deterioração clínica e/ou laboratorial.
correta. Resposta b. Na escala de coma de Glasgow, é avaliado os se-
guintes parâmetros: abertura ocular, resposta verbal e
51. No partograma descrito, observa-se fase ativa do resposta motora. A paciente perde apenas um ponto
trabalho de parto com dilatação > 1,2 cm/hora, sem devido à confusão, sendo classificada como Glasgow
ultrapassar linha de alerta ou ação. Em nenhum horá-
14. Resposta d.
rio, foi registrado parada secundária da dilatação (di-
latação cervical mantida por dois toques sucessivos,
54. Por alternativa:
com intervalo de duas horas). Após a dilatação total,
observa-se descida progressiva da apresentação, não Alternativa “A” está correta, pois a gestante possui si-
sendo caracterizado período pélvico prolongado ou nais de descompensação, não atingindo as meta di-
parada secundária da descida (parada da descida por ária de glicemia média (que deverá se manter abaixo
dois toques sucessivos, com intervalo de uma hora). de 110) e com complicações fetais como macrossomia
Além disso, não representa um parto taquitócico (dila- e polidrâmnio. Sendo assim, é necessário internação
tação, descida e expulsão em um período de 4 horas para controle dos níveis glicêmicos, ajuste de doses da
ou menos). Sendo assim, o partograma representa um insulinoterapia e avaliação de vitalidade fetal.
parto eutócico, sendo necessário acompanhamento e Alternativa “B” está incorreta, pois a descompensação
orientação dos eventos fisiológicos. Resposta e. do diabetes não é indicação de resolução da gestação
com 34 semanas, se vitalidade fetal preservada.
52. Por alternativa: Alternativa “C” está incorreta, pois não é recomendável
Alternativa “A” está correta. No partograma acima, que a gestação ultrapasse 40 semanas em pacientes
observa-se uma fase ativa prolongada, ou seja, a di- controladas com dieta e 39 semanas nas pacientes que
latação do colo uterino ocorreu lentamente, em uma utilizam insulina. A indução deve ser planejada, se a pa-
velocidade menor que 1 cm/hora. ciente não entrar em trabalho de parto espontâneo.
Alternativa “B” está incorreta, pois às cinco horas ape- Alternativas “D” e “E” estão incorretas, pois não existe
nas a linha de alerta (primeira linha) foi ultrapassada, recomendação formal de realização de corticoide para
sem ultrapassar a linha de ação (segunda linha). maturação pulmonar com idade gestacional acima de

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2 Obstetrícia 41

34 semanas. Além disso, o diabetes não é indicação Na pré-eclampsia, a segunda onda de migração tro-
para cesariana e a via de parto deve seguir as indi- foblástica e invasão das arteríolas espiraladas não
cações obstétricas. A resolução via alta só deve ser ocorrem. Assim, a resistência arterial não cai adequa-
indicada de forma eletiva se o peso fetal estimado pelo damente, os vasos permanecem estreitos e ocorre is-
USG for superior a 4.000-4.500 gramas. quemia da placenta, com redução do fluxo uteropla-
Resposta a. centário. Resposta e.

55. Na gestação próximo ao termo, há uma tendência à 60. Após o parto, as necessidades insulínicas caem
estabilização do diabetes e, por vezes, ocorre hipoglice- consideravelmente. Se a paciente teve diagnóstico de
mia, o que, segundo algumas referências, representaria diabetes gestacional e iniciou insulina na gestação,
um sinal de insuficiência placentária, visto que a resis- é indicado a suspensão da medicação, avaliação da
tência elevada à insulina é decorrente principalmente da glicemia capilar e reclassificação do diabetes 6 sema-
produção placentária do hormônio lactogênio placentário. nas após o parto com teste oral de tolerância a glicose
Sendo assim, a alternativa “B” está correta. Resposta b. (TOTG 75 g). Se este rastreio pós parto for normal, é
orientado reavaliação a cada 3 anos, porque 50% das
56. O diagnóstico de diabetes gestacional pode ser re- pacientes que desenvolvem diabetes gestacional de-
alizado com glicemia de jejum maior ou igual que 92 na senvolverão diabetes mellitus dentro de 20 anos. Sen-
primeira consulta ou teste oral de tolerância a glicose do assim, a alternativa “E” está correta, sendo que não
(TOTG 75 g) com, pelo menos, um valor alterado entre possui indicação de manter a insulina ou prescrever
24 e 28 semanas (GJ ≥ 92 mg/dL, 1 hora ≥ 180 mg/dL, hipoglicemiante oral. Resposta e.
2 horas ≥ 153 mg/dL).
O diagnóstico de diabetes mellitus prévio pode ser rea- 61. A paciente do caso acima demonstra sinais de imi-
lizado com: GJ ≥ 126 na primeira consulta, hemoglogi- nência de eclâmpsia, que é representado pelo compro-
na glicada ≥ 6,5%, glicemia ≥ 200 mg/dL após 2 horas metimento do sistema nervoso central. Os principais
do teste oral de tolerância a glicose ou glicemia ≥ 200 sintomas de iminência de eclâmpsia são: cefaleia occi-
mg/dL com sintomas. Sendo assim, a alternativa “D” pital, escotomas visuais, fotofobia, hiper-reflexia e dor
está correta. Resposta d. epigástrica.
Revisões indicam que o sulfato de magnésio é segu-
57. Os principais fatores de riscos para ocorrência de ro e eficaz na prevenção e tratamento de eclâmpsia,
pré-eclâmpsia são: hipertensão arterial crônica, idade sendo superior à fenitoína ou diazepam Sendo assim,
> 40 anos, IMC > 30 na primeira consulta de pré-natal, é altamente recomendado para os casos de: iminên-
história familiar de pré-eclâmpsia, história pregressa cia de eclâmpsia, eclâmpsia, síndrome HELLP e pré-
de pré-eclâmpsia, gestação múltipla, diabetes mellitus -eclâmpsia com deterioração clínica e/ou laboratorial.
pré-existente e SAAF (síndrome do anticorpo antifos- Os principais esquemas de uso do sulfato de magnésio
folípide). são: Pritchard (intravenoso e intramuscular) e Zuspan
As intervenções recomendadas que reduzem o risco (intravenoso exclusivo, com necessidade de bomba de
de pré-eclâmpsia nessas pacientes são: uso de AAS infusão). O esquema de Pritchard é composto por: dose
(ácido acetilsalicílico) e suplementação de cálcio. Am- de ataque com 4 g EV em bólus + 10g IM; seguido de
bos devem ser iniciados antes de 16 semanas para dose de manutenção com 5 g IM a cada 4 horas. Este
melhores resultados. esquema é utilizado em maternidades de baixo risco
As seguintes medidas não reduzem o risco de pré- para posterior transferência da paciente, pois confere
-eclâmpsia e não devem ser recomendadas de rotina: maior segurança para o transporte. Resposta c.
repouso, restrição de sal na dieta, uso de antioxidantes
(vitaminas C e E), vitamina D, ômega-3 ou enoxapari- 62. Os inibidores da enzima conversora da angioten-
na. Resposta a. sina (por exemplo, captopril) são contraindicados na
gestação. Sendo assim, preconiza-se suspensão do
58. O diagnóstico de diabetes gestacional pode ser re- mesmo e prescrição de metildopa (droga de escolha
alizado com glicemia de jejum maior ou igual que 92 na para controle pressórico em gestantes).
primeira consulta ou teste oral de tolerância a glicose Em pacientes com diabetes tipo I, é preconizado trata-
(TOTG 75 g) com, pelo menos, um valor alterado entre mento com insulina e ajuste de doses após curva glicê-
24 e 28 semanas (GJ ≥ 92 mg/dL, 1 hora ≥ 180 mg/dL, mica. Não é recomendado o uso de metformina. Além
2 horas ≥ 153 mg/dL). Sendo assim, a alternativa “E” disso, orientação de dieta adequada, com seguimento
está correta, com dois valores alterados. Resposta e. de equipe multidisciplinar.
Os principais fatores de riscos para ocorrência de pré-
59. A placenta desenvolve-se primariamente de célu- -eclâmpsia são: hipertensão arterial crônica, idade >
las chamadas trofoblastos, que se diferenciam em cito- 40 anos, IMC > 30 na primeira consulta de pré-natal,
trofoblasto e sinciciotrofoblasto. A invasão das artérias história familiar de pré-eclâmpsia, história pregressa
espiraladas pelo sinciciotrofoblasto leva a um alarga- de pré-eclâmpsia, gestação múltipla, diabetes mellitus
mento do diâmetro do vaso, que resulta no aumento do pré-existente e SAAF (síndrome do anticorpo antifosfo-
fluxo sanguíneo. lípide). As intervenções recomendadas que reduzem o

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42 R1 Extensivo | Gabarito comentado

risco de pré-eclâmpsia nessas pacientes são: uso de 65. A etiologia da pré-eclâmpsia ainda é desconhe-
AAS (ácido acetilsalicílico) e suplementação de cálcio. cida, sendo propostas teorias para explicar o seu
Sendo assim, alternativa “B” correta. Resposta b. desenvolvimento. A mais aceita delas é a teoria da
placentação anormal.
63. Por alternativa: A placenta desenvolve-se primariamente de células
Alternativa “A” está incorreta, pois a paciente possui chamadas trofoblastos, que se diferenciam em citotro-
sinais de descompensação do diabetes gestacional foblasto e sinciciotrofoblasto (responsável pela invasão
(macrossomia fetal e polidramnio), não sendo possível da decídua e das artérias espiraladas). A invasão das
manter o tratamento apenas com dieta. artérias espiraladas leva ao alargamento do diâmetro
Alternativa “B” está incorreta, pois não existe indicação do vaso, com aumento do fluxo sanguíneo.
formal de realização de corticoide para maturação pul- Em gestantes com pré-eclâmpsia, a segunda onda de mi-
monar com idade gestacional superior a 34 semanas. gração trofoblástica não ocorre, com invasão inadequada
Alternativa “C” está correta, pois a paciente, próximo ao das arteríolas espiraladas. Sendo assim, os vasos per-
termo, com má história obstétrica prévia, demonstra si- manecem estreitos, a resistência arterial não cai adequa-
nais de descompensação do diabetes gestacional com damente e desenvolve-se isquemia placentária. O endo-
alteração de vitalidade fetal, sendo indicado resolução télio lesado devido isquemia, promove vasoconstricção,
da gestação. agregação placentária e sensibilização dos vasos à ação
Alternativa “D” está incorreta. A cardiotocografia é um da angiotensina e noradrenalina. Como consequência de
exame que avalia as alterações da freqüência cardía- todo processo, temos o espasmo arteriolar placentário e
ca fetal decorrentes de alterações de seu pH, porém sistêmico como evento básico na fisiopatologia dos dis-
possui baixo valor preditivo negativo, ou seja, testes túrbios hipertensivos da gestação. Resposta b.
normais não excluem a possibilidade de morbimorta-
lidade fetal. Sendo assim, nesse caso há indicação de 66. Gestantes apresentam um estado de hipercoagula-
resolução da gestação e não retorno em 1 semana. bilidade, que pode ser exacerbado após viagens aére-
Alternativa “E” está incorreta, pois não existe indicação as prolongadas. No caso acima, a paciente apresenta
formal de realização de corticóide para maturação pul- edema assimétrico de membro inferior direito, que pode
monar com idade gestacional superior a 34 semanas. indicar trombose venosa profunda, e dispneia súbita
Resposta c. aos mínimos esforços. O diagnóstico mais provável é
tromboembolismo pulmonar. No eletrocardiograma de
64. A paciente do caso acima possui pré-eclâmpsia TEP pode ser observada taquicardia sinusal, padrão
com sinais de iminência de eclâmpsia, que é represen- S1Q3T3 ou outras arritmias. O tratamento é anticoa-
tado pelo comprometimento do sistema nervoso cen- gulação plena com heparina de baixo peso molecular.
tral. Os principais sintomas de iminência de eclâmpsia Resposta d.
são: cefaleia occipital, escotomas visuais, fotofobia,
hiper-reflexia e dor epigástrica. 67. O diagnóstico correto de diabetes gestacional, pos-
Revisões indicam que o sulfato de magnésio é segu- sui grande importância, para condução adequada do
ro e eficaz na prevenção e tratamento de eclâmpsia, pré-natal, incluindo orientação dietética, tratamento
sendo a droga de escolha. É altamente recomendado medicamentoso (se necessário) e monitoramento de
para os casos de: iminência de eclâmpsia, eclâmpsia, possíveis complicações. Sendo assim, todas as ges-
síndrome HELLP e pré-eclâmpsia com deterioração tantes devem possuir acesso aos testes diagnósticos.
clínica e/ou laboratorial. Os principais esquemas de A utilização de fatores de riscos como forma de rastre-
uso do sulfato de magnésio são: Pritchard (intravenoso ar gestantes que devem ser submetidas a testes diag-
e intramuscular) e Zuspan (intravenoso exclusivo, com nósticos para DMG possui boa sensibilidade, sendo
necessidade de bomba de infusão). indicado pelo Ministério da Saúde.
A hidralazina, um vasodilatador periférico, é ampla- A glicemia de jejum na primeira consulta de pré-natal
mente utilizada para o tratamento agudo da hiperten- é uma forma de diagnóstico, porém o teste com maior
são grave. Sua prescrição é geralmente recomenda especificidade e o TOTG. Resposta a.
quando pressão arterial superior a 160 × 110 mmHg.
Em relação a conduta obstétrica, a resolução da ges- 68. O diagnóstico de pré-eclâmpsia sobreposta à hi-
tação deve ser discutida em idade gestacional acima pertensão arterial crônica pode ser estabelecido nas
de 34 semanas, devido pré-eclâmpsia com sinais de seguintes situações:
deterioração clínica. Sendo assim, alternativa “D” está €€ aparecimento ou piora da proteinúria, após 20 se-
correta. manas de gestação;
As demais alternativas estão incorretas. O corticoide
€€ gestantes hipertensas crônicas necessitando de
para maturação pulmonar está indicado em gestações
associação de anti-hipertensivos ou incremento
de 24-34 semanas. Em casos de crise hipertensiva
das doses terapêuticas iniciais;
aguda e grave, é preferível hidralazina endovenosa do
que nifedipino via oral, devido maior eficácia. O gluco- €€ocorrência de disfunção de órgãos alvos.
nato de cálcio é indicado apenas nos casos de intoxi- Sendo assim, alternativa “C” está correta. Resposta c.
cação pelo sulfato de magnésio. Resposta d.

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2 Obstetrícia 43

69. A pré-eclampsia de repetição e o descolamento período da concepção; ocorrência de exacerbações na


prematuro de placenta estão relacionado a trombofi- gestação; presença de nefrite lúpica; desenvolvimento
lias. A síndrome do anticorpo antifosfolipídio (SAF) e de síndrome antifosfolipidio (SAF); desenvolvimento de
uma trombofilia adquirida caracterizada por trombo- pré-eclâmpsia; presença de anticorpo anti-Ro (relacio-
se vascular e/ou complicações na gravidez (perdas nado com bloqueio atrioventricular congênito ou sín-
fetais, abortamento de repetição, parto pré-termo, drome do lúpus neonatal). Sendo assim, na consulta
pré-eclâmpsia grave e insuficiência placentária), as- pré-concepcional, a paciente deve programar a gesta-
sociada a anticorpos persistentemente positivos (an- ção após 2 anos de confirmação da doença (período
ticardiolipina, anticoagulante lúpico, anti-beta-2-glico- de melhor equilíbrio imunológico) e último episódio de
proteina). Resposta a. reativação há mais de 6 meses. Além disso, o bom con-
trole da doença renal e hipertensiva são preditores de
70. Por alternativa: melhor prognóstico. Resposta d.
Alternativa “A” está incorreta, pois a proteinúria foi reti-
rada dos critérios de gravidade em 2013 pelo Colégio 73. A azatioprina (categoria D) e hidroxicloroquina (ca-
Americano de Obstetras e Ginecologista, devido às tegoria C) foram mantidas para tratamento e prevenção
avaliações controversas. É recomendado que a pro- de reativação do lúpus, sendo que os seus benefícios
teinúria não seja desvalorizada completamente, mas superam os riscos.
analisada em consonância com a clínica materna, exa- A pulsoterapia com metilprednisolona foi indicada para
mes laboratoriais e vitalidade fetal. tratamento da reativação lúpica e suas complicações
Alternativa “B” está incorreta. Eclâmpsia é o desenvol- como nefrite lúpica.
vimento de convulsões tonicoclônicas em pacientes O corticoide indicado para maturação pulmonar de fe-
com diagnóstico de pré-eclâmpsia. Alterações neuro- tos prematuros e a betametasona, que cruza a barreira
lógicas persistentes e casos refratários sugerem com- placentária.
prometimento anatômico. Em paciente usuária crônica de corticoide, deve ser
Alternativa “C” está incorreta. Síndrome HELLP é ca- prescrito hidrocortisona (dose de ataque e manuten-
racterizada pela associação de intensa hemólise, com- ção) em situações de estresse (como parto), com obje-
prometimento hepático e consumo de plaquetas em tivo de prevenir a insuficiência adrenal materna.
pacientes com pré-eclâmpsia. A resolução da gestação O sulfato de magnésio é indicado para neuroproteção
deve ser discutida, levando em consideração a idade fetal em todas gestantes entre 24 e 32 semanas em
gestacional e vitalidade fetal. Nem sempre é indicada a trabalho de parto ativo ou com parto pré-termo eletivo
transfusão de hemoderivados. indicado por razões maternas ou fetais. Causa dimi-
Alternativa “D” está incorreta. Pré-eclâmpsia é classica- nuição significativa do risco de paralisia cerebral e de
mente caracterizada pela presença de hipertensão ar- disfunção motora grave. Resposta d.
terial após 20 semanas de gestação associado a pro-
teinúria. Os principais sinais de gravidade são: pressão 74. Na paciente com lúpus bem controlado, a via de
arterial acima de 160 × 110 mmHg, sinais de iminência parto segue as indicações obstétricas. Recomenda-se
de eclâmpsia, eclâmpsia, síndrome HELLP, oligúria e a interrupção entre 39 e 40 semanas, com avaliação
insuficiência renal aguda. regular da vitalidade fetal e saúde materna. A interrup-
Alternativa “E” está correta. As situações de deterio- ção eletiva antes desse período só é recomendada se
ração clínica que indicam resolução da gestação são: houver comprometimento do bem-estar fetal ou mater-
síndrome HELLP, eclâmpsia, edema agudo de pulmão, no. Resposta d.
alterações laboratoriais persistentes, insuficiência renal
(evidenciada pela elevação da creatinina e oligúria). 75. Para classificação das síndromes hipertensivas na
Resposta e. gestação, temos a seguinte divisão:
€€ Hipertensão arterial crônica: presença de hiperten-
71. Classicamente, pré-eclâmpsia é caracterizada por são reportada pela gestante ou identificada antes
hipertensão arterial após 20 semanas de gestação as- de 20 semanas de gestação.
sociada a proteinúria. Porém a presença de proteinúria €€ Pré-eclâmpsia: manifestação de hipertensão arte-
não é mandatória para o diagnóstico. Deve-se admitir o rial identificada após a 20ª semana de gestação,
diagnóstico se a hipertensão após a 20ª semana estiver associada à proteinúria significativa. Ainda que essa
acompanhada de comprometimento sistêmico ou disfun- apresentação seja classicamente considerada, a
ção de órgãos alvos (trombocitopenia, disfunção hepáti- presença de proteinúria não é mandatória para o
ca, insuficiência renal, edema agudo de pulmão, iminên- diagnóstico de pré-eclâmpsia. Assim, deve-se ad-
cia de eclâmpsia ou eclâmpsia. Além disso, associação mitir o diagnóstico da doença se a manifestação de
com sinais de comprometimento placentário, como res- hipertensão após a 20ª semana estiver acompa-
trição do crescimento fetal e/ou alterações dopplerveloci- nhada de comprometimento sistêmico ou disfunção
métricas. Sendo assim, alternativa A correta. Resposta a. de órgãos alvos (trombocitopenia, disfunção hepá-
tica, insuficiência renal, edema agudo de pulmão,
72. Em relação ao lúpus eritematoso sistêmico, o prog- iminência de eclâmpsia ou eclâmpsia), mesmo na
nóstico materno fetal depende: atividade da doença no ausência de proteinúria. Além disso, a associação

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44 R1 Extensivo | Gabarito comentado

de hipertensão arterial com sinais de comprometi- materna, taquicardia materna, taquicardia fetal, sen-
mento placentário, como restrição de crescimento sibilidade uterina e líquido amniótico com odor fétido.
fetal e/ou alterações dopplevelocimétricas também Na presença de infecção, a conduta é interrupção da
deve chamar atenção para o diagnóstico de pré- gravidez, independentemente da idade gestacional.
-eclâmpsia mesmo na ausência de proteinúria. Resposta d.
€€ Pré-eclâmpsia sobreposta à hipertensão arterial
crônica: esse diagnóstico deve ser estabelecido em 77. O trabalho de parto pré-termo é aquele que ocorre
algumas situações específicas: 1) quando, após 20 entre a partir de 20 semanas e antes de 37 semanas.
semanas de gestação, ocorre o aparecimento ou Os principais fatores de riscos são: baixo status socio-
piora da proteinúria já detectada na primeira meta- econômico, depressão, fadiga ocupacional, gestação
de da gravidez (sugere-se atenção se o aumento for múltipla, polidramnia, anomalias uterinas, colo curto,
> 3 vezes o valor inicial); 2) quando, gestantes por- história de partos pré-termos ou abortos de segundo
tadoras de hipertensão arterial crônica necessitam trimestre prévios, infecções (DST, doença periodontal,
de associação de anti-hipertensivos ou incremento infecção do trato urinário, vaginose), placenta prévia,
das doses terapêuticas iniciais; 3) na ocorrência de uso de drogas, anemia, entre outros. Sendo assim, a
disfunção de clamp alvos. alternativa D está correta. As outras alternativas não
possuem relação com trabalho de parto pré-termo.
€€ Hipertensão gestacional: refere-se à identificação Resposta d.
de hipertensão arterial, em gestante previamente
normotensa, porém, sem proteinúria ou manifesta- 78. Uma revisão da Cochrane avaliou os efeitos neu-
ção de outros sinais/sintomas relacionados a pré- roprotetores do sulfato de magnésio em mulheres com
-eclâmpsia. Essa forma de hipertensão deve desa- risco de parto prematuro, com diminuição significativa
parecer até 12 semanas após o parto. Assim, diante do risco de paralisia cerebral e de disfunção motora
da persistência dos níveis pressóricos elevados, grave. Sendo assim, indica-se sulfato de magnésio
deve ser reclassificada como hipertensão arterial em todas gestantes entre 24 e 32 semanas em tra-
crônica, que foi mascarada pelas alterações fisioló- balho de parto ativo (acima de 4 cm de dilatação com
gicas da primeira metade da gestação. contrações) ou em parto pré-termo eletivo indicado
€€ Pré-eclâmpsia com sinais e/ou sintomas de deterio- por razões maternas ou fetais. Devido ao risco de to-
ração clínica: por muito tempo a paciente com pré- xicidade pela hipermagnesemia, devem ser avaliados
-eclâmpsia foi classificada em leve ou grave, base- periodicamente os níveis séricos de magnésio ou, na
ando-se na presença de manifestações clínicas e/ indisponibilidade deste, os seguintes parâmetros: re-
ou laboratoriais que demonstrem comprometimento flexo patelar, frequência respiratória e débito urinário.
importante de órgãos alvos. Resposta e.
€€ Eclâmpsia: desenvolvimento de convulsões tonico-
79. Por alternativa:
clônicas em pacientes com o diagnóstico de pré-
Alternativa “A” está incorreta. A ocitocina é um método
-eclâmpsia. Lembra-se que em uma parcela dos
difundido para indução do trabalho de parto ou corre-
casos, a eclâmpsia se apresenta como quadro ini-
ção de distócias funcionais, pois inicia ou aumenta as
cial, principalmente em pacientes cujo diagnóstico
contrações uterinas. Por isso, não é indicada para tocó-
de pré-eclâmpsia não foi considerado apropriada-
lise (inibição do trabalho de parto).
mente.
Alternativa “B” está incorreta. Colo curto é caracteriza-
€€ Síndrome HELLP: o termo HELLP deriva do inglês da como colo menor que 2,5 cm, com maior risco de
e refere-se a associação de intensa hemólise (He- parto prematuro.
molysis), comprometimento hepático (Elevated Li- Alternativa “C” está incorreta. A fibronectina é uma glico-
ver) e consumo de plaquetas (Low Platelets), em proteína encontrada no plasma e no fluido extracelular,
pacientes com pré-eclâmpsia. que promove adesão celular na interface uteroplacentá-
Sendo assim, no caso acima o diagnóstico é eclamp- ria e membrana fetal-decídua. Ela é liberada pela ma-
sia, pois a paciente evoluiu com crise convulsiva toni- triz extracelular nas secreções cervicovaginais quando
coclônica, portanto, alternativa “C”. ocorre ruptura destas interfaces, o que justifica sua me-
dição como marcador preditivo de trabalho de parto pré
76. A paciente do caso acima possui história sugestiva termo. Uma concentração maior que 50 ng/mL está as-
de corioamnionite prematura com exame apresentan- sociada a parto em 7 dias em 30% dos casos.
do febre, hipotensão, taquicardia e hipersensibilidade Alternativa “D” está correta. A corticoterapia materna
uterina. Sendo assim, realiza-se o diagnóstico de co- antenatal com objetivo de maturação pulmonar pro-
rioamnionite e choque séptico (alternativa “D” correta). move redução significativa da mortalidade neonatal e
Uma das principais complicações da rotura prematura da incidência da doença da membrana hialina, hemor-
de membranas ovulares é a infecção. O quadro clínico ragia intraventricular e enterocolite necrotizante. Não
de corioamnionite pode ser caracterizado pela presen- possui objetivo de tocólise.
ça de febre materna e pelo menos dois dos seguintes Alternativa “E” está incorreta. As contraindicações ab-
critérios (segundo Ministério da Saúde): leucocitose solutas da tocólise são: corioamnionite, malformações

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2 Obstetrícia 45

fetais incompatíveis com a vida e sofrimento fetal agu- em trabalho de parto ativo (acima de 4 cm de dilatação
do. As contraindicações relativas são: ruptura prematu- com contrações) ou em parto pré-termo eletivo indica-
ra de membranas ovulares e placenta prévia. do por razões maternas ou fetais. Resposta b.
Resposta d.
84. Polidrâmnio é definido como líquido amniótico aci-
80. As causas de gestação prolongada são desconhe- ma do valor da normalidade. As principais causas são:
cidas, podendo ser atribuida a erros de cálculo da ida- anomalias congênitas do SNC, nas quais o feto não
de gestacional. deglute (como anencefalia, meningocele, espinha bífi-
Os principais fatores de risco são: primiparidade, ges- da, hidrocefalia), atresias do tubo digestivo, displasias
tação prolongada anterior, malformações fetais como esqueléticas, diabetes mellitus, gemelaridade, infec-
anencefalia, trissomias do 16 e 18, hipoplasia adrenal ções congênitas, patologias placentárias (como pla-
fetal, ausência de pituitária fetal. centa circunvalada, hemangiomas e nós de cordão).
As principais complicações do pós-datismo são: cresci- Achados ecográficos de polidramnio e o “sinal da dupla
mento fetal anormal (macrossomia e síndrome de dis- bolha” são sugestivos da atresia duodenal. O “sinal da
maturidade), oligodrâmnio (e possível compressão fu- dupla bolha” é produzido por um estômago distendi-
nicular), eliminação de mecônio associado a síndrome do no quadrante superior esquerdo, ligado a um bulbo
respiratória de aspiração, sofrimento fetal, distocia do duodenal aumentado de volume à direita. Resposta d.
trabalho de parto e hemorragia pós-parto. Resposta c.
85. A ruptura uterina é uma das causas de morte ma-
81. As principais complicações de polidrâmnio são: terna, sendo que ocorre principalmente durante o tra-
parto prematuro, amniorrexe prematura, prolapso de balho de parto. Os principais fatores de riscos são: ci-
cordão, apresentações distócicas, descolamento pre- rurgia miometrial prévia (como cesárea, miomectomia
maturo de placenta e hemorragias no quarto período e e metroplastia), trauma uterino, malformação congê-
no pós-parto. A atonia uterina é causa principal de san- nita (como corno rudimentar), sobredistensão uterina
gramento no após parto imediato, devido a sobredis- (gemelaridade ou polidramnia), parto obstruído, uso
tensão uterina causada pelo polidramnio. Resposta c. de ocitócitos e prostaglandinas na indução do trabalho
de parto, entre outros. O sinal de iminência de rotura,
82. A corioamniorrexe pré-termo é definida como ruptu- denominado de BandL-Frommel, é caracterizado pela
ra espontânea das membranas amnióticas antes de 37 distensão segmentária e formação de um anel que se-
semanas de gestação. Ela pode ser prematura (antes para corpo uterino do segmento uterino. Os sinais de
do início do trabalho de parto), precoce (no início do rotura consumada são: dor lacinante e súbita na região
trabalho de parto), oportuna (no fim do período de dila- hipogástrica, palpação de partes fetais (se rotura com-
tação) ou tardia (quando ocorre concomitante à expul- pleta), sangramento vaginal, ascensão da apresenta-
são fetal). Na corioamniorrexe, em idade gestacional ção (sinal de Reasens) e sofrimento fetal agudo. Sendo
acima de 34 semanas, é recomendado conduta ativa e assim, alternativa D corresponde ao diagnóstico mais
interrupção da gestação. A via de parto deve seguir cri- provável do caso acima. Resposta d.
térios obstétricos. Não está indicado uso de tocolíticos
ou corticoide. No caso acima, como a paciente está 86. Uma das principais complicações da rotura prema-
fora do trabalho de parto, indica-se indução do mesmo. tura de membranas ovulares é a infecção. O quadro
As recomendações para profilaxia de Estreptococo do clínico de corioamnionite pode ser caracterizado pela
grupo B são: gestante com cultura vaginal ou retal posi- presença de febre materna e pelo menos dois dos se-
tiva entre 35 e 37 semanas; gestante, que não realizou guintes critérios (segundo Ministério da Saúde): leuco-
cultura retovaginal, com fatores de risco no momento citose materna, taquicardia materna, taquicardia fetal,
do parto (trabalho de parto com menos de 37 sema- sensibilidade uterina e líquido amniótico com odor féti-
nas, febre intraparto, corioamniorrexe há mais de 18 do. Na presença de infecção, a conduta é interrupção
horas); gestante com crescimento de GBS em urocul- da gravidez, independentemente da idade gestacional.
tura em qualquer fase da gravidez; gestante com filho Sendo assim, no caso descrito fecha-se o diagnósti-
anterior acometido por sepse por GBS. Sendo assim, co de corioamnionite, sendo necessário prescrição de
indica-se profilaxia no caso acima. Resposta b. antibiótico e resolução da gravidez. Como vitalidade
aguda preservada pela cardiotocografia, pode-se optar
83. Uma revisão da Cochrane avaliou os efeitos neu- pela indução do trabalho de parto. Resposta e.
roprotetores do sulfato de magnésio em mulheres com
risco de parto prematuro, com diminuição significativa 87. Polidrâmnio é definido como líquido amniótico aci-
do risco de paralisia cerebral e de disfunção motora ma do valor da normalidade. As principais causas são:
grave. Porém, não foi capaz de evidenciar efeito signi- anomalias congênitas do SNC, nas quais o feto não
ficativo sobre mortalidade pediátrica, assim como índi- deglute (como anencefalia, meningocele, espinha bífi-
ces de Apgar abaixo de 7, hemorragia intraventricular, da, hidrocefalia), atresias do tubo digestivo, displasias
leucomalácia, convulsões neonatais e necessidade de esqueléticas, diabetes mellitus, gemelaridade, infec-
suporte respiratório. Sendo assim, indica-se sulfato de ções congênitas, patologias placentárias (como pla-
magnésio em todas gestantes entre 24 e 32 semanas centa circunvalada, hemangiomas e nós de cordão).

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46 R1 Extensivo | Gabarito comentado

As causas são variadas, entretanto em 50% dos casos 92. A gestante acima possui diagnóstico de corioam-
não é possível identificar um fator etiológico (idiopati- niorrexe pré-termo (antes de 37 semanas) e prematura
co). Sendo assim, alternativa “D” não corresponde a (antes do início do trabalho de parto). Na corioamnior-
causa fetal de polidrâmnio. Resposta d. rexe, em idade gestacional acima de 34 semanas, é
recomendado conduta ativa e interrupção da gestação.
88. O ducto venoso representa uma comunicação en- A via de parto deve seguir critérios obstétricos. Não
tre a veia umbilical e a cava inferior. Ele reflete a fun- está indicado uso de tocolíticos ou corticoide. No caso
ção cardíaca fetal, sendo utilizado para avaliar fetos acima, como a paciente está fora do trabalho de parto,
prematuros que já apresentam alterações do doppler se vitalidade fetal preservada, indica-se indução do tra-
arterial. Sabe-se que há uma boa correlação entre o balho de parto. Como índice de Bishop desfavorável, o
grau de acidemia fetal e os índices de pulsatilidade misoprostol é a droga de escolha para indução.
do ducto venoso. O fluxo reverso do ducto venoso no As recomendações para profilaxia de estreptococo
momento da contração atrial (onda A negativa ou re- do grupo B são: gestante com cultura vaginal ou re-
versa) é sinal de grave condição fetal com risco imi- tal (SWAB) positiva entre 35 e 37 semanas; gestante,
nente de morte, o que implica em resolução imediata que não realizou SWAB retovaginal no pré-natal, com
da gravidez. Em prematuros extremos, indica-se re- fatores de risco no momento do parto (como trabalho
alizado de sulfato de magnésio para neuroproteção de parto com menos de 37 semanas, febre intraparto,
fetal. Resposta e. corioamniorrexe há mais de 18 horas); gestante com
crescimento de GBS em urocultura em qualquer fase
89. As recomendações para profilaxia de Estreptococo da gravidez; gestante com filho anterior acometido por
do grupo B são: gestante com cultura vaginal ou re- sepse por GBS. A gestante acima possui SWAB reali-
tal (SWAB) positiva entre 35 e 37 semanas; gestante, zado no pré-natal negativo, sem fatores de riscos, não
que não realizou SWAB retovaginal no pré-natal, com sendo indicado profilaxia para GBS no momento. Sen-
fatores de risco no momento do parto (como trabalho do assim, alternativa “B” está correta. Resposta b.
de parto com menos de 37 semanas, febre intraparto,
corioamniorrexe há mais de 18 horas); gestante com 93. Por alternativa:
crescimento de GBS em urocultura em qualquer fase Alternativa “A” incorreta. A progesterona é indicada em
da gravidez; gestante com filho anterior acometido por pacientes com parto prematuro anterior ou colo curto
sepse por GBS. Sendo assim, alternativa “B” está cor- em USG entre 20 e 24 semanas (colo < 25 mm).
reta. Resposta b. Alternativa “B” incorreta. O USG transvaginal não é
contraindicado entre 20 e 24 semanas, sendo reco-
90. As recomendações para profilaxia de estreptococo mendado para medida do colo uterino.
do grupo B são: gestante com cultura vaginal ou retal Alternativa “C” correta. Não existe associação eviden-
(SWAB) positiva entre 35 e 37 semanas; gestante, que ciada entre atividade física e trabalho de parto prema-
não realizou SWAB retovaginal no pré-natal, com fato- turo. Uma revisão da Cochrane periodicamente atua-
res de risco no momento do parto (como trabalho de lizada não encontrou evidências a favor ou contra a
parto com menos de 37 semanas, febre intraparto ou prescrição de repouso no leito na diminuição de taxas
corioamniorrexe há mais de 18 horas); gestante com de parto prematuro em mulheres de alto risco.
crescimento de GBS em urocultura em qualquer fase Alternativa “D” incorreta. A suplementação com pro-
da gravidez; gestante com filho anterior acometido por gesterona, via vaginal, reduz as taxas de parto prema-
sepse por GBS. Sendo assim, a paciente acima possui turo em paciente com história de prematuridade prévia.
indicação de antibiótico, sendo a primeira escolha pe- Alternativa “E” incorreta. A medida do colo é utilizada
nicilina G. Resposta c. como ferramenta para predição de parto pré-termo em
duas situações: mulheres sintomáticas com ameaça
de parto prematuro e mulheres assintomáticas com
91. Através da data da última menstruação (DUM), cal-
alto risco (por exemplo, parto prematuro prévio).
cula-se a idade gestacional (38 semanas e 4 dias no
Resposta c.
dia da consulta). Para avaliação da data provável do
parto pode ser utilizado a regra de Nagele. Ela consiste
94. O ACOG define trabalho de parto pré-termo franco
na soma de 9 meses e sete dias à DUM. Nos meses
como: 4 contrações em 20 minutos ou 8 em 60 minu-
posteriores a março, deve-se subtrair 3 meses. No caso
tos associadas à alteração do colo uterino, com dila-
acima, se a DUM é 02/03/2018, soma-se 2+7 = 9 e 3 tação cervical maior que 2 cm ou apagamento maior
+ 9 = 12. Logo, a data provável do parto é 09/12/2018 que 80%. No caso descrito, a paciente apresenta ame-
(idade que completa 40 semanas). aça de trabalho de parto pré-termo, com contrações
A corioamniorrexe pode ser prematura (antes do início frustas e dilatação cervical de 1 polpa. Sendo assim,
do trabalho de parto), precoce (no início do trabalho indica-se ampliar o período de observação para me-
de parto), oportuna (no fim do período de dilatação) lhor caracterização. Se confirmado trabalho de parto
ou tardia (quando ocorre concomitante à expulsão fe- pré-termo, é indicado inibição e prescrição de corticoi-
tal). No caso acima, é considerada prematura, pois a de para maturação pulmonar. O sulfato de magnésio é
paciente está fora de trabalho de parto. Sendo assim, recomendado para neuroproteção fetal, se iminência
alternativa “A” está correta. Resposta a. de nascimento. Resposta a.

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2 Obstetrícia 47

95. A paciente acima possui diagnóstico de corioa- doença. Ele deve cair progressivamente até negativar,
mniorrexe pré-termo (antes de 37 semanas de ges- o que geralmente ocorre após 8-10 semanas. Uma vez
tação). Uma das principais complicações da rotura obtidas três dosagens negativas consecutivas, a repe-
prematura de membranas ovulares é a infecção. O tição do exame pode ser quinzenal e, posteriormente,
quadro clínico de corioamnionite pode ser caracteri- mensal até se completarem 6 meses. Resposta b.
zado pela presença de febre materna e pelo menos
dois dos seguintes critérios (segundo Ministério da 99. O diagnóstico de gravidez ectópica deve ser sus-
Saúde): leucocitose materna, taquicardia materna, peitado em toda paciente que apresente dor pélvica
taquicardia fetal, sensibilidade uterina e líquido am- aguda com atraso menstrual, com ou sem sangra-
niótico com odor fétido. Além desses parâmetros, a mento. A ultrassonografia deve visualizar saco ges-
gestante apresenta sinais de sepse (taquipneia, ta- tacional intrauterino com beta-HCG a partir de 1500
quicardia e hipotensão). Resposta e. mUI/mL (valor discutido na literatura). Caso isso não
ocorra, suspeita-se de prenhez ectópica. O diagnósti-
96. A corioamniorrexe pré-termo é definida como rup- co é reforçado pela presença anexial de anel tubário,
tura espontânea das membranas amnióticas antes de massa complexa anexial com líquido livre em cavi-
37 semanas de gestação. Ela pode ser prematura (an- dade ou pelo sinal do halo. O anel tubário pode ser
tes do início do trabalho de parto), precoce (no início percebido em 70% dos casos e consiste em um anel
do trabalho de parto), oportuna (no fim do período de apresentando centro anecoico e periferia com eco-
dilatação) ou tardia (quando ocorre concomitante à ex- genicidade aumentada (como na figura acima). No
pulsão fetal). endométrio, pode ser percebida a chamada reação
Alternativa “A” está incorreta, pois amniorrexe prematu- de Arias-Stella, consequente a hipertrofia das glându-
ra é aquela que ocorre antes do início do trabalho de las endometriais. O tratamento pode ser expectante,
parto. medicamentoso ou cirúrgico, sendo que depende da
Alternativa “B” está correta, pois em idades gestacio- estabilidade hemodinâmica da paciente, valores de
nais menores, o período de latência para o início do beta-HCG e tamanho do saco gestacional, entre ou-
trabalho de parto é maior. tros fatores. A conduta expectante é reservada para
Alternativa “C” está incorreta, pois é considerada corio- pacientes estáveis, com beta-HCG entre 1000 e 1500
amniorrexe precoce. mUI/mL, como no caso acima. Sendo assim, alterna-
Alternativa “D” está incorreta, pois em idade gestacio- tiva “B” correta. Resposta b.
nal entre 24 e 34 semanas, sem sinais de sofrimento
fetal ou infecção, deve-se adotar conduta expectante, 100. A ultrassonografia deve visualizar saco gestacio-
visando amadurecimento pulmonar fetal. nal intrauterino com beta-HCG a partir de 1500 mUI/
Alternativa “E” está incorreta, pois corioamniorrexe mL (valor discutido na literatura). Caso isso não ocor-
oportuna é aquela que ocorre no fim do período da ra, suspeita-se de prenhez ectópica. O diagnóstico é
dilatação. reforçado pela presença anexial de anel tubário, mas-
Resposta b. sa complexa anexial com líquido livre em cavidade ou
pelo sinal do halo. Se ectópica íntegra, o quadro clíni-
97. Uma das principais complicações da rotura prema- co pode ser assintomático. No caso acima, a pacien-
tura de membranas ovulares é a infecção. O quadro te deve ser encaminhada para o pronto atendimento,
clínico de corioamnionite pode ser caracterizado pela para tentativa de identificar o saco gestacional. Sendo
presença de febre materna e pelo menos dois dos se- assim, alternativa “D” está correta. Resposta d.
guintes critérios (segundo Ministério da Saúde): leuco-
citose materna, taquicardia materna, taquicardia fetal, 101. A paciente acima, além de atraso menstrual, apre-
sensibilidade uterina e líquido amniótico com odor fé- senta os seguintes sinais de gravidez: Jacquemier
tido. Outras complicações são: prematuridade, maior (coloração violácea da mucosa vulvar, do vestíbulo e
frequência de apresentações distócicas, compressão meato urinário) e Kluge (tonalidade violácea da mu-
de cordão umbilical (pela oligoidramnia), sofrimento fe- cosa vaginal, resultante da congestão). O diagnóstico
tal, entre outras. Resposta d. é ameaça de aborto, caracterizado por sangramento
vaginal discreto, cólica leve e colo uterino fechado.
98. A doença trofoblástica gestacional ocorre em cer- Resposta a.
ca de 1 para cada 10.000 gestações engloba o grupo
de lesões caracterizadas por proliferação anormal do 102. O quadro acima corresponde a abortamento reti-
trofoblasto. O quadro clássico é o sangramento vagi- do, que consiste na interrupção da gravidez com reten-
nal, útero amolecido, geralmente indolor e maior do ção do embrião morto. O colo uterino está fechado e a
que esperado para idade gestacional, como descrito paciente pode ou não apresentar sangramento vaginal.
no caso acima. Além disso, náuseas e vômitos inten- Em idade gestacional acima de 12 semanas, é reco-
sos devido os altos valores de beta-HCG. O tratamento mendado o uso de misoprostol para amolecimento e
de eleição é o esvaziamento uterino. Após este, é ne- dilatação cervical com objetivo de expulsão fetal. Em
cessário acompanhamento com dosagem semanal de seguida, realizar curetagem para retirada dos restos
beta-HCG, devido a possibilidade de malignização da placentários.

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48 R1 Extensivo | Gabarito comentado

Abortamento incompleto consiste na expulsão parcial Na insuficiência placentária, o feto apresenta uma
do feto e membranas ovulares, restando material in- resposta à hipoxemia, que é conhecida como centra-
trauterino, o que não corresponde ao caso descrito aci- lização, para priorizar órgãos nobres, como coração,
ma. Resposta c. cérebro e glândula suprarrenal. Assim, a artéria umbili-
cal sofre vasoconstricção e há aumento da resistência
103. O caso acima descreve um quadro clássico de vascular neste vaso, o que se expressa pela redução
mola hidatiforme, com sangramento vaginal, útero do fluxo diastólico. Isso pode culminar com a ausência
maior do que esperado para idade gestacional, náu- de fluxo diastólico (diástole zero) ou até mesmo fluxo
seas e vômitos (devido altos níveis de beta-HCG) e a reverso (diástole reversa). Resposta b.
presença de vesículas no exame físico e ultrassono-
gráfico. 106. O quadro clássico de descolamento prematuro de
A mola completa é caracterizada pela eliminação de placenta é sangramento escuro em quantidade variável
grandes vesículas e pela ausência de feto e/ou âmnio, na segunda metade da gestação, associado a hiperto-
sendo que decorre da degeneração hidrópica de todas nia uterina e sofrimento fetal (que se relaciona à região e
as vilosidades coriais. O risco de evolução para tumo- grau de descolamento). O diagnóstico é iminentemente
res mais agressivos pode chegar a 20% clínico, sem necessidade de exames complementares.
A mola parcial é o cariótipo mais encontrado, com Em relação às demais causas de sangramento na se-
dois genomas paternos e um materno, com tecido fe- gunda metade da gestação, a dor abdominal é quase
tal sempre presente (mesmo que não seja visualizado exclusiva dos casos de DPP (pode ocorrer também na
macroscopicamente). iminência de rotura uterina). Resposta e.
A conduta é sempre o esvazimento intra-uterino com
envio do material para anatomopatológico. Pode ser 107. O descolamento prematuro da placenta é a sepa-
realizado pela vacuoaspiração (menor risco de perfu- ração intempestiva da placenta, antes da expulsão fe-
ração uterina), aspiração manual intrauterina ou cure- tal, em gestação acima de 20 semanas. O processo de
tagem. Antes do esvaziamento, é necessário avaliar descolamento tem início com uma lesão tecidual, que
as complicações como anemia, hipertireoidismo, pré- acarreta liberação de tromboplastina e a formação de
-eclâmpsia e insuficiência respiratória. Resposta a. coágulo retroplacentário. A tromboplastina passa para
circulação materna, estimula a liberação da cascata de
104. A paciente acima possui diagnóstico de gravidez coagulação no capilares materno. A CIVD (coagulação
ectópica, devido beta-HCG acima de 1500 mUI/mL intravascular disseminada) promove a formação de coá-
com ausência de saco gestacional intrauterino e pre- gulos na rede vascular, que resulta em repercussões he-
sença de massa anexial. modinâmicas. Tanto o coágulo retroplacentário, quanto a
O tratamento pode ser expectante, medicamentoso ou CIVD consomem os fatores de coagulação. O quadro re-
cirúrgico. O tratamento cirúrgico está indicado nos casos sultante é de incoagulabilidade sanguínea, pelo consu-
de instabilidade hemodinâmica ou rotura tubária. A con- mo dos fatores de coagulação e ativação da fibrinólise.
duta expectante está reservada para um grupo seleto de Por conseguinte, ocorre aumento da hemorragia. Sendo
pacientes com quadro clínico estável, beta-HCG decli- assim, alternativa “A” está correta. As demais condições
nante e com nível incial de 1.000-1.500 mUI/mL. não causam coagulopatia de consumo. Resposta a.
O tratamento medicamentoso está associado a me-
lhores resultados quando: saco gestacional menor que 108. Por alternativa:
3,5cm, feto sem atividade cardíaca e beta-HCG menor Alternativa “A” está correta, pois a alfaproteína pode es-
que 5000 mUI/mL. A droga de escolha é o metotrexate, tar elevada.
sendo que existem diversos esquemas de aplicação Alternativa “B” está correta, pois a suspeita de DPP é
como: intramuscular dose única na dose de 50 mg/ uma emergência obstétrica, devido os riscos maternos
m2 ou intramuscular em dias alternados na dose de e fetais. Sendo assim, a gestante deve ser imediata-
1 mg/kg. Em todos esquemas o beta-HCG deve ser mente internada para controle hemodinâmico e condu-
monitorado. Sendo assim, alternativa “B” está correta. ta obstétrica (que depende da vitalidade fetal).
Resposta b. Alternativa “C” está correta. O diagnóstico é eminen-
temente clínico, não sendo necessária realização de
105. O doppler da artéria umbilical consiste em uma exames laboratoriais. O quadro clínico é caracterizado
forma indireta de avaliar a função placentária. Durante por dor abdominal, sangramento vaginal em quantida-
uma gestação normal, a artéria umbilical é um vaso de de variável, hipertonia uterina e sofrimento fetal.
baixa resistência, que continua a cair no decorrer da Alternativa “D” está incorreta. O sangramento no des-
gravidez. O pico de velocidade da diastólica aumen- colamento prematuro de placenta pode se manifestar
ta com a evolução da gravidez, decorrente da queda das seguintes maneiras: hemorragia exteriorizada, he-
da resistência do fluxo fetoplacentário, o que se reflete moâmnio e sangramento retroplacentário. Até 20% dos
por uma queda de todos índices de resistência (S/D, sangramentos são ocultos, sendo que o sangue fica
IP, IR). O exame acima demonstra boa velocidade do retido entre a placenta descolada e o útero, com forma-
pico diastólico, com circulação placentária adequada ção de coágulo retroplacentário e infiltração sanguínea
(alternativa “B” correta). intramiometrial.

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2 Obstetrícia 49

Alternativa “E” está correta, pois DPP é uma das cau- não há necessidade de administração de misoprostol.
sas de sangramento da segunda metade da gestação, O esvaziamento pode ser realizado pelo AMIU ou cure-
assim como placenta prévia e vasa prévia. tagem, porém opta-se pela cureta em idade gestacio-
Resposta d. nal acima de 12 semanas. Resposta a.

109. O quadro clássico de descolamento prematuro de 114. A gestação causa um estado de hipercoagulabi-
placenta é sangramento escuro em quantidade variável lidade, sendo que ocorre aumento na incidência de
na segunda metade da gestação, associado a hiperto- eventos tromboembólicos em até cinco vezes. No caso
nia uterina e sofrimento fetal (que se relaciona à região acima, a paciente apresenta edema assimétrico de
e grau de descolamento). A hipertensão arterial é o fa- membros inferiores e sinal de Homans (dor na pantur-
tor etiológico mais importante relacionado ao DPP, sen- rilha à dorsiflexão do pé), sendo necessário realização
do que responde por até 50% dos casos de DPP não de ultrassonografia de membros inferiores para diag-
traumático. O diagnóstico é iminentemente clínico, sem nóstico de trombose venosa profunda. Resposta c.
necessidade de exames complementares. Em relação
às demais alternativas: o trabalho de parto fisiológico 115. A presença de translucência nucal aumentada,
geralmente não causa hipertonia uterina; o abortamen- ausência de osso nasal e alteração do ducto venoso
to refere-se a gestações com menos de 20 semanas; a demonstra alto risco para aneuploidias, principalmente
rotura uterina possui quadro clínico diferente com sinais síndrome de Down. Os exames não invasivos são mé-
de iminência e consumação da rotura. Resposta b. todos de rastreio e, na presença de alterações, sempre
deve ser oferecido o exame invasivo para confirmação
110. A incompetência istmocervical ocorre quando o diagnóstica.
útero não consegue manter o feto em seu interior até o A biópsia de vilo corial consiste na obtenção de amos-
termo, quer seja por falha estrutural, anatômica ou fun- tra do tecido trofoblástico para análise genética entre 10
cional do colo uterino. O diagnóstico pode ser alcançado e 13 semanas, com a vantagem de oferecer resultados
pela história clínica típica de perda fetal no segundo tri- mais precoces na gravidez. A amniocentese consiste
mestre de gravidez, de forma indolor, com pouca ou ne- na obtenção de líquido amniótico contendo células fe-
nhuma contração uterina. Tende a se repetir nas gesta- tais para estudo cromossômico e análise de DNA, que
ções subsequentes, geralmente evoluindo para perdas deve ser realizada entre 14 e 16 semanas. A colheita
com idade gestacional mais precoce. Resposta a. percutânea de sangue de cordão umbilical pode ser
realizada a partir de 18 semanas e está indicada para
111. O diagnóstico de incompentência istmocervical análise genética, quando amniocentese ou biópsia do
pode ser alcançado pela história clínica típica de perda vilo corial são inconclusivos. Resposta c.
fetal no segundo trimestre de gravidez, de forma indo-
lor, com pouca ou nenhuma contração uterina. Tende 116. Em uma paciente com gestação intrauterina con-
a se repetir nas gestações subsequentes, geralmen- firmada por ultrassonografia, com sangramento vagi-
te evoluindo para perdas com idade gestacional mais nal e sinais de infecção, o diagnóstico mais provável
precoce. Nesses casos, o tratamento preconizado é a é abortamento infectado. Este é uma complicação do
cerclagem eletiva (sutura do orífico interno do colo ute- abortamento incompleto, associado frequentemente
rino), que deve ser realizada preferencialmente entre à manipulação da cavidade uterina. O quadro clínico
12 e 16 semanas. Pode ser realizada excepcionalmen- varia de acordo com a extensão da doença. Quando
te fora deste período (entre 16 e 24 semanas) quando a infecção é limitada à cavidade uterina e miométrio,
detectadas alterações cervicais (cerclagem de emer- a febre normalmente é baixa, com paciente em bom
gência). Sendo assim, a alternativa “A” está correta. estado geral e dor leve. Quando a infecção atinge mio-
As indicações de progesterona vaginal são: história de métrio, paramétrio e anexos, o sangramento está asso-
parto prematuro anterior e colo curto (< 25 mm) na ul- ciado a líquido de dor fétido, a febre geralmente é mais
trassonografia entre 20 e 24 semanas. alta, com piora do estado geral, além de dor pélvica
Revisões sistemáticas não econtraram evidências a fa- intensa, útero amolecido, colo entreaberto e doloroso à
vor ou contra a prescrição de repouso no leito na dimi- mobilização. O tratamento é antibioticoterapia e esva-
nuição das taxas de parto prematuro em mulheres de ziamento uterino. Resposta c.
alto risco. Resposta a.
117. Na segunda semana após fecundação, o embrião
112. Toda gestante com exantema febril, deve ser testa- é didérmico, sendo constituído por duas camadas: epi-
da para Zika vírus e dengue. O tratamento consiste em blasto e hipoblasto. As células do hipoblasto migram e
sintomáticos, hidratação e avaliação de possíveis com- revestem a blastocele, originando a membrana de Heu-
plicações. Para diagnóstico de Zika, o exame preconi- ser (ou endoderma extraembrionário), que é o revesti-
zado é a reação em cadeia da polimerase. Resposta b. mento interno do saco vitelino. As células do epiblasto
originam a membrana amniótica (âmnio ou ectoderma
113. A paciente acima possui o diagnóstico de abor- extraembrionário). Entre o endoderma extraembrioná-
tamento incompleto, sendo que a conduta é sempre o rio e o citotrofoblasto, é depositada matriz extracelular,
esvaziamento uterino. Como já ocorreu expulsão fetal, o retículo extraembrionário.

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50 R1 Extensivo | Gabarito comentado

Células oriundas do epiblasto migram sobre o re- 120. O termo acretismo placentário é empregado para
tículo extraembrionário e originam o mesoderma descrever qualquer implantação placentária na qual há
extraembrionário somático, adjacente ao citotrofo- aderência anormalmente firme à parede uterina, que
blasto e ao saco amniótico, e o mesoderma extra- impede a dequitação. A implantação placentária anor-
embrionário esplâncnico, adjacente ao saco vitelino. mal ocorre mais frequentemente em circunstâncias
O sinciciotrofoblasto, o citotrofoblasto e o mesoder- onde a formação decidual foi pertubada. Os principais
ma extraembrionário somático constituem o córion. fatores de riscos são: placenta prévia, incisões uteri-
Resposta a. nas prévias, curetagens uterinas prévias, cesáreas pré-
vias, idade materna maior que 35 anos, multiparidade,
118. Na primeira consulta de pré-natal, procede-se à defeitos endometriais e leiomiomatose. Mulheres que
determinação do tipo sanguíneo materno e a triagem apresentam duas ou mais cesarianas com placenta
de anticorpos. O Coombs indireto positivo para anti- prévia anterior possuem 40% de risco de desenvolver
-D reflete aloimunização. A conduta na gestante com placenta acreta. Sendo assim, alternativa “B” está cor-
aloimunização deve ser individualizada, incluindo vigi- reta. Resposta b.
lância sobre os títulos de anticorpos (até o valor crítico)
e monitoramento ultrassonográfico da velocidade sis- 121. O termo acretismo placentário é empregado para
tólica máxima da ACM (artéria cerebral média) do feto. descrever qualquer implantação placentária na qual há
Na maioria dos centros especializados, as medições aderência anormalmente firme à parede uterina, que
seriadas da velocidade sistólica máxima da ACM fetal impede a dequitação. Placenta increta é definida pela
substituíram a amniocentese na detecção de anemia penetração das vilosidades até o miométrio, sem plano
fetal. O feto anêmico desvia sangue preferencialmente de clivagem para descolamento manual. Sendo assim,
para o cérebro, sendo que a velocidade aumenta em a conduta é histerectomia total abdominal. Resposta e.
razão do maior débito cardíaco. Estudos demonstra-
ram sensibilidade de 100% no diagnóstico de anemia 122. Uma das principais causas de hemorragia puer-
peral é a atonia uterina. Após a establização hemodi-
fetal moderada a grave com valores de PVS ACM aci-
nâmica, a primeira manobra a ser realizada é a massa-
ma de 1,5 MoM (múltiplo da média).
gem bimanual (massagem do fundo uterino com mão
A velocidade sistólica máxima na ACM é acompanha-
esquerda associada a toque vaginal com a mão direita
da com exames seriados e os valores são plotados em
que procura realizar elevação e anteversoflexão do úte-
uma curva. Se a velocidade estiver entre 1 e 1,5 MoM
ro), denominada manobra de Hamilton. O tratamento
e a curva for ascendente, a vigilância deve ser sema-
farmacológico consiste em drogas uterotônicas como
nal. Se estiver acima de 1,5 MoM, haverá indicação de ocitocina, metilergotamina e misoprostol. Resposta b.
amostragem de sangue fetal para avaliar necessidade
de transfusão fetal. Sendo assim, na questão acima, é 123. Na primeira consulta de pré-natal, procede-se à
indicado realizar avaliação semanal do pico sistólico da determinação do tipo sanguíneo materno e a triagem
artéria cerebral média. Resposta c. de anticorpos. O Coombs indireto positivo para anti-
-D reflete aloimunização. A conduta na gestante com
119. Segundo a resolução do CFM No 2.144/2016: aloimunização deve ser individualizada, incluindo
€€ É direito da gestante, nas situações eletivas, optar vigilância sobre os títulos de anticorpos (até o valor
pela realização de cesariana, garantida por sua crítico de 1:32) e monitoramento ultrassonográfico da
autonomia, desde que tenha recebido todas as in- velocidade sistólica máxima da ACM (artéria cerebral
formações de forma pormenorizada sobre o parto média) do feto.
vaginal e cesariana, seus respectivos benefícios e Na maioria dos centros especializados, as medições
riscos. seriadas da velocidade sistólica máxima da ACM fetal
€€ A decisão deve ser registrada em termo de consen- substituíram a amniocentese na detecção de anemia
timento livre e esclarecido, elaborado em linguagem fetal. O feto anêmico desvia sangue preferencialmente
de fácil compreensão, respeitando as característi- para o cérebro, sendo que a velocidade aumenta em
cas socioculturais da gestante. razão do maior débito cardíaco. Estudos demonstra-
ram sensibilidade de 100% no diagnóstico de anemia
€€ Para garantir a segurança do feto, a cesariana a
fetal moderada a grave com valores de PVS ACM aci-
pedido da gestante, nas situações de risco habi-
ma de 1,5 MoM (múltiplo da média). Resposta c.
tual, somente poderá ser realizada a partir da 39a
semana de gestação, devendo haver o registro em
124. O ultrassom transvaginal permite a identificação
prontuário.
do saco gestacional intrauterino com 4 semanas de
€€É ético o médico realizar a cesariana a pedido, e gestação e da vesícula vitelínica em torno de 5 sema-
se houver discordância entre a decisão médica e a nas. Entre 6 e 7 semanas, são observados o eco em-
vontade da gestante, o médico poderá alegar o seu brionário e os batimentos cardioembrionários. Sendo
direito de autonomia profissional e, nesses casos, assim, no caso acima, considera-se como gestação
referenciar a gestante a outro profissional. inviável. Como paciente com sangramento ativo, é indi-
Resposta b. cado o esvaziamento uterino. Resposta b.

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2 Obstetrícia 51

125. Nos primeiros três dias de puepério, a tempera- alizada, considerando-se a maior delas para o cálculo
tua corporal pode se encontrar elevada e normalmente do risco. A TN aumenta com o crescimento do compri-
está relacionada à apojadura. Esse fenômeno é consi- mento crânio-nádega, tornando-se essencial levar em
derado fisiológico quando durar menos que 48 horas. consideração a idade gestacional ao se definir se a TN
No caso acima, foram excluídas causas infecciosas está aumentada ou não.
(como pneumonia, mastite e endometrite). Sendo as- Alternativa “B” está incorreta. O risco de aneuploidias
sim, o tratamento é conservador com massagem nas aumenta com idade materna avançada.
mamas e suporte ao aleitamento, sem necessidade de Alternativa “C” está correta. Translucencia nucal, osso
antibioticoterapia. Resposta d. nasal e ducto venoso são marcadores ultrassonográfi-
cos utilizados no rastreio de aneuploidias.
126. Uma das principais complicações da isoimuniza- Alternativa “D” está incorreta, pois a avaliação do DNA
ção RH é a hidropsia. O termo refere-se ao acúmulo fetal livre no sangue materno possui alto custo.
excessivo de líquido, com derrames cavitários, edema Alternativa “E” está incorreta. O rastreio bioquímico de
de subcutâneo e anasarca. Resposta a. aneuploidias pode ser realizado através da avaliação
da fração beta-livre da gonadotrofina coriônica huma-
127. Por alternativa: na e da proteína plasmática-A. As dosagens devem
Alternativa “A” está incorreta, pois a principal causa de ser realizadas entre as 10-13a semanas e seis dias de
RCIU e a insuficiência uteroplacentária. gravidez.
Alternativa “B” está incorreta, pois a diabetes possui O índice de detecção para trissomia do 21, utilizando-
relação com macrossomia fetal. -se como método de rastreio a combinação entre idade
Alternativa “C” está incorreta. Já foram descritas inú- materna e o rastreio bioquímico (beta-hCG livre e PA-
meras tentativas de tratamento intrauterino de RCIU PP-A), está em torno de 60%. Por outro lado, quando
como repouso no leito, infusão de nutrientes por diver- combinados à idade materna, ao rastreio bioquímico
sas vias e uso de drogas vasodilatadoras placentárias. e à transluscência nucal (TN), os índices de detecção
Todas, porém, apresentaram resultados bastante con- passam para 90%. Resposta c.
troversos, sendo o motivo de tal insucesso relacionado
ao fato de não se atuar no que realmente é limitante, ou 129. Vesícula vitelínica e o  ANEXO EMBRIONÁ-
seja, a insuficiência vascular uteroplacentária. A única RIO dos vertebrados, formado a partir da endoderme e
terapêutica que, em estudos preliminares, apresentou da  mesoderme, que armazena substâncias nutritivas
efeitos benéficos foi a hiperoxigenação materna. Estu- para o embrião, denominadas vitelo.
dos em animais e humanos demonstraram que essa A vesícula vitelínica é detectável por meio da ultrasso-
medida, em fetos hipoxêmicos, restitui a frequência nografia bidimensional antes mesmo do aparecimen-
dos movimentos respiratórios ao normal. to do embrião, por volta da 5ª semana de gestação.
Alternativa “D” está incorreta, pois diástole zero da ar- Durante o crescimento embrionário, o endoderma da
téria umbilical em gestante com mais de 34 semanas e vesícula forma passivamente o intestino embrionário e,
indicação de resolução da gestação. progressivamente, ocorre o fechamento da comunica-
Alternativa “E” está correta. O advento da dopplerve- ção previamente existente entre a vesicul e o embrião.
locimetria tem permitido o melhor entendimento da
A partir da 12ª semana, não se detecta a presença da
hemodinâmica maternoplacentária e fetal, sendo que
vesicular vitelinica, já que esta foi completamente in-
possibilita a diferenciação da RCIU por insuficiência
corporada ao cordão umbilical. No ultrassom, é descri-
placentária do feto pequeno constitucional. Na RCIU,
ta como imagem anecoica regular com halo hiperecoi-
observa-se um aumento progressivo da resistência
co, como a figura acima. Resposta b.
vascular umbilical, representada, no Doppler, por que-
da da velocidade do fluxo sanguíneo durante a diásto-
130. As principais modificações nas mamas são:
le. É o elemento diagnóstico mais precoce do inade-
€€ Mastalgia: em torno da quinta semana de gestação,
quado crescimento fetal. Em situações extremas, pode
ser detectado fluxo diastólico final igual a zero ou, até tem início um processo de congestão das mamas,
mesmo, fluxo reverso. com aumento do volume e dor local;
Resposta e. €€ Tubérculos de Montgomery: surgimento de proje-
ções secundárias representadas por glândulas ma-
128. Por alternativa: márias acessórias e glândulas sebáceas hipertro-
Alternativa “A” está incorreta. A translucência nucal au- fiadas;
mentada infere risco para aneuplodias, porém deve €€ Rede de Haller: aumento da vascularização venosa;
ser realizada com técnica padronizada e adequada.
A idade gestacional ideal para medida da TN é entre €€Sinal de Hunter: aumento da pigmentação dos ma-
as 11-13a semanas e seis dias de gravidez. Durante a milos e formação da aréola secundária.
realização do exame, mais de uma medida deve ser re- Resposta b.

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Caderno
de Questões
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Equipe SJT-MED
Sumário
1 Questões para treinamento – Pediatria............................................................................................5
2 Gabarito comentado....................................................................................................................................27
1
QUESTÕES PARA TREINAMENTO
Pediatria

UNIFESP – 2019 a) aumentar a altura em 10 centímetros


1. A avaliação antropométrica de um pré-escolar b) dobrar o peso de nascimento
de 4 anos de idade, resulta nos seguintes valo- c) aumentar o perímetro cefálico em 0,5 cm por
res de escore Z para os índices calculados: E/I mês
= -0,8; P/E = 2,1; P/I = 1,7 e IMC/I = 2,4. De acordo d) ganho de peso de 10 gramas por dia
com a Organização Mundial da Saúde, qual é a
classificação nutricional desta criança? SUS-SP – 2019
a) sobrepeso e estatura adequada para idade 4. Menina de três anos, sexo feminino, é trazida
b) sobrepeso e risco de baixa estatura pela mãe com queixa de estar se alimentando
c) risco para sobrepeso e estatura adequada pouco e de não crescer. Ao exame físico apre-
para idade senta pele seca, apatia e xeroftalmia. Urina I
d) obesidade e estatura adequada para idade mostrou hematúria microscópica. Uma possí-
e) peso adequado para idade e risco de baixa es- vel causa para este quadro é:
tatura a) raquitismo
b) deficiência de vitamina B6
USP-SP – 2019 c) deficiência de vitamina B12
2. Uma criança é capaz de correr, fazer uma d) deficiência de vitamina A
torre com quatro cubos de blocos e brincar e) anemia ferropriva
de “comidinha”. Ela entende “meu” e se sen-
te mal quando pisa no pé de sua mãe. Dado UFG – 2019
a progressão normal do desenvolvimento, a 5. Dois irmãos procuram o pediatra para saber
descrição acima é esperada de uma criança o motivo de suas alturas serem muito dife-
de qual idade? rentes. “A” tem 16 anos e mede 155 cm, refere
a) 15 meses menarca aos 13,5 anos e afirma ter parado de
b) 18 meses crescer há dois anos. “J”, de 17 anos, também
c) 24 meses parou de crescer há dois anos e está com 178
d) 30 meses cm. A mãe mede 160 cm e o pai, 173 cm. Con-
siderando o histórico dos irmãos:
USP-SP – 2019 a) a diferença tão grande entre as alturas finais
3. Qual dos seguintes parâmetros é consistente dos irmãos não era esperada
com um crescimento normal nos seis primei- b) as alturas de “A” e “J” estão dentro do esperado
ros meses de vida? para o perfil familiar
6 R1 Extensivo | Questões para treinamento

c) a altura de “A” está abaixo da esperada para o d) pseudodiarreia


perfil familiar e) doença de Hirschprung
d) a altura de “J” está acima da esperada para o
perfil familiar UERJ – 2019
9. Lactente de três meses foi levado para consul-
USP-SP – 2019 ta médica de puericultura pela mãe e pela avó.
6. Segundo o Ministério da Saúde, assinale a al- Ambas referiram que a criança tem choro in-
ternativa correta sobre o armazenamento ade- tenso desde que nasceu, está em aleitamento
quado do leito materno: materno exclusivo e seu crescimento e desen-
a) pode ficar em ar ambiente por até 12 horas volvimento são normais até o momento. A mãe
b) quando descongelado, pode ser consumido queixou-se de estar muito cansada e a avó co-
em até 72 horas mentou que o pai tem sido bastante agressivo
c) pode ser armazenado congelado por até 40 com a mãe (às vezes a empurrando), especial-
dias mente após o nascimento do bebê. Ao exame,
d) se colocado na geladeira, deve ser consumido o lactente está em bom estado geral, ativo e
em até 24 horas reativo, eupneico, sem alterações à ausculta
ou à palpação abdominal. Entretanto, notam-
Santa Casa-SP – 2019 -se dois hematomas em região do dorso. A ra-
7. O Ministério da Saúde e a Organização Pan- diografia de tórax revelou um calo ósseo em
-Americana da Saúde estabeleceram, para uma costela à direita e uma pequena fratura
crianças menores de dois anos de idade, dez em outra à esquerda. Uma conduta fundamen-
passos para a alimentação saudável. Em rela- tal a ser realizada nessa criança é:
ção a essas recomendações, assinale a alter- a) fundo de olho
nativa CORRETA: b) cintigrafia óssea
a) a partir dos seis meses de vida, devem ser c) tomografia de tórax
introduzidos, de forma lenta e gradual, na ali- d) dosagem de fosfatase alcalina
mentação da criança, outros alimentos, sus-
pendendo‐se o leite materno UNICAMP – 2019
b) a mãe deve ofertar à criança somente leite 10. A intoxicação por derivados de nafazolina, é
materno até os seis meses de vida, sem ofere- caracterizada por:
cer água, chás ou quaisquer outros alimentos a) taquicardia e taquipneia
c) açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, b) depressão neurológica e taquipneia
balas, salgadinhos e outras guloseimas de- c) apneia e bradicardia
verão ser oferecidos após os doze meses de d) agitação psicomotora e midríase
vida
d) após os seis meses de vida, a mãe deverá UNICAMP – 2019
oferecer alimentos complementares (cereais, 11. Criança, 3a, trazida ao pronto-socorro com
tubérculos, carnes, leguminosas, frutas e le- quadro de sudorese profusa, vômitos incoer-
gumes) à criança; uma vez ao dia se esta ain- cíveis, salivação excessiva, alternância de agi-
da receber leite materno e duas vezes ao dia tação com prostração, e bradicardia. Familiar
se estiver desmamada refere que moram em área urbana com várias
e) os horários em que a alimentação comple- casas em construção ao redor e que a criança
mentar é oferecida devem ser rigidamente res- estava brincando na rua quando chegou cho-
peitados, independentemente da vontade da rando muito. O quadro clínico descrito é com-
criança patível com:
a) acidente loxoscélico
UNIFESP – 2019 b) acidente botrópico
8. Você atende um lactente de 2 meses de idade, c) escorpionismo
em aleitamento materno exclusivo. A mãe refe- d) acidente crotálico
re que a criança elimina fezes amolecidas em
intervalos superiores a três dias, com regur- UNIFESP – 2019
gitações esporádicas e bom ganho de peso. 12. Menina de 9 meses de idade é trazida pela mãe
Qual a hipótese diagnóstica? ao pronto-socorro com história de queda do
a) disquesia do lactente berço há um dia. Ao exame, observa-se uma
b) constipação crônica criança muito chorosa, irritada, com aumento
c) pseudoconstipação de volume no braço direito e coxa esquerda,

SJT Residência Médica


1 Pediatria 7

além de equimoses na parte anterior e poste- d) pesticida


rior do tórax em diferentes estágios de evolu- e) nafazolina
ção. O exame radiológico indica fratura recente
de fêmur esquerdo e calo ósseo em úmero di- USP-SP – 2019
reito. Além da radiografia de esqueleto, quais 15. Você está no alojamento conjunto, avaliando
condutas são mais adequadas ao caso? recém-nascido no 2º dia de vida, nascido a ter-
a) tomografia de crânio, hemograma, encami- mo, parto vaginal, adequado para a idade gesta-
nhamento ambulatorial para investigação e cional, sem intercorrências perinatais, evoluin-
notificação de violência do com boa aceitação do seio materno. Exame
b) internação, tomografia de crânio, hemograma clínico sem alterações. A mãe apresenta quadro
e contato imediato com a autoridade policial de tosse crônica, colhido pBAAR (pesquisa de
c) internação, hemograma, ultrassono gra f ia bacilo álcool-ácido resistente) na semana pas-
transfonta ne lar e solicit ação de avaliação sada, que veio positivo, mas ainda não iniciou
genética e hematoló gica nenhum tratamento. O recém-nascido em ques-
d) hemograma, coagulograma, encaminhamento tão ainda não recebeu a vacina da BCG até o
ambulatorial para investigação e contato com momento. De acordo com as recomendações
a vara da infância e/ou conselho tutelar do Ministério da Saúde, a conduta indicada para
e) internação, tomografia de crânio, fundo de o recém-nascido neste momento é:
olho, notificação de violência, contato com a a) não dar BCG, início imediato de isoniazida e
vara da infância e/ou conselho tutelar realizar teste tuberculínico com 3 meses de
vida
USP-SP – 2019 b) vacinação imediata com BCG e realizar teste
13. Menina, 2 anos de idade, previamente hígida, tuberculínico com 3 meses de vida e após, iso-
foi trazida ao pronto-socorro pelo seu avô, niazida se necessário
que a encontrou vomitando no quintal, onde c) não dar BCG, realizar teste tuberculínico ime-
foi aplicado veneno para ratos recentemente. diato e após, isoniazida se necessário
Criança descorada, hipoativa, sonolenta, pupi- d) vacinação imediata com BCG, início imediato
las mióticas, com presença de sudorese, lacri- de isoniazida e realizar teste tuberculínico com
mejamento e salivação intensas. FC: 62 bpm, 3 meses de vida
FR: 12 irpm, tempo de enchimento capilar de
4 segundos. Sem outras alterações ao exame UFG – 2019
clínico Para reversão do quadro atual, está in- 16. Uma menina de cinco meses, com quadro de
dicado o uso de: febre há 23 horas, acompanhada de vômitos
a) gluconato de cálcio (quatro episódios) e chorando muito; sem ou-
b) atropina tros sintomas. Antecedentes: a mãe refere que
c) flumazenil a criança manifestou vários quadros gripais
d) bicarbonato de sódio e tem alergia a dipirona. Não trouxe o cartão
de vacinação. A mãe informa ainda que algu-
SUS-SP – 2019 mas vacinas estão atrasadas porque a criança
14. Lactente, 3 meses, chega à Emergência agita- teve febre alta após vacinar-se, então o pai foi
do, irritado e com quadro de choro inconso- contra as vacinas. O exame físico é bastante
lável. Ao exame físico apresenta-se choroso e dificultado pelo choro persistente. Foram ob-
sudoreico com FC: 190 bpm e T: 38,6 °C. O exa- servadas desidratação leve e temperatura axi-
me neurológico mostrou hiperreflexia global e lar de 39,6 °C. Ao final da consulta, a criança
pupilas midriáticas. A mãe refere que criança apresentou convulsão que cessou rapidamen-
apresentava muitas cólicas, refluxo com vômi- te, antes que houvesse tempo para aplicar an-
tos e com o nariz escorrendo, sendo medicada ticonvulsivante. A conduta imediata será:
para todas essas situações. Avó conta que on- a) abaixar a febre, preferencialmente com dipiro-
tem passou o dia com ela e que sua casa ha- na via endovenosa, realizar hemograma, EAS,
via sido dedetizada recentemente. Os sinais e urocultura e deixar em observação
sintomas pode, ser decorrentes de intoxicação b) prescrever paracetamol, hidratação venosa e
medicamentosa. O medicamento que mais pro- realizar punção lombar
vavelmente causou estes sintomas foi: c) prescrever antitérmico, anticonvulsivante e
a) anti-histamínico soro de manutenção; deixar em observação,
b) metoclopramida mínimo de 24 horas. Solicitar o cartão de vaci-
c) escopolamina nação

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8 R1 Extensivo | Questões para treinamento

d) realizar hemograma, EAS, urocultura, hemo- aplicada foi há 1 ano quando o menino com-
cultura e radiografia de tórax. Após normaliza- pletou aos 5 anos. Qual conduta é adequada
ção da tempera- tura, prescrever soro oral e para este paciente, em relação a profilaxia do
manter em observação até os resultados dos tétano?
exames a) não será realizada nenhuma medida de soro
ou vacina, pois paciente tem esquema de va-
UFG – 2019 cinação para tétano completa com 3 doses e 2
17. Livre desde 1990 da poliomielite, o Brasil corre reforços, sendo o último há 1 ano
o risco de voltar a sofrer com a doença, conhe- b) realizar soro antitetânico visto que ferimento
cida também como paralisia infantil. O Ministé- pode ser contaminado pelo prego enferrujado
rio da Saúde apontou 312 municípios de dife- e terra
rentes estados em que a cobertura vacinal está c) realizar imunoglobulina antitetânica pois pa-
abaixo dos 50% entre crianças menores de um ciente já tem 6 anos e o ferimento é altamente
ano de idade. Assim, no Brasil, com relação à contaminado
vacinação da criança e do adolescente: d) realizar reforço para tétano além do soro anti-
a) a vacina oral de poliomielite (VOP) é utilizada tetânico, pois o ferimento é altamente contami-
há muito tempo e pode ser empregada desde nado
o nascimento de maneira segura e eficaz
b) a VOP, constituída de vírus atenuado, pode ser UERJ – 2019
empregada em indivíduos com imunodeficiên- 20. Criança de 13 meses está com o calendário
cias con- gênitas ou adquiridas, sem riscos de vacinal atrasado e é levada pela avó ao posto
poliomielite vacinal de saúde para atualização das vacinas. A res-
c) a vacina VIP (pólio inativada) é injetável e mais ponsável relata quadro de resfriado há dois
segura por ter em sua composição apenas os dias, nega febre ou tosse e que a última visita
poliovírus tipos 1 e 2 ao posto de vacinação foi há dez dias, quando
d) a VOP, a partir de 2016, é uma vacina bivalen- ainda morava em outra cidade e foi vacinada
te, composta de dois poliovírus: tipos 1 e 3, em campanha contra febre amarela. Ao che-
pois o tipo 2 é associado a casos de poliomie- car o cartão da criança, nota-se que as vaci-
lite vacinal nas estão em dia até os 6 meses. Ao exame,
a criança está em bom estado geral, eupneica
UNIFESP – 2019 e com leve coriza. Nesse momento, a vacina
18. Menina de 4 anos de idade, infectada pelo CONTRAINDICADA é a:
HIV por via vertical, tomou apenas as vacinas a) influenza
previstas pelo calendário do programa nacio- b) tríplice viral
nal de imunizações até os 11 meses de idade. c) pneumocócica
Quais vacinas podem ser aplicadas de imedia- d) meningocócita
to, antes da avaliação imunológica?
a) DTP (tríplice bacteriana), pólio oral, sarampo UFRN – 2019
b) sarampo, caxumba, rubéola (tríplice viral) 21. Em uma maternidade do nosso município,
c) DTP (tríplice bacteriana), Hib, pólio inativada nasceu uma criança cuja mãe apresentou Hb-
d) Meningococo C conjugada, varicela, pneumo- sAg positivo. Diante desse fato, a pediatra,
cócica seguindo as orientações do Programa Na-
e) Pneumocócica, pólio oral, hepatite A cional de Imunização (PNI), deve prescrever:
a) vacina BCG, vacina Hepatite B e imunoglo-
FAMERP – 2019 bulina específica para hepatite B (HBIG
19. Mãe de criança com 6 anos de idade, mas- b) vacina BCG e vacina Hepatite B
culino, procura atendimento na UPA devido c) vacina hepatite B e imunoglobulina específica
ferimento corto-contuso em perna por prego para hepatite B (HBIG)
enferrujado da cerca do quintal de terra. O fe- d) vacina BCG e imunoglobulina específica para
rimento é profundo e houve sangramento com hepatite B (HBIG)
necessidade de sutura. DJF faz acompanha-
mento regular na Unidade Básica de Saúde UFRN – 2019
da Família (UBSF) e não há vacinas em atra- 22. Ainda nos dias atuais, a icterícia infecciosa
so, conforme comprovado pelos registros na ou epidêmica continua afligindo grande parte
Carteira de Vacinação apresentada no atendi- da população infantil. As hepatites virais em
mento na UPA. Observou-se que a última dose crianças continuam desafiadoras quanto ao

SJT Residência Médica


1 Pediatria 9

diagnóstico, ao tratamento e à prevenção. A materno exclusivo até os 3 meses, quando ini-


hepatite A: ciou dieta complementar com fórmula à base
a) é caracterizada por ser autolimitada e conferir de proteína do leite de vaca. Com 4 meses o
imunidade duradoura, porém, em alguns ca- leite materno foi suspenso. Diante do caso
sos, pode evoluir para hepatite crônica exposto acima, assinale a melhor conduta ali-
b) tem alta prevalência em áreas cujas condições mentar imediata:
sanitárias são precárias, sendo responsável a) iniciar uma fórmula a base de proteína de soja
pela maioria dos casos de hepatite aguda na b) iniciar uma fórmula parcialmente hidrolisada
infância c) iniciar uma fórmula extensamente hidrolisada
c) é extremamente contagiosa, de transmissão d) iniciar uma fórmula parcialmente hidrolisada e
fecal-oral, não sendo possível ocorrer a trans- observar 30 dias, pois pode ser efeito colateral
missão parenteral da vacina para rotavírus
d) pode ser prevenida, preferencialmente, pela
vacina, sendo indicada, de um modo geral, 3 UNICAMP – 2019
doses, com intervalo de 2 meses, a partir de 1 25. Menino, 3a, é trazida a atendimento médico por
ano de idade febre e diarreia com muco e sangue há três
dias. Mãe refere queda do estado geral há 1
FAMERP – 2019 dia, acompanhada de palidez cutânea e dimi-
23. Você participando do Projeto Rondon aten- nuição do volume urinário. Exame Físico: FR =
de menino de 4 anos de idade com queixa 60 irpm, FC = 140 bpm, T = 37,5 °C; hipoativo,
de tosse há 1 semana. Sua mãe refere que irritado, perfusão periférica lentificada, olhos
acompanhando a tosse apresenta cansaço e encovados, sangramento nos locais de
chiadeira no peito e febres esporádicas neste punção e ausência de sinais meníngeos. Hb =
período. No interrogatório complementar re- 5,3 g/dL; plaquetas = 85.000/mm3. A hipótese
fere dor abdominal recorrente e episódios de diagnóstica é:
diarreia intermitente. Nos antecedentes fami- a) diarreia aguda com desidratação e anemia fer-
liares os pais têm bronquite. Ao exame físico: ropriva
Reg, descorado, acianótico, anictérico, afebril, b) leucemia aguda
taquipneico e taquicárdico. BRNF com SS c) lúpus eritematoso sistêmico
+/4+, protosistólico sem irradiação; Murmúrio d) síndrome hemolítico-urêmica
vesicular presente e simétrico com roncos e
sibilos difusos; Abdome globoso, timpânico, UNICAMP – 2019
indolor, com fígado palpável 1 cm do rebordo; 26. Menina, 4a, retorna para ver resultado de exa-
O hemograma mostrou anemia homocrômica mes de fezes que colheu há 10 dias durante
e microcítica e leucocitose de 15.000, com 18 um quadro diarreico. Protoparasitológico: tro-
% de eosinófilo; O raio X de tórax mostrou in- fozoítos de Giardia lamblia e Entamoeba his-
filtrado difuso bilateral. Considerando o enun- tolytica. O tratamento é prescrever:
ciado acima, assinale a alternativa CORRETA: a) teclozam
a) esta criança apresenta asma brônquica e deve b) tiabendazol
-se iniciar salbutamol inalatório e corticoide oral c) praziquantel
b) trata-se de síndrome de Loeffler e deve ser d) metronidazol
prescrito albendazol durante 3 dias
c) trata-se de doença celíaca e deve se instituir UNICAMP – 2019
uma dieta isenta de glúten 27. Menino, 7m, é trazido a consulta ambulatorial
d) trata se de leucemia pela presença de febre e re- por diarreia crônica. Antecedentes pessoais:
sultado do hemograma e indica se mielograma duas internações por pneumonia com 2 e 5
meses, na última precisou de ventilação me-
FAMERP – 2019 cânica. Antecedentes familiares: irmão morreu
24. Lactente, 4 meses e 12 dias de vida, sexo femi- com 22 dias de vida após cirurgia no intestino.
nino, apresenta irritabilidade há 10 dias, com Exame físico: regular estado geral, peso e es-
choro constante, além de diarreia com raias de tatura baixo percentil 3, descorado ++/+4; Pul-
sangue há 7 dias. Antecedentes obstétricos: mões: murmúrio vesicular presente simétrico,
nasceu de parto cesariano, a termo, com 3.200 estertores subcrepitantes difusos; Abdome:
g de peso e 50 cm de comprimento. Antece- distendido, fígado a 5 cm rebordo costal direi-
dentes familiares: a mãe teve asma na infân- to levemente endurecido. A conduta é:
cia. Antecedentes alimentares: recebeu leite a) retirar o leite de vaca

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10 R1 Extensivo | Questões para treinamento

b) dosar sódio e cloro no suor e) síndrome do intestino irritável


c) dosar iga e anticorpo antigliadina
d) realizar coprocultura USP-SP – 2019
31. Lactente de 45 dias de vida, termo, peso atual
UNICAMP – 2019 de 4,5 kg, é trazido ao pronto-socorro com pio-
28. A precária condição do saneamento básico em ra importante do estado geral, acompanhada
algumas localidades do Brasil, faz com que o de vômitos biliosos e parada de eliminação de
país tenha diversos casos de doenças intesti- gases e fezes há 6 horas. Ao exame clínico está
nais provocadas por bactérias, protozoários e em mau estado geral, descorado 3+/4+, com
vermes. Considerando que cada um dos agen- abdome muito distendido, tenso e doloroso. Ao
tes tem suas próprias características, assinale toque retal há saída de pequena quantidade de
a alternativa correta: sangue. Qual o diagnóstico mais provável?
a) o Ascaris lumbricoides é o helminto mais fre- a) enterite necrotizante
quentemente encontrado e localiza-se prefe- b) volvo de intestino médio
rencialmente no canal pancreático, vias bilia- c) divertículo de Meckel hemorrágico
res e apêndice d) estenose hipertrófica de piloro
b) o Trichuris trichiura localiza-se preferencial-
mente no ceco e cólon ascendente e pode ser SUS-SP – 2019
tratado com mebendazol 32. Criança de quatro anos apresenta-se com eva-
c) gestantes com presença de ovos de Schisto- cuações líquidas ou pastosas quatro vezes
soma mansoni nas fezes, devem ser tratadas por dia há 20 dias. No início do quadro apre-
durante a gestação sentava oito a nove evacuações líquidas por
d) crianças com protoparasitológicos com pre- dia, febre e cólica. No momento criança está
sença de Entamoeba coli ou Endolimax nana ativa, com melhora da aceitação de dieta e de
ou Iodamoeba butschlii devem ser tratadas líquidos. Ao exame físico está corada e hidra-
com metronidazol tada. Ausculta pulmonar e cardíaca normais.
Exame abdominal normal. Dentre as opções
UNICAMP – 2019 abaixo, a melhor conduta neste caso é:
29. Menino, 6 meses de idade, trazido ao pronto- a) realizar colonoscopia com biópsia
-socorro porque está alternando períodos de b) introdução de albendazol
choro e calma, aumento do volume abdominal, c) colher coprocultura
vômitos amarelados e evacuação com sangue d) introdução de metronidazol
e catarro há 12 horas. Exame Físico: ABDOME e) diminuição da oferta de lactose à criança
distendido com massa palpável à direita. O
diagnóstico e o exame a ser realizado são: SUS-SP – 2019
a) enterocolite necrosante; radiograma simples 33. RN termo, sexo masculino, parto normal sem
de abdome intercorrências, peso de nascimento 3.125 g,
b) estenose hipertrófica do piloro; endoscopia di- é levado em consulta pela mãe fora de dia no
gestiva alta UBS, pois tem apresentado evacuações 8 ve-
c) intussuscepção intestinal; ultrassonografia ab- zes ao dia, explosivas, de aspecto amolecido e
dominal esverdeado. Mãe refere cólicas ao final do dia
d) apendicite aguda; tomografia computadorizada que melhoram espontaneamente. Não apre-
sentou febre, tem boa pega e aceitação das
UNIFESP – 2019 mamadas, estando em aleitamento exclusivo.
30. Menina de 15 meses de vida recebe aleitamen- Diurese presente. Exame físico sem alterações.
to materno e dieta geral adequada para a ida- Ainda aguarda o resultado do teste do pezinho.
de. Há 6 meses apresenta diarreia sem sangue A hipótese diagnóstica mais provável é:
e sem muco, acompanhada por déficit de ga- a) fibrose cística
nho de peso. Ao exame físico: descorada, apá- b) doença diarreica do lactente
tica, com distensão abdominal, com hipotrofia c) evacuações normais do lactente
da musculatura glútea, ânus sem anormalida- d) intolerância a lactose
des. Qual o diagnóstico mais provável? e) alergia a proteína do leite de vaca
a) doença celíaca
b) alergia à proteína do leite de vaca FAMERP – 2019
c) doença de Crohn 34. João nasceu em janeiro de parto cesárea, com
d) colite ulcerativa 39 semanas de idade gestacional, com peso

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1 Pediatria 11

ao nascimento de 3.400 g e 50 cm. Está com diminuição da diurese há um dia. Não fez uso
48 horas de vida, em casa, sob aleitamento de nenhuma medicação nem de soro via oral.
materno exclusivo em livre demanda. Há 3 ho- Estava na emergência com quadro de desidra-
ras vem apresentando choro que não melhora tação, porém sem sinais de choque, com os
com a oferta do peito e apresentou 3 fraldas seguintes exames laboratoriais iniciais: Na+
com urina amarelada e eliminou mecônio 1x 135 mEq/L; K+ 2,8 mEq/L; Cl- 100 mEq/dL; pH
nas últimas 24 horas. Sua mãe colocou o ter- 7,1; HCO-3 8 mmol/L; e Ht 27%. Considerando
mômetro axilar, que marcou 38 °C, então levou essa situação hipotética, assinale a alternativa
João ao consultório. Ao exame: beg, corado, que apresenta a conduta mais apropriada:
acianótico ictérico +/4 zona 3, peso atual: a) expansão com SF 0,9% 20 mL/kg, aberta, e
2.910 g. Exames laboratoriais: Na+ 150 mEq/L; correção de bicarbonato de sódio
K+ 5,0 mEq/L; bilirrubina total 8 mg/dL; bilirru- b) expansão com SF 0,9% e correção de potás-
bina direta 0,7 mg/dL; Ht 64%; GB 18.300/mm3 sio e de bicarbonato de sódio em 4h
(bastonetes 3%; segmentados 54%; linfócitos c) expansão com SF 0,9% e correção de potás-
43%). O diagnóstico e a conduta mais apro- sio em 4h
priada são: d) expansão com Ringer Lactato 20 mL/kg em
a) infecção do trato urinário; colher hemograma e vinte minutos e correção de bicarbonato
urocultura e iniciar antibioticoterapia endove- e) expansão com SF 0,9% 20 mL/kg em 1 h,
nosa transfusão sanguínea e correção de potássio
b) icterícia fisiológica; suspender amamentação em 2h
ao seio por 24 horas e introduzir fórmula
c) esferocitose; complementar com formula e so- UFG – 2019
licitar resistência osmótica 37. Crianças com doença diarreica aguda são
d) hipertermia por desidratação por baixa inges- mais susceptíveis à desidratação do que os
ta; aumentar a oferta hídrica e orientar técnica adultos. A desidratação deve ser avaliada e
de amamentação corrigida rapidamente. Para a grande maioria
das crianças nessa situação, é indicado o soro
USP-SP – 2019 de reidratação oral. Pela Organização Mundial
35. Menino, 11 meses de idade, dá entrada no da Saúde, a osmolaridade do soro deve ser:
pronto-socorro, com quadro de febre de 39 °C, a) 75 mEq/L de sódio; 50 mEq/L de cloro; 20 mE-
vômitos e diarreia aquosa, há 2 dias. No exame q/L de potássio e 75 mmol/L de glicose, com
clínico, criança classificada como desidratada osmolaridade de 245 Osm/L
de algum grau, sendo indicado realizar tera- b) 20 mEq/L de sódio; 50 mEq/L de cloro; 50 mE-
pia de reidratação oral (TRO). Após 1 hora a q/L de potássio; 134 mMol/L de glicose, com
criança se encontra em regular estado geral, osmolaridade de 175 Osm/L
mantendo diversas perdas. Ao exame clínico, c) 125 mEq/L de sódio; 64 mEq/L de cloro; 20
criança pálida, taquicárdica, sonolenta, com mEq/L de potássio e 125 mmol/L de glicose,
perfusão lentificada, tempo de enchimento ca- com osmolaridade de 350 Osm/L
pilar de 4 segundos. A conduta indicada neste d) 90 mEq/L de sódio; 64 mEq/L de cloro; 20 mE-
momento é: q/L de potássio e 111 mmol/L de glicose, com
a) manter apenas a TRO e realizar reavaliação osmolaridade de 311 Osm/L
após mais 1 hora
b) indicar expansão endovenosa com 20 ml/kg UFRN – 2019
de soro fisiológico 38. As parasitoses intestinais são muito frequen-
c) manter a TRO associada a soro de reposição tes na infância e são consideradas problemas
endovenoso de saúde pública, principalmente nas áreas
d) iniciar antibioticoterapia devido a não resposta periféricas das cidades dos países em desen-
a hidratação instituída volvimento, onde ocorrem com grande frequ-
ência. Alguns parasitas geram uma resposta
Santa Casa-SP – 2019 inflamatória migratória no pulmão, em razão
36. Uma paciente de um ano de idade foi levada de seu ciclo cardiopulmonar. São parasitas
ao hospital, previamente hígida, apresentan- capazes de gerar a síndrome de Loeffler:
do quadro de diarreia em grande quantidade, a) Ascaris lumbricoides e Strongyloides stercoralis
líquida, várias vezes ao dia, nos últimos três b) Taenia solium e Trichocephalus trichiurus
dias. A mãe relatou também alguns episódios c) Necator americanus e Enterobius vermiculares
de vômitos, com baixa aceitação alimentar e d) Giardia lamblia e Entamoeba histolytica

SJT Residência Médica


12 R1 Extensivo | Questões para treinamento

UFRN – 2019 dias, está manhoso e acordando de madruga-


39. Uma criança de 1 ano e 05 meses de idade é da. O exame físico mostra hiperemia de orofa-
levada à urgência pediátrica por sua mãe, e ringe com secreção mucosa e membranas tim-
esta informa que, há três dias, seu filho tem fe- pânicas com leve hiperemia simétrica, bilateral,
bre e vômitos e, há dez dias, está com diarreia. sem abaulamento. Pulmões limpos, BRNF sem
No momento, as fezes são de consistência lí- sopros e abdômen normotenso sem viscero-
quida, pequeno volume, com raios de sangue megalias. Qual a melhor conduta neste caso?
vivo e muco (a partir do 3º dia), 15-20 evacua- a) a história sugere infecção aguda e o paciente
ções por dia. A mãe refere irritabilidade e choro deve receber antibióticos orais
constante da criança nos últimos dois dias. Fez b) a história é consistente com uma infecção
consulta em UPA no 4º dia, sendo orientada a respiratória superior viral, hidratação, limpeza
usar soro caseiro, antitérmico e alimentação de vias aéreas superiores e analgésicos de-
adequada. O lactente fez uso de leite materno vem ser recomendados
exclusivo até os 06 meses de vida, com intro- c) a história sugere reação alérgica e deve rece-
dução posterior da alimentação complementar, ber corticoide nasal
glúten aos 7 meses e fórmula infantil a partir d) a história sugere otite media serosa crônica e
dos 9 meses, quando deixou de amamentar no deve ser encaminhado ao otorrino
seio. Há história de dois episódios de diarreia
aos 10 meses e meio e aos 12 meses, com du- UNICAMP – 2019
ração de 5 e 7 dias, respectivamente. A mãe 41. Menino, 3a, trazido ao pronto atendimento
informou também que vive em condições am- com febre não aferida e tosse há cinco dias.
bientais e socioeconômicas inadequadas. Ao Exame físico: T = 38,7 °C, FR = 50 irpm, tiragem
exame físico, estado geral comprometido, não subcostal; pulmões: murmúrio vesicular pre-
aceitando líquido, pulsos débeis, perfusão pe- sente, estertores crepitantes em ápice direito.
riférica comprometida, sinal da prega positivo. Radiograma de tórax: opacidade homogênea
Ausculta cardiopulmonar sem alterações. Ab- em lobo superior direito e velamento do seio
dome: plano, flácido, levemente distendido e costofrênico ipsilateral. A conduta é:
doloroso à palpação, sem visceromegalias. O a) toracocentese e antibioticoterapia com penici-
diagnóstico mais provável e a conduta mais lina cristalina
apropriada são, respectivamente: b) drenagem torácica em selo d’água e antibioti-
a) diarreia aguda + plano C, necessitando de coterapia com oxacilina
fase imediata de expansão venosa e antibioti- c) antibioticoterapia com macrolídeo
coterapia para agentes invasores, mantendo-o d) iniciar antibioticoterapia após resultado da he-
em observação no serviço ou realizando inter- mocultura
nação hospitalar
b) diarreia aguda + plano B, necessitando de te- UNIFESP – 2019
rapia de reidratação oral no serviço e antibio- 42. Menino saudável com 2 anos de idade apre-
ticoterapia para agentes invasores, com reco- senta claudicação há 3 dias e teve infecção
mendação de retorno ambulatorial em 24-48 das vias aéreas superiores na semana anterior.
horas No exame físico, está em bom estado geral e
c) diarreia crônica + plano C, por alergia à pro- afebril, com discreta limitação de quadril direi-
teína do leite de vaca, necessitando de fase to à rotação interna. Os exames laboratoriais
de expansão venosa, suspensão da fórmula e estão normais exceto por discreto aumento de
prescrição de hidrolisado proteico, com retor- velocidade de hemossedimentação (30 mm na
no ambulatorial em até 72 horas 1ª hora). Qual a conduta neste caso?
d) diarreia crônica + plano B, por intolerância on- a) reavaliação ambulatorial em 24-48 horas
togenética à lactose, necessitando de terapia b) artrocentese de quadril direito
de reidratação oral no serviço, suspensão da c) antibioticoterapia imediatamente
fórmula e prescrição de dieta sem lactose, d) realizar tomografia do quadril afetado
com retorno ambulatorial na 1ª semana e) prescrever ácido acetilsalicílico 80 mg/kg/dia

FAMERP – 2019 SUS-SP – 2019


40. Você consulta um lactente de 1 ano de idade, 43. Criança de 2 anos de idade, trazida pela mãe,
no pronto atendimento com uma história de há com relato de haver ingerido um prego há cerca
5 dias com obstrução nasal e tosse. Sua mãe de 1 hora. Radiografia mostra que o corpo estra-
refere que apresentou febre nos 2 primeiros nho está antes do piloro. A melhor conduta é:

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1 Pediatria 13

a) endoscopia digestiva alta, para retirada do b) é prematura com idade gestacional de nasci-
prego, uma vez que este sendo pontiguado mento menor do que 32 semanas e que ne-
pode levar a perfuração cessitou de oxigênio por mais de 28 dias após
b) reavaliação em 12-24 horas para ver se o pre- o nascimento
go progride no trato gastrintestinal ou se conti- c) tem cardiopatia congênita, cianótica ou acia-
nua pré-pilórico nótica, independente da função hemodinâmi-
c) seguimento clínico e radiológico até a elimi- ca e de idade gestacional ao nascimento
nação nas fezes, uma vez que não pode ser d) tem sibilância recorrente, que necessita de te-
retirado por via endoscópica rapêutica com beta-agonista ao menos cinco
d) indução de vômito com xarope de ipeca, que vezes no mês
apresenta menos riscos que a endoscopia
e) seguimento clínico e radiológico até a elimina- UNICAMP – 2019
ção nas fezes, uma vez que o prego não repre- 47. Menino, 4a, comparece à Unidade Básica de
senta risco ao paciente Saúde para investigação de tuberculose. Ante-
cedentes Familiares: pais em tratamento para
UNICAMP – 2019 tuberculose há 30 dias. Imunização adequada
44. Menina, 5a, é trazida ao Serviço de Emergên- para a idade. Assintomática. Radiograma de
cia com história de ingestão de um pedaço de tórax: sem alteração. Teste tuberculínico = 5
brinquedo há 3 horas. Mãe nega vômitos ou mm. A conduta é:
salivação excessiva. Radiograma de tórax e a) iniciar tratamento de infecção latente pelo
abdome: presença de imagem de duplo halo Mycobacterium tuberculosis
em terço proximal de esôfago. A conduta é: b) repetir teste tuberculínico dentro de 8 a 12 se-
a) endoscopia digestiva alta manas
b) acompanhamento radiológico a cada 72 horas c) tratamento para tuberculose ativa
c) uso de droga procinética via parenteral d) observação clínica com seguimento ambulatorial
d) expectante até 120 horas pós ingestão
UNICAMP – 2019
UFRN –2 019 48. Menina, 60 dias, é trazida ao pronto-socorro
45. Pré-escolar de 3 anos foi levado por sua mãe com queixa de tosse em crise e falta de ar há
ao serviço de urgência com relato de tosse três dias. Mãe refere conjuntivite prévia. Nega
produtiva e febre há 3 dias, evoluindo nas úl- febre. Antecedentes pessoais: parto normal,
timas 24 horas com discreta dor abdominal. À peso = 3.000 g e comprimento = 50 cm. Exa-
ausculta pulmonar, apresentava-se com ester- me físico: FR = 70 irpm, FC = 160 bpm, afe-
tores creptantes em base do hemitórax direito, bril, acianótica, anictérica, retração intercos-
frequência respiratória de 45 irpm, SatO2 96% tal presente; Pulmões: estertores crepitantes
e sem tiragens. Diante desse quadro, a condu- em bases pulmonares. Radiograma de tórax:
ta mais adequada no momento é: hiperinsuflação bilateral e aumento de trama
a) internar e prescrever ceftriaxona vasobrônquica. Hb = 12,5 g/dL, Leucócitos =
b) internar e prescrever penicilina g cristalina 10.000 mm3 (bastões 3%, segmentados 36%,
c) prescrever azitromicina e reavaliar ambulato- eosinófilos 10%, linfócitos 48%, monócitos
rialmente com 48 horas 3%). O tratamento é:
d) prescrever amoxicilina e reavaliar ambulato- a) anticorpo monoclonal para vírus sincicial res-
rialmente com 48 horas piratório
b) azitromicina
UERJ – 2019 c) oxacilina e amicacina
46. O uso do anticorpo monoclonal palivizumabe d) ganciclovir
na época de sazonalidade do vírus sincicial
respiratório (VSR) comprovadamente reduz em UNIFESP – 2019
até 50% a frequência e o tempo de hospitaliza- 49. Você é chamado para atender uma criança
ção por infecções por tal vírus, em especial em de 2 anos internada por doença respiratória.
crianças de alto risco. É considerada criança de A enfermeira relata que a criança está mais
alto risco aquela que no primeiro ano de vida: dispneica e gemente. Os controles dos si-
a) é prematura de muito baixo peso, independen- nais vitais mostram taquicardia persistente e
te de idade gestacional ao nascimento e que taquipneia progressiva, sem febre associada.
necessitou de oxigênio por mais de 28 dias Ao exame físico: tiragem diafragmática e inter-
após o nascimento costal, retração de fúrcula e uso de muscula-

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14 R1 Extensivo | Questões para treinamento

tura acessória. Assimetria de expansão torá- bpm, a frequência respiratória é de 50 irpm e a


cica com o hemitórax direito não expandindo saturação de oxigênio é de 95% no ar ambiente.
na base. Ausculta com sons pulmonares abo- Não apresenta estridor ou retrações torácicas,
lidos e presença de macicez pulmonar à per- há presença de estertores crepitantes na base
cussão em base direita. Qual o diagnóstico? do pulmão direito. O restante do exame clínico é
a) pneumonia normal. Não apresenta antecedentes alérgicos.
b) atelectasia Qual das alternativas abaixo é o patógeno mais
c) interferência da presença hepática provável?
d) paralisia diafragmática a) Bordetella pertussis
e) derrame pleural b) Haemophilus influenzae tipo B
c) Streptococcus pneumoniae
UNIFESP – 2019 d) Mycoplasma pneumoniae
50. Você atende em pronto-socorro uma criança de
3 meses de idade, com história de coriza, tosse USP-SP – 2019
e febre há 3 dias, que vem piorando progres- 53. Menina, 1 mês e 18 dias de idade, apresen-
sivamente, com desconforto respiratório há 2 ta tosse há 7 dias, que evoluiu com piora do
dias. Ao exame físico: regular estado geral, ta- padrão respiratório há 2 dias, sem febre, sem
quidispneica, com frequência respiratória de 72 outras queixas. Trata-se de criança nascida de
movimentos por minuto, sibilos generalizados termo, parto vaginal, sem intercorrências peri-
e saturação periférica de O2 = 90%. A radiogra- natais. Apresentou quadro de conjuntivite na
fia de tórax mostra hiperinsuflação pulmonar. terceira semana de vida, resolvido com uso de
Qual a conduta adequada ao caso? colírio de tobramicina. Ao exame clínico, crian-
a) tratamento domiciliar com prednisolona e fe- ça em bom estado geral, descorada 1+/4+, hi-
noterol inalatório dratada, acianótica, anictérica, afebril. Exame
b) três cursos de inalação com fenoterol com in- pulmonar com estertores finos em base direi-
tervalo de 20 minutos, corticoide IV e reavaliar ta, com presença de tiragem subdiafragmáti-
c) internação, antibioticoterapia, corticoide IV, ca leve, FR 62 irpm, saturação de 89% em ar
inalação com fenoterol e oxigenoterapia ambiente. Ausculta cardíaca sem alterações,
d) internação, oxigenoterapia e hidratação FC 180 bpm. Exame abdominal com fígado a
e) internação em UTI, corticoide IV e ventilação 3 cm do rebordo costal direito, baço percutí-
mecânica vel há 1 cm do rebordo costal esquerdo. Boa
perfusão periférica. Sem outras alterações ao
UNIFESP – 2019 exame clínico. Realizada radiografia de tórax,
51. Você é chamado para atender uma criança de com presença de infiltrado intersticial bilate-
8 meses de idade que se encontra internada na ral, mais intenso em base direita, com sinais
enfermaria por pneumonia, em oxigenoterapia de hiperinsuflação e espessamento brônqui-
com máscara Venturi FiO2 40%. A enfermeira co. Área cardíaca de tamanho normal. Qual a
avisa que a criança está agitada, afebril, com fre- principal hipótese diagnóstica?
quência respiratória de 40 ipm, frequência cardí- a) bronquiolite viral aguda
aca de 180 bpm e saturação de O2 no oxímetro b) síndrome aspirativa
de pulso de 92%. Qual a conduta imediata? c) miocardite viral aguda
a) prescrever inalação com soro fisiológico d) pneumonia afebril do lactente
b) aumentar a oferta de oxigênio
c) solicitar atendimento de fisioterapia SUS-SP – 2019
d) prescrever analgesia e sedação 54. Menina de 4 meses de idade foi levada ao
e) verificar se não houve falha na administração pronto-socorro devido a quadro de cansaço
da prescrição hoje. Há 3 dias apresenta tosse, coriza e fe-
bre não aferida. Nasceu de parto normal, com
USP-SP – 2019 idade gestacional de 35 semanas e peso ao
52. Menina, 13 meses de idade, previamente saudá- nascer de 2.650 g. Teve alta do berçário com
vel, é levada ao pronto atendimento com histó- 3 dias de vida e está em aleitamento mater-
ria de febre e tosse há dois dias. Mãe refere boa no exclusivo. No exame físco, encontra-se em
aceitação alimentar e eliminações normais. Va- regular estado geral, afebril, ativa e reativa,
cinações em dia. Ao exame clínico se apresen- com FR: 70 ipm, FC: 160 bpm e tempo de en-
ta em regular estado geral, alerta, com tempe- chimento capilar: 2 segundos. Fontanela pla-
ratura de 38,9 °C, frequência cardíaca é de 142 na e normo- tensa. Ausculta pulmonar com

SJT Residência Médica


1 Pediatria 15

estertores grossos, roncos e sibilos difusos. a) jejum e hidratação endovenosa com soro de
Presença de tiragem subcostal e intercostal. manutenção no volume basal, sódio de 3 mEq/
Saturação de oxigênio em ar ambiente: 89%. kg/dia e potássio de 2,5 mEq/kg/dia
Ausculta cardíaca normal. Fígado palpável a 3 b) inalações com beta‐2 agonista e ipratrópio
cm do rebordo costal direito e baço palpável c) corticosteroide endovenoso
no rebordo costal esquerdo. Sem outras alte- d) dieta por sonda nasogástrica
rações ou queixas. Pesquisa de VSR positiva. e) corticosteroide por via inalatória
A melhor conduta neste momento, dentre as
opções abaixo, é: Santa Casa-SP – 2019
a) inalação com soro fisiológico e prednisolona 57. Um menino de doze anos de idade, asmáti-
via oral co, com crises não controladas, apresentou
b) fornecer oxigênio e inalação com soro fisioló- quadro de tosse e cansaço há um dia, sem
gico febre. Iniciou, nesse dia, em casa, salbutamol
c) inalação com salbutamol e prednisolona via oral e prednisona, mas manteve quadro de tosse
d) fornecer oxigênio e furosemida EV importante e piora da dispneia. Depois de uma
e) fornecer oxigênio, inalação com soro fisiológi- hora desse quadro, sua mãe chamou o SAMU.
co e oseltamivir via oral Durante o transporte, apresentou parada res-
piratória, iniciando ventilação bolsa-valva-
Santa Casa-SP – 2019 -máscara com oxigênio a 100%. À entrada na
55. Uma menina de cinco anos de idade, asmática, emergência, foi realizada intubação orotraque-
foi levada ao setor de emergência com tosse e al com cânula 6,5, com Cuff, sem intercorrên-
falta de ar há doze horas. Fez uso de salbuta- cias. Foi colocado em ventilação pulmonar
mol por aerossol dosimetrado, em casa, sem mecânica, modo assistido/controlado (PINSP
melhora. Ao exame físico, estava taquidisp- 30 cmH2O, PEEP 5 cmH2O, FR de 16 rpm e
neica, acianótica, hidratada, com frequência FiO2 de 100%), apresentando saturação de O2
respiratória de 48 ipm, saturação de oxigênio de 85%, ausculta com diminuição de murmú-
de 88% em ar ambiente, tiragem subcostal e rio vesicular à direita e sibilos difusos à es-
intercostal, além de retração de fúrcula. A aus- querda. Evoluiu, após dez minutos, com para-
culta respiratória revelou tempo expiratório da cardíaca em atividade elétrica, sem pulso.
prolongado e sibilos disseminados. Recebeu Nesse caso hipotético, além das manobras de
corticosteroide sistêmico e três inalações ressuscitação e epinefrina, deve-se conside-
com beta-2-agonista e ipratrópio. Nesse caso rar, na tentativa de reversão do quadro:
hipotético, a melhor conduta é: a) desfibrilação com 2 J/kg
a) sulfato de magnésio endovenoso b) punção de provável pneumotórax
b) terbutalina subcutânea c) administração de bicarbonato de sódio se a
c) corticosteroide inalatório reanimação for prolongada
d) aminofilina endovenosa d) troca da cânula orotraqueal por uma de maior
e) sulfato de magnésio inalatório tamanho, sem Cuff
e) aumentar PEEP para 8 cmH2O e FR para 20 rpm
Santa Casa-SP – 2019
56. Uma lactente com dois meses de vida, sem UFG – 2019
antecedentes mórbidos, apresenta coriza e 58. A bronquiolite viral aguda (BVA) é a infecção
tosse há cinco dias, “chiado” há dois dias, do trato respiratório inferior mais comum em
com piora progressiva, e um pico febril de 37,9 crianças pequenas. Ocorre mais frequente-
°C no terceiro dia do quadro. Chegou ao setor mente nos primeiros dois anos de vida, com
de emergência pediátrica hidratada, taquidisp- maior incidência em menores de seis meses.
neica, acianótica, com tempo de enchimento São considerados critérios clínicos de gravi-
capilar de dois segundos, frequência respi- dade identificados na evolução da BVA:
ratória de 64 ipm e saturação de oxigênio de a) idade menor de seis meses, cor branca, sexo
90% em ar ambiente. Apresenta, também, tira- masculino, hiperinsuflação torácica difusa e
gem discreta subcostal e intercostal, além de história familiar de atopias
sibilância bilateral e tempo expiratório prolon- b) intolerância ou inapetência alimentar, letargia,
gado. A mãe refere dificuldade da criança em história pregressa de apneia, gemência e cia-
se alimentar devido à dispneia. Além de inter- nose
nação e oxigenoterapia, a melhor alternativa c) identificação do vírus sincicial respiratório
nesse caso hipotético seria: (VSR), crepitações e sibilância

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16 R1 Extensivo | Questões para treinamento

d) tosse produtiva, taquipneia e leucocitose com d) síndome nefrótica e trombose de seio venoso
linfocitose nos exames laboratoriais cerebral

UERJ – 2019 USP-SP – 2019


59. Desde a mais tenra infância, escolar de 11
61. Menina, 3 anos de idade, com diagnóstico re-
anos tem diagnóstico de síndrome nefrótica
cente de síndrome nefrótica, está na terceira
por lesão mínima. Está fazendo uso de ciclos-
semana de tratamento com prednisolona 2
porina, até então com função renal normal. Há
dois dias, apresenta dor abdominal periumbi- mg/kg/dia. Está evoluindo com boa resposta,
lical de intensidade moderada, sem febre ou com redução do edema e não apresenta alte-
diarreia. Ao exame, apresenta-se em regular rações urinárias neste momento. Sua mãe re-
estado geral, sonolento, afebril; FC = 90 bpm, solve procurar UBS, devido a atraso vacinal.
FR = 28 ipm, ausculta respiratória normal, PA Segundo a recomendação do Ministério da
= 90 × 60 mmHg, abdômen com dor à palpação Saúde é uma contraindicação absoluta neste
profunda, sem irritação peritoneal, massas ou momento vacinar com:
visceromegalias. Devido ao seu quadro, ele
a) vacina tríplice bacteriana (DTP)
é internado com suspeita de peritonite bac-
b) vacina tríplice viral (SCR)
teriana espontânea, sendo iniciado ceftriaxo-
na. Durante a internação, nota-se oligúria e c) vacina contra influenza
piora progressiva da função renal. No quinto d) vacina contra hepatite A
dia, evolui com confusão mental e crise con-
vulsiva tonicoclônica. A tomografia de crânio Santa Casa-SP – 2019
apresentou resultado normal. Os exames la- 62. Um menino de três anos de idade, previamen-
boratoriais mostram Na+ = 130 mEq/L, K+ = 6,5 te hígido, foi levado ao pronto-socorro com
mEq/L, HCO-3 = 12 mEq/L, ureia = 160 mg/dL e queixa de edema generalizado há três dias e
creatinina = 3,5 mg/dL. Nesse caso, o provável urina espumosa com volume diminuído, sem
diagnóstico e conduta terapêutica, respectiva- hematúria. Ao exame físico, apresentou ana-
mente, são:
sarca, ascite e pressão arterial normal para a
a) hematoma subdural / indicação de drenagem
idade. Exames laboratoriais mostraram: albu-
cirúrgica
b) encefalopatia hipertensiva / prescrição de diu- mina: 2 g/dL; índice proteinúria/creatininúria
rético igual a 3,2; creatinina sérica igual a 0,7 mg/
c) encefalopatia urêmica / realização de hemo- dL; e ureia igual a 80 mg/dL. Hemograma sem
diálise anormalidades. Considerando esse caso hipo-
d) meningite / troca de antibioticoterapia tético, assinale a alternativa que apresenta a
conduta mais adequada:
UNICAMP – 2019 a) dieta hipossódica e restrição hídrica
60. Menina, 6a, chega à Unidade de Emergência
b) furosemida
Pediátrica com quadro de cefaleia holocra-
c) biópsia renal
niana contínua há 2 dias, sem remissão com
uso de analgésicos, associada à mudança do d) prednisona em dias alternados
padrão do sono, vômitos e irritabilidade. Mãe e) prednisona diariamente
relata inchaço nos olhos e de membros infe-
riores nos últimos 3 dias. Antecedentes pes- USP-SP – 2019
soais: doença no rim, diagnosticada há 3 anos. 63. Menino, 4 anos de idade, apresenta quadro de
Exame físico: regular estado geral, sonolenta, febre de até 38,2 °C associado a cefaleia fron-
descorada +/4+, T= 36,2 °C, FR = 24 irpm, FC = tal de leve intensidade, mialgia e prostração,
106 bpm, pressão arterial sistólica no percentil iniciado há 4 dias. Os sintomas apresentaram
75 para idade, tempo de enchimento capilar: 2
melhora progressiva, contudo, há 2 dias, evo-
segundos; face: edema bipalpebral +/4+; Ab-
luiu com hiperemia em região de face, que,
dome: presença de ascite, sem sinais de irri-
desde ontem, e se espalhou para o restante
tação peritoneal; Membros: edema membros
inferiores +/4+. Os diagnósticos são: do corpo, conforme figura a seguir. Além do
a) síndrome nefrítica e meningite bacteriana exantema apresentado, não possui outras al-
b) síndome nefrótica e encefalopatia hipertensiva terações ao exame clínico.
c) síndrome nefrítica e insuficiência renal aguda

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1 Pediatria 17

levada novamente ao pronto-socorro, devido


ao surgimento de hiperemia conjuntival, sem
prurido ou secreção ocular e manchas em dor-
so e tórax. No exame clínico de hoje, a criança
se encontra em regular estado geral, desco-
rada 1+/4+, febril (38 °C). Hiperemia conjunti-
val bilateral. Exantema com placas e manchas
em tórax, dorso e ombros. Orosocopia com
enantema e fissuras labiais, amígdalas hipere-
miadas, linfonodo em cadeia cervical anterior
direita, com 2 cm de diâmetro, móvel, fibroe-
Assinale a alternativa que contém o agen-
lástico, sem sinais flogísticos. Semilogia pul-
te etiológico mais provável para o quadro
monar, cardíaca e abdominal normais. Edema
apresentado:
em ambas as mãos, com discreta descamação
a) Coxsackie virus A16
periungueal. A melhor conduta neste momen-
b) herpes vírus tipo 6
to além de antitérmico é:
c) parvovírus B19
a) anti-histamínico e trocar amoxicilina por cefu-
d) vírus parainfluenza 3
roxima
b) anti-histamínico e suspender amoxicilina
SUS-SP – 2019
c) anti-histamínico e trocar amoxicilina para eri-
64. Menina de sete anos, há três dias apresenta
tromicina
mal-estar e febre até 39 °C. Há um dia refere
d) suspender amoxicilina e realizar ecocardiograma
vermelhidão na pele (sic). No exame físico
e) suspender amoxicilina e tomografia cervical
observou-se FC: 85 bpm, FR: 18 irpm, lesões
eritematosas nas regiões zigomáticas, preser- Santa Casa-SP – 2019
vando região central da face e exantema reti- 67. A coqueluche é uma doença caracterizada por
culado em tronco e extremidades. O agente um quadro potencialmente grave em lacten-
etiológico mais provável é: tes, especialmente entre os que têm menos
a) parvovírus B19 de três meses de vida. Considerando essa in-
b) vírus Epstein-Barr formação, assinale a alternativa que apresen-
c) herpes vírus 6 ou 7 ta a estratégia atualmente adotada no Brasil
d) Coxsackie virus que se mostrou efetiva e segura para reduzir
e) vírus do sarampo a morbidade e a mortalidade por essa doença
em lactentes nos primeiros meses de vida:
UNICAMP – 2019 a) vacinação de todos os contactantes do recém‐
65. Adolescente, 13a, com história de febre há 3 nascido com a vacina tríplice acelular
dias, associada a exantema generalizado, ar- b) vacinação do recém‐nascido com vacina trípli-
tralgia em mãos e edema em joelho esquerdo, ce acelular (DTPa) nas primeiras doze horas
com dificuldade para deambulação. O jovem de vida, antes da alta da maternidade
referiu que há duas semanas apresentara qua- c) vacinação do lactente, a partir dos dois meses
dro de disúria e secreção em pênis, para o de vida, com a vacina tríplice acelular (DTPa)
qual não buscou auxílio médico. A bacilosco- d) vacinação da gestante com a vacina tríplice
pia do líquido sinovial evidenciará: acelular (dTpa) a partir da 20ª semana de ges-
a) bacilo Gram-negativo tação
b) bacilo álcool-ácido resistente e) vacinação da gestante com a vacina tríplice de
c) diplococo Gram-negativo células inteiras (DTP), entre a 32ª e a 36ª se-
d) cocobacilo Gram-positivo mana da gestação

SUS-SP – 2019 Santa Casa-SP – 2019


66. FS, sexo masculino, 5 anos de idade, apresen- 68. Diante de um caso de sarampo, a norma de
ta quadro de febre diária de até 39,1 °C, há 6 precaução recomendada é
dias. No terceiro dia da febre, a mãe o levou ao a) padrão
pronto-socorro, sendo feito o diagnóstico de b) de contato
amigdalite e prescrito amoxicilina. FS come- c) respiratória para aerossol
çou a tomar no dia seguinte (4o dia do início d) respiratória para gotícula
dos sintomas). Hoje pela manhã a criança foi e) de isolamento

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18 R1 Extensivo | Questões para treinamento

UFG – 2019 b) diagnóstico: varicela infectada; conduta: asso-


69. Na investigação de dengue na infância: ciar aciclovir ao antibiótico
a) a ausência de alterações no hemograma (he- c) diagnóstico: choque tóxico estreptocócico;
moconcentração e/ou plaquetopenia), após o conduta: associar clindamicina e iniciar droga
terceiro dia de febre, exclui o diagnóstico de vasoativa
dengue e, portanto, outros exames devem ser d) diagnóstico: choque tóxico estafilocócico; con-
realizados em busca do diag- nóstico definitivo duta: trocar antibiótico por oxacilina, sem ne-
b) a presença de vômitos persistentes em lacten- cessidade de droga vasoativa, pois a pressão
tes não deve ser considerada como sinal de arterial permanece normal
alerta para den- gue grave nesta faixa etária, e) diagnóstico: sepse por parotidite complicada;
pois eles apresentam esses vômitos por diver- conduta: manter antibiótico e realizar drenagem
sos motivos, como doença do refluxo gastroe-
sofágico e alergia ao leite de vaca UERJ – 2019
c) o isolamento viral, realizado a partir do séti- 71. Ao nascimento, em 31/07/2018, recém-nascido
mo dia da febre, é importante ferramenta para (RN) a termo (39 semanas) apresentou peso
acompanhamento epidemiológico da doença, adequado para idade gestacional, Apgar 9/9,
mas o seu alto custo inviabiliza a realização não sendo necessário ser reanimado na sala
em todos os casos de parto e sem alterações clínicas ao exame
d) a prova do laço, em crianças, deve ser realiza- físico. Em 26/03/2018, a mãe apresentou soro-
da durante três minutos e é importante lembrar logia com VDRL = 1:32 e TPHA positivo. Por
que ela pode ser negativa durante o choque isso, foi tratada, junto a seu parceiro, com pe-
nicilina benzatina 7.200.000U (três doses de
Santa Casa-SP – 2019 2.400.000 U, aplicadas via intramuscular nos
70. Uma menina de quatro anos de idade foi leva- dias 02/04/2018, 09/04/2018 e 16/04/2018, com-
da ao hospital com queixa de edema em face provadas via receita médica). As demais soro-
e região cervical direita iniciado há dois dias, logias apresentaram resultado negativo. Em
acompanhado de vários picos febris (39‐40 °C). 30/07/2018, ao dar entrada na maternidade, a
Há um dia, passou em atendimento na Unidade mãe apresentava VDRL = 1:8 e TPHA positivo.
Básica de Saúde, onde foi diagnosticada clini- Diante desse caso, a melhor interpretação dos
camente como provável caxumba, recebendo resultados apresentados e conduta a ser to-
tratamento apenas sintomático. Hoje, evolui mada em relação ao RN, respectivamente, são:
com piora do edema, com rápida progressão a) mãe inadequadamente tratada / realizar VDRL
de tamanho e áreas de equimose. A mãe rela- e, caso o título esteja menor ou igual ao mater-
tou também quadro de varicela iniciado há dez no e a punção lombar com VDRL positivo, tra-
dias, apresentando apenas lesões cicatriciais tar com penicilina procaína 50.000 U/kg/dose
no momento, e que a paciente não urinava há de 24 em 24 horas durante dez dias
doze horas. À entrada no setor de internação, b) mãe inadequadamente tratada / realizar VDRL
estava acordada, consciente, afebril, hidratada, e, em caso positivo, independente do título e
com FC de 150 bpm e PA de 100 × 60 mmHg, demais exames colhidos, tratar como neuros-
sem outras alterações ao exame físico, além sífilis com penicilina cristalina 50.000 U/kg/
da evidenciada em região cervical com edema, dose de 12 em 12 horas durante dez dias
áreas equimóticas e descamativas. Foi iniciada c) mãe adequadamente tratada / realizar VDRL
antibioticoterapia com cefalosporina de 3.a ge- e, em caso negativo, aplicar dose única de pe-
ração e expansão volêmica. Foram coletados nicilina benzatina 50.000U/kg/dose e dar alta
exames. Evoluiu rapidamente com alteração do hospitalar, com necessidade de acompanha-
nível de consciência e muita sonolência, sendo mento ambulatorial
submetida à intubação orotraqueal. Após ex- d) mãe adequadamente tratada / não realizar
pansão total com 60 mL/kg de cristaloide, ain- qualquer outro tipo de exame complementar,
da mantinha perfusão periférica de 5s, FC de já que o RN se apresenta assintomático e dar
160 bpm e PA de 90 × 55 mmHg, sem diurese. alta hospitalar sem necessidade de acompa-
Com base nessa situação hipotética, assinale a nhamento ambulatorial
alternativa correta quanto ao diagnóstico mais
provável e à conduta a ser adotada: UERJ – 2019
a) diagnóstico: choque séptico por meningococ- 72. Recém-nascido de 15 dias de vida é levado à
cemia; conduta: coletador o líquor, manter an- emergência devido a quadro febril associado à
tibiótico e iniciar droga vasoativa rejeição alimentar, queda do estado geral e cho-

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1 Pediatria 19

ro inconsolável às trocas de fralda. Ao exame aspiração e lavagem gástrica devido a presen-


físico, apresenta febre de 39,5 °C, eritema e dor ça de mecônio
à mobilização em região coxofemoral esquerda b) clampear o cordão umbilical 1-3 minutos de-
e em tíbia esquerda. O hemograma revelou leu- pois da sua extração completa da cavidade
cocitose e desvio para a esquerda, PCR e VHS uterina secar o corpo e o segmento cefálico
elevados; a radiografia de membro inferior es- com compressas aquecidas e deixar o RN em
querdo apresentou deslocamento dos planos contato pele-a-pele com a mãe e avaliar a sua
musculares profundos em metáfises de fêmur vitalidade continuadamente
e tíbia; hemocultura com crescimento de colô- c) clampeamento imediato do cordão umbilical
nias de CA-MRSA e D-test negativo. Em relação pelo mecônio e a seguir deixar o RN em con-
a esse caso, é correto afirmar que: tato pele a pele com a mãe, se frequência car-
a) o resultado do D-test negativo contraindica a díaca do RN for maior que 100 bpm e avaliar a
terapêutica com clindamicina sua vitalidade continuadamente
b) a terapêutica oral com sulfametoxazol e trime- d) aspiração das vias aéreas ao desprendimento
toprim é alternativa viável do polo cefálico do concepto, clampeamento
c) devido ao perfil de sensibilidade, o antibiótico imediato do cordão umbilical e, a seguir, con-
de escolha é a oxacilina dução à mesa de reanimação, indicando-se os
d) a terapêutica com vancomicina é padrão-ouro passos iniciais da estabilização
no tratamento
UNICAMP – 2019
UERJ – 2019 75. Os chamados exames da triagem neonatal no
73. Recém-nascida com 6 dias de vida é levada brasil são:
à emergência por apresentar-se amarela há a) teste da linguinha, teste da bolinha, triagem
24 horas. A mãe refere: aleitamento materno auditiva e reflexo de olho vermelho
exclusivo; história pregressa de parto vaginal b) triagem neonatal biológica, triagem de cardio-
a termo; peso de nascimento 3.500 g (AIG), patia crítica, triagem auditiva e reflexo de olho
Apgar 8/9, tendo alta hospitalar com 48 horas vermelho
de vida e peso de alta de 3.300 g; grupo san- c) triagem neonatal biológica, triagem de cardiopa-
guíneo materno A positivo e grupo sanguíneo tia crítica, triagem auditiva e teste da linguinha
do recém-nascido O negativo. Ao exame físi- d) triagem auditiva, teste da bolinha, teste da lin-
co, está ativa e reativa, com fontanela ante- guinha e reflexo de olho vermelho
rior normotensa, ictérica 3+/4+ na zona IV de
Krammer, acianótica, hidratada, corada, com UNICAMP – 2019
boa perfusão periférica; FC = 130 bpm, FR = 55 76. Recém-nascido a termo, filho de mãe coloni-
irpm, Tax = 36,9 °C e peso de 3.000 g; restante zada por Streptococcus agalactiae nasce de
do exame físico normal. Nesse caso, em rela- parto vaginal, em boas condições de vitalida-
ção ao mecanismo do surgimento da icterícia, de e encontra-se bem. Mãe recebeu ampicilina
é correto afirmar que este ocorre por: 5 horas antes do parto. A conduta para esse
a) maior ação da glicuronidase intestinal sobre a recém-nascido é:
bilirrubina conjugada a) coleta de hemocultura e internação em unida-
b) hemólise gerada por anticorpos maternos da de semi-intensiva
classe IgG b) coleta de hemocultura e alojamento conjunto
c) ausência de uridina-uridil-glicuronil-transfera- c) coleta de hemograma e proteína C-reativa
se total d) observação clínica em alojamento conjunto
d) imaturidade enzimática hepática
UNIFESP – 2019
FAMERP – 2019 77. Criança nascida com idade gestacional de 36
74. Recém-nascido, 37 semanas de idade gesta- semanas, teve seu cordão clampeado aos 3
cional, nasceu de parto cesárea, banhado com minutos de vida. Entre as repercussões possí-
líquido amniótico meconial, em boas condi- veis desse procedimento, encontra-se:
ções com choro vigoroso e tônus muscular a) redução do risco de icterícia neonatal
em flexão. Qual a conduta a ser tomada com b) redução do risco de hemorragia intraventricular
esse RN logo após o nascimento? c) redução do risco de policitemia
a) clampear o cordão umbilical 1-3 minutos de- d) aumento do risco de sepse neonatal
pois da sua extração completa da cavidade e) aumento do risco de enterocolite
uterina e conduzir à mesa de reanimação para

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20 R1 Extensivo | Questões para treinamento

UNIFESP – 2019 causa para a alteração observada e a conduta


78. Você atende uma parturiente com idade ges- devem ser:
tacional de 39 semanas, sem alterações ao a) doença hemolítica não imune, manter fototera-
exame clínico, que foi tratada adequadamente pia e solicitar curva de fragilidade osmótica da
para sífilis, antes da gestação. As sorologias RN
realizadas no primeiro trimestre mostram os b) doença hemolítica por incompatibilidade A-O,
seguintes resultados: toxoplasmose, citome- manter fototerapia, com controle sérico de bi-
galovírus e rubéola – IgG positiva e IgM nega- lirrubina
tiva; Hepatite B – HBsAg negativo e anti-HBs c) doença hemolítica por incompatibilidade Rh,
positivo. A sorologia para sífilis realizada no administrar imunoglobulina e realizar controle
terceiro trimestre mostrou VDRL negativo e sérico de bilirrubina
hemaglutinação indireta positiva. Com esses d) doença hemolítica devida a grupos menores,
resultados podemos afirmar que o recém-nas- solicitar a pesquisa do antígeno envolvido e
cido tem risco de apresentar infecção congê- realizar a exsanguineotransfusão
nita por qual dos seguintes agentes?
a) Treponema pallidum USP-SP – 2019
b) Toxoplasma gondii 81. Um recém-nascido de termo, adequado para a
c) vírus da rubéola idade gestacional, com Apgar de 5, 8 e 9 no pri-
d) citomegalovírus meiro, quinto e décimo minutos de vida, é sub-
e) vírus da hepatite B metido, com 30 horas de vida, ao Teste de tria-
gem cardiológica. A Saturação de oxigênio do
USP-SP – 2019 membro superior direito e do membro inferior
79. Recém-nascido (RN) de termo, sexo mascu- esquerdo foram de 94% e 96%, respectivamen-
lino, pequeno para a idade gestacional, com te. Sobre este resultado, podemos afirmar que:
2.200 g de peso de nascimento, nasce bem, a) o teste está alterado, devendo ser repetido em
sem intercorrências. Submetido a controles 1 hora e, se permanecer alterado, indicar eco-
de glicemia capilar, apresenta, com 6 horas de cardiograma
vida, glicemia de 45 mg/dL, sem sinais ao exa- b) o teste está normal, sem necessidade de re-
me clínico. Em aleitamento materno. A condu- petir o exame ou fazer qualquer investigação
ta frente à glicemia encontrada é: complementar
a) administrar soro glicosado a 10%, 2 mL/kg, IV, c) o resultado do teste não pode ser levado em
em 1 minuto, devido ao baixo peso ao nascer consideração, pois foi realizado antes de 48
b) administrar 20 mL de leite humano pasteuriza- horas de vida
do ou fórmula láctea para termo, já que o RN é d) o resultado deve ser desconsiderado, pois foi
assintomático utilizado o membro inferior contralateral em re-
c) administrar soro de manutenção com veloci- lação ao membro superior
dade de infusão de glicose de 5 mg/kg/min,
levado em conta que é uma hipoglicemia leve Santa Casa-SP – 2019
d) reforçar o aleitamento materno e a manuten- 82. Um recém-nascido, filho de mãe que não reali-
ção dos controles de glicemia, pois a glicemia zou pré-natal, apresenta hepatoesplenomega-
está normal lia, petéquias e sufusões hemorrágicas, parali-
sia e dor à movimentação do membro superior
USP-SP – 2019 direito, coriza sanguinolenta e descamação
80. Recém-nascida (RN) de termo, adequada para palmoplantar. Com base nesse caso hipotéti-
a idade gestacional. Pré-natal e parto vaginal co, assinale a alternativa que apresenta o exa-
sem intercorrências. Mãe primigesta, saudá- me de escolha para o diagnóstico etiológico:
vel, com 30 anos de idade. Com 12 horas de a) VDRL
vida observa-se icterícia zona I/II na RN. Nes- b) sorologia para vírus ZIKA
te momento a dosagem de bilirrubina indire- c) pesquisa placentária de granulomas
ta (BI) revelou 8 mg/dL. Iniciada fototerapia. d) tomografia computadorizada de crânio
Tipagem sanguínea materna O Rh negativo, e) emissões otoacústicas
Coombs indireto (CI) negativo e do RN A Rh
positivo, Coombs direto (CD) negativo e Elua- UERJ – 2019
to positivo. Com 20 horas de vida a BI estava 83. Menina de 19 meses foi levada ao pronto-aten-
em 10 mg/dL, repetida com 24 horas de vida dimento porque estava irritada e com febre
e mantida em 11 mg/dL). Reticulócitos 11%. A baixa (duas aferições nas últimas 48 horas).

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1 Pediatria 21

Ao exame físco, não foram observadas alte- c) intubação com sequência rápida, utilizando
rações. Para investigação, foi feita coleta de tubo endotraqueal sem cuff, elevação da ca-
urina, via saco coletor, que revelou alteração beceira e solução cristaloide
sugestiva de infecção. Por isso, foi iniciado d) máscara de oxigênio, elevação da cabeceira e
tratamento empírico. Nesse caso, as altera- encaminhar para tomografia de crânio urgente
ções que apresentam maior sensibilidade na
sugestão de infecção do trato urinário são: UNIFESP – 2019
a) bactérias em número aumentado e estearase 86. Menina de 34 dias de vida é trazida ao pronto
leucocitária positiva atendimento devido a persistência de icterícia.
b) hematúria microscópica e leucócitos em nú- Nascida a termo com peso de 3.500 g, pré-na-
mero aumentado tal sem intercorrências, apresentou icterícia 3
c) bactérias em número aumentado e nitrito ne- dias depois do nascimento, sem necessidade
gativo de fototerapia. Tipagem sanguínea da mãe O
d) estearase leucocitária positiva e nitrito positivo positivo e da criança A positivo. Há 10 dias
mãe notou piora da icterícia. No exame físico
UERJ – 2019 a criança está em bom estado geral, ictérica
84. Criança de 3 anos é trazida pela mãe com qua- +++/+4, abdome globoso, fígado a 4 cm do re-
dro de febre e dor de garganta há dois dias. bordo costal direito, baço não palpável. A bilir-
Hoje, apareceram manchas pelo corpo de rubina direta é de 9 mg/dL. Qual a causa mais
início há 30 minutos. Ao exame, a criança se provável da hiperbilirrubinemia?
apresenta em regular estado geral, com ede- a) sepse
ma bipalpebral, afebril, FR = 50 ipm, FC = 150 b) atresia de via biliar
bpm, PA = 90 × 60 mmHg, e dificuldade para c) colecistite aguda
respirar. A ausculta respiratória revela sibilân- d) galactosemia clássica
cia difusa, enquanto o exame da pele revela e) incompatibilidade sanguínea
lesões eritematosas, palpáveis e de contornos
UNIFESP – 2019
geográficos. Nesse caso, a primeira medida
87. Menino de 11 anos de idade, vítima de atrope-
terapêutica a ser instituída deve consistir em:
lamento, é trazido à emergência inconsciente,
a) realização de nebulização com beta-2-adre-
bradipneico e com quadro de choque hipoten-
nérgico
sivo. Após duas tentativas de acesso venoso
b) administração de soro fisiológico intravenoso
periférico sem sucesso, o que você solicitaria?
c) aplicação de anti-histamínico intramuscular
a) dispositivo de agulha intraóssea manual para
d) aplicação de adrenalina intramuscular
inserir na tíbia proximal
b) dispositivo de cateter de duplo lúmen para in-
FAMERP – 2019
serir na veia jugular interna
85. Criança de 3 anos chega a sala de emergência
c) cateter intravenoso calibroso para inserir na
pediátrica após acidente de moto com queda
veia femoral
no no asfalto há 6 horas. Ao exame físico en-
d) cateter intravenoso calibroso para inserir na
contra-se com cianose de extremidades, pali- veia subclávia
dez cutânea, frequência respiratória irregular e) dispositivo de agulha intraóssea manual para
com 15 irpm, tórax com boa expansibilidade inserir na tíbia distal
sem retrações intercostais ou hematomas, Pul-
mão: Murmúrio vesicular presente, simétrico, UNIFESP – 2019
sem ruídos adventícios. Coração: 2 BRNF, sem 88. Adolescente de 14 anos de idade é atendido
sopros, FC: 93 bpm, PA: 125 × 50 mmHg, pulsos no pronto-socorro com história de urina “cor
cheios, perfusão 2 seg. Abdome: discreto au- de coca cola” e redução do volume urinário
mento da tensão, RH+, fígado e baço não palpá- há 2 dias. Ao exame físico apresenta edema
veis. Neurológico apresenta-se com escala de palpebral e de membros inferiores, ausculta
coma de Glasgow 5. Qual a melhor conduta? cardíaca sem alteração e PA = 139 × 89 mmHg.
a) intubação com sequência rápida, utilizando Qual a conduta farmacológica inicial mais in-
tubo endotraqueal com cuff, elevação da cabe- dicada para este quadro?
ceira 30°, hiperventilação por poucos minutos a) betabloqueador
e salina hipertônica 3% b) inibidor da enzima de conversão
b) intubação com sequência rápida, utilizando tubo c) furosemida
endotraqueal sem cuff, tentar hiperventilação d) corticosteroide
por alguns minutos e soro fisiológico 10 ml/kg e) bloqueador de canal de cálcio

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22 R1 Extensivo | Questões para treinamento

USP-SP – 2019
89. Você é chamado(a) para a sala de emergência pediátrica e, ao entrar, encontra seu colega plantonista
realizando a ressuscitação cardiopulmonar de uma criança de 8 anos de idade. Vocês realizam os
ciclos de compressão/ventilação na razão de 15:2. O enfermeiro coloca o monitor cardíaco, obtendo
o seguinte ritmo:

É realizada a desfibrilação com 2 J/kg e, em d) para desfibrilação manual, uma carga inicial
seguida, é administrada uma dose de epine- de 5 J/Kg é aceitável
frina 0,01 mg/kg. É realizada uma segunda ve- e) a recomendação atual é que o tempo limite de
rificação do ritmo cardíaco, mantido mesmo reanimação seja de 20 minutos
achado, sendo feita uma nova desfibrilação
com 4 J/kg. Considerando que o ritmo se man- SUS-SP – 2019
tenha na próxima checagem, a próxima droga 92. Com relação à compressão torácica, é correto
indicada é: afirmar:
a) gluconato de cálcio a) a combinação de compressões e ventilações
b) atropina não é mais recomendada para a ressuscitação
c) sulfato de magnésio pediátrica
d) amiodarona b) as compressões torácicas devem ser fortes
na metade superior do esterno, aprofundando
SUS-SP – 2019 pelo menos um terço do diâmetro anteroposte-
90. Menina de 5 anos, procura o pronto-socorro rior do tórax
devido a dor e edema de tornozelos associa- c) a reanimação cardiopulmonar (RCP) em
dos a manchas elevadas, vermelhas que não crianças deve-se iniciar pela abertura das vias
desaparecem a digito pressão, indolores e não aéreas
pruriginosas há dois dias. As lesões cutâneas d) as compressões torácicas devem ser relativa-
iniciaram-se em nádegas e já estavam acome- mente rápidas, com uma frequência mínima
tendo coxas e pernas. Criança refere leve dor de 100 compressões por minuto
abdominal. O diagnóstico mais provável é: e) quando apenas um socorrista está executando
a) poliarterite nodosa as manobras de RCP, mantém-se uma relação
b) púrpura trombocitopênica idiopática de 15 compressões para duas ventilações, em
c) púrpura de henoch-schönlein crianças
d) arterite de Takayasu
e) doença de Kawasaki Santa Casa-SP – 2019
93. Um menino de seis anos de idade, com ane-
SUS-SP – 2019 mia falciforme, foi levado ao setor de emer-
91. Com relação à reanimação cardiopulmonar gência pediátrica com queixa de dor em
em crianças, é correto afirmar: membros inferiores há cerca de doze horas,
a) a frequência de ventilações deve ser 10 a 15 sem febre. Já recebeu, em casa, dipirona e
por minuto paracetamol, sem melhora. Ao exame físico,
b) a via intraóssea deve ser utilizada somente em não apresentou anormalidades, com exceção
crianças menores de 3 anos de fácies dolorosas. A dor foi classificada
c) as compressões torácicas podem ser inter- como intensa (nota 7). Nesse caso hipotético,
rompidas no máximo por 10 segundos a melhor conduta é:

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1 Pediatria 23

a) hiper‐hidratação endovenosa FAMERP – 2019


b) codeína 96. Menino de 5 anos de idade, previamente sau-
c) tramadol dável, é trazido pela sua mãe ao pronto aten-
d) anti‐inflamatório não hormonal dimento infantil com história de febrícula há
e) morfina 1 dia acompanhado de vários episódios de
diarreia aquosa e depois com sangue e cóli-
Santa Casa-SP – 2019 cas abdominais. Sua temperatura é de 37,3 °C,
94. Um menino de dez anos de idade sofreu uma e ele tem taquicardia leve. Os resultados dos
queda de uma laje e foi levado ao setor de exames laboratoriais na admissão mostram
emergência pediátrica com diminuição impor- uma contagem elevada de glóbulos brancos
tante da força muscular nos quatro membros, de 14,4 com 85% de neutrófilos. Os resultados
reflexos osteotendíneos abolidos, pupilas iso- da cultura de fezes estão pendentes. Qual é o
córicas e fotorreagentes, escala de coma de antimicrobiano empírico adequado enquanto
Glasgow de 15, sem fraturas aparentes, com aguarda os resultados da cultura de fezes?
boa dinâmica respiratória, mantendo satura- a) sulfametoxazol-trimetoprim-PO
ção de oxigênio de 95% em ar ambiente, fre- b) ceftriaxona IV
quência cardíaca de 128 bpm e pressão arte- c) azitromicina PO
rial de 80 × 50 mmHg. Com base nesse caso d) nenhum antibiótico deve ser administrado
hipotético, é correto afirmar que:
a) deve ser administrada metilprednisolona ime- USP-SP – 2019
diatamente, na dose de 30 mg/kg 97. Menino, 7 anos de idade, é levado ao pronto-
b) deve ser realizada imediatamente a ressonân- -socorro por quadro de febre de até 39 °C há 2
cia magnética de coluna dias, associado a queda do estado geral. Mãe
c) a ausência de reflexos osteotendíneos no refere ter notado surgimento de lesões orais
atendimento inicial confirma o diagnóstico de há 2 dias, que ontem evoluíram para o restante
lesão medular completa da pele. Sem outras queixas. Tem por antece-
d) se deve pensar na possibilidade de disreflexia dente o diagnóstico de epilepsia, tendo inicia-
autonômica se ocorrer aumento da pressão do uso de carbamazepina há 3 semanas. Ao
arterial associado à cefaleia, à sudorese e a exame clínico, criança em regular estado ge-
rubor facial ral, com presença de erosões e crostas hemá-
e) a ausência de reflexo bulbocavernoso durante o ticas nos lábios, com vesículas e bolhas rotas,
choque medular indica lesão medular completa com erosões na mucosa gengival, palato mole
e palato duro, mucosa jugal e base da língua.
UFRN – 2019 Apresenta também vesículas e bolhas de con-
95. Em determinado pronto socorro, quatro crian- teúdo sero-hemático, erosões e áreas de des-
ças, Lucas, João, Marília e Eduarda foram aten- colamento epidérmico com comprometimento
didas. Após anamnese, exame físico e realiza- de 40% da superfície corpórea. O diagnóstico
ção de exames laboratoriais, foi confirmado o mais provável para o quadro clínico atual é:
diagnóstico de glomerulonefrite aguda pós- a) eritema pigmentar fixo
-estreptocócica em todas. A única criança que b) pênfigo bolhoso
o médico pode mandar para casa e instituir tra- c) erupção variceliforme de Kaposi
tamento domiciliar (sem precisar internar) é: d) necrólise epidérmica tóxica
a) Joao, 5 anos de idade , apresentando escoto-
mas visuais, cefaleia e edema, pressão arte- SUS-SP – 2019
rial aferida de 153 × 82 mmHg, sem descon- 98. Menina de 6 anos de ida1de, internada para
forto respiratório e creatinina 0,7 mg/dL tratamento de meningite bacteriana com cef-
b) Lucas, 6 anos de idade, edemaciado, apresen- triaxone há três dias, apresenta-se mais sono-
tando pressão arterial de 143 × 62 mmHg, sem lenta, levemente prostada e com diminuição
desconforto respiratório e creatinina 0,6 mg/dL da diurese. TEC: 2 segundos. Exames labora-
c) Marilia, 10 anos, apresentando anasarca e he- toriais colhidos neste momento mostram: Dex-
matúria, pressão arterial aferida de 160 × 90 tro: 145; Na+: 128; K+: 4,3; U: 100; Cr: 0,70; Ga-
mmHg, com cefaleia e sem desconforto respi- sometria arterial: pH: 7,36; pO2: 95; pCO2 = 35;
ratório, creatinina 0,6 mg/dL Bic = 24; SO2 = 97 Urina I: densidade urinária
d) Eduarda, 13 anos, apresentando taquidispneia, = 1035, proteínas +/4, cetonas +/4, 3 leucócitos
cisurite evidenciada por raio X do tórax, pressão por campo, ausência de cristais e hemácias. A
arterial 140 × 67 mmHg e creatinina 1,4 mg/dL causa mais provável da Hiponatremia é:

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24 R1 Extensivo | Questões para treinamento

a) insuficiência adrenal USP-SP – 2019


b) insuficiência renal aguda 101. Menina, 3 anos de idade, está internada em
c) diabete insipido neurogênica enfermaria devido a pneumonia, no primei-
d) diabete insipido nefrogênica ro dia de tratamento com ceftriaxona. Tem
e) síndrome da Secreção Inapropriada de ADH antecedente de encefalopatia crônica não
progressiva por anoxia neonatal, tendo evo-
SUS-SP – 2019 luído com epilepsia, mas sem necessidade
99. Gustavo, 1 ano e 9 meses, foi diagnostica- de anticonvulsivantes no último ano. Duran-
do com Síndrome Gripal Aguda (SGA) e ini- te a internação, a criança evoluiu com qua-
ciada tratamento com oseltamivir. A tia de dro de febre de 39 °C, cursando com crise
Gustavo, Ana, está grávida e mora com eles, epiléptica tonicoclônica generalizada. A pa-
bem como sua irmãzinha, Joana, de 6 me- ciente foi monitorizada, oferecido oxigênio
ses e seu avô Rogério de 65 anos. Quanto e solicitado administração de midazolam e
a profilaxia dos contactantes, o Ministério dipirona, que foram aplicadas por via intra-
da Saúde recomenda que Gustavo fique em muscular devido à perda de acesso venoso.
casa até que todos os seus sintomas desa- A crise epiléptica não cessou, apesar de re-
pareçam e que: ceber uma segunda e uma terceira dose de
a) se faça vacinação contra influenza para todos midazolam intramuscular. Tentado obtenção
os contactuantes de Gustavo em casa e escola de acesso venoso periférico, sem sucesso.
b) Joana tome Oseltamivir por pertencer ao gru- A conduta neste momento é:
po de risco para SGA a) passagem de sonda nasogástrica para admi-
c) Ana tome Oseltamivir por pertencer ao grupo nistrar dose de ataque de fenobarbital
de risco para SGA b) manter bolus de midazolam intramuscular a
d) se faça apenas seguimento clínico dos contac- cada 5 minutos até cessação das crises
tuantes, sem necessidade de medicação c) obtenção de acesso intraósseo para adminis-
e) Ana, Joana e Rogério tomem Oseltamivir por trar dose de ataque de fenitoína
pertencerem ao grupo de risco para SGA d) passagem de cateter venoso central para con-
trole de crise com midazolam contínuo
USP-SP – 2019
100. Menina, 1 ano e 3 meses de idade, é levada USP-SP – 2019
pela mãe ao pronto-socorro devido a quadro 102. Menino, 12 anos de idade, dá entrada no pron-
de febre de 38,8 °C iniciada hoje, associado to-socorro com quadro de febre de 39 °C há 1
a tosse produtiva com expectoração clara, ri- dia, sem outras queixas. Tem diagnóstico de
norreia e obstrução nasal. Refere diminuição leucemia linfoide aguda, está no 7º dia pós-
da aceitação alimentar. Sem alterações intesti- quimioterapia. Ao exame clínico, criança em
nais ou urinárias. Sem outras queixas. Possui bom estado geral, sem alterações significati-
antecedente de prematuridade de 31 semanas, vas. Colhidos exames laboratoriais, com: Hb
tendo evoluído com broncodisplasia, em se- 10,2, HT 31%, leucócitos: 1.000 (35% neutrófi-
guimento regular com pneumologista e em los, 3% eosinófilos, 48% linfócitos, 14% monó-
uso apenas de profilaxia com sulfato ferroso e citos), plaquetas: 155.000/mm3, urina 1 sem al-
vitamina D. Ao exame, criança em bom estado terações, radiografia de tórax normal. Optado
geral, corada, hidratada, acianótica, anictérica. pela internação hospitalar. O antimicrobiano
FR: 34 irpm, FC: 112 bpm, T: 36,4 °C, com boa de escolha para o quadro atual é:
perfusão periférica. Exame pulmonar com ex- a) cefepime
pansibilidade simétrica, presença de roncos b) vancomicina
de transmissão esparsos, sem outros ruídos c) ceftriaxona
adventícios, sem sinais de desconforto respi- d) anfotericina B
ratório. Oroscopia com discreta hiperemia em
palato. Otoscopia sem alterações. Sem outras UNIFESP – 2019
alterações ao exame clínico. Dentre as opções 103. Criança de três meses de idade é levada ao
abaixo, está indicado para o tratamento do pronto atendimento com história de febre não
quadro agudo atual: medida há dois dias. Ao exame físico: FC = 160
a) amoxicilina bpm, FR = 45 ipm, temperatura de 39,8 °C, em
b) palivizumab regular estado geral, palidez cutânea, restan-
c) ceftriaxona te do exame físico sem alterações. A conduta
d) oseltamivir mais adequada nesse momento é:

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1 Pediatria 25

a) orientações gerais, sintomáticos e reavaliação sulta pois está com gripe confirmada por PCR
após 24 horas por H1N1. Em relação ao lactente qual a me-
b) coleta de hemograma, culturas e reavaliação lhor conduta:
após 24 horas a) não prescrever medicação e indicar a segunda
c) iniciar antibioticoterapia empírica e retornar se dose da vacina após 30 dias da primeira dose
febril após 48 horas e indicar oseltamivir se apresentar sintomas e
d) internação, coleta de hemograma, urina i e adotar medidas preventivas
culturas b) iniciar fosfato de oseltamivir 3 mg/kg/dia du-
e) internação, antitérmico e reavaliação após 48 rante 10 dias e adotar medidas preventivas
horas c) fazer a segunda dose da vacina com 15 dias
após a primeira dose, além de iniciar o oselta-
FAMERP – 2019 mivir e adotar medidas preventivas
104. Uma menina de 6 anos foi levada ao consul- d) não fazer a segunda dose da vacina e iniciar
tório do médico às 14h00 porque estava com oseltamivir 3,5 mg/kg /dia por 5 dias e adotar
dor de garganta, estava cansada e estava co- medidas preventivas
chilando demais. A temperatura dela era de
39 °C. Ela tinha dor de garganta, amígdalas UERJ – 2019
aumentadas e uma leve erupção no troco. Às 106. Em uma consulta de rotina, foi diagnosticado
22h30, a mãe do paciente relatou que a criança sopro cardíaco novo em um pré-escolar de 5
havia vomitado três vezes, continuou a cochi- anos, previamente hígido. Ao exame físico, o
lar excessivamente e queixou-se de dor de ca- paciente apresentava-se em bom estado geral,
beça quando acordada. O médico examinou a anictérico, acianótico, hidratado, corado, com
criança às 23h30 e notou que ela estava letár- boa perfusão periférica e pulsos periféricos
gica e excitada apenas quando a cabeça esta- palpáveis; à ausculta cardíaca apresenta: ritmo
va virada, reclamando que suas costas doíam. cardíaco regular, dois tempos, com desdobra-
Seu LCR não continha glóbulos vermelhos, mento de segunda bulha à inspiração e sopro
mas havia 28 glóbulos brancos/mm3 – metade sistólico 2+/6+, melhor audível em borda ester-
de neutrófilos polimorfonucleares e metade nal esquerda, sem irradiações, com redução de
de linfomononucleares. Os níveis de glicose e intensidade quando o paciente assume a po-
proteína no LCR eram normais e a coloração sição ortostática; FC = 100 bpm; fígado a 2 cm
de Gram de um espécime de LCR não apre- do rebordo costal direito; restante do exame
sentava bactérias. Qual a hipótese diagnóstica físico sem alterações. Classificação nutricio-
mais provável? nal: escore-z de peso/idade = -1,05; escore-z de
a) meningite por Cryptococcus neoformans peso/estatura = -0,97; escore-z de estatura/ida-
b) meningite por Mycobacterium tuberculosis de = -0,29; escore-z de IMC = -1,01. Em relação a
c) meningite viral esse caso, a conduta adequada é:
d) meningite bacteriana a) dosar ASLO e realizar strep-test para docu-
mentar infecção estreptocócica
FAMERP – 2019 b) realizar eletrocardiografia para descartar au-
105. Lactente de 7 meses de idade, sem queixas, mento do intervalo PR
acompanhado de seu pai, com a carteira de c) realizar ecocardiograma para excluir anoma-
vacinação em dia, sendo a última vacina, para lias congênitas
influenza, primeira dose realizada há 13 dias. d) dar orientações gerais quanto à benignidade
O pai refere que a mãe não compareceu a con- do sopro

SJT Residência Médica


2
GABARITO COMENTADO
Pediatria

1. Não há opção. Temos que decorar os valores de Z 3. Essa é a primeira regra da pediatria: “dobrarás o
escore para cada curva e idade dos pacientes para um peso do nascimento com 6 meses de vida”. Outras re-
diagnóstico correto do crescimento e estado nutricio- gras importante para decorar são “crecerás a metade
nal. Com relação a estatura temos que ver a curva de da sua altura ao nascimento até 1 ano de vida” e “terás
estatura para idade E/I. Um estatura adequada para um metro de altura com 4 anos de vida”. Resposta b.
idade é quando o z escore está entre o -2 e +2, abaixo
disso é baixa estatura. Mas lembre-se que a adequada 4. A vitamina A é muito importante em funções ocula-
avaliação do crescimento é com a curva e a velocidade res e na regeneração dos tecidos. Sempre que tiver
de crescimento e não a posição no gráfico. Já a clas- qualquer alteração em região ocular, suspeite a defi-
sificação do estado nutricional é através da curva do ciência em questão deva ser vitamina A. Além disso
IMC em que para menores de 5 anos se interpreta da o déficit de regeneração celular leva a alterações de
seguinte maneira: z escore entre -2 a +1 - eutrofia; +1 pele (xeroftalmia, dermatites) e maior predisposição a
a +2 – risco de sobrepeso; +2 a +3 - sobrepeso; > +3 infecções (pneumonia e diarreia). Resposta d.
obesidade; -2 a -3 magreza; < -3 magreza acentuada.
Resposta a. 5. Vamos lembrar a fórmula de idade estimada a partir
da altura dos pais: altura da mãe (+13 cm se menino) +
2. Os marcos do desenvolvimento em crianças maio- altura do pai (-13 se meninas) + -8 cm. Portanto, para
res de um ano são mais complexos de serem memo- a paciente “A”. a altura estimada é entre 152-168 cm e
rizados, porém, se raciocinarmos com os dados do para “J” é entre 165-181 cm. Ambas alturas dentro do
enunciado vamos conseguir responder essa questão. esperado. Resposta b.
Lembrem-se que a criança começa a andar por volta
de um ano de vida. Anda com apoio, depois sem apoio 6. O leite materno assim que for ordenhado deve ser
e vai aos poucos ganhando cada vez mais seguran- armazenado. O leite cru deve se armazenado em ge-
ça e habilidade; mas é improvável se ver uma criança ladeira dura até 12-24h, se congelado fica conservado
até os 18 meses correndo. Já a criança com 24 meses por até 15 dias. Após descongelado deve ser consumi-
já corre, e esse é o grande marco para você guardar do imediatamente. Resposta d.
dessa idade, além disso ela já interage mais com o am-
biente externo (apontando para o que quer) e já monta 7. Vamos relembrar as recomendações. Leite materno
uma torre com quatro cubos. Com 30 meses a grande deve ser exclusivo (sem qualquer outro líquido/alimen-
evolução é social/emocional em que a criança já come- to/fórmula podendo ofertar apenas remédios) até 6
ça a brincar junto com outras crianças e já começa a meses e vida e complementado até PELO MENOS 2
desenhar em linha. Resposta c. anos de vida. Com 6 meses de vida inicia-se a alimen-
28 R1 Extensivo | Gabarito comentado

tação complementar com as papas de fruta e papa sal- sinapses neurais. Leva a um quadro colinérgico com
gada de modo semelhante para a criança que esteja sonolência, hipersalivação e lacrimejamento e miose.
em aleitamento materno ou não. E guloseimas NUNCA Resposta b.
deverão ser oferecidas como alimentos complementa-
res, porém a recomendação é que sejam EVITADAS 14. A questão deveria ser anulada. O anti-histamínico
até pelo menos 1-2 anos de vida. Resposta b. leva a um quadro de intoxicação anticolinérgica que
tem todos os comemorativos acima (midríase, agita-
8. Uma criança em aleitamento materno exclusivo pode ção, taquicardia e hipertermia), porém NÃO leva a su-
passar dias sem evacuar e se quando evacuar for pas- dorese e sim a diminuição das secreções corpóreas
tos é normal. A disquesia do lactente também é evento como um todo. Resposta a.
funcional normal mas diz respeito a criança que chora
e tem cólica antes de evacuar. A constipação crônica é 15. Vamos analisar as alternativas para lembrar a con-
uma doença em que as fezes deverão ser formada e a duta correta frente a um recém-nascido de mãe bacilí-
doença de Hirschsprung (megacólon congênito) é do- fera. Como a criança ao nascer já vai ter contato íntimo
ença da invervação retal que leva a constipação grave com o bacilo da tuberculose a vacinação com BCG
e atraso na eliminação do mecônio nos primeiros dias provavelmente não vai ter o efeito esperado nesse
de vida. Resposta c. momento (que é prevenir as manifestações graves da
tuberculose no período neonatal). Por isso não vacina-
9. Alguns comemorativos no enunciado sugerem maus mos ao nascimento, iniciamos com a quimioprofilaxia
tratos como fratura em diferentes estágios de evolução por 3 meses e só então realizamos o teste tuberculí-
e hematomas em regiões atípicas (dorso). O “shaking nico (PPD). Não há necessidade de se fazer o teste
baby” é, infelizmente, frequentemente associado a si- tuberculínico logo ao nascimento, já que essa informa-
tuações de maus tratos e deve ser pesquisado ativa- ção não mudaria a conduta. Resposta a.
mente, o fundo de olho demonstrando sangramento
retiniano é muito sugestivo dessa situação. Resposta a. 16. Criança de 5 meses com quadro de febre alta, ir-
ritabilidade, vômitos e convulsão em um contexto de
10. A Nafazolina é um agonista alfa-adrenérgico comu- estar sem a vacinação completa. Até que se prove ao
mente usado em descongestionantes nasai. É frequen- contrário a criança deve estar com uma meningite e
temente usados em adultos porém é contraindicado se faz necessário realizar a punção lombar o quanto
em crianças em qualquer dosagem pelo risco de into- antes e garantir hidratação IV além de antitérmico. Não
xicação. Sua intoxicação comumente leva a efeitos atí- é adequada observar para ver a evolução, deve-se sim
picos como apneia e bradicardia, levando até a parada intervir o quanto antes pela gravidade do quadro. Lem-
cardiorrespiratória. Infelizmente, ainda hoje aparecem bre-se que bebês não tem a manifestação típica de
casos de intoxicação por nafazolina no pronto socorro doenças como crianças mais velhas, por isso se peca
devido aos pais usarem com o intuito de desobstruir a pelo excesso e somos mais agressivos em situações
congestão nasal das crianças. Resposta c. como essa. Resposta b.

11. Os venenos de escopião são geralmente mistos 17. A VOP é uma vacina oral com poliovírus atenuado,
com predominância de acometimento neuromuscu- a partir de 2016 ela foi reformulada pelo Ministério da
lar e neuroautonômico. Já que o veneno do escor- Saúde para ser bivalente com os tipos 1 e 3 apenas,
pião despolariza constantemente os canais de cálcio já que o tipo 2 era o mais associado aos casos de po-
levando a ativação neuronal excessiva. Um diferen- liomielite vacinal. Por ser de vírus vivo atenuado deve
cial do veneno do escorpião é o seu acometimento ser evitada em situações de imunossupressão. A VIP é
cardíaco, portanto, nos outros acidentes por aranha injetável e mais segura, porém tem na sua composição
marrom (loxoscélico) e cobra geralmente acarretam a os tipo 1,2 e 3. Resposta d.
taquicardia. Resposta c.
18. Antes da realização de avaliação imunológica nes-
12. Para segurança da criança, com diversos sinais de se caso está contraindicado vacina de vírus vivo. Va-
maus tratos, se faz necessária a internação por causa cinas de vírus vivo da questão: pólio oral, sarampo,
social e acionamento da vara da infância e/ou conse- caxumba, rubéola (tríplice viral) e varicela. Resposta c.
lho tutelar (sempre se deve acionar, inclusive em uma
suspeita mínima). A tomografia de crânio e fundo de 19. Vacinação completa para tétano (3 dose) sendo a
olho são necessários para se investigar a suspeita de última a menos de 5 anos é considerado esquema com-
“shaking baby” que pode vir acompanhada de qualquer pleto e mesmo em ferimentos de alto risco de contami-
outro maus tratos em bebês. Resposta e. nação não há necessidade de profilaxia. Resposta a.

13. Para veneno de rato, classicamente, é utilizado or- 20. Criança a menos de 30 dias recebeu a vacina da
ganofosforados. Essa droga é um inibidor não compe- febre amarela, portanto, devemos evitar de vacinar
titivo da colinesterase, levando a falta de inativação de com vacina de vírus vivo atenuado (tríplice viral). Res-
acetilcolina permitindo a constante estimulação dessas posta b.

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2 Pediatria 29

21. Filhos de mãe HBsAg positivo devem receber 27. Questão super interessante! Criança com 2 episó-
além da vacina para hepatite B a imunoglobulina es- dios de pneumonia grave com diarreia crônica. O ir-
pecífica para Hepatite B (HBIG) o quanto antes para mão faleceu de cirurgia no intestino no primeiro mês
evitar a transmissão vertical da hepatite B. Lembre- de vida, provavelmente por um íleo meconial (típico de
-se que somente com a vacinação conseguimos uma fibrose cística). Já que a fibrose cística é uma doença
grande proteção, porém a HBIG é indica para pro- autossômica recessiva, se ambos os pais carregarem
teção extra e deve ser recebida o quanto antes, até um gene recessivo há 25% de chance de ter um filho
uma semana de vida. Porém, quando mais precoce com fibrose cística. Lembre que a fibrose cística leva a
a vacinação e a infusão da HBIG mais a proteção. um espessamento das secreções exócrinas levando a
Resposta a. quadro pulmonar e pancreático, que é o mais comum,
mas também a quadro hepático por espessamento da
22. A hepatite A, infelizmente, ainda é presente em bile. Resposta b.
bolsões de baixa qualidade sanitária em nosso país.
É uma doença em que a principal forma de transmis- 28. O A. lumbricoides é sim o helminto mais frequente,
são é a fecal-oral, porém outras vias já foram descritas, porém se localiza preferencialmente no intestino delga-
como a parenteral. Ela pode levar a quadro graves, as do. O praziquantel para o tratamento para equistosso-
vezes com hepatite fulminante e morte, porém NUNCA mose é categoria B para gestantes e deve ser evitado.
cronifica (guarde que é hepatite A, A de Aguda). Agora Criança assintomática com s, por exemplo, não deve
há vacinação para sua prevenção sendo recomendada ser tratada. Já o Trichuris trichuria se localiza no ceco e
1 dose pelo Ministério da Saúde ou 2 doses pela socie- cólon ascendente e leva a quadro de enterorragia e em
dade brasileira de pediatria. Resposta b. alguns casos até a prolapso retal. Resposta b.

23. Pelo provável contexto sanitário da criança, asso- 29. A intussuscepção intestinal (invaginação) acontece
ciado a quadro de anemia, eosinofilia, diarreia e sibi- mais frequentemente em menores de um ano de vida
lância com infiltrado difuso foi considerado no gabarito e, geralmente, é concomitante a um quadro inflamató-
a alternativa com Síndrome Loeffler. Uma consideração rio (infecção ou vacinação). Leva a obstrução intestinal
que faço para pensarmos juntos é que na Síndrome de (vômitos, distensão e irritabilidade) que pode ser inter-
Loeffler o achado radiográfico é de uma consolidação mitente (porque pode ocorrer a invaginação com sua
que muda de posição em radiografias subsequentes e redução espontânea várias vezes) e classicamente
não um infiltrado difuso que é sugestivo de pneumonia leve a enterorragia com aspecto de geleia de frambo-
atípica, quadro viral ou de sibilância recorrente. Porém, esa. Resposta c.
dentre as alternativas, a que contém síndrome de Lo-
effler é a mais correta pensando no quadro global do 30. Quadro de diarreia crônica com repercussão sis-
paciente. Resposta b. têmica (descorada e déficit de ganho de peso) e um
achado típico da doença celíaca que é a hipotrofia da
24. Quadro sugestivo de proctocolite alérgica à pro- musculatura glútea às vezes com dupla prega glútea. A
teína do leite de vaca, já que há fezes com raias de síndrome do intestino irritável não levaria a comprome-
sangue e correlação com a introdução do leite de vaca timento sistêmico, na alergia à proteína do leite de vaca
(fórmula infantil) para a criança. Para o controle dessa é atípico o início dos sintomas nessa faixa etária (ge-
alergia se faz necessário a mudança para uma fórmula ralmente nos primeiros meses de vida), na doença in-
hipoalergênica. As fórmulas parcialmente hidrolisadas flamatória intestinal (retocolite ulcerativa ou Crohn) há
podem ser usadas como prevenção de dermatite ató- manifestação sistêmica inflamatório mais grave nessa
pica em criança com histórico familiar muito positivo, idade (febre, artralgia, diarreia com sangue) e é mais
mas não como tratamento após o início da manifes- incomum. Resposta a.
tação. As fórmulas de soja são contra indicadas para
menores de 6 meses. Portanto, está correto iniciar com 31. Enterite necrotizante é doença de prematuro ou de
a fórmula extensamente hidrolisada. Resposta c. recém-nascido que está com complicação neonatal e
internado desde o nascimento. O divertículo de Meckel
25. Quadro típico de síndrome hemolítico-urêmica mais comumente leva a enterorragia franca e não sin-
(SHU). Diarreia com sangue e muco (provavelmente tomas somente de obstrução. A estenose hipertrófica
por E. coli O157H7) que evoluiu com microangiopatia de piloro leva a vômitos repetitivos, mas não biliosos,
trombótica, sendo os principais achados a anemia he- porque a obstrução está antes do duodeno. Já o volvo
molítica microangiopática (esquizócitos), plaquetope- de intestino leva sim a sinais de obstrução com vômitos
nia e insuficiência renal. Resposta d. biliosos, parada de eliminação de gases e fezes, e como
há sofrimento isquêmico de alça pelo Volvo no toque re-
26. A Giardia e a Entamoeba são ambas protozoários, tal pode se encontrar sangramento. Resposta b.
no caso sendo indicado como primeira linha o trata-
mento com Metronidazol. Só uma lembrança, prazi- 32. Quadro sugestivo de intolerância à lactose secun-
quantel é para o tratamento de equistossomose. Res- dária a um quadro infeccioso prévio que levou a lesão
posta d. da borda em escova do enterócito, onde está a lactase.

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30 R1 Extensivo | Gabarito comentado

Devemos reduzir a lactose da dieta e observar a evo- 39. Diarreia aguda é aquela com duração até 14 dias,
lução como o primeiro passo terapêutico. Resposta e. diarreia persistente é aquela entre 14 e 28-30 dias e
diarreia crônica é aquela acima de 28-30 dias. O pa-
33. Falta da idade da criança na questão, dado impor- ciente que apresenta comprometimento hemodinâmico,
tantíssimo. Mas pelo relato sugere ser uma criança no mais evidenciado pela alteração do estado geral que in-
seu primeiro mês de vida. Sabemos que nessa fase o dica hipoperfusão do sistema nervoso central, deverá
recém-nascido tem um reflexo gastrocólico muito exa- receber hidratação intravenosa (Plano C). Resposta a.
cerbado, que evacua várias vezes ao dia, frequente-
mente durante a mamada. Se a criança está com boa 40. Cuidado com a pegadinha. Para se fazer o diagnós-
pega e ganhando bem peso o quadro é normal. Preci- tico de Otite Média Aguda é necessário que haja abau-
samos apenas orientar a mãe. Resposta c. lamento moderado a grave da membrana timpânica em
um contexto infeccioso. Já a Otite Media Serosa crônica
34. Vemos um paciente que perdeu 14% do peso do é um diagnóstico ambulatorial que deve ser feito fora de
nascimento, lembrando que o tolerado é por volta de um contexto de infecção, em que se encontra secreção
10%. Associado a isso vemos uma criança desidratada na orelha médica (e nem isso o paciente tem na ques-
por estar com a urina amarelada, pouca eliminação de tão). Portanto, o paciente tem um quadro de resfriado
fezes, irritada e com hipernatremia e hipercalemia e he- comum/rinofaringite, o próprio termo usado na alterna-
moconcentração. A hiperbilirrubinemia indireta também tiva (infecção respiratório superior viral) é parcialmente
é indicativo de dificuldade de ganho de peso (icterícia leigo mas muito difundido entre os residentes. Infecção
do aleitamento materna). Portanto, todo o enunciado é respiratório superior é toda infecção acima da laringite
sugestivo de um hipertermia por desidratação por baixa (desde faringite, amigdalite, otite, sinusite, rinite); portan-
ingesta. A esferocitose não justifica a dificuldade de ga- to, não deveria ser mais utilizado. Resposta b.
nho de peso, ainda mais que o paciente não está anê-
mica. Na icterícia fisiológica nunca devemos suspender 41. Quadro sugestivo de pneumonia complicada com
o aleitamento materno. Infecção do trato urinário é uma derrame pleural. Todo derrame de tórax puncionável
hipótese viável, deve ser descartada, porém não é a deverá ser puncionado (toracocentese). Como o prin-
principal conduta no momento. Resposta d. cipal agente de derrame pleural em número absoluto
é o Pneumococo, a penicilina cristalina está mais que
35. É nos menores de um ano que o quadro de diar- indicada. Resposta a.
reia aguda descompensa muito rápido. Na reavaliação
vemos uma criança com comprometimento hemodinâ- 42. Quadro sugestivo de sinovite transitória de quadril
mico, sendo classificada como desidratada grave e de- após infecção viral. Se não há sinais de alarme (artri-
verá receber expansão intravenosa. Resposta b. te, febre, alterações graves nos exames laboratoriais)
devemos apenas seguir tratamento conservador com
36. Criança com desidratação pode receber expansão reavaliações periódicas. Resposta a.
com qualquer cristalóide (SF ou Ringer Lactato) de
preferência aberta em até 20 minutos. Lembremos que 43. O que devemos sempre lembrar sobre ingestão
a desidratação leva a hipoperfusão periférica com aci- de corpo estranho. Sempre que estiver no esôfago,
dose metabólica. A acidose metabólica acarreta leva qualquer material, deverá ser retirado com a maior
a perda de potássio intracelular porque ocorre a troca urgência. Se estiver no estômago também deverá ser
de H+ no sangue pelo K+ intracelular, comumente le- retirado sempre e dar especial atenção a objetos pon-
vando a hipercalemia. Porém, o paciente em questão tiagudos e baterias. Resposta a.
apresenta hipocalemia, demonstrando uma acentuada
depleção do potássio corpóreo. A simples hidratação 44. Todo objeto no esôfago deverá ser prontamente retira-
levando a melhora da perfusão periférica e subsequen- do de forma emergêncial. Não tem discussão, SEMPRE
te melhora da acidose metabólica levaria a piora da hi- QUALQUER objeto deverá ser retirado. Resposta a.
pocalemia. Portanto, devemos corrigir o potássio junto
com a expansão. Resposta c. 45. Lembre-se que pneumonia de base de pulmão
pode levar a dor abdominal, não precisa necessaria-
37. O soro clássico da OMS proposto em 1975 era 90 mente ser um derrame pleural. Se há apenas taquip-
mEq/L de sódio; 80 mEq/L de cloro; 20 mEq/L de potás- neia sem desconforto respiratório o tratamento pode
sio e 111 mmol/L de glicose; chamado de soro 90. Po- ser ambulatorial com amoxicilina e reavaliação. Res-
rém, com a diminuição dos casos de cólera a OMS pro- posta d.
pôs o soro 75: 75 mEq/L de sódio; 65 mEq/L de cloro; 20
mEq/L de potássio e 75 mmol/L de glicose. Resposta d. 46. De acordo com a Portaria n° 522 de 13 de maio
de 2013 do Ministério da Saúde, tem direito ao Pali-
38. TEM de decorar! Parasitas com ciclo pulmonar, vizumab crianças com menos de 1 ano de idade que
dica mnemônica SANTAE: Strogiloides, Ascaris, Ne- nasceram prematuras com idade gestacional menor ou
cator, Toxocara, Ancilóstoma e Esquistossomose. Res- igual a 28 semanas ou crianças com até 2 anos de ida-
posta a. de com doença pulmonar crônica ou doença cardíaca

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2 Pediatria 31

congênita com repercussão hemodinâmica demons- 53. Conforme já discutimos na outra questão, é uma
trada. A aplicação é mensal, com duração de 5 meses quadro clínico clássico de pneumonia afebril do lacten-
contínuos, nos meses de Outono/Inverno. Resposta b. te. Apesar de ser uma doença rara ela é muito lem-
brada em provas. Um detalhe dessa doença é que na
47. Frente a um caso de contato com tuberculose pri- ausculta pulmonar há presença de estertores e não há
meiro temos que saber se a paciente tem a doença sibilos. Esse é um diferencial importante com a bron-
tuberculose. Como ela tem contato com adulto com quiolite. Resposta d.
tuberculose (10 pontos) e tem PPD maior ou igual a
5mm (15 pontos), sendo assintomática com radio- 54. Lembre-se, na bronquiolite o tratamento recomen-
grafia normal e provavelmente sem desnutrição gra- dado atual é de apenas suporte. Não ofereça mais
antibiótico, antiviral, beta 2 agonista ou corticóide.
ve; ela totaliza 25 pontos o que não sugere infecção
Como paciente não teve febre, não parece ser uma
ativa. Agora temos que saber se necessitamos tratar
síndrome gripal e por isso o oseltamivir não está indi-
uma infecção latente, já que o paciente tem um PPD
cado. Resposta b.
maior ou igual a 5mm se faz necessário o tratamento.
Resposta a. 55. Podemos discutir se o sulfato de magnésio está in-
dicado nessa situação, já que não temos a reavaliação
48. História típica de pneumonia afebril do lactente, após as medidas iniciais. Porém, dentre as alternati-
causa pela chlamydia trachomatis ou ureaplasma ure- vas é a única opção viável. Terbutalina subcutânea não
aliticum. A história natural dessa doença é uma crian- é mais usada e pode ser pensada apenas em casos
ça que nasceu de parto vaginal ou cesáreo de bolsa gravíssimos como resgate, o ideal é em casos graves
rota em que a mãe teve alguma secreção vaginal, a fazer infusão de salbutamol intravenoso contínuo. Cor-
criança evolui com conjuntivite do tipo tracomática ticosteróide inalatório é para controle ambulatorial e
(em 50% dos casos), depois evolui com desconforto não de emergência. Aminofilina intravenosa há tempos
respiratório progressivo, associado com estertores e já não é mais recomentada. E sulfato de magnésio ina-
eosinofilia. O tratamento é realizado com macrolídeo latório não existe. Resposta a.
(azitromicina). Resposta b.
56. Caso de bronquiolite, então já corte as alternati-
49. A complicação mais comum da pneumonia é o vas que contém corticóide e beta-2-agonista. Sobrou
derrame pleural. Na descrição o que diferencia o der- jejum com soro de manutenção ou dieta por sonda.
rame da pneumonia são os sons pulmonares aboli- De acordo com o protocolo da sociedade amerianca
dos. Resposta e. de pediatria sobre bronquiolite para se manter a hi-
dratação do paciente pode ser necessário a passa-
50. Questão clássica da bronquiolite, mas cuidado com gem de uma sonda nasogástrica e se não tolerar ou
a pegadinha! Atualmente não existe evidência e não é se o quadro for mais grave realizar hidratação intrave-
nosa. Resposta d.
recomendado a realização de corticóide, agonista B2
ou antibiótico. É recomendado apenas suporte com
57. A fórmula para cálculo da cânula orotraqueal é a
hidratação e oxigenoterapia. Como a criança está em
idade/4 + 3,5 (se cânula com Cuff). No caso em ques-
regular estado geral, desconfortável e dessaturando é
tão uma cânula 6,5 está corretíssima. Visto que após
necessário internação. intubação paciente evoluiu com diminuição dos mumú-
rios à direita e piora da saturação; isso é indicativo de
51. Questão mal formulado, pouquíssimas informações pneumotórax do lado direito, sendo hipertensivo por-
no enunciada, vamos analisar cada alternativa. Pelos que o paciente evoluiu com uma parada cardiorrespi-
dados apresentados a inalação com soro fisiológico ratória. Nesse caso é indicado a punção torácica de
não seria uma intervenção que traria benefícios para alívio. Como é um ritmo não chocável, não é indicado a
o paciente nesse momento. Não há informações sobre desfibrilação. Resposta b.
como está exame respiratório do paciente, então na
sabemos se temos que chamar a fisioterapia. Não há 58. Critérios de gravidade são diferente de critérios
informações sobre do e não há taquipneia, por isso não diagnósticos, portanto, a alternativa está corretíssima.
podemos pedir analgesia e sedação. É difícil de pensar Resposta b.
em alguma falha de administração da prescrição que
levasse apenas a taquicardia e dessaturação, já que 59. Paciente com uma nefropatia em crise associada
a criança está internada por pneumonia. Aumentar a a piora importante da função renal. Até que se prove o
oferta de oxigênio poderia melhorar sim a saturação e contrário a causa para convulsão é alguma alteração
a taquicardia associada à dessaturação. Resposta b. hidroeletrolítica (que não está presente nos exames do
enunciado) ou uremia. Portanto, estamos a frente de
52. Lembre-se, pneumococo é SEMPRE a principal uma encefalopatia urêmica e está indicada a realiza-
causa de pneumonia adquirida na comunidade (PAC). ção de hemodiálise. Resposta c.
Resposta c.

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32 R1 Extensivo | Gabarito comentado

60. A síndrome nefrótica é uma doença renal crônica, 69. Lembramos que realizamos o isolamento viral até
infelizmente, frequente na pediatria terciária. Lembre- o 3° dia da febre e a partir do 5° dia a sorologia. Res-
mos que não há perda somente de albumina pela urina posta d.
desses pacientes, mas também se perde imunoglobu-
linas e fatores anticoagulante. Por isso o paciente com 70. Após um quadro de varicela temos uma situação
síndrome nefrótica tem maior predisposição a trombo- de imunossupressão relativa, em que o indivíduo fica
se. Resposta d. mais sugeito a infecções graves. No caso, a única alter-
nativa que faz sentido é a “C”; já que é imperativo ini-
61. Paciente imunossuprimida, portanto está contrain- ciar uma droga vasoativa após expansão com 60 mL/
dicada vacinação de vírus vivo, dentre as alternativa a kg sem resposta hemodinâmica. Resposta c.
única com vírus vivo é a sarampo, caxumba e rubéola.
Resposta b. 71. Infelizmente a sífilis congênita tem sido cada vez
mais diagnosticada em nosso meio. Por causa disso
62. A relação de proteinúria/creatinúria normal é menor o médico deve saber reconhecer e tratar essa enfer-
que 0,2 e se maior que 2,0 é considerado proteinúria midade e por isso tem sido constantemente cobrada
nefrótica. Logo, o quadro é sugestivo de síndrome ne- em provas. Vemos na questão uma mãe que apresen-
frótica, já que há proteinúria nefrótica, edema, hipoal- tou sífilis durante a gestação tratada adequadamente
buminemia e insuficiência renal aguda. O tratamento (completou o tratamento com penicilina benzatina,
de síndrome nefrótica é prednisona diária, já houve pelo menos 30 dias antes do parto, com queda de 2
tentativa de prednisona em dias alternados, mas a re- títulos no VDRL). Lembremos que todo recém nascido
comendação atual é a dose diária. Resposta e. filho de mãe com sífilis, tratada ou não adequadamen-
te, deve ter um teste realizado. Se no caso em questão
63. Famosa doença da “face esbofeteada” causada o VDRL for negativo e a criança estiver assintomática
pelo Parvovírus B19. O Coxsackie é o causador da podemos apenas seguir a criança ou aplicar dose úni-
síndrome mão-pé-boca, o herpes vítus 6 do exantema ca de penicilina benzatina. Resposta c.
súbito e o Parainfluenza da Laringite. Resposta c.
72. Questão de microbiologia. CA-MRSA é uma sigla
64. Novamente um caso de parvovírus. O vírus Eps- em inglês que quer dizer, Commuinity Acquired Methi-
tein-Barr é o causador da mononucleose (exantema, cillin Resistant Staphylococcus Aureus (Estafilococo
febre alta, hepatoesplomegalia, faringite, linfonodome- aureus resistente a meticilina adquirido na comunida-
galia cervical), o Coxsackie da síndrome mão pé boca, de). Lembre-se que meticilina é uma prima da oxaci-
o herpes 6 e 7 do exantema súbito e o sarampo causa lina, portanto esse estafilococo MRSA é resistente a
uma quadro grave de exantema furfuráceo associado a oxacilina sendo então indicado a terapia com vancomi-
febre alta e intenso acometimento nasal, que pode ser cina. O D-teste é um teste para avaliar se o estafilococo
precedido pelas manchas de Koplik. Resposta a. pode ter resistência a clindamicina se em uso concomi-
tante com um macrolídeo, o D-teste negativo descarta
65. Lembremos que uma das causas de artrite/artral- que esteja contraindicada a clindamicina. Resposta d.
gia em adolescentes é a Neisseria gonocóccica, que
como a Neisseria meningitidis (meningococo) é um di- 73. A criança perdeu mais que 10% do peso de nasci-
plococo Gram-negativo. Resposyta c. mento, nesse caso é sugestiva a icterícia do aleitamen-
to materno. Nela a ausência de fluxo intestinal devido
66. Em uma criança com febre temos que estar sem- a criança estar mamando menos faz com que a bilir-
pre atentos pela suspeita de síndrome de Kawasaki, rubina conjugada fique muito tempo em contato com
é frequente diagnóstico diferencial em criança febril. uma glicuronidase intestinal mais ativa, desconjugando
Os achados clássicos são a fabre, injeção conjuntival, mais a bilirrubina direta e acarretando maior absorção
acometimento orofaríngeo com língua em framboesa, de bilirrubina indireta. Resposta a.
linfonodomegalia cervical (geralmente única), exante-
ma e descamação de mãos. A maior complicação é o 74. Lembre-se da nova conduta da reanimação neo-
acometimento coronariano, por isso se faz necessária natal de recém nascidos de parto meconial. Hoje não
a realização de um ECOcardiograma. diferenciamos mais se a criança nasce com mecônio
ou não. Isso não importa mais. Se ela nasceu com me-
67. A vacinação da gestante com a tríplice acelular cônio e está respirando/chorando, com bom tônus e é
leva a formação de anticorpos que passam para o feto a termo não devemos levar ela para a mesa de reani-
o protegendo a coqueluche nos primeiros meses de mação neonatal. Resposta b.
vida, até sua vacinação aos 2 meses. Essa intervenção
foi um sucesso de saúde pública. Resposta d. 75. Vamos começar falando que teste da bolinha não
existe, logo descartamos as alternativas “A” e “D”. Ape-
68. Tem que decorar as doenças que necessitam de sar de ser leite a realização do teste da linguinha, no
precaução por aerosol que são Sarampo, Varicela e Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN) não
Tuberculose. Resposta c. está incluso esse teste. Resposta b.

SJT Residência Médica


2 Pediatria 33

76. Como a mãe é S. agalactiae positivo e realizou am- bro (pseudoparalisia de Parrot – que é a paralisia do
picilina ou penicilina pelo menos 4 horas antes do par- membro por dor devido a acometimento articular/ós-
to, podemos considerar que o tratamento é adequado seo). Resposta a.
e devemos apenas observar essa criança. Resposta d.
83. Cuidado com a pegadinha. Realmente nitrito po-
77. Lembremos que o clampeamento tardio do cordão sitivo é um achado de baixa sensibilidade, mas alta
umbilical (> 1 minuto) levou a redução de 60% da chan- especificidade. Porém, pensando de modo combinado,
ce de hemorragia intraventricular e bebês prematuros. se agrupando estearase leucocitária positiva e nitrito
Como nesse procedimento levamos mais sangue ao positivo se há maior sensibilidade. Mas, a questão real-
bebê há maior chance de policitemia e icterícia neona- mente está mal escrita e duvidosa. Resposta d.
tal. O clampeamento tardio também leva a menos ca-
sos de sepse neonatal (redução de 30%) e enterocolite 84. Paciente com quadro de anafilaxia devido a aco-
necrosante (redução de 60%). Resposta b. metimento de pele (angioedema + urticária, que são
as manchas eritematosas, palpáveis e de contorno ge-
78. Pensando em Sífilis Congênita, se há queda de 2 ográficos) junto com o acometimento de um outro ór-
títulos ou negativação do VDRL, podemos considerar gão (nesse caso o respiratório) quando não se tem um
a gestante adequadamente tratada e apenas deve- agente suspeito. O primeiro tratamento da anafilaxia é
mos observar o bebê quando nascer se for possível o sempre adrenalina intramuscular, na dose de 0,01 mg/
acompanhamento. A toxoplasmose e a rubéola levam a kg no vasto lateral da coxa. Resposta d.
risco para o feto quando há infecção aguda, a gestan-
te era IgG positiva antes da gestação. Para hepatite B 85. Paciente com uma provável hipertensão intracrania-
a gestante se encontra vacinada. E o citomegalovírus na, ainda não está em iminência de herniação cerebral já
por ser um herpes vírus pode reativar e ser transmitido que não há a bradicardia da tríade de Cushing (hiperten-
para o bebê. Resposta d. são arterial, bradicardia e alteração do ritmo ventilatório).
Como o Glasgow é menor que 8 é necessária intubação
79. Hipoglicemia neonatal é um tema muito nebuloso orotraqueal, sempre se usa cânula com cuff; e medidas
com várias informações contraditórias na literatura. O para diminuir a hipertensão intracraniana que é a hiper-
baixo peso ao nascer é um fator de risco para hipo- tentivalação (que lava o gás carbônico e diminui o edema
glicemia, por isso deve ser pesquisada ativamente. A cerebral), cabeceira a 30° e salina hipertônica a 3% (que
correção intravenosa da glicemia deve ser realizada é a primeira linha ao invés do manitol). Resposta a.
apenas se recém-nascido sintomático ou com dextro
menor que 40. Porém, falar que a glicemia está nor- 86. Estamos frente a um caso de colestase neonatal
mal é um pouco contraditório, já que a maioria das (BD > 1,0). Como a elevação é de bilirrubina direta
referências falam que hipoglicemia é menor que 40, (BD) está descartada incompatibilidade sanguínea. As
porém algumas consideram valores menores até 60. demais opções (sepse, colecistite e galactosemia) po-
Resposta d. dem levar a aumento de BD, mas não em uma criança
hígida que está em Bom Estado Geral. Portanto, resta
80. Como paciente se apresentou ictérico nas primei- a causa mais comum de colestase neonatal que é atre-
ras horas de vida, devemos considerar que há uma sia de vias biliares. Resposta b.
icterícia patológica. A criança apresenta incompatibili-
dade ABO com a mãe (mãe O e filho A) com eluato 87. Questão que deveria ter sido anulada. Depois de
positivo (que quer dizer que há anticorpos maternos duas tentativas de acesso periférico na emergência de-
ligados à hemácias do filho). Como há ainda elevação vemos tentar um acesso intraósseo. O acesso central é
de bilirrubina e estamos no segundo dia de vida, deve- demorado para um contexto de emergência. Resposta c.
mos manter a fototerapia. Resposta b.
88. Resposta duvidosa. No contexto de uma crise hi-
81. O teste do coraçãozinho deve ser realizado em todo pertensiva numa síndrome nefrítica (hematúria + oligú-
recém nascido entre 24-48h de vida. Nele se mede a ria + hipertensão arterial) o manejo da crise hipertensi-
saturação do membro superior direito (pré-ductal) e va deve levar em primeira escolha os bloqueadores de
em um dos membros inferiores, caso a saturação seja canal de cálcio e a furosemida, sendo essa última mais
menor que 95% ou haja uma diferença maior que 3% indicada no contexto de um edema pulmonar devido a
entre as medidas o teste é considerado positivo e de- hipervolemia. Resposta c.
verá ser repetido em uma hora. Se continuar alterado
deverá ser realizado um ECOcardiograma. Resposta a. 89. No contexto da parada cardiorrespiratória em um
ritmo chocável (taquicardia ventricular sem pulso) após
82. Se há hepatoesplenomegalia a principal suspeita a adrenalina é recomendado a infusão de amiodarona
é sempre uma infecção congênita. No enunciado há ou lidocaína. Porém, o enunciado conta uma conduta
vários sinais EXTREMAMENTE sugestivos de sífilis errada da reanimação pediátrica. Só podemos infun-
congênita, que são: coriza sanguinolenta, descama- dir a adrenalina após o segundo choque. No caso em
ção palmoplantar e dor à movimentação de um mem- questão foi após o primeiro. Resposta d.

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34 R1 Extensivo | Gabarito comentado

90. Lembre-se que a púrpura de Henoch-Schonlein é 98. A Síndrome da Secreção Inapropriada de ADH
descrita com púrpuras que se distribuem conforme a (SIADH) é sempre a complicação mais comum de
gravidade, acomentendo mais os membros inferiores e várias doenças infecciosas e traumáticas, ainda mais
nádegas. As demais não tem essa distribuição. Um dos frequente quando se trata de um acometimento do Sis-
critérios diagnóstico mais usados é a presença des- tema Nervoso Central. Resposta e.
sa púrpura mais um dos: dor abdominal, envolvimento
renal, artralgia/artrite ou biópsia mostrando deposição 99. De acordo com o último protocolo do Ministério da
de IgA. Resposta c. Saúde sobre influenza, a quimioprofilaxia está indicada
nessas seguintes situações: “Pessoas com risco ele-
91. Devemos minimizar interrupções na reanimação vado de complicações não vacinadas ou vacinadas há
cardiopulmonar para no máximo 10 segundos. Lem- menos de duas semanas, após exposição a caso sus-
bremos que a frequencia de ventilação de de 15:2 ou peito ou confirmado de influenza. Crianças com menos
30:2, não há limite inferior para uso da via intraóssea, a de 9 anos de idade, primovacinadas, necessitam de
defibrilação manual é com um carga inicial de 2 J/kg e segunda dose da vacina com intervalo de um mês para
não há recomendação de tempo de limite máximo para serem consideradas vacinadas.” Considerando que
reanimação. Resposta c. Gustavo é um caso suspeito de Influenza, tanto que
iniciou com um antiviral (Oseltamivir) os 3 contactantes
92. Para ficar perfeita a alternativa eu apenas acres- deveriam receber quimioprofilaxia, portanto a questão
centaria que as compressões devem ser com uma deveria ter sido anulada. Resposta d.
frequência de 100-120 compressões por minuto. As
demais alternativas estão grosseiramente erradas e 100. De acordo com o Ministério da Saúde em crianças
cuidado com a pegadinha da alternativa “B”, em que com menos de 2 anos de idade considerar o diagnós-
as compressões devem ser na metade INFERIOR do tico de Síndrome Gripal, na ausência de outro diag-
esterno. Resposta d. nóstico específico, febre de início súbito, mesmo que
referida, e sintomas respiratórios: tosse, coriza e obs-
93. Na anemia falciforme devemos combater a dor ós- trução nasal. E é considerado fator de risco para início
de Oseltamivir a criança ser menor que 5 anos, além
sea de forma intensa e rápida, de preferência devemos
disso o paciente em questão tem outro fator de risco
usar morfina intravenosa associada a um analgésico
que é a doença pulmoar. Resposta d.
e evitar uso inicial de anti-inflamatório não hormonal.
A codeína e o tramadol podem ser usados de forma
101. Em uma situação de emergência após a tentativa de
ambulatorial ou no desmame da morfina. E não é mais
acesso venoso periférico o acesso de escolha é o intra-
recomendado hiperhidratação, apenas manter a hidra-
ósseo. E na crise epiléptica, após 3 doses de benzodiaze-
tação de manutenção. Resposta e.
pínico a droga de escolha é a fenitoína. Resposta c.
94. Lendo apenas as alternativas é possível responder
102. Criança que realizou quimioterapia com neutro-
a questão. Se houver alterações autonômicas (pressão penia grave (menor que 500) em vigência de febre é
arterial, sudorese e rubor) devemos pensar em uma diagnóstico de neutropenia febril e a droga de escolha
disrreflexia autonômica. A ausência de reflexo bulbo- é o cefepime, que cobre bem Gram-positivo, Gram-
cavernoso não indica lesão medular completa, já que -negativos e pseudomonas. Não usamos vancomicina
esse reflexo avalia o arco reflexo distal. Resposta d. isolada em uma neutropenia febril e sua utilização está
restrita em associação com cefepime para quadros
95. Marília e Eduarda tem desconforto respiratório por graves, acometimento de pele, acometimento de cate-
provável pulmonar devido a hipervolemia, portanto, não ter ou pneumonia. Resposta a.
devem ir para casa. João tem escotomas e edema, que
devem ser sinais de urgência/emergência hipertensiva. 103. Alternativas um pouco duvidosas. Se considerar-
Já Lucas apresenta apenas, hipertensão arterial e leve mos que o regular estado geral e palidez é sinal de
edema e pode ser acompanhado ambulatorialmente. gravidade o correto seria internação, coleta de hemo-
Resposta b. grama, urina 1, culturas, líquor e raio X de tórax. Se
considerarmos que é apenas uma febre sem sinais
96. As indicações para tratamento com antimicrobia- localizatórios em paciente maior que 3 meses com
no para crianças previamente hígidas com disenteria temperatura maior que 39 °C a conduta é coleta de
são apenas em quadros graves com instabilidade he- exames e a depender do resultado internar. Como não
modinâmica e quando há positividade para Shiguella. há nenhuma das duas alternativas, de modo geral, a
Portanto, no caso em questão não está indicada antibi- alternativa “D” está mais correta. Resposta d.
óticoterapia. Resposta d.
104. Na meningite viral, se coletado líquor nas pri-
97. Lesões de mucosa associada a área de descama- meiras horas pode-se ter um discreto predomínio de
ção maior que 30% são sugestivas de necrólise epidér- neutrófilos, que serão as primeiras células a chegar no
mica tóxica (NET), lembre-se que no Steven Johnson SNC para combater o vírus. Se fosse colhido mais tar-
a área de descamação é menor que 10%. Resposta d. de teria predomínio de linfomononuclear. Resposta c.

SJT Residência Médica


2 Pediatria 35

105. Ótima questão. De acordo com o Ministério da Saúde “Crianças com menos de 9 anos de idade, primovaci-
nadas, necessitam de segunda dose da vacina com intervalo de um mês para serem consideradas vacinadas” e
só então não seria necessária a quimioprofilaxia. Resposta b.

106. Sopro em borda esternal esquerda baixa sem irradiação em criança hígida com bom crescimento e desen-
volvimento é característico de sopro inocente e necessita apenas de acompanhamento. Resposta d.

SJT Residência Médica


27/12/2018 Impressão de Prova

2017 SIM 06

2017 SIM 06
2017 SIM 06 - Ginecologia e Obstetrícia

1) Mulher de 35 anos, GIIPIIA0 (duas cesarianas), com laqueadura tubária por


minilaparotomia há dois anos, vida sexual ativa, comparece à consulta com laudo
colpocitológico de carcinoma in situ, cujo resultado foi liberado há três meses. Qual é a
conduta mais adequada para esse caso?

A) Colposcopia e biópsia dirigida.


B) Conização.
C) Histerectomia total abdominal.
D) Cirurgia de Piver II.
E) Cirurgia de Wertheim-Meigs.

2) O termo menopausa é uma data, ou seja, um marco no tempo um ano após a


cessação da menstruação. Antes disso, há um período de transição menopáusica em que
ocorrem alterações hormonais. Sobre este período denominado de perimenopausa,
marque a alternativa CORRETA:

A) Os níveis de Sulfato Deidroepiandrosterona (SDHEA) são regulados principalmente


pelo evento da menopausa.
B) O estrogênio reduz homogeneamente e progressivamente durante a perimenopausa.
C) O hormônio antimülleriano mantém-se relativamente estável.
D) A progesterona encontra-se persistentemente diminuída na perimenopausa.
E) A secreção de inibina ovariana começa a diminuir, marcando o início das alterações
hormonais.

3) Paciente de 68 anos, branca, nulípara e portadora de hipotireoidismo, sem história de


uso prévio de terapia hormonal (TH), observou sangramento transvaginal vaginal leve e
esporádico. Procurou seu ginecologista, preocupada, pois não sangrava há 15 anos. Qual
das alternativas representa a MELHOR conduta inicial para o caso, após a realização do
exame físico?

A) Prescrever progestágenos por 180 dias.


B) Solicitar ressonância magnética da pelve.
C) Solicitar ultrassonografia transvaginal.
D) Indicar histeroscopia com biópsia.
E) Indicar curetagem uterina.

4) Adolescente do sexo feminino, de 16 anos, procurou atendimento por amenorreia


primária. Apresenta desenvolvimento normal dos caracteres sexuais secundários. A
telarca ocorreu aos 10 anos de idade. Realizou ultrassonografia pélvica transabdominal
que evidenciou ausência de útero e ovários com dimensões normais, ambos com
presença de folículos. Marque a alternativa que apresente o perfil hormonal esperado
para a paciente:
https://arearestrita.medgrupo.com.br/ProvaImpressa.aspx?Ano=2017&ExercicioId=619&TIPO=Simulado 1/13
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A) FSH, LH e estradiol baixos.


B) FSH, LH e estradiol normais.
C) FSH, LH e estradiol elevados.
D) FSH e LH baixos e estradiol elevado.
E) FSH e LH elevados e estradiol baixo.

5) Mulher, de 50 anos, queixa-se de prurido vulvar intenso há vários anos que,


eventualmente, interfere no sono. Ao exame, apresenta mácula hipocrômica, brancacenta,
bem delimitada, envolvendo vulva e ânus, em formato de “8”. Ao exame especular, a
mucosa vaginal está íntegra. Assinale a alternativa CORRETA sobre o caso:

A) A biópsia da vulva é desnecessária para confirmar o diagnóstico.


B) A alta ambulatorial deve ser programada após a remissão dos sintomas.
C) A hipótese diagnóstica mais provável é líquen plano.
D) O tratamento de escolha é com corticoide tópico de alta potência.
E) Está indicada vulvoscopia trimestral para controle.

6) Mulher de 27 anos procura atendimento com queixa de corrimento vaginal branco


acinzentado com odor desagradável. Após exame especular, é coletado material para
realização de exame a fresco e para adição de hidróxido de potássio a 10%. Sobre a
provável hipótese diagnóstica, qual das alternativas pode ser excluída?

A) O parceiro deverá receber tratamento conjunto.


B) O regime recomendado de tratamento é com metronidazol 500 mg VO 2x/dia por 7
dias.
C) Não é considerada uma infecção sexualmente transmissível.
D) A identificação de clue cells no exame a fresco é muito sugestiva do provável
diagnóstico.
E) Entre seus fatores de risco incluem-se o uso de DIU, tabagismo e as duchas vaginais.

7) Mulher de 25 anos, hígida, assintomática, exame físico sem alterações após tratamento
ambulatorial para doença inflamatória pélvica, retorna com sorologias normais, com
exceção de VDRL com titulação de 1:32. Foi solicitado teste de hemaglutinação
treponêmico (TPHA) que foi positivo. Tem história de tratamento prévio para herpes e
tricomoníase. Nesse caso, a conduta recomendada é:
A) Repetir sorologias em duas semanas e, caso haja ascensão do título do teste não
treponêmico, tratar como sífilis.
B) Tratamento com penicilina benzatina 2.400.000 UI dose única e acompanhar o título do
teste treponêmico.
C) Tratamento com penicilina benzatina 2.400.000 UI semanal por três semanas seguidas.
D) Tratamento com penicilina benzatina 2.400.000 UI semanal por duas semanas
seguidas.
E) Tratamento com penicilina cristalina 4.000.000 de UI de 4/4h por 14 dias, se líquor
normal.

8) Qual das alternativas permite selar o diagnóstico de endometriose?


A) Paciente com queixa de dismenorreia, dispaurenia e infertilidade.
B) Dosagens séricas elevadas de CA-125 no terceiro dia da menstruação.
C) Presença de imagem sugestiva de endometrioma ovariano à ultrassonografia
transvaginal.
D) Videolaparoscopia com biópsia positiva.
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E) Histeroscopia acompanhada de biópsia de endométrio.

9) Assinale a alternativa que apresenta o programa de rastreamento de câncer de mama


indicado pelas Diretrizes para a Detecção Precoce do Câncer de Mama no Brasil, realizado
pelo INCA e pelo Ministério da Saúde:
A) Mamografia anual entre 50 e 69 anos e bianual a partir dos 70 anos e exame clínico
das mamas anual a partir dos 40 anos.
B) Mamografia bienal para mulheres entre 50 e 69 anos e sem recomendação específica
para o exame clínico das mamas.
C) Mamografia bianual a partir dos 40 anos e ultrassonografia das mamas a partir dos 35
anos.
D) Mamografia anual a partir dos 40 anos e exame clínico das mamas a partir do
menacme.
E) Mamografia bianual dos 35 aos 40 anos, anual a partir dos 40 anos e autoexame das
mamas a partir dos 35 anos.

10) Dentre os progestágenos, qual tem MENOR ação trombogênica?


A) Acetato de ciproterona.
B) Dienogeste.
C) Drosperinona.
D) Desogestrel.
E) Levonorgestrel.

11) O derrame pleural na síndrome de Meigs se forma por capilaridade no diafragma,


secundário à ascite causada por tumor ovariano. Considerando-se o tipo histológico do
tumor ovariano, qual deles mais se relaciona com esta síndrome?

A) Fibroma.
B) Cistoadenoma mucinoso.
C) Tumor de Krukenberg.
D) Teratoma imaturo.
E) Tumor de Brenner.

12) Mulher de 52 anos, com menopausa há 2 anos, um filho vivo, foi submetida a
ultrassonografia transvaginal de rotina para iniciar terapia hormonal em virtude de
fogachos intensos. O eco endometrial media 7 mm. Foi submetida à histeroscopia
ambulatorial, que evidenciou endométrio atrófico e septo uterino espesso incompleto,
pois o mesmo não se estendia ao canal cervical. Nesse caso, qual seria a melhor conduta?
A) Contraindicar a terapia hormonal.
B) Iniciar terapia hormonal somente com progesterona.
C) Iniciar terapia hormonal combinada.
D) Ressecção histeroscópica do septo uterino com reavaliação posterior.
E) Indicar histerectomia e, posteriormente, iniciar terapia hormonal apenas com
estrogênio.

13) Para que se interrompa a cadeia de transmissão das infecções sexualmente


transmissíveis, é fundamental que os contatos sexuais dos indivíduos infectados sejam
tratados. Assim, devem ser identificadas e tratadas parcerias sexuais:

https://arearestrita.medgrupo.com.br/ProvaImpressa.aspx?Ano=2017&ExercicioId=619&TIPO=Simulado 3/13
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A) Nos últimos seis meses de mulheres com tricomoníase.


B) Nos últimos 15 dias de mulheres com úlceras genitais.
C) Nos últimos seis meses de mulheres com sífilis secundária.
D) Nos últimos 2 anos nos casos de sífilis latente.
E) Nos últimos 12 meses de mulheres com doença inflamatória pélvica.

14) Mulher de 50 anos procura atendimento ginecológico por queixa de perda urinária
aos pequenos esforços, do tipo tossir e espirrar, há aproximadamente um ano. A paciente
correlaciona o início deste quadro após ter entrado na menopausa, quando ficou
deprimida e foi medicada com fluoxetina. Ao exame físico, tem cistocele moderada e
perda urinária sincrônica a manobras de esforço. Foi submetida a estudo urodinâmico,
que mostrou detrusor estável e pressão de perda uretral de 50 cm H2O. Qual é a
MELHOR conduta terapêutica para esse caso, de acordo com as taxas de continência
encontrada em estudos de longo prazo?

A) Prescrever anticolinérgico e manter o antidepressivo.


B) Indicar a cirurgia de Kelly-Kennedy e fazer cistoscopia com injeção de toxina botulínica.
C) Substituir a fluoxetina por um antidepressivo tricíclico.
D) Indicar cirurgia de sling retropúbico.
E) Indicar cirurgia de sling transobturatório.

15) A hiperplasia endometrial atípica é reconhecida como lesão precursora do


adenocarcinoma de endométrio. Qual das alternativas representa a MELHOR conduta
terapêutica em mulheres na pós-menopausa?
A) Expectante.
B) Progestagenioterapia em baixas doses.
C) Tamoxifeno.
D) Estrogenioterapia em altas doses.
E) Histerectomia total.

16) Marque a alternativa que apresenta o padrão hormonal a ser encontrado em um ciclo
menstrual normal:

A) Estradiol aumentando progressivamente após a ovulação.


B) FSH aumentando na primeira fase e progesterona aumentando na segunda fase.
C) Estradiol e progesterona altos na primeira fase com diminuição progressiva após a
ovulação.
D) FSH e LH aumentando progressivamente na primeira fase, com pico na segunda fase.
E) FSH e LH aumentando progressivamente na primeira fase e estradiol aumentando na
segunda fase.

17) Assinale a alternativa que contém a ginecopatia comum na quarta década de vida,
que cursa com útero globalmente aumentando de volume, dismenorreia e
hipermenorreia:

A) Miomatose uterina.
B) Pólipo endometrial.
C) Adenomiose.
D) Hiperplasia de endométrio.
E) Endometriose.

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18) Mulher de 24 anos, sem comorbidades, procura atendimento ginecológico pelo


aparecimento de tumoração em região inguinal, há aproximadamente duas semanas. O
exame físico mostra eritema acompanhado de dor à palpação da tumoração e febre de
38,5ºC. A paciente relata aventuras sexuais frequentes e informa que, ocasionalmente,
não faz uso de condom. Ela nega o aparecimento de lesão genital ou de corrimento
uretral. Foi submetida à ultrassonografia de região inguinal, que evidenciou
linfadenomegalia inguinal unilateral. O teste rápido para sífilis foi negativo. Considerando
a hipótese diagnóstica mais provável para o caso, qual das alternativas apresenta a
melhor opção terapêutica, conforme as orientações do protocolo de Infecções
Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde?
A) Doxiciclina.
B) Eritromicina.
C) Metronidazol.
D) Penicilina G benzatina.
E) Ceftriaxone.

19) Mulher de 23 anos, GIII PIII CI A0, dá entrada na emergência obstétrica com queixa
de contrações a cada cinco minutos. O pré-natal evoluiu sem anormalidades. Ao exame
físico obstétrico constata-se: BCF = 140 bpm; atividade uterina de 3 contrações com
duração de 40 segundos a cada 10 minutos; colo 50% apagado, com dilatação de 5 cm;
bolsa íntegra; apresentação cefálica em -2 de De Lee. Após duas horas, o colo encontra-
se inalterado e é indicada a cesariana por parada de progressão. Caso essa paciente
solicite laqueadura tubária durante o procedimento e apresente ata assinada por dois
médicos e registrada no cartório há mais de 60 dias antes do parto, o obstetra deve
informar que:
A) Fará a laqueadura tubária, pois ter acesso ao método contraceptivo que escolher é um
direito da paciente.
B) Fará a laqueadura tubária, pois a paciente possui a documentação exigida para o
procedimento.
C) Fará a laqueadura tubária, em virtude da multiparidade em paciente jovem.
D) Não fará a laqueadura tubária, pois esse procedimento só pode ser realizado no
momento da cesariana, em caso de comprovada necessidade ou por cesarianas
sucessivas anteriores.
E) Não fará a laqueadura tubária, pois a paciente possui menos de 25 anos.

20) Adolescente de 11 anos, virgem, comparece ao ambulatório de ginecologia


acompanhada da mãe. Informa menarca aos 10 anos, ciclos regulares e cólicas leves no
primeiro dia de menstruação. Não está namorando no momento. Neste caso, há
orientação para:

A) Utilizar contraceptivo injetável, trimestralmente, para bloqueio da menstruação.


B) Inserção de implante subdérmico, a fim de evitar gravidez não planejada.
C) Inserção de sistema intrauterino liberador de levonorgestrel, a fim de evitar gravidez
não programada e para redução do fluxo menstrual.
D) Iniciar o uso de anticoncepcional combinado oral, para controle de cólica menstrual.
E) Vacinação imediata contra HPV.

21) A perda sanguínea na pós-menopausa é o sintoma mais comum do câncer de


endométrio, embora apenas 10% das pacientes com este quadro tenham o diagnóstico
desta malignidade. Assinale a alternativa que representa um fator de risco para o câncer
de endométrio:
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A) Raça negra.
B) Obesidade.
C) Infecção por papilomavírus humano.
D) Multiparidade.
E) Uso de SIU liberador de levonorgestrel.

22) Criança feminina, de três anos, comparece à consulta de rotina de puericultura sem
queixas. A inspeção da vulva evidencia pequenos lábios aderidos até o terço superior da
vulva com linha central semitransparente. Todo o restante do exame físico foi
absolutamente normal. Assinale a alternativa CORRETA sobre o caso:
A) Nos casos assintomáticos, a conduta terapêutica será expectante.
B) O procedimento mecânico de separação está indicado.
C) O tratamento com estrogênio tópico é obrigatório em casos como este.
D) Em caso de separação cirúrgica, pela rapidez do procedimento, não há necessidade de
analgesia.
E) A resolução demora mais de seis meses apesar do tratamento.

23) Qual é a MELHOR época do ciclo menstrual, em um com duração padrão de 28 dias,
para se realizar a dosagem de progesterona plasmática e avaliar se houve ovulação?

A) Do 2º ao 5º dia do ciclo.
B) Do 7º ao 10º dia do ciclo.
C) Do 10º ao 14º dia do ciclo.
D) Do 14º ao 17º dia do ciclo.
E) Do 21º ao 24º dia do ciclo.

24) Assinale a alternativa CORRETA sobre o rastreamento citológico do câncer do colo


uterino, de acordo com as diretrizes brasileiras de 2016:

A) Deve ser iniciado em mulheres sem história de atividade sexual após os 25 anos.
B) Deve ser realizado até os 69 anos de idade.
C) Deve ser iniciada após dois anos do início da atividade sexual.
D) Deve ser realizado com intervalo trienal após dois consecutivos negativos.
E) Deve ser coletada em intervalo anual.

25) Marque a alternativa que contém a situação clínica na qual o DIU de cobre NÃO deve
ser indicado como método contraceptivo?

A) Nuliparidade.
B) Obesidade.
C) Infecção avançada pelo HIV.
D) Mioma subseroso único de 3 cm.
E) Fumante de 37 anos e 20 cigarros/dia.

26) Uma das medidas fundamentais para redução da mortalidade perinatal é a realização
de uma boa assistência pré-natal. Em relação às condutas no pré-natal, assinale a
alternativa correta:

A) As consultas de baixo risco deverão ser idealmente mensais até a 28ª semana,
quinzenais entre a 28ª e a 36ª semana e semanais após a 36ª semana, segundo o
Ministério da Saúde.

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27/12/2018 Impressão de Prova

B) Caso a gravidez seja de baixo risco, pode ser dada alta ambulatorial do pré-natal à
gestante por volta da 40ª semana de gestação.
C) O número mínimo preconizado, pelo Ministério da Saúde, é de uma consulta a cada
trimestre da gestação.
D) Quando o parto não ocorrer até a 42ª semana, a paciente deve ser internada para
realização de cesariana imediata.
E) A paciente deve ser orientada que a vacina para influenza está contraindicada na
gestação, devendo ser aplicada apenas no puerpério.

27) Multípara, 35 semanas, sem patologias de base, dá entrada na emergência obstétrica


referindo perda de líquido há cerca de 8 horas. Ao exame: altura uterina de 33 cm,
movimentação fetal ativa, batimentos cardíacos fetais = 125 bpm, rítmicos e regulares,
metrossístoles ausentes, situação longitudinal e apresentação cefálica. Exame especular:
presença de conteúdo aquoso exteriorizando pelo orifício externo do colo. Quanto à
conduta neste caso:
A) Indica-se parto por cesárea devido ao tempo de bolsa rota e antibioticoprofilaxia para
prevenção de infecção por GBS.
B) Anamnese e exame físico são suficientes para o diagnóstico de amniorrexe prematura
e deve-se proceder à indução do parto com misoprostol.
C) A anamnese é típica, porém o exame físico é inconclusivo, havendo necessidade de
exames complementares para diagnóstico do caso.
D) Indica-se parto por cesárea devido ao tempo de bolsa rota, mas não necessita de
antibioticoprofilaxia para prevenção de infecção por GBS.
E) Liberar paciente e orientar que retorne apenas quando iniciar o trabalho de parto.

28) Multípara, 35 semanas, sem patologias de base, dá entrada na emergência obstétrica


referindo perda de líquido há cerca de 8 horas. Ao exame: altura uterina de 33 cm,
movimentação fetal ativa, batimentos cardíacos fetais = 125 bpm, rítimicos e regulares,
metrossístoles ausentes, situação longitudinal e apresentação cefálica. Caso o exame
especular não visualizasse saída de conteúdo aquoso pelo orifício externo do colo,
poderiam ser utilizados para investigar a hipótese diagnóstica, EXCETO:
A) Papel de nitrazina.
B) Amnisure.
C) Teste das aminas.
D) Teste de cristalização.
E) Ultrassonografia.

29) Durante a avaliação de uma gestante em trabalho de parto, o obstetra informou que
a variedade de posição era ODA (Occípto-Direita-Anterior). Sobre esta nomenclatura é
CORRETO afirmar que:

A) O ponto de referência fetal é a glabela.


B) É uma cefálica defletida de primeiro grau.
C) A linha de orientação é a sutura metópica.
D) A situação é longitudinal e a posição direita.
E) O feto já está insinuado.

30) Marque a alternativa que aponta corretamente os parâmetros da estática fetal que
conseguimos avaliar ao toque vaginal: I variedade de posição; II apresentação; III situação;
IV assinclitismo.

https://arearestrita.medgrupo.com.br/ProvaImpressa.aspx?Ano=2017&ExercicioId=619&TIPO=Simulado 7/13
27/12/2018 Impressão de Prova

A) I, II, III e IV corretos.


B) I, II e III corretos.
C) I e IV corretos.
D) II, III e IV corretos.
E) Apenas I correto.

31) Após realização de curetagem uterina por suposto abortamento, o médico verifica o
resultado anatomopatológico que confirma o diagnóstico de mola hidatiforme completa.
Imediatamente está recomendado:

A) Controle clínico com beta-hCG seriado com intervalos de 7 a 15 dias.


B) Encaminhar a paciente para quimioterapia.
C) Realizar nova curetagem uterina para eliminar eventuais focos de mola.
D) Indicar histerectomia total.
E) Histeroscopia cirúrgica para avaliação da cavidade uterina.

32) Gestante com 32 semanas, apresentando quadro agudo de sangramento moderado


com coágulos, indolor. Ao exame: abdome indolor, tônus uterino normal, sem
metrossístoles, colo fechado, sangramento moderado e vermelho rutilante, batimentos
cardiofetais presentes com frequência e ritmo normais. A principal hipótese é:

A) Placenta prévia.
B) Descolamento Prematuro da Placenta.
C) Sangramento de vasa prévia.
D) Abortamento.
E) Trabalho de parto.

33) Paciente evolui no 4° dia pós cesariana com quadro de adinamia, febre, dor
hipogástrica, dor à mobilização uterina e loquiação com odor fétido. Na história
obstétrica relata que a bolsa rompeu 12 horas antes de iniciar o trabalho de parto. O
provável diagnóstico é:

A) Mastite.
B) Cervicite.
C) Vaginose bacteriana.
D) Infecção de ferida operatória.
E) Morbidade febril puerperal (endometrite).

34) Dentre os exames para avaliação da vitalidade fetal, podemos afirmar corretamente
que no perfil biofísico fetal:

A) Avaliamos cinco parâmetros ultrassonográficos.


B) Dentre os parâmetros avaliados, a frequência cardíaca fetal é o primeiro a se alterar
diante de uma hipóxia.
C) É composto por quatro marcadores crônicos e um marcador agudo.
D) Quanto maior a pontuação mais comprometida está a vitalidade fetal.
E) A altura da apresentação é um dos parâmetros avaliados.

35) M.A.C., 30 semanas, G5P3A1, tipagem sanguínea A negativo, apresenta na rotina de


pré-natal Coombs indireto com título de 1/64. A investigação ao Doppler demonstrou
aumento da velocidade máxima da artéria cerebral média (maior que 1,5 MOM para a
idade gestacional). Qual é a conduta mais adequada para o caso?
https://arearestrita.medgrupo.com.br/ProvaImpressa.aspx?Ano=2017&ExercicioId=619&TIPO=Simulado 8/13
27/12/2018 Impressão de Prova

A) Repetir o Doppler da artéria cerebral média semanalmente para avaliar centralização


fetal.
B) Encaminhar para análise da espectofotometria do líquido amniótico.
C) Manter a solicitação mensal do Coombs indireto.
D) Aplicar imediatamente a imunoglobulina anti-Rh D.
E) Cordocentese.

36) O diabetes gestacional é uma complicação que deve ser rastreada durante o pré-
natal, existindo vários protocolos propostos com esta finalidade. De acordo com o estudo
HAPO (Hyperglycemia and Adverse Pregnancy Outcome), publicado em 2008, os pontos
de corte para o diagnóstico do diabetes gestacional através do TOTG 75g são:

A) 92/180/153, com um ponto da curva atingido ou ultrapassado.


B) 92/180/145, com dois pontos da curva atingidos ou ultrapassados.
C) 90/185/145, com um ponto da curva atingido ou ultrapassado.
D) 92/185/153, com dois pontos da curva atingidos ou ultrapassados.
E) 95/184/153, com um ponto da curva atingido ou ultrapassado.

37) Primípara de 40 anos chega à emergência referindo cefaleia e holocraniana e


epigastralgia. No momento está com gestação de 30 semanas e nega doenças
pregressas. Ao exame: altura uterina (AFU) = 28 cm, BCF = 140 bpm, PA = 150 x 80
mmHg, edema de ++ / 4+ em face e ++++ / 4+ em MMII. Qual é o diagnóstico MAIS
provável?

A) Hipertensão gestacional.
B) Enxaqueca.
C) Hipertensão arterial crônica.
D) Pré-eclâmpsia leve.
E) Pré-eclâmpsia grave.

38) Mulher, 17 anos, nulípara, pré-natal sem intercorrências na unidade de baixo risco,
evoluiu para parto normal a termo. No alojamento conjunto, 12 horas após o parto, a
paciente apresentou convulsão tonicoclônica generalizada após referir escotomas visuais
para as companheiras de enfermaria. QUAL É A HIPÓTESE DIAGNÓSTICA E AS
CONDUTAS?

A) Eclâmpsia puerperal; iniciar sulfato de magnésio e avaliação laboratorial.


B) Epilepsia; iniciar fenitoína endovenosa e solicitar exame de imagem.
C) Síndrome de Sheehan e reposição de hormônios hipofisários.
D) Epilepsia; iniciar sulfato de magnésio e solicitar avaliação do neurologista.
E) Eclâmpsia puerperal; iniciar benzodiazepínico e solicitar exame de imagem.

39) Gestante, no curso da 12ª semana, chega ao pré-natal trazendo resultado de


sorologia para toxoplasmose com IgG e IgM reagentes. Solicitada na mesma amostra de
sangue o teste da avidez com resultado de 17%. A conduta adequada para essa paciente
é:

A) Indicar aminiocentese para diagnóstico da infecção fetal por PCR no líquido amniótico.
B) Prescrever espiramicina para profilaxia da transmissão vertical e encaminhar a gestante
para investigação fetal.
C) Prescrever sulfadiazina, pirimetamina e ácido folínico para tratamento de infecção
crônica.
D) Manter seguimento em pré-natal de risco habitual, por se tratar de infecção pregressa.
https://arearestrita.medgrupo.com.br/ProvaImpressa.aspx?Ano=2017&ExercicioId=619&TIPO=Simulado 9/13
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E) Repetir a sorologia a cada três meses.

40) Gestante de 12 semanas questionou seu obstetra se podia tomar a vacina para a
gripe H1N1, pois viu que estava no período da campanha nacional de vacinação. Qual a
orientação a ser dada para esta gestante?
A) São necessárias três doses ao longo da gestação.
B) Pode tomar a vacina à partir da 20ª semana.
C) Ela deve aguardar o puerpério para tomar a vacina.
D) Pode tomar a vacina à partir da 12ª semana.
E) Pode tomar a vacina agora.

41) São vacinas consideradas seguras para uso durante a gestação:

A) Hepatite A, hepatite B e dTpa.


B) Rubéola, febre amarela e raiva.
C) Hepatite B, dTpa, tríplice viral.
D) Rubéola, hepatite B e febre amarela.
E) Influenza, tríplice viral e dTpa.

42) Quando a cardiotocografia intraparto revela desacelerações que coincidem


exatamente com o tempo da contração, desaparecendo com o relaxamento uterino, esse
achado constitui desaceleração do tipo:

A) Tardia.
B) Variável.
C) Umbilical.
D) Placentária.
E) Cefálica

43) Gestante de 39 semanas apresenta HBsAg positivo com anti-HBe e anti-HBc


positivos. Estando fora do trabalho de parto, a conduta mais adequada é:

A) Parto de acordo com a indicação obstétrica e aleitamento natural, após administração


de imunoglobulina e vacinação do recém-nascido.
B) Via de parto depende da carga viral detectada na gestante.
C) Sempre indicar cesárea eletiva e aleitamento artificial.
D) Fazer imunoglobulina durante o trabalho de parto e não vacinar o recém-nascido.
E) Nenhuma das anteriores.

44) A ultrassonografia no primeiro trimestre é de grande valia na avaliação das gestações


gemelares quanta à corionicidade. O sinal do lambda visualizado na ultrassonografia do
primeiro trimestre de gestação é característica de que tipo de gestação gemelar?

A) Monocoriônica e monoamniótica.
B) Monocoriônica e diamniótica.
C) Dicoriônica e diamniótica.
D) Monozigótica monocoriônica.
E) Dizigótica monoamniótica.

45) Paciente recebe o diagnóstico de abortamento retido com 8 semanas. Foi realizada a
AMIU (aspiração manual intrauterina) com saída completa do material, mas ainda
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27/12/2018 Impressão de Prova

apresenta dosagem do beta-hCG positivo no dia seguinte ao procedimento. Diante disto,


a provável explicação é de:

A) Presença de restos ovulares.


B) Meia-vida longa da gonadotrofina coriônica.
C) Mola hidatiforme.
D) Mola invasora.
E) Gravidez heterotópica.

46) Durante exame ultrassonográfico de gestante portadora de diabetes mellitus


observou-se presença de anomalia fetal. Qual é a mais específica anomalia fetal
encontrada nesta patologia materna?

A) Osteogênese imperfeita tipo II.


B) Pentalogia de Cantrell.
C) Síndrome de regressão caudal.
D) Rim policístico.
E) Estenose mitral.

47) Sabendo-se que na gestação fisiologicamente ocorre aumento da volemia,


acompanhado de aumento da complacência dos vasos periféricos, assinale a alternativa
CORRETA:
A) Ocorre hemodiluição, apesar do aumento nos eritrócitos.
B) Ocorre hemoconcetração por aumento do número de eritrócitos.
C) O aumento dos eritrócitos compensa o aumento da volemia, mantendo o hematócrito
inalterado ao longo da gestação.
D) Há redução do hematócrito devido à hemólise fisiológica nos vasos periféricos.
E) Ocorre hemodiluição, pois não existe aumento na produção dos eritrócitos.

48) Mulher de 38 anos, GIII-PI-AI, comparece à consulta pré-natal apresentando o


seguinte laudo de exame ultrassonográfico: feto único com CCN = 58 mm, compatível
com 12 semanas e dois dias, BCF = 158 bpm, translucência nucal medindo 3 mm, osso
nasal ausente, ducto venoso com onda A positiva. Com base nesses dados, deve-se
fornecer a seguinte orientação à paciente:

A) Informar a paciente que se trata de um diagnóstico de aneuploidia fetal e que não há


tratamento para o caso.
B) Aguardar o segundo trimestre para realizar ultrassonografia morfológica para
confirmação diagnóstica.
C) Aconselhar teste invasivo para coleta de material fetal, visando a realização de
cariótipo.
D) Tranquilizar a paciente em relação ao prognóstico fetal, pois os exames estão normais.
E) Realizar cordocentese neste momento da gestação para confirmar o diagnóstico.

49) Gestante dá entrada na maternidade no dia 28/11/2017 com queixa de dor


abdominal. Refere que não trouxe cartão de pré-natal, mas que sua última menstruação
começou no dia 02/07/2017 e terminou no dia 06/07/2017. Qual a idade gestacional da
paciente na data do atendimento?

A) 20 semanas e 5 dias.
B) 21 semanas e 2 dias.
C) 23 semanas e 2 dias.
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27/12/2018 Impressão de Prova

D) 22 semanas e 5 dias.
E) 21 semanas e 6 dias.

50) A respeito dos sinais e sintomas utilizados para diagnóstico de gestação, qual dos
abaixo não é considerado um sinal de probabilidade de gravidez por modificação
uterina?

A) Sinal de Nobile-Budim.
B) Sinal de Goodell.
C) Sinal de Piscacek.
D) Sinal de Kluge.
E) Sinal de Hegar.

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1 A 2 E 3 C 4 B 5 D 6 A 7 C 8 D 9 B 10 E 11 A

12 C 13 C 14 D 15 E 16 B 17 C 18 A 19 D 20 E 21 B 22 A

23 E 24 D 25 C 26 A 27 B 28 C 29 D 30 A 31 A 32 A 33 E

34 B 35 E 36 A 37 E 38 A 39 B 40 E 41 A 42 E 43 A 44 C

45 B 46 C 47 A 48 C 49 B 50 D

Legenda:
! Questão Anulada

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2018 SIM 06

2018 SIM 06
2018 SIM 06 - Ginecologia e Obstetrícia

1) A irrigação ovariana provém da artéria ovariana, que é ramo direto da:

A) Artéria aorta.
B) Artéria ilíaca interna.
C) Artéria ilíaca externa.
D) Artéria pudenda interna.
E) Artéria hipogástrica.

2) Com relação ao calendário vacinal da mulher, seguindo as orientações mais atuais do


Ministério da Saúde, é correto afirmar que:

A) A vacina dTpa só necessita de reforço a cada 10 anos.


B) A vacina dTpa para gestantes é indicada a partir de 27 semanas.
C) A vacinação de dTpa está contraindicada até 45 dias pós-parto.
D) A vacina HPV poderá ser aplicada via SUS em meninas de 9 a 13 anos.
E) O esquema vacinal do HPV consiste em duas doses com intervalo de 0 a 6 meses.

3) Adolescente de 17 anos sofreu estupro por pessoa desconhecida e procurou


atendimento médico duas horas após o ocorrido, sem ter realizado o Boletim de
Ocorrência Policial. Das condutas abaixo, assinale aquela que NÃO deve ser exercida pelo
Médico que a atendeu:
A) Notificar ao SINAN.
B) Notificar ao Conselho Tutelar.
C) Comunicar à polícia o fato.
D) Anticoncepção de emergência.
E) Profilaxia de DSTs virais e não virais.

4) Com base nos critérios de elegibilidade da Organização Mundial de Saúde (OMS) para
o uso de contraceptivos, assinale a alternativa que representa uma situação de
contraindicação absoluta ao uso de Anticoncepcional Combinado Oral (ACO):
A) Antecedente familiar de trombofilia.
B) Hepatite viral aguda.
C) Hipertensão arterial controlada com medicamentos.
D) Enxaqueca sem aura.
E) Amamentação entre seis semanas e seis meses pós-parto.

5) Mulher de 20 anos, nuligesta, cuja data da última menstruação ocorreu há duas


semanas, teve intercurso sexual desprotegido e fez uso de contracepção de emergência.
Com relação ao uso desse método, marque a alternativa CORRETA:
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27/12/2018 Impressão de Prova

A) O método de Yuzpe consiste no uso somente de progestógeno.


B) Deve ser utilizada até 96h após o coito desprotegido.
C) Atua na inibição da ovulação porém não age na inibição da fecundação.
D) Pode aumentar risco de gravidez tubária devido à diminuição da motilidade tubária.
E) A contracepção de emergência não atua no mecanismo de inibição da ovulação.

6) Qual é o provável diagnóstico em uma paciente de 18 anos com quadro de


amenorreia primária e desenvolvimento normal dos caracteres sexuais secundários?

A) Síndrome de Turner.
B) Síndrome de Asherman.
C) Síndrome dos ovários policísticos.
D) Hiperplasia congênita da adrenal.
E) Síndrome de Mayer-Rokitansky-Küster-Hauser.

7) Qual das seguintes opções NÃO representa um método de documentação da


ovulação?
A) Monitorização do crescimento folicular por USG.
B) Biópsia de endométrio.
C) Dosagem de FSH.
D) Curva de temperatura basal.
E) Dosagem de progesterona.

8) Considere as situações a seguir, com relação à doença inflamatória pélvica: I - Ausência


de resposta após 72 horas do início da terapia antimicrobiana ambulatorial; II - Gestação;
III - Abscesso tubo-ovariano. Qual(is) é(são) critério(s) para hospitalização?
A) I, II, III.
B) Apenas a I.
C) Apenas a II.
D) Apenas a III.
E) II e III.

9) Qual é o fator de risco que possui maior relação com o risco de fraturas
osteoporóticas?

A) Parente de primeiro grau com histórico de fratura de fêmur por fragilidade óssea.
B) Histórico pessoal de fratura por fragilidade.
C) Biotipo magro.
D) Deficiência de estrogênio.
E) Baixa ingesta de cálcio e fósforo.

10) Durante laparotomia para tratamento de carcinoma endometrial, você constata que o
tumor invade a serosa do útero. De acordo com a Federação Internacional de Ginecologia
e Obstetrícia (FIGO), qual é o estadiamento desta malignidade?

A) Estádio II.
B) Estádio IIIC.
C) Estádio IIIB.
D) Estádio IIIA.
E) Estádio IV.

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11) Mulher de 21 anos, nuligesta, comparece para atendimento com queixa de saída de
líquido leitoso pelas papilas mamárias, em pequena quantidade, que foi confirmada ao
exame clínico. Refere irregularidade menstrual nos últimos três meses e nega outras
queixas. O restante do exame físico não evidenciou alterações. Qual dos exames
complementares descritos nas alternativas deveria ser solicitado para elucidação da
suspeita diagnóstica?
A) Ressonância magnética de sela túrcica.
B) PAAF de mama.
C) Ressonância magnética da mama.
D) Tomografia computadorizada da região cervical.
E) Tomografia computadorizada da cabeça e região cervical.

12) Em qual paciente pode ser dispensada a associação com progesterona na terapia
hormonal pós-menopausa?

A) História de ooforectomia prévia.


B) Portadora de miomatose uterina.
C) Portadora de fibroadenoma mamário.
D) Passado de histerectomia total e anexectomia bilateral por endometriose.
E) História prévia de histerectomia total por adenomiose.

13) Qual das alternativas apresenta o tipo histológico mais provável de tumor ovariano
em uma adolescente com clínica de torção anexial?

A) Tecoma.
B) Cistoadenoma seroso.
C) Teratoma cístico maduro.
D) Cistoadenoma mucinoso.
E) Fibroma.

14) Mulher, 60 anos, queixa-se de “bola na vagina” há um ano. O exame físico encontrou
os seguintes achados nos pontos de referência de prolapsos vaginais: Aa=+3; Ba=+3;
C=+4; D=+3; Ap=-3; Bp=-3; CVT= 7cm. Qual é o estágio da paciente segundo o POP-Q?

A) Estágio IV.
B) Estágio III.
C) Estágio II.
D) Estágio I.
E) Estágio 0.

15) Marque a alternativa na qual todas as situações constituem fatores de risco para o
câncer de mama:

A) Exposição prévia à radioterapia, miomatose uterina e menarca precoce.


B) Fatores genéticos, tabagismo e falência ovariana precoce.
C) Menarca precoce, menopausa tardia e multiparidade.
D) História familiar de primeiro grau de câncer de mama, menopausa tardia e
nuliparidade.
E) História familiar de câncer de mama, nuliparidade e antecedente de câncer de colo
uterino.

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27/12/2018 Impressão de Prova

16) O abdome agudo ginecológico tem importante relevância clínica em virtude da alta
morbidade e de sequelas na vida reprodutiva das pacientes. Marque a alternativa
CORRETA sobre as urgências de causas ginecológicas:
A) A síndrome de Fitz-Hugh-Curtis decorre do rompimento de endometrioma ovariano e
do extravasamento de seu conteúdo na cavidade abdominal.
B) Na fase aguda da síndrome de Fitz-Hugh-Curtis, há as aderências do tipo “corda de
violino” entre a parede abdominal anterior e a superfície hepática.
C) A gravidez ectópica é um diagnóstico raro em mulheres em idade fértil.
D) As urgências vasculares possuem papel importante e podem resultar de torções de
anexo ou de miomas pediculados.
E) A rotura de cisto de corpo lúteo ou de cisto folicular requer frequentemente
abordagem cirúrgica.

17) Mulher, 25 anos, primigesta, com idade gestacional de 20 semanas, em consulta de


retorno de pré-natal na Unidade Básica de Saúde, refere corrimento vaginal branco,
grumoso, associado a prurido vulvar e disúria terminal. A inspeção vulvar evidencia
edema e eritema de grandes lábios. O exame especular constata conteúdo vaginal
esbranquiçado, em placas, aderido às paredes vaginais. Após a aplicação de KOH 10%,
identifica-se a presença de hifas no exame a fresco do conteúdo vaginal. A conduta
indicada é tratamento com:
A) Clotrimazol creme a 2% – 1 aplicador (5 g) via vaginal por 3 dias.
B) Fluconazol 150 mg, 1 comprimido dose única.
C) Miconazol creme a 2% – 1 aplicador (5 g) via vaginal por 7 dias.
D) Metronidazol 500 mg por via oral de 12/12 horas por 7 dias.
E) Cetoconazol 200 mg por via oral de 12/12 horas por 7 dias.

18) A acantose nigricante é uma lesão cutânea espessa, pigmentada e aveludada, que
pode estar presente nas axilas, nuca, abaixo das mamas, face interna das coxas e vulva.
Em pacientes portadoras da síndrome de ovários policísticos é um marcador confiável de:

A) Resistência periférica à insulina.


B) Aumento do hormônio antidiurético.
C) Hipoandrogenismo.
D) Hiperestrogenismo.
E) Produção aumentada de prolactina.

19) Durante uma colposcopia, realizada por resultado colpocitológico de lesão


intraepitelial de alto grau, constatou-se, após aplicação de ácido acético a 5%, presença
de epitélio acetorreagente denso, associado a mosaico e pontilhado grosseiros no lábio
posterior. O conteúdo vaginal era branco e fluído. De acordo com essa descrição
colposcópica, qual é a sua impressão em relação ao caso e qual deve ser a conduta mais
adequada a ser seguida?

A) Carcinoma invasor; biopsiar a área da lesão.


B) Lesão de baixo grau; manter controle colpocitológico semestral.
C) Lesão de alto grau; biopsiar a área da lesão.
D) Exame normal; coletar material para captura híbrida, pesquisando HPV.
E) Exame normal; repetir colpocitologia em 12 meses.

20) Qual alteração pélvica é mais frequentemente constatada em pacientes com


diagnóstico de hematométrio e hematocolpo?
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27/12/2018 Impressão de Prova

A) Prolapso genital.
B) Rotura uterina.
C) Corpo lúteo hemorrágico.
D) Hematossalpinge.
E) Torção ovariana.

21) Mulher de 24 anos comparece para atendimento por queixa de dor mamária cíclica
bilateral há 4 meses. O exame clínico é normal, sem evidências de lesões nodulares ou
descargas papilares. Ela possui cancerofobia, pois sua mãe foi diagnosticada com câncer
de mama aos 65 anos. Nesta situação, qual seria a melhor abordagem inicial para a
paciente?
A) Tranquilizar, solicitar mamografia e prescrever danazol.
B) Tranquilizar, solicitar ultrassonografia das mamas e prescrever associação
estroprogestínica.
C) Tranquilizar, orientar sobre a benignidade do caso e sobre sustentação mecânica
adequada.
D) Tranquilizar, orientar sobre a benignidade do caso e prescrever tamoxifeno.
E) Tranquilizar e solicitar ultrassonografia e mamografia, devido à história familiar.

22) O que é CORRETO afirmar em relação a esterilização cirúrgica voluntária?

A) A esterilização cirúrgica como método contraceptivo poderá ser executada através da


laqueadura tubária, da vasectomia, histerectomia e da ooforectomia.
B) Não requer o consentimento do cônjuge desde que a(o) paciente seja maior de 25
anos e possua pelo menos dois filhos vivos.
C) Pode ser realizada nos períodos de parto ou abortamento, desde que a paciente esteja
anestesiada, para evitar novo risco anestésico.
D) A esterilização cirúrgica definitiva em mulher portadora de doença de base grave não
requer um relatório escrito no prontuário.
E) A esterilização cirúrgica em pessoas absolutamente incapazes somente poderá ocorrer
mediante autorização judicial.

23) Assinale a alternativa que contempla o marcador fisiológico mais importante da


aproximação da ovulação:

A) Pico de FSH.
B) Pico de LH.
C) Pico de Estradiol.
D) Pico de Inibina.
E) Pico de Progesterona.

24) Qual é o provável diagnóstico de úlceras múltiplas na região vulvar, dolorosas, com
bordos não endurecidos e fundo sujo, associadas à adenopatia inflamatória supurativa?

A) Cancro mole.
B) Herpes genital.
C) Sífilis primária.
D) Donovanose.
E) Linfogranuloma venéreo.

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27/12/2018 Impressão de Prova

25) Qual das alternativas NÃO representa uma abordagem inicial admissível para uma
paciente com quadro de síndrome pré-menstrual?

A) Anticoncepcional combinado oral contínuo.


B) Anticoncepcional combinado oral cíclico.
C) Dieta balanceada e atividade física regular.
D) Acetato de Gosserrelina.
E) Espironolactona.

26) Mulher, 28 anos, G3P2C2A0, idade gestacional de 30 semanas, procura o pronto


atendimento obstétrico com queixa de sangramento vaginal iniciado há cerca de 2 horas.
Exame físico: PA = 100 x 60 mmHg; FC = 80 bpm; altura uterina = 31 cm; dinâmica uterina
ausente e sem sinais de hipertonia; batimentos cardiofetais = 140 bpm; exame especular:
saída de sangue vermelho vivo pelo orifício externo do colo uterino em moderada
quantidade. A hipótese diagnóstica mais provável e a melhor conduta nesse caso serão:

A) Placenta prévia; internação hospitalar, realizar ecografia e corticoprofilaxia com


betametasona.
B) Descolamento prematuro da placenta e cesárea de urgência.
C) Placenta prévia; realizar ecografia e induzir o parto com misoprostol.
D) Placenta prévia; internação hospitalar e cesariana de urgência.
E) Descolamento prematuro da placenta; realizar ecografia para identificação do
hematoma retroplacentário e confirmação diagnóstica.

27) Uma adequada assistência pré-natal é de suma importância para rastrear e tratar
possíveis intercorrências no binômio materno-fetal. O melhor parâmetro
ultrassonográfico de datação da gestação no primeiro trimestre é:

A) Comprimento Cabeça-Nádega (CCN).


B) Circunferência cefálica.
C) Circunferência abdominal.
D) Comprimento do fêmur.
E) Perímetro cefálico.

28) Gestante de 41 anos, G2P1A0, apresenta à ultrassonografia de primeiro trimestre o


seguinte laudo: feto único com CCN = 58 mm, compatível com 12 semanas e dois dias,
BCF = 158 bpm, translucência nucal medindo 3 mm, osso nasal ausente, ducto venoso
com onda A positiva. Com base nesses dados, deve-se orientar a paciente que:

A) O diagnóstico é de aneuploidia fetal e não há tratamento específico.


B) Ela pode procurar imediatamente uma maternidade para realizar o abortamento.
C) Devemos aguardar o segundo trimestre para realizar ultrassonografia morfológica para
confirmação diagnóstica.
D) Tranquilizar a paciente, pois os achados são considerados normais.
E) Deve realizar teste invasivo para coleta de material fetal, visando a realização de
cariótipo e definição diagnóstica.

29) A mastite puerperal é uma complicação que contribui para o abandono, por parte
das mulheres, da amamentação. Para evitar a formação de fissuras e risco de infecção
durante a amamentação, deve-se:

A) Ensinar a pega correta envolvendo não apenas o mamilo, mas também, a maior parte
da aréola.
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27/12/2018 Impressão de Prova

B) Orientar a mãe a secar e limpar cuidadosamente os mamilos após cada mamada com
sabonete neutro.
C) Esfregar os mamilos com bucha ao longo da gestação.
D) Sempre utilizar compressas mornas nas mamas após cada mamada.
E) Contraindicar exposição das mamas ao sol devido ao risco de tornar a pele da mama
mais frágil.

30) MSA, 32 anos, G4P2A1; IG 30 semanas, hipertensa crônica em uso de metildopa 2 g


por dia, chega à consulta de pré-natal de rotina e seu médico fica preocupado ao
observar uma altura uterina de 25 cm. Na avaliação de restrição do crescimento
intrauterino, pela ultrassonografia, o parâmetro mais ADEQUADO é:
A) O diâmetro biparietal.
B) A circunferência abdominal.
C) A circunferência craniana.
D) O comprimento do fêmur.
E) Dopplerfluxometria de artéria uterina.

31) O líquido amniótico tem um importante papel no desenvolvimento fetal e seu


volume depende de condições maternas, fetais e placentárias. Sobre este tema, assinale a
afirmativa correta.

A) A idade gestacional não influencia o volume do líquido amniótico.


B) Seu volume é inversamente proporcional à idade gestacional.
C) A maior fonte de líquido amniótico na segunda metade da gestação é a urina fetal.
D) Casos de oligodramnia severos de instalação no terceiro trimestre tem como principal
causa as malformações do trato urinário fetal.
E) Atresia esofagiana é uma importante causa de oligodramnia, devendo ser realizada
amnioinfusão ao longo da gestação para aderências fetais.

32) Gestante com 12 semanas de idade gestacional, calculada pela data da última
menstruação, queixa-se de sangramento intermitente, náuseas e vômitos incoercíveis. Ao
exame físico, observamos: PA = 150 X 100 mmHg, altura uterina de 24 cm e batimentos
cardíacos fetais presentes. O exame especular confirmou um sangramento moderado
com aspecto de suco de ameixa. O diagnóstico mais provável é:

A) Hipertireoidismo.
B) Mola completa.
C) Abortamento tardio.
D) Placenta prévia.
E) Mola parcial.

33) Nos casos de incompatibilidade sanguínea materno fetal, utilizamos como método
não invasivo para avaliação do grau de anemia fetal:

A) Cordocentese.
B) Biópsia de vilo corial.
C) Ultrassonografia obstétrica.
D) Doppler da artéria cerebral média.
E) Espectrofotometria do líquido amniótico.

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34) A definição mais utilizada para abortamento habitual é quando ocorrem três ou mais
perdas gestacionais consecutivas. São consideradas possíveis causas para esta
intercorrência obstétrica, EXCETO:

A) Fator genético.
B) Incompetência istmo cervical.
C) Malformação uterina.
D) Fator imunológico.
E) Rubéola.

35) Paciente realizou glicemia de jejum na 12ª semana de gestação cujo resultado foi 100
mg/dl. Não havia alteração em nenhum outro exame da rotina laboratorial e nem no seu
exame físico. Refere um parto vaginal anterior e que seu filho nasceu com 39 semanas
pesando 3200 g. Considerando os critérios estabelecidos no estudo HAPO
(Hyperglycemia and Adverse Pregnancy Outcome), qual é o diagnóstico e a conduta?

A) Diabetes prévio e insulinoterapia.


B) Diabetes gestacional, dieta fracionada e atividade física.
C) Diabetes gestacional e insulinoterapia.
D) Diabetes prévio, dieta e atividade física.
E) É necessário um teste oral de tolerância à glicose para definição diagnóstica.

36) Primigesta, 36 anos, com pré-natal adequado e níveis pressóricos normais, evoluiu
para parto normal a termo, sem intercorrências. No alojamento conjunto, após 6 horas do
parto, a paciente apresentou convulsão tonico-clônica generalizada. Qual é a hipótese
diagnóstica e a conduta imediata?

A) Epilepsia; iniciar fenitoína endovenosa e solicitar exame de imagem.


B) Eclâmpsia puerperal; iniciar sulfato de magnésio e avaliação laboratorial.
C) Eclâmpsia atípica; iniciar sulfato de magnésio e solicitar avaliação do neurologista.
D) Acidente vascular encefálico; iniciar benzodiazepínico e solicitar exame de imagem.
E) Aguardar o neurologista para uma avaliação mais detalhada.

37) As infecções de trato urinário estão sabidamente envolvidas com um possível


desfecho gestacional desfavorável. Quanto ao principal agente etiológico da bacteriúria
assintomática na gestação e a necessidade de seu tratamento:

A) Klebsiella é o mais frequente e precisa ser tratado.


B) Proteus é o mais frequente e não precisa ser tratado.
C) Strepto agalactiae é o mais frequente e precisa ser tratado.
D) E. coli é o mais frequente e precisa ser tratado.
E) Enterococcus é mais frequente e não precisa ser tratado.

38) Primigesta de 26 semanas apresentou PA = 150 × 90 mmHg em duas aferições, com


intervalo de uma semana. Todas as aferições anteriores estiveram entre 120 × 80 mmHg e
110 × 70 mmHg. Refere boa movimentação fetal e nega qualquer sintoma como cefaléia,
escotomas ou dor abdominal. A avaliação subsidiária obrigatória inclui, além da dosagem
de proteinúria:
A) Bilirrubinas, ácido úrico, cálcio, ácido fólico e urocultura.
B) Urocultura, TGO, TGP, troponina, coagulograma e hemograma.
C) Transaminases, DHL, ácido úrico, creatinina e hemograma com plaquetas.
D) Creatinina, sódio, potássio, coagulograma e bilirrubinas.
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E) Coagulograma, DHL, creatinina, troponina e ácido úrico.

39) A respeito das gestações gemelares, pode-se afirmar que NÃO podem ser:

A) Monozigóticos, monocoriônicos, monoamnióticos.


B) Dizigóticos, dicoriônicos, diamnióticos.
C) Dizigóticos, dicoriônicos, monoamnióticos.
D) Monozigóticos, dicoriônicos, diamnióticos.
E) Monozigóticos, monocoriônicos, diamnióticos.

40) A avaliação de sorologia para hepatite B faz parte da rotina de pré-natal


recomendada pelo Ministério da Saúde. Quando a gestante é HBsAg positiva, indicam-se
as seguintes medidas profiláticas da transmissão vertical no parto e puerpério imediato:
A) Administração de raltegravir e vacina recombinante ao recém-nascido.
B) Administração de imunoglobulina B e vacina recombinante ao recém-nascido.
C) Contraindicar aleitamento materno e parto preferencialmente cesáreo.
D) Contraindicar aleitamento materno e parto preferencialmente vaginal.
E) Administrar AZT venoso na mãe três horas antes do parto e indicar a cesariana eletiva
com 38 semanas se carga viral desconhecida.

41) Durante a assistência ao parto normal, várias práticas foram abandonadas ao longo
dos anos por serem desnecessárias ou, ainda, deletérias. São comprovadamente úteis e
devem ser estimuladas:
A) Manter dieta com líquidos claros por via oral durante o trabalho de parto.
B) A realização rotineira de episiotomia.
C) Cateterização venosa profilática rotineira.
D) Manobra de Kristeller para abreviar período expulsivo.
E) Analgesia exclusivamente no período expulsivo e por método farmacológico.

42) São consideradas contraindicações absolutas à indução do parto com misoprostol,


EXCETO:

A) Incisão uterina corporal prévia.


B) Restrição de crescimento intrauterino.
C) Sofrimento fetal agudo.
D) Placenta prévia total.
E) Herpes genital ativo.

43) DAR, 18 anos, diabética classe A2 e 33 semanas de idade gestacional, chega à


emergência obstétrica referindo dor abdominal. Ao exame, apresenta: PA de 100/80
mmHg, frequência cardíaca de 80 bpm, altura uterina de 31 cm, dinâmica uterina de 3
contrações de 40 segundos em 10 minutos e, ao toque vaginal, colo do útero médio,
amolecido e pérvio para 4 cm. Cardiotocografia categoria I. A melhor conduta, para esse
caso, será:

A) Inibição de trabalho de parto com indometacina.


B) Cesariana imediata diante do sofrimento fetal.
C) Inibição de trabalho de parto com salbutamol.
D) Inibição de trabalho de parto com terbutalina.
E) Inibição de trabalho de parto com atosibano.

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27/12/2018 Impressão de Prova

44) Multípara de 32 anos, idade gestacional compatível com 38 semanas, está em


trabalho de parto e a evolução está representada no partograma a seguir: (VER IMAGEM).
Qual é o diagnóstico e a conduta mais adequada para esta paciente?

A) Parada secundária da descida fetal e cesárea.


B) Período expulsivo prolongado e parto assistido.
C) Fase ativa prolongada e aguardar evolução espontânea.
D) Desproporção cefalopélvica e fórceps.
E) Parto taquitócito ou precipitado e revisão do canal de parto.

45) Multípara de 32 anos, idade gestacional compatível com 38 semanas, está em


trabalho de parto e a evolução está representada no partograma a seguir: (VER IMAGEM).
Qual é o diagnóstico?
A) Parada secundária da descida fetal.
B) Período expulsivo prolongado.
C) Fase ativa prolongada.
D) Desproporção cefalopélvica.
E) Parto taquitócito ou precipitado.

46) Gestante chega à maternidade em trabalho de parto e o médico durante a palpação


abdominal identifica no primeiro tempo das manobras de Leopold um polo fetal liso,
regular e irredutível; no segundo tempo identifica pequenas partes fetais à direita; e no
terceiro tempo um polo maior do que o encontrado no primeiro tempo da palpação,
porém redutível e irregular. De acordo com a descrição, qual é a situação, posição fetal e
apresentação respectivamente?

A) Cefálica, longitudinal e esquerda.


B) Pélvica, longitudinal e esquerda.
C) Longitudinal, pélvica e ODT.
D) Transversa, pélvica e ODT.
E) Longitudinal, esquerda e pélvica.

47) Podemos indicar como alteração fisiológica do organismo materno durante a


gravidez:

A) Elevação da motilidade intestinal.


B) Redução do volume sanguíneo.
C) Redução do tônus do esfíncter esofágico inferior.
D) Elevação da resistência vascular periférica.
E) Diminuição do ritmo de filtração glomerular.

48) Primigesta, veio à consulta pré-natal no dia 24/10/2017, pois teve sua última
menstruação em 28/08/2017. A data provável do parto e a idade gestacional desta
paciente no dia da consulta são, respectivamente:

A) DPP: 02/06/2018; IG: 6 semanas 2 dias.


B) DPP: 04/06/2018; IG: 8 semanas 1 dia.
C) DPP: 03/05/2018; IG: 8 semanas 3 dias.
D) DPP: 03/04/2018; IG: 6 semanas 3 dias.
E) DPP: 02/05/2018; IG: 8 semanas 5 dias.

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49) O perfil biofísico fetal é um exame para avaliar a vitalidade fetal e a pontuação varia
de 0 a 10 pontos. Qual é o primeiro parâmetro que se altera quando há hipóxia fetal?

A) Volume do líquido amniótico.


B) Reatividade da frequência cardíaca fetal na cardiotocografia.
C) Tônus.
D) Movimentação.
E) Movimento respiratório.

50) Qual é o fórcipe indicado para cabeça derradeira no parto pélvico?

A) Fórcipes de Piper.
B) Fórcipes de Simpson-Braun.
C) Fórcipes de Kielland.
D) Fórcipes de Mota.
E) Não estaria recomendado o uso de fórcipes, sendo indicada cesariana imediata.

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1 A 2 E 3 C 4 B 5 D 6 E 7 C 8 A 9 B 10 D 11 A

12 E 13 C 14 B 15 D 16 D 17 C 18 A 19 C 20 D 21 C 22 E

23 B 24 A 25 D 26 A 27 A 28 E 29 A 30 B 31 C 32 E 33 D

34 E 35 B 36 B 37 D 38 C 39 C 40 B 41 A 42 B 43 E 44 E

45 C 46 E 47 C 48 B 49 B 50 A

Legenda:
! Questão Anulada

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2017 SIM 05

2017 SIM 05
2017 SIM 05 - Pediatria

1) São consideradas contraindicações absolutas para o aleitamento materno:

A) Mãe com lesão labial por herpes e recém-nascido com fenilcetonúria.


B) Mãe com HIV e recém-nascido com galactosemia.
C) Mãe com tuberculose com tratamento iniciado há sete dias e recém-nascido com
galactosemia.
D) Mãe com prótese de silicone e recém-nascido com atresia de esôfago.
E) Mãe com infecção por HTLV-1 e recém-nascido com fenilcetonúria.

2) O leite humano passa por algumas mudanças em sua composição ao longo da


lactação. Ao compararmos o leite maduro com o colostro, podemos identificar o
seguinte:
A) O colostro tem maior concentração de proteínas e menor concentração de lactose.
B) O colostro tem maior concentração de gorduras e menor concentração de proteínas.
C) O colostro tem maior concentração de lactose e menor concentração de gorduras.
D) O colostro tem maior concentração de gorduras e menor concentração de lactose.
E) O colostro tem maior concentração de lactose e menor concentração de proteínas.

3) Mariana, sexo feminino, 13 anos, hígida. Comparece à Unidade de Saúde para início de
vacinação, pois perdeu sua carteira. Considerando as vacinas recomendadas pelo
Programa Nacional de Imunizações, assinale a afirmativa que contém apenas vacinas
recomendadas para esta paciente neste momento.
A) Hepatite B, tetraviral, dT.
B) Hepatite B, tríplice viral, DTP.
C) Meningocócica-C conjugada, HPV, tríplice viral.
D) Meningocócica-C conjugada, dTpa, tríplice viral.
E) Tetraviral, hepatite A e pneumocócica-conjugada.

4) Recém-nascido, seis horas de vida, apresentando episódios de vômitos com bile após
tentativas de alimentação. Mãe não realizou acompanhamento pré-natal e houve
suspeita de polidramnia na sala de parto. Já eliminou mecônio. Realizada radiografia
toracoabdominal que evidenciou o sinal da dupla bolha. Indique o provável diagnóstico.

A) Doença de Hirschsprung.
B) Atresia de esôfago.
C) Íleo meconial.
D) Estenose hipertrófica de piloro.
E) Atresia de duodeno.

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27/12/2018 Impressão de Prova

5) Micaela tem 12 anos e é avaliada por baixa estatura. Na história pregressa, há relato de
desaceleração do crescimento no final do segundo ano de vida. Acompanhantes trazem
uma pasta repleta de exames feitos em outros serviços nos últimos anos (avaliação de
função tireoidiana e outras avaliações hormonais). Ao exame, estadiamento puberal
M3P3. Estatura atual abaixo do percentil 3, com IMC no escore-Z -1. Incremento estatural
de 4,5 cm nos últimos seis meses. Radiografia de mão e punho logo após a consulta
indica idade óssea de 12 anos. Feito o cálculo do alvo-genético, com resultado de 1,50
cm. Qual o provável diagnóstico?

A) Baixa estatura familiar.


B) Atraso constitucional do crescimento e da puberdade.
C) Síndrome de Turner.
D) Hipotireoidismo adquirido.
E) Desnutrição secundária.

6) Adolescente, sexo feminino, 13 anos, vai à Unidade de Saúde para atualização vacinal.
Algumas alterações chamam a atenção da equipe de saúde e a paciente é encaminhada
para avaliação. Ao exame físico, estadiamento puberal M1P1. Estatura 134,5 cm. Presença
de pescoço alado, baixa implantação de orelhas e de cabelo, cubitus valgo e
hipertelorismo mamário, além de elevação na pressão arterial. O provável diagnóstico e o
exame feito para confirmação são:

A) Baixa estatura familiar. Radiografia para avaliação de idade óssea.


B) Hipotireoidismo adquirido. TSH e T4 livre.
C) Síndrome de Turner. Cariótipo.
D) Hipotireoidismo congênito. TSH e T4 livre.
E) Síndrome de Turner. Ultrassonografia pélvica.

7) Lactente, oito meses, com síndrome de Down, apresenta quadro de constipação


crônica desde as primeiras semanas de vida, com relato de atraso na eliminação do
mecônio. Ao exame físico, distensão abdominal e, ao toque retal, ampola encontra-se
vazia, mas ocorre eliminação explosiva de fezes após o exame. Qual o diagnóstico mais
provável para o quadro desta criança?
A) Constipação funcional.
B) Aganglionose intestinal congênita.
C) Hipotireoidismo congênito.
D) Hipotireoidismo adquirido.
E) Alergia ao leite de vaca.

8) De acordo com a avaliação nutricional proposta por Gomez, qual a classificação para
um menino, 1 ano e 11 meses, com peso de 8,7 kg e estatura de 85 cm? (considere:
percentil 50 de peso para idade = 12 kg; percentil 50 de estatura para idade = 86,9 cm;
percentil 50 de peso para estatura = 11,5 kg).
A) Eutrófico.
B) Desnutrição crônica.
C) Desnutrição leve.
D) Desnutrição moderada.
E) Desnutrição grave.

9) Criança de sete meses apresenta as seguintes habilidades durante consulta de


puericultura: permanece sentada por pouco tempo sem apoio; muda de posição
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27/12/2018 Impressão de Prova

ativamente (rola), mas ainda não engatinha; transfere objeto entre as mãos, mas ainda
não faz movimento de pinça; forma polissílabos vogais; localiza os sons. Considerando a
idade desta criança, indique o provável diagnóstico e a conduta.
A) Provável atraso de desenvolvimento. Referir para avaliação neuropsicomotora.
B) Alerta para o desenvolvimento. Reavaliar em 30 dias.
C) Desenvolvimento adequado com fatores de risco. Informar cuidador sobre sinais de
alerta.
D) Desenvolvimento adequado. Orientar a mãe/cuidador para que continue estimulando
a criança.
E) Provável atraso de desenvolvimento. Reavaliar em 30 dias.

10) Escolar, recém-chegado da Europa, é atendido por quadro de febre alta e surgimento
de lesões cutâneas. Anamnese revela início do quadro há três dias, com febre, tosse
intensa e hiperemia conjuntival. Na manhã de hoje, apresentou o surgimento de lesões
maculopapulares eritematosas na região retroauricular e piora da febre. Qual o provável
diagnóstico?
A) Sarampo.
B) Rubéola.
C) Doença de Kawasaki.
D) Escarlatina.
E) Eritema infeccioso.

11) Lactente, oito meses, apresenta quadro de cólicas abdominais intermitentes há


alguns dias, com piora nas últimas 24 horas, com ausência da eliminação de fezes desde
então. Há poucos minutos, teve eliminação de secreção retal com aspecto de “geleia de
morango”. Foi realizada ultrassonografia abdominal que mostrou alteração com aspecto
de alvo. Indique o diagnóstico:

A) Invaginação intestinal.
B) Estenose hipertrófica de piloro.
C) Disenteria.
D) Divertículo de Meckel.
E) Púrpura anafilactoide.

12) Escolar, oito anos, é atendido com múltiplas fraturas e escoriações após acidente
automobilístico. Pais trazem a caderneta da criança, que está completa até os cinco anos.
Qual a conduta em relação à profilaxia para o tétano acidental?
A) Cuidados com os ferimentos e apenas uma dose de DT.
B) Cuidados com os ferimentos e apenas uma dose de dT.
C) Cuidados com os ferimentos e uma dose de dT e soro antitetânico.
D) Cuidados com os ferimentos e apenas soro antitetânico.
E) Apenas cuidados com os ferimentos.

13) Lactente, sete meses, é levado ao posto de saúde para atualização da situação
vacinal. Consta em sua caderneta, a administração das seguintes vacinas: ao nascer –
BCG; 2 meses – pentavalente, rotavírus, pólio inativada e pneumocócica conjugada; 4
meses – pentavalente, pólio inativada e pneumocócica conjugada; 5 meses –
meningocócica C conjugada; 6 meses –pentavalente. Indique a opção que lista todas as
vacinas recomendadas neste momento?

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27/12/2018 Impressão de Prova

A) Pneumocócica conjugada, pólio inativada e meningocócica C conjugada.


B) Hepatite B, pneumocócica conjugada e pólio oral.
C) Hepatite B, rotavírus e pólio oral.
D) Tríplice viral, pneumocócica conjugada e rotavírus.
E) Meningocócica C conjugada, rotavírus e pólio inativada.

14) Santos, 14 meses, é atendido por febre alta, há 48 horas, e recusa alimentar. Ao
exame físico, lactente febril, em regular estado geral, com a presença de lesões
vesiculares e ulceradas localizadas sobre o palato mole, pilares amigdalianos e úvula. Sem
outras alterações. Indique o diagnóstico correto.
A) Gengivoestomatite herpética.
B) Síndrome mão-pé- boca.
C) PFAPA.
D) Herpangina.
E) Faringite por adenovírus.

15) Recém-nascido a termo, em sala de parto, encontra-se hipotônico e em apneia. Após


os passos iniciais, o quadro permanece inalterado. À ectoscopia nota-se abdome
escavado e, durante a ausculta da frequência cardíaca, suspeita-se de desvio do
mediastino para direita. Indique a conduta neste momento.
A) Iniciar ventilação com máscara facial com ar ambiente.
B) Iniciar ventilação com máscara facial com FiO2 100%.
C) Iniciar ventilação por cânula traqueal com ar ambiente.
D) Iniciar ventilação por cânula traqueal com FiO2 100%.
E) Realizar estímulo tátil e ofertar oxigênio inalatório.

16) Lactente, 20 meses, apresenta quadro de desnutrição grave e inúmeras internações


hospitalares por pneumonias. Relato de diarreia crônica desde os primeiros meses de
vida. Na história familiar consta o relato de irmão mais velho falecido durante cirurgia
abdominal realizada ainda no período neonatal. Considerando os dados, qual exame
deverá elucidar o diagnóstico desta criança?

A) Dosagem de anticorpo antitransglutaminase tecidual IgA.


B) Teste do suor.
C) Cariótipo.
D) Pesquisa de gordura fecal.
E) Teste de provocação oral para alergia alimentar.

17) Pedro, 5 anos, participava de uma festa de aniversário em sua escola quando
começou a apresentar desconforto respiratório, com piora progressiva. Foi levado ao
pronto-socorro, do outro lado da rua, e, ao chegar, apresentava lesões urticariformes e
sibilância difusa. Indique a conduta imediata.

A) Hidrocostisona IV.
B) Broncodilatador inalatório.
C) Difenidramina IM.
D) Adrenalina via subcutânea.
E) Adrenalina via intramuscular.

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27/12/2018 Impressão de Prova

18) Pré-escolar, três anos, é atendido com história de dor abdominal intensa e
aparecimento de lesões nos membros inferiores há dois dias. Mãe refere episódio de
diarreia aguda há cerca de uma semana. Ao exame, criança encontra-se em bom estado
geral, com a presença de lesões purpúricas palpáveis nos membros inferiores e nádegas,
com distribuição simétrica; presença de edema e eritema nas articulações das mãos e
punhos; abdome difusamente doloroso à palpação, sem sinais de irritação peritoneal.
Avaliação complementar: hemoglobina= 12 g/dl; leucócitos 8.000 células/mm³ ;
plaquetas = 245.000/ mm³. Qual o provável diagnóstico?

A) Púrpura anafilactoide.
B) Púrpura trombocitopênica idiopática.
C) Síndrome hemolítico-urêmica.
D) Meningococcemia.
E) Febre reumática.

19) Gestante, 37 semanas, é admitida em período expulsivo. Realizou acompanhamento


pré-natal e teve o diagnóstico de infecção pelo HIV estabelecido ainda no primeiro
trimestre. Recebeu terapia antirretroviral. A carga viral colhida com 34 semanas indicou a
presença de 10.000 cópias/ml. Qual a conduta em relação ao recém-nascido?

A) Iniciar apenas o AZT oral, ainda nas primeiras 72 horas de vida.


B) Iniciar o AZT oral, nas primeiras 48 horas de vida, e prescrever cinco doses de
nevirapina.
C) Iniciar o AZT oral e prescrever três doses de nevirapina.
D) Iniciar apenas o AZT oral, ainda nas primeiras 48 horas de vida.
E) Prescrever apenas a nevirapina.

20) Mulher, com acompanhamento pré-natal irregular, recebeu o diagnóstico de sífilis


quinze dias antes do nascimento de seu filho. Criança assintomática, com 48 horas de
vida, com os seguintes resultados na avaliação complementar: VDRL do sangue periférico
– em andamento; radiografia de ossos longos – sem alterações; hemograma – sem
alterações; análise do liquor – proteínas 190 mg/dl, celularidade 30 células/mm³ , VDRL
em andamento. Diante desses resultados, qual a melhor conduta neste momento?

A) Manter criança internada e aguardar demais exames para definir conduta.


B) Alta hospitalar e retorno ambulatorial para checar exames pendentes.
C) Prescrever tratamento com dose única de penicilina benzatina, se houver garantia de
seguimento.
D) Iniciar tratamento com penicilina cristalina.
E) Iniciar tratamento com penicilina procaína.

21) Pré-escolar, dois anos e meio, nascido prematuro, é trazido à consulta. Mãe solicita
encaminhamento para avaliação auditiva, por acreditar que a criança não ouve bem, pois
não atende aos chamados. Durante a avaliação, nota-se que a criança fala poucas
palavras e de difícil compreensão, sem tentar estabelecer uma comunicação. Além disso,
interage pouco com o examinador e familiares e realiza movimentos repetitivos de
tronco. Com base nessas informações, qual o provável diagnóstico?

A) Síndrome de Rett.
B) Síndrome de Asperger.
C) Transtorno do espectro do autismo.
D) Paralisia cerebral.
E) Esquizofrenia infantil.

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22) Recém-nascido prematuro, de 30 semanas de idade gestacional, está no décimo dia


de vida, internado em UTI neonatal. Recebe alimentação por sonda gástrica (leite
materno e fórmula para prematuro). Apresenta, nas últimas horas, quadro de distensão
abdominal, com aumento do resíduo gástrico, e sangue nas fezes. Realizou radiografia
abdominal, que evidenciou pneumatose intestinal. O diagnóstico deste recém-nascido é
de:

A) Pneumoperitônio.
B) Enterocolite necrosante.
C) Invaginação intestinal.
D) Proctocolite alérgica.
E) Doença de Hirschsprung.

23) Em relação às hipovitaminoses, assinale a afirmativa correta.


A) A hipovitaminose D leva ao quadro de xeroftalmia, cegueira noturna e ceratomalácia.
B) A deficiência de vitamina A leva ao surgimento de manifestações hemorrágicas.
C) A hipovitaminose C causa a doença hemorrágica do recém-nascido.
D) A deficiência de vitamina E causa doença hemolítica em recém-nascidos prematuros.
E) A deficiência de vitamina K leva ao quadro de escorbuto, com manifestações
hemorrágicas.

24) Lactente, oito meses, previamente hígida, é atendida por história de choro intenso e
agitação nos últimos dois dias. Nenhum acompanhamento médico desde a alta da
maternidade. Ao exame físico, a criança encontra-se com mucosas hipocoradas, ictérica,
com presença de taquicardia e sopro sistólico de baixa intensidade em foco mitral. Mãos,
punhos, pés e tornozelos apresentam-se edemaciados e com hiperemia e calor local. Sem
outras alterações, além das descritas. Considerando a suspeita, o diagnóstico do quadro
de base será estabelecido pela realização do seguinte exame:

A) Hemograma completo.
B) Eletroforese de hemoglobina.
C) Dosagem de proteinúria de 24 horas.
D) Dosagem de ASO e C3.
E) Ecocardiograma.

25) Recém-nascido do sexo masculino, 37 semanas, parto normal, apresenta distensão da


bexiga. Na história obstétrica, consta relato de oligoâmnio moderado e presença de
hidronefrose bilateral no feto. Qual o diagnóstico mais provável?

A) Estenose ureteral bilateral.


B) Síndrome de prune belly.
C) Estenose de junção ureteropélvica.
D) Estenose de junção ureterovesical.
E) Válvula de uretra posterior.

26) Pré-escolar, dois anos, estava comendo pão de queijo quando, subitamente, parou
de respirar. Está consciente, mas não emite qualquer ruído respiratório e está ficando
cianótico. Qual a conduta indicada?

A) Alternar golpes no dorso com compressões torácicas, começando pelos golpes no


dorso.

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27/12/2018 Impressão de Prova

B) Alternar compressões torácicas com golpes no dorso, começando pelas compressões


torácicas.
C) Realizar manobra de Heimlich.
D) Deitar a criança e realizar varredura da cavidade oral com a mão para retirada do
alimento.
E) Iniciar reanimação cardiopulmonar, alternando compressões torácicas e ventilações.

27) Lactente, cinco meses, ainda em aleitamento materno exclusivo. Mãe deverá retornar
ao trabalho em uma semana e deseja manter o regime alimentar vigente. Analise as
quatro orientações. I - Manter o aleitamento materno apenas quando mãe estiver em
casa e oferecer apenas fórmula infantil nos horários de trabalho da mãe. II - Manter o
aleitamento diretamente na mama quando a mãe estiver em casa e oferecer leite
ordenhado e armazenado quando estiver no trabalho. III - O leite ordenhado pode ser
armazenado por 72 horas na geladeira. IV – O leite ordenhado pode ser armazenado por
apenas 7 dias no congelador ou freezer. É (são) verdadeira(s):
A) Apenas II e III.
B) Apenas II.
C) Apenas II, III e IV.
D) Apenas I.
E) Apenas II e IV.

28) Pré-escolar é atendido com quadro de febre e disenteria iniciados há 48 horas. No


momento da consulta está afebril e sem sinais de desidratação. Feitas as orientações para
o quadro, mas antes da liberação para casa, a criança apresentou quadro de crise
convulsiva tonicoclônica generalizada. Indique o agente etiológico mais provável.

A) Campylobacter.
B) Cólera.
C) Rotavírus.
D) Shigella.
E) Escherichia coli enteroinvasiva.

29) Joana é mãe de Vinícius, de apenas dois meses. Durante a consulta de puericultura,
mostra-se bastante preocupada, pois em seu prédio aconteceu o recente óbito de uma
criança de mesma idade de seu filho, com o diagnóstico de síndrome da morte súbita do
lactente. Você orienta sobre os fatores de risco e os fatores de proteção para o evento. É
considerado um fator de proteção:

A) Não usar chupetas.


B) Dormir em superfície bem macia e com cobertores e travesseiros.
C) Dormir na mesma cama que os pais.
D) Dormir em posição supina.
E) Aleitamento artificial em intervalos regulares.

30) O transporte seguro de crianças no trânsito representa uma importante estratégia na


prevenção de óbitos por acidentes de trânsito. O Conselho Nacional de Trânsito prevê
uma regulamentação relacionada aos dispositivos de retenção que devem ser utilizados
neste transporte. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) traz algumas recomendações
diferentes daquelas do órgão citado. Considerando apenas as recomendações da SBP,
assinale a afirmativa INCORRETA.

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27/12/2018 Impressão de Prova

A) Para uso do cinto de segurança no banco traseiro, a altura mínima deve ser de 1
metro.
B) Todas as crianças devem viajar no banco traseiro até 13 anos.
C) O assento infantil tipo bebê-conforto voltado para trás deve ser usado pelo menos até
dois anos, mas não há limite superior de idade.
D) Criança com peso ou estatura acima do limite máximo permitido para a cadeirinha de
segurança deve usar um assento de elevação, até a altura mínima para o cinto de
segurança.
E) Criança com mais de 2 anos ou acima do limite máximo de peso ou altura permitido
para o assento tipo bebê-conforto deve usar a cadeirinha dotada de cintos de segurança
próprios.

31) Lactente, 40 dias de vida, é encaminhado ao ambulatório de gastroenterologia para


investigação de icterícia. Acompanhante refere que notou início da icterícia a partir da
terceira semana de vida da criança, mas despreocupou-se, pois foi orientada apenas a dar
banhos de sol. Porém, vem notando que as fezes estão tornando-se progressivamente
mais claras e isso chamou sua atenção. Solicitados exames laboratoriais e
ultrassonografia, sendo que esta última mostrou a presença do sinal do cordão triangular.
Qual o diagnóstico deste paciente?

A) Atresia de vias biliares.


B) Cisto de colédoco.
C) Hepatite neonatal idiopática.
D) Síndrome de Alagille.
E) Síndrome de Crigler-Najjar.

32) O nefroblastoma, ou tumor de Wilms, é o tumor maligno primário do rim mais


comum na infância. Analise as afirmativas feitas sobre esta neoplasia. I – O tumor pode
estar associado com aniridia e hemi-hipertrofia. II – Pacientes com a síndrome de
Beckwith-Wiedemann têm risco aumentado para esta neoplasia. III – O diagnóstico pode
ser suspeitado pelo achado de uma massa abdominal durante o exame de rotina. IV – A
hipertensão arterial pode estar presente no momento do diagnóstico. Está(ão) correta(s)?

A) Apenas as afirmativas III e IV.


B) Apenas as afirmativas II e III.
C) Nenhuma das afirmativas.
D) Apenas as afirmativas I e IV.
E) As afirmativas I, II, III e IV.

33) Ao perceber que seu filho de três anos ia saltar de cima de uma mesa em direção ao
chão, uma mulher o segura pelo punho esquerdo e o eleva, evitando a queda. Após o ato
heroico, nota que a criança chora durante alguns minutos e depois permanece com o
braço esquerdo imóvel. Considerando o mecanismo do evento, indique o provável
diagnóstico.

A) Sinovite transitória do cotovelo.


B) Ruptura do ligamento anular.
C) Fratura em galho verde da ulna.
D) Hemorragia intra-articular.
E) Subluxação da cabeça do rádio.

34) Recém-nascido, quinto dia de vida, é levado ao posto de saúde para coleta do teste
do pezinho. A enfermeira preocupa-se ao notar que a criança se encontra bastante
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ictérica e a encaminha para avaliação médica. Ao exame, criança com icterícia até zona V,
corada, perda ponderal de 13% em relação ao peso de nascimento, hipoidratada. Mãe
refere que está oferecendo somente o leite materno, mas vem tendo dificuldades por
sentir dor excessiva durante a amamentação. Dentre os abaixo indicados, qual o
diagnóstico e a conduta mais adequados?

A) Icterícia do leite materno. Referir ao hospital para dosagem de bilirrubina total e


frações.
B) Icterícia do leite materno. Manter aleitamento exclusivo e reavaliar em 48 horas.
C) Icterícia fisiológica. Manter aleitamento e acompanhamento de puericultura.
D) Icterícia do aleitamento materno. Referir ao hospital para dosagem de bilirrubina total
e frações.
E) Icterícia do aleitamento materno. Manter aleitamento exclusivo e reavaliar em 48 horas.

35) Em relação aos episódios de apneia no período neonatal, assinale a afirmativa


correta.

A) A apneia idiopática é uma condição que acomete os recém-nascidos a termo e


prematuros e não demanda qualquer investigação especial.
B) O mecanismo central é o único mecanismo encontrado em recém-nascidos
prematuros.
C) O tratamento farmacológico pode incluir o uso de metilxantinas.
D) O mecanismo obstrutivo é o único mecanismo encontrado em recém-nascidos
prematuros.
E) A estimulação tátil não deve ser recomendada nos episódios agudos.

36) Recém-nascido apresenta características fenotípicas compatíveis com a síndrome de


Down. Considere os exames a seguir: I – Ecocardiograma. II – TSH. III – Triagem para
fibrose cística. IV– Cariótipo. V – Hemograma completo. Os exames que serão realizados
no período neonatal, no primeiro ano de vida e/ou que farão parte do acompanhamento
regular desta criança são:

A) Apenas I, II, IV e V.
B) I, II, III, IV e V.
C) Apenas II e V.
D) Apenas I, II e III.
E) Apenas II, IV e V.

37) Pré-escolar, quatro anos, apresenta quadro de diarreia crônica com sangue, anemia e
prolapso retal. Feita a suspeita diagnóstica de uma helmintíase. Qual o provável agente?
A) Enterobius vermicularis.
B) Toxocara canis.
C) Ancylostoma duodenale.
D) Necator americanus.
E) Trichuris trichiura.

38) Identifique se as próximas afirmativas são Verdadeiras (V) ou Falsas (F). ( ) A


onfalocele é um defeito localizado na base do cordão umbilical, recoberto por membrana
peritoneal. ( ) A gastrosquise é um defeito lateral ao cordão umbilical e o conteúdo
herniado não é recoberto por qualquer membrana. ( ) A maioria das crianças com
gastrosquise apresenta síndromes genéticas ou outras malformações associadas. ( ) No
atendimento ao recém-nascido com defeito de fechamento da parede abdominal deve-
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se ter cuidado com a perda de líquido e a lesão às vísceras. A sequência que completa,
corretamente, as lacunas é:
A) F – F – F – V.
B) F – F – V – V.
C) V – F – V – F.
D) V – V – V – V.
E) V – V – F – V.

39) Pré-escolar é acompanhado em serviço de hematologia de Hospital Universitário por


doença hemolítica crônica. Apresenta quadro febril associado a importante acentuação
da palidez. Avaliação complementar indica hemoglobina 4 g/dl e reticulocitopenia. Qual
o provável agente infeccioso responsável pelo quadro atual?
A) Vírus herpes simples.
B) Herpesvírus humano.
C) HIV.
D) Parvovírus B19.
E) Streptococcus pneumoniae.

40) Lactente, quatro meses, é acompanhado em ambulatório com diagnóstico de


cardiopatia congênita cianótica, sem ter sido submetido a qualquer intervenção cirúrgica
até o momento. É atendido em pronto-socorro com quadro de desconforto respiratório e
acentuação de cianose. Foi realizada flexão dos membros, sem melhora, e após
administração de morfina e oxigênio, teve melhora clínica. Radiografia de tórax prévia
mostrava hipofluxo pulmonar e sinal do “tamanco holandês”. Qual a provável cardiopatia
desta criança?

A) Coarctação da aorta.
B) Transposição dos grandes vasos.
C) Tetralogia de Fallot.
D) Comunicação interventricular.
E) Persistência do canal arterial.

41) Um escolar é atendido após episódio de crise convulsiva tonicoclônica generalizada,


que cessou espontaneamente no trajeto para o hospital. A anamnese revela que a criança
vem apresentando diminuição do volume urinário e alteração na cor da urina nos últimos
dias. Ao exame físico: regular estado geral, PA 150 x 90 mmHg, diminuição dos
murmúrios vesiculares na base do hemitórax esquerdo, sinais de ascite e presença de
edema nos membros, com sinal de cacifo presente. Inúmeras lesões cicatriciais nos
membros inferiores, por episódios de impetigo. Para o estabelecimento do diagnóstico
sindrômico, deverá ser solicitada uma avaliação complementar inicial. Qual é este exame?

A) Ultrassonografia de vias urinárias.


B) Exame sumário de urina.
C) Biópsia renal.
D) Dosagem de antiestreptolisina O.
E) Dosagem de C3 e CH50.

42) Adolescente, 17 anos, apresenta quadro de febre reumática com cardite, sem a
presença de lesão residual. Considerando as “Diretrizes Brasileiras para o Diagnóstico,
Tratamento e Prevenção da Febre Reumática”, a profilaxia secundária para este paciente
estará indicada até:
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A) 18 anos.
B) 21 anos.
C) 25 anos.
D) 27 anos.
E) 40 anos.

43) Recém-nascido de 37 semanas de idade gestacional, apresenta peso de 2.400 g, que


se localiza entre os percentis 10 e 50 no gráfico de peso esperado para a idade
gestacional (Lubchenco). Considerando as múltiplas classificações do recém-nascido,
podemos considerá-lo:
A) Termo, baixo peso, AIG.
B) Termo, baixo peso, PIG.
C) Pré-termo, baixo peso, AIG.
D) Pré-termo, muito baixo peso, PIG.
E) Termo, muito baixo peso, AIG.

44) Recém-nascido, a termo, desenvolveu, no terceiro dia de vida, lesões maculares


eritematosas e pústulas sobre base eritematosa, distribuídas na face, no tronco e nos
glúteos. Foi feito o esfregaço de uma lesão, que revelou a presença de eosinófilos. Sem
outras alterações ao exame físico. Qual o diagnóstico desta criança?

A) Varicela neonatal.
B) Melanose pustular neonatal
C) Eritema tóxico neonatal.
D) Miliária rubra.
E) Herpes neonatal.

45) Lactente, 10 semanas de vida, apresenta quadro de tosse há cerca de uma semana e,
desde ontem, mãe observou piora do padrão respiratório. Ao exame, criança em bom
estado geral, FR = 55 irpm, afebril, presença de alguns sibilos e estertores. Relato de
nascimento a termo, parto vaginal. Teve conjuntivite tratada com colírio no período
neonatal. Avaliação complementar: leucocitose com eosinofilia. Qual o provável agente
infeccioso responsável pelo quadro?

A) Vírus sincicial respiratório.


B) Vírus parainfluenza.
C) Streptococcus pneumoniae.
D) Chlamydia trachomatis.
E) Bordetella pertussis.

46) Lactente, 20 meses, é internado por quadro de desnutrição grave e instabilidade


clínica. Durante os primeiros dias de internação, a prescrição poderá incluir os seguintes
itens, EXCETO:

A) Sulfato de zinco.
B) Sulfato ferroso.
C) Vitamina A.
D) Ácido fólico.
E) Alimentação oral.

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47) Letícia, 3 anos, é encaminhada para avaliação pela presença de secreção nasal há
pouco mais de três semanas. Fez tratamento com amoxicilina há cerca de dez dias, sem
melhora do quadro. Ao exame, criança apresenta secreção nasal com aspecto purulento e
fétido na narina direita. Restante do exame físico sem alterações. Qual o provável
diagnóstico?

A) Sinusite bacteriana aguda.


B) Pólipo nasal.
C) Corpo estranho nasal.
D) Rinite alérgica.
E) Resfriado comum.

48) Correlacione as síndromes a seguir com cariótipos associados a cada uma delas. 1 –
Síndrome de Down. 2 – Síndrome de Edwards. 3 – Síndrome de Patau. 4 – Síndrome de
Turner. ( ) Trissomia do cromossoma 21; ( ) Trissomia do cromossoma 18; ( ) Trissomia do
cromossoma 13; ( ) Monossomia do cromossoma X. A sequência que preenche
corretamente as lacunas é:

A) 1 – 3 – 2 – 4.
B) 2 – 3 – 1 – 4.
C) 1 – 2 – 3 – 4.
D) 1 – 4 – 3 – 2.
E) 1 – 3 – 4 – 2.

49) Durante a avaliação de um recém-nascido nos primeiros minutos de vida, as


seguintes características foram observadas: 1° minuto: FC = 80 bpm; Respiração =
ausente; Tônus = totalmente flácido; Irritabilidade reflexa = sem resposta; Cor = cianose
central. 5° minuto: FC = 110 bpm; Respiração = irregular; Tônus = movimentos ativos dos
membros; Irritabilidade reflexa = tosse ou espirro com aspiração; Cor = cianose de
extremidades. Indique o escore de Apgar para o 1° e 5° minutos, respectivamente:

A) 3 – 8.
B) 2 – 9.
C) 2 – 8.
D) 1 – 9.
E) 1 – 8.

50) Escolar, feminina, 8 anos, apresenta-se com febre de 38,5°C há uma semana. Ao
exame físico, regular estado geral, com linfadenopatia de cadeias cervicais anteriores,
cervicais posteriores, inguinais e epitrocleares, além de esplenomegalia. Queixa-se, ainda,
de odinofagia e apresenta tonsilas hiperemiadas e hipertrofiadas ao exame físico.
Observa-se hiperemia e hipertrofia de tonsilas. Realizado hemograma, que mostra
leucocitose e 70% de linfócitos, sendo 20% deles atípicos. Considerando a principal
hipótese diagnóstica, indique a afirmativa correta:

A) A terapia antiviral específica não é rotineiramente recomendada para esses pacientes.


B) A pesquisa de anticorpos heterófilos não deve ser feita nesta faixa etária.
C) Não há qualquer associação entre o agente infeccioso responsável pelo quadro e
desordens proliferativas.
D) A ruptura esplênica é uma complicação que ocorre principalmente na primeira semana
de doença e é mais comum em crianças do que em adultos.
E) A doença pode ser evitada pela vacinação universal.

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1 B 2 A 3 C 4 E 5 A 6 C 7 B 8 D 9 D 10 A 11 A

12 E 13 E 14 D 15 C 16 B 17 E 18 A 19 C 20 D 21 C 22 B

23 D 24 B 25 E 26 C 27 B 28 D 29 D 30 A 31 A 32 E 33 E

34 D 35 C 36 B 37 E 38 E 39 D 40 C 41 B 42 D 43 A 44 C

45 D 46 B 47 C 48 C 49 E 50 A

Legenda:
! Questão Anulada

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2018 SIM 05

2018 SIM 05
2018 SIM 05 - Pediatria

1) É sabido que, na presença de algumas doenças infecciosas ou condições especiais


maternas, o aleitamento será contraindicado. Acerca deste tópico, analise as afirmativas e
indique a CORRETA, de acordo com as orientações em nosso meio.
A) Em relação à doença de Chagas materna, o aleitamento sempre poderá ser mantido
sem quaisquer restrições.
B) Quando a mulher for infectada pelo HIV, a decisão de manter ou não a amamentação
deverá considerar a carga viral materna.
C) Quando a mulher recebe a vacina contra febre amarela e amamenta uma criança de 12
meses, não há necessidade de suspensão da amamentação.
D) Na infecção materna pelo vírus da hepatite A, a amamentação deve ser suspensa
durante toda a fase aguda da doença.
E) Nos quadros maternos de dengue, Chikungunya e infecção por Zika vírus, a
amamentação deverá ser suspensa, independentemente da clínica materna.

2) Qual orientação é mais apropriada para uma situação na qual um lactente de três
meses está em aleitamento materno exclusivo, mas que a mãe necessitará ausentar-se de
casa por até 12 horas três vezes por semana, a partir da próxima semana?
A) Iniciar, imediatamente, a oferta de fórmula infantil em mamadeira, para que a criança
possa se acostumar. Na próxima semana, manter o aleitamento, quando a mãe estiver
presente, e a fórmula, quando a mãe estiver ausente.
B) Iniciar, imediatamente, a oferta de fórmula infantil em copinhos ou colheradas, para
que a criança possa se acostumar. Na próxima semana, manter o aleitamento, quando a
mãe estiver presente, e a fórmula, quando a mãe estiver ausente.
C) Manter o aleitamento exclusivo, por ora. Na próxima semana, manter o aleitamento
quando a mãe estiver em casa e oferecer fórmula infantil ou leite de vaca diluído nos
períodos de ausência.
D) Manter o aleitamento exclusivo, por ora. Na próxima semana, manter o aleitamento
quando a mãe estiver em casa e oferecer fórmula infantil ou leite de vaca integral nos
períodos de ausência.
E) Manter o aleitamento exclusivo, por ora. Na próxima semana, tentar manter o
aleitamento exclusivo, oferecendo leite previamente ordenhado e armazenado nos
períodos de ausência materna.

3) Lactente, 18 meses, foi internado para tratamento de pneumonia comunitária e está


em uso de penicilina endovenosa. No terceiro dia de internação, ainda apresenta febre e
mantém comprometimento do estado geral. Ao exame físico, FR = 52 irpm, febril e com
abolição dos murmúrios vesiculares na base do hemitórax direito. Indique a conduta mais
apropriada neste momento.

A) Solicitar pesquisa de BAAR no escarro.

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B) Solicitar pesquisa de BAAR no lavado gástrico.


C) Associar macrolídeo ao esquema em uso.
D) Realizar radiografia de tórax.
E) Trocar o esquema em uso por oxacilina + ceftriaxona.

4) Em junho de 2018, a Sociedade Brasileira de Pediatria atualizou suas recomendações


em relação à profilaxia para anemia ferropriva. Considerando estas novas
recomendações, um lactente que foi nascido a termo, com peso adequado para a idade
gestacional, com peso de nascimento de 3.100 g, em aleitamento materno, deve receber
____ mg/kg/dia de ferro elementar, a partir do ____ mês, até o ____ mês. A sequência que
completa, respectivamente, as lacunas é:

A) 1; 3º; 24º.
B) 1; 6º; 24º.
C) 2; 3º; 12º.
D) 2; 6º; 24º.
E) 1; 6º; 12º.

5) Escolar, sete anos, é encaminhada ao ambulatório de endocrinologia pediátrica para


avaliação de desenvolvimento puberal. Ao exame físico, nota-se desenvolvimento
compatível com estádio de Tanner M3P2. Estatura no percentil 97. Sem outras alterações.
Acompanhantes referem início do desenvolvimento das mamas há cerca de 12 meses.
Exames realizados na última semana mostram idade óssea compatível com nove anos;
relação LH/FSH > 1 após teste de estímulo com análogo de GnRH. Considerando estas
informações, indique o provável diagnóstico.

A) Telarca precoce isolada.


B) Puberdade precoce central idiopática.
C) Puberdade precoce central por craniofaringioma.
D) Puberdade precoce periférica por cisto ovariano.
E) Puberdade precoce periférica por hiperplasia congênita de suprarrenal.

6) Durante a avaliação de um adolescente de 14 anos com queixa de baixa estatura, é


estabelecida a hipótese de baixa estatura familiar. Quais elementos encontrados na
avaliação corroboram esta suspeita?
A) História familiar de atraso puberal e idade óssea compatível com a estatura.
B) História familiar de atraso puberal e idade óssea compatível com a cronológica.
C) História familiar de baixa estatura e idade óssea compatível com a estatura.
D) História familiar de baixa estatura e idade óssea compatível com a cronológica.
E) História familiar de atraso puberal e exame físico compatível com a idade óssea.

7) Patrícia, 12 anos, é acompanhada em serviço de endocrinopediatria por uma síndrome


genética que foi diagnostica ainda no período neonatal, quando fora observada a
presença de linfedema no dorso das mãos e pés. Ao exame físico, impúbere e com
estatura abaixo do percentil 3. Diante da principal suspeita diagnóstica, indique a
afirmativa VERDADEIRA.
A) O avanço na idade materna não é um fator que predispõe a ocorrência do quadro.
B) O cariótipo habitualmente encontrado é 47 XXY.
C) A deficiência intelectual é grave na maioria destas pacientes.
D) A comunicação interatrial é a cardiopatia congênita mais associada aos quadros.

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E) A condição só deve ser investigada se, além de baixa estatura, houver alterações
fenotípicas evidentes.

8) Pré-escolar de três anos, sexo masculino, mede 93 cm (o que corresponde a 96% da


estatura considerada ideal para sua idade) e pesa 12,5 kg (o que corresponde a 92% do
peso ideal para sua estatura). Como seria a classificação desta criança de acordo com o
critério de Waterlow?
A) Desnutrida grave.
B) Desnutrida aguda.
C) Desnutrida crônica.
D) Desnutrida pregressa.
E) Eutrófica.

9) Analise os números e lacunas: I – Streptococcus pyogenes; II – Streptococcus


agalactiae; III – Streptococcus pneumoniae. ( ) Associação com febre reumática; ( )
Importante agente da sepse neonatal; ( ) Pneumonias comunitárias e otite média aguda.
A sequência que traz uma sequência de correlações corretas é:
A) I; II e III.
B) I; III e II.
C) II; I e III.
D) II; III e I.
E) III; I e II.

10) Recém-nascido (RN), banhado em mecônio espesso, 38 semanas, apresenta-se com


choro forte e movimentação ativa dos membros logo após o nascimento. Qual a conduta
neste caso, de acordo com o Programa de Reanimação Neonatal da Sociedade Brasileira
de Pediatria?

A) Realizar o clampeamento tardio do cordão, manter o RN junto à mãe, prover calor,


manter as vias aéreas pérvias e avaliar a sua vitalidade de maneira continuada.
B) Realizar o clampeamento tardio do cordão e, após, conduzir o RN ao berço aquecido
para aspiração da boca e narinas.
C) Realizar o clampeamento tardio do cordão e, após, conduzir o RN ao berço aquecido
para aspiração da hipofaringe e traqueia.
D) Realizar o clampeamento imediato do cordão e, após, conduzir o RN ao berço
aquecido para aspiração da boca e narinas.
E) Realizar o clampeamento imediato do cordão e, após, conduzir o RN ao berço
aquecido para aspiração da hipofaringe e traqueia.

11) Lactente, 15 meses, com história de resfriado e febre alta. Apresentou crise convulsiva
do tipo tonicoclônica generalizada, de curta duração. Após avaliação, é estabelecido o
diagnóstico de otite média aguda e presume-se tratar de crise febril simples. A família
indaga acerca do risco de novos episódios de crises febris simples semelhantes ao atual.
Você indica que os principais fatores de risco para a recorrência das crises febris são:
A) Idade menor que cinco anos; crise em vigência de febre acima de 40ºC; e duração da
febre menor que 48 horas.
B) Idade menor que um ano; crise em vigência de febre entre 38-39ºC; e duração da
febre menor que 24 horas.
C) Sexo feminino; idade menor que cinco anos; crise em vigência de febre acima de 40ºC.

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D) Sexo masculino; idade menor que cinco anos; crise em vigência de febre acima de
40ºC.
E) Sexo masculino; permanência em creches; crise em vigência de febre acima de 40ºC.

12) Lactente, com seis meses de idade, é levado ao pronto-socorro pela mãe, que se
mostra bastante preocupada. Informa que a criança saltou as grades do berço e caiu de
uma altura de pouco mais de um metro, há cerca de uma hora. Ao exame, criança
bastante sonolenta, sem escoriações evidentes, com alguns hematomas no dorso e
abdome. Sem outras alterações. Diante do quadro, indique as medidas mais adequadas.
A) Realizar avaliação do fundo-de-olho e notificar o caso ao conselho tutelar.
B) Liberar para casa com orientações acerca da prevenção de acidentes na infância.
C) Realizar punção lombar imediatamente e iniciar antibioticoterapia empírica.
D) Realizar punção lombar imediatamente e aguardar resultados para conduta
terapêutica.
E) Realizar denúncia contra a família para a autoridade policial.

13) Recém-nascido, 14 dias, está em acompanhamento no ambulatório de infectologia


pediátrica por exposição perinatal ao HIV. Em uso de AZT desde as primeiras horas de
vida; não havia indicação para o uso de nevirapina. Encontra-se assintomático, em uso
apenas de fórmula infantil. Como deverá ser feita a investigação diagnóstica desta criança
no que tange a infecção pelo HIV, conforme as orientações do Ministério da Saúde?
A) A primeira sorologia anti-HIV deverá ser feita imediatamente e, caso positiva,
confirmada com uma segunda amostra.
B) O primeiro exame de carga viral deverá ser feito neste momento e, caso carga viral >
5.000 cópias/ml, repetido imediatamente.
C) O primeiro exame de carga viral deverá ser feito neste momento e, caso carga viral
indetectável, repetido após seis meses de vida.
D) O primeiro exame de carga viral deverá ser feito duas semanas após o término da
profilaxia com AZT e, caso carga viral > 5.000 cópias/ml, repetido imediatamente.
E) O primeiro exame de carga viral deverá ser feito duas semanas após o término da
profilaxia com AZT e, caso carga viral indetectável, repetido após seis meses de vida.

14) Menino, cinco anos, apresentou há cerca de duas semanas um quadro de coriza,
tosse e febre. Há três dias, foi notado o aparecimento de ”pequenas manchas
avermelhadas pelo corpo”. As lesões estavam distribuídas, essencialmente, nos membros
inferiores e nádegas. O exame físico indica lesões purpúricas palpáveis nesta topografia.
Além disso, a criança queixa-se de dores articulares. Não há outras manifestações
associadas. Realizados exames complementares que evidenciaram: hemoglobina 12 g/dl;
plaquetas 250.000/mm³. Considerando a principal hipótese diagnóstica, assinale a
afirmativa VERDADEIRA.
A) O quadro é mais comum no sexo masculino.
B) O acometimento musculoesquelético, incluindo a artrite e artralgia, é raro,
acometendo menos de 10% dos pacientes.
C) A maior parte das crianças que apresentam acometimento renal evoluem com doença
renal terminal.
D) As manifestações cutâneas, obrigatoriamente, são as primeiras alterações clínicas
apresentadas.
E) A corticoterapia é sempre recomendada, independentemente das manifestações
encontradas.

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15) As imunodeficiências primárias podem predispor a ocorrência de infecções


recorrentes ou mais graves. A identificação de algumas manifestações indica a
necessidade de investigação desses quadros. Indique qual das opções traz sinais de alerta
para estas condições.

A) Três ou mais faringites nos últimos anos.


B) Queda do coto umbilical após a primeira semana de vida.
C) Adenomegalia axilar com 1,5 cm após vacina BCG.
D) Duas ou mais pneumonias no último ano.
E) Hipercalcemia.

16) Maria Júlia tem cinco meses e sua mãe revela bastante preocupação pela respiração
ruidosa que a lactente apresenta, identificada desde as primeiras semanas de vida. Indica
que o ruído é mais evidente em determinadas situações, como quando a criança chora ou
fica mais agitada. Percebe melhora quando a criança é colocada em posição prona.
Enquanto a criança mama, o pediatra consegue perceber a presença de estridor
inspiratório e estabelece como principal suspeita clínica o diagnóstico de:

A) Laringotraqueíte viral aguda.


B) Laringite estridulosa.
C) Anel vascular.
D) Paralisia bilateral de cordas vocais.
E) Laringomalácia.

17) Pais levam lactente, 30 dias de vida, à Unidade Básica de Saúde. A criança foi
submetida à repetição do teste do pezinho, pois o primeiro exame mostrou elevação dos
níveis de IRT. O segundo exame mostrou a mesma alteração. O exame indicado para a
confirmação diagnóstica neste momento e o padrão de herança genética encontrado na
doença em questão são, respectivamente:

A) Teste do suor; autossômica dominante.


B) Biópsia de delgado; autossômica dominante.
C) Teste do suor; ligada ao X.
D) Teste do suor; autossômica recessiva.
E) Biópsia de delgado; autossômica recessiva.

18) As condições abaixo representam fatores de risco para a síndrome da morte súbita
do lactente, EXCETO:

A) Dormir em colchões muito macios.


B) Dormir em posição prona.
C) Usar chupeta ao dormir.
D) Ocorrência de doença febril recente.
E) Hiperaquecimento da criança.

19) Pré-escolar, 4 anos, foi trazido para consulta a pedido da escola. A professora refere
preocupação pelo fato da criança ter dificuldades de se comunicar e de fazer amigos.
Durante a consulta, observa-se que a criança tem dificuldades de ficar parada. Não
demonstrou qualquer interesse pelos brinquedos do consultório, mas permaneceu
abrindo e fechando a porta da sala incessantemente. Com base neste relato, qual deve
ser a hipótese diagnóstica mais provável?

A) Transtorno do espectro do autismo.


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B) Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade.


C) Deficiência intelectual.
D) Surdez neurossensorial.
E) Distúrbio específico da linguagem.

20) Considerando o quadro de sinusite bacteriana aguda na infância, assinale a afirmativa


CORRETA.

A) A confirmação diagnóstica pela radiografia de seios da face deve ser feita para
evitarmos o uso indiscriminado de antimicrobiano.
B) O Staphylococcus aureus é a principal bactéria encontrada e, deste modo, o esquema
empírico deve oferecer cobertura para este agente.
C) A presença de secreção nasal purulenta, principalmente unilateral, com qualquer
duração, é o bastante para o diagnóstico.
D) A celulite orbitária é uma possível complicação da sinusite de seios etmoidais.
E) A confirmação diagnóstica pela tomografia computadorizada de seios da face deve ser
feita para evitarmos o uso indiscriminado de antimicrobiano.

21) Miguel, quatro meses de idade, nascido a termo, com peso ao nascer de 3.200 g. Está
em aleitamento materno exclusivo. Há quase três meses vem apresentando regurgitações
após as mamadas. Mãe refere que o conteúdo regurgitado é bastante volumoso e os
episódios acontecem duas ou três vezes ao dia. Nega outras queixas; não há náuseas ou
dificuldades alimentares. Ao exame, peso de 5.900 g, sem alterações ao exame. Assinale a
conduta imediata mais adequada ao caso.

A) Está indicada a ultrassonografia abdominal.


B) Está indicada a pHmetria esofagiana de 24 horas.
C) Está indicada a radiografia contrastada de esôfago, estômago e duodeno.
D) Está indicada a impedanciometria esofágica intraluminal.
E) Não há indicação de exames complementares neste momento.

22) Lactente de dois meses, com relato de ter recebido fórmula infantil nas primeiras
horas de vida, está em aleitamento materno exclusivo desde então. Apresenta episódios
de diarreia com raias de sangue nas fezes nas últimas duas semanas, além de eczema. Ao
exame físico, encontra-se eutrófico, bom desenvolvimento pôndero-estatural e sem
lesões perianais. O diagnóstico e a conduta mais apropriadas são:
A) Intolerância à lactose / fórmula com teor reduzido de lactose.
B) Intolerância à lactose / fórmula a base de soja.
C) Alergia à proteína do leite de vaca / manter o aleitamento exclusivo.
D) Alergia à proteína do leite de vaca / suspender o aleitamento materno.
E) Shigelose / coletar coprocultura.

23) Criança, 11 meses, sem acompanhamento médico desde o nascimento, é levada ao


posto de saúde. A única vacina administrada até o momento foi a vacina contra hepatite
B. Em relação às vacinas contra poliomielite e a vacina BCG, as condutas apropriadas
neste momento são:

A) Indicar a vacina oral contra poliomielite, pois a criança já tem mais de seis meses, e
indicar a vacina BCG apenas após realizar teste tuberculínico.
B) Indicar a vacina oral contra poliomielite, pois a criança já tem mais de seis meses, e
indicar a vacina BCG.

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C) Indicar a vacina inativada contra a poliomielite e indicar a vacina BCG apenas após
realizar teste tuberculínico.
D) Indicar a vacina inativada contra a poliomielite e indicar a vacina BCG.
E) Indicar vacinas apenas após realizar exames para investigação de imunodeficiências
primárias.

24) Uma lactente de 14 meses é levada ao pronto-socorro em mau estado geral.


Familiares informam que a criança tem um “quadro de anemia” que foi identificado no
“exame do pezinho”, mas o acompanhamento médico foi perdido após mudança de
cidade. Nos últimos dias, vinha apresentando um quadro de resfriado comum e hoje
ficou mais pálida e foi notado aumento do volume abdominal. Ao exame físico, criança
prostrada, hipocorada (+++/4+), ictérica (+/4+), diminuição dos pulsos periféricos,
taquicárdica, com abdome globoso e baço palpável a 7 cm do rebordo costal esquerdo.
Hemograma realizado na emergência: hemoglobina: 3,5 g/dl; leucócitos: 16.000/mm³;
plaquetas: 175.000/mm³; reticulócitos: 20%. Com base nestes achados, indique a principal
hipótese diagnóstica.

A) Crise aplásica.
B) Sequestro esplênico.
C) Síndrome torácica aguda.
D) Crise hiper-hemolítica.
E) Infecção pelo parvovírus.

25) Adolescente, 14 anos, comparece ao ambulatório de hebiatria. Queixa-se de dor


eventual na parede torácica, na topografia mamária. Ao exame físico, tecido glandular
mamário palpável, bilateralmente, sem sinais de flogose, com diâmetro de 2,5 cm de cada
lado. Estadiamento puberal G3P3; testículos com volume apropriado para este estágio. A
anamnese dirigida indica que o aumento de volume está presente nos últimos 12 meses.
Não há relato do uso de drogas, medicamentos ou sinais de doença hepática. A conduta
mais adequada neste momento é:
A) Solicitar ultrassonografia da região e exames hormonais para elucidação diagnóstica.
B) Indicar a abordagem cirúrgica imediata.
C) Solicitar cariótipo para investigação de síndrome genética.
D) Indicar que o quadro é provavelmente benigno e tem bom prognóstico.
E) Convocar os pais do adolescente para consulta imediata, pela suspeita de que o
mesmo esteja fazendo uso de anabolizantes.

26) Durante a 20ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza, iniciada no


segundo trimestre de 2018, uma criança que nunca havia recebido a vacina contra
influenza é levada à Unidade de Saúde. Trata-se de uma criança de sete anos de idade,
com o diagnóstico de fibrose cística desde os três anos. Qual deveria ter sido a
recomendação, em relação à vacina citada, para esta criança, durante a última campanha?

A) A vacina está contraindicada nesta população, pelo maior risco de eventos adversos.
B) A vacina não deveria ser aplicada, pois a criança tem mais de cinco anos.
C) A criança deveria ter recebido a vacina, com a orientação de retornar em 30 dias para
segunda dose.
D) A criança deveria ter recebido a vacina, com a orientação de outra dose apenas em
2019.
E) A vacina não poderia ser feita no posto de saúde, mas a família poderia ir a uma clínica
privada para a vacinação.

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27) Recém-nascido, pequeno para a idade gestacional, é investigado para possível


infecção, identificada na gestante durante o acompanhamento pré-natal. Ao exame físico,
apresenta-se com hepatomegalia e discreta icterícia. A avaliação oftalmológica indica
retinocoroidite e exames de neuroimagem mostram calcificações distribuídas por todo o
parênquima cerebral. Diante da principal suspeita, qual deverá ser o tratamento indicado?

A) Ganciclovir IV.
B) Valganciclovir VO.
C) Penicilina cristalina IV.
D) Sulfadiazina, pirimetamina e ácido folínico, VO.
E) Penicilina procaína IM.

28) Recém-nascido prematuro, 28 semanas, com peso de nascimento de 950 g, está no


14º dia de vida, internado na UTI neonatal. Vem recebendo leite materno ordenhado.
Evoluindo, nas últimas horas, com letargia, aumento do resíduo gástrico e distensão
abdominal. Você é chamado para reavaliação, pois foi notada eliminação de sangue nas
fezes. Considerando-se a suspeita diagnóstica, qual exame deve ser solicitado e qual
achado poderá corroborar sua hipótese?

A) Radiografia abdominal; pneumatose intestinal.


B) Ultrassonografia abdominal; sinal do alvo.
C) Endoscopia digestiva alta; presença de úlceras.
D) Enema opaco; cone de transição.
E) Hemograma; relação I/T > 0,2.

29) Lactente, 45 dias, é atendido acompanhado de sua mãe no pronto-socorro. Mãe está
bastante ansiosa e revela que há cerca de dez minutos a criança apresentou um episódio
de tosse acompanhado de cianose e apneia. Relata, ainda, que há cerca de uma semana a
criança já vinha apresentando episódios de tosse com engasgos, mas manteve-se afebril
durante todo o período. Seu esposo, pai da criança, também vem com quadro de tosse
há cerca de duas ou mais semanas. Ao exame físico, FR = 44 irpm, com petéquias apenas
na face. Sem outras alterações. Realizado hemograma que revela leucocitose e
predomínio linfocitário. Indique o diagnóstico mais provável e seu agente etiológico.

A) Bronquiolite viral aguda; vírus sincicial respiratório.


B) Coqueluche; Bordetella pertussis.
C) Pneumonia afebril do lactente; Chlamydia trachomatis.
D) Pneumonia afebril do lactente; Chlamydophila pneumoniae.
E) Tuberculose; Mycobacterium tuberculosis.

30) Um paciente é atendido e a avaliação clínica indica provável hipovitaminose, pois foi
identificada cegueira noturna e a presença de manchas de Bitot. Estas alterações são
típicas da deficiência da vitamina:

A) A.
B) B3.
C) C.
D) D.
E) K.

31) Pré-escolar apresenta, há dois dias, quadro de febre baixa e hiporexia. Ao exame
físico, são evidenciadas pequenas vesículas e úlceras distribuídas por toda a cavidade
oral, além de lesões vesiculares nas mãos e nos pés, e pequenas pápulas nas nádegas.
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Mãe desconhece contato com casos semelhantes e informa que as lesões não são
pruriginosas. O provável agente etiológico é:

A) Sarcoptes scabiei.
B) Vírus varicela-zóster.
C) Coxsackie A16.
D) Vírus herpes simples.
E) Poxvírus.

32) Enquanto você aguarda para embarcar em um aeroporto, dois escolares correm pelo
salão. De repente, uma dessas crianças interrompe a corrida e você nota uma súbita
perda de consciência. Ao se aproximar, verifica que além de estar inconsciente, a criança
não respira e o pulso está ausente. Um membro do staff do aeroporto está
providenciando um DEA. Indique a sua conduta mais apropriada.

A) Realizar duas ventilações de resgate e, após, iniciar as compressões torácicas


ininterruptamente.
B) Realizar duas ventilações de resgate e, após, iniciar as compressões torácicas
alternando-as com as ventilações.
C) Realizar somente uma ventilação a cada 3-5 segundos.
D) Iniciar as compressões torácicas intercaladas com as ventilações com uma relação 3:1.
E) Iniciar as compressões torácicas intercaladas com as ventilações com uma relação 30:2.

33) No ano de 2017, a Academia Americana de Pediatria propôs uma atualização para a
classificação da hipertensão arterial na infância. De acordo com esta proposta, analise
cada uma das afirmativas: I – Nas crianças com idade entre 1 e 13 anos, a pressão arterial
normal é aquela cujos valores são menores ou iguais ao percentil 95. II – Para os
adolescentes de 13 anos ou mais, a pressão arterial normal é aquela com valores
inferiores a 120/80 mmHg. III – Nas crianças com idade entre 1 e 13 anos, os valores
maiores ou iguais ao percentil (95 + 5 mmHg) indicam o diagnóstico de hipertensão
estágio II. Está(ão) correta(s):

A) Apenas as opções I e II.


B) Apenas a opção I.
C) Apenas a opção II.
D) As opções I, II e III.
E) Apenas a opção III.

34) Lactente, três meses, com diagnóstico prévio de tetralogia de Fallot, aguardando
correção cirúrgica, é atendido no pronto-socorro com quadro de cianose intensa,
taquipneia e alteração do nível de consciência, iniciado há vários minutos. Qual o
provável diagnóstico e as medidas terapêuticas indicadas?
A) Crise de hipóxia; infusão de prostaglandinas.
B) Crise de hipóxia; posição genupeitoral, oxigênio e morfina.
C) Bronquiolite viral aguda; oxigênio e medidas de suporte.
D) Bronquiolite viral aguda; oxigênio e teste terapêutico com beta-agonista.
E) Intoxicação exógena; suporte respiratório e medidas de descontaminação.

35) Uma paciente de 8 anos é avaliada pela presença de movimentos corporais


involuntários. Tais movimentos iniciaram-se há menos do que uma semana. Ao exame
físico, são identificados movimentos generalizados, com caráter migratório. Em dados
momentos, os movimentos parecem ser incorporados pela paciente à sua movimentação
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voluntária. A movimentação facial é intensa e a mãe refere que “as caretas” começaram
também há poucos dias. Nas situações de estresse, o quadro parece ser mais intenso,
mas não ocorre durante o sono. Quando avaliada a história pregressa, chama atenção a
descrição de labilidade emocional intensa nas últimas semanas. Nega doenças prévias,
exceto por faringite há algumas semanas, tratada com anti-inflamatórios. Diante deste
quadro, qual a principal hipótese diagnóstica?
A) Doença de Huntington.
B) Coreia de Sydenham.
C) Síndrome de ataxia-telangiectasia.
D) Encefalopatia pelo HIV.
E) Síndrome de Rett.

36) Na avaliação de um adolescente de 13 anos com obesidade, são observadas as


seguintes características: circunferência da cintura acima do percentil 90; triglicerídeos
185 mg/dl; pressão arterial 118/76 mmHg; HDL 35 mg/dl; glicemia de jejum 96 mg/dl. De
acordo com o proposto pela Federação Internacional do Diabetes, analise as duas
afirmativas: podemos estabelecer o diagnóstico de síndrome metabólica para este
adolescente POIS apresenta aumento da circunferência da cintura e tem alterações em
mais dois critérios. Indique a opção que traz a análise correta.

A) As duas asserções são verdadeiras e a segunda é uma justificativa para a primeira.


B) As duas asserções são verdadeiras, mas a segunda não tem qualquer relação com a
primeira.
C) A primeira asserção é verdadeira e a segunda é falsa.
D) A primeira asserção é falsa e a segunda é verdadeira.
E) As duas asserções são falsas.

37) Uma pré-escolar de três anos vem apresentando episódios frequentes de prurido
anal, principalmente noturno, além de discreta secreção vaginal. Mãe relata ter observado
pequenos vermes na região perianal. Qual a principal hipótese para o quadro?

A) Tricuríase.
B) Ascaridíase.
C) Ancilostomíase.
D) Giardíase.
E) Enterobíase.

38) Durante o acompanhamento de puericultura de um pré-escolar assintomático e com


crescimento adequado, identifica-se um sopro sistólico no foco pulmonar e o
desdobramento fixo da segunda bulha. Sem outras alterações no exame cardiovascular. A
principal hipótese diagnóstica é:

A) Persistência do canal arterial.


B) Coarctação da aorta.
C) Comunicação interventricular.
D) Comunicação interatrial.
E) Tetralogia de Fallot.

39) Uma das possíveis complicações encontradas durante o tratamento da criança


internada com desnutrição grave é a síndrome de realimentação, que pode cursar com
graves distúrbios eletrolíticos e manifestações cardiovasculares. Uma das principais
alterações identificadas nestes casos é:
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A) Hipofosfatemia.
B) Hipercalemia.
C) Hipermagnesemia.
D) Hiperfosfatemia.
E) Hiponatremia.

40) Um recém-nascido com síndrome de Down é levado para consulta de puericultura.


Quais das orientações abaixo está correta no acompanhamento desta criança?
A) Não devem ser aplicadas vacinas de agentes vivos atenuados.
B) Caso o teste do pezinho tenha sido normal, não há necessidade de novos exames da
função tireoidiana.
C) O ecocardiograma deve ser feito em todas as crianças com a síndrome.
D) A vacina contra influenza deve ser feita apenas até cinco anos.
E) A vacina pneumocócica polissacarídica 23-valente deve ser usada em substituição à
vacina conjugada aos dois e quatro meses.

41) Como classificar um recém-nascido de 36 semanas e peso de nascimento de 1.800 g


(abaixo do percentil 3)?

A) A termo, baixo peso ao nascer, PIG.


B) A termo, muito baixo peso ao nascer, PIG.
C) Pré-termo, baixo peso ao nascer, PIG.
D) Pré-termo, muito baixo peso ao nascer, PIG.
E) Pré-termo, muito baixo peso ao nascer, AIG.

42) Durante o atendimento ao recém-nascido pré-termo na sala de parto, uma série de


cuidados especiais são adotados para a prevenção da perda de calor. Assinale a
afirmativa que traz condutas corretas neste sentido.

A) A temperatura da sala deve estar entre 20 e 23ºC.


B) As crianças nascidas com menos de 37 semanas devem ter seu corpo colocado em
saco plástico de polietileno.
C) Antes da colocação do corpo em saco plástico, deve ser feita a secagem vigorosa de
todo o tronco da criança.
D) As crianças nascidas com menos de 34 semanas devem receber touca dupla para
prevenção de perda de calor na região da fontanela.
E) Quando a criança for encaminhada para a UTI neonatal, o saco plástico deve ser
retirado e substituído por roupa apropriada antes de transporte.

43) Lactente, recém-chegado de viagem ao exterior, é atendido com história de febre


alta, coriza, tosse e conjuntivite há dois dias. Após anamnese e exame físico, não foi
detectada a possível causa da febre e foi prescrito apenas antitérmico. Desacreditando na
avaliação médica, familiares começam a dar, por conta própria, amoxicilina para a criança.
Um dia após o primeiro atendimento e início da medicação, familiares retornam ao
pronto-socorro após terem observado o surgimento de lesões maculopapulares na
região retroauricular e da nuca da criança, com acentuação da febre. Ao exame físico,
além das lesões citadas, que também estão presentes na fronte, são evidenciadas
pequenas manchas brancas no interior da cavidade oral, circunscritas por halo de
hiperemia. Qual a conduta terapêutica para este caso?

A) Imunoglobulina intravenosa.
B) Imunoglobulina intramuscular.
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C) Vitamina A.
D) Anti-histamínicos.
E) Hidratação venosa com solução cristaloide.

44) Adolescente, sexo masculino, 13 anos, muda-se para o Rio de Janeiro. Durante uma
consulta agendada em ambulatório, refere que não tem cartão de vacina e desconhece
situação vacinal. Indique qual das opções traz apenas vacinas que serão indicadas para
este paciente, de acordo com o Programa Nacional de Imunizações.

A) Tetraviral, tríplice viral e hepatite B.


B) Hepatite B, meningocócica-C e tríplice viral.
C) BCG, varicela e dT.
D) Tríplice viral, hepatite B e dTpa.
E) Febre amarela, dTpa e hepatite B.

45) Lactente, dois meses, com relato de parto domiciliar sem assistência, é levado pela
primeira vez ao posto de saúde para atendimento. Há alguns dias vem apresentando
secreção nasal com aspecto sanguinolento e importante obstrução nasal. Ao exame
físico, criança pálida (+/4+), com discreta icterícia (+/4+), hepatomegalia e choro intenso
durante a manipulação dos membros superiores. Qual das condições abaixo melhor
justifica este quadro clínico?

A) Sífilis congênita.
B) Violência física.
C) Doença hemorrágica do recém-nascido.
D) Icterícia do leite materno.
E) Atresia de vias biliares.

46) Como deve ser calculado o alvo-genético de um adolescente de 11 anos do sexo


masculino?

A) (2 x Altura do pai + Altura da mãe) / 3.


B) (Altura do pai + Altura da mãe) / 2.
C) (Altura do pai + Altura da mãe + 13) / 2.
D) (Altura do pai - 13 + Altura da mãe) / 2.
E) (Altura do pai + Altura da mãe - 13) / 2.

47) Lactente de 18 meses é levado ao ambulatório para consulta de rotina. Ao exame,


criança com aspecto desnutrido e familiares informam que a mesma nunca recebeu
vacinas e nem quaisquer suplementos minerais ou vitamínicos. Ao exame físico, observa-
se alargamento de punhos e tornozelos, nodosidades na junção costocondral e sulcos de
Harrison. O provável diagnóstico para o quadro é?

A) Raquitismo.
B) Osteomalácia.
C) Osteogênese imperfeita.
D) Sífilis congênita.
E) Acondroplasia.

48) Um lactente de 10 meses é avaliado e sua mãe está preocupada com seu
desenvolvimento, pois a criança ainda não tem várias habilidades que seu primo de
mesma idade já apresenta. A criança ainda não caminha, o que o primo já faz com apoio,
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mas é capaz de engatinhar e permanece apoiado no sofá, dando passos para os lados.
Emite balbucios e fala “mama” e ”papa”, mas não fala outras palavras. Demonstra uma
boa interação social com a mãe, se interessa pelos brinquedos que são colocados ao seu
alcance e campo visual. Transfere objetos de uma mão para a outra e segura pequenos
objetos com o polegar e o indicador. Qual orientação se mostra mais adequada ao caso?

A) Iniciar acompanhamento com fisioterapeuta e terapeuta ocupacional e reavaliação em


15 dias.
B) Solicitar avaliação fonoaudiológica e reavaliação em 30 dias.
C) Considerar desenvolvimento adequado e seguir acompanhamento de rotina.
D) Solicitar avaliação de neuropediatra e seguir o acompanhamento de rotina.
E) Solicitar exame de neuroimagem e reavaliação em 30 dias.

49) Recém-nascido, duas semanas de vida, é atendido com história de vômitos e


distensão abdominal. Mãe informa que, há sete dias, a criança não evacua, mas, como
está oferecendo somente fórmula infantil, acreditou ser esta a causa do problema. Neste
período, vem evoluindo com piora da distensão abdominal e os vômitos começaram na
véspera. Nascido a termo, com alta apenas no quarto dia de vida, por atraso na
eliminação do mecônio. Ao exame físico, há importante distensão abdominal, com ruídos
hidroaéreos aumentados. Como parte da investigação, foi realizado enema contrastado
que mostrou retossigmoide estreitado e importante dilatação dos segmentos proximais.
Com base nessas informações, qual exame é necessário para a confirmação diagnóstica?

A) Biópsia retal.
B) Ultrassonografia abdominal.
C) TSH e T4 livre.
D) IgE sérica para proteínas do leite de vaca.
E) Teste cutâneo de hipersensibilidade.

50) Uma família do estado de Minas Gerais irá viajar para um local onde houve inúmeros
casos de febre amarela e deseja orientações quanto à vacinação. O histórico vacinal da
família é o seguinte: - Neymar, 25 anos, desconhece vacinação prévia. - Bruna, 24 anos,
tomou uma dose da vacina aos 12 meses de idade. - Galvão, 10 anos, tomou uma dose
da vacina aos quatro anos de idade. - Coutinho, 3 anos, tomou uma dose da vacina aos
sete meses, como era recomendado em situações de surto. Quem deverá receber a
vacina contra febre amarela?

A) Apenas Neymar e Coutinho.


B) Apenas Neymar e Bruna.
C) Apenas Galvão, Neymar e Coutinho.
D) Apenas Neymar.
E) Os quatro.

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1 C 2 E 3 D 4 A 5 B 6 D 7 A 8 E 9 A 10 A 11 B

12 A 13 D 14 A 15 D 16 E 17 D 18 C 19 A 20 D 21 E 22 C

23 D 24 B 25 D 26 C 27 D 28 A 29 B 30 A 31 C 32 E 33 C

34 B 35 B 36 A 37 E 38 D 39 A 40 C 41 C 42 D 43 C 44 B

45 A 46 C 47 A 48 C 49 A 50 A

Legenda:
! Questão Anulada

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