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MERGED
MERGED
+simulados 2017/2018
Caderno
de Questões
Você encontrará nos próximos capítulos, questões comentadas e atualizadas dos concur-
sos de Residência Médica em 2019!
Sugerimos que você utilize esta área de treinamento fazendo sua autoavaliação a cada
10 (dez) questões. Dessa forma, você poderá traçar um perfil de rendimento ao final de
cada treinamento e obter um diagnóstico preciso de seu desempenho.
Estude! E deixe para responder as questões após domínio dos temas. Fazê-las imediatamente
pode causar falsa impressão.
Atenciosamente,
Equipe SJT-MED
Sumário
1 Questões para treinamento – Obstetrícia.......................................................................................5
2 Gabarito comentado....................................................................................................................................33
1
QUESTÕES PARA TREINAMENTO
Obstetrícia
fecções para o feto. M.D.A. concorda em rea- d) ela passa a ter direito à redução de 30% da
lizar os testes e, após 10 minutos, é chamada jornada de trabalho, mantendo a mesma re-
pela enfermeira que informa que o teste para muneração, além do fornecimento do EPI
sífilis foi negativo, mas o teste para HIV foi (equipamento de proteção individual)
reagente, indicando que ela pode estar infec- e) deve-se solicitar a transferência de função,
tada pelo vírus. A enfermeira explica sobre pois é assegurada a toda e qualquer em-
o resultado e informa que terá que lhe enca- pregada gestante a transferência de função
minhar para o obstetra, no pré-natal de alto quando a atividade normalmente prestada for
risco, e para o serviço especializado com o prejudicial à gestação
infectologista, médicos que irão acompanhar
a gravidez e prescrever o tratamento para a UFSC – 2019
infecção. Finaliza a consulta solicitando 7. Gestante de 18 semanas, sem antecedentes
os demais exames de rotina do pré-natal e médicos significativos e sorologias de rotina
orientando sobre onde será a consulta com no pré-natal negativas, apresenta tosse seca
o obstetra. Nesse caso, o médico deve iniciar há dois meses, acompanhada de suores no-
TARV: turnos e mal-estar. O teste cutâneo de tuber-
a) após confirmação da infecção por Western- culina (TCT) é negativo e uma das amostras
-Blot, se sintomática e se LT- CD4+ maior que do exame de escarro induzido mostrou o tes-
350 céls/mm3 te de amplificação do ácido nucleico de Myco-
b) imediatamente após confirmação da infec-
bacterium tuberculosis positivo. De acordo
ção por Western-Blot, se sintomática e se LT-
com o Ministério da Saúde (Manual de Reco-
CD4+ menor que 350 céls/mm3
mendações para Controle da Tuberculose no
c) imediatamente apenas considerando o teste
Brasil), é correto afirmar:
rápido reagente em qualquer gestante
a) a isoniazida não deve ser usada nesse caso,
d) após confirmação da infecção por Western-
pois o risco de hepatite e neutoxicidade na
-Blot, preferencialmente após o primeiro tri-
gestação ultrapassa o eventual benefício
mestre em qualquer gestante
b) inicia-se o tratamento apenas com a rifampici-
na (categoria B), reservando o esquema com
UFSC – 2019
5. Assinale a alternativa que contém vacinas se- múltiplas drogas para o período após o parto
guras e indicadas rotineiramente durante a c) indicam-se na fase inicial a rifampicina, isonia-
gestação: zida, pirazinamida e o etambutol (RHZE) por
a) difteria e HPV dois meses, seguidos de rifampicina e isonia-
b) sarampo e gripe zida por mais quatro meses (RH)
c) hepatite B e varicela d) nesse caso, devemos orientar a gestante que
d) febre amarela e tétano após parto deve evitar a amamentação, devido
e) influenza e coqueluche ao risco de transmissão aérea e das medica-
ções utilizadas
UFSC – 2019 e) como o quadro é latente (tosse seca e TCT
6. Uma gestante refere que trabalha como opera- negativo), indica-se apenas a Isoniazida e a
dora de bomba de combustível. Considerando rifampicina, que devem ser mantidas por, pelo
a legislação trabalhista brasileira, assinale a menos, seis meses
afirmação CORRETA:
a) deve-se fornecer atestado médico afastando- UNCISAL – 2019
-a do trabalho durante o primeiro trimestre da 8. A imunização antitetânica é recomendada
gravidez e recomendar o uso de EPI (equipa- para as gestantes para a prevenção do téta-
mento de proteção individual) durante o res- no neonatal. Para gestantes sem história de
tante da gravidez vacinação, iniciar o esquema o mais preco-
b) é garantia da empregada a manutenção do cemente possível em qualquer fase da gesta-
pagamento do adicional de insalubridade e ção, com intervalos de 30-60 dias. Pelo geral,
periculosidade, nos valores anteriores à ges- estas vacinas estão proscritas na gravidez,
tação, caso ela seja afastada de sua função EXCETO:
c) orientar o uso de EPI (equipamento de pro- a) hepatite A e B; vacina contra influenza (inclusive
teção individual) e atestar a gestação, pois a H1N1)
empregada passa a ter um aumento no per- b) rubéola; sarampo
centual de insalubridade c) caxumba
UFG – 2019
21. Na ilustração, o feto encontra-se em:
a)
UNITAU – 2019
23. Durante o exame obstétrico, em gestante de
terceiro trimestre na consulta de pré-natal, a
palpação do abdome foi feita através da mano-
d) bra de Leopold-Zweifel. No primeiro tempo da
manobra, foi observado polo fetal volumoso,
de superfície amolecida e móvel. O segundo
tempo da manobra revelou presença de pe-
quenas partes orientadas para o lado direito
materno, com maior eixo fetal coincidindo
com maior eixo uterino, e, no terceiro tempo,
foi apreendido um polo mais endurecido do
que o inicial, liso e consistente. Considerando
esses achados, quais relações útero-fetais es-
tão CORRETAS?
a) apresentação pélvica, situação transversa, po- Na apresentação fetal cefálica defletida de pri-
sição inferior meiro grau, o número que mostra o ponto de
b) situação oblíqua, apresentação pélvica e posi- referência fetal é:
ção direita a) 1
c) posição direita, situação longitudinal e apre- b) 4
sentação cefálica c) 3
d) situação transversa, posição superior e apre- d) 2
sentação córmica e) 5
e) situação longitudinal, posição esquerda e
apresentação cefálica UFRN – 2019
27. Uma apresentação cefálica de fronte ou defle-
UNITAU – 2019 tida de segundo grau demonstra:
24. Os diagramas abaixo representam variedades a) extensão parcial da cabeça e ponto de referên-
de posição do polo cefálico fletido durante a cia fetal: naso ou raiz do nariz
evolução do trabalho de parto. b) flexão parcial da cabeça e ponto de referência
fetal: bregma ou grande fontanela
A B C c) extensão total da cabeça e ponto de referência
fetal: mento
d) flexão total da cabeça e ponto de referência:
occipício ou pequena fontanela
UFRN – 2019
Qual das alternativas abaixo define CORRETA-
28. Primigesta de 19 anos de idade com 30 semanas
MENTE a nomenclatura obstétrica de cada um
de gravidez fez consulta de pré-natal queixando-
deles e a ordem da rotação interna fisiológica
-se de letargia e discreta dispneia. O exame físi-
desde a insinuação até o desprendimento do
co geral revelou: PA: 90 × 60 mmHg, presença de
polo cefálico?
edema pré-tibial e nevos hiperpigmentados em
a) OS, OEA, OET e A, B, C
região abdominal supra umbilical. O exame obs-
b) OS, ODA, ODT e B, C, A
tétrico constatou altura uterina de 30 cm e aus-
c) OP, OEA, OET e C, A, B
culta fetal com 128 bpm. Os exames laboratoriais
d) OP, ODA, ODT e C, B, A
mostrados revelavam dosagem de plaquetas
e) OS, OEA, ODT e B, A, C
125.000/mm3, EAS com proteinúria negativa e
glicosúria 2+. Levando-se em consideração os
SUS-SP – 2019
resultados apresentados pela paciente no exa-
25. A nomenclatura obstétrica permite descrever
me físico geral e obstétrico, a queixa de dispneia
com exatidão as relações entre o feto e a mãe.
deve ser considerada:
Nos fetos em situação longitudinal, as 3 letras
empregadas (exemplo: ODA, ODP, OEA, OEP) a) incompatível com a normalidade, explicado
se referem, respectivamente, a: pela presença de edema de membros inferio-
a) posição, apresentação e variedade de posição res que não deve ser encontrado em gravidez
b) apresentação, variedade de posição e posição normal
c) variedade de posição, posição e apresentação b) compatível com as modificações fisiológicas
d) apresentação, posição e variedade de posição do organismo materno devido ao nível da altu-
e) posição, variedade de posição e apresentação ra uterina
c) compatível com as modificações do organis-
SUS-SP – 2019 mo materno devido ao nível baixo da pressão
26. Considere a imagem a seguir: arterial
d) incompatível com a normalidade, explicado
2 pelos níveis de pressão arterial inferiores aos
1 encontrados na gravidez normal
3
UFRN – 2019
29. Quanto aos resultados dos exames laborato-
4
riais mostrados pela paciente, constata-se:
a) a glicosúria está alterada e os outros estão
5 normais
b) todos são alterados
UNICAMP – 2019
35. Mulher, 25a, primigesta, idade gestacional de 39 semanas, apresentou evolução do trabalho de parto
e parto de acordo com o partograma:
UNITAU – 2019
36. Observe o traçado da cardiotocografia registrado durante o trabalho de parto de primigesta, condu-
zido com ocitocina.
D
a) sínfise púbica
b) linha íleo pectínea
c) espinha isquiática
d) forame obturatório
USP-SP – 2019
USP-SP – 2019
43. Em uma paciente sem doenças, submetida a
40. Gestante com 29 semanas é diagnosticada
parto vaginal de termo, 10 minutos após o nas-
com pré-eclâmpsia grave, restrição de cres-
cimento, não ocorreu a dequitação. Qual é a
cimento fetal, insuficiência placentária grave
conduta indicada para o caso?
e centralização fetal, com perfil biofísico fetal
a) aguardar pelo menos mais 20 minutos para
10. Qual dos parâmetros do perfil biofísico fe-
manobras
tal tem maior dependência da oxigenação do
b) extração manual da placenta com antibiotico-
sistema nervoso central?
profilaxia
a) movimento respiratório
c) administração de derivados do ERGOT intra-
b) tônus corpóreo fetal
muscular
c) movimento corpóreo
d) laparotomia por suspeita de acretismo placen-
d) índice de líquido amniótico
tário
UNIFESP – 2019
44. Primigesta, 41 semanas, foi submetida a preparo de colo e indução do parto. Analise o partograma
apresentado na figura. Nesse caso, as características importantes do partograma, para o prognósti-
co de sucesso do parto por via vaginal, são:
UNIFESP – 2019
45. Primigesta, 28 anos de idade, encontra-se na fase ativa do trabalho de parto, apresenta cardiotoco-
grafia conforme a figura. A dilatação cervical é de 5 cm, bolsa rota, líquido claro. Nesse caso, o tipo
de desacelerações da frequência cardíaca fetal e o próximo passo para o melhor cuidado, respecti-
vamente, são:
SUS-SP – 2019
48. Considere o partograma a seguir:
a) deve-se realizar a curva glicêmica imediata- a) não há modificação do fluxo renal ou da taxa
mente de filtração glomerular
b) trata-se de diabete mellitus prévio à gestação b) a plaquetopenia, quando presente, ocorre de-
c) devemos solicitar a hemoglobina glicosilada vido aumento da destruição destas células
para definir o diagnóstico pelo baço
d) o diagnóstico de diabete mellitus gestacional c) a lesão hepática é secundária ao vasoespas-
já está estabelecido mo intenso neste órgão que leva a hemorragia
e) deve-se realizar a curva glicêmica entre 24-28 e necrose periportais. O aumento dos níveis de
semanas bilirrubinas é a principal expressão desta lesão
d) em pacientes com edema, os diuréticos são as
UFSC – 2019 medicações hipotensoras de primeira escolha
57. Mulher iniciando seu pré-natal, refere que na e) a ausência de modificações fisiológicas nor-
sua gestação anterior teve um parto induzido mais das arteríolas espiraladas, causada por
com 31 semanas, devido a um quadro de pré- invasão inadequada do trofoblasto, leva à di-
-eclâmpsia grave. Nega outros antecedentes minuição do fluxo uteroplacentário com conse-
médicos significativos. Exames laboratoriais quente baixa oxigenação fetal
normais. Mora em região urbana e refere ali-
UNESC – 2019
mentação adequada. Quais medidas devem
60. aciente de 40 anos, primigesta, foi diagnos-
ser realizadas na tentativa de prevenir um
ticado com diabetes mellitus gestacional
novo quadro de pré-eclâmpsia?
com 27 semanas de gravidez. Chega ao
a) prescrição de Ácido acetilsalicílico, na dose de
final da gestação em uso de insulina NPH
100-150 mg, iniciando antes de 16 semanas
40 unidades/dia e insulina regular 18 unida-
b) prescrição de Heparina não fracionada ou de
des/dia para controle das glicemias. Sobre
baixo peso molecular em dose profilática, ini-
o tratamento do diabetes nesta paciente,
ciando no segundo trimestre
imediatamente após a realização do parto,
c) suplementação de Cálcio (1 g/dia) e vitamina
é correto afirmar:
C (500 mg/dia), iniciando com 12 semanas
a) a insulina deve ser suspensa por completo e
d) prescrição de ácido fólico (5 mg/dia), restrição substituída por hipoglicemiante oral
moderada da ingesta de sódio e orientação b) a insulina deve ser mantida, reduzindo-se a
para ganho adequado de peso dose pela metade
e) controle rigoroso da pressão arterial e ganho de c) apenas a insulina NPH deve ser mantida e de-
peso, pois não há evidências claras que alguma vemos associar hipoglicemiante oral
medicação pode prevenir a pré-eclâmpsia d) a insulina deve ser mantida por completo
e) a insulina deve ser suspensa por completo, não
Santa Casa-SP – 2019 há necessidade de usar hipoglicemiante oral
58. Uma gestante de 26 semanas foi diagnostica-
da com diabetes gestacional após apresentar UNICAMP – 2019
glicemia de jejum de 84 mg/dL no primeiro tri- 61. Mulher, 35a, G4P3C0A0, na 29ª semana de ida-
mestre. Esse diagnóstico baseou‐se em um de gestacional, procura atendimento em uma
teste oral de tolerância à glicose. Com base maternidade sem qualquer retaguarda para ca-
nessa situação hipotética, assinale a alternati- sos graves de gestações de alto risco, queixan-
va que apresenta o resultado do teste: do-se de cefaleia occipital há 6 horas. Antece-
a) 85‐147‐101 (mg/dL) dentes pessoais: hipertensão arterial sistêmica
b) 89‐176‐152 (mg/dL) crônica. Exame físico: PA = 160 × 100 mmHg,
c) 90‐165‐126 (mg/dL) FC = 90 bpm, AU = 27 cm, DU= ausente, BCF
d) 91‐179‐152 (mg/dL) = 136 bpm; neurológico: reflexos osteotendino-
e) 92‐181‐151 (mg/dL) sos profundos exaltados com aumento de área
reflexógena. A conduta é administrar:
UNESC – 2019 a) duas ampolas de sulfato de magnésio a 50%
59. Paciente de 27 anos, primigesta, 35 semanas intravenoso e transferir a gestante imediata-
de gestação, pré-natal até então sem anormali- mente para o hospital de referência
dade. Apresentou na última semana valores de b) um comprimido de 25 mg de hidralazina via
pressão arterial acima de 140 × 90 mmHg, mo- oral, uma ampola de sulfato de magnésio a
tivo pelo qual realizou uma proteinúria de 24h 50% e uma ampola de diazepam de 10 mg in-
com achado de 455 mg/24hs. Sobre a patologia travenosos e solicitar transferência após esta-
que acomete esta paciente, é correto afirmar: bilização
c) quatro ampolas de sulfato de magnésio a 10% xando-se de cefaleia, dor de estômago e vi-
intravenosa, duas ampolas de sulfato de mag- sualização de pontos brilhantes há 2 horas.
nésio 50% intramuscular profunda e transfe- Exame físico: PA = 180 × 120 mmHg, edema de
rência para hospital de referência membros inferiores, altura uterina de 31 cm,
d) um comprimido de 25 mg de hidralazina e 10 FCF = 140 bpm, apresentação cefálica, ausên-
mg de diazepam via oral, observação no pron- cia de contrações, toque colo grosso, amo-
to-atendimento e transferência se não houver lecido, medianizado, pérvio para 2 cm, bolsa
melhora após observação íntegra. Cardiotocografia normal. Nesse caso,
a conduta é:
UNICAMP – 2019 a) nifedipina, sulfato de magnésio para neuropro-
62. Mulher, 28a, G1P0C0A0, grávida de 14 sema- teção fetal e indução do parto
nas. Antecedentes pessoais: diabetes mellitus b) nifedipina, corticoterapia para maturação pul-
tipo I há 15 anos, sobrepeso e hipertensão monar fetal e cesárea
arterial sistêmica crônica controlada, em uso c) hidralazina, profilaxia para streptococo B e in-
de insulina, metformina e captopril. Fundo dução do parto
de olho: retinopatia diabética. Proteinúria = 2 d) hidralazina, sulfato de magnésio para preven-
g/24horas. A conduta é: ção de eclâmpsia e cesárea
a) internar para perfil glicêmico com dieta; manter e) hidralazina, corticoterapia, gluconato de cálcio
captopril; suspender metformina; ajustar insuli- e cesárea
na de acordo com perfil glicêmico
b) suspender metformina e captopril; iniciar me- USP-SP – 2019
tildopa, ácido acetilsalicílico e carbonato de 65. Qual dos mecanismos abaixo melhor se corre-
cálcio; ajustar dose de insulina segundo perfil laciona com a fisiopatologia da pré-eclâmpsia
glicêmico; recomendar dieta grave?
c) internar para perfil glicêmico com dieta; sus- a) transformação inadequada do cito para o sin-
pender metformina; prescrever metildopa, áci- ciciotrofoblasto
do acetilsalicílico e heparina de baixo peso b) invasão inadequada da muscular média das
d) suspender captopril; manter metformina ape- arteríolas espiraladas
nas se houver necessidade de dose total de c) alterações na morfologia do crescimento dos
insulina acima de 100 UI/dia; recomendar die- sistemas tambores
ta e atividade física aeróbica d) dificuldade de transformação de vilos secun-
dários em terciários
UNIFESP – 2019
63. Gestante, 31 anos de idade, 2G 1P (natimorto
USP-SP – 2019
de termo) com diagnóstico de diabetes melli-
66. Gestante, com seis semanas, procura pronto
tus gestacional estabelecido com 34 sema-
nas, foi orientada a realizar atividade física atendimento com queixa de dispneia aos mí-
diária e dieta para diabetes. A gestante, pouco nimos esforços de início súbito após retorno
aderente ao tratamento, não seguiu as orien- de viagem aérea há dois dias. Paciente nega
tações e retornou com 36 semanas, quando febre e tosse no período. Ao exame clínico
foi constatado, à ultrassonografia, que o feto apresenta edema assimétrico em membro in-
apresentava peso no percentil 99, polidrâmnio ferior direito. Realizado o eletrocardiograma
e diminuição da movimentação fetal. Nessa si- a seguir. Considerando a principal hipótese
tuação, a conduta é: diagnóstica, qual é a terapêutica indicada?
a) orientação dietética com nutricionista e avalia- a) heparina não fracionada 5.000 UI a cada 12
ção semanal horas, subcutâneo
b) internação para corticoterapia e insulinização b) antagonista de vitamina K 5 mg/dia, por via oral
c) internação e resolução da gestação c) antifator X ativado 10 mg/dia, por via oral
d) avaliação da vitalidade fetal, insulinização e d) heparina de baixo peso molecular 2 mg/kg/dia,
retorno em 1 semana subcutâneo.
e) internação para corticoterapia e resolução da
gestação UFT – 2019
67. O DMG decorre do aumento do nível de açúcar
UNIFESP – 2019 no sangue (hiperglicemia) causado por fatores
64. Tercigesta, secundípara (1 cesárea), 28 anos e ocorre quando o pâncreas não produz insu-
de idade, 34 semanas, com diagnóstico de lina suficiente ou quando a insulina produzida,
pré-eclâmpsia. Procurou pronto socorro quei- por algum motivo, não atua como deveria. Os
fatores de risco para o seu aparecimento são c) o quadro de plaquetas < 50.000/dL, indica
obesidade, idade, engordar muito durante a transfusão de qualquer hemoderivado, poden-
gravidez, histórico familiar, já ter tido diabetes do não ter necessidade de interrupção da ges-
gestacional, entre outros. Sobre o a condução tação
diagnóstica pré-natal do diabetes mellitus ges- d) a pressão sistólica persistente maior ou igual
tacional, assinale a alternativa INCORRETA: 140 mmHg e pressão diastólica persisten-
a) a utilização de fatores clínicos de risco como te maior ou igual 90 mmHg já indica pré-
forma de rastrear gestantes que devem ser eclâmpsia grave
submetidas a testes diagnósticos para DMG e) creatinina sérica maior ou igual 1,5 mg/dL ou
não é ideal, pois apresenta alta sensibilidade oligúria (< 500 mL/mL/24h) são indicações
b) teste com melhor sensibilidade/especificidade: maternas de interrupção da gestação em fetos
considera-se que o teste com melhor sensibi- com menos de 34 semanas.
lidade e especificidade com o diagnóstico de
DMG é o TOTG com 75 g (análise de glicemia UFRN – 2019
JEJUM, 1h e 2h) 71. A pré-eclâmpsia (PE) é definida pelo sur-
c) deve-se proporcionar a todas as gestantes a gimento de hipertensão, pressão arterial ≥
possibilidade de diagnóstico de DMG 140/90 mmHg em duas avaliações com inter-
d) viabilidade financeira e disponibilidade técnica valo de, pelo menos, 4h, a partir de 20 sema-
do teste proposto: o método diagnóstico a ser nas associada com proteinúria. Entretanto,
utilizado deve ser o melhor possível dentro da atualmente, na ausência de proteinúria, o diag-
capacidade da região nóstico de PE pode ser baseado na associa-
e) a glicemia de jejum na primeira consulta de ção da hipertensão com exames laboratoriais
pré-natal, também é utilizada como meio diag- e complementares alterados. Nesse contexto,
nóstico para a diabetes gestacional considere os valores de testes de laboratório
e os resultados de exames complementares
FAMERP – 2019 apresentados a seguir:
68. Primigesta, 25 anos, portadora de hipertensão
I. Creatinina = 1,4 mg/dL.
arterial crônica controlada, encontra-se na 24ª
II. AST = 92 U/L.
semana de gestação. A ocorrência de toxemia
III. Plaquetas = 320.000/ mm3
super ajuntada à hipertensão será diagnosti-
cada se ocorrer: IV. Crescimento intrauterino restrito (CIUR) na
a) edema ultrassonografia.
b) elevação sérica das transaminases São considerados como critérios para se diag-
c) proteinúria nosticar PE na ausência de proteinúria, os re-
d) hemólise sultados presentes nos itens:
a) I, II e IV
UNICISAL – 2019 b) I, II, III
69. A situação que se associa à pré-eclâmpsia de c) I, III e IV
repetição e descolamento prematuro de pla- d) II, III e IV
centa é:
a) trombofilias UFPR –2 019
b) diabetes gestacional 72. Gestante de alto risco, 35 anos, com parceiro
c) primopaternidade sucessivas fixo há 10 anos, na 28a semana de gestação,
d) obesidade materna realizando pré-natal especializado. Compa-
receu às 10 consultas regularmente desde o
e) extremos de idade
1o trimestre. Confirmado diagnóstico de lú-
pus eritematoso sistêmico há 18 anos, pelos
UFT – 2019
critérios ACR-1997, apresentou insuficiência
70. Conceitualmente, o diagnóstico de pré-
renal aguda e hipertensão arterial (AP = glo-
-eclâmpsia é quando ocorre hipertensão arte-
merulonefrite proliferativa focal, há 17 anos).
rial após 20 semanas de gestação, associada
Secundigesta, com um parto transpélvico
a quadro de proteinúria, ou podendo estar so-
induzido, há 6 anos, na 26ª semana por óbi-
breposta a outro estado hipertensivo:
to fetal (G2 – P1 natimorto = 570 g), com pré-
a) os níveis de proteinúria devem ser considera- -eclâmpsia complicada por síndrome HELLP.
dos como critério de gravidade Anticoncepção, a seguir, com acetato de me-
b) pode ocorrer doença neurológica irreversível, droxiprogesterona 150 mg por via IM a cada
resultando em crises convulsivas motoras ge- 90 dias por 5 anos. Apresentou remissão da
neralizadas atividade lúpica há 1 ano e foi liberada pela
Assinale a alternativa que apresenta a sequên- nuto, febre e hipersensibilidade uterina. Nesse
cia correta, de cima para baixo. caso, qual é a principal hipótese diagnóstica?
a) V – V – F – F – F a) descolamento prematuro de placenta e cho-
b) F – V – F –V – V que hemorrágico
c) V – F – V – V – F b) pielonefrite e choque séptico
d) F – F – V – V – V c) rotura uterina e choque hemorrágico
e) V – F – F – F – V d) corioamnionite e choque séptico
e 6 dias com base na data da última mens- 1 dedo, apresentação cefálica, bolsa íntegra.
truação e em resultado de ultrassonografia. Nesse caso, a melhor conduta é:
Verifica, no cartão do pré-natal, que a gestan- a) ampliar período de observação para melhor
te realizou 5 consultas até a presente data e caracterizar como verdadeiro trabalho de par-
que todos os exames realizados foram nor- to prematuro
mais, incluindo cultura para Estreptococo do b) inibição do trabalho de parto prematuro utili-
grupo B (GBS) realizada com 35 semanas, zando atosiban ou nifedipina
que foi negativa. Ao exame físico, a paciente c) inibição do trabalho de parto prematuro utili-
apresenta bom estado geral, está afebril, com zando nifedipina ou terbutalina
PA 90 × 60 mmHg, normocorada, sem contra- d) corticoterapia para amadurecimento do pul-
ções, feto em apresentação cefálica e com mão fetal e inibição do trabalho de parto pre-
136 batimentos por minuto. No especular o maturo com nifedipina, terbutalina ouatosiban
médico confirma a amniorrexe prematura ao e) corticoterapia para amadurecimento do pul-
visualizar líquido claro e realizar teste com mão fetal e sulfato de magnésio para neuro-
papel de Nitrazina, constatando ainda que proteção fetal
o colo do útero está fechado. Nesse caso, o
médico resolve internar a gestante e: UFPA – 2019
a) prescrever profilaxia para GBS e aguardar 95. Tercigesta, com 32 semanas de gestação,
evolução espontânea para o trabalho de parto apresentando perda líquida via vaginal, febre e
b) avaliar a vitalidade fetal e induzir trabalho de dor em baixo ventre persistente tipo ardência.
parto com misoprostol por via vaginal Exame físico: normocorada, frequência respi-
c) prescrever profilaxia para GBS e induzir traba- ratória = 32 inspirações por minuto, pressão
arterial = 80 × 50 mmHg, pulso filiforme = 112
lho de parto com misoprostol por via vaginal
ppm, temperatura axilar = 38,2 °C; dinâmica
d) avaliar a presença de infecção e induzir traba-
uterina ausente, colo grosso, posterior, im-
lho de parto apenas se a infecção for confir-
pérvio, perda de líquido amarelado via canal
mada cervical com grumos finos; Giordano negati-
vo bilateralmente; batimentos cardíacos fetais
UNIFESP – 2019 ausentes. As seguintes impressões diagnósti-
93. Considerando a predição ou prevenção do cas são compatíveis com este quadro clínico:
parto pré-termo, é correto afirmar: a) amniorrexe prematura, corioamnionite, sepse
a) em gestantes com dor em baixo ventre o uso materna e óbito fetal
da progesterona natural micronizada por via b) candidíase vaginal, infecção urinária, sepse
vaginal reduz o risco de nascimento prematuro materna e sofrimento fetal
b) a ultrassonografia do colo por via endovaginal c) amniorrexe prematura, trabalho de parto pre-
entre 20 e 24 semanas é contraindicada em maturo, sepse materna e sofrimento fetal
gestantes com sangramento vaginal d) fístula vesicouterina materna, infecção uriná-
c) o repouso no leito em gestantes com compri- ria, sepse materna e óbito fetal
e) amniorrexe prematura, trabalho de parto pre-
mento do colo uterino curto entre 20 e 24 se-
maturo, sepse materna e óbito fetal.
manas aumenta o risco de eventos tromboem-
bólicos e não reduz a prematuridade UNITAU – 2019
d) o uso da progesterona natural micronizada via 96. Sobre amniorrexe prematura, assinale a alter-
oral reduz o risco de parto prematuro em ges- nativa CORRETA:
tantes com antecedente de prematuridade a) por definição, é aquela que ocorre em gesta-
e) a maioria das gestantes com comprimento do ções abaixo de 37 semanas
colo ≤ 25 mm tem parto espontâneo com me- b) quanto menor a idade gestacional da sua
nos de 37 semanas ocorrência maior o período de latência para o
início do trabalho de parto
UNIFESP – 2019 c) pode-se afirmar que mulher com 32 semanas
94. Gestante de 29 semanas, secundigesta, primí- de idade gestacional, cuja bolsa rompe ape-
para (parto normal de termo), procura pronto nas 2 horas depois do início do trabalho de
atendimento com queixa de dores no baixo parto, apresentou amniorrexe prematura
ventre há 2 dias. Exame físico: afebril, FC = 88 d) a conduta em amniorrexe prematura em ges-
bpm, PA = 100 × 60 mmHg, altura uterina 26 cm, tante de 31 semanas sem corioamnionite é a
FCF = 144 bpm, detecta-se 1 contração uterina indução do parto
em 10 minutos, com duração de 20 segundos, e) sua ocorrência acima de 37 semanas é cha-
toque com colo amolecido, longo, pérvio para mada de amniorrexe oportuna.
UFT – 2019
97. Com incidência aproximada de 12% das ges-
tações, a RUPREMA (Ruptura prematura de
membranas amnióticas) é entidade relativa-
mente comum na assistência obstétrica. Em
relação à RUPREMA (Ruptura prematura de
membranas amnióticas), trata-se de complica-
ção materna mais frequente:
a) prematuridadefetal
b) pré-eclâmpsia
c) diabetes gestacional
d) corioamnionite Qual é a conduta para esta paciente?
e) hipoplasia pulmonar fetal a) novo beta-HCG em 15 dias para confirmar
abortamento completo
FAMERP – 2019
b) curva de beta-HCG por suspeita de gestação
98. Paciente com gestação de 12 semanas ainda
ectópica
não iniciou consultas de pré-natal, refere san-
gramento via vaginal indolor, progressivo há c) aspiração uterina por abortamento incompleto
1 semana. Ao exame obstétrico, é observado d) novo beta-HCG em uma semana por ser ges-
ausência de batimento cardíaco fetal, sangra- tação incipiente
mento uterino em moderada quantidade, colo
pérvio a 1 polpa digital e volume uterino maior UNITAU – 2019
que o esperado para a idade gestacional. De 100. Paciente com beta-HCG positivo (3.300 UI),
acordo com esses dados, o diagnóstico foi de dosado há 2 dias, em amenorreia de 7 sema-
mola hidatiforme. O acompanhamento desta nas, sem cólicas ou sangramento vaginal, vem
paciente após o esvaziamento molar é realiza- para a primeira consulta pré-natal de rotina e
do por meio de:
apresenta para seu obstetra do posto de saú-
a) não há necessidade de seguimento em mola
de municipal uma ultrassonografia transvagi-
completa
b) dosagem de gonadotrofina coriônica humana nal realizada no dia anterior. O laudo mostra
c) ultrassom e tomografia seriadas útero de tamanho normal, endométrio de 8
d) ressonância magnética seriada mm, sem sinais de gestação. Imagem do ová-
rio direito sugestiva de corpo lúteo. Ausência
USP-SP – 2019 de líquido livre na pelve. Após exame clínico
99. Mulher, 19 anos de idade, queixa-se de sangra- e físico, encaminha a paciente para o pronto
mento genital intenso há um dia, acompanha- atendimento para avaliação e conduta. Com
do por cólica leve em hipogástrio. Apresenta base no exposto, assinale a alternativa que
atraso menstrual de 10 dias e realizou beta-
apresenta, respectivamente, a principal hipó-
-HCG há 4 dias com valor de 1.250 UI/L. Ao
tese diagnóstica e a conduta mais adequada:
exame clínico apresenta pouca dor na palpa-
ção do abdome, sangramento coletado em pe- a) abortamento completo – introdução do DIU
quena quantidade ao exame especular e colo puerperal
grosso posterior e impérvio ao toque, com b) abortamento incompleto – dilatação e cureta-
útero levemente aumentado e anexos pouco gem
dolorosos. O ultrassom transvaginal revela c) moléstia trofoblástica gestacional – dilatação e
pequena quantidade de líquido livre na cavi- curetagem
dade abdominal, com útero em posição ante- d) gravidez ectópica íntegra – ultrassonografia
versofletida, eco endometrial hiperecogenico para tentar identificar o saco gestacional
de 13,5 mm e imagem para-ovariana de 15 × 13
e) gestação inicial em curso – exame físico e re-
mm demonstrada a seguir:
torno ao pré-natal
FAMERP – 2019
101. Paciente de 18 anos dá entrada na Emergên-
cia Obstétrica referindo atraso menstrual de
7 dias e dor tipo cólica no baixo ventre. Re-
fere não fazer uso de método contraceptivo.
Ao exame físico, apresenta sangramento via
vaginal discreto, colo fechado, fundo de útero
não delimitado pelo toque, devido quadro do-
UFRN – 2019
102. Secundigesta com abortamento espontâneo
anterior comparece à maternidade com queixa
Considerando a história clínica e a imagem
de sangramento vivo após queda da própria
ecográfica, assinale a alternativa CORRETA:
altura. O médico calcula a idade gestacional
a) o tratamento é o esvaziamento intrauterino, sen-
em 21 semanas e 1 dia com base na data da
do a curetagem o método primário de eleição
última menstruação e no resultado da ultras-
b) provavelmente, se trata de mola hidatiforme
sonografia (USG) de primeiro trimestre regis-
completa, sendo que os valores de beta-hCG,
trada no cartão pré-natal. Ao exame físico,
geralmente, estão acima de 100.000 mUI/mL
apresenta bom estado geral, normocorada,
c) o diagnóstico de mola hidatiforme incompleta
afebril, PA 110 × 80 mmHg. Na avaliação obs-
não pode ser descartado, sendo que a con-
tétrica, AU = 20 cm, batimentos cardiofetais
firmação diagnóstica se faz pelo achado ana-
não detectados com sonar, colo fechado ao
tomopatológico de degeneração hidrópica e
toque vaginal e presença de sangramento
edema viloso difuso.
ativo e intenso. Solicitada ultrassonografia na
d) em caso de mola hidatiforme completa, o risco
urgência que revelou feto único, apresentação
de progressão para formas malignas é menor
cefálica, peso fetal estimado em 420 g, sem
que 5%
batimentos cardiofetais detectáveis, placenta
e) o esvaziamento molar é prioridade frente às
grau 0, líquido amniótico normal e idade ges-
complicações clínicas associadas à mola,
tacional estimada em 20 semanas. Após a ava-
como a tireotoxicose ou a hipertensão arterial
liação da USG, o diagnóstico e a melhor con-
duta a ser adotada, são respectivamente: UFPR – 2019
a) abortamento incompleto e aspiração manual 104. Paciente com 26 anos de idade, casada, gesta
intrauterina (AMIU) 2, cesárea 1, aborto 1, procura pronto-atendi-
b) abortamento retido e dilatação do colo com mento de ginecologia com queixa de atraso
vela seguida de curetagem menstrual (não sabe precisar a data da última
c) abortamento retido e misoprostol por via vagi- menstruação), dor no baixo ventre há 2 sema-
nal seguido de curetagem nas, acompanhada de sangramento genital
d) abortamento incompleto e misoprostol por via há 3 semanas. Tem ciclos menstruais irregu-
vaginal seguido de AMIU lares, utiliza como contracepção preservati-
vo e às vezes progestogênio isolado. Exame
UFPR – 2019 especular: saída de pequena quantidade de
103. Gestante primigesta, 21 anos, dá entrada no sangue escuro pelo orifício cervical. Toque
Pronto-Atendimento da Maternidade do Hospi- vaginal: útero em AVF (anteversoflexão), pou-
tal de Clínicas da UFPR referindo dor abdomi- co aumentado de tamanho, dor na palpação
nal, vômitos intensos e sangramento vaginal do anexo esquerdo. PA: 110 × 70 mmHg. Pul-
em moderada quantidade. Nega comorbida- so: 104 bpm. Mucosas um pouco descoradas.
des, tabagismo ou uso de entorpecentes. Re- Hemograma coletado no dia: hemoglobina
fere seguimento pré-natal em UBS, no entanto 9,6 g/dL, hematócrito 28%, leucócitos 7200/
não trouxe o cartão de pré-natal. Idade gesta- mm3. Transaminase glutâmica oxalacética: 25
cional pelo tempo de amenorreia de 12 sema- U/L. Transaminase glutâmica pirúvica: 30 U/L.
nas. O exame físico demonstrou altura uterina Creatinina: 0,9 mg/dL. Beta-hCG: 1800 mU/mL.
na cicatriz umbilical, batimentos cardíacos Ecografia pélvica endovaginal: útero em AVF,
inaudíveis e eliminação de vesículas douradas volume de 115 cm3, endométrio 8 mm, massa
pelo orifício cervical interno ao exame especu- em anexo esquerdo amorfa medindo 30 × 34
lar. Na ecografia não foi visualizado embrião mm. Anexo direito sem alterações, fundo de
e foi observada a seguinte imagem ocupando saco livre. A respeito do assunto, considere
toda a cavidade uterina: as seguintes ações:
UFG – 2019
109. P.M. de 35 anos, idade gestacional de 38 sema-
nas, hipertensa crônica, comparece ao pronto-
-socorro obstétrico apresentando dor abdomi-
Com base na figura acima, é correto afirmar nal intensa, hipertonia uterina e sangramento
que o(a): vaginal. Nesse caso, qual é o diagnóstico?
a) ausência de fluxo durante a diástole indica a) trabalho de parto
quadro grave de insuficiência placentária b) descolamento prematuro da placenta
b) exame demonstra boa velocidade de pico c) abortamento
diastólico, sem comprometimento da circula- d) rotura uterina
ção placentária
c) aumento da resistência no território placentá- SUS-SP – 2019
rio é a causa mais provável da diástole zero, 110. Primigesta, 22 semanas, refere desconforto
no presente caso abdominal e saída de secreção gelatinosa há
d) diástole zero na artéria umbilical associa-se a uma hora. Nega dor, perda de líquido ou san-
elevados índices de morbidade e mortalidade gramento. Ao exame observa-se colo pérvio
perinatais para 6 cm, cefálico, em OP. O diagnóstico é de:
e) diástole zero na artéria umbilical associa-se a a) insuficiência istmocervical
uma boa vitalidade e baixo risco para o feto
b) amniorexe prematura
sas camadas. A camada que está localizada e) o direito à escolha pela cesariana é restrito a mu-
entre o citotrofoblasto e o endotélio do lado lheres com ao menos uma cesariana anterior
fetal denomina-se:
a) mesênquima extraembrionário FAMERP – 2019
b) sinciciotrofoblasto 120. Paciente com 28 anos de idade encontra-se
c) endomísio na 6ª gestação, hipertensa, diabética, tabagis-
d) alantoide ta, 3 partos cesáreos anteriores com fetos de
e) decídua basal termo e 2 abortos espontâneos onde não foi
necessária a realização de curetagem uterina.
Santa Casa-SP – 2019 O principal fator de risco para a ocorrência de
118. Uma gestante secundigesta com parto nor- acretismo placentário nesse caso é:
mal anterior realizou pré-natal, detectando, na a) abortamentos
rotina de exames iniciais, uma tipagem san- b) cesáreas prévias
guínea B negativo, Du negativo. Seu obstetra c) tabagismo e diabetes
verificou a tipagem sanguínea do pai, que é A d) hipertensão arterial
positivo. Assim, solicitou Coombs indireto no
sangue materno, que se demonstrou positivo UNCISAL – 2019
para anti-D, motivo que lhe fez manter solicita- 121. Diante de um diagnóstico de placenta increta,
ção mensal desse exame. Na 28.a semana de qual a melhor conduta terapêutica?
gravidez, o resultado do Coombs era de 1:32. a) massagem uterina
Foi, então, avaliado, por meio de USG Doppler, b) metilergonovina via endovenosa
o pico sistólico da artéria cerebral média e o c) extração manual da placenta e metotrexate
resultado foi de 1,1 múltiplo de mediana. Nes- d) curetagem uterina após extração manual da
se caso hipotético, a próxima etapa será: placenta
a) resolver a gestação e) histerectomia
b) solicitar Coombs indireto em quinze dias
c) realizar avaliação semanal do pico sistólico da UFT – 2019
artéria cerebral média 122. A hemorragia puerperal ocorre entre 4-8% dos
d) realizar cordocentese para verificar a necessi- partos vaginais, sendo causa de alta morbi-
dade de transfusão intrauterina mortalidade materna.
e) administrar imunoglobulina anti‐D
UFG – 2019
130. Durante a gestação, no exame da mama con-
siderado normal são esperadas as seguintes
modificações:
a) crostas em aréola e edema de pele
b) aumento da vascularização da pele e hiperpig-
mentação da aréola
c) edema de pele e glândulas sebáceas aumen-
tadas ao redor da aréola
d) descarga mamilar cristalina unilateral e hiper-
pigmentação da aréola
1. A altura uterina pode nos fornecer informações a Em casos de vacinação incompleta com apenas uma
respeito da idade gestacional aproximada. De 20-32 dose prévia de dupla dT (toxoide tetânico e difteria),
semanas, a medida do fundo uterino se correlaciona recomenda-se uma dose de dT após o primeiro trimes-
diretamente com a idade gestacional. A curva abaixo tre e a dTpa após 20 semanas. Nos casos de vacina-
pode ser utilizada para tal correlação. Em uma gesta- ção não realizada ou desconhecida, recomendam-se
ção de 34 semanas, 42 cm de altura uterina está acima duas doses dT (primeira dose no início da gestação e
do esperado (acima do p90), sendo necessário pensar segunda após 4 semanas) e a terceira dose deve ser
em causas de sobredistensão, como macrossomia e realizada com a vacina combinada dTpa. Sendo assim,
polidrâmnio. Sendo assim, a alternativa “A” está correta. a alternativa “C” está correta. Resposta c.
Resposta a.
4. O teste rápido de HIV é um exame com alta sen-
2. Por alternativa: sibilidade, usado principalmente para triagem das pa-
Alternativa “A” está correta. No Brasil, o rastreio soroló- cientes. Para o diagnóstico de HIV, é necessária con-
gico de Citomegalovírus não é recomendado, pois não firmação com exame de segunda geração, que possui
há imunidade permanente contra essa infecção, não é maior especificidade. O tratamento na gestação deve
ser prescrito no momento do diagnóstico para reduzir
possível diferenciar a infecção primária da secundária
o risco de transmissão vertical, independente de sin-
e não existe terapia indicada na gestação.
tomas ou valor do CD4. Sendo assim, a alternativa “D”
Alternativa “B” está correta, pois infecções secundárias
está correta. Resposta d.
podem ocorrer após reativação de infecção latente ou
exposição a cepas diferentes do CMV. Os anticorpos
5. As recomendações nacionais para imunização ma-
maternos contra CMV não previnem reativação ou terna incluem a vacina influenza inativada, vacina tri-
reinfecção por uma nova cepa, não impedindo o risco pla combinada difteria-tétano-coqueluche acelular do
de infecção congênita. adulto (dTpa) e hepatite B. As vacinas contraindicadas
Alternativa “C” está incorreta, pois o risco de transmis- são: febre amarela, tríplice viral, varicela, dengue e
são vertical é maior no terceiro trimestre. As taxas de HPV. Tratam-se de vacinas atenuadas (exceto HPV),
transmissão são de 30% no primeiro trimestre, 34-38% ou seja, compostas a partir de bactérias ou vírus enfra-
no segundo trimestre e 40-72% no terceiro trimestre. quecidos, representando risco teórico de contamina-
Alternativa “D” está correta, pois a transmissão pode ção fetal. Portanto, a alternativa “E” possui as vacinas
ser transplacentária ou através da exposição a secre- seguras e indicadas na gravidez. Resposta e.
ções do trato genital inferior no momento do parto.
Alternativa “E” está correta, pois o Citomegalovírus são 6. Os direitos no trabalho estão garantidos pelas leis
vírus DNA de cadeia dupla, da família Herperviridae. trabalhistas (CLT). A gestante tem o direito de mudar
Resposta c. de função no seu trabalho, caso o desempenho de sua
função possa provocar problemas para sua saúde ou
3. A vacina tripla dTpa é recomenda para toda ges- do feto. Para isso, a gestante deve apresentar um ates-
tante, independente de vacinação prévia, devendo ser tado médico comprovando que necessita de mudança
administrada a partir de 20 semanas. Ela é suficien- de função. Sendo assim, a alternativa E está correta,
te para proteção contra tétano neonatal e difteria em tendo em vista os riscos do trabalho (operadora de
gestantes com história prévia de vacinação completa. bomba de combustível). Resposta e.
34 R1 Extensivo | Gabarito comentado
7. A gravidez não agrava nem tampouco melhora a evo- 11. A bacteriúria assintomática é definida como cres-
lução da tuberculose. A tuberculose adequadamente cimento na cultura de urina de uma contagem de co-
tratada tem evolução idêntica em mulheres grávidas e lônias de pelo menos 100.000 UFC/mL, em amostra
não grávidas. de jato médio de urina de pacientes assintomáticas. O
O esquema tuberculostático deve ser o mesmo e a micro-organismo mais frequente é a Escherichia coli,
duração do tratamento também, sendo indicado rifam- identificado em até 80% dos casos. Em gestantes, deve
picina, isoniazida, pirazinamida e etambutol por 2 me- ser pesquisada e tratada, pois aproximadamente 25%
ses, seguidos de rifampicina e isoniazida por mais 4 dos casos evoluem para infecções sintomáticas ou pie-
meses. Não foram comprovados efeitos teratogênicos lonefrite, além de possuir associação com abortamen-
nos conceptos de mães tratadas por tuberculose com to, parto pré-termo e baixo peso ao nascer. O achado
esquema preconizado. de bacteriúria assintomática em urocultura não requer
O parto da mulher com tuberculose tratada ou em tra- confirmação com outro exame, sendo que seu diag-
tamento deve ser conduzido da mesma forma que em nóstico impõe indicação de tratamento com antibiótico
uma paciente comum, seguindo as indicações obsté- e realização de urocultura controle após tratamento.
tricas. Resposta c. Sendo assim, em gestantes, é indicado o tratamento
de bacteriúria assintomática, sendo que a cefalospori-
8. As recomendações nacionais para imunização ma- na é uma das opções terapêuticas. Resposta e.
terna incluem a vacina influenza inativada, vacina tri-
pla combinada difteria-tétano-coqueluche acelular do 12. Gestação monozigótica refere-se à origem dos gê-
adulto (dTpa) e hepatite B. A vacina influenza é reco- meos de um mesmo ovo, resultante da fertilização de
mendada para toda gestante e pode ser administrada um óvulo por um único espermatozoide. A corionici-
em qualquer idade gestacional. A dTpa é recomenda- dade da gestação monozigótica pode ser de qualquer
da para toda gestante, independente de vacinação pré- tipo e depende do momento que ocorreu a divisão do
via, devendo ser administrada a partir de 20 semanas. zigoto. Se a divisão do ovo ocorrer até 72 horas de-
O esquema vacinal para hepatite B é composto por 3 pois da fertilização, será uma gestação dicoriônica e
doses, podendo ser iniciado no primeiro trimestre de diamniótica. Se a divisão ocorrer entre o quarto e o
gestação, não sendo necessário reforço vacinal nos oitavo dia, onde o cório já está formado, mas antes da
casos de vacinação prévia completa. Sendo assim, a formação do âmnio, será monocoriônica e diamniótica.
alternativa A contém as vacinais indicadas e permiti- E se a divisão ocorrer entre os dias 8 e 12 após a fertili-
das na gestação. zação, monocoriônica e monoamniótica. Sendo assim,
As vacinas contraindicadas são: febre amarela, trípli- a alternativa “A” está correta.
ce viral, varicela, dengue e HPV. Tratam-se de vacinas A alternativa “B” está incorreta, pois a gestação mono-
atenuadas (exceto HPV), ou seja, compostas a partir zigótica sempre resulta da fecundação de apenas um
de bactérias ou vírus enfraquecidos, representando óvulo e um espermatozoide.
risco teórico de contaminação fetal. A alternativa “C” está incorreta, pois a característica
A vacina de febre amarela, apesar de ser contraindica- fundamental da gestação monozigótica é a origem de
da, deverá ser considerada quando o risco de adquirir um mesmo ovo, independente da placenta.
a doença for maior que o risco potencial de vacinação. A alternativa “D” está incorreta, pois dizigótica corres-
Resposta a. ponde à origem dos gêmeos de ovos diferentes.
A alternativa “E” está incorreta, pois o diagnóstico de
9. A detecção do hormônio gonadotrófico humano gestação dizigótica pode ser realizado pelo achado de
(HCG) no plasma e na urina maternos constitui a base sexos discordantes, por exemplo. Porém em alguns ca-
do diagnóstico laboratorial na gravidez. O beta-HCG sos, não é possível determinar a zigotia antes do parto,
pode ser detectado no sangue periférico da mulher sobretudo em gestações dicoriônicas (que podem ser
grávida entre 8-11 dias após a concepção. Os níveis monozigóticas ou dizigóticas), sendo necessário tes-
plasmáticos aumentam rapidamente até atingir um tes genéticos. Resposta e.
pico entre 60 e 90 dias de gestação. Resposta d.
13. A bacteriúria assintomática é definida como cresci-
10. A avidez de IgG avalia a afinidade entre o anticor- mento na cultura de urina de uma contagem de colô-
po da classe IgG e o antígeno. Esse teste auxilia na nias de pelo menos 100.000 UFC/mL, em amostra de
diferenciação de uma infecção recente de outra antiga, jato médio de urina de pacientes assintomáticas. Em
uma vez que a afinidade do anticorpo pelo antígeno gestantes, deve ser pesquisada e tratada, pois apro-
tende a aumentar com o intervalo de tempo. Dessa for- ximadamente 25% dos casos evoluem para infecções
ma, a presença de alta avidez permite definir que a sintomáticas ou pielonefrite, além de possuir associa-
infecção ocorreu há mais de 12-16 semanas, e a baixa ção com abortamento, parto pré-termo e baixo peso
avidez que a infecção ocorreu nos 3 meses anteriores. ao nascer.
No caso acima, uma gestante de 12 semanas, com IgG O achado de bacteriúria assintomática em urocultura
e IgM positivos para toxoplasmose e alta avidez, é pos- não requer confirmação com outro exame, sendo que
sível concluir que a infecção ocorreu antes da gestação seu diagnóstico impõe indicação de tratamento com
com indicação de suspender a medicação. Resposta d. antibiótico via oral, sem necessidade de internação
hospitalar – se ausências de complicações –. Deve ser 16. Na gestação normal, o saco gestacional intrauteri-
realizado controle de cura, com urocultura 7 dias após no deve ser visualizado com níveis de beta-HCG acima
o tratamento. Sendo assim, alternativa “B” está correta. de 1500 mUI/mL. O saco gestacional pode ser visua-
As indicações de profilaxia de infecção do trato urinário lizado com 4 semanas pelo ultrassom transvaginal, a
na gravidez são: um episódio de pielonefrite ou cistites vesícula vitelínica a partir de 5 semanas e o embrião
recorrentes (duas ou mais durante a gestação). Não com 6-7 semanas.
há indicação de profilaxia na bacteriúria assintomática. No caso descrito, a paciente com atraso menstrual de
Resposta b. apenas 10 dias e beta-HCG baixo, além ultrassono-
grafia demonstrando espessamento endometrial com
14. As recomendações nacionais para imunização ma- corpo lúteo em ovário esquerdo, é realizado o diagnós-
terna incluem a vacina influenza inativada, vacina tri- tico de gestação incipiente. A conduta é repetição da
pla combinada difteria-tétano-coqueluche acelular do ultrassonografia em 15 dias para confirmar diagnóstico
adulto (dTpa) e hepatite B. e evolução. Resposta b.
A vacina influenza é recomendada para toda gestante
e pode ser administrada em qualquer idade gestacio- 17. Por alternativa:
nal. Geralmente é realizada em campanhas antes ou Alternativa “A” está incorreta, pois gestantes com es-
durante o inverno. quema vacinal completo para hepatite B (3 doses) com
A dTpa é recomendada para toda gestante, indepen- anti-HbsAg positivo são consideradas protegidas e não
dente de vacinação prévia, devendo ser administrada necessitam de reforço vacinal.
a partir de 20 semanas. Nos casos de vacinação não Alternativa “B” está incorreta, pois a vacina tríplice vi-
realizada ou desconhecida, recomendam-se duas do- ral é contraindicada na gravidez, sendo composta por
ses dT (primeira dose no início da gestação e segunda vírus atenuados e representando risco teórico de con-
após 4 semanas) e a terceira dose deve ser realizada taminação fetal.
com a vacina combinada dTpa. Alternativa “C” está incorreta, pois a vacina recomen-
O esquema vacinal para hepatite B é composto por 3 do- dada é a tríplice bacteriana acelular (dTpa), devendo
ses, podendo ser iniciado no primeiro trimestre de gesta- ser administrada a partir de 20 semanas de gestação,
ção, não sendo necessário reforço vacinal nos casos de independente de vacinação prévia.
vacinação prévia completa ou anti-HbsAg positivo. Alternativa “D” está incorreta, pois a vacina Influenza é
As vacinas contraindicadas são: febre amarela, trípli- recomendada para toda gestante e pode ser adminis-
ce viral, varicela, dengue e HPV. Tratam-se de vacinas trada em qualquer idade gestacional
atenuadas (exceto HPV), ou seja, compostas a partir Alternativa “E” está correta, pois a vacina de febre ama-
de bactérias ou vírus enfraquecidos, representando rela, apesar de ser contraindicada, deverá ser conside-
risco teórico de contaminação fetal. Apesar do surto rada quando o risco de adquirir a doença for maior que
recente de caxumba no local de trabalho da paciente, o risco potencial de vacinação, por exemplo em mora-
não há indicação de vacinação. Resposta d. doras ou viajantes de áreas endêmicas. Resposta e.
19. Na gestação, ocorre redução global do volume re- conjugata anatômica: linha que une a borda supe-
sidual pulmonar, devido elevação do diafragma e dimi- rior da sínfise púbica e o promontório;
nuição da complacência da parede torácica. O meca- conjugata obstétrica: distância entre o promontório
nismo de dispneia fisiológico referido pelas gestantes e a face interna da sínfise púbica, representando o
decorre dos efeitos da progesterona no centro respira- espaço real do trajeto da cabeça fetal;
tório do SNC e da percepção da paciente à hiperven-
tilação, que culmina com aumento do volume corrente conjugata diagonal: linha que une o promontório
e redução da paO2 e resulta em alcalose respiratória até a borda inferior do osso púbico. Na avaliação
compensada. do toque vaginal, esta é a medida empregada para
A síndrome hipercinética define o sistema cardiovascu- estimativa do diâmetro da conjugata obstétrica.
lar da gestante, com alterações expressivas no débito Resposta e.
cardíaco e na redistribuição de fluxos regionais. A fre-
quência cardíaca materna aumenta em 10-15 bpm e a 23. A manobra de Leopold-Zweifel é uma forma de pal-
presença de sopros sistólicos é frequente. pação abdominal com objetivo de avaliar os pontos da
O útero em crescimento comprime as veias pélvicas estática fetal. No primeiro tempo, delimita-se o fundo
e a veia cava inferior, o que dificulta o retorno venoso uterino e o polo em tal localização. Na maior parte das
dos membros inferiores, o que é responsável pelo sur- vezes, percebe-se aí o polo pélvico, que se caracteriza
gimento de edema e varicosidades. Resposta c. por ser mais volumoso e menos rígido. No segundo
tempo, procura-se sentir o dorso fetal e a região das
20. A melhor fase para diagnóstico ultrassonográfico pequenas partes, para determinar a posição. No ter-
da corionia é entre 6 e 9 semanas, quando o achado ceiro tempo, o polo fetal que se apresenta no estrei-
de saco gestacional duplo identifica a placentação di- to superior e sua mobilidade são diagnosticados. No
coriônica. Entre 11 e 14 semanas, o diagnóstico tam- quarto tempo, o examinador procurar sentir o grau de
bém pode ser realizado. Nesta fase, o achado de duas insinuação da apresentação na pelve.
placentas ou sexos discordantes são sinais de dicorio- No caso descrito, foi observado que o maior eixo fetal
nia. O sinal do Twin-Peak (sinal do lambda ou sinal do coincide com maior eixo uterino, revelando a situação
Y) define uma gestação dicoriônica, com espessura do longitudinal. O segundo tempo demonstrou as pe-
septo maior que 1,5 mm. Na variedade monocoriônica, quenas partes fetais orientadas para a direita, sendo
a inserção do septo na placenta corresponde ao sinal assim o dorso está à esquerda (posição esquerda).
do T e sua espessura é menor que 1,5 mm. Na figura No terceiro tempo, foi apreendido polo endurecido e
acima, temos uma gestação dicoriônica, representada consistente no estreito superior da bacia, concluindo
pela alternativa “C”. Resposta c. a apresentação cefálica. Portanto, alternativa “E” está
correta. Resposta e.
21. Situação fetal é a relação entre os eixos longitudi-
nais do feto e do útero, sendo possível três situações: 24. Os tempos principais e acessórios do mecanismo
longitudinal, transversa ou oblíqua. A situação longitu- de parto são: insinuação (flexão), descida (rotação
dinal é encontrada em mais de 99% das gestações a interna), desprendimento (deflexão), restituição (des-
termo, pois o feto procurar acomodar seu maior eixo prendimento dos ombros).
ao maior eixo uterino. A situação oblíqua é instável, de A rotação interna da apresentação levará a sutura sa-
transição, sendo que em algum momento torna-se lon- gital a se orientar no sentido anteroposterior, sendo
gitudinal ou transversa. que na maioria das vezes o desprendimento ocorre na
A apresentação fetal define a região do concepto que variedade occipitopúbica (OP). Isso ocorre, pois, a de-
se relaciona com o estreito superior da bacia, onde se flexão da cabeça na variedade OP facilita o despren-
insinua e possui papel fundamental nos mecanismos dimento fetal. Para isso, o feto irá realizar movimento
de parto. Na situação longitudinal, podem ocorrer duas de rotação sempre pelo caminho mais curto. Se estiver
apresentações: cefálica e pélvica. Na situação trans- em OEA irá rodar 45 graus em sentido anti-horário. Se
versa, a apresentação será obrigatoriamente córmica. estiver em ODP, irá roda rodar 135 graus em sentido
Sendo assim, na figura, o feto possui situação longitu- horário. Se estiver em ODT, irá rodar 90 graus em sen-
dinal e apresentação pélvica (alternativa “B” correta). tido horário. Sendo assim, alternativa “D” está correta.
Resposta b. Resposta d.
22. O estreito superior é delimitado anteriormente pelo 25. As variedades de posição nomeiam-se pelo em-
pube, lateralmente pela linha terminal (ou inominada) prego de três alternativas. A primeira refere-se ao feto
e, posteriormente, pela saliência do promontório e pela e ao ponto de referência apresentado. As demais, ao
asa do sacro. Esse estreito possui três diâmetros im- ponto de referência materno. A letra “O” (de occipital)
portantes: anteroposterior (menor distância entre o pro- representa a apresentação cefálica fletida, que possui
montório e a sínfise púbica), oblíquo (das eminências lambda como ponto de referência. As letras “D” (direita)
iliopectíneas até articulação sacroilíaca) e transverso e “E” (esquerda) caracterizam a posição (relação entre
(da linha inominada de um lado até o outro lado da pel- o dorso fetal e o abdome materno). As últimas letras “A”
ve). O diâmetro anteroposterior pode ser dividido em: e P são traduzidas pela variedade de posição anterior-
mente ou posteriormente. Sendo assim, a alternativa 31. O parto é induzido quando iniciado artificialmente
“D” está correta. Resposta d. por meios farmacológicos ou mecânicos que produ-
zem metrossístoles eficientes para desencadear o tra-
26. Na apresentação cefálica fletida, o ponto de re- balho de parto. A indução do trabalho de parto é consi-
ferência é o lambda (fontanela posterior). Nas apre- derada terapêutica quando for necessária interrupção
sentações cefálicas defletidas, podem ser: bregma da gravidez.
(fontanela anterior), glabela (raiz do nariz) ou mento, As principais indicações são: pós datismo, amniorrexe
dependendo do grau da deflexão. Na apresentação prematura com sinais de infecção ovular, comorbidades
defeltida de primeiro grau, o ponto de referência é a maternas como hipertensão e diabetes, entre outros.
fontanela anterior ou bregma, sendo representado pelo As principais contraindicações são: gestação múltipla,
número 2 da figura. Resposta d. desproporção cefalopélvica absoluta, placenta prévia,
obstrução do canal de parto, macrossomia fetal, sofri-
27. Na apresentação cefálica fletida, o ponto de referên- mento fetal, malformações uterinas, etc. Sendo assim,
cia é o lambda (fontanela posterior). As apresentações a alternativa “A” não representa indicação de indução
cefálicas defletidas, podem ser: primeiro grau (exten- do trabalho de parto. Resposta a.
são parcial, com ponto de referência na fontanela ante-
rior ou bregma), segundo grau (extensão parcial, com 32. O partograma é a representação gráfica da evolu-
ponto de referência na glabela ou raiz do nariz) e ter- ção do trabalho de parto. As distócias são identificadas
ceiro grau (extensão total do polo cefálico, com ponto pela observação das curvas de dilatação cervical e de
de referência no mento). Sendo assim, alternativa “A” descida da apresentação fetal.
está correta. Resposta a. O parto taquitócico é diagnosticado quando a dilatação
cervical, a descida e expulsão do feto ocorrem em um
período de 4 horas ou menos. O padrão de contratilida-
28. Na gestação, ocorre redução global do volume resi-
de uterina geralmente é de taquissistolia e hipersistolia.
dual pulmonar, devido elevação do diafragma e diminui-
Portanto, alternativa “A” está incorreta.
ção da complacência da parede torácica. O mecanismo O período pélvico prolongado manifesta-se no parto-
de dispneia fisiológico referido pelas gestantes decorre grama com a descida progressiva, porém lenta, após
dos efeitos da progesterona no centro respiratório do dilatação total, o que não corresponde ao caso da pa-
SNC e da percepção da paciente à hiperventilação, que ciente acima. Portanto, alternativa “B” está incorreta.
culmina com aumento do volume corrente e redução da A parada secundária da descida é diagnosticada por
paO2 e resulta em alcalose respiratória compensada. dois toques sucessivos, com intervalo de 1 hora ou
A síndrome hipercinética define o sistema cardiovascu- mais, desde que a dilatação do colo uterino esteja
lar da gestante, com alterações expressivas no débito completa. No caso acima, observa-se que na hora 13,
cardíaco e na redistribuição de fluxos regionais. A pres- a apresentação manteve-se na altura -2 após dois to-
são arterial sofre ação das mudanças hormonais da ques sucessivos. Portanto, alternativa “C” está correta.
gestação, como a vasodilatação e certa refratariedade A parada secundária da dilatação é diagnosticada pela
permanência da dilatação cervical por dois toques su-
aos vasoconsctrictores circulantes.
cessivos, com intervalo de 2 horas ou mais. Portanto,
O útero em crescimento comprime as veias pélvicas
alternativa “D” está incorreta.
e a veia cava inferior, o que dificulta o retorno venoso
O terceiro período prolongado relaciona-se ao secun-
dos membros inferiores, o que é responsável pelo sur- damento ou dequitação placentária, que não é repre-
gimento de edema e varicosidades. sentada no partograma. Portanto, alternativa “E” está
Resposta b. incorreta.
Resposta c.
29. Na gestação, a contagem de plaquetas encontra-
-se relativamente inalterada, sendo que pode ocorrer 33. Por alternativa:
trombocitopenia gestacional leve, que na maioria das Alternativa “A” está correta, pois o partograma é uma re-
vezes, é apenas variação da normalidade (após ex- presentação gráfica da evolução do trabalho de parto,
clusão de outras causas). A glicosúria é fisiológica na utilizado para registrar, observar e conduzir este.
gestação, devido aumento da taxa de filtração glome- Alternativas “B” e “C” estão corretas, pois o partograma
rular e redução da capacidade de reabsorção tubular é utilizado para registrar e acompanhar a dilatação cer-
de glicose. Sendo assim, os exames laboratoriais do vical. A curva de dilatação assume um aspecto sigmoi-
caso acima estão normais. Resposta c. de e se divide em duas fases: fase latente e fase ativa
do trabalho de parto. Friedeman propôs as curvas de
30. O índice de Bishop é o sistema utilizado para alerta e ação para avaliação da dilatação no partogra-
avaliar a maturação do colo uterino. O quadro abaixo ma e intervenções necessárias.
mostra os parâmetros avaliados e os pontos atribuí- Alternativa “D” está correta, pois o partograma melhora
dos. A idade gestacional não é avaliada por esse ín- o acompanhamento do trabalho de parto, sendo se tor-
dice. Resposta e. nou obrigatório nas maternidades desde 1994 (OMS).
Alternativa “E” está incorreta, pois o partograma per- Sempre devem ser oferecidas estratégias não farmaco-
mite o seguimento do trabalho de parto com auscul- lógicas de alívio da dor, como imersão em água, mas-
ta intermitente do BCF, reduzindo as taxas de morte sagem, técnicas de relaxamento, acupuntura (se dispo-
intraparto. Além disso, quando corretamente utilizado, nível e profissional habilitado), músicas e aromaterapia.
reduz o número de intervenções desnecessárias. Se a paciente não apresentar melhora com as estra-
Resposta e. tégias não farmacológicas, é direito a requisição de
analgesia, independente da fase do trabalho de parto.
34. O parto vaginal é contraindicado nos seguintes A analgesia regional é a principal escolha, sendo que
casos: desproporção cefalopélvica absoluta, cicatriz deve ser orientado os riscos e benefícios no pré-natal.
uterina corporal prévia, placenta prévia total, situação Ela pode ser peridural ou combinada (raqui + peridu-
transversa, herpes genital ativo, condilomatose vulvar ral); pode causar redução da mobilidade; necessita de
extensa com obstrução ao canal de parto e HIV positi- nível mais elevado de monitorização fetal; não está as-
vo com alta carga viral. Nesses casos, há indicação de sociada a aumento do primeiro e segundo períodos do
resolução via alta. A circular de cordão, com vitalidade trabalho de parto; e não está associada ao aumento de
fetal preservada, não contraindica a realização de par- chance de cesariana. Resposta b.
to vaginal. Resposta e.
38. Por alternativa:
35. O partograma acima representa um parto taquitóci- Alternativa “A” está incorreta, pois o doppler da artéria
co. Este é diagnosticado quando a dilatação cervical, a umbilical consiste em uma forma indireta de avaliar a
descida e expulsão do feto ocorrem em um período de função placentária.
4 horas ou menos. O padrão de contratilidade uterina Alternativa “B” está incorreta, pois o DIP umbilical tra-
geralmente é de taquissistolia e hipersistolia. Caso a duz ação vagal em resposta à compressão funicular,
placenta esteja no limite de sua função, pode ocorrer sendo que as repercussões fetais dependem da inten-
sofrimento fetal agudo. As distócia de ombro podem sidade e duração da contração. Pode ser favorável ou
ocorrer, devido rápida evolução do trabalho de parto. desfavorável.
Lacerações do trajeto também são mais frequentes, Alternativa “C” está correta. O centro de reatividade da
pois não há tempo para acomodação dos tecidos pél- frequência cardíaca fetal, localizado no hipotálamo e
vicos, ocorrendo descida e expulsão de modo abrupto. bulbo, é o mais sensível à hipóxia e, por consequên-
A hipotonia uterina com sangramento aumentado no cia, o primeiro a evidenciar alterações. Sendo assim, a
quarto período pode ser uma complicação, devido a ta- cardiotocografia avalia o nível de oxigenação do SNC.
quissistolia e hipersistolia durante o trabalho de parto. Alternativa “D” está incorreta, pois o doppler da arté-
Sendo assim, alternativa “B” está correta. Resposta b. ria uterina não possui valor na avaliação de sofrimento
fetal, sendo reservado para avaliação de risco de pré-
36. O fluxo sanguíneo que chega no espaço interviloso -eclâmpsia e restrição do crescimento intrauterino. O
é diretamente proporcional à diferença entre a pressão achado de incisura na artéria uterina após o segundo
arterial média materna e a pressão intramiometrial. trimestre evidencia risco elevado. A sensibilidade para
Assim, as alterações do fluxo uteroplacentário podem predição de pré-eclâmpsia é de cerca de 60% e para
ser decorrentes da hiperatividade uterina, hipovolemia RCIU de 65%.
materna ou hipotensão materna. A taquissistolia, au- Alternativa “E” está incorreta, pois a CTG intraparto
mento da frequência das contrações uterinas, reduz o não é indicada em gestações de baixo risco, sendo
tempo que o sangue dispõe para circular. Sendo as- que não apresenta vantagens sobre a ausculta intermi-
sim, no caso acima é necessária correção da taquis- tente do BCF e pode levar a intervenções obstétricas
sistolia para reversão das desacelerações registradas. desnecessárias.
Resposta c. Resposta c.
37. Mulheres em trabalho de parto devem ser tratadas 39. A figura acima demonstra a realização do bloqueio
com respeito, com acesso às informações baseadas de pudendo, utilizado para analgesia durante o traba-
em evidências e inclusão na tomada de decisões. Os lho de parto avançado e realização de procedimentos
profissionais devem estabelecer uma relação de con- como episiotomia.
fiança com as mesmas, perguntando sobre os desejos Na abordagem transvaginal, a espinha isquiática é o
e expectativas. ponto de referência. Para realizar o bloqueio, a espinha
Durante o pré-natal, as pacientes devem ser informadas isquiática é palpada com o dedo indicador e a agulha
sobre diversos assuntos: riscos e benefícios de diversas é guiada em direção à espinha isquiática. O ligamento
práticas e intervenções, necessidade de escolha de um sacroespinhoso situa-se 1 cm medial e posterior à es-
acompanhante, estratégias de controle da dor, diferen- pinha. A agulha atravessa o ligamento cerca de 1 cm,
tes estágios do trabalho de parto, entre outros. até que se sinta perda de resistência, atingindo a sua
As mulheres em trabalho de parto podem ingerir líqui- extremidade o local do nervo pudendo. Resposta c.
dos, como soluções isotônicas. Se não estiverem sob
efeito de opioides ou risco iminente de anestesia geral, 40. O perfil biofísico fetal avalia parâmetros fisiológi-
podem ingerir dieta livre. cos fetais agudos e crônicos através da associação da
cardiotocografia com 4 marcadores ultrassonográficos: que 60 bpm, recuperação lenta e perda de oscilação).
tônus fetal, movimentação fetal, movimento respiratório A mudança de decúbito pode melhorar o padrão. Res-
e volume de líquido amniótico (parâmetro crônico). Du- posta d.
rante a instalação da hipoxemia, observa-se uma per-
da progressiva das atividades reflexas fetais de forma 46. As principais causas de hemorragia no quarto pe-
inversa à ordem de desenvolvimento do concepto, uma ríodo são: atonia uterina, laceração do trajeto de parto
vez que os centros mais precocemente formados na e retenção de restos placentários. No caso acima, a
organogênese seriam também os mais resistentes à paciente teve diagnóstico de atonia uterina, após ex-
hipóxia. O centro da reatividade da frequência cardíaca cluídos outros fatores através da revisão do canal de
fetal, seguido do movimento respiratório, são os mais parto e curagem de restos. Sendo assim, deve ser rea-
sensíveis à hipóxia. Sendo assim, alternativa A está lizada estabilização hemodinâmica e expansão volêmi-
correta. Resposta a. ca. Para correção da atonia uterina, o protocolo indica
realização de 20 UI de ocitocina EV, seguida de ergo-
41. Por alternativa: tamina IM e ácido tranexâmico EV. Se paciente manter
Alternativa “A” está incorreta, pois o ducto venoso re- sangramento, opta-se pelo uso de misoprostol via retal.
presenta uma comunicação entre a veia umbilical e a Procedimentos cirúrgicos são indicados nos casos de
cava inferior. refratariedade ao tratamento clínico. Resposta c.
Alternativa “B” está incorreta, pois o canal arterial é a
comunicação entre a artéria pulmonar e a aorta. 47. Por alternativa:
Alternativa “C” está incorreta, pois o canal arterial per- Alternativa “A” está incorreta. A pelvimetria externa é re-
mite a passagem de sangue da artéria pulmonar para alizada por meio de instrumentos que visam medir as
a aorta. dimensões externas da bacia. Possui importância his-
Alternativa “D” está incorreta, pois o forame oval comu- tórica e praticamente foi abolida da prática obstétrica
nica o átrio direito com esquerdo. atual. Já a pelvimetria interna faz parte do exame co-
Alternativa “E” está correta, pois o ducto venoso repre- tidiano do obstetra, a partir da avaliação dos estreitos
senta uma comunicação entre a veia umbilical e a cava (superior, médio e inferior) pelo toque vaginal. Porém,
inferior. Resposta e. esse exame não define via de parto.
Alternativa “B” está incorreta. Estudos mostram que
42. O ducto venoso representa uma comunicação en- progressões mais lentas nem sempre se associam
tre a veia umbilical e a cava inferior. Ele reflete a função a aumento da morbidade neonatal e materna, sendo
cardíaca fetal, sendo utilizado para avaliar fetos prema- permitido seguir o período expulsivo prolongado, des-
turos que já apresentam alterações do doppler arterial. de que não haja sinais de infecção, exaustão materna
Sabe-se que há uma boa correlação entre o grau de ou comprometimento da vitalidade fetal. O tempo de
acidemia fetal e os índices de pulsatilidade do ducto período expulsivo depende da paridade, da realização
venoso. Resposta c. de analgesia, entre outros fatores.
Alternativa “C” está incorreta, pois não existe indicação
43. Atualmente, a Organização Mundial de Saúde reco- de realizar antibiótico profilático em partos vaginais.
menda um manejo ativo do terceiro período do parto, Alternativa “D” está correta. Atualmente, a Organiza-
com a prescrição de ocitocina profilática (10 UI) de for- ção Mundial de Saúde recomenda um manejo ativo do
ma rotineira, clampeamento tardio e tração controla- terceiro período do parto, com a prescrição de ocitoci-
do do cordão. Deve-se evitar trações intempestivas da na profilática (10UI) de forma rotineira, clampeamento
placenta, sob risco de rotura do cordão, inversão uteri- tardio e tração controlado do cordão. Deve-se evitar
na ou retenção de restos placentários. É preconizado trações intempestivas da placenta, sob risco de rotura
aguardar aproximadamente 30 minutos para dequita- do cordão, inversão uterina ou retenção de restos pla-
ção espontânea. Após esse período, pode ser indica- centários.
do extração manual, preferencialmente sob anestesia Alternativa “E” está incorreta, pois segundo a OMS é
com antibioticoprofilaxia. Sendo assim, alternativa “A” recomendado a realização rotineira de vitamina K em
está correta. Resposta a. recém-nascidos.
Resposta d.
44. A paciente descrita apresenta fatores que favorecem
o parto vaginal, como: contrações eficazes, dilatação > 48. No partograma acima, a paciente evoluiu com fase
1 cm/hora, descida da apresentação em variedade fa- ativa eutócica, com dilatação maior que 1cm/hora, as-
vorável (OP – occipitopúbica). Segundo o partograma, a sociado a contrações efetivas, sem ultrapassar as li-
paciente mantém bolsa íntegra. Resposta b. nhas de alerta ou ação. Não foi diagnosticada parada
secundária da dilatação (dois toques sucessivos com
45. A cardiotocografia acima demonstra desacele- mesma dilatação, no intervalo de 2 horas) ou distocia
rações variáveis, que não se relacionam obrigatoria- funcional (fase ativa prolongada, com dilatação menor
mente com as contrações e são causadas pela ação que 1 cm/hora, devido contratilidade uterina ineficaz).
vagal em resposta à compressão do cordão umbilical. Ao atingir a dilatação total, a paciente apresentou três
Podem ser favoráveis ou desfavoráveis (queda maior toques sucessivos com apresentação na mesma al-
tura, configurando o quadro de parada secundária Alternativa “C” está incorreta. A fase latente do traba-
da descida. Sendo assim, alternativa “B” está correta. lho de parto se inicia com aparecimento de contrações
Resposta b. dolorosas e regulares, com dilatação inferior a 3-4 cm
e com velocidade de dilatação lenta (< 1,2 cm/hora).
49. No caso acima, a gestante com dilatação total, Pode ter duração de até 20 horas em primigestas e até
variedade de apresentação OEA (occípito-esquerdo- 14 horas em multíparas.
-anterior) e altura em +2 De Lee, apresenta bradicardia Alternativa “D” está incorreta, pois às sete horas, a li-
fetal persistente, sendo necessário ultimar o parto. A nha de alerta (primeira linha) foi ultrapassada, sem ul-
forma mais rápida seria aplicação do fórcipe de Simp- trapassar a linha de ação (segunda linha).
son com rotação anti-horária de 45 graus para OP. Resposta a.
O fórcipe de Simpson pode ser aplicado em qualquer
variedade de posição, exceto na transversal. Em varie- 53. A gestante acima possui diagnóstico de eclampsia.
dade transversa indica-se o fórcipe de Kielland. A pe- A hidralazina, um vasodilatador periférico, é ampla-
gada ideal é biparietomalomentoniana. As condições mente utilizada para o tratamento agudo da hiperten-
de aplicabilidade são: cabeça insinuada, dilatação to- são grave. A ação máxima da droga ocorre em vinte
tal, membranas rotas, diagnóstico preciso da varieda- minutos. O monitoramento da pressão arterial deve ser
de de posição, canal de parto sem obstáculos, reto e rigoroso, uma vez que há riscos de hipotensão, que
bexiga vazios e operador habilitado. Resposta a. deve ser prontamente corrigida.
O sulfato de magnésio e a droga de escolha para o
50. Para definição da via de parto na gestação gemelar, tratamento da iminência de eclâmpsia e eclâmpsia. Re-
é necessário avaliação da viabilidade e apresentação visões sistemáticas indicam que o sulfato de magnésio
dos fetos. Deve-se atentar para presença de diferença é mais seguro e eficaz do que fenitoína, diazepam ou
significativa entre os pesos estimados dos conceptos. cocktail lítico (clorpromazina, prometazina e petidina)
No caso de um segundo gemelar 25% maior do que o para prevenção de convulsões recorrentes em eclâmp-
primeiro, é recomendado parto cesariana. sia, além de ter baixo custo, facilidade de administra-
No caso de apresentação cefálica/não cefálica, é re- ção e não causar sedação. Ademais, recentemente a
comendado o parto via vaginal. O parto do segundo exposição fetal à terapia com sulfato de magnésio se
gemelar requer frequentemente manobras obstétricas, mostrou como importante arma na redução dos ca-
que podem aumentar a incidência de complicações sos de paralisia cerebral e disfunção motora grave em
como sofrimento fetal agudo, descolamento de placen- recém-nascidos prematuros (< 32 semanas de gesta-
ta ou prolapso de cordão. O delivramento do segundo ção). Sendo assim, a utilização do sulfato de magnésio
gemelar não cefálico pode se dar através de parto pél- é altamente recomendada para os casos de: iminência
vico espontâneo assistido (se correção espontânea da de eclâmpsia, eclâmpsia, síndrome HELLP (15% des-
apresentação) ou extração pélvica total com ou sem sas pacientes evoluem com eclâmpsia) e pré-eclâmp-
versão podálica interna. Sendo assim, alternativa “B’ sia com deterioração clínica e/ou laboratorial.
correta. Resposta b. Na escala de coma de Glasgow, é avaliado os se-
guintes parâmetros: abertura ocular, resposta verbal e
51. No partograma descrito, observa-se fase ativa do resposta motora. A paciente perde apenas um ponto
trabalho de parto com dilatação > 1,2 cm/hora, sem devido à confusão, sendo classificada como Glasgow
ultrapassar linha de alerta ou ação. Em nenhum horá-
14. Resposta d.
rio, foi registrado parada secundária da dilatação (di-
latação cervical mantida por dois toques sucessivos,
54. Por alternativa:
com intervalo de duas horas). Após a dilatação total,
observa-se descida progressiva da apresentação, não Alternativa “A” está correta, pois a gestante possui si-
sendo caracterizado período pélvico prolongado ou nais de descompensação, não atingindo as meta di-
parada secundária da descida (parada da descida por ária de glicemia média (que deverá se manter abaixo
dois toques sucessivos, com intervalo de uma hora). de 110) e com complicações fetais como macrossomia
Além disso, não representa um parto taquitócico (dila- e polidrâmnio. Sendo assim, é necessário internação
tação, descida e expulsão em um período de 4 horas para controle dos níveis glicêmicos, ajuste de doses da
ou menos). Sendo assim, o partograma representa um insulinoterapia e avaliação de vitalidade fetal.
parto eutócico, sendo necessário acompanhamento e Alternativa “B” está incorreta, pois a descompensação
orientação dos eventos fisiológicos. Resposta e. do diabetes não é indicação de resolução da gestação
com 34 semanas, se vitalidade fetal preservada.
52. Por alternativa: Alternativa “C” está incorreta, pois não é recomendável
Alternativa “A” está correta. No partograma acima, que a gestação ultrapasse 40 semanas em pacientes
observa-se uma fase ativa prolongada, ou seja, a di- controladas com dieta e 39 semanas nas pacientes que
latação do colo uterino ocorreu lentamente, em uma utilizam insulina. A indução deve ser planejada, se a pa-
velocidade menor que 1 cm/hora. ciente não entrar em trabalho de parto espontâneo.
Alternativa “B” está incorreta, pois às cinco horas ape- Alternativas “D” e “E” estão incorretas, pois não existe
nas a linha de alerta (primeira linha) foi ultrapassada, recomendação formal de realização de corticoide para
sem ultrapassar a linha de ação (segunda linha). maturação pulmonar com idade gestacional acima de
34 semanas. Além disso, o diabetes não é indicação Na pré-eclampsia, a segunda onda de migração tro-
para cesariana e a via de parto deve seguir as indi- foblástica e invasão das arteríolas espiraladas não
cações obstétricas. A resolução via alta só deve ser ocorrem. Assim, a resistência arterial não cai adequa-
indicada de forma eletiva se o peso fetal estimado pelo damente, os vasos permanecem estreitos e ocorre is-
USG for superior a 4.000-4.500 gramas. quemia da placenta, com redução do fluxo uteropla-
Resposta a. centário. Resposta e.
55. Na gestação próximo ao termo, há uma tendência à 60. Após o parto, as necessidades insulínicas caem
estabilização do diabetes e, por vezes, ocorre hipoglice- consideravelmente. Se a paciente teve diagnóstico de
mia, o que, segundo algumas referências, representaria diabetes gestacional e iniciou insulina na gestação,
um sinal de insuficiência placentária, visto que a resis- é indicado a suspensão da medicação, avaliação da
tência elevada à insulina é decorrente principalmente da glicemia capilar e reclassificação do diabetes 6 sema-
produção placentária do hormônio lactogênio placentário. nas após o parto com teste oral de tolerância a glicose
Sendo assim, a alternativa “B” está correta. Resposta b. (TOTG 75 g). Se este rastreio pós parto for normal, é
orientado reavaliação a cada 3 anos, porque 50% das
56. O diagnóstico de diabetes gestacional pode ser re- pacientes que desenvolvem diabetes gestacional de-
alizado com glicemia de jejum maior ou igual que 92 na senvolverão diabetes mellitus dentro de 20 anos. Sen-
primeira consulta ou teste oral de tolerância a glicose do assim, a alternativa “E” está correta, sendo que não
(TOTG 75 g) com, pelo menos, um valor alterado entre possui indicação de manter a insulina ou prescrever
24 e 28 semanas (GJ ≥ 92 mg/dL, 1 hora ≥ 180 mg/dL, hipoglicemiante oral. Resposta e.
2 horas ≥ 153 mg/dL).
O diagnóstico de diabetes mellitus prévio pode ser rea- 61. A paciente do caso acima demonstra sinais de imi-
lizado com: GJ ≥ 126 na primeira consulta, hemoglogi- nência de eclâmpsia, que é representado pelo compro-
na glicada ≥ 6,5%, glicemia ≥ 200 mg/dL após 2 horas metimento do sistema nervoso central. Os principais
do teste oral de tolerância a glicose ou glicemia ≥ 200 sintomas de iminência de eclâmpsia são: cefaleia occi-
mg/dL com sintomas. Sendo assim, a alternativa “D” pital, escotomas visuais, fotofobia, hiper-reflexia e dor
está correta. Resposta d. epigástrica.
Revisões indicam que o sulfato de magnésio é segu-
57. Os principais fatores de riscos para ocorrência de ro e eficaz na prevenção e tratamento de eclâmpsia,
pré-eclâmpsia são: hipertensão arterial crônica, idade sendo superior à fenitoína ou diazepam Sendo assim,
> 40 anos, IMC > 30 na primeira consulta de pré-natal, é altamente recomendado para os casos de: iminên-
história familiar de pré-eclâmpsia, história pregressa cia de eclâmpsia, eclâmpsia, síndrome HELLP e pré-
de pré-eclâmpsia, gestação múltipla, diabetes mellitus -eclâmpsia com deterioração clínica e/ou laboratorial.
pré-existente e SAAF (síndrome do anticorpo antifos- Os principais esquemas de uso do sulfato de magnésio
folípide). são: Pritchard (intravenoso e intramuscular) e Zuspan
As intervenções recomendadas que reduzem o risco (intravenoso exclusivo, com necessidade de bomba de
de pré-eclâmpsia nessas pacientes são: uso de AAS infusão). O esquema de Pritchard é composto por: dose
(ácido acetilsalicílico) e suplementação de cálcio. Am- de ataque com 4 g EV em bólus + 10g IM; seguido de
bos devem ser iniciados antes de 16 semanas para dose de manutenção com 5 g IM a cada 4 horas. Este
melhores resultados. esquema é utilizado em maternidades de baixo risco
As seguintes medidas não reduzem o risco de pré- para posterior transferência da paciente, pois confere
-eclâmpsia e não devem ser recomendadas de rotina: maior segurança para o transporte. Resposta c.
repouso, restrição de sal na dieta, uso de antioxidantes
(vitaminas C e E), vitamina D, ômega-3 ou enoxapari- 62. Os inibidores da enzima conversora da angioten-
na. Resposta a. sina (por exemplo, captopril) são contraindicados na
gestação. Sendo assim, preconiza-se suspensão do
58. O diagnóstico de diabetes gestacional pode ser re- mesmo e prescrição de metildopa (droga de escolha
alizado com glicemia de jejum maior ou igual que 92 na para controle pressórico em gestantes).
primeira consulta ou teste oral de tolerância a glicose Em pacientes com diabetes tipo I, é preconizado trata-
(TOTG 75 g) com, pelo menos, um valor alterado entre mento com insulina e ajuste de doses após curva glicê-
24 e 28 semanas (GJ ≥ 92 mg/dL, 1 hora ≥ 180 mg/dL, mica. Não é recomendado o uso de metformina. Além
2 horas ≥ 153 mg/dL). Sendo assim, a alternativa “E” disso, orientação de dieta adequada, com seguimento
está correta, com dois valores alterados. Resposta e. de equipe multidisciplinar.
Os principais fatores de riscos para ocorrência de pré-
59. A placenta desenvolve-se primariamente de célu- -eclâmpsia são: hipertensão arterial crônica, idade >
las chamadas trofoblastos, que se diferenciam em cito- 40 anos, IMC > 30 na primeira consulta de pré-natal,
trofoblasto e sinciciotrofoblasto. A invasão das artérias história familiar de pré-eclâmpsia, história pregressa
espiraladas pelo sinciciotrofoblasto leva a um alarga- de pré-eclâmpsia, gestação múltipla, diabetes mellitus
mento do diâmetro do vaso, que resulta no aumento do pré-existente e SAAF (síndrome do anticorpo antifosfo-
fluxo sanguíneo. lípide). As intervenções recomendadas que reduzem o
risco de pré-eclâmpsia nessas pacientes são: uso de 65. A etiologia da pré-eclâmpsia ainda é desconhe-
AAS (ácido acetilsalicílico) e suplementação de cálcio. cida, sendo propostas teorias para explicar o seu
Sendo assim, alternativa “B” correta. Resposta b. desenvolvimento. A mais aceita delas é a teoria da
placentação anormal.
63. Por alternativa: A placenta desenvolve-se primariamente de células
Alternativa “A” está incorreta, pois a paciente possui chamadas trofoblastos, que se diferenciam em citotro-
sinais de descompensação do diabetes gestacional foblasto e sinciciotrofoblasto (responsável pela invasão
(macrossomia fetal e polidramnio), não sendo possível da decídua e das artérias espiraladas). A invasão das
manter o tratamento apenas com dieta. artérias espiraladas leva ao alargamento do diâmetro
Alternativa “B” está incorreta, pois não existe indicação do vaso, com aumento do fluxo sanguíneo.
formal de realização de corticoide para maturação pul- Em gestantes com pré-eclâmpsia, a segunda onda de mi-
monar com idade gestacional superior a 34 semanas. gração trofoblástica não ocorre, com invasão inadequada
Alternativa “C” está correta, pois a paciente, próximo ao das arteríolas espiraladas. Sendo assim, os vasos per-
termo, com má história obstétrica prévia, demonstra si- manecem estreitos, a resistência arterial não cai adequa-
nais de descompensação do diabetes gestacional com damente e desenvolve-se isquemia placentária. O endo-
alteração de vitalidade fetal, sendo indicado resolução télio lesado devido isquemia, promove vasoconstricção,
da gestação. agregação placentária e sensibilização dos vasos à ação
Alternativa “D” está incorreta. A cardiotocografia é um da angiotensina e noradrenalina. Como consequência de
exame que avalia as alterações da freqüência cardía- todo processo, temos o espasmo arteriolar placentário e
ca fetal decorrentes de alterações de seu pH, porém sistêmico como evento básico na fisiopatologia dos dis-
possui baixo valor preditivo negativo, ou seja, testes túrbios hipertensivos da gestação. Resposta b.
normais não excluem a possibilidade de morbimorta-
lidade fetal. Sendo assim, nesse caso há indicação de 66. Gestantes apresentam um estado de hipercoagula-
resolução da gestação e não retorno em 1 semana. bilidade, que pode ser exacerbado após viagens aére-
Alternativa “E” está incorreta, pois não existe indicação as prolongadas. No caso acima, a paciente apresenta
formal de realização de corticóide para maturação pul- edema assimétrico de membro inferior direito, que pode
monar com idade gestacional superior a 34 semanas. indicar trombose venosa profunda, e dispneia súbita
Resposta c. aos mínimos esforços. O diagnóstico mais provável é
tromboembolismo pulmonar. No eletrocardiograma de
64. A paciente do caso acima possui pré-eclâmpsia TEP pode ser observada taquicardia sinusal, padrão
com sinais de iminência de eclâmpsia, que é represen- S1Q3T3 ou outras arritmias. O tratamento é anticoa-
tado pelo comprometimento do sistema nervoso cen- gulação plena com heparina de baixo peso molecular.
tral. Os principais sintomas de iminência de eclâmpsia Resposta d.
são: cefaleia occipital, escotomas visuais, fotofobia,
hiper-reflexia e dor epigástrica. 67. O diagnóstico correto de diabetes gestacional, pos-
Revisões indicam que o sulfato de magnésio é segu- sui grande importância, para condução adequada do
ro e eficaz na prevenção e tratamento de eclâmpsia, pré-natal, incluindo orientação dietética, tratamento
sendo a droga de escolha. É altamente recomendado medicamentoso (se necessário) e monitoramento de
para os casos de: iminência de eclâmpsia, eclâmpsia, possíveis complicações. Sendo assim, todas as ges-
síndrome HELLP e pré-eclâmpsia com deterioração tantes devem possuir acesso aos testes diagnósticos.
clínica e/ou laboratorial. Os principais esquemas de A utilização de fatores de riscos como forma de rastre-
uso do sulfato de magnésio são: Pritchard (intravenoso ar gestantes que devem ser submetidas a testes diag-
e intramuscular) e Zuspan (intravenoso exclusivo, com nósticos para DMG possui boa sensibilidade, sendo
necessidade de bomba de infusão). indicado pelo Ministério da Saúde.
A hidralazina, um vasodilatador periférico, é ampla- A glicemia de jejum na primeira consulta de pré-natal
mente utilizada para o tratamento agudo da hiperten- é uma forma de diagnóstico, porém o teste com maior
são grave. Sua prescrição é geralmente recomenda especificidade e o TOTG. Resposta a.
quando pressão arterial superior a 160 × 110 mmHg.
Em relação a conduta obstétrica, a resolução da ges- 68. O diagnóstico de pré-eclâmpsia sobreposta à hi-
tação deve ser discutida em idade gestacional acima pertensão arterial crônica pode ser estabelecido nas
de 34 semanas, devido pré-eclâmpsia com sinais de seguintes situações:
deterioração clínica. Sendo assim, alternativa “D” está aparecimento ou piora da proteinúria, após 20 se-
correta. manas de gestação;
As demais alternativas estão incorretas. O corticoide
gestantes hipertensas crônicas necessitando de
para maturação pulmonar está indicado em gestações
associação de anti-hipertensivos ou incremento
de 24-34 semanas. Em casos de crise hipertensiva
das doses terapêuticas iniciais;
aguda e grave, é preferível hidralazina endovenosa do
que nifedipino via oral, devido maior eficácia. O gluco- ocorrência de disfunção de órgãos alvos.
nato de cálcio é indicado apenas nos casos de intoxi- Sendo assim, alternativa “C” está correta. Resposta c.
cação pelo sulfato de magnésio. Resposta d.
de hipertensão arterial com sinais de comprometi- materna, taquicardia materna, taquicardia fetal, sen-
mento placentário, como restrição de crescimento sibilidade uterina e líquido amniótico com odor fétido.
fetal e/ou alterações dopplevelocimétricas também Na presença de infecção, a conduta é interrupção da
deve chamar atenção para o diagnóstico de pré- gravidez, independentemente da idade gestacional.
-eclâmpsia mesmo na ausência de proteinúria. Resposta d.
Pré-eclâmpsia sobreposta à hipertensão arterial
crônica: esse diagnóstico deve ser estabelecido em 77. O trabalho de parto pré-termo é aquele que ocorre
algumas situações específicas: 1) quando, após 20 entre a partir de 20 semanas e antes de 37 semanas.
semanas de gestação, ocorre o aparecimento ou Os principais fatores de riscos são: baixo status socio-
piora da proteinúria já detectada na primeira meta- econômico, depressão, fadiga ocupacional, gestação
de da gravidez (sugere-se atenção se o aumento for múltipla, polidramnia, anomalias uterinas, colo curto,
> 3 vezes o valor inicial); 2) quando, gestantes por- história de partos pré-termos ou abortos de segundo
tadoras de hipertensão arterial crônica necessitam trimestre prévios, infecções (DST, doença periodontal,
de associação de anti-hipertensivos ou incremento infecção do trato urinário, vaginose), placenta prévia,
das doses terapêuticas iniciais; 3) na ocorrência de uso de drogas, anemia, entre outros. Sendo assim, a
disfunção de clamp alvos. alternativa D está correta. As outras alternativas não
possuem relação com trabalho de parto pré-termo.
Hipertensão gestacional: refere-se à identificação Resposta d.
de hipertensão arterial, em gestante previamente
normotensa, porém, sem proteinúria ou manifesta- 78. Uma revisão da Cochrane avaliou os efeitos neu-
ção de outros sinais/sintomas relacionados a pré- roprotetores do sulfato de magnésio em mulheres com
-eclâmpsia. Essa forma de hipertensão deve desa- risco de parto prematuro, com diminuição significativa
parecer até 12 semanas após o parto. Assim, diante do risco de paralisia cerebral e de disfunção motora
da persistência dos níveis pressóricos elevados, grave. Sendo assim, indica-se sulfato de magnésio
deve ser reclassificada como hipertensão arterial em todas gestantes entre 24 e 32 semanas em tra-
crônica, que foi mascarada pelas alterações fisioló- balho de parto ativo (acima de 4 cm de dilatação com
gicas da primeira metade da gestação. contrações) ou em parto pré-termo eletivo indicado
Pré-eclâmpsia com sinais e/ou sintomas de deterio- por razões maternas ou fetais. Devido ao risco de to-
ração clínica: por muito tempo a paciente com pré- xicidade pela hipermagnesemia, devem ser avaliados
-eclâmpsia foi classificada em leve ou grave, base- periodicamente os níveis séricos de magnésio ou, na
ando-se na presença de manifestações clínicas e/ indisponibilidade deste, os seguintes parâmetros: re-
ou laboratoriais que demonstrem comprometimento flexo patelar, frequência respiratória e débito urinário.
importante de órgãos alvos. Resposta e.
Eclâmpsia: desenvolvimento de convulsões tonico-
79. Por alternativa:
clônicas em pacientes com o diagnóstico de pré-
Alternativa “A” está incorreta. A ocitocina é um método
-eclâmpsia. Lembra-se que em uma parcela dos
difundido para indução do trabalho de parto ou corre-
casos, a eclâmpsia se apresenta como quadro ini-
ção de distócias funcionais, pois inicia ou aumenta as
cial, principalmente em pacientes cujo diagnóstico
contrações uterinas. Por isso, não é indicada para tocó-
de pré-eclâmpsia não foi considerado apropriada-
lise (inibição do trabalho de parto).
mente.
Alternativa “B” está incorreta. Colo curto é caracteriza-
Síndrome HELLP: o termo HELLP deriva do inglês da como colo menor que 2,5 cm, com maior risco de
e refere-se a associação de intensa hemólise (He- parto prematuro.
molysis), comprometimento hepático (Elevated Li- Alternativa “C” está incorreta. A fibronectina é uma glico-
ver) e consumo de plaquetas (Low Platelets), em proteína encontrada no plasma e no fluido extracelular,
pacientes com pré-eclâmpsia. que promove adesão celular na interface uteroplacentá-
Sendo assim, no caso acima o diagnóstico é eclamp- ria e membrana fetal-decídua. Ela é liberada pela ma-
sia, pois a paciente evoluiu com crise convulsiva toni- triz extracelular nas secreções cervicovaginais quando
coclônica, portanto, alternativa “C”. ocorre ruptura destas interfaces, o que justifica sua me-
dição como marcador preditivo de trabalho de parto pré
76. A paciente do caso acima possui história sugestiva termo. Uma concentração maior que 50 ng/mL está as-
de corioamnionite prematura com exame apresentan- sociada a parto em 7 dias em 30% dos casos.
do febre, hipotensão, taquicardia e hipersensibilidade Alternativa “D” está correta. A corticoterapia materna
uterina. Sendo assim, realiza-se o diagnóstico de co- antenatal com objetivo de maturação pulmonar pro-
rioamnionite e choque séptico (alternativa “D” correta). move redução significativa da mortalidade neonatal e
Uma das principais complicações da rotura prematura da incidência da doença da membrana hialina, hemor-
de membranas ovulares é a infecção. O quadro clínico ragia intraventricular e enterocolite necrotizante. Não
de corioamnionite pode ser caracterizado pela presen- possui objetivo de tocólise.
ça de febre materna e pelo menos dois dos seguintes Alternativa “E” está incorreta. As contraindicações ab-
critérios (segundo Ministério da Saúde): leucocitose solutas da tocólise são: corioamnionite, malformações
fetais incompatíveis com a vida e sofrimento fetal agu- em trabalho de parto ativo (acima de 4 cm de dilatação
do. As contraindicações relativas são: ruptura prematu- com contrações) ou em parto pré-termo eletivo indica-
ra de membranas ovulares e placenta prévia. do por razões maternas ou fetais. Resposta b.
Resposta d.
84. Polidrâmnio é definido como líquido amniótico aci-
80. As causas de gestação prolongada são desconhe- ma do valor da normalidade. As principais causas são:
cidas, podendo ser atribuida a erros de cálculo da ida- anomalias congênitas do SNC, nas quais o feto não
de gestacional. deglute (como anencefalia, meningocele, espinha bífi-
Os principais fatores de risco são: primiparidade, ges- da, hidrocefalia), atresias do tubo digestivo, displasias
tação prolongada anterior, malformações fetais como esqueléticas, diabetes mellitus, gemelaridade, infec-
anencefalia, trissomias do 16 e 18, hipoplasia adrenal ções congênitas, patologias placentárias (como pla-
fetal, ausência de pituitária fetal. centa circunvalada, hemangiomas e nós de cordão).
As principais complicações do pós-datismo são: cresci- Achados ecográficos de polidramnio e o “sinal da dupla
mento fetal anormal (macrossomia e síndrome de dis- bolha” são sugestivos da atresia duodenal. O “sinal da
maturidade), oligodrâmnio (e possível compressão fu- dupla bolha” é produzido por um estômago distendi-
nicular), eliminação de mecônio associado a síndrome do no quadrante superior esquerdo, ligado a um bulbo
respiratória de aspiração, sofrimento fetal, distocia do duodenal aumentado de volume à direita. Resposta d.
trabalho de parto e hemorragia pós-parto. Resposta c.
85. A ruptura uterina é uma das causas de morte ma-
81. As principais complicações de polidrâmnio são: terna, sendo que ocorre principalmente durante o tra-
parto prematuro, amniorrexe prematura, prolapso de balho de parto. Os principais fatores de riscos são: ci-
cordão, apresentações distócicas, descolamento pre- rurgia miometrial prévia (como cesárea, miomectomia
maturo de placenta e hemorragias no quarto período e e metroplastia), trauma uterino, malformação congê-
no pós-parto. A atonia uterina é causa principal de san- nita (como corno rudimentar), sobredistensão uterina
gramento no após parto imediato, devido a sobredis- (gemelaridade ou polidramnia), parto obstruído, uso
tensão uterina causada pelo polidramnio. Resposta c. de ocitócitos e prostaglandinas na indução do trabalho
de parto, entre outros. O sinal de iminência de rotura,
82. A corioamniorrexe pré-termo é definida como ruptu- denominado de BandL-Frommel, é caracterizado pela
ra espontânea das membranas amnióticas antes de 37 distensão segmentária e formação de um anel que se-
semanas de gestação. Ela pode ser prematura (antes para corpo uterino do segmento uterino. Os sinais de
do início do trabalho de parto), precoce (no início do rotura consumada são: dor lacinante e súbita na região
trabalho de parto), oportuna (no fim do período de dila- hipogástrica, palpação de partes fetais (se rotura com-
tação) ou tardia (quando ocorre concomitante à expul- pleta), sangramento vaginal, ascensão da apresenta-
são fetal). Na corioamniorrexe, em idade gestacional ção (sinal de Reasens) e sofrimento fetal agudo. Sendo
acima de 34 semanas, é recomendado conduta ativa e assim, alternativa D corresponde ao diagnóstico mais
interrupção da gestação. A via de parto deve seguir cri- provável do caso acima. Resposta d.
térios obstétricos. Não está indicado uso de tocolíticos
ou corticoide. No caso acima, como a paciente está 86. Uma das principais complicações da rotura prema-
fora do trabalho de parto, indica-se indução do mesmo. tura de membranas ovulares é a infecção. O quadro
As recomendações para profilaxia de Estreptococo do clínico de corioamnionite pode ser caracterizado pela
grupo B são: gestante com cultura vaginal ou retal posi- presença de febre materna e pelo menos dois dos se-
tiva entre 35 e 37 semanas; gestante, que não realizou guintes critérios (segundo Ministério da Saúde): leuco-
cultura retovaginal, com fatores de risco no momento citose materna, taquicardia materna, taquicardia fetal,
do parto (trabalho de parto com menos de 37 sema- sensibilidade uterina e líquido amniótico com odor féti-
nas, febre intraparto, corioamniorrexe há mais de 18 do. Na presença de infecção, a conduta é interrupção
horas); gestante com crescimento de GBS em urocul- da gravidez, independentemente da idade gestacional.
tura em qualquer fase da gravidez; gestante com filho Sendo assim, no caso descrito fecha-se o diagnósti-
anterior acometido por sepse por GBS. Sendo assim, co de corioamnionite, sendo necessário prescrição de
indica-se profilaxia no caso acima. Resposta b. antibiótico e resolução da gravidez. Como vitalidade
aguda preservada pela cardiotocografia, pode-se optar
83. Uma revisão da Cochrane avaliou os efeitos neu- pela indução do trabalho de parto. Resposta e.
roprotetores do sulfato de magnésio em mulheres com
risco de parto prematuro, com diminuição significativa 87. Polidrâmnio é definido como líquido amniótico aci-
do risco de paralisia cerebral e de disfunção motora ma do valor da normalidade. As principais causas são:
grave. Porém, não foi capaz de evidenciar efeito signi- anomalias congênitas do SNC, nas quais o feto não
ficativo sobre mortalidade pediátrica, assim como índi- deglute (como anencefalia, meningocele, espinha bífi-
ces de Apgar abaixo de 7, hemorragia intraventricular, da, hidrocefalia), atresias do tubo digestivo, displasias
leucomalácia, convulsões neonatais e necessidade de esqueléticas, diabetes mellitus, gemelaridade, infec-
suporte respiratório. Sendo assim, indica-se sulfato de ções congênitas, patologias placentárias (como pla-
magnésio em todas gestantes entre 24 e 32 semanas centa circunvalada, hemangiomas e nós de cordão).
As causas são variadas, entretanto em 50% dos casos 92. A gestante acima possui diagnóstico de corioam-
não é possível identificar um fator etiológico (idiopati- niorrexe pré-termo (antes de 37 semanas) e prematura
co). Sendo assim, alternativa “D” não corresponde a (antes do início do trabalho de parto). Na corioamnior-
causa fetal de polidrâmnio. Resposta d. rexe, em idade gestacional acima de 34 semanas, é
recomendado conduta ativa e interrupção da gestação.
88. O ducto venoso representa uma comunicação en- A via de parto deve seguir critérios obstétricos. Não
tre a veia umbilical e a cava inferior. Ele reflete a fun- está indicado uso de tocolíticos ou corticoide. No caso
ção cardíaca fetal, sendo utilizado para avaliar fetos acima, como a paciente está fora do trabalho de parto,
prematuros que já apresentam alterações do doppler se vitalidade fetal preservada, indica-se indução do tra-
arterial. Sabe-se que há uma boa correlação entre o balho de parto. Como índice de Bishop desfavorável, o
grau de acidemia fetal e os índices de pulsatilidade misoprostol é a droga de escolha para indução.
do ducto venoso. O fluxo reverso do ducto venoso no As recomendações para profilaxia de estreptococo
momento da contração atrial (onda A negativa ou re- do grupo B são: gestante com cultura vaginal ou re-
versa) é sinal de grave condição fetal com risco imi- tal (SWAB) positiva entre 35 e 37 semanas; gestante,
nente de morte, o que implica em resolução imediata que não realizou SWAB retovaginal no pré-natal, com
da gravidez. Em prematuros extremos, indica-se re- fatores de risco no momento do parto (como trabalho
alizado de sulfato de magnésio para neuroproteção de parto com menos de 37 semanas, febre intraparto,
fetal. Resposta e. corioamniorrexe há mais de 18 horas); gestante com
crescimento de GBS em urocultura em qualquer fase
89. As recomendações para profilaxia de Estreptococo da gravidez; gestante com filho anterior acometido por
do grupo B são: gestante com cultura vaginal ou re- sepse por GBS. A gestante acima possui SWAB reali-
tal (SWAB) positiva entre 35 e 37 semanas; gestante, zado no pré-natal negativo, sem fatores de riscos, não
que não realizou SWAB retovaginal no pré-natal, com sendo indicado profilaxia para GBS no momento. Sen-
fatores de risco no momento do parto (como trabalho do assim, alternativa “B” está correta. Resposta b.
de parto com menos de 37 semanas, febre intraparto,
corioamniorrexe há mais de 18 horas); gestante com 93. Por alternativa:
crescimento de GBS em urocultura em qualquer fase Alternativa “A” incorreta. A progesterona é indicada em
da gravidez; gestante com filho anterior acometido por pacientes com parto prematuro anterior ou colo curto
sepse por GBS. Sendo assim, alternativa “B” está cor- em USG entre 20 e 24 semanas (colo < 25 mm).
reta. Resposta b. Alternativa “B” incorreta. O USG transvaginal não é
contraindicado entre 20 e 24 semanas, sendo reco-
90. As recomendações para profilaxia de estreptococo mendado para medida do colo uterino.
do grupo B são: gestante com cultura vaginal ou retal Alternativa “C” correta. Não existe associação eviden-
(SWAB) positiva entre 35 e 37 semanas; gestante, que ciada entre atividade física e trabalho de parto prema-
não realizou SWAB retovaginal no pré-natal, com fato- turo. Uma revisão da Cochrane periodicamente atua-
res de risco no momento do parto (como trabalho de lizada não encontrou evidências a favor ou contra a
parto com menos de 37 semanas, febre intraparto ou prescrição de repouso no leito na diminuição de taxas
corioamniorrexe há mais de 18 horas); gestante com de parto prematuro em mulheres de alto risco.
crescimento de GBS em urocultura em qualquer fase Alternativa “D” incorreta. A suplementação com pro-
da gravidez; gestante com filho anterior acometido por gesterona, via vaginal, reduz as taxas de parto prema-
sepse por GBS. Sendo assim, a paciente acima possui turo em paciente com história de prematuridade prévia.
indicação de antibiótico, sendo a primeira escolha pe- Alternativa “E” incorreta. A medida do colo é utilizada
nicilina G. Resposta c. como ferramenta para predição de parto pré-termo em
duas situações: mulheres sintomáticas com ameaça
de parto prematuro e mulheres assintomáticas com
91. Através da data da última menstruação (DUM), cal-
alto risco (por exemplo, parto prematuro prévio).
cula-se a idade gestacional (38 semanas e 4 dias no
Resposta c.
dia da consulta). Para avaliação da data provável do
parto pode ser utilizado a regra de Nagele. Ela consiste
94. O ACOG define trabalho de parto pré-termo franco
na soma de 9 meses e sete dias à DUM. Nos meses
como: 4 contrações em 20 minutos ou 8 em 60 minu-
posteriores a março, deve-se subtrair 3 meses. No caso
tos associadas à alteração do colo uterino, com dila-
acima, se a DUM é 02/03/2018, soma-se 2+7 = 9 e 3 tação cervical maior que 2 cm ou apagamento maior
+ 9 = 12. Logo, a data provável do parto é 09/12/2018 que 80%. No caso descrito, a paciente apresenta ame-
(idade que completa 40 semanas). aça de trabalho de parto pré-termo, com contrações
A corioamniorrexe pode ser prematura (antes do início frustas e dilatação cervical de 1 polpa. Sendo assim,
do trabalho de parto), precoce (no início do trabalho indica-se ampliar o período de observação para me-
de parto), oportuna (no fim do período de dilatação) lhor caracterização. Se confirmado trabalho de parto
ou tardia (quando ocorre concomitante à expulsão fe- pré-termo, é indicado inibição e prescrição de corticoi-
tal). No caso acima, é considerada prematura, pois a de para maturação pulmonar. O sulfato de magnésio é
paciente está fora de trabalho de parto. Sendo assim, recomendado para neuroproteção fetal, se iminência
alternativa “A” está correta. Resposta a. de nascimento. Resposta a.
95. A paciente acima possui diagnóstico de corioa- doença. Ele deve cair progressivamente até negativar,
mniorrexe pré-termo (antes de 37 semanas de ges- o que geralmente ocorre após 8-10 semanas. Uma vez
tação). Uma das principais complicações da rotura obtidas três dosagens negativas consecutivas, a repe-
prematura de membranas ovulares é a infecção. O tição do exame pode ser quinzenal e, posteriormente,
quadro clínico de corioamnionite pode ser caracteri- mensal até se completarem 6 meses. Resposta b.
zado pela presença de febre materna e pelo menos
dois dos seguintes critérios (segundo Ministério da 99. O diagnóstico de gravidez ectópica deve ser sus-
Saúde): leucocitose materna, taquicardia materna, peitado em toda paciente que apresente dor pélvica
taquicardia fetal, sensibilidade uterina e líquido am- aguda com atraso menstrual, com ou sem sangra-
niótico com odor fétido. Além desses parâmetros, a mento. A ultrassonografia deve visualizar saco ges-
gestante apresenta sinais de sepse (taquipneia, ta- tacional intrauterino com beta-HCG a partir de 1500
quicardia e hipotensão). Resposta e. mUI/mL (valor discutido na literatura). Caso isso não
ocorra, suspeita-se de prenhez ectópica. O diagnósti-
96. A corioamniorrexe pré-termo é definida como rup- co é reforçado pela presença anexial de anel tubário,
tura espontânea das membranas amnióticas antes de massa complexa anexial com líquido livre em cavi-
37 semanas de gestação. Ela pode ser prematura (an- dade ou pelo sinal do halo. O anel tubário pode ser
tes do início do trabalho de parto), precoce (no início percebido em 70% dos casos e consiste em um anel
do trabalho de parto), oportuna (no fim do período de apresentando centro anecoico e periferia com eco-
dilatação) ou tardia (quando ocorre concomitante à ex- genicidade aumentada (como na figura acima). No
pulsão fetal). endométrio, pode ser percebida a chamada reação
Alternativa “A” está incorreta, pois amniorrexe prematu- de Arias-Stella, consequente a hipertrofia das glându-
ra é aquela que ocorre antes do início do trabalho de las endometriais. O tratamento pode ser expectante,
parto. medicamentoso ou cirúrgico, sendo que depende da
Alternativa “B” está correta, pois em idades gestacio- estabilidade hemodinâmica da paciente, valores de
nais menores, o período de latência para o início do beta-HCG e tamanho do saco gestacional, entre ou-
trabalho de parto é maior. tros fatores. A conduta expectante é reservada para
Alternativa “C” está incorreta, pois é considerada corio- pacientes estáveis, com beta-HCG entre 1000 e 1500
amniorrexe precoce. mUI/mL, como no caso acima. Sendo assim, alterna-
Alternativa “D” está incorreta, pois em idade gestacio- tiva “B” correta. Resposta b.
nal entre 24 e 34 semanas, sem sinais de sofrimento
fetal ou infecção, deve-se adotar conduta expectante, 100. A ultrassonografia deve visualizar saco gestacio-
visando amadurecimento pulmonar fetal. nal intrauterino com beta-HCG a partir de 1500 mUI/
Alternativa “E” está incorreta, pois corioamniorrexe mL (valor discutido na literatura). Caso isso não ocor-
oportuna é aquela que ocorre no fim do período da ra, suspeita-se de prenhez ectópica. O diagnóstico é
dilatação. reforçado pela presença anexial de anel tubário, mas-
Resposta b. sa complexa anexial com líquido livre em cavidade ou
pelo sinal do halo. Se ectópica íntegra, o quadro clíni-
97. Uma das principais complicações da rotura prema- co pode ser assintomático. No caso acima, a pacien-
tura de membranas ovulares é a infecção. O quadro te deve ser encaminhada para o pronto atendimento,
clínico de corioamnionite pode ser caracterizado pela para tentativa de identificar o saco gestacional. Sendo
presença de febre materna e pelo menos dois dos se- assim, alternativa “D” está correta. Resposta d.
guintes critérios (segundo Ministério da Saúde): leuco-
citose materna, taquicardia materna, taquicardia fetal, 101. A paciente acima, além de atraso menstrual, apre-
sensibilidade uterina e líquido amniótico com odor fé- senta os seguintes sinais de gravidez: Jacquemier
tido. Outras complicações são: prematuridade, maior (coloração violácea da mucosa vulvar, do vestíbulo e
frequência de apresentações distócicas, compressão meato urinário) e Kluge (tonalidade violácea da mu-
de cordão umbilical (pela oligoidramnia), sofrimento fe- cosa vaginal, resultante da congestão). O diagnóstico
tal, entre outras. Resposta d. é ameaça de aborto, caracterizado por sangramento
vaginal discreto, cólica leve e colo uterino fechado.
98. A doença trofoblástica gestacional ocorre em cer- Resposta a.
ca de 1 para cada 10.000 gestações engloba o grupo
de lesões caracterizadas por proliferação anormal do 102. O quadro acima corresponde a abortamento reti-
trofoblasto. O quadro clássico é o sangramento vagi- do, que consiste na interrupção da gravidez com reten-
nal, útero amolecido, geralmente indolor e maior do ção do embrião morto. O colo uterino está fechado e a
que esperado para idade gestacional, como descrito paciente pode ou não apresentar sangramento vaginal.
no caso acima. Além disso, náuseas e vômitos inten- Em idade gestacional acima de 12 semanas, é reco-
sos devido os altos valores de beta-HCG. O tratamento mendado o uso de misoprostol para amolecimento e
de eleição é o esvaziamento uterino. Após este, é ne- dilatação cervical com objetivo de expulsão fetal. Em
cessário acompanhamento com dosagem semanal de seguida, realizar curetagem para retirada dos restos
beta-HCG, devido a possibilidade de malignização da placentários.
Abortamento incompleto consiste na expulsão parcial Na insuficiência placentária, o feto apresenta uma
do feto e membranas ovulares, restando material in- resposta à hipoxemia, que é conhecida como centra-
trauterino, o que não corresponde ao caso descrito aci- lização, para priorizar órgãos nobres, como coração,
ma. Resposta c. cérebro e glândula suprarrenal. Assim, a artéria umbili-
cal sofre vasoconstricção e há aumento da resistência
103. O caso acima descreve um quadro clássico de vascular neste vaso, o que se expressa pela redução
mola hidatiforme, com sangramento vaginal, útero do fluxo diastólico. Isso pode culminar com a ausência
maior do que esperado para idade gestacional, náu- de fluxo diastólico (diástole zero) ou até mesmo fluxo
seas e vômitos (devido altos níveis de beta-HCG) e a reverso (diástole reversa). Resposta b.
presença de vesículas no exame físico e ultrassono-
gráfico. 106. O quadro clássico de descolamento prematuro de
A mola completa é caracterizada pela eliminação de placenta é sangramento escuro em quantidade variável
grandes vesículas e pela ausência de feto e/ou âmnio, na segunda metade da gestação, associado a hiperto-
sendo que decorre da degeneração hidrópica de todas nia uterina e sofrimento fetal (que se relaciona à região e
as vilosidades coriais. O risco de evolução para tumo- grau de descolamento). O diagnóstico é iminentemente
res mais agressivos pode chegar a 20% clínico, sem necessidade de exames complementares.
A mola parcial é o cariótipo mais encontrado, com Em relação às demais causas de sangramento na se-
dois genomas paternos e um materno, com tecido fe- gunda metade da gestação, a dor abdominal é quase
tal sempre presente (mesmo que não seja visualizado exclusiva dos casos de DPP (pode ocorrer também na
macroscopicamente). iminência de rotura uterina). Resposta e.
A conduta é sempre o esvazimento intra-uterino com
envio do material para anatomopatológico. Pode ser 107. O descolamento prematuro da placenta é a sepa-
realizado pela vacuoaspiração (menor risco de perfu- ração intempestiva da placenta, antes da expulsão fe-
ração uterina), aspiração manual intrauterina ou cure- tal, em gestação acima de 20 semanas. O processo de
tagem. Antes do esvaziamento, é necessário avaliar descolamento tem início com uma lesão tecidual, que
as complicações como anemia, hipertireoidismo, pré- acarreta liberação de tromboplastina e a formação de
-eclâmpsia e insuficiência respiratória. Resposta a. coágulo retroplacentário. A tromboplastina passa para
circulação materna, estimula a liberação da cascata de
104. A paciente acima possui diagnóstico de gravidez coagulação no capilares materno. A CIVD (coagulação
ectópica, devido beta-HCG acima de 1500 mUI/mL intravascular disseminada) promove a formação de coá-
com ausência de saco gestacional intrauterino e pre- gulos na rede vascular, que resulta em repercussões he-
sença de massa anexial. modinâmicas. Tanto o coágulo retroplacentário, quanto a
O tratamento pode ser expectante, medicamentoso ou CIVD consomem os fatores de coagulação. O quadro re-
cirúrgico. O tratamento cirúrgico está indicado nos casos sultante é de incoagulabilidade sanguínea, pelo consu-
de instabilidade hemodinâmica ou rotura tubária. A con- mo dos fatores de coagulação e ativação da fibrinólise.
duta expectante está reservada para um grupo seleto de Por conseguinte, ocorre aumento da hemorragia. Sendo
pacientes com quadro clínico estável, beta-HCG decli- assim, alternativa “A” está correta. As demais condições
nante e com nível incial de 1.000-1.500 mUI/mL. não causam coagulopatia de consumo. Resposta a.
O tratamento medicamentoso está associado a me-
lhores resultados quando: saco gestacional menor que 108. Por alternativa:
3,5cm, feto sem atividade cardíaca e beta-HCG menor Alternativa “A” está correta, pois a alfaproteína pode es-
que 5000 mUI/mL. A droga de escolha é o metotrexate, tar elevada.
sendo que existem diversos esquemas de aplicação Alternativa “B” está correta, pois a suspeita de DPP é
como: intramuscular dose única na dose de 50 mg/ uma emergência obstétrica, devido os riscos maternos
m2 ou intramuscular em dias alternados na dose de e fetais. Sendo assim, a gestante deve ser imediata-
1 mg/kg. Em todos esquemas o beta-HCG deve ser mente internada para controle hemodinâmico e condu-
monitorado. Sendo assim, alternativa “B” está correta. ta obstétrica (que depende da vitalidade fetal).
Resposta b. Alternativa “C” está correta. O diagnóstico é eminen-
temente clínico, não sendo necessária realização de
105. O doppler da artéria umbilical consiste em uma exames laboratoriais. O quadro clínico é caracterizado
forma indireta de avaliar a função placentária. Durante por dor abdominal, sangramento vaginal em quantida-
uma gestação normal, a artéria umbilical é um vaso de de variável, hipertonia uterina e sofrimento fetal.
baixa resistência, que continua a cair no decorrer da Alternativa “D” está incorreta. O sangramento no des-
gravidez. O pico de velocidade da diastólica aumen- colamento prematuro de placenta pode se manifestar
ta com a evolução da gravidez, decorrente da queda das seguintes maneiras: hemorragia exteriorizada, he-
da resistência do fluxo fetoplacentário, o que se reflete moâmnio e sangramento retroplacentário. Até 20% dos
por uma queda de todos índices de resistência (S/D, sangramentos são ocultos, sendo que o sangue fica
IP, IR). O exame acima demonstra boa velocidade do retido entre a placenta descolada e o útero, com forma-
pico diastólico, com circulação placentária adequada ção de coágulo retroplacentário e infiltração sanguínea
(alternativa “B” correta). intramiometrial.
Alternativa “E” está correta, pois DPP é uma das cau- não há necessidade de administração de misoprostol.
sas de sangramento da segunda metade da gestação, O esvaziamento pode ser realizado pelo AMIU ou cure-
assim como placenta prévia e vasa prévia. tagem, porém opta-se pela cureta em idade gestacio-
Resposta d. nal acima de 12 semanas. Resposta a.
109. O quadro clássico de descolamento prematuro de 114. A gestação causa um estado de hipercoagulabi-
placenta é sangramento escuro em quantidade variável lidade, sendo que ocorre aumento na incidência de
na segunda metade da gestação, associado a hiperto- eventos tromboembólicos em até cinco vezes. No caso
nia uterina e sofrimento fetal (que se relaciona à região acima, a paciente apresenta edema assimétrico de
e grau de descolamento). A hipertensão arterial é o fa- membros inferiores e sinal de Homans (dor na pantur-
tor etiológico mais importante relacionado ao DPP, sen- rilha à dorsiflexão do pé), sendo necessário realização
do que responde por até 50% dos casos de DPP não de ultrassonografia de membros inferiores para diag-
traumático. O diagnóstico é iminentemente clínico, sem nóstico de trombose venosa profunda. Resposta c.
necessidade de exames complementares. Em relação
às demais alternativas: o trabalho de parto fisiológico 115. A presença de translucência nucal aumentada,
geralmente não causa hipertonia uterina; o abortamen- ausência de osso nasal e alteração do ducto venoso
to refere-se a gestações com menos de 20 semanas; a demonstra alto risco para aneuploidias, principalmente
rotura uterina possui quadro clínico diferente com sinais síndrome de Down. Os exames não invasivos são mé-
de iminência e consumação da rotura. Resposta b. todos de rastreio e, na presença de alterações, sempre
deve ser oferecido o exame invasivo para confirmação
110. A incompetência istmocervical ocorre quando o diagnóstica.
útero não consegue manter o feto em seu interior até o A biópsia de vilo corial consiste na obtenção de amos-
termo, quer seja por falha estrutural, anatômica ou fun- tra do tecido trofoblástico para análise genética entre 10
cional do colo uterino. O diagnóstico pode ser alcançado e 13 semanas, com a vantagem de oferecer resultados
pela história clínica típica de perda fetal no segundo tri- mais precoces na gravidez. A amniocentese consiste
mestre de gravidez, de forma indolor, com pouca ou ne- na obtenção de líquido amniótico contendo células fe-
nhuma contração uterina. Tende a se repetir nas gesta- tais para estudo cromossômico e análise de DNA, que
ções subsequentes, geralmente evoluindo para perdas deve ser realizada entre 14 e 16 semanas. A colheita
com idade gestacional mais precoce. Resposta a. percutânea de sangue de cordão umbilical pode ser
realizada a partir de 18 semanas e está indicada para
111. O diagnóstico de incompentência istmocervical análise genética, quando amniocentese ou biópsia do
pode ser alcançado pela história clínica típica de perda vilo corial são inconclusivos. Resposta c.
fetal no segundo trimestre de gravidez, de forma indo-
lor, com pouca ou nenhuma contração uterina. Tende 116. Em uma paciente com gestação intrauterina con-
a se repetir nas gestações subsequentes, geralmen- firmada por ultrassonografia, com sangramento vagi-
te evoluindo para perdas com idade gestacional mais nal e sinais de infecção, o diagnóstico mais provável
precoce. Nesses casos, o tratamento preconizado é a é abortamento infectado. Este é uma complicação do
cerclagem eletiva (sutura do orífico interno do colo ute- abortamento incompleto, associado frequentemente
rino), que deve ser realizada preferencialmente entre à manipulação da cavidade uterina. O quadro clínico
12 e 16 semanas. Pode ser realizada excepcionalmen- varia de acordo com a extensão da doença. Quando
te fora deste período (entre 16 e 24 semanas) quando a infecção é limitada à cavidade uterina e miométrio,
detectadas alterações cervicais (cerclagem de emer- a febre normalmente é baixa, com paciente em bom
gência). Sendo assim, a alternativa “A” está correta. estado geral e dor leve. Quando a infecção atinge mio-
As indicações de progesterona vaginal são: história de métrio, paramétrio e anexos, o sangramento está asso-
parto prematuro anterior e colo curto (< 25 mm) na ul- ciado a líquido de dor fétido, a febre geralmente é mais
trassonografia entre 20 e 24 semanas. alta, com piora do estado geral, além de dor pélvica
Revisões sistemáticas não econtraram evidências a fa- intensa, útero amolecido, colo entreaberto e doloroso à
vor ou contra a prescrição de repouso no leito na dimi- mobilização. O tratamento é antibioticoterapia e esva-
nuição das taxas de parto prematuro em mulheres de ziamento uterino. Resposta c.
alto risco. Resposta a.
117. Na segunda semana após fecundação, o embrião
112. Toda gestante com exantema febril, deve ser testa- é didérmico, sendo constituído por duas camadas: epi-
da para Zika vírus e dengue. O tratamento consiste em blasto e hipoblasto. As células do hipoblasto migram e
sintomáticos, hidratação e avaliação de possíveis com- revestem a blastocele, originando a membrana de Heu-
plicações. Para diagnóstico de Zika, o exame preconi- ser (ou endoderma extraembrionário), que é o revesti-
zado é a reação em cadeia da polimerase. Resposta b. mento interno do saco vitelino. As células do epiblasto
originam a membrana amniótica (âmnio ou ectoderma
113. A paciente acima possui o diagnóstico de abor- extraembrionário). Entre o endoderma extraembrioná-
tamento incompleto, sendo que a conduta é sempre o rio e o citotrofoblasto, é depositada matriz extracelular,
esvaziamento uterino. Como já ocorreu expulsão fetal, o retículo extraembrionário.
Células oriundas do epiblasto migram sobre o re- 120. O termo acretismo placentário é empregado para
tículo extraembrionário e originam o mesoderma descrever qualquer implantação placentária na qual há
extraembrionário somático, adjacente ao citotrofo- aderência anormalmente firme à parede uterina, que
blasto e ao saco amniótico, e o mesoderma extra- impede a dequitação. A implantação placentária anor-
embrionário esplâncnico, adjacente ao saco vitelino. mal ocorre mais frequentemente em circunstâncias
O sinciciotrofoblasto, o citotrofoblasto e o mesoder- onde a formação decidual foi pertubada. Os principais
ma extraembrionário somático constituem o córion. fatores de riscos são: placenta prévia, incisões uteri-
Resposta a. nas prévias, curetagens uterinas prévias, cesáreas pré-
vias, idade materna maior que 35 anos, multiparidade,
118. Na primeira consulta de pré-natal, procede-se à defeitos endometriais e leiomiomatose. Mulheres que
determinação do tipo sanguíneo materno e a triagem apresentam duas ou mais cesarianas com placenta
de anticorpos. O Coombs indireto positivo para anti- prévia anterior possuem 40% de risco de desenvolver
-D reflete aloimunização. A conduta na gestante com placenta acreta. Sendo assim, alternativa “B” está cor-
aloimunização deve ser individualizada, incluindo vigi- reta. Resposta b.
lância sobre os títulos de anticorpos (até o valor crítico)
e monitoramento ultrassonográfico da velocidade sis- 121. O termo acretismo placentário é empregado para
tólica máxima da ACM (artéria cerebral média) do feto. descrever qualquer implantação placentária na qual há
Na maioria dos centros especializados, as medições aderência anormalmente firme à parede uterina, que
seriadas da velocidade sistólica máxima da ACM fetal impede a dequitação. Placenta increta é definida pela
substituíram a amniocentese na detecção de anemia penetração das vilosidades até o miométrio, sem plano
fetal. O feto anêmico desvia sangue preferencialmente de clivagem para descolamento manual. Sendo assim,
para o cérebro, sendo que a velocidade aumenta em a conduta é histerectomia total abdominal. Resposta e.
razão do maior débito cardíaco. Estudos demonstra-
ram sensibilidade de 100% no diagnóstico de anemia 122. Uma das principais causas de hemorragia puer-
peral é a atonia uterina. Após a establização hemodi-
fetal moderada a grave com valores de PVS ACM aci-
nâmica, a primeira manobra a ser realizada é a massa-
ma de 1,5 MoM (múltiplo da média).
gem bimanual (massagem do fundo uterino com mão
A velocidade sistólica máxima na ACM é acompanha-
esquerda associada a toque vaginal com a mão direita
da com exames seriados e os valores são plotados em
que procura realizar elevação e anteversoflexão do úte-
uma curva. Se a velocidade estiver entre 1 e 1,5 MoM
ro), denominada manobra de Hamilton. O tratamento
e a curva for ascendente, a vigilância deve ser sema-
farmacológico consiste em drogas uterotônicas como
nal. Se estiver acima de 1,5 MoM, haverá indicação de ocitocina, metilergotamina e misoprostol. Resposta b.
amostragem de sangue fetal para avaliar necessidade
de transfusão fetal. Sendo assim, na questão acima, é 123. Na primeira consulta de pré-natal, procede-se à
indicado realizar avaliação semanal do pico sistólico da determinação do tipo sanguíneo materno e a triagem
artéria cerebral média. Resposta c. de anticorpos. O Coombs indireto positivo para anti-
-D reflete aloimunização. A conduta na gestante com
119. Segundo a resolução do CFM No 2.144/2016: aloimunização deve ser individualizada, incluindo
É direito da gestante, nas situações eletivas, optar vigilância sobre os títulos de anticorpos (até o valor
pela realização de cesariana, garantida por sua crítico de 1:32) e monitoramento ultrassonográfico da
autonomia, desde que tenha recebido todas as in- velocidade sistólica máxima da ACM (artéria cerebral
formações de forma pormenorizada sobre o parto média) do feto.
vaginal e cesariana, seus respectivos benefícios e Na maioria dos centros especializados, as medições
riscos. seriadas da velocidade sistólica máxima da ACM fetal
A decisão deve ser registrada em termo de consen- substituíram a amniocentese na detecção de anemia
timento livre e esclarecido, elaborado em linguagem fetal. O feto anêmico desvia sangue preferencialmente
de fácil compreensão, respeitando as característi- para o cérebro, sendo que a velocidade aumenta em
cas socioculturais da gestante. razão do maior débito cardíaco. Estudos demonstra-
ram sensibilidade de 100% no diagnóstico de anemia
Para garantir a segurança do feto, a cesariana a
fetal moderada a grave com valores de PVS ACM aci-
pedido da gestante, nas situações de risco habi-
ma de 1,5 MoM (múltiplo da média). Resposta c.
tual, somente poderá ser realizada a partir da 39a
semana de gestação, devendo haver o registro em
124. O ultrassom transvaginal permite a identificação
prontuário.
do saco gestacional intrauterino com 4 semanas de
É ético o médico realizar a cesariana a pedido, e gestação e da vesícula vitelínica em torno de 5 sema-
se houver discordância entre a decisão médica e a nas. Entre 6 e 7 semanas, são observados o eco em-
vontade da gestante, o médico poderá alegar o seu brionário e os batimentos cardioembrionários. Sendo
direito de autonomia profissional e, nesses casos, assim, no caso acima, considera-se como gestação
referenciar a gestante a outro profissional. inviável. Como paciente com sangramento ativo, é indi-
Resposta b. cado o esvaziamento uterino. Resposta b.
125. Nos primeiros três dias de puepério, a tempera- alizada, considerando-se a maior delas para o cálculo
tua corporal pode se encontrar elevada e normalmente do risco. A TN aumenta com o crescimento do compri-
está relacionada à apojadura. Esse fenômeno é consi- mento crânio-nádega, tornando-se essencial levar em
derado fisiológico quando durar menos que 48 horas. consideração a idade gestacional ao se definir se a TN
No caso acima, foram excluídas causas infecciosas está aumentada ou não.
(como pneumonia, mastite e endometrite). Sendo as- Alternativa “B” está incorreta. O risco de aneuploidias
sim, o tratamento é conservador com massagem nas aumenta com idade materna avançada.
mamas e suporte ao aleitamento, sem necessidade de Alternativa “C” está correta. Translucencia nucal, osso
antibioticoterapia. Resposta d. nasal e ducto venoso são marcadores ultrassonográfi-
cos utilizados no rastreio de aneuploidias.
126. Uma das principais complicações da isoimuniza- Alternativa “D” está incorreta, pois a avaliação do DNA
ção RH é a hidropsia. O termo refere-se ao acúmulo fetal livre no sangue materno possui alto custo.
excessivo de líquido, com derrames cavitários, edema Alternativa “E” está incorreta. O rastreio bioquímico de
de subcutâneo e anasarca. Resposta a. aneuploidias pode ser realizado através da avaliação
da fração beta-livre da gonadotrofina coriônica huma-
127. Por alternativa: na e da proteína plasmática-A. As dosagens devem
Alternativa “A” está incorreta, pois a principal causa de ser realizadas entre as 10-13a semanas e seis dias de
RCIU e a insuficiência uteroplacentária. gravidez.
Alternativa “B” está incorreta, pois a diabetes possui O índice de detecção para trissomia do 21, utilizando-
relação com macrossomia fetal. -se como método de rastreio a combinação entre idade
Alternativa “C” está incorreta. Já foram descritas inú- materna e o rastreio bioquímico (beta-hCG livre e PA-
meras tentativas de tratamento intrauterino de RCIU PP-A), está em torno de 60%. Por outro lado, quando
como repouso no leito, infusão de nutrientes por diver- combinados à idade materna, ao rastreio bioquímico
sas vias e uso de drogas vasodilatadoras placentárias. e à transluscência nucal (TN), os índices de detecção
Todas, porém, apresentaram resultados bastante con- passam para 90%. Resposta c.
troversos, sendo o motivo de tal insucesso relacionado
ao fato de não se atuar no que realmente é limitante, ou 129. Vesícula vitelínica e o ANEXO EMBRIONÁ-
seja, a insuficiência vascular uteroplacentária. A única RIO dos vertebrados, formado a partir da endoderme e
terapêutica que, em estudos preliminares, apresentou da mesoderme, que armazena substâncias nutritivas
efeitos benéficos foi a hiperoxigenação materna. Estu- para o embrião, denominadas vitelo.
dos em animais e humanos demonstraram que essa A vesícula vitelínica é detectável por meio da ultrasso-
medida, em fetos hipoxêmicos, restitui a frequência nografia bidimensional antes mesmo do aparecimen-
dos movimentos respiratórios ao normal. to do embrião, por volta da 5ª semana de gestação.
Alternativa “D” está incorreta, pois diástole zero da ar- Durante o crescimento embrionário, o endoderma da
téria umbilical em gestante com mais de 34 semanas e vesícula forma passivamente o intestino embrionário e,
indicação de resolução da gestação. progressivamente, ocorre o fechamento da comunica-
Alternativa “E” está correta. O advento da dopplerve- ção previamente existente entre a vesicul e o embrião.
locimetria tem permitido o melhor entendimento da
A partir da 12ª semana, não se detecta a presença da
hemodinâmica maternoplacentária e fetal, sendo que
vesicular vitelinica, já que esta foi completamente in-
possibilita a diferenciação da RCIU por insuficiência
corporada ao cordão umbilical. No ultrassom, é descri-
placentária do feto pequeno constitucional. Na RCIU,
ta como imagem anecoica regular com halo hiperecoi-
observa-se um aumento progressivo da resistência
co, como a figura acima. Resposta b.
vascular umbilical, representada, no Doppler, por que-
da da velocidade do fluxo sanguíneo durante a diásto-
130. As principais modificações nas mamas são:
le. É o elemento diagnóstico mais precoce do inade-
Mastalgia: em torno da quinta semana de gestação,
quado crescimento fetal. Em situações extremas, pode
ser detectado fluxo diastólico final igual a zero ou, até tem início um processo de congestão das mamas,
mesmo, fluxo reverso. com aumento do volume e dor local;
Resposta e. Tubérculos de Montgomery: surgimento de proje-
ções secundárias representadas por glândulas ma-
128. Por alternativa: márias acessórias e glândulas sebáceas hipertro-
Alternativa “A” está incorreta. A translucência nucal au- fiadas;
mentada infere risco para aneuplodias, porém deve Rede de Haller: aumento da vascularização venosa;
ser realizada com técnica padronizada e adequada.
A idade gestacional ideal para medida da TN é entre Sinal de Hunter: aumento da pigmentação dos ma-
as 11-13a semanas e seis dias de gravidez. Durante a milos e formação da aréola secundária.
realização do exame, mais de uma medida deve ser re- Resposta b.
Sugerimos que você utilize esta área de treinamento fazendo sua autoavaliação a cada
10 (dez) questões. Dessa forma, você poderá traçar um perfil de rendimento ao final de
cada treinamento e obter um diagnóstico preciso de seu desempenho.
Estude! E deixe para responder as questões após domínio dos temas. Fazê-las imediatamente
pode causar falsa impressão.
Atenciosamente,
Equipe SJT-MED
Sumário
1 Questões para treinamento – Pediatria............................................................................................5
2 Gabarito comentado....................................................................................................................................27
1
QUESTÕES PARA TREINAMENTO
Pediatria
d) realizar hemograma, EAS, urocultura, hemo- aplicada foi há 1 ano quando o menino com-
cultura e radiografia de tórax. Após normaliza- pletou aos 5 anos. Qual conduta é adequada
ção da tempera- tura, prescrever soro oral e para este paciente, em relação a profilaxia do
manter em observação até os resultados dos tétano?
exames a) não será realizada nenhuma medida de soro
ou vacina, pois paciente tem esquema de va-
UFG – 2019 cinação para tétano completa com 3 doses e 2
17. Livre desde 1990 da poliomielite, o Brasil corre reforços, sendo o último há 1 ano
o risco de voltar a sofrer com a doença, conhe- b) realizar soro antitetânico visto que ferimento
cida também como paralisia infantil. O Ministé- pode ser contaminado pelo prego enferrujado
rio da Saúde apontou 312 municípios de dife- e terra
rentes estados em que a cobertura vacinal está c) realizar imunoglobulina antitetânica pois pa-
abaixo dos 50% entre crianças menores de um ciente já tem 6 anos e o ferimento é altamente
ano de idade. Assim, no Brasil, com relação à contaminado
vacinação da criança e do adolescente: d) realizar reforço para tétano além do soro anti-
a) a vacina oral de poliomielite (VOP) é utilizada tetânico, pois o ferimento é altamente contami-
há muito tempo e pode ser empregada desde nado
o nascimento de maneira segura e eficaz
b) a VOP, constituída de vírus atenuado, pode ser UERJ – 2019
empregada em indivíduos com imunodeficiên- 20. Criança de 13 meses está com o calendário
cias con- gênitas ou adquiridas, sem riscos de vacinal atrasado e é levada pela avó ao posto
poliomielite vacinal de saúde para atualização das vacinas. A res-
c) a vacina VIP (pólio inativada) é injetável e mais ponsável relata quadro de resfriado há dois
segura por ter em sua composição apenas os dias, nega febre ou tosse e que a última visita
poliovírus tipos 1 e 2 ao posto de vacinação foi há dez dias, quando
d) a VOP, a partir de 2016, é uma vacina bivalen- ainda morava em outra cidade e foi vacinada
te, composta de dois poliovírus: tipos 1 e 3, em campanha contra febre amarela. Ao che-
pois o tipo 2 é associado a casos de poliomie- car o cartão da criança, nota-se que as vaci-
lite vacinal nas estão em dia até os 6 meses. Ao exame,
a criança está em bom estado geral, eupneica
UNIFESP – 2019 e com leve coriza. Nesse momento, a vacina
18. Menina de 4 anos de idade, infectada pelo CONTRAINDICADA é a:
HIV por via vertical, tomou apenas as vacinas a) influenza
previstas pelo calendário do programa nacio- b) tríplice viral
nal de imunizações até os 11 meses de idade. c) pneumocócica
Quais vacinas podem ser aplicadas de imedia- d) meningocócita
to, antes da avaliação imunológica?
a) DTP (tríplice bacteriana), pólio oral, sarampo UFRN – 2019
b) sarampo, caxumba, rubéola (tríplice viral) 21. Em uma maternidade do nosso município,
c) DTP (tríplice bacteriana), Hib, pólio inativada nasceu uma criança cuja mãe apresentou Hb-
d) Meningococo C conjugada, varicela, pneumo- sAg positivo. Diante desse fato, a pediatra,
cócica seguindo as orientações do Programa Na-
e) Pneumocócica, pólio oral, hepatite A cional de Imunização (PNI), deve prescrever:
a) vacina BCG, vacina Hepatite B e imunoglo-
FAMERP – 2019 bulina específica para hepatite B (HBIG
19. Mãe de criança com 6 anos de idade, mas- b) vacina BCG e vacina Hepatite B
culino, procura atendimento na UPA devido c) vacina hepatite B e imunoglobulina específica
ferimento corto-contuso em perna por prego para hepatite B (HBIG)
enferrujado da cerca do quintal de terra. O fe- d) vacina BCG e imunoglobulina específica para
rimento é profundo e houve sangramento com hepatite B (HBIG)
necessidade de sutura. DJF faz acompanha-
mento regular na Unidade Básica de Saúde UFRN – 2019
da Família (UBSF) e não há vacinas em atra- 22. Ainda nos dias atuais, a icterícia infecciosa
so, conforme comprovado pelos registros na ou epidêmica continua afligindo grande parte
Carteira de Vacinação apresentada no atendi- da população infantil. As hepatites virais em
mento na UPA. Observou-se que a última dose crianças continuam desafiadoras quanto ao
ao nascimento de 3.400 g e 50 cm. Está com diminuição da diurese há um dia. Não fez uso
48 horas de vida, em casa, sob aleitamento de nenhuma medicação nem de soro via oral.
materno exclusivo em livre demanda. Há 3 ho- Estava na emergência com quadro de desidra-
ras vem apresentando choro que não melhora tação, porém sem sinais de choque, com os
com a oferta do peito e apresentou 3 fraldas seguintes exames laboratoriais iniciais: Na+
com urina amarelada e eliminou mecônio 1x 135 mEq/L; K+ 2,8 mEq/L; Cl- 100 mEq/dL; pH
nas últimas 24 horas. Sua mãe colocou o ter- 7,1; HCO-3 8 mmol/L; e Ht 27%. Considerando
mômetro axilar, que marcou 38 °C, então levou essa situação hipotética, assinale a alternativa
João ao consultório. Ao exame: beg, corado, que apresenta a conduta mais apropriada:
acianótico ictérico +/4 zona 3, peso atual: a) expansão com SF 0,9% 20 mL/kg, aberta, e
2.910 g. Exames laboratoriais: Na+ 150 mEq/L; correção de bicarbonato de sódio
K+ 5,0 mEq/L; bilirrubina total 8 mg/dL; bilirru- b) expansão com SF 0,9% e correção de potás-
bina direta 0,7 mg/dL; Ht 64%; GB 18.300/mm3 sio e de bicarbonato de sódio em 4h
(bastonetes 3%; segmentados 54%; linfócitos c) expansão com SF 0,9% e correção de potás-
43%). O diagnóstico e a conduta mais apro- sio em 4h
priada são: d) expansão com Ringer Lactato 20 mL/kg em
a) infecção do trato urinário; colher hemograma e vinte minutos e correção de bicarbonato
urocultura e iniciar antibioticoterapia endove- e) expansão com SF 0,9% 20 mL/kg em 1 h,
nosa transfusão sanguínea e correção de potássio
b) icterícia fisiológica; suspender amamentação em 2h
ao seio por 24 horas e introduzir fórmula
c) esferocitose; complementar com formula e so- UFG – 2019
licitar resistência osmótica 37. Crianças com doença diarreica aguda são
d) hipertermia por desidratação por baixa inges- mais susceptíveis à desidratação do que os
ta; aumentar a oferta hídrica e orientar técnica adultos. A desidratação deve ser avaliada e
de amamentação corrigida rapidamente. Para a grande maioria
das crianças nessa situação, é indicado o soro
USP-SP – 2019 de reidratação oral. Pela Organização Mundial
35. Menino, 11 meses de idade, dá entrada no da Saúde, a osmolaridade do soro deve ser:
pronto-socorro, com quadro de febre de 39 °C, a) 75 mEq/L de sódio; 50 mEq/L de cloro; 20 mE-
vômitos e diarreia aquosa, há 2 dias. No exame q/L de potássio e 75 mmol/L de glicose, com
clínico, criança classificada como desidratada osmolaridade de 245 Osm/L
de algum grau, sendo indicado realizar tera- b) 20 mEq/L de sódio; 50 mEq/L de cloro; 50 mE-
pia de reidratação oral (TRO). Após 1 hora a q/L de potássio; 134 mMol/L de glicose, com
criança se encontra em regular estado geral, osmolaridade de 175 Osm/L
mantendo diversas perdas. Ao exame clínico, c) 125 mEq/L de sódio; 64 mEq/L de cloro; 20
criança pálida, taquicárdica, sonolenta, com mEq/L de potássio e 125 mmol/L de glicose,
perfusão lentificada, tempo de enchimento ca- com osmolaridade de 350 Osm/L
pilar de 4 segundos. A conduta indicada neste d) 90 mEq/L de sódio; 64 mEq/L de cloro; 20 mE-
momento é: q/L de potássio e 111 mmol/L de glicose, com
a) manter apenas a TRO e realizar reavaliação osmolaridade de 311 Osm/L
após mais 1 hora
b) indicar expansão endovenosa com 20 ml/kg UFRN – 2019
de soro fisiológico 38. As parasitoses intestinais são muito frequen-
c) manter a TRO associada a soro de reposição tes na infância e são consideradas problemas
endovenoso de saúde pública, principalmente nas áreas
d) iniciar antibioticoterapia devido a não resposta periféricas das cidades dos países em desen-
a hidratação instituída volvimento, onde ocorrem com grande frequ-
ência. Alguns parasitas geram uma resposta
Santa Casa-SP – 2019 inflamatória migratória no pulmão, em razão
36. Uma paciente de um ano de idade foi levada de seu ciclo cardiopulmonar. São parasitas
ao hospital, previamente hígida, apresentan- capazes de gerar a síndrome de Loeffler:
do quadro de diarreia em grande quantidade, a) Ascaris lumbricoides e Strongyloides stercoralis
líquida, várias vezes ao dia, nos últimos três b) Taenia solium e Trichocephalus trichiurus
dias. A mãe relatou também alguns episódios c) Necator americanus e Enterobius vermiculares
de vômitos, com baixa aceitação alimentar e d) Giardia lamblia e Entamoeba histolytica
a) endoscopia digestiva alta, para retirada do b) é prematura com idade gestacional de nasci-
prego, uma vez que este sendo pontiguado mento menor do que 32 semanas e que ne-
pode levar a perfuração cessitou de oxigênio por mais de 28 dias após
b) reavaliação em 12-24 horas para ver se o pre- o nascimento
go progride no trato gastrintestinal ou se conti- c) tem cardiopatia congênita, cianótica ou acia-
nua pré-pilórico nótica, independente da função hemodinâmi-
c) seguimento clínico e radiológico até a elimi- ca e de idade gestacional ao nascimento
nação nas fezes, uma vez que não pode ser d) tem sibilância recorrente, que necessita de te-
retirado por via endoscópica rapêutica com beta-agonista ao menos cinco
d) indução de vômito com xarope de ipeca, que vezes no mês
apresenta menos riscos que a endoscopia
e) seguimento clínico e radiológico até a elimina- UNICAMP – 2019
ção nas fezes, uma vez que o prego não repre- 47. Menino, 4a, comparece à Unidade Básica de
senta risco ao paciente Saúde para investigação de tuberculose. Ante-
cedentes Familiares: pais em tratamento para
UNICAMP – 2019 tuberculose há 30 dias. Imunização adequada
44. Menina, 5a, é trazida ao Serviço de Emergên- para a idade. Assintomática. Radiograma de
cia com história de ingestão de um pedaço de tórax: sem alteração. Teste tuberculínico = 5
brinquedo há 3 horas. Mãe nega vômitos ou mm. A conduta é:
salivação excessiva. Radiograma de tórax e a) iniciar tratamento de infecção latente pelo
abdome: presença de imagem de duplo halo Mycobacterium tuberculosis
em terço proximal de esôfago. A conduta é: b) repetir teste tuberculínico dentro de 8 a 12 se-
a) endoscopia digestiva alta manas
b) acompanhamento radiológico a cada 72 horas c) tratamento para tuberculose ativa
c) uso de droga procinética via parenteral d) observação clínica com seguimento ambulatorial
d) expectante até 120 horas pós ingestão
UNICAMP – 2019
UFRN –2 019 48. Menina, 60 dias, é trazida ao pronto-socorro
45. Pré-escolar de 3 anos foi levado por sua mãe com queixa de tosse em crise e falta de ar há
ao serviço de urgência com relato de tosse três dias. Mãe refere conjuntivite prévia. Nega
produtiva e febre há 3 dias, evoluindo nas úl- febre. Antecedentes pessoais: parto normal,
timas 24 horas com discreta dor abdominal. À peso = 3.000 g e comprimento = 50 cm. Exa-
ausculta pulmonar, apresentava-se com ester- me físico: FR = 70 irpm, FC = 160 bpm, afe-
tores creptantes em base do hemitórax direito, bril, acianótica, anictérica, retração intercos-
frequência respiratória de 45 irpm, SatO2 96% tal presente; Pulmões: estertores crepitantes
e sem tiragens. Diante desse quadro, a condu- em bases pulmonares. Radiograma de tórax:
ta mais adequada no momento é: hiperinsuflação bilateral e aumento de trama
a) internar e prescrever ceftriaxona vasobrônquica. Hb = 12,5 g/dL, Leucócitos =
b) internar e prescrever penicilina g cristalina 10.000 mm3 (bastões 3%, segmentados 36%,
c) prescrever azitromicina e reavaliar ambulato- eosinófilos 10%, linfócitos 48%, monócitos
rialmente com 48 horas 3%). O tratamento é:
d) prescrever amoxicilina e reavaliar ambulato- a) anticorpo monoclonal para vírus sincicial res-
rialmente com 48 horas piratório
b) azitromicina
UERJ – 2019 c) oxacilina e amicacina
46. O uso do anticorpo monoclonal palivizumabe d) ganciclovir
na época de sazonalidade do vírus sincicial
respiratório (VSR) comprovadamente reduz em UNIFESP – 2019
até 50% a frequência e o tempo de hospitaliza- 49. Você é chamado para atender uma criança
ção por infecções por tal vírus, em especial em de 2 anos internada por doença respiratória.
crianças de alto risco. É considerada criança de A enfermeira relata que a criança está mais
alto risco aquela que no primeiro ano de vida: dispneica e gemente. Os controles dos si-
a) é prematura de muito baixo peso, independen- nais vitais mostram taquicardia persistente e
te de idade gestacional ao nascimento e que taquipneia progressiva, sem febre associada.
necessitou de oxigênio por mais de 28 dias Ao exame físico: tiragem diafragmática e inter-
após o nascimento costal, retração de fúrcula e uso de muscula-
estertores grossos, roncos e sibilos difusos. a) jejum e hidratação endovenosa com soro de
Presença de tiragem subcostal e intercostal. manutenção no volume basal, sódio de 3 mEq/
Saturação de oxigênio em ar ambiente: 89%. kg/dia e potássio de 2,5 mEq/kg/dia
Ausculta cardíaca normal. Fígado palpável a 3 b) inalações com beta‐2 agonista e ipratrópio
cm do rebordo costal direito e baço palpável c) corticosteroide endovenoso
no rebordo costal esquerdo. Sem outras alte- d) dieta por sonda nasogástrica
rações ou queixas. Pesquisa de VSR positiva. e) corticosteroide por via inalatória
A melhor conduta neste momento, dentre as
opções abaixo, é: Santa Casa-SP – 2019
a) inalação com soro fisiológico e prednisolona 57. Um menino de doze anos de idade, asmáti-
via oral co, com crises não controladas, apresentou
b) fornecer oxigênio e inalação com soro fisioló- quadro de tosse e cansaço há um dia, sem
gico febre. Iniciou, nesse dia, em casa, salbutamol
c) inalação com salbutamol e prednisolona via oral e prednisona, mas manteve quadro de tosse
d) fornecer oxigênio e furosemida EV importante e piora da dispneia. Depois de uma
e) fornecer oxigênio, inalação com soro fisiológi- hora desse quadro, sua mãe chamou o SAMU.
co e oseltamivir via oral Durante o transporte, apresentou parada res-
piratória, iniciando ventilação bolsa-valva-
Santa Casa-SP – 2019 -máscara com oxigênio a 100%. À entrada na
55. Uma menina de cinco anos de idade, asmática, emergência, foi realizada intubação orotraque-
foi levada ao setor de emergência com tosse e al com cânula 6,5, com Cuff, sem intercorrên-
falta de ar há doze horas. Fez uso de salbuta- cias. Foi colocado em ventilação pulmonar
mol por aerossol dosimetrado, em casa, sem mecânica, modo assistido/controlado (PINSP
melhora. Ao exame físico, estava taquidisp- 30 cmH2O, PEEP 5 cmH2O, FR de 16 rpm e
neica, acianótica, hidratada, com frequência FiO2 de 100%), apresentando saturação de O2
respiratória de 48 ipm, saturação de oxigênio de 85%, ausculta com diminuição de murmú-
de 88% em ar ambiente, tiragem subcostal e rio vesicular à direita e sibilos difusos à es-
intercostal, além de retração de fúrcula. A aus- querda. Evoluiu, após dez minutos, com para-
culta respiratória revelou tempo expiratório da cardíaca em atividade elétrica, sem pulso.
prolongado e sibilos disseminados. Recebeu Nesse caso hipotético, além das manobras de
corticosteroide sistêmico e três inalações ressuscitação e epinefrina, deve-se conside-
com beta-2-agonista e ipratrópio. Nesse caso rar, na tentativa de reversão do quadro:
hipotético, a melhor conduta é: a) desfibrilação com 2 J/kg
a) sulfato de magnésio endovenoso b) punção de provável pneumotórax
b) terbutalina subcutânea c) administração de bicarbonato de sódio se a
c) corticosteroide inalatório reanimação for prolongada
d) aminofilina endovenosa d) troca da cânula orotraqueal por uma de maior
e) sulfato de magnésio inalatório tamanho, sem Cuff
e) aumentar PEEP para 8 cmH2O e FR para 20 rpm
Santa Casa-SP – 2019
56. Uma lactente com dois meses de vida, sem UFG – 2019
antecedentes mórbidos, apresenta coriza e 58. A bronquiolite viral aguda (BVA) é a infecção
tosse há cinco dias, “chiado” há dois dias, do trato respiratório inferior mais comum em
com piora progressiva, e um pico febril de 37,9 crianças pequenas. Ocorre mais frequente-
°C no terceiro dia do quadro. Chegou ao setor mente nos primeiros dois anos de vida, com
de emergência pediátrica hidratada, taquidisp- maior incidência em menores de seis meses.
neica, acianótica, com tempo de enchimento São considerados critérios clínicos de gravi-
capilar de dois segundos, frequência respi- dade identificados na evolução da BVA:
ratória de 64 ipm e saturação de oxigênio de a) idade menor de seis meses, cor branca, sexo
90% em ar ambiente. Apresenta, também, tira- masculino, hiperinsuflação torácica difusa e
gem discreta subcostal e intercostal, além de história familiar de atopias
sibilância bilateral e tempo expiratório prolon- b) intolerância ou inapetência alimentar, letargia,
gado. A mãe refere dificuldade da criança em história pregressa de apneia, gemência e cia-
se alimentar devido à dispneia. Além de inter- nose
nação e oxigenoterapia, a melhor alternativa c) identificação do vírus sincicial respiratório
nesse caso hipotético seria: (VSR), crepitações e sibilância
d) tosse produtiva, taquipneia e leucocitose com d) síndome nefrótica e trombose de seio venoso
linfocitose nos exames laboratoriais cerebral
Ao exame físco, não foram observadas alte- c) intubação com sequência rápida, utilizando
rações. Para investigação, foi feita coleta de tubo endotraqueal sem cuff, elevação da ca-
urina, via saco coletor, que revelou alteração beceira e solução cristaloide
sugestiva de infecção. Por isso, foi iniciado d) máscara de oxigênio, elevação da cabeceira e
tratamento empírico. Nesse caso, as altera- encaminhar para tomografia de crânio urgente
ções que apresentam maior sensibilidade na
sugestão de infecção do trato urinário são: UNIFESP – 2019
a) bactérias em número aumentado e estearase 86. Menina de 34 dias de vida é trazida ao pronto
leucocitária positiva atendimento devido a persistência de icterícia.
b) hematúria microscópica e leucócitos em nú- Nascida a termo com peso de 3.500 g, pré-na-
mero aumentado tal sem intercorrências, apresentou icterícia 3
c) bactérias em número aumentado e nitrito ne- dias depois do nascimento, sem necessidade
gativo de fototerapia. Tipagem sanguínea da mãe O
d) estearase leucocitária positiva e nitrito positivo positivo e da criança A positivo. Há 10 dias
mãe notou piora da icterícia. No exame físico
UERJ – 2019 a criança está em bom estado geral, ictérica
84. Criança de 3 anos é trazida pela mãe com qua- +++/+4, abdome globoso, fígado a 4 cm do re-
dro de febre e dor de garganta há dois dias. bordo costal direito, baço não palpável. A bilir-
Hoje, apareceram manchas pelo corpo de rubina direta é de 9 mg/dL. Qual a causa mais
início há 30 minutos. Ao exame, a criança se provável da hiperbilirrubinemia?
apresenta em regular estado geral, com ede- a) sepse
ma bipalpebral, afebril, FR = 50 ipm, FC = 150 b) atresia de via biliar
bpm, PA = 90 × 60 mmHg, e dificuldade para c) colecistite aguda
respirar. A ausculta respiratória revela sibilân- d) galactosemia clássica
cia difusa, enquanto o exame da pele revela e) incompatibilidade sanguínea
lesões eritematosas, palpáveis e de contornos
UNIFESP – 2019
geográficos. Nesse caso, a primeira medida
87. Menino de 11 anos de idade, vítima de atrope-
terapêutica a ser instituída deve consistir em:
lamento, é trazido à emergência inconsciente,
a) realização de nebulização com beta-2-adre-
bradipneico e com quadro de choque hipoten-
nérgico
sivo. Após duas tentativas de acesso venoso
b) administração de soro fisiológico intravenoso
periférico sem sucesso, o que você solicitaria?
c) aplicação de anti-histamínico intramuscular
a) dispositivo de agulha intraóssea manual para
d) aplicação de adrenalina intramuscular
inserir na tíbia proximal
b) dispositivo de cateter de duplo lúmen para in-
FAMERP – 2019
serir na veia jugular interna
85. Criança de 3 anos chega a sala de emergência
c) cateter intravenoso calibroso para inserir na
pediátrica após acidente de moto com queda
veia femoral
no no asfalto há 6 horas. Ao exame físico en-
d) cateter intravenoso calibroso para inserir na
contra-se com cianose de extremidades, pali- veia subclávia
dez cutânea, frequência respiratória irregular e) dispositivo de agulha intraóssea manual para
com 15 irpm, tórax com boa expansibilidade inserir na tíbia distal
sem retrações intercostais ou hematomas, Pul-
mão: Murmúrio vesicular presente, simétrico, UNIFESP – 2019
sem ruídos adventícios. Coração: 2 BRNF, sem 88. Adolescente de 14 anos de idade é atendido
sopros, FC: 93 bpm, PA: 125 × 50 mmHg, pulsos no pronto-socorro com história de urina “cor
cheios, perfusão 2 seg. Abdome: discreto au- de coca cola” e redução do volume urinário
mento da tensão, RH+, fígado e baço não palpá- há 2 dias. Ao exame físico apresenta edema
veis. Neurológico apresenta-se com escala de palpebral e de membros inferiores, ausculta
coma de Glasgow 5. Qual a melhor conduta? cardíaca sem alteração e PA = 139 × 89 mmHg.
a) intubação com sequência rápida, utilizando Qual a conduta farmacológica inicial mais in-
tubo endotraqueal com cuff, elevação da cabe- dicada para este quadro?
ceira 30°, hiperventilação por poucos minutos a) betabloqueador
e salina hipertônica 3% b) inibidor da enzima de conversão
b) intubação com sequência rápida, utilizando tubo c) furosemida
endotraqueal sem cuff, tentar hiperventilação d) corticosteroide
por alguns minutos e soro fisiológico 10 ml/kg e) bloqueador de canal de cálcio
USP-SP – 2019
89. Você é chamado(a) para a sala de emergência pediátrica e, ao entrar, encontra seu colega plantonista
realizando a ressuscitação cardiopulmonar de uma criança de 8 anos de idade. Vocês realizam os
ciclos de compressão/ventilação na razão de 15:2. O enfermeiro coloca o monitor cardíaco, obtendo
o seguinte ritmo:
É realizada a desfibrilação com 2 J/kg e, em d) para desfibrilação manual, uma carga inicial
seguida, é administrada uma dose de epine- de 5 J/Kg é aceitável
frina 0,01 mg/kg. É realizada uma segunda ve- e) a recomendação atual é que o tempo limite de
rificação do ritmo cardíaco, mantido mesmo reanimação seja de 20 minutos
achado, sendo feita uma nova desfibrilação
com 4 J/kg. Considerando que o ritmo se man- SUS-SP – 2019
tenha na próxima checagem, a próxima droga 92. Com relação à compressão torácica, é correto
indicada é: afirmar:
a) gluconato de cálcio a) a combinação de compressões e ventilações
b) atropina não é mais recomendada para a ressuscitação
c) sulfato de magnésio pediátrica
d) amiodarona b) as compressões torácicas devem ser fortes
na metade superior do esterno, aprofundando
SUS-SP – 2019 pelo menos um terço do diâmetro anteroposte-
90. Menina de 5 anos, procura o pronto-socorro rior do tórax
devido a dor e edema de tornozelos associa- c) a reanimação cardiopulmonar (RCP) em
dos a manchas elevadas, vermelhas que não crianças deve-se iniciar pela abertura das vias
desaparecem a digito pressão, indolores e não aéreas
pruriginosas há dois dias. As lesões cutâneas d) as compressões torácicas devem ser relativa-
iniciaram-se em nádegas e já estavam acome- mente rápidas, com uma frequência mínima
tendo coxas e pernas. Criança refere leve dor de 100 compressões por minuto
abdominal. O diagnóstico mais provável é: e) quando apenas um socorrista está executando
a) poliarterite nodosa as manobras de RCP, mantém-se uma relação
b) púrpura trombocitopênica idiopática de 15 compressões para duas ventilações, em
c) púrpura de henoch-schönlein crianças
d) arterite de Takayasu
e) doença de Kawasaki Santa Casa-SP – 2019
93. Um menino de seis anos de idade, com ane-
SUS-SP – 2019 mia falciforme, foi levado ao setor de emer-
91. Com relação à reanimação cardiopulmonar gência pediátrica com queixa de dor em
em crianças, é correto afirmar: membros inferiores há cerca de doze horas,
a) a frequência de ventilações deve ser 10 a 15 sem febre. Já recebeu, em casa, dipirona e
por minuto paracetamol, sem melhora. Ao exame físico,
b) a via intraóssea deve ser utilizada somente em não apresentou anormalidades, com exceção
crianças menores de 3 anos de fácies dolorosas. A dor foi classificada
c) as compressões torácicas podem ser inter- como intensa (nota 7). Nesse caso hipotético,
rompidas no máximo por 10 segundos a melhor conduta é:
a) orientações gerais, sintomáticos e reavaliação sulta pois está com gripe confirmada por PCR
após 24 horas por H1N1. Em relação ao lactente qual a me-
b) coleta de hemograma, culturas e reavaliação lhor conduta:
após 24 horas a) não prescrever medicação e indicar a segunda
c) iniciar antibioticoterapia empírica e retornar se dose da vacina após 30 dias da primeira dose
febril após 48 horas e indicar oseltamivir se apresentar sintomas e
d) internação, coleta de hemograma, urina i e adotar medidas preventivas
culturas b) iniciar fosfato de oseltamivir 3 mg/kg/dia du-
e) internação, antitérmico e reavaliação após 48 rante 10 dias e adotar medidas preventivas
horas c) fazer a segunda dose da vacina com 15 dias
após a primeira dose, além de iniciar o oselta-
FAMERP – 2019 mivir e adotar medidas preventivas
104. Uma menina de 6 anos foi levada ao consul- d) não fazer a segunda dose da vacina e iniciar
tório do médico às 14h00 porque estava com oseltamivir 3,5 mg/kg /dia por 5 dias e adotar
dor de garganta, estava cansada e estava co- medidas preventivas
chilando demais. A temperatura dela era de
39 °C. Ela tinha dor de garganta, amígdalas UERJ – 2019
aumentadas e uma leve erupção no troco. Às 106. Em uma consulta de rotina, foi diagnosticado
22h30, a mãe do paciente relatou que a criança sopro cardíaco novo em um pré-escolar de 5
havia vomitado três vezes, continuou a cochi- anos, previamente hígido. Ao exame físico, o
lar excessivamente e queixou-se de dor de ca- paciente apresentava-se em bom estado geral,
beça quando acordada. O médico examinou a anictérico, acianótico, hidratado, corado, com
criança às 23h30 e notou que ela estava letár- boa perfusão periférica e pulsos periféricos
gica e excitada apenas quando a cabeça esta- palpáveis; à ausculta cardíaca apresenta: ritmo
va virada, reclamando que suas costas doíam. cardíaco regular, dois tempos, com desdobra-
Seu LCR não continha glóbulos vermelhos, mento de segunda bulha à inspiração e sopro
mas havia 28 glóbulos brancos/mm3 – metade sistólico 2+/6+, melhor audível em borda ester-
de neutrófilos polimorfonucleares e metade nal esquerda, sem irradiações, com redução de
de linfomononucleares. Os níveis de glicose e intensidade quando o paciente assume a po-
proteína no LCR eram normais e a coloração sição ortostática; FC = 100 bpm; fígado a 2 cm
de Gram de um espécime de LCR não apre- do rebordo costal direito; restante do exame
sentava bactérias. Qual a hipótese diagnóstica físico sem alterações. Classificação nutricio-
mais provável? nal: escore-z de peso/idade = -1,05; escore-z de
a) meningite por Cryptococcus neoformans peso/estatura = -0,97; escore-z de estatura/ida-
b) meningite por Mycobacterium tuberculosis de = -0,29; escore-z de IMC = -1,01. Em relação a
c) meningite viral esse caso, a conduta adequada é:
d) meningite bacteriana a) dosar ASLO e realizar strep-test para docu-
mentar infecção estreptocócica
FAMERP – 2019 b) realizar eletrocardiografia para descartar au-
105. Lactente de 7 meses de idade, sem queixas, mento do intervalo PR
acompanhado de seu pai, com a carteira de c) realizar ecocardiograma para excluir anoma-
vacinação em dia, sendo a última vacina, para lias congênitas
influenza, primeira dose realizada há 13 dias. d) dar orientações gerais quanto à benignidade
O pai refere que a mãe não compareceu a con- do sopro
1. Não há opção. Temos que decorar os valores de Z 3. Essa é a primeira regra da pediatria: “dobrarás o
escore para cada curva e idade dos pacientes para um peso do nascimento com 6 meses de vida”. Outras re-
diagnóstico correto do crescimento e estado nutricio- gras importante para decorar são “crecerás a metade
nal. Com relação a estatura temos que ver a curva de da sua altura ao nascimento até 1 ano de vida” e “terás
estatura para idade E/I. Um estatura adequada para um metro de altura com 4 anos de vida”. Resposta b.
idade é quando o z escore está entre o -2 e +2, abaixo
disso é baixa estatura. Mas lembre-se que a adequada 4. A vitamina A é muito importante em funções ocula-
avaliação do crescimento é com a curva e a velocidade res e na regeneração dos tecidos. Sempre que tiver
de crescimento e não a posição no gráfico. Já a clas- qualquer alteração em região ocular, suspeite a defi-
sificação do estado nutricional é através da curva do ciência em questão deva ser vitamina A. Além disso
IMC em que para menores de 5 anos se interpreta da o déficit de regeneração celular leva a alterações de
seguinte maneira: z escore entre -2 a +1 - eutrofia; +1 pele (xeroftalmia, dermatites) e maior predisposição a
a +2 – risco de sobrepeso; +2 a +3 - sobrepeso; > +3 infecções (pneumonia e diarreia). Resposta d.
obesidade; -2 a -3 magreza; < -3 magreza acentuada.
Resposta a. 5. Vamos lembrar a fórmula de idade estimada a partir
da altura dos pais: altura da mãe (+13 cm se menino) +
2. Os marcos do desenvolvimento em crianças maio- altura do pai (-13 se meninas) + -8 cm. Portanto, para
res de um ano são mais complexos de serem memo- a paciente “A”. a altura estimada é entre 152-168 cm e
rizados, porém, se raciocinarmos com os dados do para “J” é entre 165-181 cm. Ambas alturas dentro do
enunciado vamos conseguir responder essa questão. esperado. Resposta b.
Lembrem-se que a criança começa a andar por volta
de um ano de vida. Anda com apoio, depois sem apoio 6. O leite materno assim que for ordenhado deve ser
e vai aos poucos ganhando cada vez mais seguran- armazenado. O leite cru deve se armazenado em ge-
ça e habilidade; mas é improvável se ver uma criança ladeira dura até 12-24h, se congelado fica conservado
até os 18 meses correndo. Já a criança com 24 meses por até 15 dias. Após descongelado deve ser consumi-
já corre, e esse é o grande marco para você guardar do imediatamente. Resposta d.
dessa idade, além disso ela já interage mais com o am-
biente externo (apontando para o que quer) e já monta 7. Vamos relembrar as recomendações. Leite materno
uma torre com quatro cubos. Com 30 meses a grande deve ser exclusivo (sem qualquer outro líquido/alimen-
evolução é social/emocional em que a criança já come- to/fórmula podendo ofertar apenas remédios) até 6
ça a brincar junto com outras crianças e já começa a meses e vida e complementado até PELO MENOS 2
desenhar em linha. Resposta c. anos de vida. Com 6 meses de vida inicia-se a alimen-
28 R1 Extensivo | Gabarito comentado
tação complementar com as papas de fruta e papa sal- sinapses neurais. Leva a um quadro colinérgico com
gada de modo semelhante para a criança que esteja sonolência, hipersalivação e lacrimejamento e miose.
em aleitamento materno ou não. E guloseimas NUNCA Resposta b.
deverão ser oferecidas como alimentos complementa-
res, porém a recomendação é que sejam EVITADAS 14. A questão deveria ser anulada. O anti-histamínico
até pelo menos 1-2 anos de vida. Resposta b. leva a um quadro de intoxicação anticolinérgica que
tem todos os comemorativos acima (midríase, agita-
8. Uma criança em aleitamento materno exclusivo pode ção, taquicardia e hipertermia), porém NÃO leva a su-
passar dias sem evacuar e se quando evacuar for pas- dorese e sim a diminuição das secreções corpóreas
tos é normal. A disquesia do lactente também é evento como um todo. Resposta a.
funcional normal mas diz respeito a criança que chora
e tem cólica antes de evacuar. A constipação crônica é 15. Vamos analisar as alternativas para lembrar a con-
uma doença em que as fezes deverão ser formada e a duta correta frente a um recém-nascido de mãe bacilí-
doença de Hirschsprung (megacólon congênito) é do- fera. Como a criança ao nascer já vai ter contato íntimo
ença da invervação retal que leva a constipação grave com o bacilo da tuberculose a vacinação com BCG
e atraso na eliminação do mecônio nos primeiros dias provavelmente não vai ter o efeito esperado nesse
de vida. Resposta c. momento (que é prevenir as manifestações graves da
tuberculose no período neonatal). Por isso não vacina-
9. Alguns comemorativos no enunciado sugerem maus mos ao nascimento, iniciamos com a quimioprofilaxia
tratos como fratura em diferentes estágios de evolução por 3 meses e só então realizamos o teste tuberculí-
e hematomas em regiões atípicas (dorso). O “shaking nico (PPD). Não há necessidade de se fazer o teste
baby” é, infelizmente, frequentemente associado a si- tuberculínico logo ao nascimento, já que essa informa-
tuações de maus tratos e deve ser pesquisado ativa- ção não mudaria a conduta. Resposta a.
mente, o fundo de olho demonstrando sangramento
retiniano é muito sugestivo dessa situação. Resposta a. 16. Criança de 5 meses com quadro de febre alta, ir-
ritabilidade, vômitos e convulsão em um contexto de
10. A Nafazolina é um agonista alfa-adrenérgico comu- estar sem a vacinação completa. Até que se prove ao
mente usado em descongestionantes nasai. É frequen- contrário a criança deve estar com uma meningite e
temente usados em adultos porém é contraindicado se faz necessário realizar a punção lombar o quanto
em crianças em qualquer dosagem pelo risco de into- antes e garantir hidratação IV além de antitérmico. Não
xicação. Sua intoxicação comumente leva a efeitos atí- é adequada observar para ver a evolução, deve-se sim
picos como apneia e bradicardia, levando até a parada intervir o quanto antes pela gravidade do quadro. Lem-
cardiorrespiratória. Infelizmente, ainda hoje aparecem bre-se que bebês não tem a manifestação típica de
casos de intoxicação por nafazolina no pronto socorro doenças como crianças mais velhas, por isso se peca
devido aos pais usarem com o intuito de desobstruir a pelo excesso e somos mais agressivos em situações
congestão nasal das crianças. Resposta c. como essa. Resposta b.
11. Os venenos de escopião são geralmente mistos 17. A VOP é uma vacina oral com poliovírus atenuado,
com predominância de acometimento neuromuscu- a partir de 2016 ela foi reformulada pelo Ministério da
lar e neuroautonômico. Já que o veneno do escor- Saúde para ser bivalente com os tipos 1 e 3 apenas,
pião despolariza constantemente os canais de cálcio já que o tipo 2 era o mais associado aos casos de po-
levando a ativação neuronal excessiva. Um diferen- liomielite vacinal. Por ser de vírus vivo atenuado deve
cial do veneno do escorpião é o seu acometimento ser evitada em situações de imunossupressão. A VIP é
cardíaco, portanto, nos outros acidentes por aranha injetável e mais segura, porém tem na sua composição
marrom (loxoscélico) e cobra geralmente acarretam a os tipo 1,2 e 3. Resposta d.
taquicardia. Resposta c.
18. Antes da realização de avaliação imunológica nes-
12. Para segurança da criança, com diversos sinais de se caso está contraindicado vacina de vírus vivo. Va-
maus tratos, se faz necessária a internação por causa cinas de vírus vivo da questão: pólio oral, sarampo,
social e acionamento da vara da infância e/ou conse- caxumba, rubéola (tríplice viral) e varicela. Resposta c.
lho tutelar (sempre se deve acionar, inclusive em uma
suspeita mínima). A tomografia de crânio e fundo de 19. Vacinação completa para tétano (3 dose) sendo a
olho são necessários para se investigar a suspeita de última a menos de 5 anos é considerado esquema com-
“shaking baby” que pode vir acompanhada de qualquer pleto e mesmo em ferimentos de alto risco de contami-
outro maus tratos em bebês. Resposta e. nação não há necessidade de profilaxia. Resposta a.
13. Para veneno de rato, classicamente, é utilizado or- 20. Criança a menos de 30 dias recebeu a vacina da
ganofosforados. Essa droga é um inibidor não compe- febre amarela, portanto, devemos evitar de vacinar
titivo da colinesterase, levando a falta de inativação de com vacina de vírus vivo atenuado (tríplice viral). Res-
acetilcolina permitindo a constante estimulação dessas posta b.
21. Filhos de mãe HBsAg positivo devem receber 27. Questão super interessante! Criança com 2 episó-
além da vacina para hepatite B a imunoglobulina es- dios de pneumonia grave com diarreia crônica. O ir-
pecífica para Hepatite B (HBIG) o quanto antes para mão faleceu de cirurgia no intestino no primeiro mês
evitar a transmissão vertical da hepatite B. Lembre- de vida, provavelmente por um íleo meconial (típico de
-se que somente com a vacinação conseguimos uma fibrose cística). Já que a fibrose cística é uma doença
grande proteção, porém a HBIG é indica para pro- autossômica recessiva, se ambos os pais carregarem
teção extra e deve ser recebida o quanto antes, até um gene recessivo há 25% de chance de ter um filho
uma semana de vida. Porém, quando mais precoce com fibrose cística. Lembre que a fibrose cística leva a
a vacinação e a infusão da HBIG mais a proteção. um espessamento das secreções exócrinas levando a
Resposta a. quadro pulmonar e pancreático, que é o mais comum,
mas também a quadro hepático por espessamento da
22. A hepatite A, infelizmente, ainda é presente em bile. Resposta b.
bolsões de baixa qualidade sanitária em nosso país.
É uma doença em que a principal forma de transmis- 28. O A. lumbricoides é sim o helminto mais frequente,
são é a fecal-oral, porém outras vias já foram descritas, porém se localiza preferencialmente no intestino delga-
como a parenteral. Ela pode levar a quadro graves, as do. O praziquantel para o tratamento para equistosso-
vezes com hepatite fulminante e morte, porém NUNCA mose é categoria B para gestantes e deve ser evitado.
cronifica (guarde que é hepatite A, A de Aguda). Agora Criança assintomática com s, por exemplo, não deve
há vacinação para sua prevenção sendo recomendada ser tratada. Já o Trichuris trichuria se localiza no ceco e
1 dose pelo Ministério da Saúde ou 2 doses pela socie- cólon ascendente e leva a quadro de enterorragia e em
dade brasileira de pediatria. Resposta b. alguns casos até a prolapso retal. Resposta b.
23. Pelo provável contexto sanitário da criança, asso- 29. A intussuscepção intestinal (invaginação) acontece
ciado a quadro de anemia, eosinofilia, diarreia e sibi- mais frequentemente em menores de um ano de vida
lância com infiltrado difuso foi considerado no gabarito e, geralmente, é concomitante a um quadro inflamató-
a alternativa com Síndrome Loeffler. Uma consideração rio (infecção ou vacinação). Leva a obstrução intestinal
que faço para pensarmos juntos é que na Síndrome de (vômitos, distensão e irritabilidade) que pode ser inter-
Loeffler o achado radiográfico é de uma consolidação mitente (porque pode ocorrer a invaginação com sua
que muda de posição em radiografias subsequentes e redução espontânea várias vezes) e classicamente
não um infiltrado difuso que é sugestivo de pneumonia leve a enterorragia com aspecto de geleia de frambo-
atípica, quadro viral ou de sibilância recorrente. Porém, esa. Resposta c.
dentre as alternativas, a que contém síndrome de Lo-
effler é a mais correta pensando no quadro global do 30. Quadro de diarreia crônica com repercussão sis-
paciente. Resposta b. têmica (descorada e déficit de ganho de peso) e um
achado típico da doença celíaca que é a hipotrofia da
24. Quadro sugestivo de proctocolite alérgica à pro- musculatura glútea às vezes com dupla prega glútea. A
teína do leite de vaca, já que há fezes com raias de síndrome do intestino irritável não levaria a comprome-
sangue e correlação com a introdução do leite de vaca timento sistêmico, na alergia à proteína do leite de vaca
(fórmula infantil) para a criança. Para o controle dessa é atípico o início dos sintomas nessa faixa etária (ge-
alergia se faz necessário a mudança para uma fórmula ralmente nos primeiros meses de vida), na doença in-
hipoalergênica. As fórmulas parcialmente hidrolisadas flamatória intestinal (retocolite ulcerativa ou Crohn) há
podem ser usadas como prevenção de dermatite ató- manifestação sistêmica inflamatório mais grave nessa
pica em criança com histórico familiar muito positivo, idade (febre, artralgia, diarreia com sangue) e é mais
mas não como tratamento após o início da manifes- incomum. Resposta a.
tação. As fórmulas de soja são contra indicadas para
menores de 6 meses. Portanto, está correto iniciar com 31. Enterite necrotizante é doença de prematuro ou de
a fórmula extensamente hidrolisada. Resposta c. recém-nascido que está com complicação neonatal e
internado desde o nascimento. O divertículo de Meckel
25. Quadro típico de síndrome hemolítico-urêmica mais comumente leva a enterorragia franca e não sin-
(SHU). Diarreia com sangue e muco (provavelmente tomas somente de obstrução. A estenose hipertrófica
por E. coli O157H7) que evoluiu com microangiopatia de piloro leva a vômitos repetitivos, mas não biliosos,
trombótica, sendo os principais achados a anemia he- porque a obstrução está antes do duodeno. Já o volvo
molítica microangiopática (esquizócitos), plaquetope- de intestino leva sim a sinais de obstrução com vômitos
nia e insuficiência renal. Resposta d. biliosos, parada de eliminação de gases e fezes, e como
há sofrimento isquêmico de alça pelo Volvo no toque re-
26. A Giardia e a Entamoeba são ambas protozoários, tal pode se encontrar sangramento. Resposta b.
no caso sendo indicado como primeira linha o trata-
mento com Metronidazol. Só uma lembrança, prazi- 32. Quadro sugestivo de intolerância à lactose secun-
quantel é para o tratamento de equistossomose. Res- dária a um quadro infeccioso prévio que levou a lesão
posta d. da borda em escova do enterócito, onde está a lactase.
Devemos reduzir a lactose da dieta e observar a evo- 39. Diarreia aguda é aquela com duração até 14 dias,
lução como o primeiro passo terapêutico. Resposta e. diarreia persistente é aquela entre 14 e 28-30 dias e
diarreia crônica é aquela acima de 28-30 dias. O pa-
33. Falta da idade da criança na questão, dado impor- ciente que apresenta comprometimento hemodinâmico,
tantíssimo. Mas pelo relato sugere ser uma criança no mais evidenciado pela alteração do estado geral que in-
seu primeiro mês de vida. Sabemos que nessa fase o dica hipoperfusão do sistema nervoso central, deverá
recém-nascido tem um reflexo gastrocólico muito exa- receber hidratação intravenosa (Plano C). Resposta a.
cerbado, que evacua várias vezes ao dia, frequente-
mente durante a mamada. Se a criança está com boa 40. Cuidado com a pegadinha. Para se fazer o diagnós-
pega e ganhando bem peso o quadro é normal. Preci- tico de Otite Média Aguda é necessário que haja abau-
samos apenas orientar a mãe. Resposta c. lamento moderado a grave da membrana timpânica em
um contexto infeccioso. Já a Otite Media Serosa crônica
34. Vemos um paciente que perdeu 14% do peso do é um diagnóstico ambulatorial que deve ser feito fora de
nascimento, lembrando que o tolerado é por volta de um contexto de infecção, em que se encontra secreção
10%. Associado a isso vemos uma criança desidratada na orelha médica (e nem isso o paciente tem na ques-
por estar com a urina amarelada, pouca eliminação de tão). Portanto, o paciente tem um quadro de resfriado
fezes, irritada e com hipernatremia e hipercalemia e he- comum/rinofaringite, o próprio termo usado na alterna-
moconcentração. A hiperbilirrubinemia indireta também tiva (infecção respiratório superior viral) é parcialmente
é indicativo de dificuldade de ganho de peso (icterícia leigo mas muito difundido entre os residentes. Infecção
do aleitamento materna). Portanto, todo o enunciado é respiratório superior é toda infecção acima da laringite
sugestivo de um hipertermia por desidratação por baixa (desde faringite, amigdalite, otite, sinusite, rinite); portan-
ingesta. A esferocitose não justifica a dificuldade de ga- to, não deveria ser mais utilizado. Resposta b.
nho de peso, ainda mais que o paciente não está anê-
mica. Na icterícia fisiológica nunca devemos suspender 41. Quadro sugestivo de pneumonia complicada com
o aleitamento materno. Infecção do trato urinário é uma derrame pleural. Todo derrame de tórax puncionável
hipótese viável, deve ser descartada, porém não é a deverá ser puncionado (toracocentese). Como o prin-
principal conduta no momento. Resposta d. cipal agente de derrame pleural em número absoluto
é o Pneumococo, a penicilina cristalina está mais que
35. É nos menores de um ano que o quadro de diar- indicada. Resposta a.
reia aguda descompensa muito rápido. Na reavaliação
vemos uma criança com comprometimento hemodinâ- 42. Quadro sugestivo de sinovite transitória de quadril
mico, sendo classificada como desidratada grave e de- após infecção viral. Se não há sinais de alarme (artri-
verá receber expansão intravenosa. Resposta b. te, febre, alterações graves nos exames laboratoriais)
devemos apenas seguir tratamento conservador com
36. Criança com desidratação pode receber expansão reavaliações periódicas. Resposta a.
com qualquer cristalóide (SF ou Ringer Lactato) de
preferência aberta em até 20 minutos. Lembremos que 43. O que devemos sempre lembrar sobre ingestão
a desidratação leva a hipoperfusão periférica com aci- de corpo estranho. Sempre que estiver no esôfago,
dose metabólica. A acidose metabólica acarreta leva qualquer material, deverá ser retirado com a maior
a perda de potássio intracelular porque ocorre a troca urgência. Se estiver no estômago também deverá ser
de H+ no sangue pelo K+ intracelular, comumente le- retirado sempre e dar especial atenção a objetos pon-
vando a hipercalemia. Porém, o paciente em questão tiagudos e baterias. Resposta a.
apresenta hipocalemia, demonstrando uma acentuada
depleção do potássio corpóreo. A simples hidratação 44. Todo objeto no esôfago deverá ser prontamente retira-
levando a melhora da perfusão periférica e subsequen- do de forma emergêncial. Não tem discussão, SEMPRE
te melhora da acidose metabólica levaria a piora da hi- QUALQUER objeto deverá ser retirado. Resposta a.
pocalemia. Portanto, devemos corrigir o potássio junto
com a expansão. Resposta c. 45. Lembre-se que pneumonia de base de pulmão
pode levar a dor abdominal, não precisa necessaria-
37. O soro clássico da OMS proposto em 1975 era 90 mente ser um derrame pleural. Se há apenas taquip-
mEq/L de sódio; 80 mEq/L de cloro; 20 mEq/L de potás- neia sem desconforto respiratório o tratamento pode
sio e 111 mmol/L de glicose; chamado de soro 90. Po- ser ambulatorial com amoxicilina e reavaliação. Res-
rém, com a diminuição dos casos de cólera a OMS pro- posta d.
pôs o soro 75: 75 mEq/L de sódio; 65 mEq/L de cloro; 20
mEq/L de potássio e 75 mmol/L de glicose. Resposta d. 46. De acordo com a Portaria n° 522 de 13 de maio
de 2013 do Ministério da Saúde, tem direito ao Pali-
38. TEM de decorar! Parasitas com ciclo pulmonar, vizumab crianças com menos de 1 ano de idade que
dica mnemônica SANTAE: Strogiloides, Ascaris, Ne- nasceram prematuras com idade gestacional menor ou
cator, Toxocara, Ancilóstoma e Esquistossomose. Res- igual a 28 semanas ou crianças com até 2 anos de ida-
posta a. de com doença pulmonar crônica ou doença cardíaca
congênita com repercussão hemodinâmica demons- 53. Conforme já discutimos na outra questão, é uma
trada. A aplicação é mensal, com duração de 5 meses quadro clínico clássico de pneumonia afebril do lacten-
contínuos, nos meses de Outono/Inverno. Resposta b. te. Apesar de ser uma doença rara ela é muito lem-
brada em provas. Um detalhe dessa doença é que na
47. Frente a um caso de contato com tuberculose pri- ausculta pulmonar há presença de estertores e não há
meiro temos que saber se a paciente tem a doença sibilos. Esse é um diferencial importante com a bron-
tuberculose. Como ela tem contato com adulto com quiolite. Resposta d.
tuberculose (10 pontos) e tem PPD maior ou igual a
5mm (15 pontos), sendo assintomática com radio- 54. Lembre-se, na bronquiolite o tratamento recomen-
grafia normal e provavelmente sem desnutrição gra- dado atual é de apenas suporte. Não ofereça mais
antibiótico, antiviral, beta 2 agonista ou corticóide.
ve; ela totaliza 25 pontos o que não sugere infecção
Como paciente não teve febre, não parece ser uma
ativa. Agora temos que saber se necessitamos tratar
síndrome gripal e por isso o oseltamivir não está indi-
uma infecção latente, já que o paciente tem um PPD
cado. Resposta b.
maior ou igual a 5mm se faz necessário o tratamento.
Resposta a. 55. Podemos discutir se o sulfato de magnésio está in-
dicado nessa situação, já que não temos a reavaliação
48. História típica de pneumonia afebril do lactente, após as medidas iniciais. Porém, dentre as alternati-
causa pela chlamydia trachomatis ou ureaplasma ure- vas é a única opção viável. Terbutalina subcutânea não
aliticum. A história natural dessa doença é uma crian- é mais usada e pode ser pensada apenas em casos
ça que nasceu de parto vaginal ou cesáreo de bolsa gravíssimos como resgate, o ideal é em casos graves
rota em que a mãe teve alguma secreção vaginal, a fazer infusão de salbutamol intravenoso contínuo. Cor-
criança evolui com conjuntivite do tipo tracomática ticosteróide inalatório é para controle ambulatorial e
(em 50% dos casos), depois evolui com desconforto não de emergência. Aminofilina intravenosa há tempos
respiratório progressivo, associado com estertores e já não é mais recomentada. E sulfato de magnésio ina-
eosinofilia. O tratamento é realizado com macrolídeo latório não existe. Resposta a.
(azitromicina). Resposta b.
56. Caso de bronquiolite, então já corte as alternati-
49. A complicação mais comum da pneumonia é o vas que contém corticóide e beta-2-agonista. Sobrou
derrame pleural. Na descrição o que diferencia o der- jejum com soro de manutenção ou dieta por sonda.
rame da pneumonia são os sons pulmonares aboli- De acordo com o protocolo da sociedade amerianca
dos. Resposta e. de pediatria sobre bronquiolite para se manter a hi-
dratação do paciente pode ser necessário a passa-
50. Questão clássica da bronquiolite, mas cuidado com gem de uma sonda nasogástrica e se não tolerar ou
a pegadinha! Atualmente não existe evidência e não é se o quadro for mais grave realizar hidratação intrave-
nosa. Resposta d.
recomendado a realização de corticóide, agonista B2
ou antibiótico. É recomendado apenas suporte com
57. A fórmula para cálculo da cânula orotraqueal é a
hidratação e oxigenoterapia. Como a criança está em
idade/4 + 3,5 (se cânula com Cuff). No caso em ques-
regular estado geral, desconfortável e dessaturando é
tão uma cânula 6,5 está corretíssima. Visto que após
necessário internação. intubação paciente evoluiu com diminuição dos mumú-
rios à direita e piora da saturação; isso é indicativo de
51. Questão mal formulado, pouquíssimas informações pneumotórax do lado direito, sendo hipertensivo por-
no enunciada, vamos analisar cada alternativa. Pelos que o paciente evoluiu com uma parada cardiorrespi-
dados apresentados a inalação com soro fisiológico ratória. Nesse caso é indicado a punção torácica de
não seria uma intervenção que traria benefícios para alívio. Como é um ritmo não chocável, não é indicado a
o paciente nesse momento. Não há informações sobre desfibrilação. Resposta b.
como está exame respiratório do paciente, então na
sabemos se temos que chamar a fisioterapia. Não há 58. Critérios de gravidade são diferente de critérios
informações sobre do e não há taquipneia, por isso não diagnósticos, portanto, a alternativa está corretíssima.
podemos pedir analgesia e sedação. É difícil de pensar Resposta b.
em alguma falha de administração da prescrição que
levasse apenas a taquicardia e dessaturação, já que 59. Paciente com uma nefropatia em crise associada
a criança está internada por pneumonia. Aumentar a a piora importante da função renal. Até que se prove o
oferta de oxigênio poderia melhorar sim a saturação e contrário a causa para convulsão é alguma alteração
a taquicardia associada à dessaturação. Resposta b. hidroeletrolítica (que não está presente nos exames do
enunciado) ou uremia. Portanto, estamos a frente de
52. Lembre-se, pneumococo é SEMPRE a principal uma encefalopatia urêmica e está indicada a realiza-
causa de pneumonia adquirida na comunidade (PAC). ção de hemodiálise. Resposta c.
Resposta c.
60. A síndrome nefrótica é uma doença renal crônica, 69. Lembramos que realizamos o isolamento viral até
infelizmente, frequente na pediatria terciária. Lembre- o 3° dia da febre e a partir do 5° dia a sorologia. Res-
mos que não há perda somente de albumina pela urina posta d.
desses pacientes, mas também se perde imunoglobu-
linas e fatores anticoagulante. Por isso o paciente com 70. Após um quadro de varicela temos uma situação
síndrome nefrótica tem maior predisposição a trombo- de imunossupressão relativa, em que o indivíduo fica
se. Resposta d. mais sugeito a infecções graves. No caso, a única alter-
nativa que faz sentido é a “C”; já que é imperativo ini-
61. Paciente imunossuprimida, portanto está contrain- ciar uma droga vasoativa após expansão com 60 mL/
dicada vacinação de vírus vivo, dentre as alternativa a kg sem resposta hemodinâmica. Resposta c.
única com vírus vivo é a sarampo, caxumba e rubéola.
Resposta b. 71. Infelizmente a sífilis congênita tem sido cada vez
mais diagnosticada em nosso meio. Por causa disso
62. A relação de proteinúria/creatinúria normal é menor o médico deve saber reconhecer e tratar essa enfer-
que 0,2 e se maior que 2,0 é considerado proteinúria midade e por isso tem sido constantemente cobrada
nefrótica. Logo, o quadro é sugestivo de síndrome ne- em provas. Vemos na questão uma mãe que apresen-
frótica, já que há proteinúria nefrótica, edema, hipoal- tou sífilis durante a gestação tratada adequadamente
buminemia e insuficiência renal aguda. O tratamento (completou o tratamento com penicilina benzatina,
de síndrome nefrótica é prednisona diária, já houve pelo menos 30 dias antes do parto, com queda de 2
tentativa de prednisona em dias alternados, mas a re- títulos no VDRL). Lembremos que todo recém nascido
comendação atual é a dose diária. Resposta e. filho de mãe com sífilis, tratada ou não adequadamen-
te, deve ter um teste realizado. Se no caso em questão
63. Famosa doença da “face esbofeteada” causada o VDRL for negativo e a criança estiver assintomática
pelo Parvovírus B19. O Coxsackie é o causador da podemos apenas seguir a criança ou aplicar dose úni-
síndrome mão-pé-boca, o herpes vítus 6 do exantema ca de penicilina benzatina. Resposta c.
súbito e o Parainfluenza da Laringite. Resposta c.
72. Questão de microbiologia. CA-MRSA é uma sigla
64. Novamente um caso de parvovírus. O vírus Eps- em inglês que quer dizer, Commuinity Acquired Methi-
tein-Barr é o causador da mononucleose (exantema, cillin Resistant Staphylococcus Aureus (Estafilococo
febre alta, hepatoesplomegalia, faringite, linfonodome- aureus resistente a meticilina adquirido na comunida-
galia cervical), o Coxsackie da síndrome mão pé boca, de). Lembre-se que meticilina é uma prima da oxaci-
o herpes 6 e 7 do exantema súbito e o sarampo causa lina, portanto esse estafilococo MRSA é resistente a
uma quadro grave de exantema furfuráceo associado a oxacilina sendo então indicado a terapia com vancomi-
febre alta e intenso acometimento nasal, que pode ser cina. O D-teste é um teste para avaliar se o estafilococo
precedido pelas manchas de Koplik. Resposta a. pode ter resistência a clindamicina se em uso concomi-
tante com um macrolídeo, o D-teste negativo descarta
65. Lembremos que uma das causas de artrite/artral- que esteja contraindicada a clindamicina. Resposta d.
gia em adolescentes é a Neisseria gonocóccica, que
como a Neisseria meningitidis (meningococo) é um di- 73. A criança perdeu mais que 10% do peso de nasci-
plococo Gram-negativo. Resposyta c. mento, nesse caso é sugestiva a icterícia do aleitamen-
to materno. Nela a ausência de fluxo intestinal devido
66. Em uma criança com febre temos que estar sem- a criança estar mamando menos faz com que a bilir-
pre atentos pela suspeita de síndrome de Kawasaki, rubina conjugada fique muito tempo em contato com
é frequente diagnóstico diferencial em criança febril. uma glicuronidase intestinal mais ativa, desconjugando
Os achados clássicos são a fabre, injeção conjuntival, mais a bilirrubina direta e acarretando maior absorção
acometimento orofaríngeo com língua em framboesa, de bilirrubina indireta. Resposta a.
linfonodomegalia cervical (geralmente única), exante-
ma e descamação de mãos. A maior complicação é o 74. Lembre-se da nova conduta da reanimação neo-
acometimento coronariano, por isso se faz necessária natal de recém nascidos de parto meconial. Hoje não
a realização de um ECOcardiograma. diferenciamos mais se a criança nasce com mecônio
ou não. Isso não importa mais. Se ela nasceu com me-
67. A vacinação da gestante com a tríplice acelular cônio e está respirando/chorando, com bom tônus e é
leva a formação de anticorpos que passam para o feto a termo não devemos levar ela para a mesa de reani-
o protegendo a coqueluche nos primeiros meses de mação neonatal. Resposta b.
vida, até sua vacinação aos 2 meses. Essa intervenção
foi um sucesso de saúde pública. Resposta d. 75. Vamos começar falando que teste da bolinha não
existe, logo descartamos as alternativas “A” e “D”. Ape-
68. Tem que decorar as doenças que necessitam de sar de ser leite a realização do teste da linguinha, no
precaução por aerosol que são Sarampo, Varicela e Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN) não
Tuberculose. Resposta c. está incluso esse teste. Resposta b.
76. Como a mãe é S. agalactiae positivo e realizou am- bro (pseudoparalisia de Parrot – que é a paralisia do
picilina ou penicilina pelo menos 4 horas antes do par- membro por dor devido a acometimento articular/ós-
to, podemos considerar que o tratamento é adequado seo). Resposta a.
e devemos apenas observar essa criança. Resposta d.
83. Cuidado com a pegadinha. Realmente nitrito po-
77. Lembremos que o clampeamento tardio do cordão sitivo é um achado de baixa sensibilidade, mas alta
umbilical (> 1 minuto) levou a redução de 60% da chan- especificidade. Porém, pensando de modo combinado,
ce de hemorragia intraventricular e bebês prematuros. se agrupando estearase leucocitária positiva e nitrito
Como nesse procedimento levamos mais sangue ao positivo se há maior sensibilidade. Mas, a questão real-
bebê há maior chance de policitemia e icterícia neona- mente está mal escrita e duvidosa. Resposta d.
tal. O clampeamento tardio também leva a menos ca-
sos de sepse neonatal (redução de 30%) e enterocolite 84. Paciente com quadro de anafilaxia devido a aco-
necrosante (redução de 60%). Resposta b. metimento de pele (angioedema + urticária, que são
as manchas eritematosas, palpáveis e de contorno ge-
78. Pensando em Sífilis Congênita, se há queda de 2 ográficos) junto com o acometimento de um outro ór-
títulos ou negativação do VDRL, podemos considerar gão (nesse caso o respiratório) quando não se tem um
a gestante adequadamente tratada e apenas deve- agente suspeito. O primeiro tratamento da anafilaxia é
mos observar o bebê quando nascer se for possível o sempre adrenalina intramuscular, na dose de 0,01 mg/
acompanhamento. A toxoplasmose e a rubéola levam a kg no vasto lateral da coxa. Resposta d.
risco para o feto quando há infecção aguda, a gestan-
te era IgG positiva antes da gestação. Para hepatite B 85. Paciente com uma provável hipertensão intracrania-
a gestante se encontra vacinada. E o citomegalovírus na, ainda não está em iminência de herniação cerebral já
por ser um herpes vírus pode reativar e ser transmitido que não há a bradicardia da tríade de Cushing (hiperten-
para o bebê. Resposta d. são arterial, bradicardia e alteração do ritmo ventilatório).
Como o Glasgow é menor que 8 é necessária intubação
79. Hipoglicemia neonatal é um tema muito nebuloso orotraqueal, sempre se usa cânula com cuff; e medidas
com várias informações contraditórias na literatura. O para diminuir a hipertensão intracraniana que é a hiper-
baixo peso ao nascer é um fator de risco para hipo- tentivalação (que lava o gás carbônico e diminui o edema
glicemia, por isso deve ser pesquisada ativamente. A cerebral), cabeceira a 30° e salina hipertônica a 3% (que
correção intravenosa da glicemia deve ser realizada é a primeira linha ao invés do manitol). Resposta a.
apenas se recém-nascido sintomático ou com dextro
menor que 40. Porém, falar que a glicemia está nor- 86. Estamos frente a um caso de colestase neonatal
mal é um pouco contraditório, já que a maioria das (BD > 1,0). Como a elevação é de bilirrubina direta
referências falam que hipoglicemia é menor que 40, (BD) está descartada incompatibilidade sanguínea. As
porém algumas consideram valores menores até 60. demais opções (sepse, colecistite e galactosemia) po-
Resposta d. dem levar a aumento de BD, mas não em uma criança
hígida que está em Bom Estado Geral. Portanto, resta
80. Como paciente se apresentou ictérico nas primei- a causa mais comum de colestase neonatal que é atre-
ras horas de vida, devemos considerar que há uma sia de vias biliares. Resposta b.
icterícia patológica. A criança apresenta incompatibili-
dade ABO com a mãe (mãe O e filho A) com eluato 87. Questão que deveria ter sido anulada. Depois de
positivo (que quer dizer que há anticorpos maternos duas tentativas de acesso periférico na emergência de-
ligados à hemácias do filho). Como há ainda elevação vemos tentar um acesso intraósseo. O acesso central é
de bilirrubina e estamos no segundo dia de vida, deve- demorado para um contexto de emergência. Resposta c.
mos manter a fototerapia. Resposta b.
88. Resposta duvidosa. No contexto de uma crise hi-
81. O teste do coraçãozinho deve ser realizado em todo pertensiva numa síndrome nefrítica (hematúria + oligú-
recém nascido entre 24-48h de vida. Nele se mede a ria + hipertensão arterial) o manejo da crise hipertensi-
saturação do membro superior direito (pré-ductal) e va deve levar em primeira escolha os bloqueadores de
em um dos membros inferiores, caso a saturação seja canal de cálcio e a furosemida, sendo essa última mais
menor que 95% ou haja uma diferença maior que 3% indicada no contexto de um edema pulmonar devido a
entre as medidas o teste é considerado positivo e de- hipervolemia. Resposta c.
verá ser repetido em uma hora. Se continuar alterado
deverá ser realizado um ECOcardiograma. Resposta a. 89. No contexto da parada cardiorrespiratória em um
ritmo chocável (taquicardia ventricular sem pulso) após
82. Se há hepatoesplenomegalia a principal suspeita a adrenalina é recomendado a infusão de amiodarona
é sempre uma infecção congênita. No enunciado há ou lidocaína. Porém, o enunciado conta uma conduta
vários sinais EXTREMAMENTE sugestivos de sífilis errada da reanimação pediátrica. Só podemos infun-
congênita, que são: coriza sanguinolenta, descama- dir a adrenalina após o segundo choque. No caso em
ção palmoplantar e dor à movimentação de um mem- questão foi após o primeiro. Resposta d.
90. Lembre-se que a púrpura de Henoch-Schonlein é 98. A Síndrome da Secreção Inapropriada de ADH
descrita com púrpuras que se distribuem conforme a (SIADH) é sempre a complicação mais comum de
gravidade, acomentendo mais os membros inferiores e várias doenças infecciosas e traumáticas, ainda mais
nádegas. As demais não tem essa distribuição. Um dos frequente quando se trata de um acometimento do Sis-
critérios diagnóstico mais usados é a presença des- tema Nervoso Central. Resposta e.
sa púrpura mais um dos: dor abdominal, envolvimento
renal, artralgia/artrite ou biópsia mostrando deposição 99. De acordo com o último protocolo do Ministério da
de IgA. Resposta c. Saúde sobre influenza, a quimioprofilaxia está indicada
nessas seguintes situações: “Pessoas com risco ele-
91. Devemos minimizar interrupções na reanimação vado de complicações não vacinadas ou vacinadas há
cardiopulmonar para no máximo 10 segundos. Lem- menos de duas semanas, após exposição a caso sus-
bremos que a frequencia de ventilação de de 15:2 ou peito ou confirmado de influenza. Crianças com menos
30:2, não há limite inferior para uso da via intraóssea, a de 9 anos de idade, primovacinadas, necessitam de
defibrilação manual é com um carga inicial de 2 J/kg e segunda dose da vacina com intervalo de um mês para
não há recomendação de tempo de limite máximo para serem consideradas vacinadas.” Considerando que
reanimação. Resposta c. Gustavo é um caso suspeito de Influenza, tanto que
iniciou com um antiviral (Oseltamivir) os 3 contactantes
92. Para ficar perfeita a alternativa eu apenas acres- deveriam receber quimioprofilaxia, portanto a questão
centaria que as compressões devem ser com uma deveria ter sido anulada. Resposta d.
frequência de 100-120 compressões por minuto. As
demais alternativas estão grosseiramente erradas e 100. De acordo com o Ministério da Saúde em crianças
cuidado com a pegadinha da alternativa “B”, em que com menos de 2 anos de idade considerar o diagnós-
as compressões devem ser na metade INFERIOR do tico de Síndrome Gripal, na ausência de outro diag-
esterno. Resposta d. nóstico específico, febre de início súbito, mesmo que
referida, e sintomas respiratórios: tosse, coriza e obs-
93. Na anemia falciforme devemos combater a dor ós- trução nasal. E é considerado fator de risco para início
de Oseltamivir a criança ser menor que 5 anos, além
sea de forma intensa e rápida, de preferência devemos
disso o paciente em questão tem outro fator de risco
usar morfina intravenosa associada a um analgésico
que é a doença pulmoar. Resposta d.
e evitar uso inicial de anti-inflamatório não hormonal.
A codeína e o tramadol podem ser usados de forma
101. Em uma situação de emergência após a tentativa de
ambulatorial ou no desmame da morfina. E não é mais
acesso venoso periférico o acesso de escolha é o intra-
recomendado hiperhidratação, apenas manter a hidra-
ósseo. E na crise epiléptica, após 3 doses de benzodiaze-
tação de manutenção. Resposta e.
pínico a droga de escolha é a fenitoína. Resposta c.
94. Lendo apenas as alternativas é possível responder
102. Criança que realizou quimioterapia com neutro-
a questão. Se houver alterações autonômicas (pressão penia grave (menor que 500) em vigência de febre é
arterial, sudorese e rubor) devemos pensar em uma diagnóstico de neutropenia febril e a droga de escolha
disrreflexia autonômica. A ausência de reflexo bulbo- é o cefepime, que cobre bem Gram-positivo, Gram-
cavernoso não indica lesão medular completa, já que -negativos e pseudomonas. Não usamos vancomicina
esse reflexo avalia o arco reflexo distal. Resposta d. isolada em uma neutropenia febril e sua utilização está
restrita em associação com cefepime para quadros
95. Marília e Eduarda tem desconforto respiratório por graves, acometimento de pele, acometimento de cate-
provável pulmonar devido a hipervolemia, portanto, não ter ou pneumonia. Resposta a.
devem ir para casa. João tem escotomas e edema, que
devem ser sinais de urgência/emergência hipertensiva. 103. Alternativas um pouco duvidosas. Se considerar-
Já Lucas apresenta apenas, hipertensão arterial e leve mos que o regular estado geral e palidez é sinal de
edema e pode ser acompanhado ambulatorialmente. gravidade o correto seria internação, coleta de hemo-
Resposta b. grama, urina 1, culturas, líquor e raio X de tórax. Se
considerarmos que é apenas uma febre sem sinais
96. As indicações para tratamento com antimicrobia- localizatórios em paciente maior que 3 meses com
no para crianças previamente hígidas com disenteria temperatura maior que 39 °C a conduta é coleta de
são apenas em quadros graves com instabilidade he- exames e a depender do resultado internar. Como não
modinâmica e quando há positividade para Shiguella. há nenhuma das duas alternativas, de modo geral, a
Portanto, no caso em questão não está indicada antibi- alternativa “D” está mais correta. Resposta d.
óticoterapia. Resposta d.
104. Na meningite viral, se coletado líquor nas pri-
97. Lesões de mucosa associada a área de descama- meiras horas pode-se ter um discreto predomínio de
ção maior que 30% são sugestivas de necrólise epidér- neutrófilos, que serão as primeiras células a chegar no
mica tóxica (NET), lembre-se que no Steven Johnson SNC para combater o vírus. Se fosse colhido mais tar-
a área de descamação é menor que 10%. Resposta d. de teria predomínio de linfomononuclear. Resposta c.
105. Ótima questão. De acordo com o Ministério da Saúde “Crianças com menos de 9 anos de idade, primovaci-
nadas, necessitam de segunda dose da vacina com intervalo de um mês para serem consideradas vacinadas” e
só então não seria necessária a quimioprofilaxia. Resposta b.
106. Sopro em borda esternal esquerda baixa sem irradiação em criança hígida com bom crescimento e desen-
volvimento é característico de sopro inocente e necessita apenas de acompanhamento. Resposta d.
2017 SIM 06
2017 SIM 06
2017 SIM 06 - Ginecologia e Obstetrícia
7) Mulher de 25 anos, hígida, assintomática, exame físico sem alterações após tratamento
ambulatorial para doença inflamatória pélvica, retorna com sorologias normais, com
exceção de VDRL com titulação de 1:32. Foi solicitado teste de hemaglutinação
treponêmico (TPHA) que foi positivo. Tem história de tratamento prévio para herpes e
tricomoníase. Nesse caso, a conduta recomendada é:
A) Repetir sorologias em duas semanas e, caso haja ascensão do título do teste não
treponêmico, tratar como sífilis.
B) Tratamento com penicilina benzatina 2.400.000 UI dose única e acompanhar o título do
teste treponêmico.
C) Tratamento com penicilina benzatina 2.400.000 UI semanal por três semanas seguidas.
D) Tratamento com penicilina benzatina 2.400.000 UI semanal por duas semanas
seguidas.
E) Tratamento com penicilina cristalina 4.000.000 de UI de 4/4h por 14 dias, se líquor
normal.
A) Fibroma.
B) Cistoadenoma mucinoso.
C) Tumor de Krukenberg.
D) Teratoma imaturo.
E) Tumor de Brenner.
12) Mulher de 52 anos, com menopausa há 2 anos, um filho vivo, foi submetida a
ultrassonografia transvaginal de rotina para iniciar terapia hormonal em virtude de
fogachos intensos. O eco endometrial media 7 mm. Foi submetida à histeroscopia
ambulatorial, que evidenciou endométrio atrófico e septo uterino espesso incompleto,
pois o mesmo não se estendia ao canal cervical. Nesse caso, qual seria a melhor conduta?
A) Contraindicar a terapia hormonal.
B) Iniciar terapia hormonal somente com progesterona.
C) Iniciar terapia hormonal combinada.
D) Ressecção histeroscópica do septo uterino com reavaliação posterior.
E) Indicar histerectomia e, posteriormente, iniciar terapia hormonal apenas com
estrogênio.
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27/12/2018 Impressão de Prova
14) Mulher de 50 anos procura atendimento ginecológico por queixa de perda urinária
aos pequenos esforços, do tipo tossir e espirrar, há aproximadamente um ano. A paciente
correlaciona o início deste quadro após ter entrado na menopausa, quando ficou
deprimida e foi medicada com fluoxetina. Ao exame físico, tem cistocele moderada e
perda urinária sincrônica a manobras de esforço. Foi submetida a estudo urodinâmico,
que mostrou detrusor estável e pressão de perda uretral de 50 cm H2O. Qual é a
MELHOR conduta terapêutica para esse caso, de acordo com as taxas de continência
encontrada em estudos de longo prazo?
16) Marque a alternativa que apresenta o padrão hormonal a ser encontrado em um ciclo
menstrual normal:
17) Assinale a alternativa que contém a ginecopatia comum na quarta década de vida,
que cursa com útero globalmente aumentando de volume, dismenorreia e
hipermenorreia:
A) Miomatose uterina.
B) Pólipo endometrial.
C) Adenomiose.
D) Hiperplasia de endométrio.
E) Endometriose.
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27/12/2018 Impressão de Prova
19) Mulher de 23 anos, GIII PIII CI A0, dá entrada na emergência obstétrica com queixa
de contrações a cada cinco minutos. O pré-natal evoluiu sem anormalidades. Ao exame
físico obstétrico constata-se: BCF = 140 bpm; atividade uterina de 3 contrações com
duração de 40 segundos a cada 10 minutos; colo 50% apagado, com dilatação de 5 cm;
bolsa íntegra; apresentação cefálica em -2 de De Lee. Após duas horas, o colo encontra-
se inalterado e é indicada a cesariana por parada de progressão. Caso essa paciente
solicite laqueadura tubária durante o procedimento e apresente ata assinada por dois
médicos e registrada no cartório há mais de 60 dias antes do parto, o obstetra deve
informar que:
A) Fará a laqueadura tubária, pois ter acesso ao método contraceptivo que escolher é um
direito da paciente.
B) Fará a laqueadura tubária, pois a paciente possui a documentação exigida para o
procedimento.
C) Fará a laqueadura tubária, em virtude da multiparidade em paciente jovem.
D) Não fará a laqueadura tubária, pois esse procedimento só pode ser realizado no
momento da cesariana, em caso de comprovada necessidade ou por cesarianas
sucessivas anteriores.
E) Não fará a laqueadura tubária, pois a paciente possui menos de 25 anos.
A) Raça negra.
B) Obesidade.
C) Infecção por papilomavírus humano.
D) Multiparidade.
E) Uso de SIU liberador de levonorgestrel.
22) Criança feminina, de três anos, comparece à consulta de rotina de puericultura sem
queixas. A inspeção da vulva evidencia pequenos lábios aderidos até o terço superior da
vulva com linha central semitransparente. Todo o restante do exame físico foi
absolutamente normal. Assinale a alternativa CORRETA sobre o caso:
A) Nos casos assintomáticos, a conduta terapêutica será expectante.
B) O procedimento mecânico de separação está indicado.
C) O tratamento com estrogênio tópico é obrigatório em casos como este.
D) Em caso de separação cirúrgica, pela rapidez do procedimento, não há necessidade de
analgesia.
E) A resolução demora mais de seis meses apesar do tratamento.
23) Qual é a MELHOR época do ciclo menstrual, em um com duração padrão de 28 dias,
para se realizar a dosagem de progesterona plasmática e avaliar se houve ovulação?
A) Do 2º ao 5º dia do ciclo.
B) Do 7º ao 10º dia do ciclo.
C) Do 10º ao 14º dia do ciclo.
D) Do 14º ao 17º dia do ciclo.
E) Do 21º ao 24º dia do ciclo.
A) Deve ser iniciado em mulheres sem história de atividade sexual após os 25 anos.
B) Deve ser realizado até os 69 anos de idade.
C) Deve ser iniciada após dois anos do início da atividade sexual.
D) Deve ser realizado com intervalo trienal após dois consecutivos negativos.
E) Deve ser coletada em intervalo anual.
25) Marque a alternativa que contém a situação clínica na qual o DIU de cobre NÃO deve
ser indicado como método contraceptivo?
A) Nuliparidade.
B) Obesidade.
C) Infecção avançada pelo HIV.
D) Mioma subseroso único de 3 cm.
E) Fumante de 37 anos e 20 cigarros/dia.
26) Uma das medidas fundamentais para redução da mortalidade perinatal é a realização
de uma boa assistência pré-natal. Em relação às condutas no pré-natal, assinale a
alternativa correta:
A) As consultas de baixo risco deverão ser idealmente mensais até a 28ª semana,
quinzenais entre a 28ª e a 36ª semana e semanais após a 36ª semana, segundo o
Ministério da Saúde.
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27/12/2018 Impressão de Prova
B) Caso a gravidez seja de baixo risco, pode ser dada alta ambulatorial do pré-natal à
gestante por volta da 40ª semana de gestação.
C) O número mínimo preconizado, pelo Ministério da Saúde, é de uma consulta a cada
trimestre da gestação.
D) Quando o parto não ocorrer até a 42ª semana, a paciente deve ser internada para
realização de cesariana imediata.
E) A paciente deve ser orientada que a vacina para influenza está contraindicada na
gestação, devendo ser aplicada apenas no puerpério.
29) Durante a avaliação de uma gestante em trabalho de parto, o obstetra informou que
a variedade de posição era ODA (Occípto-Direita-Anterior). Sobre esta nomenclatura é
CORRETO afirmar que:
30) Marque a alternativa que aponta corretamente os parâmetros da estática fetal que
conseguimos avaliar ao toque vaginal: I variedade de posição; II apresentação; III situação;
IV assinclitismo.
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27/12/2018 Impressão de Prova
31) Após realização de curetagem uterina por suposto abortamento, o médico verifica o
resultado anatomopatológico que confirma o diagnóstico de mola hidatiforme completa.
Imediatamente está recomendado:
A) Placenta prévia.
B) Descolamento Prematuro da Placenta.
C) Sangramento de vasa prévia.
D) Abortamento.
E) Trabalho de parto.
33) Paciente evolui no 4° dia pós cesariana com quadro de adinamia, febre, dor
hipogástrica, dor à mobilização uterina e loquiação com odor fétido. Na história
obstétrica relata que a bolsa rompeu 12 horas antes de iniciar o trabalho de parto. O
provável diagnóstico é:
A) Mastite.
B) Cervicite.
C) Vaginose bacteriana.
D) Infecção de ferida operatória.
E) Morbidade febril puerperal (endometrite).
34) Dentre os exames para avaliação da vitalidade fetal, podemos afirmar corretamente
que no perfil biofísico fetal:
36) O diabetes gestacional é uma complicação que deve ser rastreada durante o pré-
natal, existindo vários protocolos propostos com esta finalidade. De acordo com o estudo
HAPO (Hyperglycemia and Adverse Pregnancy Outcome), publicado em 2008, os pontos
de corte para o diagnóstico do diabetes gestacional através do TOTG 75g são:
A) Hipertensão gestacional.
B) Enxaqueca.
C) Hipertensão arterial crônica.
D) Pré-eclâmpsia leve.
E) Pré-eclâmpsia grave.
38) Mulher, 17 anos, nulípara, pré-natal sem intercorrências na unidade de baixo risco,
evoluiu para parto normal a termo. No alojamento conjunto, 12 horas após o parto, a
paciente apresentou convulsão tonicoclônica generalizada após referir escotomas visuais
para as companheiras de enfermaria. QUAL É A HIPÓTESE DIAGNÓSTICA E AS
CONDUTAS?
A) Indicar aminiocentese para diagnóstico da infecção fetal por PCR no líquido amniótico.
B) Prescrever espiramicina para profilaxia da transmissão vertical e encaminhar a gestante
para investigação fetal.
C) Prescrever sulfadiazina, pirimetamina e ácido folínico para tratamento de infecção
crônica.
D) Manter seguimento em pré-natal de risco habitual, por se tratar de infecção pregressa.
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40) Gestante de 12 semanas questionou seu obstetra se podia tomar a vacina para a
gripe H1N1, pois viu que estava no período da campanha nacional de vacinação. Qual a
orientação a ser dada para esta gestante?
A) São necessárias três doses ao longo da gestação.
B) Pode tomar a vacina à partir da 20ª semana.
C) Ela deve aguardar o puerpério para tomar a vacina.
D) Pode tomar a vacina à partir da 12ª semana.
E) Pode tomar a vacina agora.
A) Tardia.
B) Variável.
C) Umbilical.
D) Placentária.
E) Cefálica
A) Monocoriônica e monoamniótica.
B) Monocoriônica e diamniótica.
C) Dicoriônica e diamniótica.
D) Monozigótica monocoriônica.
E) Dizigótica monoamniótica.
45) Paciente recebe o diagnóstico de abortamento retido com 8 semanas. Foi realizada a
AMIU (aspiração manual intrauterina) com saída completa do material, mas ainda
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A) 20 semanas e 5 dias.
B) 21 semanas e 2 dias.
C) 23 semanas e 2 dias.
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27/12/2018 Impressão de Prova
D) 22 semanas e 5 dias.
E) 21 semanas e 6 dias.
50) A respeito dos sinais e sintomas utilizados para diagnóstico de gestação, qual dos
abaixo não é considerado um sinal de probabilidade de gravidez por modificação
uterina?
A) Sinal de Nobile-Budim.
B) Sinal de Goodell.
C) Sinal de Piscacek.
D) Sinal de Kluge.
E) Sinal de Hegar.
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1 A 2 E 3 C 4 B 5 D 6 A 7 C 8 D 9 B 10 E 11 A
12 C 13 C 14 D 15 E 16 B 17 C 18 A 19 D 20 E 21 B 22 A
23 E 24 D 25 C 26 A 27 B 28 C 29 D 30 A 31 A 32 A 33 E
34 B 35 E 36 A 37 E 38 A 39 B 40 E 41 A 42 E 43 A 44 C
45 B 46 C 47 A 48 C 49 B 50 D
Legenda:
! Questão Anulada
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2018 SIM 06
2018 SIM 06
2018 SIM 06 - Ginecologia e Obstetrícia
A) Artéria aorta.
B) Artéria ilíaca interna.
C) Artéria ilíaca externa.
D) Artéria pudenda interna.
E) Artéria hipogástrica.
4) Com base nos critérios de elegibilidade da Organização Mundial de Saúde (OMS) para
o uso de contraceptivos, assinale a alternativa que representa uma situação de
contraindicação absoluta ao uso de Anticoncepcional Combinado Oral (ACO):
A) Antecedente familiar de trombofilia.
B) Hepatite viral aguda.
C) Hipertensão arterial controlada com medicamentos.
D) Enxaqueca sem aura.
E) Amamentação entre seis semanas e seis meses pós-parto.
A) Síndrome de Turner.
B) Síndrome de Asherman.
C) Síndrome dos ovários policísticos.
D) Hiperplasia congênita da adrenal.
E) Síndrome de Mayer-Rokitansky-Küster-Hauser.
9) Qual é o fator de risco que possui maior relação com o risco de fraturas
osteoporóticas?
A) Parente de primeiro grau com histórico de fratura de fêmur por fragilidade óssea.
B) Histórico pessoal de fratura por fragilidade.
C) Biotipo magro.
D) Deficiência de estrogênio.
E) Baixa ingesta de cálcio e fósforo.
10) Durante laparotomia para tratamento de carcinoma endometrial, você constata que o
tumor invade a serosa do útero. De acordo com a Federação Internacional de Ginecologia
e Obstetrícia (FIGO), qual é o estadiamento desta malignidade?
A) Estádio II.
B) Estádio IIIC.
C) Estádio IIIB.
D) Estádio IIIA.
E) Estádio IV.
https://arearestrita.medgrupo.com.br/ProvaImpressa.aspx?Ano=2018&ExercicioId=633&TIPO=Simulado 2/12
27/12/2018 Impressão de Prova
11) Mulher de 21 anos, nuligesta, comparece para atendimento com queixa de saída de
líquido leitoso pelas papilas mamárias, em pequena quantidade, que foi confirmada ao
exame clínico. Refere irregularidade menstrual nos últimos três meses e nega outras
queixas. O restante do exame físico não evidenciou alterações. Qual dos exames
complementares descritos nas alternativas deveria ser solicitado para elucidação da
suspeita diagnóstica?
A) Ressonância magnética de sela túrcica.
B) PAAF de mama.
C) Ressonância magnética da mama.
D) Tomografia computadorizada da região cervical.
E) Tomografia computadorizada da cabeça e região cervical.
12) Em qual paciente pode ser dispensada a associação com progesterona na terapia
hormonal pós-menopausa?
13) Qual das alternativas apresenta o tipo histológico mais provável de tumor ovariano
em uma adolescente com clínica de torção anexial?
A) Tecoma.
B) Cistoadenoma seroso.
C) Teratoma cístico maduro.
D) Cistoadenoma mucinoso.
E) Fibroma.
14) Mulher, 60 anos, queixa-se de “bola na vagina” há um ano. O exame físico encontrou
os seguintes achados nos pontos de referência de prolapsos vaginais: Aa=+3; Ba=+3;
C=+4; D=+3; Ap=-3; Bp=-3; CVT= 7cm. Qual é o estágio da paciente segundo o POP-Q?
A) Estágio IV.
B) Estágio III.
C) Estágio II.
D) Estágio I.
E) Estágio 0.
15) Marque a alternativa na qual todas as situações constituem fatores de risco para o
câncer de mama:
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27/12/2018 Impressão de Prova
16) O abdome agudo ginecológico tem importante relevância clínica em virtude da alta
morbidade e de sequelas na vida reprodutiva das pacientes. Marque a alternativa
CORRETA sobre as urgências de causas ginecológicas:
A) A síndrome de Fitz-Hugh-Curtis decorre do rompimento de endometrioma ovariano e
do extravasamento de seu conteúdo na cavidade abdominal.
B) Na fase aguda da síndrome de Fitz-Hugh-Curtis, há as aderências do tipo “corda de
violino” entre a parede abdominal anterior e a superfície hepática.
C) A gravidez ectópica é um diagnóstico raro em mulheres em idade fértil.
D) As urgências vasculares possuem papel importante e podem resultar de torções de
anexo ou de miomas pediculados.
E) A rotura de cisto de corpo lúteo ou de cisto folicular requer frequentemente
abordagem cirúrgica.
18) A acantose nigricante é uma lesão cutânea espessa, pigmentada e aveludada, que
pode estar presente nas axilas, nuca, abaixo das mamas, face interna das coxas e vulva.
Em pacientes portadoras da síndrome de ovários policísticos é um marcador confiável de:
A) Prolapso genital.
B) Rotura uterina.
C) Corpo lúteo hemorrágico.
D) Hematossalpinge.
E) Torção ovariana.
21) Mulher de 24 anos comparece para atendimento por queixa de dor mamária cíclica
bilateral há 4 meses. O exame clínico é normal, sem evidências de lesões nodulares ou
descargas papilares. Ela possui cancerofobia, pois sua mãe foi diagnosticada com câncer
de mama aos 65 anos. Nesta situação, qual seria a melhor abordagem inicial para a
paciente?
A) Tranquilizar, solicitar mamografia e prescrever danazol.
B) Tranquilizar, solicitar ultrassonografia das mamas e prescrever associação
estroprogestínica.
C) Tranquilizar, orientar sobre a benignidade do caso e sobre sustentação mecânica
adequada.
D) Tranquilizar, orientar sobre a benignidade do caso e prescrever tamoxifeno.
E) Tranquilizar e solicitar ultrassonografia e mamografia, devido à história familiar.
A) Pico de FSH.
B) Pico de LH.
C) Pico de Estradiol.
D) Pico de Inibina.
E) Pico de Progesterona.
24) Qual é o provável diagnóstico de úlceras múltiplas na região vulvar, dolorosas, com
bordos não endurecidos e fundo sujo, associadas à adenopatia inflamatória supurativa?
A) Cancro mole.
B) Herpes genital.
C) Sífilis primária.
D) Donovanose.
E) Linfogranuloma venéreo.
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27/12/2018 Impressão de Prova
25) Qual das alternativas NÃO representa uma abordagem inicial admissível para uma
paciente com quadro de síndrome pré-menstrual?
27) Uma adequada assistência pré-natal é de suma importância para rastrear e tratar
possíveis intercorrências no binômio materno-fetal. O melhor parâmetro
ultrassonográfico de datação da gestação no primeiro trimestre é:
29) A mastite puerperal é uma complicação que contribui para o abandono, por parte
das mulheres, da amamentação. Para evitar a formação de fissuras e risco de infecção
durante a amamentação, deve-se:
A) Ensinar a pega correta envolvendo não apenas o mamilo, mas também, a maior parte
da aréola.
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B) Orientar a mãe a secar e limpar cuidadosamente os mamilos após cada mamada com
sabonete neutro.
C) Esfregar os mamilos com bucha ao longo da gestação.
D) Sempre utilizar compressas mornas nas mamas após cada mamada.
E) Contraindicar exposição das mamas ao sol devido ao risco de tornar a pele da mama
mais frágil.
32) Gestante com 12 semanas de idade gestacional, calculada pela data da última
menstruação, queixa-se de sangramento intermitente, náuseas e vômitos incoercíveis. Ao
exame físico, observamos: PA = 150 X 100 mmHg, altura uterina de 24 cm e batimentos
cardíacos fetais presentes. O exame especular confirmou um sangramento moderado
com aspecto de suco de ameixa. O diagnóstico mais provável é:
A) Hipertireoidismo.
B) Mola completa.
C) Abortamento tardio.
D) Placenta prévia.
E) Mola parcial.
33) Nos casos de incompatibilidade sanguínea materno fetal, utilizamos como método
não invasivo para avaliação do grau de anemia fetal:
A) Cordocentese.
B) Biópsia de vilo corial.
C) Ultrassonografia obstétrica.
D) Doppler da artéria cerebral média.
E) Espectrofotometria do líquido amniótico.
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34) A definição mais utilizada para abortamento habitual é quando ocorrem três ou mais
perdas gestacionais consecutivas. São consideradas possíveis causas para esta
intercorrência obstétrica, EXCETO:
A) Fator genético.
B) Incompetência istmo cervical.
C) Malformação uterina.
D) Fator imunológico.
E) Rubéola.
35) Paciente realizou glicemia de jejum na 12ª semana de gestação cujo resultado foi 100
mg/dl. Não havia alteração em nenhum outro exame da rotina laboratorial e nem no seu
exame físico. Refere um parto vaginal anterior e que seu filho nasceu com 39 semanas
pesando 3200 g. Considerando os critérios estabelecidos no estudo HAPO
(Hyperglycemia and Adverse Pregnancy Outcome), qual é o diagnóstico e a conduta?
36) Primigesta, 36 anos, com pré-natal adequado e níveis pressóricos normais, evoluiu
para parto normal a termo, sem intercorrências. No alojamento conjunto, após 6 horas do
parto, a paciente apresentou convulsão tonico-clônica generalizada. Qual é a hipótese
diagnóstica e a conduta imediata?
39) A respeito das gestações gemelares, pode-se afirmar que NÃO podem ser:
41) Durante a assistência ao parto normal, várias práticas foram abandonadas ao longo
dos anos por serem desnecessárias ou, ainda, deletérias. São comprovadamente úteis e
devem ser estimuladas:
A) Manter dieta com líquidos claros por via oral durante o trabalho de parto.
B) A realização rotineira de episiotomia.
C) Cateterização venosa profilática rotineira.
D) Manobra de Kristeller para abreviar período expulsivo.
E) Analgesia exclusivamente no período expulsivo e por método farmacológico.
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48) Primigesta, veio à consulta pré-natal no dia 24/10/2017, pois teve sua última
menstruação em 28/08/2017. A data provável do parto e a idade gestacional desta
paciente no dia da consulta são, respectivamente:
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27/12/2018 Impressão de Prova
49) O perfil biofísico fetal é um exame para avaliar a vitalidade fetal e a pontuação varia
de 0 a 10 pontos. Qual é o primeiro parâmetro que se altera quando há hipóxia fetal?
A) Fórcipes de Piper.
B) Fórcipes de Simpson-Braun.
C) Fórcipes de Kielland.
D) Fórcipes de Mota.
E) Não estaria recomendado o uso de fórcipes, sendo indicada cesariana imediata.
https://arearestrita.medgrupo.com.br/ProvaImpressa.aspx?Ano=2018&ExercicioId=633&TIPO=Simulado 11/12
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1 A 2 E 3 C 4 B 5 D 6 E 7 C 8 A 9 B 10 D 11 A
12 E 13 C 14 B 15 D 16 D 17 C 18 A 19 C 20 D 21 C 22 E
23 B 24 A 25 D 26 A 27 A 28 E 29 A 30 B 31 C 32 E 33 D
34 E 35 B 36 B 37 D 38 C 39 C 40 B 41 A 42 B 43 E 44 E
45 C 46 E 47 C 48 B 49 B 50 A
Legenda:
! Questão Anulada
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2017 SIM 05
2017 SIM 05
2017 SIM 05 - Pediatria
3) Mariana, sexo feminino, 13 anos, hígida. Comparece à Unidade de Saúde para início de
vacinação, pois perdeu sua carteira. Considerando as vacinas recomendadas pelo
Programa Nacional de Imunizações, assinale a afirmativa que contém apenas vacinas
recomendadas para esta paciente neste momento.
A) Hepatite B, tetraviral, dT.
B) Hepatite B, tríplice viral, DTP.
C) Meningocócica-C conjugada, HPV, tríplice viral.
D) Meningocócica-C conjugada, dTpa, tríplice viral.
E) Tetraviral, hepatite A e pneumocócica-conjugada.
4) Recém-nascido, seis horas de vida, apresentando episódios de vômitos com bile após
tentativas de alimentação. Mãe não realizou acompanhamento pré-natal e houve
suspeita de polidramnia na sala de parto. Já eliminou mecônio. Realizada radiografia
toracoabdominal que evidenciou o sinal da dupla bolha. Indique o provável diagnóstico.
A) Doença de Hirschsprung.
B) Atresia de esôfago.
C) Íleo meconial.
D) Estenose hipertrófica de piloro.
E) Atresia de duodeno.
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27/12/2018 Impressão de Prova
5) Micaela tem 12 anos e é avaliada por baixa estatura. Na história pregressa, há relato de
desaceleração do crescimento no final do segundo ano de vida. Acompanhantes trazem
uma pasta repleta de exames feitos em outros serviços nos últimos anos (avaliação de
função tireoidiana e outras avaliações hormonais). Ao exame, estadiamento puberal
M3P3. Estatura atual abaixo do percentil 3, com IMC no escore-Z -1. Incremento estatural
de 4,5 cm nos últimos seis meses. Radiografia de mão e punho logo após a consulta
indica idade óssea de 12 anos. Feito o cálculo do alvo-genético, com resultado de 1,50
cm. Qual o provável diagnóstico?
6) Adolescente, sexo feminino, 13 anos, vai à Unidade de Saúde para atualização vacinal.
Algumas alterações chamam a atenção da equipe de saúde e a paciente é encaminhada
para avaliação. Ao exame físico, estadiamento puberal M1P1. Estatura 134,5 cm. Presença
de pescoço alado, baixa implantação de orelhas e de cabelo, cubitus valgo e
hipertelorismo mamário, além de elevação na pressão arterial. O provável diagnóstico e o
exame feito para confirmação são:
8) De acordo com a avaliação nutricional proposta por Gomez, qual a classificação para
um menino, 1 ano e 11 meses, com peso de 8,7 kg e estatura de 85 cm? (considere:
percentil 50 de peso para idade = 12 kg; percentil 50 de estatura para idade = 86,9 cm;
percentil 50 de peso para estatura = 11,5 kg).
A) Eutrófico.
B) Desnutrição crônica.
C) Desnutrição leve.
D) Desnutrição moderada.
E) Desnutrição grave.
ativamente (rola), mas ainda não engatinha; transfere objeto entre as mãos, mas ainda
não faz movimento de pinça; forma polissílabos vogais; localiza os sons. Considerando a
idade desta criança, indique o provável diagnóstico e a conduta.
A) Provável atraso de desenvolvimento. Referir para avaliação neuropsicomotora.
B) Alerta para o desenvolvimento. Reavaliar em 30 dias.
C) Desenvolvimento adequado com fatores de risco. Informar cuidador sobre sinais de
alerta.
D) Desenvolvimento adequado. Orientar a mãe/cuidador para que continue estimulando
a criança.
E) Provável atraso de desenvolvimento. Reavaliar em 30 dias.
10) Escolar, recém-chegado da Europa, é atendido por quadro de febre alta e surgimento
de lesões cutâneas. Anamnese revela início do quadro há três dias, com febre, tosse
intensa e hiperemia conjuntival. Na manhã de hoje, apresentou o surgimento de lesões
maculopapulares eritematosas na região retroauricular e piora da febre. Qual o provável
diagnóstico?
A) Sarampo.
B) Rubéola.
C) Doença de Kawasaki.
D) Escarlatina.
E) Eritema infeccioso.
A) Invaginação intestinal.
B) Estenose hipertrófica de piloro.
C) Disenteria.
D) Divertículo de Meckel.
E) Púrpura anafilactoide.
12) Escolar, oito anos, é atendido com múltiplas fraturas e escoriações após acidente
automobilístico. Pais trazem a caderneta da criança, que está completa até os cinco anos.
Qual a conduta em relação à profilaxia para o tétano acidental?
A) Cuidados com os ferimentos e apenas uma dose de DT.
B) Cuidados com os ferimentos e apenas uma dose de dT.
C) Cuidados com os ferimentos e uma dose de dT e soro antitetânico.
D) Cuidados com os ferimentos e apenas soro antitetânico.
E) Apenas cuidados com os ferimentos.
13) Lactente, sete meses, é levado ao posto de saúde para atualização da situação
vacinal. Consta em sua caderneta, a administração das seguintes vacinas: ao nascer –
BCG; 2 meses – pentavalente, rotavírus, pólio inativada e pneumocócica conjugada; 4
meses – pentavalente, pólio inativada e pneumocócica conjugada; 5 meses –
meningocócica C conjugada; 6 meses –pentavalente. Indique a opção que lista todas as
vacinas recomendadas neste momento?
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27/12/2018 Impressão de Prova
14) Santos, 14 meses, é atendido por febre alta, há 48 horas, e recusa alimentar. Ao
exame físico, lactente febril, em regular estado geral, com a presença de lesões
vesiculares e ulceradas localizadas sobre o palato mole, pilares amigdalianos e úvula. Sem
outras alterações. Indique o diagnóstico correto.
A) Gengivoestomatite herpética.
B) Síndrome mão-pé- boca.
C) PFAPA.
D) Herpangina.
E) Faringite por adenovírus.
17) Pedro, 5 anos, participava de uma festa de aniversário em sua escola quando
começou a apresentar desconforto respiratório, com piora progressiva. Foi levado ao
pronto-socorro, do outro lado da rua, e, ao chegar, apresentava lesões urticariformes e
sibilância difusa. Indique a conduta imediata.
A) Hidrocostisona IV.
B) Broncodilatador inalatório.
C) Difenidramina IM.
D) Adrenalina via subcutânea.
E) Adrenalina via intramuscular.
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27/12/2018 Impressão de Prova
18) Pré-escolar, três anos, é atendido com história de dor abdominal intensa e
aparecimento de lesões nos membros inferiores há dois dias. Mãe refere episódio de
diarreia aguda há cerca de uma semana. Ao exame, criança encontra-se em bom estado
geral, com a presença de lesões purpúricas palpáveis nos membros inferiores e nádegas,
com distribuição simétrica; presença de edema e eritema nas articulações das mãos e
punhos; abdome difusamente doloroso à palpação, sem sinais de irritação peritoneal.
Avaliação complementar: hemoglobina= 12 g/dl; leucócitos 8.000 células/mm³ ;
plaquetas = 245.000/ mm³. Qual o provável diagnóstico?
A) Púrpura anafilactoide.
B) Púrpura trombocitopênica idiopática.
C) Síndrome hemolítico-urêmica.
D) Meningococcemia.
E) Febre reumática.
21) Pré-escolar, dois anos e meio, nascido prematuro, é trazido à consulta. Mãe solicita
encaminhamento para avaliação auditiva, por acreditar que a criança não ouve bem, pois
não atende aos chamados. Durante a avaliação, nota-se que a criança fala poucas
palavras e de difícil compreensão, sem tentar estabelecer uma comunicação. Além disso,
interage pouco com o examinador e familiares e realiza movimentos repetitivos de
tronco. Com base nessas informações, qual o provável diagnóstico?
A) Síndrome de Rett.
B) Síndrome de Asperger.
C) Transtorno do espectro do autismo.
D) Paralisia cerebral.
E) Esquizofrenia infantil.
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27/12/2018 Impressão de Prova
A) Pneumoperitônio.
B) Enterocolite necrosante.
C) Invaginação intestinal.
D) Proctocolite alérgica.
E) Doença de Hirschsprung.
24) Lactente, oito meses, previamente hígida, é atendida por história de choro intenso e
agitação nos últimos dois dias. Nenhum acompanhamento médico desde a alta da
maternidade. Ao exame físico, a criança encontra-se com mucosas hipocoradas, ictérica,
com presença de taquicardia e sopro sistólico de baixa intensidade em foco mitral. Mãos,
punhos, pés e tornozelos apresentam-se edemaciados e com hiperemia e calor local. Sem
outras alterações, além das descritas. Considerando a suspeita, o diagnóstico do quadro
de base será estabelecido pela realização do seguinte exame:
A) Hemograma completo.
B) Eletroforese de hemoglobina.
C) Dosagem de proteinúria de 24 horas.
D) Dosagem de ASO e C3.
E) Ecocardiograma.
26) Pré-escolar, dois anos, estava comendo pão de queijo quando, subitamente, parou
de respirar. Está consciente, mas não emite qualquer ruído respiratório e está ficando
cianótico. Qual a conduta indicada?
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27/12/2018 Impressão de Prova
27) Lactente, cinco meses, ainda em aleitamento materno exclusivo. Mãe deverá retornar
ao trabalho em uma semana e deseja manter o regime alimentar vigente. Analise as
quatro orientações. I - Manter o aleitamento materno apenas quando mãe estiver em
casa e oferecer apenas fórmula infantil nos horários de trabalho da mãe. II - Manter o
aleitamento diretamente na mama quando a mãe estiver em casa e oferecer leite
ordenhado e armazenado quando estiver no trabalho. III - O leite ordenhado pode ser
armazenado por 72 horas na geladeira. IV – O leite ordenhado pode ser armazenado por
apenas 7 dias no congelador ou freezer. É (são) verdadeira(s):
A) Apenas II e III.
B) Apenas II.
C) Apenas II, III e IV.
D) Apenas I.
E) Apenas II e IV.
A) Campylobacter.
B) Cólera.
C) Rotavírus.
D) Shigella.
E) Escherichia coli enteroinvasiva.
29) Joana é mãe de Vinícius, de apenas dois meses. Durante a consulta de puericultura,
mostra-se bastante preocupada, pois em seu prédio aconteceu o recente óbito de uma
criança de mesma idade de seu filho, com o diagnóstico de síndrome da morte súbita do
lactente. Você orienta sobre os fatores de risco e os fatores de proteção para o evento. É
considerado um fator de proteção:
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27/12/2018 Impressão de Prova
A) Para uso do cinto de segurança no banco traseiro, a altura mínima deve ser de 1
metro.
B) Todas as crianças devem viajar no banco traseiro até 13 anos.
C) O assento infantil tipo bebê-conforto voltado para trás deve ser usado pelo menos até
dois anos, mas não há limite superior de idade.
D) Criança com peso ou estatura acima do limite máximo permitido para a cadeirinha de
segurança deve usar um assento de elevação, até a altura mínima para o cinto de
segurança.
E) Criança com mais de 2 anos ou acima do limite máximo de peso ou altura permitido
para o assento tipo bebê-conforto deve usar a cadeirinha dotada de cintos de segurança
próprios.
33) Ao perceber que seu filho de três anos ia saltar de cima de uma mesa em direção ao
chão, uma mulher o segura pelo punho esquerdo e o eleva, evitando a queda. Após o ato
heroico, nota que a criança chora durante alguns minutos e depois permanece com o
braço esquerdo imóvel. Considerando o mecanismo do evento, indique o provável
diagnóstico.
34) Recém-nascido, quinto dia de vida, é levado ao posto de saúde para coleta do teste
do pezinho. A enfermeira preocupa-se ao notar que a criança se encontra bastante
https://arearestrita.medgrupo.com.br/ProvaImpressa.aspx?Ano=2017&ExercicioId=618&TIPO=Simulado 8/13
27/12/2018 Impressão de Prova
ictérica e a encaminha para avaliação médica. Ao exame, criança com icterícia até zona V,
corada, perda ponderal de 13% em relação ao peso de nascimento, hipoidratada. Mãe
refere que está oferecendo somente o leite materno, mas vem tendo dificuldades por
sentir dor excessiva durante a amamentação. Dentre os abaixo indicados, qual o
diagnóstico e a conduta mais adequados?
A) Apenas I, II, IV e V.
B) I, II, III, IV e V.
C) Apenas II e V.
D) Apenas I, II e III.
E) Apenas II, IV e V.
37) Pré-escolar, quatro anos, apresenta quadro de diarreia crônica com sangue, anemia e
prolapso retal. Feita a suspeita diagnóstica de uma helmintíase. Qual o provável agente?
A) Enterobius vermicularis.
B) Toxocara canis.
C) Ancylostoma duodenale.
D) Necator americanus.
E) Trichuris trichiura.
se ter cuidado com a perda de líquido e a lesão às vísceras. A sequência que completa,
corretamente, as lacunas é:
A) F – F – F – V.
B) F – F – V – V.
C) V – F – V – F.
D) V – V – V – V.
E) V – V – F – V.
A) Coarctação da aorta.
B) Transposição dos grandes vasos.
C) Tetralogia de Fallot.
D) Comunicação interventricular.
E) Persistência do canal arterial.
42) Adolescente, 17 anos, apresenta quadro de febre reumática com cardite, sem a
presença de lesão residual. Considerando as “Diretrizes Brasileiras para o Diagnóstico,
Tratamento e Prevenção da Febre Reumática”, a profilaxia secundária para este paciente
estará indicada até:
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A) 18 anos.
B) 21 anos.
C) 25 anos.
D) 27 anos.
E) 40 anos.
A) Varicela neonatal.
B) Melanose pustular neonatal
C) Eritema tóxico neonatal.
D) Miliária rubra.
E) Herpes neonatal.
45) Lactente, 10 semanas de vida, apresenta quadro de tosse há cerca de uma semana e,
desde ontem, mãe observou piora do padrão respiratório. Ao exame, criança em bom
estado geral, FR = 55 irpm, afebril, presença de alguns sibilos e estertores. Relato de
nascimento a termo, parto vaginal. Teve conjuntivite tratada com colírio no período
neonatal. Avaliação complementar: leucocitose com eosinofilia. Qual o provável agente
infeccioso responsável pelo quadro?
A) Sulfato de zinco.
B) Sulfato ferroso.
C) Vitamina A.
D) Ácido fólico.
E) Alimentação oral.
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47) Letícia, 3 anos, é encaminhada para avaliação pela presença de secreção nasal há
pouco mais de três semanas. Fez tratamento com amoxicilina há cerca de dez dias, sem
melhora do quadro. Ao exame, criança apresenta secreção nasal com aspecto purulento e
fétido na narina direita. Restante do exame físico sem alterações. Qual o provável
diagnóstico?
48) Correlacione as síndromes a seguir com cariótipos associados a cada uma delas. 1 –
Síndrome de Down. 2 – Síndrome de Edwards. 3 – Síndrome de Patau. 4 – Síndrome de
Turner. ( ) Trissomia do cromossoma 21; ( ) Trissomia do cromossoma 18; ( ) Trissomia do
cromossoma 13; ( ) Monossomia do cromossoma X. A sequência que preenche
corretamente as lacunas é:
A) 1 – 3 – 2 – 4.
B) 2 – 3 – 1 – 4.
C) 1 – 2 – 3 – 4.
D) 1 – 4 – 3 – 2.
E) 1 – 3 – 4 – 2.
A) 3 – 8.
B) 2 – 9.
C) 2 – 8.
D) 1 – 9.
E) 1 – 8.
50) Escolar, feminina, 8 anos, apresenta-se com febre de 38,5°C há uma semana. Ao
exame físico, regular estado geral, com linfadenopatia de cadeias cervicais anteriores,
cervicais posteriores, inguinais e epitrocleares, além de esplenomegalia. Queixa-se, ainda,
de odinofagia e apresenta tonsilas hiperemiadas e hipertrofiadas ao exame físico.
Observa-se hiperemia e hipertrofia de tonsilas. Realizado hemograma, que mostra
leucocitose e 70% de linfócitos, sendo 20% deles atípicos. Considerando a principal
hipótese diagnóstica, indique a afirmativa correta:
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1 B 2 A 3 C 4 E 5 A 6 C 7 B 8 D 9 D 10 A 11 A
12 E 13 E 14 D 15 C 16 B 17 E 18 A 19 C 20 D 21 C 22 B
23 D 24 B 25 E 26 C 27 B 28 D 29 D 30 A 31 A 32 E 33 E
34 D 35 C 36 B 37 E 38 E 39 D 40 C 41 B 42 D 43 A 44 C
45 D 46 B 47 C 48 C 49 E 50 A
Legenda:
! Questão Anulada
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2018 SIM 05
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2) Qual orientação é mais apropriada para uma situação na qual um lactente de três
meses está em aleitamento materno exclusivo, mas que a mãe necessitará ausentar-se de
casa por até 12 horas três vezes por semana, a partir da próxima semana?
A) Iniciar, imediatamente, a oferta de fórmula infantil em mamadeira, para que a criança
possa se acostumar. Na próxima semana, manter o aleitamento, quando a mãe estiver
presente, e a fórmula, quando a mãe estiver ausente.
B) Iniciar, imediatamente, a oferta de fórmula infantil em copinhos ou colheradas, para
que a criança possa se acostumar. Na próxima semana, manter o aleitamento, quando a
mãe estiver presente, e a fórmula, quando a mãe estiver ausente.
C) Manter o aleitamento exclusivo, por ora. Na próxima semana, manter o aleitamento
quando a mãe estiver em casa e oferecer fórmula infantil ou leite de vaca diluído nos
períodos de ausência.
D) Manter o aleitamento exclusivo, por ora. Na próxima semana, manter o aleitamento
quando a mãe estiver em casa e oferecer fórmula infantil ou leite de vaca integral nos
períodos de ausência.
E) Manter o aleitamento exclusivo, por ora. Na próxima semana, tentar manter o
aleitamento exclusivo, oferecendo leite previamente ordenhado e armazenado nos
períodos de ausência materna.
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A) 1; 3º; 24º.
B) 1; 6º; 24º.
C) 2; 3º; 12º.
D) 2; 6º; 24º.
E) 1; 6º; 12º.
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E) A condição só deve ser investigada se, além de baixa estatura, houver alterações
fenotípicas evidentes.
11) Lactente, 15 meses, com história de resfriado e febre alta. Apresentou crise convulsiva
do tipo tonicoclônica generalizada, de curta duração. Após avaliação, é estabelecido o
diagnóstico de otite média aguda e presume-se tratar de crise febril simples. A família
indaga acerca do risco de novos episódios de crises febris simples semelhantes ao atual.
Você indica que os principais fatores de risco para a recorrência das crises febris são:
A) Idade menor que cinco anos; crise em vigência de febre acima de 40ºC; e duração da
febre menor que 48 horas.
B) Idade menor que um ano; crise em vigência de febre entre 38-39ºC; e duração da
febre menor que 24 horas.
C) Sexo feminino; idade menor que cinco anos; crise em vigência de febre acima de 40ºC.
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D) Sexo masculino; idade menor que cinco anos; crise em vigência de febre acima de
40ºC.
E) Sexo masculino; permanência em creches; crise em vigência de febre acima de 40ºC.
12) Lactente, com seis meses de idade, é levado ao pronto-socorro pela mãe, que se
mostra bastante preocupada. Informa que a criança saltou as grades do berço e caiu de
uma altura de pouco mais de um metro, há cerca de uma hora. Ao exame, criança
bastante sonolenta, sem escoriações evidentes, com alguns hematomas no dorso e
abdome. Sem outras alterações. Diante do quadro, indique as medidas mais adequadas.
A) Realizar avaliação do fundo-de-olho e notificar o caso ao conselho tutelar.
B) Liberar para casa com orientações acerca da prevenção de acidentes na infância.
C) Realizar punção lombar imediatamente e iniciar antibioticoterapia empírica.
D) Realizar punção lombar imediatamente e aguardar resultados para conduta
terapêutica.
E) Realizar denúncia contra a família para a autoridade policial.
14) Menino, cinco anos, apresentou há cerca de duas semanas um quadro de coriza,
tosse e febre. Há três dias, foi notado o aparecimento de ”pequenas manchas
avermelhadas pelo corpo”. As lesões estavam distribuídas, essencialmente, nos membros
inferiores e nádegas. O exame físico indica lesões purpúricas palpáveis nesta topografia.
Além disso, a criança queixa-se de dores articulares. Não há outras manifestações
associadas. Realizados exames complementares que evidenciaram: hemoglobina 12 g/dl;
plaquetas 250.000/mm³. Considerando a principal hipótese diagnóstica, assinale a
afirmativa VERDADEIRA.
A) O quadro é mais comum no sexo masculino.
B) O acometimento musculoesquelético, incluindo a artrite e artralgia, é raro,
acometendo menos de 10% dos pacientes.
C) A maior parte das crianças que apresentam acometimento renal evoluem com doença
renal terminal.
D) As manifestações cutâneas, obrigatoriamente, são as primeiras alterações clínicas
apresentadas.
E) A corticoterapia é sempre recomendada, independentemente das manifestações
encontradas.
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16) Maria Júlia tem cinco meses e sua mãe revela bastante preocupação pela respiração
ruidosa que a lactente apresenta, identificada desde as primeiras semanas de vida. Indica
que o ruído é mais evidente em determinadas situações, como quando a criança chora ou
fica mais agitada. Percebe melhora quando a criança é colocada em posição prona.
Enquanto a criança mama, o pediatra consegue perceber a presença de estridor
inspiratório e estabelece como principal suspeita clínica o diagnóstico de:
17) Pais levam lactente, 30 dias de vida, à Unidade Básica de Saúde. A criança foi
submetida à repetição do teste do pezinho, pois o primeiro exame mostrou elevação dos
níveis de IRT. O segundo exame mostrou a mesma alteração. O exame indicado para a
confirmação diagnóstica neste momento e o padrão de herança genética encontrado na
doença em questão são, respectivamente:
18) As condições abaixo representam fatores de risco para a síndrome da morte súbita
do lactente, EXCETO:
19) Pré-escolar, 4 anos, foi trazido para consulta a pedido da escola. A professora refere
preocupação pelo fato da criança ter dificuldades de se comunicar e de fazer amigos.
Durante a consulta, observa-se que a criança tem dificuldades de ficar parada. Não
demonstrou qualquer interesse pelos brinquedos do consultório, mas permaneceu
abrindo e fechando a porta da sala incessantemente. Com base neste relato, qual deve
ser a hipótese diagnóstica mais provável?
A) A confirmação diagnóstica pela radiografia de seios da face deve ser feita para
evitarmos o uso indiscriminado de antimicrobiano.
B) O Staphylococcus aureus é a principal bactéria encontrada e, deste modo, o esquema
empírico deve oferecer cobertura para este agente.
C) A presença de secreção nasal purulenta, principalmente unilateral, com qualquer
duração, é o bastante para o diagnóstico.
D) A celulite orbitária é uma possível complicação da sinusite de seios etmoidais.
E) A confirmação diagnóstica pela tomografia computadorizada de seios da face deve ser
feita para evitarmos o uso indiscriminado de antimicrobiano.
21) Miguel, quatro meses de idade, nascido a termo, com peso ao nascer de 3.200 g. Está
em aleitamento materno exclusivo. Há quase três meses vem apresentando regurgitações
após as mamadas. Mãe refere que o conteúdo regurgitado é bastante volumoso e os
episódios acontecem duas ou três vezes ao dia. Nega outras queixas; não há náuseas ou
dificuldades alimentares. Ao exame, peso de 5.900 g, sem alterações ao exame. Assinale a
conduta imediata mais adequada ao caso.
22) Lactente de dois meses, com relato de ter recebido fórmula infantil nas primeiras
horas de vida, está em aleitamento materno exclusivo desde então. Apresenta episódios
de diarreia com raias de sangue nas fezes nas últimas duas semanas, além de eczema. Ao
exame físico, encontra-se eutrófico, bom desenvolvimento pôndero-estatural e sem
lesões perianais. O diagnóstico e a conduta mais apropriadas são:
A) Intolerância à lactose / fórmula com teor reduzido de lactose.
B) Intolerância à lactose / fórmula a base de soja.
C) Alergia à proteína do leite de vaca / manter o aleitamento exclusivo.
D) Alergia à proteína do leite de vaca / suspender o aleitamento materno.
E) Shigelose / coletar coprocultura.
A) Indicar a vacina oral contra poliomielite, pois a criança já tem mais de seis meses, e
indicar a vacina BCG apenas após realizar teste tuberculínico.
B) Indicar a vacina oral contra poliomielite, pois a criança já tem mais de seis meses, e
indicar a vacina BCG.
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C) Indicar a vacina inativada contra a poliomielite e indicar a vacina BCG apenas após
realizar teste tuberculínico.
D) Indicar a vacina inativada contra a poliomielite e indicar a vacina BCG.
E) Indicar vacinas apenas após realizar exames para investigação de imunodeficiências
primárias.
A) Crise aplásica.
B) Sequestro esplênico.
C) Síndrome torácica aguda.
D) Crise hiper-hemolítica.
E) Infecção pelo parvovírus.
A) A vacina está contraindicada nesta população, pelo maior risco de eventos adversos.
B) A vacina não deveria ser aplicada, pois a criança tem mais de cinco anos.
C) A criança deveria ter recebido a vacina, com a orientação de retornar em 30 dias para
segunda dose.
D) A criança deveria ter recebido a vacina, com a orientação de outra dose apenas em
2019.
E) A vacina não poderia ser feita no posto de saúde, mas a família poderia ir a uma clínica
privada para a vacinação.
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A) Ganciclovir IV.
B) Valganciclovir VO.
C) Penicilina cristalina IV.
D) Sulfadiazina, pirimetamina e ácido folínico, VO.
E) Penicilina procaína IM.
29) Lactente, 45 dias, é atendido acompanhado de sua mãe no pronto-socorro. Mãe está
bastante ansiosa e revela que há cerca de dez minutos a criança apresentou um episódio
de tosse acompanhado de cianose e apneia. Relata, ainda, que há cerca de uma semana a
criança já vinha apresentando episódios de tosse com engasgos, mas manteve-se afebril
durante todo o período. Seu esposo, pai da criança, também vem com quadro de tosse
há cerca de duas ou mais semanas. Ao exame físico, FR = 44 irpm, com petéquias apenas
na face. Sem outras alterações. Realizado hemograma que revela leucocitose e
predomínio linfocitário. Indique o diagnóstico mais provável e seu agente etiológico.
30) Um paciente é atendido e a avaliação clínica indica provável hipovitaminose, pois foi
identificada cegueira noturna e a presença de manchas de Bitot. Estas alterações são
típicas da deficiência da vitamina:
A) A.
B) B3.
C) C.
D) D.
E) K.
31) Pré-escolar apresenta, há dois dias, quadro de febre baixa e hiporexia. Ao exame
físico, são evidenciadas pequenas vesículas e úlceras distribuídas por toda a cavidade
oral, além de lesões vesiculares nas mãos e nos pés, e pequenas pápulas nas nádegas.
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Mãe desconhece contato com casos semelhantes e informa que as lesões não são
pruriginosas. O provável agente etiológico é:
A) Sarcoptes scabiei.
B) Vírus varicela-zóster.
C) Coxsackie A16.
D) Vírus herpes simples.
E) Poxvírus.
32) Enquanto você aguarda para embarcar em um aeroporto, dois escolares correm pelo
salão. De repente, uma dessas crianças interrompe a corrida e você nota uma súbita
perda de consciência. Ao se aproximar, verifica que além de estar inconsciente, a criança
não respira e o pulso está ausente. Um membro do staff do aeroporto está
providenciando um DEA. Indique a sua conduta mais apropriada.
33) No ano de 2017, a Academia Americana de Pediatria propôs uma atualização para a
classificação da hipertensão arterial na infância. De acordo com esta proposta, analise
cada uma das afirmativas: I – Nas crianças com idade entre 1 e 13 anos, a pressão arterial
normal é aquela cujos valores são menores ou iguais ao percentil 95. II – Para os
adolescentes de 13 anos ou mais, a pressão arterial normal é aquela com valores
inferiores a 120/80 mmHg. III – Nas crianças com idade entre 1 e 13 anos, os valores
maiores ou iguais ao percentil (95 + 5 mmHg) indicam o diagnóstico de hipertensão
estágio II. Está(ão) correta(s):
34) Lactente, três meses, com diagnóstico prévio de tetralogia de Fallot, aguardando
correção cirúrgica, é atendido no pronto-socorro com quadro de cianose intensa,
taquipneia e alteração do nível de consciência, iniciado há vários minutos. Qual o
provável diagnóstico e as medidas terapêuticas indicadas?
A) Crise de hipóxia; infusão de prostaglandinas.
B) Crise de hipóxia; posição genupeitoral, oxigênio e morfina.
C) Bronquiolite viral aguda; oxigênio e medidas de suporte.
D) Bronquiolite viral aguda; oxigênio e teste terapêutico com beta-agonista.
E) Intoxicação exógena; suporte respiratório e medidas de descontaminação.
voluntária. A movimentação facial é intensa e a mãe refere que “as caretas” começaram
também há poucos dias. Nas situações de estresse, o quadro parece ser mais intenso,
mas não ocorre durante o sono. Quando avaliada a história pregressa, chama atenção a
descrição de labilidade emocional intensa nas últimas semanas. Nega doenças prévias,
exceto por faringite há algumas semanas, tratada com anti-inflamatórios. Diante deste
quadro, qual a principal hipótese diagnóstica?
A) Doença de Huntington.
B) Coreia de Sydenham.
C) Síndrome de ataxia-telangiectasia.
D) Encefalopatia pelo HIV.
E) Síndrome de Rett.
37) Uma pré-escolar de três anos vem apresentando episódios frequentes de prurido
anal, principalmente noturno, além de discreta secreção vaginal. Mãe relata ter observado
pequenos vermes na região perianal. Qual a principal hipótese para o quadro?
A) Tricuríase.
B) Ascaridíase.
C) Ancilostomíase.
D) Giardíase.
E) Enterobíase.
A) Hipofosfatemia.
B) Hipercalemia.
C) Hipermagnesemia.
D) Hiperfosfatemia.
E) Hiponatremia.
A) Imunoglobulina intravenosa.
B) Imunoglobulina intramuscular.
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C) Vitamina A.
D) Anti-histamínicos.
E) Hidratação venosa com solução cristaloide.
44) Adolescente, sexo masculino, 13 anos, muda-se para o Rio de Janeiro. Durante uma
consulta agendada em ambulatório, refere que não tem cartão de vacina e desconhece
situação vacinal. Indique qual das opções traz apenas vacinas que serão indicadas para
este paciente, de acordo com o Programa Nacional de Imunizações.
45) Lactente, dois meses, com relato de parto domiciliar sem assistência, é levado pela
primeira vez ao posto de saúde para atendimento. Há alguns dias vem apresentando
secreção nasal com aspecto sanguinolento e importante obstrução nasal. Ao exame
físico, criança pálida (+/4+), com discreta icterícia (+/4+), hepatomegalia e choro intenso
durante a manipulação dos membros superiores. Qual das condições abaixo melhor
justifica este quadro clínico?
A) Sífilis congênita.
B) Violência física.
C) Doença hemorrágica do recém-nascido.
D) Icterícia do leite materno.
E) Atresia de vias biliares.
A) Raquitismo.
B) Osteomalácia.
C) Osteogênese imperfeita.
D) Sífilis congênita.
E) Acondroplasia.
48) Um lactente de 10 meses é avaliado e sua mãe está preocupada com seu
desenvolvimento, pois a criança ainda não tem várias habilidades que seu primo de
mesma idade já apresenta. A criança ainda não caminha, o que o primo já faz com apoio,
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mas é capaz de engatinhar e permanece apoiado no sofá, dando passos para os lados.
Emite balbucios e fala “mama” e ”papa”, mas não fala outras palavras. Demonstra uma
boa interação social com a mãe, se interessa pelos brinquedos que são colocados ao seu
alcance e campo visual. Transfere objetos de uma mão para a outra e segura pequenos
objetos com o polegar e o indicador. Qual orientação se mostra mais adequada ao caso?
A) Biópsia retal.
B) Ultrassonografia abdominal.
C) TSH e T4 livre.
D) IgE sérica para proteínas do leite de vaca.
E) Teste cutâneo de hipersensibilidade.
50) Uma família do estado de Minas Gerais irá viajar para um local onde houve inúmeros
casos de febre amarela e deseja orientações quanto à vacinação. O histórico vacinal da
família é o seguinte: - Neymar, 25 anos, desconhece vacinação prévia. - Bruna, 24 anos,
tomou uma dose da vacina aos 12 meses de idade. - Galvão, 10 anos, tomou uma dose
da vacina aos quatro anos de idade. - Coutinho, 3 anos, tomou uma dose da vacina aos
sete meses, como era recomendado em situações de surto. Quem deverá receber a
vacina contra febre amarela?
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1 C 2 E 3 D 4 A 5 B 6 D 7 A 8 E 9 A 10 A 11 B
12 A 13 D 14 A 15 D 16 E 17 D 18 C 19 A 20 D 21 E 22 C
23 D 24 B 25 D 26 C 27 D 28 A 29 B 30 A 31 C 32 E 33 C
34 B 35 B 36 A 37 E 38 D 39 A 40 C 41 C 42 D 43 C 44 B
45 A 46 C 47 A 48 C 49 A 50 A
Legenda:
! Questão Anulada
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