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Papel Comunitario
Papel Comunitario
Introdução
Esses eventos podem provocar prejuízos físicos e emocionais, além dos danos materiais,
tornando a população vulnerável e ocasionando estrese e sentimentos de desamparo. É
possível confirmar aqui, a importância da actuação do psicólogo nesses contextos,
elaborando projectos de intervenção e promoção de saúde mental.
1. Terrorismo
1.1. Características
O terrorismo tem como intenção provocar a morte ou grave ofensa corporal e/ou
dano a uma propriedade pública ou privada;
O terrorismo tem um alvo aleatório, em particular pessoas civis;
O terrorismo tem como objectivo intimidar a população (ou um segmento
específico da população), ou compelir um governo ou uma organização
internacional a tomar determinada decisão, ou a abster-se de a tomar; ou a
desestabilizar governos e sociedades.
O terrorismo, apesar de não possuir uma definição universalmente aceite, pode ser
definido como o uso da força ou violência contra pessoas ou bens em violação das
legislações internacionais para fins de intimidação e coerção. Os terroristas usam
frequentemente ameaças para criar o medo entre o público, para tentar convencer os
cidadãos de que os seus governos são impotentes, para impedi-los e para obterem
publicidade imediata para as suas causas.
1.2. Papel dos psicólogos comunitários face populações deslocadas por violência
terrorista
A ocorrência de um acto de terrorismo tem, igualmente, consequências que extravasam
as vítimas directas, uma vez que, pela sua natureza, um número muito elevado de
cidadãos será indirectamente afectado, constituindo-se como vítimas secundárias e com
necessidade de apoio psicológico de emergência.
Hobfoll (2007) Apud Serra et al., 2015 reuniu um painel mundial de especialistas no
estudo e tratamento das pessoas expostas a catástrofes e violência em massa, para
extrapolar dos campos de pesquisa relacionados e para obter consenso sobre os
princípios de intervenção em Catástrofe. Segundo os meio possíveis de intervenção do
psicólogo comunitário perante as vitimas foram identificados cinco princípios de
intervenção suportados empiricamente que devem ser utilizados para orientar e informar
a intervenção nos cenários de populações deslocadas por violência terrorista. Estes são a
promoção de:
1. Sensação de segurança;
2. Tranquilização;
3. Sensação de auto-eficácia e de eficácia da comunidade;
4. Conexão;
5. Esperança.
Promoção do Tranquilizar
Promover as crenças das pessoas acerca das suas capacidades assim como promove a
auto-regulação de pensamentos, emoções e comportamentos.
Promoção da Esperança
Estes cinco princípios descritos por Hobfoll (2007) Apud Serra et al., 2015 são hoje
considerados como transversais a todas as intervenções e modelos na área da
intervenção em catástrofe, como é o caso de terrorismo. Na aplicação destes princípios a
nível internacional, é crítico que se considere a cultura local e se adapte a
implementação da intervenção às características singulares da população local.
Conclusão
Bibliografia
Ben-Gershon, B., Grinshpoon, A., & Ponizovsky, A. (2005). Mental Health Services
Preparing for the Psychological Consequences of Terrorism.
Serra, C, M., Pires, D., Faria, J., Pereira, M,. Ângelo, R, P,. & Guerreiro, V, O. (2015).
Intervenção Psicológica em Crise e Catástrofe. Ordem dos Psicólogos Portugueses. 1.ª
ed. Isabelgráfica. Lisboa.