Você está na página 1de 17

Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema: Assédio sexual no trabalho

Nome Egma Elisa Mauaie Código do Estudante 708201082

Curso: Lec. Ensino de Português


Disciplina e código Ética Profissional
A0016
Ano de Frequência: 4º
Docente: Dr. Sónia Posse

i
Maputo, Abril, 2023

Folha de Feedback
Classificação
Nota
Categorias Indicadores Padrões Pontuaçã
do Subtotal
o máxima
tutor
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao 2.0
objecto do trabalho
 Articulação e
domínio do
discurso académico
(expressão escrita 2.0
Conteúdo cuidada,
coerência / coesão
textual)
Análise e
 Revisão
discussão
bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área
de estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos
Conclusão 2.0
teóricos práticos
Aspectos Formatação  Paginação, tipo e 1.0
gerais tamanho de letra,
paragrafo,

ii
espaçamento entre
linhas
Normas APA  Rigor e coerência
Referências 6ª edição em das
4.0
Bibliográficas citações e citações/referências
bibliografia bibliográficas

iii
Folha para recomendações de melhoria:A ser preenchida pelo tutor
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________

iv
Índice
1 Introdução.................................................................................................................................1

2 Desenvolvimento......................................................................................................................3

3 Conceito de assédio..................................................................................................................3

4 Tipos de agressores...................................................................................................................5

5 Agressor psicopata....................................................................................................................5

6 Agressor Possessivo.................................................................................................................6

7 Fases do Assédio......................................................................................................................6

8 Quarta fase................................................................................................................................7

9 Conceito de Assédio Moral......................................................................................................7

10 Tipos de assédio moral.............................................................................................................8

11 Conceito de Assédio Sexual.....................................................................................................8

12 Tipos de Assédio Sexual..........................................................................................................9

13 Consequências do assédio moral/sexual no local de trabalho..................................................9

14 Custos para as empresas...........................................................................................................9

15 Custos legais...........................................................................................................................10

16 Custos pessoais.......................................................................................................................11

17 Conclusão...............................................................................................................................12

0
1 Introdução

O assédio moral e sexual no local de trabalho é um tema cuja discussão é desafiante na sociedade
contemporânea. Por vezes, a abordagem desta temática torna-se um assunto tabu, sendo por esse
motivo um tema que me suscita curiosidade e interesse em explorá-lo. Além disso, analisando a
evolução do mundo do trabalho, parece-me interessante compreender esta problemática
atendendo à progressiva industrialização das sociedades, bem como à evolução do mercado de
trabalho (i.e., crescente globalização, necessidade de responder atempadamente às exigências do
mercado, elevado competitividade). De facto, as alterações ao longo do tempo em termos das
relações no contexto de trabalho (e.g., evolução das empresas de uma perspectiva familiar para
uma perspectiva mais capitalista, com um maior número de trabalhadores) remetem para a
necessidade de reflectir acerca de comportamentos normativos versus comportamentos abusivos
adoptados em contexto laboral.

Por tudo isto, abordar a violência no local de trabalho implica compreender o contexto específico
em que ocorre. De facto, a violência no contexto doméstico ou a criminalidade em contexto
social tem sido alvo de larga investigação ao longo do tempo. No entanto, a violência perpetrada
no local de trabalho, apesar de ter começado a ser alvo de atenção privilegiada em Portugal nos
anos 80, tem sido pouco estudada e a produção científica, nesta área, é ainda escassa.
Na verdade, os estudos neste domínio implicam alguns constrangimentos, nomeadamente, em
termos conceptuais (i.e., o que são comportamentos violentos?
Qual o limiar que distingue a violência do que é normativo?). De facto, a definição e
caracterização dos comportamentos de violência variam substancialmente em função do contexto
social e cultural, pelo que a abordagem científica deste fenómeno torna-se assim mais complexa.
O presente trabalho pretende abordar a temática da violência no contexto de trabalho,
designadamente, o assédio moral e sexual. Assim sendo, por um lado, serão apresentados os
conceitos de assédio sexual e moral, as suas consequências em termos pessoais e sociais, bem
como questões de prevenção e intervenção. Por outro lado, pretende-se explorar questões de cariz
metodológico, nomeadamente, em termos de procedimentos e na exploração de fontes de
1
informação. Com efeito, importa reflectir acerca do processo de investigação e pesquisa acerca da
temática, designadamente, no que se refere à informação obtida através das tecnologias de
informação (i.e., análise de uma página web) e dos materiais impressos (i.e., ficha de leitura de
um capítulo).
Ainda assim, saliento que comecei a realização do meu trabalho com a procura de duas citações,
que se embutissem de uma maneira simples mas psicológica no corrente trabalho, para que na
primeira os leitores procurassem “partir à descoberta” do tema em si, enquanto que na segunda
me preocupei em a mencionar no fim, para que os leitores reflectissem sobre a seriedade do tema
em questão.

2
2 Desenvolvimento

3 Conceito de assédio

Apesar das dificuldades em termos de conceptualização de comportamentos abusivos em


contexto de trabalho, uma definição possível de assédio é postulada pelo psiquiatra Meloy (apud
Garrido, 2002: 16) e refere que “O assédio compreende diferentes comportamentos de
perseguição ao longo do tempo; esta perseguição é vivida pela vítima como uma ameaça, e é
potencialmente perigosa”.
Não obstante esta definição genérica do assédio, salienta-se que existem várias formas de assédio,
nomeadamente, os telefonemas a marcar encontros, ou o simples facto de amedrontar a mulher
com palavras ou actos mais invulgares.
Segundo Vicente Garrido (2002) os comportamentos de perseguição obsessiva mais habituais
podem ser listados da seguinte forma, desde o mais frequente até ao menos comum:
1. Chamadas telefónicas
2. Vigilância no lar
3. Vigilância no trabalho
4. Perseguição na rua
5. Envio de cartas
6. Envio de correio electrónico
7. Danos à propriedade
8. Ameaçar prejudicar outros (familiares – excepto filhos - ou amigos)
9. Ameaçar fazer mal ou levar os filhos
10.Entrar em casa
11.Enviar prendas não solicitadas
12.Empurrar, espancar

13.Ameaçar
14.Insultar
15.Agressão/abuso sexual
3
16.Reter durante algum tempo (retenção ilegal)
17.Maltratar/matar animais domésticos
18.Enviar encomendas contendo coisas estranhas
19.Incendiar algo da ou na propriedade da vitima
20.Apresentar denúncias sem fundamento à polícia/ao tribunal
21.Roubar algo à vítima
22.Molestar amigos/familiares (chamadas, pedidos absurdos, etc.)
23.Violar ou roubar o correio
24.Ameaçar suicidar-se
25.Usar outras pessoas como meio para assediar
No entanto, importa notar que, neste momento, face à evolução tecnológica, o recurso às novas
tecnologias de informação (e.g., internet), parece contribuir para que esta nova modalidade de
assédio neste contexto se torna cada vez mais preocupante.
A compreensão deste fenómeno, e das suas dinâmicas torna-se importante na medida em que,
estas experiências parecem constituir um factor de stress para as vitimas, e por esse motivo tem
recebido mais atenção por parte dos investigadores nesta área (Latack & Havlovic apud Shannon,
Rospenda, & Richman, 2007). Além disso, não apenas as experiências de assédio e violência em
contexto de trabalho são relevantes do ponto de vista dos estudos, mas também a forma como os
indivíduos lidam com estas situações parece merecer atenção especial por parte dos
investigadores.
Assim sendo, as estratégias utilizadas pela vítima para lidar com uma situação de assédio, bem
como o seu impacto, variam em função das características do indivíduo bem como da situação
abusiva (e.g., a duração, severidade da experiência abusiva) (Shannon, Rospenda, & Richman,
2007).
Do mesmo modo, face a uma situação de assédio no local de trabalho, a procura de apoio de
serviços especializados varia em função do tipo de assédio (e.g., o assédio sexual parece estar
mais associado à procura de serviços legais e de protecção laboral, Shannon, Rospenda, &
Richman, 2007).

4
Por tudo o que foi mencionado, é importante explorar as características dos agressores, para
melhor compreender as práticas de assédio, bem como as suas consequências.

4 Tipos de agressores

Quando se fala em assédio (moral ou sexual), é inevitável reflectir acerca do papel da vítima e do
agressor nesta dinâmica de violência. Assim, a literatura sugere um conjunto vasto de tipologias
que caracterizam diferentes perfis de agressores. No entanto, uma vez que o presente trabalho não
tem por objectivo explorar tipologias de agressores, passaremos a abordar apenas dois tipos de
agressor, por serem aquele que no meu ponto de vista Vicente Garrido confere maior ênfase no
livro
“Amores Que Matam”.

5 Agressor psicopata

De acordo com a literatura, este tipo de agressor torna-se possivelmente o mais perigoso, temível
e o mais astuto de todos pois revela-se o mais violento e destrutivo. Além de mentiroso, este tipo
de agressor tenta subjugar a vítima através da manipulação, denotando-se a crueldade dos seus
temíveis actos. Este agressor tem muita probabilidade de cometer outros actos anti-sociais como
roubar, vandalizar ou invadir propriedade alheia (Garrido, 2002). Além disso, o indivíduo com
características psicopáticas tende a revelar sentimentos como, por exemplo, raiva, ressentimento,
desconfiança, irritabilidade, e dificuldade em aceitar a critica. Do mesmo modo, a psicopatia
aparece na literatura como estando associada a risco de violência sexual (Rebocho, 2007).

5
6 Agressor Possessivo

O agressor possessivo é considerado o agressor mais violento, aquele que pretende que a mulher
sofra intensamente, podendo a longo prazo decidir matar. Segundo o psicólogo e filósofo Erich
Fromm (apud Garrido, 2002:63)

7 Fases do Assédio

O assédio pode ser analisado ao longo de um processo relacional, em que o agressor vai
estabelecendo progressivamente uma determinada relação com a vítima, e cujos comportamentos
de assédio se contextualizam em dinâmicas organizacionais específicas. Assim, de seguida serão
apresentadas fases segundo as quais o assédio sexual pode ocorrer (Wikipedia, 2008).
• Primeira fase
As organizações, são um contexto privilegiado para o aparecimento de conflitos, devido aos
diversos interesses dos trabalhadores. Assim sendo surgem por vezes problemas que se podem
solucionar de forma positiva através do diálogo ou pelo contrário, constituem o início de um
problema profundo (Wikipedia, 2008).
• Segunda fase
Nesta fase o agressor põe em prática estratégias de humilhação utilizando comportamentos de
sacrificar, ridicularizar, menosprezar a vítima, isolando-a socialmente. Não sendo a vítima capaz
de compreender o que se está a passar, esta tenderá a negar a evidência perante o resto do grupo
(Wikipedia, 2008).
• Terceira fase
Esta é a fase em que a empresa intervém uma vez que o conflito começa a ter repercussões no
funcionamento da organização. Assim surge uma possível solução positiva, que passa por trocar
o trabalhador de cargo para não surgirem mais conflitos. No entanto, quando esta hipótese não é
possível, a solução negativa é quando o trabalhador passa a ser visto como um problema abater
(Wikipedia, 2008).

6
8 Quarta fase

A quarta fase é chamada a fase da “marginalização”, que pode conduzir ao abandono do trabalho
por parte da vítima. No entanto, as consequências negativas desta situação não passam apenas por
questões laborais (pela perda de emprego), mas tem também consequências em termos de saúde
mental da vítima. Por vezes, a vítima acaba mesmo por tentar o suicídio face à instabilidade e
desajustamento psicológico decorrente do processo de assédio (Wikipedia, 2008).

9 Conceito de Assédio Moral

O assédio moral no trabalho é algo que se começa a discutir em estudos a partir dos anos oitenta,
sendo que ao longo dos tempos muitos foram os autores que procuraram definir assédio moral no
local de trabalho e por conseguinte o conceito de assédio moral assenta sobre várias designações.
No entanto, para a Marie-France Hirigoyen, psiquiatra francesa:
“O assédio moral no trabalho define-se como sendo qualquer comportamento abusivo (gesto,
palavra, comportamento, atitude…) que atende, pela sua repetição ou sistematização, contra a
dignidade ou a integridade psíquica ou física de uma pessoa, pondo em perigo o seu emprego ou
degradando o clima de trabalho.” (Hirigoyen, 2002:14-15) para Hirigoyen (2002) se distinguem
diferentes designações ou terminologias para o assédio moral, de onde se destacam:
Assédio moral: em Portugal e no Brasil;
Mobbing: deriva do inglês to mob e significa atacar, maltratar, verifica-se nos países nórdicos,
na Suiça, na Alemanha e na Itália;
Harassment ou mobbing: nos Estados Unidos da América;
Bullying: deriva do inglês to bully e significa brutalizar, tratar com rudeza encontra-se na
Inglaterra;
Ijime: descreve os vexames e humilhações sofridas pelas crianças nas escolas no Japão;

7
10 Tipos de assédio moral

Tendo em conta que existem várias organizações no mundo do trabalho, existem também vários
níveis hierárquicos. Neste sentido, o assédio moral deve ser analisado de forma mais rigorosa,
havendo por isso necessidade de distinguir o assédio moral proveniente do empregador e aquele
que provém da hierarquia. De seguida são apresentados diferentes tipos de assédio moral em
função desta questão.
Assédio vertical descendente (proveniente da hierarquia): refere-a ao assédio perpetrado por um
superior. A hierarquia de poder dentro de uma instituição empresarial permite que o superior tire
partido do poder que detém para assim conseguir obter mais facilmente que o subordinado se
submeta. (Hirigoyen, 2002) Assédio horizontal (proveniente de colegas): é mais frequente
quando existem dois colegas a disputar algo no trabalho, sendo esta estratégia um meio de
dissuasão do colega “adversário” (Hirigoyen, 2002).
Assédio misto: consiste no assédio horizontal que passa pelo assédio vertical descendente
(Hirigoyen, 2002).
Assédio Ascendente verifica-se quando um ou mais subordinados assediam um superior
(Hirigoyen, 2002).

11 Conceito de Assédio Sexual

O assédio sexual no local de trabalho refere a qualquer comportamento, ou revelação, por


palavras, ou acções, de natureza sexual, não pretendido pela pessoa a que se destina e que se
considera, portanto, ofensivo (Botão, 1989).
De acordo com fontes de informação nacionais, o assédio sexual é um fenómeno mais frequente
do que o que o senso comum pode considerar. Um exemplo disso é o artigo facultado pelo Diário
de Noticias de 26 de Outubro de 2008.
No ano passado, a Associação Nacional de Pequenas e Médias Empresas (ANPME) acompanhou
mais de 300 processos disciplinares por assédio sexual. Um número que para o especialista
Fausto Leite está muito longe da realidade: "Calcula-se que em cada dez trabalhadoras há quatro
8
assediadas." Mas, ao contrário de Fátima, a grande maioria das vítimas esconde o drama. "Temos
muito, muito poucas denúncias. Era importante que nos fizessem chegar [as queixas], que
tivessem essa coragem, porque são situações que acontecem com cada vez mais frequência",
alerta o inspector-geral do Trabalho, Paulo Morgado de Carvalho.

12 Tipos de Assédio Sexual

Quid Pró Quo: “Quid pro quo” significa “isto por aquilo”. Um exemplo de fácil compreensão
para esta forma de assédio sexual, ocorre quando um patrão (ou qualquer trabalhador de uma
empresa) determina que só continuará a exercer a dita função na empresa ou subirá na carreira ou
ainda um aumento salarial, caso sesubmeta a certas condutas sexuais. Este abuso de autoridade é
considerado ilegal, independentemente de recusar ou aceitar tais favores sexuais (Palo Alto
Medical Foundation, 2008).
Ambiente Hostil: Formas verbais, físicas ou visuais de assédio de natureza sexual, e que podem
ser suficientemente severas, persistentes ou persuasivas. Um único e rígido incidente, como uma
tentativa de agressão sexual, pode criar um ambiente hostil. Mais precisamente, podemos dizer,
que esse “ambiente hostil” é criado por uma série de tumultos (Palo Alto Medical Foundation,
2008).

13 Consequências do assédio moral/sexual no local de trabalho

14 Custos para as empresas

Tendo em conta que numa situação de assédio no local de trabalho é possível que a moral e a
motivação dos trabalhadores seja diminuta, é também previsível que a produtividade possa
decrescer. De facto, se um trabalhador está constantemente preocupado com o facto de o agressor
o poder vir a assediar novamente, não consegue exercer o seu trabalho eficazmente. Ao mesmo
tempo colegas que não estão envolvidos ficam também desmotivados pois ao terem

9
conhecimento dos inaceitáveis envolvimentos poderão recear potenciais efeitos negativos desta
situação (Cape Gateway, 2005).
As empresas podem com efeito perder empregados valiosos, pois muitas mulheres preferem
rescindir contracto do que passar por desagradáveis confrontações.
Numa divisão de uma empresa em que estejam empregadas várias mulheres e onde o assédio teve
lugar, poucas mulheres ficam lá mais do que três meses. Ao acontecer isto, quase que a divisão
pode fechar, face ao alto recrutamento e custos de formação em contraste com a fraca
produtividade (Cape Gateway, 2005).
O alto absentismo entre as mulheres pode também ser um resultado (ou um possível sintoma) do
assédio, pois o stress causado pela não resolução do problema, assim como o medo de serem
assediadas novamente pode conduzir a um problema de saúde, ou por seu turno encorajar as
mulheres a ficarem “seguras” em casa
(Cape Gateway, 2005).
O conhecimento de que o assédio é permitido pode enfraquecer os padrões éticos e a disciplina
numa organização em geral, na medida em que os trabalhadores perdem respeito por colegas que
desconhecem tal situação, mas vão ganhando respeito de superiores, os quais tentam encobrir
(Cape Gateway, 2005).

15 Custos legais

As empresas podem se multadas monetariamente se o problema for ignorado.


A acção pode-se voltar contra o empregador que sabe ou que deveria saber acerca do assédio e
que falha ao não tomar as necessárias medidas preventivas. Mesmo que existam inadequadas
formas de reclamação, um empregador deve dispor de estratégias eficazes para o problema,
mesmo que não tenha conhecimento do assédio (Cape Gateway, 2005).
Quando uma organização não tem nenhuma política esclarecedora acerca do assédio sexual, pode
vir a ter problemas se precisar de tomar medidas disciplinares face a um agressor (Cape Gateway,
2005).
A clara falta de definição concreta de quais os comportamentos inaceitáveis acabam por
beneficiar um agressor que se interponha em tribunal contra a empresa (e.g., apelando contra as
10
medidas disciplinares ou contra a rescisão). A título de exemplo, de referir que há alguns anos
atrás, um alto directivo numa grande empresa Sul-africana foi demitido, quando foram revelados
muitos anos de sérias perseguições a mais de uma dúzia de mulheres. O seu comportamento
prejudicougravemente a empresa em termos de perda de produtividade, assim como a imagem da
mesma. Por conseguinte, quando o arguido apelou ao Tribunal Industrial, a empresa não
compareceu, temendo perder o caso, visto que não tinha nenhuma política específica ou definição
clara acerca do assédio sexual naquele tempo (Cape Gateway, 2005).

16 Custos pessoais

As vítimas sofrem, geralmente, os mais elevados custos pessoais, embora os autores ou mesmo os
observadores possam, igualmente, ser prejudicados caso o assédio acabe por ser
descontroladamente permitido (Cape Gateway, 2005).
Poucas são as pessoas que, nunca tendo passado por tal experiência pessoal, conseguem
compreender a aflição e o terror que o assédio sexual pode originar. A maioria das mulheres
entendem-no como um insulto, que visa enfraquecer a sua autoconfiança, assim como a sua
eficácia pessoal. Similarmente acaba por enfraquecer a sua confiança nos homens e nas pessoas
de maior autoridade. No caso das mulheres que foram abusadas sexualmente em criança ou
mesmo em idade adulta, uma possível experiência negativa pode causar sério dano psicológico
(Cape Gateway, 2005).
As mulheres que rescindem contrato devido a problemas de assédio sexual, têm bastante
dificuldade em conseguir boas referências, ou conceder razões por ter deixado o seu antigo
emprego; podendo ter, assim, dificuldades em arranjar outro trabalho. Neste sentido, esta
experiência poderá ter repercussões negativas na vida da mulher a longo-prazo (Cape Gateway,
2005).
As mulheres que resistem ao assédio ou se queixam, podem ficar sujeitas a ameaçadas, como por
exemplo, a recusa de uma promoção). Assim, estes acontecimentos poderão limitar a capacidade
da mulher ao nível da construção da carreira e de desenvolvimento pessoal (Cape Gateway,
2005).

11
17 Conclusão

O assédio sexual e moral no local de trabalho foi um tema interessante, tendo resultado de forma
positiva no presente trabalho, salientando a satisfação pessoal na sua realização.
Apesar das dificuldades em termos de pesquisa, decorrente do facto de o tema estar ainda a ser
explorado no momento (e por isso serem escassos os recursos disponíveis), foi possível recolher
informação pertinente para o presente trabalho.
A informação recolhida, através de diferentes modalidades e fontes de informação, resultou num
conteúdo abrangente, útil e apreciável acerca da temática. Com efeito, a informação obtida
permitiu compreender o assédio numa perspectiva de conceito, mas também em termos de
consequências e de enquadramento legal. Apenas uma abordagem compreensiva nos permitirá
melhor definir estratégias de prevenção e intervenção adequadas.Com efeito desde já apelo a que
um leitor que esteja realmente integrado neste assunto que visite o endereço da página URL:
http://www.youtube.com/watch?v=L5_uQ_P1- Fw&feature=related elaborado por Natisteinhaus,
consiste num vídeo sobre o assédio moral, apresentado num trabalho académico para a disciplina
de Psicologia Organizacional na Universidade de Santa Cruz do Sul, onde faz uma breve alusão,
muito perspicaz sobre o tema mencionado.
Neste sentido, diferentes fontes de informação funcionam como ferramentas úteis, em função dos
nossos objectivos de pesquisa e do tempo disponível na procura de recursos (e.g., os recursos
digitais são de mais rápido acesso pela internet, ao passo que os livros poderão apresentar mais
constrangimentos ao nível da disponibilidade de tempo). Não obstante, uma gestão de tempo e de
recursos adequada permite que a informação recolhida assuma importância significativa, quer na
compreensão do tema, quer na elaboração de um trabalho integrativo e critico acerca da
problemática.

12

Você também pode gostar