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25/05/2018

Suinocultura Nutrição e Alimentação


Alini Mari Veira
Departamento de Zootecnia
do Macho Reprodutor
alini.mari@hotmail.com

Jaboticabal, 2018 Jaboticabal, 2018

Aspectos Gerais Aspectos Gerais

• Representam uma pequena parcela dentro do • Principalmente por influenciar sua libido,
sistema de produção; qualidade e quantidade de sêmen e capacidade
fecundante dos espermatozoides;

• Gestação e lactação;
• Dieta deve ter a merecida atenção – 50% do
material genético – taxa de parto e tamanho da
• Impacto na eficiência reprodutiva; leitegada.

• O macho reprodutor possui necessidades • Nutrientes – Exigências – Qualidade do


nutricionais diferentes das reprodutoras; ejaculado.
3 4

Exigências Nutricionais Exigências Nutricionais

• Necessita de uma ração com maior porcentagem • Mantença;


de proteína – crescem mais rápido; • Ganho de peso;
• Produção de sêmen;
• Na vida adulta a quantidade de energia deve
receber atenção para evitar o sobrepeso; • Atividade física da monta;
• Manutenção da temperatura corporal.
• Machos inteiros tem maior exigência para
mantença – maior quantidade de massa magra,
alta taxa de deposição de proteína – maior
produção de calor.
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Exigências Nutricionais

14 % proteína bruta (0,7% lisina total)


3.300 Kcal de EM
0,90% Cálcio
Nutrição e Alimentação
0,45% Fósforo disponível
± 5 % de Fibra
de Suínos nas fases de
Creche, Crescimento e
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Terminação
Jaboticabal, 2018

Aspectos Gerais Exigência Nutricional

• As rações devem:
• Ter boa aceitabilidade Afetada por:
• Granulometria adequada • Potencial Genético
• Atender as exigências nutricionais dos animais • Qualidade dos ingredientes
• PB
• Idade
• Aminoácidos
• Energia • Fase
• Vitaminas • Temperatura Ambiente
• Minerais
9 10

Exigência Nutricional Principais Alimentos


• NRC
Vegetal Animal

• Milho • Farinha de carne


• Tabela Brasileira de Aves e Suínos • Farelo de soja • Farinha de peixe
• Sorgo • Plasma Sanguíneo
• INRA • Farelo de trigo • Soro de leite
• Aveia • Leite
• Manuais da Linhagem • Centeio • Gordura animal
• Triticale
• Óleos
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Aspectos Gerais Alimentação e nutrição de suínos

 Formas de alimentação
A vontade Equipamento misturador e dosador de ração líquida
Restrita
 Apresentação
Farelada
Peletizada
Extrusada
 Administração
Seca
Úmida 13 14
Líquida

Alimentação líquida Manejo alimentar de leitões lactentes

Ração A Ração B Água

Misturador

15 16

Imunoglobulinas Tempo de absorção


• As imunoglobulinas do colostro são absorvidas pelas células • Dependente da espécie.
epiteliais do intestino delgado, que apresentam a capacidade
de transferir as proteínas intactas e funcionais para a • Em ratos verifica-se a transferência de imunoglobulinas por
circulação. um período de 21 dias pós-natal;
(Staley et al. 1972)

• Em suínos esse processo ocorre nas primeiras 24 a 48 horas


de vida.

(Brambell, 1958).

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Tempo de absorção Absorção de imunoglobulinas


• Quantidade de IgA, IgM e IgG no colostro da porca no • Em algumas espécies as células epiteliais do intestino delgado
decorrer das horas após o parto. permitem a transferência de macromoléculas intactas do
lúmen para a circulação sanguínea apenas por algumas horas.
(Kruse, 1983)

• O processo de absorção ocorre principalmente nas células das


porções do jejuno e íleo, sendo desprezível a contribuição das
células do duodeno.
(James et al., 1979)

19 20
Le Treut (2011)

Absorção de imunoglobulinas Absorção de imunoglobulinas


• Condições ideais para a absorção de imunoglobulinas:

• Pequena produção de HCl no estômago;

• Atividade mínima da pepsina gástrica;

• Presença de um fator inibidor de tripsina no colostro;

• Baixa atividade proteolítica da mucosa intestinal.

21 22

Absorção de Imunoglobulinas Término da transferência de imunoglobulinas

• O fechamento intestinal é definido como o término da


• Após atravessar a célula, por uma rede de túbulos e vesículas, transferência de macromoléculas do intestino para o sistema
o complexo Ig-receptor é exposto na membrana basolateral e circulatório em recém-nascidos.
(Lecce & Morgan, 1962)
se dissocia no meio interno.

• O receptor é reciclado, voltando à membrana apical e as • O inicio do processo de fechamento se inicia 24 horas após o
imunoglobulinas atingem os vasos linfáticos e a circulação nascimento, onde observa-se a presença de enterócitos em
sistêmica. diferentes estágios de maturação.

(Rodewald, 1980) (Jochims et al., 1994)

23 24

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Leite Manejo alimentar de leitões na creche

• Composição nutricional:

• Gordura;

• Proteína – Caseína e soro;

• Carboidrato – Lactose;

• Minerais;
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• Vitaminas.

Variação na composição corporal de ganho de peso


Implicações do desmame em leitões após desmame
-20 dias
250
Ganho 200
diário 150

100
Taxa, g/dia

Proteina
50 Agua

0 Lipideos

-50

-100

-150
-100 -50 0 50 100 150 200 250 300
Ganho de peso, g/dia
27 28

Desmame Idade

Porcentagem de animais que consomem


ração nas primeiras 72 horas pós-desmame
Porcentagem animais, %

100
70%
75

50

25

0
24 hs
48 hs 29 30

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NUTRIÇÃO DE LEITÕES
 Processo de adaptação

 Desmamem natural x desmame comercial

 Mudanças nas enzimas digestivas

31 32

NUTRIÇÃO DE LEITÕES

Desenvolvimento da atividade de enzimas digestivas em leitões


Manejo alimentar de leitões na creche
Correlação entre ingestão de ração, altura dos vilos e
ganho de peso

33 34

Adaptado de PIC USA, 2003


Fonte: Pluske et al, (1996)

NUTRIÇÃO DE LEITÕES
Manejo alimentar de leitões na creche Manejo alimentar de leitões na creche
Secreção de ácido no estômago de leitões Eliminação de E. coli e diarréia em leitões

16

14
Desmame
Mmol/100g digestão

12

10

8
Secreção enzimas

0
Mamando Semana 1 Semana 2
35 36
HCL VFL Ac. Láctico

Fonte: Bolduan, 1987 Fonte: Kelly et al.,(1990) e Aumaitre (1983)

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NUTRIÇÃO DE LEITÕES
Manejo alimentar de leitões na creche
 Integridade do intestino delgado
Morfologia e a altura das vilosidades do intestino delgado (jejuno) em
leitões (Cera et al., 1988)
Efeitos:
 Digestão e absorção inadequada de nutrientes;
Comprometimento da saúde;
Proliferação de bactérias patogênicas;

 Baixo ganho de peso


37  Incidência de díarréia 38
2 10 21 28 35  CA comprometida
Dias de aleitamento

Manejo alimentar de leitões na creche

 Fatores que afetam o ganho de peso pós-desmame:


 Secreção insuficiente de enzimas digestivas;
 Baixa secreção de ácido gástrico;
Comprometimento da integridade do TGI
 Retirada do leite;
 Consumo de ração insuficiente e irregular;
Baixo consumo de água e desitratação;
39 40
Adaptação lenta á nova dieta e novo ambiente.

Manejo alimentar de leitões na creche Manejo alimentar de leitões na creche


 Forma física da ração.

 Rações fareladas
 Estratégias alimentares e
 Reduzir o consumo.
nutricionais ?????
 Problemas respiratórios.

 Rações peletizadas

 Consumo de alimento.

41  Digestibilidade 42

 Produtos lácteos.

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Manejo alimentar de leitões na creche Manejo alimentar de leitões na creche


 Forma física da ração.
 Rações líquidas ou úmidas. Efeito da dieta liquida e seca sobre a altura de vilos
após o desmame
 pH estomacal
 Higiene da ração
 Eptélio intestinal

 Reduz diarréia
 Sanidade
43 44
Consumo
Fonte: Deprez et al., (1987)
 Ganho de peso

Manejo alimentar de leitões na creche Cuidados com o comedouro


• Regulagem
• Limpeza
• Vazão água
• 5 primeiros dias
• 40 leitões/comedouro

45 46

Manejo alimentar de leitões na creche Manejo alimentar de leitões na creche


PRODUTOS MAIS UTILIZADOS NA DIETA
 Escolha dos ingredientes Milho

 Critérios  Glúten do milho (fonte de proteína)


 Subprodutos do leite (altamente digestíveis):
 Palatáveis  Soro de leite em pó,
 Leite desnatado em pó
 Digestiveis  Lactose.
 Vantagens:
 Atender exigência
 Possibilidade de formular uma dieta de transição.
47 48
 Fatores antínutricionais  Rações mais adequadas à capacidade digestiva dos leitões

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49 50

Manejo alimentar de leitões na creche


PRODUTOS MAIS UTILIZADOS
 Subprodutos da soja:
 Farelo de soja: incluir até 15 % (21 dias) e 25% (28 dias)
 Soja integral ou semi-integral extrusada.
 Proteína texturizada.
 Proteína concentrada de soja.
 Outros ingredientes:
 Plasma
22,5% imunoglobulinas, 48,0% albumina e 0,5% proteínas de
baixo peso molecular
51 52
 Farinha de peixe,
 Gorduras e óleos.

Manejo alimentar de leitões na creche

PRODUTOS MAIS UTILIZADOS NA DIETA

 Núcleos:

 Fontes de vitaminas, micro e macro-minerais e AA

 Núcleos pré-iniciais e iniciais (fontes de PB e energia)

 Incluídos em altas proporções nas rações

53 54

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Atenção com a disponibilidade de


Manejo alimentar de leitões na creche bebedouros

 Aditivos
10 animais/bebedouro,
 Antimicrobianos vazão 1 L/min.
Regular altura
 Probióticos

 Prebióticos

 Enzimas

 Acidificantes
55 56

Manejo alimentar de leitões na creche

 Fatores que afetam o ganho de peso pós-desmame:


 Secreção insuficiente de enzimas digestivas;
 Baixa secreção de ácido gástrico;
Comprometimento da integridade do TGI
 Retirada do leite;
 Consumo de ração insuficiente e irregular;
Baixo consumo de água e desitratação;
57 58
Adaptação lenta á nova dieta e novo ambiente.

Manejo alimentar de leitões nas fases de


crescimento e terminação

59 60

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SUÍNOS EM CRESCIMENTO E TERMINAÇÃO

 Essas fases representam 70% do total da ração consumida


na granja.

61 Ganho de peso corporal em razão Ganho de tecido muscular e lipídico de 62


da acordo com a idade (KYRIAZAKIS,
idade (WHITTEMORE, 1998). 1999).

Manejo alimentar de leitões nas fases de Manejo alimentar de leitões nas fases de
crescimento e terminação crescimento e terminação
 Proteína
energia da dieta
 Nutrientes mais caros das dietas

 Quantidade X Qualidade

 Exigências de aminoácidos

 Mantença
Influencia consumo Influencia deposição de
de ração gordura  Crescimento muscular
63 64
 Aminoácidos sintéticos

Manejo alimentar de leitões nas fases de


crescimento e terminação Proteína Ideal:
“A proteína ideal é definida como balanço exato de aminoácidos
que é capaz de prover sem excesso ou falta, os requerimentos
Proteína Ideal de todos os aminoácidos necessários para a manutenção animal
e máxima deposição protéica.”

SUIDA (2001)

Melhora no perfil de
 proteína na dieta aminoácidos essenciais
65 66

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Esquematização das exigências em


aminoácidos Ordem de limitação dos aminoácidos
de suínos (Lisina - limitante)  Varia conforme a espécie animal, ingrediente e
idade
P+T
His
Ile Suínos
M+C 1. Lisina
Val
Trp 2. Treonina
3. Metionina
Thr
4. Triptofano
Lis
67 68

Suplementação com aminoácidos sintéticos Lisina referência para Proteína Ideal

• Ordem de limitação dos aminoácidos:


Arg Suínos: 1o limitante
His Ile
Aves: 2o limitante
Val
Conhecimento:
• Disponibilidade comprovada quimicamente e exigências
Trp
L-Thr nutricionais bem determinadas;
Lys
• Possui turnover lento: digestibilidade ileal verdadeira versus
disponibilidade biológica
Thr
69
• Metabolismo para deposição proteica 70

Benefícios ao meio ambiente das dietas de Manejo alimentar de leitões nas fases de
suínos com baixa proteína crescimento e terminação
Efeito da  em 1 Efeito Níveis atingíveis
facilmente
ponto da PB máximo  Idade

Excreção de  Fase de crescimento


-10% - 50 % - 25 %
nitrogênio
 Maior velocidade de deposição de tecido magro
Nível de amônia nos
dejetos - 10 % - 50 % -30 %  O consumo menor do que a exigência

Emissão de amônia   a densidade da dieta


no ar - 10 % - 60 % -40 %
 Fase de terminação
Consumo de água
- 2-3 % - 28 % - 10 %  Consome mais alimento do que necessita
71 72
 Deposição de gordura maior que de proteína
Volume de dejetos - 3-5 % - 30 % - 20 %

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Ajuste da oferta de nutrientes de acordo com as


exigências dos animais

Mistura de alimentos
Exigências nutricionais

sólidos

Período ou peso vivo 73 74

Alimentação por mistura de dietas permite: Ajuste da oferta de nutrientes de acordo com as
exigências dos animais
 Reduzir excreção de elementos poluidores sem
aumentar os custos;  O efeito de alimentar suínos com um programa alimentar de
três fases (3F) ou multifases diárias (DF) foi estudado por
Apenas duas dietas são elaboradas, sendo que a Pomar et al, (2007);
mistura das duas permite dietas multifases  Duas dietas foram formuladas e misturadas para os dois
grupos ( 3F e DP) utilizando um sistema automático de
alimentação.

75

76
Tempo ou peso

Ajuste da oferta de nutrientes de acordo com as Ajuste da oferta de nutrientes de acordo com as
exigências dos animais exigências dos animais

 Consumo  Consumo de protéina


3,0 500
Consumo de proteína (g/d)

450
Consumo (kg/d)

2,5

400

2,0
350
Ajuste diário (FD) Ajuste diário (DP)
3 fases (3F) 3 fases (3P)
77 78
1,5 300
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Semana experimental Semana experimental

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Ajuste da oferta de nutrientes de acordo com as Alimentação de precisão individual


exigências dos animais
3.0

Feed intake (kg/d)


Limitações da alimentação por grupos
2.5

Ganho de peso 2.0

 Todos
Daily adjustment (DP)
3 ph ases (3P)

1100
os animais são alimentados com um único
1.5
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Weeks in trial

alimento e durante um longo período de tempo


Ganho de peso médio (g/d)

1000
A maioria dos animais recebem mais nutrientes que
necessitam para atender a sua exigência
900

800

700
3 fases (3P)
Ajuste diário (DP) 79 80
600
Fase 1 Fase 2 Fase 3 Fases 1-3
25 à 50 kg 50 à 80 kg 80 à 105 kg 20 à 105 kg

Introdução Material e métodos Resultados Conclusões

-Empírico e fatorial
-Modelos crescimento
1,60
Formulação Estimativae
Três fases
1,40 dietas xigências
Lisina/energia líquida (g/MJ)

1,20
Dieta Dieta
A B
1,00

0,80

0,60

0,40

0,20 Peso Consumo


0 20 40 60 80 81 82

Tempo (dias)
Intelligente Precision Feeder

IPF-S Intelligent Precision Feeder System Alimentação de precisão individual

83 84

Pomar et al. (2012)

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Manejo alimentar de leitões nas fases de Ganho de proteína de diferentes tipos


crescimento e terminação sexuais

 Sexo
 Sexo tem influência no desenvolvimento corporal,
carne, gordura e ossos
São divididos em três classes sexuais:
 Machos inteiros (testosterona)
 Machos castrados
 Fêmeas.

85

Pomar 1995

SUÍNOS
Ganho de EM CRESCIMENTO
peso, taxas de deposição deE proteína
TERMINAÇÃO
e gordura Níveis dietéticos de aminoácidos para machos castrados e fêmeas
na carcaça de suínos de 25 a 90 kg segundo sexo

87 88

Ganho de proteína de diferentes tipos Manejo alimentar de leitões nas fases de


genéticos
crescimento e terminação
 Genótipo
Ganho N

90

Aporte nutricional
Pomar 1995

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