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Aula 2

... continuação

6.3.2 – Provas

Provas são, em regra, produzidas na fase judicial, sob o pálio do contraditório e da ampla defesa.

Exceções:

 Provas cautelares: São aquelas em que há um risco de desaparecimento do objeto da prova em razão do
decurso do tempo. Podem ser produzidas na fase investigatória e na fase judicial. Dependem de autorização judicial,
sendo que o contraditório será diferido (postergado). Exemplo: interceptação telefônica (tal prova, se não for
realizada com certa urgência, perderá sua eficácia; o acusado não deverá ser cientificado de uma interceptação
telefônica em andamento – se cientificará quando a interceptação estiver concluída).
 Provas não repetíveis: É aquela que uma vez produzida não tem como ser novamente coletada em razão do
desaparecimento da fonte probatória. Podem ser produzidas na fase investigatória e na fase judicial. Não dependem
de autorização judicial, sendo que o contraditório será diferido. Observação: semelhante à cautelar quanto ao
momento em que pode ser produzida – fase investigatória e fase judicial; diferença: prova não repetível não
depende de autorização judicial. Exemplo: exame de corpo de delito cujos vestígios venham a desaparecer.
 Provas antecipadas: São aquelas produzidas com a observância do contraditório real em momento
processual distinto daquele legalmente previsto, ou até mesmo antes do início do processo, em virtude de situação
de urgência e relevância. Podem ser produzidas na fase investigatória e na fase judicial. Dependem de autorização
judicial, sendo que o contraditório será real (contraditório para a prova). Em outras palavras: é uma prova produzida
antes do momento procedimental correto (fase investigatória ou judicial). Exemplo: há uma única testemunha que
presenciou o delito, mas tal pessoa encontra-se gravemente enfermo. Se o Delegado dirige-se ao hospital para ouvi-
la, o status será de elemento informativo. Invoca-se o art. 225 CPP para colher a oitiva dessa pessoa como prova
antecipada (status de prova – contraditório real - para posteriormente formar a convicção do magistrado).

Durante o curso do processo, o juiz é dotado de certa iniciativa probatória, a ser exercida de maneira residual. No
sistema acusatório brasileiro é dotado de certa iniciativa probatória. O juiz pode agir de ofício? Não na fase
investigatória. Mas, cf. doutrina majoritária, durante a fase processual, desde que de maneira residual, o juiz é sim
dotado de certa iniciativa probatória.
Finalidade da prova: auxiliar na formação da convicção do juiz.

6.3.2 – Conceito de Polícia

a) Polícia administrativa (ostensiva): é a polícia de caráter preventivo, ou seja, espécie de polícia que visa inibir a
prática de delitos. Na maioria dos casos é a Polícia Militar.
b) Polícia judiciária: refere-se à polícia auxiliando o poder judiciário (cumprimento de suas ordens, mandados,
investigação de delitos). Observação: alguns doutrinadores, de forma minoritária, ainda distinguem: polícia
judiciária de polícia investigativa. A polícia judiciária é a polícia auxiliando o poder judiciário no cumprimento de
suas ordens e polícia investigativa é a polícia investigando a prática de infrações penais. A doutrina majoritária e a
jurisprudência citam somente a administrativa e a judiciária.
Atribuição: Polícia Civil (crimes estaduais) e Polícia Federal (Crimes Federais).
Material complementar

Natureza do crime e atribuição para as investigações

A atribuição para investigar o delito está diretamente relacionada à natureza do delito, ou seja, é a natureza do crime
que vai dizer quem é que vai investigá-lo.

a) Crime militar da competência da Justiça Militar da União: as investigações serão realizadas pelas Forças
Armadas através de um inquérito policial militar, no qual um oficial será designado como encarregado.
b) Crime militar da competência da Justiça Militar Estadual: as funções de polícia judiciária serão exercidas pela
Polícia Militar ou pelo Corpo de Bombeiros – oficial designado como encarregado.
c) Crime eleitoral: em regra, as investigações ficaram a cargo da Polícia Federal. E se na cidade onde houver sido
cometido o crime eleitoral não contar com Polícia Federal? Polícia Civil (entendimento do TSE).
d) Crime “federal”: crimes da competência da Justiça Federal (listados nos incisos do art. 109 da CF): as
investigações ficarão a cargo da Polícia Federal.
e) Crime comum da competência da Justiça Estadual: em regra, a investigação será realizada pela Polícia Civil.
Observação: a Polícia Federal também pode investigar crimes da competência da Justiça Estadual, desde que tais
delitos sejam dotados de repercussão interestadual ou internacional e houver previsão legal.
 Art. 144 § 1º CF: “A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, organizado e mantido pela União
e estruturado em carreira, destina-se a: I – apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento
de bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras
infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme, segundo se
dispuser em lei”.

 Lei n. 10.446/02: “Art. 1º Na forma do inciso I do § 1º do art. 144 da Constituição, quando houver repercussão
interestadual ou internacional que exija repressão uniforme, poderá o Departamento de Polícia Federal do
Ministério da Justiça, sem prejuízo da responsabilidade dos órgãos de segurança pública arrolados no art. 144 da
Constituição Federal, em especial das Polícias Militares e Civis dos Estados, proceder à investigação, dentre outras,
das seguintes infrações penais:” (“Dentre outras”: rol exemplificativo.)

I – sequestro, cárcere privado e extorsão mediante sequestro (arts. 148 e 159 do Código Penal), se o agente foi
impelido por motivação política ou quando praticado em razão da função pública exercida pela vítima;
II – formação de cartel (incisos I, a, II, III e VII do art. 4º da Lei n. 8.137/90)
III – relativas à violação a direitos humanos, que a República Federativa do Brasil se comprometeu a reprimir em
decorrência de tratados internacionais de que seja parte; e
IV - furto, roubo ou receptação de cargas, inclusive bens e valores, transportadas em operação interestadual ou
internacional, quando houver indícios da atuação de quadrilha ou bando em mais de um Estado da Federação.
V - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais e
venda, inclusive pela internet, depósito ou distribuição do produto falsificado, corrompido, adulterado ou alterado
(art. 273 do CP). (inciso V acrescentado pela Lei n. 12.894/13).
VI – furto, roubo ou dano contra instituições financeiras, incluindo agências bancárias ou caixas eletrônicos, quando
houver indícios da atuação de associação criminosa em mais de um Estado da Federação (inciso VI acrescentado
pela Lei n. 13.124/15, com vigência em 22/05/2015).
Parágrafo único. Atendidos os pressupostos do caput, o Departamento de Polícia Federal procederá à apuração de
outros casos, desde que tal providência seja autorizada ou determinada pelo Ministro de Estado da Justiça.
Terrorismo (Legislação especial): o art. 11 da Lei n. 13.260/16 atribui à Polícia Federal a atribuição para investigar
os crimes ali previstos;

6.4 – Principais características do inquérito policial (para mais, consultar doutrina)

a) Procedimento dispensável: o inquérito policial é dispensável desde que você já disponha de elementos de
informação ministrados por outro procedimento investigatório.  CPP. “Art. 39, § 5º O órgão do Ministério
Público dispensará o inquérito, se com a representação forem oferecidos elementos que o habilitem a promover a
ação penal, e, neste caso, oferecerá a denúncia no prazo de quinze dias.”

b) Procedimento sigiloso: ao contrário da ação judicial, o inquérito policial exige que seja realizado, em regra, de
forma sigilosa para garantir a eficácia das investigações.

* Em alguns casos, no entanto, a publicidade pode ser essencial para o processo: investigação com retrato-falado.

c) Acesso do advogado aos autos do procedimento investigatório:

* O acesso está restrito às diligências já documentadas, e não àquelas ainda em andamento.

Súmula vinculante n. 14 do STF: “É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos
elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de
polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa”.

Análise do caso concreto: é o momento adequado para juntar e, assim, permitir o acesso do advogado? : Lei n.
8.906/94 (redação dada pela Lei n. 13.245/15). “Art. 7º. São direitos do advogado: § 11. No caso previsto no inciso
XIV, a autoridade competente poderá delimitar o acesso do advogado aos elementos de prova relacionados a
diligências em andamento e ainda não documentados nos autos, quando houver risco de comprometimento da
eficiência, da eficácia ou da finalidade das diligências”.

CF. “Art. 5º. LXIII – o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe
assegurada a assistência da família e de advogado”. “Preso”: qualquer pessoa que seja objeto de uma investigação:
suspeito, indiciado, investigado, preso ou em liberdade. A assistência, necessariamente, passa pelo acesso aos
autos.

* Em regra, não há necessidade de procuração para acesso aos autos do inquérito. Exceção: Lei n. 12.850/13 (Lei de
Organização Criminosa): “Art. 23. O sigilo da investigação poderá ser decretado pela autoridade judicial
competente, para garantia da celeridade e da eficácia das diligências investigatórias, assegurando-se ao defensor,
no interesse do representado, amplo acesso aos elementos de prova que digam respeito ao exercício do direito de
defesa, devidamente precedido de autorização judicial, ressalvados os referentes às diligências em andamento”.

d) Investigação preliminar como procedimentoinquisitorial (posição majoritária):

*Se o advogado estiver acompanhando seu cliente no inquérito, não poderia ser negado a ele, em regra, o direito de
acompanhar a diligência policial. Daí não se pode concluir que a presença do advogado seria obrigatória.

6.5 – Notitia crriminis

É o conhecimento, pela autoridade policial (Delegado de Polícia), de um fato delituoso, que pode se dar por uma
dessas formas:
a) De cognição imediata (espontânea): tomada de conhecimento durante suas atividades rotineiras. Exemplo:
interceptação telefônica quanto tráfico de drogas, mas se descobrem fortuitamente demais elementos de outros
delitos.

b) De cognição mediata (provocada): A autoridade policial toma conhecimento do crime através de um


expediente escrito. Exemplo: uma requisição ministerial.

c) De cognição coercitiva: Nesse caso a autoridade policial toma conhecimento do fato delituoso através da
apresentação de indivíduo preso em flagrante.

d) Notitia criminis inqualificada (“denúncia anônima” ou “denuncia apócrifa”) : é a instauração de um inquérito


a partir de uma comunicação realizada por uma pessoa desconhecida, que geralmente receia que a sua identidade
seja revelada.

* Problema: a CF veda o anonimato, porque ele inviabiliza uma futura e possível ação para reparação dos danos
morais.

* Solução: STF: “(...) Firmou-se a orientação de que a autoridade policial, ao receber uma denúncia anônima, deve
antes realizar diligências preliminares para averiguar se os fatos narrados nessa "denúncia" são materialmente
verdadeiros, para, só então, iniciar as investigações”. (STF, 1ª Turma, HC 95.244/PE, Rel. Min. Dias Toffoli,
j. 23/03/2010, DJe 76 29/04/2010).

6.6 - Indiciamento

Conceito: Consiste em atribuir a alguém a autoria de determinada infração penal.


* O indiciamento apenas pode ocorrer enquanto estiver na fase investigatória.

Pressupostos (Renato Brasileiro): o indiciamento só pode ocorrer a partir do momento em que reunidos elementos
suficientes que apontem para a autoria da infração penal, quando, então, o delegado de polícia deve cientificar o
investigado, atribuindo-lhe, fundamentadamente, a condição jurídica de “indiciado”, respeitadas todas as garantias
constitucionais e legais.

* Pessoas que não podem ser indiciadas: ****

* Indiciamento de investigados dotados de foro por prerrogativa de função: ****

* O indiciamento é privativo do Delgado, mas o desindiciamento pode ser feito pelo próprio Delegado, mas também
poderá ser feito pelo Poder Judiciário se acaso reconhecido constrangimento ilegal no julgamento de um habeas
corpus ou mandado de segurança.

6.7 – Conclusão do IP

HIPÓTESE - crime RÉU PRESO RÉU SOLTO


Estadual 10 dias + 15 (Pacote 30 dias
Anticrime – art. suspenso)
Federal 15 + 15 dias 30 dias
Militar 20 dias 40 + 20 dias
Drogas 30 + 30 dias 90 + 90 dias
Economia Popular 10 dias 10 dias
Eleitoral 10 dias 30 solto

* Natureza processual do prazo para conclusão do prazo: estando o réu preso* ou solto.

6.8 – Arquivamento do IP

Conceito: o arquivamento do inquérito policial é uma decisão judicial, muito embora ainda não haja um processo
judicial em curso. Ele depende de pedido de promoção de arquivamento feito pelo MP, que será apreciado pelo juiz.

Tabela retirada do livro de Renato Brasileiro

FUNDAMENTOS DO ARQUIVAMENTO COISA JULGADA

Ausência de pressupostos processuais ou de Formal


condições da ação (art. 395, CPP)

Falta de justa causa Formal

Atipicidade Formal e material

Excludente de ilicitude Formal e material*

Excludente de culpabilidade Formal e material

Excludente da punibilidade Formal e material

Coisa julgada formal: imutabilidade da decisão dentro do processo - será possível o desarquivamento. 

* Art. 18 do CPP. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base
para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia.

Há duas espécies de prova nova (Renato Brasileiro):

 Formalmente nova: já era conhecida e, inclusive, foi utilizada pelo Estado, mas ganhou uma nova versão. Ex.:
testemunha já havia prestado depoimento, mas posteriormente muda sua versão.
 Substancialmente nova: prova inédita/não conhecida/não utilizada. Ex.: arma do crime localizada.

Coisa julgada material: imutabilidade da decisão que se estende para fora do processo - não será possível o
desarquivamento.

* STF: “(...) A decisão que, com base em certidão de óbito falsa, julga extinta a punibilidade do réu pode ser
revogada, dado que não gera coisa julgada em sentido estrito”. (STF, 2ª Turma, HC 84.525/MG, Rel. Min. Carlos
Velloso, j. 16/11/2004, DJ 03/12/2004).

6.9 – Trancamento do IP
Conceito: trata-se de medida de força, excepcionalmente admitida, que acarreta a extinção prematura das
investigações quando a mera tramitação do inquérito configurar constrangimento ilegal.

Hipóteses autorizadoras:

 Atipicidade.
 Extinção da punibilidade.
 Ausência de manifestação da vítima – quando se trate de crime de ação privada ou crime de ação penal pública
condicionada.

Instrumento: HC (risco de liberdade de locomoção) e mandado de segurança (infração penal a qual não é imposta
pena privativa de liberdade - Lei n. 11.343/06, art. 28).

SUJEITOS PROCESSUAIS

1 - Conceito de sujeitos processuais

Sujeitos processuais são as pessoas entre as quais se constitui, se desenvolve e se completa a relação jurídico-
processual. A relação jurídica processual é composta de três sujeitos: juiz, autor e réu, que são os sujeitos principais
(ou essenciais) do processo.

2 – Classificação dos sujeitos do processo

a) Sujeitos principais (essenciais): são aqueles cuja presença é essencial para que a relação processual seja
regularmente instaurada. São essenciais o juiz, o acusador e o acusado.

b) Sujeitos secundários (acessórios/colaterais): são as pessoas que podem, eventualmente, intervir no processo, a
fim de deduzir uma determinada pretensão, mas cuja ausência não afeta a validade da relação processual, como o
assistente da acusação e os terceiros interessados.

2.1 – Juiz

É o representante do Estado, com o poder de aplicar o direito ao caso concreto.

2.1.1 – Princípios relacionados à figura do juiz

a. Princípio da identidade física do juiz: Consiste no fato de que o juiz que preside a instrução do processo,
colhendo as provas, deve ser aquele que julgará o feito, vinculando-se à causa, e está previsto no art. 399, §2º, do
CPP.

b. Princípio do impulso oficial: Uma vez iniciada a ação penal, o juiz deve conduzir o desenvolvimento dos atos
processuais até o final da instrução (art. 251 CPP).

c. Princípio do juiz natural: O princípio do juiz natural decorre do art. 5.º, LIII, da Constituição Federal, ao dispor
que ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente.

2.1.2 - Causas de impedimento e suspeição do juiz

O magistrado deve, ainda, possuir competência e imparcialidade.

A imparcialidade é a aptidão para emitir um juízo de valor sem pender ao favorecimento de qualquer
das partes, e sua ausência pode ensejar ao impedimento, suspeição ou incompatibilidade:
a) Impedimento: São circunstâncias objetivas relacionadas a fatos internos ao processo capazes de prejudicar a
imparcialidade do magistrado.

O rol de impedimentos é taxativo (CPP, arts. 252 e 253).

* consequência da atuação de juiz impedido: atos por ele praticados são tidos como inexistentes. Podem ser
arguidos a qualquer tempo.

b) Suspeição: São circunstâncias subjetivas relativas a fatos externos ao processo capazes de prejudicar a
imparcialidade do juiz.

O rol de suspeição é exemplificativo (CPP, art. 254).

Disposições comuns ao impedimento e à suspeição

CPP, art. 255: “O impedimento ou suspeição decorrente de parentesco por afinidade cessará pela dissolução do
casamento que Ihe tiver dado causa, salvo sobrevindo descendentes; mas, ainda que dissolvido o casamento sem
descendentes, não funcionará como juiz o sogro, o padrasto, o cunhado, o genro ou enteado de quem for parte no
processo”.

CPP, art. 256: “A suspeição não poderá ser declarada nem reconhecida, quando a parte injuriar o juiz ou de
propósito der motivo para criá-la”.

2.2 – Ministério Público

No âmbito do processo penal, possui a função institucional de promover, privativamente, a ação penal pública
(incondicionada ou condicionada).

* Cabe ainda ressaltar a importante função atribuída ao Ministério Público pelo art. 129, VII da CF/88, no sentido
de exercer o controle externo da atividade policial, requisitar diligências investigatórias e determinar a
instauração de inquérito policial.

Cabe ainda ressaltar a importante função atribuída ao Ministério Público pelo art. 129, VII da CF/88, no sentido de
exercer o controle externo da atividade policial, requisitar diligências investigatórias e determinar a
instauração de inquérito policial.

2.3 – Acusado

* Pessoa jurídica como ré em ação penal: ***

2.4 – Defensor

Nenhum acusado, ainda que ausente ou foragido, será processado ou julgado sem defensor (nomeado) ou
procurador (constituído), que é obrigatoriamente um advogado (art. 261, CPP).

Imprescindibilidade de que o réu (qualquer pessoa) seja amparado por profissional com conhecimentos técnico-
jurídicos para o exercício de suas garantias penais.

Art. 133, CF. O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações
no exercício da profissão, nos limites da lei.
Considerando que ampla defesa se subdivide em autodefesa e defesa técnica, tem-se que esta (defesa técnica) é
indisponível, devendo ser exercida ainda que contra a vontade do acusado ou na sua ausência, razão pela qual, se o
acusado não tiver procurador constituído, lhe deve ser nomeado defensor pelo juiz (defensor dativo - art. 263, CPP)
e, em havendo mais de um réu, o juiz deve nomear defensor para todos (se possível, advogados diversos).

Hipóteses excepcionais em que o réu pode atuar sem defensor (causa própria)

∘ Advocacia em causa própria;


∘ Na hipótese de interpor um recurso (art. 577, CPP);
∘ Para impetrar habeas corpus (art. 654, CPP).

2.5 – Assistente da Acusação

Posição ocupada pelo ofendido do delito quando atua ao lado do Ministério Público.

No caso de morte do ofendido, as seguintes pessoas podem sucedê-lo como assistente da acusação (CADI)

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