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F2 - Mill Síntese Ética de Mill
F2 - Mill Síntese Ética de Mill
-‐
Consequencialista
-‐
Essa
utilidade
é
medida
nas
consequências
que
decorrem
da
ação
(uma
ação
é
moralmente
boa
ou
má
de
acordo
com
os
seus
efeitos).
(No
entanto…
Os
agentes
podem
não
sentir
inclinação
para
cumprir
os
princípios
da
moral
utilitarista
pois
não
há
sanção
que
os
obrigue
a
cumpri-‐los)
Perante
isto,
Mill
defende
que
a
consciência
moral
não
é
inata,
não
nasce
com
o
ser
humano,
mas
afirma
que
nascemos
com
uma
disposição
natural
para
termos
uma
consciência
moral,
que
pode
ser
educada
no
sentido
de
respeitar
os
princípios
da
ética
utilitarista.
Análise
crítica
da
ética
utilitarista
de
Mill
(objeções)
Perante
isto,
Mill
defende
que
os
princípios
utilitaristas
determinam
uma
regra
moral
para
avaliar
as
ações
mas
não
nos
dizem
que
o
motivo
de
todas
as
nossas
ações
deve
ser
a
obediência
à
lei
moral
(ex.
podemos
doar
dinheiro
para
combater
a
fome
mas
tal
não
significa
que
tenhamos
de
doar
a
nossa
riqueza
excedente
a
um
ponto
que
impossibilite
a
perseguição
de
objetivos
pessoais).
2ª
Objeção
Impossibilidade
do
cálculo
das
consequências
da
ação
–
quando
agimos
nem
todos
os
efeitos
das
nossas
ações
são
visíveis
imediatamente
(ex.
efeitos
das
emissões
dos
gases
de
escape
dos
automóveis);
-‐
a
ação
pode
ter
consequências
inesperadas
(ao
ajudar
alguém
num
acidente
podemos
inadvertidamente
piorar
a
sua
situação).
O
cálculo
de
todas
as
consequências
da
ação
pode
resultar
numa
paralisação
do
agente
ou
na
incapacidade
de
este
determinar
se
a
sua
ação
teve
uma
intencionalidade
ética.
Mill
argumenta
que
não
temos
de
efetuar
todos
os
cálculos
necessários
uma
vez
que
a
experiência
milenar
já
nos
ensinou
que
há
atos
com
consequências
melhores
e
outros
com
consequências
piores.
Objeção
ao
carácter
utilitarista
da
ética
de
Mill
(o
utilitarismo
justifica
a
prática
de
ações
imorais)
Esta
objeção
dirigida
ao
carácter
utilitarista
da
ética
de
Mill
acusa-‐a
de
ser
uma
ética
do
interesse,
ou
seja,
uma
ética
em
que
as
possíveis
consequências
benéficas
de
uma
ação
se
sobrepõem
a
considerações
morais
fundamentais
para
a
vida
em
sociedade
(por
exemplo
aceitar
a
morte
de
um
inocente
se
daí
decorrer
o
bem-‐estar
dos
indivíduos
de
uma
comunidade,
ou
que
se
roube
um
medicamento
para
salvar
a
vida
de
um
familiar).
Mill
contra-‐argumenta
que
esta
crítica
confunde
utilidade
(aquilo
que
traz
benefícios
reais)
com
expediente
(infração
de
uma
regra
moral
para
obter
um
benefício
momentâneo)
–
todo
o
ato
que
possa
abalar
a
confiança
sobre
a
qual
se
baseia
a
sociedade
(roubar,
mentir,
assassinar
para
interesse
dos
outros)
não
é
aceite
pelo
utilitarismo
como
por
nenhuma
outra
moral.
(Adaptado
de
Reflexões
10º
pp.167-‐175)
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