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EEEP Raimundo Saraiva Coelho Nota


Professor: edilvan moraes
Disciplina: filosofia
Curso:
Aluno:
Matrícula: Turma: Data: __/__/____

INSTRUÇÕES: • Leia atentamente a todas as questões da prova; • Para realizar esta prova, você poderá
utilizar SOMENTE caneta de tinta azul ou preta. Não serão admitidas provas feitas de outra maneira, ou
com rasuras, ou sem a marcação correta do gabarito; • Cada questão objetiva admite uma única resposta,
que deve ser assinalada no cartão de respostas a caneta, no local correspondente ao número e alternativa
correta da questão. O assinalamento de duas respostas para a mesma questão implicará na anulação da
questão; • Não é permitido aos alunos deixar o local de provas, isto é, após as avaliações, é proibido sair de
sala de aula. NÃO RASURE O GABARITO. DEIXE PARA TOCAR NELE QUANDO TIVER TOTAL
CERTEZA DE QUAL QUESTÃO MARCAR.

Marque o gabarito preenchendo completamente a região de cada


alternativa.

a b c d e
Q.1:
Q.2:
Q.3:
Q.4:
Q.5:
Q.6:
Q.7:
Q.8:
Q.9:
Q.10:
a b c d e

Prova: 648357.0

Q.1 (1.00) - Leia o texto a seguir. As leis morais origina, sendo as inclinações serenas moral-
juntamente com seus princípios não só se distinguem mente mais perfeitas do que as passionais.
essencialmente, em todo o conhecimento prático, de b) ( ) O sentimento é o elemento determinante
tudo o mais onde haja um elemento empírico qual- para a ação moral, e a razão, por sua vez,
quer, mas toda a Filosofia moral repousa inteira- somente pode dar uma direção à presente in-
mente sobre a sua parte pura e, aplicada ao homem, clinação, na medida em que fornece o meio
não toma emprestado o mínimo que seja ao conheci- para alcançar o que é desejado.
mento do mesmo (Antropologia). c) ( ) A fonte das ações morais pode ser encon-
KANT, I. Fundamentação da Metafísica dos Cos- trada através da análise psicológica da cons-
tumes. Trad. de Guido A. de Almeida. São Paulo: ciência moral, na qual se pesquisa mais o que
Discurso Editorial, 2009. p.73. o homem é, do que o que ele deveria ser.
Com base no texto e na questão da liberdade e d) ( ) O ponto de partida dos juízos morais
autonomia em Immanuel Kant, assinale a alternativa encontra-se nos “propulsores” humanos na-
correta. turais, os quais se direcionam ao bem pró-
prio e ao bem do outro.
a) ( ) O elemento determinante do caráter moral
e) ( ) O princípio supremo da moralidade deve
de uma ação está na inclinação da qual se

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assentar-se na razão prática pura, e as leis Q.4 (1.00) - O justo e o bem são complementa-
morais devem ser independentes de qualquer res no sentido de que uma concepção política deve
condição subjetiva da natureza humana. apoiar-se em diferentes ideias do bem. Na teoria da
justiça como equidade, essa condição se expressa pela
Q.2 (1.00) - Atente para o seguinte enunciado: “A prioridade do justo. Sob sua forma geral, esta quer
ética é um conjunto de princípios e disposições vol- dizer que as ideias aceitáveis do bem devem respei-
tados para a ação, historicamente produzidos, cujo tar os limites da concepção política de justiça e nela
objetivo é balizar as ações humanas. A ética existe desempenhar um certo papel. (RAWLS, J. Justiça
como uma referência para os seres humanos em soci- e democracia. São Paulo: Martins Fontes, 2000 -
edade, de modo tal que a sociedade possa se tornar adaptado)
cada vez mais humana”. Fonte: https://www.portal
educacao.com.br/conteudo/artigos/adm inistracao/ a) ( ) as intenções e bens particulares que cada in-
etica-cidadania-e-moral/27500 divíduo almeja alcançar são regulados na so-
Considerando referências éticas, assinale a afir- ciedade por princípios equilibrados sobre as
mação verdadeira. regras que orientam a busca por justiça.
b) ( ) as ações individuais são definidas como efei-
a) ( ) O tipo de desenvolvimento econômico vi- tos determinados por fatores naturais ou
gente no Brasil tem gerado, estrutural e sis- constrangimentos sociais.
tematicamente, situações práticas que favo- c) ( ) o homem é compreendido como determinado
recem a afirmação dos princípios éticos. e livre ao mesmo tempo, já que a liberdade
b) ( ) A atitude ética está relacionada ao compor- limita-se a um conjunto de condições objeti-
tamento individual pautado nas tradições vas.
morais que devem ser respeitadas, mesmo d) ( ) o estudo da origem e da história dos valores
que neguem o direito à pluralidade e à di- morais concluem a inexistência de noções ab-
versidade da condição humana. solutas de bem e mal
c) ( ) A falta de ética gera desigualdades crescen- e) ( ) o próprio estatuto do homem como centro do
tes e injustiças, rompe laços de solidarie- mundo é abalado, marcando o relativismo da
dade, reduz ou extingue direito, lança po- época contemporânea.
pulações inteiras a condições de vida cada
vez mais indignas. Q.5 (1.00) - O termo injusto se aplica tanto às pes-
d) ( ) A reflexão sobre a ética é essencial para de- soas que infringem a lei quanto às pessoas ambici-
terminar os valores imutáveis e perenes de osas (no sentido de quererem mais do que aquilo a
uma sociedade. que têm direito) e iníquas, de tal forma que as cum-
e) ( ) Ética não tem relação com situações de in- pridoras da lei e as pessoas corretas serão justas. O
justiça, de desigualdade, de indignidade e de justo, então, é aquilo conforme à lei e o injusto é
discriminação, de onde se conclui que a que- o ilegal e iníquo. (ARISTÓTELES. Ética à Nicô-
bra da ética não afeta as populações social- maco. São Paulo: Nova Cultural: 1996 - adaptado)
mente vulneráveis. Segundo Aristóteles, pode-se reconhecer uma ação
justa quando ela observa o:
Q.3 (1.00) - Hans Jonas, na obra “O Princípio Res-
ponsabilidade”, formulou um novo e característico a) ( ) princípio de dar a cada um o que lhe é de-
imperativo categórico, relacionado a um novo tipo vido.
de ação humana: “Age de tal forma que os efeitos de b) ( ) interesse para a classe social do agente da
tua ação sejam compatíveis com a permanência de ação.
uma vida humana autêntica sobre a terra” (JONAS, c) ( ) fundamento na categoria de progresso histó-
2006, p. 48). rico.
A este respeito, assinale a alternativa COR- d) ( ) compromisso com os movimentos desvincu-
RETA. lados da legalidade.
e) ( ) benefício para o maior número possível de
a) ( ) Podemos deduzir que Hans Jonas propõe que indivíduos.
o importante é o bem do indivíduo e não a
coletividade futura. Q.6 (1.00) - “A utilidade ou o princípio da maior
b) ( ) Podemos deduzir que não é importante a felicidade como a fundação da moral sustenta que
permanência da vida humana sobre a terra. as ações são corretas na medida em que tendem a
c) ( ) O importante é viver o presente sem se im- promover a felicidade e erradas conforme tendam a
portar com o futuro da humanidade. produzir o contrário da felicidade. Por felicidade se
d) ( ) A ação de cada indivíduo não influencia na entende prazer e ausência de dor; por infelicidade,
coletividade. dor e privação de prazer [...] o prazer e a imunidade
e) ( ) O imperativo proposto por Hans Jonas é de à dor são as únicas coisas desejáveis como fins, e que
ordem racional, para um agir coletivo como todas as coisas desejáveis [...] são desejáveis quer
um bem público e não individual. pelo prazer inerente a elas mesmas, quer como meios

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para alcançar o prazer e evitar a dor.” (MILL, 2000, Q.9 (1.00) - Na obra O princípio responsabilidade,
p.187) Essa passagem corresponde ao núcleo central Hans Jonas propõe um ensaio de uma ética para a ci-
da ética: vilização tecnológica. Entre as principais teses defen-
didas pelo autor destacam-se: I. Todas as éticas até
a) ( ) teleológica utilitarista hoje partilharam de alguns pressupostos em comum,
b) ( ) da virtude aristotélica tais como: a natureza humana e extra-humana eram
c) ( ) deontológica utilitarista consideradas imodificáveis pelo agir; todas as éticas
d) ( ) teológica agostiniana foram essencialmente antropocêntricas; e a responsa-
e) ( ) da responsabilidade do Hans Jonas bilidade da ação humana limitava-se ao tempo pre-
sente.
Q.7 (1.00) - A necessidade de conviver em grupo II. Enquanto no passado a natureza humana e
fez o homem desenvolver estratégias adaptativas di- extra-humana eram invioláveis pela capacidade do
versas. Darwin, num estudo sobre a evolução e as poder tecnológico, a técnica moderna coloca em pe-
emoções, mostrou que o reconhecimento de emoções rigo a autenticidade da vida futura.
primárias, como raiva e medo, teve um papel central III. Ninguém pode ser responsabilizado pelos efei-
na sobrevivência. Estudos antigos e recentes têm tos involuntários posteriores de um ato bem intenci-
mostrado que a moralidade ou comportamento mo- onado.
ral está associado a outros tipos de emoções, como IV. A natureza deve, sobretudo, ser protegida
a vergonha, a culpa, a compaixão e a empatia. Há, porque, sem ela, o homem não poderá assegurar a
no entanto, teorias éticas que afirmam que as ações sua sobrevivência e nem das gerações futuras.
boas devem ser motivadas exclusivamente pelo uso Estão corretas APENAS as assertivas:
lógico da razão e seus imperativos categóricos e não
por impulsos ou emoções. Essa teoria é a ética a) ( ) I, II e IV.
b) ( ) I, II e III.
a) ( ) contratualista. c) ( ) I e II apenas
b) ( ) das virtudes. d) ( ) I e III apenas.
c) ( ) teológica. e) ( ) III e IV apenas
d) ( ) utilitarista.
e) ( ) deontológica ou kantiana. Q.10 (1.00) - “... a função própria do homem é um
certo modo de vida, e este é constituído de uma ati-
Q.8 (1.00) - (ENEM, 2016) Ninguém delibera sobre vidade ou de ações da alma que pressupõem o uso
coisas que não podem ser de outro modo, nem sobre da razão, e a função própria de um homem bom é
as que lhe é impossível fazer. Por conseguinte, como o bom e nobilitante exercício desta atividade ou a
o conhecimento científico envolve demonstração, mas prática destas ações [...] o bem para o homem vem
não há demonstração de coisas cujos primeiros prin- a ser o exercício ativo das faculdade da alma de con-
cípios são variáveis (pois todas elas poderiam ser di- formidade com a excelência, e se há mais de uma
ferentemente), e como é impossível deliberar sobre excelência, em conformidade com a melhor e a mais
coisas que são por necessidade, a sabedoria prática completa entre elas. Mas devemos acrescentar que
não pode ser ciência, nem arte: nem ciência, porque tal exercício ativo deve estender-se por toda a vida,
aquilo que se pode fazer é capaz de ser diferente- pois uma andorinha só não faz verão (nem o faz um
mente, nem arte, porque o agir e o produzir são duas dia quente); da mesma forma, um dia só, ou um curto
espécies diferentes de coisa. Resta, pois, a alterna- lapso de tempo, não faz um homem bem-aventurado
tiva de ser ela uma capacidade verdadeira e racioci- e feliz”. Aristóteles.
nada de agir com respeito às coisas que são boas ou Considerando o texto citado e o pensamento ético
más para o homem. (ARISTÓTELES. Ética a Nicô- de Aristóteles, seguem as afirmativas abaixo:
maco. São Paulo: Abril Cultural, 1980) Aristóteles I. O bem mais elevado que o ser humano pode al-
considera a ética como pertencente ao campo do sa- mejar é a eudaimonia (felicidade), havendo uma con-
ber prático. Nesse sentido, ela difere-se dos outros cordância geral de que o bem supremo para o homem
saberes porque é caracterizada como: é a felicidade, e que bem viver e bem agir equivale a
ser feliz.
a) ( ) política estabelecida de acordo com padrões II. A eudaimonia (felicidade) é sempre buscada
democráticos de deliberação. por si mesma e não em função de outra coisa, pois o
b) ( ) conduta definida pela capacidade racional de ser humano escolhe o viver bem como a mais elevada
escolha. finalidade e por nada além do próprio viver bem.
c) ( ) capacidade de escolher de acordo com pa- III. Definindo a eudaimonia (felicidade) a partir
drões científicos. da função própria da alma racional e do exercício
d) ( ) conhecimento das coisas importantes para a ativo das faculdades da alma em conformidade com
vida do homem. a excelência (virtude) conclui-se que, aos seres hu-
e) ( ) técnica que tem como resultado a produção manos, só é possível levar uma vida constituída por
de boas ações. momentos de felicidade decorrentes da satisfação dos

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desejos e paixões que não se subordinam à atividade homem bom é o bom e nobilitante exercício desta ati-
racional. vidade ou na prática destas ações em conformidade
IV. A eudaimonia (felicidade) é um certo modo com a virtude, sendo este o bem humano supremo e
de vida constituído de uma atividade ou de ações por a última finalidade desiderativa humana.
via da razão e conforme a ela, sendo o bem melhor Das afirmativas feitas acima
para o homem o exercício ativo das faculdades da
alma em conformidade com a excelência (virtude), a) ( ) as afirmações II, III e IV estão corretas.
que deve estender-se por toda a vida. b) ( ) somente a afirmação III está incorreta.
V. A excelência (virtude) humana, como realiza- c) ( ) somente a afirmação I está incorreta.
ção excelente da tarefa humana, reside no exercício d) ( ) as afirmações III e V estão corretas.
ativo da racionalidade, pois a função própria de um e) ( ) as afirmações I e III estão corretas.

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