2- E.D.

O Linear de 2ª Ordem

2.1 Introdução
2.1.1 Expressão Geral
𝑑2𝑦 𝑑𝑦
𝑎2 𝑥 + 𝑎1 𝑥 + 𝑎0 𝑥 𝑦 = 𝑏 𝑥
𝑑𝑥 2 𝑑𝑥

2ª ordem  𝑎2 𝑥 ≠ 0
• Logo, a expressão geral de uma EDO de
2ª ordem é dada por:
1
 2- E.D.O Linear de 2ª Ordem

𝑑2𝑦 𝑑𝑦
+𝑝 𝑥 +𝑞 𝑥 𝑦 =𝑟 𝑥
𝑑𝑥 2 𝑑𝑥
Ou ainda
𝑦 ,, + 𝑝 𝑥 𝑦 , + 𝑞 𝑥 𝑦 = 𝑟 𝑥 (a)

2.1.2 – Tipos de Solução

𝑦 𝑥 = 𝑦ℎ 𝑥 + 𝑦𝑃 𝑥 (b)
Sobreposição de soluções (homogênea
+particular) 2
 2- E.D.O Linear de 2ª Ordem

Onde 𝑦ℎ (𝑥)= Solução geral da

equação homogênea
( 𝑦 ,, +𝑝 𝑥 𝑦 , + 𝑞 𝑥 𝑦 =0)

𝑦𝑃 (𝑥)= Solução particular da

equação não-homogênea
(𝑎)

3
 2- E.D.O Linear de 2ª Ordem

2.1.3 – Problema de Valor Inicial

• No caso de uma EDO linear de 2ª ordem,
o problema de valor inicial é formulado da
seguinte maneira:

𝑦 ,, +𝑝 𝑥 𝑦 , + 𝑞 𝑥 𝑦 = 𝑟 𝑥

, ,
Com 𝑦 𝑥0 = 𝑦0 ; 𝑦 (𝑥0 )=𝑦0

4
 2- E.D.O Linear de 2ª Ordem

– Interpretação gráfica
𝑦

𝑦0
𝑥0 𝑥
,
𝑚=𝑦0 5
 E.D.O Linear de 1ª Ordem

“ Dentre todas as funções 𝑦 𝑥 que

satisfazem a equação diferencial
acima, a solução do P.V.I é aquela que
passa pelo ponto ( 𝑥0 , 𝑦0 ) e tem
inclinação igual a 𝑦0′ em 𝑥0 "

6
 2- E.D.O Linear de 2ª Ordem

2.2 – Equações Homogêneas

(Lineares de 2ª ordem)

𝑦 ,, +𝑝 𝑥 𝑦 , + 𝑞 𝑥 𝑦 =0 (a)

2.2.1 – Princípio da superposição

Sejam 𝑦1 𝑥 e 𝑦2 (𝑥) soluções de (a), então:
𝑦ത 𝑥 = 𝐶1 𝑦1 𝑥 + 𝐶2 𝑦2 𝑥 também é solução de (a)

7
 2- E.D.O Linear de 2ª Ordem

2.2.1 – Princípio da superposição

Demonstração: 𝑦ത , = 𝐶1 𝑦1, + 𝐶2 𝑦2,
(b)
𝑦ത ,, = 𝐶1 𝑦1,, + 𝐶2 𝑦2,,
Substituindo (b) em (a), obtém-se:
𝐶1 𝑦1,, + 𝐶2 𝑦2,, + 𝑝 𝑥 𝐶1 𝑦1, + 𝐶2 𝑦2, +
[𝑞(𝑥) 𝐶1 𝑦1 + 𝐶2 𝑦2 ] = 0

Ou seja: 𝐶1 𝑦1,, + 𝑝 𝑥 𝑦1, + 𝑞 𝑥 𝑦1 +

𝐶2 𝑦2,, + 𝑝 𝑥 𝑦2, + 𝑞 𝑥 𝑦2 = 0
8
 2- E.D.O Linear de 2ª Ordem

2.2.2 Solução Geral das Eq. Homogêneas

(Generalização ordem “n”)
• Sejam 𝑦1 , 𝑦2 ,..., 𝑦𝑛 soluções da equação
diferencial linear homogênea de ordem “n”
𝑎𝑛 𝑥 𝑦 𝑛 + 𝑎𝑛−1 𝑥 𝑦 𝑛−1 + ⋯ + 𝑎1 𝑥 𝑦 , + 𝑎0 𝑥 𝑦 =0

A solução GERAL da equação acima é dada por:

𝑦 𝑥 = 𝐶1 𝑦1 + 𝐶2 𝑦2 + ⋯ + 𝐶𝑛 𝑦𝑛
SE E SOMENTE SE, as funções 𝑦1 , 𝑦2 … 𝑦𝑛 forem
linearmente independentes 9
 2- E.D.O Linear de 2ª Ordem

• Questão:
“Como saber ser as funções 𝑦1 , 𝑦2 … 𝑦𝑛 são, de
fato, linearmente independentes?”

Obs: - Uma EDO linear homogênea de ordem “n”

apresenta “n” soluções independentes!

• Exemplo: Seja a equação

𝑦 ,, − 9𝑦 = 0 (*)
10
 2- E.D.O Linear de 2ª Ordem

2.2.3 Funções Linearmente Independentes

• As funções 𝑦1 , 𝑦2 … 𝑦𝑛 são linearmente
independentes em uma determinada região do
domínio (ex: 𝑎 ≤ 𝑥 ≤ 𝑏), se e somente se a
expressão:
𝐶1 𝑦1 + 𝐶2 𝑦2 + ⋯ + 𝐶𝑛 𝑦𝑛 = 0
Só admitir a solução trivial, ou seja, 𝐶𝑖 = 0 ,
para i = 1,2, … 𝑛
Exemplos :
(a) 𝑦1 𝑥 = 𝑠𝑒𝑛 2𝑥 ; 𝑦2 𝑥 = 𝑐𝑜𝑠 𝑥 𝑠𝑒𝑛 𝑥 11
 2- E.D.O Linear de 2ª Ordem

Exemplos :
(b) 𝑦1 𝑥 = 𝑒 3𝑥 ; 𝑦2 𝑥 = 2𝑒 3𝑥

2.2.3.1 – Wronksiano* das funções

- É um critério para determinar se as funções

𝑦1 , 𝑦2 … 𝑦𝑛 são linearmente independentes (em
uma dada região).

* Josef Maria Hoëne Wronski - Polonês, 1778-1853. Filósofo, Matemático, 12

excêntrico que teve apenas essa contribuição relevante
 2- E.D.O Linear de 2ª Ordem

- Sejam 𝑦1 𝑥 , 𝑦2 𝑥 … 𝑦𝑛 (𝑥), funções

diferenciáveis pelo menos “n-1” vezes em um
determinado domínio D. Se o determinante
𝑦1 𝑦1 𝑦𝑛
𝑦1, 𝑦2, ⋯ 𝑦𝑛,
⋮ ⋱ ⋮ n linhas
𝑦1𝑛−1 𝑦2𝑛−1 ⋯ 𝑦𝑛𝑛−1

n colunas
for “DIFERENTE” de zero em pelo menos um
ponto de D, então as funções são Linearmente
13
Independentes neste domínio
 2- E.D.O Linear de 2ª Ordem

- Notação 𝑊[𝑦1 𝑥 , 𝑦2 𝑥 … 𝑦𝑛 (𝑥)]

- Exemplos
(a) 𝑦1 𝑥 = 𝑒 3𝑥 ; 𝑦2 𝑥 = 2𝑒 3𝑥
𝑒 3𝑥 2𝑒 3𝑥 = 0, ∀𝑥,  𝑦 𝑒 𝑦 são
1 2
3𝑒 3𝑥 6𝑒 3𝑥
Linearmente
Dependentes!

14
 2- E.D.O Linear de 2ª Ordem

- Exemplos
(b) 𝑦1 𝑥 = 𝑒 𝑥 ; 𝑦2 𝑥 = 𝑒 −𝑥
𝑒 𝑥 𝑒 −𝑥 𝑥 𝑒 −𝑥 − 𝑒 𝑥 𝑒 −𝑥 = −2 ≠ 0
= −𝑒
𝑒 𝑥 −𝑒 𝑥
 𝑦1 𝑒 𝑦2 são Linearmente Independentes!
2.2.4 – Definições
• O conjunto de “n” funções linearmente
independentes que são soluções da E.D linear
homogênea ‘de ordem n’ é chamado de
CONJUNTO FUNDAMENTAL 15
 2- E.D.O Linear de 2ª Ordem

• A função 𝑦𝑛 (𝑥) , solução da E.D linear

homogênea de ordem “n”, é dada pela
combinação linear das funções do conjunto
fundamental, ou seja:
𝑦ℎ 𝑥 = 𝐶1 𝑦1 𝑥 + 𝐶2 𝑦2 𝑥 … 𝐶𝑛 𝑦𝑛 (𝑥)

• 𝑦ℎ 𝑥 é conhecida como: solução geral, solução

completa ou “FUNÇÃO COMPLEMENTAR”

16
 2- E.D.O Linear de 2ª Ordem

2.2.5 – Equações com Coeficientes Constantes

𝑦 ,, +𝑝 𝑥 𝑦 , + 𝑞 𝑥 𝑦 = 0;
𝑐𝑜𝑚 𝑝 𝑥 = 𝑝 = 𝑐𝑡𝑒 𝑒 𝑞 𝑥 = 𝑞 = 𝑐𝑡𝑒
𝑦 ,, +𝑝𝑦 , + 𝑞𝑦 = 0

• Seja 𝑦 𝑥 = 𝑒 𝑚𝑥 uma candidata a solução:

• Logo: 𝑒 𝑚𝑥 (𝑚2 + 𝑝𝑚 + 𝑞) = 0

≠ 0, ∀𝑥 ∈ ℝ
17
 2- E.D.O Linear de 2ª Ordem

𝑚2 + 𝑝𝑚 + 𝑞=0 Equação Característica

(3 casos)
Raízes 𝑚1 , 𝑚2

𝑚1 , 𝑚2 ∈ ℝ
𝑚1 = 𝑚2
𝑚1 , 𝑚2 ∈ ℝ 𝑚1 , 𝑚2 ∈ ℂ
𝑚1 ≠ 𝑚2 𝑚1 = 𝛼 + 𝛽𝑖
𝑚2 = 𝛼 − 𝛽𝑖
𝛼, 𝛽 > 0 ∈ ℝ
18
 2- E.D.O Linear de 2ª Ordem

2.2.5.1 – CASO 1 (Raízes reais e distintas)

- As soluções são do tipo: 𝑦1 𝑥 = 𝑒 𝑚1 𝑥

𝑦2 𝑥 = 𝑒 𝑚2 𝑥
Obs (Mostrar que as soluções são L. I.)

Logo, a solução geral é dada por:

𝑦 𝑥 = 𝐶1 𝑒 𝑚1 𝑥 + 𝐶2 𝑒 𝑚2𝑥

19
 2- E.D.O Linear de 2ª Ordem

2.2.5.2 – CASO 2 (Raízes reais e iguais)

(𝑚1 = 𝑚2 = 𝑚)

- Soluções são do tipo: 𝑦1 𝑥 = 𝑒 𝑚𝑥

𝑦2 𝑥 = 𝑥𝑒 𝑚𝑥 (*)
Obs (Mostrar que as soluções são L. I.)

Logo, a solução geral é dada por:

𝑦 𝑥 = 𝐶1 𝑒 𝑚𝑥 + 𝐶2 𝑥𝑒 𝑚𝑥

(*) a expressão de 𝑦2 𝑥 pode ser demonstrada utilizando-se a

formula de obtenção de 𝑦2 𝑥 a partir 𝑦1 𝑥 (vide seção 2.2.6) 20
 2- E.D.O Linear de 2ª Ordem

2.2.5.3 – CASO 3 (Raízes complexas conjugadas)

(𝑚1 = 𝛼 + 𝛽𝑖 ; 𝑚2 = 𝛼 − 𝛽𝑖 ; 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝛼, 𝛽 > 0 ∈ ℝ 𝑒 𝑖 2 = −1)

-Formalmente não há diferença desse caso para o

caso 1, ou seja a solução geral podem ser :
𝑦 𝑥 = 𝑑1 𝑒 (𝛼+𝛽𝑖)𝑥 + 𝑑2 𝑒 (𝛼−𝛽𝑖)𝑥

- Porém na prática, é preferível trabalhar com

funções reais em vez de exponenciais complexas.
Para isso, usa-se a fórmula de EULER:
𝑒 𝑖𝜃 = 𝑐𝑜𝑠𝜃 + 𝑖𝑠𝑒𝑛𝜃 21
 2- E.D.O Linear de 2ª Ordem

- escolhendo-se, adequadamente, as constantes

𝑑1 e 𝑑2 como: 𝑑1 = (𝑐1 − 𝑖𝑐2 )/2
𝑑2 = (𝑐1 + 𝑖𝑐2 )/2

- Chega-se a:
𝑦 𝑥 = 𝑒 𝛼𝑥 [𝑑1 cos 𝛽𝑥 + 𝑖𝑠𝑒𝑛 𝛽𝑥 + 𝑑2 (cos 𝛽𝑥 − 𝑖𝑠𝑒𝑛 𝛽𝑥)]

= 𝑒 𝛼𝑥 (𝑑1 +𝑑2 cos 𝛽𝑥 + 𝑖 𝑑1 − 𝑑2 𝑠𝑒𝑛 𝛽𝑥]

𝑐1 𝑐2

Ou ainda: 𝑦 𝑥 = 𝑐1 𝑒 𝛼𝑥 cos 𝛽𝑥 + 𝑐2 𝑒 𝛼𝑥 𝑠𝑒𝑛 𝛽𝑥

22
(Função Real)
 2- E.D.O Linear de 2ª Ordem

- Exemplo:
,, ,
(a) 2𝑦 − 5𝑦 − 3𝑦 = 0
 2- E.D.O Linear de 2ª Ordem

2.2.6 – Eq. com Coeficientes Não Constantes

- Seja a equação: 𝑦 ,, +𝑝 𝑥 𝑦 , + 𝑞 𝑥 𝑦 = 0; (a)

Onde 𝑝 𝑥 e 𝑞 𝑥 são funções contínuas em uma

dada região 𝔻

- Considere 𝑦1 𝑥 como sendo uma solução

fornecida ou facilmente encontrada

Deseja-se encontrar uma segunda solução

𝑦2 𝑥 , que seja Linearmente Independente
de 𝑦1 𝑥 .
 2- E.D.O Linear de 2ª Ordem

- Solução:

Seja y 𝑥 = 𝑢(𝑥)𝑦1 (𝑥) (b)

𝑦 , = 𝑢 , 𝑦1 + 𝑢𝑦1, (c)
,, ,, , , , , ,,
𝑦 = 𝑢 𝑦1 + 𝑢 𝑦1 + 𝑢 𝑦1 + 𝑢𝑦1
𝑦 ,, = 𝑢,, 𝑦1 + 2𝑢, 𝑦1, + 𝑢𝑦1,, (d)

Substituindo (b),(c) e (d) em (a), obtém-se

 2- E.D.O Linear de 2ª Ordem

- Substituindo (b),(c) e (d) em (a), obtém-se:

,, , ,, , , ,,
𝑦 +𝑝 𝑥 𝑦 +𝑞 𝑥 𝑦 = 𝑢 𝑦1 + 2𝑢 𝑦1 + 𝑢𝑦1 +
𝑝 𝑥 𝑢, 𝑦1 + 𝑢𝑦1, +
𝑞 𝑥 𝑢𝑦1 = 0

,, ,
=𝑢 +𝑝 𝑥 𝑦1 𝑦1
+ 𝑞 𝑥 𝑦1 +
𝑢 2𝑦1, + 𝑝 𝑥 𝑦1 + 𝑢 ,, 𝑦1 = 0
,

(e)
ou seja ,,
𝑢 𝑦1 + 𝑢 ,
2𝑦1, + 𝑝 𝑥 𝑦1 = 0
 2- E.D.O Linear de 2ª Ordem

- Fazendo-se 𝑣 = 𝑢, , chega-se a:
, ,
𝑣 𝑦1 + 2𝑦1 + 𝑝 𝑥 𝑦1 𝑣 = 0

ou ainda
,
𝑑𝑣 𝑦1
+ 2 +𝑝 𝑥 𝑣=0 (f)
𝑑𝑥 𝑦1

(Equação Linear e Separável)

 2- E.D.O Linear de 2ª Ordem

- A equação (f) pode ser escrita como:

,
𝑑𝑣 𝑦1
+ 2 + 𝑝 𝑥 𝑑𝑥 = 0
𝑣 𝑦1

𝑙𝑛 𝑣 + 2𝑙𝑛 𝑦1 = − න 𝑝 𝑥 𝑑𝑥 + 𝐶

𝑙𝑛 𝑣𝑦12 = − න 𝑝 𝑥 𝑑𝑥 + 𝐶

1
𝑣 = 2 𝐶1 𝑒 − ‫𝑝 ׬‬ 𝑥 𝑑𝑥 (g)
𝑦1
 2- E.D.O Linear de 2ª Ordem

- A integrando-se a expressão (g), obtém-se

𝑒− ‫𝑥 𝑝 ׬‬ 𝑑𝑥
𝑢 = 𝐶1 න 𝑑𝑥 + 𝐶2
𝑦12

Portanto, a segunda solução , 𝑦2 (𝑥), é dada por:

𝑦2 𝑥 = 𝜇 𝑥 𝑦1 𝑥 =
𝑒− ‫𝑥 𝑝 ׬‬ 𝑑𝑥
= 𝐶1 𝑦1 𝑥 න 𝑑𝑥 + 𝐶2 𝑦1 𝑥 (g)
𝑦12
 2- E.D.O Linear de 2ª Ordem

- Escolhendo-se 𝐶1 = 1 e 𝐶2 = 0, chega-se
finalmente a:
𝑒− ‫𝑥 𝑝 ׬‬ 𝑑𝑥
𝑦2 𝑥 = 𝑦1 𝑥 න 𝑑𝑥
𝑦12

• Mostrar que 𝑦1 (𝑥) e 𝑦2 𝑥 são L. I.

𝑦1 𝑦2
𝑊(𝑦1 , 𝑦2 ) = 𝑦 , ,
𝑦2
1
 2- E.D.O Linear de 2ª Ordem

𝑒− ‫𝑥 𝑝 ׬‬ 𝑑𝑥
𝑦2 𝑥 = 𝑦1 න 𝑑𝑥
𝑦12
−‫𝑥 𝑝׬‬ 𝑑𝑥
𝑒 𝑒− ‫𝑥 𝑝 ׬‬ 𝑑𝑥
𝑦2, 𝑥 = 𝑦1, න 𝑑𝑥 + 𝑦1
𝑦12 𝑦12

𝑒 − ‫𝑥𝑑 𝑥 𝑝 ׬‬
𝑦1 𝑦1 ‫׬‬ 2 𝑑𝑥
𝑦1
Ou seja, − ‫𝑥𝑑 𝑥 𝑝 ׬‬
, 𝑒 𝑒 − ‫𝑥𝑑 𝑥 𝑝 ׬‬
𝑦1, 𝑦1 ‫׬‬ 𝑑𝑥 +
𝑦12 𝑦1
 2- E.D.O Linear de 2ª Ordem

−‫𝑥 𝑝׬‬ 𝑑𝑥
, 𝑒 𝑒− ‫𝑥 𝑝 ׬‬ 𝑑𝑥
𝑦1 𝑦1 න 𝑑𝑥 +
𝑦12 𝑦1
−‫𝑥 𝑝׬‬ 𝑑𝑥
𝑒
− 𝑦1, 𝑦1 න 𝑑𝑥 = 𝑒 − ‫𝑝 ׬‬ 𝑥 𝑑𝑥
≠0
𝑦12

≠ 0, ∀𝑥 ∈ 𝔻
 Exemplos

(a) Seja 𝑦1 = 𝑥 2 uma solução para

𝑥 2 𝑦 ,, − 3𝑥𝑦 , + 4𝑦 = 0
Encontrar a solução geral no intervalo (0, ∞)

33
 Exemplos

(a) 𝑥 2 𝑦 ,, − 3𝑥𝑦 , + 4𝑦 = 0

34
 Exemplos

(b) 𝑦 ,, − 2𝑦 , + 𝑦 = 0

35
 2- E.D.O Linear de 2ª Ordem

2.3 – Equações Não-Homogêneas

(Lineares de 2ª ordem)
𝑦 ,, +𝑝 𝑥 𝑦 , + 𝑞 𝑥 𝑦 = 𝑟(𝑥) (a)

Determinar a solução particular “𝑦𝑃 𝑥 "

2.3.1 – Método dos coeficientes a determinar

• Limita-se a equações lineares não-homogêneas
• Coeficientes constantes
36
 2- E.D.O Linear de 2ª Ordem

• O termo independente 𝑟(𝑥) é da forma:

𝑘
𝑐0 + 𝑐1 𝑥 + 𝑐2 𝑥 2 + ⋯ + 𝑐𝑛 𝑥 𝑛
𝑟 𝑥 = 𝑒𝑥
𝑠𝑒𝑛(𝛽𝑥) 𝑒/𝑜𝑢 cos(𝛽𝑥)
𝑠𝑜𝑚𝑎𝑠 𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑑. 𝑑𝑒𝑠𝑠𝑎𝑠 𝑓𝑢𝑛çõ𝑒𝑠
• Exemplos

37
 2- E.D.O Linear de 2ª Ordem

10
𝑥 2 − 5𝑥
15𝑥 − 6 + 8𝑒 4𝑥
• Exemplos: 𝑟 𝑥 =
𝑠𝑒𝑛 3𝑥 − 15𝑥 cos 2𝑥
𝑒 𝑥 cos 𝑥 − (3𝑥 2 − 1)𝑒 −𝑥
…
• Obs: O método dos coeficientes a determinar
NÃO se aplica quando o termo independente é
composto de funções diferentes das mostradas
anteriormente, ou seja, funções do tipo:
1
ln 𝑥 ; ; tan 𝑥 ; 𝑠𝑒𝑛−1 𝑥 ; … 38
𝑥
 2- E.D.O Linear de 2ª Ordem

2.3.1.1 – CASO 1 (polinômio de grau “n”)

𝑟 𝑥 = 𝑝𝑛 𝑥 → buscar solução do tipo:
𝑦𝑃 𝑥 = 𝑥 𝑠 (𝐴𝑛 𝑥 𝑛 + 𝐴𝑛−1 𝑥 𝑛−1 + ⋯ + 𝐴1 𝑥 + 𝐴0 )
Onde “s” é o menor inteiro não negativo, que
garante que nenhuma parcela de 𝑦𝑃 𝑥 seja
solução da equação homogênea associada
• Exemplos:

39
 2- E.D.O Linear de 2ª Ordem

• Exemplos:
(a) 𝑦 ,, −𝑦 , − 2𝑦 = 4𝑥 2

40
 2- E.D.O Linear de 2ª Ordem

• Exemplos:
(b) 𝑦 ,, +2𝑦 , = 2 + 𝑥 2

41
 2- E.D.O Linear de 2ª Ordem

• Exemplos:
(b) 𝑦 ,, +2𝑦 , = 2 + 𝑥 2

42
 2- E.D.O Linear de 2ª Ordem

• Exemplos:
(b) 𝑦 ,, +2𝑦 , = 2 + 𝑥 2

43
 2- E.D.O Linear de 2ª Ordem

2.3.1.2 – CASO 2 (exponencial*polinômio 𝑝𝑛 𝑥 )

𝑟 𝑥 = 𝑒 𝛼𝑥 𝑝𝑛 𝑥 → buscar solução do tipo:
𝑦𝑃 𝑥 = 𝑒 𝛼𝑥 𝑥 𝑠 𝐴𝑛 𝑥 𝑛 + 𝐴𝑛−1 𝑥 𝑛−1 + ⋯ + 𝐴1 𝑥 + 𝐴0

• Exemplos:

44
 2- E.D.O Linear de 2ª Ordem

• Exemplos:
(a) 𝑦 ,, −𝑦 , − 2𝑦 = 𝑒 3𝑥

45
 2- E.D.O Linear de 2ª Ordem

• Exemplos:
(a) 𝑦 ,, −𝑦 , − 2𝑦 = 𝑒 3𝑥

46
 2- E.D.O Linear de 2ª Ordem

• Exemplos:
(b) 𝑦 ,, +2𝑦 + 𝑦 = (2 + 𝑥)𝑒 −𝑥

47
 2- E.D.O Linear de 2ª Ordem

(b) 𝑦 ,, +2𝑦 + 𝑦 = (2 + 𝑥)𝑒 −𝑥

48
 2- E.D.O Linear de 2ª Ordem

(b) 𝑦 ,, +2𝑦 + 𝑦 = (2 + 𝑥)𝑒 −𝑥

49
 2- E.D.O Linear de 2ª Ordem

(b) 𝑦 ,, +2𝑦 + 𝑦 = (2 + 𝑥)𝑒 −𝑥

50
 2- E.D.O Linear de 2ª Ordem

2.3.1.3 – CASO 3 (exp*polinômio*trigonométrica)

𝑟 𝑥 = 𝑒 𝛼𝑥 𝑠𝑒𝑛(𝛽𝑥)𝑝𝑛 𝑥 + 𝑒 𝛼𝑥 𝑐𝑜𝑠 𝛽𝑥 𝑞𝑚 𝑥
Onde: 𝑝𝑛 𝑥 = polinômio de grau “n”
𝑞𝑚 𝑥 = polinômio de grau “m”
Buscar solução do tipo:
𝑦𝑃 𝑥 = 𝑥 𝑠 [𝑒 𝛼𝑥 𝐴𝑘 𝑥 𝑘 + 𝐴𝑘−1 𝑥 𝑘−1 + ⋯ + 𝐴0 sen 𝛽𝑥
+𝑒 𝛼𝑥 𝐵𝑘 𝑥 𝑘 + 𝐵𝑘−1 𝑥 𝑘−1 + ⋯ + 𝐵0 cos 𝛽𝑥]
• Onde: k=max{m,n} 51
 2- E.D.O Linear de 2ª Ordem

• Onde: s= menor inteiro, não negativo, que

garante que nenhum termo da solução
particular é solução da eq. homogênea
associada.

• Exemplos:

52
 2- E.D.O Linear de 2ª Ordem

• Exemplos:
𝑦 ,, − 𝑦 , − 2𝑦 = sen 2𝑥
(a)

53
 2- E.D.O Linear de 2ª Ordem

• Exemplos:
𝑦 ,, − 𝑦 , − 2𝑦 = sen 2𝑥
(a)

54
 2- E.D.O Linear de 2ª Ordem

• Exemplos:
(b) 𝑦 ,, − 𝑦 , − 2𝑦 = 𝑒 𝑥 sen 2𝑥

55
 2- E.D.O Linear de 2ª Ordem

2.3.2 – Método da Variação dos Parâmetros

• Se aplicam a todas as E.D lineares (os
coeficientes não precisam ser constantes)
• Pressupõe o conhecimento da solução da
equação homogênea (i.e., duas funções 𝑦1 e 𝑦2 ,
L.I)
• Para casos em que ambos os métodos são
aplicáveis, o dos coeficientes a determinar é, em
geral, mais eficaz.
56
 2- E.D.O Linear de 2ª Ordem

• A ideia do método 𝑦 ,, +𝑝 𝑥 𝑦 , + 𝑞 𝑥 𝑦 = 𝑟(𝑥) (a)

Substituir as constantes 𝐶1 e 𝐶2 da solução da
equação homogênea, por funções 𝑢1 (𝑥) e 𝑢2 (𝑥) a
serem determinadas
-Seja 𝑦ℎ 𝑥 = 𝐶1 𝑦1 𝑥 + 𝐶2 𝑦2 𝑥 (b)
a solução completa da E.D. homogênea
-Deseja-se então que:
𝑦 𝑥 = 𝑢1 𝑦1 𝑥 + 𝑢2 𝑦2 𝑥 (c)
seja solução da E.D. não homogênea, 𝑦 → 𝑦𝑃 𝑥 57
 2- E.D.O Linear de 2ª Ordem

- Tem-se então que:

𝑦 , = 𝑢1 𝑦1, + 𝑢1, 𝑦1 + 𝑢2 𝑦2, + 𝑢2, 𝑦2
ou ainda
𝑦 , = 𝑢1 𝑦1, + 𝑢2 𝑦2, + 𝑢1, 𝑦1 + 𝑢2, 𝑦2 (d)
- Para evitar o aparecimento das segundas
derivadas das funções desconhecidas (𝑢1,, , 𝑢2,, ), a
seguinte condição é naturalmente imposta:
(𝑢1, 𝑦1 +𝑢2, 𝑦2 ) = 0 (e)
(Simplifica as expressões das derivadas de 𝑦𝑝 )
58
 2- E.D.O Linear de 2ª Ordem

- Derivando-se, novamente, a expressão (d)

,, , , ,, , , ,,
𝑦 = 𝑢1 𝑦1 + 𝑢1 𝑦1 + 𝑢2 𝑦2 + 𝑢2 𝑦2 (f)
- Substituindo (c), (d) e (f) em (a)
𝑦 ,, 𝑦,
𝑢1, 𝑦1, + 𝑢1 𝑦1,, + 𝑢2, 𝑦2, + 𝑢2 𝑦2,, + 𝑝 𝑢1 𝑦1, + 𝑢2 𝑦2, +
𝑞 𝑢1 𝑦1 + 𝑢2 𝑦2 = 𝑟
𝑦

59
 2- E.D.O Linear de 2ª Ordem

- Ou ainda (d)
,, , ,, ,
𝑢1 𝑦1 + 𝑝𝑦1 + 𝑞𝑦1 + 𝑢2 [𝑦2 + 𝑝𝑦2 + 𝑞𝑦2 ]
+𝑢1, 𝑦1, + 𝑢2, 𝑦2, = 𝑟(𝑥)
Obs: Lembrar que 𝑦1 e 𝑦2 são soluções da
homogênea. Logo, chega-se a:
𝑢1, 𝑦1, + 𝑢2, 𝑦2, = 𝑟(𝑥) (g)
- As equações (e) e (g) formam um sistema cujas
incógnitas são 𝑢1, e 𝑢2,

60
 2- E.D.O Linear de 2ª Ordem

- O sistema fica
, ,
𝑢1 𝑦1 + 𝑢2 𝑦2 =0
, , , ,
𝑢1 𝑦1 + 𝑢2 𝑦2 = 𝑟(𝑥)
- Na forma matricial
𝑦1 𝑦2 𝑢1, 0
𝑦1, 𝑦2, 𝑢2, = 𝑟(𝑥)
• Det(A)=𝑊[𝑦1 , 𝑦2 ] ≠ 0, pois 𝑦1 e 𝑦2 são L.I. por
hipótese!
• Sistema de equações determinado (Sol. Única) 61
 2- E.D.O Linear de 2ª Ordem

, 𝑦2 𝑟(𝑥)
- Logo 𝑢1 = − , ,
𝑦1 𝑦2 −𝑦1 𝑦2
𝑊[𝑦1 , 𝑦2 ] ≠ 0
𝑦1 𝑟(𝑥)
𝑢2, =
𝑦1 𝑦2, −𝑦1, 𝑦2 (h)
- As funções 𝑢1 (𝑥) e 𝑢2 (𝑥) são obtidas integrando-
se cada uma das expressões acima
- Finalmente, a solução 𝑢𝑝 (𝑥) é dada por:
𝑦𝑝 𝑥 = 𝑢1 (𝑥)𝑦1 𝑥 + 𝑢2 (𝑥)𝑦2 𝑥
- A solução geral da E.D é dada por:
𝑦 𝑥 = 𝑦ℎ 𝑥 + 𝑦𝑝 (𝑥)
62
 2- E.D.O Linear de 2ª Ordem

, ,
- Integrando-se as funções de 𝑢1 𝑥 e 𝑢2 𝑥 (h)

𝑦2 𝑟 𝑥 𝑦2 𝑟 𝑥
𝑢1 𝑥 = − න , , 𝑑𝑥 = − න 𝑑𝑥
𝑦1 𝑦2 − 𝑦1 𝑦2 𝑊(𝑦1 , 𝑦2 )
𝑦1 𝑟 𝑥 𝑦1 𝑟 𝑥
𝑢2 𝑥 = න , , 𝑑𝑥 = න 𝑑𝑥
𝑦1 𝑦2 − 𝑦1 𝑦2 𝑊(𝑦1 , 𝑦2 )

63
 2- E.D.O Linear de 2ª Ordem

- Exemplos:
𝑒𝑥
(a) 𝑦 ,, − 2𝑦 , +𝑦 =
𝑥

64
 2- E.D.O Linear de 2ª Ordem

- Exemplos:
𝑒𝑥
(a) 𝑦 ,, − 2𝑦 , +𝑦 =
𝑥

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 2- E.D.O Linear de 2ª Ordem

(b) 𝑦 ,, − 𝑦 , − 2𝑦 = 𝑒 3𝑥

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 2- E.D.O Linear de 2ª Ordem

(b) 𝑦 ,, − 𝑦 , − 2𝑦 = 𝑒 3𝑥

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 2- E.D.O Linear de 2ª Ordem

(c) 𝑦 ,, − 2𝑦 , + 𝑦 = 3𝑒 2𝑥 (resolver usando os 2

métodos)

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 2- E.D.O Linear de 2ª Ordem

(c) 𝑦 ,, − 2𝑦 , + 𝑦 = 3𝑒 2𝑥 (resolver usando os 2

métodos)

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 2- E.D.O Linear de 2ª Ordem

(c) 𝑦 ,, − 2𝑦 , + 𝑦 = 3𝑒 2𝑥 (resolver usando os 2

métodos)

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