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ACKNOWLEDGMENTS

Para um ribeirinho, um filho da Amazônia que nasceu no meio da selva e, entre rios e
florestas, conseguiu chegar à universidade, este livro tem um significado especial: o de
que a busca pelo conhecimento e as lutas diante das “dificuldades amazônicas” valeram
a pena. Significa também um sentimento de satisfação e felicidade em poder contribuir
com a ciência social nessa região do mundo, nesse encontro entre natureza e cultura que
desafia nossa compreensão e que se torna, cada vez mais, uma questão global.
Nessa trajetória, inúmeras pessoas tornaram esse caminho menos incerto, mais
acolhedor e incentivaram cada passo dado por mim, desde a formação humana como
agricultor e ribeirinho, os primeiros anos de pesquisa em ciências sociais, até à
elaboração final do presente livro. A elas expresso aqui os meus sinceros
agradecimentos.
Em primeiro lugar, quero agradecer meus pais, João Pereira Maciel, migrante
seringueiro e agricultor da Amazônia, e dona Terezinha Maciel, que me iniciou nas
leituras, desde a infância. Eles sempre foram minha razão de querer chegar longe, além
de inspiração de vida, luta e resistência. Por meio deles também agradeço a toda a
Família Maciel, em especial aos meus irmãos, Tatiana, Sérgio, Carlos Henrique, Carlos
Alexandre e Taina, e minha sobrinha Dhécika, que me socorreu nas transcrições das
entrevistas.
Esse livro não teria sido escrito sem um lar aconchegante e um porto seguro.
Fazer ciência com sentimento é mais fácil. Jeanne Brito Maciel, minha esposa, também
doutora em Sociologia, foi suporte emocional e amiga intelectual, além de inesgotável
fonte de amor e afeto. Participou de boa parte da pesquisa de campo como minha
“assistente”, ajudou-me com a leitura dos manuscritos e fez diversos comentários que
tornaram o texto mais conciso, coeso e com maior rigor analítico. Meu filho, Natanael,
foi compreensivo, amigo e paciente mesmo nos momentos em que só queria brincar.
Sempre me perguntava: “pai, quando o senhor vai terminar este livro sobre a China?”.
Ele está pronto, Nanan. Vamos brincar?
O professor Dr. Jacob Carlos Lima, do Departamento de Sociologia da
Universidade Federal de São Carlos e presidente da Sociedade Brasileira de Sociologia,
foi meu orientador de doutorado e um exemplo de intelectual. Orientando-me com
paciência e seriedade, corrigiu rumos, apontou caminhos e mostrou-me possibilidades e
desafios. Também devo a ele os direcionamentos de como transformar a pesquisa em
texto e a indicação de inúmeras bibliografias, essenciais para o debate teórico deste
volume. Meus agradecimentos, ainda, por aceitar o convite e me honrar com o prefácio
deste livro.
Minha inserção na sociologia do trabalho e da globalização não teria sido
possível sem a inspiração e a orientação de Izabel Valle, professora da Universidade
Federal do Amazonas e intelectual que me orientou nas primeiras pesquisas de campo
na Amazônia e que também leu e comentou o manuscrito. Marcelo Seráfico, também da
Universidade Federal do Amazonas, sempre me trouxe diversos insights teóricos
acercas do capitalismo em seus “baixos circuitos” e no contexto das economias
emergentes. Esse texto tem muito da influência de vocês, professores. Espero ter sido
um bom influenciado.
Ao José Fernandes e Valdenízia Oliveira agradeço por me hospedarem vários
meses, quando realizei pesquisas de campo na cidade de Manaus. São amigos e como
pais que fiz na vida. Com toda a generosidade, me acolheram como filho. É uma família
muito querida, em especial Jônatas e Victor, amigos das horas vagas e não vagas que,
como cientista e engenheiro da computação, me fizeram gostar de “dados” e encontrar
formas de entender vários dos aspectos quantitativos da pesquisa. Ainda me deram o
bônus de ouvir minhas dúvidas e de ler meus comentários e partes deste manuscrito.
Minha gratidão, irmãos.
Ao Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal de São
Carlos, universidade pública onde cursei o doutorado em sociologia, agradeço o
acolhimento, o ensino e a estrutura acadêmica necessária à realização da pesquisa. Aos
colegas professores, Marcelo Seráfico, Izabel Valle, Alessandra Rachid e Aline Pires,
fico em débito por suas leituras atentas e críticas das primeiras versões deste
manuscrito.
Na pesquisa de campo em Manaus sou devedor a muitos colegas que abriram as
portas das fábricas, dos sindicatos, das instituições patronais e dos órgãos pertencentes à
Zona Franca de Manaus. Não poderia deixar de citar, por exemplo, Farid Mendonça,
Marluce Carvalho, Abelardo Costa, Edilon e Henrique. Além destes, devo registrar
minha gratidão aos trabalhadores das fábricas pesquisadas, que foram muito gentis em
concederem entrevistas e em me contarem parte do seu dia a dia de trabalho, muitas
vezes, em suas próprias casas. Seus relatos enriqueceram a pesquisa e tornaram a
compreensão local da China Global mais detalhada e empírica.
Agradeço aos chineses expatriados por terem compartilhado informações sobre o
trabalho na China e na Zona Franca de Manaus. Destes, meus especiais agradecimentos
a Mila Yang, André Shang, Roger Nang e Marcos Lee. Por meio da amizade feita e do
relato de suas jornadas levaram-me a conhecer aspectos essenciais da cultura chinesa e
da mobilidade de trabalhadores expatriados que surge com a ascensão da China Global.
Em se tratando de uma pesquisa que visou apontar o nascimento e expansão de
um modelo chinês de produção, o diálogo teórico com a literatura internacional foi
fundamental. Nesse aspecto, devo mencionar a ajuda bibliográfica de Chris Smith, da
Royal Holloway University of London, e de Mingwei Liu, da Rutgers University. Sou
extremamente grato pelo compartilhamento de seus textos acerca da globalização do
trabalho em fábricas chinesas, sobretudo em se tratando do contexto europeu e da China
continental.
A Raymundo Moura fico extremamente grato por traduzir todo o texto para a
língua inglesa. Suas sugestões de tradução e correções de vocabulário foram muito
importantes. Obrigado por aceitar o trabalho de deixar a cultura e a linguagem
amazônica mais compreensíveis aos não falantes do português.
Devo especial agradecimento a Neil Jordan por tornar este livro possível. Eu sou
grato pela paciência com os prazos, pelos comentários acerca da estrutura do livro e por
sua generosidade em responder, prontamente, a todas as dúvidas e solicitações que lhe
enviei.
Por fim, agradeço à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas
(FAPEAM), que me concedeu uma bolsa de pesquisa durante quatro anos,
possibilitando que eu estudasse em outro estado do país, me dedicasse integralmente às
atividades acadêmicas e fizesse estudo de campo nas fábricas de Manaus. Que muitos
outros possam ter esse privilégio de estudar a realidade brasileira e, com todo apoio
governamental e privado ao desenvolvimento da ciência nacional, ajudar a construir um
Brasil justo e feliz.

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