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Contestação Conserta Tudo
Contestação Conserta Tudo
DE SANTA CRUZ
Processo nº 0030578-41.2021.8.19.0206
CONTESTAÇÃO
Em face da Ação de Indenização e Danos Morais movida por JOÃO CARLOS MAIA,
brasileiro, casado, Protético, residente a Rua Heitor Carrilho, 26 casa 05, Santa Cruz, Rio
de Janeiro - RJ, dizendo e requerendo o que segue.
Síntese
Trata-se de um aparelho celular Samsung Galaxy S8 , a qual narra o Autor que foi
consertado pela ré e entregue no dia 09/11/2022, aparelho este que foi consertado de
forma correta e visto pelo próprio autor que constatou estar em perfeito estado, ocorre
que 15 dias após o conserto do aparelho o autor retornou a loja pleiteando um novo
concerto do aparelho que encontrava-se neste momento com a tela quebrada, alegando
que o serviço ainda se encontra na garantia.
Ocorre que, diferentemente do que foi narrado na inicial o aparelho indicado obteve o
conserto ao qual foi emitido o orçamento, sendo entregue ao autor em perfeito estado
como o mesmo pode constatar, saindo com uma garantia para o período de 3 meses
para o caso de má funcionalidade das peças indicadas no conserto e que se caso
houvesse mau uso do mesmo, como quedas, batidas, ou uso de forma incorreta a
mesma garantia não cobriria um novo conserto sem custas. .
DA TEMPESTIVIDADE
Nos termos do Art. 335 do CPC, considerando que a intimação para responder a
presente ação ocorreu em 03/06/2023, conforme citação, tem-se por tempestiva a
presente contestação, devendo ser acolhida.
DAS PRELIMINARES
O legislador tratou de prever, no novo código de processo civil, claramente os fatos que
conduzem à inépcia da inicial, in verbis:
§ 2º Nas ações que tenham por objeto a revisão de obrigação decorrente de empréstimo,
de financiamento ou de alienação de bens, o autor terá de, sob pena de inépcia,
discriminar na petição inicial, dentre as obrigações contratuais, aquelas que
pretende controverter, além de quantificar o valorincontroverso do débito.
Dessa forma, considerando que a petição inicial deixou de indicar elementos mínimos
necessários para a conclusão da controvérsia, tais com nada se constatou referente a
nenhum problema nas peças que foram consertadas pela ré, deve ser imediatamente
extinta sem julgamento do mérito, conforme precedentes sobre o tema:
No presente caso, deixou o Autor de indicar adequadamente quais foram os defeitos
apresentados pelas peças que foram consertadas pela ré, deixando em aberto o seu real
defeito, que embora não descrito foi viabilizado pelo autor, inviabilizando ocontraditório e
a ampla defesa. Afinal, todo e qualquer elemento necessário para a resolução do litígio
são inerentes à petição inicial.
Motivos que devem conduzir à imediata extinção do processo sem julgamento domérito.
Ou seja, a falta de fatos que indique que o réu usou de má fé e não obteve sucesso no
conserto feito no aparelho, mesmo que tendo sido constatado que o aparelho saiu de lá
em perfeito estado é pressuposto de constituição e desenvolvimento válido do processo
pois impede a plena formação do convencimento do Julgador, além de inviabilizar a
ampla defesa.
No presente caso, a simples ausência de indicar a falha das peças que foram
consertadas, macula a ampla defesa processual e impede o reconhecimento do direito
pleiteado, de forma que fica configurada a ausência de requisitos mínimos à constituição
do direito, conforme precedentes sobre o tema:
Narra o Autor que teria sofrido prejuízos com o alegado problema do aparelho celular,
ocorre que tal pedido não merece prosperar, visto que o ato foi causado pelo próprio
autor.
Nos termos do art. 320 do CPC, "a petição inicial será instruída com os
documentos indispensáveis à propositura da ação." Nesse mesmo sentido é o
disposto no Art. 373 do CPC:
Art. 373.
O ônus da prova incumbe:
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;
No presente caso, narra o Autor que teria o réu feito o conserto do aparelho de forma
incorreta, no entanto, não traz qualquer prova para evidenciar o alegado.
Portanto, é dever do Autor instruir a inicial com as provas de seus argumentos, o que
não ocorre no presente caso, devendo levar à imediata improcedência da ação:
Portanto, considerando que é dever do Autor, nos termos do art. 320 do CPC, instruir a
inicial com os documentos indispensáveis à propositura da ação, requer a total
improcedência da ação.
DA LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ
Para tanto, o litigante de má-fé deve ser condenado a pagar multa de dez por cento do
valor corrigido da causa, a indenizar a parte contrária pelos prejuízos que esta sofreu e a
arcar com os honorários advocatícios e com todas as despesas que efetuou.
Motivos pelos quais requer a condenação do autor a multa por Litigância de má-fé.
DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
O Contestante é autônomo e aufere renda insuficiente para custear esta demanda sem
que comprometa o seu sustento e o de sua família.
Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição inicial, na
contestação, na petição para ingresso de terceiro no processo ou em recurso.
§ 2º O juiz somente poderá indeferir o pedido se houver nos autos elementos que
evidenciem a falta dos pressupostos legais para a concessão de gratuidade, devendo,
antes de indeferir o pedido, determinar à parte a comprovação do preenchimento dos
referidos pressupostos.
Assim, por simples petição, sem outras provas exigíveis por lei, faz jus o
Requerente ao benefício da gratuidade de justiça:
Por tais razões, com fulcro no artigo 5º, LXXIV da Constituição Federal e
pelo artigo 98 do CPC, requer seja deferida a gratuidade de justiça ao requerente.
DOS PEDIDOS
Nestes termos,
pede deferimento.
Advogado/OAB/RJ