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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTANCIA

FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS

LICENCIATURA EM COMUNICAÇÃO APLICADA: JORNALISMO E MARKETING

Trabalho de Campo da cadeira de Fundamentos de Direito

TEMA: A Importância Do Direito E Do Complexo Normativo Em Moçambique

NOME: VALDIMIRO AMISSE


Código - 81232412

NAMPUA
MAIO DE 2023
Valdimiro Amisse

Fundamentos de Direito

A Importância Do Direito E Do Complexo Normativo Em Moçambique

Curso em licenciatura em Comunicação Aplicada em jornalismo e marketing, 1°. Ano

Trabalho de carácter avaliativo, a ser apresentado na


Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, no Instituto
Superior De Ciências e Educação a Distancia, na
cadeira de Fundamentos de Direito, leccionada pela
docente: Tutora Micaela Domingos.

ISCED ̶ Instituto Superior De Ciências e Educação a Distancia

Nampula - 2023
Índice
Introdução...................................................................................................................................................4
Metodologia................................................................................................................................................5
Direito - perspectiva conceptual..................................................................................................................7
A IMPORTÂNCIA DO DIREITO E DO COMPLEXO NORMATIVO EM MOÇAMBIQUE.................8
A Importância Do Direito............................................................................................................................8
Direito Complexo e normativo em Moçambique.........................................................................................9
Os direitos considerados prioritários param os cidadãos em Moçambique................................................9
Aspectos que o nosso Direito deveria melhorar.........................................................................................12
Conclusão..................................................................................................................................................14
Bibliografia................................................................................................................................................15

III
Introdução
O direito visa garantir a dignidade da pessoa, frente ao Estado e suas estruturas de poder,
assegurando o equilíbrio entre os direitos e deveres do individuo. A República de Moçambique é
um Estado de Direito Democráticos, garantidos os seus princípios fundamentais do Homem.
Porem, apesar da Constituição estabelecer esses princípios orientadores do Estado do Direito,
varias questões tem posto em causa os Direitos Humanos, a Segurança Publica e apropria
afirmação do Estado de Direito Democrático. Dentre essas questões, destacam-se uma justiça
deficitária, violação dos direitos humanos e o uso excessivo e desproporcional da forca por
agentes das policiais contra cidadãos que se manifestam em prol dos seus direitos.

Importa salientar que a realização ou efetivação de um verdadeiro Estado de Direito


Democrático depende necessariamente de um real e eficaz protecção dos direitos fundamentais
no meio da sociedade. Deve-se, portanto, realizar a institucionalização do poder popular, num
processo de convivência social pacífico, numa sociedade livre, justa e solidária embasada na
dignidade da pessoa humana, na erradicação das desigualdades sociais, com a erradicação da
pobreza e a promoção do bem-estar de todos livres de qualquer tipo de discriminação.

Neste sentido, Alberto Nogueira, defende que esse Estado deve ser denominado de Estado
Democrático de Direitos Humanos. A determinação legal dada pelo poder constituinte de que o
Estado moçambicano é um Estado de Direito Democrático não significa apenas unificar os
conceitos de Estado de Direito e Estado democrático. Consiste, na verdade, na criação de um
conceito novo, norteador das actividades e funções do Estado, na medida em que incorpora uma
nova forma de actuação do poder público embasada no respeito aos direitos de liberdade, aos
direitos sociais (direitos económicos, sociais culturais), às garantias fundamentais dos cidadãos,
ao pluralismo de expressão e à organização política democrática do Estado.

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Metodologia
Neste capítulo espelhamos os procedimentos metodológicos e técnicos aplicados no presente
trabalho. É nesse âmbito que enunciamos o tipo de pesquisa desenvolvida para a materialização
desta abordagem. Directamente relacionados com o tipo de pesquisa, os métodos aplicados e as
técnicas adoptadas neste estudo.

Tipo de pesquisa

Na realização do presente estudo priorizamos os seguintes tipos de pesquisas: quanto ao modo de


abordagem, quanto aos objectivos e quanto aos procedimentos técnicos.

Quanto ao modo de abordagem, é uma pesquisa de natureza qualitativa, na medida em que


realizamos, por via dela, um estudo fundamentalmente interpretativo, baseado no “A Importância
Do Direito E Do Complexo Normativo Em Moçambique”. O estudo do fenómeno teve como
assento tónico a impotência do direito na detenção do poder de regular as atitudes de modo a
buscar o apaziguamento social. Utiliza-se de seus meios para a aplicação de suas leis com base
em sanções e Deve impor sua força com suas leis.

Tendo em conta ao problema da pesquisa, importa ainda afirmar que o estudo, no âmbito
qualitativo, nos permitiu aprofundar, interpretar dentro do contexto temático.

Quanto aos objectivos, a pesquisa é de natureza explicativa. O principal objectivo é explicar e


racionalizar o objecto de estudo e tentar construir um conhecimento totalmente novo. É nessa
senda que, a partir do objecto do estudo, “A Importância Do Direito E Do Complexo Normativo
Em Moçambique”, buscamos construir categorias que possam dar resposta mais precisas a volta
do objecto do nosso estudo. Assim, definimos como objectivos específicos os seguintes: abordar
sobre a impotência do direito; Explicar os Direitos Complexos e normativos em Moçambique e
trazer os direitos considerados prioritários param os cidadãos em Moçambique.

Quanto aos procedimentos técnicos, foi aplicada a pesquisa bibliográfica pelo facto de ser uma
das mais comuns. É considerada obrigatória em quase todos os moldes de trabalhos científicos.
Com base neste tipo de pesquisa, recolhemos informações a partir de textos, livros, artigos e
demais materiais de carácter científico, como se pode observar nas referências bibliográfica.

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Nisso, a pesquisa bibliográfica ajudou a compreender, no âmbito da a Importância Do Direito E
Do Complexo Normativo Em Moçambique. A consulta bibliográfica teve em vista o
aprofundamento dos conceitos e definições sobre os vários institutos jurídicos em volta do tema,
do presente estudo, além de que tal permitiu, nalguns casos a apresentação de uma abordagem
mais aprofundada e abrangente sobre a problemática dos aspectos em que o direito poderá
melhorar em Moçambique.

Instrumentos de recolha de dados

Foram definidos como instrumentos de recolha de dados, o levantamento bibliográfico


instrumento que nos permitiu uma análise profunda das questões a volta do problema.

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Direito - perspectiva conceptual
O direito é visto como uma estrutura complexa. É nessa senda que continuamos tendo conceitos
diferentes de direito, o que é comum na ciência. Por exemplo direito como conjunto de regras
factuais da convivência humana; direito como um puro sistema de disposições normativas. Ainda
há autores que consideraram o direito como um produto das circunstâncias económicas; outros
viram no direito um resultado do “espírito do povo” ou das mentalidades alguma vez
dominantes. É nesse âmbito que autores como Reinhold Zippelius na tentativa de encontrar
unanimidade no conceito de direito entendem como um sistema de ordenação da actuação
humana, que regula a vida em comum.

Ainda na mesma visão conceptual, para K. Larenz, o direito é uma ordem de vida concretizada
na existência, permanentemente respeitada pelos homens na convicção da sua obrigatoriedade e
que por essa via se conserva – um “ser” que tem o significado de um “era – assim-que-devia –
ser”. Na filosofia do direito espanhola encontram-se considerações semelhantes. Para Recaséns
Siches, o direito representava-se como forma objectivada da vida humana; também as normas
jurídicas pré-concebidas e pré-formuladas eram, quando cumpridas e aplicadas, formas de vida
humana viva.

O direito é visto como sistema de ordenação racional da liberdade. Para o efeito, vamos buscar a
doutrina de M.S. Kant, em que ela ocupa-se directamente do problema da liberdade. É a partir
desta perspectiva que M.S. Kant definiu o conceito de direito verdadeiramente como a “essência
das condições sob as quais se pode conciliar o árbitro de um com o árbitro do outro, segundo
uma lei geral da liberdade”. O direito é aqui definido em relação à liberdade, ou seja, como
instrumento para delimitar a liberdade de um relativamente à liberdade dos outros. Mas a questão
que se levanta é de saber com base em que critério o direito deve proceder a esta delimitação da
liberdade.

Para proceder a esta delimitação MS. Kant apoiou-se em princípios a que havia chegado para a
filosofia moral: “ o critério geral pelo qual se pode reconhecer no fundo tanto a justiça como a
injustiça” só se manifesta quando se “abandonam os princípios empíricos”. De uma forma deve-
se entender, partindo dos pressupostos do MS. Kant, que o direito dá ordens, independentemente

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de eu aceitar ou não, por consciência própria, o que ordena. Por isso o direito visa ser um sistema
de ordenação racional da liberdade.

Segundo os ensinamentos do António Meneses Cordeiro, o Direito é o modo científico da


resolução de casos, isto é, resolução de ocorrências humanas que comporte várias soluções. E a
resolução do caso exprime uma decisão humana que indica a conduta a adoptar pelos envolvidos,
isto é, a decisão tomada no processo de resolução do caso, deve pôr termo da conduta
anteriormente adoptada. Deste pressuposto, António Meneses Cordeiro diz que “ o modo
científico opõe-se ao modo empírico ou a qualquer procedimento aleatório: as soluções a que
chegue são previsíveis e têm uma harmonia e uma lógica internas. São justificáveis e podem ser
apreendidas e explicadas pela razão”.

Segundo o exposto podemos ilidir que o conceito de Direito tem um significado tão rico. Para o
efeito, para definir o que é Direito é fundamental ter em conta que o termo “Direito” é, de uma
maneira muito patente, ambíguo, quer dizer susceptível de assumir diversos significados,
geralmente distinguíveis pelo contexto.

A IMPORTÂNCIA DO DIREITO E DO COMPLEXO NORMATIVO EM


MOÇAMBIQUE

A Importância Do Direito
Segundo Mateus Matos, (16 de Maio 2001) O direito é de importância fundamental para a vida
em sociedade. É ele quem detém o poder de regular as atitudes de modo a buscar o
apaziguamento social. Utiliza-se de seus meios para a aplicação de suas leis com base em
sanções e Deve impor sua força com suas leis quando a segurança de um indivíduo estiver sendo
violado, seja a sua vida ou a sua propriedade e inseparavelmente deve considerar-se que o bem-
estar comum obrigatoriamente.

O direito é importante na função de controlo social que ocorrem de diferentes maneiras uma
delas é o incentivo as condutas desejáveis, que se trata de um processo de inserir uma noção,
ideia ou valor na consciência do sujeito, de forma que ela passe a fazer parte de seu
pensamento, desencorajamento a manifestação de uma conduta indesejável, que se caracteriza
pela existência das normas e garantia de aplicação da lei, com uma repressão às condutas

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indesejáveis, no isolamento e exclusão permanente do desviante da sociedade. Descrito por
Ana Lucia Sabadell (2002, pág.134).

No meio de tudo isso concluímos que o direito visa garantir a dignidade da pessoa, frente ao
Estado e suas estruturas de poder, assegurando o equilíbrio entre os direitos e deveres do
individuo. O direito desenha entre as pessoas uma linha ideal de demarcação que tem por objecto
determinar de modo tão exacto quanto possível o que é de cada um, o que pertence a cada um.
Esta fronteira ou margem abstracta entre as pessoas apresenta-se como uma realidade com que
nos deparamos todos os dias. Veja-se, a título meramente exemplificativo, a ideia de
demarcação, por vezes baptizada como "o muro" da vida privada.

Direito Complexo e normativo em Moçambique.


A República de Moçambique é um estado de direito democrático segundo a constituição da
República, assim estabelecendo regras e medidas, prescrevendo formas e procedimentos. Por
isso a constituição da República consagra um vasto conjunto de requisitos do Estado de Direito
subordinando-se à Constituição e fundando-se na legalidade. Como um estado de direito
democrático é caracterizado por respeitar as liberdades civis, direitos humanos e as liberdades
fundamentais por uma protecção jurídica, pois, todo individuo, incluindo as autoridades, que
antes de sê-la, integram na sociedade como cidadãos civis.

Os direitos considerados prioritários param os cidadãos em Moçambique


A Constituição moçambicana, como a maioria das constituições modernas, é maioritariamente
constituída por normas de organização do Estado, como preceitos de estruturação do governo,
preceitos relativos à organização económica e normas de direitos e garantias fundamentais que
regulamentam o exercício dos direitos individuais, colectivos, políticos e sociais e têm como
objectivo garantir o pleno desenvolvimento a pessoa humana. Frequentemente, nos estudos
relativos aos direitos fundamentais, denota-se a tradicional dicotomia ou separação entre os
"direitos de liberdades individuais e garantias fundamentais" e os "direitos económicos sociais e
culturais". Os primeiros têm como finalidade a protecção individual das pessoas face ao arbítrio
estatal, ao passo que os segundos visam necessariamente a diminuição das desigualdades sociais
existente na sociedade.

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Direitos fundamentais são considerados indispensáveis à pessoa humana, necessários para
assegurar a todos uma existência digna, livre e igual; a deificação desses direitos denominados
“prioritários” envolve vários aspectos. Numa acepção material, podemos afirmar que eles dizem
respeitos ao direito básicos que o individuo, natural e universalmente, possui em face de estado.

Assim, os direitos de liberdades individuais consagrados na constituição da República de


Moçambique, permitem de forma geral o acesso a bens de liberdade individual, como a
autonomia pessoal e a participação política, conforme consagrado nos arts. 35 a 81. Já os direitos
económicos, sociais e culturais, que garantem o acesso a bens materiais relacionados com o bem-
estar individual e colectivo da sociedade, encontram-se previstos nos arts. 82 a 95. Há que se
pontuar que a positivação constitucional destes direitos se deu a título meramente
exemplificativo, na medida em que não são taxativos e nem estáticos, conforme o
desenvolvimento histórico e social da sociedade, novos direitos podem ser incorporados. Além
disso, "não excluem outros direitos previstos em legislação ordinária".

A Lei n. 25/91 Com base na Constituição de 1990. Esta Lei reafirma que a saúde é um direito de
todos, sendo obrigação do Estado efectivá-lo por meio de políticas públicas que são
implementadas através do Ministério da Saúde (MISAU), que é a instituição competente para
levar a cabo as políticas públicas de saúde em Moçambique. Esta Lei cataloga vários objetivos,
notadamente a promoção da saúde, prevenção de doenças, recuperação de doentes, assistência e
reabilitação, associando-se a formação de recursos humanos e pesquisas para o seu
desenvolvimento contínuo.

Além de abordar acerca da saúde como um dos direitos fundamentais, a Constituição da


República de Moçambique consagra outros direitos e liberdades fundamentais. Esses se referem
a todos os cidadãos como:

 Direito à Vida - Todo o cidadão tem direito à vida e à integridade física e moral e não
pode ser sujeito à tortura ou tratamento cruéis ou desumanos. Só pelo facto de ser pessoa
goza de certos direitos como o direito de viver bem e de gozar a sua vida livremente
segundo os limites estabelecidos pela Constituição da República de Moçambique. Em
princípio, ele não pode e não deve ser ameaçado e nem violentado pelo Estado, porque o
direito à vida é um direito inerente à pessoa humana.

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 Princípios de igualdade - Todos os cidadãos são iguais perante a lei, gozam dos mesmos
direitos e estão sujeitas aos mesmos deveres, independentemente da cor, raças, sexo,
origem étnica, lugar de nascimento, religião, grau de instrução, posição social, estado
civil dos pais, profissão ou opção política. Mas também o homem e a mulher são iguais
perante a lei em todos os domínios da vida política, económica, social e cultural. A lei
não distingue as pessoas quanto aos seus direitos de cidadão. Perante a lei não há ministro
nem camponês, nem branco nem negro, nem mulher nem homem, nem macena nem
Macondes, nem que este nasceu em Cabo Delgado ou em Niassa, não há muçulmano nem
católico, não há rico nem pobre, nem doutor nem analfabeto. Não importa se os pais são
casados pelo registo ou não, se trabalham ou não. Todos cidadãos são iguais perante a lei
e gozam dos mesmos direitos.
 Liberdades de expressão – Artigo 48º da Constituição da República de Moçambique
reconhece que cada um pode ter as próprias opiniões e pode manifestá-las aos outros. As
pessoas têm o direito de falarem aquilo que sentem, desde que isso não prejudique o bem
comum. Todos os cidadãos podem trocar ideias com os outros e manifestar as suas
próprias opiniões sem medo. Contra este direito vai a proibição de exprimir as próprias
opiniões. Também contra a lei é quando alguém está sendo condenado porque ele tinha a
coragem de manifestar as suas ideias. A liberdade de expressão tem limites nos direitos
dos outros. Há, no entanto, actos que a lei pune como calúnia ou difamação.
 Liberdade de imprensa - A Constituição da República de Moçambique protege a
liberdade da imprensa. Esta é um dos direitos fundamentais mais importantes para uma
democracia viva. Quando os jornalistas têm o direito de acesso às fontes de informação,
têm a possibilidade de exprimir livremente as suas opiniões e os jornais podem publicá-
las livremente. cria-se uma base para o pluralismo de opiniões que é impertinente para
uma sociedade democrática. Também importante é que jornalistas podem ser formados e
exercer a sua profissão sem intervenções do Estado.
 Liberdade e consciência, de religião e de culto - A liberdade de religião abrange a
possibilidade de escolher, praticar ou não praticar uma religião. Cada pessoa é livre de
seguir a sua religião, podendo praticá-la sozinho ou em grupo, na sua casa ou em público.
O Estado não tem o direito de intervir na escolha ou na prática ou não prática da religião
dos seus cidadãos.

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 Direito à defesa, audiências públicas e proibição da tortura - Cada pessoa, contra qual
o Estado está a realizar uma investigação ou um processo criminal, tem o direito de ser
defendido por um advogado escolhido por ela. Se alguém não tem dinheiro para pagar
um advogado, o Estado deve disponibilizar um defensor. Porque o estado garante o
acesso dos cidadãos aos tribunais.

Aspectos que o nosso Direito deveria melhorar


Em Moçambique os direitos humanos a serem violados são muitos e por parte de vários sujeitos:
dentro das famílias, pais ou tios exercem violência física contra filhos e sobrinhos, incluindo
abusos e violações sexuais gravíssimos; assim como as mulheres continuam vítimas da violência
doméstica dos maridos, apesar de uma lei votada pelo Parlamento em 2009, sob a pressão da
comunidade internacional; Fora da família, as várias minorias vêem os seus direitos
constantemente ameaçados: desde minorias físicas (portadores de deficiência assim como
albinos) até minorias sexuais (nomeadamente as mulheres, assim como os homossexuais), por
terminar com as minorias políticas, e vários intelectuais.

Em conformidade com a lei n° 1 do artigo 254 da constituição da República de Moçambique de


2004, a Policia da República de Moçambique (PRM), em colaboração com outras instituições do
Estado, tem como função garantir a lei e a ordem, a salvaguarda da segurança de pessoas e bens,
a tranquilidade publica, o respeito pelo Estado de Direito Democrático e a observância estrita dos
direitos e liberdades fundamentais dos cidadãos. Entretanto a PRM demostra um profundo
desrespeito aos cidadãos e cidadãs que de bom grado e atropelando os princípios da nossa
República, então é necessário que se avergue na observância da lei e do respeito pelos Direitos
Humanos porque a polícia em Moçambique enfrenta uma realidade em que a sua imagem se
encontra profundamente desgastada por muitas vezes estar associada a graves, violações dos
direitos humanos. Como foi possível verificar, vários relatórios internacionais, da Amnistia
Internacional e do Governo dos Estados Unidos, já colocaram a nossa polícia como uma das que
mais violam os direitos humanos.

Vários Órgãos de comunicações sociais moçambicanas, relatam e ilustram como a polícia da


República de Moçambique tem se comportado aquém do estipulado pela legislação
moçambicana, assim como instrumentos internacionais, repelindo com violência

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desproporcionada criando uma polícia ditatorial. Infelizmente, os agentes infractores, no que
concerne as sanções disciplinares dentro da organização policial, acabam não sendo sancionados
por conta da morosidade na instrução dos devidos processos disciplinares que acabam
desembocando numa ilegalidade por não respeitarem os prazos da mesma e consequentemente
anulação.

A formação dos agentes da PRM na área dos Direitos Humanos poderá contribuir positivamente
para a mudança do actual estágio de inobservância dos princípios fundamentais da actividade da
polícia. Porem, há que indicar formadores qualificados para o efeito, tendo o pais recursos
humanos dentro da própria polícia com conhecimento da matéria. Cumprindo com esses
pressupostos, acreditamos que poderemos ter uma polícia verdadeiramente de um Estado
Democrítico de Direito e respeitadoras dos direitos fundamentais dos cidadãos.

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Conclusão
O direito é visto como sistema de ordenação racional da liberdade e em Moçambique os direitos
fundamentais são considerados indispensáveis à pessoa humana, necessários para assegurar a
todos uma existência digna, livre e igual; a deificação desses direitos denominados “prioritários”
envolve vários aspectos. Numa acepção material, podemos afirmar que eles dizem respeitos ao
direito básicos que o individuo, natural e universalmente, possui em face de estado.

Mas ainda constitui um grande desafio no respeito de alguns direitos fundamentais que o povo
merece ter acesso muito mais as liberdades consideradas direitos humanos quem vem a serem
violentados abastante tempo. É importante lembrar que todos os direitos fundamentais
consagrados na Constituição são em última instância direitos de titularidade individual, ainda
que alguns sejam de expressão colectiva. Todos os direitos fundamentais, portanto, reconduzem-
se a uma dimensão individual. Por exemplo é o indivíduo que tem assegurado o direito de voto,
assim como é o indivíduo quem tem o direito à educação, saúde, meio ambiente etc. Por isso,
"gozam de mesma protecção jurídica relativamente aos direitos de liberdades individuais no
âmbito dos limites matérias da revisão constitucional".

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Bibliografia
República de Moçambique, Constituição da República de Moçambique (1990), publicada no
Boletim da República, 1ª série – nº 44, Suplemento, de 2 de Novembro de 1990.

________________________, Constituição da República de Moçambique (2004), publicados no


Boletim da República, 1ª Série – nº 51, de 22 de Dezembro de 2004.

Constituição da República de Moçambique, aprovada no dia 22 de Dezembro de 2004.

MANUAL DE FORMAÇÃO DO POLICIA EM DIREITOS HUMANOS. Maputo 2000

MALOLA, Joaquim Miranda. Violência Policial, legalismos e revolta popular em


Moçambique. Maputo, 07 de Abril de 2011.

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