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Universidade Católica de Moçambique Faculdade de Direito Seminário
Universidade Católica de Moçambique Faculdade de Direito Seminário
FACULDADE DE DIREITO
SEMINÁRIO
Nampula, 2021
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE
FACULDADE DE DIREITO
SEMINÁRIO
Nampula, 2021
Índice
Introdução.........................................................................................................................................1
1. Acto Administrativo..................................................................................................................2
1.1.5. Elemento: Produção de efeitos jurídicos numa situação individual e num caso
concreto
2.1. Nomeação..........................................................................................................................7
2.1. Aposentação.....................................................................................................................13
2.1.1. Requisitos.................................................................................................................13
Conclusão.......................................................................................................................................15
Bibliografia.....................................................................................................................................16
Introdução
O presente trabalho cujo tema é Acto administrativo e percurso laboral dos
funcuionários e agentes do Estado enquadra-se no cumprimento parcial dos requisitos exigidos
pela cadeira de Seminário.
Este estudo resulta da necessidade de compreender de modo geral o Seminário,
principalmente nos actos administrativos. O interesse é suscitado pelo facto de Seminário ser uma
cadeira de teor imprescindível na formação do curso de Adminitração Pública.
A importância deste estudo não se resume apenas ao conhecimento que nos traz
sobre o tema, mas também poderá influenciar o debate entre os grupos académicos.
O trabalho está dividido em três partes: a primeira parte composta por elementos
pré-textuais, desde a capa até a introdução; a segunda parte composta pelo desenvolvimento, isto
é, a bordarem concernente sobre o tema proposto e por último a parte dos elementos pós-textuais,
composta pela conclusão e as referências bibliográficas.
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1. Acto Administrativo
1.1. Definição de acto administrativo
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1.1.3. Elemento: Acto praticado por um órgão da Administração Pública
Trata-se de um acto que é praticado por órgãos da Administração Pública. Decorre
daqui que não são actos administrativos os actos praticados por órgãos de entidades que não
integram a Administração Pública, ou por indivíduos estranhos à Administração Pública, ainda
que se pretendam fazer passar por órgãos desta (os denominados usurpadores de funções
públicas, que praticam o crime de usurpação de funções públicas e, por conseguinte, incorre
sobre eles a correspondente responsabilidade criminal e civil).
1.1.4. Elemento: Exercício do poder administrativo
O acto administrativo é um acto que se caracteriza por dever ser praticado no
exercício do poder administrativo, devendo portanto ser materialmente administrativo, ou seja
praticado no exercício de uma actividade de gestão pública. Donde que não são actos
administrativos os actos jurídicos praticados embora pela Administração Pública no desempenho
de actividades de gestão privada; por conseguinte, estes serão actos de direito privado.
1.1.5. Elemento: Produção de efeitos jurídicos numa situação individual e num caso
concreto
Dos elementos do acto administrativo, o presente constitui o aspecto distintivo
entre os actos administrativos, cujo conteúdo é individual e concreto, por um lado, e as normas
jurídicas emitidas pela Administração Pública que são genéricas e abstractas.
Ao abordarmos a matéria do acto administrativo, surge desde logo um problema,
porquanto a partir da definição e da análise dos respectivos elementos se questiona se são
cobertos os actos colectivos, plurais e gerais.
É entendimento nosso que o surgimento deste tipo de actos é um fenómeno que
tem mais a ver com a forma aparente dos actos e não com a sua essência, não com o seu conteúdo
real.
Actos colectivos – têm por destinatários um conjunto unificado de pessoas. Por exemplo, a
dissolução de um órgão colegial, que em termos essenciais não é mais do que a cessação de
funções, portanto vários actos administrativos, dirigidos às pessoas abrangidas pela dissolução.
Actos plurais – são aqueles em que a Administração Pública toma uma decisão aplicável por
igual a várias pessoas diferentes. Por exemplo, a nomeação de vários funcionários através do
mesmo Despacho. Trata-se de vários actos sobrepostos, e não de um acto único.
Actos gerais - são aqueles que se aplicam de imediato a um grupo inorgânico de cidadãos, todos
eles bem determinados ou determináveis no local.
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1.2. Características do acto administrativo
De entre as características do acto administrativo, importa distinguir entre aquelas
que são comuns a todos os actos administrativos, daquelas que são específicas dos actos
administrativos definitivos e executórios.
1.2.1. Características comuns
São cinco as características comuns do acto administrativo:
Como reflexo do princípio da legalidade, os actos administrativos subordinam-se à lei; donde
serem ilegais todos aqueles que não observam a lei;
Presunção de legalidade, no sentido de que presume-se que todos os actos administrativos são
legais à partida, até prova em contrário, visto que são produzidos por órgãos da Administração
Pública no exercício do poder administrativo, regulado por lei. A presunção de legalidade assim
entendida significa que todo e qualquer acto administrativo assim praticado presume-se legal até
decisão em contrário do Tribunal competente;
Imperatividade, para significar que o seu conteúdo é obrigatório para todos aqueles em relação
aos quais o acto administrativo seja eficaz ou produza efeitos jurídicos, quer sejam os
funcionários públicos encarregues de o executar, quer sejam os particulares que o tenham de
acatar. De referir que esta característica é uma consequência da presunção de legalidade.
Revogabilidade, para significar que, por natureza, o acto administrativo é revogável pela
Administração Pública em função da variabilidade do interesse público que prossegue e de
harmonia com as exigências mutáveis do bem comum. O acto administrativo é diferente do caso
julgado que, por razões de certeza e segurança, não é modificável.
Sanabilidade, que consiste na potencialidade que o acto administrativo ilegal tem de poder ser
sanado. Significa que o acto administrativo ilegal é susceptível de recurso contencioso, e caso
seja anulável, pode ser anulado pelo Tribunal Administrativo. Porém, caso ninguém recorra
dentro dos prazos legalmente fixados a ilegalidade fica sanada, por consequência o acto torna-se
válido.
1.2.2. Características específicas do acto administrativo definitivo e executório
São três as características específicas dos actos administrativos definitivos e
executórios:
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a) Condição necessária do uso da força, significando que a legitimidade para a
Administração Pública fazer uso da força decorre da prática de um acto definitivo e
executório, condição sine qua non do recurso ao uso dessa força;
b) Possibilidade de execução forçada, no sentido de que caso um determinado acto
administrativo definitivo e executório não for voluntariamente acatado ou cumprido pelos
destinatários, a Administração Pública pode recorrer, em princípio, a sua execução
forçada, pode impor a sua execução por meios coercivos. É um corolário do privilégio de
execução prévia;
c) Impugnabilidade contenciosa, o que significa que o acto administrativo definitivo e
executório é susceptível de recurso contencioso, podendi neste caso os particulares alegar
a sua ilegalidade e pedir a respectiva anulação. Equivale isto dizer que, regra geral, os
actos administrativos não definitivos e não executórios não são susceptíveis de recurso
contencioso.
Quer a propósito das características comuns quer a propósito das características
específicas, importa reter finalmente que em determinados casos elas podem ser afastadas por lei,
a título excepcional. Significa que todas as características comuns e específicas atrás
mencionadas consubstanciam princípios ou regras gerais que podem conhecer algumas
excepções.
1.3. Elementos da estrutura do acto administrativo
Há quatro espécies de elementos da estrutura do acto administrativo,
designadamente: elementos subjectivos, formais, objectivos e funcionais.
1.3.1. Elementos subjectivos
Consistem nos dois sujeitos de direito que o acto administrativo típico põe em
relação, que são por um lado a Administração Pública e , por outro, um particular. Existem,
entretanto, casos de actos administrativos em que os dois elementos são pessoas colectivas
públicas.
Tanto num caso como noutro, o que é imprescindível é que um dos sujeitos deva
ser sempre uma pessoa colectiva pública da Administração Pública, donde emana o acto
administrativo e a quem em rigor pertence a autoria jurídica do mesmo.
O outro sujeito é o destinatário, que normalmente é um particular, pessoa colectiva ou individual,
sem prejuízo de que, por vezes, esse destinatário possa tratar-se de uma pessoa colectiva pública.
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1.3.2. Elementos formais
Têm a ver com a forma do acto administrativo e consistem no modo pelo qual se
exterioriza ou manifesta a conduta voluntária que consubstancia o acto.
Assim, os actos administrativos podem ter uma das seguintes formas: decreto, portaria, despacho,
alvará, resolução artigo 209 CRM.
1.3.3. Elementos objectivos do acto administrativo
Existem fundamentalmente dois elementos objectivos: o conteúdo e o objecto.
a) O conteúdo – que é a substância da conduta voluntária em que o acto consiste. Dele fazem
parte designadamente:
- A conduta voluntária da Administração Pública;
- A substância jurídica dessa conduta, isto é a decisão essencial por ela tomada. Por exemplo:
nomear, premiar, punir, revogar, autorizar;
- Os termos, condições e encargos que acompanham a decisão tomada, ou seja as cláusulas
acessórias.
- Os fundamentos da decisão tomada; os fundamentos do acto administrativo enquanto parte do
conteúdo da decisão tomada são um aspecto importante da evolução do acto administrativo.
b) O objecto – o objecto do acto administrativo é a realidade exterior sobre o qual ele incide.
1.3.4. Elementos funcionais do acto administrativo
São três os elementos funcionais do acto administrativo:
1o A causa, que é a função jurídico-social de cada tipo de acto administrativo, do ponto de vista
objectivo, ou o motivo típico imediato de cada acto administrativo, do ponto de vista subjectivo.
Por exemplo, a causa da nomeação é o preenchimento de uma vaga.
2o Os motivos, que são todas as razões de agir que impelem o órgão da Administração pública a
praticar um certo acto administrativo ou a dotá-lo de um determinado conteúdo.
3o O fim, entendido como o objectivo ou a finalidade a prosseguir através da prática do acto
administrativo, podendo ser, por um lado, um fim legal, e, por outro, um fim efectivo/real; sendo
que o fim legal é aquele que é visado pela lei ao atribuir a competência a um dado órgão da
Administração Pública; o fim efectivo ou real é aquele que é prosseguido de facto pelo órgão da
Administração Pública num dado caso concreto.
1.4. Espécies ou tipos de actos administrativos
Referir-nos-emos aqui apenas aos principais tipos legais de actos administrativos.
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1.4.1. Actos primários e actos secundários
São actos primários aqueles que versam pela primeira vez sobre uma determinada
situação da vida. Por exemplo, a concessão a um particular de uma licença para abate de uma
determinada espécie relativamente protegida.
São actos secundários aqueles que versam sobre um acto primário anteriormente
praticado; isto é o seu objecto ou é um acto primário ou uma situação que antes fora regulada
mediante a prática de um acto primário. Por exemplo, revogação de um acto administrativo
anterior, ou a suspensão de um acto administrativo.
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Enviar o processo ao Tribunal Administrativo para efeitos de Visto, depois da
confirmação de cabimento;
Notificar o concorrente para iniciar o exercício de funções, após a recepção do Visto do
Tribunal Administrativo;
Enviar para a publicação em Boletim da República;
Anotar no PI e preencher a ficha de cadastro do funcionário e acompanha-lo para o pólo
de registo (a nível central, 7º andar do prédio do CPD, a nível provincial, às Secretarias
Provinciais, e a nível distrital, às Secretarias Distritais).
2.1.1.2. Nomeação definitiva
A Nomeação definitiva ocorre findos os dois anos de provimento provisório e o
funcionário deve ser automaticamente provido definitivamente, desde que não haja manifestação
em contrário (n.º 5 do artigo 15 do EGFAE).
Completado o período de nomeação provisória (dois anos), esta converte-se
automaticamente em definitiva, salvo se ao longo dos primeiros dois anos houver manifestação
em contrário de uma das partes (Serviço ou funcionário). A nomeação definitiva não carece de
visto do Tribunal Administrativo, mas deve ser publicada em Boletim da República. Cabe as
Instituições preparar o processo da respectiva nomeação definitiva, após os 24 meses da
nomeação provisória de cada um dos funcionários. Para isso, o técnico de Recursos Humanos
deverá estar atento à situação de cada funcionário em relação à sua situação no Quadro de
Pessoal, fazendo as previsões necessárias no ano presente para o ano seguinte, com ajuda da base
de dados instalada ou a instalar no sector. O técnico deve coordenar com o sector de
Administração e Finanças, a fim de garantir a publicação dos respectivos despachos no Boletim
da República (BR).
Procedimentos a seguir O sector de recursos humanos deve:
Produzir o despacho de nomeação definitiva para assinatura pelo dirigente;
Emitir o despacho a ser assinado pelo dirigente, no prazo de 15 dias contados a partir da
data da conversão da nomeação provisória (nº 2 do artigo 11 do REGFAE);
Enviar para a publicação em Boletim da República, nos 5 dias subsequentes a sua
produção;
Fazer a anotação no Processo Individual e actualização no e-SIP.
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O despacho de nomeação definitiva não carece de Visto do Tribunal Administrativo.
A não observância dos prazos estabelecidos para a assinatura e publicação do despacho de
nomeação definitiva é passível de procedimento disciplinar ao funcionário a quem couber a
respectiva responsabilidade (nos termos do nº 4 do artigo 11 do REGFAE).
2.1.1.3. Contrato
O contrato é uma das modalidades que o Estado usa para constituir a relação de
trabalho com os cidadãos que prestam serviços no Aparelho do Estado (artigo 21 e ss do EGFAE
e nos artigos 6 e ss seguintes do REGFAE).
O contrato não confere ao contratado a qualidade de funcionário do Estado. No
entanto, ele é designado por agente do Estado sendo este celebrado por meio de termo sujeito a
visto do Tribunal Administrativo e publicação no Boletim da República.
Instrução do processo de contrato Os documentos que devem constar da instrução do processo de
contrato a enviar ao Tribunal Administrativo são os seguintes:
A proposta de contratação onde foi lavrado o respectivo despacho de autorização e que
deve indicar:
a) A necessidade de provimento; e
b) A existência de disponibilidade financeira e a disposição legal que serviu de base para
elaboração da proposta.
O contrato correctamente elaborado, designadamente com a indicação da legislação geral
e da legislação especial, se for o caso, que fundamenta o provimento;
Declaração do responsável máximo do serviço, no sentido de que foram cumpridas as
formalidades legalmente exigidas para o provimento e se o candidato reúne todos os
requisitos legalmente exigidos para o efeito;
Certidão de nascimento ou Bilhete de Identidade;
Certificado de habilitações literárias ou das qualificações profissionais legalmente
exigidas; Certificado médico comprovativo de possuir aptidão física e sanidade mental
necessárias para o exercício do cargo a prover;
Certificado de registo criminal;
Documento militar comprovativo do cumprimento das obrigações militares, quando
legalmente a elas sujeito.
Como qualquer relação de trabalho este pode cessar pelo:
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Termo do seu cumprimento ou realização do seu objecto;
Pela denúncia ou rescisão;
Pela morte do contratado.
Logo que o processo de nomeação ou contratação do funcionário ou agente do
Estado for visado pelo Tribunal Administrativo, o sector de recursos humanos deverá preencher a
ficha de cadastro do funcionário e acompanha-lo para o pólo de registo (a nível central, a nível
provincial, às Secretarias Provinciais, e a nível distrital, às Secretarias Distritais).
2.1.1.4. Promoção e progressão
A luz do número 1 do artigo 36 do EGFAE Promoção é a mudança para classe ou
categoria seguinte da respectiva carreira e opera-se para o escalão e índice a que corresponde o
vencimento imediatamente superior. Progressão é a faz-se pela mudança de escalão dentro da
respectiva faixa salarial, dependendo da experiência do funcionário no escalão do mérito e
demais exigências legais, nos termos a regulamentar, artigo 37 do EGFAE.
Dois anos depois ou três, conforme os casos, (artigos 10 e 11 do Decreto nº 55/2009, de
12 de Outubro) deverá ocorrer o processo de promoção ou progressão.
Tempo mínimo de 3 anos de serviço efectivo na classe ou categoria;
Existência de disponibilidade orçamental;
Para a promoção ainda se exige (i) uma média de classificação de serviço não inferior a
não satisfaz os requisitos nos 3 últimos anos na classe ou categoria e (ii) a aprovação em
concurso de acordo com o qualificador;
Para a progressão, exige-se também a avaliação do potencial que é a valoração das
capacidades e habilidades técnico profissionais do funcionário a partir dos indicadores
previstos na Resolução n.º 12/2001, de 26 de Dezembro;
Nas carreiras de classe única a progressão do escalão 1 para o 2 é automática e depende
da permanência de 2 anos de serviço efectivo naquele escalão e da avaliação do
desempenho que não deve ser inferior a “ não satisfaz os requisitos”; e
Nas carreiras mistas a promoção da classe E para C é automática e depende da
permanência de 2 anos de serviço efectivo naquela classe e da avaliação de desempenho
que não se inferior a “não satisfaz os requisitos”.
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A promoção não necessita de posse e produz efeitos a partir da data do despacho
do dirigente competente. No entanto ela está sujeita a uma eventual fiscalização sucessiva (Lei
26/2009, de 29 de Setembro) e deverá ser publicada em Boletim da República.
A progressão não carece de publicação no Boletim da República e nem de posse e
produz efeitos a partir da data despacho, no entanto ela também está sujeita a uma eventual
fiscalização sucessiva (Lei 26/2009, de 29 de Setembro).
2.1.1.5. Procedimentos para a promoção
Levantamento, por carreira, dos funcionários que tenham completado os 2 ou 3 anos,
conforme os casos, e que tenham sido avaliados positivamente;
Levantamento dos vencimentos e bónus por cada funcionário abrangido, para verificação
do impacto orçamental e Análise do impacto salarial;
Solicitar ao DAF o parecer sobre a disponibilidade existente para cobrir a despesa;
Elaboração das propostas de promoção para o despacho do dirigente respectivo com
competência para nomear;
Elaboração dos despachos de promoção por carreiras;
Apresentação do despacho ao dirigente com competência para nomear Envio do
Expediente à Direcção Provincial do Plano e Finanças (DPPF) ou Ministério das Finanças
(MF), para confirmação de cabimento orçamental;
Envio dos despachos à publicação no Boletim da República (B.R).
Após o visto do Tribunal Administrativo, se for o caso, e publicação em BR deve-se
actualizar no e-SIP e no registo biográfico.
O processo de progressão inclui:
Elaboração duma lista classificativa que deve ser afixada para conhecimento e eventual
reclamação dos interessados nos locais de trabalho durante um período de 10 dias.
As reclamações poderão ser apresentadas no prazo de dez dias a partir da data da
afixação. As reclamações devem ser respondidas no prazo máximo de 10 dias a partir da
data da entrada da reclamação na unidade orgânica de recursos humanos competente para
decidir.
A lista definitiva deve ser publicada em Boletim da República e os sectores devem
elaborar os respectivos despachos.
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2.1.1.6. Mudança de carreira profissional
Mudança de carreira profissional faz-se por concurso, estando condicionada à
existência de vaga e o preenchimento de requisitos exigidos por lei, nos termos do artigo 38 do
EGFAE.
2.1.1.7. Comissão de serviço
A Comissão de Serviço consiste na designação do funcionário para o exercício de
funções de direcção e chefia ou para os lugares de confiança, reza o artigo 25 do EGFAE e artgo
20 da REGFAE.
2.1.1.8. Procedimentos para a comissão de serviço
Elaboração da proposta e despacho com base na legislação aplicável e preenchimento do
provimento;
Decisão do dirigente;
Envio do despacho para do título de provimento para o Ministério das Finanças;
Envio ao Tribunal Administrativo para Visto;
Publicação em BR;
Organização das formalidades de posse;
Anotação no PI e actualização no e-SIP;
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2.1. Aposentação
Artigo 148 do EGFAE
2.1.1. Requisitos
Satisfazer os encargos para a pensão de aposentação;
Completar 35 anos de serviço;
Completar 60 e 65 anos para as mulheres e homens, respectivamente; e
Ter pelo menos 15 anos de serviço quando julgados absolutamente incapazes.
A aposentação pode ser voluntária quando é requerida pelo funcionário que tenha
35 anos de serviço 60 0u 55 anos de idade, consoante seja de sexo masculino ou feminino e tinha
satisfeito os encargos para pensão, reza o artigo 155 do EGFAE.
A aposentação é obrigatória quando se verifica por causa do limite de idade,
tempo de serviço, determinação da lei, reorganização dos serviços ou por incapacidade total e
permanente declarada pela junta nacional de saúde, artigo 153 do EGFAE.
este sentido, será de toda a conveniência que o funcionário requeira a certidão de efectividade
periodicamente ou, pelo menos, sempre que seja transferido duma para outra Província.
2.2. Subídio de funeral
É pago, pelos respectivos serviços, mediante cheque a favor da pessoa designada
pelo funcionário em declaração.
O beneficiário deverá apresentar o documento emitido pela entidade que
comprova o óbito ou fotocópia a autenticar pelo serviço no momento da apresentação (Circular
de 18 de Setembro de 1996 dos Ministérios da Saúde, Administração Estatal e Função Pública).
Note-se que não é exigida a certidão de óbito podendo ser o boletim de óbito.
Os cônjuges sendo funcionários têm direito, individualmente a subsídio de funeral por morte de
qualquer beneficiário do agregado familiar.
2.3. Pensão de sobrevivência
Encontra-se plasmado no artigo 170 do EGFAE.
É uma pensão que se atribuí aos herdeiros do funcionário e agente do Estado falecido com direito
a aposentação que tenha prestado, pelo menos, 5 anos de serviço, ou já aposentado.
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O n.º 2 do artigo 170 do EGFAE estabelece os herdeiros que têm o direito de receber a pensão de
sobrevivência.
No caso de extinção da qualidade de pensionista em relação a um dos
beneficiários, há lugar a nova distribuição da totalidade da pensão pelos restantes.
2.3.1. Extinção da qualidade de pensionista
A Extinção da qualidade de pensionista ocorre na quando:
O viúvo ou a viúva celebra as segundas núpcias; e
Os descendentes atingem a maioridade desde que não provem sofrer incapacidade
permanente ou ser estudantes dos níveis médio ou superior, casos em que o limite de
idade é de 22 ou 25 anos, respectivamente.
Os beneficiários são obrigados a fazer anualmente prova de vida perante o
Ministério das Finanças, de que estão vivos, preenchendo um impresso próprio para o efeito.
2.4. Subsídio por morte
É o subsídio pago ao familiares que em vida, estavam a cargo do funcionário ou
agente do Estado falecido.
O subsidio por morte é equivalente a 6 meses da remuneração que o funcionário
ou agente do Estado vinha auferindo até o momento do falecimento, para além do vencimento e
outros suplementos por inteiro do mês em que tal facto ocorreu.
Este subsídio, é abonado ao familiar que constar da declaração que o funcionário
ou agente do Estado depositou no serviço, para este efeito (artigo 171 do EGFAE).
2.5. Pensão de sangue
Nos termos do artigo 173 do EGFAE constitui direito à pensão de sangue quando
se verifica o falecimento do funcionário ou agente do Estado, em que a morte resulte de:
ferimento ou acidente ocorrido pelo ocasião do serviço e em que consequências de desempenho
dos seus deveres profissionais;
No combate a quaisquer epidemia de de moléstia infecciosa, quando resultante da
doenca contraida por actividades profissionais, nomedamente contacto com matérias tóxicas,
bactereológicas.
Para efeito da atribuição do direito a esta pensão, é considerado equivalente a
falecimento o desaparecimento do funcionário em campanhas ou em actos relacionados com
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estas. Neste caso (desaparecimento), o facto terá de ser objecto de inquérito, com base em auto de
notícia a lavrar pelo superior hierárquico do funcionário ou pela autoridade administrativa local.
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Conclusão
Assim, entende-se por acto administrativo: o acto jurídico unilateral, praticado por
um órgão da Administração Pública, no exercício do poder administrativo, e que visa a produção
de efeitos jurídicos sobre uma situação individual num caso concreto. A primeira grande
importância do acto administrativo é que ele representa uma figura típica do Direito
Administrativo - tem, portanto, uma importância para o estudo do Direito Administrativo – e
implica o recurso contencioso de anulação. O acto administrativo, por um lado, e o respectivo
recurso contencioso de anulação, por outro, constituem o binómio que corporiza a pedra angular
do Direito Administrativo, na medida em que este nasce para garantir aos particulares a
possibilidade de recorrer aos Tribunais contra os actos administrativos ilegais, que ofendam os
seus direitos subjectivos e os seus interesses legítimos. O recurso contencioso de anulação é
assim a mais importante arma de que os particulares dispoem contra a actuação prejudicial da
Administração Pública.
Percurso laboral dos funcuionários e agentes do Estado, A nomeação de um
indivíduo para um lugar do quadro de pessoal do Estado confere ao nomeado a qualidade de
funcionário do Estado, produzindo efeitos legais a partir da data do visto do Tribunal
Administrativo, o contrato é uma das modalidades que o Estado usa para constituir a relação de
trabalho com os cidadãos que prestam serviços no Aparelho do Estado, A luz do número 1 do
artigo 36 do EGFAE Promoção é a mudança para classe ou categoria seguinte da respectiva
carreira e opera-se para o escalão e índice a que corresponde o vencimento imediatamente
superior. Progressão é a faz-se pela mudança de escalão dentro da respectiva faixa salarial,
dependendo da experiência do funcionário no escalão do mérito e demais exigências legais, nos
termos a regulamentar, artigo 37 do EGFAE, Mudança de carreira profissional faz-se por
concurso, estando condicionada à existência de vaga e o preenchimento de requisitos exigidos
por lei, nos termos do artigo 38 do EGFAE, a Comissão de Serviço consiste na designação do
funcionário para o exercício de funções de direcção e chefia ou para os lugares de confiança, reza
o artigo 25 do EGFAE e artgo 20 da REGFAE. pelo menos 15 anos de serviço quando julgados
absolutamente incapazes. A aposentação pode ser voluntária quando é requerida pelo funcionário
que tenha 35 anos de serviço 60 0u 55 anos de idade, consoante seja de sexo masculino ou
feminino e tinha satisfeito os encargos para pensão, reza o artigo 155 do EGFAE.
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Bibliografia
Legislação
REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE, Lei nº 1/2018 de 12 de Junho - Constituição da República
de Moçambique, Escolar editora, Maputo, 2018.
REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE, Lei nº 10/2017 de 01 de Agosto - Aprova o Estatuto Geral
dos Funcionários e Agentes do Estado.
REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE,Decreto nº 5/2018 de 26 de fevereiro – Aprova o
Regulamento do Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do Estado.
Doutrina
AMARAL, Diogo Freitas, Curso de Direito Administrativo, 2ª Edição, Vol. I, Livraria
Almedina, Coimbra, 1996.
MACIE, Albano, Lições do Direito Administrativo Moçambicano, Vol. I, Escolar Editora, 2012.
TAVARES, José, Administração Publica e Direito Administrativo, Guia de estudo, 2ª edição
(revista), Almedina, Coimbra, 1996.
AETANO, Marcello, Principio fundamentais do Direito Administrativo, Edições Almedina,
Coimbra, 2010.
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