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Solange Tereza de Lina Resume Eat estudo apresentaalgumas reflexes sobre a Gograia¢ 4 Literatura, sob uma abordagem humanistca, consderando liens aspector relacionados percepelo ambwal ¢ 3 Palsagum vids, slim de cues ports tis como: sunido do ‘Spagoc gar, valores e imagens rspectivos ao meio ambient. Abstract This study shows some refletons on Geopraphy and Literature, under a humanistic approach, considering diferent aspets lated tothe environmental perception and to the living landscape, besides eter points, such as: sense of space and pace, ‘values and images related tothe environment Desde os primédios da Histria das civilizages podemos ‘bservar que o Homem e as paisagens geogrificas se encootam Inteparavelmente unos, revelando, atin interagdesprofndas, uma sagas 0 pros, esl seu pense st 'A interelages dai devas, nos abarcam os aspects ‘considered biofitos, mas também eavlvem toda riuezs da ‘dimenses psiquica, mista, expintual, etic, fazendo emergir lum dilogo ent o diferentes nies, qu min or eds 276 1 atureza das experiéaciashumanas com os espagos, lugares © aise, * Profesor. do Departamento de GoogafinJGCE-UNESP, Campus de io Clo. Email ale engehaigol come -Hadadol om. be Geosul, Forianépotis, v.15, n:30,p 733, ju dex 2000, Enquanto ceniroe do mundo vivido, at paicagens ssogrifeas vishimbram honzontes de simbolos © sgnoe. em fetinve dinamismo, tansmitindo mensagers que falam, Sllenciosamente, da perapelo, da valorzagso, da busca dos figificads inerestes ts uniese rptras do ser hamano com se esaco vivid. 'A. adatagio do Homem ais diversificadas paissgens ‘uansfomavse, portant, om parte sgnifcatva. de histoa. das ‘mesmas Nas paiagens ‘enconramcs ot vestgio, as emimiscéncias, as reiguas da magnitude da histériavivida pels Sciedades das diferentes clturas tum passadoremto ou do, ot sind no pratete-fetiro da contemporsneida de Mais intima e indvidualmente, cada ser humano constr, seleciona as paiagens qu evolve sia prpria hits de vida, ‘uma revelado de simbolos que cncevam em si as aides, eeapebes, of sobs e seatmentosinios, singular, relatives 8s fist wvencae Estes simbolor atibuidos 4s pasagens vvidas dzom respeio as manciras do comprenider 2 itegridade © 2 complesdade das experfncss, dos ros das. relagdes fexistncais com o mundo vivido, qu, pare Busimer' , "na ‘perspec geogréfica, podria ser conserado como 0 sbutato ater da experiénei” ‘Ainda na Vado do. Butimer, 0 gobsrafo humanistic, afinado com as vost da Cidcia eda Flot, 50 deveriagnorar ‘ada dequilo que pudesse Inga luz sobre as compleidades dos relscionamente do Homem com 2 Tera. Ants de tudo, devia tentar “wm exorro combinado para reconciliarcoragao'¢ men ‘canecimento apd. em rosso mundoc daror™ Assim, £0, de tam ado necestitamos. om nossor exudes da hjeividade dos ‘alors conceit cintifics, por outro Indo, a0 nos encontrarmos inte de novasfronteiras da pesquisa googrfica, devemos busear fambéer ot alates e visdersubjevos, sem uma recuse preconceituesa prion, por carcerem de uma cenificidade txpicivel em termes racionais, lgicos Ae Baer, “Aprsdendo © Dinamo do Mundo Vivi", Aubio Cisse (rp). Perpcvas da Geogr. S80 Pal DIFEL, 1585p. 8. idem 67 Numa cut» explanagio relacionadas bases fenomenclégicas da Geografia, Relph’ tace consderagies referees 208 varios inguls mods de experiencia as paisspens, ressaando que, de todas esas expeiéncias, “tales a do inseape ‘jaa mats importa para nds, por ser ela gue profiad Signifcado as paisagens, «que nos liga a els. por reforgar nossa Indvdualidode™ Neste sentido, as patsagens refer un conjunto de signifiados diferentes © expeificn pars cada ser humano, ‘conforme o caitr de nossasintengGese a natura apresctada polos ambientesenconrados este modo, na Literatura cacotramos _exemplos Jnumerdveis do narativas sesiveis Sobre a variedado de cexpresesexstentes na perspeciva expenencial ete o indvicuo au mundo vivido, sax malo ambiowe. A combinacio © a ompreenio dos aspectos objeivor subjaivos concemates 4 paisagem/mundo vivido apresentamse no contexo de algumas bras Terris. de forma que revelem justamente esta. vsio holstiea da exprincin com o espaco, mas proxima da realidad do significado. da eesincia da humaniaaglo das pisagens ogres, natura ou constaias. Desa forma, as pasagens narmdas encerram anbiéacias ‘experencindas mtensamente pelos peronages, tao n0 sido ‘4 tepals como no sentido da tepofebn, eaiva sor sue espagos Ingres. A paisagem geogrfin capa pelo eseritorndo fmorge simplemente como matira manimada do’ um cosine fstiuco, pos, 80 mesmo tempo em que vivifin, & vnifead, ‘mediate’ 2 momona © visbiidade de suse’ expenénciae, orepedes «imagens 1 ineresse pelos estudos das obras Inecirias sob uma ordagem geogrfies no 6 recente. Desde a déada de quart, (os gedgrafos Hancese j manifleavam sus dias no sete de valorzar¢ rcaperar a imensa igueza de cunho geoprafco que reside nos romances, coos, poesias, xcs, entre anos tos fineros Ieririos. Monbeig" j8 aletava tambien que muitos ‘Edvard C_ Ralph “As Bats Fonomcrlépicas da Grog’ Garafia 7-9 8,199,916 “Pree Montcg, Enis de Geogr Humana Braiie 3o Pau irra Mar 1940, rmanusis de geograia componavam “ikitwas geogrifas” que ‘fo contegism tsi as coer #08 sitmoe da vids 20 planta, ‘omando-o onfadonhos, desestimulants. Buscava, earaanto, mostrar ainda que mitas obras lierdvias, ndo-geogreas, conzegulam com sucesso dsparar imagens vivas no epi dos nos, levando-s a uma coqprensio mais proxi da realidad dos fendmencegeograficos. essa frma, 20 uilizarem a bra Iria como um recurso ‘iusrativo a mais, assim como os mapas, as faografas, ae pormitiiam a Geografa anpiar seu instrumental na comproansig fas imrncadas elagdesepacais. Ao analisar a questo, Monbeig™ not waza sguite refloeio de Max Sore sobre interpenetagio ‘ds. "dominias” gengrsfeo e lterino, coniderando valores ‘indameneados na percpeio e no signified da paisagem vivid “A. primes visho que wm gedgrafo tem deme ‘pizagem ¢ a mesma de lodos 0s homens ama Impressdo lobo! com seu corso de senimenton © femogdes, de elementos subjetvos, se. prejerirem Como todo 0 mundo ele ¢senive formas © cores, ‘aos perfumes e sons. O gue The & peculiar & uma imaior apo a desoctar os elementos do quadro, car a significado de cade um ce sens tapes fvocande analogs onginguas, a desobrir 0 ‘mecanismo da su ligagd0, 0 tormblo intl!" Gore 1933) Porém, mesmo quo seam antigas as dverinias quanto 20 soe os cuidados por parte dos goografos, referntes 20 material, ierériedsponvel enquanto recurso aicional, somone parti da cada de setnta @ que oe groprafos vim dedicando mais ‘continuamente seus esidor relacionados com a perpecivas faperiencias desciias pola Literatura Esimulados plo ‘derenvolvimento da correntehumanisica na cgncia gegréfca © Sob uma abordagem fenomenolgica que rsgata 0 sentido do “holos” nas vlog etre © Homer e's Natura, ot ggrafor passam a ressalar 0 significado da subjeividade da experiencia Individual quotidiana com o moio ambiente, buscando om sous em, pp 228.206, sstudos sobre o papa vivido capar 0 simbelismo das paisagens areas sciedades © individvos,ndo sob uma forma mecanicsa, ‘as integra, onic, Fremont’, aalsando 2 regido enquanto espago_vivdo, sponta a porcepedo coma uma das relagdesfndamentae ete © mem eo esago, sulindo na compreenso, no 20 dt resi, como de seu lugares, porque aqula no ¢ prozuo do aca, mas as relagdosviveds,combnando fore come a ndiviuaidade © ‘timid de cod om, Pata et utr, 0 espago vivdo 60 revelador das realdades regionals, consituindo a esenca, 0 motivo do ser ¢ do eistir de luna rapido, Dete modo, 6 a apreasio dos componetes que ‘certiram e ordenam 38 rlidader regions ~ administrative, histrea,ecolgica,econémica, psicolégea, qu lva 0 Homer a sentir, a moder exe espago. conforms seus conhecimentos pestis, seam exes téoues, sjam profindos, sendo também Inflenciado palo proprio espace 'No jogo ¢ nor reflexos dessa iter elagbes,Frémont? nos leva a “redescobrir a repo", que, segundo ele, consist em “procirarcaptsta onde ela existe, vista pelos homens” "Ao dieoret sobre 0 ea €@ ree das nossa imagens do mundo e,conseqientemente, dat nose percepgaee © impleoe, ‘vain 2 individaldade dos mesmos, para depois referinse 20 Feflere do santo coltivo na crgio das formas do espago. ‘Not caminhoe referenter a investigagio © eetdoe dot fendmenot repens, © autor fe comentarios sobre procara recessria do novas perspoctives sobre 2 utlizagso de novos Focutos, tat em nivel instrumental come em nivel documento, afimando que a novidade pode, etretano, ser una veha senor “Assim considera, enquarto documento do investigag3o de ‘ona realidad, a Lirtura como una Svea de grando atualdade, tendo em vista que um eschtr, a0 stuar os indvidues ov ume coletividade no meio de uma regio, consegue traduir os seus ‘alors, dando uns visio revladora dt ade do esparo e dos Tugares cireunsertos& mesma, “Amand Fremont Repl spare Vd, Contes: Almedis, 1980, "dem p17 Como as miias modemas, os texts lterrios nos leva 2 uma leura “das imagens do espago “gue condcionam at ercepgdese modelam, por retr-acgde,novasreaidades"* "Tams consideando 2 Lieraura coma um documents revelaor das subjeividades de uma deteminada regi, Clval’ bora a elagées entra Geoyafa Regional ea Literatura "Ete autor tra, em seu trabalho, de algun pontos voliados para quesdee pertnentes #andlize do espaga da fee reponalista 4 literatura fancesa.Claval questiona se cla ¢ na realiade, um campo focundo pare as exporagas das diversidades ropionais do Fang ou so sprenna a tlagdes etre ot indviduos 0 ep, somente em suas aparénciassuperfcins,ou como pont de pais par as narratives. ‘Neste prams, analica alguns autores tas como Balise, George Sand, Flaster, Zola, eave outer, mediante ce modot particulars de cada um, a0 descrever as pisagens. Ao anaisar © ‘spago narrado pelos escrtores, tace consideagSes sabre as ‘racers socinis que aparece, quate sempre destacadas, 20 Indo dos outro elementos sivas da paingem regional, Para 0 autor, a apreensio. da diversfcaglo. do. meio ambiete 6 um caminho para a descobeta das peipéias da fcciedade, nunca um fin em si mesma. Clwval, analiando alguns ‘sertores do sbulo XIX, coment sbre as conde reiantes no as, para que a atencio dos mesmos esivese volada as Feslidads lenis, 26 determinagBes do mio © 4 dversidade das sStuagies sociis Par cl, « geraio de romancias dos anos, compreandidos ene 1880 e 1260 legou uma imagem de Fangs ‘iva, precisa ¢ coord, enfocando um espago onde dminavam as roocupages de carter social enéo apenas aqulas rlatvas as ‘nqulaages de ode extn ‘Ao levar em considerag a insrelo estes etrtores nun contozo de conjumuras cuts, séco-econdmicas © polticas ‘efeees 8s Buns Spocas ¢ das respectivessignicados hsteeos, (Cava avalia, reflexivament, as fous intrincadasexstentes nos Thao 298 "Pau Clava, “Le Thine Ripon dass a Larue Panga”, apace Géographigus 21,1987, 9360-7. 2 romances, da relag ¢ a intrago dos autoresperconagens i tembore possum parecer em eeros casos superfcni, const do process de identifeagio © percepeso, cujat natures sO profandasecompexas "Tambéen os gebgraos do lingua inglesa, como Tuan, Pocock, Salter, Meni, dene outros, trouxeram, contribs sobre 2 temiticn Googiafa Literatura, aprofindandose 2 Drodugdo dese tsbahosdurtete a década de sett, cotiando eos anos ote. Estes estudcs abrangem tipicos varidos tis como as clades sobre 0 cater geoprafico da Literatura, o campo de interelagGes entre ela ea Goografia, as vantages e os curdados neceacrios que devem sor tomados pelos geografos em seus ttabthor nesta ea, a0 reconhcerem ambae como abordagent ‘omplementares nos estudos sobre aspects da xpeincia humana fom eapago, Aiada form estadador aspectos referees & Doreapdo do espag e dos lugares por decrmnados escritores, formas do descrqdo, do desiguracio do paisagons © sobre importncia da imagem literiria cada como um canal de infugneas postivas ou nogatvas nos letores sabre os diferentes i da dcada de stena, a0 esrever sobre logos afetivos com © expapo, ito 6, 0 setimento de topo, Alscorce sobre alguns posts relatives aos mundos pessais de cad tum de nd etambem sobre as diferngasepreferéncas particulares avoids. "Ao comentar a respeito das possives coreagdes entre nossos tragor de. pertonalidade ¢ temperamenta. com cre hblidades epecialzadis, tas como a visualizagio espacial, ete autor ressta a importincia desas reagées na exrturagio do mundo. Ao. desactas, discus as possiveis assocagies da Inblidade de visuaizagio espacial, da orientagio no espago com ‘apacdade matemstica e com a linguagem, tentando Telacon {rags da preonaliade com as habldadsexpdio-verbie, YiFu Tuan, Topopliia: © sip of cvnzommental tides and values New Jose. Pec al, 178, B [Ao analizarsuitamente ators renomados como Tol, Dostoevei, Virgin Wool, TS. Ele, Tuan avalia or diferentes ‘ggaus de peeape Ses da realidad ambiental oa capacidade original Ge descreveas, dis consagdes e recordagtes evocadas, ‘considerando que a habilidae de vieualizagzo espacial paros estar ‘associa com a habilidaes verbais na transmieso das imagens ‘as experiénais ambienas dates esertores ‘esta fra, o stor nos cama aaneo par a importinca do recurso Ineririo para os estudes do meio ambiente, mas preisamente, para of extuds voliadct & porceplo, ates © ‘lores. Considera anda que o sntimentotopofiic ¢ encontrado ins diversas expenses de Arte, servindo a Literatur como ut vwicul, por exceléaca, para a transmissio das. mais intesas texperigncias humanas com © espao,patiadss tanto por aquces aque amam a Natures, como por otros que fo sentem tenho snot por ela 10. autor nos lembra que ot escritores, Hoientements, ‘onseguem cata epnto de um lgar, através de siasseasiveis Iba des para desrever a personalidad da paisagem loca. Pela manera que oe eseritores aciouem valores 4 descngio do espa, cabam por destacilo, imoduzindo novos elementos que ‘ssociam ou integra ds Fisapens, a igre, ums nova imagem, dando campo par tows epories gros ma en is |A respeito destes valores que, atribuidos 20 epago nos levam & ertapio ¢ visibiidads dos lugares, Tua!” recore & teratura como uma fete de recuse a mais, mosrando que una de suas fngSes ¢ justamente despertar a atengio dat pessoas para ‘dcrminadoe lugares quo, sm 0 destaque dado pela ae teres, no seriam notades ou percebidos. Por meio da. Literatura, 2 ‘sbilidade de alguns hares esendese, amplia-se,fundamenada rm humanizagdo da sia plsagem, no seu caritr afttio © tambolico Yt Tuan, Space and Place The Perpacive of Experience “Minespalis: Univers of Mineo, 1977. 1 final da décads do stent, Tuan’ amin sida mais seus etudor sobre as relagies da peoquisa geografica com a [otra apontando novamente eta como um expo ito ico par as exploragtes sobre a experncia humara oom seus mundos fenovnin Ao. considers amplitude das pespectivas esctinadas pelo “insight do esr, como tanbém a snes da ‘ealidadesubjaiva com a objaiva, nos lva as reflexes sobe 3 lise compreenio de stuagBesrelativas 0 espag, Para ese autor, a Literatura pode se tlizads, basicament, do ris modos polos gebprates.Prineiramente, come um ensio ‘eflexivo sobre ar postves formas do expenencar human de ‘iat relies, oferecndo sugestes sobre 0 que 0 geoprafo pode clhar em seus estudos sobre 0 espace social, por exemple Segundo, com una supr-talidade que revels as. porepgdes ambictis«o¢ valores do ua cults, servindo para 6 seogrt, ‘enquanto historadr, no levartament de eas. Finalmente, como ua ambiciosstomatva para alcangar © ‘eulbrio eat 0 subetivo eo chive, como um modo da sites ‘eogrifica Para os godgrfes, a Lieeatura 6 semelhanto 2 um Jardim, na opinio dete autor, que contém um caminho, que ¢ una fate do. vesas formas, sufcante 0 bastante arn ichir eae alises pogrificas. ‘Ainds sobre as vrias rapes exstentes entre a Literatura ¢ ‘8 Geogafa como uma dae formas de estudarmos a8 perspectivas txprienciais com 0 expo, bem como do expo vvido ede sua perespeio, Pocock”, no inicio dos anor ofent, organi ‘oletnen onde diversos autores procuram mastrar seus pont de ‘isa cobre a rlevania dooms. Estes trabalho apesetaram ua grande amplitude entre os Pontos abordades, que vanam desde os que tran da wilizar20, os recursos Itersrios pelos geoprafos eda rea de intersect dos interesses, até aqueles de maior complexidade, que falam sobre a racureza da revelado googrfia na Lieratura Sob ete Sngulo, "Ysa Tuan. “Lier and Geography: Implcatons for Geographical Resear vid Ley and M, Samet). Hamanisic Geography Prospects and Problems. Cag: Maral Pros 1978 194206, "Dogs CD. Pos (ed), Humane Geography and Lear Londo: Croom He, 178 noontramos as referéncias 20 potoncial dos exeitores em ‘uanscroverom as expencas de espog e lugar com senibilidade sarawes dat histérias de vidh ou dor “inh” doe e008 personagens, ‘este modo, o significado do espa, das pasagans, em um romance, por exemple, nfo otk mas confide te desorbed simples localzag arbitra, indifernte, ou resriivas pela faa 4s clamontes om sua composiglo. Eset significado fomam 0 tspago ea paige revesidor de uma mukilicidade de sentido, Seb a conjumra vivid © prcbida pelo atpersonagem, onde notamos mtidas diferenciagées temporais no. modo de como ‘ercebemes os ligaes durante o decrer ds Vida Sate, nese senido, nos apresonta uma anise paticularment interessante, pos tem por objetivo inceativar 0 uso fe romances como material diditio, em acéscimo 08 textos ‘uadicionais de Geografia. Tatas de um estudo do romance de Steinbeck, "As Vikas da Ira, analiado sob a uz da Geog Cultural, cade Saker analica' expecéncia relativa 20. epago vivido © a diferentes perepgies dos personagens durante os rocesce de migra © adaplaio nama paisagem regional em ‘eon transformagio. "Panto mesmo autor, tanbim ¢ importante 0 uso da Literatura pla Geogr, prgue a essncia de ambos os tabalhos se consul na anise dos prprios fos da via, que acoatscom fm nosso mundo, © pos procossos humanos desenvolvidos om fangio das suas relagbes com 0 mo ambiente. Estes imeresses ‘emorgum tato na Cidaca Social como na feo litera somone om diferentes penpectvas no que conceme Ss especiicidades resents nanatreaa dos seus etd ¢ observes. ‘Aids podemos tar Hudson”, que vem reforgar este ‘emprego a Literatira como wma fonts de infommagesdireas © * Coser L Sa,“ Sinus “The Grapes of Wea as Primer for Coral Gengapiy”, Douglas C.D. Pocock (Gl). ‘Bhmantaie Geography and Ltrs Lands: Cita Ve, 1981, » ‘Bean 3. Hodson, “The Geogaphiclimigiaton of Amold Bene” Tranactons Now Series. a 7.83, 982 p. 38-373 indietas para a Geosrafia, a0 analiza a “imaginoydo geogréfica” de certo autores suas ongens einfludnias em so obra. Ege autor também nor lembra quo os escrzres, com fegitncia,conseguem capat 0 exit de um lugar, mediante 4 cctividadeexpressa nos inmeroe exemplos de refinadas ‘eaeigdes da paige. Eas smaveis dvcrigSs, mut vezs, $l ingprads plo determinismo que ceaascondigées ambientas tendem a gear em rela a vida humana, em gras considers, refletind um verdadero senso peogrifico por parte do escrito, ‘Aras da manera pla qual oF escrtores atribuam valores cviginais As sua desrgaes e narativas sobre o expage, acabam por detaci-lo em suas obras, de modo mais ov meses intens, fgerimente assoeiado & propria expeniénciaambietal que Peostuem, adqurda plo contato direto com © epago através de iagens, tre ours casos. ‘Ao lntroduivem novos elementos que associa ou integrary uma nova imagem as pasageas e acs lugares, esto arindo um ‘ove camino que nos leva snovasexpedigaes geogrificas nets smundor ds Literatur. ‘No ants ao desenvolvimento. deststrabalhos no Brasil, pos of lovaatamentos bbliogrifins, podemos veniicar qe 3& ‘apresntam insufciontss 0 eparss por varias dices hotames que esta preccuparso em ublzar a Liteatwa come um "ecuro geogrific no ¢ recente ‘Nos fins da década de quart, Segismundo™, num artigo inspirado plas consieragbes sobre o ema fits anteormente por Monteig. apontaalgumas eas de contato ene a aividade litera a atiade geogrifica, recrdando que ambas andaram Jutta no decrrer da Histria. A separagdo entre as mesmas, fegundo 0 ator, deveu-e 20 fto da Goografia tere tmado uma ‘inca independents dos damaisconbecimencs. En seu uabalo, 0 air ainda procurey rlsconar alguns clisios da Litertiratnivral eda brslira que naam viagens avenues, on dire sobre jomadss realzadas por replies Seliagens o indspias, com ocodheciment gegrifica encontrado ° Femando Sepismunin, Liem © Gong", Buti Gengrifico 1 ej, 00 pp 272, em suas pias, Assim, considera eras obras como um excelente reposténo de informagées para a Geoprafa,prncipalmente por Serom capazes de nou propocconar uma "isuaizn;d0" dang sts lngares, de sus paiapes “ina cada de seserta, Mot!” volta a diseorer sobre esta temétca, analeando. or pontos exploadce antenormente por “Monbeig eSepsmundo, Ee autor ver refgar em seu rabalbo 3 necesidade de loturas nfotenicas em Geografi, mat qv, sem divide, slo. subsiios prciwos para © etendimento ea ‘istalizagio do fate geosrfco, No desenvolvimento dosas iia, este autor também comenta sobre & importa da Literatura nacional como um Tecurso na apreensio do conhecimento subjecivo das. quests regions brass, assciada 05 relatos téenicos, Moa, concentra suas discusses sobre 9 importncia da vaidede da ividade Iteriria que, embora mio. ja intncionalmente trogriia, muitas vezes acaba colaborando com pura Szticidae para a melhor compreenso dt Googe Regios ‘Como exempl, procura mosvar que as obras dy Literati regionalsta brasileira, com enfoque especial naquclas que se reportam & Repo Nordexts, slo excslntes couibugdes que dover Sr somadss as esudos séio-condmcos © stoic 40 ais Ainda a propéito da utizagdo de textos Ieriios como tubridios pedapogicos na Geografia, merece atengio © projeto Assenvolvide por Oliva © Machaio!™ Exe trabalho rls a ‘expendncia didi sobre o ensno do Nordese brasileiro vsanda, lem de aquisigdo do conceit do repido por parte dos alunos do uso cole, a uma ampli dos esquemas de agio © da Spreniio do conhecimento das reaidades repionis, de modo 3 Imtegrar outros contd mterdiacpinres aa ea atividade fo selecionado 0 poem de Joo Cabal de Melo Neo, “Morte € Vida Severin” come teto-bese 058 Mauro Mo, Goorafia tril, Rio de Sac: Insite Naina Live, 61 "Livi d ive Lucy Marion CP. Macha, “Um Es abe 3 "Regi, Malem de Geogr Teoria, 2,197, ppoeloe para 2 interpreta, mas como também para a proc da entiicogGo e da relagio dor tspecte e questee de interes grogrifco, na reaidade regional nordstina, expres porem, va inguagem podica, mas dentro de um contro espa ¢ temporal Aida Segundo as aoa, ests “irahallo nto espotou {oder a possibiidade, mas, sim bri as porta para um nova ate da Geografa, em temas de dda” No Bri, of estudos geogrificoltervioe no foram incntivadose, conseqlentoment,nio se dseavolvram, apes estas incursdes exparsas por alas geéprafoe nos dominios da Litera © que. deram asim suas cotibugdes parm iversificao do easino © da atilise googriia. Porém, aon ‘deat consideragSes, deve eer fsado que mate manfetagSes Imcioois no campo das Latras esto imprognadas do que Poderiamos chamar de eater weogrifico, a0 relatarem os ests e vida, as caracristicas socio-culurais, as estruturaseconénicas, _agsirias, como a diversiiagio do meio iio do pais através dos ‘iferentes momentos de sia hist. De acardo com Antonio Candido e Castello”, medante os ratos memeriais, cénicas, iris de viagens expedigdes em teras brass esrits Gurane os peviodos das descaberas laminas, resatamos as Informagios necesaras para a rcomsieucso da" palsegen istico-geogrifca do nosso pas ‘Cabe lembrar tambam aqui que muitos outros autores ‘onsidram a importinca de carter histéicodocamental dots ‘Serentes tipos de anscies sobre a eldadesenconradas 0 passado do. Basi, salenando as tansformagSes sociis © conbmicas ocordas, bom como suas inMudncas, dveas 1 ‘ndiretas, as conjuntaras eultirae«centfeas daqucls epoca “Modiante 2 recuperaso deste relatos, encontramos as primeras decumesagdes, veradeies invetii, sobre 35 pasapen sca c humana basieias,desbravades e conhecids, ot oastruldas, cas em informagdes © referincias cuisas sobre a5 ‘ealidades¢ 0 flor agut encontrado po colnizador europe, ¥ sowonio Caddo de Malo Souza Jee A. Casilla, Presnge de Lieratra Bra. So Pol: DIFEL, 196 v0 p13. Segundo Fert, ees repstos revel descriges, lo soments Imteresanes, mas por vezes ingénas, commando aspect pitoresco do desconhecida « do insio enconsado neste nove pas, em cxplnagies que mesclam 2 invetigarso empiico- ‘etfiea com reflovospodicor ou aspecotfundamenadoe num ftdem cosmologica raligiosa crt © cate, por pate do curpeu . “Assim, cnr os primeiros rise, enconrames as eénicas os visjntes como do lndirio Hans Staon, rounidos numa edge atada do 1586. Tambem perencem a ess periodo os relatos de ‘André Thive, "Les Singularities de la France Aniarcigne, ‘autrement nome Amérigue, et de. plusieurs Terres et Isles Décowertes de Notre Temps’, de 1558, ¢ de Jean de Léry, “Histtre dn Voyage Fait en la Terre de Bri autroment dite Amérique, de 157. ‘Dos primers hisoviadres das tras braseirs,destacam- 4 Pero de Masalies Gandavo com "Histoire de la Province de Sonar Cra”, em 1576, Carel Soares de Sous, “Tratado Deseriptvo. do Brasil” om 1587" e, mais tare, em 1730, ‘Sebastioda Rocha Pita, com “Histria da América Portuguesa [esas obras, encontram-s, ainda de acordo com Feri, uta refernciag. is diversas. colts apricolas desenvolvidas. pelos olnizadoes, bem emo is formas de aprovetamentoe utlizg30 das espciesveptis natives, ent por suas qualidades meicinais ‘como plas comercais, no caso da explora das madeiras, ov do atv das fata opicas, entre ours. ‘entre o sacerdets¢ missiondros,encontramos 0 Iegndos as caras de Pe. Manel da Nobrepa, datas desde a sua chopada fom 1549 na expodigio do Tome de Sour, © do Po. Jose do ‘Anchieta, que chegon 20 Brasil em 1553, com Duan da Cost. Porim. odesiaqi fic pela presngs de Fei Vicente do Salvador, com suas descigies sobre as qualidade: do nossa flora em “Marenaese Achegas para a Historia e Geographa do Brasil, em 1627, Mio Guimares Fe, “Hira da Betnica no Bras", Miro ‘Gumarses Fee Stazo Motyuma, Mitra das Cléelas mo Bras ‘Sto Pale EDUSP, 1980, vol 2. pp 338% Ente as obsarvapSes extuos realizados pelos ciemisas, regisramse os rabalos de Georg Maregrave, “Historia Nanas Brestlae™ om 1648, ¢ de Wilhelm Piso, vido na companhia de Nassau, “Histona Nawralis Brasiioe™, da mesma dat que © Poseriormente, nos sical XIX © inicies do século XX, virios natratisas vistaram 0 Bri individasimente ov cxpediosciontifias que visavam, princpalmente, ao estudo € 3 ‘ola de spéces da flora e du fauna aqui enconrads, assim como cbseragies de carter emolégico. No. sealo XIX, destacamese os trabalhos de Auguse de Santi, ‘esenvalvdos durante 2 sua permanéncia no Brasil de 1816 3 112 De suas viagens plo interior dopa, legou-noe uma exten bre que ainda ¢ consierada como um manancial de informagies Iminuclosas e-rcar de intresee histonco pare 3. Botncs, © Zoologia, « Gegrai, a Histra e2 Enogafa, ‘Nese period, anda deparamos com a presega de Carl FFeadrich vou Marius ¢ Jann Baptiste von Spx, dstacando-e suas obras plas abordagens de aspectos relacionados a txenomia, betnica, ogeograti, anctagier sobre plantas medicnas, além do rgitos sobre as quosbesVladas&antropoogia e ingistica, Entre os tables relizados em conjunto pelos dois cientisas, dastaca-s Rese Brasilien” de 1823. Dee rabalos de Martius, temos “Flora Braslens”, que consi, segundo Femi", “0 feo de toda o Bonica Sistemistia Brasileira” onaniasS0 do um mapa frogoogrfico onde aparece uma divisio do Brasil em ‘ico regiber natura, no muito dvergunte das divides ati Muito destes regitros. fo. acompanhados de croqus, esenhos pena, carvdo e aquarlas ctr outra tnicas do ‘esenho.¢ de plntura, astrando em daalher as imagens 43 paisagem ou de seus components, Rtas pelos propnos ‘atria, ou, em ours vezs, por arts que acompanhavam ‘tas expedigdes de vel centifico-culral plo pais ‘Nests verdadeirase preciosa obras deat espathaas palo ‘mundo equ reratam, com pura pereopedo, cenas da Vda Colonial do pais, elementos da fauna ¢ da fra, tipes humanes, de p38 a suas paisagns urtonas, bucbicas ou virgens daqules tempos: dastacam-se os somes de Franz Post, Albort Eckout, Zacharias ‘Wagener, Johann Moritz Rugendase Jean-Baptiste Debt ‘Matos outros visjntos, cits eoaualisas exrangoiros © braslios dram suas contribuigGes, em maior ox menor escala, para o conbecimonto das reldades ‘brass, nos diversos Periodoe de sua histra. Ao se embrenharem em expedies pelos Intenores do pais, dexaram-nor uma heranga de aventura de regiasos.pitrescos ineressntes sobre cs lose coisas neonrades aqui, © que até hoje podem ser compartihados ‘conosco staves da lure desu obras, Tgualments 2 queza das diferentes ses das artes errs fem nosto pais” nor legou renomados autores que muito ‘contrbuiram para singulares desciges da nossa sociedade de seus exo, valores, folelore, ou do ambiente natural, pela arativa minucisn destes aspects difereciados, confore. at regises googrifieas brasilsras. Por meio de desrgdes origins, tomaram oespagonarada mais do que um simples canis, verdaeiramente, um simbolo da pri vida, da realidad esonho dos homens que por aqui pasaram oa gui viveram, confundindo ‘su povo com oprprio gare vice-versa "Assim, conforme Bournuf © Ouellet espago em muitas cobras ltervias fot expresso sob varias formas, longe de ser indfrete, revesido de uma multiplicidade de sentios, ‘concitindo, em gum ocsies, a propia rn80 deer da obra ‘No Bras, os clos com a experiéecia ambiental foram nfatizados com 0 regienalismo que. despoatou come um dos ‘Momentos mais imporantes de nossa literatura, chepando a tomar ‘hracerizagbs bom defindns que marcaram verdade-os lor 0 pamel nacional das Letras. Algunseecrtoreschegaram até mesmo defenders posi inclusive deforma rad, de que a foo 32 ‘benefci pelo onto com uma realdade | conretamente demarcada no expafo © no tempo, por moio do couhecimento preciso, Rindamenado na expeneacia dra com a paisagem dt repo, Roland Bourouf © Rial Out, O Unies do Romance. Coiba ‘edi, 176 pp 150-168 Ess ciclos da iertura besa se alimentaram das poculiariades regionals do pais, mutas vees em tons de dein fe sitvagdes socials ¢ humanas dranaticas e deploraveis, cm escripes mareants do homem eda paisogem, sogerndo, a partir dos elaments e dos aspecios visives da pasagem, 2 dimensio ‘mais profand dos guloe da realidade percebida do liar Em relagdo is palsages dascritas om varias obras da nossa Ieratura, nay dene todas at demas, parcey fascnar nO Somentenosoeesctres, mas nssos poets, misics pistes, do pasado at a atualiade, inspirano a riatividade popular © 8 anisica sob diversas maniitages ligadas 4 rales do nosso flor ou da prpriapsisagem. Falanos, assim, da paiagim regional, quo, plas suas variagées de fsicoomia googrfis, sempre inspire a transmissio ss mais diversas exporidnin com o xpago por mo da erat nacional, gragas 4s caracterstcas peculaes que as regibes ‘raslirasspresentam nos seus aspocts natura © humans, ¢ que rmoldam até hoje realidad da organizago dos espagos, em seus (bierentsnives, esas fess. ‘Date modo, dscrici Abi dos Setimentstopflices cu ‘io das emogde igdae& vids da regite, dos modos, no decorer ‘4 historia do pls, de como os estore sontram,pereberam © trablharam a realdade desis expenncias 10 plano de suas inarativas, faz desta paisagem uma constants em fossa leratara fapaz do. sempre resuipir, causandonos supresa pela ‘nsinaidade com que tem sido irtads Pam Antonio Candido © Castello”, Tauay no_séulo passad pode ser cansiderado um dos pioniros na desciglo en hservagio das imagens da vida regional, sendo seu romance “hocncia” uma das chrarprimas do regicalsmo remdatco Este escrtor poesia um conhecineno.profindo ining, regirando suas impresses das reas conhecidas como “eres”, mas no senido de teriarios desconbecidos do interior 3 sre um Universo, lovandoos por ene voredas etavesias @ uma visto zemlogica dete "sertdo-mundo™ doe Geass Consideragesfinais Em todas as épocas encontramos inimeros exemplos de srtorese de outras pessoas qu, staves de suas narapbes, 205 logaram paginas que Se constiuem em vedadsiros documatos hitrico-geogrificos dos tempos dos epacos em que viveram Estes relatos, em sua maiovi, woussam ao nosso conhecimento, ‘04 do poate de visa clanfco ou empirce, combuigbs imensat ‘ perspectvas novas de andises. Ao escreverem sobre os aspectos do mundo. por eles vivdos, dearam-nos como herangas Pspiacas fegtvor dhe diferentes realidades pevesbider nos Viros momentos, tanto nos aspectos,subjtives como nos objetivo, sto 6 os concerents i elidades interior ¢extrioe 'A Literatura, em todos‘: sous periods - desde arcaico, holnio ou latino, através de sous épicos, do medieval, com suas anges de gests, até As variadss obras excrias em prosa ou verso os séeulos posterires © contmporineo ~ nos Tago, além de sensiveis expresses das diversas fases da Misra das Ars, reeisros que podem rervircomo bere pam outros exo m0 campo ds Cincia, pois epelham as interagdes entre © Homem & Seu msio ambiente Por meio dae formas de expressbo ariicn esenvolvida a ren das leat, tems muitos pontos de partis par diversifiadas anise cients em Priologia,Pequata, Linguistics, “Semictice, Sociologia, Histria, Geografia, ante ‘No campo da Goografa, Lina Fercira™ considera que 35 pesquisat sobre pereapezo do ambiente encontam na Literatura tina alads que vem enriquecer muito desenvolvimento dos seus ‘studos, vando om conta que vérios esertoras e goograos tim tum 0 mas pons em comm relatos aturesa das peepee, as experénias ambientas, ou sj, as experénias com o epa90 ‘com o sentido de lugar, embora sigam suas linkas particulars de timbalos. 8 Are ea Ciencia, respoctivements Para or estore, o meie ambiente deka de sar apenas un pmo de findo seeundirio, eyperando sua importinca para © ‘quire materiale psiquico dos indviduos. Det modo, passa a Ser dscrto,ndo come um pono de patie para at extra, por ‘meio de ura imaginagso pura esimplas dos autores, s,m, or uma imapinagio desenvolvida a pati das cbservaées, diraas ou Indreas, dos prpris exerted ealdade dinamieae conreta vivenciada no espago. Patindo destas cbserarée, laboram 0 mateal resthido,registrado: 0 estudo das possveis sensagses seas diferentes sages ambietas forma de como transmit as expeigcias vividas ou, simplesmene, imagines, aavés das Solange T de Lima Feria, A Pepe Googie de Pasar sds Gerais no Grande Seri: Verse, isso Se Es ‘ames 29 IGCEIUNESP, 1990, pp 084, pesonalidades dos personages, ou ainda, atavis ds Sos que 'modelam a percep do escrtor. Pocock”, 20 relacionar a feglo erin com os estudos seoprficer, considera 2 imporinca da natueza da vestigago€ dos aspeces da experénia ambiental como partes da condigéo ‘humana. Salieta tambim que o ponto de pata ¢o cohecimento <& pereepedo do proprio exer, uma vez que, 30 atclar at ‘ister intema e externa sobre os gars, o escrtor promove, dese Imodo, a buses para o fecoahecimento de uma nova peccapso, tama nova consciéncn, io 6 um novo “neh” sobre 3 realdado {e expago ou do usar Mediate estas experincias que narra as stuabes do dae ia do mlzcionamento Homon-meio ambicats, encontranos eede os seus aspector mais deseriives, come!» fsionomia ‘eogrifia dos lnpaes, das rgiées, até as complexas relagdes © Inceragdesenvolvendo aspctos mais subjives profundss, ob ‘mesmo paleo, como o expago . ‘Asim, peografosenconram viriog pontoe de tangécia que Ds despetam © iteresso para 0 material orlando. da Tteratura, com um recurso aficinal em suas pesquisa eestudos bre os processosintertives entre o Homem e runs pisages,® pat da pecepeio do eritorrlacionaa is etruuas do espago Fico natal ov consid. (0 sudo dona relagdes ene 2 Googiaia ¢ a Literatura amplia-se, quando aralismos estes espagos como geradres de sitagespscologicase sociais, 20 seem escolhides dsputados plot prepriosindividuos confome suas peferéncins pesoais oF pels statis do gar, ou quando impostos por deises alias & ‘owtade prpria,enguato espa vivide. Nests cass, code 0 lo favo com 0 espago pereebido & esabelecido sob diferentes, ngulos, enconramos indmeros exemplos na Literatura, quo se conatnem em una fons abundant de material para nquigao seogriie. esa forma podomos natar que éprecisamente a percopeso 4 realidade de vida humana noe diverros lgares do mundo, * Doelas, CD. Poco (ed), Humanistic Geography amd Literature, ‘London: Cone Him, 181,» 1S préximo ov longinguos, que consti uma das fontss de materia pra o romancita ctiar sua fico. A imaginagio © 2 propria petespeio da realdade so, na Literatura, as responsives: por Yerdadeiros caledoscepios de experizcia humanas com a ‘Naturesa. Aras da evapo da imagem litera, os exeitres tn © poder de infuenear, dra ou inditaments, a construedo de lmagens “ments ples leitores sobre. determinados lugares, patsagons, ou ainda, infuenciar suar atiudes cu condutas em Feaplo 20 meio ambiente, promovendo até mesmo uma nova ‘conscincia nests individuoe ‘0 conhocimento dos lugares, ainda que somente de moo ‘conceit, adguiido pela letra das obra Iaerriss, no dena de ‘sor uma forma do exprinciar as diversas faces do espago. Atavés do contesto dos romances, por exemple, o espago de uma ‘éterminadsloclidade decade sr moro, pare adguir nase ‘de signiicados muitos especiais que” nos sensilizam © inftenciam nosae ates ambient TNosea visto a respito deses lugares pasen as associar ‘com a visio do escrtor © permite que nosin conscincia ja _agugada ampiad, renovada pelo conecimento recém-adquirido Por meio desto novo sabe, eiamos uma visbilidade para os lugares dseritos wou vivies,bascada na informapio ena emacs secundiria, mesmo “que exat tenbam pouca ov neni Signficaneia visual e, que a maior pan das vez, passom ‘esperebidos, 20 etarem inreridos nim conte paiagisico mas amplo e de maior significado. A visibilidade dests lugares 6 asseguada polo esritor, a0 uanactewélosintmamenteligados aot ‘stados de alma, aos senimentos, sno e ios das atvidades ‘humanas no qutidano, através dos sou personages (Os goografos podem extrair da Literatura uma forte de informagdes © mensagens que, emboca subjativas © secunrias, eariguecem seus estudos. Ao rlaconarem os vitot temas Titers qu abordam sob ingulos diferenciados a expecincia do sentido de gar, encomram-se date de epagos de sumieados, com valores aftivosintentos, com um eonhecimento que abarca, simuktaneaments, 0 sentimento, familiandadee tide, Quando analisamos, geografcamente, as tramas © eaedos que envlvem os pesonayens num dado espayoe tempo, desrto ‘minuciosament> ou spresentados de forma _relativamens Indeterminada, descobrimos sob oie prismas faces doe procesoe de interagio com © meio ambinte, paticularmente ‘quanto atudes, condutas,idnticapes com’ espago, com seus lugares sabre suas fomas do atibuir valores, signos © Simbolos s paisagens iante destes dado, conforms Pocock", as quldades da escrigio ambiental ¢ da obsevagio das paisgens rgistradas pelo eseritores« pots tomar-se um fit recoheeido entre o& [edgrafsO campo Iterro pases a ser exlorado por eter 205 ‘ios pontos de ia, ende a 6fise nos aspects ambientais seria de aordo com as abordagnse dirwrzesescolhidas para aanlise es aspecos objetives © subjeivos da paisagom descrta © valorizada por um ecto Deste mod, a nature das expresses Iiteririas pode ser vista como verdadsiros “insights” capazss de nos desvnda ‘epectoe do elacionamento entre © ser humano © 0 e=pago ~ & ‘ompreensfo dos nossos pensamantos, soaimntos, attndes © gber references mula relidadesexistentes no epara, ainda ‘que aob a ic individual do um eeritor ou posta, tendo em vista 8 (ualdade de suas observagSes ¢ a elaborago dos elementos, erebidos na crigdo das imagens ments Tap enfendimento nacido. d0 “insight”, encontrado em ‘muta obras de Literatura, nos mostra um pouco dos univesasq cexistom no émago da ntueza de cada um, © de suas perepeses Sngulares e difereniadas, conltanes cu hamonisas sobre © ‘spao, em nivel pragmético ou mites, mas que envolve, de cera ‘mane, toda a prépria vinci 1 Lert tambem pode sr vita, deste modo, como um canal do informagSes entre 0 escrtor © o6 letors, sobro 2 Ietropeneiade das expedncins humanas com a Natures e sobre © significado ds lgares, afeades plas mudancastamporas. Para Cook", # Literatura tomarse um dos canst indnaos que estima % ‘Dowgls CD. Pocock, “The Novelit's Image of te Nom, Transactions Now Serie ol, aber 1973 2 lm Cook, "Conionsess ane Nove: Fat o Fctn inthe Works of DAL Layrence™ Dougls CD. Pocock (ed), Humane ‘Geography and Literature Lon iso Hel, 1981, 9p 66:8 2 « daseavolveo canheciment do mundo que noe roein através das formas do apoonsto da realdade polos individuos por meio da percept sensiveleprofands, alcangad por alguns esritores em fuss obrat. Estes canis, porants, nor fomecem dadoe que omplementam nossa bagagem experincial diva, imedata od iio. Tambem contribuem para uma melhor ineragio ere 2 ‘eaidadeexpagotemporal e a5 imagens moras individuis dasa ‘mesma realidade, Contudo,convém lembrar que estes cana de rmensagens mituas esto sujetos & selecio © ditordo dos processor informasivos elou pereeptives, bm como 4 aalagso fos signifcados das mensagens recebidas através do romance, ob ‘otra fora de expresso terri. ( espago presente nestas obras pasa a transcender a sua Tango, o su papel de simples ambietato etica ou de content maior auenticidade as esti. A relagio entre esrtovetor & spaoflyar assume forte magnitude, pois 0. mcio ambiente Geserao pela naratva se vincula, dittamente, aos desinos humans, fcticioe 0 ras, desvendando os tragor pcogicos © {utficando a tudes dor personages [Nase contest, por meio dos instantineor da Vida, captados © teabalhados pola Literatura, as qu tiveram o poder de critalzar um momento do tempo em sus pina, tos a posibilidade de conheceralgumas faces das legitimas tenativas humanas de Todimentionamento da retlidede stravés dor seus espagor ~ dt ‘busca cotnus de respatas sabre a ous hati a organize « construgio des nosso espagos vividos, assim como também da Simbolopiae significado do epago no desanvolvimanto dos nosso Drocassce do adaptagio nas sociedad, Deste modo, algumas formas de expreseio litera, em prosa ou verso, constuem, no ‘apnas gunulnos legados da'comunicaco anstca humana, mas ‘excertos da transformagBes_ que a humaidede enstalizon © ‘wansmiiu no deseaolr dos silos, sobre suas rlaSes, sagrades ‘ou prfanas, com a Naurezs ¢ com at pagent, Ainds mais do ‘he sto, esses relatoeconsuiram-se em reseanocias do poet Ietafisco que € 0 préprio Homem, e sua Vida em seu epaeae © lugares. a

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