Você está na página 1de 15

FACULDADES INTEGRADAS IESGO

CURSO DE LETRAS – PORTUGUÊS/INGLÊS

MARIANA DE SOUSA BORGES

A IMPORTÂNCIA DA GRAMÁTICA E LINGUAGEM NO MARKETING

Formosa-GO
2023

MARIANA DE SOUSA BORGES


A IMPORTÂNCIA DA GRAMÁTICA E LINGUAGEM NO MARKETING

Artigo apresentado como requisito


parcial para obtenção do título de
Licenciada em 2023, pelo Curso de
Letras-Inglês das Faculdades Integradas
IESGO.

Orientadora: Ieda Macedo.

Formosa-GO
2023
A IMPORTÂNCIA DA GRAMÁTICA E LINGUAGEM NO MARKETING

Mariana de Sousa Borges1


Ieda Macedo2

RESUMO

O presente trabalho discorre sobre o tema “A Importância da Gramática e


Linguagem no Marketing”, em que a questão problema é uma reflexão que a
gramática exerce no gênero textual utilizado no marketing, seja digital ou não. O
objetivo é que os profissionais dessa área tão importante nos tempos atuais
compreendam a importância de uma boa gramática na construção dos textos de
anúncios e propagandas para que tenham um alcance maior em seus resultados e
persuasão. Utilizou-se a metodologia bibliográfica por meio de pesquisas em livros,
redes sociais sobre anúncios e estratégias dos usuários que a utilizam para
divulgação de trabalho e demais propagandas e leituras de artigos e livros escritos
anteriormente sobre a temática.

Palavras-chaves: Marketing; comunicação; linguagem; gramática.

1. INTRODUÇÃO

A linguagem é muito mais que uma mediadora das relações do homem com
o mundo e com seus semelhantes. Estas relações são tão variadas e significativas
quantas são as possibilidades de expressão verbal do homem. Como instrumento
de comunicação, ela está presente no dia a dia de cada um de nós. Assim, através
da linguagem o homem liberta-se de circunstâncias imediatas, isto é, pode nomear
seres não presentes com o auxílio da memória, reviver experiências passadas, levar
o ouvinte ou o leitor a experimentar sensações; projetar experiências futuras, criar
seres imaginários. Tudo isso porque o ser humano possui capacidade de criar
símbolos e utilizar deles para se comunicar. Portando, o homem se utiliza de vários
recursos em seu processo de comunicação; gestos, sinais, escrita, cores, ícones,
etc.

1
Graduanda das Faculdades Integradas Iesgo.
2
Professora nas Faculdades Integradas Iesgo.
Esta pesquisa propõe demonstrar a importância da gramática normativa em
textos publicitários. Que influência a gramática exerce no gênero textual do
marketing? É essencial compreender a importância da gramática na construção dos
textos de marketing para que se tenha um alcance maior de seus objetivos
(persuasão), a partir do marketing digital que está presente nas redes sociais;
analisar/ identificar – como se apresenta a gramática da norma padrão da Língua
Portuguesa dentro dos textos persuasivos usados no marketing; compreender
experiências que deram certo no marketing através de uma boa formação
gramatical; propor/ sugerir – mudanças e acréscimos ao acesso a estudos mais
profundos da gramática normativa.
Este estudo é de grande importância não só para trabalhadores da área
publicitária, mas para empregadores de empresas que queiram um bom profissional
de marketing para assumir redes sociais, produção de postagens, bem como
anúncios, propagandas e cartazes ou profissionais que não sejam do setor, mas
que também entendam o quanto uma boa escrita é fundamental para o sucesso em
qualquer contexto da vida e também para a sociedade no geral, para que se tornem
cidadãos críticos e pensadores e que entendam o quão é mais fácil a persuasão
quando se tem uma gramática e linguagem correta em seus trabalhos.

2. COMUNICAÇÃO

Comunicação é uma forma de transmitir e receber as informações


independentes do cargo. São usadas a língua falada, língua escrita e língua de
sinais para desenvolver a comunicação. Todas as pessoas precisam se comunicar
e, por isso é fundamental que haja entendimento e compreensão entre elas. Afirma
Favaretto (2002, p. 01), “Comunicação é antes de tudo, um diferencial que agrega
valor a qualquer profissional, independentemente de seu foco de atuação.”
A sociedade precisa se comunicar, por isso é necessário um processo que
é gerado pelas regras da comunicação, para que haja sucesso é importante ter um
emissor, alguém que possa encaminhar à mensagem a outra pessoa, e alguém que
possa receber esta mensagem, que no caso será o receptor. A língua e a linguagem
são essenciais no processo de comunicação.
Drucker (2002, p. 495-496) afirma:

Quando se comunicamos, devemos saber o que o receptor espera


ver e ouvir. Só aí poderemos saber se a comunicação se encaixa
nas expectativas do receptor – e quais são elas ou se há
necessidade de um “despertar” que rompa as linhas das
expectativas do receptor e o fosse a compreender que está
ocorrendo o que não esperava.

Para que aconteça a comunicação deve haver um remetente, uma


mensagem, um destinatário e respostas. Assim, as pessoas que enviam e recebem
a mensagem precisam estar em sintonia, ou seja, falar a mesma língua para que a
comunicação tenha sucesso. Blikstein (1999, p. 28) afirma que “quando se escreve
uma frase ou uma mensagem, é preciso pensar na pessoa que irá receber esta
mensagem, se ela entenderá a frase conforme o emissor quer passar ao
destinatário” Dessa forma, a comunicação deve ser entendida como um processo
de construção de significados em que o sujeito interage socialmente, usando a
língua como instrumento que o define como pessoa entre outras pessoas. Para
Chiavenato (2002, p. 96) “A informação simplesmente transmitida, mas não
recebida, não foi comunicada. Comunicar significa tornar comum a uma ou mais
pessoas determinada informação.”
A comunicação escrita precisa ser bem elaborada e as palavras devem ser
escritas corretamente para que as pessoas possam entender com clareza a
mensagem. O erro na escrita é muito sério, pois pode levar as pessoas a uma
duplicidade de interpretação. Sobre isso, reflete Blikstein (1999, p. 13) “Bastaria
evitarmos erros gramaticais, escrita com clareza, deselegância e evitar frases sem
sentido.”
É fato que a comunicação humana se realiza por meio de palavras –
comunicação verbal – ou por meio de gestos – comunicação gestual. Porém existem
outras formas de comunicação: sinais sirenes, mapas, etc. Evidentemente, são
formas de comunicação distintas, mas haverá características comuns entre elas?
Com certeza, todas as formas são criadas pelo homem para que a comunicação
social se processe de forma satisfatória e eficiente.
Para Azeredo (2000) o conhecimento e a utilização da língua sejam como
emissor ou receptor são indispensáveis para a perfeita integração do homem na
sociedade em que vive. A vida em comunidade envolve indivíduos em um constante
processo de troca de mensagens das mais variadas formas e a eficiência depende
de uma série de fatores. Assim, para comunicar-se numa língua é necessário muito
mais que o domínio das palavras, pois ninguém escolhe com absoluta liberdade
suas formas de expressão linguística, nem os conteúdos da conversação. “Escolhe
em função de uma necessidade de sintonia com os componentes do contexto de
comunicação.” (AZEREDO 2000. p. 20). Esse processo pode acontecer de formas
variadas, ou seja, oralmente, por escrito, imagens ou gestos.
De acordo com Infante (1998, p. 12):

A comunicação foi o canal pelo qual os padrões de vida de sua


cultura foram-lhe transmitidos, pelo qual aprendeu a ser “membro”
de sua sociedade – de sua família, de seu grupo de amigos, de sua
nação. Foi assim que adotou a sua cultura, isto é, os modos de
pensamento e de ação, suas crenças e valores, seus hábitos e
tabus.

A comunicação é algo que existe desde a era Paleolítica, mais conhecida


popularmente como “tempos das cavernas”, em que os chamados “Homo Sapiens”
se comunicavam através de gestos, sons e desenhos. Comunicar com o outro
sempre foi de extrema necessidade, seja de forma verbal ou não.
Ainda, segundo Infante (1998, p. 12):

Ninguém lhe ensinou propositadamente como está organizada a


sociedade e o que pensa e sente a cultura. Isso aconteceu
indiretamente, pela experiência acumulada de numerosos
pequenos eventos, insignificantes em si mesmo, através dos quais
travou relações com diversas pessoas e aprendeu naturalmente a
orientar seu comportamento para o que “convinha”. Tudo isso foi
possível graças à comunicação.

É pela comunicação que podemos entender nossa origem, a cultura a qual


nossa família pertence, e isso acontece sem que ao menos percebamos. De
repente, estamos repetindo o que nossos pais ou quem nos criou fazem, ou o que
delimitam como certo ou errado. Conforme citado e ao contrário do que muitos
pensam, a comunicação não ocorre depois de quando, por exemplo, uma criança
de 4, 5 anos passe a frequentar a escola. Sabe-se que desde bebê essa criança já
se comunica, seja através do choro quando quer indicar alguma necessidade básica
como se alimentar, dormir ou manifestar sentimentos, emoções, ou até mesmo com
pequenas palavras que ele tenta repetir, pois escuta as pessoas do meio em que
vive falarem. “A comunicação confunde-se, assim com a própria vida. Temos tanta
consciência de que comunicamos como de que respiramos ou andamos.”
(INFANTE 1998, p. 13) A comunicação é uma necessidade básica do ser humano,
e conforme a citação, tão necessária quanto respirar. Desempenha um papel de
suma importância, que envolve desde a cultura ao entretenimento, e através dela
conseguimos nos tornar seres pensantes e críticos.
Dessa forma, a comunicação é um processo que envolve a troca de
informações, esperando-se a resposta do outro, se esse interlocutor não consegue
entender a mensagem transmitida, não há como obter respostas. Da mesma forma
funciona o marketing das propagandas e anúncios, se o expectador não entende o
intuito da mensagem, não há como ter convencimento.

2.2 COMUNICAÇÃO NA ERA DIGITAL

Quem diria que lá no século XIX, com a criação do telégrafo, os meios


digitais de comunicação fossem evoluir tanto? O que era apenas um aparelho que
enviava mensagens através de corrente elétrica, hoje, no século XXI, as pessoas
conseguem não somente se comunicar, mas visualizar por aparelhos tão pequenos
quem está do outro lado do mundo.
Esclarece Cunha:3

Com a massificação dos dispositivos digitais, que vão desde


smartphones a smartwatches, e a conexão permanente à internet,
passamos a estar ligados em rede 24 horas por dia. A comunicação
foi digitalizada e tornou-se onipresente. Passamos a relacionar-nos,
a comunicar e divertir-nos e a trabalhar por intermédio de
plataformas digitais. É indiscutível o impacto da tecnologia na forma
como as sociedades se organiza e comunica.

A comunicação na era digital é uma das maiores revoluções que a sociedade


obteve. Através de meios tecnológicos como celulares Smartphones,
computadores, relógios e tablets, a comunicação tornou-se cada vez mais fácil.
Conforme dito no primeiro parágrafo do tópico, hoje conseguimos nos comunicar
com pessoas que estão tanto próximas quanto do outro lado do mundo, basta um
clique. Sem contar algo que principalmente depois da pandemia em 2020 vem
aumentando, que é o trabalho remoto, mais conhecido como “Home Office”, em que
os trabalhadores não necessariamente precisam estar dentro de uma empresa para
cumprir sua carga horária, certos serviços e reuniões podem ser feitos em
residências através de dispositivos móveis.

3
CUNHA, Rui. Comunicação na era digital. Disponível em:
https://www.citeforma.pt/noticias/comunicacao-na-era-digital
Para Castells:4

Começando com o alcance do processo em si mesmo, deve-se


distinguir entre comunicação interpessoal e comunicação social. No
primeiro caso, os emissores e receptores designados são os
sujeitos da comunicação. No segundo, o conteúdo da comunicação
pode ser difundido para o conjunto da sociedade: é o que
geralmente chamamos de comunicação de massa. A comunicação
interpessoal é interativa (a mensagem é enviada de um para outro
com loops de feedback), enquanto a comunicação de massa pode
ser interativa ou unidirecional. A comunicação de massa tradicional
é unidirecional (a mensagem é enviada de um para muitos, através
de livros, jornais, filmes, rádio e televisão). Obviamente, algumas
formas de interatividade podem ser incorporadas à comunicação de
massa através de outros meios de comunicação.

É pela comunicação interpessoal que se tem o diálogo entre duas ou mais


pessoas, em que trocam informações de forma verbal ou não verbal, é uma troca
de conhecimentos, opiniões, sentimentos e etc. Já a comunicação social, conhecida
principalmente por comunicação de massa é a que mais predomina nessa era
digital, pois ela ocorre em contextos maiores, como na televisão, rádio, redes
sociais, sites de notícias, é uma comunicação mais voltada para a sociedade no
geral, com o objetivo de informar, educar, etc.

3. LÍNGUA FALADA X LÍNGUA ESCRITA

Normalmente a comunicação oral aprimora quando o contato com os


interlocutores é direto, ou seja, na presença um do outro e quando dialogam sobre
um determinado assunto, as mensagens são determinadas por fatos da oralidade.
(INFANTE, 1998). A língua falada é a forma mais comum de comunicação oral, é
através dela que as pessoas podem conversar de diversos assuntos de forma
natural e espontânea, expressando emoções, sentimentos, trocas de informações,
etc. Ela pode ser formal ou informal, depende-se do contexto em que se aplica. O
autor discorre ( p. 31) que “O vocabulário utilizado é fortemente alusivo: o uso de
pronomes como eu, você, isto, isso, aquilo ou de advérbios como aqui, cá, já, agora,
lá possibilita indicar os seres e fatos envolvidos na mensagem sem nomeá-los
explicitamente.”

4
CASTELLS, Manuel. A comunicação na era digital, 2009). Disponível em:
http://parlamidia.com/images/PDF/castells-comunicacao.pdf
É válido ressaltar que a língua falada também pode ser variada, envolvendo
diversos fatores, como: fatores regionais, em que a língua se difere de região para
região, por exemplo, a língua falada no Nordeste difere da falada no Sul, por mais
que ambas as regiões falem o mesmo idioma; fatores culturais, em que a cultura e
o grau de escolarização também são fatores para os diferentes uso da língua;
fatores contextuais, em que a maneira de se falar varia de acordo com o contexto,
momento, grau de informalidade; fatores profissionais, em que se utiliza uma
linguagem técnica que exige-se em cada profissão; fatores naturais, a forma de falar
varia-se de acordo com a idade e sexo.
Elucida Infante (1998, p. 31) :

A língua falada se concretiza por meio da emissão dos sons da


língua, os fonemas. Na escrita utiliza-se as letras, que não sem
mantém uma correspondência exata com os fonemas: há letras que
representam fonemas diferentes; há fonemas representados por
mais de uma letra; há até casos em que a letra não representa
nenhum fonema.

Fatos como os que ocorrem na citação fazem com que ocorra uma maior
complexidade na ortografia e que se explicita diretamente na linguagem escrita.
Infante (1998, p. 31) explana que:

Na língua escrita, a elaboração da mensagem requer uma


linguagem menos alusiva. O uso de pronomes e certos advérbios,
eficientes e suficientes na língua falada, obedece a outros critérios,
pois essas palavras passam principalmente a relacionar partes dos
textos entre si e não mais a designar dados da realidade exterior.
Em seu lugar vemo-nos obrigados a utilizar formas de referência
mais precisas, como substantivos e adjetivos, capazes de nomear
e caracterizar os seres. A língua escrita assim, demanda um esforço
maior de precisão: devem-se indicar datas, descrever lugares e
objetos, bem como identificar claramente os interlocutores nos
casos de representação de diálogos. A língua escrita busca ser
suficiente em si mesma, redator e leitor não precisam mais da
proximidade física para que a mensagem se transmita
satisfatoriamente.

A língua escrita é uma forma de comunicação mais objetiva, e geralmente


mais formal, necessita-se de uma escrita clara que respeite as normas padrões da
Língua Portuguesa, frases completas e bem elaboradas, de forma que o leitor
consiga ler e compreender tal texto.
De acordo com Faraco e Tezza (2010. p. 55) “o vocabulário tem uma
importância especial na escrita pelo fato de que, na ausência do interlocutor, as
palavras devem ser muito mais precisas, de modo a evitar duplos-sentidos ou
ambiguidades”.
Um vocabulário rico é um grande aliado de um texto comunicativo bem
elaborado, pois, conforme citado, na ausência do transmissor da mensagem as
palavras devem ser muito mais precisas. Imagine a palavra “manga”, tem
aproximadamente 16 significados diferentes, se o emissor não cita esta palavra
perante um contexto bem escrito e claro, provavelmente terá duplos sentidos em
sua mensagem fazendo com o que o leitor não entenda qual objetivo correto.

4. TEXTOS PUBLICITÁRIOS

Os textos publicitários têm como principal objetivo o ato de persuadir, e são


muito utilizados dentro do marketing, em que a estratégia é convencer o consumidor
a gostar ou adquirir determinado produto ou ideia, utilizando recursos convincentes.
Sua linguagem deve ser clara, criativa e objetiva e deve-se ter habilidade para
atingir o público-alvo.
De acordo com Araújo:5

Os textos publicitários são aqueles que têm o objetivo de anunciar


alguma coisa, fazer com que uma informação se torne pública,
desde uma campanha de vacinação até os anúncios de produtos
e/ou prestação de serviços. Podemos encontrar os textos
publicitários circulando em diversos suportes de comunicação,
como os midiáticos (televisão, internet e rádio) e jornalísticos
(jornais, revistas), e espalhados pelas vias urbanas (outdoors,
pontos de ônibus, postes de iluminação pública etc.).

O objetivo dos textos publicitários é conquistar os interlocutores, por isso


quem produz publicidade usa de toda sua criatividade e utiliza a linguagem verbal
e não-verbal para cativar e encantar. Por circularem em espaços reduzidos, os
textos publicitários devem ser condensados, mesmo por que o custo depende do
tamanho. Por isso, frases curtas que possam ser memorizadas com facilidade –
slogans – são muito comuns.

5
ARAÚJO Luciana Kuchenbeker. “Textos publicitários”; Brasil escola, disponível em
https://brasilescola.uol.com.br/redacao/textos-publicitarios.htm.)
5. A IMPORTÂNCIA DA GRAMÁTICA E LINGUAGEM NO MARKETING

A gramática e linguagem são de extrema importância dentro do marketing,


pois a forma como uma mensagem, propaganda, texto publicitário ou até mesmo
um currículo escrito totalmente de maneira correta e de forma clara e objetiva pode
afetar diretamente o sucesso de uma campanha publicitária, de um trabalhador e
de uma empresa no geral.
Além disso essa linguagem deve ser persuasiva de forma que convença o
cliente, empregador ou leitor a consumir determinada ideia ou produto. Vale
ressaltar que cada canal possui uma maneira diferente de transmissão seja via
rádio, internet, televisão, essa linguagem deverá se adaptar, pois cada meio desses
possui uma particularidade diferente.
Erros de português pesam mais que falta de experiência na eliminação do
candidato a emprego. Segundo dados levantados pela Catho Comunicação, de
acordo com o Portal G16, 34% são eliminados por erros de gramática, 25% por falta
de experiência e 10% por falta de objetivos profissionais.
Para 34% dos recrutadores que participaram de uma pesquisa realizada pela
empresa de recrutamento online Catho, erros de português são o principal fator para
eliminação de candidatos.
Segundo a pesquisa, no currículo, as transgressões na língua portuguesa
retratam falta de domínio do idioma, desatenção e relaxamento. Assim, ao revisar
o documento, essas falhas prejudicam as chances de contratação.
Uma linguagem clara e correta, sem dúvidas faz total diferença no mercado
de trabalho, tendo em vista que atualmente os recrutadores não observam somente
experiências, mas também uma boa oralidade e escrita.
Bianca Machado, gerente da Catho Comunicação, afirma que o processo de
contratação inicia antes da entrevista, ou seja, quando começam a serem
selecionados os currículos.
Ainda de acordo com o Portal G1:

Em um cenário de grande concorrência, o número de candidaturas


para vagas está cada vez maior. É função do recrutador filtrar os
candidatos e escolher aquele que se encaixa melhor ao perfil do

6
Portal G1, 2019. Disponível em: https://g1.globo.com/economia/concursos-e-
emprego/noticia/2019/02/20/erros-de-portugues-pesam-mais-que-falta-de-experiencia-na-
eliminacao-do-candidato-a-emprego-diz-pesquisa.ghtml
cargo. Se queimar no primeiro contato por conta de erros de
gramática não é perder uma oportunidade de entrevista, e sim
várias. O currículo deve receber muita atenção antes de ser enviado
ao mercado

Um bom currículo vai além de apresentar sobre quais cargos e cursos o


candidato tem conhecimento, serve para analisar se a pessoa escreve realmente
bem, de forma que a mensagem seja transmitida de maneira certa. O currículo é o
primeiro contato que o recrutador tem com o candidato, e ele pode fazer uma
seleção desde esse momento, afinal a imagem de seriedade que uma empresa
passa, deve começar pelos seus colaboradores.
O mercado de trabalho realmente é muito competitivo, e o mercado de
trabalho digital além de competitivo vem aumentando ainda mais, não se veem
outdoors espalhados pelas cidades como se veem post’s de marketing na internet,
portanto ambos têm a missão de convencer o cliente, e não acontece esse
convencimento sem uma gramática normativa, dependendo até afasta mais o
público do que atrai.
Para Belo Digital (2015): 7

No mundo corporativo, uma boa comunicação é, sem dúvida, a alma


do negócio. Para além do telefone, da carta ou até pessoalmente,
hoje em dia, os executivos utilizam, principalmente, o e-mail. Em
qualquer umas destas formas de comunicação, há que conhecer o
bom e correto funcionamento da língua. Inclusive, o domínio da
mesma ainda é mais valorizado em algumas profissões, ou seja,
falar e escrever bem já é uma condição de empregabilidade. Mais
do que dominar um segundo idioma, é crucial dominar a própria
língua, neste caso, o português.

Nos tempos atuais não apenas um bom currículo com diversas formações e
qualificações é importante para uma contratação, mas uma boa oralidade, escrita,
comunicação, até mesmo em uma entrevista de emprego é necessário o poder de
persuasão de ambas as partes, tanto do contratador para convencer de que aquela
empresa é um bom lugar para se trabalhar, quanto do contratado em convencer de
que levará acréscimos para o ambiente. Além do mais existem diversas ferramentas
dentro dos estabelecimentos em que necessita de uma escrita clara e objetiva, às
vezes uma simples vírgula pode fazer uma enorme diferença.

7
A importância do domínio do português no mercado de trabalho. Disponível em:
https://www.belodigital.com/belo-digital/a-importancia-do-dominio-do-portugues-no-mercado-de-
trabalho/
Belo Digital, sustenta ainda que:

Falar e expressar-se corretamente é uma vantagem tanto para


qualquer profissional como para a própria empresa, porque um é o
reflexo do outro. Um documento sem erros e de fácil compreensão,
enviado de uma empresa para outra, transmite desde logo uma
imagem séria da organização em questão. Em todo o caso, fica o
conselho: ler é sempre a melhor solução. Para escrever bem, é,
portanto, preciso ler muito.

Conforme citado anteriormente, mais do que dominar um segundo idioma, é


fundamental dominar a própria língua. Não adianta ter vários idiomas no currículo,
ter um ótimo inglês, por exemplo, mas não ter uma boa oralidade e escrita na Língua
Portuguesa. Em termos de profissionalismo é questão de destaque aquele que tem
um bom domínio do português. E não há outra maneira mais eficaz de melhorar seu
vocabulário que buscando conhecimentos através da leitura. Ler deve ser um hábito
constante assim como escovar os dentes.
De acordo com Machado: 8

A linguagem publicitária busca agir sobre o consumidor,


indicando um comportamento que o predisponha à compra.
Para tanto, utiliza-se das mais diversas estratégias, desde as
mais explícitas até as mais sutis. Mais do que informar é
necessário manipular. Os textos publicitários são imensa
circulação social e tendem a tornar-se cada vez mais visíveis
em virtude as características da sociedade em que vivemos.
Um texto publicitário não costuma utilizar normas rígidas e sim
palavras simples, mantendo o trato coloquial, fornecendo as
informações necessárias e fazendo o leitor/consumidor
acreditar.

Conforme citado a linguagem publicitária é de uma linguagem de persuasão,


em que se convence ou não a pessoa que está lendo ou assistindo a consumir ou
não determinado produto, ou participar ou não de algo. Os textos publicitários
tendem a se tornar cada vez mais visíveis devido às redes sociais. Nos dias atuais
um simples anúncio, por meio de um reels do instagram, pode chegar a milhares de
pessoas do mundo todo, com isso é perceptível que a linguagem deve ser clara,

8
MACHADO, Liza Rodrigues. O texto publicitário e seus recursos persuasivos sob o olhar da
Língua Portuguesa. Revista Acadêmica Magistro, 2013. Disponível em:
http://publicacoes.unigranrio.edu.br/index.php/magistro/article/view/1979/953.
objetiva, persuasiva e por último, mas não menos importante, bem redigida,
obedecendo à gramática normativa.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS.

A língua é patrimônio cultural e o modo como nos apropriamos dela – através


da família, amigos, escola e dos meios de comunicação – estabelece os usos que
dela fazemos nas mais diversas práticas sociais das quais participamos. Ela está
presente em todas as nossas atividades; vivemos entrelaçados pelas palavras; elas
estabelecem todas as nossas relações e nossos limites; dizem ou tentam dizer
quem somos; quem são os outros, o que fizemos.
Com este artigo, fez-se uma reflexão sobre a importância da gramática e
linguagem no marketing, seja digital ou não. O objetivo é que a Língua Portuguesa
de acordo com a norma padrão tenha o seu real valor dentro dessa área, e que
profissionais desse ramo tão importante possam buscar mais conhecimentos sobre
seu idioma e entender que a propaganda da sua marca vai muito além do produto
em si. Da mesma forma o caso do currículo, que é primeiro contato que os
contratantes têm ao realizar uma entrevista de emprego. Um bom uso da língua
pode ser uma grande superação de expectativas fazendo o indivíduo se destacar
no mercado de trabalho. Percebemos, portanto, a importância de estudar a
gramática da Língua Portuguesa, uma vez que durante toda vida escolar,
profissional e mesmo social, é necessário mostrar o domínio da língua padrão e das
variações existentes, quer seja na língua oral ou na modalidade escrita, pois a
sociedade exige tal conhecimento. O domínio do português transmite cuidado,
sutilidade e disposição.

REFERÊNCIAS

A importância do domínio do português no mercado de trabalho. Belo Digital, 2015.


Disponível em: https://www.belodigital.com/belo-digital/a-importancia-do-dominio-
do-portugues-no-mercado-de-trabalho/. Acesso em: 20 out. 2022.

AZEREDO, José Carlos de. Fundamentos de gramática do português. Rio de


Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2000.
ARAÚJO, Luciana Kuchenbecker. "Textos publicitários"; Brasil Escola. Disponível
em: https://brasilescola.uol.com.br/redacao/textos-publicitarios.htm. Acesso em 08
de abr. de 2023.

BLIKSTEIN, Izidoro. Técnicas de comunicação escrita. 18ª Ed. São Paulo. Ática,
1999.

CASTELLS, Manuel. A comunicação na era digital, 2009). Disponível em:


http://parlamidia.com/images/PDF/castells-comunicacao.pdf. Acesso: 07 abr. 2023

CHIAVENATO, Idalberto. Recursos humanos. 7 ed. São Paulo: Atlas, 2002.

CUNHA, Rui. Comunicação na era digital. Disponível em:


https://www.citeforma.pt/noticias/comunicacao-na-era-digital. Acesso: 07 abr. 2023.

DRUCKER, Peter F. Introdução à administração. 1 ed. São Paulo: Aplicada


ABDR, 2002.

Erros de português pesam mais que falta de experiência na eliminação do candidato


a emprego, diz pesquisa. Portal G1, 2019. Disponível em:
https://g1.globo.com/economia/concursos-e-emprego/noticia/2019/02/20/erros-de-
portugues-pesam-mais-que-falta-de-experiencia-na-eliminacao-do-candidato-a-
emprego-diz-pesquisa.ghtml. Acesso em: 12 set. 2022.

FARACO, Carlos Alberto/ TEZZA, Cristovão. Oficina de texto. 8ª ed. Petrópolis,


Rio de Janeiro: Vozes, 2010

FAVARETTO, Sonia. Onde se encaixa a comunicação interna no organograma


da empresa. Disponível em
http://www.recantodasletras.com.br/trabalhosacademicos/1856315> Acesso em:
12 set. 2022

FERNANDES, Alê. Erros de português eliminam 34% dos candidatos. Linkedin,


2019. Disponível em: https://pt.linkedin.com/pulse/erros-de-portugu%C3%AAs-
eliminam-34-dos-candidatos-alexandra-fernandes. Acesso em: 12 set. 2022.

INFANTE, Ulisses. Do texto ao texto: curso prático de leitura e redação. São


Paulo: Scipione, 1998.

MACHADO, Liza Rodrigues. O texto publicitário e seus recursos persuasivos sob o


olhar da Língua Portuguesa. Revista Acadêmica Magistro, 2013. Disponível em:
http://publicacoes.unigranrio.edu.br/index.php/magistro/article/view/1979/953.
Acesso em: 07 abr. 2023.

Você também pode gostar